9–18 out - tempo_festival
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9–18 out - tempo_festival
o que apr ese nta m 9–18 out 2015 procuro tempofestival.com.br quando encontro 1 REFLECTION TIME. ACTION TIME. Complex time, this one. Cumulative plurality imposes to the individual a constant and confused state of absence, delay, loneliness. While everything is happening, it looks like nothing is happening at all. And we stay isolated in our own gestures. But this is just an appearance. Because gestures little by little add themselves up, be it for the subjectivity of their choices, as well as for their subtle consequences. Perhaps the secret of this labyrinthic time is really in the action, in all of its extensive possibilities of manifestation. We undoubtedly recognize as action something concrete, coming from the body, from attitude. Even if we limit our understanding of acting to the visible, it exists in the same way in the imperceptible. To think, therefore, is a physical movement, a gesture, an action that is the process of reflection. Reflection is mainly action. From the possible actions, reflection emerges as the most urgent, because it unfolds itself into critical thought, historical perception, symbolic recognition, paradoxical structures, mistrust of normative truths, the recognition of what is understood as humanity. To reflect means to be open to the other, to something, to events, to ideas. It is the action of building dialogues with reality, through which we establish meetings and closeness. If before thinking translated for humankind the recognition of our rationality; now thinking is valued as an anarchic tool. Thought emerges as an instrument of freedom. Thus, with whom or with what we dialogue is the question. And the answer depends less on knowledge and more on curiosity. To dialogue with that which we know well means to limit ourselves to agreeing or not. It is possible to go further, to be more interesting. It is enough to provoke the dialogue to a curiosity over those things which we don’t know yet, the insecure, the original: to speak, talk, reflect over what is not obvious, give time to the discoveries and to move according to them. Without curiosity, the individual becomes easyminded. Curiosity validates the power of actions in non-controlled directions and the reflections that arise from it emerge from the movements caused by inventions. To Italian thinker Giorgio Agambem, it is fundamental for the critical perception about the contemporary to distance itself from it, to observe it closer to its completeness. That means to seek stimuli that take us to the most far away from our securities; curious in discovering that which the excess of the feeling of belonging and of closeness to something does not allow us to perceive. 2 But the choices come from the repertoire of the person who chooses, so it is needed to open up to mechanisms incapable of being translated by the security of our concepts. To generate a state of curiosity towards the undescribable, the unnameable. And the best way to do this is to provoke ourselves by aesthetic experiences. Thus, reflection, in its existence as action, will not occur through affirmation or denial, but from the curiosity of finding sense in that which doesn’t need to be explained. Art, in other words. It is art the most appropriate for the movement of detachment and creation of singular reflections. The meeting with the other, as a process of experience and no longer only the fruition of information, while contemporary production establishes the strategy of revisitation, of resignification all the time. We have to add to this the dimension of virtualization of reality and the virtual ambiance as a done deal. In art, the consequences over the performative narrative of the body are revealed in the search for autobiographies and later expands into the representation of socio-political-cultural structures, understood as active subjects of our time. Borders get blurred. The consequences reach the construction of the imaginary and to the way we think and act. The real actions are substituted by virtual gestures. So it is time for us to understand thinking as a real action within the reconstruction of existing. The presence, the reality of the common instant, the dynamics of concrete exchanges, reveal themselves as great aesthetic values. And the spectacular imposes itself over the vulgar. Theater, because it is a shared presential occurrence, has become again the most radical instrument among the aesthetic experiences. Because while in it, we participate in the same event. This way, theater is the offer of a noise over everyday life. A poetic noise. A theater festival delivers an accumulation of sounds, of poetics, of stimuli to curiosity, of experiences, reflections. It offers a form to get away from the impositive reality and for us to be able to see unpredictable faces. It brings the tools for the validation of our actions under new perspectives. Complex time, this ours, where art, theater put themselves as the most urgent stimulus to transformations, acting within us through reflections. Or would it be that it has always been like that? It is possible. But it doesn’t matter. The urgency of reflection about the “now”, requires our presence. Perhaps, someday we’ll have time to savor the past with tranquility and to dream the future. For now, it is enough to deal with the present. TEMPO DE REFLEXÕES. TEMPO DE AÇÕES. Tempo complexo, o nosso. A pluralidade acumulativa impõe ao indivíduo um estado constante e confuso de ausência, atraso, solidão. Enquanto tudo ocorre, nada parece ocorrer. E ficamos isolados aos nossos pequenos gestos. Mas isso é somente aparência. Porque os gestos aos poucos se somam, tanto pela subjetividade de suas escolhas, quanto por suas sutis consequências. Talvez o segredo a esse tempo labiríntico esteja mesmo no agir, em suas mais amplas possibilidades de manifestação. Não há dúvidas sobre reconhecermos como ação algo concreto, decorrente do corpo, da atitude. Ainda que limitemos o entendimento da ação ao visível, existe igual no imperceptível. Pensar, portanto, é um movimento físico, é gesto, cuja ação é o processo da reflexão. A reflexão é principalmente ação. Das ações possíveis surge a reflexão como a mais urgente, por desdobrar-se em pensamento crítico, percepção histórica, reconhecimento simbólico, estruturas paradoxais, desconfianças das verdades normativas, reconhecimento naquilo que se entende como humanidade. Refletir significa estar aberto ao outro, a algo, aos acontecimentos, às ideias. É a ação de construir diálogos com a realidade, pelos quais se estabelecem encontros e aproximação. Se outrora o pensar traduzia o homem ao reconhecimento de sua racionalidade, agora, pensar se vale de instrumento anárquico. O pensamento surge como instrumento de liberdade. Então, com quem ou o quê dialogamos é a questão. E a resposta depende menos dos conhecimentos e mais de curiosidade. Dialogar com aquilo que se conhece significa limitar-se à concordância ou não. É possível ir mais longe e ser mais divertido. Basta provocar o diálogo à curiosidade àquilo que ainda não se conhece, ao inseguro, ao original: falar, conversar, refletir sobre o que não estava óbvio, dar tempo às descobertas e se mover por elas. Sem curiosidade, o indivíduo se torna fácil. A curiosidade valida a potência de ações em direções não controladas, não planejadas, e as reflexões decorrentes surgem pelos movimentos de invenções. Para o pensador italiano Giorgio Agamben, é fundamental à percepção crítica sobre o contemporâneo, dele se distanciar, para observá-lo o mais próximo a sua completude. Significa buscarmos estímulos que nos levem ao mais distante de nossas seguranças; curiosos em descobrir aquilo que o excesso de pertencimento e aproximação não nos permite perceber. Mas as escolhas partem do repertório de quem escolhe, então é preciso sensibilizar-se por mecanismos incapazes de serem traduzidos pela segurança de conceitos. Gerar no outro um estado de curiosidade ao indescritível, ao inominável. E o melhor meio para isso é nos provocarmos por experiências estéticas. Assim, a reflexão, em seu existir como ação, não se dará pelo afirmar ou negar, mas pela curiosidade em encontrar sentido àquilo que não necessita explicar. A arte, em outras palavras. É ela o meio mais próprio ao movimento de distanciamento e criação de reflexões singulares. O encontro com o outro, como processo de experiência, e não mais apenas fruição de informações, enquanto a produção contemporânea instaura a estratégia de revisitação, de ressignificação a todo momento. Há que se somar a isso a dimensão de virtualização da realidade e a ambiência virtual como realidade posta. Na arte, as consequências sobre a narrativa performativa do corpo se revelam na procura por autobiografias, e depois se ampliam para a representação das estruturas sócio-políticoculturais, entendendo-as sujeitos do nosso tempo. As fronteiras borram. As consequências chegam à construção do imaginário e, por conseguinte, à maneira de pensarmos, de agirmos. As ações reais são substituídas por gestos virtuais. Então é tempo de entendermos o pensar como ação real na reconstrução do existir. A presença, a realidade do instante comum, a dinâmica de troca concreta, revelam-se grandes valores estéticos. E o espetacular se impõe ao vulgar. O teatro, por ser uma realização compartilhada presencial, torna-se novamente o instrumento mais radical entre as experiências estéticas. Porque nele participamos do mesmo acontecimento. Assim, o teatro é a oferta de um ruído ao cotidiano. Um ruído poético. Um festival de teatro entrega um acúmulo de ruídos, de poéticas, de estímulos à curiosidade, de experiências, de reflexões. Oferece o meio para que nos afastemos da realidade impositiva e possamos assisti-la em faces imprevistas. Traz os instrumentos para validar nossas ações sob perspectivas novas. Tempo complexo, o nosso, onde a arte, o teatro, se colocam como os mais urgentes estímulos às transformações, agindo em nós através de reflexões. Ou será que sempre fora assim? É possível. Mas nem importa. A urgência da reflexão sobre o agora, exige-nos presença. Talvez, um dia, teremos tempos de degustarmos o passado com tranquilidade e sonhar o futuro. Por enquanto, o presente é muito com o que lidar. 3 mais uma É com muito orgulho que a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) patrocina, desde a primeira edição, o TEMPO_FESTIVAL que, pelo sexto ano consecutivo, oferece aos cariocas um rico panorama das artes cênicas mundiais. O evento segue inovando ao mostrar as recentes transformações sociais, através de espetáculos e performances de teatro, dança e música, instalações de artes plásticas e leituras variadas. It is with great pride that Municipal Secretary for Culture (SMC) sponsors, since its first edition, TEMPO_FESTIVAL, which, for the sixth consecutive year, offers people in Rio de Janeiro a rich panorama of the world’s performing arts. The event keeps innovating by showing the recent social transformations, through shows and theater performances, dance and music, visual arts installations and various public readings. O TEMPO_FESTIVAL inspira os cariocas na busca permanente pela vanguarda. E pelo seu caráter cosmopolita, o evento se insere na política de apoio a festivais que a Prefeitura do Rio tanto preza e valoriza. Mais uma vez, esta Secretaria abre as portas de seus equipamentos para receber a programação de altíssima qualidade elaborada pelos curadores Bia Junqueira, Cesar Augusto e Márcia Dias. TEMPO_FESTIVAL inspires the people from Rio towards a permanent search for the vanguard. And because of its cosmopolitan character, the event fits well in Rio’s City Hall’s politics of supporting festivals, which the local government prizes and values a lot. Once more, the Municipal Secretary for Culture opens the doors to its provisions to host a program of the highest quality, created by the curators Bia Junqueira, Cesar Augusto and Márcia Dias. Debater a cultura como ela é e pensar em melhorias para um futuro próximo se revelaram tão importantes quanto o ofício de criá-la. Numa cidade tão plural e que aposta tanto na diversidade, estamos, mais do que nunca, interessados no diálogo e na construção de um cenário artístico participativo e atuante. MARCELO CALERO Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro SMC -RJ To debate culture as it is and to think about improvements for a near future reveal themselves to be as important as the work of creating it. In such a plural city, that bets so much on diversity, we are, more than ever, interested in the dialogue and the construction of an active and participative artistic scenario. MARCELO CALERO Municipal Cultural Secretary - Rio de Janeiro SMC-RJ coisa 4 5 Líder em relacionamento com o cliente, a Contax oferece soluções completas em Contact Center, BPO e IT, entendendo o consumidor de forma integrada e multicanal. Há 15 anos no mercado, tem como meta a busca constante por excelência na entrega de serviços, em um processo contínuo de melhoria e inovação por meio de pessoas qualificadas, tecnologia de ponta e unidades operacionais modernas e sustentáveis. São cerca de 90 mil profissionais atuando no Brasil, Argentina, Colômbia e Peru. No Brasil, é uma das maiores empregadoras formais do país, com a missão de inserir jovens no mercado de trabalho e um papel fundamental em relação ao setor e à sociedade: motivar, treinar e capacitar milhares de pessoas que iniciam sua vida profissional na empresa, tornandoas especialistas e detentoras de práticas específicas do setor. A Contax acredita em sua capacidade de protagonizar a transformação nos relacionamentos, porque relacionamentos transformam pessoas, empresas e o mundo. Leader in relationship with the client, Contax offers complete solutions in Contact Center, BPO and IT, understanding the consumer in a multichannel and integrated form. For 15 years in the market, Contax has as a goal the constant search for excellence in the delivery of services, in a continuous process of improvement and innovation through a qualified personnel, cutting edge technology and modern, sustainable operational units. 90 thousand professionals working in Brazil, Argentina, Colombia and Peru. In Brazil, it is one of the biggest formal employers, with the mission of inserting youngsters in the job market and playing a fundamental role towards the sector and society: to motivate, train and capacitate thousands of people who are beginning their professional life in the company, turning them into experts, knowledgeable of practices specific to the sector. Contax believes in its ability to lead the transformation of relationships because relationships transform people, enterprises and the world. Qual o tempo da reflexão e qual o tempo da ação? Nestes dias corridíssimos e conturbados em que o mundo vive, questionar-se sobre a distância entre o pensar e o agir, ou melhor, sobre a necessidade de não nos reduzirmos a figuras autômatas parece mote mais que pertinente para um projeto artístico internacional. A nova edição do TEMPO_FESTIVAL aponta para a produção contemporânea brasileira e de fora do país, com a inquietação que é marcada registrada do seu trio de diretores. Com escolhas curatoriais, que, infalivelmente, demandam do espectador a posição de sujeito, o festival não se limita à exibição de espetáculos fechados. No calendário deste outubro, o festival ocupa uma linha do tempo equivalente a dez dias – e com programação em onze espaços, entre Zona Sul, Centro, Zona Portuária e as comunidades da Maré e Rocinha -, firmando-se como o maior festival internacional dedicado às artes cênicas do Rio de Janeiro. Assim, é com orgulho que a Oi patrocina o TEMPO_FESTIVAL, desde a primeira edição, acreditando sempre na enorme potência artística, no importante poder de troca entre públicos e artistas e no impacto indiscutível que os festivais causam na economia das cidades. Programem-se! What’s the right time for reflection and the right time for action? In these fast-paced and troubled days that our world currently lives, to question ourselves about the distance between thinking and acting, or better yet, about the need to not reduce ourselves to automaton figures, seemed to be a very appropriate motto for an international artistic project. The new edition of TEMPO_FESTIVAL points to the contemporary Brazilian production and works from outside the country, with the restlessness that is a trademark of the triad of directors in charge of it. With curatorial choices that invariably demand from the spectator a position as a subject of the piece, the festival does not limit itself to the presentation of closed performances. This October, the festival fills up a line of time equivalent to ten days – and with programming in eleven venues, between the neighborhoods Zona Sul, City Center, Port Zone and the communities Maré and Rocinha -, establishing itself as the biggest international festival dedicated to the performing arts in Rio de Janeiro. Thus, it is with pride that Oi sponsors TEMPO_FESTIVAL since its first edition, always believing in its enormous artistic strenght, in the important power of exchange between public and artists and in the undisputed impact that festivals have in the economy of cities. Program yourself! 6 7 FELIPE HIRSCH AND ULTRALÍRICOS SÃO PAULO - BRAZIL Sometimes, to say something is the most disturbing weapon, because it is in the word that we have the most direct dimension. Especially when it comes in the written form, by proposing its reading, it also suggests discourse. There are, still, other qualities to words. When used to denounce, words go beyond the narratives and bring something of an urgency. And there are also words that build their own poetry, diverting themselves from obviousness. These are the best, because they offer unique experiences. When occupying the stage, the word is a bit of all that. It is poetics, discourse, idea and urgency. The challenge, therefore, is to choose the right words to build the theater which is intended to be offered as experience. Puzzle started at the Frankfurt Book Fair with three works built from Brazilian literature. Came back to Brazil and became expanded to [d]. And, since the beginning, therefore, the relationship with the word and the way of saying things has revealed itself as essential to the project. There is, in each of the writers chosen by Felipe Hirsch a wish to rip and expose our vices of brazilianess, social blindnesses, cultural disguises. More than what is said, sometimes embarrassing, sometimes funny, to choose to use the stage to play the gesture of speaking to the other has proved how much Brazilian theater has lost, these past few years, also in its relationship with the word being limited because of ideologies. It may not be easy to listen to some of the things the writers, actors, composer and Hirsch says. Puzzle, when choosing to say those things, is able to make us laugh and get silent. But, be sure, even more difficult is to have the courage to say them. The Ultralíricos emerged as a proposition of Felipe Hirsch, after he ended his activities with Sutil Companhia de Teatro. Putting together artists from various fields, the group provokes itself into the creation of original works, transversal, where theater reveals itself as a final aesthetic event. The works recently created by Felipe Hirsch with the Ultralíricos have renewed and potentiated even more the director’s way of expression and signature. Concept and General Direction: Felipe Hirsch | Guest Artist and Visual Program: Rafael Coutinho | Composition and Execution of the Soundtrack: Arthur de Faria | Special Participation: Carlito Carvalhosa, with the work Rio (River) Cântico Negro by José Régio | Authors from (d): André Sant’Anna, Bernardo Carvalho, Gregório de Matos, Haroldo de Campos, Nelson de Oliveira, Newton Sampaio, Paulo Leminski, Roberto Bolaño, Veronica Stigger | With the participation of: Rogério Duprat and Damiano Cozzella with Klavibm II; André Sant’Anna and Caio Blat with the work A Lei; Maurício Dias and Walter Riedweg with the works O Universo do Baile and Blocão | Cast: Danilo Grangheia, Georgette Faddel, Guilherme Weber, Isabel Teixeira, Javier Drolas, Luna Martinelli, Luiz Paetow and Magali Biff | Art Direction: Daniela Thomas and Felipe Tassara | Lights: Beto Bruel | Costumes: Cristina Camargo | Make-up: Emi Nagano | Assistant Director: Isabel Teixeira | Sound landscape, Recording and Soundtrack Execution: Gustavo Breier | Musicians: Alexandre Dihl, Arthur de Faria, Vagner Cunha, Walter Schinke, | Musical Production: Arthur de Faria & Gustavo Breier | Executive Producer: Bruno Girello | Production Director: Luís Henrique (Luque) Daltrozo | Original Project: Ultralíricos THEATER | LITERATURE | VISUAL ARTS | VIDEO | MUSIC TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES Praça Tiradentes, S/N - Centro 9 TH - 9PM 10 TH - 5PM | 9PM PUZZLE (d) FELIPE HIRSCH E ULTRALÍRICOS SÃO PAULO - BRASIL Às vezes, dizer algo é o instrumento mais perturbador, porque está na palavra a dimensão mais direta. Sobretudo, quando vem escrita, pois, ao se propor leitura, sugere-se ser também discurso. Há, ainda, outras qualidades de palavras. Quando voltadas à denúncia, as palavras vão além dos discursos e trazem algo de urgente. E também existem as palavras que conseguem construir poéticas próprias, desviando-se das obviedades. Essas são as melhores, pois oferecem experiências únicas. Ao ocupar o palco, a palavra é um pouco de tudo isso. É poética, discurso, ideia e urgência. O desafio, portanto, é escolher as palavras certas para construir o teatro ao qual se propõe oferecer como experiência. Puzzle começou na Feira de Livro de Frankfurt, com três trabalhos construídos a partir da literatura brasileira. Voltou ao Brasil e se expandiu para o [d]. E, desde o início, portanto, revelou ser essencial ao projeto a relação com a palavra e o dizer. Existe em cada um dos escritores escolhidos por Felipe Hirsch a vontade de esgarçar e expor nossos vícios de brasilidade, cegueiras sociais, disfarces culturais. Mais do que o que é dito, ora constrangedor, ora divertido, escolher utilizar o palco para encenar o gesto de falar ao outro, comprovou o quanto o teatro brasileiro perdeu, nesses últimos anos, também na sua relação com a palavra limitada às ideologias. Pode não ser fácil escutar algumas coisas que os escritores, atores, compositores e Hirsch dizem. Puzzle, ao escolher dizer, consegue nos fazer ouvir e calar. Mas, tenha certeza, mais difícil ainda é chegar à coragem de dizê-las. Os Ultralíricos surgiram como proposição de Felipe Hirsch, após encerrar as atividades da Sutil Companhia de Teatro. Reunindo artistas de diversas linguagens, o grupo se provoca à criação de obras originais, transversais, aonde o teatro se revela um acontecimento estético final. As obras recentemente criadas por Felipe Hirsch com os Ultralíricos renovaram e potencializaram ainda mais a linguagem e assinatura do diretor. Idealização e Direção Geral: Felipe Hirsch | Artista Convidado e Programação Visual: Rafael Coutinho | Composição e Execução da Trilha Sonora: Arthur de Faria | Participação Especial: Carlito Carvalhosa, com a obra Rio (River) Cântico Negro de José Régio | Autores Parte (d): André Sant’Anna, Bernardo Carvalho, Gregório de Matos, Haroldo de Campos, Nelson de Oliveira, Newton Sampaio, Paulo Leminski, Roberto Bolaño, Veronica Stigger | Participação dos Artistas: Rogério Duprat e Damiano Cozzella com Klavibm II; | André Sant’Anna e Caio Blat com a obra A Lei; Maurício Dias e Walter Riedweg com as obras O Universo do Baile e Blocão. | Elenco: Danilo Grangheia, Georgette Faddel, Guilherme Weber, Isabel Teixeira, Javier Drolas, Luiz Paetow, Luna Martinelli, Magali Biff. | Direção de Arte: Daniela Thomas e Felipe Tassara | Iluminação: Beto Bruel | Figurino: Cristina Camargo | Visagismo: Emi Nagano | Diretora Assistente: Isabel Teixeira | Paisagens Sonoras, Gravação e Execução da Trilha Sonora: Gustavo Breier | Músicos: Alexandre Dihl, Arthur de Faria, Vagner Cunha, Walter Schinke, | Produção musical: Arthur de Faria & Gustavo Breier | Design multimídia: Fernando Timba | Preparação vocal: Babaya | Produtor Executivo: Bruno Girello | Direção de Produção: Luís Henrique (Luque) Daltrozo | Projeto: Ultralíricos TEATRO | LITERATURA | ARTES PLÁSTICAS | VÍDEO | MÚSICA DIA 9 - 21H DIA 10 - 17H | 21H TEATRO MUNICIPAL CARLOS GOMES Praça Tiradentes, S/N - Centro Parte do projeto criado especialmente para o Programa do Brasil, convidado de Honra da Feira do Livro de Frankfurt 2013, e para o SESC São Paulo no lançamento do Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, Mirada. 8 9 ESPETÁCULO DE ABERTURA OPENING PERFORMANCE PUZZLE (d) PROCURANDO PAUL WUNDERBAUM COLETIVO WUNDERBAUM NETHERLANDS LOOKING FOR PAUL HOLANDA Even though it isn’t possible to have only one answer about what the role of art is, one stays constant: to provoke. In each Era, artists emerged producing works apparently absurd and symbolically agressive, as a way of bothering and, thus, bringing to the observer the reflection through shock and confrontation. However, who in fact bothers first? Wouldn’t these artists be answers to a world which is more and more incomprehensible? Nowadays, one of the most provocative visual artists is the American Paul McCarthy. His works mix the pop, child and pornographic universes with good doses of surrealism, acidity and iconoclasm. Stripping symbols erected by mass culture’s capitalist structures, the artist distorts our perception and subverts our playful understanding and, in a way, our view about such production. Be it a Disney character or Santa Claus, what is important is that the violence employed is, above all, in the ability of violating the myth that involves it, submitting it to almost always embarrassing circumstances.“Looking for Paul”, performance by the collective Wunderbaum, appropriates the movement that happened in Rotterdam for the transferring of one of Paul McCarthy’s sculptures, after people felt offended by the way he represented Santa Claus. The sculpture, nicknamed “Gnome with an Anal Plug”, originally projected for the Theater Square, had been transferred many times. The performance tells the story of a Dutch citizen who goes to the United States to get revenge against Paul, and shows the group’s e-mail exchanges and the process of searching the artist. Ainda que não seja possível termos uma reposta só sobre qual o papel da arte, uma se mantém constante: a provocação. Em cada época, artistas surgiram produzindo obras aparentemente absurdas e simbolicamente agressivas, como meio de incomodar e, assim, trazer ao observador a reflexão através do choque e confronto. No entanto, quem de fato incomoda primeiro? Não seriam esses artistas respostas a um mundo cada vez mais incompreensível? No contemporâneo, um dos artistas visuais mais provocativos é o americano Paul McCarthy. Suas obras mesclam os universos pop, infantil, pornográfico a boas doses de surrealismo, acidez e iconoclastia. Destituindo símbolos erguidos pelas estruturas capitalistas da cultura de massa, o artista distorce nossa percepção e subverte nosso entendimento lúdico e, de certa forma, ingênuo, sobre tal produção. Seja um personagem da Disney ou o Papai Noel, o importante é que a violência empregada está, sobretudo, na capacidade em violar a mítica que os envolve, submetendo-os a circunstâncias quase sempre constrangedoras. Procurando Paul / “Looking for Paul”, espetáculo do coletivo Wunderbaum, apropria-se do movimento ocorrido na cidade de Roterdã, para transferência de uma das esculturas de Paul McCarthy, após pessoas se sentirem ofendidas com a maneira como o artista representou o Papai Noel. A escultura, apelidada de “Gnomo Plug Anal”, originalmente projetada para o Theatre Square, fora diversas vezes transferida de lugar. O espetáculo narra a ida de uma cidadã holandesa aos Estados Unidos para se vingar de Paul, apresentando trocas de e-mails e o processo de procura do artista. If real or not, we don’t know much. It is necessary to deal with the performance’s narrative to find out, or at least to try. In any case, the differences between Europe and the U.S., the absurds of cultural elitism, the financial and emotional costs of contemporary art are exposed during this journey, revealing a violent and insecure reality. Just like Paul McCarthy’s works, Wunderbaum creates a piece of great provocation, deconstruction, irony and humor. Se real ou não, pouco sabemos. É preciso conviver com a narrativa do espetáculo para descobrir ou, ao menos tentar. De todo modo, as diferenças entre Europa e América, os absurdos do elitismo cultural, os custos financeiros e emocionais da arte contemporânea são expostos durante a jornada, revelando uma realidade violenta e insegura. Assim como as obras de Paul McCarthy, o Wunderbaum gera uma obra de imensa provocação, desconstrução, ironia e humor. Wunderbaum, winner of the Edinburgh’s Fringe Festival’s Total Theatre Award 2014, is a collective group of Flemish-Dutch artists, based in Rotterdam and financed by the Fund for the Performing Arts from their city’s Arts and Culture department. Lately, they have worked in the creation of the project The New Forest, through which, during 4 years, they will make various partnerships to look at the society of the future. The project includes from shows up to seminars, a film, performances and online content. Wunderbaum, vencedor do Total Theatre Award 2014, no Festival Fringe de Edimburgo, é um coletivo de artistas flamengo-holandês com base em Roterdã e financiado pelo Fundo para as Artes Cênicas da Secretaria de Artes e Cultura da cidade. Ultimamente trabalha na criação do projeto A Nova Floresta, pelo qual, durante quatro anos, realizará diversas parcerias para olhar a sociedade do futuro. O projeto inclui desde espetáculos até seminários, filme, performances e conteúdos online. Author/Director: Coletivo Wunderbaum | Cast: Walter Bart | Matijs Jansen, Maartje Remmers, Marleen Scholten, Daniel Frankl | Scenography/lLighting Maarten van Otterdijk | Costumes: Coletivo Wunderbaum Autor/Direção: Coletivo Wunderbaum | Elenco: Walter Bart | Matijs Jansen, Maartje Remmers, Marleen Scholten, Daniel Frankl | Cenografia/Iluminação: Maarten van Otterdijk | Figurino: Coletivo Wunderbaum DIA 10 - 20H TEATRO | ARTES PLÁSTICAS 10 TH - 8PM THEATER | VISUAL ARTS OFICINA COMÉDIA OLÍMPICA WORKSHOP OLYMPIC COMEDY Wunderbaum puts together, in partnership with TEMPO_FESTIVAL, the unseen work Olympic Comedy, which shall be shown in 2016 at the festival. The project starts with a workshop, where humor and irreverence about the Olympic theme are developed collaboratively with 15 selected members, during 4 days of activities. O Wunderbaum prepara, em parceria com o TEMPO_FESTIVAL, o espetáculo inédito Comédia Olímpica, que será apresentado em 2016 no festival. O projeto inicia através de uma oficina, onde o humor e irreverência sobre o tema olímpico serão desenvolvidos colaborativamente com 15 selecionados, durante 4 dias de trabalho. OFICINA 11 TH TO 13 - 2PM TO 5PM WORKSHOP DIA 11 - 20H 11 TH - 8PM DIA 11 A 13 - 14H ÀS 17H DIA 14 - 1OH ÀS 13H 14 TH - 10AM TO 1PM OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo Apoio 10 11 ESPETÁCULO INTERNACIONAL INTERNATIONAL PERFORMANCE LOOKING FOR PAUL ROGER BERNAT AND YAN DUYVENDAK SPAIN Criminal court cases are structures built to establish parameters of accusations and defense to, when confronted with the current laws, determine the verdict. Lawyers, prosecutors, judges, jury, the accused, witnesses from both sides... The pantheon of characters in this type of staging of the rules is diverse, as well as those involved. This means, therefore, that whatever result is always a combination of subjectivities. In the impossibility of a single understanding of the laws, what are the principles that guide objectively the decisions? Roger Bernat and Yan Duyvendak conceived a fictional trial based on real facts: a youngster, during a suburban party, kills the father of his fiancée and declares it was accidental. To not expose those involved in the real crime, the performance presents them with different names. The young man is Hamlet, the victim Polonius and his daughter Ophelia. To be part of the trial, an also real judicial body – and different in each presentation – will be invited to debate, while the public watches the trial and its deliberations. By portraying the real as able to be turned into a perfomance, without, however, assigning them biographical perspectives, Roger and Yan question the values of subjectivities in the contemporary, from the moment they start to determine values and decisions of the collective, subtracting the plurality of an impositive and determinant way. How much these decisions are in fact theatricalizations of power is something for the public to answer. In any case, life continues outside the theater and the verdicts pile up over society and its people. Author and Director: Roger Bernat and Yan Duvyendak | Cast: Matheus Macena: Hamlet, Iléa Ferraz - Getrude, Mariana Nunes - Ophelia, | Consultancy and Legal Body: Silvia Monte | Legal Support: Dr. Patricia Glioche | Forensic Psychiatrist: Dr. Talvane de Moraes | Expert Examiner: Dr. Reginaldo Franklin | Judge’s secretary: Mrs. Wilna Rosangela Fernandes Duarte | 10/16 (Friday) Judge: Dr. Elizabeth Louro; Prosecutor: Dr. Simone Sibilio; Lawyer: Dr. Glauce Passos Maues | 10/17 (Saturday); Judge: Dr. Ronald Valladares ; Prosecutor: Dr. Jorge Vacite Filho; Lawyer: Dr. Técio Lins e Silva | Technical Direction: Txalo Toloza | Executive Producer: Helena Febrés Fraylich 16 TH - 7PM30 THEATER CENTRO CULTURAL DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Rua Dom Manuel 29 - 2º andar POR FAVOR, CONTINUE (HAMLET) PLEASE CONTINUE, (HAMLET) ROGER BERNAT E YAN DUYVENDAK ESPANHA Os julgamentos criminais são estruturas montadas para estabelecer parâmetros de acusação e defesa, para, ao serem confrontados com as leis vigentes, determinarem os vereditos. Advogados, promotores, juízes, jurados, acusados, testemunhas dos dois lados... O panteão de personagens nessa espécie de encenação das regras é diverso, assim como também os são os envolvidos. Significa, portanto, que qualquer resultado é sempre a combinação de subjetividades. Na impossibilidade de uma única compreensão das leis, quais são os princípios que norteiam objetivamente as decisões? Roger Bernat e Yan Duyvendak concebem um julgamento ficcional a partir de acontecimentos reais: um jovem, durante uma festa no subúrbio, mata o pai de sua noiva e declara ter sido acidental. Para não expor os envolvidos no crime real, o espetáculo os apresenta com outros nomes. O jovem é Hamlet, a vítima Polônio e sua filha Ofélia. Para participar do julgamento, um corpo jurídico também real, e diferente a cada apresentação, será convidado a debater, enquanto o público assiste ao julgamento e às deliberações. Ao retratar o real como passível de encenação, sem, no entanto, atribuir-lhe perspectivas biográficas, Roger e Yan questionam os valores das subjetividades no contemporâneo, no instante em que elas passam a determinar valores e decisões ao coletivo, subtraindo-lhe a pluralidade de modo impositivo e determinante. O quanto nessas decisões são de fato teatralizações dos poderes cabe ao púbico tentar responder. De todo modo, a vida continua para fora do teatro e os julgamentos se acumulam sobre a sociedade e os indivíduos. 17 TH - 7PM30 Autor e Diretor: Roger Bernat e Yan Duvyendak | Elenco: Matheus Macena - Hamlet, Iléa Ferraz - Getrude, Mariana Nunes - Ofélia, | Consultoria e Corpo Jurídico: Silvia Monte | Apoio Jurídico: Dra. Patricia Glioche | Psiquiatra Forense: Dr. Talvane de Moraes | Perito Legista: Dr. Reginaldo Franklin | Secretária do Juiz: Sra. Wilna Rosangela Fernandes Duarte | 16/10 (sexta-feira): Juiza: Dra. Elizabeth Louro; Promotora: Dra. Simone Sibilio; Advogada: Dra. Glauce Passos Maues | 17/10 (sábado): Juiz : Dr. Ronald Valladares; Promotor: Dr. Jorge Vacite Filho; Advogado: Dr. Técio Lins e Silva | Direção Técnica: Txalo Toloza | Produção Executiva: Helena Febrés Fraylich TEATRO DIA 16 - 19H30 DIA 17 - 19H30 CENTRO CULTURAL DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Rua Dom Manuel 29 - 2º andar COPRODUÇÃO Le Phénix scène nationale de Valenciennes; Huis a/d Werf - Utrecht; Théâtre du GRÜ - Genève. Apoio 12 13 ESPETÁCULO INTERNACIONAL INTERNATIONAL PERFORMANCE PLEASE CONTINUE, (HAMLET) CIE NON NOVA FRANÇA A presença do homem é definitiva ao planeta, e tudo aquilo que pareceria natural ganha, com sua ação, outras dimensões e sentidos. Portanto, ainda que criadores, os humanos são também destruidores daquilo que os cerca. Está na distância entre tais percepções a condição maior para que o viver seja algo mais responsável e, como não afirmar, interessante. Não se trata de nenhuma condição moral, mas do quanto a humanidade pode evoluir rumo ao poético e por ele modificar o todo. INTERNATIONAL PERFORMANCE Phia Menard criou um lúdico experimento em que sacolas plásticas ganham formas e presença de personagens, enquanto um performer as auxilia a experimentarem a liberdade de voar. Os ventiladores que mantêm os sacos suspensos ajudam a construir uma narrativa etérea, aonde o espectador é levado a imaginar como seríamos se nos permitíssemos viver estados poéticos para além da condição à qual nos limitamos. Ao som de “A Tarde de um Fauno”, de Claude Debussy, e a relação com o poema homônimo de Mallarmé, o espetáculo transmuta um mero objeto cotidiano em seres de convívio, ao qual não nos damos conta da efemeridade de sua permanência como utilitário, frente à solidão de centenas de anos após abandonado. E vai além, ao construir no olhar a singeleza de nossa própria solidão. L’APRÈS MIDI D’UN FOEHN VERSION 1 CIE NON NOVA Criada em 1998, por Phia Menard, com o desejo de apresentar um novo olhar sobre o malabarismo, sua encenação e dramaturgia, a Cie Non Nova vem circulando por dezenas de países, sempre com grande reconhecimento de seus trabalhos. FRANCE The presence of humans in the planet is definitive and all that would look natural gains, with our actions, other dimensions and meanings. Therefore, while being creators, humans are also destroyers of that which surrounds us. It is in the distance between these perceptions that we get higher conditions for living to be something more responsible and, how not to say it, more interesting. It is not about some moral condition, but about how much humankind can evolve towards the poetic and because of it to change the whole. Phia Menard has created a playful experiment in which plastic bags get forms and the presence of characters, while a performer helps them to try the freedom of flying. The electric fans which keep the bags suspended in the air help to build an ethereal narrative, where the spectator is taken to imagine how we would be if we allowed ourselves to live in poetic states for beyond the condition to which we limit ourselves. Surrounded by the sound of Claude Debussy’s “Afternoon of a Faun”, the relation with the homonymous poem by Mallarmé, the performance transmutes a mere everyday object into a being to deal with, about which we do not realize the ephemerality of its permanence as just utilitarian, considering the loneliness of hundreds of years after being abandoned. And it goes beyond, by building in our view the simplicity of our own loneliness. Diretor artístico: Phia Menard | Assistente de direção: Jean-Luc Beaujault | Elenco: Phia Menard | Trilha sonora: Ivan Roussel, usando “A Tarde de um Fauno”, de Claude Debussy | Gerente de palco: Olivier Gicquiaud | Marionetes: design de Phia Menard – feitos por Claire Rigaud | Produção executiva: Claire Massonnet DIA 17 - 16H | 20H TEATRO VISUAL - DE OBJETO DIA 18 - 16H | 20H OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo DIA 16 - 14H | 15H30 LONA CULTURAL HERBERT VIANNA (MARÉ) Rua Ivanildo Alves, s/ número Apoio Iniciado pelo Institut Français o programa TransARTE foi concebido como uma etiqueta que promove a circulação e a promoção de formas de criação híbridas. Created in 1998 by Phia Menard, with the wish to present a new way of seeing juggling, its staging and dramaturgy, Cie Non Nova has been touring dozens of countries, always with great recognition of their works. Artistic director: Phia Menard | Assisted by: Jean-Luc Beaujault | Performed by: Phia Menard | Soundtrack composition: Ivan Roussel, using Claude Debussy’s «Afternoon of a Faun» | Stage manager: Olivier Gicqiuaud | Puppets: design – Phia Menard; manufacture: Claire Rigaud | Executive producer: Claire Massonnet VISUAL THEATER | OBJECT-DRIVEN 17 TH - 4PM | 8PM 18 TH - 4PM | 8PM OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo LONA CULTURAL HERBERT VIANNA (MARÉ) Rua Ivanildo Alves, s/ número 14 16 TH - 2PM | 3PM30 15 ESPETÁCULO INTERNACIONAL TARDE DE VENTANIA L’APRÈS MIDI D’UN FOEHN VERSION 1 RAQUEL ANDRÉ PORTUGAL In a reality with an excess of objects and consuming, an important part of life stays forgotten or even abandoned. In the consequent abandonment of the individual, the other stops existing and loneliness becomes falsely common. So it is necessary to provoke mechanisms to reencounter the other, experiences of living together and emotional approach as ways to recuperate the human dimension itself. Raquel André has chosen to provoke. Using apartments of people she doesn’t know personally, she makes appointments also with people she has never met before and builds, during the meeting, intimacies typical of those who have been living together for a long time. With the more than 70 people with whom she has already met, in different cities, she has created to herself a collection of particular fictionalized intimacies. To be able to expand her collection also to other people, the photographs make the lovers, as she calls them, become the star of the show, in which the cataloging translates people as rare objects. While asking what we are looking for when we find someone, the artist plays with the expectation over the presence and the function of the other. The issue is perhaps to understand how much the other’s presence requires functions. However, theater, an element itself of being together and of a meeting between people seems to be the fundamental link to prove to us that simply the presence is enough. After all, without their presence there is no performance. And, when the public is a participant of the performance, then it doesn’t matter which side is in fact on stage and in life. This performance is a coproduction of TEMPO_FESTIVAL with Teatro Nacional D. Maria II, from Lisbon. Raquel André had her meetings in cities like Rio de Janeiro, Lisbon and Ponta Delgada. Concept and Direction: Raquel André | Creation and Scenic Space: Raquel André e Bernardo de Almeida | Interpretation: Raquel André | Production: Fabíola Lebre | Costumes: António Pedro Lopes | Lighting: Rui Monteiro | Image: Gui Garrido THEATER | PERFORMANCE | PHOTOGRAPHY | VIDEO 14 TH - 8PM 15 TH - 8PM COPRODUÇÃO CO-PRODUCTION COLLECTION OF LOVERS COLECÇÃO DE AMANTES RAQUEL ANDRÉ PORTUGAL Em uma realidade excessiva de objetos e consumos, uma parte importante da vida permanece esquecida ou até mesmo abandonada. No consequente isolamento do indivíduo, o outro deixa de existir e a solidão passa a ser falsamente comum. Então é preciso provocar mecanismos para reencontrar o outro, experiências de convívio e aproximações afetivas, como meio de recuperar a própria dimensão humana. Raquel André escolheu sua maneira de provocar. Utilizando-se de apartamentos que não conhece, marca encontros com pessoas também desconhecidas, e constrói, durante o encontro, intimidades próprias de quem há muito convive. Com as mais de 70 pessoas com quem já se encontrou, em diferentes cidades, criou para si uma coleção particular de intimidades ficcionadas. Para dar conta de expandir também a outras pessoas sua coleção, as fotografias levam os amantes, como os denomina, a serem protagonistas do espetáculo, onde a catalogação traduz pessoas em objetos raros. Ao se perguntar o que se procura, quando se encontra alguém, a artista joga com a expectativa sobre a presença e função do outro. A questão talvez seja compreendermos o quanto a presença não exige funções. No entanto, o teatro, elemento próprio de convívio e encontro entre as pessoas, parece ser o elo fundamental para nos provar o quanto a presença é suficiente. Afinal, sem o outro não há espetáculo. E, quando o público é também parte da própria obra, pouco importa qual lado de fato está no palco e na vida. O espetáculo é uma coprodução do TEMPO_FESTIVAL com o Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa. Raquel André realizou encontros em cidades como Rio de Janeiro, Lisboa e Ponta Delgada. TEATRO GLAUCIO GILL Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana Conceito e Direção: Raquel André | Criação e Espaço Cênico: Raquel André e Bernardo de Almeida | Elenco: Raquel André | Produção: Fabíola Lebre | Colaboração Artística: António Pedro Lopes | Iluminação: Rui Monteiro | Imagem: Gui Garrido TEATRO | PERFORMANCE | FOTOGRAFIA | VÍDEO DIA 14 - 20H DIA 15 - 20H TEATRO GLAUCIO GILL Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana Coprodução 16 Apoio 17 COPRODUÇÃO CO-PRODUCTION A FLORESTA QUE ANDA THE WALKING FOREST CHRISTIANE JATAHY | CIA VÉRTICE DE TEATRO RIO DE JANEIRO - BRASIL CHRISTIANE JATAHY | CIA VÉRTICE DE TEATRO RIO DE JANEIRO - BRAZIL One’s political condition reveals itself in the person also like history dialogues with events. To recognize both and separate them has become useless nowadays. Thus, the person becomes less the accumulation and more the affirmation of this superposition. If the first proposes a chaotic state to humans, the second requires the whole, at each addition, to mold itself to the new interferences. This way politics stop being a personal element and starts being a dialogue with the construction of humankind itself. Coming from the perspective of investigating the relationship between politics and living, Christiane Jatahy appropriates William Shakespeare’s classic Macbeth. The experiment – a video installation and performance, which goes from reality into fiction – proposes the presence of the public as an element of participation without, however, imposing such condition. Thus an invisible performance. Making a series of interviews and opening meetings with 30 people, for a period of 3 hours, a week before the presentation, Jatahy provokes, with the personal stories, deeper relations with the political issues that touch them. For such thing, the scenic ambiance projects persons from the public in moving and labyrinthic screens, projecting on them images registered by the spectators themselves and edited in real time. This time, the particularity is in assuming the political condition of being and not only in being. A performance that offers itself as experience in the movement of seeing oneself while in construction. Theater stops being the contemplation of a landscape of inert speeches and starts to surprise the spectator, just like the forest created by Shakespeare, with the mobility of our guts exposed. Christiane Jatahy started the research about classics with “Julia”, from the homonymous text by August Strindberg and “And if They Went to Moscow?”, about Anton Chekhov’s “The Three Sisters”. In both works, as well as in “The Walking Forest”, the texts serve as an original stimulus to free adaptations and built by a wide aesthetic research of the intersection between theater and cinema. This performing experiment is a co-production of TEMPO_FESTIVAL with CENTQUATRE (France), SESC and Cena Contemporânea. Creation and Live Direction: Christiane Jatahy | Inspired on: “Macbeth”, by William Shakespeare | Starring: Julia Bernat and guest performers | Photography, Lights and Live Camera: Paulo Camacho | Sets: Christiane Jatahy e Marcelo Lipiani | Art Director: Marcelo Lipiani | Sound: Estevão Case | Artistic Collaborators: Isabel Teixeira and Stella Rabello | Costumes: Fause Haten | Video Consultancy: Julio Parente | Video Operator: Felipe Norkus | Live Sound Mixing: Francisco Slade | Production Director and tour manager: Henrique Mariano THEATER | MULTIMEDIA | WORKING PROCESS 14 TH | 5 TH 16 TH - 2PM TO 5PM 17 TH | 18 TH 6PM TO 9PM AND 6PM TO 10PM 5PM TO 8PM A condição política se revela no sujeito também na maneira como a própria história dialoga com os acontecimentos. Reconhecer a ambos e separá-los tem se tornado inútil no contemporâneo. Assim, o sujeito passa a ser menos o acúmulo e mais a afirmação dessa sobreposição. Se o primeiro propõe um estado caótico ao homem, o segundo exige ao todo, a cada acréscimo, se moldar às novas interferências. Nesse sentido, a política deixa de ser um elemento particular e dialoga com a própria construção do homem. Partindo da perspectiva em investigar a relação entre política e o viver, Christiane Jatahy apropria-se do texto clássico Macbeth, de William Shakespeare. O experimento, em forma de vídeo instalação e performance, que parte da realidade para a ficção, propõe a presença do público como elemento participativo, sem, no entanto, impor-lhe tal condição. Uma performance invisível, portanto. Realizando diversas entrevistas e abrindo encontros com 30 pessoas, pelo período de três horas, semana antes da apresentação, Jatahy provoca com as histórias pessoais relações mais profundas com as questões políticas que as atingem. Para tanto, a ambiência cênica projetadas tais pessoas ao público, em telas móveis e labirínticas, somando-lhes imagens registradas dos próprios espectadores e editadas em tempo real. Dessa vez, a particularidade está no assumir a condição política do ser, e não apenas no ser. Um espetáculo que se oferece experiência no movimento de olhar a si mesmo em plena construção. O teatro deixa de ser a contemplação de uma paisagem de discursos inertes e passa a surpreender o espectador, assim com a floresta criada por Shakespeare, com a mobilidade das entranhas exposta de todos nós. Christiane Jatahy começou a pesquisa sobre os clássicos com “Julia”, a partir do texto homônimo de August Strindberg, e “E se elas fossem para Moscou?”, sobre “As três Irmãs” de Anton Tchekhov. Em ambos os espetáculos, assim como em “A Floresta que Anda”, os textos servem de estímulo original para adaptações livres, e se constroem por uma ampla pesquisa estética de intersecção entre teatro e cinema. Criação e direção ao vivo: Christiane Jatahy | Inspirado em: “Macbeth”, de William Shakespeare | Elenco: Julia Bernat e performers convidados | Direção de fotografia, iluminação e câmera ao vivo: Paulo Camacho | Cenário: Christiane Jatahy e Marcelo Lipiani | Direção de arte: Marcelo Lipiani | Projeto de som e sonoplastia: Estevão Case | Colaboradores artísticos: Isabel Teixeira e Stella Rabello | Figurino: Fause Haten | Consultoria de vídeo: Julio Parente | Operação de vídeo: Felipe Norkus | Mixagem de som ao vivo: Francisco Slade | Direção de produção e tour manager: Henrique Mariano TEATRO | MULTIMÍDIA | PROCESSO DIA 14 | 15 DIA 16 - 14H ÀS 17H DIA 17 | 18 18H ÀS 21H 18H ÀS 22H 17H ÀS 20H ESPAÇO CULTURAL MUNICIPAL SÉRGIO PORTO Rua Humaitá, 163 - Humaitá ESPAÇO CULTURAL MUNICIPAL SÉRGIO PORTO Rua Humaitá, 163 - Humaitá Patrocínio Cia Vértice Coprodução de Teatro: Petrobras 18 19 ALEXANDRE LINO E TUCA ANDRADA NATIONAL PERFORMANCE | NATIONAL PREMIERE Quando pensamos em distâncias, a primeira imagem é espacial. No meio de dois pontos, aquilo que se revela é, portanto, a distância entre os mesmos. Nem sempre. Já foi dito: a menor distância entre dois pontos no universo é uma curva. Então, distância é mais do que o espaço entre pontos, é também a percepção dos vazios e preenchimentos existentes. Quando pensamos em nós, ela assume significados mais subjetivos. Depende de quem fala, de como, para quem. Depende, ainda, do sentido que lhe é empregado. Então, a distância que pode ser física, também pode ser emocional, relacional. É na junção entre esses dois aspectos que devemos olhar para um país continental como o Brasil. NORTHEASTERNERS ALEXANDRE LINO AND TUCA ANDRADA RIO DE JANEIRO - BRASIL RIO DE JANEIRO - BRAZIL When we think about distances, the first image is spacial. In the middle of two points that which reveals itself is, therefore, the distance between the same. Not always. It has been said: the lesser distance between two points in the universe is the curve. Thus, distance is more than the space between two dots, it is also the perception of the empty spaces and the existing fillings. When we think about who is talking, how and for whom. It also depends on which sense it is employed. Thus the distance can be physical, but also emotional, relational. It is in the junction between these two aspects that we should look for in a continental country like Brazil. From the Northeast, this far away region of Brazil, a lot has been brought. The curve has made from the straight winding the dimension of culture, custom, accents and stories from this Northeast region, which bumps into us by the presence of their men and women. They’ve descended down the map and came to Rio de Janeiro and Sao Paulo. They’ve brought with them those points and interconnected the distances, subtracting the space that until then did not exist. What was left was the emotional distance, which, in its silent and cruel way, recreates the distances through the artifices of prejudice. To listen to them. That is the stimulus that took Alexandre Lino and Walter Daguerre to create the transmedia project Northeasterners (Nordestinos) – a documentary, a play and a book. Four stories interconnected by their geographical and affective relation, collected in testimonials. The project includes, also, a book with the stories and a documentary paying tribute to these “immigrants”. Northeasterners offer a way to eliminate distances, making theater the fundamental curve to reach the other. Northeasterners was one of the winning works at the Pitching that happened during the TEMPO_ FESTIVAL 2014, by actor and documentarist Alexandre Lino. The business practice of the Pitching has opened up space for artists to publicly present their projects in the Artes Cênicas & Negócios (Performing Arts & Business), a series of meetings and debates about the specificities of the performing arts’ market and prospections for the construction of other mechanisms of action together with the market, and also about theater making, with national and international guests from various sectors of the economy of the culture. Do Nordeste, esse lugar afastado, muito chegou. A curva fez da reta sinuosa a dimensão da cultura, costume, sotaques e histórias desse Nordeste que nos esbarra pela presença dos seus homens e mulheres. Desceram o mapa e vieram ao Rio e São Paulo. Trouxeram os pontos e interligaram as distâncias, subtraindo o espaço que até então existia. Restou a distância emotiva que, ao seu modo silencioso e cruel, muitas vezes recria as distâncias pelos artifícios do preconceito. Ouvi-los. Esse é o estímulo que levou Alexandre Lino e Walter Daguerre para a criação do projeto transmidiático Nordestinos – documentário, peça e livro. Quatro histórias interligadas pela relação geográfica e afetiva, recolhidas por depoimentos. O projeto inclui, ainda, um livro com os depoimentos e o documentário homenageando os nossos imigrantes. Nordestinos oferece um meio de eliminar as distâncias, fazendo do teatro a curva fundamental para alcançarmos o outro. Nordestinos foi um dos espetáculos vencedores do Pitching realizado durante o Tempo Festival 2014, pelo ator e documentarista Alexandre Lino. A prática de negócio do Pitching abriu espaço para que artistas apresentassem publicamente seus projetos no Artes Cênicas & Negócios, série de encontros e debates sobre especificidades do mercado das artes cênicas e prospecções para a construção de outros mecanismos de atuação junto ao mercado e o fazer teatral, com convidados nacionais e internacionais, de diversos setores da economia da cultura. Direção: Tuca Andrada | Argumento e Idealização: Alexandre Lino | Dramaturgia: Walter Daguerre | Elenco: Alexandre Lino, Erlene Melo, Tom Pires e Rose Germano | Direção Musical: Alexandre Elias | Iluminação: Renato Machado | Cenário e Figurinos: Karlla De Luca | Preparação Corporal e Movimento: Paula Feitosa | Direção de Produção: Alexandre Lino | Produção Executiva: Equipe Cineteatro | Realização: Cineteatro Produções DIA 10 - 19H30 TEATRO | DOCUMENTÁRIO | LIVRO TEATRO SESI CENTRO Avenida Graça Aranha, 1 - Centro Direction: Tuca Andrada | Argument and Idea: Alexandre Lino | Dramaturgy: Walter Daguerre | Starring: Alexandre Lino, Erlene Melo, Tom Pires e Rose Germano | Musical Direction: Alexandre Elias | Lights: Renato Machado | Set and Costumes: Karlla De Luca | Body Preparation and Movements: Paula Feitosa | Production Direction: Alexandre Lino | Executive Production: Equipe Cineteatro | Realization: Cineteatro Produções THEATER | DOCUMENTARY | BOOK 10 TH - 7PM30 TEATRO SESI CENTRO Avenida Graça Aranha, 1 - Centro 20 21 ESPETÁCULO NACIONAL | ESTREIA NORDESTINOS MARTHA KISS PERRONE NATIONAL PERFORMANCE RÓZÀ MARTHA KISS PERRONE SÃO PAULO – BRAZIL Performativity has more and more been confirmed as a characteristic of contemporary theater, exploring the intersection between artistic languages, as a way to build a piece of work. For this task it is necessary to provoke a certain dislocation for the narrative to keep itself coherent to the materials used and to the characters. Especially the historical ones. And that is the case of Rosa Luxemburg, Polish philosopher who was against the First World War and was killed violently during the German revolution, years after being arrested. Her letters exposed more than just her conditions of survival. They presented a complex woman, passionate, militant and intellectualized. Rózà dialogues with all that, connecting installation music, words, video and presence. The performance brings closer the times and its stories and bumps into the confuse imaginary of nowadays, when the spectacular aestheticization has taken part of the arguments and unconfigured its recognizing. Because of this, to provoke has become essential to sensitizing, without resorting to the negation of the amazing, the performative, taking over them as already established vocabularies. A century has gone by, since the war. But people, contrary to what we want to believe, are not that different. And there is still a lot missing in us, especially in the ability of humankind to understand that people are equal, regardless of their beliefs, origins and gender. An open fight, that is true. But, with Rózà, a bit more provoked into clarifying it. Rózà is the meeting of multidisciplinary artists. Created by Martha Kiss Perrone and co-directed by Joana Levi, the performance gathers Martha’s experiences on Théâtre du Soleil and Joana’s research on the creation of transdisciplinary projects. Also Lucia Bronstein, graduate from Scenic and Audiovisual Communication, and Lowri Evan, painter, performer and musician. SÃO PAULO - BRASIL A performatividade tem se confirmado cada vez mais característica do teatro contemporâneo, explorando a intersecção entre as linguagens artísticas, como meio de construção de uma obra. Para tanto, é preciso provocar certo deslocamento à narrativa para se manter coerente aos materiais utilizados e às personagens. Sobretudo às históricas. É o caso de Rosa Luxemburgo, filósofa polonesa contrária à Primeira Guerra, morta violentamente, durante a revolução alemã, após passar anos presa. Suas cartas expuseram mais do que suas condições e sobrevivência. Apresentaram uma mulher complexa, apaixonada, militante e intelectualizada. Rózà dialoga com tudo isso, unindo em uma instalação cênica música, palavra, vídeo e presença. O espetáculo aproxima os tempos e as histórias e esbarra no imaginário confuso de nossa atualidade, quando a estetização espetacular tomou parte dos argumentos e desconfigurou seu reconhecimento. Por isso, provocá-lo tornou-se essencial à sensibilização, sem recorrer à negação ao espetacular, ao performativo, assumindo-os como vocabulários já estabelecidos. Passou um século, desde a guerra. Mas as pessoas, ao contrário do que se quer acreditar, não são ainda tão diferentes. E falta muito, sobretudo à capacidade do homem em compreender que as pessoas são iguais, independentemente de suas crenças, origens e gêneros. Um luta em aberto, é fato. Mas, com Rózà, um pouco mais provocada aos esclarecimentos. Rózà é um encontro de artistas multidisciplinares. Idealizado Martha Kiss Perrone e codirigido por Joana Levi, o espetáculo reúne as experiências de Martha no Théâtre du Soleil e a pesquisa de Joana na criação de projetos transdisciplinares. Somam-se, ainda, Lucia Bronstein, formada em Cênica e Comunicação Audivisual, e Lowri Evan, artista plástica, perfomer e musicista. Concepção: Martha Kiss Perrone | Direção: Martha Kiss Perrone e Joana Levi | Atrizes: Lowri Evans, Lucia Bronstein e Martha Kiss Perrone | Dramaturgia: Martha Kiss Perrone e Roberto Taddei | Instalação Cenográfica: Renato Bolelli Rebouças | Criação de Vídeo: Marília Scharlach | Direção Musical: Edson Secco | Composição: Edson Secco e Ligiana Costa | Preparação Vocal: Ligiana Costa | Iluminação: Beto De Faria | Figurino: Daniela Porto | Direção de Produção: José Renato Fonseca de Almeida | Coprodução e Patrocínio: Busca Vida DIA 13 | 14 - 20H TEATRO | MULTIMÍDIA Concept: Martha Kiss Perrone | Direction: Martha Kiss Perrone and Joana Levi | Actresses: Lowri Evans, Lucia Bronstein and Martha Kiss Perrone | Dramaturgy: Martha Kiss Perrone and Roberto Taddei | Scenographic Installation: Renato Bolelli Rebouças | Video Creation: Marília Scharlach | Musical Direction: Edson Secco | Composition: Edson Secco and Ligiana Costa | Vocal Preparation: Ligiana Costa | Lighting: Beto De Faria | Costumes: Daniela Porto | Production Director: José Renato Fonseca de Almeida | Co-producer and Sponsor: Busca Vida INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL - SALÃO DE EXPOSIÇÕES Rua do Pinheiro 10, - Flamengo 13 TH | 14 TH - 8PM THEATER | MULTIMEDIA INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL - SALÃO DE EXPOSIÇÕES Rua do Pinheiro 10, - Flamengo 22 23 ESPETÁCULO NACIONAL RÓZÀ INTERNACIONALIZAÇÃO DA DRAMATURGIA ESPANHOLA: INTERCÂMBIO, TRADUÇÃO E CRIAÇÃO The Internationalization of the Spanish Dramaturgy project involves various Brazilian theater artists and promotes a meeting between directors and translators over fundamental texts from the rich contemporary Spanish production. The project at the same time articulates translation, editing, artistic creation, exchanges, records, reflections and diffusion. O Projeto de Internacionalização da Dramaturgia Espanhola envolve diferentes artistas brasileiros de teatro e promove um encontro entre encenadores e tradutores com textos fundamentais da rica produção contemporânea da Espanha. O projeto a um só tempo articula tradução, edição, criação artística, intercâmbio, registro, reflexão e difusão. A iniciativa, promovida pela Acción Cultural Española - AC/E, encontrou o apoio do TEMPO_FESTIVAL (Rio de Janeiro), que convidou a Editora Cobogó a publicar as peças, e quatro prestigiosos festivais de artes cênicas de diferentes pontos do Brasil para somarem forças. O projeto passou, assim, a congregar o Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas; Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília; Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia - FIAC; e Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco. The initiative, promoted by the Acción Cultural Española – AC/E found Rio de Janeiro’s TEMPO_ FESTIVAL’s support, which invited the Cobogó publishing house to print the pieces, plus four prestigious performing arts festivals from various places in Brazil to join forces. So the project became part of the international festival of performing arts Porto Alegre em Cena; the international theatre festival Cena Contemporânea, from Brasília; the FIAC – international performing arts festival of Bahia; and the Janeiro de Grandes Espetáculos (January of Great Performances), the international performing arts festival of Pernambuco. Cada um dos cinco festivais convidou encenadores para realizar as traduções das peças selecionadas e suas leituras dramáticas durante a programação dos eventos, com vistas também à troca de experiências entre contextos culturais dentro das fronteiras brasileiras, estendendo, assim, o caráter de articulação e intercâmbio intrínseco ao projeto internacional. Each one of these five festivals invited the company to make the translations of the selected pieces and their dramatic readings during the events programs, also seeking the exchange of experiences between cultural contexts within the Brazilian borders, thus extending, that way, the articulating character and the exchange, which is intrinsic to the international project. Além disso, o projeto inclui residências artísticas e o lançamento da publicação dos dez textos através da Coleção Dramaturgia Espanhola, da Editora Cobogó, cuja linha editorial busca sempre a valorização e a divulgação da dramaturgia contemporânea. Besides, the project includes artistic residency programs and the publishing of ten texts through the Spanish Dramaturgy Collection, from the Cobogó publishing house, which has an editorial line that always tries to highlight and diffuse the contemporary dramaturgy. With the books, the plays gain other territories – other performances can be developed and other universes can be built. An opportunity to discuss other theatrical ways of expression, other ways of thinking the dramaturgy, other voices, and, still, to stimulate the construction of a culture of reading theatre plays. This initiative offers to Brazilian artists an expressive ensemble of the diversity of dramaturgical proposals from contemporary Spanish authors. 24 Com os livros, as peças ganham outros territórios — outras encenações podem ser elaboradas e outros universos construídos. Uma oportunidade para discutir outras linguagens no teatro, outros modos de pensar a dramaturgia, outras vozes, e, ainda, estimular a construção de uma cultura de ler teatro. Esta iniciativa oferece aos artistas brasileiros um expressivo conjunto da diversidade de propostas dramatúrgicas da atualidade de autores espanhóis. Editora Coprodução Produção 25 LEITURA DRAMATIZADA INTERNACIONAL BOOK RELEASE | DRAMATIZED READING INTERNATIONAL DRAMATIZED READING INTERNACIONALIZATION OF SPANISH DRAMATIZATION SPAIN | BRAZIL AUTHOR - Laila Ripoll - (Madrid, Spain, 1964) is a playwright, actress and theater director, having graduated from the Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid. In the early 1990s, she founded the Micomicon company, a group specialized in the staging of classic Spanish theater works, with which she adapted plays like El acero de Madrid (1993), El bastardo Mudarra (1994) and La dama boba (2012), from Lope de Vega, Tragedia de los infantes (1994), by Juan de la Cueva, and Los Caballeros de Absalón (1999), from Pedro Calderón de la Barca. Among the plays she has written, stand out La ciudad sitiada (1999), Los niños perdidos (2005) and El día más feliz de nuestra vida (2005). She has directed works for the Centro Dramático Nacional (National Drama Center), for the Compañía Nacional de Teatro Clásico (National Company of Classic Theater) and for the Festival de Teatro Clásico de Mérida (Classic Theater Festival of Merida). Among the awards she has been granted, there are the Primer Premio del Certamen de Caja España (First Prize of Certamen de Caja España), in 1996, and the Ojo Critico de Teatro (Critical Eye of Theater), in 2002. DIRECTOR/TRANSLATOR - Hugo Rodas - (Juan Lacaze, Uruguay, 1939) is an actor, director, dancer, choreographer, set designer, costume designer and theater professor. His career has always been connected to the partnerships he has established and to the collective groups with whom he has worked. Among them, the Grupo Pitú, the Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Teatro Oficina, Companhia dos Sonhos, Teatro Universitário Candango (TUCAN) and, currently, the Agrupação Teatral Amacaca (ATA), his most recent troupe. Some of the plays he has directed are São João Sem Nome (1976), from Oswaldo Montenegro; Dorotéia (1996), by Nelson Rodrigues; O inspetor geral (Inspector General, 2006), from Gogol; Os demônios (The Possessed, 2006), from Fyodor Dostoyevsky; Carícias (2007), from Sergey Belbel; and Hamleto (2009), by Giovanni Testori. He has been awarded, among others, the Prêmio Shell in the directing category, in 1996. He has been dedicted, as well, titles and honors for his works, like the Notório Saber em Artes Cênicas (1998), granted by the Universidade de Brasília, the Honorary Citizen of Brasília title (2000), and of Professor Emeritus from that same institution, where he has been teaching for more than 20 years. COMPANY - Os Fodidos Privilegiados was born from a theater movement led by Antonio Abujamra (in memorian) in 1991, in the city of Rio de Janeiro, who headed for 10 years its artistic direction, with irreverence and persistence, having passed the bastion to João Fonseca in 2001 (who is in charge of the company until today). Within these past 24 years, with 30 plays in the resumé, tributes, dramatized readings and many awards, plus participation in national and international festivals, the company is formed by: Alexandre Pinheiro, Claudio Tizo, Cristina Mayrink, Filomena Mancuzo, João Fonseca, Isley Clare, Nello Marrese, Paula Sandroni, Ricardo Souzedo, Rosanna Viegas, Rose Abdallah and Thelmo Fernandes. BOOK RELEASE | DRAMATIZED READING ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo 11 TH - 7PM ATRA BILIS ESPANHA | BRASIL AUTORA - Laila Ripoll - (Madri, Espanha, 1964) é dramaturga, atriz e diretora teatral, e se formou na Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid. No começo dos anos 1990, fundou a companhia Micomicon, grupo especializado na encenação de obras do teatro clássico espanhol, com o qual adaptou peças como El acero de Madrid (1993), El bastardo Mudarra (1994) e La dama boba (2012), de Lope de Vega, Tragedia de los infantes (1994), de Juan de la Cueva, e Los Caballeros de Absalón (1999), de Pedro Calderón de la Barca. Entre as obras dramáticas que escreveu destacam-se La ciudad sitiada (1999), Los niños perdidos (2005) e El día más feliz de nuestra vida (2005). Dirigiu espetáculos para o Centro Dramático Nacional, para a Compañía Nacional de Teatro Clásico e para o Festival de Teatro Clásico de Mérida. Dentre os prêmios que recebeu destacam-se o Primer Premio del Certamen de Caja España, em 1996, e Ojo Critico de Teatro, em 2002. DIRETOR/TRADUTOR - Hugo Rodas - (Juan Lacaze, Uruguai, 1939) é ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro. Sua trajetória sempre esteve ligada às parcerias que estabelece a aos coletivos com os quais trabalha. Dentre eles o Grupo Pitú, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), o Teatro Oficina, a Companhia dos Sonhos, o Teatro Universitário Candango (TUCAN) e, atualmente, a Agrupação Teatral Amacaca (ATA), sua mais recente trupe. Algumas das peças que dirigiu são João Sem Nome (1976), de Oswaldo Montenegro; Dorotéia (1996), de Nelson Rodrigues; O inspetor geral (2006), de Gogol; Os demônios (2006), de Dostoiévski; Carícias (2007), de Sergey Belbel; e Hamleto (2009), de Giovanni Testori. Dentre os prêmios que recebeu por suas criações destaca-se o Prêmio Shell na categoria direção, em 1996. Recebeu, também, títulos e honrarias por seu trabalho, como o Notório Saber em Artes Cênicas (1998), concedido pela Universidade de Brasília, o de Cidadão Honorário de Brasília (2000), e o título de Professor Emérito na mesma instituição (2014), onde atua como docente há mais de 20 anos. COMPANHIA - Os Fodidos Privilegiados nasceu de um movimento teatral liderado por Antonio Abujamra (inmemorian) em 1991, na cidade do Rio de Janeiro, que por 10 anos esteve a frente da direção artística, com irreverência e persistência, passando o bastão para João Fonseca em 2001 que permanece até hoje na direção artística da Cia. Nestes 24 anos. No currículo mais de 30 peças, tributos, leituras dramatizadas e muitos prêmios e participações em festivais nacionais e internacionais, formado por: Alexandre Pinheiro, Claudio Tizo, Cristina Mayrink, Filomena Mancuzo, João Fonseca, Isley Clare, Nello Marrese, Paula Sandroni, Ricardo Souzedo, Rosanna Viegas, Rose Abdallah e Thelmo Fernandes. DIA 11 - 19H LANÇAMENTO DE LIVRO | LEITURA DRAMATIZADA ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo 26 27 LANÇAMENTO DE LIVROS | LEITURAS DRAMÁTICAS BOOK RELEASE | DRAMATIZED READING ATRA BILIS ESPANHA | BRASIL BOOK RELEASE | DRAMATIZED READING INSIDE THE EARTH SPAIN | BRAZIL AUTHOR - Paco Bezerra - (Almeria, Spain, 1978) is a playwright. Graduate by the Laboratorio de Teatro William Layton and the Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid (RESAD), he studied Acting and got a degree in Dramaturgy and Theater Sciences. Among the plays he wrote are Ventaquemada (2003), (mi) HISTORIA (2003), La piedra (2003), El piano de la bruta (2005), Yo fantasma (2005) and Viaje a Tindspunkt (2006). His texts have been translated into English, Romanian, French, German, Arab, Hungarian, Greek and Italian, having been presented in Uruguay, Argentina, Germany, Puerto Rico and Spain. He has won the Morales-Martínez/Barahona de Soto award, in 2003, as the best Andalusian play; also the Jóvenes Creadores de la Comunidad de Madrid theater award, in 2005; the Spanish theater award Calderón de la Barca, in 2007; the Spanish Dramatic Literature award, in 2009; the Honorable Mention from the Lope de Vega Thearter award, in 2009; the Promoción de Almería en el Exterior award, in 2009; and was a finalist for the Teatro Exprés awards, in 2002, plus Romero Esteo, in 2004. DIRECTOR/TRANSLATOR - Roberto Alvim - (Rio de Janeiro, Brazil, 1973) is a playwright, director and Performing Arts professor. Since 2006 he directs the CLUB NOIR company, which performs mainly works by contemporary playwrights. He wrote and directed dozens of plays shown in Brazil and countries like France, Germany, Spain, Argentina, Switzerland, Mexico and Belgium. Directed some of his translations and adaptations, like Homem sem rumo (Man Without Purpose, 2007), from Arne Lygre, A terrível voz de Satã (The Terrible Voice of Satan, 2009), by Gregory Motton, Tríptico Richard Maxwell (Triptych Richard Maxwell, 2010), from Richard Maxwell, Terra de ninguém (No Man’s Land, 2014), by Harold Pinter, and Tríptico Samuel Beckett (Triptych Samuel Beckett, 2014), from Samuel Beckett. Besides various nominations to the most important awards in Brazilian theater, he was the winner of the Bravo awards, in 2008, in the category Best Play in São Paulo for O quarto (The Room), from Harold Pinter; he won the APCA award and the Governador do Estado de São Paulo Prize, in 2012, for his adaptation and direction of all the Aeschylus tragedies in the project Peep Classic Aeschylus. COMPANY - Aquela Cia de Teatro, founded by director Marco André Nunes and by playwright Pedro Kosovski, it is marked by the development of their own artistic languagem by an always new and collaborative dramaturgy, with a strong reference from literature, and by the use of music in scene. Anchored in the relations between theater and literature, Aquela Cia put together, in 2005: “Projeto K”; “Sub:Werther”, “Lobonº1 [A Estepe]” and “Do Artista Quando Jovem”. In 2011, their line of work started to investigate the relationship between theater, music and spetacularization, with “Outside, um musical noir”, “Cara de Cavalo” and “Edypop. In 2015 they present the Ocupação Aquela Cia 10 anos with the works: “Caranguejo Overdrive”, which proposes an investigation of the mangrove sign in Brazilian culture, with references that go from the historic construction of the Mangue Canal, in Rio de Janeiro, in the 19th century, to the thoughts of the geographer Josué de Castro and the sounds of manguebeat, created by Chico Science ad other artists from the State of Recife, during the 1990s, and “Laio e Crísipo”, which is the continuation of “Edypop”, telling about the youth of the king of Thebes, Laio, when he had a forbidden passion for the young Crisipus. BOOK RELEASE | DRAMATIZED READING AUTOR - Paco Bezerra - (Almería, Espanha, 1978) é dramaturgo. Graduado pelo Laboratorio de Teatro William Layton e pela Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid (RESAD), estudou Interpretação e se formou em Dramaturgia e Ciências Teatrais. Dentre as peças que escreveu estão Ventaquemada (2003), (mi) HISTORIA (2003), La piedra (2003), El piano de la bruta (2005), Yo fantasma (2005), e Viaje a Tindspunkt (2006). Seus textos foram traduzidos para inglês, romeno, francês, alemão, árabe, húngaro, grego e italiano e montados no Uruguai, na Argentina, na Alemanha, em Porto Rico e na Espanha. Ganhou o Prêmio Morales-Martínez/Barahona de Soto, em 2003, pela melhor peça de autor andaluz; o Prêmio de Teatro Jóvenes Creadores de la Comunidad de Madrid, em 2005; o Prêmio Nacional de Teatro Calderón de la Barca, em 2007; o Prêmio Nacional de Literatura Dramática, em 2009; a Menção de Honra do Prêmio de Teatro Lope de Vega, em 2009; o Prêmio Promoción de Almería en el Exterior, em 2009; e foi finalista dos prêmios Teatro Exprés, em 2002, e Romero Esteo, em 2004. DIRETOR/TRADUTOR - Roberto Alvim - (Rio de Janeiro, Brasil, 1973) é dramaturgo, diretor e professor de Artes Cênicas. Desde 2006 dirige a companhia CLUB NOIR, dedicada a encenar principalmente obras de dramaturgos contemporâneos. Escreveu e dirigiu dezenas de peças, apresentadas no Brasil e em países como França, Alemanha, Espanha, Argentina, Suíça, México e Bélgica. Dirigiu algumas de suas traduções e adaptações, como Homem sem rumo (2007), de Arne Lygre, A terrível voz de Satã (2009), de Gregory Motton, Tríptico Richard Maxwell (2010), de Richard Maxwell, Terra de ninguém (2014), de Harold Pinter, e Tríptico Samuel Beckett (2014), de Samuel Beckett. Além de diversas indicações para alguns dos prêmios mais importantes do teatro brasileiro, foi o vencedor do Prêmio Bravo, em 2008, na categoria Melhor Espetáculo Teatral de São Paulo por sua encenação da peça O quarto, de Harold Pinter; e ganhou o Prêmio APCA e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo em 2012, pela adaptação e direção de todas as tragédias de Ésquilo no projeto Peep Classic Ésquilo. COMPANHIA - Aquela Cia de Teatro, fundada pelo diretor Marco André Nunes e pelo dramaturgo Pedro Kosovski, é marcada pelo desenvolvimento de uma linguagem artística própria, por uma dramaturgia sempre inédita e colaborativa, com forte referencial na literatura e pelo atravessamento da música com a cena. Ancorada a princípio nas relações entre teatro e literatura, Aquela Cia. montou em 2005 “Projeto K”; “Sub:Werther”, “Lobonº1 [ A Estepe]” e “Do Artista Quando Jovem”. Em 2011, a linha de trabalho passou a investigar a relação entre teatro, música e espetacularidade, com “Outside, um musical noir”, “ Cara de Cavalo” e “Edypop. Em 2015 realiza a Ocupação Aquela Cia 10 anos com os espetáculos: “Caranguejo Overdrive”, que propõe uma investigação do signo do mangue na cultura brasileira, com referências que vão da histórica obra de construção do Canal do Mangue, no Rio de Janeiro do século XIX, ao pensamento de geógrafo Josué de Castro e a sonoridade do manguebeat criado por Chico Science e demais artistas de Recife, nos anos de 1990 e “Laio e Crísipo” que vem a ser uma continuidade narrativa do espetáculo “Edypop” e conta a juventude do rei de Tebas, Laio, quando este viveu uma paixão proibida pelo jovem Crísipo. DIA 11 - 21H LANÇAMENTO DE LIVRO | LEITURA DRAMATIZADA ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo 11 TH - 9PM ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo 28 29 LANÇAMENTO DE LIVROS | LEITURAS DRAMÁTICAS DENTRO DA TERRA O VERMELHO DO MEU ROSTO MON ROUGE AUX JOUES SANDRINE ROCHE AND THIERRY TREMOUROUX FRANCE | BRAZIL The speech. And that which is left for the body to say in place of the voice. For this it is necessary to understand the language which is spoken, because each one has its sound uniqueness, its structure and, mainly, reflect a way of living and building thought in its culture. Sandrine Roche investigates exactly what in words and languages go beyond the audible. Through writing, she alters words with intimate typographic modifications that provoke dislocation, from its design on paper up to how they present distinctive levels of autonomous readings. To provoke the imaginary in the spectator with sounds and gestures opens up the text to other places. The dramatic reading of her play “The Red of My Face” (Mon Rouge aux Joues) gives the word to the three women in Red Hiding Hood, from the Grimm Brothers. With direction by Thierry Tremouroux, three monologs: the child, the mother and the grandmother intersect as a way to reflect about femininity , the relations between mothers and daughters and the thirst for freedom. Sandrine Roche is a playwright, actress and director with a presence in Brussels and Paris, where she has been part of the creation of groups of creative authors and theater. Recently her texts have been translated into Slovenian, Danish and Portuguese. Thierry Tremouroux lives in Brazil since 1992. He is responsible for bringing closer together the Rio de Janeiro scene with the European dramaturgy. He is the founder of Atos da Criação Teatral and Coletivo D, where he acts as a director, using the intercrossing of artistic languages. Author: Sandrine Roche | Direction: Thierry Trémouroux | Translation: Ângela Leite Lopes | Cast: Rosa Douat, Lorena da Silva and Lara Trémouroux | Musicians: Goos Goos Meeuwsen and Samuel Vieira | Illustrators: Elodie | Lacaze and Sarah Dugrip | Set Design: Desirée Bastos SANDRINE ROCHE E THIERRY TREMOUROUX FRANÇA | BRASIL A fala. E aquilo que ao corpo é deixado dizer no lugar da voz. Para tanto é preciso compreender a própria língua que se fala, pois cada uma tem sua particularidade sonora, estrutural, e principalmente reflete a maneira de viver e construir pensamento de sua cultura. Sandrine Roche investiga exatamente o que nas palavras e línguas vai além do audível. Através da escrita, altera as palavras com íntimas modificações tipográficas provocando deslocamentos, desde seu desenho no papel, até como apresentam níveis distintos de leituras autônomas. Provocar o imaginário do espectador com sons e gestos abre o texto para outros lugares. A leitura dramatizada de sua peça “O vermelho do meu rosto” dá a palavra às três mulheres do Chapeuzinho Vermelho dos irmãos Grimm. Com direção de Thierry Tremouroux, três monólogos: a criança, a mãe e a avó, se entrecruzam, como meio de refletir sobre a feminilidade, as relações mães-filhas e a sede de liberdade. Sandrine Roche é dramaturga, atriz e diretora com presença em Bruxelas e Paris, onde participou da criação de grupos de autores-criativos e teatro. Recentemente, seus textos foram traduzidos para esloveno, dinamarquês e português. Thierry Tremouroux reside no Brasil desde 1992. É responsável pela aproximação da cena carioca à dramaturgia europeia, e fundador da Atos da Criação Teatral e do Coletivo D, onde atua como diretor, a partir do entrecruzamento de linguagens artísticas. Autora: Sandrine Roche | Direção: Thierry Trémouroux | Tradução: Ângela Leite Lopes | Elenco: Rosa Douat, Lorena da Silva e Lara Trémouroux | Músicos: Goos Goos Meeuwsen e Samuel Vieira | Ilustradoras: Elodie Lacaze e Sarah Dugrip | Cenografia: Desirée Bastos Apoio a tradução do Fonds SACD de Traduction THEATER | MUSIC | ILLUSTRATION 10 TH - 5PM50 DIA 10 - 17H50 TEATRO | MÚSICA | ILUSTRAÇÃO ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo INTERNATIONAL WORKSHOP SANDRINE ROCHE FRANCE OFICINA DE DRAMATURGIA SANDRINE ROCHE FRANÇA The author exposes her creative process and her research over “orality”. She starts from the principle that the word is generator of sound and meaning. It is the physical and emotional impact from sound, its echo, be it in the body of who is sending it as well as the body of the one receiving it, that gives it meaning. A autora expõe seu processo criativo e suas pesquisas sobre “oralidade”. Parte do princípio que a palavra é geradora de som e sentido. É o impacto físico, emocional do som, seu eco, tanto no corpo de quem está emitindo, quanto no corpo de quem está recebendo, que lhe confere sentido. How to discover a text, listen to it, play with it, when the text itself doesn’t respect in nothing the classic dramaturgy? How can the actor appropriate it for the multiplying of meanings? These are fundamental questions for the recreation of the word through the context of performativity, closer to the interests of the contemporary scene. Como descobrir um texto, ouvi-lo, brincar com ele, quando o próprio não respeita em nada a dramaturgia clássica? Como o ator pode apropriar-se dele para a multiplicação dos sentidos? São questões fundamentais para a recriação da palavra pelo contexto da performatividade, mais próximo aos interesses da cena contemporânea. Sandrine is also doing an exchange residency of dramaturgy which will result in a text about Rio de Janeiro, called “Sistema Carioca”. Sandrine realiza também uma residência de dramaturgia que resultará em um texto sobre o Rio de Janeiro: “ Sistema Carioca”. 13 TH | 14 TH - 9AM TO 12PM30 WORKSHOP ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 - Botafogo 30 OFICINA DIA 13 E 14 - 9H30 ÀS 12H30 ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE TEATRO MARTINS PENA Rua Vinte de Abril, 14 - Centro 31 LEITURA DRAMATIZADA INTERNACIONAL INTERNATIONAL DRAMATIZED READING THE RED OF MY FACE MON ROUGE AUX JOUES CRISTINA MOURA AND COLETIVO BALEIA EXERCÍCIOS PARA SR. SILVA RIO DE JANEIRO - BRAZIL CRISTINA MOURA E COLETIVO BALEIA RIO DE JANEIRO - BRASIL Looking around us, the city hides from within its own history. Buildings and spaces that have other functions and are uninhabited. A museum or a school are places like these, where the presence of people sustains its validation. In each building, each corner, each detail, there are memories, stories. If it is not possible to reconstruct the past in its fullness, for we are distant from it and stuck to the present, we can, at least, recuperate the presence of such places through the investigation of the affections that inhabit them. Ao olharmos ao redor, a cidade se esconde por dentro de sua própria história. São edificações e espaços que, mesmo presentes, possuem outras funções e permanecem não habitados. Um museu ou uma escola são lugares como esses, onde apenas a presença das pessoas sustenta sua validação. Em cada edifício, em cada canto, em cada detalhe existem memórias, histórias. Se não é possível reconstruirmos o passado em sua plenitude, distante que estamos e presos ao presente, pode-se, ao menos, recuperar a presença desses lugares através de uma investigação dos afetos que os habitam. In this process, the starting point comes from Walter Hugo Mãe’s texts (“A máquina de fazer espanhóis” - The Machine for Making Spanish People) , Julio Cortazar, Ana Cristina Cesar, among others, and has built the road for Mr. Silva, this made-up character, simple and common, who reveals himself and overflows in the extraordinary. The answer is a show centered on living together and the recognition of space, a non-linear and image-oriented narrative, a contemporary poetic view about the time. Neste processo, parte-se de textos de Valter Hugo Mãe (“A máquina de fazer espanhóis”), Julio Cortázar, Ana Cristina Cesar, entre outros, e se constrói a trajetória do Sr. Silva, este personagem inventado, simples e comum, que se revela e transborda no extraordinário. A resposta é um espetáculo voltado ao convívio e reconhecimento do espaço, uma narrativa não linear e imagética, uma poética contemporânea sobre o tempo. Por não ser possível, ao falarmos em afetos, tratar o sentir como algo semelhante a todos, as cenas articuladas e 20 intérpretes de várias áreas artísticas oferecem aos espectadores a escolha do percurso. Assim, o espetáculo é também a maneira como a experiência de convívio com o espaço se coloca afetiva e narrativamente em cada um, por mais que as memórias e sensações nos levem aos mesmos inícios comuns de nossas identidades. O espetáculo marca também a reunião de Cristina Moura e o Coletivo Baleia. Once it is not possible, when talking about affections, to deal with the feeling as something which would be similar to everybody, the articulated scenes and 20 interpreters from various artistic areas offer the public the choice of direction. This way, the performance is also the way how the experience of living together with the space is printed emotionally and narratively in each person, no matter how much the memories and sensations take us to the same common beginning of our identities. The performance also marks the meeting between Cristina Moura and the group Coletivo Baleia. Cristina Moura is a theater and dance director and has made various partnerships with artists, like Enrique Diaz and Lia Rodrigues. Formed by 13 young creators from the areas of theater, dance, circus, classical singing, visual arts and literature, Coletivo Baleia dedicates itself to study scenic ways of investigating the city of Rio de Janeiro, its memories, living spaces and plurality, nowadays. Direction and Dramaturgy: Cristina Moura | Creation and Intepretation: Ana Nero, André Vieira, Bernardo Marinho, Bianca Joy Porte, Breno Motta, Bruna Bressani, Carol Tilkian, Celina Portela, Ciro Sales, Cristina Moura, Daniela Cavanellas, Daniela Kupek, Danilo Rosa, Eliane Costa, Fernanda Monteiro, Flavia Coutinho, Isadora Malta, Julia Deccache, Joao Marcelo Iglesias and Pedro Ferreira Coelho | Musical direction and Soundtrack: Domenico Lancellotti | Costumes: Gabi Campos | Lights: Francisco Rocha | Videos: Celina Portela and Coletivo Baleia Coletivo Baleia is formed by: André Vieira, Bruna Bressani, Carol Tilkian, Ciro Sales, Cristina Moura, Daniela Cavanellas, Danilo Rosa, Eliane Costa, Fernanda Monteiro, Flavia Coutinho, Isadora Malta, Julia Deccache, João Marcelo Iglesias Cristina Moura é diretora de teatro e dança, coreógrafa e intérprete e tem realizado diversas parcerias com artistas, como Enrique Diaz e Lia Rodrigues. Formado por 13 jovens criadores das áreas de teatro, dança, circo, canto lírico, artes plásticas e literatura, o Coletivo Baleia se dedica a estudar modos cênicos de como investigar a cidade do Rio de Janeiro, sua memória, seus espaços vivos e sua pluralidade, hoje em dia. Direção e Dramaturgia: Cristina Moura | Criação e Interpretação: Ana Nero, André Vieira, Bernardo Marinho, Bianca Joy Porte, Breno Motta, Bruna Bressani, Carol Tilkian, Celina Portela, Ciro Sales, Cristina Moura, Daniela Cavanellas, Daniela Kupek, Danilo Rosa, Eliane Costa, Fernanda Monteiro, Flavia Coutinho, Isadora Malta, João Pedro Madureira, Julia Deccache, Joao Marcelo Iglesias e Pedro Ferreira Coelho | Direção musical e trilha original: Domenico Lancellotti | Figurino: Gabi Campos | Iluminação: Francisco Rocha | Vídeos: Celina Portela e Coletivo Baleia. O Coletivo Baleia é: André Vieira, Bruna Bressani, Carol Tilkian, Ciro Sales, Cristina Moura, Daniela Cavanellas, Danilo Rosa, Eliane Costa, Fernanda Monteiro, Flavia Coutinho, Isadora Malta, Julia Deccache, João Marcelo Iglesias. TEATRO | DANÇA DIA 15 | 16 - 21H 15 TH | 16 TH - 9PM THEATER | DANCE OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo 32 33 PROCESSO NACIONAL NATIONAL WORK IN PROCESS EXERCISES FOR MR. SILVA ENCONTRO BRETT BAILEY INTERNATIONAL MEETING A relação com as minorias – negros, refugiados, imigrantes e outros - não é simples de ser explicada, dada a quantidade de absurdos e situações incompreensíveis. Os distanciamentos sociais, raciais, econômicos, religiosos, culturais impostos por séculos levaram a perseguições e abusos dos mais cruéis possíveis. Para o diretor sul-africano Brett Bailey, que também presenciou o apartheid – cruel segregação oficial do Estado em seu país –, tais relações precisam e necessitam ser trazidas à tona, como meio de nos lembrarmos do quanto podemos facilmente nos tornar desumanos. Em Exhibit B, por exemplo, o diretor teatraliza as feiras humanas ocorridas na Europa de séculos atrás. Em uma parceria entre o TEMPO_FESTIVAL, a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – e o MAR – Museu de Arte do Rio –, Brett Bailey inicia sua passagem pelo Brasil. RIO DE JANEIRO’S 450TH BIRTHDAY MEETING WITH BRETT BAILEY ÁFRICA DO SUL | BRASIL SOUTH AFRICA | BRAZIL The relationship with minorities – blacks, refugees, immigrants and others – is not simple to be explained, considering the amount of absurds and incomprehensible situations seen. The social distances – racial, economic, religious and cultural – imposed throughout centuries, led to persecutions and the cruelest possible abuses. For South African director Brett Bailey, who has also lived under the apartheid system – the cruel State-sponsored official segregation in his country -, such relations need to be brought up as a way to remind us of how easily we can become inhumane. On Exhibit B, for example, the director dramatizes the human fairs that used to exist in Europe centuries ago. In a partnership with TEMPO_FESTIVAL, MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo and MAR – Museu de Arte do Rio (Rio Art Museum) –, Brett Bailey starts his Brazilian presentation. And he begins in Rio de Janeiro, a city that has in its history the enslaved workers in Pedra do Sal the first urban “quilombo” (runaway slave refuge) and the first slum (at Santo Antônio’s hill). For this first contact with him, we have invited to talk about the origins of minorities and who they are in today’s world, where the prejudice is born, Ana Paula da Silva, Márcia Zanelatto and Yasmin Thayná, as part of the 450 Years of Rio de Janeiro Program. An increasingly more urgent and fundamental debate for the Brazilian civility and culture, so miscegenated from the beginning, which now sees also the urgency of reflecting about the limits of expression and of creation. Brett Bailey has been producing various works with a denunciation approach of the persistence of what he calls the “racial systems” from colonialism in today’s Europe. Ana Paula da Silva, anthropologist, has defended and published the thesis “Pelé e o complexo de vira-latas: discursos sobre a modernidade no Brasil” (Pelé and the mutt complex: discourses about modernity in Brazil). Writer Márcia Zanelatto works mainly on dramaturgy for theater, TV and cinema, and is the creator and coordinator of “Ocupação Grandes Minorias” (Big Minorities Occupation), at Teatro Glauce Rocha/ Funarte. Yasmin Thayná works with communications, literature, cinema and for Revista Cranta, a collaborative “live magazine”, created by youngsters from the Zona Oeste neighborhoods, City Center and Baixada Fluminense region. Writer and theater director, Luiz Felipe Reis is also a journalist specialized in art and culture. Working in the press, he wrote and published interviews and reports about the most important creators of the contemporary scene in Brazil and the world. Começa, então, pelo Rio de Janeiro, cidade que traz em sua história os trabalhadores escravizados na Pedra do Sal, o primeiro quilombo urbano e a primeira favela no Morro de Santo Antônio. Para esse encontro sobre a origem das minorias, quem são no mundo atual e onde nasce o preconceito, convidamos Ana Paula da Silva, Márcia Zanelatto e Yasmin Thayná, com a mediação de Luiz Felipe Reis, como parte da Programação 450 Anos da Cidade do Rio de Janeiro. Um debate cada vez mais urgente e fundamental à civilidade e cultura brasileira, tão miscigenada, desde seu início, e que agora vê também a urgência de refletir sobre os limites das expressões e criações. Brett Bailey vem realizando diversos trabalhos com abordagens de denúncia da persistência do que chama de “sistemas raciais” do colonialismo na Europa atual. Ana Paula da Silva, antropóloga, defendeu a tese e publicou “Pelé e o complexo de vira-latas: discursos sobre a modernidade no Brasil”. A escritora Márcia Zanelatto atua principalmente na dramaturgia para teatro, TV e cinema, e é idealizadora e coordenadora da Ocupação Grandes Minorias, no Teatro Glauce Rocha/Funarte. Yasmin Thayná trabalha com comunicação, literatura, cinema e na Revista Cranta, “live magazine” colaborativa, criada por jovens da Zona Oeste, Centro do Rio e Baixada Fluminense.Autor e diretor, Luiz Felipe Reis é também jornalista especializado na cobertura de arte e cultura. Com atuação na imprensa escrita, escreveu e publicou entrevistas e reportagens sobre os mais destacados criadores da cena contemporânea do Brasil e do mundo. Convidados: Ana Paula da Silva, Márcia Zanellatto e Yasmin Thayná | Mediador: Luiz Felipe Reis ENCONTRO DIA 13 - 19H MUSEU DE ARTE DO RIO – MAR (Auditório) Praça Mauá, 5 - Centro Parceria Prceiros MAR Guests: Ana Paula da Silva, Márcia Zanellatto e Yasmin Thayná | Anchor: Luiz Felipe Reis 13 TH - 7PM DEBATE MUSEU DE ARTE DO RIO – MAR (Auditório) Praça Mauá, 5 - Centro 34 35 ENCONTRO INTERNACIONAL 450 ANOS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO REVISTA ANTRO POSITIVO INTERNATIONAL PERFORMANCE PERFORMATIVE REVIEW OF LOOKING FOR PAUL: LOOKING FOR PAUL, WUNDERBAUM MAGAZINE ANTRO POSITIVO SÃO PAULO - BRAZIL The role of theater criticism has been systematically placed in check in all artistic fields facing our constantly expanding contemporary plurality. However, a new quality of writing can only be built if provoked to write new paradigms that require from them new forms and answers. From this starting point, the magazine Antro Positivo proposes, in coproduction with TEMPO_FESTIVAL, an exercise to expand the dynamics of criticism writing to its most performative state. After watching the performance Looking for Paul, from the group Wunderbaum, 2 critics will dedicate themselves to the task of, simultaneously, writing a piece of criticism together, during 8 uninterrupted hours. The action of their writing will be public, all their choices, discussions, researches, readings, consultations, interviews with guests up to their writing itself can be followed by the spectators and will be projected during the moment of creation, live on a screen. To open up even more this process, the public will be able to intervene with their suggestions and questionings and approaches of the concepts, using notes delivered through the social media or at the place of the event, through which the public will have access to a synopsis of the central ideas. In the end, the challenge is to build a text which is deep, wide, which dialogues with the work and also close to the symbolic choices and aesthetic structures used in the performance, especially the technical use of rhetorics that run away from the traditional technicist or robotic analysis. A criticism piece that doesn’t propose itself to argue over a conclusion achieved before the writing started, but one that is found during the trajectory of its construction itself, opening up space for paradoxes, to insoluble questions, the limits and the passion for theater. SÃO PAULO - BRASIL O papel da crítica teatral tem sido sistematicamente colocado em cheque em todas as áreas artísticas frente a pluralidade contemporânea em constante expansão. Todavia, outra qualidade de escrita só poderá ser construída se provocada ao escrever novos paradigmas que lhe exijam outras formas e respostas. A partir dessa premissa, a revista Antro Positivo propõe, em coprodução com o TEMPO_FESTIVAL, uma ação que expande a dinâmica da escrita crítica ao seu estado mais performativo. Após assistir ao espetáculo Looking for Paul, do coletivo Wunderbaum, dois resenhistas se dedicarão, simultaneamente, a escrever uma crítica a quatro mãos, durante oito horas ininterruptas. A ação da escrita poderá ser acompanhada desde suas escolhas, discussões, pesquisas, leituras, consultas, entrevistas com convidados, até as escritas propriamente, projetadas para leitura em pleno instante de criação. Abrindo ainda mais o processo, o público e interessados poderão intervir através de sugestões e questionamentos dos conceitos e abordagens, mediante uso de apontamentos entregues no local ou pelas redes sociais, por onde terão acesso a resumos das ideias centrais. Ao fim, o desafio é construir uma resenha crítica profunda, ampla, dialógica com a obra, e também próxima às escolhas simbólicas e estruturas estéticas utilizadas no espetáculo, sobretudo pelo uso técnico da retórica que fuja da tradicional análise tecnicista ou comparativa. Uma crítica que não se propõe a argumentar sobre uma conclusão prévia à escrita, mas que a encontre durante o próprio trajeto de sua construção, abrindo espaço para os paradoxos, as perguntas insolúveis, os limites e a paixão pelo teatro. A revista Antro Positivo é uma publicação digital gratuita e com acesso livre sobre teatro, política cultural e pensamento contemporâneo, criada por Ruy Filho e a diretora de arte Patrícia Cividanes. Os resenhistas da ação performativa são: Ruy Filho, dramaturgo, diretor, crítico de teatro e a atriz e também crítica Ana Carolina Marinho. Idealização: Revista Antro Positivo | Resenhistas: Ana Carolina Marinho e Ruy Filho | Diretora de Arte e Designer Gráfica: Patrícia Cividanes CRÍTICA DIA 11 - 14H ÀS 20H OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo Magazine Antro Positivo is a free digital medium that offers free access to pieces about theater, cultural politics and contemporary thought, created by Ruy Filho and art director Patrícia Cividanes. The critics of the performance are: Ruy Filho, who is a playwright, director and theater critic and the actress and also critic Ana Carolina Marinho. Concept: magazine Antro Positivo | Critics: Ana Carolina Marinho and Ruy Filho | Art Direction and Graphic Design: Patrícia Cividanes 11 TH - 2PM TO 8PM CRITICS OI FUTURO FLAMENGO Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo 36 37 PERFORMANCE NACIONAL CRÍTICA PERFORMATIVA DO ESPETÁCULO: PROCURANDO PAUL, COLETIVO WUNDERBAUM MÚSICA + FESTA DANCE ROCINHA! RIO DE JANEIRO - BRASIL Nada é mais importante do que oferecer às crianças um universo pleno de criatividade, imaginação e desafios. Apenas dessa maneira poderemos criar adultos mais curiosos e interessados em construir outra realidade para todos nós. Com Dance Rocinha!, o TEMPO_FESTIVAL propõe um encontro com a comunidade e a potência de um estado vivo de presença. Uma festa em comemoração ao Dia das Crianças, na Quadra dos Acadêmicos da Rocinha, com uma programação gratuita, para todas as idades e com múltiplas atividades: Djs e Mcs da comunidade, aulão rítmico de bambolê com Camila Rocha, cocriadora do Movimento Bambolê Rio, instalação de brinquedos, apresentação da Borboletinha - escola de samba mirim da Rocinha - G.R.E.S.M. BORBOLETA ENCANTADA, o pocket show de Silvia Machete, com seu universo lúdico e performático e, encerrando as apresentações, a emblemática banda Blitz, símbolo do Rio, com músicas que retratam com humor as crônicas do cotidiano. DIA 12 - 13H ÀS 21H DANÇA | MÚSICA | SHOW | FESTA QUADRA DA ACADÊMICOS DA ROCINHA Rua Berta Luz, 80, São Conrado Patrocínio Parceiros Realização MUSIC + PARTY ROCINHA, DANCE! RIO DE JANEIRO - BRAZIL Nothing is more important than to offer children a universe full of creativity, imagination and challenges. Only this way we can raise more curious adults, interested in building another reality for all of us. With “Rocinha, Dance!” TEMPO_FESTIVAL proposes a meeting with the Rocinha neighborhood community and with the potentials of live exchanges. A party to commemorate Children’s Day, which will happen at the carnival samba group’s dancing hall (Quadra dos Acadêmicos da Rocinha), with a free program, for all ages, open to the public in general and with multiple activities: Djs and Mcs from the Rocinha community, hula hoop rhythmic class with Camila Rocha, who is a co-creator of the Movimento Bambolê Rio (Hula Hoop Rio Movement), a toy installation, a performance by Borboletinha – a children’s samba school (G.R.E.S.M. BORBOLETA ENCANTADA), Silvia Machete’s pocket show, with her performative and playful universe, and ending the presentations with Rio’s flagship band Blitz, whose lyrics chronicle everyday life with humor. “Dance Rocinha!” is a partnership of TEMPO_FESTIVAL, Bambolê Productions and Treco Produções Artísticas. DANCE | MUSIC | SHOW | PARTY 12 TH - 1PM TO 9PM QUADRA DA ACADÊMICOS DA ROCINHA Rua Berta Luz, 80, São Conrado 38 39 ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 – Botafogo ESPAÇO REDUTO Rua Conde de Irajá, 90 – Botafogo ACT AND EFFECT ATO E EFEITO RAFAEL TEIXEIRA, FERNANDO NEUMAYER AND LUÍS MARTINO RIO DE JANEIRO - BRAZIL RAFAEL TEIXEIRA, FERNANDO NEUMAYER E LUÍS MARTINO RIO DE JANEIRO - BRASIL The ephemeral is part of the theatrical experience, leaving registered in us more the feelings than its process or presentation. However, that which could get lost, can and needs to be preserved. For such, Act and Effect has invited various artists to dramatical readings as some of the expressive characters they have played. All recorded on video. With just the text in their hands, in an empty stage, framed by basic lighting, the result provides a different view of the dramaturgy, not that of the reading or the staging. This way, from the act arises, then, the effect. Each record was done in a different Rio de Janeiro stage, amplifying itself, also, into a sort of cartography of the symbolic spaces of the city. O efêmero faz parte da experiência teatral, restando como registro mais as sensações do que propriamente seu processo ou apresentação. No entanto, aquilo que poderia se perder, pode e precisa ser preservado. Para tanto, o projeto Ato e Efeito convidou diversos artistas para leituras dramatizadas de personagens expressivos que tenham interpretado, e os registrou em vídeos. Com o texto em mãos, sozinhos, sobre um palco nu, emoldurado por uma luz básica, o resultado proporciona um olhar diferente à dramaturgia, que não o da leitura e o da encenação. Assim, do ato, surge, então, o efeito. Cada registro foi realizado em um palco carioca diferente, ampliando, também, para uma espécie de cartografia dos espaços simbólicos da cidade. Rafael Teixeira, a reporter and theater critic, currently working for Veja Rio magazine, has joined journalist Fernando Neumayer and filmmaker Luís Martino – the last two being the founders of tocavideos, an audiovisual content production company, active since 2011. Rafael Teixeira, repórter e crítico de teatro, atualmente da revista Veja Rio, se juntou ao jornalista Fernando Neumayer e ao “filmmaker” Luís Martino – os dois últimos sendo criadores do tocavideos, produtora de conteúdo audiovisual, na ativa desde 2011. Concept: Rafael Teixeira | Realization: Rafael Teixeira, Fernando Neumayer and Luís Martinho | Guest stars and texts: Amanda Mirasci (Uma Vida Boa), Charles Fricks (O Filho Eterno), Debora Lamm (Os Mamutes), Gregorio Duvivier (Uma Noite na Lua), Gustavo Gasparani (Ricardo III), Leonardo Netto (Conselho de Classe) and Michel Blois (Adorável Garoto). | Venues: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, in Santa Teresa; Espaço Sesc, in Copacabana; Oi Futuro, in Flamengo; Teatro Dulcina, on Cinelândia; Teatro Maison de France, at the City Center; Teatro Oi Casa Grande, in Leblon; Solar de Botafogo. Idealização: Rafael Teixeira | Realização; Rafael Teixeira, Fernando Neumayer e Luís Martinho | Atores convidados e espetáculos: Amanda Mirasci (Uma Vida Boa), Charles Fricks (O Filho Eterno), Debora Lamm (Os Mamutes), Gregorio Duvivier (Uma Noite na Lua), Gustavo Gasparani (Ricardo III), Leonardo Netto (Conselho de Classe) e Michel Blois (Adorável Garoto). | Espaços: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, em Santa Teresa; Espaço Sesc, em Copacabana; Oi Futuro, no Flamengo; Teatro Dulcina, na Cinelândia; Teatro Maison de France, no Centro; Teatro Oi Casa Grande, no Leblon; Solar de Botafogo. 10 TH - 6PM TO 2AM VIDEOS | THEATER 11 TH - 7PM TO 0AM REDUTO TEMPO A + SCENE CAPTURES SARAH DUGRIP AND ELOIDE LACAZE VIDEO | TEATRO DIA 10 - 18H ÀS 2H DIA 11 - 19H À 0H REGISTROS DE CENA FRANCE SARAH DUGRIP E ELOIDE LACAZE FRANÇA How to deal with what we see when watching a performance? The answer is always individual and relates more to the person’s perception of the world than the work itself. In the specificity of each person, some only observe and reserve to themselves their view, many feel the need to talk, some to write about it. And there are, also, those who create something else, to dialogue with the work. This is the case of Sarah Dugrip and Eloide Lacaze. During TEMPO_FESTIVAL, they will spend some of the performances transforming their observations into illustrations. Como dar conta daquilo que se enxerga ao assistir um espetáculo? A resposta é sempre individual e responde mais à percepção de mundo do indivíduo do que ao trabalho em si. Na especificidade de cada um, alguns apenas observam e reservam para si, muitos sentem a necessidade de falar, alguns de escrever. E existem, ainda, aqueles que se utilizam da criação para dialogar com a obra. É o caso de Sarah Dugrip e ElodIe Lacaze, que durante o TEMPO_FESTIVAL, atravessarão alguns espetáculos transformando suas observações em ilustrações. Eloide Lacaze has a vast academic formation and develops design, editorial and illustration works also with social actions. While Sarah Dugrip has worked, for the past fifteen years, on what she calls “live croquis” (live sketches), producing travel diaries, where she registers everyday life and performances. Eloide Lacaze possui uma vasta formação acadêmica e desenvolve trabalhos de design, editorial e ilustração também com aproximações a ações sociais. Já Sarah Dugrip trabalha nos últimos quinze anos no que denomina “croquis ao vivo”, elaborando cadernos de viagens, onde registra o cotidiano e espetáculos. ILLUSTRATION ILUSTRAÇÃO 40 REDUTO TEMPO A + REDUTO TEMPO A + 41 REDUTO TEMPO A + REDUTO TEMPO A + REDUTO TEMPO A + BIANCA JOY, CAROLINA BIANCHI, NANDA FÉLIX, VITOR PAIVA RIO DE JANEIRO - BRAZIL BIANCA JOY, CAROLINA BIANCHI, NANDA FÉLIX, VITOR PAIVA RIO DE JANEIRO - BRASIL The knowledge about one’s self-requires investigation and exposition. The same applies to art. Using fictional documental elements, like letters, diaries, pictures, videos, postcards and telegrams, B., who is the main character, brings us the story of her mother, an actress like her, who turned down the main role in a Phillip Kauffman film in the 1990s. The proposal is to bring to the public the open process of construction of the performance, through which are investigated the contemporary writing strategies, like the use of autobiography and fictionalized memories. In the end, questions about the relationship of memory, reports about the “I”, the perception of being and the dimension of belonging to time can come up as a stimulus for the dialogue between the spectator and the artists. In an even deeper layer, the relationship between Anaïs Nin and Henry Müller, present in the film Henry and June, from Kauffman, and how much the exercise of acting is worth and limited. O conhecimento sobre si mesmo implica em investigação e exposição. O mesmo serve à arte. Utilizando-se de elementos documentais ficcionais, como cartas, diários, fotografias, vídeos, postais e telegramas, B., personagem central da narrativa, traz a história de sua mãe, atriz como ela, a quem teria sido negado o papel principal em um filme de Phillipe Kauffman, na década de 1990. A proposta traz ao público o processo aberto de construção do espetáculo, pelos quais se investiga estratégias da escrita contemporânea como o uso de autobiografia e auto-ficção. Ao fim, questões sobre a relação da memória, relatos do “eu”, a percepção de sujeito e a dimensão de pertencimento ao tempo podem surgir ao espectador como estímulo ao diálogo com os artistas. Em uma camada mais profunda, ainda, a relação entre Anaïs Nin e Henry Müller, presente no filme Henry e June, de Kauffman, e o quanto o exercício da atuação se coloca em validade e limites. The project was born out of the meeting of artists Bianca Joy, Nanda Félix, Vitor Paiva and Carolina Bianchi. Vitor, Bianca and Nanda has already worked together in other productions, like Fragmentos e Obscena (Fragments and Obscene), and felt the desire to continue their research over collective creation. The three artists invited for this process their also longtime partner Carolina Bianchi, actress and director of Cia dos Outros (São Paulo). O projeto nasceu do encontro dos artistas Bianca Joy, Nanda Félix, Vitor Paiva e Carolina Bianchi. Vitor, Bianca e Nanda já trabalharam juntos em outras produções, como por exemplo, o espetáculo Fragmentos e Obscena, e sentiam o desejo de continuar a pesquisa de criação coletiva. Os três artistas convidaram para esse processo a também parceira de longa data, Carolina Bianchi, atriz e diretora da Cia dos Outros (SP). Dramaturgia: Nanda Félix e Vitor Paiva | Direção: Nanda Félix | Criação: Bianca Joy, Nanda Félix e Vitor Paiva | Elenco: Bianca Joy e Carolina Bianchi | Participação: Eliana Ovalle Dramaturgia: Nanda Félix e Vitor Paiva | Direção: Nanda Félix | Criação: Bianca Joy, Nanda Félix e Vitor Paiva | Elenco: Bianca Joy e Carolina Bianchi | Participação: Eliana Ovalle WORK IN PROCESS | THEATER 10 TH - 7PM30 DIA 10 - 19H30 PROCESSO | TEATRO REDUTO TEMPO A + | WORK IN PROCESS MAMÃE MOMMY ÁLAMO FACÓ ÁLAMO FACÓ RIO DE JANEIRO - BRAZIL RIO D EJANEIRO - BRASIL To deal with death, even though it is an inevitable process, is never as simple as it could be. Especially when it is about someone else, someone loved and close. In 2010, Marpe Facó, the work’s author’s Álamo’s mother, found out she had a brain tumor, having died soon afterwards. Not sticking only to documental reality, the play addresses the taboos about death and the variations of consciousness, giving voice to Marta, who, having lost her mental faculties, started to expand her consciousness to unexpected limits. While talking about loss, the author brings reflection to his own time, more because of his immediate state than as an option. This way the play stops being only about Marta and starts to expand its experience onto the public. Lidar com a morte, ainda que um processo inevitável, nunca é tão simples como poderia. Sobretudo quando é sobre outro, alguém amado e próximo. Em 2010, Marpe Facó, mãe de Álamo, autor do espetáculo, descobriu um tumor no cérebro, falecendo pouco tempo depois. Não se atendo a uma realidade documental, a peça aborda os tabus sobre morte e variações do consciente, dando voz à Marta, que, perdendo suas faculdades mentais, começa a expandir sua consciência a limites inesperados. Ao falar sobre a perda, o autor traz para seu próprio tempo a reflexão, mais pela condição imediata do que somente uma opção. Assim, deixa de ser apenas sobre Marta e passa a expandir a experiência também aos espectadores. Álamo Facó, author of the works “Talvez” (Perhaps) and “Cosmocartas” (Cosmoletters), has shown his plays in many countries, like England, Scotland, Germany, Netherlands, Portugal, Chile and Argentina. “Mommy”, his most recent work, arises as an answer to a four-year investigation over the universe of death. Álamo Facó, autor dos espetáculos “Talvez” e “Cosmocartas”, tem apresentado suas obras em diversos países, como Inglaterra, Escócia, Alemanha, Holanda, Portugal, Chile e Argentina. “Mamãe”, seu trabalho mais recente, surge como resposta a uma investigação de quatro anos sobre o universo da morte. Text: Álamo Facó | Starring: Álamo Facó | Sound Design: Rodrigo Marçal | Lights: Felipe Lourenço | Costumes: Ticiana Passos | Production: Alice Cavalcante | Realization: Álamo Facó e Sábios Projetos Texto: Álamo Facó | Elenco: Álamo Facó | Desenho de som: Rodrigo Marçal | Luz: Felipe Lourenço | Figurino: Ticiana Passos | Produção: Alice Cavalcante | Realização: Álamo Facó e Sábios Projetos WORK IN PROCESS | THEATER 42 10 TH - 9PM PROCESSO | TEATRO REDUTO TEMPO A + | PROCESSO A DISTÂNCIA ENTRE DOIS TRÓPICOS DIA 10 - 21H 43 REDUTO TEMPO A + | PROCESSO REDUTO TEMPO A + | WORK IN PROCESS THE DISTANCE BETWEEN TWO TROPICS RIO DE JANEIRO - BRAZIL To treat reality as fiction has become the mechanism to escape the weight of the real. It means that, if too much is substituted, we can reach the extreme of losing contact with reality itself, which would start being lived only through controlled mediations. And no reality is plausible to whatever type of control. Dramatis Personae, from Peruvian Gonzalo Rodríguez Risco, creates the allegory of three writers in an apartment destroyed by the explosion of a car bomb nearby, while they try to write their next books. However, to do so, the reality of Peru, which succumbs to an internal war between terrorist groups and the government, imposes to them the need to escape what has been happening outside for the past decade, and that critical state.The performance is a partnership between Díspare Companhia and Ånimå Theåtrum and integrates the project Fronteiras Dramatúrgicas Latino-Americanas (Latin American Dramatic Frontiers), which has the interest of presenting and producing works from Latin America in Brazil. Gonzalo Rodríguez Risco is a Peruvian author and screenwriter, with a large history of theater and cinema production. Allan Castelo, actor, director and playwright, was part of company Os Fodidos e Privilegiados, (The Fucked Up and Privileged) and who nowadays lives in Paris, where, with Ånimå Theåtrum, develops socio-educational performances and activities. Actors from Díspare Companhia play the roles. Dramaturgy: Gonzalo Rodriguez Risco | Translation: Alvaro Pilares | Direction: Alan Castelo | Starring: Alvaro Pilares, Bruno Oliveira, Danilo Moraies, Helena Labri, Kel Cogliatti and Tatá Oliveira | Soundtrack: Díspare Cia | Production Manager: Alvaro Pilares, Bruno Oliveira e Tatá Oliveira | Curatorship: Díspare Cia e Quinto Elemento Produções Artísticas WORK IN PROCESS | THEATER 10 TH - 10PM30 REDUTO TEMPO A + | WORK IN PROCESS ZIPPER, THE PARTY COLETIVO MASTRUÇO RIO DE JANEIRO - BRAZIL Realization: Coletivo Mastruço | Director: Juliana Terra | Actor’s preparation: Carla Ribas | Executive Producer: Jessica Leite | Cast: Felippe Vaz, Laura Mollica, Lola Claure and Gabriela Vasselai | Dramaturgy: Criação Coletiva | Visual Arts: Laura Mollica | Visual Identity: Lucas Fiat 44 RIO DE JANEIRO - BRASIL Tratar a realidade como ficção tornou-se mecanismo para escapar ao peso do real. Significa que, se muito for substituído, pode-se chegar ao extremo de perder-se o contato com a própria realidade, que passará a ser vivenciada apenas por mediações controladas. E nenhuma realidade é plausível de qualquer tipo de controle. Dramatis Personae, do peruano Gonzalo Rodríguez Risco, cria a alegoria de três escritores em um apartamento destruído pela explosão de um carro bomba nas proximidades, enquanto tentam dar conta de escrever seus próximos livros. Mas, para tanto, a realidade do Peru, que sucumbe em uma guerra interna entre grupos terroristas e o governo, impõe-lhes a necessidade de escapar dos acontecimentos da última década e seu estado crítico. O espetáculo é uma parceria entre Díspare Companhia e Ånimå Theåtrum e integra o projeto Fronteiras Dramatúrgicas Latino-Americanas, cujo interesse é apresentar e realizar obras latinas no Brasil. Gonzalo Rodríguez Risco é autor e roteirista peruano, com ampla produção em teatro e cinema. Allan Castelo, ator, diretor e dramaturgo, participou da companhia Os Fodidos e Privilegiados, e hoje reside em Paris, onde, com a Ånimå Theåtrum, desenvolve espetáculos e atividades socioeducativas. No elenco estão os atores da Díspare Companhia. Dramaturgia: Gonzalo Rodriguez Risco | Tradução: Alvaro Pilares | Direção: Alan Castelo | Elenco: Alvaro Pilares, Bruno Oliveira, Danilo Moraies, Helena Labri, Kel Cogliatti e Tatá Oliveira | Trilha Sonora: Díspare Cia | Direção de Produção: Alvaro Pilares, Bruno Oliveira e Tatá Oliveira | Realização: Díspare Cia e Quinto Elemento Produções Artísticas PROCESSO | TEATRO DIA 10 - 22H30 ZÍPER, A FESTA COLETIVO MASTRUÇO To party. To meet the other in commemoration of something or someone. A party is, above all, the choice of turning a meeting into a happening, something special and unique. Therefore, to party is to reach a higher state of one’s ability to participate and also of social-cultural belonging. Group Coletivo Mastruço brings to TEMPO_FESTIVAL their party and everybody is invited. The party is a play. An open system in which each actor reaches the goal by revealing, little by little, the intimacies in the fissure between the public and the private. Intimate means ‘that which is the deepest of something or in ourselves’. Smells, memories, residuals, desires. Zipper is the pornographic, the scatological, the dark room that exists in us. A performance in movement. A game over opening up and controlling the word and the image, inside and outside. WORK IN PROCESS | THEATER ALAN CASTELO | DÍSPARE COMPANHIA REDUTO TEMPO A + | PROCESSO ALAN CASTELO | DÍSPARE COMPANHIA DRAMATIS PERSONAE RIO DE JANEIRO - BRASIL Festejar. Encontrar-se com o outro em comemoração a algo ou alguém. A festa é, sobretudo, a escolha por fazer do encontro um acontecimento, algo especial e único. Sendo assim, festejar é um estado maior de reconhecimento da participatividade e pertencimento sócio-cultural. O Coletivo Mastruço traz ao TEMPO_FESTIVAL sua festa e convida a todos. A festa é uma peça. Um sistema aberto onde cada ator cumpre sua trajetória revelando, aos poucos, intimidades na fissura entre o público e o privado. Íntimo significa ‘o que há de mais profundo numa coisa, em nós mesmos’. Cheiros, memórias, resíduos, vontades. Zíper é o pornográfico, o escatológico, o quarto escuro que há em nós. Um espetáculo em movimento. Um jogo entre entrega e controle, palavra e imagem, dentro e fora. Realização: Coletivo Mastruço | Direção: Juliana Terra | Preparação de Elenco: Carla Ribas | Produção Executiva: Jessica Leite | Elenco: Felippe Vaz, Laura Mollica, Lola Claure e Gabriela Vasselai | Dramaturgia: Criação Coletiva | Artes Visuais: Laura Mollica | Identidade visual: Lucas Fiat PERFORMANCE | TEATRO DIA 10 - 23H 10 TH - 11PM 45 REDUTO TEMPO A + | ESPETÁCULO REDUTO TEMPO A + | WORK IN PROCESS DRAMATIS PERSONAE SONHO ALTEROSA EM PROCESSO CAIO RISCADO CAIO RISCADO RIO DE JANEIRO - BRASIL Since childhood, we are led to believe in fairy tales. The problem is not the imaginary itself, but the deformations accumulated during the construction of our identity, when only those tales permeate the maturing period of the first infancy. To deconstruct this demands to first recognize its symbolic influence, then to later also break its enchantments. Coming from this wish, Caio Riscado investigates the limits blurred by the tension that emerges from the meeting of the ambience of fairy tales and the image of the trans-identity. Through a performance he calls an investigation scenic-scientific-performative-bizarre, he shows himself as a princess to be able to deconstruct the idea of “happy end” and, this way, make amends with his childhood dream. Desde a infância somos conduzidos a acreditar em contos de fadas. O problema não é o imaginário em si, mas as deformações acumuladas na construção da identidade, quando apenas os contos permeiam o amadurecimento da primeira infância. Desconstruir isso demanda primeiro reconhecer sua influência simbólica, depois, também, quebrar seus encantamentos. A partir dessas vontades, Caio Riscado investiga os limites borrados pelo tensionamento que emerge do encontro entre a ambiência dos contos de fada e a imagem da transidentidade. Através de uma performance a qual denomina como investigação cênico-científica-performativa-bizarra, ele se apresenta como princesa para desconstruir a ideia de “final feliz” e, assim, fazer as pazes com o seu sonho infantil. PhD in Performance, Caio Riscado is a theater director, research artist and professor, besides being a founding member of the continuing arts research nucleus Miúda. In the last few years he has developed various works in theater and performance. Doutorando em Performance, Caio Riscado é diretor teatral, artista pesquisador e professor, além de ser membro fundador do núcleo de pesquisa continuado em artes, Miúda. Nos últimos anos, desenvolveu diversos trabalhos em teatro e performance. Creator, Director, Actor: Caio Riscado | Movement Director and Body Preparation: Luar Maria | Music Director and Original Soundtrack: Philippe Baptiste | Video Director and Process Register: Lucas Canavarro | Art Direction and Accessories: Victor Hugo Mattos | Production Director: Lia Sarno | Executive Producer: Bel Flaksman | Research: Mayara Yamada | Social Media Monitor and Communications: Pedro Capello | Realization: MIÚDA Criação, direção e atuação: Caio Riscado | Direção de movimento e preparação corporal: Luar Maria | Direção musical e trilha sonora original: Philippe Baptiste | Direção de vídeo e registro de processo: Lucas Canavarro | Direção de arte e adereços: Victor Hugo Mattos | Direção de produção: Lia Sarno | Produção executiva: Bel Flaksman | Pesquisa: Mayara Yamada | Monitor de mídias sociais e comunicação: Pedro Capello | Realização: MIÚDA 11 TH - 11PM ERFORMANCE | VIDEO TUNDRA DIA 11 - 23H PERFORMANCE | VÍDEO TUNDRA ANTÔNIO GUEDEX RIO DE JANEIRO - BRASIL ANTÔNIO GUEDEX RIO DE JANEIRO - BRASIL Lately, much has been said about the virtualization of the real world versus the reality of the virtual world. Thinkers from both sides of the argument enter in conflict with their own words, since it seems that both conditions merge and become only one. More than new behaviors, the interference of the virtual over our everyday lives has generated new aesthetic possibilities and, among them, the reinterpreting of our own identity as something built and imagetically planned to the other. These paradoxical stimuli led to the creation of Tundra. When Eva erased her virtual profile, she also starts to disappear physically. And, when she tries to get back to the Machine, the system where virtual reality fulfills itself, finds out that it is no longer possible. The performance happens in a plastic and sensory ambiance, black and metallic, representing the Machine, including projections of the actors and spectators over the space, amplifying the experience of both. Muito se discute, na atualidade, sobre a virtualização do real versus a realidade do universo virtual. Pensadores de ambos os argumentos entram em conflito com os próprios dizeres, pois, cada vez, parece que ambas as condições se fundem e se tornam apenas uma. Mais do que novos comportamentos, a interferência da virtualização sobre o cotidiano gerou outras possibilidades estéticas e, dentre elas, a reinterpretação da nossa própria identidade, como algo construído e planejado imageticamente ao outro. Esses estímulos paradoxais levaram à criação do espetáculo Tundra. Ao apagar seu perfil virtual, Eva começa também a sumir fisicamente. E, ao tentar retornar à Máquina, o sistema onde a realidade virtual se faz completo, descobre não ser mais possível. A performance ocorre em um ambiente plástico e sensorial, negro e metálico, representando a Máquina, incluindo sobre o espaço projeções dos atores e espectadores, ampliando a experiência a ambos. Text and Direction: Antônio Guedex | Sound: Marcello H | Cast: Fernanda Nobre, Bianca Joy, Christian Landi and Sacha Bali Texto e direção: Antônio Guedex | Som: Marcello H Elenco: Fernanda Nobre, Bianca Joy, Christian Landi e Sacha Bali 11 TH - 5PM30 DRAMATIZED READINGS 46 LEITURA DRAMATIZADA DIA 11 - 17H30 47 REDUTO TEMPO A + | PROCESSO RIO DE JANEIRO - BRASIL REDUTO TEMPO A + | PROCESSO ALTEROSA DREAM WORKING PROCESS FICHA TÉCNICA CREDITS DIREÇÃO GERAL E CURADORIA DIRECTION AND CURATOR PRODUÇÃO TRANSPORTE TRANSPORT PRODUCTION Bia Junqueira Cesar Augusto Márcia Dias Julia Rizério DIREÇÃO EXECUTIVA E DE PRODUÇÃO EXECUTIVE MANAGEMENT Camila Bastos Bacellar, Erika Nogueira, Giordano Gasperin, Julia Salgado, Leonardo Nunes, Romulo Chindelar, Sura Sepulveda PRODUTORES RECEPTIVOS RECEPTIVE PRODUCTION Victor Haim FINANCEIRO FINANCIAL COORDENAÇÃO COORDINATION Tathiana Mourão CONTROLER CONTROLLER TÉCNICA TECHNICAL COORDENAÇÃO COORDINATION Carlos Lafert Flavia Gerhardt ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVE PRODUÇÃO TÉCNICA E DE OBJETOS TECHNICIAL AND PROPS PRODUCTION Marcella Nascimento Carolina Rodrigues Consuelo Barros PRODUÇÃO DE BASE BASE PRODUCTION PRODUTORES DE ESPAÇOS LOCAL PRODUCTION Ivani Adolpho Alice Carvalho Beatriz Kaysel Bernard Heimburguer Dino Ramirez Gerson Porto Paula Almeida SERVIÇOS GERAIS GENERAL SERVICES Jhenyffe Viza LOGÍSTICA LOGISTICS TÉCNICOS DE LUZ LIGHT TECHNICIAN Elso Rodrigues Francisco de Assis Jorge Luiz Menezes Magno Amorim COORDENAÇÃO COORDINATION Lívia Cunha PRODUÇÃO ALIMENTAÇÃO CATERING PRODUCTION Thais Simões TÉCNICOS DE SOM E VIDEO SOUND AND VIDEO TECHNICIAN Azul Smith Lesley Oliveira 48 MONTAGEM DE PALCO STAGE ASSEMBLY IDENTIDADE VISUAL VISUAL IDENTITY Jean Pessoa João dos Santos José Roberto Marco Antonio Silva Patrick Souza Wagner de Souza Radiográfico COMUNICAÇÃO COMMUNICATION COORDENAÇÃO COORDINATION Neco Fx PRODUÇÃO PRODUCTION Leonardo Nascimento ASSISTENTE DE PRODUÇÃO PRODUCTION ASSISTANT Ana Studart CRIAÇÃO DE CONTEÚDO CONTENT CREATION Ruy Filho REVISOR TEXT REVIEWER Fabiano Golgo DIREÇÃO DE ARTE ART DIRECTION Olívia Ferreira Pedro Garavaglia PROJETO GRÁFICO GRAPHIC DESIGN Leandro das Neves Celina Kuschnir Rodrigo Barja ASSISTENTES – PROJETO GRÁFICO DESIGN ASSISTANTS Rebeca Liberatori PRODUÇÃO GRAPHIC PRODUCTION Carminha Duguet DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA PHOTOGRAPHIC DOCUMENTATION Carlos Cabéra REGISTRO AUDIOVISUAL AUDIO VISUAL DOCUMENTATION Lucas Canavarro TRILHA SONORA ORIGINAL ORIGINAL SOUNDTRACK TRADUÇÃO TRANSLATION Celina Kuschnir Fabiano Golgo João Sette TEMPO_CONTÍNUO ASSESSORIA DE IMPRENSA PRESS OFFICE COORDENAÇÃO WEB MANAGEMENT A Palavra Comunicação Rafael Medeiros Fabiano de Freitas Rafucko DIREÇÃO DIRECTION Cristina Rio Branco André de Biase WEBMARKETING WEB CONTENT EDITION Humans Creative Group GERENTE DE IMPRENSA PRESS MANAGEMENT Marina Ivo 49 AGRADECIMENTOS SPECIAL THANKS TO Patrocínio Às famílias Junqueira, Oliveira Lima da Silva e Dias A. C. Plieger Adriana Karla Rodrigues, Ailton Franco, Alaôr Rosa, Alessandro Martins, Alex Pereira dos Santos, Álvaro Trejo, Ana Gleice Reis, Ana Gómez Pérez, Ana Paula T. Pereira , André Vieira, Anja Krans, Antenor José de Oliveira, Antonio Araújo, Antonio Mazzillo, A.P. Uijterlinde, Batman Zavareze, Breno Motta, Beth Accioly, Bruno Singh, Camila Lacerda, Carla Valença, Carlos Corrêa Costa, Carlos Cunha, Carlos Gradim, Carolina Tavares, Cassio Pinheiro, Cees de Graaff, Cia.dos Atores, Cinthia Queiroz, Claudia Marques, Claudia Pedrozo, Cristiane Alves, Daniel de Jesus, Douglas Lopes, Eduardo Marques, Eduardo Valente, Elena Cordero, Elena Díaz, Ellen Freitas, Eloíza Cordeiro, Elvira Marco, Erica Vaz, Erika da Silva, Eva Doris Rosenthal, Eunice Semeão, Fabiana Scherer, Felipe de Assis, Felipe Sanches, Fernanda Míguez, Fernando Libonati, Fernando Zugno, Flavia Cavalcante, Flávia Piana, Geisa Lino, Gisele Jacob, Guillaume Pierre, Guilherme Reis, Guilherme Marques, Gustavo Ariani, Flavia Pacheco Cancado, Henrique Mourthé, Iber de Vicente, Isabel Cristina Ribeiro, Isabel Diegues, Isabelle Caroline Carvalho, Janaina Melo, Jonas Calmon Kablin, Jocilene Costa, Jorge Luiz José Maria, Jorge Sobredo, Jorge Tadeu Rozzante Marinonio, Jorn Konijn, José Alberto Gomes Saraiva, José Cleverland, Joseph Andrade , Josilene Coelho, Juan Lozano, Juana Escudero Méndez, Julia Martins, Juliana Lavigne, Kenia Felipe, Karen Acioly, Kelly Sulam, Lara Rabello, Laura Backes, Laura Gonzalez, Leonardo Gilio, Luciana de Araújo Lima, Luciana Lopes, Luciano Alabarse, Luiz Bertipaglia, Luiz Moreira Gonçalves, Manoel Friques, Marcelo Calero, Marcio Mello, Marco Nanini, Marcus Carpi, Marcus Gatto, Maria Siman, Maria Arlete Gonçalves, Maria Célia Monteiro de Barros, Maria Clara Horta Maria Lucia Willemsens, Maria Siman, Mariana Soares, Maria Teresa Lizaranzu, Marie Depalle, Marilene Gondim, Marta Porto, Melina Bial, Michele Milani, Michelle Araújo, Miriam Gómez Martínez, Mónica Hernández, Morena Madureira, Nathalia Rezende, Nayse Lopez, Pablo Markwald, Paola Hehl, Patrícia Lechmann Lima, Patrícia Vianna, Paola Hehl, Paula de Renor, Paulo de Castro, Paulo Fracassi, Pedro Genescá, Pedro Moreira, Prefeito Eduardo Paes, Rafael Motta, Rafael Oliva, Raul Mourão, Renata Garcia, Renato Saraiva, Ricardo Libório, Roberto Freitas de Oliveira e Silva, Roberto Guimarães, Robson Camilo, Rodrigo Mera, Rodrigo Montenaro, Romário de Abreu Souza, Rômulo Sales, Rony Mayer, Rosane Thomé, Sassá Samico, Sarah Gonçalves, Sérgio Afonso Pinto, Silvia Monte, Sophie Renaud, Tania Alice, Tania Pires, Tania Queiroz, Tatiana Richard, Thalita Mendes, Vanessa Arruda, Vanessa Silvy, Vera Saboya, Victor D’Almeida, Vilma Lustosa, Vinícius Santos Ferreira, Walquíria Barbosa, Zélia Peixoto 50 Parceria Institucional Promoção Apoio doamor 51 por favor , continue 52