Brasil, protagonista mundial do GNV
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Brasil, protagonista mundial do GNV
Publicação mensal do gás veicular do Brasil MERCADO VERTIGINOSO Brasil, protagonista mundial do GNV ABRIL 2007 // Nº73 PRODUTOS ELETRÔNICOS Fabricantes e sua visão do setor Algumas empresas respondem a série especial de entrevistas sobre o segmento e suas expectativas. Pág. 12 a 16 Setor brasileiro de gás natural veicular promove a Expo GNV 2007, de 03 a 05 de maio, em São Paulo, no marco importante da história do programa gasífero. Págs. 2 - 10 GÁS NA CAPITAL FEDERAL Brasília a todo vapor Carretas feixes levam GN para o Distrito Federal e perspectivas de abertura de novos postos de abastecimento. Pág. 23 2 Abril 2007 O país já lidera o ranking internacional com números expressivos de GNV e se torna um grande pólo do gás Brasil protagoniza o mercado de GNV mundial Chegando a marca de um milhão e meio de veículos a gás natural veicular no Brasil e próximo de 1.500 postos de abastecimento. O país está prestes a se tornar o primeiro no ranking mundial de GNV, e se posiciona lado a lado com a Argentina.Vindo logo em seguida os países Paquistão e Itália. mercado nacional tem São Paulo como o segundo grande pólo gasífero no país, com 24,7 % deste segmento e 436 postos de GNV. Mesmo com a crise da Bolívia, o Brasil e o mundo têm encontrado maneiras de driblar os possíveis problemas. O A economia deste combustível gasoso em relação aos líquidos continua tendo uma boa importância na escala de valor, além de ser seguro e menos poluente. Com sua sustentabilidade social, segundo os especialistas, é o que o faz uma opção vantajosa também para os usuários. Muitos metros cúbicos descobertos em bacias, como a de Santos e com projetos em execução para se ter o gás em expansão no mercado, faz do GNV o energético viável do presente e do futuro. Assim o mercado brasileiro de gás natural veicular se converte no grande centro mundial do setor. Com um cenário promissor pra negócios, com grandes empresas nacionais, internacionais e multinacionais existentes e muitas se instalando nas várias regiões do país. Expo GNV 2007 A Expo GNV 2007, mais um marco internacional do segmento é a mostra clara deste mercado que vem crescendo no Brasil.Tanto, que esta já é a terceira versão, que acontece a cada dois anos. Um evento organizado pela Folha do GNV – NGV Communictions Group e o IBP (Instituto Brsileiro de Petróleo e Gás). Com o lema:“GNV – a perfeita combinação econômica e ambiental”, vai de 03 a 05 de maio, no Centro de convenções , Expo Center Norte, em São Paulo. Mais de 50 empresas expositoras em 2.500 m2 de feira. Além de contar com conferências, mesas redondas e cursos de atualização de GNV. Expandindo a rede Coletivos a gás 4 Abril 2007 Our country is leader in the international ranking with important figures that lead it to become a great pole of gas Brazil, protagonist of the world NGV market It reached the amount of 1,5 M of NGVs in Brazil and close to the 1,500 fuelling stations. Our country is about to occupy the first place in the NGV world ranking, head to head with Argentina, followed by Pakistan and Italy. he national market has in São Paulo the second biggest gas pole of the country, with 24.7% in this segment and 436 CNG supplying centres. In spite of the crisis with Bolivia, Brazil and the world found ways to keep apart from potential problems. T The saving produced by the use of this fuel in relation to liquid fuels continues being of great importance, besides its being safe and environmentally friendly. Specialists say that it represents a profitable option for those who choose it due to its social sustainable capacity. On full gas Increment in the market ExpoGNV 2007 NGV is a fuel with present and future advantages, given the amount of cubic meters discovered in the city of Santos and the many projects to be carried out in order to increase the use of gas in the market. The Brazilian market of natural gas for vehicles becomes the world centre of the sector.With an excellent stage for business, with the presence of big national and international companies, multinationals and others which are being established in several regions of our country. ExpoGNV2007 is an international opportunity in the sector, and the proof of a market in expansion in Brazil.This is the third version of the Expo which takes place every two years.The event is organized by Folha do GNV-NGV Communications Group and the IBP (Brazilian Institute of Petroleum and Gas). Under the theme "NGV, the perfect economical and environmental combination", the fair is held from the 3rd to the 5th of May in the Expo Center Norte Convention Center, in São Paulo.There will be more than 50 exhibitor companies and 2,500 m2 of booths.There will also be conferences, round sessions and update courses on NGV. São Paulo, host of the meeting of the year 6 Abril 2007 No ápice do GNV, a cúpula do setor se reúne em São Paulo, na exposição internacional do ano Expo GNV 2007 – um local para os bons negócios e muita troca de informação Mais de 50 empresas na feira, 2500 m2 de exposição, dois auditórios, praça de alimentação, conferências e mesas redondas, com a cúpula do setor, várias atividades durante o evento, desde cursos de atualização de GNV, e tours técnicos com visitas a empresas, assim está aberta a Expo GNV 2007. om o tema: GNV - A Perfeita Combinação Econômica e Ambiental”, que vai de 03 a 05 de maio, no centro de convenções Expo Center Norte, em São Paulo, com entrada gratuita. A Folha do GNV-NGV Communications Group, uma das organizadoras, juntamente com o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), terá um estande, onde se distribuirá uma tiragem especial de 30 mil exemplares, com uma edição com matéria bilíngüe (português / Inlgês). C Brasil já é o primeiro no ranking mundial do gás natural veicular e São Paulo é um mercado promissor, como a grande metrópole brasileira. Assim se realiza o maior evento de gás para carros, com diversas empresas nacionais, multinacionais e internacionais, onde estão presentes países como: Brasil, Inglaterra, Canadá, Argentina, França, EUA, Itália, Índia, Áustria, entre outros. Nesta 3ª versão da Expo GNV, que acontece a cada dois anos, esta Mostra tem como patrocinador oficial, Máster, a Companhia Distribuidora de Gás de São Paulo, Comgás. E ainda conta com o apoio das mídias impressas, como o jornal Estadão, de São Paulo, eletrônicas, on line, com a participação do site Gasnet, etc. Confira a planta da exposição, a lista de expositores e a programação das conferências, a seguir. E veja também a cobertura do evento pela nossa web: www.expognv.com Plano da Expo Expo Center Norte 8 Abril 2007 Lista de expositores ExpoGNV 2007 - A Perfeita Combinação Econômica e Ambiental Nº Estande 3 4 5 Empresa Sindimotor Fertec Metalúrgica / Engepeças Krohne Ltd Uk 6 7 Dynetek Plast Silva 9 F1 Eletrônica 11 AEB 12 AEB 14 15 16 17 18 Cryostar Brasil ANP - Agência Nacional de Petr. E Gás Gasnet Lincoln Composites Pump Control 19 20 Jornal Estado de São Paulo Aldesa Autogas Equipmments 21 Rotarex Brasil 22 23 25 Air GNV do Brasil Ferralumi Vedamotors 26 27 28 29 Caodetex Idromeccanica Faber Cylinders Rotarex Brasil 30 PVR 31 32 Multiflow Industrial Rodrifix Rubro Sindicato de Remanufaturamento e ou retifica de motores / Engines rectification Suporte para cilindros / Supports for cylinders Fabricante de Medidores de Vazão Volumétrica e Mássicos / Volum and Mass Control Flowmeter Manufacturer Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabric. de peças e Ditrib. de Equipamentos / Supplier of parts and distrib. of equipment Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Transporte produção de LNG / LNG production transportation Órgão Oficial do Governo / Government Oficial Organism Mídia / Midia Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabr. de equipamentos eletrônicos para dispenser / Electronic equipment manufacturer Jornal / Publishing Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Fabric. de válvulas, reguladores e alimentadores p/ GNV / Manufacturer of valves, regulators and feeder for NGV Distribuidor de equipamentos / Distrib. of equipment Suporte para cilindros / Supports for cylinders Fabric de Juntas, retentores e borrachas / Joints and accessories manufacturer Fabricante de diafragmas / Diaphragm manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabric. de válvulas, reguladores e alimentadores p/ GNV / Manufacturer of valves, regulators and feeder for NGV Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabric. de peças e Ditrib. de Equipamentos / Supplier of parts and distrib. of equip. Nº Estande 33 34 34a 35 36 38 39 40 41 42 43 44 Empresa White Martins / Cilbras GNC Galileo Hoerbiger do Brasil Mega Petróleo GNC Galileo Oyrsa BR Petrobras Lovato Autogas Dresser Wayne Dresser Wayne Metroval Controle de Fluidos Teleflex GFI 45 Verptro 46 47 Cia de Gás de São Paulo - Comgás Tury do Brasil 48 49 50 51 52 53 54 56 57 58 59 Préssor Safe F1 do Brasil MR Conexões para GNV Cilindros Mat Junqueira Compressores Rodagás Worthington Cylinders OMVL Válvulas Hoffmann IBP/NGV Comm.Group 60 61 62 63 65 65a 66 Cia de Petróleo Ipiranga Aspro do Brasil Aspro do Brasil Landi Renzo Inflex Tomasetto Achille Agira Rubro Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabricante de compressores / Compressor manufacturer Componentes para compressores / Compressors components Locação e Manutenção de Compressores de GNV / Rent and maintenance of NGV compressors Fabricante de compressores / Compressor manufacturer Fabricante de kits / Kits manufacturer Petroleira / Oil Company Fabricante de kits / Kits manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabricante de Medidores de Vazão Volumétrica e Mássicos / Volum and Mass Control Flowmeter Manufacturer Fornec. Geral p/ veículos a GNV e Hidrogênio / Global supplier for CNG and hydrogen powered vehic. Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Cia Distribuidora de gás / Gas transmission company Fabricante de equipamentos eletrônicos / Electronic equipment manufacturer Fabricante de kits/Kits manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Mescladores, injetores, reguladores / Mixers, injectors, regulators Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabricante de compressores/Compressor manufacturer Fabricante de kits/Kits manufacturer Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabricante de kits/Kits manufacturer Fabricante de válvulas / Valves manufacturer Inst. Bras. de Petróleo e Gás e Biocombustíveis / Editora e Org. de Event. de GNV/Publis. House and Org. of NGV Events Petroleira / Oil Company Fabricante de compressores / Compressor manufacturer Fabricante de compressores / Compressor manufacturer Fabricante de kits/Kits manufacturer Fabricante de cilindros / Cylinders manufacturer Fabricante de kits/Kits manufacturer Fabricante de compressores / Compressor manufacturer 10 Abril 2007 ▲ AUDITÓRIO A - CONFERENCISTAS ABERTURA 03/Maio/2007 11:00 – 12:30 Luis Domenech, Presidente, COMGÁS – Companhia de Gás de São Paulo Carlos E. Scioli, Presidente, ALGNV – Associação Latino Americana de GNV José Luiz Orlandi, Diretor, IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Frederico Bussinger, Presidente, SPTrans (a confirmar) MESAS REDONDAS MR 1 – “O futuro dos automóveis a GNV – Visão das Montadoras 03/Maio/2007 13:30 – 14:30 R.Fernandes, ALGNV Mediador Herman Mahke, Gerente, General Motors Marcio Araújo, Gerente,Volkswagen MR 4 – “A Expansão da malha de distribuição de gás” 04/Maio/2007 13:30 – 15:00 Francisco Barros, Gerente Ipiranga/Sindicom, Mediador Richard Jardin, Gerente Comgás Marcelo Rodrigues, Diretor,White Martins Armando Laudório, Presidente Abegás, (a confirmar) 15:00 – 15:30 – Intervalo para café MR 2 – “Desafios da Conversão Pós-Mercado para GNV” MR 5 – “Segurança e Educação do Consumidor de GNV” 03/Maio/2007 14:30 – 16:00 04/Maio/2007 15:30 – 17:00 Moacir Romano, Gerente,WTM-BRC, Mediador Angela Cotellessa, Diretora, Rodagás José Flavio de Oliveira Presidente, ABGNV Maurício Brazioli , Diretor, Osasgás(a confirmar) Rodolpho Sivieri, Gerente, Petrobrás, Mediador Ítalo Oliveto, Div.Avaliação Conformidade,Inmetro Eduardo Sande, ANP Paulo Macedo, Gerente, Ibama 16:00 – 16:30 - Intervalo para café ENCERRAMENTO DAS SESSÕES MR 3 – “A Substituição de Diesel por GNV” 03/Maio/2007 16:30 – 18:00 04/Maio/2007 17:00 – 18:00 Fernando Iaccarino, Mercado Veicular,Petrobrás, Mediador Alessandro Depreti, Gerente, Iveco Luis Henrique VerginelliGerente, Delphi (a confirmar) Santiago Manconi, Diretor,Tomasetto-Achille R.Fernandes, Coordenador, Comitê de GNV-IBP, Coordenador Richard Jardin, Gerente, Comgás José Flavio de Oliveira, Presidente, ABGNV Zauri Candeo, Presidente, Sindimotor 12 Abril 2007 Fabricante de produtos eletrônicos consolida sua marca Preços competitivos e tecnologia de produto Luis Fernando, diretor comercial, da fabricante de produtos eletrônicos para GNV, IGT Quantum Eletrônica, localizada no Rio de Janeiro, responde a série especial de entrevista sobre o setor e diz que sua empresa conseguiu se expandir no mercado, e pede mais comprometimento do Governo Federal com o programa.Veja a seguir: ale um pouco de sua empresa: tempo no mercado de GNV, origem, etc. A IGT possui um conhecimento acumulado ao longo de diversos anos, nas áreas de tecnologia, industrialização e marketing. Esta equipe, junta há mais de 20 anos, decidiu iniciar a IGT com foco no mercado de GNV F como forma de alavancar negócios. A IGT foi fundada há cerca de cinco anos, especificamente para o mercado de GNV, onde atua de forma bastante agressiva no seu marketing, com preços competitivos e tecnologia de produto. Como foi o ano de 2006 para a sua empresa ? O Ano de 2006 foi muito importante para IGT, pois, Luiz Fernando, diretor comercial da IGT consolidamos nossa marca em convertedoras expressivas no mercado . Também foi o ano em que lançamos no mercado produtos com tecnologia de ponta, o que nos colocou numa posição melhor no mercado do Rio de Janeiro. Qual a sua avaliação da política do governo federal para o gás natural e em conseqüência o GNV ? O governo federal, peca em não promover um incentivo maior na principal área do GNV que é a extração, visto que o Brasil é detentor de uma das maiores reservas de gás natural do mundo, e o nosso governo ainda não deu o impulso principal para a sua exploração, em vez disto, ficamos presos a preços e boa vontade de um governo vizinho, notadamente com tendências antidemocráticas. O gás natural, apesar de ser um combustível fóssil, tem baixa taxa de poluição, por possuir na sua composição apenas carbono e hidrogênio, com poucas partes de outros materiais, acarretando com a sua queima apenas a liberação de dióxido de carbono, com poucos traços de enxofre e nitratos, como é o caso da gasolina e do diesel. Creio que o ideal, para a frota automotiva, seria um leque de combustíveis com maior peso no álcool etílico seguido de perto pelo GNV e para veículos de carga o biodiesel, assim, teríamos uma redução na emissão de gases do efeito estufa, com forte impacto na economia como um todo. O que esperam do novo governo estadual no setor? O Estado do Rio sempre foi inovador nesta área, e o nosso atual governador, Sérgio Cabral, foi o maior incentivador nesta área, acredito que os atuais programas e incentivos existentes deverão continuar e talvez até sejam expandidos, aumentando a atual rede de abastecimento mais para o interior do Estado, de forma a possibilitar a criação de novos postos de abastecimento e, em conseqüência, o aparecimento de novas oficinas para conversão de veículos, aumentando assim a oferta de emprego. Quais são as suas expectativas no mercado de GNV no Brasil para pelo menos nos próximos cinco anos? O mercado de GNV, na sua atual formatação, está muito sujeito a fortes influências estrangeiras, principalmente visto que o gás natural importado provém totalmente da Bolívia, sabidamente, um país instável política e economicamente falando, com base nestes aspectos não é possível fazer uma previsão de qualquer espécie para cinco anos. Creio que o ideal, para a frota automotiva, seria um leque de combustíveis com maior peso no álcool etílico seguido de perto pelo GNV e para veículos de carga o biodiesel Porém, caso o Governo Federal faça os devidos investimentos na nossa bacia de gás natural localizada em Santos, será possível, dentro deste prazo, que o mercado seja alavancado até uma plataforma de estabilidade com toda a rede de fabricantes, distribuidores e instaladores em perfeita sincronia para um melhor atendimento ao nosso cliente. 14 Abril 2007 “Esperamos melhoras significativas, ano após ano”, diz empresário Soluções na área da eletrônica da conversão, há quase uma década Verptro, uma empresa que existe no mercado de GNV há quase 10 anos, desenvolve e produz equipamentos para tornar melhor a condição da conversão dos veículos a gás. Confira a entrevista, com Eduardo Madureira. F ale um pouco de sua empresa: tempo no mercado de GNV, origem, etc. Verptro é uma empresa genuinamente nacional tendo iniciado suas atividades em 1999, com o firme propósito de trazer soluções na área de eletrônica, das conversões para o GNV. Teve como origem a união de engenheiros especializados na área de retifica de motores com engenheiros da área eletrônica, oriundos de multinacionais expressivas no contexto nacional. Como foi o ano de 2006 para a sua empresa ? Foi um ano de consolidação de nossa presença no mercado, com o lançamento de mais alguns produtos de sucesso, tais como: o corretor de nível de combustível (CNC) e o emulador de sonda I-Flex Pablo utilizados na conversão dos veículos das linhas Peugeot e Renault. Qual a sua avaliação da política do governo federal para o gás natural e em conseqüência o GNV ? O que esperam do novo governo estadual no setor? Não tenho conhecimento de uma política federal específica para o setor do GNV. Entretanto, na media em que observamos a Petrobras prospectando novas fontes de gás natural e a chegada do gasoduto em novos locais, só podemos esperar que tenhamos perspectivas melhores para um futuro bem próximo. Quais são as suas expectativas no mercado de GNV no Brasil parapelo menos nos próximos cinco anos ? Em consonância com a resposta anterior, esperamos melhoras significativas ano após ano. 16 Abril 2007 Empresa de produtos eletrônicos para GNV comemora seu quinto aniversário Em crescimento e galgando espaço fora do eixo do Rio de Janeiro Rodrigo Luiz, diretor comercial, da Fix Parts, participa da entrevista especial com algumas empresas de produtos eletrônicos para GNV e comenta que mesmo com as oscilações do mercado, obtiveram crescimento no setor. ale um pouco de sua empresa: tempo no mercado de GNV, origem, etc. A Fix Parts é uma empresa brasileira que está voltada 100% para o GNV. Estamos completando neste mês de maio de 2007, cinco anos de mercado, fabricando e distribuindo equipamentos de qualidade a um preço justo. Para celebrar esses cinco anos de existência, estaremos no estande 32 da EXPO GNV 2007, comemorando com parceiros e clientes nosso aniversário com novidades e promoções imperdíveis. F Como foi o ano de 2006 para a sua empresa ? Em 2006 fechamos diversas parcerias que nos permitiram um aumento de 40% nas vendas que consolidou ainda mais nossa liderança no mercado de distribuição de peças e equipamentos para GNV no Estado do Rio de Janeiro. Estamos nos estruturando para levar a Fix Parts a outros estados, já que o crescimento das vendas para fora do Rio de Janeiro cresceu muito na nossa empresa. Qual a sua avaliação da política do governo federal para o gás natural e em conseqüência o GNV ? O que esperam do novo governo estadual no setor? É difícil fazer uma avaliação da política do Governo Federal, pois passamos dois anos consecutivos sendo bombardeados por notícias infundadas que prejudicaram muito o nosso setor. Ainda assim, crescemos muito nestes dois anos e estamos contando com a garantia de auto-suficiência prometida pelo Governo para até 2011. Já no Estado do Rio de Janeiro, o Governo proporciona uma assistência significativa para o setor de Gás Natural Veicular, como por exemplo, a redução do IPVA em 75%. O Governador eleito, Sérgio Cabral Filho, vem dando diversos incentivos para o crescimento do nosso segmento, os quais outros Estados deveriam adotar como modelo. Quais são as suas expectativas no mercado de GNV no Brasil para pelo menos nos próximos cinco anos ? Somos bastante otimistas e acreditamos muito no crescimento do mercado, pois o setor automobilístico está a pleno vapor e não pára de bater novos recordes de vendas de veículos 0 Km. Sendo assim, o GNV pega carona, pois é uma alternativa Rodrigo Luiz, da Fix Parts de combustível barata e ecológica. Ainda temos uma grande fatia de mercado a conquistar, já que as estatísticas mostram que menos de 6% dos automóveis 0 Km vendidos são convertidos ao GNV, fora a frota de carros usados. 20 Abril 2007 Em dois módulos: para os com e sem experiência Senai forma técnicos de gás natural para veículos em curso de R$ 300 O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) é a única instituição autorizada em Bauru pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial) a realizar curso para formação de técnicos especializados em instalação de motores GNV (Gás Natural Veicular), ao custo de R$ 300, em 40 horas de aulas noturnas. esde o início do curso, em setembro, o Senai já formou 48 técnicos. A instituição abre mais uma turma. O custo de R$ 300 pode ser dividido em três parcelas de R$ 100. O aprendizado é dividido em dois módulos: um para pessoas sem conhecimento em mecânica ou em instalações elétricas e um outro para profissionais experientes, que já aprendem direto o mecanismo de instalação do sistema GNV – formado pelo cilindro de gás, controles eletroeletrônicos e um redutor (equipamento para dosar queima). Segundo o coordenador do Centro Tecnológico D Automotivo do Senai, Renato Rodrigues de Lima, desde que a instituição passou a oferecer o curso para conversão do GNV a procura por turmas tem sido grande, principalmente de mecânicos e donos de oficinas. O fato da imprensa ter noticiado que a cidade terá em breve o primeiro posto de combustível de GNV aumentou o interesse dos profissionais em procurar especialização no segmento. O único posto credenciado a fornecer GNV em Bauru, o Garbrás – localizado na avenida Cruzeiro do Sul, em frente ao prédio do DER –, receberá os primeiros caminhões-tanques com o combustível em dez dias. A intenção da Petrobras Distribuidora é atender a demanda dos veículos movidos a GNV que circulam nas rodovias que cortam Bauru. O gerente da estatal em Bauru, Heitor Caschel Baroni Filho, revela que há interesse de mais um posto em Lençóis Paulista e outro em Bauru. Documento de carro com motor convertido custa até R$ 300,00. Não é só na oficina mecânica que o proprietário de carro interessado na conversão do motor para o GNV vai gastar. Para legalizar a documentação do veículo, será necessário um aporte de mais R$ 300. Se o motorista for flagrado sem a alteração, o carro será apreendido. 22 Abril 2007 Cobertura Especial Na edição de maio da Folha do GNV daremos a cobertura do maior evento internacional de GNV do ano, no Brasil, na cidade de São Paulo.A Expo GNV 2007, de 03 a 05 de maio. Organizada pelo nosso grupo, a NGV Communications Group/ Folha do GNV e o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), contando com a presença dos nossos veículos de comunicação: Folha do GNV, Prensa Vehicular,The GVR,Asian NGV. A Folha do GNV estará com um estande e de lá se distribuirá a edição especial do jornal, com uma tiragem de 30 mil exemplares e matéria bilíngüe sobre o mercado nacional. Em maio confira a cobertura completa do evento que promete parar São Paulo e impulsionar o gás com muitos negócios e troca de informação. Enfim, será uma edição recheada de boas informações e notícias. Até lá ! E confira nosso site: www.expognv.com "Ninguém pretende especular, nem de um lado nem do outro da fronteira...", diz ministro argentino Argentina e Bolívia abrem licitação para gasoduto O governo argentino disse no mês de março sobre a data de licitação para o início das obras do Gasoduto do Nordeste Argentino, que deve custar US$ 1 bilhão. anúncio foi feito em Buenos Aires pelo ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, e o ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas Quiroga. O O gasoduto é de vital importância para o fornecimento de gás natural boliviano à Argentina e pode ser a primeira obra financiada pelo recém-criado Banco do Sul, numa iniciativa conjunta entre Argentina e Venezuela. O ministro De Vido alertou durante o anúncio que "ninguém pretende especular, nem de um lado nem do outro da fronteira, sobre o volume de gás suficiente" para abastecer o gasoduto. "Não há nenhum pretexto externo que nos possa impor barreiras para desenvolver esse projeto estratégico que unirá Argentina e Bolívia", enfatizou De Vido. dos próximos 20 anos, com um preço de US$ 5 por milhão de BTU. O contrato vigente hoje entre os dois países prevê o fornecimento de até 7,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A construção do Gasoduto do Nordeste Argentino faz parte dos acordos assinados pelos presidentes Néstor Kirchner, da Argentina, e Evo Morales, da Bolívia, para o fornecimento de até 27,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia ao longo Mas, com a nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos, especula-se que as empresas petrolíferas privadas diminuirão seus investimentos no país e a Bolívia não poderá honrar seus compromissos com Brasil e Argentina. Rede ligando países latinos No entanto, a informação foi desmentida hoje por funcionários de ambos países. O projeto do gasoduto terá a participação das estatais YPFB, da Bolívia, e Enarsa, da Argentina. Durante a recente visita de Kirchner à Venezuela, surgiram rumores de que o Banco do Sul será o responsável pelo financiamento do gasoduto entre Argentina e Bolívia. 23 Abril 2007 Postos de abastecimento serão instalados na região GNV deve chegar a Brasília, no DF, este ano egundo Paulo Gomes, diretortécnico da CEB Gás, o Governo do Distrito Federal estuda a possibilidade de estabelecer uma taxa de 12%, enquanto a CEB Gás e a Gasol, responsáveis pela implantação do GNV no DF, defendem uma porcentagem de 7%. Contudo a alíquota ainda deve ser aprovada pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz). A reunião para decidir a questão está marcada para 30 de março. “Como Brasília não possui gasoduto, o combustível terá que ser transportado, não havia como o imposto ser de 12%. Encareceria o produto. Acredito que o Confaz não fará objeção e poderemos ter o GNV dentro do prazo previsto”, explica Gomes. A expectativa da população é grande. “As vantagens econômicas e ambientais que o gás S oferece fazem com que tenhamos uma expectativa bastante positiva”, argumenta o consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF), Rubens Alves dos Anjos, e diz ainda que o quadro é otimista. Primeiramente, vão iniciar operação dois postos que comercializarão o gás no DF. Um ficará localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e o outro no Setor de Postos e Motéis, na Candangolândia, com capacidade para armazenar 40 mil metros cúbicos. De início, espera-se atingir 1% da frota de carros do DF, cerca de sete mil veículos. O gás passará por um processo de liquefação, onde ele será refrigerado a uma temperatura de 160º negativos e armazenado em Paulínea – SP. As carretas sairão do interior paulista e abastecerão os postos do DF, que também terão de investir para poder armazenar o GNV adequadamente. A Petrobras, em parceria com a White Martins, investiu 50 milhões de dólares na estrutura, que tornará possível a comercialização do GNV em Brasília. Parlamento de Brasilia 24 Abril 2007 26 Abril 2007 Instalada comissão especial da lei do gás Proposta de regulação para o GN em tramitação Comissão Especial da Câmara (CESP) que irá analisar os projetos de lei para a criação da Lei do Gás já está instaurada. O Projeto de Lei que está tramitando na CESP é o PL 6666/06 de autoria ex-deputado Luciano Zica (PT/SP), ao qual está pensando o PL 6673/ 06, que é a proposta de regulação para o gás natural elaborada pelo Poder Executivo. presidente CESP é o deputado Max Rosenmann (PMDB/PR) e o deputado João Maia (PR/RN) foi indicado relator do projeto. O presidente Max Rosenmann (PMDB/PR) abriu prazo para apresentação de emendas ao projeto – 5 sessões. Max Rosenmann (PMDB/PR) afirmou ainda que pedirá ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), prorrogação deste prazo por mais uma semana. O PLS 226/05, do ex-senador Rodolpho Tourinho (PFL/BA), que também trata da regulação para o gás natural, já aprovado no Senado, ainda não iniciou a tramitação na Câmara dos Deputados De acordo com o presidente da CESP, é certa a tramitação conjunto do projeto aprovado no Senado com o da Câmara. No caso da tramitação em conjunto, se a CESP aprovar apenas o PLS 226/05 conforme texto do Senado, a matéria seguirá diretamente à sanção, não necessitando de apreciação pelo plenário da Câmara dos Deputados, salvo apresentação de recurso oferecido por, no O Regularizando o gás mínimo, 52 deputados. o recurso terá que ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados. para isso, é necessária maioria simples dos membros da casa – metade mais um dos presentes na sessão. Caso o PLS 226/05 (Senado Federal) seja alterado, contemplando artigos das outras matérias em tramitação na câmara (PL 6666/06 e 6673/06) oferecendo, assim, um novo substitutivo, esse retornará ao Senado para exame das modificações. 28 www.ngvgroup.com • Acesse o maior portal de GNV do mundo Abril 2007 Avaré já conta com gás veicular Usuários se agradam do novo sistema Enquanto Botucatu aguarda a chegada do gás natural, em Avaré (120 quilômetros de Bauru) a distribuidora Gás Natural São Paulo Sul começou a distribuir, no mês passado, o gás natural veicular (GNV) em um posto de combustível localizado na rua Minas Gerais, no bairro Água Branca. distribuidora já fornece o gás natural para uma indústria de Avaré, desde 2004. A empresa também possibilitou a distribuição do combustível para outros segmentos de mercado, como os comércios do município. A distribuição em postos de combustível, no entanto, é uma novidade em Avaré e conseqüência da política de ampliar os negócios. A Segundo a assessoria de imprensa da distribuidora, Avaré é um dos 17 municípios atualmente atendidos pela Gás Natural São Paulo Sul, que soma mais de 25 mil clientes, entre residências, comércios, indústrias e postos de GNV. É a terceira empresa distribuidora de gás natural do País em número de clientes, assim como a terceira em infra-estrutura de distribuição do energético, com mais de 1.000 quilômetros de redes. A oferta do gás natural em Avaré tem agradado aos usuários. O empresário Antônio Iberê César, proprietário do restaurante Dom Gaspar, localizado na região Central de Avaré, é adepto do uso do produto. Ele considera a opção “um progresso e um sossego de espírito”. Segundo ele, desde que passou a utilizar o gás natural no seu restaurante acabaram os inconvenientes das trocas de botijão e da falta do combustível quando era preciso. “Hoje, a cozinheira não tem mais que sair da cozinha para trocar o botijão de gás que acabou. A época de carregar o botijão nas costas já era!”, comenta o empresário. De acordo com o comerciante, a instalação do gás proporcionou maior mobilidade na cozinha do seu restaurante. “Foi possível mudar a disposição dos equipamentos na cozinha e ganhar maior eficiência para o manuseio do fogão”, completa. 30 www.ngvgroup.com • Acesse o maior portal de GNV do mundo Abril 2007 Tecnologia projetada para competir no mercado local e internacional Fabricante de cilindros incrementa exportações A Inflex - Argentoil desfruta de uma liderança alcançada através de 40 anos em busca da constante inovação em sua linha de produtos, sua metodologia e segurança da qualidade que nos permitiu entregar mais de 3.500.000 cilindros em todo o mundo, o que demonstra a confiança dos usuários sustentada pela qualidade e segurança do produto. ossa tecnologia está projetada para competirmos no mercado local e internacional para o qual desenvolvemos os cilindros tipos I, II e III. Não nos limitamos em nossa tarefa de cumprir com o mercado e incrementar nosso ritmo exportador, recentemente reestruturamos a área de Comercio Exterior, formada hoje pelo Gerente de Exportações Sr. Alberto Muñoz, a Sra. N Maria Eugenia Fracchia subgerente de Exportações, e o Eng. Horacio Corridoni, subgerente de Exportações responsável pela Inflex do Brasil. Como parte que integra este câmbio nós abrimos um escritório comercial onde também se designou um representante comercial, Sr. Narayanan Kutty. A Inflex-Argentoil tem alinhado seus recursos e planejamento estratégico, apostando no crescimento e Projetando tecnologia de cilindros desenvolvimento do mercado brasileiro, com a expansão da região de venda e ampliação da rede de distribuidores, Nós temos dobrado nossos esforços e fizemos investimentos requeridos a fim de ser um fornecedor proeminente e de referência no mercado de cilindros GNC e para os cilindros de gases líquidos no ar. Contando com o respaldo técnico e comercial que nos caracteriza e mantendo assim, o espírito de nossa matriz, nesta nova filial no Brasil. Nossa posição de vanguarda não obedece à razões casuais e sim a um planejamento estratégico sustentável e um acompanhamento dos últimos 5 anos, tendo realizado investimentos de acordo com a globalização deste mercado, que apresenta um grande desafio. Desafio este, que não é novidade à nossa empresa, já que somos pioneiros nas regiões mencionadas e criamos uma rede de clientes e amigos que nos estimulam a seguir pelo caminho do gerenciamento sustentável de nossos produtos e de nosso mercado. Inflex - Argentoil determina e estabelece seus planos estratégicos e não descuida de forma alguma das ferramentas táticas que permitem alcançar e manter uma presença líder no mundo do GNV. 32 Abril 2007 Economia de 25% é comprovada em pesquisa Estudo prova que uso do gás é viável Apontar com precisão se o uso de gás natural veicular (GNV) pelos motoristas de Santa Maria, principalmente os taxistas, é ou não economicamente viável. Esse foi o objetivo do trabalho de conclusão de curso elaborado, e apresentado pelo formando de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),Diego Ramos Dal Molin. urante seis meses, ele pesquisou e analisou uma série de dados referentes ao assunto, como o custo médio para a instalação do kit de equipamentos de adaptação do carro para utilização do combustível. D O universitário avaliou quanto tempo o motorista de um carro popular, que realizasse a adaptação no veículo, demoraria para, através da economia gerada por meio do abastecimento de gás, obter o retorno do investimento realizado na compra do kit. Diego Dal Molin verificou também qual a quilometragem diária mínima necessária para tornar vantajosa a utilização do gás natural. Para avaliar a vantagem do emprego do combustível pelos condutores de Santa Maria, o rapaz desenvolveu um programa de computador com uma planilha de cálculo. Através da planilha é possível calcular automaticamente - com base em dados fornecidos como o tipo de veículo, consumo médio do carro, preço da gasolina e do gás natural - o tempo para recuperação do investimento e a quilometragem mínima necessária por dia. “Concluímos que a instalação do kit de conversão para gás natural é mais viável economicamente para os motoristas que rodam bastante, em torno de 60km ao dia. Para os taxistas seria vantajoso porque, segundo o sindicato da categoria em Santa Maria, eles trafegam diariamente cerca de 100km. Levando-se em conta que o custo médio para adaptação do carro é de 4 mil reais, os motoristas de táxi da cidade iriam recuperar seu investimento em 11 meses e meio”, salienta Diego Dal Molin. Estimativas apontam que o abastecimento por gás natural representa uma economia financeira de 25% na comparação com o uso da gasolina. Segundo o autor do trabalho acadêmico, isso ficou comprovado no estudo feito em relação a carros 1.0, modelos Gol, Corsa e Uno, fabricados a partir do ano de 2002. “Comprovamos que veículos deste tipo, os chamados populares, conseguem esse desempenho”, observa o formando de Engenharia Mecânica. 34 Abril 2007 36 Abril 2007 38 Abril 2007 Motores mais econômicos e duráveis Ônibus paraibanos vão utilizar gás natural Uma pesquisa realizada no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveu uma técnica inédita no Brasil para conversão de motores movidos a óleo diesel em Gás Natural Veicular (GNV). O projeto está sendo desenvolvido há um ano em um motor estacionário (que não está em movimento) utilizado em caminhonetes. equipe responsável pelo experimento é formada por sete pesquisadores, coordenados pelo engenheiro mecânico e professor da UFPB Emerson Jaguaribe, doutor de Estado na França, na área de Conversão. Segundo ele, a possibilidade de conversão de motores de ônibus e de indústrias (ambos movidos a óleo diesel), para GNV é um dos maiores atrativos da tecnologia. Além de mais econômicos e duráveis, os motores movidos a GNV são menos poluentes e mais silenciosos. O diferencial da tecnologia desenvolvida no CT é a possibilidade de reverter a conversão. Esta técnica converte totalmente o motor para GNV, sem a necessidade de utilização de diesel para partida. De acordo com Emerson Jaguaribe, todo o sistema de alimentação de diesel é retirado do motor, inclusive a bomba injetora de combustível. As peças podem ser guardadas para serem recolocadas novamente, se necessário. De acordo com a explicação dos pesquisadores, o motor movido a gasolina utiliza a Ignição por Centelha (ICE) para combustão. O processo ocorre por meio da vela de ignição, responsável pela centelha (faísca) e além da bobina de ignição. Esta última é responsável pela transformação da baixa tensão em alta tensão. O objetivo é fazer a distribuição A para as velas, de forma sincronizada, através de cabos. Nos veículos dotados de injeção eletrônica, o combustível é distribuído (por bombeamento) pelos bicos injetores, de forma sincronizada com o sistema de ignição mecânica. Já os motores movidos a óleo diesel, utilizam Ignição por Compressão (ICO) e são mais “robustos”, necessitando de uma taxa de compressão maior do que os motores a gasolina (ICE). A alimentação do diesel é feita por meio de uma bomba injetora de alta pressão, sincronizada com o sistema mecânico. Os pesquisadores explicaram que um motor movido a gasolina facilita a conversão para GNV, pois os dois têm o mesmo sistema de ignição. * Estudo inclui técnicas para a climatização O presidente da PBGás, Manoel de Deus, afirmou que o Convênio de Cooperação Técnico-Científica e Tecnológica será assinado brevemente com a UFPB, para apoio ao desenvolvimento de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Segundo ele, um ramal da rede de abastecimento de gás será disponibilizado para laboratórios da UFPB, com o intuito de viabilizar a realização dos experimentos com o motor estacionário. Além da pesquisa coordenada pelo professor Emerson Jaguaribe, o abastecimento de gás vai beneficiar estudos sobre climatiza- ção e cogeração. A licença ambiental, bem como a licitação para realização da obra já foram providenciadas pela PBGás. “Além do desenvolvimento do mercado, levando em consideração o aspecto do pioneirismo, existem outras vantagens, como o aspecto econômico, ecológico e a diminuição da poluição sonora provocada pelo motor”, disse Manoel de Deus. Ele acredita que a tecnologia de conversão será absorvida pelo mercado, devido à diversidade de vantagens proporcionadas. “Decidimos nos juntar à universidade, que é uma instituição de excelência, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de uma tecnologia nossa”, afirmou Manoel de Deus, ressaltando que “o projeto será benéfico para o mercado local”. O abastecimento para o laboratório será gratuito e, inicialmente, terá duração de seis meses, havendo possibilidade de renovação do contrato. * GNV reduz a emissão de CO2 na atmosfera O titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Antônio Augusto Almeida, reforçou que a conversão diminui significativamente a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. “O CO2 é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa, que provoca o aquecimento global. Essa conversão é uma contribuição significativa, pois há uma quantidade muito grande de motores a diesel, principalmente nos ônibus”, comentou. Antônio Augusto citou a possibilidade de as empresas que adotarem a tecnologia serem beneficiadas pelo “Crédito de Carbono”, que está previsto na cláusula 12 do Protocolo de Quioto – tratado internacional que propõe a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa no planeta. Desta forma, explicou o secretário, todo o gás que deixa de ir para a atmosfera pode ser objeto de negociação, por meio do Crédito de Carbono. * Empresários do Estado têm interesse no projeto O empresário do setor de transporte, Robson Gouveia, que também é engenheiro mecânico, já está de olho na tecnologia. “O interesse eu já tenho há 10 anos. Já estou em processo de estudo. Vou fazer um projeto piloto para utilizar o GNV nos ônibus”, revelou Robson, que além da empresa de transportes Águia (frota de 67 veículos) é proprietário do posto de GNV Unigás, em Campina Grande. “Tenho a intenção de ser parceiro neste projeto. Desconheço esse tipo de experiência (em ônibus) no Nordeste”, comentou Robson. Ele disse ainda que entrou em contato com os professores da UFPB, bem como com empresários de outros Estados e até da Argentina. Abril 2007 39 40 Abril 2007
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