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ANUAL wmarket review 2013/14 building opportunities REGULATED BY RICS building opportunities A retoma do mercado imobiliário português Os primeiros sinais de recuperação do mercado imobiliário português fizeram-se sentir em 2013 e temos que nos congratular por isso! Após anos de consecutivos ajustamentos e de sobrevivência do mercado, Portugal conseguiu novamente entrar na mira dos investidores internacionais. A recuperação e estabilidade económica do país, a par do excesso de liquidez existente na Europa e da compressão das yields nas principais cidades europeias, contribuíram para a crescente atratividade do mercado imobiliário nacional. Pedro Rutkowski CEO Worx Real Estate Consultants O sinal mais positivo neste contexto é o que resulta do tipo de investimento captado. Não apenas os Golden Visa, que têm trazido um fluxo de capital significativo para o imobiliário nacional, mas igualmente o investimento institucional que regressou a Portugal. Os investidores institucionais tendem a ser bastante criteriosos na seleção das suas opções de investimento, pelo que o fecho de transações revela a competitividade dos ativos imobiliários portugueses face a outras opções de investimento e a outras localizações. Ainda assim o interesse encontra-se, para já, centrado apenas em ativos prime (bem localizados, com contratos de longa duração e inquilinos fiáveis) cuja perspetiva de valorização é elevada. O aumento da procura pressionará a compressão das yields, o que em simultâneo com a subida expectável das rendas, que se encontram atualmente em níveis historicamente baixos, permitirá uma valorização futura destes imóveis. “Os primeiros sinais de recuperação do mercado imobiliário português fizeram-se sentir em 2013 e temos que nos congratular por isso!” A carência de stock de investimento qualificado pode ser um entrave para a dinamização do mercado uma vez que a oferta de ativos que respondam aos requisitos primordiais dos investidores é escassa. Ainda assim, poder-se-á assistir a uma transferência de interesse para ativos secundários de grande qualidade o que significaria uma maior apetência para aceitar um nível superior de risco, trazendo um maior dinamismo ao mercado. Acresce ainda que a diversificação do investimento é outro dos temas prementes. Embora o segmento de escritórios se mantenha no topo das preferências de investimento, a existência de bons produtos de retalho nomeadamente de centros comerciais e a atratividade por nichos de mercado (ativos hoteleiros, residências de estudantes, residências sénior) começa a ser evidente, podendo Portugal ter aqui um papel primordial com soluções inovadoras e atrativas do ponto de vista do investimento sustentado. Acredito assim que os sinais positivos de 2013 se manterão e intensificarão durante 2014 e que Portugal conseguirá manter a atratividade dos investidores internacionais e que, por esta altura no próximo ano, estaremos em posição de fazer um balanço ainda mais positivo sobre o mercado! wmarket review 2013/14 UM NOVO MODELO DE PLANEAMENTO URBANO O ano de 2014 será um ano decisivo para a implementação do novo modelo do planeamento urbano, assente na proposta de Lei de Bases dos Solos do Ordenamento do Território e do Urbanismo, aprovada na generalidade, pela Assembleia da República no passado mês de novembro. Este novo modelo, aposta na regeneração dos aglomerados urbanos já existentes e na revitalização das suas zonas históricas. Não podemos ter centros urbanos vazios e desabitados, traduzindo-se em cidades extensas, com movimentos pendulares constantes, gerando custos elevados, nomeadamente, energéticos. O que está em causa é uma verdadeira alteração de paradigma: a) Da expansão urbana para a contenção dos perímetros urbanos; b) Das fronteiras municipais para a gestão intermunicipal integrada das infraestruturas; c) Do enfoque na habitação própria para a dinamização do arrendamento urbano. da nova construção para a reabilitação urbana. Miguel de Castro Neto Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza A Proposta de Lei de Bases da Política dos Solos, do Ordenamento do Território e do Urbanismo é, assim, uma reforma estrutural que consagra um novo modelo de planeamento urbano, que constitui um novo modelo de desenvolvimento. A expectativa de urbanizar tem retirado a capacidade para reabilitar, assim, nesta proposta de lei assegura-se que a expansão urbana apenas decorrerá quando o aglomerado urbano se encontre esgotado face a novas necessidades. Fica, então, limitada a existência de terrenos expectantes, promovendo-se a contenção dos perímetros urbanos e a reabilitação das cidades. A cooperação intermunicipal é também reforçada a níveis inéditos. Aquela que era uma faculdade residual – porque se alicerçava, independentemente do grau de articulação supramunicipal, na obrigatoriedade de existência de planos municipais – passa a ser uma oportunidade material. Impõe-se, assim, uma nova forma de planear a cidade. Um novo modelo de desenvolvimento territorial, que responda, hoje, às necessidades futuras. O modelo estabelecido na proposta de lei de bases é consagrado através de novas medidas de incentivo à reabilitação urbana, quer ao nível dos programas operacionais e do investimento, quer ao nível da simplificação dos procedimentos de controlo prévio das operações de reabilitação urbana. Acreditamos que este é o caminho para o planeamento e gestão do ordenamento do território e, em particular, para a reestruturação das cidades numa lógica de sustentabilidade e de uso eficiente de recursos, para a qual canalizaremos todos os recursos possíveis. “Nesta proposta de lei assegura-se que a expansão urbana apenas decorrerá quando o aglomerado urbano se encontre esgotado face a novas necessidades.” building opportunities Menos é mais O ano de 2013 foi um ano deprimente para o mercado imobiliário, ou antes marcou um ponto de viragem, uma perspetiva de um futuro mais promissor a curto/médio prazo? Se mantivermos os pés bem assentes no chão, a resposta só pode ser uma: 2013 foi, de facto, um ano deprimente. Podíamos ter feito algo diferente? Não. Foi o que foi, um ano marcado pela iliquidez dos bancos e a insolvência dos construtores e das empreiteiras, um ano em que os investidores se defrontaram com sérias dúvidas sobre se era ou não o momento certo para re-entrar no mercado, para mencionar apenas algumas das temáticas recorrentes de 2013. PAULO TRINDADE COSTA Partner Miranda Correia Amendoeira & Associados “O último trimestre de 2013 é a prova de que a “tempestade perfeita” dá mostras de querer acalmar.” O que podemos esperar nos próximos anos? Os otimistas asseverarão que o último trimestre de 2013 é a prova de que a “tempestade perfeita” dá mostras de querer acalmar. Mas não nos precipitemos. Embora já não estejamos propriamente em sério risco de afogamento, ainda não é altura de tirarmos os nossos coletes de salvação. Há motivo para termos esperança e estarmos otimistas, mas os dias melhores que se avizinham não serão caracterizados pelo frenesim de consumo do passado. Este é, aliás, um pensamento longínquo na conjuntura corrente. Tudo é mais real agora. Ninguém espera crescimento económico de dois dígitos, que as despesas do Estado disparem de novo, isenções fiscais substanciais, que os bancos gastem biliões em projetos imobiliários ou rendimentos completamente surreais. Ainda assim, os investidores não oportunistas voltarão a investir no mercado. Menos será mais. Estamos igualmente a assistir a uma atuação mais responsável por parte do Estado (embora quanto tempo isso vá durar seja uma incógnita), que direcionou os seus recursos para a afinação de leis essenciais, tais como a lei do arrendamento urbano e empreendimentos turísticos e para a estabilização dos encargos fiscais inerentes ao imobiliário. A adaptação dos intervenientes no mercado foi particularmente dolorosa. Tiveram de se reinventar e desenvolver estruturas empresariais mais leves, bem como expandir-se para novos mercados com níveis satisfatórios de procura. Contiveram-se os arrestos e os titulares de bens arrestados aparentam agora ter um plano para navegar as águas turvas do mercado. Então porque é que não podemos tirar os nossos coletes de salvação? Ainda existem suficientes fatores de rutura capazes de nos afundar. Os nossos bancos ainda não estão preparados para retomar o respetivo papel na economia. A liquidez ainda não se restabeleceu do enfarte que a paralisou, e o mercado interno ainda só é capaz de pequenos passos. A escassez de projetos novos que pudessem alimentar o mercado, sem entraves, nos próximos anos poderá ter um impacto nefasto se a oferta for inferior à procura esperada. As vitórias alcançadas pelos inquilinos em arrendamentos recentes – em particular, os incentivos concedidos em sede de arrendamentos a longo prazo – tornar-se-ão um pesado ónus que os senhorios terão grande dificuldade em reverter. Se os sinais estiverem certos, preparemo-nos para termos menos. O que não é mau. O que não é nada mau! wmarket review 2013/14 O REPOSICIONAMENTO DO DOLCE CAMPO REAL Em agosto de 2013, o grupo Dolce Hotels and Resorts assumiu a Gestão do Campo Real Lisboa Resort próximo de Torres Vedras, na saída da A8 e a 20 minutos para Norte de Lisboa. Através do Fundo da Explorer, a Dolce foi convidada a assumir a operação do resort. Dolce tem experiência no segmento de Turismo de Negócios associado à experiência como operador de referência nos segmentos de lazer e de negócios corporate. O realinhamento estratégico do Dolce Campo Real Lisboa consiste em manter a sua vertente de lazer mas adicionar a componente de negócios ao hotel tendo como target o segmento de reuniões e conferências do Norte da Europa. O produto hoteleiro é muito qualificado tendo sido construído com os mais elevados standard e envolvido por uma paisagem rural muito atrativa com as vinhas da Estremadura e na proximidade da Costa da Prata. O resort compreende um hotel com 151 quartos, apartamentos, três restaurantes, três átrios, um excelente campo de golfe de 18 buracos, Spa, e centro de fitness e equestre. Jan-Willem den Ridder Vice President Development EMEA Dolce Hotels and Resorts Um local inspirador para conferências e eventos, o Dolce Campo Real compreende um conjunto de características únicas para reuniões de negócios, casamentos e eventos de todo o género. O resort terá 1.200 m2 de área para conferências divididos em 10 salas com uma capacidade até 650 pessoas. Portugal é muito mais do que apenas Lisboa e o Algarve. A Dolce quer mostrar aos visitantes os outros atrativos do País. Na Costa da Prata destaca-se a gastronomia regional, cultura histórica, abundância de vinhas e a costa atlântica que têm muito pata oferecer. E tudo a uma pequena distância da capital, Lisboa. A recessão afetou muitos hotéis na Europa. O reposicionamento e a mudança de direção estratégica de um hotel é algo que não se consegue fazer num dia. No entanto, com experiência e compromisso e um business plan bem estruturado, consegue reverter-se esta situação. Além do mais, espera-se que os bons exemplos contagiem outros hotéis que se encontrem a sobreviver a esta recessão. Como líder na indústria de conferências e eventos, a Dolce foi pioneira na conceção do centro de conferências e do Complete Meeting Package, que hoje são standards da International Association of Conference Centers. A visão da empresa é a criação de ambientes inspiradores que possam unir as pessoas e a sua missão é deliciar os seus hóspedes, desafiar os seus associados, recompensar os seus proprietários e servir como um modelo a seguir para a comunidade. “Portugal é muito mais do que apenas Lisboa e o Algarve. A Dolce quer mostrar aos visitantes os outros atrativos do País.” building opportunities A meio caminho… Sem dúvida Portugal e o seu mercado imobiliário comercial passaram por ajustamentos dramáticos nos últimos anos. Apesar disso, a duração da crise levou a alterações económicas e legais (como a revisão do regime do arrendamento urbano) que eram urgentemente necessárias para fortalecer a competitividade de Portugal e atrair novas fontes de investimento internacional. martin brendel Head of Acquisitions Global AFIAA Anlagestiftung A AFIAA, a Fundação Suíça para o investimento imobiliário, foi, consequentemente, uma dessas novas fontes de capital em 2013 e adquiriu o seu primeiro complexo de escritórios no Parque das Nações em Dezembro do ano passado. Foi, inquestionavelmente, a primeira verdadeira aquisição no mercado aberto de um edifício emblemático por um investidor estrangeiro nos últimos 3 anos. Este facto foi para muitos players uma surpresa uma vez que, no final de uma crise de mercado, é expectável que o investimento seja dominado por investidores core e os investidores suíços são geralmente vistos como sendo avessos ao risco. A AFIAA não é o único investidor internacional a olhar de novo para o mercado português. Quer isto dizer que a crise no mercado imobiliário português acabou e o mercado vai florescer outra vez? Não acreditamos nisso! Os investidores que estão neste momento a analisar o mercado procuram apenas as melhores oportunidades existentes – o que é apenas uma franja marginal do mercado! Para atrair mais capital para outros (dominantes) segmentos como Core+ e Value-Add é necessário mais do que uma modesta recuperação do PIB. “Acreditamos que, para conseguir captar investimento estrangeiro para Portugal, são necessárias algumas alterações financeiras que lhe confiram competitividade.” Acreditamos que, para conseguir captar investimento estrangeiro para Portugal, são necessárias algumas alterações financeiras que lhe confiram competitividade. Em simultâneo com uma substancial correção de valores (que já ocorreu), é indispensável uma redução da taxa do IMT e uma diminuição significativa, senão mesmo a supressão, do imposto sobre os ganhos de capital de investimentos realizados num determinado período de tempo. A Irlanda, um dos chamados países “PIIGS”, implementou as duas medidas elencadas durante o início do período de ajustamento do mercado e conseguiu desde então re-atrair fortemente capital estrangeiro. Em oposição, o IMT é um dos impostos imobiliários mais elevados da Europa Ocidental e do Sul. Uma média de praticamente um ano de rendas é perdida imediatamente e antes do investimento gerar qualquer retorno. Este facto não ajuda na captação de investidores que procuram um retorno imediato, ainda que em níveis aceitáveis, do investimento. A eliminação do imposto sobre os ganhos de capital poderia motivar compradores estrangeiros a reentrar no mercado mais cedo, antecipando um risco mais elevado, mas ao mesmo tempo contribuindo para equilibrar o mercado mais rapidamente. Até que a economia recupere até níveis pré-crise é ainda essencial que qualquer potencial transação ofereça retornos significativamente superiores aos obtidos em países mais estáveis como a Suíça ou a Alemanha. Para isso é necessário que muitos proprietários de imobiliário comercial (sejam nacionais ou internacionais) tenham uma postura mais razoável em termos do valor dos ativos, reduzindo os valores contabilísticos (e desta forma, antecipando perdas) bem como aceitem valores de arrendamento inferiores no re-arrendamento dos seus ativos. wmarket review 2013/14 o comportamento do consumidor mudou Os anos de 2008 a 2013 fizeram aparecer um novo paradigma do consumo em Portugal. O comportamento do consumidor mudou: passou a comprar menos e mais em conta. Um dos sinais de crise mais evidentes em Portugal foi a diminuição da despesa com actividades de lazer, como por exemplo idas a restaurantes, que se reflectiu em todos os mercados Horeca. O Consumidor concentrou-se em casa, gastando mais dinheiro no seu lar, em várias categorias mas, sobretudo, na alimentação. Parte da solução passou por encontrar novas formas de comprar. O acto de compra deixou de ser por impulso e passou a ser efectuado de forma reflectida. Os formatos de hard-discount e os recursos a marcas próprias de distribuição foram uma das respostas para os orçamentos apertados, apresentando produtos mais baratos. Outro fenómeno com elevado impacto foi o aumento da quantidade e profundidade de promoções oferecidas pelas cadeias de grande distribuição, as quais adaptaram as suas ofertas a novas necessidades. Uma das grandes mudanças foi no desenho físico dos espaços, oferecendo experiências mais alargadas e convenientes de consumo. Surgiram espaços de refeições em supermercados e take-away, novos formatos de lojas, com soluções que exigem menor investimento e que oferecem oportunidades de comércio e, consequente, consumo. Juntas, estas tendências levaram o Consumidor português a minimizar os efeitos da crise destes últimos 5 anos. Depois de um primeiro semestre tipicamente negativo em praticamente todas as categorias do mercado, os indicadores de consumo doméstico começaram por fim a registar dados positivos. Na Unilever Jerónimo Martins e nos mercados onde actuamos, podemos igualmente testemunhar esse crescimento que estou convicto continuará em 2014. Os sinais têm origem, em grande parte, no esforço alargado das empresas – maior eficiência operacional, reestruturação da base de custo, adaptação dos sortidos e portfolios e inovação –, e são indicadores de uma tendência de recuperação que deve ser explorada. O aumento do consumo é um indicador de confiança, essencial para o crescimento económico nacional. Apesar de sabermos que as oscilações de consumo não são uniformes nos diversos estratos sociais, este é um indicador francamente transversal. Às boas notícias que nos vêm do consumo doméstico temos de somar outras que contribuem de forma indirecta para a área de grande consumo. Temos um crescendo de consumidores estrangeiros, muitos dos quais são turistas que nos visitam cada vez mais. São estes desenvolvimentos de base social para que as empresas olham atentamente, procurando gerar bens e serviços que acompanhem de forma inteligente as evoluções que se produzem. Neste arranque de 2014, temos sinais que nos permitem fazê-lo com confiança, sobretudo quando vemos um Consumidor que tem vindo a recuperar o seu ritmo de compra. antónio CASANOVA CEO Unilever Jerónimo Martins “Uma das grandes mudanças foi no desenho físico dos espaços, oferecendo experiências mais alargadas e convenientes de consumo.” building opportunities Ordenamento do território de nova geração Os imperativos regulatórios ao nível das acessibilidades, da certificação energética, entre outros, são totalmente desadequados a um correto ordenamento do território. A perequação é um dos mecanismos que pode financiar a reabilitação urbana. Os suscetíveis de aplicação em áreas de reabilitação urbana são adequados às reais necessidade e por sua vez, a nova lei do arrendamento urbano veio eliminar um dos obstáculos mais brutais ao desenvolvimento de um verdadeiro mercado, eliminando as barreiras jurídicas e permitindo a fluidez necessária à criação de fluxos financeiros estáveis e sustentáveis. O que falta? Falta, em primeiro lugar, que os requisitos técnicos para a construção imobiliária sejam efectivamente adequados às operações de reabilitação urbana. Carlos lobo Partner, Assessoria Fiscal Ernst & Young “Tais mecanismos deverão ser conciliados com uma efectiva retracção das áreas de (nova) expansão urbana, no âmbito da Revisão do PDM.” Os imperativos regulatórios ao nível das acessibilidades, da certificação energética, entre outros, são totalmente desadequados, impedindo, muitas vezes, a realização da operação. Ora, estes requisitos devem ser necessariamente aligeirados: não se pode utilizar normativos reguladores de habitações novas em imóveis centenários… Em segundo lugar, é necessário garantir a transferência de fluxos financeiros decorrentes de construção nova para o financiamento da reabilitação de áreas antigas. Tendencialmente, nos centros históricos e nos cascos antigos, os constrangimentos construtivos são mais intensos que os que resultam do nível de edificabilidade média decorrente dos PDM, pelo que faz todo o sentido estabelecer mecanismos de perequação eficientes, onde áreas com maior intensidade construtiva compensem efectivamente as zonas com menor capacidade de edificação. Tais mecanismos deverão ser conciliados com uma efectiva retracção das áreas de (nova) expansão urbana, no âmbito da Revisão do PDM. Estas opções públicas de ordenamento territorial devem, no entanto, ser justificadas e proporcionadas, salvaguardando-se as posições relativas entre proprietários, o que implicará o necessário desencadeamento de mecanismos per equativos de compensação. É, pois, na óptica do princípio da igualdade que se devem entender os mecanismos per equativos. A perequação de benefícios e encargos em planos urbanísticos constitui um mandamento fundamental decorrente do princípio constitucional da igualdade. wmarket review 2013/14 Já batemos no fundo? Para a banca, o crédito imobiliário deixou de ser prioridade e as disponibilidades são hoje direcionadas para PMEs inovadoras e preferencialmente exportadoras. Apesar disso, continua a existir capacidade para apoiar bons projetos, com dimensão mais consentânea com a nova realidade do mercado, com localizações premium e maior liquidez. Nunca como agora o fator localização foi tão importante, devendo as opções de investimento ser baseadas em apuradas análises de mercado e em planos de negócios bem fundamentados. O modelo de desenvolvimento imobiliário das últimas décadas, assente sobretudo na ocupação de novos solos e na expansão continua dos aglomerados urbanos, esgotou. Governo e autarquias apostam agora em novos modelos orientados para a reabilitação e regeneração do edificado. João de Castro Simões Banco Espirito Santo Os projetos de reabilitação, com especial incidência em zonas históricas, preenchem as expectativas de investidores particulares, maioritariamente não residentes, e o processo de concessão dos chamados Golden Visa trouxe uma inusitada animação ao mercado. Com a mesma motivação, têm-se multiplicado as aquisições de habitações em zonas mais periféricas, sobretudo por parte de cidadão chineses, transações estas que vão permitindo escoar o stock dos promotores e dos bancos. Fenómeno ainda mais recente é a já designada “segunda vaga” de investidores chineses que, dotados de capacidade financeira, procuram adquirir imóveis por grosso ou investir em parcerias com promotores nacionais para o desenvolvimento de projetos imobiliários que posteriormente colocarão a retalho juntos dos seus concidadãos. É fundamental que, com a crescente massificação deste canal de comercialização e o facto de ter associado um valor mínimo de investimento, não haja a tentação de enveredar por transações menos claras que possam vir a matar a galinha dos ovos de ouro. O setor do turismo registou recordes absolutos em termos de dormidas e de receitas no ano 2013, devendo esta onda favorável ser aproveitada para consolidar operações hoteleiras, incrementando gradualmente os preços e ajustando-os à real qualidade do serviço proporcionado. Se estes sinais positivos se confirmarem num futuro próximo, então sim, podemos afirmar que já batemos no fundo, mas também, é quase certo, que nada será como dantes. “Se estes sinais positivos se confirmarem num futuro próximo, então sim, podemos afirmar que já batemos no fundo.” building opportunities ANUAL wmarket review 2013/14 02 03 09 12 14 18 ENQUADRAMENTO económico ESCRITÓRIOS RETALHO INDUSTRIAl & LOGÍSTICA TURISMO INVESTIMENTO wmarket review 2013/14 Enquadramento Económico O contexto económico Português man- em curso. Neste contexto, importa referir teve em 2013 um comportamento que se mantém a tendência de ajusta- recessivo, consequência de um plano mento focado predominantemente na de ajustamento que visa a correção de receita e no aumento da carga fiscal so- desequilíbrios macroeconómicos acu- bre os agregados familiares, bem como mulados nas últimas décadas. A con- a contínua redução do número de efe- solidação outras tivos e das despesas de investimento repercussões, tem sido marcada pelo da administração pública. À semelhança agravamento de alguns indicadores que dos anos anteriores, esta estratégia per- se consideram “chave” para uma econo- mite prever a continuação da redução do mia dinâmica, a saber: índices de con- consumo e investimentos públicos. orçamental, entre sumo, taxa de desemprego, evolução do PIB, entre outros. As perspetivas para 2014 são de continuação de uma boa performance no Em 2013, a taxa de desemprego comércio externo, sendo expectável que subiu ligeiramente face aos valores, já esse dinamismo se reflita nas empresas, historicamente elevados, de 2012, mos- criando a necessidade de contratação de trando uma tendência de estabilização. novos quadros e investimento em novas Não obstante, o quarto trimestre de valências, produtos e espaços. 2013 evidenciou uma ligeira descida do valor da taxa de desemprego, o que se O setor da construção, depois de uma traduz em algum otimismo para 2014. queda acentuada, deve em 2014 apresentar um ligeiro crescimento, O ano de 2013, para além de uma sendo que, hoje, se assume que o perspetiva otimista relativamente ao paradigma da construção em Portugal comportamento da taxa de desemprego, alterou, assumindo-se o reposicio- mostrou um bom desempenho do setor namento e reconversão de ativos empresarial português relativamente ao imobiliários como uma tendência com comércio externo, com as exportações maior perspetiva de crescimento que a contribuírem para um superavit da a construção a novo, política esta que 20,00% balança comercial. Esta capacidade de marcou a década de 90. 15,00% dinamização da internacionalização é EVOLUÇÃO DOS INDICADORES ECONÓMICOS 10,00% 2 O orçamento de estado para 2014 man- – Golden Visa – que ajudou a criar al- tém os vetores essenciais dos anteriores gum dinamismo no mercado imobiliário orçamentos, estando fortemente condi- em 2013, e que se espera continue em cionado pelo programa de ajustamento 2014. PIB TX. INFLAÇÃO FONTE: BANCO DE PORTUGAL TX. DESEMPREGO 2013 2012 2011 2010 de residência por via do investimento 2009 to legal que prevê a obtenção de vistos 2008 de um novo dinamismo económico. 0,00% -5,00% 2007 resultados para 2014 do enquadramen- 2006 pode, a médio prazo, ser impulsionador 5,00% 2005 alguma expetativa relativamente aos 2004 tamento do tecido empresarial e que 2003 Por fim, importa referir a existência de 2002 um indicador que evidencia o reajus- building opportunities escritórios “No final de 2013 a renda prime atingiu os 18,50€/m2/mês.” O mercado de escritórios em 2013 atingiu A dinâmica do Prime CBD foi muito marcada um novo mínimo histórico em termos de este ano com a entrada de um conjunto take-up e a taxa de desocupação man- de edifícios reabilitados emblemáticos teve a tendência crescente o que reflete que não apenas resultaram no upgrade ainda a ausência de confiança na recupe- qualitativa da oferta nesta zona como ração económica do País e no mercado. pressionaram os valores para cima. Apesar desta performance, os valores A escassez de stock novo de grande de mercado registam uma tendência de dimensão é um inibidor do aumento subida na zona prime dada a exclusivida- da atividade do mercado uma vez que de da oferta nova que entrou no merca- algumas empresas com maiores neces- do nesta zona pelo que no final de 2013 sidades de espaço não encontram atual- a renda prime atingiu os 18,50€/m2/mês. mente no mercado oferta compatível com os seus requisitos. MERCADO DA GRANDE LISBOA ALVALADE CAMPO GRANDE BENFICA CAMPO PEQUENO MONSANTO AREEIRO PONTE VASCO DA GAMA PARQUE DAS NAÇÕES CAMPOLIDE MARQUÊS POMBAL RATO CHIADO ALGÉS PONTE 25 DE ABRIL BAIXA CAIS DO SODRÉ PRIME CBD CBD ZONAS EMERGENTES ZONA HISTÓRICA PARQUE DAS NAÇÕES CORREDOR OESTE OUTRAS STOCK E NOVA OFERTA EM LISBOA 120.000 4.700.000 4.600.000 100.000 4.500.000 4.400.000 4.300.000 4.200.000 4.100.000 4.000.000 Stock e Oferta 80.000 O stock de escritórios de Lisboa atingiu, no 60.000 final de 2013, um total de 4,55 milhões 40.000 3.900.000 GRANDE Lisboa de m2, o que sendo residual face a outros anos, significa um crescimento substan- 3.800.000 20.000 cial da nova oferta de 2012 para 2013 0 – mais de 60% – num total de 22.920 m2. 3.700.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 3.600.000 NOVA OFERTA STOCK STOCK (M2); NOVA OFERTA (M2) FONTE: WORX, LPI A nova oferta inclui o Restelo Business Centre (9.000 m2), a Sede da Novartis (6.746 m2) e o Liberdade 225 (4.581 m2). 3 wmarket review 2013/14 A taxa de desocupação mantém a tendência crescente desde 2008 fruto VACANCY RATE E DISPONIBILIDADE DE ESPAÇOS NOVOS E USADOS 600.000 14 de escritórios que entrou no mercado 500.000 12 maioritariamente devoluta. Assim, no 400.000 da dinâmica reduzida e da oferta nova final de 2013, a taxa de desocupação atingiu os 13,25%, assistindo-se a um 10 8 300.000 6 novo aumento dos espaços devolutos 200.000 usados (+18% que no ano anterior) 100.000 2 0 0 A nova oferta prevista para os próximos anos (2014–2015) ascende a cerca de 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 que no ano anterior). 2003 e uma diminuição dos novos (-27% do 4 NOVO USADO VACANCY ÁREA DISPONÍVEL (M2); VACANCY RATE (%) / FONTE: WORX, LPI 51.750 m2. Dos edifícios em construção, cerca de metade já se encontra colocada, quer através de ocupação própria como a nova sede da EDP quer por contratos de pré-arrendamento já existentes de que é um exemplo o Duarte Pacheco 7. NOVA OFERTA POR ZONA E ENTRADA NO MERCADO EVOLUÇÃO DO TAKE-UP oferta em pipeline devido à entrada um peso de 27% da nova oferta devido à sede da EDP prevista para o final do segundo trimestre deste ano. 2015 – 1T 10.000 13.900 100.000 5.000 50.000 2015 – 2T 0 2015 – 3T Procura 2013 registou a menor absorção de espaços de escritórios desde que há registos num total de cerca de 77.800 m2 o que 2015 – 4T 6.100 ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3 ZONA 5 ZONA 6 ZONA 7 2 VALORES (M ) / FONTE: WORX, LPI 2013 2014 – 4T 2012 escritórios. A Zona 4 tem igualmente 150.000 2011 2014 – 3T 2010 tividade da reabilitação de edifícios de 2009 30% do mercado, mantendo-se a atra- 200.000 2014 – 2T 2008 seguindo-se a Zona 1 que representa 250.000 16.750 2014 – 1T 2006 no mercado do Duarte Pacheco 7 2007 A Zona 2 concentra cerca de 45% da TAKE UP TAKE UP MÉDIO VALORES (M2) / FONTE: WORX, LPI ZONA 4 significa uma redução de quase 25% face ao ano anterior que tinha já registado uma atividade reduzida. Embora o take-up tenha sido inferior ao do ano anterior, o número de negócios manteve-se estável tendo-se registado 186 transações (vs. 185 em 2012) o que significa um decréscimo de área média por negócio que se situa atualmente em 418 m2. Novos Edifícios em Pipeline EDIFÍCIO República, Paço do Saldanha Marquês de Pombal 14 Liberdade 194 Sede EDP Castilho 24 Duarte Pacheco 7 TOTAL fonte: worx, LPI 4 ENTRADA NO MERCADO ZONA 2015 2015 2014 2014 2014 2014 2 1 1 4 1 2 ÁREA (M2) 6.100 5.000 4.000 13.900 6.000 16.750 51.750 building opportunities ÁREA ABSORVIDA E N.º DE NEGÓCIOS A tendência de redução das áreas vindo a aumentar o nível de atividade transacionadas tem-se mantido ao lon- embora este ano tenha registado uma 70 go dos últimos anos e prende-se com área absorvida inferior à do ano passado 60 a racionalização dos custos e otimização (10.289 m2 vs. 15.432 m2). 50 da área ocupada. Em termos de áreas, 40 pode-se constatar que mais de 50% da O maior negócio de 2013 foi a ocupação 2 área absorvida é menor que de 800 m da Novartis no Tagus Park num total de 10 o que corresponde a 90% das transações 6.746 m2, seguido da relocalização da 0 efetuadas. As áreas superiores a 3.000 m2 Sonaecom no Picoas Plaza com cerca de representam 19% da área absorvida e a 4.000 m2, da EDP Soluções Comerciais três negócios dos quais apenas um tem para o edifício Explorer no Parque das uma área superior a 5.000 m2. Nações e da Schneider Electric para 80 25.000 20.000 15.000 10.000 30 20 5.000 > 5000 M2 3001 A 5000 M2 1501 A 3000 M2 801 A 1500 M2 301 A 800 M2 151 A300 M2 < 150 M2 0 ÁREA N.º NEGÓCIOS ÁREA ABSORVIDA; N.º DE NEGÓCIOS / FONTE: WORX, LPI o Parque Suécia. Em termos do dinamismo por zona, a Zona 6 continua a apresentar a maior A análise por setor de atividade mostra área absorvida (27.255 m2 que cor- que as TMT’s & Utilities e os Serviços às responde a 35% do total) seguida da Empresas continuam a manter a sua Zona 5 com 15.754 m2. O Prime CBD tem dinâmica representando cada uma 21% da área absorvida seguindo-se das Farmacêuticas e Saúde, com um peso de 16%, influenciada pela mudança da ÁREA ABSORVIDA POR SETOR DE ATIVIDADE ÁREA ABSORVIDA POR ZONA Novartis. A tendência de mudança de instalações continua a ser uma evidência de mercado muito marcada desde 2011. 35% 21% ZONA 6 SERVIÇOS EMPRESAS /TMT’S & UTILITIES Cerca de 62% da área absorvida prende-se com a relocalização de empresas (48.441 m2) e cerca de 22% com a expansão (17.326 m2). Ainda assim, este ano as novas empresas registaram um peso de 15% num total de 12.036 m2 20% ZONA 5 13% ZONA 1 11% ZONA 2 8% ZONA 3 7% ZONA 7 6% ZONA 4 16% FARMACÊUTICAS E SAÚDE 15% OUTROS SERVIÇOS 9% PRODUTOS DE CONSUMO 7% CONSULTORES E ADVOGADOS 7% SERVIÇOS FINANCEIROS 3% ESTADO, EUROPA E ASSOCIAÇÕES 1% CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIO FONTE: WORX, LPI FONTE: WORX, LPI o que é um sinal positivo face ao peso residual em 2012 (4.580 m2). A Zona 5 teve a maior capacidade de atração de novas empresas representando 43% do total de área absorvida com este fim dada a qualidade do stock e os valores competitivos que apresenta. A Zona 6 foi a área preferencial para a expansão de área (com 48% do mercado) bem como para a mudança de Maiores Transações de 2013 zona venda/ arrendamento 6 1 5 6 6 7 6 A A A A A A A fonte: worx, LPI edifício (33% da área). EDIFÍCIO tomador Poente Picoas Plaza Explorer Suécia Edifício eds Quinta do Lambert D. Diniz Offices & Services Novartis Sonaecom EDP Soluções Comerciais SA Schneider Electric Astington Services SA Espirito Santo Saúde Europcar ÁREA (M2) 6.764 4.031 3.458 2.898 2.775 2.112 2.039 A Zona 1 apresenta igualmente atratividade para novas empresas registando um peso de 20% no volume total de área absorvida assim como registou uma dinâmica apreciável na expansão de área representando 16% do mercado. 5 wmarket review 2013/14 Valores de Mercado TIPO DE OPERAÇÕES Apesar do reduzido nível de absorção e do aumento da 3. disponibilidade de espaços, assiste-se a uma pressão CAMPO GRANDE BENFICA 5. ALVALADE de subida das rendas prime que se deve à exclusividade dos espaços transacionados no Prime CBD onde se atingem 2. MONSANTO 7. CAMPO PEQUENO PARQUE DAS NAÇÕES AREEIRO os valores mais elevados. Efetivamente, CAMPOLIDE algumas das frações transacionadas no último ano são espaços exclusivos MARQUÊS POMBAL 6. de topo e que por isso têm tido reflexo MUDANÇA EXPANSÃO NOVA EMPRESA 1. direto nos valores de mercado. RATO 4. ALGÉS Consequentemente, no final de 2013 a BAIXA CHIADO 1. PRIME CBD 2. CBD 3. ZONAS EMERGENTES 4. ZONA HISTÓRICA 5. PARQUE DAS NAÇÕES 6. CORREDOR OESTE 7. OUTRAS CAIS DO SODRÉ renda prime atingiu os 18,50€/m2/mês invertendo a tendência de decréscimo que se vinha a sentir desde 2008 e que vem conferir confiança adicional ao FONTE: LPI, WORX mercado. A análise das rendas médias e prime por zona permite perceber que com EVOLUÇÃO DA RENDA PRIME exceção do Prime CBD se assiste a uma 22,50 descida generalizada dos valores de 22,00 mercado em todas as zonas. A renda 21,25 média mais baixa (9,50€/m2/mês) é registada nas Zonas 4 e 6 seguida da 21,00 21,50 20,20 20,00 Zona 3 com 11,50€/m /mês enquanto 2 19,50 a Zona 1 mantém a renda média de 18,65 16,00€/m2/mês. 19,00 19,50 18,50 18,50 Zonas 3 e 5 sofreram um decréscimo VALORES €/M2/MÊS / FONTE: WORX acentuado, situando-se no final de 2013 nos 15,00€/m2/mês. Os ajustamentos dos valores continuam a ser resultado da falta de dinamismo do mercado e da flexibili- RENDA PRIME E RENDAS MÉDIAS POR ZONA EM LISBOA 20 zação das negociações entre os proprietários e os inquilinos e da maior abertura dos primeiros os valores pedidos. em 15 rever 10 5 RENDAS MÉDIAS RENDAS PRIME VALORES (€/M2/MÊS) / FONTE: WORX, LPI 6 ZONA 6 ZONA 5 ZONA 4 ZONA 3 ZONA 2 ZONA 1 0 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 para os 15,50€/m2/mês enquanto as 2001 A renda prime da Zona 2 aumentou 2000 18,00 building opportunities “No último ano, as operações registadas foram de caráter avulso, com operações dispersas, não sendo de referir qualquer operação significativa.” GRANDE PORTO Na Zona 3 mantém-se inacabada a cons- Stock e Oferta trução do empreendimento Gaiart`s Plaza A oferta de escritórios qualificada no Centrum, com um total de 90.000 m2 mercado de escritórios do Grande Porto de ABL, destinados a comércio e servi- manteve-se similar à do ano anterior, ços encontrando-se em funcionamento totalizando cerca de 860.000 m2. o Health Club Solinca que integra o complexo. Na Zona 1 destaca-se o Edifício Burgo, localizado da Nesta zona continuam a merecer des- Boavista, que corresponde a um dos à face da Avenida taque dois empreendimentos, o Tower edifícios prime na cidade para a função Plaza junto à Via Eng. Edgar Cardoso, de escritórios, que regista uma taxa de num total de cerca de 12.500 m2 ocupação próxima dos 80%; bem como e o Arrábida Lake Towers localizado o empreendimento Boavista Prime junto nos Jardins d`Arrábida, composto por à Casa da Música. duas torres de escritórios com aproximadamente 18.000 m2, cuja taxa de O empreendimento Trindade Domus ocupação se mantém semelhante à do na Zona 2, em comercialização desde ano anterior isto é, cerca de 95% do 2007, empreendimento. tem uma área destinada a serviços/escritórios de aproximadamente 7.500 m2, que continua a registar Este segmento de mercado continua uma baixa taxa de absorção. Encontra-se a prevista a integração de uma unidade e um baixo grau de maturidade, sendo hoteleira no empreendimento. transmitido por diversos operadores revelar uma dinâmica reduzida de mercado que o volume de procura se mantém historicamente reduzido, estando o mercado “estagnado” não se prevendo a alteração deste cenário no curto prazo. MERCADO DO GRANDE PORTO Procura BRAGA VIANA DO CASTELO Ao longo de 2013, a procura manteve-se reduzida o que resultou numa quebra MATOSINHOS no volume de transações/colocações. O ritmo de absorção é lento, sendo o período de exposição no mercado elevado, dando-se como exemplo os casos do Edifício Burgo e do Trindade FOZ DO DOURO Domus. PONTE DA ARRÁBIDA BOAVISTA BAIXA GAIA OUTRAS PONTE DO FREIXO RIBEIRA VILA NOVA DE GAIA AVEIRO COIMBRA LISBOA No último ano, as operações registadas foram de caráter avulso, com operações PONTE D. LUÍS I LISBOA dispersas não sendo de referir qualquer operação significativa. O reduzido volume da procura aliado à conjuntura atual traduz-se numa tendência de racionalização de áreas e custos com maior flexibilização por parte dos proprietários das condições e dos valores de arrendamento praticados. 7 wmarket review 2013/14 Valores de Mercado São conhecidos alguns casos na zona Os valores de transação/arrendamento prime em que os valores pedidos pedidos para escritórios novos ao longo se situam entre os 11,50 e os de 2013 mantiveram-se relativamente 14,00€/m2/mês e em que os valores de constantes, tendo em alguns casos fecho se posicionam entre os 7,50 e os sofrido um ligeiro ajustamento em 10,00€/m2/mês, traduzindo-se numa baixa. Ainda assim, a margem negocial é margem negocial próxima dos 30%. cada vez mais elevada fruto da reduzida procura existente. Principais Indicadores do Mercado do Grande Porto Valores de Renda (€/m2/mês) Valores de Transação (€/m2) ZONA 1 – Boavista 2 – Baixa 3 – Gaia 4 – Restantes 1.300 – 2.600 7,50 – 16,00 800 – 1.600 825 – 1.800 800 – 1.300 6,50 – 11,50 6,00 – 13,00 6,00 – 10,00 fonte: worx Tendências Um dos maiores obstáculos ao cres- As perspetivas para o mercado em 2014 cimento do mercado prende-se com seguem as tendências evidenciadas no a carência de oferta nova de escritórios ano anterior pelo que se prevê que seja para uma procura de grandes áreas, ainda um ano com nível de atividade re- facto que já se tem vindo a sentir desde duzido e um número baixo de operações. 2012. Efetivamente torna-se importante que o mercado ofereça grandes áreas o com valores competitivos de modo take-up seja motivado pela mudança de a motivar a relocalização de grandes instalações numa ótica de racionalização empresas bem como continuar a atrair de espaço e custos, seguida da expansão e consolidar Portugal como um centro de de área pelo que a efetiva retoma do Shared Services e BPO. Simultaneamente prevê-se que mercado não se antevê antes de 2015. Em termos de valores de renda, é de O mercado manterá a sua flexibilidade esperar uma pressão de subida do nível para as renegociações pelo que a revi- atual da renda prime e a manutenção são em baixa de contratos pré-existen- das rendas atuais embora com ajusta- tes continuará a ser uma realidade, bem mentos pontuais de acordo com a locali- como a flexibilidade dos proprietários zação e oferta existente disponível. para os incentivos ao arrendamento com maior ênfase na concessão de maiores períodos de carência. tendências Acresce ainda a correção esperada dos valores pedidos de imóveis entrados 8 rendas dos mesmos. procura incentivo a uma colocação mais célere oferta no mercado entre 2012 e 2013 como “As perspetivas para o mercado em 2014 seguem as tendências evidenciadas no ano anterior pelo que se perspetiva que seja ainda um ano com nível de atividade reduzido e um número baixo de operações.” building opportunities RETALHO O mercado de retalho de Portugal ampliação da anterior galeria do Jumbo continua o seu percurso de ajustamento com uma ABL de 41.400 m2 e 130 a um novo paradigma e a uma nova lojas e o Évora Shopping com cerca de forma e capacidade de consumo. Após 16.000 m2 ambos previstos para este anos de dificuldades muito consistentes, ano. Continua em pipeline a abertura do e apesar dos níveis de consumo estarem Dolce Vita Braga. ainda aquém dos existentes anteriormente, sendo mesmo difícil perspetivar Este facto vem confirmar uma tendên- que existirá um retorno aos mesmos, cia já sentida em anos anteriores, de o comércio tem tido a capacidade de se que o futuro do retalho passa sobretudo adaptar e renovar neste novo contexto. pela renovação, readaptação e reposicionamento das superfícies comerciais Sendo assim, mantém-se a contração existentes. Esta é uma prática já imple- do investimento em novas superfícies mentada em muitas superfícies comer- comerciais, pelo que o crescimento da ciais prime que têm tido a capacidade área bruta locável foi residual em 2013. de se renovar, seja através de obras de Assim, no ano passado, entraram no beneficiação e adaptação, seja através mercado cerca de 5.000 m , pelo que se da entrada de novas lojas, num esforço mantém o stock nos 3,6 milhões de m2 constante de adaptação aos desejos do de ABL total. consumidor. Neste sentido, a abertura 2 de uma nova loja da cadeia Primark no ÁREA BRUTA LOCÁVEL POR ANO 200 2.000 150 1.500 100 1.000 50 500 0 0 2013 2.500 2012 250 2011 3.000 2010 300 2009 3.500 2008 350 2007 4.000 2006 400 OUTROS FORMATOS DE RETALHO CENTROS COMERCIAIS STOCK CRESCIMENTO ABL (10^3 M2); TOTAL ABL (10^3 M2) FONTE: WORX Em 2013 registou-se a expansão do Centro Comercial Colombo é uma das Algarve Shopping em cerca de 3.000 m2, mais relevantes nesta área. a renovação do Centro Comercial de Alvalade, uma das primeiras superfícies As superfícies comerciais secundárias comerciais de Lisboa que procura reposi- debatem-se com maiores dificuldades, cionar-se e criar uma nova centralidade que se traduzem essencialmente em no bairro de Alvalade e a abertura de um taxas de disponibilidade significativas novo conceito comercial no Príncipe Real e decréscimos acentuados no valor das – a Embaixada – no Palacete Ribeiro da rendas com as subsequentes consequên- Cunha e que se afirma como um espaço cias em termos de performance e gestão. comercial diferenciada No entanto, algumas destas superfícies e valores de arrendamento atrativos com oferta têm igualmente procurado contornar e que vem consolidar a imagem trendy estas questões com soluções criativas e cosmopolita desta zona da cidade. e inovadoras. O Strada Shopping & Fashion Outlet é um bom exemplo de redefini- A oferta em pipeline é igualmente ção de conceito e reposicionamento de diminuta no curto prazo. Efetivamente uma superfície comercial secundária na estão apenas previstos, e em constru- periferia imediata de Lisboa e que não ção, dois centros comerciais: o Alegro conseguiu afirmar-se com o conceito de Setúbal, resultante da reconversão e centro comercial. 9 wmarket review 2013/14 Uma das soluções mais em voga este ano foi o surgimento de pop-up stores quer em superfícies comerciais quer mesmo no retalho de rua, uma vez que permitem a ocupação temporária de espaços comerciais, testar o sucesso da localização ou do conceito, sem um compromisso de longo prazo difícil de assumir no atual contexto. Os retail parks continuam a debater-se com algumas dificuldades pelo que a renegociação em baixa das rendas é uma realidade, bem como a persistência de apenas rendas variáveis em principais aberturas de lojas de rua em 2013 muitas insígnias. O peso de algumas marcas, presentes nos diversos retail park do país, traduz-se num acréscimo de preponderância nas negociações com os proprietários pelo efeito de escala. Av. da Liberdade chiado David Rosas L’Oreal Paris Penhalta Noivas Beauty Boutique Cartier Havaianas Torres Joalheiros Levi’s Store Michael Korrs Stradivarius Max Mara Geox Neste contexto e tal como em anos Elisabetta Franchi Amorino anteriores, o comércio de rua con- Rimowa Arcádia tinua muito dinâmico e atrativo e a Aristocrazy Proof Fancy Joalheria Av. da Liberdade continua a atrair um número significativo de insígnias de luxo fonte: worx e o Chiado a afirmar-se como um spot trendy onde se integram várias insígnias, mas essencialmente, novos conceitos. Em 2013 foram inauguradas na Av. da Na cidade do Porto esta tendência Liberdade diversas lojas com novas também se começa a evidenciar desta- marcas sendo de destacar a Max Mara, cando-se este ano o projeto Passeio dos Michael Korrs, Penhalta Noivas e um Clérigos na Praça de Lisboa, um projeto conjunto de ourivesarias/joalharias – com cenceito tipo “galerias” com uma Cartier, David Rosas, Torres Joalheiros, ABL de aproximadamente 2.000 m2 bem Aristocrazy, Fancy Joalheria – o que como o Quarteirão das Cardosas junto à comprova a identidade deste eixo como Avenida dos Aliados e Estação de São a artéria de luxo de Lisboa. Bento. No Chiado destaca-se a abertura do A L’Oreal Paris Beauty Boutique, uma encontra-se sobretudo concentrada nos Levi’s Store, Geox, Amorino, Havaianas, segmentos: moda (vestuário, calçado, entre outros, bem como a deslocalização acessórios), da Stradivarius da Rua do Carmo para restauração e bebidas, livrarias e cultura, a Rua Garrett continuando a destacar-se artigos para o lar, utilidades, telecomuni- pelo seu dinamismo e atratividade. No cações e serviços. entanto, torna-se importante evidenciar que a oferta tem sido insuficiente para a procura crescente, sobretudo nos eixos principais, o que tem impulsionado o valor das rendas. 10 atividade comercial instituições existente bancárias, “O comércio de rua continua muito dinâmico e atrativo e a Av. da Liberdade continua a atrair um número significativo de insígnias de luxo e o Chiado a afirmar-se como um spot trendy.” building opportunities Valores de Mercado No comércio de rua, e sobretudo nas Os valores de mercado traduzem a atual zonas mais atrativas, os valores de situação do mercado. Apesar de sinais arrendamento permanecem elevados mais otimistas em termos de consumo registando-se um aumento da renda privado e do menor ritmo de queda prime de 2012 para 2013, situando-se quando comparado com o ano anterior, atualmente nos 90€/m2/mês embora os níveis ainda estão em baixa o que existam é agravado pelas condições desfavo- realizados acima deste valor de refe- ráveis do mercado de trabalho e pela rência sobretudo nas artérias com maior redução do rendimento disponível, fruto escassez de oferta. negócios pontualmente do esforço de consolidação orçamental. Tendências As perspetivas para 2014 encontram-se valores de mercado formato de retalho LOCALIZAÇÃO renda (€/m /mês) Centros Comerciais (Lojas de média dimensão) Grande Lisboa Grande Porto Cidades Médias 25–70 20–55 10–25 5–10 50–90 10–25 10–20 16–35 12–35 Retail Parks Lisboa (Av. da Liberdade/Chiado) Lisboa (Av. Novas) Lisboa (Parque das Nações) Porto (Sta. Catarina) Porto (Boavista) Comércio de Rua em linha com os últimos anos embora 2 se registem sinais mais positivos em termos económicos, o que pode dar um impulso ao segmento de retalho. Ainda assim, acredita-se que o maior crescimento se continue a fazer sentir no comércio de rua pelos níveis de procura fonte: worx existentes, que não se perspetivam que abrandem em 2014, embora a escassez Consequentemente, assiste-se a uma revisão em baixa dos valores de da oferta de espaços adequados aos requisitos desta procura se mantenha. arrendamento sobretudo em superfí- tendências cies comerciais secundárias bem como Os centros comerciais tenderão a manter a renegociação dos valores dos retail o seu percurso em termos de reconver- parks, com decréscimos significativos, são, adaptação e inovação no sentido de existindo em diversas situações apenas se manterem apelativos e atrativos para direito a pagamento de rendas variáveis. uma procura que se tem vindo a tornar cada vez mais seletiva. rendas comércio rua rendas superfícies comerciais procura OFERTA O comércio de rua mantém a sua trajetória em contraciclo com o mercado pelo Ao que se assiste a um aumento das rendas do comércio online tem igualmente prime na Av. da Liberdade e no Chiado, implicações na forma como se perspetiva dada a elevada procura e a limitada oferta o comércio e como as superfícies de espaços comerciais nestas localizações. comerciais se posicionam e adaptam mesmo tempo, o crescimento a uma realidade em que o comércio Mantém-se a tendência para a eletrónico tem vindo a ganhar espaço e diminuição do volume de vendas a peso mesmo num cenário de contração retalho o que tem implicações nas ren- do consumo. das praticadas nas superfícies comerciais. Consequentemente, continua a assistir-se ao ajustamento em baixa das rendas de mercado e, nas superfícies comerciais em maiores dificuldades, a supressão da renda fixa mantendo-se apenas a componente variável que é em muitos casos residual. 11 wmarket review 2013/14 INDUSTRIAL & LOGÍSTICA Introdução A evolução Não obstante a performance pouco nacional, animadora do setor industrial e logís- embora comece a mostrar os primeiros económica tico em 2013, existe algum otimismo sinais de recuperação, ainda não gerou para que uma recuperação do setor uma repercussão direta no mercado empresarial venha criar um aumento da imobiliário. Assim, embora se registe necessidade de ocupar novos espaços o aumento no dinamismo empresarial e em particular aqueles que associam a motivado pelo crescimento das expor- qualidade, a flexibilidade e a localização. tações a que se assistiu em 2013, o GRANDE LISBOA mercado industrial e logístico continua GRANDE LISBOA pautado por uma elevada incerteza, O stock de espaços industriais e logísticos numa conjuntura marcada pela retração em Portugal no final de 2013 manteve- do consumo interno. -se estável, com um valor estimado de aproximadamente 4,3 milhões de m , 2 do dos quais 2,6 milhões situados na zona tecido empresarial português, em 2013, da Grande Lisboa resultado da contração a tendência de renegociação de rendas, da oferta de novos espaços logísticos de forma a otimizar custos, manteve- e da residual construção especulativa. Resultado do reajustamento -se. Esta tendência é ainda alavancada No entanto, no que concerne ao com qualidade, para arrendamento. A desenvolvimento logístico, importa refe- oferta/procura mantem-se desajustada, rir a expetativa criada pelo investimento criando no melhoramento do Canal do Panamá, pressão descendente que poderá transformar Sines numa das sobre os valores das rendas. principais portas de entrada de mercaAo nível de absorção, este foi um ano dorias na Europa. particularmente atípico, uma vez que as operações focaram-se essencialmente Relativamente em áreas aproximadamente iguais ou dos, a renegociação dos contratos inferiores a 5.000 m2. Esta tendência de arrendamento segue a tendência demostra uma tentativa de otimização de 2012. Consequentemente, assiste- de espaços, também potenciada pelo -se a uma descida dos valores de contínuo progresso dos sistemas de arrendamento com o correspondente supply-chain management espaços ocupa- (SCM), aumento da duração de contrato, que se traduz numa maior partilha de risco entre aqueles que são os maiores players do proprietário e inquilino. -time (JIT), o que implica uma menor necessidade de espaço. 12 aos sendo que cada vez mais, assiste-se mercado a seguirem políticas just-in- CARREGADO AZAMBUJA BENAVENTE MALVEIRA V. F. DE XIRA ALVERCA LOURES ALCOCHETE SINTRA AMADORA CASCAIS LISBOA MONTIJO BARREIRO ALMADA pela elevada disponibilidade de espaços uma CARTAXO PINHAL NOVO PALMELA SETÚBAL LISBOA CENTRO AMADORA, SINTRA E CASCAIS AZAMBUJA E ALVERCA LOURES MARGEM SUL – POENTE/SUL MARGEM SUL – NASCENTE/NORTE building opportunities Registou-se um ajustamento genera- proprietários por manter os valores pedi- lizado dos valores de arrendamento e dos e em simultâneo ter uma maior mar- venda em todas as zonas estudadas. A gem negocial implícita que pode nalguns renda prime desceu ligeiramente para casos ultrapassar os 25%. o valor de 4,0€/m /mês 2 em localizações como Alverca e Azambuja. A renda prime do mercado é ligeira- Importa por último registar que algumas mente inferior à praticada em Lisboa, operações apresentaram atingindo um valor de 3,75€/m2/mês. valores inferiores ou superiores aos re- Relativamente ao limite inferior das feridos, mas dado que configuraram rendas unitárias, os valores de 2013 re- situações atípicas, quer de negócio, gistaram algum ajustamento, tendo sido quer de ocupação/área/contrato, não transacionados espaços qualificados a foram consideradas como referência de um valor aproximado de 2,00€/m2/mês. efetuadas mercado. Tendências GRANDE PORTO BRAGA PÓVOA DO VARZIM VILA DO CONDE MAIA MATOSINHOS TROFA SANTO TIRSO VALONGO PAREDES GONDOMAR PENAFIEL PORTO VILA NOVA DE GAIA No global, a oferta existente para O mercado industrial e logístico encon- imóveis do mercado logístico pode tra-se, à semelhança de anos anteriores, qualificar-se como razoável/boa qua- pouco dinâmico e a recuperação econó- lidade, estando atualmente diversos mica é crucial para que o mesmo pos- imóveis desocupados com todas as sa crescer. Dada a atual conjuntura e a valências e equipamentos característicos retração generalizada da procura interna, de uma oferta premium. não se perspetiva que o aumento das exportações seja suficiente para criar um Também em termos de localização, aumento significativo na procura deste importa referir que os imóveis qualifi- tipo de espaços. cados situam-se geralmente em zonas preparadas de raiz para o efeito e com As principais tendências de mercado boas acessibilidades e visibilidade. mantêm-se idênticas às verificadas em 2013 e referem-se à racionalização AVEIRO VILA DO CONDE E PÓVOA DO VARZIM MAIA E MATOSINHOS VALONGO E GONDOMAR VILA NOVA DE GAIA O mercado em 2013, à semelhança e flexibilidade das instalações, contratos do ano de 2012, manteve o ritmo da e custos, em busca de uma maior efi- procura a níveis historicamente bai- ciência operacional. Espera-se deste xos. Segundo informação cedida pelos modo que a renegociação dos contratos principais operadores de mercado, o permaneça o maior driver do mercado número de negócios continua em de- em 2014. créscimo (transações/arrendamentos), sendo escassos os pedidos para visitas Dada a elevada dimensão e qualidade da e informações sobre imóveis por parte oferta face à diminuta procura, perspetiva- de potenciais ocupadores. -se que os espaços existentes levarão um razoável período de tempo a serem es- tendências Grande Porto coados, pelo que a construção especulati- O mercado de industrial e logística va se deverá manter em níveis residuais. rendas procura oferta do Grande Porto mantém um nível de performance reduzido fruto da atual Por fim, importa referir que alguns gru- conjuntura económica pelo que o pos empresariais têm demostrado al- volume de oferta se mantém estável gum interesse em investir em espaços e a procura continua a ser diminuta. logísticos e industriais de forma a criar condições para o seu crescimento, não Consequentemente, os transação/arrendamento valores de obstante, grande parte destas operações voltaram a referirem-se a autopromoção de imóveis ser ajustados em baixa, optando os tailored maid. 13 wmarket review 2013/14 TURISMO Numa análise das dormidas por país NÚMERO DE DORMIDAS EM PORTUGAL (2006 – 2013) O turismo tem-se revelado um sector de residência podemos concluir que bastante panorama o crescimento verificado é suportado nacional. Entre 2006 e 2010, o Consumo pelo aumento da atratividade turística do Turismo no Território Económico, uma de Portugal junto das grandes economias rúbrica que inclui todas as despesas de europeias Alemanha 20 consumo turístico efetuadas quer por e França), aliada aos crescentes confli- 15 residentes quer por não residentes, tem tos no Médio Oriente, o que provocou 10 tido um peso relativamente constante, alguma deslocalização da procura, ori- de aproximadamente 9%, no PIB. ginando um aumento de 8% do núme- 5 alterações mais significativas verifica- mento de 4,2% do número de hóspedes ram-se no mercado Francês, com um (num total de 14,4 milhões), relativa- aumento de 14,5%, e no mercado Irlandês mente a 2012 (13,8 milhões) e um au- com um aumento de 11,3%. Em termos mento de 5% no número de dormidas absolutos os Mercados Inglês e Alemão (41,7 milhões). Entende-se por hóspede continuam a ser os mais expressivos o indivíduo que efetua pelo menos uma e significativos para o turismo nacional. 2013 estrangeiros. Em termos individuais, as Em 2013 registou-se, em Portugal, um au- 2006 Hotelaria Nacional 2012 0 ro de dormidas efetuadas por turistas 2011 Unido, 25 2010 (Reino 30 2009 no 2008 significativo 2007 Turismo no PIB ESTRANGEIROS NACIONAIS VALORES EM MILHÕES DE UNIDADES FONTE: TURISMO DE PORTUGAL / ANÁLISE: WORX dormida num estabelecimento turístico. No que diz respeito às dormidas (número de noites que um indivíduo passa num estabelecimento turístico), como já tinha sido antecipado no W MARKET REVIEW 2012 manteve-se a contração do turismo interno, verificando-se um decrésci- NÚMERO DE DORMIDAS POR PAÍS EMISSOR (2008 – 2013) mo de 1% no número de dormidas de 7.000.000 to contínuo das dormidas do mercado 6.000.000 internacional, que atingiu em 2013 o seu 5.000.000 valor mais alto (29,4 milhões dormidas), 4.000.000 representando 71% do total das dormi- 3.000.000 das em Portugal. 2.000.000 T: 4,5% A: 11,2% T: 2,3% A: 11,1% T: 0,2% A: 0,7% T: 1,4% A: -1,1% T: 9,9% A: 14,5% T: 12,7% A: 7,4% T: -2,9% A: -7,4% T:1,5% A: 11,3% IRLANDA 2009 que se regista um crescimen- T: -0,9% A: 8,6% ITÁLIA 8.000.000 BRASIL turistas nacionais (12,3 milhões). Desde 1.000.000 mento médio anual (TCMA) de 2,6% enquanto o número de dormidas de turistas nacionais registou uma TCMA de 0,7%. 14 2008 2009 2010 2011 2012 2013 T = TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL VALORES DE DORMIDAS DE ESTRANGEIROS / FONTE: TURISMO DE PORTUGAL / ANÁLISE: WORX OUTROS FRANÇA HOLANDA ESPANHA estrangeiros verificou uma taxa de cresci- ALEMANHA 8 anos, o número de dormidas de turistas 0 REINO UNIDO Foi possível apurar que, nos últimos A = 2013/2012 building opportunities Numa entre Outro dado relevante que este gráfico 2012 e 2013, destaque para a Região análise inter-regional, nos permite concluir é que o Algarve dos Açores que registou um aumento tem estado estagnado, com uma TCMA de 10% no número de dormidas nos últimos 8 anos de 1%, ou seja, (invertendo a tendência decrescente a região não tem perdido em termos verificada nos últimos anos), seguindo-se genéricos capacidade de atração, mas a Madeira com um crescimento de 9%, também não tem tido capacidade de o Norte com um crescimento de 8% atrair novos turistas. e a região de Lisboa com um crescimento NÚMERO DE DORMIDAS ANÁLISE INTER-REGIONAL 14% AÇORES 12% 10% MADEIRA NORTE de 7%. No entanto, em termos absolutos, Ao nível das receitas, o ano 2013 continuam a ser as regiões do Algarve revelou ser um ano bastante positivo e de Lisboa as que registam maior para o turismo Português. As receitas número de dormidas, com 14.837.350 de alojamento registaram um aumento e 10.066.343, respetivamente. de 6%, comparativamente com 2012, e representaram aproximadamente 70% 8% ALGARVE 6% 2% -2% 1% 0 -2% das receitas globais. LISBOA 4% CENTRO 1% 2% 3% ALENTEJO 4% De um modo geral, entre 2012 e 2013, 5% o aumento das receitas com alojamento -4% foram igualmente acompanhadas de VALORES DA VAR. % 2012 – 2013 TAXA DE CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL: 2005 – 2013 FONTE: INE, TURISMO DE PORTUGAL / ANÁLISE: WORX (O DIÂMETRO DOS CÍRCULOS ESPELHA O PESO DA REGIÃO NO TOTAL NACIONAL) um aumento do RevPar (indicador que mede as receitas geradas por quarto disponível). Os maiores aumentos verificaram-se ao nível dos hoteis apartamentos e dos aldeamentos turísticos, com 7,5% e 7,4% respetivamente. “Ao nível das receitas, o ano 2013 revelou ser um ano bastante positivo para o turismo Português.” Segundo os dados disponíveis é ainda de destacar o decréscimo de 1% do RevPar nas unidades de 5* (de 59,1€, em 2012, para 58,07€, em 2013), que se pode justificar pelo aumento da competitividade deste segmento, fruto da abertura das novas unidades hoteleiras 5* ao longo de 2013. Em termos de regiões, Lisboa continua REVPAR NACIONAL POR CLASSIFICAÇÃO (2011 – 2013) a registar valores bastante díspares no 70,00 panorama nacional. O RevPar nas unida- 60,00 des de 5* verificou um valor 22% superior 50,00 ao nacional, nas unidades de 4* 37% su- 40,00 perior e nas unidades de 3* 76% superior. 30,00 Por oposição ao que se tinha registado 20,00 no período 2011–2012, verificou-se uma 2011 2012 2013 VALORES EM EUROS(€) / FONTE: TURISMO DE PORTUGAL / ANÁLISE: WORX OUTROS APARTAMENTOS TURÍSTICOS ALDEAMENTOS TURÍSTICOS POUSADAS HOTEIS APARTAMENTOS 2*/1* 3* 4* 5* 10,00 tendência crescente das taxas de ocupação durante o ano de 2013. Numa comparação mensal é possível constatar que as taxas de ocupação foram, na sua maioria, superiores ao seu mês homólogo de 2012, com exceção dos meses de janeiro e abril. 15 wmarket review 2013/14 Em termos nacionais a taxa de ocupação média situou-se nos 55,4%, o que repre- TAXAS DE OCUPAÇÃO NACIONAL (2012 – 2013) senta um aumento de 8%, relativamente ao ano anterior. Em termos regionais a 90,0 Região da Madeira registou uma taxa de 80,0 ocupação média anual de 66%, seguin- 20 15 70,0 10 60,0 do-se Lisboa com 65% e Algarve com 50,0 61%. 40,0 5 0 30,0 em 2013 Em 2013 foram inauguradas 31 novas unidades hoteleiras com classificações entre 5* e 2*, num total de 2.635 novos quartos, o que representa um incremento -5 10,0 -10 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Abertura de unidades hoteleiras 20,0 VAR 12/13 2012 2013 VALORES DA TX. OC. (%); VALORES DA VAR. 2012/2013 (%) FONTE: TURISMO DE PORTUGAL / ANÁLISE: WORX de 3% face à oferta total de quartos, para as classificações mencionadas. Lisboa foi a região onde foram inaugurados mais quartos (37% do total), seguindo-se o Algarve com 29% e o Alentejo com 11%. São de destacar as inaugurações do Epic Sana Lisboa Hotel (hotel de 5* com 311 quartos) e o Epic Sana Algarve Hotel (hotel de 5* com 229 quartos), ambos pertencentes ao Grupo Sana, que colocaram no mercado um total de 540 novos quartos, o equivalente a 20% da nova oferta. Evidencia-se também a abertura do Be Live Palmeiras Village (em soft opening), localizado em Porches, Algarve, disponibilizando 278 quartos, num total previsto de 517, e o qual se prespetiva estar em pleno funcionamento até 2020. Trata-se da primeira unidade do grupo espanhol Globalia, detentora da Be Live Hotels & Resorts, em Portugal. Portugal no contexto europeu Embora Portugal tenha registado um aumento de 5% do número de dormidas entre 2012/2013, este valor é moderado classificação designação Algarve Lisboa Lisboa Algarve Alentejo 260 76 311 229 45 5* 5* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* Hotel Quinta do Lorde Pestana Colombos Premium Club Lisboa Prata Boutique Hotel Be Live Palmeiras Village The Beautique Hotel Figueira Evidência Belverde Atitude Hotel Hotel Villa Montemor Hotel Rossio Real Abadia Congress & Spa Hotel Olissipo Saldanha Hotel Minho (remodelação) Hotel Santa Justa Memmo Alfama Hotel da Música Hotel Tryp Lisboa Aeroporto Monte Filipe Hotel & Spa Ecorkhotel - Évora Suites & SPA Boiça Hotel Madeira Madeira Lisboa Algarve Lisboa Lisboa Centro Alentejo Centro Lisboa Norte Lisboa Lisboa Norte Lisboa Alentejo Alentejo Lisboa 141 100 25 278 50 71 36 18 32 49 65 54 42 85 168 50 56 27 São de destacar os resultados da Grécia, 4* 4* 4* 3* 3* 2* 2* TOTAL 7,6% e de Malta com um incremento de 7,5%. Em termos absolutos Espanha continua a ser o país que regista o maior número de dormidas, seguindo-se a N.º Quartos Vidamar Resorts Algarve Vila Galé Collection Palácio dos Arcos Epic Sana Lisboa Hotel Epic Sana Algarve Hotel Alentejo Marmoris Hotel & Spa 4* Unido com 10,9%, de Montenegro com concelho 5* 5* 5* 5* 5* comparativamente com outros países. com um crescimento de 14,6%, do Reino 16 abertura de unidades hoteleiras em 2013 Fonte: Worx Hotel Vila D’ Óbidos Art Garden Hotel Rural & Spa Maçarico Beach Hotel (reconversão) Hotel Oliveira (reconversão) Convento da Sertã Hotel Hotel Riversuites Hotel Villa Aljustrel B&B Évora Hotel Ibis Lisboa Parque das Nações Centro Centro Norte Centro Centro Alentejo Alentejo Lisboa 40 30 20 25 26 33 81 112 2.635 building opportunities VARIAÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE DORMIDAS (2012/2013) 14,6 10,9 5,1 ITÁLIA CHIPRE LIECHTENSTEIN ROMÉNIA HOLANDA PORTUGAL MALTA MONTENEGRO -1,8 -3,8 -3,9 FINLÂNDIA 6,9 -0,3 -0,9 REINO UNIDO Comparando o número de dormidas com pleto com o quarto lugar a ser ocupado o número de hóspedes conclui-se que as pela França e o quinto lugar pelo Reino ilhas do mediterrâneo, Chipre e Malta, Unido. Portugal ocupa a sétima posição. registam as maiores estadias médias, de aproximadamente 6 dias. Verifica- 7,6 7,5 GRÉCIA Alemanha e a Itália. O Top 5 fica com- VALORES (%) / FONTE: EUROSTAT / ANÁLISE: WORX No que diz respeito ao número de se ainda que os mercados tradicionais hóspedes a Grécia foi, novamente, e já consolidados (como Alemanha, quem registou o maior incremento França (15%), seguindo-se a Dinamarca com estadias médias de 2 noites, enquanto 14% e a Letónia com 13%. Da análise mercados emergentes, como a Croácia, realizada é evidente a crescente procu- Montenegro ra pelos países mais a leste da Europa estadias médias de 4 noites. e Reino ou Unido) Bulgária, registam registam (como é o caso de Letónia, Lituânia ou Bulgária) que viram o número de Tendências hóspedes aumentar, em média, 9%. O ano de 2014 não será um ano tão Como já tinha sido referido, Portugal expressivo como 2013 no que diz viu o número de hóspedes aumentar respeito a novas unidades, no entan- cerca de 4,9%, o que o coloca a meio to prevê-se a abertura de 25 unidades, da tabela relativamente à variação do num total de 1.787 quartos, sendo 52% número de hóspedes. desses quartos localizados em Lisboa o que vem reforçar a crescente atrativida- Em termos absolutos, a Alemanha de desta região, que foi considerada o continua a ser o país que mais hóspedes melhor destino de City-break da Europa recebe, seguindo-se França em segundo, em 2013, segundo o World Travel Espanha em terceiro, Itália em quarto Awards. e em quinto o Reino Unido. Ainda assim perspetiva-se que a recuperação económica iniciada em 2013 se mantenha em 2014 e se reperPREVISÃO de abertura de unidades hoteleiras em 2014 Fonte: Worx Hotel Avenida da Liberdade Porto Bay Liberdade Evolutee - Royal Óbitos SPA & Golf Resort Grand Douro Hotel Marina & Spa Torre da Palma Wine Hotel L’And Reserve Hotel Atlântico Estoril Residence Pousada da Serra da Estrela Bessa Hotel Lisboa "Douro Equus Resort Natur" Hotel Golden Tulip Águeda Hotel Portugal Sana Evolution Saldanha Hotel Fábrica do Chocolate Lux Lisboa Park Holiday Inn Express R. Alexandre Herculano Hotel Bolsa do Pescado Hotel Palácio da Batalha Hotel Universal Entre Memórias Ribeira do Porto Hotel HF Fénix Music Holiday Inn Lisboa Old Town Rossio Garden Hotel Ibis Budget Braga (reconversão) B&B Matosinhos concelho Lisboa Lisboa Centro Norte Alentejo Alentejo Lisboa Centro Lisboa Norte Centro Lisboa Lisboa Norte Lisboa Lisboa Norte Norte Norte Norte Lisboa Lisboa Lisboa Norte Norte N.º Quartos 25 98 39 69 19 38 59 98 113 30 83 53 144 18 97 108 95 107 29 18 110 70 56 82 129 1.787 com a manutenção da atratividade do turismo nacional. Simultaneamente, o investimento neste setor pode ter em 2014 um impulso bastante positivo uma vez que existe um conjunto de cadeias hoteleiras internacionais, ainda não presentes em Portugal, e que estão a olhar e a estudar o mercado nacional perspetivando-se a sua entrada no curto prazo. tendências procura 5* 5* 5* 5* 5* 5* 5* Pousada 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 3* 3* 2* 2* 2* TOTAL oferta classificação designação cuta positivamente no setor turístico 17 wmarket review 2013/14 VOLUME DE INVESTIMENTO EUROPEU 200 INVESTIMENTO 150 137 114 112 110 95 65 milhões de Euros, o que representa um aumento de 22% face ao ano passado 2013 2012 2011 2010 2009 2008 europeu ascendeu em 2013 a 137 mil 2007 O volume de investimento imobiliário 2006 Perspetiva Internacional 1T 2T 3T 4T VALORES 10^9€ FONTE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANEIRO 2014 e que traduz um maior dinamismo do mercado que veio contrariar as previsões do final do ano passado. Analisando o volume de investimento europeu nos últimos 8 anos pode concluir-se que INVESTIMENTO EUROPEU POR SETOR DE ATIVIDADE 2013 foi o ano com melhor performance desde 2007 o que é um sinal muito positivo para o mercado. mais apetecível representando em 2013 48% quase 50% do volume total, seguindo- ESCRITÓRIOS O segmento de Escritórios continua a ser o se o Retalho com um peso de 23% enquanto o segmento Outros representa praticamente 1/5 do mercado. Em termos de crescimento, apesar do peso diminuto do I&L, este foi o segmento que registou o maior crescimento (cerca de 37% entre 23% RETALHO 10% INDUSTRIAL & LOGÍSTICA 19% OUTROS FONTE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANEIRO 2014 2012 e 2013). O fluxo de capital na Europa e o aumento da liquidez têm, desde 2009, colocado uma pressão descendente EVOLUÇÃO PRIME YIELDS MÉDIAS ativos prime no West End, a prime 7,00% yield de escritórios atingiu os 3,75% 6,50% isto é, o mesmo nível do registado em 6,00% 5,50% 5,00% mercados tem vindo a dispersar a 4,50% atenção dos investidores que não 4,00% conseguindo investir nestes mercados, 3,50% oportunidades. REINO UNIDO EUROPA DO SUL PAÍSES NÓRDICOS ALEMANHA BENELUX FRANÇA FONTE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANEIRO 2014 18 2013 mercados secundários mas com boas 3,00% 2012 em 2011 investimento 2010 o 2006 ponderam 2009 2007. Esta compressão de yields nestes 2008 em mercados como Londres onde para 2007 nas yields que tem sido muito marcada building opportunities VOLUME DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL Investimento em Portugal A atividade de investimento em Portugal 1.500 1.400 mostrou um grande dinamismo em 2013 quando comparado com a performance do mercado nos últimos anos. O volume de investimento nacional em 2013 727 atingiu 514 417 aproximadamente 417 M€ o que representa um acréscimo de cerca de 130% quando comparado com 179 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 254 o registado em 2012. 2013 600 VOLUME MÉDIA ANUAL VALORES 10^6€ / FONTE: WORX Embora este valor ainda se encontre longe do volume de investimento dos anos 2006 e 2007, é um sinal bastante positivo de recuperação da confiança no mercado de investimento, com uma atividade significativa e conclusão de VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL POR SETOR DE ATIVIDADE várias operações importantes. O Retalho foi, em 2013, o segmento dominante representando mais de 40% do volume total de investimento tendo a aquisição de 50% do Cascais 42% Shopping pela Sonae um impacto muito RETALHO muito significativa estão os Escritórios significativo. Com uma representatividade tendo neste segmento ocorrido duas transações importantes – o edifício Báltico e os edifícios Espace & Explorer – não apenas pelos montantes envolvidos 32% ESCRITÓRIOS 20% OUTROS 6% INDUSTRIAL & LOGÍSTICA FONTE: WORX mas sobretudo pelos intervenientes nos mesmos dado terem sido realizadas por investidores institucionais internacionais. A apetência por outra classe de ativos de investimento permanece, embora estes sejam usualmente nichos de mercado “Embora este valor ainda se encontre longe do volume de investimento dos anos 2006 e 2007, é um sinal bastante positivo de recuperação da confiança no mercado de investimento.” específicos, alguns dos quais de turismo, mas o seu peso é já significativo no volume total de investimento. 19 wmarket review 2013/14 Efetivamente, as maiores transações Principais Transações de Investimento em 2013 traduzem a abertura dos VALOR (10^6€) investidores institucionais internacionais IMÓVEL LOCALIZAÇÃO SETOR COMPRADOR a estudar e entrar no mercado português, 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Portfolio Supermercados Liberdade 108 Cascais Algarve Lisboa Lisboa Évora Vila Nova de Gaia Lisboa Grande Lisboa e Porto Lisboa Retalho Turismo Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Sonae Investidor Privado Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente CA Património Crescente GLL Real Estate Partners algo que não era uma realidade há mais de 3 anos. Obviamente, este tipo de investidores tende a valorizar os chamados market fundamentals (ativos core em localizações prime, contratos de arrendamento de longa duração e inquilinos fiáveis) o que 100,0 50,0 43,0 30,0 26,3 16,0 12,1 11,6 10,0 fonte: worx se resume a uma pequena franja de mercado, mas comprova que o mercado nacional tem ainda um conjunto de ativos muito qualificados e atrativos para estes investidores VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL VS. ESTRANGEIRO o que é um sinal muito positivo de recuperação do mercado. 2009 A análise do volume de investimento 2010 internacional e nacional nos últimos anos comprova esta situação. Desde 2009 que o investimento estrangeiro em Portugal vinha a diminuir atingindo mesmo valores residuais em 2011 e 2012. Acresce ainda que as transações efetuadas eram sobretudo realizadas por family offices estando Portugal fora das 2011 2012 353 161 604 195 124 59 126 53 2013 257 159 NACIONAL ESTRANGEIRO VALORES EM 10^6€ / FONTE: WORX rotas de investimento internacionais. Em 2013 inverte-se esta situação e o investimento internacional assume um peso de quase 40% do volume de investimento. O cruzamento desta informação com VOLUME DE INVESTIMENTO POR TIPO DE INVESTIDOR o tipo de investidor comprova a retoma do mercado em 2013. Mais de metade do volume de investimento foi transacionado por investidores institucionais 51% entre os quais os fundos nacionais que tiveram a maior representatividade. FUNDOS No entanto, 20% do volume total de investimento em 2013 foi transacionado por investidores institucionais estrangeiros. Do mesmo modo, os investidores privados tiveram bastante representatividade e do montante total 88% foi capital estrangeiro destacando-se as nacionalidades chinesa, brasileira, inglesa e americana. 20 24% EMPRESAS IMOBILIÁRIAS & REITS 21% INVESTIDOR PRIVADO 3% OUTROS (BANCOS) 1% CORPORATES FONTE: WORX building opportunities Pode assim concluir-se que efetivamente Acresce ainda que os denominados 2013 foi um ano positivo em termos Golden Visa têm atraído um fluxo de investimento em Portugal que tem significativo vindo a beneficiar da grande liquidez para Portugal sobretudo de origem existente na Europa e no esmagamento chinesa cujo enfoque, embora seja das maioritariamente yields nas principais cidades de capital estrangeiro habitacional, tem europeias. Não conseguindo adquirir sido igualmente dirigido a ativos de imóveis nos mercados mais tradicionais, rendimento e promoção. os investidores têm procurado oportuni- EVOLUÇÃO DAS GROSS PRIME YIELDS POR SETOR 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0 ESCRITÓRIOS RETALHO EURIBOR (6 MESES) INDUSTRIAL & LOGÍSTICA FONTE: WORX, BANCO DE PORTUGAL dades em mercados secundários e dado Neste contexto de maior dinamismo o ajustamento dos valores no imobiliário do nacional e a estabilidade política do país, contração das gross prime yields de Portugal surge como uma boa opção no escritórios e de retalho que se situam contexto europeu. nos 7,75% e nos 7,25%, respetivamente mercado, assistiu-se a uma e inversamente registou-se a subida No entanto, importa referir que os da yield de industrial & logística que investidores institucionais internacionais se situa nos 9,25%. Da mesma forma, analisam criteriosamente o mercado embora as taxas de juro se mantenham pelo que as negociações continuam ainda em níveis baixos, assiste-se a a ser precedidas de longo períodos. uma ligeira subida fruto da recuperação Simultaneamente, económica que se começa a desenhar. para as tendem melhores a olhar oportunidades existentes que correspondem a um stock relativamente diminuto dada a própria dimensão do mercado. Por último, a disponibilidade para adquirir imóveis em Portugal depende de uma boa relação valor/risco pelo que o equilíbrio entre ambas implica a capacidade dos proprietários dos imóveis serem capazes de ajustar valores dos seus ativos. “No entanto, importa referir que os investidores institucionais internacionais analisam criteriosamente o mercado pelo que as negociações continuam a ser precedidas de longo períodos.” 21 wmarket review 2013/14 Tendências Mantém-se a tendência de investimento A performance do mercado em 2013 em ativos de escritórios e retalho traduz um interesse renovado por embora se preveja que a promoção Portugal fruto da compressão das yields possa ressurgir em parte motivada por no resto da Europa e cria bastantes capitais chineses, que impulsionados expectativas sobre o mercado em 2014. pelos Golden Visa, têm adquirido imóveis Perspetiva-se com esta finalidade para posterior a manutenção deste dinamismo e a atratividade do imobiliário revenda com o mesmo objetivo. português para um conjunto alargado de investidores quer institucionais quer Embora o valor das yields continue a privados. manter o imobiliário português bastante atrativo em comparação com o resto da É se Europa, perspetiva-se que a compressão concretizem um conjunto de operações expectável que em 2014 das mesmas iniciada em 2013 se de alguma dimensão no mercado. mantenha em 2014. No entanto, o stock preferencial para investimento (ativos core em localizações prime) é limitado pelo que se espera que, a prazo, se alargue o stock exigível para investimento, com outras oportunidades no mercado, mesmo em volime de investimento Prime Yield industrial & Logística Prime Yield retalho tendências Prime Yield escritórios localizações secundárias. “Perspetiva-se a manutenção do dinamismo e a atratividade do imobiliário português em 2014, para um conjunto alargado de investidores, quer institucionais quer privados.” 22 wmarket review 2013/14 RETALHO / RETAIL ÁREA BRUTA LOCÁVEL POR ANO 2013 ESCRITÓRIOS / OFFICES •Carência de oferta no Chiado, de cariz mais trendy, para a procura crescente. •Lack of stock in Chiado, the most trendy spot, as regards the growing demand. 21,25 21,00 19,50 19,50 18,50 2009 2008 18,50 2007 L’Oreal Paris Beauty Boutique Havaianas Levi’s Store Stradivarius Geox Amorino Arcádia Proof 2005 chiado 2003 Main openings of high street shops in 2013 David Rosas Penhalta Noivas Cartier Torres Joalheiros Michael Korrs Max Mara Elisabetta Franchi Rimowa Aristocrazy Fancy Joalheria 19,00 18,65 2006 principais aberturas de lojas de rua em 2013 Av. da Liberdade 21,50 20,20 20,00 2002 •High street shopping strong and attractive in counter cycle with the market. 22,00 2001 •Reforço da Av. da Liberdade como artéria de luxo em Lisboa com um conjunto de aberturas de novas marcas do segmento premium. •Reinforcement of Av. da Liberdade as a luxury avenue in Lisbon with a number of new luxury brands. 22,50 2000 •Comércio de rua com elevado dinamismo e em contraciclo com o mercado. THE PRIME RENT 18,00 2013 •Increasing trend in market values with prime rent reaching 18,5€/sq m/month. EVOLUÇÃO DA RENDA PRIME 2012 •Tendência de subida dos valores de mercado com a renda prime de escritórios a atingir 18,5€/m2/mês. 2011 CRESCIMENTO ABL (10^3 M2) GLA GROWTH (10^3 SQ M); TOTAL ABL (10^3 M2) TOTAL GLA (10^3 SQ M) FONTE/SOURCE: WORX 2010 OUTROS FORMATOS DE RETALHO OTHER RETAIL FORMATS CENTROS COMERCIAIS SHOPPING CENTERS STOCK STOCK 2004 2011 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2012 2010 2009 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2008 GROSS LETTABLE AREA PER YEAR 2007 •Contraction of investment in new retail premises still continues and stock is stable at 3,6 million sq m of GLA. 2006 •Manutenção da contração do investimento em novas superfícies comerciais pelo que se mantém estável o stock nos 3,6 milhões de m2 de ABL. 2013/14 principais conclusões main conclusions VALORES €/M2/MÊS VALUES IN €/SQ M/MONTH FONTE/SOURCE: WORX fonte/Source: worx •Take-up em novo mínimo histórico – 77.800 m2 – uma quebra de 25% face a 2012. EVOLUÇÃO DO TAKE-UP •Lowest take-up since there are records – 77,800 sq m – a fall of 25% compared with 2012. 200.000 TAKE-UP 250.000 150.000 100.000 TURISMO / HOspitality 50.000 NATIONAL OCCUPANCY ROOM RATE (2012 – 2013) 90,0 •31 new hotels and 2,635 bedrooms opened in 2013 which is an increase of 41% and 55% when compared to 2012. -5 10,0 -10 0 VAR 12/13 CHANGE 12/13 2012 2013 VALORES DA TX. OC. (%) OCCUPANCY RATE (%); VALORES DA VAR. 2012/2013 (%) CHANGE 2012/2013 (%) FONTE/SOURCE: TURISMO DE PORTUGAL/PORTUGUESE TOURIST BOARD / ANÁLISE/ANALYSIS: WORX •Taxa de desocupação com tendência crescente atingindo os 13,25%. 2013 2012 2011 2010 2009 2008 14 500.000 12 10 400.000 8 300.000 6 200.000 •Trend to relocate representing 62% of the area taken up in order to reduce area and costs. •Increasing vacancy rate reaching 13,25%. 4 100.000 2 0 0 NOVO NEW USADO USED VACANCY VACANCY ÁREA DISPONÍVEL (M2) AVAILABLE AREA (SQ M); VACANCY RATE (%) VACANCY RATE (%) FONTE/SOURCE: WORX, LPI 2013 •Occupancy rate of 55,4% which is an increase of 8% regarding last year. 600.000 2012 20,0 VACANCY RATE AND AVAILABILITY OF NEW AND USED OFFICES 2011 0 30,0 VACANCY RATE E DISPONIBILIDADE DE ESPAÇOS NOVOS E USADOS 2010 40,0 •Take-up motivado pela mudança de instalações (62% da área absorvida) numa ótica de racionalização de espaço e custos. 2009 •Inauguração de 31 novas unidades e 2.635 quartos, um aumento de 41% e 55%, respetivamente, em relação a 2012. 5 JAN JAN FEV FEB MAR MAR ABR APR MAI MAY JUN JUN JUL JUL AGO AUG SET SEP OUT OCT NOV NOV DEZ DEC •Taxa de ocupação de 55,4%, o que representa um aumento de 8%, relativamente ao ano anterior. 50,0 2008 10 60,0 2007 •Lodgement revenues with an increase of 6% as regards 2012, representing around 74% of total revenues. 15 70,0 2006 •Receitas de alojamento com um aumento de 6%, comparativamente com 2012, representando cerca de 74% das receitas globais. 80,0 2005 •Increase of 8% in the number of nights spent by international tourists in 2013. TAKE UP TAKE UP TAKE UP MÉDIO AVERAGE TAKE UP VALORES (M2) VALUES IN SQ M FONTE/SOURCE: WORX, LPI 20 2004 •Aumento de 8% do número de dormidas de turistas estrangeiros em 2013. 2007 TAXAS DE OCUPAÇÃO NACIONAL (2012 – 2013) 2003 •Maintenance of the domestic tourism which is compensated by the increase in foreign demand. 2006 0 •Manutenção da contração do turismo interno o que é contrabalançado pelo aumento da procura externa. building opportunities wmarket review 2013/14 INVESTIMENTO / INVESTMENT •The volume of investment in 2013 reached approximately €417 million, which was about 130% higher than the level in 2012. VOLUME DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL INVESTMENT VOLUME IN PORTUGAL 1.500 1.400 727 600 514 417 •Escritórios com grande representatividade com duas transações importantes – o edifício Báltico e os edifícios Espace & Explorer – preconizadas por investidores institucionais internacionais. •Retail is the dominant sector with a volume of more than 40% of total investment volume with the acquisition of 50% of CascaisShopping by Sonae having a substantial impact. •This type of investor places a lot of importance on the so called market fundamentals which applies to only a small section of the market. Main Investment Deals •It shows however that the Portuguese market still has a number of assets which are very suitable and attractive to these investors, and this is a very positive sign of the recovery of the market. VALUE (10^6€) BUILDING LOCATION SECTOR BUYER 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Cascais Algarve Lisbon Lisbon Évora Vila Nova de Gaia Lisbon Greater Lisbon and Oporto Lisbon Retail Tourism Offices Offices Retail Offices Offices Sonae Private Investor Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente 100.0 50.0 43.0 30.0 26.3 16.0 12.1 Retail CA Património Crescente 11.6 Offices GLL Real Estate Partners 10.0 Supermarkets Portfolio VOLUME VOLUME MÉDIA ANUAL ANNUAL AVERAGE VALORES 10^6€ VALUES IN 10^6€ FONTE/SOURCE: WORX •Retalho como sector dominante representando mais de 40% do volume total sendo representativa a aquisição de 50% do CascaisShopping pela Sonae. •These transactions show that international institutional investors are now looking seriously at entering the Portuguese market, something which has not happened for more than three years. 179 2012 2011 2010 2009 2008 2006 2007 254 2013 •Volume de investimento nacional de 417 M€, mais 130% que em 2012. Liberdade 108 SOURCE: worx VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL POR SETOR DE ATIVIDADE NATIONAL INVESTMENT VOLUME BY SECTOR OF ACTIVITY •Offices accounted for a significant percentage of investment with two important deals – the Báltico building and the Espace & Explorer buildings – whose buyers were international institutional investors. 42% •Valores residuais do investimento internacional em Portugal desde 2009 e o existente era de family offices. •Since 2009 foreign investment in Portugal has been falling and the deals done were mainly purchases by family offices. VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL VS. ESTRANGEIRO •Inversão desta situação em 2013, com o investimento internacional a assumir um peso de quase 40% do volume de investimento. •In 2013 this situation changed and international investment accounted for almost 40% of the investment volume. 2009 LOCAL AS OPPOSED TO FOREIGN INVESTMENT VOLUME 2012 161 604 2010 2011 RETALHO RETAIL 353 195 124 59 126 53 2013 257 159 NACIONAL LOCAL ESTRANGEIRO FOREIGN VALORES EM 10^6€ VALUES IN 10^6€ FONTE/SOURCE: WORX 32% ESCRITÓRIOS OFFICES 20% OUTROS OTHERS 6% INDUSTRIAL & LOGÍSTICA INDUSTRIAL & LOGISTICS FONTE/SOURCE: WORX •Valorização dos market fundamentals (ativos core em localizações prime, contratos de arrendamento de longa duração e inquilinos fiáveis) o que se resume a uma pequena franja de mercado. •Mercado nacional com um conjunto de ativos muito qualificados e atrativos para estes investidores o que é um sinal muito positivo de recuperação do mercado. Principais Transações de Investimento IMÓVEL LOCALIZAÇÃO SETOR COMPRADOR 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Portfolio Supermercados Liberdade 108 Cascais Algarve Lisboa Lisboa Évora Vila Nova de Gaia Lisboa Grande Lisboa e Porto Lisboa Retalho Turismo Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Sonae Investidor Privado Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente CA Património Crescente GLL Real Estate Partners VALOR (10^6€) 100,0 50,0 43,0 30,0 26,3 16,0 12,1 11,6 10,0 •Market prime yields for offices and shops have contracted and now stand at 7.75% and 7.25% respectively. •Subida da yield de industrial & logística que se situa nos 9,25%. •The yield on industrial and logistics properties has risen to 9.25%. EVOLUÇÃO DAS GROSS PRIME YIELDS POR SETOR GROSS PRIME YIELDS BY SECTOR 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 •Maior abertura dos investidores institucionais internacionais a estudar e entrar no mercado português, algo que não era uma realidade há mais de 3 anos. •Ajustamento em baixa das yields prime de escritórios e de retalho que se situam nos 7,75% e nos 7,25%, respetivamente. ESCRITÓRIOS OFFICES RETALHO RETAIL INDUSTRIAL & LOGÍSTICA INDUSTRIAL & LOGISTICS EURIBOR (6 MESES) EURIBOR (6 MONTHS) FONTE/SOURCE: WORX, BANCO DE PORTUGAL/THE BANK fonte: worx OF PORTUGAL building opportunities wmarket review 2013/14 INVESTIMENTO / INVESTMENT •The volume of investment in 2013 reached approximately €417 million, which was about 130% higher than the level in 2012. VOLUME DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL INVESTMENT VOLUME IN PORTUGAL 1.500 1.400 727 600 514 417 •Escritórios com grande representatividade com duas transações importantes – o edifício Báltico e os edifícios Espace & Explorer – preconizadas por investidores institucionais internacionais. •Retail is the dominant sector with a volume of more than 40% of total investment volume with the acquisition of 50% of CascaisShopping by Sonae having a substantial impact. •This type of investor places a lot of importance on the so called market fundamentals which applies to only a small section of the market. Main Investment Deals •It shows however that the Portuguese market still has a number of assets which are very suitable and attractive to these investors, and this is a very positive sign of the recovery of the market. VALUE (10^6€) BUILDING LOCATION SECTOR BUYER 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Cascais Algarve Lisbon Lisbon Évora Vila Nova de Gaia Lisbon Greater Lisbon and Oporto Lisbon Retail Tourism Offices Offices Retail Offices Offices Sonae Private Investor Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente 100.0 50.0 43.0 30.0 26.3 16.0 12.1 Retail CA Património Crescente 11.6 Offices GLL Real Estate Partners 10.0 Supermarkets Portfolio VOLUME VOLUME MÉDIA ANUAL ANNUAL AVERAGE VALORES 10^6€ VALUES IN 10^6€ FONTE/SOURCE: WORX •Retalho como sector dominante representando mais de 40% do volume total sendo representativa a aquisição de 50% do CascaisShopping pela Sonae. •These transactions show that international institutional investors are now looking seriously at entering the Portuguese market, something which has not happened for more than three years. 179 2012 2011 2010 2009 2008 2006 2007 254 2013 •Volume de investimento nacional de 417 M€, mais 130% que em 2012. Liberdade 108 SOURCE: worx VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL POR SETOR DE ATIVIDADE NATIONAL INVESTMENT VOLUME BY SECTOR OF ACTIVITY •Offices accounted for a significant percentage of investment with two important deals – the Báltico building and the Espace & Explorer buildings – whose buyers were international institutional investors. 42% •Valores residuais do investimento internacional em Portugal desde 2009 e o existente era de family offices. •Since 2009 foreign investment in Portugal has been falling and the deals done were mainly purchases by family offices. VOLUME DE INVESTIMENTO NACIONAL VS. ESTRANGEIRO •Inversão desta situação em 2013, com o investimento internacional a assumir um peso de quase 40% do volume de investimento. •In 2013 this situation changed and international investment accounted for almost 40% of the investment volume. 2009 LOCAL AS OPPOSED TO FOREIGN INVESTMENT VOLUME 2012 161 604 2010 2011 RETALHO RETAIL 353 195 124 59 126 53 2013 257 159 NACIONAL LOCAL ESTRANGEIRO FOREIGN VALORES EM 10^6€ VALUES IN 10^6€ FONTE/SOURCE: WORX 32% ESCRITÓRIOS OFFICES 20% OUTROS OTHERS 6% INDUSTRIAL & LOGÍSTICA INDUSTRIAL & LOGISTICS FONTE/SOURCE: WORX •Valorização dos market fundamentals (ativos core em localizações prime, contratos de arrendamento de longa duração e inquilinos fiáveis) o que se resume a uma pequena franja de mercado. •Mercado nacional com um conjunto de ativos muito qualificados e atrativos para estes investidores o que é um sinal muito positivo de recuperação do mercado. Principais Transações de Investimento IMÓVEL LOCALIZAÇÃO SETOR COMPRADOR 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Portfolio Supermercados Liberdade 108 Cascais Algarve Lisboa Lisboa Évora Vila Nova de Gaia Lisboa Grande Lisboa e Porto Lisboa Retalho Turismo Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Escritórios Retalho Escritórios Sonae Investidor Privado Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente CA Património Crescente GLL Real Estate Partners VALOR (10^6€) 100,0 50,0 43,0 30,0 26,3 16,0 12,1 11,6 10,0 •Market prime yields for offices and shops have contracted and now stand at 7.75% and 7.25% respectively. •Subida da yield de industrial & logística que se situa nos 9,25%. •The yield on industrial and logistics properties has risen to 9.25%. EVOLUÇÃO DAS GROSS PRIME YIELDS POR SETOR GROSS PRIME YIELDS BY SECTOR 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 •Maior abertura dos investidores institucionais internacionais a estudar e entrar no mercado português, algo que não era uma realidade há mais de 3 anos. •Ajustamento em baixa das yields prime de escritórios e de retalho que se situam nos 7,75% e nos 7,25%, respetivamente. ESCRITÓRIOS OFFICES RETALHO RETAIL INDUSTRIAL & LOGÍSTICA INDUSTRIAL & LOGISTICS EURIBOR (6 MESES) EURIBOR (6 MONTHS) FONTE/SOURCE: WORX, BANCO DE PORTUGAL/THE BANK fonte: worx OF PORTUGAL building opportunities wmarket review 2013/14 RETALHO / RETAIL ÁREA BRUTA LOCÁVEL POR ANO 2013 ESCRITÓRIOS / OFFICES •Carência de oferta no Chiado, de cariz mais trendy, para a procura crescente. •Lack of stock in Chiado, the most trendy spot, as regards the growing demand. 21,25 21,00 19,50 19,50 18,50 2009 2008 18,50 2007 L’Oreal Paris Beauty Boutique Havaianas Levi’s Store Stradivarius Geox Amorino Arcádia Proof 2005 chiado 2003 Main openings of high street shops in 2013 David Rosas Penhalta Noivas Cartier Torres Joalheiros Michael Korrs Max Mara Elisabetta Franchi Rimowa Aristocrazy Fancy Joalheria 19,00 18,65 2006 principais aberturas de lojas de rua em 2013 Av. da Liberdade 21,50 20,20 20,00 2002 •High street shopping strong and attractive in counter cycle with the market. 22,00 2001 •Reforço da Av. da Liberdade como artéria de luxo em Lisboa com um conjunto de aberturas de novas marcas do segmento premium. •Reinforcement of Av. da Liberdade as a luxury avenue in Lisbon with a number of new luxury brands. 22,50 2000 •Comércio de rua com elevado dinamismo e em contraciclo com o mercado. THE PRIME RENT 18,00 2013 •Increasing trend in market values with prime rent reaching 18,5€/sq m/month. EVOLUÇÃO DA RENDA PRIME 2012 •Tendência de subida dos valores de mercado com a renda prime de escritórios a atingir 18,5€/m2/mês. 2011 CRESCIMENTO ABL (10^3 M2) GLA GROWTH (10^3 SQ M); TOTAL ABL (10^3 M2) TOTAL GLA (10^3 SQ M) FONTE/SOURCE: WORX 2010 OUTROS FORMATOS DE RETALHO OTHER RETAIL FORMATS CENTROS COMERCIAIS SHOPPING CENTERS STOCK STOCK 2004 2011 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2012 2010 2009 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2008 GROSS LETTABLE AREA PER YEAR 2007 •Contraction of investment in new retail premises still continues and stock is stable at 3,6 million sq m of GLA. 2006 •Manutenção da contração do investimento em novas superfícies comerciais pelo que se mantém estável o stock nos 3,6 milhões de m2 de ABL. 2013/14 principais conclusões main conclusions VALORES €/M2/MÊS VALUES IN €/SQ M/MONTH FONTE/SOURCE: WORX fonte/Source: worx •Take-up em novo mínimo histórico – 77.800 m2 – uma quebra de 25% face a 2012. EVOLUÇÃO DO TAKE-UP •Lowest take-up since there are records – 77,800 sq m – a fall of 25% compared with 2012. 200.000 TAKE-UP 250.000 150.000 100.000 TURISMO / HOspitality 50.000 NATIONAL OCCUPANCY ROOM RATE (2012 – 2013) 90,0 •31 new hotels and 2,635 bedrooms opened in 2013 which is an increase of 41% and 55% when compared to 2012. -5 10,0 -10 0 VAR 12/13 CHANGE 12/13 2012 2013 VALORES DA TX. OC. (%) OCCUPANCY RATE (%); VALORES DA VAR. 2012/2013 (%) CHANGE 2012/2013 (%) FONTE/SOURCE: TURISMO DE PORTUGAL/PORTUGUESE TOURIST BOARD / ANÁLISE/ANALYSIS: WORX •Taxa de desocupação com tendência crescente atingindo os 13,25%. 2013 2012 2011 2010 2009 2008 14 500.000 12 10 400.000 8 300.000 6 200.000 •Trend to relocate representing 62% of the area taken up in order to reduce area and costs. •Increasing vacancy rate reaching 13,25%. 4 100.000 2 0 0 NOVO NEW USADO USED VACANCY VACANCY ÁREA DISPONÍVEL (M2) AVAILABLE AREA (SQ M); VACANCY RATE (%) VACANCY RATE (%) FONTE/SOURCE: WORX, LPI 2013 •Occupancy rate of 55,4% which is an increase of 8% regarding last year. 600.000 2012 20,0 VACANCY RATE AND AVAILABILITY OF NEW AND USED OFFICES 2011 0 30,0 VACANCY RATE E DISPONIBILIDADE DE ESPAÇOS NOVOS E USADOS 2010 40,0 •Take-up motivado pela mudança de instalações (62% da área absorvida) numa ótica de racionalização de espaço e custos. 2009 •Inauguração de 31 novas unidades e 2.635 quartos, um aumento de 41% e 55%, respetivamente, em relação a 2012. 5 JAN JAN FEV FEB MAR MAR ABR APR MAI MAY JUN JUN JUL JUL AGO AUG SET SEP OUT OCT NOV NOV DEZ DEC •Taxa de ocupação de 55,4%, o que representa um aumento de 8%, relativamente ao ano anterior. 50,0 2008 10 60,0 2007 •Lodgement revenues with an increase of 6% as regards 2012, representing around 74% of total revenues. 15 70,0 2006 •Receitas de alojamento com um aumento de 6%, comparativamente com 2012, representando cerca de 74% das receitas globais. 80,0 2005 •Increase of 8% in the number of nights spent by international tourists in 2013. TAKE UP TAKE UP TAKE UP MÉDIO AVERAGE TAKE UP VALORES (M2) VALUES IN SQ M FONTE/SOURCE: WORX, LPI 20 2004 •Aumento de 8% do número de dormidas de turistas estrangeiros em 2013. 2007 TAXAS DE OCUPAÇÃO NACIONAL (2012 – 2013) 2003 •Maintenance of the domestic tourism which is compensated by the increase in foreign demand. 2006 0 •Manutenção da contração do turismo interno o que é contrabalançado pelo aumento da procura externa. building opportunities ANNUAL wmarket review 2013/14 building opportunities REGULATED BY RICS building opportunities The recovery of the Portuguese real estate market The first signs of the recovery of the Portuguese real estate market were seen in 2013 and we have to congratulate ourselves on that! After years and years of continuous adjustments and of people being busy with how the market will survive, Portugal has succeeded in getting back into the sights of international investors. The recovery and the economic stability of the country, as well as the excess liquidity in Europe and the compression of yields in the main cities of Europe, have contributed to making Portuguese real estate more and more attractive. Pedro Rutkowski CEO Worx Real Estate Consultants The most positive signal in this context is what has resulted from the type of investment attracted. Not only the Golden Visas, which have brought a substantial flow of capital into the country’s real estate, but also the institutional investment which has returned to Portugal. Institutional investors tend to be quite selective in their choice of investment options, and the fact that deals have been completed shows how competitive Portuguese real estate assets are compared with other investment options in other locations. At present investors’ interest is concentrated only on prime assets (well located and let on long term leases to good covenants) where the prospects that property values will rise are high. The increase in demand will force yields down. If this happens at the same time as the expected rise in rents, which are at historically low levels, then the value of these buildings could well go up in the future. “The first signs of the recovery of the Portuguese real estate market were seen in 2013 and we have to congratulate ourselves on that!” The lack of suitable investment grade stock could be a hindrance to the strengthening of the market, as the supply of assets which fulfill the basic requirements of investors is scarce. Then interest might be switched to secondary assets of high quality. That would indicate that there is a greater willingness to accept a higher level of risk, and that would bring more life to the market. In addition we need to get investment diversified. Although the offices sector remains at the top of investor preferences it is becoming clear that there are good retail products, including in particular shopping centres, and attractive market niches (hotel assets, student residences and old age homes). Portugal can have here a prime role to play with innovative and attractive solutions from the point of view of sustained investment. I believe therefore that the positive signs of 2013 will continue and grow bigger during 2014, that Portugal will succeed in continuing to attract international investors and that, by this time next year, we shall be in a position to make a really positive report about the market! wmarket review 2013/14 A new model of urban planning The year 2014 will be a decisive one for the implementation of the new model of urban planning, based on the proposed Basic Law of Land Zoning and Town and Country Planning the general terms of which were approved by Parliament last November. This new model is directed towards the regeneration of existing inner city areas and to bringing life back to their historic zones. We cannot let our city centres lie empty and uninhabited, with cities spreading and people constantly moving in and out, all at great cost particularly in terms of energy. What is involved here is a real change in approach: a)From urban expansion to limiting city spread; b)From municipal boundaries to the integrated inter-municipal management of infrastructure facilities; c)From concentrating on owning one’s home to putting energy into homes to rent: from new building to urban rehabilitation. Miguel de Castro Neto Secretary of State for Town and Country Planning and the Conservation of Nature The proposed Basic Law of Land Zoning and Town and Country Planning is therefore a structural reform which creates a new model of urban planning. It provides a new model for development. The expectation of development has taken away the capacity to restore, and so under this proposed law it is ensured that cities will only be extended when the property within the urban boundaries has run out and cannot respond to new needs. So the amount of land waiting to be developed will be limited and works will be encouraged within the urban perimeter, as will rehabilitation of the inner city. New priority is also given to Inter-municipal cooperation. What was once a residual possibility – because, independently of the degree of wider coordination, it was founded on there having to be municipal plans – becomes a major opportunity. A new way of planning the city has therefore been created. It is a new model of land development, which responds today to future needs. The model laid down in the proposed basic law is enshrined through new measures to incentivise urban rehabilitation both in relation to action and investment programmes and in relation to simplifying the procedures for controlling and licensing urban rehabilitation projects. We believe that this is the way forward for planning and managing town and country planning and, in particular, for restructuring cities based on principles of sustainability and of the efficient use of resources to which we can channel all possible resources. “Under this proposed law it is ensured that cities will only be extended when the property within the urban boundaries has run out and cannot respond to new needs.” building opportunities Less is more Was 2013 a disheartening year for the real estate market or a glimpse at a brighter future in the short/medium term? The former, if we keep a level head about things, is the answer. Could it have gone differently? No. It was what it was: a year that saw banks evincing a parlous dearth of liquidity, insolvent developers and contractors and investors having mixed feelings about the right time to throw their hat in the ring and re-enter the market, to mention just a few recurring themes in 2013. PAULO TRINDADE COSTA Partner Miranda Correia Amendoeira & Associados “The last quarter of 2013 showed that the “perfect storm” is finally breaking.” What can we expect in coming years? Optimists will say that the last quarter of 2013 showed that the “perfect storm” is finally breaking. But hang on. We’re not sinking any deeper, but it’s also hardly the time to take off your life vest. While there are reasons to be hopeful and optimistic, the better days ahead will be more sober than the roaring ones behind us, and it’ll be quite a while before everything gets back into full swing. Unlike other countries, we didn’t create a real estate bubble that burst in our faces and brought our financial system down, but we all knew that we were on borrowed time, time that would come to an end sooner rather than later. Nowadays we’re re-learning the virtue of thrift, and, to be honest, this is good news. Everything is more real now. No one is expecting two-digit economic growth, astronomical government spending, sizeable tax holidays, banks disbursing billions for real estate projects or fantasyland yields. Even so, non-opportunistic investors will return and invest once more. Less will be more. The government is also acting more responsibly (though let’s see for how long) by focusing its attention on fine-tuning key laws, such as those on leases and tourist developments, and ensuring that tax costs associated to real estate are kept level. Market players have also undergone a painful readjustment, reinventing themselves with lighter business structures and diversifying into markets where demand hasn’t gone into a tailspin yet. Fewer and fewer distressed assets are coming on the market, and their holders now seem to have a plan to weather the storm. So why shouldn’t we take off our life vests? There are still too many disruptive conditions that could sink us altogether. Our banks are far from ready to play their role in the economy. The chokehold on liquidity has yet to be lifted and the domestic consumer market remains far too exhausted to take anything more than a few short steps in the right direction. The lack of new projects capable of feeding the market without disruptions in coming years will take its toll if offer falls below expected demand. The victories won by tenants for more recent leases – particularly incentives granted in long-term leases – will prove a heavy millstone around the necks of landlords hoping to fall back in lockstep with the market once it improves. If the signs are right, be prepared to settle for less. Which isn’t such a bad thing after all. wmarket review 2013/14 A TURN AROUND AND REPOSIONING CASE STUDY In August 2013 Dolce Hotels and Resorts took over the management of the Campo Real Lisbon Resort near Torres Vedras just off the A8, 20 minutes north of Lisbon. At the invitation of the Explorer fund, Dolce was invited to take over the operation of the property. Dolce has expertise in the Meetings, Conference, Incentives and Exhibitions (MICE) segment, coupled with experience as a branded operator for transient leisure and corporate business. The resort had previously concentrated predominantly on the transient leisure market segment. The strategic re-alignment for Dolce Campo Real Lisbon is to maintain the transient leisure market but to add meeting space to the hotel and target the northern European meetings and conference business. The hotel is a very nice product, built to high quality standards. Wrapped in a beautiful rural setting within the vineyards of the Estremadura region and near the “Silver Coast,” Dolce CampoReal Lisbon is a distinctively elegant and modern resort with 151 hotel rooms, apartments, three restaurants, three lounges, a challenging 18-hole golf course, Spa, Fitness and equestrian center. Jan-Willem den Ridder Vice President Development EMEA Dolce Hotels and Resorts An inspiring and ideal setting for meetings and events, Dolce CampoReal Lisbon features high quality characteristics for business meetings, wedding receptions and gatherings of all types. The property will be featuring up to 1,200 sq m of conference space through 10 interior function rooms with total capacity for up to 650 people. Portugal is more than Lisbon and the Algarve. Dolce would like to show visitors the many other attractive features of Portugal. In the Estremadura “Silver Coast” region the local cuisine, historic culture, an abundance of vineyards and near the dynamic Atlantic coast have much to offer. All this is available while the capital Lisbon is still very close. The recession has affected most hotels in Europe. Re positioning and changing the strategic direction of a hotel is not something that can be done overnight. However when the hotel business moves from the heart led strategy to the head led strategy, with a logical business plan a turn-around can be achieved. Hopefully this will give encouragement to other hotels struggling through the recession. As a leader in the meetings industry, Dolce pioneered the conference center concept and Complete Meeting Package, both now embraced as standards by the International Association of Conference Centers. The company’s vision is to create inspiring environments that bring people together, and its mission is to delight its guests, challenge its associates, reward its owners and serve as a role model in its communities. “Portugal is more than Lisbon and the Algarve. Dolce would like to show visitors the many other attractive features of Portugal.” building opportunities Half way through… Without doubt Portugal itself as well as its commercial real estate markets has undergone dramatic adjustments in the past few years. Yet, this long lasting crisis has led to certain economic and legal changes (such as the long expected reform of the lease law) that where urgently required to strengthen Portugal’s overall competitiveness and attract fresh sources of international investments. martin brendel Head of Acquisitions Global AFIAA Anlagestiftung AFIAA, the Swiss Foundation for international real estate investments, consequently was one of those new sources of capital in 2013 and acquired its first office property complex in the Parque das Nações submarket in December last year. Arguably this has been the first true open market purchase of a substantial state of the art office building by a foreign buyer for at least 3 years. This move came much at a surprise for many market participants as, at the end of a market crisis, usually return driven investors dominate the field of investment. Swiss core buyers are usually perceived being risk averse and not driven by potentially high returns. AFIAA is not the only foreign investor that has started looking at the market again. Does this mean that the crisis in the Portuguese commercial real estate market is over and it will soon blossom again? We do not believe so! Those investors that are evaluating possibilities currently only consider the best in class opportunities around – a marginal percentage of the entire market! To attract more foreign capital into other (and dominating) segments such as Core+ and Value-Add it requires more than just a modestly reclining GDP. “To truly attract a wide band of foreign capital back to Portugal we believe it does also need certain financial advantages compared to the current status.” To truly attract a wide band of foreign capital back to Portugal we believe it does also need certain financial advantages compared to the current status. Alongside of a substantial price correction (which already occurred) it will require a reduction of the transfer tax as well as major reduction or even the abolishment of capital gains taxation for investments made within a certain period of time. Ireland, one of the so called PIIGS countries, implemented both such steps early during the market correction and has since strongly reattracted foreign capital. The Portuguese transfer tax, in comparison, today remains at one of the highest levels in Western and Southern Europe. An average of roughly one years rent is lost immediately and before any investment pays out any return. This does not necessarily help attracting investors that do expect an immediate return (at reasonable levels) on investment. An abolishment of capital gain taxation would further motivate foreign buyers to re-enter early, anticipating a higher market risk, and thus balance the market back to a more normal level faster. Until the economy has fully recovered to pre-crisis levels it will furthermore be essential that any potential transaction offers significantly superior returns to more stable countries such as Switzerland or Germany. This still requires many owners of Portuguese commercial real estate (be it national or international) to develop a more reasonable approach to pricing, reduce book values (and therefore anticipate losses) and also to accept lower rental rates when re-leasing space. wmarket review 2013/14 the change in consumer behaviour A new pattern of consumption has appeared in Portugal over the years from 2008 to 2013. Consumer behaviour has changed: people are buying less and more on account. One of the clearest signs of crisis in Portugal has been the drop in expenditure on leisure activities, such as for example on going to restaurants, which has been reflected in all the Horeca market. The consumer has been more focused on his or her home, and spends more money at home in various categories but especially on food. Part of the solution has been to find new ways to buy. The act of buying has ceased to be something done on impulse. It has changed and it is now done after more consideration. The hard discount formats and the recourse by supermarkets to own brands have been some of the responses to tight budgets and cheaper products are now on offer. Another phenomenon of great impact has been the increase in the quantity and degree of the promotions offered by the large supermarket chains. They have adapted their offers to new needs. One of the big changes has been in the physical design of stores which now offer a wider range of experiences and easy ways to consume. Restaurant spaces and take away have appeared in supermarkets, new formats for shops have appeared with solutions which require less investment and which offer opportunities for retailers and consumers. Together these trends have helped the Portuguese consumer to reduce the effect of the crisis of the last five years. After the first half of the year which was particularly negative in all market categories the indicators of domestic consumption started in the end to show positive figures. We can confirm this growth in Unilever Jerónimo Martins and in the markets where we act and I am convinced it will continue in 2014. To a large extent these figures are the result of all the efforts made by companies to improve their operational efficiency, restructure their cost base, adapt their range of goods for sale and introduce fresh ideas. They are indicators of a recovery trend to be built on in the future. The increase in consumption is an indicator of confidence which is essential for the economic growth of the country. Although we know that the variations in consumption are not uniform in different social strata this is an indicator which frankly covers all levels. To the good news which comes to us from domestic consumption we have to add others which contribute indirectly to the wider market. We have a growing number of foreign consumers. Many of them are tourists who are visiting us more and more. Companies need to look carefully at these developments of the social base and to try to generate goods and services which are appropriate and suitable in the light of the changes going on. At the start of 2014 there are signs on the basis of which we are confident we can do that, especially when we see consumers who are recovering their purchasing rhythm. antónio CASANOVA CEO Unilever Jerónimo Martins “One of the big changes has been in the physical design of stores which now offer a wider range of experiences and easy ways to consume.” building opportunities The new generation of town and country planning The regulatory requirements covering accessibility and energy certification, among other things, are totally out of touch with reality. Fairness is one of the ways of financing urban rehabilitation. The measures to be applied in areas of urban rehabilitation must be suitable for the real needs; in its way the new urban rent law has removed one of the most brutal obstacles to the development of a true market. It is eliminating the legal barriers and allowing the flexibility and change needed for there to be stable and sustainable financial investment. What is missing? In the first place there are no technical rules for building which are properly applicable to urban rehabilitation works. Carlos lobo Partner, Fiscal Advisory Ernst & Young “Such measures should be made to fit with a redrawing of the limits of (new) urban expansion within the context of the revision of the municipal development plan.” The regulatory requirements covering accessibility and energy certification, among other things, are totally out of touch with reality, and in many cases prevent the project being carried out. So these requirements must be reduced: building regulations for new buildings cannot be applied to century old buildings… Secondly it must be ensured that money and investment are transferred from new building to the financing of the rehabilitation of old areas. In general building constraints are more intense in the historic centres and in the inner cities than those that result from the average building limits imposed by the municipal development plan, so that it makes all the sense in the world to establish fair measures, whereby areas with greater building density effectively compensate for the areas where less can be built. Such measures should be made to fit with a redrawing of the limits of (new) urban expansion within the context of the revision of the municipal development plan. These options about how issues of town and country planning are decided should however be justifiable and proportionate with safeguards for the relative positions of different owners, which will imply the putting into effect of the necessary measures for fair compensation. It is the principle of equality which should be the basis of such measures if they are to be fair. The equal sharing of benefits and burdens in planning terms is the fundamental rule which comes from the basic principle of equality. wmarket review 2013/14 Have we already hit the bottom? For banks, real estate investment loans are no longer a priority and the availabilities are nowadays directed to innovative and preferably exporting SMEs. Nevertheless, there is still capacity to finance good projects, with more consistent size with the new reality of the market, with premium locations and greater liquidity. Never before the location factor has been so important as now and the investment options should be decided based on refined market analysis and business plans well sustained. The model of real estate development in the past decades, mainly based in the occupation of new plots and continuous urban sprawl has failed. Government and local authorities are now wagered on fostering new models focused on rehabilitation and regeneration of the buildings. The rehabilitation projects, with special focus on historical areas, fill the expectations of private investors, mainly non-residents and the process of granting the so-called Golden Visa brought an unusual animation to the market. With the same motivation, housing acquisitions in suburbs have multiplied, particularly by Chinese citizens, allowing draining the stock of developers and banks. A more recent phenomenon is the already called “second wave” of Chinese investors who, endowed with financial capacity, seek to purchase wholesale properties or invest in partnerships with national developers for development of real estate projects that subsequently place on the retail market of their fellow citizens. With the massification of this business channel and the fact of having a minimum mandatory investment, is fundamental not to kill the “goose that lays golden eggs” with unclear transactions. The tourism sector has recorded absolute records in terms of overnight stays and revenue during 2013 and therefore advantage should be taken to consolidate hotel operations, gradually increasing prices and adjusting them to the actual quality of the provided service. If the near future confirms these positive signs, then yes, we can say that we have already hit the bottom, but also, almost certainly, that nothing will be as before. João de Castro Simões Banco Espirito Santo “If the near future confirms these positive signs, then yes, we can say that we have already hit the bottom.” building opportunities ANNUAL wmarket review 2013/14 02 03 09 12 14 18 THE ECONOMIC SITUATION OFFICES RETAIL INDUSTRIAL & LOGISTICS hospitality INVESTMENT wmarket review 2013/14 The Economic Situation Portugal stayed in recession throughout The government’s budget for 2014 2013 as the country’s economy continued followed the main lines of previous to suffer the effect of the government’s budgets and in accordance with the adjustment is current austerity programme it involves a intended to correct the macro economic programme. sharp contraction. The trend continued for imbalances which have accumulated in the fiscal consolidation to be focused on recent decades. The austerity measures increasing the government’s receipts and which will continue to weigh on the on increasing the tax burden on families, economy the as well as on continuing to reduce the worsening of some indicators which are number of state employees and the cost considered to be “key” for the economy of public sector investment. As in previous to improve, such as the consumption years it is expected that this strategy will index, the unemployment rate and GDP. lead to the fall in consumption and public have contributed This to investment continuing. The unemployment rate rose slightly in 2013 compared with the already The prospects for 2014 are that exports historically high levels of 2012, but it has will continue to perform well. It is to started to stabilise. The rate fell slightly be expected that this success will be in the fourth quarter of 2013 which leads reflected in companies’ future business to the forecasts for 2014 being more plans, which will lead to them needing optimistic. to take on new staff and to invest in new technologies, products and premises. Besides the better prospects for the unemployment rate the growth outlook After a sharp fall the construction sector for Portugal generally improved in 2013 should grow slightly in 2014. Today the particularly because of an uptick in export pattern of construction in Portugal has activity. This showed that the Portuguese changed. The sector has repositioned business sector could perform well its business and it is now focusing in relation to external trade and that on property conversion. The growth exports could contribute to a surplus prospects there are better than for new 20.00% on the balance of trade. This ability to building, which was the dominant trend 15.00% make progress on internationalising the in the nineties. 10.00% country’s trade shows that the business 5.00% on the results for 2014. These visas helped to bring some life to the real estate market in 2013, and it is hoped that this will continue in 2014. GPD INFLATION SOURCE: THE BANK OF PORTUGAL UNEMPLOYMENT RATE 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 which residence visas can be obtained by 2006 be the driver of economic recovery. 0.00% -5.00% 2005 Golden Visas, part of the legislation under 2004 situation and could in the medium term 2003 Finally it is expected that the so-called 2002 world is adjusting to the economic investors, will have a favourable impact 2 THE MAIN ECONOMIC INDICATORS building opportunities OFFICES “By the end of the year the prime rent reached €18.50/sq m/month.” Take-up in the offices market hit a historic Activity in the Prime CBD was marked new low point in 2013 and the vacancy very much by the coming onto the market rate continued to grow. Both these factors of a number of landmark buildings which reflected the lack of confidence in the had been modernised. The result was that country’s economic recovery and in the the quality of the supply in the area was market. upgraded and also rents were pushed up. In spite of this performance the trend in The scarcity of new stock with large areas the prime zone was for market rents to inhibits the market from becoming more rise. This was because so little new supply active since some companies which need came onto the market in this zone, and large amounts of space cannot currently by the end of the year the prime rent find supply in the market to suit their reached €18.50/sq m/month. requirements. THE GREATER LISBON MARKET ALVALADE CAMPO GRANDE BENFICA CAMPO PEQUENO MONSANTO AREEIRO VASCO DA GAMA BRIDGE PARQUE DAS NAÇÕES CAMPOLIDE MARQUÊS POMBAL RATO CHIADO ALGÉS 25 DE ABRIL BRIDGE DOWNTOWN CAIS DO SODRÉ PRIME CBD CBD IMPROVING AREAS HISTORIC ZONE PARQUE DAS NAÇÕES WESTERN CORRIDOR OTHERS STOCK AND NEW SUPPLY IN LISBON 120,000 4,700,000 4,600,000 100,000 4,500,000 4,400,000 4,300,000 4,200,000 4,100,000 4,000,000 Stock and Supply The stock of offices in Lisbon reached 80,000 a total of 4.55 million sq m at the end 60,000 of 2013. Although the increase over 40,000 3,900,000 GREATER LISBON the year was minimal there was a substantial increase in new supply from 3,800,000 20,000 2012 to 2013 – up more than 60% – and 0 it amounted to 22,920 sq m. The new 3,700,000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 3,600,000 NEW SUPPLY STOCK STOCK (SQ M); NEW SUPPLY (SQ M) SOURCE: WORX, LPI supply included the Restelo Business Centre (9,000 sq m), the HQ of Novartis (6,746 sq m), 5 Outubro 125 (5,000 sq m) and Liberdade 225 (4,581 sq m). 3 wmarket review 2013/14 14 500,000 12 continued. By the end of 2013 it reached 400,000 13.25%. There was a further increase 300,000 51,750 sq m. About a half of the buildings under construction have already been 0 2013 0 2012 (2014–2015) is forecast to be about 2 2011 The new supply for the next two years 4 100,000 2010 (down 27% on the previous year). 6 200,000 2009 previous year) and a fall in new offices 8 2003 in empty used offices (18% up on the 10 2008 to grow, which started in 2008, has 600,000 2007 market, the trend for the vacancy rate 2006 mostly empty when they come on the VACANCY RATE AND AVAILABILITY OF NEW AND USED OFFICES 2005 the new supply of offices, which are 2004 Because of the weaker market and of NEW USED VACANCY AVAILABLE AREA (SQ M); VACANCY RATE (%) / SOURCE: WORX, LPI taken either through owner occupation like the new HQ of EDP or through pre-lettings as is the case with Duarte Pacheco 7. About 45% of the supply in the pipeline TAKE-UP NEW SUPPLY BY ZONE AND DUE DATE Pacheco 7 coming onto the market, EDP is due to be completed by the end of the second quarter of the year. 2015 – 1Q Demand 2013 was the year with the lowest take- 2015 – 4Q total came to about 77,800 sq m which was a fall of almost 25% compared with 13,900 100,000 5,000 50,000 2015 – 2Q 2015 – 3Q up of offices since records began. The 10,000 0 6,100 ZONE 1 ZONE 2 ZONE 3 ZONE 5 ZONE 6 ZONE 7 VALUES IN SQ M / SOURCE: WORX, LPI 2013 2014 – 4Q 2012 supply, amounting to 27%, as the HQ of 150,000 2011 2014 – 3Q 2010 4 also has an important part of the new 2009 buildings continues to be attractive. Zone 200,000 2014 – 2Q 2008 30% of the market. Modernising office 250,000 16,750 2014 – 1Q 2006 followed by Zone 1 which accounts for 2007 is concentrated in Zone 2 due to Duarte TAKE UP AVERAGE TAKE UP VALUES IN SQ M / SOURCE: WORX, LPI ZONE 4 the previous year when activity was already at a low level. Although take-up was lower than in the previous year the number of deals remained stable at 186 (against 185 in 2012). There was therefore a fall in the average area per letting and this figure came to 418 sq m. New Buildings in the Pipeline BUILDING República, Paço do Saldanha Marquês de Pombal 14 Liberdade 194 HQ EDP Castilho 24 Duarte Pacheco 7 TOTAL SOURCE: worx, LPI 4 DUE DATE ZONE AREA (SQ M) 2015 2015 2014 2014 2014 2014 2 1 1 4 1 2 6,100 5,000 4,000 13,900 6,000 16,750 51,750 building opportunities The trend for the area let to fall has been level of activity in the Prime CBD has been going on over recent years and has to increasing although this year the take-up 80 do with tenants rationalising costs and there was lower than in the previous year 70 getting the most out of the area occupied. (10,289 sq m against 15,432 sq m). 60 In terms of areas, it can be seen that 50 more than 50% of the area taken up was The largest letting in 2013 was to in offices with areas of less than 800 sq Novartis in Tagus Park where they took 20 m and that this covers 90% of the lettings 6,746 sq m, followed by the relocation 10 done. Offices with areas larger than 3,000 of Sonaecom to Picoas Plaza with 0 sq m account for 19% of the area taken- about 4,000 sq m, and of EDP Soluções up and for three lettings, of which only Comerciais to the Explorer building in one was of an office with an area of more the Parque das Nações and of Schneider than 5,000 sq m. Electric to Parque Suécia. In terms of activity per zone the greatest An analysis by sector of activity shows take-up continued to be in Zone 6 (27,255 that TMT’s & Utilities and Business Services sq m which makes up 35% of the total) continued to be the most active sectors followed by Zone 5 with 15,754 sq m. The and each accounted for 21% of the area TAKE-UP AND NUMBER OF LETTINGS BY ZONE 25.000 20.000 15.000 40 10.000 30 5.000 > 5000 SQ M 3001 A 5000 SQ M 1501 A 3000 SQ M 801 A 1500 SQ M 301 A 800 SQ M 151 A300 SQ M < 150 SQ M 0 AREA NO. DEALS AREAS (SQ M); NO. DEALS / SOURCE: WORX, LPI taken-up, followed by Pharmaceuticals and Health with a weight of 16%, which was due to the move by Novartis. AREA TAKEN UP BY ZONE TAKE UP BY SECTOR OF ACTIVITY The trend to move premises has been an important factor in the market since 2011. About 62% of the area taken up has to do with companies relocating their offices 35% 21% ZONE 6 SERVICES FOR COMPANIES /TMT’S & UTILITIES (48,441 sq m) and about 22% was to do with their expansion (17,326 sq m). Even so this year new businesses accounted for 15% with a total of 12,036 sq m which is a positive sign compared with the very low figure in 2012 (4,580 sq m). 20% ZONE 5 13% ZONE 1 11% ZONE 2 8% ZONE 3 7% ZONE 7 6% ZONE 4 16% HEALTH AND PHARMACEUTICAL SERVICES 15% OTHER SERVICES 9% CONSUMPTION GOODS 7% CONSULTANTS AND LAWYERS 7% SERVICES FOR COMPANIES 3% STATE, EUROPE AND ASSOCIATIONS 1% CONSTRUCTION AND REAL ESTATE SOURCE: WORX, LPI SOURCE: WORX, LPI Zone 5 was the most able to attract new businesses and accounted for 43% of total take-up for this purpose, which is due to the quality of the stock and the competitive rent levels on offer. Zone 6 was the area of choice for extending the space occupied (with 48% of the market) as well as for moving premises (33% of the area). Largest DEALS in 2013 zonE PURCHASE/ LETTING 6 1 5 6 6 7 6 L L L L L L L Zone 1 was also attractive to new BUILDING OCCUPIER Poente Picoas Plaza Explorer Suécia Edifício eds Quinta do Lambert D. Diniz Offices & Services Novartis Sonaecom EDP Soluções Comerciais SA Schneider Electric Astington Services SA Espirito Santo Saúde Europcar AREA (SQ M) 6,764 4,031 3,458 2,898 2,775 2,112 2,039 businesses and 20% of the total area let to them was in that zone. The zone also was quite active and accounted for 16% of the area taken up by companies extending their premises. SOURCE: worx, LPI 5 wmarket review 2013/14 Market Rents TYPE OF OPERATIONS In spite of the lower level of take-up and 3. of the increase in the space available there was pressure on prime rents to CAMPO GRANDE BENFICA 5. ALVALADE rise. This was because the offices in the Prime CBD are exclusive and it is there that rents are highest. Some of 2. MONSANTO 7. CAMPO PEQUENO PARQUE DAS NAÇÕES AREEIRO the offices let during last year were CAMPOLIDE exclusive top level office suites and for that reason have been directly reflected MARQUÊS POMBAL 6. in market rents. RELOCATION EXPANSION NEW COMPANY 1. RATO 4. Consequently at the end of 2013 the prime ALGÉS rent reached €18.50/sq m/month, thus DOWNTOWN CHIADO 1. PRIME CBD 2. CBD 3. IMPROVING AREAS 4. HISTORIC ZONE 5. PARQUE DAS NAÇÕES 6. WESTERN CORRIDOR 7. OTHERS CAIS DO SODRÉ inverting the declining trend which had been going on since 2008 and giving the market extra confidence. SOURCE: LPI, WORX From an analysis of average and prime rents by zone it can be seen that except for the Prime CBD there has been a fall in market rents across THE PRIME RENT the board. The lowest average rent 22.50 (€9.50/sq m/month) is in Zones 4 and 6 22.00 followed by Zone 3 with €11.50/sq m/ 21.25 month, while in Zone 1 the average rent 21.00 20.20 20.00 19,50 The prime rent in Zone 2 has gone up to 18.65 €15.50/sq m/month but in Zones 3 and 19.00 19.50 VALUES IN €/SQ M/MONTH / SOURCE: WORX Market rents continue to adjust to the weaker market. In negotiations landlords and tenants have to be more flexible and the former have to be more open to adjusting the rents they ask for. PRIME AND AVERAGE RENTS IN LISBON BY ZONE 20 15 10 5 AVERAGE RENTS PRIME RENTS VALUES IN €/SQ M/MONTH / SOURCE: WORX, LPI 6 ZONE 6 ZONE 5 ZONE 4 ZONE 3 ZONE 2 ZONE 1 0 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 €15.00/sq m/month. 2013 18.00 5 the prime rents have fallen sharply and at the end of 2013 stood at 18.50 18.50 2012 has stayed at €16.00/sq m/month. 21.50 building opportunities “In the past year the lettings were all of a general character, and were spread around the city, with no specific operation being worthy of note.” GREATER OPORTO In Zone 3 the construction of the Stock and Supply Gaiart`s Plaza Centre, with a total GLA The supply of good quality offices in of 90,000 sq m, remains unfinished. It Greater Oporto has remained the same includes space for shops and services, as in the previous year and amounts to and the Health Club Solinca which forms about 860,000 sq m. part of the complex is up and running. The Burgo Building, which faces onto the Two developments in that Zone deserve Avenida da Boavista, is one of the most to be mentioned. The Tower Plaza is noteworthy buildings in Zone 1 and it is next to Via Eng. Edgar Cardoso and has close to 80% let. It is also one of the a total area of about 12,500 sq m. The prime office buildings in the city, along Arrábida Lake Towers are located in the with the Boavista Prime development Jardins d`Arrábida. There are two office which is next to the Casa da Música. towers with a total area of approximately 18,000 sq m, and the development is The Trindade Domus development in 95% let, an occupation rate very similar Zone 2, which has been on the market to that in the previous year. since 2007, has an area for services/ office use of approximately 7,500 sq m, This sector of the market continues to be but the rate of take-up continues to be weaker and relatively immature. It has very low. There are now plans to put a been said by various market operators hotel unit within the development. that the volume of demand remains at a historically low level and that the market is “stagnating” without any prospect that this situation will change in the near future. THE GREATER 0PORTO MARKET demand BRAGA VIANA DO CASTELO Demand continued to be weak throughout 2013, which resulted in a fall MATOSINHOS in the number of lettings. The rhythm of take-up is slow, and buildings have to be available and on the market for a long time before they are let. The Burgo Building and Trindade Domus are good FOZ DO DOURO examples. ARRÁBIDA BRIDGE BOAVISTA DOWNTOWN GAIA OTHERS FREIXO BRIDGE RIBEIRA VILA NOVA DE GAIA D. LUÍS I BRIDGE AVEIRO COIMBRA LISBON In the past year the lettings were all of a general character, and were LISBON spread around the city, with no specific operation being worthy of note. The lower level of demand and the current economic situation were the reasons behind the trend to rationalise offices and costs, with landlords becoming more flexible in respect of lease terms and the rents they charge. 7 wmarket review 2013/14 Market values There have been some cases in the The asking prices/rents for new offices prime zone where the asking rents were stayed throughout between 11.50 and 14.00€/sq m/month 2013, and in some cases there was a relatively stable and the premises were let at between slight downward adjustment. Even so it 7.50 and 10.00€/sq m/month, which is known that the negotiating margin is means a negotiating margin of close to getting higher and higher as a result of 30%. demand being so weak. MAIN Indicators of the Greater oPorto Market ZONE 1 – Boavista 2 – Downtown 3 – Gaia 4 – Others RENTS (€/SQ M/mONTH) PRICES (€/SQ M) 1.300 – 2.600 800 – 1.600 825 – 1.800 800 – 1.300 7,50 – 16,00 6,50 – 11,50 6,00 – 13,00 6,00 – 10,00 source: worx Trends One of the biggest obstacles to the The prospects are that in 2014 the growth of the market has to do with the market will follow the trends of the lack of new supply of offices to offer in previous year and it is expected that response to any demand for offices with it will be a year with a lower level of large areas. This factor has weighed on activity and a low number of lettings. the market since 2012. It has become important that the market has large At the same time it is forecast that take- spaces to offer at competitive rates so up will come from companies moving that large companies can be motivated premises with a view to rationalising to relocate there and so that Portugal their offices and costs, and with the idea continues to be seen as attractive and as of subsequently extending the area of an established centre for Shared Services their offices. It is not expected therefore and BPO. that the market will recover before 2015. In terms of rental values it is to be hoped The market will remain flexible when it that there will be some pressure for the comes to lease renewals, and renewals prime rent to rise from its current level, at lower rents will continue to be a and for other rents to remain at current reality. Landlords will be open to giving levels with only some adjustments as tenants incentives to take leases and in necessary depending on the location and particular to granting them longer rent on the supply currently available there. free periods. Another factor is that the hoped for TRENDS correction in the asking prices of buildings which came onto the market 8 RENTS quickly. DEMAND an incentive to get them placed more SUPPLY between 2012 and 2013 will function as “The prospects are that in 2014 the market will follow the trends of the previous year and it is expected that it will be a year with a lower level of activity and a low number of lettings.” building opportunities RETAIL The retail market in Portugal is still Évora Shopping with about 16,000 sq adjusting to the economic situation m. Both are due to open this year. The and to new ways and means of opening of Dolce Vita Braga remains in consumption. Levels of consumption are the pipeline. far below previous levels and it is still difficult to see that there will be a return This fact confirms a trend which has to those levels, but retailers, after years already been seen in previous years, of ongoing difficulties, have shown that that the future of retailing lies above all they can adapt and renew their offer in in renewing, adapting and repositioning these new circumstances. existing retail premises. This is a practice which has already been implemented The contraction of investment in new in many prime retail premises where retail premises has continued and the the owners have the means to do so, growth in gross lettable area in 2013 whether by doing works to improve was residual. In the past year 5,000 sq m and adapt them or by bringing in new came on to the market and total stock shops, but always by making sure that stayed at 3,6 million sq m of GLA. they respond and adapt to the wishes of the consumer. The opening of the new 4,000 400 200 2,000 150 1,500 100 1,000 50 500 0 0 2013 2,500 2012 250 2011 3,000 2010 300 2009 3,500 2008 350 2007 Primark shop in the Colombo Shopping by about 3,000 sq m, the Alvalade Centre is one of the most relevant in this Shopping Centre was renovated (it was context. one of the first retail premises in Lisbon GROSS LETTABLE AREA PER YEAR 2006 In 2013 Algarve Shopping was extended OTHER RETAIL FORMATS SHOPPING CENTERS STOCK GLA GROWTH (10^3 SQ M); TOTAL GLA (10^3 SQ M) SOURCE: WORX to be repositioned by its owners who Secondary retail premises are facing created a new retail hub in the Alvalade greater difficulties as is shown by the area) and a new retail concept opened in significantly higher vacancy rates and Príncipe Real – the Embaixada (Embassy) sharp falls in rent levels, with results and – in the Palacete Ribeiro da Cunha. It has consequences in terms of performance become established as a retail space and management. Some owners of with a varied supply and attractive rent such premises have however sought levels which is consolidating the trendy to confront these issues by developing and cosmopolitan image of this area of creative and innovative solutions. The the city. Strada Shopping & Fashion Outlet is a good example of owners redefining the The supply in the pipeline has also fallen concept and repositioning a secondary in the short term. There are effectively retail scheme in the immediate periphery only of Lisbon which had not succeeded as a two shopping centres under construction: the Alegro Setúbal, which shopping centre. is being produced by converting and extending the former Jumbo shopping gallery into a shopping centre with a GLA of 41,400 sq m and 130 shops, and 9 wmarket review 2013/14 One of the solutions most in vogue this year was the appearance of popup stores either in shopping centres or in the high street. In this way landlords could let their premises be occupied temporarily and retailers could test the success of the location or the concept without a long term commitment which would be difficult for them to take on in the current situation. Retail parks continue to face difficulties and the renewal of leases at lower rents is a reality, as well as the persistence in many parks of tenants paying only Main openings of high street shops in 2013 Av. da Liberdade chiado David Rosas L’Oreal Paris brands who have units in various retail Penhalta Noivas Beauty Boutique parks across the country gives them Cartier Havaianas added Torres Joalheiros Levi’s Store dealings with landlords because of the Michael Korrs Stradivarius effect of scale. Max Mara Geox Elisabetta Franchi Amorino In this context and as in previous Rimowa Arcádia years high street shopping continues Aristocrazy Proof to be very strong and attractive. The Fancy Joalheria turnover rents. The weight of some negotiating power in their Av. da Liberdade continues to attract a SOURCE: worx substantial number of luxury brands and the Chiado is now established as a trendy spot where there are various brands, particularly new concepts. In 2013 various brands which were new sufficient to keep up with the growing to Lisbon opened shops on the Av. da demand, especially on the main streets Liberdade, including in particular Max and this has pushed up rents. Mara, Michael Korrs, Penhalta Noivas (bridal wear) and a number of jewelers This trend also started to be seen in the – Cartier, David Rosas, Torres Joalheiros, city of Oporto. An example this year was Aristocrazy and Fancy Joalheria – which the Passeio dos Clérigos development in proves that this street has become the the Praça de Lisboa, a gallery type design place for luxury in Lisbon. with a GLA of about 2,000 sq m, as well as the Quarteirão das Cardosas next to In the Chiado the main openings were the Avenida dos Aliados and the São L’Oreal Paris Beauty Boutique, a Levi’s Bento Station. Store, Geox, Amorino and Havaianas, 10 among others, as well as the moving of Retail businesses are currently grouped Stradivarius from Rua do Carmo to Rua mostly by segments: fashion (clothes, Garrett. The Chiado continues to stand shoes and accessories), banks, restaurants out as an area because it is both busy and bars, bookshops and culture, articles and attractive. It is however important for the home, utilities, telecom and to state that the supply has not been services. “High street shopping continues to be very strong and attractive. The Av. da Liberdade continues to attract a substantial number of luxury brands and the Chiado is now established as a trendy spot.” building opportunities Market Rents In the high street and especially in the Market rents reflect the current situation more attractive zones rent levels remain in the market. Despite more optimistic high and there was an increase in the signs in relation to private consumption prime rent from 2012 to 2013. It is cur- and despite a lower rate of fall than in rently €90/sq m/month although there the previous year consumption levels are have been cases of deals done above still down. This situation is made worse this level especially in streets where the by the unfavourable conditions in the supply is scarcest. jobs market and by the fall in disposable income, which follow from the efforts Trends being made to consolidate the budget. The prospects for 2014 are similar to those in recent years, although there are more positive signs for the economy Market Rents which could give a push to the retail RETAIL FORMATS LOCATION Shopping Centres (Medium range shops) Greater Lisbon Greater Oporto Secundary Cities renTS (€/SQ M/mONTH) Retail Parks Lisbon (Av. da Liberdade/Chiado) Lisbon (Av. Novas) Lisbon (Parque das Nações) Oporto (Sta. Catarina) Oporto (Boavista) High Street Retail 25–70 20–55 10–25 5–10 50–90 10–25 10–20 16–35 12–35 sector. In our opinion therefore the greater growth will continue to be seen in the high street where the level of demand is high. It is not forecast that demand will fall during 2014, although the supply of shops suited to the requirements of the SOURCE: worx demand will continue to be scarce. Consequently there has been a downward Works will still need to be done in move in rents, especially in secondary shopping centres to convert and adapt retail premises, and leases have been them and to introduce innovations renewed in retail parks at substantially so that they remain appealing and reduced rents, sometimes leaving the attractive to a demand which has been landlord with only a turnover rent. getting more and more selective. High street shopping has continued to be At the same time the growth of shopping the exception to the rest of the market, online also has implications for the and prime rents have risen in the Av. da way one looks at retailing and at how Liberdade and in the Chiado, due to the shopping centres have to be positioned high level of demand and the limited and adapted to a world in which supply of shops in these locations. e-commerce has been gaining ground High Street rents Shopping centre rents DEMAND SUPPLY TRENDS and weight even when consumption has The trend for the volume of retail been contracting. sales to fall has continued which has implications for the rents paid for retail premises. Consequently an adjustment downward in market rents is still going on. In shopping centres in greater difficulties fixed rents are being cancelled and only a variable rent is payable, which in many cases is residual. 11 wmarket review 2013/14 INDUSTRIAL & LOGISTICS Introduction Notwithstanding the unexciting perfor The Portuguese economy is beginning mance of the industrial and logistics to show signs of recovery but the sector in 2013, there is some optimism improvement has not yet had any direct that the recovery in the business sector effect on the real estate market. Although will lead to an increase in the need business increased for new premises and in particular for because of the growth in exports confidence has premises which are good quality, flexible during 2013, the logistics and industrial and well located. market continues to be much affected by uncertainty about future prospects Greater Lisbon given that internal consumption is still The stock of industrial and logistics retracting sharply. premises in Portugal at the end of 2013 remained stable, at an estimated total As a result of the measures taken in 2013 of about 4.3 million sq m, of which to make Portuguese businesses more 2.6 million are located in Greater Lisbon. competitive the trend has continued to be This is the result of the supply of new for tenants to seek to renew their leases logistics premises contracting and of at lower rents as a way of reducing costs. there being little or no speculative This trend has been reinforced by there building. being so many good quality premises In relation to logistics developments out of balance and as a result there is however the expectation created by downward pressure on rents. the investment in the widening of the Panama Canal should be noted. This Take-up in 2013 was particularly atypical could transform Sines into one of the because the lettings were almost all main entry ports for produce into Europe. of areas of 5,000 sq m or less. Tenants 12 CARTAXO CARREGADO AZAMBUJA BENAVENTE MALVEIRA V. F. DE XIRA ALVERCA LOURES ALCOCHETE SINTRA AMADORA CASCAIS LISBON MONTIJO BARREIRO ALMADA PINHAL NOVO PALMELA available to let. Demand and supply are are doing all they can to optimise their In relation to premises already let the premises and the trend is accentuated renewal of leases has followed the trend by the on-going advance of systems of 2012. Consequently rents have fallen of supply-chain management (SCM). and there has been a corresponding More and more of the major players increase in the length of the lease. This in the market follow a just-in-time (JIT) means that there is a greater degree of approach, which implies less need for risk sharing between landlord and tenant. space. GREATER LISBON SETÚBAL LISBON CENTER AMADORA, SINTRA AND CASCAIS AZAMBUJA AND ALVERCA LOURES SOUTH BANK OF THE TAGUS RIVER-WEST/ SOUTH SOUTH BANK OF THE TAGUS RIVER-EAST/ NORTH building opportunities There has been a general adjustment The prime market rent is slightly in both prices and rents in all the zones below that in Lisbon, and has settled on which we report. In locations like at €3.75/sq m/month. In relation to Alverca and Azambuja the prime rent fell the bottom level of rents per m² there slightly to €4.0/sq m/month. Lastly it was some adjustment in the levels in should be noted that some lettings were 2013 and quality spaces were let at done at rents higher or lower then those approximately €2.00/sq m/month. mentioned but they involved atypical situations, whether in business terms or Trends in relation to the letting/area/lease, and Just as in previous years the industrial they were not relevant to the general and logistics market has been very weak, market. and the economic recovery is crucial for it to be able to grow. Given the current GREATER OPORTO Overall the existing supply of buildings situation and the general retraction in for the logistics market can be described internal demand it is not expected that as reasonable/good quality. Currently the increase in exports will be sufficient various buildings which have all the to create a significant increase in demand facilities and characteristics of a premium for this type of property. supply are waiting to be let. The main trends in the market remain BRAGA PÓVOA DO VARZIM VILA DO CONDE MAIA MATOSINHOS TROFA SANTO TIRSO VALONGO In terms of location it should be noted identical to those in 2013 and relate that the quality buildings are generally to facilities, leases and costs being located in zones prepared from scratch rationalised and made more flexible, all for the purpose, where the access and in aid of the search for greater operational visibility are both good. efficiency. It is expected that this will lead PAREDES GONDOMAR PENAFIEL OPORTO to lease renewals remaining the main Just as in 2012 the level of demand driver of the market in 2014. in the market in 2013 remained at VILA NOVA DE GAIA AVEIRO VILA DO CONDE AND PÓVOA DO VARZIM MAIA AND MATOSINHOS VALONGO AND GONDOMAR VILA NOVA DE GAIA historically low levels. According to Given the large amount and quality of information given to us by the main the supply compared with the low level market operators, the number of sales of demand it is forecast that the existing and lettings continued to go down, and premises will take quite a long time to be there were few requests from potential taken up, and so speculative construction occupiers to view premises or be given should remain at residual levels. information about buildings. Finally it should be noted that some rents demand supply trends Greater Oporto business groups have shown interest As a result of the current economic in investing in logistics and industrial situation the performance of the industrial premises as a way of creating conditions and logistics market in Greater Oporto for their growth. Despite this most has continued to be weak. The volume of of these operations relate to the the supply has remained stable and the development of tailor made buildings for level of demand has continued to be low. their own occupation. Consequently prices and rents have had to be adjusted downwards. In the circumstances the majority of owners/ landlords have chosen to maintain their asking prices and at the same time accept a wider negotiating margin which can in some cases exceed 25%. 13 wmarket review 2013/14 hospitality NUMBER OF OVERNIGHTS STAYS IN PORTUGAL (2006 – 2013) Tourism and GDP Looking at bed nights by country of The Tourism sector now plays quite residence we can see that one reason a significant role in the Portuguese for the growth in the number of visitors economy. Between 2006 and 2010 is that people from the large economies Tourist Consumption in the country, a of Europe (the United Kingdom, Germany heading which covers all expenditure by and France) are finding Portugal more tourists, whether Portuguese or foreign, attractive to visit, and another reason is 15 had a relatively constant weight at 9% the growing number of conflicts in the 10 of GDP. Middle East, which have led to some 5 30 25 20 redistribution of demand. The result has in the French market, up 14.5%, and in of 5% in the number of bed nights (41.7 the Irish market, up 11.3%. In terms of million). A guest is defined as someone total numbers the English and German who spends at least one night in a hotel markets continue to be the largest for or similar. tourism in Portugal. 2013 with 2012 (13.8 million), and an increase 2012 most substantial differences have been 2011 hotels (a total of 14.4 million), compared 2010 In terms of individual countries the 2009 of bed nights spent by foreign tourists. in the number of guests in Portuguese 2008 In 2013 there was an increase of 4.2% 0 2007 been an increase of 8% in the number 2006 Hotels in Portugal FOREIGNERS PORTUGAL VALUES IN 10^6 UNITS SOURCE: PORTUGUESE TOURISM BOARD / ANALYSIS: WORX In relation to bed nights (the number of nights that an individual spends in a hotel), as already forecast in W MARKET REVIEW 2012, internal tourism continued to contract, and there was a fall of 1% in the number of bed nights spent by Portuguese tourists (12.3 million). The NUMBER OF OVERNIGHT STAYS IN PORTUGAL BY MAIN MARKET (2008 – 2013) number of bed nights coming from the 7,000,000 it was higher than ever before (29.4 6,000,000 million bed nights), which is 71% of 5,000,000 total bed nights in Portugal. 4,000,000 A: 4.5% Y: 11.2% A: 2.3% Y: 11.1% A: 0.2% Y: 0.7% A: 1.4% Y: -1.1% 3,000,000 It can be seen that in the last 8 years the 2,000,000 number of bed nights spent by foreign 1,000,000 average annual rate of 0.7%. A: -2.9% Y: -7.4% A:1.5% Y: 11.3% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 A = Average Annual Rate of Growth OVERNIGHT STAYS IN PORTUGAL / SOURCE: PORTUGUESE TOURISM BOARD / ANALYSIS: WORX 14 OTHERS FRANCE SPAIN NETHERLANDS nights from local tourists registers an GERMANY rate of 2.6% and that the number of bed A: 12.7% Y: 7.4% 0 UNITED KINGDOM tourists increased at an average annual A: 9.9% Y: 14.5% IRELAND continuously since 2009, and in 2013 A: -0.9% Y: 8.6% ITALY 8,000,000 BRAZIL international market has been growing Y = 2013/2012 building opportunities As far as the regions are concerned Another relevant fact shown by this the most noteworthy change between graph is that the Algarve has been 2012 and 2013 was in the Azores where stagnating with an average annual rate the number of bed nights was up 10% of growth of 1%, that is the region has (reversing the falling trend of recent not only lost overall capacity to attract, years), followed by Madeira with an but it is also not capable of attracting increase of 9% and the North up 8%, new tourists. and the Lisbon region with an increase OVERNIGHT STAYS BY REGION 14% AZORES 12% 10% MADEIRA of 7%. In absolute terms however the In relation to income 2013 turned out to Algarve and Lisbon are the regions be quite a positive year for Portuguese which continue to have the largest tourism. Income from accommodation number of bed nights with 14, 837,350 increased 6%, compared with 2012, and 10,066,343 respectively. and accounted for approximately 70% of total receipts. NORTH 8% ALGARVE 6% 2% -2% 1% 0 -2% In general terms between 2012 and 2013 LISBON 4% RevPar (the indicator which measures CENTER 1% 2% 3% ALENTEJO 4% the amount of income per available 5% room) increased along with the growth -4% in income from accommodation. The CHANGE % 2012 – 2013 AVERAGE ANNUAL RATE OF GROWTH: 2005 – 2013 SOURCE: INE (PORTUGUESE STATISTICS INSTITUTE), PORTUGUESE TOURISM BOARD / ANALYSIS: WORX (THE DIAMETER OF THE CIRCLES SHOWS THE WEIGHT OF THE REGION IN RELATION TO TOTAL FOR PORTUGAL) largest increases were for aparthotels and tourist villages, up 7.5% and 7.4% respectively. The available figures also show that RevPar fell 1% in 5* hotels (from €59.1 in 2012 to €58.07 in 2013), which can be “In relation to income 2013 turned out to be quite a positive year for Portuguese tourism.” explained by the increased competition in this segment as a result of the opening of new 5* hotels during 2013. Lisbon continued to be the region with quite of lot of differences from the national picture. RevPar in the 5* star hotels was 22% above the national average, 4* star hotels 37% above and NATIONAL REVPAR BY CLASSIFICATION (2011 – 2013) in the 3* hotels it was 76% higher. 70,00 60,00 Contrary to what happened in the period 50,00 2011-2012 there was a growing trend 40,00 in 2013 for occupation rates to rise. A monthly comparison shows that most 30,00 occupation rates were higher than in the 20,00 equivalent month in the preceding year OTHERS HOLLIDAY APARTMENTS HOLLIDAY VILLAGES COUNTRY HOUSE HOTELS APARTHOTELS 2*/1* 3* 4* 5* 10,00 except for the months of January and April. 2011 2012 2013 VALUES IN EUROS(€) / SOURCE: INE, PORTUGUESE TOURISM BOARD/ ANALYSIS: WORX 15 wmarket review 2013/14 The average occupation rate nationally was 55.4%, which was an increase of NATIONAL OCCUPANCY ROOM RATE (2012 – 2013) 8% compared with the previous year. In relation to the regions the average 90.0 annual occupation rate in Madeira was 80.0 66%, followed by Lisbon with 65% and the Algarve with 61%. 20 15 70.0 10 60.0 50.0 5 40.0 31 new hotels opened in 2013 with classifications of between 5* and 2*, with a total 2,635 new rooms, which resulted in an increase of 3% in the overall supply of rooms in the four classifications. Lisbon was the region 0 30.0 20.0 -5 10.0 -10 0 JAN FEB MAR APR MAY JUN JUL AUG SEP OCT NOV DEC New hotel openings in 2013 VAR 12/13 2012 2013 OCCUPANCY RATE (%); CHANGE 2012/2013 (%) SOURCE: PORTUGUESE TOURIST BOARD / ANALYSIS: WORX with the most new rooms (37% of the total), followed by the Algarve with 29% and the Alentejo with 11%. The most noteworthy openings were the Epic Sana Lisboa Hotel (5* hotel with 311 rooms) and the Epic Sana Algarve Hotel (5* hotel with 229 rooms), both belonging to the Sana Group which put a total of 540 new rooms on the market, equivalent to 20% of the new supply. Opening of new hotels in 2013 Classification The opening of Be Live Palmeiras Village (a soft opening) in Porches, Algarve should also be mentioned. It has 278 rooms out of an expected total of 517 in 2020 when it is expected to be fully operational. It is the first unit of the Spanish group Globalia, which owns Be Live Hotels & Resorts in Portugal. Portugal in the European context Although there was an increase of 5% in the number of bed nights in Portugal between 2012 and 2013, this figure has to be looked at in comparison with other countries. Noteworthy were the performances of Greece, up 14.6%, the United Kingdom, up 10.9%, Montenegro Designation Region (NUTS II) 5* 5* 5* 5* 5* Vidamar Resorts Algarve Vila Galé Collection Palácio dos Arcos Epic Sana Lisboa Hotel Epic Sana Algarve Hotel Alentejo Marmoris Hotel & Spa Algarve Lisbon Lisbon Algarve Alentejo 260 76 311 229 45 5* 5* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* Hotel Quinta do Lorde Pestana Colombos Premium Club Lisboa Prata Boutique Hotel Be Live Palmeiras Village The Beautique Hotel Figueira Evidência Belverde Atitude Hotel Hotel Villa Montemor Hotel Rossio Real Abadia Congress & Spa Hotel Olissipo Saldanha Hotel Minho (refurbishment) Hotel Santa Justa Memmo Alfama Hotel da Música Hotel Tryp Lisboa Aeroporto Monte Filipe Hotel & Spa Ecorkhotel - Évora Suites & SPA Boiça Hotel Hotel Vila D’ Óbidos Art Garden Hotel Rural & Spa Maçarico Beach Hotel (reconvertion) Hotel Oliveira (reconvertion) Convento da Sertã Hotel Hotel Riversuites Hotel Villa Aljustrel B&B Évora Hotel Ibis Lisboa Parque das Nações Madeira Madeira Lisbon Algarve Lisbon Lisbon Centre Alentejo Centre Lisbon North Lisbon Lisbon North Lisbon Alentejo Alentejo Lisbon 141 100 25 278 50 71 36 18 32 49 65 54 42 85 168 50 56 27 up 7.6% and of Malta with an increase 4* of 7.5%. In absolute terms Spain 4* 4* 4* 3* 3* 2* 2* TOTAL source: Worx 16 Centre Centre North Centre Centre Alentejo Alentejo Lisbon NO. bedrooms 40 30 20 25 26 33 81 112 2,635 building opportunities VARIATION OF THE TOTAL OVERNIGHTS STAYS (2012/2013) 14.6 10.9 -1.8 -3.8 -3.9 ITALY LIECHTENSTEIN ROMANIA PORTUGAL NETHERLANDS MALTA U.K. MONTENEGRO -0.3 -0.9 GREECE From a comparison of the number of bed highest number of bed nights, followed nights with the number of guests it can by Germany and Italy. Also in the Top 5 be worked out that the longest average are France in fourth place and Italy in stays are on the Mediterranean islands, fifth. Portugal is in seventh place. Cyprus and Malta, of approximately 6 days. It can also be seen that in the 5.1 VALUES (%) / SOURCE: EUROSTAT / ANALYSIS: WORX CYPRUS 6.9 FINLAND 7.6 7.5 continued to be the country with the Greece was again the country with the traditional and already well established largest increase in the number of visitors, markets (like Germany, France and the of 15%, followed by Denmark with 14% United Kingdom) the average stay is 2 and Latvia with 13%. From an analysis nights, while in emerging markets, like of the figures it is clear that demand is Croatia, Montenegro or Bulgaria, the growing for the countries more in the average stay is 4 nights. East of Europe (such as Latvia, Lithuania and Bulgaria) which on average have Trends seen their visitor numbers increase by 2014 will not be such a busy year as 9%. As referred to above, Portugal has 2013 when it comes to new hotels but seen the number of guests increase by even so it is forecast that 25 new units about 4.2%, which puts it in the middle will open with a total of 1,787 rooms, of the table in relation to variation in the 52% of which will be located in Lisbon. number of guests. This will help to make this region even more attractive. According to the World In absolute terms Germany continues to Travel Awards it is already considered be the country which gets most guests, the best city break destination in Europe. followed by France, Spain, Italy and in fifth place the United Kingdom. It is forecast therefore that the economic recovery which started in 2013 will continue in 2014 and that it will have a positive effect on the tourism sector, with tourism in Portugal remaining New hotel forecast for 2014 Designation Region (NUTS II) Hotel Avenida da Liberdade Porto Bay Liberdade Evolutee - Royal Óbitos SPA & Golf Resort Grand Douro Hotel Marina & Spa Torre da Palma Wine Hotel L’And Reserve Hotel Atlântico Estoril Residence Pousada da Serra da Estrela Bessa Hotel Lisboa "Douro Equus Resort Natur" Hotel Golden Tulip Águeda Hotel Portugal Sana Evolution Saldanha Hotel Fábrica do Chocolate Lux Lisboa Park Holiday Inn Express R. Alexandre Herculano Hotel Bolsa do Pescado Hotel Palácio da Batalha Hotel Universal Entre Memórias Ribeira do Porto Hotel HF Fénix Music Holiday Inn Lisboa Old Town Rossio Garden Hotel Ibis Budget Braga (reconvertion) B&B Matosinhos Lisbon Lisbon Centre North Alentejo Alentejo Lisbon Centre Lisbon North Centre Lisbon Lisbon North Lisbon Lisbon North North North North Lisbon Lisbon Lisbon North North NO. bedrooms 25 98 39 69 19 38 59 98 113 30 83 53 144 18 97 108 95 107 29 18 110 70 56 82 129 1,787 At the same time investment in this sector could get quite a positive input as there are a number of international hotel chains, without as yet a presence in Portugal, who are looking at and studying the Portuguese market with a view to entering it in the near future. trends demand 5* 5* 5* 5* 5* 5* 5* Pousada 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 4* 3* 3* 2* 2* 2* TOTAL supply Classification attractive. source: Worx 17 wmarket review 2013/14 EUROPEAN INVESTMENT VOLUME 200 INVESTMENT 150 137 114 112 110 95 65 which was an increase of 22% over the previous year. This rise reflected the 2013 2012 2011 2010 2009 2008 rose in 2013 to 137,000 million Euros, 2007 European Real Estate investment volume 2006 The International Perspective 1Q 2Q 3Q 4Q VALUES IN 10^9€ SOURCE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANUARY 2014 greater level of activity in the market which was contrary to the expectations at the beginning of the year. An analysis of European investment volume in the last 8 years shows that 2013 was the EUROPEAN INVESTMENT BY ACTIVITY SECTOR year with the best performance since 2007, which is a very positive sign for the market. The offices sector continued to be the for almost 50% of the total volume. 48% Next came retail with a weight of 23% OFFICES most attractive and in 2013 it accounted while the sector Others accounted for almost one fifth of the market. In terms of growth I&L, in spite of its reduced weight, was the sector which grew most (about 37% between 2012 and 2013). The flow of capital within Europe and 23% RETAIL 10% INDUSTRIAL & LOGISTICS 19% OTHERS SOURCE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANUARY 2014 the increase in liquidity since 2009 have pushed down yields. This has been particularly so in markets such as London where for prime assets in the AVERAGE PRIME YIELDS West End the prime yield on offices 6.50% 6.00% compression in these markets has led 5.50% to investors who have not succeeded 5.00% UNITED KINGDOM SOUTHERN EUROPE NORDIC COUNTRIES GERMANY BENELUX FRANCE SOURCE: BNP PARIBAS REAL ESTATE, JANUARY 2014 18 2013 2012 3.00% 2011 good opportunities. 3.50% 2010 in secondary markets where there are 4.00% 2009 elsewhere and considering investments 4.50% 2006 in investing in these markets looking 2008 the same level as in 2007. The yield 7.00% 2007 has reached as low as 3.75%, that is building opportunities Investment in Portugal INVESTMENT VOLUME IN PORTUGAL The investment market in Portugal was 1,500 1,400 much stronger in 2013 than in recent years. The volume of investment in 2013 reached approximately €417 million, which was about 130% higher than the 727 level in 2012. 514 417 Although this amount is still far from the 179 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 254 figures for investment in the years 2006 2013 600 VOLUME ANNUAL AVERAGE VALUES IN 10^6€ / SOURCE: WORX and 2007, it is quite a positive sign of the recovery of confidence in the investment market. Not only has the market been quite active and stronger than in recent years but various important investment purchases have been made. NATIONAL INVESTMENT VOLUME BY SECTOR OF ACTIVITY Retail was the dominant sector in 2013. It accounted for more than 40% of total investment volume, and the acquisition of 50% of Cascais Shopping by Sonae had a substantial impact. Offices accounted for a significant 42% percentage of investment and there RETAIL The Báltico building and the Espace & were two important deals in this sector. Explorer buildings - not only because of the amounts involved but especially because the buyers were international institutional investors. 32% OFFICES 20% OTHERS 6% INDUSTRIAL & LOGISTICS There is still some appetite for other SOURCE: WORX types of investment asset although these are usually specific market niches, such as hospitality, but their weight is already significant in the total volume of investment. “Although this amount is still far from the figures for investment in the years 2006 and 2007, it is quite a positive sign of the recovery of confidence in the investment market.” 19 wmarket review 2013/14 The biggest transactions show that Main Investment Deals international institutional investors are VALUE (10^6€) now looking seriously at entering the BUILDING LOCATION SECTOR BUYER Portuguese market, something which called market fundamentals (core assets 50% CC Cascais Shopping Monte da Quinta – Hotel Báltico Espace & Explorer Évora Shopping Arrabida Lake Towers Zenith Retail Tourism Offices Offices Retail Offices Offices Sonae Private Investor Deka AFIAA Fungepi BES II Fungepi BES CA Património Crescente 100.0 50.0 43.0 30.0 26.3 16.0 12.1 in prime locations let on long term leases Supermarkets Portfolio Cascais Algarve Lisbon Lisbon Évora Vila Nova de Gaia Lisbon Greater Lisbon and Oporto Lisbon Retail CA Património Crescente 11.6 Offices GLL Real Estate Partners 10.0 has not happened for more than three years. Obviously this type of investor places a lot of importance on the so to good covenants) which applies to only a small section of the market. It shows Liberdade 108 SOURCE: worx however that the Portuguese market still has a number of assets which are very suitable and attractive to these investors, and this is a very positive sign of the recovery of the market. This situation is confirmed by an analysis of the volume of international and local investment in recent years. Since 2009 foreign investment in Portugal has been falling and there was little or none in LOCAL AS OPPOSED TO FOREIGN INVESTMENT VOLUME 353 2009 604 2010 2011 161 124 59 195 2011 and 2012. In addition the deals done were mainly purchases by family 2012 126 53 offices and Portugal was off the map for international investment. In 2013 2013 257 159 this situation changed and international investment accounted for almost 40% of LOCAL FOREIGN VALUES IN 10^6€ / SOURCE: WORX the investment volume. The crossing of this information with the type of investor shows the recovery of the market in 2013. More than half the investment volume came from INVESTMENT BY TYPE OF INVESTOR institutional investors among whom local funds are more represented. More than 20% of the total investment volume in 2013 came from foreign institutional 51% investors. In the same way private investors were quite important and 88% FUNDS of the total amount came from foreign capital, particularly Chinese, Brazilian, English and American. 24% PROPERTY COMPANIES & REITS 21% PRIVATE INVESTOR 3% OTHERS (BANKS) 1% CORPORATES SOURCE: WORX 20 building opportunities It can thus be seen that 2013 was It should also be added that the so called definitely a positive year in terms of Golden Visas have attracted a substantial investment in Portugal. The country flow of foreign capital to Portugal, above has benefited from the high level all of Chinese origin. Their interest has of liquidity in Europe and from the been mainly in the residential market compression of yields in the principal but there has also been some interest cities of Europe. Investors who did not in income producing assets and in succeed in buying properties in the development. more traditional markets have looked at opportunities in secondary markets. In this context of a stronger market Given the adjustment in property values prime yields for offices and shops have in Portugal and its political stability the contracted. They now stand at 7.75% country has emerged as an alternative and 7.25% respectively. On the other place to invest within Europe. hand the yield on industrial and logistics properties has risen to 9.25%. In the GROSS PRIME YIELDS BY SECTOR 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0 OFFICES RETAIL INDUSTRIAL & LOGISTICS EURIBOR (6 MONTHS) SOURCE: WORX, BANK OF PORTUGAL It should be noted however that same way although they still remain international investors low interest rates have risen slightly as a study the market very carefully and institutional result of the economic recovery, which is that negotiations continue to be long beginning to happen. drawn out. At the same time they tend to look for the best current opportunities which cover a relatively small stock given the overall size of the market. Lastly the readiness to buy properties in Portugal depends on a good price/risk relationship and, to get the right balance between the two, building owners must be willing and able to adjust the prices of their assets. “It should be noted however that international institutional investors study the market very carefully and that negotiations continue to be long drawn out.” 21 wmarket review 2013/14 Trends The trend to invest in assets such as The performance of the market in 2013 offices and shops continues although it has led to renewed interest being shown is forecast that development could come in Portugal, which is the result of yield back, in part led by Chinese capital. compression in the rest of Europe. This Drawn by the Golden Visas the Chinese has meant that expectations for the have bought properties for development market in 2014 are quite positive. It is with the idea of subsequent resale for expected that it will remain active and the same purpose. that a large number of investors both institutional and private will be attracted Although yield levels have made to Portuguese real estate. Portuguese real estate quiet attractive in comparison with the rest of Europe It is likely that a number of quite large it is forecast that the yield compression deals will be done in the market in which started in 2013 will continue in 2014. However the preferred stock 2014. for investment (core assets in prime locations) is limited and it is hoped that over time there will be more stock suitable for investors, and other market opportunities, even in secondary locations, as the existing stock includes various attractive assets. Investment Volume Prime Yield Industrial & LOGISTICS Prime Yield Retail Prime Yield Offices TRENDS “Expectations for the market in 2014 are quite positive. It is expected that it will remain active and that a large number of investors both institutional and private will be attracted to Portuguese real estate.” 22 building opportunities Desde 1996, a Worx – Real Estate Consultants é uma das principais consultoras imobiliárias em Portugal e uma referência incontornável neste setor. A Consultora encontra-se em expansão internacional, estando presente em Angola desde 2007 e, em Moçambique, desde 2014. Since 1996, Worx – Real Estate Consultants is one of the leading real estate consultants in Portugal and an unavoidable reference in this sector. The company is expanding internationally and is present in Angola since 2007 and in Mozambique since 2014. Africa ASIA / PACIFIC EUROPE MIDDLE EAST Angola Australia Austria Bahrain Botswana Cambodia Belgium Qatar Kenya China Czech Republic UAE Malawi Hong Kong France Mozambique India Germany AMERICA Nigeria Indonesia Ireland USA South Africa Japan Italy Caribbean Tanzania Malaysia Monaco Uganda New Zealand Netherlands Zambia Singapore Poland Zimbabwe South Korea Portugal Thailand Romania Vietnam Russia Spain Switzerland United Kingdom Av. da República, n.º25, Piso 0 1050-186 Lisboa, Portugal Tel.: +351 217 999 960 Fax: +351 217 999 965 [email protected] www.worx.pt building opportunities REGULATED BY RICS