A Fé Cristológica da Igreja - Paróquia
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A Fé Cristológica da Igreja - Paróquia
16/10/2011 A Fé Cristológica da Igreja A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Foi se elaborando, nos primeiros séculos, a partir: da história de Jesus de Nazaré; e, da fé que as primeiras comunidades cristãs nele depositaram. Prof. Denilson Aparecido Rossi ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Como entender esse mistério? Na base de tudo está o mistério da Páscoa: Jesus morreu, Jesus ressuscitou. Quem morreu? Um homem qualquer ou o próprio Deus feito homem? Quem ressuscitou? Um Deus das alturas ou um homem que é Deus? ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Desafio da Inculturação da Fé: responder filosoficamente, em linguagem conceitual, as diversas questões que a cultura greco-romana punha à fé cristã. Desafio da Inculturação da Fé: Como explicar que Jesus de Nazaré é Filho de Deus? Como o Filho de Deus se torna homem? Como ficam a natureza e a vontade humanas de Jesus de Nazaré na sua união com a pessoa divina do Verbo? ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL 1 16/10/2011 A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Desafio da Inculturação da Fé: responder essas perguntas, preservando o monoteísmo judaico; confessar a divindade de Jesus Cristo e do Espírito Santo; surgem as heresias... A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Surgem as heresias: Arianismo; Ebionismo; Docetismo; • Nestorianismo; • Monofisismo; • Monotelismo; Apolinarismo; ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Arianismo: Ebionismo:(do hebraico ebyión: pobre) Crê que Jesus é um servo de Deus, um homem justo e santo, um pobre de Javé. Viveu de tal modo a santidade e a justiça de Deus, que em recompensa foi adotado por Deus como Filho. fundado por Ário, que nega: - a eternidade do verbo; - a consubstancialidade do Filho com o Pai; - a divindade do Filho; crê que Jesus, apesar de um ser superior, seja inferior ao Pai sendo uma criatura sua. ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Docetismo:(do grego: dokéin: parecer): Jesus é concebido como Deus, mas sua humanidade é entendida como apenas uma aparência. Nega a humanidade de Jesus. Apolinarismo: defende a divindade de Cristo; Compromete a humanidade de Cristo, entendendo que a mesma fosse incompleta. ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL 2 16/10/2011 A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Nestorianismo: fundado por Nestório, monge (séc. IV); crê que Jesus Cristo é, na verdade, duas entidades vivendo no mesmo corpo: uma humana (Jesus) e uma divina (Cristo). Monofisismo: (uma só physis = natureza) Eutiques, monge; defende que Cristo teria uma única natureza composta da união de elementos divinos e elementos humanos. ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Monotelismo: Sérgio, patriarca; defende que, em Cristo, há uma só energia e uma só vontade; a vontade divina. Concílio de Nicéia (325): convocado por Constantino, imperador; condena a doutrina de Ário; Empregou a palavra “homooúsios” = o Verbo é consubstancial ao Pai. ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Concílio de Constantinopla (381): confirma a fé nicena; define a divindade do Espírito Santo; Concílio de Éfeso (431): confirma que “o Verbo, unindo a si na sua pessoa uma carne animada por uma alma racinal, se tornou homem”; afirma que Maria é a “Mãe de Deus”. ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL 3 16/10/2011 A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Concílio de Calcedônia (451): defende a divindade e a humanidade de Jesus Cristo; A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Concílio de Calcedônia (451): “Na linha dos santos Padres, ensinamos unanimemente a confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e perfeito em humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, composto de uma alma racional e de um corpo, consubstancial ao Pai segundo a divindade, consubstancial a nós segundo a humanidade, ‘ semelhante a nós em tudo, com exceção do pecado’ (Hb 4,15); ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL A FÉ CRISTOLÓGICA DA IGREJA Concílio de Calcedônia (451): Que Jesus Cristo devemos seguir? [...] Um só e mesmo Cristo, Senhor, Filho Único, que devemos reconhecer em duas naturezas, sem confusão, sem separação. A diferença das naturezas não é de modo algum suprimida por sua união, mas antes as propriedades de cada uma são salvaguardadas e reunidas em uma só hipóstase.” ROSSI & KLINGBEIL O a contecimento único e absolutamente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jes us Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mi stura confusa do divino com o humano. Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verda deiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Esta verdade da fé, teve a Igreja de a defender e clarificar no decurso dos pri meiros séculos, perante heresias que a fa lsificavam. (CIC, 464) ROSSI & KLINGBEIL ROSSI & KLINGBEIL Assim, a Igreja confessa que Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É verdadeiramente o Filho de Deus feito homem, nosso irmão, e isso sem deixar de ser Deus, nosso Senhor: (CIC, 469) ROSSI & KLINGBEIL 4