BR-TRANS
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BR-TRANS
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO APRESENTA BR-TRANS http://www.projetobrtrans.com Direção: Jezebel De Carli Dramaturgia e interpretação: Silvero Pereira De 09 de junho a 31 de julho no Teatro Poeira Além da temporada, autor e diretora ministram a oficina “Gênero, teatro e performatividade - movimentos para corpos desviantes” Espetáculo ganha versão literária lançada pela Editoria Cobogó como parte da ‘Coleção Dramaturgia’ “... Em resumo, há um espetáculo em carne viva, puro nervo pulsante exposto, irradiação de revolta diante da qual não se pode calar. A estreita via social traçada em nossa terra para o universo trans aflora, afinal. Escorraçados desde as primeiras manifestações da sua maneira de ser “diferente”, segregados nas escolas, no trabalho, nas ruas, cerceados nos seus direitos civis, empurrados para a prostituição muitas vezes em condições vis, os transgressores são vítimas de atrocidades inaceitáveis." - crítica Tânia Brandão (http://foliasteatrais.com.br/br-trans/) “... O solo BR trans expõe o ser e o artista na pele, sem resignação. Não abdica do humor e da ternura ao refutar firmemente o preconceito e a violência com recursos performativos bem acionados. O principal deles é o canto. Pereira emite timbre de qualidade ao sabor da melodia e dos músculos, da delicadeza e da veemência...” – crítico teatral Valmir Santos “... Há três anos fazendo crítica de teatro no Rio de Janeiro, assistindo a produções de toda ordem, tamanho e origem nos mais diversos espaços da cidade, eu nunca tinha visto um espetáculo ser aplaudido tão longamente. O horror do preconceito sentido pelos transexuais, de que a peça fala, pode ser sentido em alguma medida por qualquer pessoa por causa de sua raça, religião, peso, formação escolar, origem, etc. “BR-Trans”, porque conecta as mais diversas pessoas, merece mesmo os longos aplausos. Tocante!” – crítico Rodrigo Monteiro (http://teatrorj.blogspot.com.br/2015/08/br-trans-cers.html) "...Ator magnífico, senhor absoluto de vastíssimos recursos expressivos e possuidor de enorme carisma, Silvero Pereira mostra-se inteiramente à vontade na dinâmica cênica proposta por Jezebel De Carli, que prioriza a relação direta do ator com a plateia e com os muitos objetos que o rodeiam, sempre trabalhados de forma a valorizar incrivelmente os muitos e diversificados climas emocionais em jogo. Brilhante tanto nas passagens mais dilaceradas quanto naquelas impregnadas de irresistível humor, a encenação de Jezebel De Carli converte-se em poderosa referência da atual temporada teatral." – crítico teatral Lionel Fisher (http://lionel-fischer.blogspot.com.br/2015/08/teatrocriticabr-trans.html) Eleita uma das ‘10 melhores peças de 2015’ – Segundo Caderno / Jornal O Globo Indicação aos prêmios: APTR, CesgranRio, Questão de Crítica e Aplauso Brasil, nas categorias Melhor Espetáculo, Dramaturgia, Direção e Ator. De 09 de junho a 31 de julho, o Teatro Poeira recebe o elogiado espetáculo ‘BR-TRANS’, parte do projeto “BR-TRANS: Cartografia Artística e Social do Universo Trans no Brasil”, de Silvero Pereira. Sob direção de Jezebel De Carli, trata-se de um processo cênico antropológico-autofágico-esquizofrênico que traz à cena histórias sobre medo, solidão e morte. Histórias que se encontram e se confundem entre si e com a vida e as inquietações do ator. Criado a partir de fragmentos de vida reais, coletados através de conversas com travestis, transexuais e transformistas entre os Estados do Ceará e Rio Grande do Sul, BRTRANS apresenta histórias sobre exclusão e violência, presentes no cotidiano dessas pessoas, vivenciadas de norte a sul deste país. Entretanto, subvertendo essas tristes histórias, a obra vai além ao abordar narrativas de superação e transformação. Além da temporada de “BR-Trans”, o teatro receberá, de 08 de junho a 28 de agosto, a oficina “Gênero, teatro e performatividade - movimentos para corpos desviantes”. Ministrada por Silvero Pereira e Jezebel De Carli, a ocupação propõe uma experimentação prática no campo da criação teatral e sugere um deslizamento dos conceitos operativos de teatro performativo e performatividade de gênero, tendo em vista o entendimento do gênero como agenciamento de gestos performativos. Serão abordados procedimentos individuais de escrita acerca das experiências pessoais de performatividade de gênero, os mesmos servirão de material para a composição de cenas. Propõe também uma investigação sobre corpos desviantes, corpos como territórios éticos e políticos. Montar-se como possibilidade de invenção e jogo. Montar-se como um movimento de corpos em desvio. Outra novidade é que “BR-Trans” acaba de ganhar também o formato literário. Empenhada na promoção da dramaturgia no Brasil, a Editora Cobogó lança o livro “BR-Trans”, como parte da Coleção Dramaturgia. Além do texto da peça, o livro conta também com notas explicativas sobre o processo de criação e montagem do espetáculo, escritas por Silvero e por Jezebel, e com uma apresentação do escritor, roteirista e cineasta João Silvério Trevisan. O prefácio é assinado pelo ativista e deputado federal Jean Wyllys, que afirma que, além de revelar “os sofrimentos presentes nas vidas de pessoas que, desde muito pequenas, ainda na primeira infância, não se identificam com seu sexo biológico”, dando “humanidade às vítimas da transfobia e da homofobia”, o texto de Silvero gera identificação mesmo com quem não está necessariamente inserido nesta realidade. SOBRE O ESPETÁCULO Idealizado pelo ator Silvero Pereira, o espetáculo, assistido por mais de 10 mil espectadores, em diversas cidades do país, entre elas Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Crato, Nova Olinda, Mombaça, Tauá, Iguatu, Aquiraz, Acopiara, São Luís, Bauru, São José do Rio Preto, Santos, Ribeirão Preto, São Paulo, Recife, Natal, Ponta Grossa, Curitiba e, fora do país, em Miami (Flórida/EUA), no XXX International Hispanic Theatre Festival of Miami, e recentemente no Brazil Festival in Dresden (Alemanha), tem como interesse temático o universo de travestis, transexuais e artistas transformistas brasileiros. A montagem é resultante de um processo de pesquisa cênica desenvolvida através do Edital Interações Estéticas 2012 (FUNARTE/MINC), em residência no SOMOS Pontão de Cultura LGBT (POA/RS), que teve como perspectiva o teatro enquanto instrumento capaz de entreter, promover discussão e fomentar a transformação social através da arte. "BR-TRANS é um processo artístico-documental que traça os pontos convergentes e divergentes do universo Trans brasileiro entre os pólos regionais Nordeste e Sul do País. Trata-se de um trabalho estético com base nos afetos, nas relações estabelecidas durante a pesquisa e na oportunidade de provocar questionamento, quiça uma transformação social a partir da quebra de preconceitos por meio da arte", afirma Silvero. A diretora Jezebel de Carli teve seu primeiro contato com Silvero através de um amigo em comum, quando estava participando de um festival em Salvador, que contou sobre a pesquisa que o ator estava desenvolvendo, sobre a arte transformista, e que ele estava a procura de um diretor que pudesse ser seu “provocador cênico”. Após conhecer Gisele (Silvero) e após três meses de trabalho intenso, estrearam juntos o “BR-Trans”. Um manifesto, uma narrativa documental, um teatro depoimento, uma performance transformista, como a diretora costuma descrever. De 2013 a 2015 percorreram importantes festivais, inúmeras cidades, foram de Porto Alegre a Miami. “BR-Trans reafirma o teatro como uma possibilidade de invenção e de transformação do humano, como um espaço de encontro e de manifestação da diferença. Precisamos falar de e sobre. E nesse momento o CCBB Rio de Janeiro opera essa possibilidade. Obrigada ao CCBB que compartilha conosco esse desejo e assim abre seus espaços ao ‘BR-Trans’. E obrigada ao público que está também conosco e que deseja ouvir nosso manifesto", agradece Jezebel. SOBRE A “ARTE TRANS” DE SILVERO PEREIRA Histórias do nordeste e do sul. Trânsito de descobertas, dúvidas, angústias, liberdades, criação e transformação. BR-TRANS aproxima lugares, sentimentos e histórias, vividas em cena por Silvero Pereira, que costura e mistura narrativas que se inscrevem na sua vida e em sua trajetória. A obra de Silvero já o marca. Sua arte é intrínseca a sua vida e dela, faz sua voz política. Para o artista, o Teatro é instrumento de transformação social e de mudança de paradigmas e a Arte Transformista, legítima linguagem cênica. BR-TRANS reafirma sua arte enquanto subversão e resistência ao levar aos palcos a experiência de vida da travestilidade e da transexualidade, descontextualizando histórias já contadas sobre marginalidade, medo e sofrimento e reposicionando histórias de vida e transformação em cena. Em trânsito e em transe, BR-TRANS transborda. Não é só Silvero. É também Marcelly, Babi, Marina, Claudia, Laurita, Dandara, Cassandra, Ramona, Castanha, Rogéria, Valéria, Roberta e tantas outras mais. Silvero são todas elas. Silvero somos todos nós. Sandro Ká, representante do GT LGBT da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e Coordenador do SOMOS – Diversidade e Gênero (RS). Porto Alegre, junho de 2013. SERVIÇO OFICINA Data: 08 de junho a 28 de agosto Horário: de 08 a 17/06 (quartas, quintas e sextas, das 10h às 14h) – 22/06 a 12/08 (quartas, quintas e sextas, das 10h às 13h) – 20, 21, 27 e 28/08 (sábados e domingos, das 13h às 18h) Local: Teatro Poeira (R. São João Batista, 104 - Botafogo, Rio de Janeiro) Informações: (21) 2537-8053 Valor: Gratuita Número de vagas: 20 Inscrições: até 1º/06, através do e-mail [email protected] SERVIÇO ESPETÁCULO Temporada: de 09 de junho a 31 de julho Horário: de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 19h Local: Teatro Poeira (R. São João Batista, 104 - Botafogo, Rio de Janeiro) Informações: (21) 2537-8053 Ingresso: R$30,00 Horário da bilheteria: a partir das 15h, de quinta a domingo Gênero: Drama Duração: 70 minutos Capacidade: 122 lugares Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos Imagens: https://www.youtube.com/watch?v=-4yq1n8yUtk https://www.youtube.com/watch?v=QEGKIAaAluI e https://youtu.be/hHY-TjCkqw8 SINOPSE Um processo cênico antropológico-autofágico-esquizofrênico traz à cena histórias sobre medo, solidão e morte. Histórias que se encontram e se confundem entre si e com a vida e as inquietações do ator. Recortes de vidas e vidas recortadas a partir de pesquisas e conversas com travestis, transformistas e transexuais de Porto Alegre, pelas ruas e casas de show. BR-TRANS é um trânsito de informações e de fatos reais. Um traço “brasil-trans” construído a partir da convergência e dos deslocamentos entre os polos Nordeste e Sul do país. FICHA TÉCNICA Direção: Jezebel De Carli Dramaturgia e atuação: Silvero Pereira Músico: Rodrigo Apolinário Cenário: Rodrigo Shalako Iluminação: Lucca Simas Operação de Vídeo: Ana Luiza Bergman Design: Karin Palhano Administração e Produção: Quintal Produções Direção Geral: Verônica Prates Gestora de projetos: Maitê Medeiros Assistente de Produção: Thiago Myiamoto PRINCIPAIS FESTIVAIS E MOSTRAS Brazil Festival in Dresden - 2016 XXX International Hispanic Theatre Festival of Miami (EUA) / 2015 Festival Gamboavista - RJ/ 2015 TREMA Festival - PE/ 2015 FILT Bahia / 2015 Projeto Plataforma de Circulação da Petrobrás - Ceará/ 2015 Vencedor do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga no Ceará/ 2014 Vencedor do FENATA em Ponta Grossa - PR (Ator, Texto, Direção e Espetáculo)/ 2014 FIT São José do Rio Preto - SP / 2014 Festival de Teatro de Curitiba/ 2014 Aldeia SESC Guarajaras em São Luís do Maranhão – MA/ 2014 Mostra SESC Cariri das Artes / 2013 BREVES CURRÍCULOS SILVERO PEREIRA Silvero Pereira, 33 anos, é ator, dramaturgo, produtor cultural, maquiador, iluminador, aderecista, diretor e artista plástico. Concludente do Curso Superior em Artes Cênicas do Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE). Começou a sua carreira em 1998 integrando a Cia Dionisyos de Teatro. Em 2000 ingressa para a CIA LUA de Teatro, onde atuaria nos espetáculos "Rosa Escarlate, "Dominus Tecum" e "Não Confirmo Nem Duvido". No mesmo ano fundou o Grupo Parque de Teatro, por meio da Fundação Parque de Formação Integral do Tapuio na cidade de Aquiraz, onde desenvolveu um trabalho social e voluntário com crianças e jovens usando a arte como mecanismo educacional e social. Entre 2001 a 2004 atuaria no Grupo Bagaceira de Teatro. Já em 2006 fundou a Inquieta Cia. de Teatro, de Fortaleza-CE. Entre 2009 e 2012 foi professor do Curso Princípios Básicos de Teatro do Theatro Estadual José de Alencar, em Fortaleza, onde dirigiu e produziu os quatro espetáculos. Em 2005 fundou o COLETIVO ARTÍSTICO AS TRAVESTIDAS onde produziu e dirigiu os trabalhos: “UMA FLOR DE DAMA” (2005), “CABARÉ DA DAMA” (2008), “Engenharia Erótica – Fabrica de Travestis” (2012), “BR-TRANS” (2013), “CABARÉ DAS TRAVESTIDAS” (2014) e “QTMT – QUEM TEM MEDO DE TRAVESTI”(2015). Atualmente desenvolve uma pesquisa sobre o Universo Trans (Travestis, Transexuais e Transformistas) intitulado “Cartografia Artístico e Social do Universo Trans no Brasil” uma pesquisa sobre a travestilidade e transexualidade no Brasil de norte a sul. Atuou em 26 espetáculos e dirigiu 22 trabalhos. JEZEBEL DE CARLI Diretora, professora e atriz de teatro. Bacharel e Mestre pelo PPGA/Ufrgs/DAD, Professora do Curso Graduação em Teatro: Licenciatura da Uergs. Diretora da Santa Estação Cia de Teatro com a qual produziu os espetáculos “Parada 400”, “A Tempestade e os Mistérios da Ilha” e “Hotel Fuck”. Em 2013 dirigiu BR TRANS, cujo espetáculo participou de importantes mostras e festivais nacionais como Curitiba, Cariri, Fortaleza, São Paulo, Três Rios, etc.. É coordenadora do projeto de extensão e pesquisa Outras Rotas: Derivas do Coletivo Errática, cujo coletivo está em processo de montagem do espetáculo Ramal Montenegro-Islamabad (FAC/2013). Atualmente é responsável, junto com Silvero Pereira, da direção e dramaturgia do espetáculo Quem Tem Medo de Travestis? com estreia prevista para abril de 2015. RODRIGO APOLINÁRIO Músico. Participou de 1998 a 2003 da banda Poetas Urbanos, vencedora do "Festival Maré da Canção" de Tramandaí. No grupo Zuando o Som, atuou de 2004 a 2011 como tecladista, percussionista, arte-educador e produtor artístico nas cidades de Osório e Tramandaí realizando um trabalho voltado ao público infantil. De 2007 a 2010 trabalhou como coordenador de estúdio multimídia no projeto Casa Brasil Porto Alegre. Em 2012, trabalhou na montagem e configuração do estúdio de áudio, realizou oficinas de gravação musical e atuou como tecladista no Ponto de Cultura Afrosul Odomodê. Desde 2013 atua como músico no espetáculo BR-Trans e no grupo Conjunto Grilos como tecladista e produtor artístico.
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