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Transcrição

PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAJU
Departamento de Turismo
Plano Diretor de Turismo de Piraju
Produto da Etapa I
Diagnóstico Geral
Objeto: Plano Diretor de Turismo da Estância Turística de
Piraju
PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE PIRAJU
São Paulo
23/10/2015
Inteligência Territorial
Planejamento Estratégico
Gestão Ambiental
geobrasilis.com.br
São Paulo, 23 de Outubro de 2015.
Prefeitura da Estância Turística de Piraju
A/C Exmo. Sr. Jair César Damato
Prefeito da Estância Turística de Piraju
Referência: Plano Diretor de Turismo da Estância Turística de Piraju.
Encaminhamos à V.Sa. o diagnóstico geral, que orientará as posteriores etapas do escopo do Plano
Diretor de Turismo de Piraju – SP.
Neste relatório, foram caracterizadas as dinâmicas históricas, demográficas, econômicas, ambientais
e urbanas do município, com aprofundamento dos aspectos diretamente relacionados ao Turismo.
Esperamos que este documento, que configura produto da Etapa 1, contenha todas as informações
requeridas por V.Sa. e permanecemos à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos que se
façam necessários.
Atenciosamente,
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 12
SUMÁRIO EXECUTIVO...................................................................................................... 14
PARTE I – DIAGNÓSTICO GERAL ....................................................................................... 20
1. A HISTÓRIA DE PIRAJU .............................................................................................. 20
1.1. Histórico do município...................................................................................................... 20
1.2. Histórico dos principais atrativos turísticos..................................................................... 22
1.2.1. Atrativos históricos ................................................................................................ 22
1.2.2. Centros técnicos culturais ...................................................................................... 24
1.2.3. Patrimônio imaterial .............................................................................................. 24
1.2.4. Atrativos naturais .................................................................................................. 26
1.2.5. Igrejas .................................................................................................................... 29
2. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ................................................................................ 31
2.1. Síntese temática ............................................................................................................... 31
2.2. Demografia........................................................................................................................ 32
2.3. Economia ........................................................................................................................... 37
3. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS................................................................................... 47
3.2. Geologia, pedologia e geomorfologia .............................................................................. 48
3.3. Vegetação .......................................................................................................................... 51
3.4. Recursos hídricos .............................................................................................................. 53
3.5. Áreas legalmente protegidas ........................................................................................... 59
4. DESENVOLVIMENTO URBANO .................................................................................. 64
4.2. Planejamento urbano ....................................................................................................... 64
4.3. Legislação urbana ............................................................................................................. 65
4.4. Ordenamento territorial................................................................................................... 67
4.5. Patrimônio histórico ......................................................................................................... 68
4.6. Paisagem ........................................................................................................................... 73
5. INFRAESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO ............................................................... 76
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5.2. Mobilidade Urbana ........................................................................................................... 77
5.2.1. Acesso viários ........................................................................................................ 77
5.2.2. Malha viária urbana ............................................................................................... 79
5.2.3. Transporte público ................................................................................................. 80
5.2.4. Deslocamentos a pé ............................................................................................... 83
5.3. Saneamento básico ........................................................................................................... 84
5.3.1. Sistema de abastecimento de água ........................................................................ 84
5.3.2. Esgotamento sanitário ........................................................................................... 85
5.3.3. Resíduos sólidos .................................................................................................... 86
5.4. Suporte de segurança ....................................................................................................... 86
5.5. Suporte de saúde .............................................................................................................. 87
5.6. Elementos urbanos ........................................................................................................... 88
5.6.1. Mobiliário urbano .................................................................................................. 88
5.6.2. Iluminação pública ................................................................................................. 90
5.6.3. Sinalização turística ............................................................................................... 91
5.7. Zeladoria pública............................................................................................................... 91
PARTE II – TURISMO EM PIRAJU....................................................................................... 96
6. GOVERNANÇA .......................................................................................................... 96
6.2. Governança pública .......................................................................................................... 97
6.3. Governança privada ........................................................................................................ 106
6.4. Políticas do turismo ........................................................................................................ 108
7. CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO ............................................................................. 116
7.1. Síntese temática ............................................................................................................. 116
7.1. Capacitações do setor privado para o mercado turístico ............................................. 116
7.2. Capacitação da comunidade .......................................................................................... 118
8. OFERTA DE SERVIÇOS TURÍSTICOS .......................................................................... 119
8.2. Atrativos culturais e históricos ....................................................................................... 121
8.3. Atrativos naturais ........................................................................................................... 123
8.4. Equipamentos de lazer ................................................................................................... 126
8.5. Turismo náutico .............................................................................................................. 127
8.5.1. Vocação de Piraju para o turismo náutico ............................................................ 127
8.5.2. Contexto do turismo náutico em Piraju ................................................................ 135
8.5.3. Infraestrutura disponível para o turismo náutico .................................................. 144
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8.5.4. Perfil do turista náutico........................................................................................ 151
8.5.5. Análise estratégica do turismo náutico em Piraju ................................................. 152
8.6. Meios de hospedagem.................................................................................................... 154
8.7. Alimentos e bebidas ....................................................................................................... 156
8.8. Eventos esportivos.......................................................................................................... 158
8.9. Eventos religiosos ........................................................................................................... 160
8.10. Agências de viagem ...................................................................................................... 162
8.11. Posto de informação ao turista .................................................................................... 163
8.12. Calendário de eventos do município de Piraju ............................................................ 164
9. AVALIAÇÃO DAS FORMAS E FERRAMENTAS DE DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÃO E
PROMOÇÃO TURÍSTICA ................................................................................................. 165
9.2. Análise das ferramentas de divulgação................................................................................ 165
10. METODOLOGIA UTILIZADA PARA REALIZAÇÃO DAS PESQUISAS E APLICAÇÃO DE
QUESTIONÁRIOS ........................................................................................................... 169
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LISTA DE FIGURAS
Figura: 1.2.1-1: Estação Ferroviária....................................................................................................... 23
Figura 1.2.1-2: Piraju Hotel ................................................................................................................... 23
Figura 1.2.2-1: Centro Regional de Arqueologia Ambiental Mario Neme ............................................ 24
Figura 1.2.3-1: Mestre Zé Leal – Moçambique ..................................................................................... 25
Figura 1.2.3-2: Banda Municipal de Piraju ............................................................................................ 26
Figura 1.2.4.-1: Parque Municipal do Dourado ..................................................................................... 27
Figura 1.2.4-2: Floresta de Piraju .......................................................................................................... 27
Figura 1.2.4-3: Escada de peixes ........................................................................................................... 28
Figura 1.2.4-4: Rio Paranapanema ........................................................................................................ 28
Figura 1.2.4-5: Usina de Piraju .............................................................................................................. 29
Figura 1.2.5-1: Igreja Matriz .................................................................................................................. 30
Figura 2.2-1: Evolução populacional de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São Paulo
(ESP) para os próximos 15 anos ............................................................................................................ 33
Figura 2.2-2: Taxa de urbanização do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de
São Paulo (ESP), entre 2004 e 2014, por biênio .................................................................................... 34
Figura 2.2-3: Taxa de migração do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São
Paulo, em 2000 e 2010 .......................................................................................................................... 35
Figura 2.2-4: Relação de homens para cada 100 mulheres – Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo, entre 2004 e 2014, por biênio ............................................................................ 36
Figura 2.3-1: Ponto de táxi disponível na Rodoviária Municipal ........................................................... 43
Figura 2.3-2: Pontos de táxi disponíveis nas Praças da Matriz e Ataliba Leonel................................... 44
Figura 3.2-1: Pedologia do Município de Piraju/SP ............................................................................... 49
Figura 3.2-2: Geomorfologia do Município de Piraju/SP ...................................................................... 50
Figura 3.2-3: Cuestas de Piraju .............................................................................................................. 51
Figura 3.3-1: Cobertura vegetal no município de Piraju ....................................................................... 52
Figura 3.3-2: Arborização no município de Piraju/SP............................................................................ 53
Figura 3.4-1: Rio Paranapanema ........................................................................................................... 54
Figura 3.4-2: Captação de água para abastecimento público no rio Paranapanema ........................... 55
Figura 3.4-3: Cachoeiras do córrego Hungria........................................................................................ 57
Figura 3.4-4: Sistema de monitoramento da qualidade da água – Cetesb ........................................... 58
Figura 3.5-1: APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá ................................................................................... 61
Figura 3.5-2: Rio Paranapanema ........................................................................................................... 61
Figura 3.5-3: Entrada do Parque Natural Municipal do Dourado ......................................................... 61
Figura 3.5-4: Edifício utilizado para atividades de educação ................................................................ 62
Figura 3.5-5: Infraestrutura de produção de mudas ............................................................................. 62
Figura 3.5-6: Zona de Uso Intensivo (ZI) ............................................................................................... 62
Figura 3.5-7: Infraestrutura de piscicultura .......................................................................................... 62
Figura 3.5-8: Antiga ocupação............................................................................................................... 62
Figura 3.5-9: Entrada da Floresta Estadual de Piraju ............................................................................ 63
Figura 3.5-10: Floresta Estadual de Piraju............................................................................................. 63
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Figura 4.5-1: Conjunto da Estação Ferroviária de Piraju ....................................................................... 70
Figura 4.5-2: Escola Estadual Ataliba Leonel ......................................................................................... 71
Figura 4.5-3: Bens tombados na esfera municipal e estadual .............................................................. 72
Figura 4.6-1: Análise de paisagem, principais visadas .......................................................................... 74
Figura 5.2.1-1: Principais acessos a Piraju............................................................................................. 77
Figura 5.2.2-1: Malha viária urbana ...................................................................................................... 80
Figura 5.2.3-1: Terminal rodoviário....................................................................................................... 81
Figura 5.2.3-2: Área interna terminal rodoviário .................................................................................. 81
Figura 5.2.3-3: Área interna terminal rodoviário .................................................................................. 81
Figura 5.4-2: Equipamentos de segurança pública em Piraju ............................................................... 87
Figura 5.6.1-1: Sanitário público ........................................................................................................... 89
Figura 5.6.1-2: Bancos e iluminação pública ......................................................................................... 89
Figura 5.6.1-3: Um dos tipos de lixeiras ................................................................................................ 89
Figura 5.6.1-4: Lixeira, poste e placa de sinalização de ruas, localização na calçada ........................... 89
Figura 5.6.1-5: Lixeiras (tambores azuis)............................................................................................... 90
Figura 5.6.1-6: Bancos e iluminação pública ......................................................................................... 90
Figura 5.6.3-1: Sinalização turística ....................................................................................................... 91
Figura 5.6.3-2: Sinalização turística ....................................................................................................... 91
Figura 6.2-1: Principais ações do Comtur para promoção do turismo local ....................................... 101
Figura 6.2-2: Como estará o turismo em Piraju em 2025? ................................................................. 102
Figura 6.2-3: Qual é o evento mais importante para o município? .................................................... 102
Figura 6.2-4: Potencialidade do turismo local..................................................................................... 103
Figura 6.4-1: Análise da aplicação dos recursos do Dade, entre 2007 e 2014.................................... 113
Figura 8.5.1-1: Clientes e instrutores carregando o barco após o rafting (Pirarafting) ...................... 129
Figura 8.5.1-2: Pausa para descansar (Pirarafting) ............................................................................. 130
Figura 8.5.1-3: Localização das represas Jurumirim, Piraju, Paranapanema e Chavantes, em Piraju 131
Figura 8.5.1-4: Borda Chavante ........................................................................................................... 132
Figura 8.5.1-5: Borda Jurumirim ......................................................................................................... 133
Figura 8.5.1-6: Represas internas ........................................................................................................ 134
Figura 8.5.2-1: Galpão e sala de aula da Pirarafting ........................................................................... 136
Figura 8.5.2-2: Acqua Rio, na Represa Piraju ...................................................................................... 137
Figura 8.5.2-3: Produção de caiaques da Acqua Rio ........................................................................... 138
Figura 8.5.2-4: Acqua Rio (trabalhando com resina)........................................................................... 138
Figura 8.5.2-5: Rampa do canto .......................................................................................................... 140
Figura 8.5.2-6: Detalhe da rampa do canto ........................................................................................ 140
Figura 8.5.2-7: Detalhe da descida para rampa do canto ................................................................... 141
Figuras 8.5.2-8: Rampa do Iate Clube ................................................................................................. 141
Figura 8.5.2-9: Rampa da AABB .......................................................................................................... 142
Figuras 8.5.2-10: Slalom ...................................................................................................................... 143
Figura 8.5.3.1-1: Turismo náutico em Jurumirim ................................................................................ 144
Figura 8.5.3.1-2: Integrante da Flotilha da ABVC – Interior para próximo à Cahoeira para banho .... 145
Figura 8.5.3.1-3: Por do sol em Jurumirim .......................................................................................... 145
Figura 8.5.3.1-4: Passeio por Jurumirim.............................................................................................. 145
Figura 8.5.3.2-1: Restaurante Pirabar ................................................................................................. 147
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Figura 8.5.3.2-2: Passeio de caiaque ................................................................................................... 147
Figura 8.5.3.2-3: Aula de stand up paddle .......................................................................................... 148
Figura 8.5.3.2-4: Passeio de pedalinho na represa Piraju ................................................................... 148
Figura 8.5.3.5-1: Acesso para stand up paddle ................................................................................... 149
Figuras 8.5.3.5-2: Desembarque na rampa do Parque Municipal do Dourado .................................. 150
Figuras 8.5.3.5-3: Momento para flutuação na pista de rafting ......................................................... 151
Figuras 8.5.3.5-4: Ponto para melhor aproveitamento das corredeiras na pista de rafting .............. 151
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LISTA DE TABELAS
Tabela 2.2-1: População do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São Paulo
(ESP), entre 2004 e 2014, por biênio, e o crescimento médio (%), no período .................................... 32
Tabela 2.2-2: Projeção populacional do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado
de São Paulo (ESP), entre 20015 e 2019 e para os anos de 2020, 2025 e 2030 ................................... 32
Tabela 2.2-3: Proporção etária populacional do município de Piraju, entre 2004 e 2014, por biênio. 34
Tabela 2.2-4: Domicílios do município de Piraju, em 2000 e 2010, por espécie e situação, e variação
(%) ......................................................................................................................................................... 36
Tabela 2.3-1: Produto Interno Bruto (em milhões de reais) de Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo (ESP), entre 2002 e 2012, por biênio, e o crescimento médio (%), no período .. 37
Tabela 2.3-2: Valor adicionado por setores econômicos apresentados por Piraju, Região de Governo
de Itapeva e estado de São Paulo (ESP), entre 2002 e 2012, por biênio, e o crescimento absoluto (%),
no período ............................................................................................................................................. 39
Tabela 2.3-3: Empregos formais registrados pelo município de Piraju, entre 2003 e 2013 ................. 40
Tabela 2.3-4: Área colhida (em hectares), produção (em toneladas) e valor da produção (em mil reais)
de café do município de Piraju, entre 2003 e 2013, por biênio, e o crescimento médio (%) ............... 40
Tabela 2.3-5: Empregos formais das atividades características (ACT´s) e associadas (AAT´s) ao turismo
do município de Piraju, entre 2007 e 2013 ........................................................................................... 42
Tabela 2.3-6: Microempreendedores individuais de Piraju atrelados a atividades turísticas .............. 43
Tabela 2.3-7: Rendimento médio dos setores econômicos – Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo, entre 2003 e 2013, por biênio, e a variação média (%), no período .................. 45
Tabela 2.3-8: Rendimento médio dos setores econômicos de Piraju, entre 2007 e 2013, por biênio . 46
Tabela 5.4-1: Dados anuais sobre criminalidade em Piraju .................................................................. 86
Tabela 5.5-1: Equipamentos de saúde .................................................................................................. 88
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LISTA DE QUADROS
Quadro: Identificação das forças, ameaças, oportunidades e fraquezas do processo turístico de Piraju
............................................................................................................................................................... 15
Quadro 1.2.1-1: Atrativos históricos de Piraju ...................................................................................... 22
Quadro 1.2.2-1: Atrativos Históricos Culturais de Piraju ...................................................................... 24
Quadro: 1.2.3-1: Patrimônio imaterial de Piraju................................................................................... 25
Quadro 1.2.4-1: Atrativos naturais de Piraju ........................................................................................ 27
Quadro 1.2.5-1: Atrativos religiosos ..................................................................................................... 29
Quadro 3.4-1: Outros cursos d’água no município de Piraju/SP .......................................................... 55
Quadro 3.5-1: Unidades de Conservação e patrimônios naturais tombados no município de Piraju/SP
............................................................................................................................................................... 61
Quadro 5.2.1-1: Qualificação dos principais acessos ............................................................................ 78
Quadro 5.2.4-1: Análise de caminhabilidade ........................................................................................ 83
Quadro 5.7-1: Condições de zeladoria dos principais atrativos e recursos turísticos de Piraju ........... 93
Quadro 6.2-1: Caracterização da atuação da Prefeitura Municipal de Piraju, quanto ao turismo....... 99
Quadro 6.2-2: Caracterização da atuação do Conselho Municipal do Turismo - Comtur .................. 100
Quadro 6.2-3: Caracterização da atuação do Departamento de Turismo de Piraju- Detur ............... 104
Quadro 6.2-4: Fundo Municipal do Turismo ....................................................................................... 105
Quadro 6.3-1: Principais atores privados do turismo em Piraju ......................................................... 106
Quadro 6.4-1: Conjunto de leis acerca do turismo da Estância Turística de Piraju ............................ 109
Quadro 6.4-2: Investimentos viabilizados com recursos do Dade ...................................................... 110
Quadro 6.4-3: Investimentos viabilizados com recursos do Ministério do Turismo .......................... 114
Quadro 6.4-4: Previsão de recursos para o turismo, no PPA 2014-2017 de Piraju ............................ 114
Quadro 6.4-5: Investimentos do setor privado em Piraju .................................................................. 115
Quadro 8.2-1: Atrativos culturais e históricos do município de Piraju ............................................... 121
Quadro 8.3-1: Atrativos e recursos naturais do município de Piraju .................................................. 123
Quadro 8.3-2: Cachoeiras do município de Piraju .............................................................................. 125
Quadro 8.4-1: Equipamento de lazer do município de Piraju............................................................. 126
Quadro 8.6-1: Meios de hospedagem do município de Piraju ........................................................... 154
Quadro 8.7-1: Estabelecimentos de alimentos e bebidas do município de Piraju ............................. 156
Quadro 8.8-1: Eventos esportivos do município de Piraju.................................................................. 158
Quadro 8.9-1: Eventos religiosos do município de Piraju ................................................................... 160
Quadro 8.10-1: Agências de viagem do município de Piraju .............................................................. 162
Quadro 8.11-1: Posto de informação ao turista – PIT do município de Piraju ................................... 163
Quadro 8.12-1: Calendário de eventos de Piraju ................................................................................ 164
Quadro 9.2-1: Análise das ferramentas de divulgação de produtos turísticos disponíveis em Piraju 166
Quadro 9.2-2: Principais feiras e eventos do setor de turismo com participação de Piraju .............. 167
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LISTA DE ANEXOS
Anexo I: Lei nº 12.651/2012 – Novo Código Florestal
Anexo II: Resolução CONAMA nº 369/2006
Anexo III: Unidades de conservação e infraestrutura de saneamento do município
Anexo IV: Plano de Manejo do Parque Natural Municipal de Dourado
Anexo V: Zoneamento urbano, atrativos turísticos e recursos
Anexo VI: Zoneamento específico para o entorno das praças na área central, conforme Plano Diretor
de Piraju
Anexo VII: Atrativos turísticos e recursos de Piraju
Anexo VIII: Estabelecimentos de apoio ao turismo
Anexo IX: Questionário utilizado na reunião do Conselho Municipal de Turismo
Anexo X: Questionário utilizado para avaliação das condições de infraestrutura dos atrativos
Anexo XI: Questionário para pesquisa do perfil da demanda turística de Piraju
Anexo XII: Questionário aplicado com a Diretoria Municipal de Turismo
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APRESENTAÇÃO
No decorrer da elaboração da primeira etapa de elaboração do Plano Diretor Municipal de Turismo
de Piraju - SP, buscou-se identificar as características da localidade a partir da conciliação entre
coleta de dados secundários, visita técnica ao município realizada no mês de setembro de 2015,
levantamento de materiais em secretarias e reuniões com atores do setor de turismo.
Este produto, dividido em duas partes, apresentará a dinâmica da estância no que diz respeito aos
aspectos demográficos, econômicos, ambientais e urbanísticos, assim como as transformações
históricas e culturais. Em seguida, a segunda parte abordará propriamente o turismo da cidade.
Assim, o primeiro capítulo irá relatar o contexto histórico da estância, com detalhamento dos
principais marcos de atrativos e estabelecimentos de turismo. Em seguida, o segundo capítulo
tratará das características socioeconômicas de Piraju, com as mudanças demográficas e econômicas
dos últimos anos.
O terceiro capítulo avalia as condições socioambientais da localidade, apontando as unidades de
conservação do município, patrimônios naturais, vegetação, recursos hídricos e características das
rochas, solo e relevo e como tais aspectos condicionam o processo turístico.
O capítulo quatro analisa o desenvolvimento urbano de Piraju, com apresentação das principais
diretrizes do Plano Diretor Municipal, bem como a percepção acerca da paisagem e dos patrimônios
culturais, arquitetônicos e históricos identificados. O capítulo seguinte, de maneira a complementar
as informações urbanísticas da cidade, apresenta a infraestrutura de suporte ao turismo, abordando
os equipamentos de segurança pública e saúde, além das principais vias de acesso, transporte e
serviços oferecidos pela rodoviária municipal, iluminação e sinalização turística. As condições dos
atrativos e a preservação dos bens públicos e privados são tratados sob a ótica da zeladoria pública,
em item específico.
A segunda parte do produto se inicia com o capítulo seis, que aponta a governança local pública e
privada. Para a primeira, são apresentadas as competências e desafios do Conselho Municipal de
Turismo – Comtur, Departamento Municipal de Turismo – Detur, Fundo Municipal de Turismo –
Fumtur e da Prefeitura. No âmbito privado, foram relacionados os atores responsáveis por atrativos,
meios de hospedagem e alimentação, associações locais e agências de viagem, seguido de
detalhamento de legislações e investimentos direcionados ao turismo municipal.
O capítulo sete trata das práticas existentes para capacitação e qualificação da mão-de-obra para
suporte às atividades turísticas. No capítulo seguinte, será avaliada a oferta de serviços turísticos de
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Piraju, com a elaboração de inventário dos atrativos culturais e históricos, naturais, esportivos e
náuticos, assim como a relação de meios de hospedagem, estabelecimentos de alimentação e
agências de viagem atuantes no município. Além disso, será apresentado o calendário municipal de
eventos da cidade, seguido de uma análise dos principais potenciais e oportunidades locais.
O penúltimo capítulo mostra as ferramentas de Piraju utilizadas para promoção do turismo local e
aquelas que não são exploradas, entre as quais se destaca a ausência de mapa com os atrativos do
município, requerido por diversos turistas através do Posto de Informações Turísticas e seu serviço
de coleta de sugestões.
Por fim, o último capítulo relata as reuniões realizadas na estância de oito a onze de setembro de
2015. Durante a visita, os profissionais utilizaram questionários elaborados previamente no intuito
de obter a percepção da cidade acerca da visão de futuro do turismo, as potencialidades, as
dificuldades e dados sobre a estrutura dos atrativos e estabelecimentos. Vale ressaltar que parte das
informações solicitadas estão sendo colhidas com os agentes e atores e serão disponibilizadas na
próxima etapa deste plano, com vistas à caracterização da demanda turística e estabelecimento do
perfil do turista de Piraju, atividade que conta com o apoio de atrativos e meios de hospedagem.
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SUMÁRIO EXECUTIVO
A partir da identificação das potencialidades e barreiras do turismo de Piraju, este sumário executivo
tem por objetivo destacar os principais pontos do diagnóstico detalhado a seguir, através da
enumeração de fatores externos e internos que impactam no desenvolvimento do turismo da
estância.
Assim, considerando a síntese com os principais pontos de cada tema abordado neste documento,
que será apresentada na abertura de cada capítulo, foram delineadas as forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças da localidade (Análise FOFA), no que se refere aos aspectos diretamente
relacionados às atividades turísticas.
A identificação destes fatores será utilizada como insumo para a recomendação de estratégias de
envolvimento e mobilização dos diferentes agentes, assim como para a proposição de diretrizes,
cenários e ações, previstos para serem desenvolvidos nas próximas etapas do Plano Diretor de
Turismo de Piraju.
O Quadro a seguir apresenta os resultados desta análise realizada pela equipe técnica da Geo
Brasilis, a ser validada através de consulta aos agentes públicos e privados que atuam no setor, e que
indica forte preponderância de fatores internos, sobre os quais a localidade tem gestão direta, para o
desenvolvimento do turismo.
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Quadro: Identificação das forças, ameaças, oportunidades e fraquezas do processo turístico de Piraju
Internas
Externas
Forças
1. Comunidade com consciência ambiental e apropriação do espaço urbano
2. Município com exuberante beleza natural e qualidades culturais
3. Registro de postos de trabalho formais de atividades características e associadas ao
turismo, assim como de microempreendedores individuais
4. Relevo propicia a formação de recursos naturais com potenciais turísticos (vales,
cachoeiras, rios, córregos, etc.)
5. O patrimônio ambiental é relevante na composição da paisagem natural e
disponibilização de atrativos e recursos, como cor pos d´ água com boa qualidade,
protegidos por matas ciliares em bom estado
6. A legislação municipal considera o turismo uma vocação econômica relevante, que se
reflete territorialmente através da permissão de implantação de atividades do setor em
todo o território, sobretudo na área central
7. Tombamento municipal do entorno das praças centrais colabora para a manutenção da
paisagem local e identidade do conjunto urbano central, que tem influência do período
colonial perceptível nas construções locais
8. Grande distância de centros urbanos populosos é compensada por bons acessos
9. Piraju tem ligação rodoviária por transporte regular regional com diversos destinos nos
estados de São Paulo e Paraná
10. Boas condições para deslocamento a pé na região central
11. Sistema de saneamento básico bem estruturado com deficiências pontuais e referência
Oportunidades
1. Recursos com potencial de exploração turística, como cachoeiras e
observação de aves
2. Reflexos da produção de café nos empregos formais da agropecuária:
correspondeu a 36,7% do total de ocupações deste setor em 2013, com
potencial para exploração turística
3. Existência de quatro reservatórios de usinas hidrelétricas no território
municipal, com grande potencial de utilização não realizado para o
turismo
4. O Parque Natural Municipal do Dourado é um patrimônio tombado em
legislação municipal e unidade de conservação e se encontra aberto ao
público
5. Conjunto da Estação Ferroviária, tombada pelo Condephaat, está em
reformas e poderá configurar novo atrativo
6. Possibilidade de duplicação da SP 270 – Raposo Tavares
7. Há potencial de mercado para guias, monitores, instrutores de
atividades de aventura e náutica devidamente qualificados
8. Estímulo ao empreendedorismo e implantação de processos de
melhoria de atrativos e padrões de infraestrutura e atendimento
9. Ordenamento e cobrança nos pontos de camping, especialmente em
áreas públicas, para reduzir a concorrência desigual com os meios de
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regional no tratamento dos resíduos sólidos
12. Bom atendimento e acolhimento aos visitantes
13. As escolas municipais oferecem, na grade curricular, aulas de sensibilização para o
turismo, para os alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental
14. Represa Piraju, por estar ligada à área central do município é de fácil acesso aos
moradores e turistas: vocação para pequenas embarcações, jet skis, canoagem
15. Disposição das concessionárias de energia em relação ao desenvolvimento de projetos
sustentáveis no entorno das represas. Preocupação em regulamentar e apoiar ações da
comunidade na utilização do espelho d’água
16. Empreendedores e comunidade em geral confiantes na potencialidade turística do
município, incluindo segmento náutico
Externas
10.
11.
12.
13.
hospedagem e aumentar a renda de concessionários e permissionários
e auxiliar no custeio da Fecapi e prainha
Valorização dos atrativos públicos, pela cobrança de entrada ou taxas
de conservação, que podem aportar recursos ao Fumtur
Surgimento de novos negócios como restaurantes, pousadas e marinas
às margens da represa capazes de se transformarem em Bases de apoio
à náutica
Melhorar a divulgação e entrar na rota de desenvolvimento do turismo
náutico no interior do estado
Otimizar a participação em eventos e feiras do setor, com oferta de
material de divulgação específico para cada público alvo e foco nos
segmentos com maior potencial
Fraquezas
Ameaças
1. Poucos eventos locais atraem turistas e movimentam a economia (Carnaval, Clube de 1. As características do de relevo e solo demonstram fragilidade a
Motociclistas e PiraJipe)
processos erosivos e potencial de grande impacto, em caso de
2. Evolução média do Produto Interno Bruto – PIB abaixo da variação apresentada pela
ocorrência, devido à presença de rochas
Região e pelo estado de São Paulo, entre 2002 e 2012
2. A utilização dos recursos hídricos para diversos usos pode ocasionar
3. Boa parte das áreas legalmente protegidas não possuem planos de manejo e não
conflitos e impactos cumulativos
3. O Parque Municipal do Dourado, unidade de conservação e patrimônio
apresentam diretrizes específicas para o desenvolvimento de atividades turísticas
tombado, não dispõe de controle de visitação, sua infraestrutura está
4. Ausência de elementos reguladores de comunicação visual prejudicam a paisagem
central, principalmente nas áreas mais comerciais
em desuso e há riscos relacionados à presença de capivaras e casos de
5. Ausência de serviço de transporte turístico que dê acesso aos atrativos, especialmente
febre maculosa
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6.
7.
8.
9.
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13.
14.
àqueles situados fora do núcleo urbano
Avaliação das características e condições dos atrativos sob a zeladoria pública indica a
necessidade de melhorias na disponibilidade e padronização da sinalização turística
(para veículos e pedestres) e estrutura de acessibilidade
Nenhum dos atrativos da localidade possui estudo de capacidade de cargas
Ausência de articulação entre a governança privada, o que acarreta iniciativas isoladas
e dificuldade de composição de cadeias de negócios
Limitações na atuação do Comtur – Conselho Municipal de Turismo, cuja participação
recente é marcada pela dificuldade de quórum em reuniões e foco na discussão da
aplicação dos recursos do Dade – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das
Estâncias
Impactos sobre a gestão do turismo e sobre este PDTur com reformulação das
diretorias municipais, incluindo a de Turismo, em função de restrições orçamentárias
Reduzido impacto dos investimentos de recursos públicos de diferentes esferas, nos
últimos oito anos, no fomento e promoção do turismo
Dificuldades com processo de regularização e abertura de empresas e de permissão de
uso de áreas públicas afeta negativamente empreendimentos turísticos, especialmente
aqueles que se referem ao aumento e qualificação da oferta turística, como as
atividades de canoagem e caiaques, rafting, entre outros
A aplicação de recursos próprios da Prefeitura, no turismo, é concentrada na realização
de eventos, independentemente de como estes afetam o fluxo de visitantes
A atuação privada é desarticulada e pautada pela baixa representatividade no setor de
instituições como o Sindicato Rural e Associação Comercial, por exemplo
Externas
4.
5.
6.
7.
Agências de viagem comercializam apenas atrativos de outras
localidades
Lei estadual nº 1261/2015, que prevê a revisão a cada três anos da lista
de municípios sob a condição de estância turística e propõe diretrizes a
serem cumpridas pelas localidades com este título
Ocupação das áreas ainda virgens ligadas a represa por condomínios
privados, restringindo ainda mais o acesso aos esportes, lazer náutico e
ao patrimônio natural
Estágio de desenvolvimento muito atrasado em relação a outros
municípios que margeiam a represa
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Externas
15. O município não dispõe de cursos periódico e iniciativas institucionais regulares para
capacitação da mão de obra do turismo
16. Escassez de bares e restaurantes, no período da noite com funcionamento de segunda
a segunda
17. Ausência de atendimento, sinalização e cardápios em línguas estrangeiras
18. Alguns atrativos culturais, como museus, não funcionam nos finais de semana
19. Município não disponibiliza mapa ilustrativo dos atrativos locais
20. Não há lojas de souvenires ou artesanatos que operem em horário comercial de
segunda a segunda
21. Piraju não integra roteiros e circuitos turísticos locais e regionais
22. Não há sistema de apoio ao turismo náutico (acesso, plataforma, sinalização e
promoção), que tem poucos produtos formatados
23. Ausência de um centro de eventos e convenções para consolidar o turismo de negócio,
que também é prejudicado pela pouca infraestrutura disponível nos meios de
hospedagem
24. Não há ponto central estratégico em que o turista adquira os produtos turísticos
(passeios, atividades esportivas, circuitos e lembrancinhas), cuja oferta é dispersa
25. Falta divulgação com viés mercadológico, uma vez que materiais gráficos e virtuais não
têm apelo publicitário ou foco em públicos específicos
26. O município não aparece em publicações de turismo, tais como revistas especializadas
e guias de viagens
27. Os produtos e atrativos não estão formatados para venda em agências de viagens e
estão concentrados na área urbana
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Externas
28. Inexistência de políticas públicas voltadas para o melhor aproveitamento das
potencialidades náuticas do município
Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
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PARTE I – DIAGNÓSTICO GERAL
1. A HISTÓRIA DE PIRAJU
No intuito de entender o processo de desenvolvimento histórico de Piraju, foram consultadas
informações em portais oficiais e blogs, tais como:
•
•
•
•
•
•
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;
Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal – Cepam;
Blog História de Piraju;
Blog Destacando Piraju; e
Portal “Tramz”, que conta história da criação de bondes de diversas localidades, inclusive o de
Piraju.
Outros documentos utilizados para maiores detalhes acerca da história do município são:
•
•
•
Inventário elaborado pela Diretoria de Turismo;
Artigo “A importância do café na agricultura do município de Piraju, estado de São Paulo”,
apresentado no II Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, sob organização da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa; e
Trabalho do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP denominado “A geografia
histórica do bonde elétrico na cidade de Piraju/SP”, de 2012.
1.1. Histórico do município
As origens do município de Piraju remontam ao século XIX, atreladas à existência de uma estrada
utilizada como ponto de ligação entre as províncias de São Paulo e Paraná, de modo que ao passar
pela cidade, os viajantes se deparavam com a fertilidade das terras, fator que chamava a atenção dos
colonos e os motivava a tomar posse e construir moradias.
Por volta de 1859, chega à região a família Arruda, que se associou às famílias Graciano, Faustino e
Nunes, as quais já ocupavam a localidade. Com o processo de disputas por terras, a família Nunes se
mudou para a região de São Berto e Manduri. As outras duas, de modo a ordenar o território,
doaram terras à família Arruda, que iniciou a organização do patrimônio São Sebastião do Tijuco
Preto. Em 1871, foi criada a Freguesia e no ano seguinte, foi fundada a capela, ambos sob a mesma
denominação.
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Há duas versões para explicar a denominação dada ao conjunto de terras: i) por devoção ao santo da
família Arruda, que na ocupação das terras levaram uma imagem esculpida em madeira, atualmente
alocada na igreja Matriz; ii) índios que habitavam a região encontraram uma imagem de São
Sebastião do século XVII.
Em 1880, São Sebastião do Tijuco Preto tornou-se vila e, no mesmo ano, meses mais tarde, foi
elevada à condição de município. Há divergências acerca da data em que passou a ser denominado
Piraju, podendo ser 1881 ou 1906. Este termo, em guarani, significa peixe dourado (pira: peixe; yu:
dourado).
Um importante fato histórico de Piraju foi a Câmara decretar em janeiro de 1888 a abolição de seus
escravos, ou seja, quatro meses antes da Lei Áurea.
No decorrer do século XX, a produção cafeeira era o principal fator econômico do município,
impulsionando melhoramentos locais da infraestrutura, como instalação de energia elétrica, água
encanada, telefone, entre outros. Frente à procura pelo café por importantes mercados nacionais,
tornou-se necessário o desenvolvimento do modal ferroviário. Assim, produtores de Piraju e de
Fartura investiram na construção de um ramal e em 1908, foi inaugurada a Estação Sorocabana (até
então, a ferrovia terminava em Manduri).
Em 1913, o município recebeu, na época, o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt,
que estava visitando o país. Utilizando o trem da Sorocabana, estava descendo para o Sul, rumo ao
Mato Grosso, onde encontraria o General Rondon, de modo que parou em Piraju e sua presença foi
registrada.
Em agosto de 1915, o bonde municipal de Piraju foi inaugurado. Na época, percorria o centro da
cidade até o distrito de Sarutaiá e impulsionava o movimento de produtos das fazendas locais, como
café e algodão. Além disso, era um dos poucos que possibilitava a ligação entre as áreas rural e
urbana. No final da década de 40, com o advento de novas tecnologias de transportes, o bonde
começou a perder espaço para os automóveis. Na estância, funcionou até 1937.
Na década de 1970, houve tentativa de lideranças locais para a elaboração do Plano Municipal de
Turismo do município. Entretanto, fatores como falta de recursos, falta de interesse da iniciativa
privada e infraestrutura precária impossibilitaram a execução do projeto.
Tal potencialidade turística refletiu na localidade anos mais tarde, de modo que, em 2002, o
município passou a ser reconhecido como estância.
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1.2. Histórico dos principais atrativos turísticos
O Brasil se distingue no cenário turístico por suas belezas naturais e seu legado cultural. O país é
conhecido mundialmente por ter uma das maiores biodiversidades do planeta, o que o favorece na
escolha de destino que remete ao contato com a natureza e às vivencias culturais.
Piraju e suas qualidades se enquadram no contexto nacional, dotada de exuberante beleza natural e
qualidades culturais. Cidade das águas limpas, cortada pelo rio Paranapanema, se caracteriza por ser
rica em atratividade e diversas oportunidades de negócio acerca do desenvolvimento do turismo
local.
Em 2002, Piraju tornou-se Estância Turística, título restrito à apenas 70 municípios do estado, para os
quais são estabelecidos diversos critérios e exigências cumulativos, conforme disposto na Lei
Complementar nº 1.261, de 29 de abril de 2015.
A seguir, será apresentado o histórico dos principais atrativos que contribuíram para que o município
de Piraju fosse indicado como estância turística, título que se mantém na atualidade. Os atrativos
estão organizados por categorias:
•
•
•
•
•
•
Históricos;
Culturais;
Ténico – científicos;
Patrimônio imaterial;
Igrejas; e
Naturais
1.2.1. Atrativos históricos
Quadro 1.2.1-1: Atrativos históricos de Piraju
Atrativo
Antiga Estação Ferroviária
Breve histórico
•
Em 1883, os cafeicultores decidiram construir
uma estrada de ferro para o transporte de café e
algodão para a capital do estado. Para isso,
auferiu – se alvará para um ramal ligando Piraju a
cidade vizinha de Manduri. Esta construção foi
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Atrativo
Breve histórico
Figura: 1.2.1-1: Estação Ferroviária
•
•
•
Fonte: Acervo Geo Brasilis, 2015.
Hotel Piraju
•
•
Figura 1.2.1-2: Piraju Hotel
•
•
feita pelo município com a adesão dos
agricultores da região
Em 02 de setembro de 1906, chegava o primeiro
trem na cidade
Em 05 de abril de 1908, foi inaugurada
oficialmente a estação ferroviária de Piraju
projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo
Todo o complexo da Estação Ferroviária está
protegido por lei de tombamento municipal de
janeiro de 1996, além da Resolução de 12 de
27/03/2013 Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
No momento a estação passa por reformas e
restauros
Segundo Pereira (2013), em 05 de abril de 1926
foi inaugurado o Piraju Hotel, concebido através
da ideia de políticos locais, para que a cidade
tivesse um local digno de alojar autoridades que
visitassem a cidade, no apogeu da cultura cafeeira
O prédio tem dois andares, construção sóbria e
elegante, com luz direta e arejamento em todos
os apartamentos, e salão de refeições
Oferecia todos os domingos, às 19 horas, dancing
dinners, sendo considerado um dos melhores
hotéis do interior de São Paulo, de acordo com a
imprensa da época
Fonte: Wikimedia Commons, 2007.
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1.2.2. Centros técnicos culturais
Quadro 1.2.2-1: Atrativos Históricos Culturais de Piraju
Atrativo
Breve histórico
Centro Regional de Arqueologia •
Ambiental-Museu da USP
•
Figura 1.2.2-1: Centro Regional de
Arqueologia Ambiental Mario Neme
•
•
Há 30 anos o museu sedia o Centro Regional de
Arqueologia Ambiental Mario Neme
Promove exposições permanentes e outras sazonais
da região e do Brasil
Coordena, ainda, os trabalhos de escavações e
pesquisas arqueológicas do país
E mantido pela Universidade de São Paulo, em
convênio com a Prefeitura de Piraju
1.2.3. Patrimônio imaterial
Conhecer e colaborar para a sustentação do patrimônio imaterial é fundamental para manutenção
do turismo, já que cada vez mais os turistas procuram vivências que remetem à história e à cultura
da população local.
Parte da cultura imaterial é preservada de maneira oral, advinda dos mais velhos para os mais novos,
o que suscita a necessidade de que os municípios utilizem mecanismos de preservação para que o
conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes cultura se mantenha e
de fato seja transmitida a cada geração, como no caso da manifestação tradicional Moçambique, que
se perpetua até hoje na Estância Turística de Piraju.
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Quadro: 1.2.3-1: Patrimônio imaterial de Piraju
Patrimônio imaterial
Moçambique
Breve histórico
•
Figura 1.2.3-1: Mestre Zé Leal – Moçambique
•
•
•
Fonte: Inventário de Piraju, 2015.
•
Banda Municipal
•
•
A dança do Moçambique é uma festa
popular, de caráter religioso, originário da
África
Foi trazido ao Brasil pelos negros escravos
que trabalhavam nas lavouras de cana de
açucar e café
Para matar a saudade de terra natal, se
entregavam à dança do Moçambique, para
esquecer a tristeza e a dor causada pela
escravidão e pelo trabalho forçado (Duran
Junior, 2015)
Reconhecido como “expressâo máxima do
folclore pirajuense, no âmbito dos bens
imateriais”, pelo Sistema Municipal de Meio
Ambiente e Patrimônio Cultural - SISMMAP
Segundo o Inventário Turístico do município,
na década de 30,foi trazido o Moçambique
para Piraju, hoje o manifesto cultural
encontra se na terceira geração:
o Primeira geração: Mestre Zé Dito Bahia,
pai de Geraldo Bahia, que veio de
Caçapava para Piraju e dançou o
Moçambique por quase 30 anos
o Segunda geração: Mestre Geraldo Bahia,
manteve a tradição por 55 anos
ininterruptos
o Terceira geração: Mestre Zé Leal,
sobrinho do mestre Geraldo Bahia
Em meados dos anos 70, o maestro Salomão
Kahil dirigia a Banda Municipal de Piraju
Em 10 de Setembro de 1979, dois anos após
o falecimento do Maestro, Sr. Valêncio
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Patrimônio imaterial
Breve histórico
Figura 1.2.3-2: Banda Municipal de Piraju
•
Ferreira de Campos, o então prefeito Sr.
Francisco Rodrigues, diante da Lei Nº 1027,
criou, junto ao Serviço de Educação e
Cultura, a Banda Municipal de Piraju
Serviço de Educação e Cultura, a Banda
Municipal da cidade, que atua até hoje
Fonte: Inventário de Piraju, 2015.
1.2.4. Atrativos naturais
Segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT, o turismo e o meio ambiente estão intimamente
inter-relacionados. Os atrativos e as atividades relacionadas à natureza propiciam oportunidades
para o turismo como:
•
•
De praia seja fluvial ou marítimo, incluindo esportes aquáticos; e
De natureza.
Neste sentido, Piraju se destaca por diversos motivos, sobretudo pela presença do rio Paranapanema
em seus 90,6 km cortando o município e constituindo por si relevante atrativo possibilitando diversas
atividades turísticas.
Além do rio Paranapanema, a Estância também oferece cachoeiras e parques naturais como
relacionado no Quadro 1.2.4-1.
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Quadro 1.2.4-1: Atrativos naturais de Piraju
Atrativo
Parque Natural Municipal do Dourado
Breve histórico
•
Figura 1.2.4.-1: Parque Municipal do
Dourado
•
•
•
•
Criado pela Lei Municipal nº 2634, de 05 de
junho de 2002, como Unidade de Conservação
de proteção integral de posse e domínio
públicos
Local de grande beleza natural, situado às
margens dos últimos 8 km do trecho natural do
rio Paranapanema
Frequentado para pesca esportiva, observação
de aves, acampamento e passeios
Possui quiosques com churrasqueiras e parque
infantil
Dispõe de escola de educação ambiental, viveiro
de plantas e sementes
Floresta Piraju
•
Figura 1.2.4-2: Floresta de Piraju
•
•
Floresta Estadual de Piraju, criada em 09/03/45
pelo Decreto 14.594. Sua área é de 680 ha e
localiza-se no município de Piraju, acesso pela
Rod. Geraldo Martins de Souza (Piraju-Manduri).
O órgãoreponsável por sua manutenção é o
Instituto Florestal - IF
Constituída por lagos e grande mata nativa que
refugia diversas espécies de pássaros e animais
No momento, o local permanece fechado para
visitação, mas é um excelente lugar para pesca e
observação de aves
Escada para Peixes
•
Segundo Viana, 2011, em 1971, a Companhia
Luz e Força Santa Cruz, construiu a primeira
escada para peixes ao lado da ponte Nelson
Godoy de Ferreira
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Atrativo
Breve histórico
•
Está localizada junto à represa Santa Cruz, no
perímetro urbano da cidade, oferecendo, na
época da piracema, um belíssimo espetáculo
visual com a subida dos peixes à jusante da
barragem
•
O rio Paranapanema tem 929 km de extensão,
sendo 90,6 km cortando o município da Estância
de Piraju
O rio de águas limpas, banhando a região
sudeste do Estado de São Paulo, é rico em
peixes, ainda que sua fauna tenha sido
comprometida pelas barragens de hidrelétricas
construídas em vários pontos de seu leito
Nasce na serra de Paranapiacaba (região Sul do
Estado) e segue na direção oeste, até
desembocar no rio Paraná, em Porto São José,
na divisa de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do
Sul
É navegável em mais de 80 km
Além das 10 usinas hidrelétricas, o rio abriga em
seu leito sítios arqueológicos indígenas com até
8 mil anos, ruínas de missões jesuitas do século
XVIII, além de áreas de preservação ambiental e
relíquias da arquitetura histórica
É considerado o único rio de grande porte não
poluído do Estado de São Paulo
Em Piraju, existe o maior trecho natural do rio
Figura 1.2.4-3: Escada de peixes
Rio Paranapanema
Figura 1.2.4-4: Rio Paranapanema
•
•
•
•
•
•
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Atrativo
Breve histórico
Paranapanema, cerca de 8 km, tombado em
2002 e localizado entre a foz do ribeirão Hungria
e a do ribeirão das Araras
Hidrelétrica Piraju
•
Figura 1.2.4-5: Usina de Piraju
•
•
Situada dentro da cidade, vis-à-vis a Praça
Benedito Silveira Camargo "Brasilinha” foi
construída em 1932
Abastece Piraju e diversas cidades da região
Após a construção dahidroéletrica alguns
trechos tornaram-se navegáveis, o que permite
a prática de atividades e esportes náuticos
1.2.5. Igrejas
Quadro 1.2.5-1: Atrativos religiosos
Atrativo
Igreja Matriz de São Sebastião
Breve histórico
•
Segundo a rádio local, a igreja Matriz São
Sebastião foi construída a partir de doações de
duas das principais famílias de Piraju, Arruda,
Gracianos a Faustinos em 1872
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Atrativo
Breve histórico
Figura 1.2.5-1: Igreja Matriz
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2. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
2.1. Síntese temática
A análise dos aspectos socioeconômicos do município de Piraju será realizada a partir da
apresentação das suas características demográficas e econômicas. Para as primeiras, foram avaliados
indicadores como população e projeção, taxa de urbanização e de migração e número de domicílios,
enquanto que, para a dimensão da economia municipal, foram consideradas informações do produto
gerado, ocupações formais por setores e advindas do turismo, rendimento médio, entre outras.
Como parâmetro de comparação das transformações da estância, foram avaliadas também as
alterações da Região de Governo de Itapeva e do estado de São Paulo.
De modo sintético, os resultados obtidos são:
Demografia:
•
•
•
•
•
Evolução média da população de Piraju abaixo da apresentada pela Região de Governo de
Itapeva e pelo estado de São Paulo, entre 2004 e 2014, com projeção de queda no número de
moradores do município para os próximos quinze anos;
Aumento da proporção municipal de residentes na área urbana, entre 2004 e 2014;
Transformações na composição etária da população da estância, com diminuição daqueles com
idade entre 0 e 29 anos e aumento dos moradores acima de 60 anos, nos últimos dez anos;
Proporção de entrada de moradores na cidade inferior à evasão de pessoas, com taxas de
migração de Piraju negativas em 2000 e 2010; e
Crescimento dos domicílios localizados na porção rural do município não ocupados e de uso
ocacional.
Economia:
•
•
•
•
Evolução média do Produto Interno Bruto – PIB abaixo da variação apresentada pela Região e
pelo estado de São Paulo, entre 2002 e 2012;
Perda de participação dos setores da agropecuária e da indústria no valor adicionado total do
município e ganho da proporção do setor de serviços, no mesmo período;
Reflexos da produção de café nos empregos formais da agropecuária: correspondeu a 36,7% do
total de ocupações deste setor em 2013, com potencial para exploração turística; e
Registro de postos de trabalho formais de atividades características e associadas ao turismo,
assim como de microempreendedores individuais.
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2.2. Demografia
A evolução populacional do município de Piraju, avaliada a partir da taxa geométrica de crescimento
anual – TGCA, aponta um crescimento médio de 0,06% nos últimos dez anos, passando de 28.364
moradores, em 2004, para 28.547, em 2014. Tal evolução é inferior à apresentada pela Região de
Governo de Itapeva e pelo estado de São Paulo, no mesmo período, como apresentado na Tabela
2.2-1.
Tabela 2.2-1: População do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São Paulo
(ESP), entre 2004 e 2014, por biênio, e o crescimento médio (%), no período
Período
Piraju
R.G. de Itapeva
ESP
2004
28.364
333.178
38.770.813
2006
28.490
333.701
39.620.277
2008
28.520
332.476
40.419.786
2010
28.470
330.565
41.223.683
2012
28.508
331.402
41.939.997
2014
28.547
520.453
42.673.386
Variação Média TGCA (2004-2014)
0,06%
5,64%
0,96%
Fonte: Fundação Seade, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Para os próximos 15 anos, segundo projeção populacional da Fundação Seade, o número de
moradores de Piraju poderá apresentar um pequeno crescimento médio de 0,03% entre 2015 e
2020. Já nos períodos entre 2020-2025 e 2025-2030, haverá queda do número de habitantes,
diferente do fenômeno esperado para a Região e para o estado, que possivelmente ainda terão
evolução nos dois últimos intervalos. (Figura 2.2-1)
A Tabela 2.2-2 apresenta as estatísticas da instituição para as três localidades analisadas.
Tabela 2.2-2: Projeção populacional do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado
de São Paulo (ESP), entre 20015 e 2019 e para os anos de 2020, 2025 e 2030
Período
Piraju
R.G. de Itapeva
ESP
2015
28.566
522.078
43.046.555
2016
28.568
524.130
43.359.005
2017
28.569
526.200
43.674.533
2018
28.571
528.288
43.993.159
2019
28.572
530.399
44.314.930
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Período
Piraju
R.G. de Itapeva
ESP
2020
28.574
532.523
44.639.899
2025
28.462
543.218
45.925.092
2030
28.270
552.293
46.825.450
Figura 2.2-1: Evolução populacional de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São Paulo
(ESP) para os próximos 15 anos
A taxa de residentes na área urbana do município, com crescimento de 3,5 pontos percentuais,
chegou a 90,9% em 2014, acima do nível de urbanização apresentado pela Região de Governo e
abaixo do estadual. (Figura 2.2-2)
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Figura 2.2-2: Taxa de urbanização do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de
São Paulo (ESP), entre 2004 e 2014, por biênio
A composição etária da população de Piraju, apresentada na Tabela 2.2-3, mostra que houve queda
dos moradores de 0 a 29 anos (faixa localizada na base da pirâmide, conforme estudos do IBGE) e
crescimento daqueles acima de 60 anos (localizados no topo da pirâmide). Segundo o instituto, este
processo é observado em todo o país. Até 2050, o Brasil passará por transformações demográficas
que envolvem fatores como o envelhecimento populacional combinado com baixas taxas de
natalidade, tendência também observada no município.
Tabela 2.2-3: Proporção etária populacional do município de Piraju, entre 2004 e 2014, por biênio
Faixa etária
2004
2006
2008
2010
2012
2014
0 a 9 anos
15,11%
14,42%
13,73%
13,07%
12,67%
12,29%
10 a 19 anos
18,15%
17,56%
16,96%
16,37%
15,79%
15,20%
20 a 29 anos
15,61%
15,63%
15,63%
15,61%
15,67%
15,73%
30 a 39 anos
14,48%
14,31%
14,14%
13,94%
14,05%
14,15%
40 a 49 anos
13,45%
13,69%
13,92%
14,15%
13,80%
13,45%
50 a 59 anos
10,14%
10,77%
11,42%
12,10%
12,47%
12,86%
60 a 69 anos
7,39%
7,55%
7,71%
7,86%
8,44%
9,04%
70 a 74 anos
2,53%
2,65%
2,78%
2,92%
2,90%
2,88%
75 anos ou mais
3,15%
3,42%
3,69%
3,99%
4,20%
4,40%
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O município de Piraju tem apresentado desaceleração da dinâmica do deslocamento populacional. A
relação entre o saldo migratório e a população, apontou nos anos de 2000 e 2010, uma proporção de
entrada de moradores inferior à saída de pessoas, fenômeno observado também na Região de
Governo de Itapeva. Segundo estudo da Fundação Seade de 2011, em grande parte do estado se
observa uma redução da contribuição da migração no crescimento demográfico. (Figura 2.2-3)
Figura 2.2-3: Taxa de migração do município de Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São
Paulo, em 2000 e 2010
A razão de homens e mulheres, ilustrada a nível municipal, regional e estadual pela Figura 2.2-4,
mostra uma diminuição da relação quantitativa entre os sexos nas três localidades analisadas. Além
disso, Piraju se aproximou do indicador de São Paulo, enquanto que a Região de Governo de Itapeva
esteve cerca de 06 pontos percentuais acima.
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Figura 2.2-4: Relação de homens para cada 100 mulheres – Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo, entre 2004 e 2014, por biênio
Quanto aos aspectos habitacionais de Piraju, o total de domicílios do município teve crescimento de
15% entre 2000 e 2010. Aqueles localizados na área rural e utilizados ocasionalmente mostraram
evolução de 63,45%, podendo indicar que há demanda por turismo de veraneio, visto que, segundo o
Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, as propriedades rurais do município
pertencem a moradores da zona urbana e alguns moram em outras localidades. Além disso, em
2010, correspondiam a aproximadamente 50% do total de imóveis desta espécie.
Tabela 2.2-4: Domicílios do município de Piraju, em 2000 e 2010, por espécie e situação, e variação
(%)
Espécie
Coletivo
Particular - não ocupado
(fechado)
Situação
2000
2010
Variação (%)
Urbana
8
10
25,00%
Rural
2
12
500,00%
Total
10
22
120,00%
Urbana
4
0
-100,00%
Rural
0
0
-
Total
4
0
-100,00%
238
319
34,03%
197
322
63,45%
Particular - não ocupado (uso Urbana
ocasional)
Rural
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Espécie
Particular - não ocupado
(vago)
Particular - ocupado
Total
Situação
2000
2010
Variação (%)
Total
435
641
47,36%
Urbana
821
835
1,71%
Rural
504
464
-7,94%
Total
1325
1299
-1,96%
Urbana
7101
8427
18,67%
Rural
916
871
-4,91%
Total
8017
9298
15,98%
Urbana
8.172
9.591
17,36%
Rural
1.619
1.669
3,09%
Total
9.791
11.260
15,00%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
2.3. Economia
A dinamização da economia do município de Piraju pode ser avaliada a partir da evolução do seu
Produto Interno Bruto – PIB. Conforme a Tabela 2.3-1, entre 2002 e 2012, a estância apresentou um
crescimento médio de 9,18% de seu produto, abaixo da variação média apresentada pela Região de
Governo de Itapeva (9,80%) e pelo estado de São Paulo (10,70%), no mesmo período.
Há que se considerar que as atividades turísticas têm sido importantes propulsoras do PIB brasileiro.
Neste sentido, localidades como Piraju podem aproveitar o seu potencial turístico no sentido de se
desenvolver economicamente.
Tabela 2.3-1: Produto Interno Bruto (em milhões de reais) de Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo (ESP), entre 2002 e 2012, por biênio, e o crescimento médio (%), no período
Localidades
Piraju
R.G de Itapeva
ESP
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Variação
Média
199,47
226,1
276,5
300,63
406,35
475,77
9,18%
1.933,15
2.390,62
2.668,05
3.564,21
4.225,83
4.888,66
511.735,92 643.487,49 802.654,61 1.003.015,19 1.247.595,93 1.408.903,87
9,80%
10,70%
Entre os setores econômicos, as atividades de serviços registraram aumento da participação em
relação ao valor adicionado total de Piraju, entre 2002 e 2012. Em contrapartida, os setores da
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| 37
agropecuária e da indústria apresentaram queda de sua proporção, processo observado também na
Região de Governo de Itapeva e no estado de São Paulo, no mesmo período.
Em termos de crescimento absoluto, o setor de serviços do município apresentou a maior variação,
no mesmo período (158,86%), assim como a Região (182,30%) e o estado de São Paulo (193,23%). A
Tabela 2.3-2 traz os resultados.
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| 38
Tabela 2.3-2: Valor adicionado por setores econômicos apresentados por Piraju, Região de Governo de Itapeva e estado de São Paulo (ESP), entre 2002 e
2012, por biênio, e o crescimento absoluto (%), no período
2002
Localidades
2004
2006
2008
2010
2012
Part.
(%)
Variação
Absoluta
(%)
36,02
8,15%
106,54%
90,55
20,49%
92,58%
Setores
Em milhões
(R$)
Piraju
Agropecuária
Piraju
Indústria
Piraju
Serviços
Piraju
Total
R.G de Itapeva
Agropecuária
386,03
21,61%
453,62
20,60%
416,02
16,96%
R.G de Itapeva
Indústria
328,86
18,41%
410,73
18,66%
406,33
16,57%
R.G de Itapeva
Serviços
1.071,12
59,97%
1.337,23
60,74%
1.630,25
66,47%
2.094,83
64,15%
2.432,23
62,17%
3.023,80
67,03%
182,30%
R.G de Itapeva
Total
1.786,01
100,00%
2.201,58
100,00%
2.452,60
100,00%
3.265,48
100,00%
3.912,47
100,00%
4.511,10
100,00%
152,58%
ESP
Agropecuária
11.413,12
2,66%
11.705,60
2,18%
14.561,10
2,16%
11.972,40
1,45%
19.398,38
1,87%
21.841,82
1,89%
91,37%
ESP
Indústria
129.656,19
30,21%
181.998
33,83%
203.306,27
30,14%
244.023,21
29,52%
301.453,34
29,08%
288.624,35
24,99%
122,61%
ESP
Serviços
288.070,59
67,13%
344.226,04
63,99%
456.765,82
67,71%
570.583,91
69,03%
715.846,26
69,05%
844.706,94
73,12%
193,23%
ESP
Total
429.139,91
100,00%
537.929,64
100,00%
674.633,20
100,00% 826.579,52 100,00% 1.036.697,98 100,00% 1.155.173,11 100,00%
169,18%
Part.
(%)
Em milhões
(R$)
Part.
(%)
Em milhões
(R$)
17,44
9,36%
47,02
25,24%
121,84
65,40%
186,3
100,00%
Part.
(%)
Em milhões
(R$)
17,66
8,43%
45,99
21,94%
145,92
69,62%
209,58
100,00%
Part.
(%)
Em milhões
(R$)
21,11
8,21%
55,13
21,44%
180,95
70,36%
257,19
100,00%
Part.
(%)
Em milhões
(R$)
13,68
4,90%
57,43
20,55%
24,49
6,49%
90,14
23,87%
208,35
74,55%
279,46
100,00%
262,98
69,65%
315,39
71,36%
158,86%
377,6
100,00%
441,96
100,00%
137,23%
656,47
514,18
20,10%
860,54
21,99%
831,78
18,44%
115,47%
15,75%
619,7
15,84%
655,53
14,53%
99,33%
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| 39
Vale destacar que os bancos de dados oficiais que disponibilizam o valor adicionado por setores não
informam o dado correspondente às atividades turísticas.
Quanto aos empregos formais registrados pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, com
variação média de 4,81% entre 2003 e 2013, o total dos postos de trabalho do município passou de
3.970 no primeiro ano para 6.318, no segundo. Entre os setores econômicos, a construção civil,
embora corresponda à menor proporção das ocupações (cerca de 3% em 2013), apresentou o maior
crescimento médio no período analisado (18,26%). A Tabela 2.3-3 mostra os resultados.
Tabela 2.3-3: Empregos formais registrados pelo município de Piraju, entre 2003 e 2013
Setores
2003
2005
2007
2009
2011
2013
Var. Média (%)
Indústria
703
675
766
958
1.214
1.178
5,66%
Construção Civil
60
58
114
139
139
164
18,26%
Comércio
988
1.079
1.153
1.285
1.565
1.680
5,55%
Serviços
1.552
1.770
2.023
2.236
2.376
2.640
5,58%
667
677
753
683
680
656
0,00%
3.970
4.259
4.809
5.301
5.974
6.318
4,81%
Agropecuária
Total
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/ Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, 2015. Elaboração: Geo
Brasilis, 2015.
O cultivo de café em Piraju, atividade agrícola de maior destaque municipal, em 2013, correspondeu
a 36,7% dos empregos formais do setor agropecuário (241 postos de trabalho). No mesmo ano, com
colheita em 3.500 hectares, a produção cafeeira chegou a 3.780 toneladas, o que representa um
crescimento médio de 38,95% no período entre 2003 e 2013. (Tabela 2.3-4)
Tabela 2.3-4: Área colhida (em hectares), produção (em toneladas) e valor da produção (em mil
reais) de café do município de Piraju, entre 2003 e 2013, por biênio, e o crescimento médio (%)
Período
Valor da produção
(em R$ mil)
Área colhida (ha)
Produção (t)
2003
3.300
2.640
6.560
2005
3.330
3.996
15.984
2007
1.043
625
1.844
2009
1.091
886
3.810
2011
3.500
4.165
15.411
2013
3.500
3.780
17.010
16,01%
38,95%
41,17%
Variação Média (%)
Fonte: Produção Agrícola Municipal – IBGE, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
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Vale destacar a existência da Associação de Produtores de Café Descascado Piraju e Região, sediada
no próprio município. Segundo informações da instituição, a produção cafeeira da estância é vendida
para locais que realizam o processo de torrefação e agregação de valor ao produto, como por
exemplo a Bourbon Specialty Coffees, empresa localizada em Minas Gerais, que conta com uma
equipe de provadores dos lotes de café advindos de diversos locais do país.
Assim, é possível associar o potencial de desenvolvimento do turismo rural de Piraju à produção
cafeeira local e regional, através de atividades como roteiros para visitação às propriedades e
conhecimento das técnicas de produção, bem como a possibilidade de oferecer ao turista um café
colonial, por exemplo. Tais roteiros poderiam envolver municípios circunvizinhos, tais como Timburi,
Sarutaiá e Tejupá.
Quando avaliada a relação entre o desenvolvimento turístico do município e a potencial geração de
empregos, é possível utilizar duas classificações:
•
•
Atividades características do turismo – ACT ´s: estão voltadas essencialmente ao atendimento
das demandas de turistas e visitantes a uma dada localidade; e
Atividades associadas ao turismo – AAT´s: podem atender tanto visitantes e turistas como
moradores do município.
As ocupações formais e os estabelecimentos atrelados a estas duas ramificações do turismo,
apresentados na Tabela 2.3-5, mostram que os estabelecimentos de hospedagem e alimentação
apresentam o maior registro de postos de trabalho. Em termos de participação, percebe-se que
houve queda da proporção das atividades características e associadas ao turismo em relação aos
empregos do setor de serviços e ao total das colocações.
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| 41
Tabela 2.3-5: Empregos formais das atividades características (ACT´s) e associadas (AAT´s) ao turismo
do município de Piraju, entre 2007 e 2013
2007
Atividades
2009
2011
2013
Empr.
Estab.
Empr.
Estab.
Empr.
Estab.
Empr.
Estab.
26
5
19
4
21
1
21
1
0
0
0
0
1
1
0
0
Hotéis e Similares
54
7
65
8
50
7
49
7
Agências de Viagens
Serviços de Reservas e Outros Serviços
de Turismo não Especificados
4
1
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
1
1
0
1
Total
Restaurantes
e
outros
estabelecimentos de alimentação e
bebidas
84
13
85
13
74
11
71
10
109
35
140
42
134
39
166
52
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
0
0
0
0
0
0
110
36
140
42
135
40
167
53
194
49
225
55
209
51
238
63
Transporte Rodoviário Coletivo de
Passageiros, com Itinerário Fixo,
Intermunicipal,
Interestadual
e
Internacional
Transporte Rodoviário Coletivo de
Sob
Regime
de
ACT Passageiros,
Fretamento, e Outros Transportes
Rodoviários não Especificados
AAT Serviços ambulantes de alimentação
Atividades de organização de eventos
(exceto culturais e esportivos)
Total
Total (AAT + ACT)
Part. das duas atividades em relação ao total
dos empregos do setor de serviços
Part. das duas atividades em relação ao total
dos empregos formais
9,59%
10,06%
8,80%
9,02%
4,00%
4,20%
3,50%
3,80%
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, 2015. Elaboração: Geo
Brasilis, 2015.
Além dos empregos formais, há também atividades atreladas ao turismo desenvolvidas por
microempreendedores individuais – MEI. Vale destacar que não foram identificados registros de
guias e monitores tanto em termos de geração de postos de trabalho como empreendedores. O
município oferece aos turistas serviços de táxi, informação constatada pela equipe técnica da Geo
Brasilis em trabalho de campo realizado em setembro de 2015 (Figuras 2.3-1 e 2.3-2). Esta e outras
atividades locais são apresentadas na Tabela 2.3-6.
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| 42
Tabela 2.3-6: Microempreendedores individuais de Piraju atrelados a atividades turísticas
Atividades - Microempreendedor Individual
33
Serviço de táxi
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, intermunicipal,
1
interestadual e internacional
7
Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal
Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal,
4
interestadual e internacional
6
Restaurantes e similares
Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas
26
Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares
13
Serviços ambulantes de alimentação
67
Agências de viagens
2
Operadores turísticos
1
Serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados
2
Total
162
Fonte: Portal do Microempreendedor Individual, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Figura 2.3-1: Ponto de táxi disponível na Rodoviária Municipal
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Figura 2.3-2: Pontos de táxi disponíveis nas Praças da Matriz e Ataliba Leonel
De modo a complementar as informações, o sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que
atuam no setor do turismo, do Ministério do Turismo, denominado Cadastur, apontou o registro das
agências de viagens Valintur e Aline Pansanato Viagens e Turismo. Como meio de hospedagem, o
portal indica o Hotel Internacional de Piraju.
Segundo o inventário de Piraju, em elaboração pelo Departamento Municipal de Turismo, há outros
locais para hospedagem:
•
•
•
•
•
•
Hotel Beira Rio;
Hotel Furlan;
Hotel Pousada Farol do Lago;
Pousada das Cachoeiras;
Pousada Campos Verdes; e
Pousada Monte Alegre
Maiores detalhes serão apresentados no Capítulo 08, sobre a oferta e serviços turísticos.
O rendimento médio dos setores econômicos, como apresentado na Tabela 2.3-7, mostra que o
município de Piraju, de modo geral, tem oferecido renda dos trabalhadores formais superior à da
Região de Governo de Itapeva, embora abaixo da estadual, entre 2003 e 2013. Neste último ano, o
setor de serviços revelou o maior rendimento municipal (R$ 1.510,64).
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Tabela 2.3-7: Rendimento médio dos setores econômicos – Piraju, Região de Governo de Itapeva e
estado de São Paulo, entre 2003 e 2013, por biênio, e a variação média (%), no período
Setores
Indústria
Construção
Civil
Comércio
Serviços
Localidades
2003
2005
2007
2009
2011
2013
Var. (%)
Piraju
867,13
1.101,46
1.274,96
1.269,03
1.279,66
1.464,56
5,58%
R.G. de Itapeva
727,59
915,40
1.154,39
1.306,94
1.503,09
1.672,90
8,84%
ESP
1.283,80
1.494,97
1.674,30
1.911,57
2.254,44
2.640,94
7,49%
Piraju
1.005,54
495,76
585,05
858,33
939,18
1.138,59
7,19%
R.G. de Itapeva
544,19
715,49
872,67
920,84
1.159,69
1.418,02
10,74%
ESP
886,53
1.069,29
1.153,63
1.415,44
1.722,79
2.029,15
8,70%
Piraju
466,84
562,12
648,80
783,02
937,71
1.142,75
9,41%
R.G. de Itapeva
491,55
566,93
677,41
829,90
947,29
1.132,64
8,76%
ESP
766,40
898,55
1.022,98
1.207,04
1.456,60
1.745,69
8,59%
Piraju
672,46
740,41
902,17
1.084,65
1.270,85
1.510,64
8,59%
R.G. de Itapeva
622,05
744,04
894,46
1.040,95
1.234,63
1.503,77
9,25%
1.238,01
1.416,23
1.568,59
1.830,19
2.136,90
2.495,38
7,27%
Piraju
335,47
417,12
499,13
634,32
802,41
1.135,48
13,04%
R.G. de Itapeva
344,88
428,44
544,94
695,46
834,62
1.049,51
11,88%
ESP
Rendimento
Piraju
Médio
de
R.G. de Itapeva
todos
os
ESP
setores
497,17
610,16
753,91
903,09
1.110,16
1.414,49
11,04%
604,18
697,74
830,18
980,90
1.124,33
1.355,61
8,46%
562,27
674,02
808,11
941,68
1.105,72
1.335,54
9,04%
1.126,74
1.298,21
1.447,99
1.680,62
1.980,58
2.328,23
7,53%
ESP
Agropecuária
Brasilis, 2015.
Quando avaliado o rendimento médio das atividades características e associadas ao turismo, estas
classes, de modo geral, estiveram abaixo da renda apresentada pelas ocupações formais do setor de
serviços. (Tabela 2.3-8)
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Tabela 2.3-8: Rendimento médio dos setores econômicos de Piraju, entre 2007 e 2013, por biênio
Atividades
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário
fixo, intermunicipal, interestadual e internacional
ACT
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de
fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados
Hotéis e similares
Agências de viagens
Serviços de reservas e outros serviços de turismo não
especificados
Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de
alimentação e bebidas
AAT Serviços ambulantes de alimentação
Atividades de organização de eventos, exceto culturais e
esportivos
Serviços
2007
2009
2011
2013
707,42
869,40
899,09
1.306,03
0,00
0,00
1.200,00
0,00
539,43
633,66
713,53
903,65
1.052,60
600,00
750,00
938,81
0,00
0,00
1.000,23
0,00
483,64
583,71
750,22
923,06
0,00
0,00
636,90
850,00
410,00
0,00
0,00
0,00
902,17
1.084,65 1.270,85
1.510,64
Brasilis, 2015.
Por fim, a arrecadação municipal com atividades turísticas, representada pelo grupo 13 do Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, foi de R$ 32.588,13, entre setembro de 2014 e agosto
de 2015. Desse valor, 98,06% correspondiam aos hotéis e 1,94% às agências de viagem. Em conjunto,
significam participação de 1,62% em relação ao total arrecadado com esse imposto por Piraju.
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3. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS
A análise de aspectos socioambientais relacionados ao turismo visa:
•
•
•
Estabelecer os principais fatores limitantes ou condicionantes da atividade turística em Piraju,
notadamente aqueles relacionados a áreas protegidas;
Definir pontos de atenção por parte da gestão municipal e empreendedores quanto a
fragilidades ambientais; e
Identificar potenciais turísticos a partir do patrimônio natural existentes.
Assim, serão analisados de maneira sucinta os seguintes aspectos:
•
•
•
•
Geologia, geomorfologia e pedologia;
Vegetação;
Recursos hídricos; e
Áreas especialmente protegidas.
•
•
•
•
•
•
•
•
As características do solo demonstram fragilidade média a processos erosvisos e, devido à
presença de rochas, a ocorrência destes são de grande impacto;
Relevo propicia a formação de recursos naturais com potenciais turisticos (vales, cachoeiras, rios,
corregos, etc);
A vegetação é um dos recursos mais importantes para o turismo, compondo a paisagem natural
e protegendo diversos atrativos turisticos;
As matas ciliares do município encontram-se, de forma geral, bem conservadas e em condições
suficientes para proteger os corpos d’água, assegurando sua utilização com fins turisticos
A continuidade da manutenção e recuperação da mata ciliar deverá ser priorizada, visto os riscos
iminentes de erosão;
Os recursos hídricos superficiais encontram-se, de forma geral, com boa qualidade e com
diversos usos (mineração, lazer, esporte, turismo, abastecimento, geração de energia, etc), que
podem ocasionar em conflitos e impactos cumulativos;
Existem quatro reservatórios de usinas hidrelétricas no território municipal, duas da categoria fio
d’água e duas da categoria “acumulação”, pertecentes à Votorantim Energy e Duke Energye
respectivamente;
A Duke Energy se mostrou receptiva para o uso dos reservatórios nas atividades turísticas, desde
que regularizadas e em conformidade com as leis e procedimentos internos, para os quais existe
programa e material informativo;
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•
•
•
•
Durante o período chuvoso tem-se uma grande quantidade de resíduos sólidos urbanos
flutuando na lamina d’água, ocasionado pela deficiência no manejo dos resíduos, incluindo dos
gerados em atividades nas margens, o que deve ser considerado pelos seus organizadoes e
participantes;
O Parque Natural Municipal do Dourado é um patrimonio tombado em legislação municipal e
unidade de conservação, que encontra-se aberto ao público e sem controle da visitação, com
infraestrutura em desuso e riscos relacionados com as capivaras e a febre maculosa;
Boa parte das áreas legalmente protegidas não possuem planos de manejo, apenas conselhos
gestores que atuam como órgãos consultivos nas novas instalações. Assim, não apresentam
diretrizes específicas para o desenvolvimento de atividades turisticas; e
As APPs - Áreas de Preservação Permanente estão bom estado, com trabalhos, ações, programas
e planos de instituições publicas e privadas para recuperação, conservação e proteção destes.
3.2. Geologia, pedologia e geomorfologia
Piraju encontra-se sobre a formação geológica Serra Geral da Bacia do Paraná, constituída por rochas
sedimentares e vulcânicas do período Cretáceo, com potencial ocorrência de erosão associada a
presença de Argissolos nas áreas próximas aos cursos d’água e Latossolos nos relevos acentuados.
Com base nas informações georreferenciadas e disponibilizadas no sistema DATAGEO, da Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Figura 3.2-1 demonstra a composição do solo no
município de Piraju.
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Figura 3.2-1: Pedologia do Município de Piraju/SP
Fonte: Instituto Agronômico de Campinas – IAC, 2002; DATAGEO, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Além das características geológicas e pedológicas descritas acima, a geomorfologia se demonstra
bastante relevante para o estudo, tratando do relevo terrestre atual e as estruturas naturais
(cachoeiras, rios, lagos, riachos, córregos, etc.), bem como dos riscos de erosão e movimentação de
solo que comprometem as condições dos recursos hídricos e dos atrativos turísticos e segurança nas
ocupações e usos do solo.
O relevo de Piraju possui altitudes que variam entre 932m (próximo à Serra da Fartura) e 422m (foz
do Ribeirão Palmital, divisa com Timburi), e suas unidades geomorfológicas são: a Depressão
Paranapanema e o Planalto Centro Ocidental (Figura 3.2-2).
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Figura 3.2-2: Geomorfologia do Município de Piraju/SP
Fonte: USP, IPT e FAPESP, 1997; DATAGEO, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
A Depressão Paranapanema, predominante do território, apresenta ocorrência de cachoeiras, rios,
córregos, corredeiras e outros recursos naturais com potencial turístico, bem como a suscetibilidade
a atividades erosivas.
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Figura 3.2-3: Cuestas de Piraju
O Planalto Centro Ocidental compõe colinas amplas e baixas com topos convexos, menos propício a
apresentar potencial turístico.
3.3. Vegetação
A vegetação é um recurso relevante no que diz respeito à paisagem natural, bem como a
conservação e proteção dos recursos hídricos. As características e condições da vegetação
influenciam diretamente na ocorrência de processos erosivos, na retenção de contaminantes, na
melhora da qualidade do ar e das condições climáticas, na permeabilidade das águas pluviais no solo,
entre outros.
Piraju possui aproximadamente 50.640 hectares de área e, de acordo com o Inventário Florestal
(SMA, 2009), 13,6% (6.858 ha) desse total encontra-se com cobertura vegetal, percentual
considerado inferior em relação à média do Estado de São Paulo (17,5%).
Apesar disso, o município vem apresentado melhoras neste aspecto – segundo do Inventário
Florestal de 2005, somente 10% de seu território municipal havia vegetação – o que pode ter relação
com:
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| 51
•
•
•
•
Recuperação e proteção das matas ciliares;
Programa Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável;
Planos de microbacias;
Programas de educação ambiental e conscientização rural, entre outras politicas públicas e
privadas realizadas pela Duke Energy e Votorantim Energa, empresas concessionárias dos
reservatórios inseridos no município e que realizam trabalhos socioambientais.
Vale destacar que, dos fragmentos remanescentes, a maior parte se refere às matas ciliares e em
áreas com declividades acentuadas, fatores positivos no que diz respeito à proteção dos recursos
hídricos e na redução de riscos geológicos.
A Figura 3.3-1 demonstra a distribuição da vegetação no município de Piraju por tipo de categoria
(fitofisionomia).
Figura 3.3-1: Cobertura vegetal no município de Piraju
Fonte: Instituto Florestal, 2009; DATAGEO, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Tratando-se da paisagem no município, a vegetação demonstra papel importante para o turismo,
visto que boas partes dos atrativos estão relacionadas aos cursos d’água, cachoeiras, áreas para
banhistas, observatório de aves e demais atividades que contemplam vistas naturais e oferecem
oportunidade de aproximação com a natureza. Inserido no domínio do bioma Mata Atlântica e
parcialmente do Cerrado, os remanescentes arbóreos são classificados como Floresta Estacional
Semidecidual (Inventário Florestal - SMA, 2009).
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Figura 3.3-2: Arborização no município de Piraju/SP
A Floresta Estacional Semidecidual, em geral, ocupa ambientes que transitam entre a zona úmida e o
ambiente semiárido, possui indivíduos arbóreos com porte em torno de 20 metros e que apresentam
perda de folhas no período seco (entre 20 e 50% das folhas). Esta aparência seca sazonal pode
interferir na apreciação da paisagem e exigir constante limpeza nas áreas públicas.
3.4. Recursos hídricos
Situado no extremo oeste da Bacia Hidrográfica do Alto do Paranapanema (UGRHI 14 – CBH ALPA),
Piraju possui uma ampla rede de drenagem natural proporcionada pelas condições climáticas,
características do relevo e tem como principal curso d’água o rio Paranapanema.
O rio Paranapanema é amplamente reconhecido pela sua importância socioambiental e é objeto de
programas, planos, ações e leis que visam o melhor aproveitamento deste curso d’água e sua
conservação.
No âmbito municipal, o rio é objeto diversas atividades com potenciais turísticos, de lazer, esporte,
culturais, religiosas e educacionais, bem como de atividades de relevância socioeconômica como as
minerárias, de abastecimento e geração de energia.
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Figura 3.4-1: Rio Paranapanema
Atualmente, o trecho do rio Paranapanema inserido no município possui quatro reservatórios de
usinas hidrelétricas, sendo duas da categoria fio d’água (UHE Paranapanema e UHE Piraju, da
Votorantim Energia) e duas da categoria “acumulação” (UHE Jurumirim e UHE Chavantes, da Duke
Energy), que apresentam grandes oscilações nas cotas inundadas e aumentam a ocorrência de
processos erosivos.
A variabilidade sazonal dos níveis dos reservatórios impõe certas limitações no uso e ocupação de
suas margens, sendo requerida autorização da concessionária, além da tramitação ambiental
definida por lei.
De acordo com o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – 2014, o município é abastecido
predominantemente por captações superficiais, devido à abundância deste recurso e à boa
qualidade. Na margem esquerda do rio Paranapanema, especificamente a montante da UHE
Paranapanema (ponte de Piraju), foi identificado um ponto de captação para abastecimento público
da Sabesp. Além disso, ainda na mesma margem do rio e a jusante do centro urbano, existem dois
pontos de emissão de efluentes domésticos.
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Figura 3.4-2: Captação de água para abastecimento público no rio Paranapanema
As extrações de minérios concentram-se no trecho do rio Paranapanema pertencente à represa da
UHE de Paranapanema, a jusante da Usina de Jurumirim, que através de embarcações dragas captam
areia para construção civil.
As atividades com potenciais turísticos estão dispersas ao longo das margens nos reservatórios. São
hotéis, pousadas, restaurantes, bares, parques, clubes, loteamentos, áreas para banho, para
navegação, locais de pesca, praias, mirantes, entre outros. Apresentam, em geral, baixo impacto
ambiental, mas podem ocasionar interferências significativas nos recursos hídricos se mau
ordenados.
Segundo o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico, existem outros grandes cursos d’água
que compõe a rede hidrográfica do município além do rio Paranapanema, conforme Quadro 3.4-1.
Quadro 3.4-1: Outros cursos d’água no município de Piraju/SP
Localização
Curso d’água
Córrego da Cachoeira, que faz divisa com o município de Bernadino de
Campos
Margem
direita
Água do Padre
Ribeirão das Araras
Córrego Douradinho
Ribeirão São Bartolomeu
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Localização
Curso d’água
Córrego do Matão
Córrego do Brejão
Ribeirão do Pocinho
Ribeirão da Água Branca, que faz divisa com município de Cerqueira Cesar
Ribeirão Palmital, que faz divisa com o município de Timburi
Ribeirão do Lajeado
Água da Estiva
Ribeirão da Neblina
Margem
esquerda
Córrego Hungria, que cruza a área urbana da sede municipal
Córrego do Arruda, que também cruza a área urbana da sede municipal
Ribeirão da Chácara
Ribeirão Monte Alegre
Ribeirão do Laranjal
Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico, 2014. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Dos afluentes citados acima, o que tem maior uso para fins turísticos é o córrego Hungria, cujo
percurso apresenta diversas quedas como a Cachoeira do Cisne, Cachoeira do Castelo e Cachoeira
Arco-íris. As características do solo apontam a provável ocorrência de quedas, vales e outras
formações naturais nos demais cursos d’água que ainda não são exploradas como atrativos.
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Figura 3.4-3: Cachoeiras do córrego Hungria
De forma geral, o rio Paranapanema e seus afluentes inseridos em Piraju possuem condições para o
uso turístico e são enquadrados como Classe 2, o que permite o uso para abastecimento doméstico,
irrigação e recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho, entre outros).
A qualidade da água superficial é monitorada periodicamente pela Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo – CETESB, em estação localizada no reservatório de Jurumirim e a aproximadamente 40
km a montante da sede municipal (Figura 3.4-4), o que pode não demonstrar a verdadeira condição
do rio.
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Figura 3.4-4: Sistema de monitoramento da qualidade da água – Cetesb
JURU0250
Fonte: DATAGEO, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Para melhor compreensão e análise dos recursos hídricos, foram criados alguns indicadores com
base nos parâmetros monitorados, tais como: o Índice de Qualidade da Água – IQA e o Índice de
Estado Trófico – IET.
Quanto ao IQA, são consideradas variáveis de qualidade que indicam o lançamento de efluentes
sanitários nos rios da região. O índice envolve análise de temperatura, pH, oxigênio dissolvido,
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), coliformes, entre outros, sendo calculado através de uma
fórmula matemática, podendo variar de zero a 100. A partir do resultado, é atribuída uma
classificação para a qualidade das águas superficiais:
•
•
•
•
•
IQA ≤ 19 :Qualidade Péssima;
19 < IQA ≤ 36:QualidadeRuim;
36 < IQA ≤ 51: Qualidade Regular;
51 < IQA ≤ 79: Qualidade Boa;
79 < IQA ≤ 100: QualidadeÓtima.
O Índice de Estado Trófico (IET) permite a classificação dos corpos d’água com relação à presença de
excesso de nutrientes, que pode provocar a proliferação de algas ou macrófitas aquáticas. Assim, o
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índice considera os teores de Clorofila e/ou Fósforo Total na água, cujas amostras são coletadas em
diferentes corpos hídricos e têm seus resultados classificados em:
•
•
•
•
•
•
IET > 67,5: Hipereutrófico;
63,5 < IET ≤ 67,5: Supereutrófico;
59,5 <IET ≤ 63,5: Eutrófico;
52,5 <IET ≤ 59,5 Mesotrófico;
47,5 < IET ≤ 52,5 Oligotrófico; e
IET ≤ 47,5 Ultraoligotrófico.
Segundo o Relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São Paulo – 2014 (CETESB), o
monitoramento realizado apresentou IQA ótimo e IET oligotrófico durante todo o ano, constatando
boas condições, inclusive para o uso turístico.
3.5. Áreas legalmente protegidas
As intituladas áreas legalmente protegidas referem-se a espaços geográficos claramente definidos,
reconhecidos e geridos, através de dispositivos legais ou outros igualmente eficientes, cujos
principais objetivos são a conservação, proteção, recuperação do meio ambiente, podendo
apresentar diretrizes, restrições e/ou limitações para o uso e ocupação da área, de forma
compatibilizar o desenvolvimento e as peculiaridades ambientais.
Das diversas áreas legalmente protegidas, foram consideradas as que apresentam relevância ao
turismo de Piraju, tais como:
•
•
•
Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens dos cursos d’água e reservatórios;
Unidades de Conservação (UCs); e
Patrimônios naturais tombados.
As APPs são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo, assegura o bem-estar das populações humanas
(Ministério do Meio Ambiente, 2015) e definidos nos dispostos da Lei nº 12.651/2012 – Novo Código
Florestal (Anexo I).
Nestas áreas, a intervenção ou a supressão de vegetação nativa somente ocorrerá nas hipóteses de
utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental, respeitando as legislações
incidentes, conforme estabelece o Art. 8º do Novo Código Florestal. Vale destacar que as
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delimitações das APPs nos reservatórios de Chavantes e de Jurumirim seguem o Artigo 61º, que
relaciona a definição de cotas específicas de altura da água.
A Resolução CONAMA nº 369/2006 (Anexo II), no Artigo 2º, define os casos de utilidade pública e de
interesse social, bem como o Artigo 11º, as atividades de baixo impacto ambiental, permitidas nas
Áreas de Preservação Permanente.
As Unidades de Conservação – UCs são espaços territoriais detentores de atributos naturais e
culturais de especial relevância para a manutenção do equilíbrio ecológico, com papel fundamental
na proteção e preservação do meio ambiente. Instituídas pelo Poder Público, elas são reguladas pela
Lei nº 9.985/2000 (Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC) e divididas em dois
grupos: de Proteção Integral e de Uso Sustentável. O Anexo III apresenta a espacialização das
unidades do município de Piraju.
Já o patrimônio natural, compreende áreas de importância preservacionista e histórica, beleza
cênica, enfim, áreas que transmitem à população a importância do ambiente natural e que, por
vezes, coincidem com outras áreas legalmente protegidas.
Tanto as UCs, quanto os patrimônios naturais tombados, são regulamentadas através de
instrumentos legais (leis, decretos, portarias, etc.) de todas as esferas de governo que, geridas
através de conselhos, podem possuir planos para o ordenamento do território.
O Quadro 3.5-1 apresenta uma breve descrição das Unidades de Conservação e dos patrimônios
naturais tombados de Piraju, relacionando os instrumentos legais e de gestão da área.
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Quadro 3.5-1: Unidades de Conservação e patrimônios naturais tombados no município de Piraju/SP
Nome
Instrumento legal
Instrumento de gestão
Considerações
Unidade de Conservação de Uso
Sustentável, criada pelo Decreto Estadual
nº 20.960/83, visa à proteção das Cuestas
Basálticas, morros testemunhos das
formações
geomorfológicas
locais,
Aquífero Guarani e o patrimônio
arqueológico, além da vegetação e fauna
associada
Não possui plano de manejo e a gestão é feita de forma compartilhada por
órgãos estaduais (Fundação Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo), pelos municípios abrangentes e entidades da Sociedade Civil
organizada
O conselho gestor é um órgão consultivo e tem como atribuições articular das
ações de planejamento, gestão, articulação regional e monitoramento para a
garantia da conservação do Patrimônio protegido
Vale destacar que não foi identificado o instrumento que regulariza o conselho
Patrimônio natural tombado no âmbito
municipal através da Resolução 1, de 2 de
agosto de 2002, que inclui trecho do rio
Paranapanema situado entre a foz do
ribeirão Hungria e a foz do ribeirão Araras,
segmento de canal natural dotada de
elementos de valor cênico, paisagístico e
cultural para a comunidade
Gestão realizada pelo Conselho de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, órgão
Todos os projetos e ações de iniciativa pública ou privada, referentes ao
colegiado deliberativo e recursal integrante do Sistema Municipal de Meio
uso ou ao aproveitamento do trecho tombado, deverão submeter-se
Ambiente e Patrimônio Cultural do Município de Piraju – SISMMAP, conforme Lei
obrigatoriamente aos procedimentos de aprovação do SISMMAP
Municipal nº 2.547/2001
APA Corumbataí-Botucatu-Tejupá
(Perímetro Tejupá)
Figura 3.5-1: APA Corumbataí-BotucatuTejupá
A APA abrange o perímetro sul do município e possui uma área de
amortecimento definida
Qualquer implantação de empreendimentos turísticos ou
interferências nesta área deverá preceder da consulta ao Conselho
Gestor
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente, 2015.
Rio Paranapanema
Figura 3.5-2: Rio Paranapanema
Salto do Piraju
Sítios resultantes dos
povoamento pré-colonial
sistemas
de agosto de 2002
Todos os projetos e ações de iniciativa pública ou privada, referentes ao
Gestão realizada pelo Conselho de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural,
uso ou ao aproveitamento do trecho tombado, deverão submeter-se
conforme Lei Municipal nº 2.547/2001
obrigatoriamente aos procedimentos de aprovação do SISMMAP
Parque Natural Municipal do Dourado
Gestão realizada pelo Conselho de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural,
conforme Lei Municipal nº 2.547/2001
Figura 3.5-3: Entrada do Parque Natural agosto de 2002
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Nome
Instrumento legal
Municipal do Dourado
Figura 3.5-4: Edifício
atividades de educação
utilizado
Considerações
Segundo o Departamento de Meio Ambiente do Município de Piraju, possui
conselho gestor e plano de manejo. Porém, não foram identificados os
instrumentos regularizadores
O plano de manejo (Anexo IV) contempla os seguintes zoneamentos
relacionados às atividades turísticas:
• Zona de Amortecimento (ZA) - não possui diretrizes ou delimitação
territorial
• Zona de Uso Intensivo (ZI) - são caracterizadas por alterações antrópicas,
visando criar oportunidades e facilitar a recreação educativa e a educação
ambiental, concentrando os visitantes de forma minimizar as interferências
sobre as zonas mais restritivas. Contém quiosques, churrasqueiras, rampa
de acesso e placas sinalizadoras
O parque encontra-se com problemas em relação à população de
capivaras, vetores de carrapatos estrela e que transmitem a febre
maculosa. Risco sinalizado por placas no local.
A visitação é feita sem controle ou policiamento, apesar de apresentar
portaria e guarita
Atualmente, os maiores frequentadores são pescadores e observadores
de aves
Possui infraestrutura de piscicultura para reprodução e soltura de peixes
nativos, que pode ser utilizado para atividades turísticas e educacionais
Figura 3.5-7: Infraestrutura de piscicultura
Figura 3.5-6: Zona de Uso Intensivo (ZI)
para
Unidade de Conservação de Proteção
Integral de posse e domínio público,
criado pela Lei Municipal 2.634/2002
A lei de criação não foi encontrada
Fonte: Geo Brasilis, 2015.
Figura 3.5-5: Infraestrutura de produção de
mudas
Possui infraestrutura para a produção de mudas subutilizada, que
pode ser utilizado para atividades turísticas e educacionais
Em visita, foram identificadas edificações das antigas ocupações e
Zona de Recuperação (ZR) - tem como finalidade a produção de mudas para
em condições precárias
recuperação e manutenção do parque, bem como da arborização na área
urbana. Pode ser utilizado para pesquisas científicas e apoio às atividades de
recreação, educação e interpretação ambiental
Dentre os programas e subprogramas, destacam-se para o turismo:
• Programa de Uso Público
• Subprograma de Recreação
• Subprograma de Interpretação e Educação Ambiental
• Programa de Integração do Entorno
• Subprograma de Educação Ambiental
• Subprograma de Comunicação
Figura 3.5-8: Antiga ocupação
• Subprograma de Produção de Mudas
•
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Nome
Instrumento legal
•
Considerações
Programa de Operacionalização
As sinalizações internas são pontuais e necessitam de adequação
Bosque das Jabuticabeiras
Constitui a mais expressiva mata vegetal a contribuir o equilíbrio entre a
área edificada e a área vegetada da cidade, sendo indiscutível sua
conotação paisagística, já que está consolidada no imaginário da
Patrimônio natural tombado no âmbito Quaisquer planos de reurbanização do local dependerão da aprovação ou
comunidade, formando interessante conjunto com o rio Paranapanema e
municipal, através o Ato de Tombamento anuência do Conselho Municipal de Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural de
a ponte-barragem de UHE Paranapanema
nº 03/96
Piraju, conforme Lei Municipal nº 2.547/2001
Em entrevista, foi relatada a existência abundante de animais
peçonhentos e a pretensão de utilizar esta área para trabalhos
educacionais e de pesquisa científica
Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e
tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos
florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração
sustentável de florestas nativas
Figura 3.5-10: Floresta Estadual de Piraju
Floresta Estadual de Piraju
Figura 3.5-9: Entrada da Floresta Estadual
de Piraju
Atualmente, a Floresta Estadual de Piraju encontra-se sobre responsabilidade do
Instituto Florestal – IF, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
Unidade de Conservação de Uso
São Paulo
Sustentável, criado através do Decreto
Em consulta no IF, com a Dra. Marli Maria Cardoso (responsável), em setembro
Estadual nº 14.594/45
de 2015, constatou-se que esta UC não possui conselho gestor e nem plano de
manejo, além de estar fechada para visitação
A Floresta Estadual de Piraju encontra-se fechada por falta de recursos
financeiros, humanos e materiais
Há desequilíbrio ecológico ocasionado pela população de primatas,
podendo ser fator limitante par ao uso turístico
Foram registrados relatos da prática de pesca na área
Fonte: Prefeitura Municipal de Piraju, 2015; Ministério do Meio Ambiente, 2015; Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
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4. DESENVOLVIMENTO URBANO
Para construção do diagnóstico de desenvolvimento urbano, foram utilizadas as leis pertinentes e
vigentes no município, como plano diretor.
Além disso, aplicou-se a percepção técnica de visita de campo, dados primários obtidos em reuniões
com técnicos da prefeitura municipal, empresários locais e documentos acadêmicos.
Esta análise envolve o entendimento do desenvolvimento urbano por meio do planejamento e
gestão atual, legislação incidente, paisagem e patrimônio, pontos que contribuem para a harmonia
entre o ambiente natural e construído e para a atração do turista ao município.
A elaboração deste diagnóstico também visa apresentar o município no âmbito territorial e suas
interfaces com limitações e possibilidades de estímulo ao turismo.
4.1.
•
•
•
•
•
•
•
Síntese temática
Plano diretor considera usos turísticos, principalmente na zona central;
O turismo é visto como importante componente para econômica local na legislação urbana;
Tombamento municipal do entorno das praças centrais colaboram para manutenção da
paisagem local;
Conjunto da Estação Ferroviária e Escola Estadual Ataliba Leonel tombadas pelo Condephaat;
Influência do período colonial perdura nas construções locais, trazendo unidade à área central do
município;
Relação intensa entre cidade-natureza; e
Ausência de elementos reguladores de comunicação visual prejudicam a paisagem central,
principalmente nas áreas mais comerciais.
4.2.
Planejamento urbano
O planejamento e ordenamento do território são capazes de gerar ao município áreas harmoniosas
para relações sociais e econômicas, infraestruturas adequadas, assim como possibilitam a
minimização de conflitos entre ocupação e áreas ambientalmente protegidas. Tais aspectos tornam o
urbanismo relevante para o desenvolvimento e competitividade dos destinos turísticos.
O planejamento urbano assume um papel estratégico, onde a estruturação do espaço turístico se dá,
via de regra, por meio de instrumentos de ordenamento do uso do solo, como zoneamentos, planos
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diretores ou planos de manejo (CRUZ, 2000; SILVEIRA, 1997, 2002), o que embasa as análises a
seguir.
A gestão do planejamento urbano de Piraju é balizada pelo Plano Diretor Municipal, Lei
Complementar Nº 143/2013, sendo este o principal instrumento para ordenamento do território.
Um elemento desafiador do ordenamento territorial em Piraju decorre de sua localização. Mesmo
que, com ocupações concentradas na área urbana, o crescimento tem ocorrido no sentido norte,
ultrapassando as margens do rio Paranapanema, fazendo uma divisão da mancha urbanizada. Com
isso, o único acesso que realiza a transposição do rio (ponte Engenheiro Nelsom Godói) tende a não
comportar o fluxo local (Figura 5.2.1-1 – Malha viária urbana).
4.3.
Legislação urbana
Em Piraju, o planejamento urbano é regido pelo Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Complementar
Nº 143/2013, válido por dez anos. Em suas políticas setoriais, possui um capítulo específico para o
turismo, onde apresenta as seguintes diretrizes:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Atrair e estimular a vinda de visitantes e turistas, aumentando a permanência e o gasto médio
dos mesmos, promovendo a criação, consolidação e difusão dos produtos e destinos turísticos;
Promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos
para a área do turismo, bem como implementar políticas que viabilizem a colocação profissional
no mercado de trabalho;
Propiciar o acesso ao equipamento turístico do município a todos os segmentos da sociedade;
Propiciar o suporte a programas estratégicos de captação e apoio à realização de eventos
nacionais e internacionais, fortalecendo o segmento de turismo de negócios;
Estimular e promover o turismo rural no município;
Propiciar o suporte a programas de nível federal e estadual, já existentes, ou que venham a ser
implantados no município;
Criar e implantar novos eventos, mantendo os já existentes, voltados às expressões cultural e
turística, do entretenimento, do lazer e de outros atrativos, com objetivo de minimizar a
sazonalidade de fluxo turístico;
Criar calendário de eventos de turismo com o envolvimento de todos os segmentos do
município;
Propiciar a prática de atividades turísticas sustentáveis nas áreas naturais, promovendo-a como
veículo de educação e interpretação ambientais e incentivando a adoção de condutas de mínimo
impacto, compatíveis com a conservação do meio ambiente;
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•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Prevenir e combater as atividades turísticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras
que afetem a dignidade humana, bem como às drogas e o alcoolismo, respeitadas as
competências dos diversos órgãos governamentais envolvidos;
Definir o patrimônio turístico natural, paisagístico, cultural, arqueológico, arquitetônico e
ambiental do município, atualizando-o regularmente;
Destinar os recursos oriundos do Dade – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das
Estâncias, após submetidos e aprovados pelo Comtur – Conselho Municipal de Turismo, às ações
que contemplem o próprio segmento turístico;
Promover convênios e parcerias com instituições públicas ou privadas, garantindo o incremento
de investimentos no setor turístico;
Promover o cadastro da iniciativa privada junto ao órgão competente, com a finalidade de
auxiliá-la na obtenção de financiamentos para empreendimentos turísticos;
Estimular o setor privado como agente de financiamento da infraestrutura turística;
Incentivar parcerias com o Departamento Municipal de Educação, incluindo o Turismo como
tema disciplinar das escolas públicas, sempre de forma transversal;
Garantir espaço físico aos artesãos para comercialização e exposição dos produtos locais;
Apoiar a participação dos artesãos em eventos locais, regionais, estaduais e nacionais;
Manter o Fundo Municipal de Turismo – Fumtur, sendo que sua gestão financeira e quaisquer
alterações ou atualizações deverão ser submetidas e aprovadas pelo Comtur – Conselho
Municipal de Turismo;
Destinar toda e qualquer verba de âmbito turístico ao Fumtur, vedando a supressão parcial ou
total de suas receitas, que deverão ser sempre crescentes;
Destinar ao Fumtur toda a renda advinda dos próprios públicos lotados no Departamento de
Turismo; e
Encaminhar a proposta orçamentária anual do segmento de Turismo para apreciação e
deliberação do Comtur, antes do envio ao Poder Legislativo.
Além dessas diretrizes, o PDM prevê a elaboração do Plano Diretor de Turismo, em conjunto com o
Comtur.
Em sinergia com demais políticas setoriais, destaca-se o Art. 29, que entende o turismo como
atividade importante para consolidação econômica de Piraju. O capítulo de indústria, comércio e
serviços sugere a elaboração de estudos para viabilizar melhor a participação da iniciativa privada na
implantação do turismo.
No geral, as diretrizes previstas no PDM para o turismo são de ordem política com ausência de metas
e indicadores que assegurem sua estruturação e execução.
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Nesse sentido, a realização desde Plano Diretor de Turismo poderá auxiliar nas formas de execução e
resultados preconizados no Plano Diretor, visando maior aplicabilidade.
4.4.
Ordenamento territorial
O ordenamento territorial no município se dá a partir da instituição de macrozonas e zonas, de modo
que zoneamento no município se divide em:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Zona central;
Zona mista;
Zona de expansão urbana de uso misto;
Zona predominantemente residencial;
Zona especial de interesse social;
Áreas especiais;
Corredores de atividades incomodas;
Zona industrial; e
Zona de expansão urbana industrial.
O Anexo V irá apresentar o zoneamento de Piraju e a localização dos principais atrativos e recursos
com relação à política urbana.
A grande maioria das zonas, exceto as industriais, conforme o Plano Diretor (Anexo V), permitem
usos sinérgicos com o turismo, dentre os quais estão:
•
•
•
•
•
•
•
Agências de viagens;
Locação de veículos;
Autódromos, hipódromos e estádios;
Parques;
Quadra de eventos, feiras;
Centro cultural, cinema, museu;
Bar, cafeteria, lanchonete, casa de sucos, bazar, entre outros.
Além disso, a instituição de Áreas Especiais, contemplando praças e bens tombados na zona central,
contribui para preservação das características urbanas como construções, espaços públicos,
gabaritos e tipologias, um aspecto bastante relevante para a atratividade.
Outro elemento do ordenamento territorial que colabora para a manutenção e atratividade do
turismo são as unidades de conservação - UCs, já que as características naturais preservadas de
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Piraju são uma das oportunidades de valorização da imagem local. As UCs são abordadas neste
diagnóstico no tópico de meio ambiente e não são referenciadas na legislação municipal de
planejamento urbano.
4.5.
Patrimônio histórico
O Plano Diretor de Piraju não possui uma política setorial de patrimônio, mas traz como princípio
fundamental:
“O patrimônio histórico-cultural e áreas de significado ambiental e ecológico serão
protegidos com a adoção de procedimentos de fiscalização, manutenção e
qualificação, de modo que os cidadãos possam deles usufruir sem prejuízo para a
coletividade.” (Lei Complementar nº 143/2013, Art. 7º)
Além disso, como forma de preservação do patrimônio material, o Plano Diretor Municipal prevê
zoneamento específico para o entorno das praças na área central. (Anexo VI)
Tal critério colabora na conservação da paisagem local e manutenção das características urbanas, o
que impacta positivamente a identidade local e o turismo.
Em Piraju, existem bens tombados na esfera municipal e estadual, estes últimos pelo Condephaat –
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.
Os bens tombados, independentemente da esfera federativa responsável, determinam a existência
de mecanismos de proteção específicos em partes do território, como por exemplo, a ocorrência de
áreas envoltórias, nas quais há exigências específicas para a implantação de empreendimentos,
incluindo de estabelecimentos relacionados ao turismo.
Na escala municipal, o Ato de Tombamento Nº 02/1996 se refere às características paisagísticas
consolidadas abrangendo as quadras ajardinadas da:
•
•
•
Praça Ataliba Leonel;
Praça Joaquim Antônio de Arruda; e
Praça Benedito Silveira Camargo, incluindo o trecho confrontante, situtado na margem do rio
Paranapanema.
No Ato de Tombamento Nº 03/1996, está inscrito o Bosque das Jabuticabeiras, como bem ambiental
e paisagístico.
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A resolução 01/2002 tomba o rio Paranapanema, no trecho situado entre a foz do ribeirão Hungria e
a do Araras, canal natural dotado de elementos de valor cênico, paisagístico e cultural para a
comunidade. Ambos estão descritos neste trabalho, no capítulo de meio ambiente- áreas
especialmente protegidas.
Segundo dados do Condephaat, em Piraju existem dois imóveis tombados, sendo:
•
Conjunto da Estação Ferroviária de Piraju – Resolução 23/2013 (Figura 4.5-1)
“Inaugurado em 1908, pertencia à linha da Estrada de Ferro Sorocabana, que teve
papel significativo na estruturação da ocupação de territórios do oeste do Estado. A
Estação é projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, sendo um dos poucos conhecidos
para uso ferroviário de sua autoria. A edificação assenta-se sobre um baixo
embasamento de alvenaria de tijolos e é constituída por dois pavimentos principais,
encimados por um pequeno terceiro andar, que remete a uma torre. De volumetria
assimétrica, apresenta envasaduras de portas e janelas com verga reta, caixilharia
de madeira e folhas duplas, emolduradas em argamassa em alto relevo.
Na fachada principal, onde se dá o acesso ao interior, permanece a inscrição “EFS”
original no alto de umas das faces.
A vila ferroviária a nordeste da estação caracteriza-se, por sua vez, por construções
despojadas, sem quaisquer elementos ornamentais remanescentes. Cada edifício
conforma duas unidades residenciais geminadas, algumas das quais ainda
habitadas por ferroviários ou seus descendentes. Os dois armazéns possuem
estrutura em alvenaria de tijolos aparentes e estrutura metálica de sustentação às
coberturas. O conjunto se destaca por ser exemplar da diversidade tipológica e
arquitetônica da Estrada de Ferro Sorocabana e permite estabelecer relações
simbólicas
e
comparativas
de
seus
diversos
momentos.”
(http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.bb3205c597b9e36c3664e
b10e2308ca0/?vgnextoid=91b6ffbae7ac1210VgnVCM1000002e03c80aRCRD&Id=d
592ee04440a3410VgnVCM1000008936c80a____)
Este conjunto também está tombado pelo Ato Municipal Nº 01/2006.
Atualmente, as edificações da Estação Ferroviária se encontram em obras, mantendo as
características arquitetônicas históricas. Seu uso posterior à reforma não está definido pela gestão
pública.
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Figura 4.5-1: Conjunto da Estação Ferroviária de Piraju
•
Escola Estadual Ataliba Leonel - Resolução 60/2010 (Figura 4.5-2)
“É uma das integrantes de conjunto de 126 escolas públicas construídas pelo
Governo do Estado de São Paulo entre 1890 e 1930 que compartilham significados
cultural, histórico e arquitetônico. Destaca-se a qualidade do conjunto
caracterizado pela técnica construtiva simples, consolidando o uso de alvenaria de
tijolos e por uma linguagem estilística que simplificou os atributos da tradição
clássica acadêmica. A organização espacial era concebida incorporando preceitos e
recomendações de higiene, insolação e ventilação previstos na cultura
arquitetônica, que vinha se firmando desde o século XIX. O programa pedagógico
distribuía essencialmente salas de aulas ao longo de eixos de circulação em plantas
simétricas. Aos poucos se firmaram em projetos arquitetônicos padronizados que se
repetiam com pouca ou nenhuma variação em mais de um município.”
(http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.bb3205c597b9e36c3664e
b10e2308ca0/?vgnextoid=91b6ffbae7ac1210VgnVCM1000002e03c80aRCRD&Id=a
e9827064a737410VgnVCM1000008936c80a____)
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Figura 4.5-2: Escola Estadual Ataliba Leonel
Fonte: Condephaat, 2015.
Não existem bens tombados pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Na Figura 4.5-3, estão especializados todos os bens tombados do município, concentrados na área
central, podendo ser um potencial para o turismo, já que o visitante tem a possibilidade de percorrêlos com facilidade.
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Figura 4.5-3: Bens tombados na esfera municipal e estadual
Fonte: Legislações municipais, Condephaat, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
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4.6.
Paisagem
A análise da paisagem de Piraju, no âmbito do turismo, utilizará três naturezas distintas, ilustradas na
Figura 4.6-1:
•
•
•
Paisagem natural da área rural, influenciada pela presença do cerrado paulista;
Entorno do rio Paranapanema na área urbanizada; e
Perspectivas da paisagem urbana, onde serão avaliadas visadas estratégicas do território, em
locais com potencial de atratividade turística.
A análise deverá permitir a adequada compreensão da relação urbana e visual dos visitantes com a
cidade, o que é ponto relevante na definição e fortalecimento de identidade local e apropriação do
meio.
Este diagnóstico embasará a tomada de decisão das próximas fases deste planejamento, com dados
focados na experiência visual da paisagem e do usuário do município, dando condições para a
proposição de ações que sejam capazes de influenciar o turista na utilização plena do município.
Destaca-se que este estudo se fundamenta a partir das definições de Cullen, onde a paisagem urbana
está exposta como a arte de tornar coerente e organizado visualmente o emaranhado de edificações,
ruas e espaços que constituem o ambiente urbano. Assim, as premissas utilizadas serão estéticas,
tratando dos elementos urbanos e impactos de ordem emocional por eles provocados.
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Figura 4.6-1: Análise de paisagem, principais visadas
Fonte: Google Maps e Street View, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015
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A paisagem natural, composta por pequenas e espraiadas manchas de mata densa, plantações de
café, cana-de-açúcar e pastos, pode ser observada dos pontos mais altos do município e das estradas
que cruzam a zona rural. Nestes locais, os panoramas são belos, chamando a atenção dos visitantes
para percepção do verde e da condensação da mancha urbanizada.
No entorno do rio Paranapanema, as perspectivas complementam a paisagem descrita acima,
formada por aprazíveis caminhos, sendo a essência da localidade, com forte impacto na relação
entre o turista e cidade através da presença da água.
No âmbito urbano, serão avaliados:
•
•
•
Aspectos de conteúdo: Relação entre a construção e a cidade com cores, texturas, escalas e
estilos;
Relações com o sujeito: Sensações provocadas pelos espaços sejam eles abertos, fechados, altos
ou baixos; e
Poluição visual: Excesso de elementos ligados a comunicação visual, como placas, cartazes,
propagandas e banners.
Destaca-se que a paisagem central em Piraju passa basicamente por três tipologias notáveis (Figura
4.6-1), focos desta análise, que são:
•
•
•
•
Malha ortogonal central: Ainda com influência do período colonial, a área central de Piraju possui
edificações lindeiras ao lote, com predominância de uso misto, deixando as ruas movimentadas e
agradáveis. Combinado a isso, o gabarito de altura com aproximadamente dois pavimentos
trazem uma escala humana, convidativa para caminhar, mesmo com baixa arborização;
Em alguns pontos de usos comerciais, é recorrente a ausência de padronização da comunicação
visual. A escassez de elementos reguladores da paisagem urbana (como padronização de
fachadas, publicidade de estabelecimentos e mobiliários urbanos) tende a dificultar seu
ordenamento, podendo prejudicar a relação plena da cidade com moradores e turistas
(referência no mapa, pontos 2 e 5 – Paisagem urbana);
Bordas da ocupação: Formadas por construções espraiadas geralmente com montanhas ao
fundo. Nessas áreas as edificações são predominantemente residenciais, possuem recuos e
muros. A ausência dos demais elementos e pouca arborização geram uma sensação solitária ao
usuário (referência no mapa, pontos 1 e 3 – Paisagem urbana); e
Praças: A presença destes elementos na mancha urbanizada constribui com a presença de áreas
com paisagem agradável, verde e com mobiliários que estimulam o estar como: bancos, coretos,
fontes, etc. Estes espaços públicos são responsáveis por gerar ao usuário da cidade uma
sensação de proximidade com a natureza, mesmo que no centro urbano. Tais áreas se fazem
atrativas ao turista que busca ar interiorano que Piraju oferece (referência no mapa, ponto 4 –
Paisagem urbana).
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5. INFRAESTRUTURA DE APOIO AO TURISMO
Assim como o desenvolvimento urbano, a infraestrutura que compõe o município é capaz de gerar
vantagens estratégicas na competitividade do turismo, tendo um papel fundamental para o
adequado progresso das atividades.
Desta maneira, serão avaliados os seguintes aspectos de infraestrutura:
•
•
•
•
•
Mobilidade urbana;
Saneamento básico;
Suporte de segurança pública;
Suporte de saúde pública; e
Equipamentos urbanos, incluindo mobiliário, iluminação e sinalização.
Também foram avaliadas as condições de zeladoria dos principais atrativos e recursos turísticos.
Para construção do diagnóstico que será apresentado a seguir, foram utilizados:
•
•
•
•
•
Leis pertinentes e vigentes no município como o Plano Diretor Lei Complentar 143/2013;
Plano municipal integrado de saneamento básico;
Percepção técnica de visitas de campo realizadas em setembro de 2015;
Dados primários obtidos em reuniões na prefeitura municipal e em conversas informais com a
população e empreendedores; e
Dados secundários da Secretaria de Segurança Pública, Denatran – Departamento Nacional de
Trânsito, DER – Departamento de Estradas e Rodagem, SNIS – Sistema Nacional de Informações
de Saneamento, Ministério da Saúde, por meio do Datasus e Fundação Seade – Sistema Estadual
de Análise de Dados.
•
•
•
•
•
•
•
Grande distância de centros urbanos populosos é compensada por bons acessos;
Possibilidade de duplicação da SP – 270 – Raposo Tavares;
Precariedade no transporte público municipal, especialmente para atendimento de atrativos fora
da área urbanizada;
Diversidade de destinos intermunicipais;
Boas condições para deslocamento a pé na região central;
Sistema de saneamento básico bem estruturado com deficiências pontuais;
Referência regional no tratamento dos resíduos sólidos; e
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•
Avaliação das características e condições dos atrativos sob a zeladoria pública, indicando
necessidade de melhorias na padronização das sinalizações e estrutura de acessibilidade, assim
como indicação da capacidade de cargas dos atrativos e qualificação dos instrutores envolvidos
com as atividades de aventura e náuticas.
5.2. Mobilidade Urbana
5.2.1. Acesso viários
Os principais acessos ao município de Piraju ocorrem pelas rodovias: SP–270 Raposo Tavares e SP–
287 que possui dois nomes no município, Geraldo Martins de Souza a norte da mancha urbanizada e
Engenheiro Tomaz Magalhães de Souza, a sul (Figura 5.2.1-1).
Figura 5.2.1-1: Principais acessos a Piraju
Fonte: Google Earth Pro, 2015. Elaboração Geo Brasilis, 2015.
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Tem relevância também a rodovia SP–261 Osni Mateus, responsável pela ligação entre Piraju e
Cerqueira Cesar, onde se conecta com a rodovia SP – 280 – Rodovia Castelo Branco.
Das rodovias destacadas acima, os principais dados serão apresentados no Quadro 5.2.1-1:
Quadro 5.2.1-1: Qualificação dos principais acessos
Rodovias
Administração
SP 270
DER
Departamento
de Estrada e
Rodagem
SP 287
Característica de fluxo
Maior fluxo entre as
rodovias que cruzam o
município, chega a
comportar até 5.707
veículos por dia
Rodovia com menor
fluxo, volume diário de
1.648 veículos
Estado de conservação
Conexão entre municípios
com potenciais demanda
turística
Bom estado de
conservação,
recapeamentos
constantes deixam o
asfalto com
depressões pontuais
Bom estado de
conservação e
condição de rodagem
Município
Km
Ourinhos– SP
59,5
Assis – SP
133
Bauru – SP
147
Marília – SP
153
Londrina – PR
219
Sorocaba– SP
224
São Paulo– SP
335
Itapeva - SP
144
Fonte: Mapa Rodoviário do Estado de São Paulo - Departamento de Estrada de Rodagem e Google Earth Pro,
2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Segundo sites de notícias e informações da prefeitura, obras estão previstas para o trecho entre
Piraju e Ourinhos da SP - 270, que serão realizadas pelo DER, com financiamento através do BID –
Banco Interamericano de Desenvolvimento. As obras contemplarão recuperação da pista,
pavimentação dos acostamentos e implantação de faixas adicionais.
Nota-se, pelo Quadro 5.2.1-1, que o município de Piraju se encontra distante de grandes polos
emissores de turistas, o que poderia ser considerado uma barreira ao desenvolvimento local. No
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entanto, o fato é minimizado pela boa condição de rodagem das rodovias de acesso, permitindo a
atratividade da estância.
5.2.2. Malha viária urbana
Além dos acessos, considerou-se importante uma breve análise da malha viária urbana.
Como pode ser observado na Figura 5.2.2-1, a mancha urbanizada de Piraju apresenta malha
ortogonal reticulada.
Nos últimos anos, os vetores de crescimento urbano em Piraju tenderam ao norte, além do rio
Paranapanema. A travessia é realizada pela Ponte Engenheiro Nelsom de Godoi, a única que realiza o
cruzamento do rio e é um gargalo no fluxo local, já que possui apenas uma faixa de rolamento,
provocando operação em um único sentido, com regulação por semáforos.
Ademais, a malha urbanizada não apresenta grandes destaques, sendo predominantemente
pavimentada com paralelepípedos, o que colabora para manutenção do clima interiorano, bucólico
do município, importante para atratividade turística.
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Figura 5.2.2-1: Malha viária urbana
Fonte: Google maps, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
5.2.3. Transporte público
O terminal rodoviário de Piraju (Figura 5.2.3-1) se localiza na rua Pompéu Pequeno de Souza,
recebendo ônibus municipais e intermunicipais. O uso no entorno é predominantemente residencial
com presença pontual de comércios.
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Figura 5.2.3-1: Terminal rodoviário
Internamente, a infraestrutura é composta de pequenos estabelecimentos comerciais de variedades,
local de espera, lanchonete, sanitário, guichês de venda de passagem (Figura 5.2.3-2 e Figura 5.2.33). Não possui qualquer tipo de apoio ao turista e acessibilidade.
Figura 5.2.3-2: Área interna terminal rodoviário
Figura 5.2.3-3: Área interna terminal rodoviário
As vendas de passagem ocorrem pelas empresas: Andorinha, Manoel Rodrigues, Princesa do Norte e
Garcia, atendendo aos seguintes destinos no estado de São Paulo:
•
•
•
•
•
•
Águas de Santa Barbara;
Alto da Serra de Angatuba;
Americana;
Avaré;
Bernardino de Campos;
Bauru;
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•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Campinas;
Canitar;
Cerqueira Cesar;
Cerquilho;
Chavantes;
Avaré;
Paranapanema;
Fartura;
Ipaussu;
Itapetininga;
Manduri;
Ourinhos;
Piracicaba;
São Paulo;
Sorocaba;
Santa Cruz do Rio Pardo; e
Tietê.
Os municípios do Paraná que têm ligação viária com Piraju são:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Londrina;
Maringá;
Paranavaí;
Loanda;
Campo Mourão;
Cascavel;
Cianorte;
Foz do Iguaçu;
Guaíra; e
Umuarama.
Nota-se a presença de variados destinos oriundos de Piraju, o que pode demonstrar a sua capacidade
de atratividade entre os municípios da região.
O transporte público municipal é realizado pela Viação Piraju. Segundo dados obtidos com a
empresa, existem duas linhas na zona rural e a área central é totalmente atendida pelo serviço. O
preço da passagem é de R$ 2,10.
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O site da viação se encontra em manutenção e pela internet percebe-se a insatisfação da população
pela qualidade dos serviços prestados, como estado de conservação dos veículos, linhas e horários.
As linhas da Viação Piraju, segundo dados do inventário turístico, circulam pelos seguintes atrativos:
•
•
•
•
•
•
Parque de exposições Prefeito Cláudio Dardes – Fecapi;
Praça Ataliba Leonel;
Prainha;
Pedrinha;
Garganta do Diabo; e
Salto do Piraju.
O Parque Municipal Dourado e Floresta Piraju apresentam pontos de parada de ônibus. Estes são
atendidos por viações regionais, que passam respectivamente pela Av. Dr. Simão e SP – 287- Geraldo
Martins de Souza.
Piraju não possui Plano de Mobilidade Urbana que, quando elaborado, deve considerar o
atendimento das demandas a serem planejadas neste Plano Diretor de Turismo.
5.2.4. Deslocamentos a pé
Para a análise da infraestrutura de apoio ao turismo, no âmbito da mobilidade, optou-se por avaliar a
qualidade dos deslocamentos a pé no município, já que este modo de locomoção desperta o turista,
remetendo boas sensações como: apreciação da paisagem, segurança, tranquilidade e ainda estimula
o conhecimento de lojas, museus e demais pontos. Também serão analisados dados subjetivos de
percepção de segurança e paisagem.
Destaca-se que as observações foram realizadas por experimentação da equipe técnica como usuária
em trabalho de campo e extrapoladas como análise global para toda área urbanizada (Quadro 5.2.41).
Quadro 5.2.4-1: Análise de caminhabilidade
Análise de caminhabilidade
Aspectos físicos
Qualidade do piso
Tamanho (1,20m a 1,50m segundo ABNT)
Degraus que dificultam a circulação
Ruim
Regular
Bom
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Análise de caminhabilidade
Aspectos físicos
Ruim
Outros obstáculos (postes, lixeiras, pontos de ônibus)
Rampas de acessibilidade
Iluminação adequada
Paisagismo
Declividades
Aspectos subjetivos
Sensação de segurança
Paisagem agradável
Possibilidade de utilização de demais usos (compras,
praças, museus)
Regular
Bom
5.3. Saneamento básico
Piraju possui estudos técnicos para o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – PMISB,
realizado pela empresa Engecorps, através de convênio que resultou na contratação do instrumento
para todos os municípios da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema (UGRHI 14).
O PMISB foi entregue à Prefeitura de Piraju em janeiro de 2015 e, até o momento de elaboração
deste diagnóstico, não havia se tornado uma política pública na forma de lei. Segundo informações
da gestão municipal, o documento passa por revisões relevantes de dados, proposições de ações e
investimentos, antes de ser encaminhado à Câmara de Vereadores. Por esta razão, as ações
propostas para universalização do atendimento e outros objetivos estabelecidos na Lei nº
11.445/2007 não serão discutidas neste diagnóstico.
5.3.1. Sistema de abastecimento de água
O abastecimento de água no município é realizado pela Sabesp – Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo.
Segundo dados da Fundação Seade em 2013, o abastecimento de água atendia 100% do núcleo
urbano do município.
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O manancial utilizado para captação de água é o rio Paranapanema, onde regularmente a Sabesp
realiza o monitoramento da qualidade da água bruta. O local de captação de água também é
conhecido e utilizado para banho de rio na área urbana.
Os equipamentos de abastecimento de água, coleta de esgoto e resíduos sólidos estão especializados
no Anexo III.
Têm-se informações da população que ocorre falta de água esporadicamente no município,
normalmente em feriados prolongados, o que é confirmado pelo SNIS, que aponte média de 6 horas
de interrupção de abastecimento por ligação, em 2013. Além disso, a ausência de levantamento de
população flutuante no Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico e de projeções quanto ao
seu crescimento pode intensificar este cenário, com a sobrecarga do sistema nos picos de visitação.
Segundo o PMISB, o município não conta com sistema de tratamento de efluentes gerados na ETA
Piraju – Estação de Tratamento de Água, proveniente da água de lavagem de filtros, que são
lançados no sistema de drenagem urbana, sendo encaminhados diretamente ao ribeirão Boa Vista,
que deságua no rio Paranapanema. Este fato pode refletir na qualidade da água do rio que é
atualmente muito utilizado para turismo, em atividades como rafting, stand up paddle, entre outros.
5.3.2. Esgotamento sanitário
O município possui sistema de coleta e tratamento consolidados, com esgotamento, afastamento e
transporte implantados e em funcionamento.
Segundo dados do SNIS– Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento, Piraju possui 100%
do seu esgoto coletado e tratado.
A estação de tratamento de esgoto está localizada na margem direita do rio Paranapanema, a cerca
de 4 km do centro da cidade, conforme Anexo III, e é composta por três lagoas aeradas.
Todo o efluente é encaminhado ao rio Paranapanema através de um emissário. O PMISB não
apresenta resultado de análises dos efluentes finais desse sistema.
Em visita de campo, observou-se pontualmente a presença de despejo de esgoto irregular no rio
Paranapanema, que pode gerar prejuízos ao turismo local.
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5.3.3. Resíduos sólidos
O município de Piraju está incluso no PIGCGI - Plano Intermunicipal de Gestão Compartilhada e de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Antrópicos da Região Sudoeste do Estado de São Paulo, que
envolve outros 17 municípios. Além disso, o município possui a Política Municipal de Resíduos
Sólidos, instituída pela Lei Nº 3.702/2013 que serviu como base para a política regionalizada.
A construção da parceria entre os municípios poderá diminuir os custos, com soluções integradas
para aterro sanitário e agregar maior valor aos produtos recicláveis em virtude do volume conjunto a
ser produzido e comercializado, entre outros benefícios.
Segundo PIGCGI, o município produz 5.228 t de resíduos por ano. Destes, 555t./ano são reciclados
conforme dados do SNIS.
O município conta com um aterro sanitário e galpão de triagem de material reciclado, identificados
no Anexo III.
Destaca-se que, Piraju possui experiências exitosas em resíduos sólidos, como a Coleta Seletiva
100%, com independência financeira dos catadores.
O PIGCGI considera eficiente a gestão dos resíduos sólidos no município, o que colabora para a
manutenção do meio ambiente e para aparência da cidade. A Estância possui competência na
varrição e limpeza urbana, que apresenta problemas pontuais, vinculados à sazonalidade da
vegetação.
5.4. Suporte de segurança
A análise de segurança pública realizada para este diagnóstico visa demonstrar a qualidade de vida e
tranquilidade do município, já que estes são aspectos que impactam diretamente no turismo, sendo
um fator importante na tomada de decisão pelo destino.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Piraju possui baixa taxa de criminalidade, com os
números apresentados na Tabela 5.4-1 a seguir:
Tabela 5.4-1: Dados anuais sobre criminalidade em Piraju
Ano
Homicídio
Furto
Roubo
Furto e Roubo de
Veículo
2011
2
283
27
23
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Ano
Homicídio
Furto
Roubo
Furto e Roubo de
Veículo
2012
2013
2014
3
2
3
253
175
162
27
18
8
24
23
18
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Tem-se a presença de equipamentos de segurança pública da Polícia Civil (delegacia e distrito),
Polícia Militar (batalhão) e Corpo de Bombeiros, apresentados na Figura 5.4-2. Nota-se a sua
concentração na área central do município, ao sul do rio Paranapanema.
Figura 5.4-2: Equipamentos de segurança pública em Piraju
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, 2015.
5.5. Suporte de saúde
O município conta com os equipamentos de saúde apresentados na Tabela 5.5-1, para atendimento
da população residente e visitante.
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Tabela 5.5-1: Equipamentos de saúde
Descrição
Centro de saúde/Unidade básica
Policlínica
Hospital geral
Clínica/Centro de especialidade
Total
Total
9
3
1
5
18
Fonte: DataSus – Secretaria de Atenção à Saúde, 2015.
A presença de tais estruturas é relevante para o atendimento da população visitante, já que o
município oferece atrativos de caráter ecológico e de aventura, que tendem a gerar risco ao usuário.
Em 2014, o município realizava adequações para receber o SAMU – Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência, que ainda não foram finalizadas. Para urgências e especialidades, é necessária a
utilização de equipamentos de referência em Avaré.
5.6. Elementos urbanos
Os elementos urbanos como mobiliário, iluminação e sinalização, colaboram para atratividade do
turismo quando em boas condições, padronizados e com relevante abrangência de atendimento.
Estes podem servir como referência local para os munícipes e turistas, já que seu desenho pode
fortalecer a identidade e potencializar as paisagens.
5.6.1. Mobiliário urbano
Entende-se por mobiliário urbano o conjunto de elementos localizados em logradouros públicos que
complementam as funções urbanas de habitar, trabalhar, recrear e circular: telefones públicos,
anúncios, postes, torres, hidrantes, abrigos e pontos de parada de ônibus, sanitários públicos,
monumentos, chafarizes, fontes luminosas, bancos, coberturas, pergolados e outros similares.
Em Piraju, não há padronização destes equipamentos e percebe-se escassez de alguns tipos, como
abrigos e parada de ônibus. No entanto, nota-se a presença de fontes, banheiro público (Figura
5.6.1-1) e monumentos, que colaboram para a manutenção do clima interiorano do município.
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Figura 5.6.1-1: Sanitário público
Figura 5.6.1-2: Bancos e iluminação pública
Figura 5.6.1-3: Um dos tipos de lixeiras
Figura 5.6.1-4: Lixeira, poste e placa de
sinalização de ruas, localização na calçada
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Figura 5.6.1-5: Lixeiras (tambores azuis)
Figura 5.6.1-6: Bancos e iluminação pública
Os mobiliários se concentram nas praças municipais (Figura 5.6.1-6 e 2). Chamam a atenção na
paisagem os elementos utilizados para armazenamento de lixo: os tambores azuis (Figura 5.6.1-5) se
sobressaem nas praças e não dialogam com os demais componentes como bancos.
Como a malha urbana de Piraju descende do período colonial, tem-se calçadas estreitas. Assim, os
mobiliários urbanos, quando localizados nos passeios, se tornam elementos que prejudicam a
caminhabilidade (Figura 5.6.1-4).
A requalificação urbana que ocorre com recursos do Dade – Departamento de Apoio ao
Desenvolvimento das Estâncias na rua Carlos de Campos, demonstra a preocupação do município na
padronização de mobiliários, ordenamento de vagas e melhoria de caminhabilidade. No entanto, a
carência de investimentos no restante do município, em padronização, manutenção e colocação de
novos elementos refletem na carência de mobiliários, tanto na zona urbanizada quanto nos atrativos
turísticos.
5.6.2. Iluminação pública
De acordo com dados fornecidos pelo Censo 2010 do IBGE, Piraju possui 96% dos domicílios
particulares permanentes em área urbana atendidos com iluminação pública em seu entorno.
Desde 2015, a iluminação pública no município é realizada pela empresa Proerge Engenharia,
contratada de maneira emergencial, depois da resolução da ANEEL – Agência Nacional de Energia
Elétrica que transferiu aos municípios a responsabilidade pelo serviço.
Nota-se que, no centro da cidade, principalmente no entrono da igreja matriz, a iluminação é mais
intensa, gerando sensação de conforto.
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5.6.3. Sinalização turística
A sinalização turística que está disponível em pontos específicos na mancha urbana consolidada é
voltada para indicação de atrativos como mirante, cruzeiro, Parque do Dourado.
As placas existentes atendem apenas veículos (Figura 5.6.3-1 e 5.6.3-2) e não há sinalização para
pedestres nos atrativos ou no centro da cidade.
Tais placas apresentam indicação de direção, não existindo quilometragem e demais informações.
Sua distribuição não atende as normas do Guia Brasileiro de Sinalização Turística (Embratur, 2001)
quanto à localização e oferta de sinalização, padronização e legibilidade.
Em diversos pontos, especialmente fora da mancha urbanizada, a sinalização é inexistente ou
providenciada pelos proprietários de estabelecimentos e atrativos, o que resulta em
comprometimento da paisagem e na dificuldade de apropriação da informação.
Figura 5.6.3-1: Sinalização turística
Figura 5.6.3-2: Sinalização turística
5.7. Zeladoria pública
Para o desenvolvimento ordenado do turismo, são cabíveis procedimentos de zeladoria com objetivo
de preservar bens públicos e privados, gerando o mínimo de impacto e atendendo os anseios dos
visitantes quando à facilidade de localização e acesso e estado de conservação e manutenção, por
exemplo.
Para tanto é necessário o empenho da governança local, valorizando ações de preservação do
patrimônio natural, arquitetônico e histórico e dos atrativos turísticos.
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No caso de Piraju, a avaliação do conjunto dos atrativos e bens indica a necessidade de ações para
suprir:
•
•
•
•
•
Ajustes nos padrões de sinalizações, uma vez que, atualmente, a cidade atende apenas o
contexto nacional do turismo, com placas para veículos e em português, não incluindo outras
línguas e pedestres;
Criação de planos de capacidades de cargas para os recursos e atrativos turísitcos, sejam públicos
ou privados;
Investimentos na capacitação e formação dos atores do turismo, no receptivo, quanto a medidas
de segurança para prática de turismo náutico e de aventura;
Incluir padrões de acessibilidade na infraestrutura pública, e motivar a privada; e
Implantar plataforma ou rampa de acesso ao rio que favoreça o turismo náutico e de aventura.
No Quadro 5.7-1, são avaliadas as condições atuais dos atrativos, com a indicação dos principais
pontos de melhoria que devem ser atendidos no que diz respeito a:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Atrativos;
Administração;
Manutenção;
Acessibilidade;
Paisagismo;
Sinalização;
Segurança;
Iluminação; e
Acesso.
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Quadro 5.7-1: Condições de zeladoria dos principais atrativos e recursos turísticos de Piraju
Atrativo
Antiga Estação
Ferroviária
Centro Regional
de Arqueologia
Ambiental
–
Museu da USP
Museu
Histórico
de
Piraju
Parque Natural
Municipal do
Dourado
Floresta
Piraju
de
Escada
peixes
de
Rio
Paranapanema
Administ.
Manutenção
Acessibilidade
Paisagismo
Sinalização
Pública
Atualmente, em reforma,
com recursos do Dade
Em função da revitalização,
não é possível avaliar as
condições que o prédio será
entregue
Bem conservado e
visualmente agradável
Não há sinalização turística para
veículos e pedestres, embora
esteja prevista no plano de
revitalização
Universidade de
São Paulo-USP
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Pública
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Pública
O parque precisa de
correções nas áreas do
viveiro,
piscicultura,
camping, e das trilhas, que
necessitam
de
ações
emergenciais. O parque não
dispõe de lixeiras
Há necessidade de investir
nos
padrões
de
acessibilidade local
Está
razoável,
precisando
de
melhorias nas trilhas
locais
Instituto
Florestal
Concessionário
Votorantim
Energia
Trechos
concessionados
para geradoras
de energia
(Duke Energy e
Votorantim
Energia)
Segurança
A segurança pública deve ser
reavaliada em função do uso
definido após a reforma
A distância dos equipamentos
existentes, concentrados na área
central, pode comprometer a
oferta do suporte
Iluminação
Acesso
A adequação da iluminação
está prevista no plano de
revitalização
Local de fácil acesso
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Não foi identificada sinalização
turística
Boas condições
Boas condições
Boas condições
No caminho de acesso ao parque,
existem placas que não atendem
ao padrão internacional
No interior, são necessárias
placas explicativas para pedestres
A segurança do parque é boa,
mas precisa ser intensificada na
alta temporada
Há necessidade de ações para
controle de vetores de febre
maculosa
O recurso não foi avaliado à
noite, pois se encontra
fechado para visitação
O local tem fácil acesso
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Não
há
projeto
de
iluminação que valorize a
paisagem
O rio é acessível em
poucos pontos para
nado, mergulho
Não tem rampa de
acesso
pública
viabilizando o acesso
das embarcações e
práticas de atividades
náuticas
Fechado para visitação
Foi inserida uma rede
proteção no decorrer da
escada para evitar a pesca
É necessário, principalmente
após o período de chuva e
cheia, a coleta de resíduos
nas margens, no rio e da
mata ciliar
É necessário adaptar para o
portador de deficiência
física
Não existe projeto de
infraestrutura
ou
acessibilidade no trecho que
compreende a cidade de
Piraju, o que seria um
grande diferencial para o
município
O único ponto de acesso e
banho é em via adaptada,
que oferece dificuldades
para
portadores
de
necessidades especiais e
Boas condições
Mata ciliar preservada
Não existe
A falta de sinalização é constante
em seu curso, incluindo aquela
relacionada à segurança e
educação ambiental
É disponibilizado guarda vidas no
trecho utilizado para banho, nos
dias de maior fluxo
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Atrativo
Administ.
Prainha
Pedrinha
Garganta
do
Diabo
Salto de Piraju
Salto do Dr.
Simão
Cachoeira
Castelo
Cachoeira
Arco Íris
Fecapi
do
do
Manutenção
São diversos os pontos de
melhorias: delimitação da
Duke Energy e
área de camping e de
Prefeitura
estacionamento,
reestruturar e padronizar os
Empresário sem quiosques, realizar estudo
permissão
de capacidade de carga,
formal para
criar regras para uso do
utilização do
espaço, incluir taxa camping
espaço
e estacionamento, controle
de vetores de doença,
instalar lixeiras
Não existe delimitação de
área
de
camping
e
estacionamento, estudo de
Concessionário
capacidade
de
carga,
regulamento para uso do
espaço para pesca
Os atrativos, localizados no
interior da Fecapi, não
dispõem de:
• Percurso
de
trilha
definido
• Lixeiras
Públicos
• Plataforma de acesso ao
rio
• Determinação de faixa
etária para uso
• Estudo de capacidade
de carga
A infraestrutura que a
cachoeira dispõe requer
manutenção em todas as
dependências:
banheiro,
Privada
estacionamento, sauna e
lanchonete
Não possui estudo de
capacidade de carga.
Pública
Não possui estudo de
Acessibilidade
embarcações
Iluminação
Acesso
Não há sinalização turística,
educativa, de segurança
Os zeladores dos locais são dois
empresários que ocupam a área,
não dispondo de suporte de
segurança pública ou guarda
vidas
É necessário um projeto de
iluminação no local
O acesso é fácil,
embora
seja
dificultado por placas
de
sinalização
inadequadas
O paisagismo é feito
pelo concessionário,
sem plano definido
Não há sinalizações nos padrões
do turismo internacional, nas vias
de acesso ao atrativo e para
orientação dos pedestres e
veículos
No local, na alta temporada, a
concessionada contrata guarda
vidas
A energia é fornecida por
geradores, o que onera o
concessionário
e
gera
insegurança
O ingresso é fácil
Boas condições
Existe a ocorrência de placas
desarmonizadas, relacionadas à
segurança
Sem sinalização que descreva os
atrativos, modo de uso e,
principalmente, que identifique o
local de cada um
Há portaria com vigilância no
período diurno
Existem
relatos
de
uso
inadequado do espaço da Fecapi
durante a noite
Boas condições
Boas condições nos
acessos internos e
externos
Não existem adaptações
para acessibilidade
A paisagem é natural
Não tem sinalização nas vias de
acesso, nem na propriedade
Não tem salvas vidas
O suporte de segurança pública
se encontra distante
Não foi possível avaliar os
padrões de iluminação no
local
O acesso é fácil e a
rodovia conservada
Não
As dependências do
Não há placas que orientem os
Complementar a presença de
Boas condições
Acessível
Não há estrutura
acessibilidade
Não há estrutura
acessibilidade no local
Não há estrutura
há
estrutura
Paisagismo
de
de
de
de
Sinalização
Segurança
Não há plano de
paisagismo condizente
com os usos propostos
e existentes
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Atrativo
Mirante
do
Paranapanema
Cruzeiro
Administ.
Pública
Igreja Matriz de
São Sebastião
Diocese de
Ourinhos
AABB
Praça Ataliba
Leonel
Privado
Pública
Manutenção
capacidade de carga
Acessibilidade
A visitação é limitada pela
quantidade restrita de vagas
para autos
Calçamento em estado
precário
Estado
do
calçamento
prejudica pessoas idosas ou
portadores de deficiência
física
Escadaria do Cruzeiro é
impeditiva para tais públicos
Paisagem antropizada
sem
cuidados
específicos
Não apresenta padrões de
acessibilidade
Favorecido
pelo
entorno (Praça Ataliba
Leonel)
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Fachadas e faces externas
carecem de pintura
Não
há
material
de
divulgação explicativo a
respeito da história do local
Boas condições
Necessária
melhor
distribuição de lixeiras
Paisagismo
local são urbanizadas e
cuidadas
Sinalização
visitantes dentro do recinto
quanto à disposição dos atrativos
, Aas placas de turismo existentes
não
estão
nos
padrões
internacionais
Segurança
seguranças no período noturno
Iluminação
Acesso
Há sinalização nas vias que indica
o caminho, sem placas que
mostrem o local de cada atrativo
ou sinalização para pedestres
Não há suporte de segurança no
local
À noite, o mirante e o
cruzeiro são bem iluminados
Fácil
Não há sinalização que relacione
com à história do município
A igreja foi cercada após uma
onda de assaltos e fica fechada
parte do dia, embora seja vizinha
da delegacia
A praça onde está localizada
a igreja é bem iluminada
Fácil
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Boas condições
Não tem sinalização nos padrões
internacionais do turismo
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PARTE II – TURISMO EM PIRAJU
6. GOVERNANÇA
Segundo o PNT- Plano Nacional do Turismo 2013- 2016, a governança regional é uma organização
com participação do poder público, da sociedade civil e dos atores privados do município.
Tal conceito é relativamente novo e sua apreciação abarca a capacidade de gerir ou, mais
especificamente, a jurisdição que os governos e entes têm de sugerir condições de replicar as
demandas da sociedade.
Em se tratando da governança social ou democrática, essa capacidade implica na administração
participativa que abrange as populações locais na elaboração, monitoramento e, em alguns casos, no
cumprimento de políticas públicas em nível nacional, estadual, regional e municipal.
A governança do turismo pode ser, então, definida como um acondicionamento social que apresenta
a participação de representações do poder público, da sociedade civil organizada e de entidades
empresariais vinculadas ao turismo em determinado território.
De modo geral, a governança constitui-se em ambientes de articulação dos atores sociais e de
formulação, análise e monitoramento de políticas, planos e projetos do turismo.
As decisões acerca do turismo e do seu desenvolvimento devem ser descentralizadas, atendendo às
demandas municipais que envolvem pessoas das áreas que, direta ou indiretamente, contribuem
para o setor.
O Ministério do Turismo (PNT 2013-2016) compreende e estabelece quais são os principais atores
privados ligados ao turismo local e quais ações são essenciais para que este grupo seja integrado ao
Plano Diretor de Turismo. Esses parceiros, sensibilizados, mobilizados e capacitados, devem fazer
parte da instância de governança do turismo.
Entre os mais relevantes, têm-se os representantes de:
•
•
•
•
•
•
Gestores públicos do turismo municipal;
Segmentos relacionados direta ou indiretamente à atividade turística, estadual e municipal;
Organizações não governamentais e da sociedade civil;
Instituições voltadas ao desenvolvimento regional;
Órgãos ambientais, de transporte, de infraestrutura, de saúde e de segurança;
Sistema S (Senac, Senai, Sesi, Sebrae, Sesc, Senar e Sescoop, por exemplo); e
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•
Cadeia produtiva do turismo, ou seja, diferentes entes sociais que empreendem, atuam,
fomentam e prestam serviços no setor.
Voltando o olhar para Piraju, é possível o reconhecimento dos agentes e das lideranças do turismo
local, que serão avaliados em distintas óticas, que incluem os instrumentos legais que os regem, suas
principais realizações recentes e composição, quando da disponibilidade de dados.
Também serão analisados os resultados das políticas públicas vigentes para o turismo, através de
planos, projetos e investimentos, e sua repercussão no desenvolvimento.
Os resultados do diagnóstico da governança e políticas públicas para o turismo, em Piraju, indicam:
•
•
•
•
•
•
•
•
Ausência de articulação entre a governança privada, o que acarreta iniciativas isoladas e
dificuldade de composição de cadeias de negócios;
Limitações na atuação do Comtur – Conselho Municipal de Turismo, cuja participação recente é
marcada pela dificuldade de quórum em reuniões e foco na discussão da aplicação dos recursos
do Dade – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias;
Impactos sobre a gestão do turismo e sobre este PDTur com reformulação das diretorias
municipais, incluindo a de Turismo, em função de restrições orçamentárias;
Forte participação do poder executivo na indicação de membros do Comtur e na participação da
definição dos investimentos públicos associados ao turismo;
Reduzido impacto dos investimentos recentes de recursos públicos de diferentes esferas no
fomento e promoção do turismo;
Processo de regularização e abertura de empresas afeta negativamente empreendimentos
turísticos, especialmente os que se referem ao aumento e qualificação da oferta turística, como
as atividades de canoagem e caiaques, rafting, entre outros;
A aplicação de recursos próprios da Prefeitura, no turismo, é concentrada na realização de
eventos, independemente de como estes afetam o fluxo de visitantes; e
A atuação privada é desarticulada e pautada pela baixíssima representaividade no setor de
instituições como o Sindicato Rural e Associação Comercial, por exemplo.
6.2. Governança pública
A análise da governança pública do turismo em Piraju incluirá a avaliação de competências, principais
ações e breve caracterização de:
Gestão Ambiental
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| 97
•
•
•
•
Prefeitura Municipal (Quadro 6.2-1);
Comtur (Quadro 6.2-2);
Detur – Departamento de Turismo (Quadro 6.2-3); e
Fumtur - Fundo Municipal de Turismo (Quadro 6.2-4).
Gestão Ambiental
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| 98
Quadro 6.2-1: Caracterização da atuação da Prefeitura Municipal de Piraju, quanto ao turismo
Prefeitura
Competências
Prefeito: Jair César
O prefeito indica os diretores municipais e parte dos
Damato
Vice-Prefeito:
Denilton Bergamini
Mandato
Início: 01/01/2013
Fim:
31/12/2016
membros do Comtur, tendo ascendência direta sobre:
• Departamento de Turismo – Detur, recentemente
incorporado no Departamento de Indústria e Comércio
• Conselho Municipal de Turismo – Comtur
• Departamento de Engenharia– Deenge, gestor dos
convênios do Dade
Também atua no desenvolvimento de políticas públicas e
ações votadas direta e indiretamente ao turismo local
Destaques
Desafios
• Captação de recursos, junto ao
Dade, para o desenvolvimento do
PDTur Piraju, com ações de
incremento e fomento ao turismo
local
• Definição
dos
projetos
para
aplicação de recursos do Dade
• Investimento em eventos do
calendário municipal, que inclui
alguns com reflexos no turismo e
outros voltados à população, como a
festa do peão
• Compatibilizar as restrições de
receita fiscal com a adequada
gestão do turismo
• Promover a articulação com o
setor privado
• Otimizar os processos de
regularização e apoio aos
empreendedores e investidores
do turismo
• Definir políticas de fomento e
atração de investimentos para o
setor
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| 99
Quadro 6.2-2: Caracterização da atuação do Conselho Municipal do Turismo - Comtur
Comtur
Competências
•
•
•
•
Atual presidente:
Marcio Eugênio
Bergamini
•
•
•
•
•
Propor projetos para o aproveitamento racional da potencialidade turística
Colaborar na construção do calendário de eventos turísticos do município e
da região
Criação e ajustes de normas e políticas públicas para viabilizar à atividade de
turismo;
Fortalecer ações ligadas a manutenção e preservação do patrimônio natural,
histórico e cultural
Articular-se com órgãos Estaduais, Federais e Municipais, oficiais ou
privados, visando o desenvolvimento de ações integradas
Programar e executar debates turístico
Promover e divulgar as atividades ligadas ao Turismo e apoiar a Prefeitura
na realização de eventos
Criar e nomear subcomissões e/ou convidar especialistas para ações
específicas
Detectar oportunidades e problemas, sugerindo ações ou slouções
correspondente
Destaque
Desafios
•
•
•
Participação
na
tomada de decisões
para a aplicação de •
recursos do Dade
•
Criar
mecanismos
para
aproximação e fortalecimento
da governança pública e
privada e da articulação entre
elas
Ampliar a representação do
trade
turístico
em
sua
composição
Fortelecer a participação dos
membros, assegurando o
quórum nos encontros, o que é
pontos de melhoria apontado
pelos próprios conselheiros
Qualificar
a
pauta
de
discussões e resultados da
atuação do colegiado
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| 100
Atendendo aos procedimentos metodológicos e visando complementar os objetivos do diagnóstico,
optou-se pela realização de consulta aos membros do Comtur para compreender sua percepção
sobre as atividades desenvolvidas pelo órgão e expectativas para o turismo em Piraju. Os resultados
foram consolidados em gráficos (Figura 6.2-1 a Figura 6.2-4) e indicam que:
•
Os membros Comtur acreditam que a atuação do órgão é limitada, essencialmente, à discussão
e validação da aplicação dos recursos do Dade;
•
A maioria dos participantes estão convencidos que o turismo irá evoluir e parte desses atribui
este progresso ao PDTur Piraju;
•
O carnaval e o encontro dos jipeiros são reconhecidos como os eventos com maior impacto no
fluxo de turistas; e
•
Turismo náutico e ecoturismo são considerados os segmentos mais promissores.
Figura 6.2-1: Principais ações do Comtur para promoção do turismo local
Promoção do Turismo Local
Aprovação da verba do DADE
28,57%
42,86%
Centro de Convenções e Obras
FECAPI
Indicação de idéias e projetos
Não promove ações de turismo no
município
14,29%
14,29%
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| 101
Figura 6.2-2: Como estará o turismo em Piraju em 2025?
Como estará o turismo em Piraju, em 2025
18,18%
Fortalecido
36,36%
Melhor após Pdtur
9,09%
Igual ou pior
Sem resposta
36,36%
Figura 6.2-3: Qual é o evento mais importante para o município?
Eventos importantes para o município
28,57%
32,14%
Carnaval
Encontro de Jipeiros
FECAPI/FAIPI
Copa canoagem
7,14%
14,29%
Encontro de Motociclismo
17,86%
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| 102
Figura 6.2-4: Potencialidade do turismo local
Potencialidade do turismo local
Náutico
18,75%
31,25%
Ecoturismo
Cultural
9,38%
Rural
9,38%
Aventura
Negócios
31,25%
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| 103
Quadro 6.2-3: Caracterização da atuação do Departamento de Turismo de Piraju- Detur
Competências
Detur (até set/2015)
Comissionado: Assessora de Turismo:
Lucieda de Moraes Vianini Carriel Turismóloga
Concursados:
Margareth das Dores Pilegi Mourão Turismóloga
Júlio Sérgio Campos de Oliveira –
Oficial Administrativo
Rhana Pedro Olavo de Almeida –
Auxiliar de Serviços Gerais
Agnaldo de Oliveira – Pedreiro
Francisco D. Santos leal – Auxiliar de
Serviços Gerais
João Carlos Florêncio – Auxiliar de
Serviços Gerais
Pedro Antônio Carlos – Auxiliar de
Serviços Gerais
•
•
•
•
•
•
Elaborar e manter atualizado o cadastro
da oferta turística do município
Organizar e realizar as atividades do
calendário de turismo do município
Participar de feiras e eventos regionais e
nacionais relacionados ao turismo.
Elaborar e divulgar estatísticas relativas
ao movimento e às atividades turísticas
do município.
Classificar os hotéis, restaurantes e
similares
Controlar as mudanças de categoria,
propriedade, regime de exploração e
preços dos estabelecimentos hoteleiros
Destaques
•
•
•
•
•
•
Elaboração e disponibilização do
Inventário Turístico de Piraju
Gestão do PIT
Elaboração do folder municipal
para o turismo
Realização de parcerias com a
iniciativa privada para patrocínio
visando a
representação do
município em feiras e eventos de
divulgação
Articulação regional de circuito das
águas
Organização e realização dos
eventos do calendário turístico
anual
Desafios
•
•
•
•
Adaptação à nova composição com a
manutenção das atividades anteriores e
melhoria das ferramentas de gestão e
suporte à implantação do PDTur Piraju
Maior apoio ao setor privado na
implantação
e
expansão
de
empreendimentos turísticos
Articulação institucional intersetorial e
dentro da própria prefeitura para
desenvolvimento do turismo
Otimização da aplicação dos recursos
disponiveis para os programas visando o
desenvolvimento do turismo
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| 104
Quadro 6.2-4: Fundo Municipal do Turismo
Fundo Municipal do Turismo
Competências
•
Gerido pela:
Secretaria
Finanças
•
de
Orçamento
e •
•
Facilitar a captação, o repasse e a aplicação
de recursos destinados ao turismo
Requisitar as despesas do Fundo através do •
setor de compras
Anualmente, processar-se a inventário de
bens e direitos vinculados ao plano
Apresentar ao Comtur, o plano de aplicação
devidamente aprovado pelo prefeito
Destaques
•
Existência do Fundo no município
e a Lei 2002/95, que o
regulamenta
e
determina
•
competências e diretrizes
Desafios
No momento, as ações de investimentos
com essa verba estão suspensas, o que
implica na sua reativação
Modernização da legislação do fundo e seus
mecanismos de execução
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| 105
6.3. Governança privada
A análise da governança privada do turismo, em Piraju, revela:
•
Prevalência de iniciativas pontuais dos diferentes empreendedores, em função de objetivos e
estratégicas específicos dos respectivos estabelecimento;
•
Ausência de representação setorial e formulação de pleitos coletivos;
•
Baixa representação no Comtur;
•
Desarticulação intersetorial e reduzido conhecimento de iniciativas e atrativos da localidade;
•
Ausência de estratégias de formação de cadeia de negócios, com poucas parcerias entre
estabelcimentos identificadas;
•
Postura passiva quanto ao fomento ao turismo e captação de visitantes, com dependência de
iniciativas do poder público e foco em feriados e calendário municipal;
•
Escassez de dados quanto à demanda turística nos estabelecimentos e reduzida utilização de
tais informações como ferramentas de gestão;
•
Dificuldades de regularização de empreendimentos junto à prefeitura; e
•
Percepção de ambiente de negócios com tendências de estagnação e volume reduzido de
investimentos.
Tal contexto foi identificado, principalmente, através de entrevistas com representantes do setor, de
diferentes áreas e com gestores públicos.
O Quadro 6.3-1 traz a identificação dos principais atores privados do turismo em Piraju.
Quadro 6.3-1: Principais atores privados do turismo em Piraju
Estabelecimento e representante
Representantes hoteleiros
Hotel Beira Rio
Responsável: Adriana
Hotel Furlan
Telefone e endereço
Telefone: 14. 33511945
Rua Augusto Garcia, 109 Vila Tibiriçá
Telefone: 14. 33511929
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Responsável: Mercis Furlan
Hotel Internacional
Responsável: Isabele
Recanto Monte Alegre
Responsável: Júlio
Representantes do turismo de aventura
Pirarafting
Responsável: Leandro Purga
Acqua Rio
Responsável: Marcia
Tribo do SUP
Responsável: Alexandre
Representantes do setor alimentício
Pirabar
Responsável: Eurico e Malu
Iate Clube e restaurante Canto do Bar
Responsável: Elói
Taças e Cachaças
Responsável: Claudemir Maruchi
Kenko Piraju
Oishi Sushi Bar
Hamburgueria Piraju
Receptivo do turismo
Aline Viagens e turismo
Responsável: Aline
Valintur Agência de Viagem e Turismo
Associações e Sindicatos
Sindicato Rural
Responsável: José Rubens de Oliveira
Associação Comercial de Piraju – ACIP
Responsável: S.R. Gastão
Associação dos Produtores de Café
Responsável: Marcos Favaro
Associação Rio Das Artes de Piraju e Região - Casa do
Artesão
Rua Dona Francisca Leonel, 197
Telefone: 14. 3351-1015
Rua Treze de Maio, 170, Centro
Telefone: 14. 996589274
Rodovia Raposo Tavares, km 309
Estrada Velha de São Paulo – Bairro Monte Alegre
Telefone 14. 998908484
Recinto da Fecapi
Telefone: 14. 33515235
Rua Augusto Garcia, 46
Telefone: 14. 9 98930105
Recinto da Fecapi
Telefone: 14. 3351-4387
Rua Praça Benedito Silveira de Camargo, 155, Centro
Telefone: 14. 33511752
Praça Benedito Silveira Camargo, 74, Centro
Telefone: 14. 9 6121267
Recinto de Exposições da Fecapi
Telefone: 14. 33518176
Praça Ataliba Leonel, 18
Telefone: 14. 33513185
Recinto de Exposição Parque Fecapi
Telefone: 14. 33518218
Praça Benedito Silveira Camargo, 473
Telefone: 14. 9 97459009
Rua Sete de Setembro, 608
Telefone: 14. 3351-2466
Rua Antônio Mercadante Sobrinho, 672
Telefone: 14. 33511999
Rua 13 de maio, 590
Telefone: 14. 3351-1031
Rua 13 de maio, 500 – Centro
Telefone: 14. 33512815
Rua Hermes Correa de Carvalho, 216
Telefone: 14. 3351-5888
Praça Ataliba Leonel, 270, Centro
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| 107
Responsável: Dulcinéia Cury
Associação Pirajuenese dos Observadores de Aves –
Piraves
Responsável: José Carlos Garcia
Atores sociais do turismo local
Escola de Canoagem
Diretor: Luciano Crespo
Clube dos Motociclismos
Responsável: Luciano Pardal
Duke Energy
Responsável: Vinícius
Clube dos Jipeiros de Piraju – Forca Bruta
Responsável: Adriano
Telefone: 014. 33515245
Telefone: 14 997856975
Endereço: Recinto da Fecapi
Telefone: 014. 33517875
Rua Vereador Milton Spindola, 500
Telefone: 014. 33511752
Telefone: 014 3351-1111
Rua São Vicente de Paula, 66
6.4. Políticas do turismo
Segundo a Organização Mundial do Turismo (2003), a implantação das políticas e dos planos
turísticos é de responsabilidade tanto dos setores governamentais quanto dos privados.
O setor público é responsável pela política, planejamento e pela pesquisa, oferecendo a
infraestrutura básica, desenvolvendo alguns atrativos turísticos, fixando e administrando padrões de
serviços e instalações, uso e controle.
A finalidade das políticas públicas para o desenvolvimento e gerenciamento do setor turístico
estimula gestores privados e comunidade a verem no setor oportunidades antes não imaginadas,
como:
•
Emprego;
•
Divulgação da cultura; e
•
Renda, entre outros.
Para isso, é importante formular políticas de desenvolvimento e um plano físico turístico com base
nos objetivos, levantamentos, análise e na síntese propostas (OMT, 2003).
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| 108
A estância de Piraju tem um conjunto de políticas que podem a valorizar e consolidar o turismo local,
que serão analisadas a partir da disponibilização de recursos e sua alocação em programas e
atividades específicas, além da legislação incidente.
As leis e decretos do município compreendem objetivos amplos e diretrizes para o desenvolvimento
do turismo e são concisas e superficiais ao propiciar ferramentas de ação para sua implantação.
A Lei Orgânica define diretrizes e determina que ao município promova e incentive o turismo como
fator de desenvolvimento social e econômico, contendo capítulo específico para o setor, no qual
estabelece a necessidade de estímulos para:
•
•
•
•
•
•
•
Prática, exibições e competições das várias modalidades esportivas, diretamente ligadas ao
turismo, como natação, esqui, canoagem, torneio de pesca e outros;
Espetáculos e eventos folclóricos, religiosos e artísticos;
Desenvolvimento de áreas consideradas de lazer, tais como: praias, lagos artificiais, riachos,
cascatas, praças, jardins, bosques e outros;
Criação de atividades de lazer, notadamente para crianças e idosos;
Divulgação do potencial turístico e paisagístico do município;
Intercâmbio turístico com outros municípios; e
Campismo através de áreas de camping municipal ou particular.
O Plano Diretor do município (Lei Complementar Nº 143/2013) também refere se ao turismo como a
mola propulsora para a inclusão social e o protagonismo regional, o que fá foi abordado no capítulo
de desenvolvimento urbano.
Além das leis que propiciam alicerce de ação, outras determinam como os órgãos competentes
devem atuar e fomentar o turismo local. Tal conjunto de instrumentos será brevemente avaliado no
Quadro 6.4-1.
Quadro 6.4-1: Conjunto de leis acerca do turismo da Estância Turística de Piraju
Leis/Decretos
Competências
Lei 2877/2005 - Conselhor Municipal do
Turismo
Lei 2720/2003 – Conselho Municipal de
Turismo - Comtur
Alinha sobre a consolidação das leis que trata sobre o Conselho
Municipal de Turismo e dá outras providências
Lei 2002/1995- Fundo Municipal de
Turismo
Institui o Fundo Municipal de Turismo junt ao Departamento
de Turismo determinando à responsabilidade da elaboraração
de um plano de aplicação dos recursos que será submetida à
aprovação do prefeito
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Leis/Decretos
Competências
Lei Orgânica - 1996
Lei Complementar - 143/2013
Lei – 152/2014 - Revisão do Plano Diretor
Decreto 4085/2004 – Regimento Interno
do Comtur
Disciplina o funcionamento de categorias de instância
específicas no município, como o turismo e algumas áreas de
interesses para o planejamento local
Dispõe sobre a revisão do PLANO
DIRETOR da Estância Turística de Piraju
Dispõe da revisão do Plano Diretor do Município e altera a Lei
complementar nº 143 de 26/06/2003
Dispõe sobre o Regimento Interno do Comtur - Conselho
Municipal de Turismo
No âmbito estadual, merece a destaque a aprovação da Lei nº 1.261/2015, que estabelece condições
aos municípios classificados como estâncias turísticas, cuja relação poderá ser revista a cada três
anos. Os municípios deverão demonstrar evolução de seus resultados e atender requisitos
relacionados a:
•
•
•
•
•
Oferta de expressivos atrativos turísticos de uso público e caráter permanente, naturais, culturais
ou artificiais, que identifiquem a sua vocação;
Infraestrutura urbana, o que inclui a sinalização turística;
Oferta de serviços de suporte, como meios de hospedagem, alimentação, receptivo e
informação;
Necessidade de planejamento setorial para o turismo, que deverá ser atualizado periodicamente;
e
Existência e funcionamento do Comtur, de caráter deliberativo e consultivo, entre outros.
A definição das políticas em instrumentos legais é complementada por ações, programas e projetos
de fomento ao turismo, na forma de recursos liberados para este fim.
Em Piraju, os mais relevantes são aqueles geridos pelo Dade – Departamento de Apoio ao
Desenvolvimento das Estâncias (Quadro 6.4-2) e outros repassados pelo Ministério do Turismo.
Quadro 6.4-2: Investimentos viabilizados com recursos do Dade
Ano
2003
2003
Objeto
Projeto Circuito das águas limpas: estrada de acesso a
Prainha/Pedrinha
Projeto Circuito das águas limpas: abastecimento de
água/energia para Prainha/Pedrinha
Valor (R$)
Situação
32.494,05
Concluído
46.305,50
Concluído
Gestão Ambiental
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| 110
Ano
Objeto
Valor (R$)
Situação
51.990,00
Concluído
161.864,75
Concluído
227.345,70
Executado 50%
146.260,10
Concluído
68.477,26
Concluído
56.353,20
Concluído
53.342,18
Concluído
107.429,45
Concluído
112.924,45
153.734,25
64.563,38
117.505,81
127.930,94
125.223,00
255.884,58
Concluído
Concluído
Concluído
Concluído
Concluído
Concluído
Executado parcial
- convenio
rescindido
Concluído
407.003,34
Concluído
151.834,72
Concluído
2007
2007
2007
2007
2007
2007
Projeto Circuito das águas limpas: construção de 1
lanchonete na Prainha e 1 Lanchonete na Pedrinha
Projeto Circuito das águas limpas: reforma da Praça
Ataliba Leonel
Projeto Circuito das águas limpas: recuperação do Edifício
Principal da Estação Ferroviária
Melhorias no Centro de Fomento Turístico, Agropecuário
e Industrial Pref. Claudio Dardes - Fecapi: Construção de
Restaurante Panorâmico
Arquibancada em matacões
Torre de Locução
e Industrial Pref. Claudio Dardes - Fecapi: Barracão para
Barcos
Barracão para Equinos
Construção da Praça Pedro Novaga
Reurbanização da Praça Benedito Silveira Camargo
Reurbanização da Praça João de Freitas Barreiros
Construção da Praça Luzia Petroni Laino
Construção da Praça Sylvestre Vaz Pereira
Construção da Praça dos Expedicionários
2007
Reforma dos galpões da antiga FEPASA
36.167,83
2008
Conclusão da Praça Luzia Petroni Laino
08 Quiosques
02 Sanitários Públicos
Barracão para Exposição
2003
2003
2003
2007
2007
2007
2007
2007
2008
2008
2008
Concluído
330.837,88
Gestão Ambiental
geobrasilis.com.br
| 111
Ano
2008
2008
2009
2009
2009
2010
2011
Objeto
Valor (R$)
Situação
330.837,88
Concluído
160.390,65
Concluído
518.918,11
Em execução
638.000,00
Concluído
488.835,97
Em fase final de
execução
urbana em vias turísticas - recapeamento
CBUQ e construção de rampas de
1.805.629,56
Concluído
urbana em vias turísticas - recapeamento
CBUQ e construção de rampas de
1.957.127,67
Concluído
Barracão para Exposição
e Industrial Pref. Claudio Dardes - Fecapi: Guias/ sarjetas e
lajotas
Reurbanização da área do entorno do antigo pátio da
Fepasa (iluminação, paisagismo e sistema viário)
Projeto Estação Memória - Instalação de trenzinho
composto de máquina, vagão e trilhos
Reforma e adaptação de dois galpões da antiga FEPASA
Infraestrutura
asfáltico em
acessibilidade
Infraestrutura
asfáltico em
acessibilidade
2012
Construção de um Centro de Convenções
2.278.684,22
2013
Revitalização de ruas do Centro Comercial
Plano Diretor de Turismo para o município da Estância
Turística de Piraju
2.227.404,71
Em fase final de
execução
Em execução
250.013,50
Em execução
2014
2014
Revitalização da Orla da Represa Paranapanema
2014
Construção de arquibancada coberta
553.705,30
1.799.451,61
Adequação do
projeto
Adequação do
projeto
Fonte: Prefeitura Municipal de Piraju, 2015.
Dado o relevante conjunto de projetos, para sintetizar os investimentos relacionados no Quadro 6.42, formulou-se a Figura 6.4-1.
Gestão Ambiental
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| 112
Figura 6.4-1: Análise da aplicação dos recursos do Dade, entre 2007 e 2014
1,67%
Aplicação dos recursos do Dade (2007-2014)
Requalificação e melhoria de
equipamentos turísticos
15,20%
38,25%
Melhorias urbanas
Novos equipamentos turísticos
Planejamento e gestão
44,88%
Fonte: Prefeitura Municipal de Piraju, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015
A maioria dos investimentos foi destinada a melhorias urbanas, como construção de praças,
pavimentação e requalificação de vias públicas (44,88%).
Parte significativa (38,25%) foi aplicada em melhorar equipamentos turísticos já existentes,
principalmente a Fecapi, que foi objeto de aplicação de mais de 25% dos recursos disponibilizados no
período, além da estação ferroviária e a orla do rio Paranapanema.
Quanto à construção de novos equipamentos de caráter turísticos, tem-se a edificação do Centro de
Convenções (15,2%), cuja entrega está prevista para o segundo semestre de 2015.
A elaboração deste Plano Diretor de Turismo justificou a aplicação de 1,67% do montante
disponibilizado pelo Dade, entre 2007 e 2014.
O Ministério do Turismo – Mtur contribuiu para consolidação de ações e eventos tradicionais,
favorecendo o município com repasses que buscaram incrementar e fomentar o desenvolvimento do
setor, como demonstrado no Quadro 6.4-3.
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| 113
Quadro 6.4-3: Investimentos viabilizados com recursos do Ministério do Turismo
Ano
Objeto
Valor do convênio
2004
Apoio a projetos de infraestrutura turística
110.000,00
2008
Festa do Trabalhador
100.000,00
2009
25ª Festa do café de Piraju - Fecapi
120.000,00
Total
330.000,00
Fonte:
Portal da Transparência do Governo Federal, 2015. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
Nota-se o direcionamento das captações junto ao MTur para eventos e sua interrupção a partir de
2009.
Quanto à aplicação de recursos municipais para o turismo, o PPA - Plano Plurianual 2014 – 2017
estabelece a alocação de mais de R$ 5 milhões, no período, conforme distribuição do Quadro 6.4-4.
Quadro 6.4-4: Previsão de recursos para o turismo, no PPA 2014-2017 de Piraju
Projeto
Manutenção
do
Turismo
Contribuições
para
Fecapi
Contribuições
para
Assoc. Escolas de
Samba
Contribuições
para
Assoc. Motociclistas
Contribuições
para
Assoc. Com. Ind.
Piraju e Sebrae
Contribuições
para
Assoc. Volunt. Comb.
Câncer
Contribuições
para
Assoc. Volunt. Comb.
Câncer (Encontro de
Jipeiros)
Manutenção
dos
adiantamentos
2014
2015
2016
2017
R$ 732.000,00
R$ 818.000,00
R$ 847.000,00
R$ 925.000,00
R$ 250.000,00
R$ 265.000,00
R$ 274.000,00
R$ 299.000,00
R$ 250.000,00
R$ 265.000,00
R$ 274.000,00
R$ 299.000,00
R$ 32.000,00
R$34.000,00
R$36.000,00
R$40.000,00
R$ 36.000,00
R$ -
R$ -
R$ -
R$ 15.000,00
R$15.000,00
R$16.000,00
R$18.000,00
R$ 15.000,00
R$15.000,00
R$16.000,00
R$18.000,00
R$ 11.000,00
R$25.000,00
R$26.000,00
R$29.000,00
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Projeto
Total por ano
2014
2015
2016
2017
R$ 1.341.000,00
R$ 1.437.000,00
R$ 1.489.000,00
R$ 1.628.000,00
Fonte: Plano Plurianual 2014 – 2017, http://www.transparenciacidadao.com.br/faces/paginas/ppa.xhtml ,
20115. Elaboração: Geo Brasilis, 2015.
No que se refere ao orçamento anual para 2015 (Lei Nº 3.845/2014 – Lei do Orçamento Anual –
LOA), tem-se a previsão de aporte de R$ 2,23 milhões por parte do Dade, além da manutenção das
despesas previstas no PPA, das quais R$ 447 mil se referem a salários da equipe.
A avaliação das despesas municipais indica:
•
•
•
Previsão de intensos investimentos em eventos específicos, a ordem de R$ 530 mil, com Fecapi
e escolas de samba, com repercussão pontual no turismo;
Alocação menor de recursos em novos eventos como Encontro de Jipeiros de Piraju e Encontro
de Motociclistas; e
Ausência de previsão de gastos em planejamento, gestão, benchmarking, entre outros.
Além dos investimentos públicos, existem ações do setor privado. Vislumbrando o crescimento do
fluxo turístico, o trade aporta recursos em equipamentos turísticos, entre os quais se destacam os
relacionados no Quadro 6.4-5.
Quadro 6.4-5: Investimentos do setor privado em Piraju
Ano
2015
2015
2015
Oferta turística
Aquisição do Hotel Pousada Piraju (antiga Fundação
Cesp) por grupo privado
Aquisição do tradicional Hotel Piraju por investidores
privados
Construção do centro de eventos e convenções – Hotel
Beira Rio
Fase
Fechado, aguardando
reformas
Fechado, aguardando
restauro
Em construção
As ações do setor privado estão voltadas na aquisição de novos e antigos equipamentos de
hospedagem, incrementando na diversidade da cadeia hoteleira e no lançamento de um centro de
eventos e convenções.
Nota-se a ausência de investimentos em novos atrativos turísticos.
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7. CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
7.1.
Síntese temática
Nas questões que contemplam o planejamento do turismo e suas dimensões, os aspectos
relacionados à educação e capacitação da governança e da população local devem ser considerados
como diferencial estratégico, na medida em que colaboram para:
•
•
•
•
Boa relação do turista com os atrativos, meios de hospedagem e acesso à informação;
Sustentabilidade econômica dos estabelecimentos do setor;
Estímulo ao empreendedorismo e implantação de processos de melhoria de atrativos; e
Bom atendimento aos visitantes.
Atualmente, o município não dispõe de cursos periódicos, de iniciativas institucionais para
capacitação da mão de obra do turismo, como garçons, recepcionistas, entre outros.
No caso da qualificação de empreendedores, tem-se o mesmo resultado, embora o Sebrae
disponibilize materiais específicos para a formatação de atrativos e haja oficinas esporádicas.
De parte do poder público, tem-se poucas iniciativas de articulação de ações de capacitação junto a
parceiros, como o Sebrae e o Sindicato Rural, por exemplo.
Ao mesmo tempo, as escolas municipais oferecem, na grade curricular, aulas de sensibilização para o
turismo, para os alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental.
A seguir, serão analisadas com mais detalhes as sistemáticas de qualificação existentes e seus
resultados.
7.1.
Capacitações do setor privado para o mercado turístico
Não existe plano de capacitação dos atores privados, tampouco iniciativa do setor público de
estimular a prática contínua de oferta de cursos para os trabalhadores relacionados ao turismo,
como: bartender, garçons, recepcionistas, copeiros, camareiros, guias, etc.
As iniciativas pontuais identificadas são de responsabilidade dos empresários, direcionadas aos
próprios colaboradores e não estão alinhados aos objetivos municipais para o setor ou estratégias
contínuas de qualificação.
Contribui para este cenário a ausência de equipamentos voltados para o setor.
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O Sindicato Rural mantém convênio com o Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Todavia,
não houve interesse no último ano para a oferta dos cursos de Turismo Rural (Meios de
Hospedagem, Meios de Alimentação, Atendendo e Encantando o Cliente, Guia de Turismo Rural,
etc.) oferecidos pelas entidades.
Quanto à capacitação dos próprios empresários, identificou-se a oferta de oficinas do projeto
Avançando na Gestão de Micro e Pequenas Empresas do Turismo Brasileiro, organizadas pela CNTur
– Confederação Nacional do Turismo e Sebrae, ao longo de 2014 e 2015, com parceria da ACIP –
Associação Comercial e Industrial de Piraju e da Prefeitura Municipal. Entre os temas abordados,
foram incluídos: qualidade, pessoas, formação de preços, inovação, sustentabilidade, liderança,
estratégias, cooperação, associativismo, parcerias, mercado e uso de ferramentas digitais no setor de
turismo.
O Sebrae disponibiliza, em seu posto de Piraju, apostilas e materiais sobre o desenvolvimento de
estabelecimentos e negócios turísticos, embora não promova cursos para o setor. O Sebrae – SP,
desenvolveu uma série de cartilhas, visando a sustentabilidade econômica, social e ambiental para os
micros e pequenos empresários do ramo.
O material tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de circuitos e roteiros turísticos, através
da profissionalização empresarial e a capacidade de autogestão técnica e estratégica, tendo como
objetivo final a elevação dos níveis de competitividade e auto economia desses empreendimentos.
A série aborda os seguintes assuntos:
•
•
•
•
•
•
•
Caderno 1: Entendendo o Atrativo Turísico;
Caderno 2: Desenvolvimento Atrativo Turístico;
Caderno 3: Getão do Atrativo Turístico;
Caderno 4: Característica do Atrativo Turístico;
Caderno 5: Estrutura Física do Atrativo Turístico;
Caderno 6: Segurança do Atrativo Turístico; e
Caderno 7: Divulgação e Comercialização do Atrativo Turístico.
O setor de artesanato situa-se no mesmo contexto, com iniciativas de qualificação de artesãos de
responsabilidade do Fundo Social de Solidariedade e entidades religiosas, sem foco em negócio,
design dos produtos e marketing específico. Assim, a oferta existente é comum a outras localidades,
explorando-se pouco a identidade e cultura locais.
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| 117
7.2.
Capacitação da comunidade
A Prefeitura de Piraju, através de seu Departamento de Educação, ministra aulas de sensibilização
para o turismo, na grade curricular do ensino fundamental, com intuito fortalecer e estruturar, desde
a infância, a compreensão sobre o tema e seu impacto no desenvolvimento econômico do município.
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8. OFERTA DE SERVIÇOS TURÍSTICOS
O inventário é ferramenta essencial para planejamento turístico, pois permite conhecer e detalhar a
oferta para facilitar o incremento das atividades.
Segundo o Ministério do Turismo, o inventário da oferta turística consiste no levantamento,
identificação e registro dos atrativos, dos serviços e equipamentos turísticos e da infraestrutura de
apoio ao turismo, como instrumento base de informações para fins de planejamento, gestão e
promoção da atividade turística, possibilitando a definição de prioridades para os recursos
disponíveis e o incentivo ao turismo sustentável.
As descrições das informações locais seguem, em partes, as dimensões apontadas pelo Inventário da
Oferta Turística – INVTUR, do MTur. Para o desenvolvimento deste campo, foram levantados os
aspectos mais relevantes para o diagnóstico, o que não impede que cada estabelecimento proceda
ao seu cadastro na ferramenta disponibilizada pelo ministério.
Tradicionalmente, o inventário aborda elementos referentes a:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Alimentos e Bebidas – A&B;
Agências de viagem;
Atrativos e recursos culturais;
Atrativos e recursos naturais;
Equipamentos de Lazer;
Turismo náutico, que será avaliado separadamente em função da vocação identificada em Piraju;
Eventos esportivos;
Eventos religiosos;
Meios de hospedagem;
Postos de informação turística; e
Calendário de eventos.
Cada um destes aspectos será avaliado a seguir, através de quadros que permitem a visão do
conjunto da oferta na localidade e dos mapas disponíveis no Anexo VII: Atrativos turísticos e
recursos de Piraju e Anexo VIII: Estabelecimentos de apoio ao turismo.
Os principais aspectos identificados a partir da avaliação da oferta de atrativos e estabelecimentos
do município de Piraju são:
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•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Dificuldade para localizar estabelecimentos de alimentação no período noturno, funcionando
todos os dias da semana;
Grande parte dos equipamentos e eventos culturais são explorados como atrativos turísticos e
estão localizados próximos a estabelecimentos de hospedagem e alimentação. Apenas a Estação
Ferroviária, atualmente em reformas, não é utilizada para desenvolvimento de atividades
turísticas, indicando uma oportunidade;
Amplo leque de tipos de atrativos e recursos naturais, que se desenvolvem a partir do rio
Paranapanema e das unidades de conservação, possibilitando o contato com a natureza e a
realização de atividades atreladas aos segmentos de pesquisa, aventura, acampamento e pesca;
Cachoeiras com ricas belezas naturais e necessidade de melhoria da infraestrutura e de recepção
ao turista, com potencial de passar de recurso para atrativo turístico, incrementando as opções
de pontos de visitação da cidade;
Presença do Recinto de Exposições “Prefeito Cláudio Dardes”, conhecido como Fecapi,
equipamento que integra opções de lazer e eventos que atraem pessoas de outras localidades,
assim como atrativos, mas que necessita de melhorias quanto a sinalização interna para
indicação dos locais de visitação;
Vocação municipal para o desenvolvikento do segmento de turismo náutico, considerando sua
localização estratégica: Piraju é banhada por quatro represas. Atualmente, a cidade oferece
opções de lazer, aproveitando sua riqueza hídrica, com atividades de rafting, cachoeiras,
passeios de caiaque e stand up paddle, com oportunidade de ampliar a oferta;
Para alavancar o turismo náutico, ações como melhorias da ramapo de embarcações (conhecida
como “rampo do canto”) são necessárias;
Oportunidade de desenvolvimento de negócios considerando o aproveitamento da correlação
entre esporte, turismo, aventura e indústria náutica;
Meios de hospedagem precisam intensificar a divulgação do seu negócio e articular parcerias
com os atrativos e equipamentos locais de turismo;
Nenhum dos estabelecimentos de hospedagem e de alimentação apresentam pessoal capacitado
para receber pessoas com deficiência;
Ausência de cardápio dos meios de alimentação em língua estrangeira;
Muitos dos eventos que ocorrem na cidade não são divulgados pelo calendário municipal, o que
mostra uma dissonância entre os atores públicos e privados;
Agências de viagem de Piraju comercializam pacotes de outras localidades; e
Posto de Informação ao Turista – PIT funciona em horários restritos e divulga poucos
equipamentos e atrativos.
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8.2. Atrativos culturais e históricos
Quadro 8.2-1: Atrativos culturais e históricos do município de Piraju
Atrativos Culturais
Estação
Ferroviária
Moçambique
Centro Regional de
Arqueologia Ambiental
“Mario Neme”
Museu Histórico de Piraju
“Constantino Leman”
Projeto Luz
O acervo contempla peças
antigas de mobiliário e
vestuário, obras de arte e
decoração que contam a
história do município
O evento, que está na
segunda edição, em 2015, é
desenvolvido em três dias e
inclui decoração com
iluminação da área central e
desfile cívico
Carnaval - Folia na Praça
A festa tem duração de cinco
dias, realizada normalmente
nos meses de outubro ou
novembro, com shows,
exposições, leilões e
implementos agrícolas,
rodeio, prova do laço,
cavalgada, apresentações
regionais, praça de
alimentação, bares com
música ao vivo
Descrição do atrativo
Condição
Recurso turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Localização
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Endereço
Av. Dr. Simão,
altura do número
1.726
Praça Dr. José Ataliba Leonel
Rua Treze de Maio, 662
Praça Silveira Camargo
(Brasilinha)
Centro de Piraju
Avenida Vereador Eduardo
Cassanho, 330 – Fecapi
Praça Ataliba Leonel
Avenida Vereador Eduardo
Cassanho, 330 – Fecapi
Telefone
-
-
(14) 3351- 5199
(14) 3351-3622
(14) 3351-4551
(14) 3351-7226
(14) 3351-4551
(14) 3351-7226
Site
-
-
www.mae.usp.br-
http://museu2009.blogspot.c
om.br/2015/06/museuhistorico-e-pedagogico.html
https://www.facebook.com/P
rojeto-de-Luz315574378543291/
Proximidades
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de
hospedagem
Posto de
combustível
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Posto de combustível
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Visitação
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Finalidade
Passeio e pesquisa
Passeio, religiosidade e pesquisa
Passeio e pesquisa
Passeio e pesquisa
Passeio
Passeio
Passeio
Passeio
Agendada
-
-
Sim
Sim
-
-
-
-
Autoguiada
-
-
Sim
Sim
-
Sim
Sim
Sim
Guiada
-
-
Sim
Sim
Sim
-
-
-
Horário
-
-
Segunda a sexta: 10h às 17h
Segunda a sexta: 09h às 15h
-
Ocorre no mês de março
Nos dias de carnaval
Acontece em novembro
Entrada gratuita
-
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Informativos impressos
-
Não
Não
Não
Não
-
Não
-
O grupo se apresenta no dia 13 de
maio e nas festas comemorativas de Exposições eventuais trazem
São Benedito, padroeiro do
materiais de culturas diversas,
município e do grupo
como povos indígenas
Funcion.
O evento ocorre sempre no
Além do carnaval de rua, com
mês de março, com
presença de trios elétricos e
programação desenvolvida em música sertaneja, o desfile de
três dias, incluindo provas de escola de samba é tradicional,
laço, de diversas modalidades
embora não ocorra há dois
e rédeas
anos
Festa do café
A Estação
Ferroviária, passa
por reformas,
motivo pelo qual
não foi possível
fazer avaliação
Moçambique é uma tradição
Acervo composto de peças de
escavações na região
Rodeio Crioulo
https://www.facebook.com/P
https://www.facebook.com/fe
http://estanciadepiraju.sp.gov
rojeto-de-Luzcapifaipi/posts/579075802128
.br/
315574378543291/
070
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Atrativos Culturais
Estacionamento
Estação
Ferroviária
Moçambique
Centro Regional de
Arqueologia Ambiental
“Mario Neme”
Museu Histórico de Piraju
“Constantino Leman”
Projeto Luz
Rodeio Crioulo
Carnaval - Folia na Praça
Festa do café
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Instalações sanitárias
Palco para eventos
Caixa eletrônico
Área de exposição coberta
Sistema de amplificação
Som ambiente
Saída de emergência
Iluminação noturna
Palco para eventos
Quadra polivalente
Refletores
Telefone público
Cultural
Cultural
Comercial
Promocional
Outras infraestruturas
-
Telefone público
Achados e perdidos
Bar/lanchonete
Atividades
-
Culturais
Esportivas
Religiosas
Área de exposição aberta
Sinalização interna
Guarda volumes
Telefone público
Som ambiente
Telefone público
Som ambiente
Palco para eventos
Quadra polivalente
Refletores
Telefone público
Cultural
Educativa
Cultural
Educativa
Cultural
Religiosa
Cultural
Comercial
Promocional
-
-
Acervo
-
-
Desenho, escultura e
equipamentos arqueológicos
Armas e acessórios,
equipamentos de defesa,
munições, apetrechos de caça
e defesa, moedas antigas,
equipamento de
documentação escrita,
Acesso
-
A pé
A pé
A pé
-
A pé
A pé
A pé
Pavimentada
-
Pavimentada
Pavimentada
Pavimentada
Pavimentada
Pavimentada
Pavimentada
Grau de dificuldade
-
Leve
Leve
Leve
Leve
Leve
Leve
Leve
Muito bom
Estado geral
de
Bom
conservação
Inadequado
-
X
X
X
-
X
X
X
-
-
-
-
-
-
-
-
Trilha de acesso
-
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8.3. Atrativos naturais
Quadro 8.3-1: Atrativos e recursos naturais do município de Piraju
Atrativo ou recurso
Escada para peixes
Floresta Estadual de
Piraju
Garganta do
Diabo
Mirante do
Paranapanema
Parque Natural
Municipal do
Dourado
Pedrinha
Prainha
Represa
Jurumirim
Represa Piraju
Rio Paranapanema
Salto de Piraju
Salto do Dr.
Simão
Condição
Atrativo turístico
Recurso turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Recurso
turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Tipo
Ponte da
observação da
natureza
Unidade de
conservação
Corredeira
Outros
Unidade de
conservação
Praia - água doce
Praia - água doce
Outros
Outros
Rio
Salto
Salto
Uma das duas
escadas para
peixes existentes
no Brasil, é um
belo espetáculo
visual na época da
piracema,
proporcionando
recursos para que
os peixes subam o
rio Paranapanema,
vencendo a
barragem de Piraju
Localização
Possui grande faixa de
mata nativa, lagos,
lagoas, rios, trilhas,
espaços para
caminhada e trekking,
além de ser possível a
observação de aves e
outros animais
Está fechado para a
visitação
Área urbana
Área rural
Endereço
Ponte Engenheiro
Nelson de Godoy
Proximidades
Funcion.
Local de grande
beleza natural, às
Abriga a Escola
margens do
Municipal de
Permite a
Área cercada por
trecho
final do rio
pedras e mata,
Canoagem
contemplação do
Paranapanema próximo à Prainha,
Slalom e é
último trecho
considerada a
natural do rio
propício para
As principais
prática
de pesca,
melhor pista das Paranapanema e
atividades
Américas para a
de parte da
esportes
náuticos
desenvolvidas são
prática desse
cidade
e camping
a pesca e a
esporte
observação de
aves
Chega a receber mais
e 5 mil pessoas por
final de semana e
conta com estrutura
básica (água
encanada, luz e
sanitários), além de
lanchonete
O reservatório
É onde fica
conta com
localizada a escada
apenas uma
de peixes. Possui
garagem
alguns clubes
náutica e há
instalados na orla,
suporte
que disponibilizam
incipiente para
equipamentos
a prática de
Atividades recreativas
para a prática de
esportes e
são desenvolvidas na
esportes náuticos
atividades
represa de Jurumirim
e de aventura
turísticas
à qual dá acesso aos
banhistas
Ao longo dos 90,6km
que percorre o
município, o rio
Paranapanema
oferece condições
propícias para a
prática de atividades
esportivas, pesca e
observação da fauna
e flora
Situado ao lado
da Garganta do
Diabo
Utilizado pela
Diversos
Escola Municipal
esportes radicais
de Canoagem
são
Slalom e para a
desenvolvidos no
realização de
local, como
rafting
rafting, boiacross e
canoagem slalom
Área urbana
Área urbana
Área rural
Área rural
Área rural
Área rural
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Rodovia Geraldo
Martins de Souza (SP
287), KM 42 - Bairro
Tibagi
Fecapi
Rua Firmino
Alves Negrão –
Distrito de
Tibiriçá do
Paranapanema
Acesso SP 270,
KM 04
Rodovia Osni
Mateus, KM 09
Rodovia Osni Mateus,
KM 09
Acesso para
Piraju pela SP
261
-
Atravessa 90,6 km da
cidade
Fecapi
Fecapi
Restaurante e
meios de
hospedagem
-
Bar/ lanchonete,
posto de
gasolina
Restaurante e
meios de
hospedagem
Restaurante e
meios de
hospedagem
Bar/lanchonete
Bar/lanchonete
Restaurante
Bar e lanchonete
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de
hospedagem
Bar/ lanchonete,
posto de
gasolina
Bar/ lanchonete,
posto de
gasolina
Visitação
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Finalidade
Passeio
-
Aventura
Passeio
Passeio e
pesquisa
Passeio, aventura
e acampamento
Passeio
Passeio e
aventura
Passeio
Passeio, aventura,
pesquisa e pesca
Aventura
Aventura
Agendada
Não
-
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Autoguiada
Não
-
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Guiada
Não
-
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
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Atrativo ou recurso
Escada para peixes
Floresta Estadual de
Garganta do
Mirante do
Parque Natural
Pedrinha
Prainha
Represa
Represa Piraju
Rio Paranapanema
Salto de Piraju
Salto do Dr.
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Segunda a
domingo: 06h às
18h
Ano inteiro
Ano inteiro
Ano inteiro
Segunda a sexta:
07h às 19h
Sábados,
domingos e
feriados: 07h às
19h
Entrada gratuita
Sim
-
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Não
Estacionamento
Não
Sim
Sim (Fecapi)
Não
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Não
Sim (Fecapi)
Sim (Fecapi)
-
Sinalização
interna
Saída de
emergência
Instalações
sanitárias
Bebedouro
Instalações
sanitárias
Garagem
náutica
Instalações
sanitárias
-
Instalações
sanitárias
Instalações
sanitárias
Observação
Caminhada
Observação
Pesca
Trilha
Caminhada
Canoagem
Observação
Pesca
Mergulho
Observação
Pesca
Caminhada
Canoagem
Observação
Pesca
Boia-cross
Canoagem
Observação
Pesca
Caiaque
Stand up
Boia-cross
Canoagem
Observação
Trilha
Canoagem
Observação
Trilha
Náutica
Caminhada
Observação
Pesca
Remo
Caiaque
Stand up
-
A pé
A pé
A pé
A pé
A pé
Não
pavimentada
Não
pavimentada
Leve
Leve
X
X
Horário
Grade de proteção
Bebedouro
Observação
Caminhada
Observação
Pesca
Trilha
Atividades
Instalações
sanitárias
Canoagem
Observação
Acesso
A pé
A pé
A pé
A pé
A pé
Trilha de acesso
Pavimentada
Pavimentada
Não
pavimentada
Escadaria de
alvenaria
Pavimentada
-
-
-
-
Grau de dificuldade
Muito leve
Leve
Leve
Médio
Leve
-
-
-
-
Estado geral
de
conservação
Muito bom
Bom
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Inadequado
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| 124
Quadro 8.3-2: Cachoeiras do município de Piraju
Cachoeira
Atrativo ou Recurso
Arco Íris
Castelo
Cisne
Funil
A mais alta, dentre as duas da propriedade (Faz. Cap. Mourão),
Não foram obtidas muitas informações, pois a ida a
com 15 metros de queda, a Cachoeira Arco-íris possui diversas Próxima à Cachoeira do Arco-Íris, ficam ambas localizadas na Algumas informações não foram obtidas, pois a campo não foi possível. A visitação no local só é
corredeiras e espaço para a realização de churrascos
Fazenda Capitão Mourão. Sua queda é de 10 metros
visita de campo ao local não foi possível
possível mediante autorização do proprietário, Jorge
Maluly
Fica próxima à Pousada das Cachoeiras
Condição de uso
Recurso turístico
Recurso turístico
Recurso turístico
Recurso turístico
Localização
Área rural
Área rural
Área urbana
Área rural
Endereço
Estrada Velha Piraju/Sarutaiá, Km 4 (Fazenda Capitão Mourão)
Estrada Velha Piraju/Sarutaiá, Km 6 (Fazenda Capitão
Mourão)
Estrada Velha Piraju/Sarutaiá
Estrada do Funil
Proximidades
Meios de hospedagem
Meios de hospedagem
Meios de hospedagem
-
Visitação
Sim
Sim
Não
Sim
Finalidade
Passeio
Passeio
-
-
Agendada
Não
Não
Não
-
Autoguiada
Não
Não
Não
Obrigatório
Guiada
Não
Não
Não
-
Horário
Terça a domingo: 9h às 18h
Terça a domingo: 9h às 18h
-
-
Não (R$ 5,00)
Não (R$ 5,00)
-
Não
Não
Não
Não
Não
Estacionamento
Sim
Sim
Bar/lanchonete (fechado)
Sauna
-
Não
-
-
Funcionamento
Entrada Gratuita
Bar/lanchonete (fechado)
Estrutura para churrasco
Banho e mergulho
Observação
Banho e mergulho
Observação
Observação
Trilha
Mergulho
Observação
A pé
A pé
A pé
A pé
-
-
Não pavimentada
Não pavimentada
Muito bom
-
-
Bom
-
X
-
-
Atividades
Acesso
Trilha de acesso
Estado Geral de
Conservação
Inadequado
X
X
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8.4. Equipamentos de lazer
Quadro 8.4-1: Equipamento de lazer do município de Piraju
Equipamentos de Lazer
Parque de Exposições Prefeito Cláudio Dardes (FECAPI)
Tipo
Espaço de eventos, lazer e cultura
Subtipo
Centro de eventos
Natureza
Pública
Localização
Área urbana
Endereço
Av. Vereador Eduardo Cassanho, 330
Telefone
(14) 3351-7226
Site
De acesso
www.estanciadepiraju.com.br
Sim
Turística
-
Restaurante
Sim
Bar/lanchonete
Sim
Meios de
hospedagem
Sim
Postos de
combustível
Sim
Sinalização
Proximidades
Funcionamento
Todos os dias da semana
Divulgação
-
Estacionamento
Sim
Sinalização interna; palco para eventos; mesas e cadeiras; bebedouros; telefone público; galpões de múltiplos usos; restaurante; iluminação noturna; refletores;
saída de emergência; espaço para festas e eventos; bar/lanchonete; mesas e cadeiras fixas; e quadra poliesportiva
Facilidade para pessoas com deficiência ou
mobilidade reduzida
Não
Pessoal capacitado para receber pessoas
com deficiência
Não
Estado geral de
conservação
Muito bom
-
Bom
Sim
Ruim
-
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8.5. Turismo náutico
Apontada mundialmente como um dos segmentos que mais geram novos postos de trabalho por
dólar investido, a náutica envolve uma série de atividades socioeconômicas. Não é por outro motivo,
além da sua capacidade de geração de emprego e renda e de impactar positivamente o índice de
desenvolvimento humano nas regiões onde se desenvolve, que o Governo Federal decidiu
transformar o turismo náutico em um dos 12 segmentos prioritários do Ministério do Turismo.
Capaz de gerar entre 3 a 5 postos de trabalho/barco no setor de serviços (marinas e reparos) e 7,4 na
indústria/comércio, o segmento tem como suas principais molas propulsoras o turismo e o esporte
de lazer (Pesquisa Indústria Náutica Brasileira Fatos e Números, ACOBAR - Associação dos
Construtores de Barcos do Brasil, 2012). Pesquisas internacionais apontam que, onde há o
desenvolvimento do turismo náutico, há também o crescimento da indústria náutica. Não é por
acaso que 90% da produção mundial de barcos de lazer estão concentrados nos países que melhor
desenvolveram o turismo náutico.
Apoiada em quatro pilares importantes (crescimento econômico/aumento da classe média,
normatização do setor, criação de incentivos fiscais e linhas de crédito específicas para interessados
em investir no segmento), a náutica brasileira experimenta desde o início do milênio um ciclo de
desenvolvimento significativo, onde consegue manter uma média de crescimento próxima a 10% ao
ano (ACOBAR, 2012).
Porém, o crescimento da oferta e do número de embarcações em águas brasileiras não foi nem de
longe acompanhado pela criação de vagas para embarcações. Nos rios, lagos e represas do interior
do país a situação ainda é pior. Embora seja possível perceber um aumento do número de garagens
náuticas e consequente criação de vagas, este está bem aquém do necessário e, na maioria das
vezes, com a qualidade ruim. A mesma realidade vale para a mão de obra, desqualificada para
atender ao exigente público ligado ao turismo náutico.
Em resumo, a expansão do mercado expôs, de forma inquestionável, a falta de cultura para a náutica
do setor público bem como do empresariado local e nacional e o despreparo para o atendimento do
público consumidor.
8.5.1. Vocação de Piraju para o turismo náutico
Banhada por quatro represas, Jurumirim, Piraju, Paranapanema e Chavantes, conforme Figuras
8.5.1-3 a 8.5,1-6, e estrategicamente localizada em relação a centros urbanos de médio e grande
porte como São Paulo, Bauru, Assis, Marília, etc., à primeira vista, a cidade de Piraju parece constituir
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127
um paradoxo em relação à náutica de lazer e ao turismo náutico, em função do grande potencial não
realizado.
Em poucos lugares no país, o estoque de recursos naturais é tão favorável para as práticas
recreativas ligadas à náutica e ao turismo náutico e de aventura.
Não bastasse o espelho d’água gigantesco, ideal para a prática de esportes e lazer náuticos, a cidade
ainda detém a natureza em seu entorno bastante preservada, corredeiras capazes de abrigar outras
modalidades de esporte e lazer como o rafting, cachoeiras e uma infinidade de trilhas capazes de
proporcionar atrativos para trekking, off road e náutica.
Para promover melhor compreensão deste potencial, apenas a represa de Jurumirim equivale a
aproximadamente quatro Baías da Guanabara.
Segundo a Capitania dos Portos Tietê – Paraná, a represa de Jurumirim abriga em suas margens,
entre garagens náuticas, sítios, clubes e pousadas e hotéis, aproximadamente 1.500 embarcações
inscritas. Destas, pouco menos de 400 estão distribuídas entre as garagens náuticas/marinas
sediadas às margens da represa. O restante acaba ocupando vagas nos condomínios e em garagens
residenciais estruturadas em chácaras e sítios.
Em Piraju, atualmente, a única estrutura de garagem náutica existente é a Marina Canoa que, em
dois galpões e 1.400 m2 de área construída, abriga até 36 embarcações.
De acordo com o proprietário desta, Luís Henrique Rodrigues, devido à falta de estrutura e de
destinos às margens da represa no município, mais de 80% dos clientes, quando saem com os seus
barcos, têm como destino final Avaré.
Ao mesmo tempo, é raro ver tais embarcações circularem pelas águas da represa. Estima-se que em
média, um barco é usado apenas 15% de seu tempo. Um número que tende a cair, quando o esforço
aplicado para a utilização é maior do que o valor (atrativos) do destino.
Embora Piraju destaque-se por seu potencial para o turismo náutico, se o esforço a ser demandado
pelo turista para acessar o espelho d’água é maior do que valor apresentado pelo destino, o turista
acaba por optar por destinos concorrentes ou mesmo outras modalidades de lazer.
Tais dificuldades abrangem uma gama extensa de fatores que vão desde a escassez de opções de
acesso ao espelho d’água, escassez de unidade e articulação por parte dos agentes envolvidos com o
turismo até a total falta de informação por parte de empresários e funcionários que atuam no setor.
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128
Durante uma das visitas feitas a Piraju, verificou-se a falta de articulação nos estabelecimentos para
recomendar alternativas de atrativos no município. Como exemplo, é comum que atendentes de
hotéis sugiram instalações náuticas em Avaré, mais conhecidas e divulgadas que a Garagem Canoa
ou o Hotel Farol do Lago. Para esta situação, colabora a ausência de rampas públicas para
embarcações na localidade e o desconhecimento de práticas do setor, como a possibilidade de
descer o barco tanto na rampa do canto para acessar a represa Piraju.
Segundo definição do Ministério do Turismo (2010), náutica é “toda atividade de navegação em
embarcações sob ou sobre as águas, paradas ou com correntes, sejam fluviais, lacustres, marítimas,
sejam oceânicas”. Quando se conecta estas referidas atividades àquelas de caráter turístico, é
possível elencar tal serviço, neste contexto específico de turismo náutico.
Diante deste quadro, fica fácil detectar que por maior que seja o potencial de uma região para o
desenvolvimento do segmento, quando a população ou o turista encontram dificuldade para acessar
o espelho d’água e praticar o lazer em questão, tal potencialidade permanecerá na latência, sem que
haja o desenvolvimento do segmento.
Um exemplo claro desta situação é de fácil constatação através da Figura 8.5.1-1 e Figura 8.5.1-2. Em
Brotas, cidade acunhada como capital do rafting, as corredeiras não são tão volumosas e não
apresentam tantas opções quanto o trecho que vai da represa de Piraju à de Chavantes oferece. Ao
mesmo tempo, na localidade concorrente, é difícil imaginar cenas como as das fotos, onde o turista
tem de se submeter ao esforço de carregar o barco para poder realizar o passeio.
Figura 8.5.1-1: Clientes e instrutores carregando o barco após o rafting (Pirarafting)
Fonte: Pirarafting, 2015.
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129
Figura 8.5.1-2: Pausa para descansar (Pirarafting)
Segundo a concessionária de energia elétrica Duke Energy, responsável pelo controle da qualidade
da água e pela manutenção do entorno das represas de Jurumirim e Chavantes, ambas apresentam
qualidade da água própria para banho e esportes náuticos. É de se esperar que o mesmo aconteça
com as duas outras, bem como o último trecho do Paranapanema não represado.
A associação da adequada qualidade da água ao clima tropical, com períodos longos de intenso calor,
mesmo em outras estações que não o verão, à preservação das matas às margens dos reservatórios,
bem como de parte do rio propensa para rafting faz com que Piraju reúna alguns dos principais
atrativos para o perfil do turista náutico nacional e internacional, estabelecido de acordo com os
planos estratégicos desenvolvidos no Brasil (Bahia e Pernambuco) e exterior (Croácia e Galícia).
Diante deste quadro, pode-se vislumbrar a capacidade ainda inexplorada de Piraju em atrair o turista
que costuma gastar nos destinos escolhidos cinco vezes mais que o turista de sol e praia (I Fórum de
Turismo Náutico da Baía de Todos os Santos, 2009).
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Figura 8.5.1-3: Localização das represas Jurumirim, Piraju, Paranapanema e Chavantes, em Piraju
Fonte: GoogleEarth Pro, 2015. Modificação: Geo Brasilis, 2015.
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Figura 8.5.1-4: Borda Chavantes
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Figura 8.5.1-5: Borda Jurumirim
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Figura 8.5.1-6: Represas internas
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8.5.2. Contexto do turismo náutico em Piraju
Apesar do potencial constatado, as pesquisas primárias e secundárias apontam escassez de atrativos
e produtos turísticos formatados dentro do segmento náutico, em Piraju.
A análise técnica identifica que o maior empecilho para o desenvolvimento do setor é a falta de
cultura náutica e o reduzido conhecimento do segmento e, consequentemente, de suas necessidades
e capacidade de impactar no índice de desenvolvimento humano. Tal situação não atinge apenas o
setor público, como também a comunidade, empresários locais e aqueles ligados ao turismo.
A falta de mobilização do setor e especialmente do segmento náutico traz como consequência direta
a baixa representatividade junto ao município e outras esferas de governo, o que dificulta a criação
de políticas públicas capazes de auxiliar no desenvolvimento e no melhor entendimento do potencial
e necessidades da náutica por parte dos gestores públicos, o que afeta também o turismo em geral e
impacta de forma negativa e determinante no desenvolvimento de Piraju.
As poucas iniciativas que sobrevivem no município na direção do desenvolvimento do turismo
náutico foram adotadas por agentes isolados com atitude empreendedora, que nem sempre têm a
condição necessária para o melhor aproveitamento do potencial do município.
É o caso da Pirarafting (Figura 8.5.2-1), que tem como empresário um ex-atleta da canoagem. Após
ter de deixar os treinos para trabalhar, Leandro Nunes, 34, tornou-se instrutor de rafting em Brotas.
Tal experiência permitiu ao empreendedor perceber que as condições de rio e manobras em Piraju
são melhores que as de Brotas e que daí decorre oportunidade de negócio. Em sua avaliação, o
trecho de rio não represado utilizado para o rafting, também conhecido como pista, também oferece
ao turista áreas para flutuação e banhos de cachoeira.
Atualmente, mantém os caiaques e ministra aulas em um barracão cedido pela Prefeitura, na Fecapi,
onde coexistem sala de aula, depósito de barcos, vestiário e oficina de laminação e manipulação de
resina em um mesmo espaço.
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Figura 8.5.2-1: Galpão e sala de aula da Pirarafting
Fonte: Acervo de Walter Garcia, 2015.
Para manter a Pirarafting em operação, faz toda a sua promoção baseada em redes sociais e na
propaganda boca a boca. Fatura pouco mais de R$ 20.000,00 por ano, o que dificulta a realização de
investimentos em comunicação, equipamentos de suporte, reposição de material e até mesmo
ampliação do negócio.
Dentre as maiores dificuldades enfrentadas atualmente, o empreendedor destaca:
•
•
•
Acesso ao rio;
Falta de segurança no local onde guarda os equipamentos; e
Escassa divulgação do destino por parte do município e do setor.
Para contornar parte do problema e reduzir custos, desenvolveu junto com o professor de
canoagem, que hoje é funcionário público, formas para a construção de caiaques e técnicas de
reparos de barcos e remos.
Caso o turista ou morador prefira um esporte mais tranquilo, logo após a barragem está a Represa
Piraju, ideal para a canoagem e stand up paddle, que são oferecidos por Maria Helena Nunes, 43
anos e que há 11 criou a empresa (Figura 8.5.2-2), em um espaço cedido pela prefeitura, ao lado do
hotel Beira Rio. O local se caracteriza por condições precárias de trabalho e limpeza, decorrentes do
uso inadequado da área e vandalismo por moradores, o que afasta o turista.
No local, falta energia elétrica e estrutura mínima para atender a clientela que, mesmo com os
problemas que enfrenta, vem de Santa Bárbara, Bauru, Ourinhos e diferentes municípios da região.
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| 136
Figura 8.5.2-2: Acqua Rio, na Represa Piraju
Fonte: Acervo Acqua Rio, 2015.
Além da melhoria da infraestrutura, a empreendedora requer alvará para que possa construir um
quiosque e um pequeno galpão para guardar o equipamento, como permissionária do uso do
espaço.
A empresa, que começou com quatro caiaques, hoje conta com 19 e produz caiaques para os clientes
que se mostram interessados no esporte (Figura 8.5.2-3 e Figura 8.5.2-4).
A demanda existente é intensa aos finais de semana, principalmente nos meses de verão e outono e
ocupa todos os caiaques existentes.
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| 137
Figura 8.5.2-3: Produção de caiaques da Acqua Rio
Figura 8.5.2-4: Acqua Rio (trabalhando com resina)
O negócio de construção e venda de caiaques representa complementação relevante do
faturamento da empresa, uma vez que cada unidade equivale a mais de 40% do faturamento mensal
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da empresa nos meses de pico no movimento. A unidade chega a custar R$ 900,00, enquanto a hora
alugada sai para o cliente por R$ 15,00.
Pirarafting e Acqua Rio são exemplos municipais da escalada de desenvolvimento da náutica e da
interferência entre o esporte, o turismo e indústria náutica e de como o crescimento do movimento
turístico impulsiona em um primeiro momento a indústria de reparos e posteriormente a fabricação
de equipamentos náuticos.
Outro exemplo de ação isolada é a criação da Marina Canoa, onde o empresário Luiz Henrique
Rodrigues desenvolve o trabalho de turismo náutico e garagem de barco sem apoio da
municipalidade e mesmo sem compreensão do trade para importância do equipamento estruturado
por ele para os hotéis e restaurante do município.
A grade maioria dos proprietários dos barcos, aproximadamente 80%, que estão guardados na
Marina Canoas são moradores de São Paulo, Campinas, Sorocaba e outros municípios do estado, e
nenhum de Piraju, configurando potencial público consumidor de hotéis, bares, restaurantes e
atrativos no município ou de cidades que fazem margem com a represa.
Apesar de todas as dificuldades relatadas, as pequenas empresas do segmento sobrevivem e
continuam atraindo turistas da região e até mesmo de outros estados e países para se aventurarem
pelo último trecho não represado do Paranapanema e pelas represas que banham o município.
O reduzido conjunto de parcerias e relações de recomendações entre negócios e atrativos na
localidade indica o baixo grau de articulação da governança privada e impacta negativamente o
turismo na medida em que afasta visitantes, que prestigiam municípios vizinhos e passam a indicalos.
No caso da atuação da governança pública, esta é muito reduzida no que se refere ao turismo
náutico, com poucos investimentos no setor o que repercute na dificuldade de o acesso à água aos
seus moradores e visitantes.
Atualmente, o acesso existente, classificado pelos moradores e poder público como rampa pública
ou “rampa do canto” (Figuras 8.5.2-5 e 8.5.2-6), nada mais é do que uma rua que termina às
margens da represa Piraju, não sendo uma rampa para embarcações.
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Figura 8.5.2-5: Rampa do canto
Figura 8.5.2-6: Detalhe da rampa do canto
Não bastasse esta dificuldade, uma enorme árvore localizada no mesmo quarteirão prejudica a
passagem de embarcações de maior porte, que também é dificultada pelo o estacionamento de
veículos (Figura 8.5.2-7).
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Figura 8.5.2-7: Detalhe da descida para rampa do canto
Rampas privadas como do Iate Clube (Figura 8.5.2-8) e AABB (Figura 8.5.2-9) podem ser
consideradas de baixa qualidade, apresentando sérias dificuldades para a colocação das
embarcações de pequeno e médio porte na água, devido à inclinação e dificuldade de acesso às
mesmas.
Figuras 8.5.2-8: Rampa do Iate Clube
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Figura 8.5.2-9: Rampa da AABB
A falta de visão para o potencial náutico repercute no aproveitamento do solo no entorno das
represas. Como exemplo, tem-se que áreas nobres à borda da represa Piraju foram transformadas
em campo de futebol.
No passado, Piraju já foi referência para canoagem slalom e rafting, e abrigou treinamentos da
seleção brasileira de slalom (Figura 8.5.2-10). O volume de água, o fato de ser uma pista natural,
onde as mudanças de comportamento das águas são constantes e o número de obstáculos existente
fazem deste trecho do rio Paranapanema, segundo atletas e treinadores, uma pista ideal para
competição e treinos.
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| 142
Figuras 8.5.2-10: Slalom
Como ameaças às conquistas verificadas, tem-se a possibilidade de se represar o último trecho do
rio, a escassez de políticas específicas e investimentos em esporte náutico e turismo náutico, que
devem ser abordados conjuntamente.
Sem o entendimento da complementaridade entre esporte, turismo e indústria náutica e o
tratamento destes como estanques e independentes, o gestor acaba por perder oportunidades de
desenvolvimento, de atração de turistas e consequentemente de evolução da qualidade de vida e
desenvolvimento da indústria ligada ao setor.
A sinergia é produzida, por exemplo, quando evento náutico ligado a competição, como campeonato
brasileiro ou regata renomada, é realizado e reverte os investimentos efetuados em repercussão
midiática e exposição nacional da localidade, desde que associada a ações para encantar os visitantes
e desenvolver o turismo.
Um exemplo desta realidade foi o estado da Bahia, que investiu milhões na atração de regatas
internacionais durante anos, focando ano esporte, sem resultados no turismo, embora Salvador
tenha se transformado em um dos portos mais conhecidos da náutica mundial (12° de acordo com
levantamento feito pelo grupo francês Grand Pavois), pela ausência de iniciativas e políticas para o
setor.
No mesmo período, a Croácia priorizou o turismo, atraiu a atenção da mídia mundial com eventos e
ações estratégicas e se transformou em um dos principais destinos náuticos do mundo, tendo neste
segmento a principal fonte de arrecadação do governo, de acordo com fontes do país (folder da
Croácia durante Salão Náutico de Paris, 2010).
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Em Piraju, a dificuldade no desenvolvimento do turismo náutico pode ser percebida através de:
•
•
•
•
Obstáculos identiicados pelos empreendedores do setor náutico e de aventura, que buscam
formas complementares de renda;
Aproveitamento limitado das margens do rio e dos reservatórios, como por exemplo com campo
de futebol;
Aproveitameto limitado de embarcações de passeio, geridas por empresários sem experiência
no ramo e que passam amaior parte do tempo ociosas; e
Ausência de produto turístico formatado e divulgado para visitação e interação com os
reservatórios.
8.5.3. Infraestrutura disponível para o turismo náutico
8.5.3.1. Represa de Jurumirim
A represa de Jurumirim (Figuras 8.5.3.1-1 a 8.5.3.1-4) tem como principais características:
•
•
•
•
Comprimento: 100km;
Largura: Chega a ter 3 km em alguns trechos;
Área inundada: 449 km²; e
Abrange 10 Municípios: Piraju, Cerqueira César, Arandu, Avaré, Itaí, Taquarituba, Tejupa,
Itatinga, Paranapanema, Angatuba.
Figura 8.5.3.1-1: Turismo náutico em Jurumirim
Fonte: Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiros – Interior, 2014.
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| 144
Figura 8.5.3.1-2: Integrante da Flotilha da ABVC – Interior para próximo à cachoeira para banho
Figura 8.5.3.1-3: Pôr do sol em Jurumirim
Figura 8.5.3.1-4: Passeio por Jurumirim
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Entre os produtos, recursos e estabelecimentos turísticos identificados no entorno da represa, temse:
•
•
•
•
Prainha: local usado para banho na represa, sem estrutura adequada para a entrada de barcos,
jet skis ou outros equipamentos náuticos;
Pedrinha: concessão da prefeitura dada a empresário local, que não mantém estrutura de acesso
à água;
Hotel Farol do Lago: atualmente, não operando. Já possuiu uma marina e dispõe de rampa de
acesso a água, em péssimas condições; e
Marina Canoas: trata-se de garagem náutica com barracão para embarcações, pequena oficina
mecânica, piso de terra batida e cascalho. Não tem rampa. Suas estratégias de divulgação e
marketing não repercutem em Piraju, uma vez que nem mesmo os hotéis têm conhecimento da
sua existência.
8.5.3.2. Represa de Piraju
O entorno da represa de Piraju, situada na área urbanizada, dispõe das seguintes infraestruturas e
estabelecimentos:
•
•
•
•
•
Rampa do Canto (Figura 8.5.2-5): pública, está localizada no término da rua Washinton Osório
de Oliveira, sem rampa de acesso, falta também área de manobra para os carros, para a
colocação do barco na água. Usada para aulas de stand up e colocação de caiaques, botes e
pequenos barcos na represa;
Rampa do Iate Clube (Figura 8.5.2-8): difícil acesso, área de manobra restrita, rampa em curva e
muito estreita, acesso restrito aos sócios do clube e acompanhantes ;
Rampa do Hotel Beira Rio: sem acesso para descer embarcações devido a obras recentes no
hotel;
Espaço Acqua Rio (Figuras 8.5.2-2, 8.5.2-3 e 8.5.3.2-4): área pública mantida por empresa
privada, é utilizado para o aluguel de caiaques durante os finais de semana e feriados. Atrai
clientes de toda a região, mesmo contando com estruturas e nível de segurança inadequados,
tanto para turistas como para profissionais. Falta energia elétrica e instalações mínimas para
atender os clientes; e
Restaurante PiraBar (Figura 8.5.3.2-1): espaço municipal subutilizado pelo detentor do
comodato, com pouco aproveitamento, dos barcos de passeios deixados sob sua administração.
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| 146
Figura 8.5.3.2-1: Restaurante Pirabar
Figura 8.5.3.2-2: Passeio de caiaque
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Figura 8.5.3.2-3: Aula de stand up paddle
Fonte: Acervo Walter Garcia, 2015.
Figura 8.5.3.2-4: Passeio de pedalinho na represa Piraju
Fonte: Acervo Walter Garcia, 2015.
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| 148
8.5.3.3. Represa de Paranapanema
Também conhecida como Piraju I, este reservatório dispõe de:
•
•
Condomínios com acesso à represa; e
Acesso via Hotel: arrematado em leilão por empresário da região, mas ainda fechado. No
passado era a vila dos funcionáios da CESP, conta com quadra poliesportiva, 25 residências em
estado ruim de conservação e salão de festas.
8.5.3.4. Chavantes
A margem que o município de Piraju faz com o reservatório de Chavantes carece de estruturas de
acesso ao espelho d´água.
8.5.3.5. Áreas não represadas e corredeiras do Paranapanema
Entre os estabelecimentos e infraestrutura disponíveis fora dos reservatórios, ao longo do rio
Paranapanema, estão:
•
Escola de canoagem e rafting: acesso improvisado de péssima qualidade (Figuras 8.5.3.5-1);
Figura 8.5.3.5-1: Acesso para stand up paddle
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| 149
•
Parque Municipal do Dourado: Rampa de acesso improvisada (Figura 8.5.3.5-2), usada
principalmente pelos praticantes de rafting, pode se transformar em uma ótima opção de
acesso à parte mais baixa do rio, usada atualmente por pescadores e para o passeio de boia,
devendo ser consideradas as restrições do plano de manejo da unidade de conservação. Devido
às características do parque e desta área do rio, a área apresenta bom potencial para a descida
de pequenas embarcações voadeiras (barcos de alumínio de baixo calado muito usados para
pesca), também se mostra propícia para o turismo náutico e de aventura ligado ao treinamento
empresarial.
Figuras 8.5.3.5-2: Desembarque na rampa do Parque Municipal do Dourado
•
•
AABB – Associação Atlética Banco do Brasil: rampa de difícil acesso até para pequenas
embarcações devido à inclinação do acesso ao espaço (Figura 8.5.2-9); e
Pesqueiros improvisados e perigosos construídos nas duas margens sem qualquer tipo de
orientação.
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Figuras 8.5.3.5-3: Momento para flutuação na pista de rafting
Figuras 8.5.3.5-4: Ponto para melhor aproveitamento das corredeiras na pista de rafting
8.5.4. Perfil do turista náutico
Os dados a seguir foram extraídos do Livro Azul do Turismo Náutico – Plano estratégico de
desenvolvimento do turismo Náutico da Galícia, Espanha, e apresentam perfil do turista náutico, que
pode ser assumido como ponto de partida para o planejamento em Piraju, para a qual não há
levantamentos correspondentes:
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•
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A faixa etária predominante varia entre 18 a 25 anos e 40 a 50 anos;
Na maioria das vezes, trata-se de empresário ou profissional liberal e eventualmente de
herdeiros, o que se traduz em poder de compra elevado;
Com o desenvolvimento da compra compartilhada, novas faixas econômicas foram inseridas no
processo de compra e manutenção de embarcações para o turismo náutico. Devido à divisão
dos custos de manutençao (8% do valor de compra do barco por ano - ACOBAR) e mesmo do
valor do mesmo, lanchas de 19 a 25 pés e veleiros de tamanho similares passaram a caber no
orçamento de famílias consideradas de classe média, o que aos pouco muda o paradigma de
que náutica é esporte de rico ;
Proprietário de embarcações, que gasta com marinheiro e marina;
Proprietário de casa de praia/chácara que gasta (custo variável) com caseiro e manutenção;
Gerentes de bancos (poder aquisitivo mediano porém relacionamento com classe A/B);
Possui terceiro grau completo;
Gasta 5 vezes mais do que o turista de sol e praia;
Faz mais de duas viagens interna por ano e pelo menos uma internacional a cada dois anos;
Público interno: principais emissores estão a menos de 300 km;
Público externo, turista já acostumado a alugar barcos em diferentes países que visita;
Além das áreas para navegar encara como atrativo: natureza preservada (rafting e trekking),
gastronomia, história, artesanato, cultura (música, artes, museus) e arquitetura;
Por sua característica voltada ao lazer, afeta diretamente outros segmentos como:
o Hotelaria;
o Alimentação;
o Varejo;
o Transportes
É disseminador de cultura local; e
É formador de opinião em sua região de origem; e
O consumidor da náutica é movido pelo prazer que tem em viajar, desfrutar da aventura,
manter o contato com a água, sentir a liberdade que isso propicia, mas principalmente pelo
status de cidadão diferenciado, classe A, que o segmento agrega.
8.5.5. Análise estratégica do turismo náutico em Piraju
A análise do turismo náutico em Piraju será realizada através de duas metodologias:
•
Valor X Esforço: adotada como modelo de desenvolvimento do turismo por alguns países e
regiões do Brasil, onde:
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| 152
o
o
Valor: é o resultado da soma de experiências e emoções, bem como a qualidade dos serviços,
estabelecendo a relação Experiência+Emoção+Qualidade do Serviço; e
Esforço: é a soma das dificuldades sofridas pelo turista no destino ou antes de chegar nele,
abrangendo Incomodidade/dificuldade + Inseguranças + preço dos serviços/custo-benefício.
Na equação Valor X Esforço, considerando que ambos são inversamente proporcionais, conclui-se
que o destino turístico se tornará mais competitivo à medida que o VALOR sobrepujar o ESFORÇO
necessário para o vivenciar o destino e o que ele oferece.
Embora Piraju tenha no VALOR características fortes capazes de alavancar o turismo náutico no
município, como a presença de represas, belezas e atrativos culturais e naturais, conta também com
aspectos que reforçam o ESFORÇO, como a infraestrutura inadequada, poucos estabelecimentos
para o turista náutico e poucos produtos turísticos formatados, e que pedem atenção redobrada
para que possa vir a ser um destino turístico de excelência no estado.
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| 153
8.6. Meios de hospedagem
Quadro 8.6-1: Meios de hospedagem do município de Piraju
Meios de
hospedagem
Tipo
Localização
Chácara das Araras
Chácara do Carioca
Hotel Farol do Lago
Hotel Beira Rio
Hotel Furlan
Hotel Internacional
Hotel Pousada
Campos
Verdes
Pousada das Cachoeiras
Recanto do Monte Alegre
Chácara/Chalé
Chácara/Clube
Hotel
Flat/Apart Hotel
Hotel
Hotel
Hotel/Pousada
Pousada
Hotel/Recanto
Área Rural
Área Rural
Área Rural
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área rural
Área urbana
Rua Treze de Maio, 170 Centro
Rua
Constantino
Leman, 361
Estrada Velha Piraju / Sarutaiá
Km 03 – Fazenda Capitão
Mourão
Estrada Velha de São Paulo, s/n
Endereço
Rodovia Raposo Tavares,
km 01
Estrada Velha Piraju/ Sarutaiá, KM 03
Logradouro rural, 6.513,
Caixa postal: 106
Rua: Augusto Garcia, 109
- Bairro: Vila Santo
Antônio
Rua Dona
Francisca
Leonel, 197 Centro
Telefone
(14) 3351-4042 ou (14)
3351-1370
(14) 9 9602-3699
(14) 3351-5848
(14) 3351-1945
(14) 33511015
(14) 3351-1015
(14) 33512412
(14) 3351-7073
(14) 9 9658-9274 (11) 9 9658-7283
-
-
-
-
-
-
-
-
[email protected]
m
www.facebook.com/Hotel
-Internacional-Piraju
-
www.pousadadacachoeira.com.b
r
www.recantomontealegre.com.br
Bar/lanchonet
e
-
Bar/lanchonete
Dinheiro
Cartão de crédito e débito
Dinheiro
Cartão de
crédito e
débito
Dinheiro
Dinheiro
Cartão de crédito e débito
E-mail
wwwpousadaararas.com.b http://www.facebook.com/ClubeCarioc www.hotelfaroldolago.com.b http://hotelbeirario.tur.b
r
a
r
r
Site
Proximidades
Forma
pagamento
Capacidade
de
atendiment
o
de
Leitos
Tarifário
Divulgação
Estacionamento
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonet
e
Meios de
hospedagem
Posto de
combustível
Dinheiro
Cartão de
crédito e
débito
-
Bar/lanchonete
-
Dinheiro
Cartão de débito
Dinheiro
Cheque
Cartão de débito
Dinheiro
Cartão de débito
Dinheiro
Cartão de crédito e
débito
50
20
60
70
50
40
60
45
40
Oscila de acordo com a
alta e baixa temporada
Oscila de acordo com a alta e baixa
temporada
Oscila de acordo com a alta e
baixa temporada
Oscila de
acordo com a
alta e baixa
temporada
Oscila de
acordo com a
alta e baixa
temporada
Oscila de acordo com a alta e
baixa temporada
Oscila de acordo com a alta e baixa
temporada
Redes sociais
Redes sociais
Sites do ramo
Site
Folders
Redes Sociais
Site
Site
Folders
Redes Sociais
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Site
Redes Sociais
Redes sociais
Site
Site
Folders
Redes sociais
Rádio
Sites do ramo
Participação em eventos
Sim
Sim
Sim
Sim
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
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| 154
Meios de
hospedagem
Serviços
equipamentos
Chácara das Araras
e
Chácara do Carioca
Passeios monitorados
Campo de futebol
Passeios a cavalo
Área verde
Quadra de tênis
Parque infantil
Música ao vivo
Atendimento a grupos
Ventilador
Ar condicionado
Área de lazer para crianças
Internet sem fio
Salão de jogos
Piscina
Hotel Beira Rio
Hotel Furlan
Hotel Internacional
Hotel Pousada
Campos
Verdes
Pousada das Cachoeiras
Recanto do Monte Alegre
Piscina
Café da manhã
Bar/restaurante
Churrasqueira
Wifi
Açude/Pesca
Aceita animais
Playground
Café da manhã
Academia
Recreação
Passeios a cavalo
Campo de futebol
Parque Infantil
Salão de jogos
Bar/restaurante
Wifi
Piscina
Café da manhã
Café da manhã
Café da manhã
Estacionamento
Área verde
Área de lazer
para as
crianças
Wifi
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
-
Não
-
Não
Não
Não
Não
Não
X
X
X
Parque infantil
Espaço para eventos
Lareira
Piscina
Açude/Pesca
Campo de futebol
Lanchonete
Churrasqueira
Piscina
Sim
Sim
Não
X
Facilidade
para
pessoas
com
deficiência
ou
mobilidade
reduzida?
Pessoal capacitado
para
receber
pessoas
com
deficiência?
Muit
o
Estado geral
bom
de
conservação Bom
Hotel Farol do Lago
X
X
X
X
X
Ruim
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8.7. Alimentos e bebidas
Quadro 8.7-1: Estabelecimentos de alimentos e bebidas do município de Piraju
Alimentos e Bebidas
Buteco do
Gordinho
Tipo
Bar e
restaurante
Localização
Endereço
Telefone
De Cassia
Sorvetes
Disk Pizza
El Shadday
Bar e restaurante
Sorveteria
Restaurant
e
Restaurante
Lanchonete
Restaurante
Área urbana
Área urbana
Área
urbana
Área
urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Praça Ataliba
Leonel, 35
Praça Benedito
Silveira Camargo,
373, Centro
Rua João
Grego, 20,
Vila Tibiriçá
Rua Nicola
Izo, 315,
Jardim
Europa
Rua Major
Mariano, 561,
centro
Praça Benedito
Silveira Camargo,
473
(14) 33514757
(14) 33511514/ (14)
996101299/ (14)
981603146
(14) 3351-8392 /
(14) 3351-8483
(14) 3351-8218/
(14) 3351-7808
-
-
comercial@emp
oriodacomida.co
m
-
(14) 33515075
E-mail
-
Canto do Rio – Iate
Clube Piraju
(14) 3351-5872
comunicacao@iate
clubepiraju.com.br
Site
-
Proximidades
Forma de pagamento
Capacida Pessoas
de
de
atendim
Cardápio
ento
-
Hamburgueria
Piraju
Oishi Sushi Bar e
Restaurante
Padaria Florença
Pirabar
Choperia
Sabor & Arte
Pizzaria
Pizzaria Torre
de Pisa
Taças e Cachaças
Lanchonete
Lanchonete
Restaurante,
Lanchonete,
Confeitaria e
Cafeteria
Bar e
restaurante
Bar e restaurante
Restaurante
Bar e restaurante
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Praça Ataliba
Leonel, 18
Rua João Hailler,
791, Centro
Avenida Vereador
Eduardo Cassanho,
330 - Recinto de
Exposições da
Fecapi
Rua Ataliba
Leonel, 82,
Centro
Praça Benedito
Silveira
Camargo, 155,
Centro
Rua Carlos de
Campos, 143,
Tropical
Avenida São
Sebastião, 140
Avenida Vereador
Eduardo Cassanho
- Recinto de
Exposições da
Fecapi
(14) 3351-8176
(14) 3351-5300/
(14) 99775-0544/
(14) 99865-4600
(14) 3351-2684
(14) 9612-1967/
(14) 8189-9660/
(14) 9745-4495/
(14) 8125-7849
Kenko Sushi Bar
Lanchonete Mig
Bell’s
lanchonetemigbell
[email protected]
http://www.emp
oriodacomida.co
m.br/
(14) 3351-3185
(14) 3351-7988
(14) 3351-4387
-
-
-
tacasecachacas@h
otmail.com
-
-
http://www.to http://www.tacase
rredepisapiraju cachacas.blogspot.
.com.br
com
Outros
restaurantes,
bares, lanchonete
e postos de
combustível
Restaurante
Outros
restaurantes,
bares, lanchonete
e postos de
combustível
http://www.oishisus
http://www.migbe hibar.com.br (estava
lls.com.br
fora do ar)
Outros
restaurantes, bares
e lanchonete
Outros
restaurantes,
bares, lanchonete
e postos de
combustível
Outros restaurantes,
bares, lanchonete e
postos de
combustível
Outros
restaurantes,
bares e
lanchonete
Outros
restaurantes,
bares, meios
de
hospedagem e
postos de
combustível
(14) 3351-7168
Outros
restaurant
es, bares e
lanchonete
Outros
restaurantes,
bares e
lanchonete
Outros
restaurantes,
bares, meios de
hospedagem e
postos de
combustível
Dinheiro
Cartão de
débito
Dinheiro
Cheque
Dinheiro
Cartão de débito
e crédito
Tíquete
Dinheiro
Cartão de débito
e crédito
Tíquete
Dinheiro
Cartão de débito e
crédito
Dinheiro
crédito
Tíquete
Dinheiro
crédito
Tíquete
Dinheiro
Cartão de débito
e crédito
Tíquete
Dinheiro
Cartão de
débito e
crédito
Tíquete
Dinheiro
crédito
Dinheiro
Cartão de
débito e
crédito
Tíquete
Dinheiro
crédito
200 pessoas
70 pessoas
150 a 200
pessoas
200 pessoas
100 pessoas
80 pessoas
60 pessoas
60 pessoas
400 pessoas
200 pessoas
200 pessoas
200 pessoas
150 pessoas
Em português
Em
português
Em
português
Em português
Em português
Em português
Em português
Em português
Em português
Em português
Em português
Não
Em português
Outros
restaurantes,
bares, meios de
hospedagem e
postos de
combustível
-
Dinheiro
Cartão de
débito e
crédito
Dinheiro
crédito
40 pessoas
Em português
Outros
restaurantes e
lanchonetes
-
Empório da
comida
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| 156
Alimentos e Bebidas
Buteco do
Gordinho
Canto do Rio – Iate
Clube Piraju
Funcionamento
Quarta a
domingo: a
partir das 16h
Quinta e
sábado:18h até o
último cliente
Estacionamento
Não
Sim
Ventilador
Música ao vivo
Atendimento a
grupos
Música ambiente
Espaço para
eventos
Ar condicionado
Internet sem fio
Carta de cachaça
Cervejaria
Petisqueria
(snack bar)
Á la carte
Cachaçaria
Cervejaria
Petisqueria (snack
bar)
A la carte
Facilidade
para
pessoas
com
deficiência
ou
mobilidade reduzida?
Não
Sim
Pessoal capacitado
para receber pessoas
com deficiência?
Não
Equipamentos
entretenimento
e
Serviços
Muito
bom
Estado
geral de
Bom
conserva
ção
Inadequa
do
De Cassia
Sorvetes
Disk Pizza
El Shadday
Segunda a
sexta:
11h30 –
21h30
Segunda a
Sábados,
domingo:
domingos e 18h às 24h
feriados:
13h30 –
22h
Sim
Ventilador
Não
-
A la carte Entrega em
Self service domicílio
por quilo
(delivery)
Sim
Não
Empório da
comida
Hamburgueria
Piraju
Lanchonete Mig
Bell’s
Oishi Sushi Bar e
Restaurante
Segunda a
sábado: 11h às
15h
Segunda a sexta:
17h às 23h
Sábados,
domingos e
feriados: 17h às
23h
Terça a Domingo:
11h às 14h e das
18h30 às 24h
Sim
Não
Sim
Atendimento a
grupos
Ar condicionado
Atendimento a
grupos
Música ambiente
Ar condicionado
Atendimento a
grupos
Música ambiente
Ar condicionado
Internet sem fio
Comida mineira
e paulista
Self service por
quilo
Sanduicheria
À la carte
Entrega em
domicílio
(delivery)
Comida japonesa
À la carte
Self service - por
quilo e preço fixo
Rodízio com buffet
Entrega em
domicílio (delivery)
Não
Sim
Sim
Kenko Sushi Bar
Padaria Florença
Pirabar
Choperia
Sabor & Arte
Pizzaria
Pizzaria Torre
de Pisa
Taças e Cachaças
Segunda a
domingo: 17h às
02h
Segunda a Sábado:
18h às 24h
Domingos e
feriados: 11h30 às
16h
Segunda a
domingo: 06h às
22h
Segunda a
sexta: 10h às
23h30
Sábados,
domingos e
feriados: 10h
às 23h30
Segunda a
domingo: 18h às
24h
Segunda a
domingo: 18h
às 24h
Segunda a sábado:
a partir das 18h
Domingos e
feriados: 12h às
15h
Não
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Música ao vivo
Espaço para eventos
Ar condicionado
Internet sem fio
Ar condicionado
Música ao vivo
Atendimento a
grupos
Espaço para
eventos
Ar
condicionado
Ventilador
Atendimento a
grupos
Música
ambiente
Espaço para
eventos
Ventilador
Música ao vivo
Atendimento em
grupo
Espaço para
eventos
Ventilador
Sanduicheria
À la carte
Fast food
À la carte
Rodízio com buffet
Cafeteria
Doceria
Sanduicheria
À la carte
Self Service por
quilo
Cervejaria
Frutos do mar
Grelhados
Petisqueria
(snack bar)
À la carte
Pizzaria
À la carte
Entrega em
domicílio (delivery)
À la carte
Rodízio
Cachaçaria
Cervejaria
Frutos do mar
Grelhados
À la carte
Fast food
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Sim
Ventilador
Sim
X
Não
Não
X
X
Não
X
Não
X
Não
Não
X
X
Não
X
Não
Não
X
X
Não
Não
Não
Não
X
X
X
X
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| 157
8.8. Eventos esportivos
Quadro 8.8-1: Eventos esportivos do município de Piraju
Atrativo ou Recurso
Encontro de Jipeiros – Força Bruta
Encontro de Motociclista & Rock Festival
Copa de canoagem slalom
Copa de Ginástica Rítmica
Realizado pela equipe Força Bruta, o evento conta com duas
frentes: um circuito pesado destinado ao público masculino e
o circuito da Patroa, que tem trilha mais leve, direcionado às
mulheres
Um dos eventos mais importantes da cidade, reúne
cerca de 5000 pessoas no recinto da Fecapi durante
três dias, para shows de rock e convivência entre
motociclistas
Etapa do campeonato nacional de canoagem
slalom, ocorre no interior do recinto da
Fecapi, nas proximidades da Garganta do
Diabo
O evento foi realizado em 2013 e 2015, a
competição integra o calendário oficial da
Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude
Condição de uso
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Recurso
Localização
Área urbana e rural
Área urbana
Área urbana
Área urbana
Endereço
Avenida Vereador Eduardo Cassanho, 330 (Recinto da
Fecapi) e percursos construídos na zona rural
especificamente para o evento
Avenida Vereador Eduardo Cassanho, 330 (Recinto
da Fecapi)
Avenida Vereador Eduardo Cassanho, 330
(Recinto da Fecapi)
Ginásio Jacy Clodoaldo Albanesi - Rua Major
Goulart s/n Vila Jurumirim
Site
http://www.pirajuforcabruta.com.br/
http://www.facebook.com/Independentes-de-PirajuMoto-Clube-256968114470168/
-
Não
Telefone
-
(14) 3351-7226
-
-
Proximidades
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Não
Visitação
Sim
Sim
Sim
Sim
Finalidade
Passeio e aventura
Passeio
Esporte e aventura
Esporte
Agendada
-
-
-
Autoguiada
Sim
Sim
-
Guiada
Sim
-
-
Horário
Outubro
Março
-
Entrada Gratuita
-
Não
Não
Instalações de entrada
Centro de recepção
Posto de informação
Portaria principal
Bilheteria
Posto de Informação
Portaria principal
Guarita
Não
-
Em português
Não
Não
Estacionamento
Sim
Sim
Sim
-
Funcionamento
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Atrativo ou Recurso
Encontro de Jipeiros – Força Bruta
Encontro de Motociclista & Rock Festival
Copa de canoagem slalom
Copa de Ginástica Rítmica
Área de exposição coberta (em adequação)
Som ambiente
Palco para eventos
Telões
Bebedouro
Loja de souvenir
Caixa eletrônico
Hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Telefone público
Área de exposição coberta (em adequação)
Som ambiente
Palco para eventos
Refletores
Telões
Bebedouro
Loja de souvenir
Caixa eletrônico
Hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Telefone público
Palco para eventos
Refletores
-
Atividades
Cultura
Esportiva
De aventura
Cultura
Esportiva
Esportiva
Esportiva
Acesso
A pé
A pé
A pé
A pé
Trilha de acesso
Não pavimentada
Pavimentada
-
Pavimentada
Grau de dificuldade
Intermediário/ Difícil
Leve
-
-
Muito bom
Estado geral de
conservação
Bom
Ruim
X
X
-
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8.9. Eventos religiosos
Quadro 8.9-1: Eventos religiosos do município de Piraju
Eventos Religiosos
Procissão de Corpus Christi
Procissão Fluvial
Condição de uso
Atrativo turístico
Atrativo turístico
Natureza
Localização
Endereço
Pública
Área urbana
Centro - Piraju
Pública
Urbana
Rio Paranapanema (Represa de Piraju)
Site
estanciadepiraju.sp.gov.br
-
E-mail
-
-
Telefone
-
-
Sim
-
Sim
De acesso
Sinalização
Turística
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Restaurante
Bar/lanchonete
Meios de hospedagem
Finalidade
Sim
Passeio e religioso
Sim
Passeio, náutico, religiosidade e pesquisa
Agendada
-
-
Autoguiada
-
-
Proximidades
Visitação
Funcionamento
Guiada
-
-
Período
Junho
Janeiro
Sim
-
Sim
-
-
-
Sim
Sim
Entrada gratuita
Atendimento em língua estrangeira
Instalações de
entrada
Portaria principal
-
-
Guarita
-
-
Bilheteria
-
-
Sim
Instalações sanitárias; hospedagem; telefone público;
restaurante; iluminação noturna; bar/lanchonete
-
Atividades
Cultural e religiosa
Cultural, educativa e religiosa
Interiores
-
Barcos são decorados especificamente para a
procissão
Estacionamento
-
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| 160
Eventos Religiosos
Procissão de Corpus Christi
Procissão Fluvial
Descritivo das especificidades do atrativo
O evento, que ocorre no feriado nacional de Corpus
Christi, é ornamentado com tapetes coloridos. É um
trabalho realizado pela arquidiocese de Piraju,
juntamente com a prefeitura
Evento tradicional em Piraju, que ocorre no dia 20 de
janeiro, no leito do rio Paranapanema, em
comemoração ao santo padroeiro do município
Percurso
Pavimentado
Fluvial
Muito bom
-
-
Bom
X
X
Ruim
-
-
Estado geral de
conservação
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| 161
8.10. Agências de viagem
Quadro 8.10-1: Agências de viagem do município de Piraju
Agências de viagem
Localização
Endereço
Telefone
E-mail
Site
Proximidades
Forma de pagamento
Segmentos ou tipos de turismo em que é especializado
Divulgação
Bilhetes terrestres
Bilhetes aéreos
Serviços
básicos
Pacotes turísticos
Cruzeiros marítimos
Meios de hospedagem
Apoio e despacho de documentos
Comercialização de roteiros e atrativos locais
Estacionamento
Muito bom
Estado geral
de
Bom
conservação
Inadequado
Aline Viagens e Turismo
Área urbana
Rua Sete de Setembro, 608, Centro
(14) 9 9745-9009
[email protected]
https://www.facebook.com/Aline-Viagens-e-Turismo
Restaurantes, bares, lanchonetes, meios de hospedagem e posto de combustível
Dinheiro
Cartão de débito e crédito
Valintur Agência de Viagens e Turismo - Ltda
Área urbana
Rua Antônio Mercadante Sobrinho, Piraju
(14) 3351-2466
[email protected]
http://www.valintur.com.br/
Restaurantes, bares, lanchonetes, meios de hospedagem e posto de combustível
Dinheiro
Cartão de débito e crédito
Pacotes da CVC
Pacotes da CVC / MSC / Costa Cruzeiros
Redes sociais
Participação em eventos
Reserva
Emissão
Alteração, remarcação, e cancelamento
Tarifa comissionada
Reserva
Emissão
Alteração, cancelamento e remarcação
Tarifa comissionada
Tarifa especial para agentes de viagem e empresas
Reserva
Emissão
Remarcação, cancelamento e alteração
Venda direta
Venda via agentes
Alteração Reserva
Alteração Emissão
Alteração, remarcação e cancelamento
Venda direta ou via agentes
Reserva
Emissão
Passaporte
Visto
Não há
Não
Site
Redes sociais
Reserva
Emissão
Alteração, remarcação, e cancelamento
Tarifa comissionada
Reserva
Emissão
Alteração, cancelamento e remarcação
Tarifa comissionada
Tarifa especial para agentes de viagem e empresas
Reserva
Emissão
Remarcação, cancelamento e alteração
Venda direta
Venda via agentes
Alteração Reserva
Alteração Emissão
Reserva
Emissão
Passaporte
Visto
Não há
X
X
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8.11. Posto de informação ao turista
Quadro 8.11-1: Posto de informação ao turista – PIT do município de Piraju
Posto de Informação Turística
Tipo
Informações turísticas
Subtipo
Posto
Natureza
Pública
Localização
Urbana
Endereço
Praça Benedito Silveira Camargo (Brasilinha), s/n
Telefone
(14) 3351-2569 / (14) 3351-4551
Site
www.estanciadepiraju.com.br
De acesso
Sinalização
Turística
Entrada Gratuita
Sim
Sim
Sim
Restaurante
Bar/lanchonete
Proximidades
Caixa eletrônico
Meios de hospedagem
Quarta a Domingo e Feriados:
Funcionamento
9h às 11h
13h às 17h
Estacionamento
Sim
Outras instalações e serviços
Folhetos de atrativos; atendimento telefônico; sanitários
Divulgação
Folders do município e de alguns estabelecimentos
Possui alguma facilidade para pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida
Pessoal capacitado para receber
pessoas com deficiência
Muito bom
Estado Geral de
Conservação
Bom
Inadequado
Sim
-
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8.12. Calendário de eventos do município de Piraju
Quadro 8.12-1: Calendário de eventos de Piraju
Calendário de eventos 2015
•
•
•
•
•
•
Janeiro: Festa Fecapi/ Festa do Peão
Fevereiro: Carnaval e Feira da Lua
Março: Rodeio Crioulo e Encontro de Motociclista
Abril: Copa de canoagem
Maio: Corrida de pedestre
Setembro: Copa de Ginástica Rítmica
Análise
•
•
•
•
•
•
•
O calendário não está estruturado para favorecer o turismo local, falta eventos e feiras que
incrementam esta atividade
Há pouca diversidade de eventos, o que tem se acentuado nos últimos anos, com a não
realização do desfile de escolas de samba e da Festa do Café
Não existem atrações como festivais de música; cinema; gastronomia, que podem colaborar
para o aumento de turistas na baixa temporada e para o fortalecimento da identidade local
Parte dos eventos relacionados tem pouco apelo turístico, sendo direcionados para a
população local, como a Festa do Peão
Alguns eventos realizados durante o ano não estão dispostos no calendário divulgado pela
prefeitura, como por exemplo: Encontro de Jipeiros, Procissão Fluvial, Festa de São
Benedito, Copa de canoagem, Projeto Luz
Parte dos eventos, como Carnaval e Festa do Peão, são organizados exclusivamente pela
administração local, sem participação do trade e de empreendedores
Todos os eventos dependem do aporte de recursos públicos municipais, atualmente
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9. AVALIAÇÃO DAS FORMAS E FERRAMENTAS DE DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÃO E
PROMOÇÃO TURÍSTICA
Barreiras:
•
•
•
•
Ausência de mapa turístico do município;
Falta divulgação com viés mercadológico, uma vez que materiais gráficos e virtuais não têm
apelo publicitário e foco em públicos específicos;
O município não aparece em publicações de turismo, tais como revistas especializadas e guias
de viagens; e
Os produtos e atrativos não estão formatados para venda em agências de viagens.
Potencialidades:
•
•
União entre a gestão pública e privada, para ações integradas e sistêmicas, em prol do aumento
do fluxo turístico; e
Elaboração de plano estratégico de marketing, com foco nos mercados alvo.
9.2. Análise das ferramentas de divulgação
Para análise das ferramentas de divulgação, informação e promoção turística, foram realizadas
pesquisas de campo e virtuais.
Dessa maneira, foi criado o Quadro 9.2-1, com as principais formas de divulgaçã0 do setor, o que
existe em Piraju e como essas ferramentas são utilizadas, de modo que possam ser futuramente
apontadas novas estratégias e possibilidades, como a disponibilização de mapa turístico, que inexiste
na atualidade.
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Quadro 9.2-1: Análise das ferramentas de divulgação de produtos turísticos disponíveis em Piraju
Ferramentas de
divulgação, informação
e promoção turística
Impressos
empreendimentos
dos
Folheto/ Guia (conjunto
de informações num único
impresso)
Mapa Turístico (impresso
ou virtual)
O que existe
Folhetos, folders, cartões
empreendimentos privados
Principais características
dos
Folder com informações integradas
dos atrativos e produtos turísticos
de Piraju
Não há
PIT – Posto de Informação
Turística
Localiza-se à Pça Benedito S.
Camargo “Brasilinha”
Sites
empreendimentos
turísticos
A
grande
maioria
dos
empreendimentos possui site
próprio, ou pelo menos no caso
dos restaurantes uma página no
Facebook de divulgação
dos
Site integrado da Estância
Turística de Piraju
Sites de vendas de turismo
Impressos com baixa qualidade no que
tange à qualidade gráfica, atratividade,
informações e identidade visual
Boa qualidade nas informações e de
gramatura de papel, com identidade
visual e atratividade deficientes
www.estanciadepiraju.sp.gov.br
www.hotelurbano.com/sp/piraju/9
249
www.booking.com/Piraju-Hoteis
www.tripadvisor.com.br › Piraju ›
Piraju Pousadas
O horário de atendimento é compatível
com a necessidade do público:
Horário de funcionamento de quarta a
domingo e feriados das 09h às 11h e das
13h às 17h e congrega as informações
turísticas
do
município,
com
disponibilidade de folhetos e materiais
de alguns estabelecimentos
Cada empreendimento trabalha com as
características identitárias dos seus
negócios, com pouco enfoque na oferta
municipal. Individualmente, os sites
atendem às necessidades de cada
empreendimento
O site reúne os atrativos, produtos e
serviços turísticos de Piraju
Falta apelo visual e mercadológico, bem
como acesso direto aos links dos
empreendimentos e atrativos
Os empreendimentos de hospedagem
estão sendo divulgados pelos maiores
sites de venda e divulgação
As avaliações dos hotéis e pousadas nos
sites de venda são positivas e os
comentários no geral as pessoas se
surpreenderam, tanto com a estrutura
como com a paisagem
Há indicação de reduzido número de
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Ferramentas de
divulgação, informação
e promoção turística
O que existe
Principais características
atrativos, como o Museu Histórico
Constantino Leman, Centro Regional de
Arqueologia Ambiental e o Teatro
Municipal, sem menção a cachoeiras e
atividades no rio Paranapanema
Calendário
Eventos
Turístico
O calendário de eventos contempla
aqueles de natureza:
• Cultural: Procissão Fluvial “São
Sebastião”,
Procissão
de
Corpus Chriti, Rodeio Crioulo e
Festa do Peão
–
• Natural e aventura: Pira Jeep,
Copa Brasil de Canoagem,
Motocross, Motofest
• Esportivos: Copa de Ginástica
Rítmica
• Festivos: Carnaval, Natal de Luz
e desfile de Natal
O calendário de eventos atende a
diversos
segmentos,
tanto
para
comunidade local, como para o turista
A participação em feiras e eventos é uma ferramenta importante para divulgar o destino e aumentar
o networking das empresas e do município. Para seu ótimo aproveitamento, é imprescindível que
todo material publicitário e estratégico seja considerado e coordenado de maneira específica em
função do objetivo e público alvo do evento, de acordo com os produtos e atrativos presentes na
localidade.
Atualmente, Piraju participa das feiras e eventos (Quadro 9.2-2) com os mesmos produtos e
materiais de divulgação que distribui na cidade. Destaca-se que o município não enviou
representantes para os principais eventos do turismo náutico, como o São Paulo Boat Show.
Quadro 9.2-2: Principais feiras e eventos do setor de turismo com participação de Piraju
Feira
Abav
–
Internacional
Expo
de
Objetivo
Voltada para o público de agências de viagens, operadoras, atrações turísticas e
entretenimentos, companhias aéreas, cruzeiros marítimos, empresas de promoções
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Feira
Turismo
Avistar – Encontro
Brasileiro
de
Observação de Aves
Salão SP Turismo
Objetivo
de destinos, espaços para eventos, hotéis e hospedagens
Trata-se da maior feira de observação de aves da América Latina, com uma
programação gratuita que inclui exposições, shows, palestras, oficinas e
lançamentos de livros, entre outras atividades
Reúne os principais destinos turísticos do estado de São Paulo, com foco em
aproximar compradores e vendedores, estes últimos os agentes e operadores de
viagens e os primeiros empreendedores de turismo, donos de hotéis, resorts,
parques temáticos e outros
Por ser o único evento do ano que destaca o turismo paulista, atrai também o
público final que visita o evento atrás de bons preços para pacotes turísticos e novos
destinos próximos à capital
WTMLA – World
Travel Market Latin
America
WTM América Latina é o evento promove a América Latina para o mundo, através
da criação de oportunidades pessoais e de negócios
Adventure Sport Fair
Dedicado aos esportes e ao turismo de aventura, reúne as principais marcas e
destinos, as agências governamentais e as principais ONGs do setor em um único
evento
Feiratur
–
Feira
Nacional de Turismo
Rural
Tem como enfoque a geração de negócios em turismo rural
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10. METODOLOGIA UTILIZADA PARA REALIZAÇÃO DAS PESQUISAS
QUESTIONÁRIOS
E APLICAÇÃO DE
Para reconhecimento da oferta e da demanda de serviços turísticos da estância, foram elaborados
questionários com base nos materiais da Organização Mundial do Turismo - OMT. Assim, em visita
técnica a Piraju realizada pela equipe da Geo Brasilis em setembro de 2015, as reuniões e os
materiais utilizados foram:
•
•
•
•
•
Apresentação do Plano Diretor de Turismo de Piraju para membros do Conselho Municipal de
Turismo e coleta de informações através de questionário para os presentes. Os resultados foram
apresentados no capítulo sobre a Governança (Anexo IX);
Aplicação de questionário para proprietários dos principais atrativos e estabelecimentos de
Piraju, com o objetivo de identificar as atividades atualmente desenvolvidas pelos atores nos
atrativos e as suas expectativas quando se pensa em uma visão de futuro para o turismo de
Piraju nos próximos 10 anos (Anexo X);
Questionário para percepção do perfil da demanda turística do município, que foi deixado em
meios de hospedagem, estabelecimentos de alimentação e atrativos e será retirado no final de
outubro para compilação das informações e apresentação dos resultados na próxima etapa do
Plano (Anexo XI);
Reunião com a Diretoria Municipal de Turismo de Piraju para formalização da construção do
PDTur e coleta de informações da cidade (Anexo XII); e
Reuniões com a Associação dos Produtores de Café, Sindicato Rural e Associação Comercial.
Em consonância, foram identificados três grupos para elencar o inventário:
•
•
•
Infraestrutura de apoio ao turista;
Serviços e equipamentos turísticos; e
Atrativos e recursos.
Há que se considerar que o município possui atualmente um inventário turístico elaborado sob
responsabilidade do Departamento Municipal de Turismo, material este que foi utilizado para a
compreensão inicial dos atrativos e estabelecimentos presentes em Piraju.
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