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R E S U M O S D E TE S E S E D I S S ER TA Ç Ó E S SANTOS, Iraci dos A Instituição da Cientificidade: A nálise Institucional e Sócio-Poética das relações entre orientadores e orientandos de pesquisa em enfermagem. Tese de Doutorado. Rio . de Janeiro: UFRJ, EEAN. 1 99 7. Orien tador: jacques Hen ri Maurice Cauthier. Co-orientadora: Nébia Maria Almeida Figueiredo Co-orientadora adjunta: Ivis Emília Oliveira Souza. Considerando q u e a prática de enfermagem tem um saber p róprio, recorda-se a exigência de s u a cientificidade para c u m prir o Parecer 77/69, do C F E , e a poss i b i l idade d e repetiçao de relações dom i n a ntes observadas nas i nstituições cientfficas cuja con seq üência é o abafamento e/ou s u b m i ssão dos saberes existentes . Ass i m , i ndaga se: como os orientandos e orientadores de pesq u isa, nos C u rsos de Pós-G raduação ( C PG) "stricto-sensu" ava l i a m a relação q u a nto às suas experiências afetivas ( p razer/sofri mento ) , s u a contrib u ição ao co n hecimento científico (saber/poder) e como se d i stri b u i a a utoridade científica (troca/imposiçao)? A Anál ise I n stitucional , tendência René Lou ra u (Soci a n á l ise), foi o método esco l h ido para a n a l isar as relações de 31 pesq u i sadoras das E EAN , U F RJ e E EAP, U N I- R I O , n o período de 1 995 a 1 997. P ressu pondo no objeto de estudo a existência de "coisas" reprim idas, visando sua l i beração, por parte dos agentes, a lém da E ntrevista constru i u -se o a n a l isador científico - Abordagem "Sócio-Poética " , integ rado pelo m étodo " G ru po-Pesq u isador" e Técn ica "Vivência de Lugares " Sócio-M íticos" . Na va l idação do a n a l isador destaca-se a criação da obra "A Sócio-Poética" , por Jacques Gauthier e I raci dos Sa ntos, orientador e orientanda desta pesq u isa, onde se defende a Tese de q u e na con strução do con hecimento científico os pesq u isadores i n stitucionais com pa rti l h a m seus saberes e assim l i beram seu potencial criativo n u m a relação de respeito m útuo e p razerosa . Media nte u m estilo redacion a l m a rcado pela i ntuição, emotividade e poesi a , ressaltou se nos res u ltados p rod uzidos pelo g rupo pesq u isador: "o saber é a aventura do cotidiano viver' ; a p rodução do con hecime nto em e nfermagem tem sentido de busca pessoa l , satisfação , seg u ra nça , p romoção acadêm ica e i n stitucional e p restígio soci a l . A s relações entre orientadores e orienta ndos d u rante o p rocesso de pesq u isa caracterizam-se por relações sociais, onde se del i neia um perfi l l i b i d i n a l . Para a lca nçar as titu lações acadêm icas, a base o rg a n izacion a l dos CPG p romovem a seg m enta ridade, onde os s ujeitos de saber, desva loriza ndo s u a tra nsversa lidade, tornam-se i m p l icados i nstitucionalmente e estabelecem um vínculo social a m istoso. E ntão, evitam a " d u p l a captu ra" de saberes, ( Dele uze e G uata rri) heterogêneos, i n d ispensável à construção coletiva de saberes, mediada pelos pesq u isadores sobre o "objeto do saber" . Entre os con hecimentos adq u i ridos ressalte-se : a i m p l icação psicoafetiva não q uestionada e não resolvida pelos pes q u isadores a compl icar a l i ng uagem e o tempo para a exp l i citação dos objetos de estudo; sofrim ento/prazer da relação epistemológica , advindo d a i m poss i b i l idade de ass u m i r apenas a RAZÃO , i m a g i nada indispensáve l à q u isição de saber; i nexiste apropriação de saberes e s i m possessão de info rm ação - u m d a d o de i m possível i ntern a l ização a o s s ujeitos d e saber. Pa ra u m a pesq u isa i n stitu i nte , propõe�se a enfermagem com o u m fazer-sa ber/científico , util iza ndo a i ntuição, o i ntelecto e os sentidos no trato com a i m p revi s i b i l idade dos seres h u manos, haja vista o reco n hecim e nto e sobrevivência da profissão depender de sua com p reensão e ace itaçao por pa rte da clientela a q uem se desti n a e , principalmente , pelos p róprios participantes d a e nfermage m . 1 Professora Titu lar da U n iversidade do Estado do R i o d e Janeiro . Doutora em Enfermagem pela U F R J . R. Bras. Enferm. , Brasília, v. 50, n . 4 , p. 6 1 9-622 , out./dez. , 1 997 619 FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de ' . . . . A mais belas das artes . . . o PENSAR e o FAZER da ÉNFERMAGEM: bases TE6RICAS e PRÁ TICAS para uma TEORIA do CUIDADO/CONFOR TO. Tese de Concurso para Professora Titular. Escola de Enfermagem Alfredo Pin to. UNI-RIO. Rio de janeiro, Abril, 1 99 7. Este estudo de natureza qualitativa, trata das representações de enfermeiras, docentes e estudantes de g raduação e pós-graduação entendidas como "escu ltoras", sobre o Q U E É C U I DADO e o QUE É E N F E RMAGEM. As representações foram colhidas em Dinâmicas de P rodução Estética, d u rante as aulas sobre enfermagem , de 1 992 a 1 996 , totalizando 44 g ru pos somando 1 065 participantes. O objetivo principal foi o de construi r BASES e MATERIAIS para uma TEORIA do C U I DADO/CON FORTO a partir de experiências teóricas (ensino) e experiências p ráticas (cuidado) das participantes do estudo. Após análise das representações identifiquei 3 (BASES) denominadas de: a TERRA, o SOPRO, as P ISTAS . Os MATERIAIS de que as enfermeiras se utilizam para MODELAR o cuidado/conforto foram o LOGU S , as P U LS O ES e a PRAXIS. Os referenciais teóricos utilizados para ancorar os achados são os de Edgard Morin (conhecimento); Felix Guattari , Gilles Deleuze e M ichel Matiiesoli (pulsões e praxis), todos filósofos da psicossociologia da anual idade. A tese que defendo é a de que para a enfermagem C U I DAR/CON FORTAR necessita ter conhecimento, (sobre a natureza , sobre o homem e a m ulher e , profundamente sobre sua profissão); necessita saber confortar (o que significa se utilizar de con hecimento sobre pulsões que movem o homem e a m u lher para a vida e para a morte) e necessita saber fazer - AÇAO na prática (quando utiliza técnicas e procedimentos) para cu idar/confortar. 1, Professora Doutora. U N I-RIO. E EAP 620 R. Bras. Enferm. , Brasília, v. 50, n. 4, p. 6 1 9-622 , out./dez. , 1 997 BOER Y, Rita Narriman Silva de Oliveira I . O Ser-Professor da Enfermagem A través do Núcleo Cen tral das suas Representações Sociais. Tese de Mestrado. Escola de Enfermagem Alfredo Pin to, UNI-RIO e Universidade Estadual do Sudeste da Bahia. Rio de Janeiro / Jequié / BA. Agosto, 1 99 7. Orien tadora: jose te Luiza Leite. Este estudo oportun iza uma reflexão acerca do desempenho da enfermeira no exercício do ensino. N essa perspectiva o ser-professor desta profissional que ensina é analisado, com o i ntu ito de se compreender as limitações que permeiam o seu desempenho, assim como, as suas potencialidades no ensino. Objetiva refletir, analisar e buscar subsídios para tornar essa prática de ensino, mais reflexiva e crítica . É uma pesqu isa qualitativa, fu ndamentada metodicamente a partir dos princípios da Teoria do N úcleo Central das Representações Sociais. Os dados foram coletados através de técn icas lúdicas, como: cog nomes, cana sanfonada e colagem que permitiram identificar quatro n úcleos centrais, denominados: princípios h u man ísticos, técn icos, éticos e da comu nicação. O ser-professor da enfermei ra do ensino de g raduação da enfermagem perpassa por esses princípios, e, se constitui em algo concreto, inserido no ser-pessoa desta profissional, porque faz pane do m u ndo que ela construi u ao longo de sua vida. 1 Professora Assistente do Departamento de Saúde de U ESB - Campus de Jequié. R. Bras. Enferm. , Brasilia, v. 50, n. 4 , p . 6 1 9-622 , out.ldez. , 1 997 62 1 MENEZES, Maria de Fátima Batalha de ' . Essas nativas enfermeiras . . . Um estudo antropológico sobre as enfermeiras especializadas. Dissertação de Mestrado. UNI-RIO, EEAP. Rio de Janeiro, 1 996. Orientadora: Luiza Muniz da Costa Vargens Pesqu isa qualitativa , exploratória , pautada no referencial teórico metodológico próprio da Antropologia Social . Utilizando-se da observação participante e da etnografia, objetivou entender uma faceta da dimensão sócio espacial das U nidades hospitalares especializadas, através de um estudo sobre as enfermeiras especializadas, denominadas "nativas". O cam po do estudo foram dois centros hospitalares especializados, um ligado à i n iciativa de saúde privada e especializado em terapia i ntensiva , e outro pertencente à rede pública de saúde , especializado em oncohematologia. I ntentou fornecer uma panorâmica etnográfica deste tipo de u nidades, bem como compreender o processo de formação da identidade da enfermeira nativa . O fator d iferencial que determina a constitu ição da identidade da enfermeira, baseia-se principalmente no cuidado direto e no víncu lo com os pacientes. Através da apropri a ção do cuidado e do elo com os pacientes, as nativas enfermeiras mapeiam o espaço das u nidades, percorrendo seus caminhos. Essa pesqu isa intenta lançar um olhar alternativo sobre a enfermeira especializada , procurando apreender seus outros significados. , Enfermeira do Serviço de Educação Continuada do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro . 622 R. Bras. Enferm., Brasllia, v. 50, n . 4 , p. 6 1 9-622, out./dez. , 1 997