RelatóRio de sustentabilidade 2010/2011
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RelatóRio de sustentabilidade 2010/2011
Relatório de sustentabilidade 2010/2011 Sumário 02Mensagem da Presidência 06A Johnson & Johnson 20 Prosperidade econômica 42 Responsabilidade ambiental 60 Responsabilidade social 90 Prêmios e reconhecimentos 93Sobre o relatório 94 Índice remissivo GRI 100Créditos RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 1 Mensagem da Presidência Aumentar o padrão de saúde Na Johnson & Johnson, o compromisso com a saúde guia as estratégias de negócios e se traduz no alcance de mais pessoas, na qualidade e inovação dos produtos e no cuidado com o meio ambiente 2 JOHNSON & JOHNSON Ao longo de 125 anos de história, priorizamos o “cuidar” – dos consumidores, dos funcionários, das comunidades de entorno, do meio ambiente – e esse verbo é capaz de traduzir, com simplicidade, o que significa sustentabilidade para a Johnson & Johnson. Como uma organização de saúde e bem-estar, nossa missão é disponibilizar produtos e serviços que melhorem a qualidade de vida de um número cada vez maior de pessoas, em todos os países onde estamos presentes. A missão é cumprida sempre que alguém se protege do sol utilizando a nossa linha de protetores solares, que um paciente vê crescer suas chances de cura com um medicamento da Janssen ou quando é tratado com a ajuda de um dispositivo médico do portfólio da Medical. Atuando em diversas frentes, buscamos estar cada vez mais no cotidiano das pessoas, levando a qualidade e a confiança da nossa marca. Somos conscientes da responsabilidade que assumimos e procuramos, constantemente, novas formas de garantir os altos padrões de qualidade dos produtos, de acordo com o que nossos pacientes esperam e merecem. No período de 2010/2011, investimos fortemente em inovação, lançando centenas de produtos voltados à necessidade de saúde em todo o mundo. Sempre foram mantidos e reafirmados os valores do Nosso Credo, que orientaram nossa trajetória e nos permitem ser, hoje, uma das empresas mais admiradas do mundo. Com as mudanças e investimentos, a companhia superou as adversidades macroeconômicas e, em 2011, registrou melhorias significativas nas vendas e reforço nas lideranças de várias categorias. Nos países emergentes, mesmo com os reconhecidos avanços socioeconômicos, melhorar os padrões e o acesso a produtos e serviços de saúde ainda são desafios significativos. Nesse cenário, a Johnson & Johnson do Brasil compreende seu potencial de contribuição. No país desde 1933, nossas oportunidades e desafios permanecem crescentes, em virtude de fatores como a importância da economia brasileira no mercado internacional, o crescimento da classe média, a perspectiva de expansão da renda, o aumento da expectativa de vida da população e a maior demanda por produtos e serviços de saúde e bem-estar de qualidade. Um dos principais objetivos é cuidar de mais pessoas, de forma mais eficaz e a custos baixos, o que implica envolver todos os agentes da cadeia – fornecedores, clientes, poder público, instituições de saúde e entidades de classe, entre outros. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Nossa missão é disponibilizar produtos e serviços que melhorem a qualidade de vida de um número cada vez maior de pessoas, em todos os países onde estamos. 3 Por isso, atuamos em parceria com os órgãos governamentais, trabalhamos na capacitação dos profissionais de saúde, criamos campanhas educacionais voltadas aos consumidores e investimos em inovação científica e desenvolvimento de produtos. Nos últimos dois anos, impulsionamos os treinamentos realizados no Johnson & Johnson Medical Inovation Institute, iniciamos projetos para expandir nossa presença em outras regiões do país, fora do eixo Sul-Sudeste, e em centros de saúde da rede pública, participamos de pesquisas da matriz para o desenvolvimento de novos medicamentos e lançamos diversos medicamentos no mercado brasileiro para o tratamento de doenças como hepatite C e câncer de próstata. Nossa visão de sustentabilidade, portanto, parte do compromisso com a saúde e o bem-estar de nossos pacientes e consumidores. Nos últimos anos, trabalhamos ainda mais incisivamente na institucionalização desse conceito na empresa, focando o cuidado com as pessoas e o acesso à saúde, atrelados aos aspectos ambientais, sociais e econômicos. Evoluímos significativamente em nossas práticas, sobretudo por meio de programas globais específicos. No aspecto ambiental, desde 1990 estabelecemos, mundialmente, metas de redução e mitigação dos impactos, renovadas a cada cinco anos. No Brasil, a Fábrica de Plástico, inaugurada em 2011, viabiliza a utilização de sobras de plástico de algumas linhas de produção para a fabricação de novos produtos, contribuindo, assim, para a diminuição dos resíduos industriais e do uso de insumos. No que se refere ao ciclo de vida de nossos produtos, a nova embalagem de Sundown®, produzida a partir de resina verde (derivada da cana-de-açúcar) e de materiais reciclados pós-consumo, aumentou o portfólio de produtos ambientalmente amigáveis, ao lado do curativo Band-Aid®, da escova REACH® Eco, do enxaguatório bucal Listerine® e do absorvente íntimo Carefree®. No aspecto social, a preocupação constante com a saúde e a segurança dos funcionários se reflete no cumprimento das metas do programa Global Health 2012, no programa Direção Segura (Safe Fleet) e nos baixos índices de acidentes no complexo industrial. Todas as áreas de comunicação interna foram reformuladas, a fim de estreitar o relacionamento e valorizar ainda mais a equipe. Para a comunidade, o investimento social privado é feito por meio do Comitê de Contribuições, com verbas também da matriz, e que já beneficiou 1,4 milhão de pessoas, em 14 estados brasileiros. Ainda em prol da comunidade, uma das principais conquistas foi o trabalho realizado com a cooperativa de catadores Futura, de São José dos Campos, que resultou na melhoria das condições de trabalho para os cerca de 40 cooperados e na consequente obtenção do certificado SA 8000 para a cooperativa, que atesta boas práticas trabalhistas. As iniciativas foram acompanhadas, no pilar econômico, por uma perfomance financeira positiva, com aumento em vendas e de participação de mercado e uma receita de R$ 4,9 bilhões em 2011. A presença e a 4 Nossa visão de sustentabilidade foca o cuidado com as pessoas e o acesso à saúde, atrelados aos aspectos ambientais, sociais e econômicos. JOHNSON & JOHNSON Performance financeira positiva e avanços nas questões socioambientais marcaram o período de 2010/2011 na Johnson & Johnson do Brasil. consolidação de outros atores nos segmentos em que atuamos faz com que busquemos nos reinventar a cada dia, investindo constantemente em inovação, pesquisa e desenvolvimento, bem como na otimização de processos. A ética, uma das grandes forças da empresa, foi, ainda, reforçada, com a criação de uma área única de Health Care Compliance (HCC), que centraliza as iniciativas para garantir relações éticas com todos os públicos de relacionamento da companhia, mitigar riscos de fraude e corrupção e preservar a imagem da Johnson & Johnson. Tudo o que já conquistamos ao longo dos anos nos motiva a seguir adiante e fazer mais. Reconhecemos, por exemplo, a necessidade de aprimorar nossos padrões de monitoramento de impactos, estender nossas boas práticas à cadeia de valor, engajando e educando fornecedores, clientes e consumidores, estreitar nossas parcerias com a esfera pública e comunicar melhor o que realizamos, de maneira institucional. Assim, seremos capazes de cuidar cada vez mais da saúde das pessoas e do planeta, em total consonância com o que prega o Nosso Credo. Luis Díaz-Rubio Diretor Presidente da Janssen Maria Eduarda Kertész Diretora Presidente da Johnson & Johnson Consumo Regina Navaro Diretora Presidente da Medical Brasil RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 5 A Johnson & Johnson Com subsidiárias em 60 países e cerca de 129 mil funcionários, a companhia leva seu portfólio a mais de 1 bilhão de pessoas 6 JOHNSON & JOHNSON RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 7 8 JOHNSON & JOHNSON Criada para cuidar Em 2011, a Johnson & Johnson comemorou 125 anos com o lançamento de produtos inovadores e a reafirmação do compromisso com a qualidade Com um amplo portfólio de produtos nos segmentos de higiene pessoal e beleza, farmacêutico e de dispositivos médicos e equipamentos de diagnóstico, a companhia alcança 175 países e mais de 1 bilhão de pessoas, todos os dias. Maior e mais diversificada fabricante de produtos para saúde e bem-estar, é uma das empresas mais admiradas do mundo, consequência de uma trajetória guiada pelo objetivo de cuidar e pelo senso de responsabilidade. Fundada em 1886, em New Brunswick (New Jersey, Estados Unidos) – onde tem sede até hoje –, a companhia foi criada para reduzir a incidência de infecção em hospitais e centros cirúrgicos, tendo revolucionado as técnicas de esterilização, e continua investindo em ciência, para desenvolver produtos inovadores, que elevem o padrão e a eficácia do tratamento de diversas doenças. Nos últimos cinco anos, o aporte em pesquisa em toda a companhia foi de US$ 37 bilhões, e os produtos lançados foram responsáveis por 25% das vendas em 2011. O fortalecimento do portfólio contribuiu para potencializar a liderança global nas áreas de imunologia, oncologia, dispositivos médicos e outras especialidades. Os escopos de atuação são escolhidos a partir da identificação de áreas ainda não atendidas e onde a Johnson & Johnson tenha capacidade de contribuir. Como forma de dar foco às diferentes áreas de saúde, com eficiência e ganho de escala, a gestão de negócio é descentralizada e se divide em três setores: produtos de consumo (J&J Consumo), farmacêutico (Janssen) e dispositivos médicos (Medical). Todos passaram por uma importante reestruturação interna, nos níveis global, regional e local, para tornar as operações mais ágeis, intensificar o compromisso com a qualidade e atender a necessidade dos clientes. Aliada à forte cultura, que dá unidade à companhia e orienta os cerca de 129 mil funcionários no mundo, a iniciativa já tem rendido bons resultados em performance no mercado e na busca por cuidar das pessoas, uma de cada vez. Atualmente, a companhia possui 250 subsidiárias, distribuídas em 60 países e agrupadas em quatro grandes regiões: América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e Europa, África e Oriente Médio. Com capital aberto na bolsa de Nova York (New York Stock Exchange) desde 1944, o faturamento global em 2011 foi de US$ 65 bilhões. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Global e localmente, a J&J se divide em três setores: Consumo, Farmacêutico e Dispositivos Médicos. 9 A companhia no Brasil Tendo iniciado sua expansão internacional em 1919, a companhia chegou ao Brasil em 1933, na cidade de São Paulo. Inicialmente produzindo itens como algodão e esparadrapo, que, até então, eram importados, as grandes oportunidades de negócios impulsionaram o crescimento da empresa, que, hoje, possui o segundo maior complexo industrial da companhia fora dos Estados Unidos. A sede administrativa se manteve na capital paulista, e o parque fabril, de 1 milhão de metros quadrados e com 12 fábricas, está localizado em São José dos Campos, no interior do estado. As operações abastecem mais de 30 países, respondem pela segunda maior produção global de agulhas cirúrgicas e, ainda, são responsáveis pela exportação do curativo BAND-AID® para todo o continente americano, além de Dinamarca e China. A história da empresa no Brasil está associada à introdução de itens que revolucionaram conceitos de saúde e bem-estar no país. Foi o caso, por exemplo, das primeiras fraldas e absorventes descartáveis, com as marcas JOHNSON’S® baby e MODESS®, que priorizam o cuidado com o bebê e a higiene da mulher, e do primeiro protetor solar, o SUNDOWN®, que iniciou as discussões sobre os riscos de exposição ao sol para a pele. Nos setores farmacêuticos e de dispositivos médicos, também liderou várias categorias e busca trazer ao país suas principais inovações científicas, voltadas a melhorar e salvar vidas. Com o reforço nos investimentos em inovação e na atuação em países em desenvolvimento, a companhia escolheu o Brasil para instalar seus centros de tecnologia em proteção solar e absorventes femininos, que lideram as pesquisas nas áreas em todo o mundo. Ao mesmo tempo, a empresa cria iniciativas específicas para contribuir com o acesso à saúde e à educação de profissionais e de consumidores, de acordo com a realidade e as demandas locais. Empresa de capital fechado, a subsidiária brasileira é responsável por mais da metade das vendas na região da América Latina e emprega, diretamente, mais de 5 mil funcionários. 10 As atividades da empresa se concentram no estado de São Paulo, com o escritório administrativo na capital e o parque industrial em São José dos Campos. JOHNSON & JOHNSON Principais marcas Johnson & Johnson Consumo Como fabricante de produtos de higiene e de beleza e, ainda, medicamentos isentos de prescrição médica (over-the-counter – OTC), a Johnson & Johnson Consumo é voltada aos consumidores finais. Líder em diferentes categorias, está presente em 70% dos lares brasileiros, o que representa oportunidades de levar informações sobre saúde e bem-estar às famílias. Na reestruturação global ocorrida em 2011, as quatro unidades de negócios que compunham o setor foram unificadas sob uma única gestão, o que conferiu uma visão holística sobre o negócio. Dessa forma, é possível analisar todo o portfólio de acordo com as particularidades de cada região do país, identificando formas de agregar valor aos produtos e direcionando melhor os investimentos, para atender às demandas específicas e melhorar a performance das vendas. Atualmente, o Brasil representa o segundo maior faturamento do setor na companhia, atrás somente dos Estados Unidos. O setor tem um longo histórico de pioneirismo e inovação, introduzindo importantes categorias no mercado brasileiro, e um dos seus focos é a priorização de produtos inovadores, que oferecem ciência e tecnologia, como produtos dermatológicos e farmacêuticos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 11 Principais marcas Janssen Farmacêutica Responsável pelo desenvolvimento e comercialização de medicamentos que correspondam a necessidades médicas não atendidas, a Janssen é o setor farmacêutico da Johnson & Johnson e atua nas áreas de virologia, oncologia e hematologia, saúde feminina, imunologia, sistema nervoso central, gastroenterologia, pediatria e dor. Com crescimento consistente nos últimos anos, a Janssen passou do 13.º lugar no ranking da indústria farmacêutica do país, em 2009, para a nona posição, em 2011. Os bons resultados motivaram a reestruturação interna de suas áreas de negócio em 2011, para dar continuidade ao crescimento e aumentar o foco nas estratégias específicas de cada linha de produtos. Foram criadas quatro novas forças de vendas para atuação nas áreas de imunologia, gastroenterologia e dermatologia, infectologia, com foco em hepatite C, e oncologia, com foco em câncer de próstata. O setor aumentou seu portfólio em imunologia, com intensa atuação no segmento de medicamentos biológicos, atualmente um dos mercados mais promissores em relação à inovação na indústria farmacêutica. Hoje, a Janssen possui o mais completo portfólio em imunologia do mercado brasileiro. Pela natureza do negócio e das linhas de atuação, a Janssen mantém contato permanente com diversos stakeholders para contribuir com o acesso da população brasileira a medicamentos de última geração. A Janssen é a nona maior indústria farmacêutica do país e possui um dos maiores pipelines do setor em todo o mundo. 12 JOHNSON & JOHNSON Principais marcas Johnson & Johnson Medical Brasil A Medical Brasil é parte do maior e mais diversificado negócio de dispositivos médicos e ferramentas de diagnósticos do mundo. Produz uma ampla gama de produtos inovadores, utilizados principalmente por profissionais de saúde nas áreas de ortopedia, neurovascular, cirurgias, cuidados com a visão, diabetes, prevenção de infecção, diagnósticos, doenças cardiovasculares, medicina esportiva e estética. A Medical ocupa posições de liderança na maioria dos mercados em que atua. No período de 2010/2011, solidificou a representatividade nas exportações do setor – atualmente, é responsável por cerca de 37% das exportações brasileiras de dispositivos médicos e fortaleceu o compromisso em elevar os padrões de cuidados com a saúde por meio do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute (JJMII). Inaugurado em 2010, o JJMII oferece os mais modernos treinamentos em equipamentos médicos e procedimentos de diagnóstico aos profissionais de saúde, tendo treinado mais de 6 mil profissionais. Trata-se do primeiro e único centro de referência em capacitação médica da empresa na América Latina e um dos 11 no mundo. Recentemente, com o objetivo de melhorar o atendimento das necessidades de pacientes e clientes e acelerar seu crescimento, em longo prazo, em um ambiente de rápidas mudanças, o setor se reestruturou em três grandes grupos, antes organizados em nove unidades de negócio distintas. Vision Care Com a Johnson & Johnson Vision Care, unidade de negócios vinculada à Medical, a companhia também está presente no segmento de saúde visual, por meio da marca ACUVUE® – líder de mercado, com 48% de participação. A Vision Care possui um portfólio variado em lentes de contato, buscando oferecer ao usuário o que há de mais inovador em conforto e praticidade. O Brasil tem um grande número de pessoas que necessitam de correção visual, e estima-se que apenas 8% delas utilizam lentes, o que se traduz em uma oportunidade de crescimento de mercado. Em busca disso, a unidade de negócio tem contribuído com as sociedades médicas e associações profissionais em oftalmologia, como o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec). O trabalho consiste na divulgação das lentes de contato, apresentando-as aos oftalmologistas como uma opção de correção visual para seus pacientes, por meio de patrocínios educacionais e de simpósios com oftalmologistas especialistas em lentes de contato. Com a instalação da Vision Care no Johnson & Johnson Medical Innovation Institute, a unidade tem investido também em programas de treinamento e de apoio educacional, complementares aos cursos já existentes no país. O objetivo é oferecer, aos oftalmologistas e seus auxiliares, workshops de imersão em lentes de contato, com foco nas novas tecnologias e na gestão do setor. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 13 125 anos de história no mundo 1886 1990 Os irmãos Robert Wood Johnson, James Wood Johnson e Edward Mead Johnson fundam a Johnson & Johnson, em New Brunswick (New Jersey), nos Estados Unidos. Medical lança equipamentos para cirurgias minimamente invasivas. A companhia se torna parceirafundadora da Safe Kids Worldwide, rede global para prevenção de acidentes com crianças e adolescentes. 1890 J&J lança o primeiro kit de primeiros socorros do mundo. 1994 É criada a Janssen-Cilag, da fusão entre o setor farmacêutico da J&J e o laboratório suíço Cilag. Lançamento da linha Acuvue® nos Estados Unidos, primeira lente de contato gelatinosa descartável do mundo. 1987 1998 Aquisição da DePuy, mais antiga fabricante de produtos ortopédicos dos Estados Unidos. J&J incorpora o laboratório belga Janssen. 1920 1963 2006 Aquisição da Pfizer Consumer Healthcare, que inclui as marcas Listerine®, Nicorette® e Mylanta®. Lançamento do curativo para pequenas feridas Band-Aid®. 2008 TYLENOL (paracetamol), primeiro analgésico sem aspirina (ácido acetilsalicílico) do mercado, é lançado nos Estados Unidos. ® 1931 J&J cria a Ortho Pharmaceutical e dá início às atividades no setor farmacêutico. Lançamento do Prezista®, de combate ao HIV/aids. 1959 2011 Comemoração dos 125 anos da companhia no mundo. Publicação do Nosso Credo. 1943 14 JOHNSON & JOHNSON 78 anos de história no Brasil 1996 1933 Criação da Central de Reciclagem de Resíduos, no parque industrial. J&J inicia as operações no Brasil. Vision Care, vinculada à Medical, inicia as atividades no Brasil. 1991 2004 Instituído o Comitê de Contribuições Brasil, que viabiliza o investimento social da empresa no país. 1937 Chega ao Brasil a marca JOHNSON’S® baby, com o talco de mesmo nome. Lançamento do SUNDOWN®, o primeiro protetor solar do mercado brasileiro. 1984 2007 1949 J&J é pioneira no Brasil ao adotar o Ambiente Livre de Tabaco. Chega ao Brasil a Ethicon, unidade de negócio da Medical responsável pela comercialização de suturas. 1954 Inauguração do Centro de Pesquisa e Tecnologia (CPT) do Brasil, um dos cinco da J&J no mundo. 1972 Inauguração do parque industrial em São José dos Campos, interior de São Paulo, em uma área de 1 milhão de metros quadrados. 2010 Inauguração do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute, em São Paulo. 2011 1964 Janssen lança o primeiro anticoncepcional do Brasil. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Primeiro concurso Bebê Johnson’s, que virou febre no Brasil e influenciou a criação do Dia da Criança, comemorado em 12 de outubro. Johnson & Johnson anuncia patrocínio da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. 1965 15 Healthy Future 2015 Para nós, sustentabilidade é cuidar das pessoas e do planeta. Com o nosso "cuidar", podemos criar um futuro saudável para as pessoas, o planeta e o nosso negócio. Saúde e bem-estar para todos Podemos tocar mais vidas todos os dias, entregando soluções que permitam às pessoas permanecerem seguras, saudáveis e bem. Um mundo sem desperdício Podemos eliminar o desperdício, reduzindo o uso de recursos naturais e aumentando o uso de recursos renováveis. A marca mais confiável Podemos conferir mais credibilidade às nossas marcas, dividindo nossos exemplos de sustentabilidade, sendo o parceiro de escolha e inspirando os outros a se juntarem a nós para fazermos a diferença. Estratégia de sustentabilidade Nosso Credo: crescer com responsabilidade Criado em 1943, o Nosso Credo é uma carta de princípios formalizada como guia para condução do negócio. Ele explicita os principais públicos de relacionamento da Johnson & Johnson e o compromisso que ela deve ter com cada um deles – profissionais da saúde, pacientes, fornecedores, distribuidores, funcionários (com extensão aos familiares), comunidade e acionistas – e, ainda, com o meio ambiente. Por isso, seguir seus preceitos significa assegurar a sustentabilidade do negócio. Escrito pelo então presidente da companhia, Robert Wood Johnson, o documento foi totalmente incorporado ao dia a dia das operações, servindo de base para estratégias de atuação, políticas internas, Código de Conduta, termos de compromisso e a Pesquisa do Credo, realizada a cada dois anos para mensurar o nível de adesão dos funcionários. Disseminado em todas as subsidiárias, o Nosso Credo guia as tomadas de decisões de todos os funcionários. Dessa forma, mantém a unidade cultural da Johnson & Johnson no mundo, e seus preceitos orientam diferentes iniciativas, adaptadas às realidades de cada país. 16 Cumprir os compromissos do Nosso Credo para que as pessoas, o planeta e os negócios sejam saudáveis, hoje e amanhã. JOHNSON & JOHNSON Metas globais do Healthy Future 2015 Tema Meta Resultados em 2011 Consumo de água 10% de redução (2010-2015) 1,7% de redução Emissão de gás carbônico 20% de redução (2010-2020) 4,9% de redução Frota verde 20% de melhoria nas emissões de veículos (2010-2015) 4% de melhoria Educação em saúde 100 iniciativas de educação em saúde para comunidades, em 25 países, até 2015 8 programas, em 5 países Sustentabilidade nos fornecedores Todos os fornecedores estratégicos devem ter uma ou duas metas públicas de sustentabilidade 36% dos fornecedores estratégicos possuem metas Saúde dos funcionários 80% dos funcionários com avaliação de riscos à saúde 0% 38% dos funcionários avaliados Diversidade de fornecedores US$ 1 bilhão gasto até 2011, 5% de crescimento ao ano US$ 1,3 bilhão gasto, 22% de crescimento Eliminação de resíduos 10% de redução (2010-2015) 9,5% de redução Segurança na direção 15% de melhoria (ano-base 2010) 7% de piora Doenças nos países em desenvolvimento 200 milhões de doses de mebendazol® (antiparasitário) por ano para crianças infectadas com vermes intestinais 115 milhões de doses fornecidas, em 13 países Produtos mais “verdes” 60 produtos premiados com o Earthwards¹ até 2015 15 (26 no total) 1 Veja mais na página 56. Healthy Future 2015 Com 11 metas a serem cumpridas até 2015, o Healthy Future engloba os desafios da companhia nos aspectos econômico, socioambiental e de engajamento dos stakeholders. “A Johnson & Johnson acredita que a saúde das pessoas está diretamente ligada à saúde do planeta. E a missão da companhia é cuidar das pessoas”, explica Paulette Frank, vice-presidente de Sustentabilidade da Johnson & Johnson Consumo. O compromisso inspira diversas ações, como as metas de redução de impactos ambientais, estabelecidas desde 1990, com ciclos de cinco anos. Atualmente, o trabalho já segue modelos sofisticados de gestão, comprovado com o programa Healthy Planet 2010, em que foram estipuladas dez metas – totalmente cumpridas no Brasil. Também preocupada com a saúde de seus funcionários diretos desde que foi criada, implementou metas relacionadas ao tema com o programa Healthy People 2012. Consciente de seu potencial como empresa do setor de saúde, atuante em todo o mundo, em 2010 a Johnson & Johnson criou um programa de sustentabilidade amplo e que utiliza a visão do Nosso Credo, o Healthy Future 2015. “Para cumprir a missão, as metas são bastante abrangentes. Não tratam somente de meio ambiente, mas também de iniciativas sociais que garantem a saúde das pessoas e das comunidades, e da forma de engajar os stakeholders”, afirma Paulette. As 11 metas são gerenciadas de maneiras específicas e englobam todas as regiões em que a companhia atua. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 17 Identificação de temas relevantes Pela primeira vez, a empresa consultou stakeholders a respeito dos temas que deve abordar em seu relatório e na gestão de sustentabilidade A produção do segundo Relatório de Sustentabilidade da Johnson & Johnson do Brasil foi acompanhada de um processo inicial de diálogo com públicos externos de relacionamento. Foram entrevistados especialistas dos três setores de atuação, de instituições renomadas, que foram orientados a falar, com transparência, sobre os assuntos que consideram fundamentais para uma atuação e uma comunicação mais sustentáveis da empresa. Posteriormente, os assuntos levantados foram cruzados com as diretrizes do Healthy Future 2015, documento institucional. A iniciativa, que analisa informações externas e internas da empresa, segue uma metodologia de construção de matriz de materialidade – estudo que identifica os temas mais relevantes para a empresa e que devem ser aprofundados no relatório. Como projeto piloto, o resultado desse trabalho não é uma matriz consolidada, mas apontamentos que visam contribuir para a evolução da empresa em sustentabilidade. Em um processo contínuo de evolução, a expectativa é que o próximo ciclo de relato contemple um estudo de materialidade mais consistente. A expectativa é realizar um estudo de materialidade mais completo no próximo ciclo de relato. Para este estudo preliminar, a Johnson & Johnson cruzou as diretrizes do Healthy Future 2015 com os apontamentos dos especialistas consultados pela empresa. 18 JOHNSON & JOHNSON Temas apontados pelos especialistas¹: Claudio Lottenberg Hospital Israelita Albert Einstein (Medical) •R elacionamento ético da indústria com a comunidade médica; • Trabalhar com os médicos para disseminar conceitos e práticas de sustentabilidade e melhoria na qualidade de vida (políticas públicas); • Transparência, ética e boas práticas de governança; • Integrar sustentabilidade na gestão; • Diálogo; •G estão de recursos e redução do impacto ambiental. “A sustentabilidade está diretamente relacionada à qualidade de vida. Se não há uma visão apropriada sobre qualidade de vida, toda a visão de prevenção de doenças fica marginalizada.” Hélio Matar Instituto Akatu (Consumo) • Avaliar e endereçar oportunidades e ameaças das redes digitais; • Integrar sustentabilidade na gestão, considerando os impactos sociais, ambientais, econômicos e no indivíduo; • Saúde e segurança do consumidor no uso de produtos; • Gestão de resíduos no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos; • Descarte adequado de remédios; • Diálogo contínuo com stakeholders; • Transparência. “Sustentabilidade tem relação direta com a qualidade das relações entre a empresa e seus públicos. Assim, ou a empresa estabelece, de fato, canais extremamente acessíveis e contínuos, ou, certamente, terá problemas.” Renata Schott Farma Sustentável (Janssen) • Acesso a medicamentos nos mercados público e privado; • Identificação e engajamento de stakeholders da indústria farmacêutica; • Inovação contínua; • Consumo e prescrição responsáveis; • Educação médica continuada; •G estão ambiental do negócio, com foco nos impactos locais; • Comunicação responsável com os públicos; • Governança e transparência; •F ortalecimento da atuação conjunta do setor, em questões de sustentabilidade. “Acesso a medicamentos é um dos temas mais importantes para as indústrias hoje em dia. Não se trata apenas de doar medicamentos ao governo, mas de abrir uma via de mão dupla e poder alavancar o negócio.” ¹ Em destaque, os temas comuns aos três entrevistados. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 19 Prosperidade econômica Para a Johnson & Johnson, gestão eficiente, inovação, qualidade e ética e transparência nas relações são essenciais para o bom desempenho do negócio Destaques do período PROSPERIDADE ECONÔMICA • Treinamento de mais de 6 mil profissionais de saúde no Johnson & Johnson Medical Innovation Institute. • Aumento do portfólio de medicamentos na área de imunologia e introdução de medicamentos contra câncer de próstata e hepatite C no mercado brasileiro. • Implementação dos programas Expansão Geográfica e Access, da Medical, para aumentar a oferta de produtos e serviços de saúde e tocar mais vidas. • Inserção nas mídias sociais, para reforçar a transparência, o contato com o consumidor e a prospecção de novos talentos. 22 JOHNSON & JOHNSON Desempenho econômico Uma das empresas que mais crescem na companhia, a filial brasileira permanece como foco de investimentos nos próximos anos A Johnson & Johnson busca alinhar a condução do negócio no Brasil às estratégias globais da companhia, adaptadas às especificidades locais. Como um dos principais mercados emergentes, o país apresenta oportunidades de crescimento significativas por causa do aumento da renda média da população, e consequente aumento do consumo, e de áreas da saúde ainda pouco favorecidas. Por ser uma empresa global de capital aberto nos Estados Unidos, a Johnson & Johnson do Brasil não divulga seu demonstrativo financeiro localmente. Em 2011, a empresa no Brasil aumentou sua receita em 8%. Os três setores da empresa alcançaram resultados positivos e, para os próximos anos, a expectativa é que haja continuidade do crescimento, potencializada pelas reestruturações internas para atender as necessidades dos clientes, que permitem estratégias de atuação regional mais eficientes, pelo plano de redução de custos e otimização de recursos, iniciado em 2012, e pelo crescimento dos investimentos em mídia. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 23 Lançamentos que agregam ciência Com investimentos contínuos em pesquisa e inovação, mais de 480 novos produtos nas linhas de produtos de consumo, farmacêuticos e de dispositivos médicos chegaram ao mercado brasileiro em 2010 e 2011. • RoC® Sublime Energy: o creme anti-idade possui uma tecnologia exclu- siva que simula os níveis de bioeletricidade natural da pele, acelerando a produção de colágeno e elastina. • JOHNSON´S® baby Hora de Brincar: lenços umedecidos, sabonete líqui- do e sabonete em barra JOHNSON´S® baby fazem parte da plataforma Hora de Brincar, que traz mais higiene e segurança às crianças, removendo sujeiras invisíveis e 99% das bactérias. • REACH® Whitening e LISTERINE® Whitening: a escova REACH® Whitening tem partículas de carbonato de cálcio em suas cerdas centrais, que auxiliam na remoção de manchas superficiais. Já o LISTERINE® Whitening previne a formação de manchas causadas pelo acúmulo de tártaro. • Incivo™ (telaprevir): inovação para o tratamento da hepatite C, genóti- po tipo 1 em combinação com o interferon peguilado alfa e ribavirina. Aumenta em até 75% as chances de cura para os portadores do vírus da hepatite C (HCV). • Stelara™ (ustequinumabe): medicamento biológico para o tratamento da psoríase moderada a grave. • Zytiga™ (acetato de abiraterona): medicamento indicado para o câncer de próstata metastático, resistente à castração hormonal. • SPECTRA™: primeira prótese mamária ajustável do Brasil. Com um inovador sistema de regulagem de volume, é possível ajustar o tamanho da prótese durante ou após o processo cirúrgico. • PDS™ Plate: primeiro implante nasal absorvível, que proporciona supor- te estrutural e otimiza o gerenciamento da cartilagem em procedimentos cirúrgicos de reconstrução nasal. Após mais de 10 anos de pesquisa, o novo creme anti-idade da linha RoC® foi um dos lançamentos de destaque da Johnson & Johnson Consumo. 24 JOHNSON & JOHNSON Estratégia pautada no acesso à saúde Pela natureza do negócio, a estratégia de atuação e o desempenho da empresa estão diretamente relacionados à promoção da saúde São preceitos da atuação da Johnson & Johnson capacitar o atendimento à saúde, salvar e melhorar vidas, prevenir doenças e reduzir seus estigmas. Com o crescimento e envelhecimento da população, no Brasil e no mundo, aumenta a incidência de determinadas doenças, o que demanda novos produtos, com cada vez mais qualidade e eficácia. Para atendê-la, a companhia tem como posicionamento global o foco em pesquisa e desenvolvimento em busca de inovação. Quanto aos preços dos produtos, negociados tanto com o governo quanto na cadeia de varejo, o princípio é de adequação, para que seja sustentável à empresa e acessível ao consumidor, com a perspectiva de aumentar a penetração no mercado e, assim, impulsionar a escala de produção. Expansão dos serviços de saúde Para tocar mais vidas por meio da expansão da oferta de serviços de saúde no país, a Medical implementou duas iniciativas estratégicas: o programa Expansão Geográfica e a unidade de negócio Access. Fazem parte da estratégia a disseminação de conhecimento para profissionais de saúde e as parcerias com o poder público, fundamentais para promover o acesso de serviços e medicamentos às comunidades menos favorecidas. Enquanto o Expansão Geográfica prevê o fortalecimento da atuação em regiões antes menos exploradas e em crescimento – como Norte, Nordeste e Centro-Oeste –, o Access visa atender às necessidades de saúde da população de baixa renda ao oferecer um portfólio de produtos de alta qualidade e preços mais acessíveis, com foco exclusivo no mercado público e atuação em processos de licitação. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 25 Medicamentos de ponta Alinhado ao pilar prosperidade econômica, do Healthy Future 2015, o programa Janssen 2020 determina em que ponto o setor pretende estar no ano de 2020 e se baseia em três pilares: acelerar o crescimento nos mercados regionais, tornar-se referência no tratamento de determinadas doenças e identificar as ações necessárias para atingir os objetivos – desde pesquisas de novos medicamentos até prospecção de uma nova categoria de clientes. Nesse cenário, o Brasil apresenta grandes oportunidades, com áreas ainda não completamente atendidas. Alguns dos focos de investimento são os medicamentos para câncer de próstata, hepatite C, HIV/aids, doenças autoimunes (como a artrite reumatoide e a doença de Crohn) e esquizofrenia – segmento em que a Janssen está consolidada há algumas décadas. Outra frente de trabalho é o reforço nas relações com diferentes stakeholders, para alavancar as vendas e ampliar o acesso da população à saúde. Fazem parte do escopo os programas federais de distribuição de medicamentos para esquizofrenia e para HIV/aids. Instituto de capacitação Desde 2011, o Johnson & Johnson Medical Innovation Institute já disponibilizou treinamentos a mais de 6 mil profissionais de saúde, de todas as regiões do Brasil e de diversas partes da América Latina. Embora sejam utilizados dispositivos médicos e ferramentas de diagnósticos do portfólio da Medical, o foco é qualificar os profissionais em novos procedimentos e tecnologias em geral. A empresa acredita que também é sua responsabilidade ajudar os profissionais de saúde a fazer o melhor uso dos equipamentos. Localizado em São Paulo, o centro conta com equipamentos de ponta e instalações modernas, como os laboratórios e a sala com sistemas de simulação de cirurgias por realidade virtual, e recebe investimentos anuais. Os cursos são gratuitos e abordam procedimentos cardiológicos, neurológicos, ortopédicos, oftalmológicos, minimamente invasivos, cirurgia geral, ginecológicos, de diagnóstico e de cirurgia plástica. Para os próximos anos, o desafio é estreitar o relacionamento com sociedades médicas e hospitais-escolas brasileiros e latino-americanos, além de criar uma plataforma online para treinamentos a distância. As principais linhas de investimento da Janssen são os medicamentos para câncer de próstata, hepatite C, HIV/aids, doenças autoimunes e esquizofrenia. “A América Latina ainda sofre com a ausência de centros de treinamento exclusivos para o aperfeiçoamento do profissional de saúde. Entre tantos benefícios do Instituto, destaco os treinamentos em novos métodos cirúrgicos e os equipamentos de laboratório. O atendimento médico à população é visivelmente melhor quando o profissional é previamente capacitado.” Cláudio Bresciani – Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor associado da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) 26 JOHNSON & JOHNSON Johnson & Johnson Medical Innovation Institute: teoria e prática em prol do aperfeiçoamento dos profissionais de saúde do Brasil e da América Latina. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 27 Governança corporativa O modelo de governança da empresa reflete a gestão descentralizada do negócio, em que cada setor possui objetivos e metas específicos, alinhados em uma estratégia global A estrutura de governança da Johnson & Johnson segue o modelo vertical, que prevê instâncias locais, regionais e global. Dessa forma, a unidade brasileira se reporta à regional da América Latina, que, por sua vez, responde ao órgão de governança global. De acordo com o modelo de negócio adotado, cada setor presta contas separadamente e possui sua própria diretoria executiva e seus comitês de apoio. Cada setor da empresa mantém também Conselhos de Administração específicos, geralmente compostos pela Presidência e pelas áreas de Recursos Humanos, Comercial, Marketing, Jurídico e Finanças, podendo variar de acordo com o negócio. Nos encontros, cuja periodicidade também varia, é avaliado o desempenho de cada setor e são discutidos temas para alinhar as estratégias e a implementação das ações. Para evitar conflitos de interesse, anualmente o Código de Conduta e a política de Health Care Compliance são comunicados e distribuídos a todos os funcionários da empresa, que devem assinar o termo de recebimento. No caso dos membros da alta governança, os termos de adesão são enviados à matriz, nos Estados Unidos. 28 Com gestão descentralizada, cada setor da empresa se reporta à regional América Latina, que responde à Johnson & Johnson global. JOHNSON & JOHNSON Auditorias internas e externas e treinamentos a funcionários em posições críticas são algumas das ações da área de Health Care Compliance. 0800 Para qualquer denúncia de fraude ou suspeita de corrupção, há um número 0800, com garantia de confidencialidade e amplamente divulgado aos funcionários via intranet, folhetos educativos e treinamentos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Ética nos relacionamentos Criada em 2005 para garantir relações éticas com clientes, profissionais de saúde e agentes do governo, mitigar riscos de fraude e corrupção e preservar a imagem da companhia, a área de Health Care Compliance (HCC) passou por uma reestruturação global em 2010 e se tornou comum aos três setores, em todas as subsidiárias. Com reportes trimestrais à matriz, no Brasil a área mantém comitês de compliance em cada setor, que monitoram situações sensíveis e discutem soluções, quando necessário. Nos dois últimos anos, atuou fortemente na realização de auditorias periódicas (internas e externas), no treinamento de funcionários em posições consideradas de risco e na padronização de políticas e procedimentos. As capacitações anuais são mandatórias para as áreas administrativa e comercial, incluindo gestores e não gestores. São ministradas via internet a todos os funcionários indicados e de modo presencial para os cargos-chave. Em 2011, o índice de adesão alcançou 98%, acima da meta estabelecida, de 95%. Os gestores são atualizados quanto às políticas relacionadas e estimulados a disseminar o tema entre todos os funcionários. Um importante mecanismo contra fraude são as auditorias internas nas áreas, que verificam contratos, controles de despesas e relatórios sobre gastos. Em caso de irregularidade, o comitê de compliance determina ações disciplinares, incluindo a demissão imediata do profissional envolvido. A empresa não divulga o número de casos e as medidas tomadas por considerar essas informações confidenciais. 29 Manter contato permanente com todos os grupos de stakeholders – internos e externos – faz parte do escopo de atuação da empresa. Para o relacionamento com os profissionais de saúde, que pode envolver doações, pagamento de hospedagem e alimentação, entre outros, são seguidas as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e as próprias políticas da companhia. Quanto a fornecedores de serviços e produtos, é realizada uma avaliação de risco (due diligence), que investiga possíveis desvios em relação à própria empresa e aos proprietários. Em casos de não conformidade, o contrato pode ser suspenso. Considerada referência em compliance no segmento de saúde, a Johnson & Johnson dissemina as boas práticas na cadeia de valor, como a viabilização de um curso específico para os distribuidores da Medical e as participações em congressos e eventos. Canal direto com os funcionários Estreitar a comunicação entre os funcionários e a alta liderança gera bons resultados ao negócio. Por isso, cada setor possui canais e eventos específicos em que sugestões, críticas e dúvidas dos funcionários são levadas aos diretores, como os cafés da manhã com os presidentes, os eventos presenciais, que reúnem toda a equipe para atualização do negócio, as visitas da liderança a outras regiões em que a empresa atua e os canais abertos de mensagens entre os presidentes e os funcionários. Além disso, a partir de 2011 a área de comunicação interna dos três setores passou por reformulações importantes, com o objetivo de integrar mais os funcionários às estratégias da empresa, por meio de informações ágeis e transparentes. 30 JOHNSON & JOHNSON Cadeia de valor As diretrizes de relacionamento com os diferentes públicos de interesse da Johnson & Johnson estão descritas no Nosso Credo e são pautadas por ética e responsabilidade Pela diversidade de atuação da Johnson & Johnson, sua cadeia de valor é extensa e se subdivide em diferentes grupos. Além dos stakeholders internos, são considerados públicos estratégicos: profissionais de saúde, consumidores finais, clientes, fornecedores, comunidade local, entidades da sociedade civil, organizações não governamentais (ONGs), mídia e governo (leia mais sobre funcionários e comunidade local no capítulo Responsabilidade social). Profissionais de saúde Primeiro stakeholder tratado no Nosso Credo, os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e farmacêuticos, compõem um público fundamental para o negócio da Johnson & Johnson, com quem a empresa busca manter relações éticas, seguindo rigorosamente o que determina a área de Health Care Compliance. São eles que chancelam a qualidade dos produtos e contribuem para sua penetração no mercado, atingindo mais pessoas. Por isso, a principal forma de contato promovida pela empresa são as ações de educação médica continuada, com foco na disseminação do conhecimento. Nos três setores, o relacionamento é conduzido por profissionais qualificados em diversas áreas da saúde. Os materiais de apoio, com informações técnicas, são produzidos com o auxílio de uma equipe de consultores médico-científicos composta por acadêmicos e membros de associações médicas considerados líderes de opinião. São divulgados de modo imparcial e também podem ser trabalhados em congressos e simpósios. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 16 mil médicos cadastrados têm acesso a artigos científicos, casos clínicos e videoaulas no portal Medlink, na internet. 31 92% foi o índice médio de satisfação da Central de Relacionamento com o Consumidor (CRC) da Consumo em 2010 e 2011. Consumidor final Com mais de 1 milhão de pessoas cadastradas na base de dados, a Central de Relacionamento com o Consumidor (CRC) da Consumo responde por todo o portfólio e mantém interface com diversas áreas para atender às demandas. As solicitações, os elogios, as reclamações e as sugestões, de consumidores e profissionais de saúde são recebidos via números 0800 e sites das marcas e institucional. A perspectiva é investir também em outros canais, como chats na internet e mensagens SMS, pelo celular. Os contatos são transformados em informações que podem resultar no aperfeiçoamento de produtos e processos. Mensurada anualmente, a satisfação em relação à CRC da Consumo teve média de 92% em 2010 e 2011, quando foram entrevistadas 460 e 300 pessoas, respectivamente. Em 2011, a Johnson & Johnson foi eleita a empresa que mais respeita os consumidores no segmento de higiene pessoal e perfumaria pela revista Consumidor Moderno. Como ação pró-ativa de relacionamento, o setor se insere em mídias sociais e realiza encontros com grupos de consumidores e visitas a domicílios, além de pesquisas de mercado (leia mais sobre mídias sociais e pesquisas neste capítulo). A Janssen tem dois serviços de atendimento aos clientes, um exclusivo aos profissionais de saúde e outro voltado a pacientes, consumidores e público em geral. Embora não realize pesquisa com consumidores e profissionais de saúde, mede a satisfação por meio das reclamações e dos elogios recebidos. As informações são compartilhadas com as áreas Médica e de Marketing semestralmente. Em 2011, a Janssen foi finalista do prêmio concedido pela revista Consumidor Moderno, pela agilidade para responder às solicitações enviadas via e-mail. A Medical conta com uma central de atendimento exclusiva apenas para a linha OneTouch®, voltada a diabéticos e comercializada diretamente no varejo. Com foco na satisfação dos clientes, mantém o programa de fidelidade Diabetes Contato, que possibilita ao usuário acumular pontos e trocar por prêmios. Projeto Sinergia A experiência da Janssen em relacionamento com profissionais de saúde e o conhecimento da Produtos de Consumo em varejo resultaram no projeto Sinergia. “O projeto é um bom exemplo de que os setores têm buscado oportunidades para atuar em conjunto e fortalecer as iniciativas. Desde o início de 2012, a Janssen divulga os produtos da marca Tylenol®, e, em pouco tempo, aumentamos nossa cobertura de 10 mil para 17 mil médicos. Como contrapartida, a Consumo inseriu 11 marcas da Janssen no portfólio apresentado em visitas a estabelecimentos do comércio ou farmácias”, explica Andréa Bó, diretora de marketing da Johnson & Johnson Consumo. Outra parceria que envolve os três setores é a promoção do OneTouch®, aparelho que mede os níveis de glicose no sangue, nos pontos de venda, pela equipe Transfer Pharma. Com a iniciativa, foi possível estender significativamente a cobertura do produto nas farmácias de todo o Brasil, ampliando a exposição da marca e ajudando farmacêuticos e balconistas a entender e oferecer o OneTouch® aos pacientes. 32 JOHNSON & JOHNSON Redução no índice de reclamações da Janssen (%) 4,2 2010 3 2011 Educação ao consumidor O setor de Consumo realiza diversos projetos para a educação do consumidor final. É o caso dos websites patrocinados pelas marcas CAREFREE®, com conteúdo de educação sexual para adolescentes, e NICORETTE®, que contém informações sobre os males do cigarro e mostra formas de abandoná-lo. Já no programa Sempre ao seu Lado, a marca TYLENOL® disponibiliza conteúdo educativo sobre saúde e bem-estar das crianças. A linha SEMPRE LIVRE® patrocina um ônibus que percorre o Nordeste do país, visitando localidades carentes e educando mulheres sobre cuidado íntimo e hábitos de higiene. Em 2011, outra iniciativa de destaque foi o Odontomóvel, uma parceria com o projeto Sorrindo com a Ford, que percorreu as estradas brasileiras e realizou atendimentos a caminhoneiros e comunidades. “Tenho um bebê de cinco meses e uso regularmente os produtos Johnson & Johnson. Creio que a visão e a missão da empresa foram alcançadas: promover o bem-estar de cada pessoa, fazendo parte de sua vida, pelo menos uma vez por dia, desde a infância até a maturidade. É isso que acontece aqui em casa: temos a vovó, a mamãe, o papai, a titia, a irmã e o bebê, todos usando os produtos maravilhosos e com qualidade.” Fabiana – Rio de Janeiro – RJ – depoimento recebido pela CRC As ações também se voltam aos profissionais de saúde. No Projeto Maternidade, enfermeiros recebem informações sobre cuidados com o bebê, e, no programa de visitação aos dentistas, o tema é higiene bucal. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 33 Eficiência nos hospitais Com potencial para auxiliar no aprimoramento dos serviços de saúde e na eficiência operacional de seus clientes, a Medical tem um portfólio de soluções estratégicas e um time especializado no desenvolvimento e implementação das práticas. Uma das iniciativas é o projeto de eficiência operacional e melhores práticas no centro cirúrgico, que mapeia e revisa etapas, visando à otimização do processo durante a permanência do paciente no local. Os hospitais Samaritano (São Paulo) e São Rafael (Bahia) já passaram pela fase de diagnóstico e terão as novas soluções implantadas em 2012. Clientes Em função da diversidade de produtos comercializados, a Johnson & Johnson possui clientes de diferentes perfis, que incluem atacadistas, distribuidores, farmácias, supermercados, óticas, hospitais e clínicas de saúde, além do próprio governo (leia mais sobre o relacionamento com o governo neste capítulo). Com cada um, mantém equipes de vendas qualificadas e periodicamente treinadas, a fim de atender a necessidades específicas. O varejo farmacêutico, por exemplo, com cerca de 80 mil estabelecimentos em todo o Brasil, vem sendo foco da Consumo para alavancar as linhas de beleza e de medicamentos que não precisam de prescrição médica. O setor vem buscando conhecimento na área, por meio de uma consultoria, para potencializar o relacionamento nos pontos de venda, desenvolver soluções diferenciadas de atendimento aos clientes e aos consumidores finais, e, assim, desenvolver um modelo de excelência. Com o programa Supplier Relationship Management (SRM), a empresa monitora os principais fornecedores nos aspectos: nível de serviço, qualidade, custo e inovação, e premia os melhores parceiros. 34 Fornecedores A Johnson & Johnson classifica seus fornecedores em dois grupos: materiais diretos e materiais indiretos. O primeiro abrange os parceiros que fornecem produtos e serviços relacionados ao portfólio, o que inclui matérias-primas, produtos acabados (produzidos sob a coordenação da empresa), embalagens e logística. O segundo grupo contempla a aquisição de todos os materiais e serviços necessários ao funcionamento das operações, caso de energia elétrica, telefonia, insumos para as áreas administrativas e consultorias em geral. Além das cláusulas comerciais, os contratos de compra e prestação de serviços incluem as chamadas cláusulas obrigatórias, com critérios relacionados à proibição de trabalho análogo ao escravo e trabalho infantil, políticas antitabagismo nas dependências da empresa e riscos ao meio ambiente, entre outros. No caso de liberdade de associação e negociação coletiva dos funcionários, embora não haja monitoramento específico, é uma questão legal e, até o momento, não são conhecidos casos de não conformidade. No período de 2010/2011, o sistema de gerenciamento dos contratos foi atualizado, e a equipe envolvida nos processos de compras passou por treinamentos, para garantir o cumprimento das cláusulas não comerciais. Contratos antigos, que não incluíam as ressalvas, estão sendo renovados, e a previsão é que, até o fim de 2012, 95% deles estejam adaptados às novas demandas. A empresa realiza auditorias em fornecedores considerados críticos, de acordo com o tipo de material e serviço que entregam e o grau de importância da parceria. São avaliados padrões de qualidade e de capacidade de entrega e, ainda, requisitos de ética, saúde e segurança. Caso necessário, há visitas a fornecedores de seus parceiros, atingindo outros elos da cadeia. JOHNSON & JOHNSON Governo No âmbito das relações governamentais, os valores estabelecidos no Nosso Credo se traduzem na busca constante de um canal de diálogo com gestores públicos, legisladores e órgãos reguladores, a fim de entender as prioridades do governo e propor soluções, sempre preservando padrões elevados de transparência. Para isso, a Johnson & Johnson do Brasil mantém uma estrutura corporativa de relações com o governo, que sistematiza o trabalho de interface e representa a empresa institucionalmente, sem interesses comerciais diretos, levando conhecimento técnico aos órgãos governamentais sobre políticas públicas relevantes à saúde, que potencialmente impactem a vida de pacientes, profissionais da saúde e trabalhadores. O departamento se reporta diretamente à matriz, de acordo com as diretrizes éticas da companhia, e segue leis locais e normas internacionais. Para desenvolver suas estratégias, coordena um comitê local, instituído em 2011, que se reúne mensalmente e é formado por representantes de diferentes departamentos (Comunicação, Jurídico, Regulatório e de Health Care Compliance) com o objetivo de desenvolver planos de ação integrados com os três setores da empresa. Uma vez formuladas as estratégias, busca-se colaborar com o debate público para influenciar positivamente a agenda de políticas do país, por meio do diálogo com gestores públicos (Poder Executivo), legisladores (Poder Legislativo) e reguladores (ANVISA) ou da participação em entidades setoriais e multissetoriais. Temas prioritários A Johnson & Johnson acredita que os sistemas de saúde devem ser centrados em oferecer, de maneira ampla, justa, equitativa e em tempo viável, produtos, serviços e tecnologias de saúde de qualidade à população, além de proporcionar meios, informações e incentivos para que os cidadãos se mantenham saudáveis, pratiquem medidas preventivas, obtenham diagnóstico precoce de possíveis doenças e recebam tratamento adequado sempre que necessário. Para tanto, as iniciativas de relações governamentais, articulação com entidades e aproximação com o poder público brasileiro têm focado: • A importância de uma agência reguladora forte, ágil e transparente, com Área de relações governamentais da J&J: interface entre a empresa e os órgãos públicos e entidades setoriais. processos eficientes, que responda às necessidades de um mercado em constante mudança e garanta a segurança e a eficácia dos produtos e procedimentos disponibilizados aos pacientes – avanços nesse aspecto são a reestruturação da ANVISA, a divulgação de sua agenda estratégica anual, e as reuniões abertas ao público da diretoria colegiada da agência. • A redução da carga tributária – no Brasil, a popularização de produtos da cesta básica de higiene e cuidados pessoais e o aumento da competitividade da iniciativa privada neste segmento passam necessariamente por questões de tributação. Por meio da mobilização da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a empresa tem apoiado esforços em meio ao governo para evitar novas elevações de PIS/Cofins e pela redução da alíquota de ICMS para produtos de higiene pessoal (como sabonete e creme dental) e produtos de cuidados com a saúde (como protetores solares). • Melhorias do processo de avaliação de pesquisas clínicas no país, assegurando aprovações criteriosas, mas em tempos compatíveis com padrões globais, de maneira a fomentar a atração de investimentos ao país em tecnologias da saúde – no final de 2011, o Conselho Nacional de Saúde iniciou uma consulta pública para a revisão dos processos de avaliação e governança de estudos clínicos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 35 • Estímulos ao ambiente de inovação, de modo que seja atrativo a novos in- vestimentos por meio de um arcabouço estável de propriedade intelectual e que priorize maior agilidade na concessão de patentes – o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) vem implementando melhorias estruturais e de processo, com o intuito de reduzir o acúmulo de patentes. No entanto, a empresa considera que projetos de lei que visam limitar o escopo das patentes farmacêuticas, principalmente no que se refere à inovação incremental, criam incerteza e trazem riscos aos esforços de inovação no país. • Um ambiente regulatório convergente com os padrões globais, que otimize processos e que contribua para a competitividade e crescimento do setor de saúde – a Johnson & Johnson apoia ações da ANVISA no que se refere a aprofundar a cooperação com agências reguladoras internacionais e estabelecer a base para a formalização de acordos que acelerem e aperfeiçoem as práticas regulatórias. • O combate à pirataria de produtos sujeitos a vigilância sanitária – trabalhos de conscientização resultaram em um acordo de cooperação técnica entre a ANVISA e as associações de indústria do setor, visando garantir mais segurança para a população no uso de produtos para a saúde. • A necessidade de um sistema de avaliação e incorporação de novas tecnologias na saúde que seja transparente e com prazos, processos e parâmetros definidos – um passo significativo foi a aprovação, pelo governo, da Lei 12.401, de 2011, que estabelece prazo ao Ministério da Saúde para análise dos pedidos de incorporação tecnológica no Sistema Único de Saúde (SUS). O fortalecimento do ambiente regulatório e a redução da carga tributária são alguns dos temas trabalhados pela Johnson & Johnson. • A defesa e a promoção de melhores práticas concorrenciais – a Johnson & Johnson atuou intensamente, via Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP), para reverter uma decisão da ANVISA sobre a disposição dos medicamentos isentos de prescrição médica nas farmácias, que os relegava para detrás dos balcões. A empresa se manteve em favor das boas práticas concorrenciais, do direito à informação, do poder de escolha da população e do uso racional e seguro de medicamentos isentos de prescrição, defendendo que estes voltassem às gôndolas, às vistas dos consumidores. A regulamentação foi, desde então, revertida no estado de São Paulo e é revista pela ANVISA para o âmbito da regulação federal. Um exemplo de atuação em relações governamentais particular à Johnson & Johnson foi a participação da empresa na Consulta Pública da ANVISA n.º 34, de 2011, sobre equipamentos remanufaturados, em que defendeu a continuidade da operação que a empresa desenvolveu no Brasil para internalização de tecnologias no país. A operação consiste no recondicionamento de máquinas de diagnóstico clínico da própria companhia para posterior comercialização e exportação, seguindo padrões internacionais de qualidade e garantia, a preços competitivos, para atender mercados tradicionalmente desprovidos de tais tecnologias. Nesses termos, a empresa se manifestou contrária à hipótese da consulta, que proibiria a importação de produtos usados para remanufatura local, inviabilizando a operação. 36 JOHNSON & JOHNSON Estudos clínicos Uma das etapas no desenvolvimento de medicamentos, equipamentos e produtos para a saúde é a realização do estudo clínico, em que pacientes voluntários se submetem a um tratamento para evidenciar a segurança e eficácia do produto. Para que ocorra, é necessária a aprovação ética e técnica pelo poder público federal. A morosidade do processo de aprovação, contudo, compromete a competitividade brasileira por investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, e a Johnson & Johnson aponta para a necessidade de aprimoramento do atual sistema. Participação em associações Johnson & Johnson Consumo • Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP): participação nos comitês Executivo, de Relações Governamentais, de Marcas, Regulatório e Jurídico e no grupo de Dermocosméticos. • Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC): participação na Diretoria e nos setores de Comunicação, de Relações Trabalhistas, de Sustentabilidade e de Assuntos Regulatórios e Taxas. • Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE): participação no Comitê Executivo. • Associação Brasileira de Anunciantes (ABA): participação nos comitês Executivo e de Relações Governamentais. Janssen Farmacêutica • Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE (INTERFARMA): participação nos comitês Executivo, Jurídico, de Acesso, de Comunicação e de Compliance. • Sindicato de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (SINDUSFARMA): participação nos comitês de Preço, Biológico e de Vigilância. Medical Brasil • Associação Brasileira de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (ABIMED): participação no Conselho de Administração, nas câmaras de Ortopedia, Oftalmologia, Portos, Aeroportos e Fronteiras e nos grupos Legal, Health Technology Assessment (HTA), Questões Regulatórias e Inspeção Técnica & Internacional e Vigilância Técnica. • Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO): participação nos comitês de Implantes e Vigilância Técnica & Inspeções Internacionais. 37 Qualidade dos produtos Para garantir a segurança dos consumidores, a empresa segue todos os padrões estabelecidos e mantém iniciativas que vão além do que exige a legislação Com a premissa de assegurar a total segurança dos usuários, a Johnson & Johnson participa ativamente de fóruns e busca se adaptar às recomendações dos líderes de opinião da comunidade científica no desenvolvimento de seus produtos. No setor de produtos de consumo, além de cumprir as recomendações dos órgãos reguladores, segue as diretrizes de uma política interna global que restringe a utilização de determinados ingredientes e fragrâncias. Os preceitos do documento são, em alguns casos, mais restritivos que os recomendados pelas agências regulatórias. No caso das embalagens, o setor trabalha para garantir a segurança e a saúde de públicos vulneráveis (crianças), a exemplo das tampas de segurança da linha infantil de TYLENOL® e da marca JOHNSON’S® baby, especificamente em JOHNSON’S® Baby Óleo. Para os medicamentos isentos de prescrição, de acordo com recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), uma área específica monitora todas as queixas recebidas sobre eventos adversos, reportando os dados ao órgão e também à Johnson & Johnson global. Os funcionários dos três setores passam, anualmente, pelo treinamento de farmacovigilância, sobre coleta de reclamações de eventos adversos. Para 2013, o plano é implantar o processo de coleta também no segmento de produtos de saúde e cosméticos, de forma pró-ativa, sem qualquer exigência da legislação brasileira. O setor ainda possui certificações da Anvisa, de comitês de ética em pesquisa e de auditorias internas de farmacovigilância, que atestam a segurança e a qualidade dos produtos. Quando é identificado algum caso de não conformidade, algumas medidas tomadas são a desclassificação do fornecedor e o estabelecimento de novos procedimentos internos. 38 JOHNSON & JOHNSON A premissa do “cuidar” se traduz na qualidade e segurança asseguradas em todos os produtos Johnson & Johnson. Rotulagem Nos processos de rotulagem, as embalagens e bulas de medicamentos e de cosméticos apresentam dados sobre os ingredientes das fórmulas e referentes à cadeia produtiva, como exigem os órgãos competentes do Brasil. Também são publicadas informações sobre substâncias capazes de gerar impactos ambientais. Em alguns casos, elas vão além do determinado por lei e, como exemplo, trazem orientações sobre o correto descarte de um tipo específico de adesivo, que, quando em contato com a pele, pode acarretar riscos à saúde de pessoas e animais. Para 2012 e 2013, a meta é desenvolver projetos de reciclagem e descarte dos produtos. Os rótulos ainda contam com: • frases e símbolos de advertência; • modo de uso e precauções; • contraindicações; • cuidados para a conservação do produto; • escrita em braile e leitura de bulas no serviço de atendimento ao consumidor, para deficientes visuais. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 39 Gestão da marca A Johnson & Johnson busca imprimir na marca seu conceito de saúde, baseado em cuidado e carinho com as pessoas, ciência e inovação e ética nos relacionamentos A gestão da marca Johnson & Johnson é alinhada às grandes estratégias do negócio. Além das normas internas, segue os preceitos estabelecidos em diversos códigos de autorregulação e em outros documentos, como Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), Código de Defesa do Consumidor, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA), Comunicação Médica (COMED), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e leis de propriedade industrial e intelectual. Para discutir as ações de marketing e a conformidade com as leis, as unidades de higiene oral e de medicamentos isentos de prescrição contam com comitês semanais. Outras marcas de Consumo se reúnem apenas sob demanda. Na Janssen, auditorias internas bianuais acontecem para verificar se as atividades de marketing do setor estão obedecendo aos códigos e padrões existentes. Voltado ao grande público, o setor de Consumo dá ampla visibilidade à marca no mercado. Sua reestruturação, que unificou a gestão de marketing das linhas de produtos, permitiu uma visão holística de atuação no mercado. Em 2011, a Johnson & Johnson anunciou que é um dos patrocinadores globais da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. Abrangendo os três setores, Consumo, Farmacêutico e Aparelhos Médicos e Diagnósticos, a companhia é o único Patrocinador Oficial do segmento de cuidados com a saúde. 40 715 milhões de pessoas são impactadas pela Copa do Mundo, que tem a J&J como patrocinadora oficial. JOHNSON & JOHNSON Pesquisas de mercado Para ser protagonista em um ambiente cada vez mais competitivo, a Johnson & Johnson busca entender melhor os mercados em que atua, analisando a penetração de seus produtos e acompanhando tendências por meio de pesquisas de mercado em vários momentos, desde a descoberta da necessidade do consumidor, passando por avaliações durante a fase de desenvolvimento do produto, até a comunicação do lançamento. Em 2011, foram destaques os estudos para conhecer melhor os hábitos e necessidades de proteção solar das consumidoras brasileiras. Os aprendizados suportaram o lançamento, em 2012, da linha NEUTROGENA® Sun Fresh e inovações na linha de SUNDOWN®. Em 2011, também destacamos estudos em profundidade com as consumidoras de protetor diário para entender melhor suas necessidades e como atendê-las. O resultado do estudo é uma mudança na forma de se comunicar com essa consumidora, que pode ser visto nas campanhas mais recentes de CAREFREE®. Mídias sociais Com a importância crescente das mídias sociais, a Johnson & Johnson se inseriu no Facebook por meio das marcas NEUTROGENA®, NICORETTE®, LISTERINE®, JOHNSON´S® baby, SEMPRE LIVRE®, SUNDOWN®, o.b.® e OneTouch® – grande parte lançada em 2011. Além da divulgação dos produtos, as fanpages apresentam informações de saúde, beleza e bem-estar e, no caso da MIMO, de JOHNSON´S® baby, há uma plataforma de conteúdo colaborativo. A marca SUNDOWN® também possui um perfil no Twitter. Há, ainda, a fanpage Carreiras e Trainees, com dados sobre seus processos seletivos, nos três setores. A participação em redes sociais é uma oportunidade de aumentar a transparência da empresa, prestar contas aos consumidores, acompanhar as tendências de consumo e se aproximar das pessoas. “Cuidar em dobro” Em 2011, a grande campanha de comunicação da Consumo foi a promoção “Cuidar em dobro”, que sorteou diversos prêmios aos consumidores participantes e ainda destinou R$ 300 mil à Criança Segura, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que compõe a rede Safe Kids Worldwide e trabalha na prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. A empresa é uma das fundadoras e mantenedoras da Criança Segura (Safe Kids) no Brasil. Com inserções em TV aberta, rádio, mídia impressa e internet, a campanha teve o apresentador de televisão Luciano Huck como embaixador. Além de reforçar a importância do “cuidar”, a promoção fortaleceu a imagem da empresa e potencializou suas marcas nos pontos de venda. “Além do apoio financeiro, há uma afinidade de valores entre o Credo e a nossa causa. É uma parceria que nos orgulha, pois, juntos, ajudamos a salvar cerca de 6 mil crianças nestes 11 anos”. Alessandra Françoia – coordenadora nacional da rede Criança Segura (Safe Kids Brasil) RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 41 Responsabilidade ambiental Os investimentos em proteção ambiental focam a redução dos impactos que as operações da empresa acarretam ao meio ambiente 42 JOHNSON & JOHNSON RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 43 Destaques do período Responsabilidade ambiental • Inauguração da Fábrica de Plástico, que transforma sobras plásticas pré-consumo em grânulos para serem utilizados em outros produtos da empresa. • I novação na embalagem de SUNDOWN®, que passou a ser composta de resina de cana-deaçúcar e materiais reciclados pós-consumo. • Fornecimento de água gelada aos sistemas de ar condicionado do parque industrial, reduzindo o consumo de energia e as emissões de GEE. • Implementação do projeto Aquarius, sistema de filtragem que garante mais qualidade e menor consumo de água. 44 JOHNSON & JOHNSON Potencial para evoluir Com avanços crescentes em gestão ambiental, a empresa mapeia oportunidades baseadas em inovação para reduzir o consumo de recursos naturais A preocupação ambiental está presente na condução do negócio Johnson & Johnson em todo o mundo e, desde 1990, a companhia estabelece metas ambientais. Os principais impactos das operações no meio ambiente são a geração de resíduos e o consumo elevado de água e energia, no parque industrial; as emissões de gases poluentes, nas etapas de logística e distribuição; e a geração de resíduos pós-consumo, caso das embalagens, no ciclo de vida do produto. Importantes projetos em cada uma dessas questões tiveram início ou continuidade em 2010 e 2011. Os gastos com proteção ambiental crescem a cada ano, alcançando quase R$ 3,3 milhões em 2011, número 20% superior ao do ano anterior. Os investimentos se referem a certificações ambientais, equipamentos para controle das emissões de CO2 e taxas de licenciamentos ambientais pagas anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros. Investimentos e gastos em proteção ambiental 2009 2010 2011 Custos de disposição de resíduos, tratamento de emissões e mitigação R$ 2.263.194,76 R$ 1.633.387,98 R$ 2.389.796,41 Tratamento e disposição de resíduos¹ R$ 2.181.438,36 R$ 1.431.838,33 R$ 2.134.965,82 R$ 0,00² R$ 45.980,00 R$ 50.250,00 R$ 81.756,40 R$ 155.569,65 R$ 195.580,59 Seguro para responsabilidade ambiental R$ 0,00² R$ 0,00² R$ 9.000,00 Custos de prevenção e gestão ambiental R$ 168.000,00 R$ 150.000,00 R$ 133.000,00 Tratamento de emissões (ex.: gastos com filtros e agentes) Depreciação de equipamentos específicos e despesas com materiais e serviços de manutenção e operação Pessoal utilizado em educação e treinamento R$ 10.000,00 R$ 12.000,00 R$ 13.000,00 R$ 158.000,00 R$ 108.000,00 R$ 110.000,00 R$ 0,00 R$ 30.000,00 R$ 10.000,00 Despesas com proteção ambiental R$ 147.416,32 R$ 971.000,79 R$ 765.551,00 Outros gastos R$ 147.416,32 R$ 971.000,79 R$ 765.551,00 R$ 2.578.611,08 R$ 2.754.388,77 R$ 3.288.347,41 Serviços externos de gestão ambiental Certificação externa de sistemas de gestão TOTAL Não incluem dados das operações industriais da Janssen e da sede administrativa. ² Não houve gastos com tratamento de emissões em 2009 e com seguro para responsabilidade ambiental em 2009 e 2010. 1 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 45 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental 2009 2.578.611,08 2010 2.754.388,77 2011 3.288.347,41 Despesas com proteção ambiental Custos de prevenção e gestão ambiental Custos de disposição de resíduos, tratamento de emissões e de mitigação Os gastos com proteção ambiental cresceram 20% em 2011, se comparados ao total investido no ano anterior. 46 JOHNSON & JOHNSON Prédio de Utilidades: redução do consumo de insumos e das emissões de gases de efeito estufa (GEE). 14,65% foi a redução das emissões totais de gases de efeito estufa em 2011, se comparado a 2009. Eficiência energética e redução de emissões Para conferir mais assertividade às mensurações, a Johnson & Johnson adotou uma nova metodologia para calcular o consumo de energia direta e indireta e as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Outra evolução foi o início do monitoramento das emissões indiretas que se referem ao transporte de funcionários, com o controle das emissões dos ônibus fretados, disponibilizados aos profissionais do parque industrial. Em 2011, a empresa reduziu seu consumo de energia direta em relação ao ano anterior. Grande parte da energia vem de fontes hidrelétricas. O uso de óleo diesel, para manter os geradores de energia, ocorre apenas quando há a interrupção das atividades fabris para a manutenção da subestação de energia elétrica, processo realizado bianualmente. Já o consumo de óleo BPF, que alimenta uma das caldeiras, caiu a níveis mínimos, por causa da substituição do equipamento. A nova caldeira é mais eficiente e utiliza gás natural, tendo gerado, entre 2010 e 2011, uma redução de emissões de 3.124 toneladas de CO2, equivalente ao plantio de 20 mil árvores. A energia indireta, que abastece o parque industrial, é comprada de um produtor independente. Ainda não há monitoramento do uso de energia primária para a produção da energia indireta adquirida pela empresa. Uma das iniciativas que reduziram o gasto de energia foi o projeto Steam, que melhorou a eficiência do sistema de vapor, com a substituição dos isolamentos térmicos das redes por equipamentos de maior espessura. O resultado foi a diminuição anual de 332 mil m³ no consumo de gás natural. Os conceitos de eficiência energética também são utilizados nos projetos de ampliação e modernização das fábricas, a exemplo da substituição de 20 compressores de ar por três equipamentos mais modernos e capazes de reduzir o consumo de energia (192.370 kWh/ano). Prédio de Utilidades O Prédio de Utilidades, em atividade desde 2009, é exemplo da continuidade das ações de ecoeficiência implementadas pela Johnson & Johnson do Brasil. A estrutura centraliza a geração e distribuição de água gelada, energia e ar comprimido para todo o parque industrial, otimizando as operações, evitando desperdícios e reduzindo o consumo dos insumos e as emissões de GEE. No início de 2012, foi concluído um projeto de ampliação do prédio, que passou a fornecer também água gelada aos sistemas de ar condicionado do parque. A iniciativa, chamada de Projeto Ice, substituiu 13 resfriadores de água de baixa eficiência por três máquinas de alta eficiência, o que gera uma economia de 5 mil kWh/ano e eleva a capacidade de geração para 1.800 TR (tonelada de refrigeração). RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 47 Eficiência energética é um dos elementos considerados nos projetos de ampliação e modernização das fábricas do complexo industrial. Consumo de energia direta (GJ) Fontes não renováveis Fonte 20093 2010 2011 Gás natural¹ 49.648 66.870 65.200 Óleo BPF¹ 36.018 27.907 2.931 195² 238 405 70 62¹ 58¹ 85.931 95.077 68.594 2009 2010 2011 324.691 323.844 310.028 Energia hidráulica 0,0 0,3 0,6 Painel solar 0,0 0,3 0,3 324.691 323.844,6 310.028,9 Óleo diesel GLP TOTAL Fontes renováveis Fonte Hidrelétrica TOTAL Dados apenas do parque industrial. Dados apenas da sede administrativa. 3 O ano de 2009 será considerado como ano-base em decorrência de uma nova metodologia de cálculo. O histórico dos dados não era suficientemente seguro, e um novo cálculo foi realizado. 1 2 Emissões diretas e indiretas Emissões diretas e indiretas (em toneladas de CO2e) Escopos 1 e 21 Emissões indiretas – transporte de funcionários (em toneladas de CO2e) Escopo 32 Total das emissões diretas e indiretas (em toneladas de CO2) Escopos 1, 2 e 3 1 2 2009 2010 2011 23.049 22.101 19.501 317 325 440 23.366 22.426 19.941 Inclui valores de São Paulo e São José dos Campos. Inclui valores apenas de São José dos Campos. 48 JOHNSON & JOHNSON Energia economizada a partir de melhorias em conservação energética (GJ)¹ 2009 12.925.625,9 2010 846.980,73 2011 13.819.471,73 Em 2009 e 2011, o total de energia economizada foi consideravelmente maior que em 2010, graças a projetos de eficiência energética realizados nos dois anos. 1 Consumo de água A água utilizada no complexo industrial de São José dos Campos é captada de cinco poços artesianos e também há captação de água da chuva, que alimenta as caldeiras para a geração de vapor. Na sede administrativa, que reporta o dado pela primeira vez, o insumo vem da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). Os poços artesianos, com capacidade de vazão de 296 m³/h, passam por controle diário de vazão e, periodicamente, são feitas análises bacteriológicas e físico-químicas para verificar a qualidade da água. A empresa não excede o valor estabelecido para outorga e, dessa forma, não altera significativamente as fontes hídricas. Lançado no final de 2011, o Projeto Aquarius implantou um sistema de ultrafiltragem de água no parque industrial, com capacidade para produzir 120 mil litros de água por hora. Supervisionado e automatizado, o sistema reduz a concentração de ferro, manganês e carga microbiológica, permitindo a utilização da água do lençol freático para consumo humano e para os processos produtivos. No total, a água economizada é equivalente ao consumo médio anual de mais de 2 mil pessoas. Outro benefício é a economia de energia, com a implantação de máquinas de alta eficiência energética. A redução é suficiente para iluminar os 7 quilômetros de ruas internas do parque industrial por três anos. O parque industrial ainda possui uma estação de tratamento de efluentes, onde também acontecem avaliações de qualidade da água tratada, de acordo com a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO) e sólidos suspensos totais (SST). Em São Paulo, toda a água utilizada é encaminhada para a estação de tratamento da SABESP. A água utilizada no parque industrial é tratada e devolvida ao córrego da Ressaca, afluente do Rio Paraíba do Sul, com aproximadamente 98% de pureza. Água retirada por fonte (m³) Água subterrânea – poços artesianos Água de chuva coletada SABESP – empresa de abastecimento Total 2009 2010 2011 676.052 573.311 528.113 919 616 586 11.940 12.546 16.427 688.911 586.473 545.126 Volume total e qualidade do esgoto industrial tratado Ano Volume anual (m³) Qualidade 2009 219.263 DBO: 22/DQO: 52/SST:33 2010 218.679 DBO: 27/DQO: 52/SST:38 2011 177.636 DBO: 13/DQO: 32/SST:14 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 49 Volume total de descarte na rede pública – sede administrativa (m³) 2009 11.940 2010 21.942 2011 21.119 57,6 mil litros de álcool usados anualmente na limpeza de equipamentos da Janssen passaram a ser reutilizados por uma empresa terceira. Gestão de resíduos A Central de Reciclagem de Resíduos garante que 84% de todo o resíduo gerado no parque industrial seja reciclado. Os 16% restantes são orgânicos e se dividem entre sobras do refeitório, que seguem para aterros sanitários, e de medicamentos, que são incinerados. A empresa estuda a implantação de um sistema de compostagem. Em 2011, o volume de resíduos encaminhados a aterros aumentou, em decorrência do crescimento do número de funcionários. Algumas obras realizadas no parque industrial, como as dos projetos Ice e Aquarius, também ocasionaram o aumento do volume de resíduos, que tiveram tratamento específico, segundo prevê a legislação sobre resíduos da construção civil. Algumas iniciativas, no entanto, resultaram em reduções, caso das melhorias no processo de produção de agulhas e suturas cirúrgicas da Medical, com diminuição de 31.116 kg de resíduos em 2010 e de 300 kg em 2011. Para aprimorar a gestão de resíduos, a empresa reforçou o controle quantitativo dos materiais e renovou o Certificado de Movimentação de Resíduo Ambiental (CADRI), emitido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), e os cadastros legais no setor responsável da Prefeitura de São Paulo. Para 2013, a expectativa é estabelecer metas de redução. Com a Central de Reciclagem de Resíduos, a Johnson & Johnson recicla mais de 80% de todo o resíduo produzido no complexo industrial de São José dos Campos. 50 JOHNSON & JOHNSON Fábrica de Plástico O lançamento da escova REACH® ECO, em 2009, que aproveita aparas de plástico de outras linhas de produção na confecção de 40% do cabo, impulsionou a construção da Fábrica de Plástico, inaugurada em 2011 como parte do complexo da Central de Reciclagem de Resíduos. Com a premissa de reduzir a geração de resíduos por meio do reaproveitamento de materiais ainda em condição de uso, a unidade tem capacidade de transformar 130 toneladas de sobras plásticas em grânulos (pellets) por mês, para a produção de novos produtos. O volume não utilizado é vendido a terceiros. “Ao não usar matéria-prima virgem para produzir esse plástico, evitamos extrair uma quantidade de petróleo suficiente para abastecer 72 carros populares por dia. A produção de plástico também consome energia elétrica e, ao adotarmos a matéria-prima reciclada, a energia que deixamos de gastar equivale ao consumo de 128 lâmpadas por mês”, explica Alex Gomes, gerente de manutenção do complexo industrial. Fábrica de Plástico: 130 toneladas de sobras plásticas utilizadas na produção de novos produtos a cada mês. Peso total de resíduos, por tipo e disposição (t) – industrial Resíduos não perigosos Na linha de OTC, a ferramenta Design for Environment avalia riscos ambientais de matérias-primas e resíduos. Caso seja identificado algum risco, o material é substituído. 2009 2010 2011 Reciclagem 9.433 8.670 10.157 Recuperação (incluindo recuperação de energia) 1.419 986 1.403 Aterro sanitário 1.717 1.781 2.589 83 83 5 12.653 11.520 14.153 2009 2010 2011 305 106 275 83 84 231 388 190 505 2010 2011 Reciclagem 18 26 Aterro sanitário 59 149 77 175 2010 2011 0,5 0,6 ETE TOTAL Resíduos perigosos Incineração (queima de massa) Aterro industrial – Classe I (perigoso) TOTAL Peso total de resíduos, por tipo e disposição (t) – administrativo Resíduos não perigosos TOTAL Resíduos perigosos Empresa terceirizada (óleo de cozinha) RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 51 Logística reversa A área de desenvolvimento e pesquisa para a linha de higiene oral mantém uma iniciativa de logística reversa com as universidades parceiras. Depois que os produtos são utilizados pelos pesquisadores na aplicação de testes, as embalagens são encaminhadas para a Central de Reciclagem de Resíduos e, lá, reprocessadas. Entre 2010 e 2011, 8.727 frascos do produto retornaram ao parque industrial. Em 2012, o programa foi estendido a todos os produtos testados pelas instituições de ensino. Biodiversidade O terreno que hoje abriga o parque industrial da Johnson & Johnson no Brasil conta com 700 mil m² de áreas verdes, em uma região de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado. Nos últimos dois anos, a empresa deu início ao processo de registro como Reserva Legal de cerca de 200 mil m² da mata em meio às autoridades ambientais competentes. Como demanda da Prefeitura de São José dos Campos e em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, também foi instituída como Área de Preservação Permanente (APP) a parte frontal do parque e se iniciou o plantio de 3 mil mudas de árvores nativas. Atualmente, o parque conta com 117 mil m² de mata nativa, 30.600 m² de mata mista (nativa e exótica) e 292.400 m² de bosques. Na região, a empresa participa, ainda, do projeto de revitalização das nascentes da bacia do rio Paraíba do Sul, doando mudas para a prefeitura local, e contribui para o Instituto Rã-Bugio, que faz trilhas ecológicas educativas no Vale do Paraíba. Institucionalmente, é membro do Movimento Empresarial pela Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB), que visa mobilizar o setor empresarial brasileiro sobre o tema. A empresa incentiva escolas, entidades e outras empresas a visitarem a Central de Reciclagem de Resíduos e conhecerem as tecnologias de reciclagem adotadas. 52 Ações na comunidade A empresa disponibiliza um ponto de coleta no parque industrial para que funcionários e a comunidade depositem o óleo de cozinha utilizado. O volume é doado para o Instituto Eco Solidário, que o transforma em biodiesel e ração animal, e a receita gerada com a comercialização dos produtos subsidia cursos de capacitação profissional oferecidos à população de baixa renda da região do Vale do Paraíba. Também foi estruturado um ponto de recolhimento de medicamentos vencidos, assegurando o descarte correto e minimizando os riscos de contaminação do meio ambiente. Iniciativas no prédio administrativo É diretriz global da companhia que os escritórios administrativos também gerenciem seus impactos ao meio ambiente. No prédio administrativo, em 2011 foi criada uma nova área de gerenciamento dos impactos, para mapear as iniciativas já existentes, potencializá-las e monitorar os resultados. Atualmente, as ações focam o uso racional dos insumos, e o objetivo é multiplicá-las em todo o prédio. Para minimizar o gasto com energia elétrica, a empresa tem se reunido com a concessionária de energia para identificar seus principais gargalos e possíveis melhorias. Na aquisição de equipamentos, por exemplo, o baixo consumo de energia tornou-se critério de seleção. Quanto aos resíduos, algumas iniciativas são os programas de coleta seletiva, descarte de medicamentos vencidos e substituição dos copos plásticos por materiais retornáveis. Inaugurado no final de 2010, o Restaurante Geri, que atende todos os funcionários, também visa à redução dos impactos ambientais, com a doação do óleo de cozinha, destinado à reciclagem, e o sistema de captação de água da chuva para irrigação do gramado. JOHNSON & JOHNSON Eficiência logística Para reduzir as emissões GEE, em 2010 a área de Logística implementou o frete marítimo para o transporte dos produtos do parque industrial até o Centro de Distribuição de João Pessoa (PB), utilizando os portos de Santos (SP) e de Suape (PE). Mesmo levando quatro dias a mais, os ganhos ambientais são significativos, reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera. Atualmente, a prática atinge 35% do total transportado até o centro de distribuição, e a meta é que chegue a 50% até o fim de 2012. Outra iniciativa, implementada em 2011, é a Calendarização, que estabelece um calendário de entregas para cada região, otimizando as viagens. A ação abrange 1.300 pontos de entrega das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e do estado do Pará. A expectativa é uma economia de 270 toneladas de CO2 emitidos a cada ano. Nos centros de distribuição, a companhia mantém um processo de reciclagem para o filme stretch, usado nas embalagens das caixas, que gera uma economia de 350 kg do produto a cada ano. Todo o filme é recolhido, enviado mensalmente à Central de Reciclagem e Resíduos e reciclado. É desafio da área de Logística trabalhar o engajamento da cadeia de distribuição, para que os parceiros incorporem padrões exigidos pela empresa, essenciais para manter a qualidade e a segurança dos produtos e garantir o foco em sustentabilidade. Emissões das atividades de transporte Dados quantitativos para fins logísticos1 Dados quantitativos para transporte do público interno2 Total de emissões referentes ao transporte de produtos e trabalhadores 2009 2010 2011 4.728 tCO2e 4.175 tCO2e 4.079 tCO2e 317 tCO2e 325 tCO2e 440 tCO2e 5.045 tCO2e 4.500 tCO2e 4.519 tCO2e 1 Dados apenas das operações industriais da Consumo. Para o cálculo, foi usado como base o volume faturado entre os anos de 2009 e 2011. A partir dessa informação, foi estimada a quantidade de veículos utilizados no transporte dos produtos, considerando que cada um deles comporta 80 m³ de carga, e a distância percorrida por eles. O cálculo considera que 100% do volume foi expedido pelo modal rodoviário e não considera carga fracionada. Para o cálculo do CO2 emitido, foi utilizada a proporção de 770g/km, conforme item 4.3 do documento disponível em: http://www. ambiente.sp.gov.br/proclima/PDF/inventario_efeitoestufa.pdf. 2 Dados referentes às emissões de GEE apenas do transporte de ônibus fretado do parque industrial. A reciclagem do filme stretch, que envolve as embalagens, gera uma economia anual de 350 kg do produto. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 53 Novos conceitos para produtos e embalagens Em contínuo processo de aprendizado, as áreas de pesquisa e desenvolvimento vêm investindo em iniciativas inovadoras de sustentabilidade Além de melhorar processos para reduzir seus impactos ambientais, a Johnson & Johnson do Brasil planeja melhorias nos produtos e embalagens que fabrica. Por ser estratégica, a área de Engenharia e Embalagens é uma estrutura global, com gestão centralizada e equipes distribuídas nas filiais, que se reportam diretamente à matriz. Dessa forma, é possível manter a identidade dos produtos e garantir os padrões de qualidade em todo o mundo. Nos últimos cinco anos, a área elegeu como desafio a redução dos impactos ambientais relacionados à fabricação das embalagens e ao descarte, sem comprometer a qualidade e segurança do produto. A iniciativa está alinhada ao Healthy Future 2015, que prevê redução no uso de insumos e priorização de matérias-primas de fonte renovável, e também ao Earthwards®, processo criado pela Johnson & Johnson global para estimular o desenvolvimento de produtos sustentáveis. Até o fim de 2011, os três setores haviam conquistado o reconhecimento Earthwards® para 26 produtos – a meta é premiar 60 produtos verdes até 2015 (leia mais a seguir). A inovação, portanto, consiste em fazer as mudanças sem alterar a funcionalidade das embalagens em três esferas: na linha de produção, no processo logístico e no uso pelo consumidor final. Além disso, é preciso manter a identidade dos produtos, para que continuem sendo reconhecidos pelo consumidor e não haja oscilação nas vendas. 54 JOHNSON & JOHNSON Conceitos avaliados pelo Earthwards® Materiais • Atender as necessidades dos consumidores utilizando menos matérias-primas. • Utilizar matérias-primas ambientalmente amigáveis. Embalagens • Reduzir embalagens. • Utilizar matérias-primas sustentáveis para a produção de embalagens. Energia • Desenvolver produtos mais eficientes em relação ao consumo de energia. • Utilizar processos mais eficientes de fabricação e distribuição. Resíduos • Reduzir a geração de resíduos durante o processo de fabricação. • Desenvolver produtos para reúso e reciclagem. Água • Desenvolver produtos mais eficientes em relação ao consumo de água. • Tornar o processo de fabricação mais eficiente em relação ao consumo de água. Inovação • Produzir melhorias ambientais em um produto ou processo por meio de iniciativas de inovação. Social • Utilizar materiais certificados, selecionar fornecedores socialmente responsáveis e apoiar causas com claros benefícios sociais e ambientais. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 55 Produtos “verdes” Pela primeira vez, a Johnson & Johnson América Latina ganhou, em 2011, o prêmio Earthwards®. As conquistas ocorreram com dois itens fabricados no Brasil: o novo SUNDOWN® e o curativo BAND-AID®, que têm embalagem de menor volume, produzida com papel certificado (FSC) e matérias-primas recicladas pós-consumo. A premiação avalia as novas versões dos produtos quanto a uso de materiais, embalagens, consumo de energia e de água, geração de resíduos/reúso e reciclagem, inovação e responsabilidade social. Para ser reconhecido, é necessário atender a requisitos de conformidade e comprovar melhorias em, ao menos, três dos aspectos. Produtos ambientalmente amigáveis Band-Aid® embalagem menor e com 30% de materiais reciclados CAREFREE® embalagem composta de 10% de plástico reciclado, que gera uma economia anual de 13 toneladas de plástico virgem Listerine® embalagem com 50% de garrafas PET reprocessadas (reciclada pós-consumo) REACH® ECO cabo da escova com 40% de plástico reciclado, extraído de aparas de outras linhas de produção Sundown® embalagem com 60% de resina verde e 40% de materiais reciclados 56 JOHNSON & JOHNSON • 0,05 tonelada de PET Positive Potential Como evolução do trabalho, foi criado o programa global Positive Potential, baseado em seis conceitos de sustentabilidade para serem aplicados no desenvolvimento de embalagens, que potencializam seus impactos positivos. O objetivo é ir além do que se faz tradicionalmente, que é a redução de material e o desenvolvimento de tecnologias que permitam a redução de impactos, além do que já é reciclado no mercado em processos de coleta. No Brasil, a área já aplica quatro dos seis conceitos em seus projetos. Um deles é o uso de material reciclado pós-consumo, que pode influenciar a indústria e impulsionar o mercado de reciclagem. Outro é a busca de matéria-prima certificada, que garanta a origem sustentável do material, por meio do engajamento da cadeia de fornecimento. Desde 2008, a empresa conta com o selo Forest Stewardship Council (FSC) em todos os seus cartuchos de papel, e a utilização de papel certificado vem crescendo a cada ano. Em 2010, foram utilizadas 2.200 toneladas e, no ano seguinte, 5.500 toneladas. A terceira é a utilização de matérias-primas de fontes renováveis, como plástico verde, e a quarta atuação é em responsabilidade social, em que se destaca o projeto Phoenix (leia mais a seguir). “Para os próximos anos, nossos desafios são evoluir no desenvolvimento de produtos com refil e na análise da matriz energética de nossos fornecedores, para escolhermos os que utilizam a mais limpa”, afirma Carlos Souto, gerente da área de Engenharia e Embalagens da Johnson & Johnson América Latina. Como posicionamento global, também está no escopo conhecer toda a cadeia de fornecimento, que inclui os parceiros de seus fornecedores, para garantir a origem sustentável dos produtos. Somente no verão 2011/2012, o novo SUNDOWN® deixou de emitir 630 toneladas de CO2 na atmosfera. Embalagens sustentáveis no mercado O desenvolvimento de embalagens requer inovação, investimentos e longo prazo. Em 2010 e 2011, o trabalho teve como resultado o lançamento de novas embalagens com iniciativas sustentáveis, como a do protetor solar SUNDOWN®, que deixou de conter resina oriunda do petróleo virgem. A nova embalagem, identificada com o selo I’m Green, nasceu da parceria entre a Johnson & Johnson e sua fornecedora Braskem, fabricante de plástico. Após quatro anos de planejamento, desenvolvimento e testes, o produto é 60% constituído de resina verde, derivada de cana-de-açúcar, e 40% de materiais reciclados pós-consumo. Segundo estimativas, para cada tonelada produzida, o plástico verde é capaz de capturar 2,5 toneladas de CO2 durante o processo de fotossíntese ocorrido na lavoura da cana-de-açúcar. Em 2012, serão lançadas embalagens ambientalmente amigáveis para mais duas linhas de produtos de consumo, compostas por 50% de material reciclado (garrafas PET). Para eliminar qualquer risco de contaminação dos consumidores, os fornecedores de materiais reciclados reprocessados são submetidos a rigorosos testes de qualidade e procedência. No caso das garrafas PET, o fornecedor foi certificado pela organização alemã Fraunhofer Institute, que atestou o material reciclado como mais puro do que algumas matérias-primas virgens. Com redução de peso e gramatura das embalagens, em 2011 foram economizadas: • 7,6 toneladas de papel • 1,5 tonelada de PVC • 68,42 toneladas de resinas plásticas de polietileno RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 57 Análises do enxaguatório bucal LISTERINE® utilizam menos reagentes químicos: otimização do processo e ganhos para o meio ambiente. No laboratório de microbiologia, a substituição das pipetas manuais por eletrônicas reduziu os resíduos plásticos encaminhados à incineração em 24%. 58 Análises de qualidade No Centro de Pesquisa e Tecnologia, desde 2010 o esforço é a diminuição do uso de reagentes químicos utilizados nas análises dos produtos, o que significa menos resíduos químicos dispensados no meio ambiente ou incinerados. No primeiro ano, a redução foi de 14% e, em 2011, de 20%. Em um dos projetos desenvolvidos, de miniaturização de métodos, foi desenvolvida uma nova técnica para a análise de um novo produto RoC®, resultando em uma redução de 90% no uso de solventes. Para a análise de qualidade do LISTERINE®, uma nova tecnologia, implantada em junho de 2011, reduz a necessidade de utilizar hidrogênio (9.000 litros), ar sintético (20.160 litros) e nitrogênio (2.016 litros), além de minimizar o tempo do processo. Parceria na cadeia Convidada pelo Hospital Albert Einstein a firmar parcerias que minimizem os impactos no meio ambiente, a Medical reorganizou o plano de logística utilizado na linha de suturas Ethicon®. Em maio de 2012, o produto passou a ser entregue com uma embalagem retornável, que reduz os resíduos administrados pelo hospital. A expectativa do hospital é reduzir em 30% o descarte de embalagens e em 70% a quantidade de caixas de papelão recebidas e descartadas. Os parceiros planejam estender a iniciativa – realizada em formato piloto – a outras linhas de produtos. JOHNSON & JOHNSON Dispositivos médicos de menor impacto Com tecnologia exclusiva, o equipamento da Medical para diagnóstico in vitro, para exames de sangue e urina, utiliza química seca e elimina a água durante o processo de análises clínicas. Outros equipamentos disponíveis no mercado consomem, em média, entre 15 e 20 litros de água por hora. Além de zerar o consumo de água, o resíduo gerado pode ser incinerado junto ao lixo hospitalar, minimizando as chances de contaminação. Atualmente, mais de 150 laboratórios e hospitais, públicos ou privados e de diferentes portes, utilizam o aparelho. Já para controle e prevenção de infecções hospitalares, o esterilizador de instrumental cirúrgico STERRAD® utiliza um agente químico não tóxico no lugar do vapor, o que significa redução no consumo de água e de energia. O equipamento recebeu o selo verde na 7ª edição do Programa de Benchmarking Ambiental Brasileiro, do Instituto Mais, em 2009. Com isso, os hospitais que utilizam o STERRAD® também passaram a receber o selo verde e, até julho de 2012, 220 já estavam certificados. Em julho de 2012, a Medical instituiu um sistema de créditos verdes para os hospitais que utilizam o equipamento, convertidos em serviços e ações que impulsionem o desenvolvimento de iniciativas sustentáveis na cadeia. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Se 7.200 hospitais adotassem o STERRAD®, o total economizado com água e energia abasteceria uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes. 59 Responsabilidade social Explicitada no Nosso Credo, a atenção permanente aos funcionários e à comunidade integra a estratégia de sustentabilidade da Johnson & Johnson do Brasil 60 JOHNSON & JOHNSON RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 61 Destaques do período Responsabilidade social • Atendimento a todas as metas do programa Global Health 2012, direcionado à saúde dos funcionários. • Avanço na gestão da diversidade, com o aumento do número de mulheres no quadro funcional. • Investimento de US$ 13,9 milhões em responsabilidade social, com benefício direto a mais de 1,4 milhão de pessoas, de 2004 a 2011, por meio do Comitê de Contribuições, que centraliza o investimento social privado da empresa. • Certificação SA 8000 (conformidade em responsabilidade social) para a cooperativa Futura, em São José dos Campos, única no Brasil a obter este reconhecimento. 62 JOHNSON & JOHNSON Cuidado com as pessoas A premissa do “cuidar” se reflete na gestão de pessoas e nas ações para garantir a saúde, a segurança e o bem-estar dos funcionários Para atender às especificidades de cada tipo de atuação, os três setores da empresa possuem áreas de Recursos Humanos próprias nas atividades administrativas, e há uma estrutura única para as operações industriais. Apesar da condução autônoma, um fórum formado pelos diretores de Recursos Humanos se reúne quinzenalmente para tratar de temas comuns a todos os funcionários. Além disso, há compartilhamento de resultados e de desafios futuros, em encontros anuais entre os departamentos dos três setores e entre todos os departamentos da região América Latina. Em 2011, a equipe da Johnson & Johnson do Brasil era formada por 5.727 funcionários, contra 5.414 em 2010. A pequena variação ocorreu graças à implantação de algumas áreas na empresa e ao crescimento de outros departamentos. Número de funcionários 2010 2011 Homens Mulheres Homens Mulheres Diretoria 80 29 82 33 Gerência 278 189 280 208 Administrativo 962 980 946 1.028 1.957 680 2.161 726 18 44 24 58 Aprendizes 5 7 4 4 Estagiários 72 113 75 98 3.372 2.042 3.572 2.155 Produção Trainees Total por gênero Total RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 5.414 5.727 63 Em 2011, 2.155 mulheres faziam parte do quadro de funcionários da Johnson & Johnson do Brasil. No ano anterior, elas eram 2.042. Funcionários por tipo de contrato 2010 Homens Mulheres Homens Mulheres 133 229 167 201 Tempo indeterminado 3.239 1.813 3.405 1.954 Total por gênero 3.372 2.042 3.572 2.155 Tempo determinado Total 4.861 profissionais da J&J atuavam nos setores administrativo e de produção, em 2011. 2011 5.414 5.727 Comparação entre funcionários por tipo de contrato Funcionários por tipo de contrato 2011 94% 6% 2010 93% 7% Indeterminado 64 Determinado JOHNSON & JOHNSON Funcionários por tipo de emprego 2010 2011 Homens Mulheres Homens Mulheres 3.253 1.840 3.447 1.962 119 202 125 193 3.372 2.042 3.572 2.155 Jornada integral Meio período Total por gênero Total 5.414 5.727 2010 2011 Número de funcionários por região Homens Mulheres Homens Mulheres 113 61 104 53 3.137 1.876 3.338 1.986 Região Centro-Oeste 29 22 33 19 Região Nordeste 82 75 84 87 Região Norte 11 8 13 10 3.372 2.042 3.572 2.155 Região Sul Região Sudeste Total por gênero Total RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 5.414 A maioria da equipe está no estado de São Paulo, na sede administrativa e no complexo industrial. 5.727 65 Diversidade Pautada pela política global de inclusão, a empresa conquistou avanços importantes nos últimos anos no tema diversidade, mas ainda há pontos a serem melhorados. Por isso, no planejamento estratégico constam metas relacionadas, que vão além do cumprimento da cota para deficientes e do aumento da presença de mulheres no quadro funcional e abrangem questões de raça e de diversidade de pensamento. O tema é discutido em diferentes esferas de governança, como no Comitê de Diversidade e Inclusão para a América Latina, da Consumo, formado por funcionários de áreas, países e cargos variados. Por setor, atualmente, cerca de 60% dos funcionários da Consumo são mulheres, e a presidência é, pela segunda vez consecutiva, exercida por uma mulher. Na Medical, também comandada por uma mulher, elas representam 46% da força de trabalho e 41% dos cargos de liderança. No quadro geral, há mais mulheres que homens desempenhando funções na área administrativa, mas, no complexo industrial, ainda é um desafio para a empresa aumentar o contingente feminino – atualmente, em 25%. Para reter e fomentar o talento feminino, há oito anos acontecem reuniões trimestrais com as profissionais em cargos de liderança do parque. A gerente de Planta Thais Figueiredo é uma das cerca de 100 participantes e reconhece o papel que o programa tem em seu desenvolvimento profissional. Após ingressar como estagiária em 1999 e passar por seis posições na empresa, hoje ela é a representante da subsidiária brasileira em uma iniciativa global, que conta com líderes de diferentes regiões, para promover melhores práticas de manufatura. “Participam dos encontros algumas líderes por quem tenho grande admiração. Compartilhamos experiências sobre carreira, família, filhos, saúde e educação”, conta Thais. E emenda: “O diferencial da Johnson & Johnson é o respeito pela mulher, principalmente pelas mães. Em troca, ela se compromete ainda mais com a empresa”. Nos cargos de liderança da empresa, as mulheres ocupam 29% das funções de diretoria. Na gerência, elas representam 43% dos cargos. Jovem Aprendiz Para dar oportunidade a jovens de baixa renda em busca do primeiro emprego, a empresa participa do programa Jovem Aprendiz, em parceria com a Fundação Hélio Augusto de Souza (FUNDHAS), instituição que capacita jovens em situação de risco e vulnerabilidade social. Além dos aprendizes diretamente contratados (oito em 2011), cerca de 80 menores aprendizes atuam no parque industrial e 50 na sede administrativa, vinculados à fundação. Comparação entre número de homens e mulheres Número de funcionários 2010 2.155 3.572 2011 2.042 3.372 Mulher 66 Homem JOHNSON & JOHNSON Estimular a diversidade de raça ainda é um dos desafios da Johnson & Johnson no país. Porcentagem de funcionários por gênero 2010 Homens 2011 Mulheres Total Homens Mulheres Total Diretoria 73% 27% 109 71% 29% 115 Gerência 60% 40% 467 57% 43% 488 Administrativo 50% 50% 1.942 48% 52% 1.974 Produção 74% 26% 2.637 75% 25% 2.887 Trainees 29% 71% 62 29% 71% 82 Aprendizes 42% 58% 12 50% 50% 8 Estagiários 39% 61% 185 43% 57% Total 5.414 173 5.727 Porcentagem de funcionários por cor/raça – 2010 Total Branca Amarela Parda Preta Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Diretoria 109 72% 24% 1% 3% 0% 0% 0% 0% Gerência 467 57% 39% 2% 1% 0% 0% 0% 0% Administrativo 1.942 46% 48% 1% 1% 2% 1% 1% 0% Produção 2.637 68% 23% 0% 0% 4% 2% 2% 0% Trainees 62 26% 68% 2% 0% 2% 3% 0% 0% Aprendizes 12 33% 58% 8% 0% 0% 0% 0% 0% 185 39% 60% 0% 1% 0% 0% 0% 0% Homem Mulher Homem Mulher Estagiários Total 5.414 Porcentagem de funcionários por cor/raça – 2011 Total Branca Homem Mulher Amarela Homem Mulher Parda Preta Diretoria 115 70% 26% 1% 3% 0% 0% 1% 0% Gerência 488 53% 41% 2% 1% 1% 1% 1% 0% Administrativo 1.974 45% 49% 1% 1% 2% 2% 1% 0% Produção 2.887 67% 23% 1% 0% 5% 2% 2% 0% 82 27% 66% 1% 0% 1% 4% 0% 1% Aprendizes 8 50% 50% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Estagiários 173 43% 55% 0% 1% 0% 0% 0% 0% Trainees Total 5.727 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 67 Funcionários por faixa etária 2010 Total Homem Mulher Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Diretoria 0% 79% 21% 0% 78% 22% 0% 77% 23% Gerência 6% 80% 14% 3% 79% 18% 2% 80% 18% Administrativo 38% 56% 6% 23% 70% 7% 21% 71% 8% Produção 30% 63% 7% 24% 68% 8% 23% 69% 8% Trainees 99% 1% 0% 100% 0% 0% 100% 0% 0% Aprendizes 100% 0% 0% 100% 0% 0% 100% 0% 0% Estagiários 100% 0% 0% 100% 0% 0% 99% 1% 0% Funcionários por faixa etária 2011 Total Homem Mulher Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Abaixo de 30 anos Entre 30 e 50 anos Acima de 50 anos Diretoria 0% 77% 23% 0% 77% 23% 0% 79% 21% Gerência 7% 80% 13% 2% 80% 18% 5% 88% 7% 35% 59% 6% 21% 71% 8% 36% 60% 4% Administrativo Produção 29% 64% 7% 23% 69% 8% 26% 68% 6% Trainees 100% 0% 0% 100% 0% 0% 99% 1% 0% Aprendizes 100% 0% 0% 100% 0% 0% 100% 0% 0% Estagiários 93% 7% 0% 99% 1% 0% 99% 1% 0% portadores de deficiência 2010 2011 Homem Mulher Homem Mulher Diretoria 0% 0% 0% 0% Gerência 0% 0% 0% 0% Administrativo 1,34% 2,58% 1,07% 3,10% Produção 2,20% 1,67% 2,88% 1,60% Trainees 0% 0% 0% 0% Aprendizes 0% 0% 0% 0% Estagiários 0% 0% 0% 0% 68 Entre 30 e 50 anos Esta é a faixa etária média da maioria dos funcionários da empresa. JOHNSON & JOHNSON Na Johnson & Johnson Consumo, as mulheres já compõem 60% da força de trabalho do setor. Na Medical, elas são 46% da equipe. Alguns dos cursos de formação profissional oferecidos a deficientes são os de auxiliar em logística e de analista de controle de qualidade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Johnson & Johnson Para Todos Iniciado em 2006 a partir da lei de cotas para pessoas com deficiência, o programa Johnson & Johnson Para Todos também evoluiu em 2010 e 2011. Na Janssen, a parceria firmada com o Lar Escola São Francisco, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ofereceu capacitação a deficientes físicos e visuais, que, posteriormente, tornaram-se funcionários da empresa. Em uma segunda etapa, buscou-se encontrar no mercado profissionais com alguma experiência. Com os 5% exigidos pela lei superados, a meta agora é melhorar o nível de formação desse público. No parque fabril, a empresa mantém a parceria com o SENAI, que disponibiliza cursos de formação para o público. Com a cota também cumprida, hoje, há 106 pessoas contratadas. Nos últimos anos, o trabalho também focou a inserção dos portadores de deficiência em atividades administrativas, não os restringindo às funções operacionais. 69 Desenvolvimento de pessoas Com investimento permanente em desenvolvimento profissional, a empresa busca alinhar as diretrizes estratégicas às metas de desempenho de sua equipe. No parque industrial, já está estruturada a Universidade Johnson & Johnson, que oferece treinamentos técnicos, focados nas operações fabris, e sobre temas relacionados a saúde, segurança e meio ambiente aos funcionários dos três setores. Para avaliar o desempenho dos funcionários, há programas estruturados, como o Ciclo de Cinco Conversas, em toda a organização, que promove encontros entre o gestor e seus funcionários ao longo do ano, para definir os objetivos individuais e as metas de desenvolvimento profissional, discutir o plano de sucessão e avaliar a performance. Nos últimos anos, o principal foco das quatro áreas de gestão de pessoas foi o desenvolvimento de líderes, com o objetivo de reter os talentos na empresa. Subsídios para cursos profissionalizantes e de graduação 2010 2011 Industrial R$ 306.545,92 R$ 364.570,36 Comércio/Distribuição R$ 106.779,67 R$ 162.346,71 Medical R$ 160.280,42 R$ 166.161,19 Janssen-SJC R$ 28.881,62 R$ 31.109,68 Janssen-SP R$ 26.821,18 R$ 15.167,52 R$ 629.308,81 R$ 739.355,46 Subsídio total Todos os funcionários contam com um plano de sucessão, estruturado a partir do cruzamento entre as avaliações de desempenho individual e os objetivos traçados. 70 Programa de trainee Existente desde 2000 na Consumo, o programa de trainee passou a incorporar, também, a Janssen e a Medical. “O coaching, os treinamentos e a visão do todo atestam a qualidade do programa, que é muito desafiador e enriquecedor. Somos colocados para atuar em grandes projetos, e a companhia investe em nossa formação como pessoas e profissionais”, relata a trainee Thaissa Sá. Com duração de dois anos, o programa permite que os jovens mudem de área de atuação ao menos duas vezes. “Quando me contrataram, disseram que eu tinha perfil de vendas, mas eu queria a área de marketing. Trabalhei durante um ano na área comercial no Rio de Janeiro e, recentemente, tive a oportunidade de atuar no marketing corporativo. Hoje, percebo que vendas pode, sim, ter mais o meu perfil”, acrescenta. JOHNSON & JOHNSON No parque industrial, as mães podem deixar seus filhos com até 18 meses na creche da empresa. Benefícios Assim que ingressam na empresa, os profissionais são informados sobre os benefícios a que têm direito e, sempre que qualquer alteração acontece, notas são divulgadas nos veículos de comunicação interna. Para os profissionais terceirizados, cada setor decide o pacote de benefícios a ser disponibilizado. Na Medical, todos os terceirizados contam com assistência médica, cobertura em casos de incapacidade/invalidez e licenças-maternidade e paternidade. Para a maioria deles, também são oferecidos vale-transporte e seguro de vida. A empresa possui dois modelos de plano de pensão. O de benefício definido é oferecido automaticamente a todos os funcionários e custeado totalmente pela empresa. O plano prevê um percentual do salário do funcionário ativo de 40% na aposentadoria, complementar ao valor estabelecido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Com um fundo criado para geri-lo, o passivo, calculado em mais de R$ 1 bilhão, está totalmente coberto e apresenta superávit. O segundo modelo é o de contribuição definida, de adesão voluntária. Nesse caso, o funcionário direciona até 5% do salário ao fundo, e a empresa faz uma contrapartida de 50% do valor aportado. O custo anual do plano é de cerca de R$ 4,5 milhões. Além dos benefícios estabelecidos por lei e recorrentes no mercado, são oferecidas iniciativas exclusivas, como o “Summer Friday”, que permite que o expediente termine às 14 horas nas sextas-feiras entre outubro e março, durante a vigência do horário de verão. Na área administrativa, existe, ainda, o regime de trabalho flexível, que possibilita a entrada e saída duas horas antes ou depois do horário estabelecido. Em fevereiro de 2011, a Johnson & Johnson passou a fazer parte do programa Empresa Cidadã, do governo federal, e aderiu voluntariamente à licença-maternidade de seis meses. Desde então, 104 funcionárias utilizaram a licença estendida, e 11 optaram por manter o benefício de quatro meses. O “Summer Friday”, o Johnson’s Clube e os descontos na Lojinha Johnson & Johnson são alguns dos diferenciais do pacote de benefícios da empresa. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 71 Benefícios oferecidos Creche1 Auxílio-creche Licença-maternidade 180 dias Transporte Estacionamento Assistência médica Assistência odontológica Seguro de vida/Auxílio-funeral Cesta de Natal Vale-brinquedo Johnson’s Clube Colônia de férias 1 2 “Summer Friday” Descontos na Lojinha Johnson & Johnson Compra de medicamentos com desconto Bolsa de estudos Complementação salarial (afastados) Plano de previdência (PGBL)2 Plano de pensão2 PAE – Programa de Assistência ao Empregado Restaurante Ajuda-filho excepcional Farmácia (sem subvenção – somente desconto em folha) Cooperativa de crédito Não oferecidos a funcionários do gênero masculino. Não oferecidos a funcionários com contrato por período determinado. É meta da Johnson & Johnson implementar, em 2013, um programa de apoio à aposentadoria. Preparação para a aposentadoria Para reconhecer os profissionais que dedicam grande parte de sua história profissional à empresa, aqueles que completam 25 anos de casa contam com benefícios adicionais, previstos no Clube dos 25. O programa disponibiliza associação gratuita no Johnson’s Clube, acesso ininterrupto à Lojinha Johnson & Johnson, entre outras vantagens. Para os participantes do programa e também para funcionários que deixam a empresa devido a algum tipo de reestruturação interna, há uma gratificação adicional por tempo de empresa e idade, mais assistência médica e seguro de vida por seis meses após o desligamento. Também está em planejamento, com implantação em 2013, um programa de apoio à aposentadoria, que pretende minimizar possíveis traumas nessa fase de transição e que pode auxiliar o profissional na recolocação no mercado. Iniciativas em caso de desligamento dos profissionais 2010 Programas Cursos internos 1 Apoio financeiro 2 Indenização por demissão 1 2 2011 Total de funcionários Investimento Total de funcionários Investimento 3.721 R$ 88.669,30 3874 R$138.013,50 104 R$ 223.841,39 65 R$154.075,72 134 R$ 8.775.167,80 138 R$ 9.051.003,83 Cursos internos: Janssen, Medical e Consumo SJC e Janssen SP. Investimento somente de SJC. Apoio financeiro: Janssen, Medical e Consumo SJC e Janssen SP. Funcionários e investimento somente de SP. 72 JOHNSON & JOHNSON Remuneração Anualmente, a empresa realiza pesquisas de mercado para se certificar de que os salários oferecidos equivalem aos praticados por grandes empresas no país. Para reter os talentos, a área de Remuneração e Benefícios tem como meta manter a remuneração do maior número de profissionais na média salarial paga pelas empresas que compõem o painel da pesquisa salarial. Aqueles posicionados abaixo dessa média correspondem a recém-chegados ou recém-promovidos, entre outros casos. Também não há distinção de remuneração por gênero, ainda que a empresa registre diferenças salariais entre homens e mulheres, consequência de outros fatores. Esse foi o caso dos valores pagos para os cargos de diretoria do parque industrial, em 2011. A variação foi ocasionada pelas reestruturações de algumas áreas, que resultaram em promoções com menor impacto nos níveis salariais. Assim, algumas profissionais promovidas receberam, nesse primeiro momento, remunerações inferiores às de seus antecessores ou de funcionários mais antigos. Proporção* salário/remuneração entre mulheres e homens (administrativo) Categoria funcional 2010 2011 Salário-base Remuneração Salário-base Remuneração Diretoria -2,99% -2,99% 1,06% 1,06% Gerência -4,84% -4,84% -1,70% -1,70% Administrativo -9,33% -16,34% -8,28% -15,37% Produção 44,57% 52,72% 29,43% 36,68% Trainees -0,21% -0,21% 4,28% 4,28% 1,63% 1,63% 0,24% 0,24% Estagiários * Proporção = (Salário/Remuneração Mulher)/(Salário/Remuneração Homem) – 1 Proporção* salário/remuneração entre mulheres e homens (industrial) Categoria funcional 2010 2011 Salário-base Remuneração Salário-base Remuneração Diretoria 8,94% 8,94% -21,13% -21,13% Gerência -10,92% -10,92% -9,50% -9,50% Administrativo -20,41% -20,49% -22,55% -22,63% Produção -31,06% -36,60% -27,31% -33,16% Trainees -12,32% -12,32% -7,91% -7,91% Aprendizes 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Estagiários 6,14% 6,14% 3,83% 3,83% * Proporção = (Salário/Remuneração Mulher)/(Salário/Remuneração Homem) – 1 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 73 Relações trabalhistas Para avaliar o cenário trabalhista do Brasil e manter diálogo permanente com as entidades sindicais, a Johnson & Johnson do Brasil conta com uma área específica, que abrange os profissionais dos três setores. A empresa garante o direito à liberdade de associação sindical, e todos os funcionários no Brasil são incluídos nos acordos de negociação coletiva. Atualmente, a empresa mantém relação com cerca de 70 sindicatos, em todo o país, e os principais são o Sindicato dos Químicos do Vale do Paraíba – que abrange a maioria dos funcionários das unidades fabris de São José dos Campos e com quem a convenção coletiva é firmada –, o Sindicato dos Propagandistas, Propagandistas-Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo e o Sindicado dos Comerciários do Estado de São Paulo. Em novembro de 2011, durante a negociação da data-base, houve uma tentativa de greve em São José dos Campos, ocasionada pela discordância em relação à data-base, já acordada, acompanhada de novas reivindicações. A empresa decidiu não reabrir as negociações, e o caso foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde ocorreu a conciliação. A principal negociação é a da data-base, quando a empresa e os funcionários, representados pelos sindicatos, reúnem-se para negociar os contratos coletivos de trabalho. Satisfação e engajamento A empresa promove pesquisas anuais para mensurar o clima organizacional. Em anos alternados, são realizadas a pesquisa do Nosso Credo, mais completa e que busca analisar a adesão da equipe em torno dos valores da companhia, e a pesquisa de clima, cujo objetivo é identificar o nível de comprometimento e engajamento das pessoas na prática diária do trabalho. Na pesquisa de clima 2011, o item orgulho em pertencer alcançou níveis acima dos 90% nos três setores da Johnson & Johnson. Pesquisa do Credo 2012 (3 setores) 74 92,6 Reputação 90,6 Resultado de engajamento 89,3 Valores do Credo 84,6 Satisfação com o trabalho 84,3 Supervisão 84,0 Resultado de cooperação do cliente 76,3 Estratégia e liderança 73,3 Recursos e suporte 72,6 Envolvimento de funcionários 70,3 Índice de inclusão 67,0 Desenvolvimento de talentos 56,6 Colaboração JOHNSON & JOHNSON Saúde e segurança em casa O compromisso com o bem-estar e a integridade física dos funcionários faz parte do plano estratégico da empresa e é foco de programas globais Referência no mundo, a gestão da saúde e segurança da Johnson & Johnson segue padrões globais e é exercida por uma área específica, que atua nos temas saúde, segurança e meio ambiente. No complexo industrial, há um gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente responsável por cada setor e com profissionais especializados, como engenheiros e técnicos em segurança do trabalho. Os gerentes formam um time de liderança, que se reúne periodicamente para a troca de experiências. Também existem comitês que abordam temas como substâncias químicas, ergonomia e prevenção de acidentes e são compostos de profissionais da área e funcionários das unidades operacionais e administrativas. O sucesso do modelo fez com que, nos últimos dois anos, a empresa impulsionasse a área na sede administrativa, e algumas iniciativas já estão sendo intensificadas em São Paulo. Em 2010 e 2011, um dos destaques da área foi o avanço da unidade fabril da Medical no Programa Global de Ergonomia, investindo significativamente na implementação de equipamentos mais modernos e em treinamento de pessoal. Em relação à infraestrutura para atendimentos de emergência no complexo industrial, a empresa adquiriu uma nova ambulância e um novo caminhão para a Brigada de Incêndio. Também foram instalados, em vários pontos da planta, oito desfibriladores automáticos para o socorro de pessoas vítimas de ataques cardíacos. Além da equipe de emergência e dos bombeiros, alguns funcionários voluntários passaram por treinamento. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Em 2010 e 2011, a empresa recebeu o prêmio de Excelência em Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho, concedido pelo SINDUSFARMA-SP. 75 Percentual de funcionários representados em comitês formais de saúde e segurança Setor Comitês 2010/2011 Fórum EHS 100% Brigada Interna de Emergência 100% Meio Ambiente 100% Substâncias Químicas 100% Time Autogerido (TAG) – Pilar de EHS 100% Segurança – GPA (Grupo de Prevenção de Acidente)/Ergonomia 100% Substâncias Químicas 100% Ergonomia 100% Comitê de NR 10 100% Comitê de NR 12 100% Biossegurança 100% Meio Ambiente 100% Brigada de Emergência 100% Time Autogerido (TAG) – Pilar de EHS 100% Comitê de EHS 100% Comitê de Substâncias Químicas 100% Comitê de NR10 100% Comitê de Biossegurança 100% Brigada Interna de Emergência 100% Janssen + Medical Auditores do SGA 100% Janssen + Medical + Consumo Cipa 100% Janssen Medical Consumo A Medical comemora mais de 10 anos sem acidentes graves. 76 Desempenho em saúde ocupacional Com programas preventivos eficazes, as operações industriais da Janssen e da Medical possuem as mais baixas taxas de acidentes de funcionários e contratados das empresas do grupo Johnson & Johnson no mundo. A Janssen está há mais de seis anos sem ocorrência de acidentes considerados graves (fraturas, amputação, morte e hospitalização para tratamento) e possui a mais baixa taxa entre as principais farmacêuticas do mundo. Nas operações industriais da Consumo, a taxa vem mantendo a média de um acidente por ano, porém as ações preventivas e corretivas têm aumentado, como a investigação das ocorrências de “quase acidentes”. A taxa de doenças ocupacionais foi de zero entre funcionários, e o único caso de óbito ocorreu na Janssen, em 2010. São considerados dias perdidos o tempo de afastamento a partir da data do acidente. Quando o funcionário sofre uma lesão, dirige-se à área de Medicina do Trabalho, e um médico avalia e classifica a lesão e emite o comunicado de acidente do trabalho (CAT). A área de Segurança, assim como de supervisão do funcionário, é informada e analisa o ocorrido. Mensalmente, é feita uma estatística de acidentes, reportada para a matriz, e anualmente é realizado um relatório para o Ministério do Trabalho. Em relação aos terceiros, embora não haja um controle rígido sobre os números, nem na sede administrativa, nem nas fábricas, não houve casos de óbitos. JOHNSON & JOHNSON As baixas taxas de acidentes registradas na unidade de São José dos Campos refletem a seriedade com que o tema saúde e segurança é tratado na empresa. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 77 Taxas de lesões, dias perdidos e absenteísmo de funcionários (industrial) Janssen¹ 2010 Homem Taxa de lesões Total de dias perdidos Medical 2011 Mulher Homem 2010 Mulher Homem Consumo² 2011 Mulher Homem 2010 Mulher Homem 2011 Mulher Homem Mulher 0,32 0,96 0,53 0,53 1,04 0,42 1,31 0,75 0 0,04 0,04 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 90 5 0 Taxa de absenteísmo 1,3 1,52 1,03 1,35 1,2 1,35 ¹Para o relatório, as taxas de lesões segmentadas por gênero da Janssen se tratam de estimativas calculadas em cima da porcentagem de funcionários por gênero. ²Consumo – não estão incluídas pequenas lesões nas taxas. Obs.: Cálculo das taxas – número total/ total de horas trabalhadas x 200.000. Taxas de lesões, dias perdidos e absenteísmo de terceiros (industrial)1 Janssen 2010 Homem Taxa de lesões 2011 Mulher Homem 0 30,3 Medical 25,34 2010 Mulher Homem 0 1,29 2011 Mulher Homem 0 Consumo² 2010 Mulher Homem 0 0 0 2011 Mulher Homem 0 Mulher 0 0 Taxas de lesões e dias perdidos de funcionários (administrativo) – 2011 Janssen/Medical/Consumo 2011 1,52 foi a maior taxa de absenteísmo registrada no parque industrial em 2011. Homem Mulher Taxa de lesões 0,24 0,27 Total de dias perdidos 3,69 0,12 Obs.: Os escritórios administrativos ainda não possuem controle sobre a taxa de absenteísmo. Mais proteção nas fábricas Job Rotation (Rotação de Funções): A repetição de movimentos é um dos principais riscos ergonômicos em qualquer operação. Para reduzir e melhor controlar a exposição dos funcionários a esses riscos, foi realizado um estudo das atividades e seus respectivos riscos. Além de novos equipamentos, em algumas situações, foi necessária a adoção de controles administrativos, como o rodízio entre funcionários nas máquinas, que previne a ocorrência de repetição. 78 JOHNSON & JOHNSON Alimentação saudável Em linha com o Global Health, o cardápio do refeitório do parque industrial foi revisitado, em 2011, para oferecer alternativas mais saudáveis, com ênfase em frutas, verduras e legumes. Na sede administrativa, foi inaugurado o restaurante Geri, que conta com quatro opções diárias de cardápio e diferenciais como molhos 100% naturais, quantidades mínimas de óleo e a preferência por pratos assados a fritos. Garantir uma alimentação saudável aos funcionários faz parte dos preceitos explicitados no Global Health 2012. A empresa elegeu três tipos de câncer (pele, colo do útero e intestino) para atuar. Para o câncer de pele, por exemplo, foram firmados convênios com médicos dermatologistas. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Global Health 2012 O Global Health 2012 nasceu para criar uma cultura de saúde entre os funcionários, reduzir fatores de risco identificados nessa população e reduzir riscos de saúde ocupacional. A companhia estabeleceu, então, 13 serviços relacionados e que deveriam ser implantados até 2012. Com uma gestão de saúde e segurança bastante avançada, a Johnson & Johnson do Brasil cumpriu todas as metas, tendo trabalhado mais fortemente, nos últimos dois anos, a educação e prevenção, a conscientização e prevenção ao câncer e a realização do perfil de saúde dos funcionários. O primeiro perfil de saúde, por exemplo, teve início em 2010 e, com base nos dados coletados (exames de sangue e biométricos), algumas prioridades foram apontadas: alimentação, prática de atividades físicas e cuidado com o estresse. Agora, a meta é incluir 60% dos funcionários no perfil de saúde em 2012 e 80% deles em 2015. 79 Serviços de saúde incluídos nas metas do Global Health 2012 Serviços Status Política Mundial de Ambiente de Trabalho Livre do Tabaco Concluído Política Mundial para HIV/aids Concluído Mapa pessoal de riscos de saúde (perfil de saúde) Concluído Programa de Assistência ao Empregado (PAE) Concluído Estímulo para Atividade Física (acesso a academias de ginástica, pista para caminhada ou programa de reembolso de despesas similares) Concluído Vigilância médica baseada no risco, em conformidade com legislação local e requerimentos da J&J Concluído Programa Geral de Promoção à Saúde, focado na educação e na conscientização sobre hábitos de vida saudáveis Concluído Programa de Treinamento em Resiliência e Gerenciamento do Estresse Em andamento Programa de prevenção e conscientização sobre o câncer Concluído Programa sobre Alimentação Saudável e Refeitório Saudável Concluído Programa para Retorno ao Trabalho em Função Alternativa ou Adaptada Concluído Processo para acompanhamento de doenças e absenteísmo Concluído Saúde para os viajantes Em andamento PAE Estruturado há mais de 30 anos, o Programa de Assistência ao Empregado (PAE) oferece apoio de psicólogos e assistentes sociais em situações diversas, como dependência química e aconselhamento sobre HIV, a funcionários e familiares e, em alguns programas, também aos profissionais terceirizados. Uma das iniciativas destina-se a funcionários que desejam parar de fumar, com mais de 400 participantes desde 2000. A coordenadora de eventos Mara Santos fez parte da primeira turma e já comemora 11 anos longe do cigarro. Após tentar parar por conta própria várias vezes, um colega de trabalho – também fumante – inscreveu-a no programa. Com poucos meses de terapia em grupo e uma boa dose de persistência, ela conseguiu abandonar o cigarro. “Serei eternamente grata à empresa. Hoje, incentivo as pessoas que precisam de qualquer tipo de ajuda a procurarem o PAE”, afirma. A Johnson & Johnson também foi a primeira empresa a receber o selo de Ambiente Livre de Tabaco, em 2009, concedido pelo governo paulista. Nos últimos dois anos, foram ampliadas as ações do PAE na sede administrativa, fazendo com que os funcionários conhecessem melhor as iniciativas e as utilizassem com mais frequência. Iniciativas de controle de riscos No caso de funcionários expostos a riscos físicos, químicos e biológicos, a CIPA desenvolve ações específicas. Em 2011, foi registrado um recorde de exames ocupacionais realizados, alcançando 97% dos funcionários designados. Outras iniciativas são: • treinamento anual sobre a utilização correta de protetores auriculares para todos os funcionários expostos a ruído; O PAE disponibiliza, ainda, atendimento psicossocial, programa de acompanhamento para funcionários afastados, entre outros serviços. • treinamento anual sobre o uso correto de máscaras e respiradores para todos os funcionários expostos a agentes químicos; • realização de exames laboratoriais complementares e de radiografia, ultrassonografia e tomografia (quando indicados). 80 JOHNSON & JOHNSON As metas de saúde, segurança e bem-estar integram a estratégia de sustentabilidade da companhia. Direção segura No programa Safe Fleet (Direção Segura), todos os profissionais de vendas, gerentes e diretores que utilizam carros da empresa participam de cursos práticos de direção defensiva na fase de integração. Passam por atualizações a cada dois anos e em casos de multas. Qualquer acidente ou incidente deve ser informado à empresa em até 24 horas, o que garante um acompanhamento constante e real dos números. Com a maior frota de carros fora dos Estados Unidos, o Brasil anualmente cumpre as metas e mantém seus índices baixos – o objetivo global é a taxa de 4,60 acidentes por milhão de milhas percorridas (APMM). Os números são reportados à matriz em conjunto com toda a América Latina, e, bienalmente, uma auditoria externa avalia o andamento do programa em cada país, de acordo com padrões internacionais. Os três setores no país são certificados como Platinum, sendo referências mundiais no programa. 2,90 acidentes por milhão de milhas percorridas, este foi o índice da Consumo no Direção Segura, bem abaixo da meta estipulada. Número de acidentes por milhões de milhas rodadas (América Latina) 2007 2008 2009 2010 2011 Limite APMM 3,10 3,40 3,50 3,70 3,70 Consumo 2,38 2,83 3,44 3,58 2,90 Medical 2,38 2,83 3,35 3,73 4,32 Janssen 3,19 5,31 6,52 4,95 6,19 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 81 Fundada em 1976, a Escola de Enfermagem Robert Wood Johnson já formou mais de 1.000 profissionais, de São José dos Campos e da região do Vale do Paraíba. 82 JOHNSON & JOHNSON Atenção à comunidade Seguindo diretrizes globais adaptadas à realidade local, as ações sociais da empresa utilizam o conhecimento do negócio para promover saúde Tratadas no Nosso Credo como uma das responsabilidades da companhia, as comunidades locais e a sociedade em geral têm ganhado ainda mais importância nas estratégias do negócio, com a evolução da sustentabilidade na Johnson & Johnson. No município de São José dos Campos e em toda a região do Vale do Paraíba, são desenvolvidas ações em parceira com o poder público, especialmente com foco em promoção da saúde. No Brasil, todas as operações da empresa contam com iniciativas que envolvem a comunidade e buscam promover o desenvolvimento local. Dentre as campanhas de engajamento com a comunidade, destaca-se a Criança Segura, que ressalta a importância de utilizar o cinto de segurança em crianças, nos automóveis. A campanha se transformou em política pública municipal. Na área administrativa, em São Paulo, região altamente urbanizada, o foco de atuação na vizinhança é pontual. Uma das iniciativas é o Projeto Pomar, da prefeitura municipal, em que a empresa é responsável pela conservação de um trecho do rio Pinheiros, próximo ao prédio. Em 2010, a empresa passou a fazer parte do projeto Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC), doando os alimentos não utilizados – aproximadamente 9,5 toneladas nos últimos dois anos. Como as atividades da Johnson & Johnson não provocam impactos ambientais na comunidade, não são realizadas avaliações externas regulares. Contudo, quando é registrado qualquer tipo de reclamação da comunidade, a empresa analisa o questionamento e busca solucioná-lo rapidamente, comunicando a parte interessada e seus funcionários. Já está no escopo da empresa realizar o mapeamento e engajamento dos stakeholders prioritários, para estreitar ainda mais o relacionamento com o poder público, entidades de classe e outras empresas vizinhas, e criar um processo formal de diálogo e relacionamento com a comunidade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE A Johnson & Johnson disponibiliza o canal de atendimento ao cliente (número 0800) para a comunidade dar sugestões e fazer reclamações. 83 14 milhões de brasileiros já foram indiretamente impactados pelas iniciativas sociais da Johnson & Johnson. Investimento social Para promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades com as quais se relaciona, a Johnson & Johnson direciona seus investimentos sociais por meio do Comitê de Contribuições, iniciativa global de investimento social privado. Formalizado em 2004 no Brasil, é composto dos presidentes dos três setores, que se revezam na liderança a cada dois anos, e de diretores de diferentes áreas. O grupo se reúne semestralmente, para selecionar os projetos e monitorar suas evoluções. As contribuições financeiras vêm da matriz e da própria subsidiária. A fatia global é destinada a programas desenvolvidos por entidades sociais e organizações não governamentais. Já a doação local pode ser repassada a uma iniciativa indireta ou a projetos da própria empresa. As ações são compartilhadas com os funcionários, que também ajudam a escolher as instituições apoiadas. Desde 2004, as contribuições alcançaram, diretamente, 1,4 milhão e, indiretamente, mais de 14 milhões de pessoas, em 14 estados brasileiros. No total, foram repassados cerca de US$ 13,9 milhões. Dentre os diversos projetos apoiados, destacam-se os da Inmed Brasil, que mantém programas para o desenvolvimento de higiene pessoal, nutrição e educação alimentar e de saúde preventiva contra verminose e outras doenças; da Fundação Gol de Letra, focado em educação sexual para crianças e adolescentes; da Associação Londrinense Interdisciplinar de Aids (ALIA), que trabalha a educação e a prevenção entre adolescentes; e o Criança Segura, que capacita profissionais de diversos setores como multiplicadores de iniciativas para prevenir acidentes domésticos com crianças e jovens, e já é política pública em São José dos Campos. Investimentos do Comitê de Contribuições Repasses do Comitê de Contribuições – verbas da matriz e do Brasil (US$1) EUA Brasil 2008 2009 2010 2011 658.000 698.000 687.000 993.200 1.124.209 1.141.550 1.394.542 2.127.516 ¹ No último relatório, os valores de 2008 e 2009 foram apresentados em R$ e em US$, respectivamente para Brasil e matriz. O novo formato busca precisar a comparabilidade das informações. “Há 18 anos, trabalhamos com a Johnson & Johnson em favor da saúde de mais de 1,5 milhão de crianças brasileiras. Além de medicação, educação sanitária e orientação nutricional, proporcionamos melhores oportunidades para que tenham o futuro brilhante que merecem.” Joyce Capelli, presidente da Inmed Brasil 84 JOHNSON & JOHNSON Pilares e estratégias para análise de projetos Os pilares e as estratégias estabelecidos pelo Comitê de Contribuições se alinham aos valores do Nosso Credo e aos segmentos de atuação da Johnson & Johnson, competindo a cada setor da empresa definir quais linhas estratégicas devem ser trabalhadas. Pilar I Pilar II Pilar III • Suprir a necessidade de profissionais de saúde no mundo • Apoiar a gestação segura e cuidados com o recém-nascido •P revenção de HIV/aids Capacitar profissionais de saúde • Incentivar liderança e gestão • Desenvolver programas de treinamento para profissionais de saúde, baseados em competências • Gerar oportunidades de desenvolvimento e educação para a saúde para membros da comunidade Salvar e melhorar vidas • Capacitar jovens • Apoiar mulheres e crianças em risco de abuso e violência • Preparar para enfrentamento de desastres • Atendimento de emergência em áreas atingidas por desastres Prevenir doenças •D oação de produtos •G estão ambiental e de higiene •R eduzir o impacto de doenças crônicas e da obesidade •R eduzir a institucionalização e o abandono de pessoas com doenças crônicas terminais • Fortalecimento econômico As estratégias em destaque são as aplicadas no Brasil. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 85 Projeto Phoenix assegura melhores condições de trabalho aos cooperados da Futura. 86 JOHNSON & JOHNSON Projeto Phoenix Para garantir a procedência dos materiais reciclados, utilizados na fabricação de embalagens, o principal objetivo do projeto Phoenix é assegurar que as cooperativas catadoras adotem boas práticas laborais, por meio da certificação SA 8000. Iniciado em 2008, o projeto elegeu a cooperativa Futura, localizada em São José dos Campos, para oferecer todo o suporte necessário a fim de garantir melhores condições de trabalho aos cooperados. A cooperativa produz 60 toneladas de material reciclado por mês e fornece material com potencial utilização nas embalagens da empresa, além de abastecer outras empresas da região do Vale do Paraíba. Na cadeia de fornecimento da Johnson & Johnson, está no terceiro nível, fornecendo a matéria-prima que será transformada em papel novamente, utilizado para a fabricação de embalagens ou insumos, que, então, são adquiridos pela empresa. O primeiro passo do trabalho foi avaliar o funcionamento da cooperativa em alguns aspectos, como questões trabalhistas, saúde e segurança, práticas disciplinares e sistemas de gestão. Por não se tratar de um modelo empresarial tradicional, em que as mudanças são impositivas, o grande desafio foi conscientizar os 40 cooperados sobre a importância da certificação e inserir uma nova cultura de gestão. Em dezembro de 2010, a Futura recebeu uma pré-auditoria da empresa italiana SGS, que levantou os pontos que deveriam ser aperfeiçoados. As melhorias nas condições de trabalho fizeram com que a Futura fosse a primeira cooperativa no mundo a obter, em 2011, o certificado SA 8000 — selo criado na Europa para atestar que as empresas não possuem problemas de responsabilidade social e cumprem os requisitos para oferecer condições adequadas no local de trabalho. Primeira cooperativa no mundo a obter a certificação SA 8000, a Futura produz 60 toneladas de reciclados por mês. “A certificação valorizou ainda mais nosso trabalho. Hoje, somos procurados por outras cooperativas que querem conhecer nosso aprendizado e por novas empresas que desejam comprar nosso material.” Elisabeth Maria Rocha, presidente da cooperativa Futura RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 87 Na Mão Certa Em dezembro de 2011, a Johnson & Johnson do Brasil passou a fazer parte do programa Na Mão Certa, pacto empresarial contra a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. Desde a adesão, distribuiu materiais educativos e realizou treinamentos com os donos das transportadoras parceiras e com os motoristas – cerca de 100 profissionais – de seus centros de distribuição. Também foram feitas adesivagens para a divulgação da iniciativa nos veículos de funcionários e de prestadores de serviço. O curso de enfermagem prevê 1.200 horas de atividades teórico-práticas e 1.000 horas de estágio profissional supervisionado. Estímulo ao voluntariado Uma ação social promovida como parte das comemorações de final de ano, em 2009, motivou a Medical a estruturar um programa contínuo de voluntariado, chamado Bem Cuidar. O programa organiza a Gincana do Bem, que arrecada e distribui brinquedos, roupas, livros, materiais escolares e materiais de higiene e limpeza. Também fazem parte da iniciativa dois outros projetos: a Feira de Talentos, em que os voluntários contam suas experiências profissionais e ajudam jovens a escolher uma carreira, e o Recreação Educativa, com atividades lúdicas para crianças de 5 a 10 anos. O programa, que já tem 55 voluntários regulares e outros que realizam ações pontuais, beneficiou 12 entidades, com a doação dos itens arrecadados, e impactou 500 crianças e 750 jovens nos projetos Recreação Criativa e Feira de Talentos. Para 2012, as três iniciativas terão sequência, e a ideia é implantar um projeto piloto voltado a idosos. Escola de Enfermagem Com 36 anos de história, a Escola de Enfermagem Robert Wood Johnson contabilizou, até o fim de 2011, 1.058 formados no curso técnico de enfermagem. Localizada no complexo industrial de São José dos Campos, oferece 30 vagas por ano. Instituição sem fins lucrativos e declarada, em 2012, Utilidade Pública Federal, a escola tem 90% de seus gastos operacionais financiados pela Johnson & Johnson do Brasil, possibilitando que as mensalidades cobradas sejam até 60% mais baratas que as praticadas por outras instituições de ensino. Em 2010, 21 estudantes concluíram os estudos e, em 2011, foram 19 formados. O índice atual de empregabilidade corresponde a 98%. 88 JOHNSON & JOHNSON Crianças e jovens são foco de projetos apoiados pelo Comitê de Contribuições no Brasil. Arte de Viver Além da prevenção de doenças, a Janssen tem como pilar de atuação social a redução de seus estigmas. Uma das principais ações do setor com a comunidade é o Concurso Arte de Viver, direcionado a portadores de esquizofrenia. Lançado em 1997, o concurso tem como missão ser uma das ferramentas de tratamento – que deve ser composto de terapia medicamentosa e atividades psicoeducacionais –, valorizando o trabalho dos pacientes por meio da arte: poesia ou pintura. Durante 2010 e 2011, o concurso passou pelo processo de aprovação de mais uma edição pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura do Brasil. Com a aprovação finalizada, a quinta edição ocorreu em 2012. Dicas de cuidados Para disseminar mais informações sobre algumas doenças e contribuir para a melhora da qualidade de vida dos pacientes, no período de 2010/2011, a Janssen produziu folhetos explicativos sobre déficit de atenção, sintomas da menopausa, mal de Alzheimer e demência, entre outros transtornos. Distribuídos pela força de vendas a profissionais de saúde e em congressos especializados, alguns folhetos também abordam temas como preservação ambiental, e parte deles foi confeccionada a partir de materiais recicláveis. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 89 Prêmios e reconhecimentos Johnson & Johnson consumo 2010 A J&J foi eleita a empresa de maior prestígio no Brasil, na categoria de higiene e beleza. 90 Empresas de Maior Prestígio no Brasil – revista Época Negócios – 1.º lugar na categoria de higiene e beleza Empresas de Maior Prestígio no Brasil – revista Época Negócios – 4.º lugar no ranking geral das empresas Empresas de Melhor Reputação no Brasil – revista Exame e Reputation Institute – 3.º lugar Marcas Prediletas pelos Cariocas – jornal O Globo Excelência em Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (SINDUSFARMA-SP) Marca de Confiança Seleções – revista Seleções – 1.º lugar: Absorventes (SEMPRE LIVRE®) e Protetor Solar (SUNDOWN®) Prêmio Nova – revista Nova – Melhor Secativo: NEUTROGENA® Rapid Clear Gel Secativo Prêmio Nova – revista Nova – Melhor Hidratante: Johnson’s Softlotion® Pele Fresquinha Prêmio Nova – revista Nova – Melhor Tratamento para Pés: Ultra Norwegian® Hidratante para Pés Prêmio Nova – revista Nova – Melhor Protetor Corporal: SUNDOWN® Fresh Spray Contínuo FPS 30 Prêmio Nova – revista Nova – melhor Regenerador Noturno: RoC® Creme Hidratante Intensivo Wrinkle Correxion Noite Top of Mind – jornal Folha de S. Paulo – protetor Solar: SUNDOWN® Marcas mais Lembradas pelos Gaúchos – Jornal do Commércio – 1.º lugar na categoria higiene e beleza: Johnson & Johnson JOHNSON & JOHNSON 2011 Empresas de Maior Prestígio no Brasil – revista Época Negócios – 1.º lugar na categoria de higiene e limpeza Empresas de Maior Prestígio no Brasil – revista Época Negócios – 4.º lugar no ranking geral das empresas Top Employers – uma das 13 empresas avaliadas como excelentes lugares para trabalhar Excelência em Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (SINDUSFARMA-SP) Marcas Prediletas pelos Cariocas – jornal O Globo – Absorventes (SEMPRE LIVRE®) e Proteção Solar (SUNDOWN®) Top of Mind – jornal Folha de S.Paulo – Protetor solar mais lembrado entre os consumidores: SUNDOWN® Marcas mais Confiáveis – revista Seleções – Absorventes (SEMPRE LIVRE®) e Proteção Solar (SUNDOWN®) Prêmio Atualidade Cosmética – Melhor cosmético infantil: SUNDOWN® Kids Empresas que mais Respeitam os Consumidores – revista Consumidor Moderno – 1.º lugar na categoria de higiene e perfumaria Prêmio Nova – revista Nova – Óleos corporais: Óleo de Amêndoas KORRES® Prêmio Nova – revista Nova – Hidratante de uso diário: Hidratante Ultra Light NEUTROGENA® Em 2011, a empresa foi avaliada como uma das 13 empresas excelentes para trabalhar. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 91 Janssen 2010 Prêmio Lupa de Ouro – Grupo dos Profissionais Executivos do Mercado Farmacêutico (GRUPEMEF) – Reconhecimento dos profissionais do Marketing Farmacêutico que desenvolvem as melhores campanhas promocionais e de projetos de maior destaque em áreas de atuação específica • Campanha extensão de linha prescrição – Kalyamon Kids® – 1.º lugar •C ampanha de prescrição geniturinária e hormônios sexuais – Belara® – 3.º lugar • Campanha de prescrição geniturinária e hormônios sexuais – Evra® – 4.º lugar • Campanha de prescrição Sistema Nervoso Central – Tylex® – 1.º lugar 2011 Top Employers – uma das 13 empresas avaliadas como excelentes lugares para trabalhar Prêmio Lupa de Ouro – Grupo dos Profissionais Executivos do Mercado Farmacêutico (GRUPEMEF) – reconhecimento dos profissionais do Marketing Farmacêutico que desenvolvem as melhores campanhas promocionais e de projetos de maior destaque em áreas de atuação específica • Campanha do lançamento de prescrição de anticoncepcional, com o medicamento Stelara® – 5.º lugar • Campanha de prescrição geniturinária, com o medicamento Belara® – 1.º lugar •C ampanha de prescrição aparelho digestivo, com o medicamento Kalyamon Kids® – 3.º lugar • Performance empresarial institucional – 5.º lugar Johnson & Johnson Medical do Brasil 2010 Top Hospitalar – 1.º lugar nas categorias Materiais de consumo e OPME (órteses, próteses e materiais especiais) 2011 Top Employers – uma das 13 empresas avaliadas como excelentes lugares para trabalhar Top Hospitalar – 1.º lugar na categoria OPME (órteses, próteses e materiais especiais) 92 JOHNSON & JOHNSON Sobre o relatório Em contínuo processo de evolução, a Johnson & Johnson do Brasil apresenta o seu segundo Relatório de Sustentabilidade, que responde a 40 indicadores e atende ao nível B de aplicação GRI De periodicidade bienal, o documento retrata o desempenho econômico, ambiental e social nos anos de 2010 e 2011. Segue a metodologia Global Reporting Initiative (GRI), que estabelece 79 indicadores de desempenho econômico, social e ambiental, e o número de informações respondidas determina o nível de aplicação do método no relato. A primeira versão cobriu os anos de 2008 e 2009 e atingiu o nível C. As informações apresentadas retratam as operações industriais e administrativas da empresa, de maneira conjunta ou discriminada entre os três setores: a Johnson & Johnson Consumo, a farmacêutica Janssen e a de dispositivos Medical Brasil. Não há registro de nenhuma alteração significativa quanto ao escopo do relato e às atividades da empresa em relação ao documento anterior. Para a definição do conteúdo e dos indicadores GRI a serem trabalhados, foi realizado um estudo do primeiro Relatório de Sustentabilidade e do programa global de sustentabilidade Health Future 2015. Embora não tenha havido consulta aos stakeholders, foi iniciado um processo de diálogo com o público externo, chamado de estudo preliminar de materialidade, em que foram entrevistados especialistas dos três setores de atuação da empresa. Além de guiar a elaboração do relatório, os apontamentos dos profissionais consultados devem contribuir para a gestão da sustentabilidade na empresa. Ao todo, o relatório, que atende ao nível B, traz 40 indicadores, dos quais 34 estão completos, segundo os padrões estabelecidos pela GRI, e 6 estão parcialmente respondidos. Para o próximo ciclo de relato, em 2014, o desafio é o aprimoramento da coleta de dados e da qualidade das respostas. Nessa edição, não houve verificação externa. Dúvidas, comentários ou sugestões sobre o Relatório de Sustentabilidade 2010/2011 devem ser encaminhados ao endereço de e-mail [email protected] ou à Rua Gerivatiba, 207, Butantã, São Paulo-SP, CEP 055501-900. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Johnson & Johnson do Brasil: primeira subsidiária da companhia, no mundo, a adotar a metodologia GRI. 93 Índice remissivo GRI O Relatório de Sustentabilidade Johnson & Johnson do Brasil – 2010/2011 atende aos requisitos para o nível B de aplicação da Global Reporting Initiative (GRI) Perfil 1. Estratégia e Análise Item Descrição Reportado Resposta 1.1 Mensagem do Presidente Completo páginas 2, 3, 4 e 5 1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades Completo páginas 2, 3, 4 e 5 Descrição Reportado Resposta 2.1 Nome da organização Completo página 9 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços Completo páginas 11, 12 e 13 2.3 Estrutura operacional da organização Completo páginas 9, 11, 12 e 13 2.4 Localização da sede da organização Completo páginas 9 e 10 2.5 Países em que a organização opera e em que suas principais operações estão localizadas Completo páginas 9 e 10 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade Completo página 10 2.7 Mercados atendidos Completo páginas 9, 10, 11, 12 e 13 2.8 Porte da organização Completo páginas 9, 10, 11, 12 e 13 2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório Completo páginas 11, 12 e 13 2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório Completo páginas 90, 91 e 92 2. Perfil Organizacional Item 94 JOHNSON & JOHNSON 3. Parâmetros para o Relatório Item Descrição Reportado Resposta 3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas Completo página 93 3.2 Data do relatório anterior mais recente Completo página 93 3.3 Ciclo de emissão de relatórios Completo página 93 3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo Completo página 93 3.5 Processo para definição do conteúdo do relatório Completo página 93 3.6 Limite do relatório Completo página 93 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório Completo página 93 3.8 Base para a elaboração do relatório Completo página 93 3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos Completo página 93 3.10 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores Completo página 93 3.11 Mudanças significativas de escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório Completo página 93 3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório Completo páginas 94, 95, 96, 97, 98 e 99 3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório Completo página 93 4. Governança, Compromissos e Engajamento Item Descrição Reportado Resposta 4.1 Estrutura de governança da organização, incluindo comitês do alto órgão de governança Completo página 28 4.2 Presidência do mais alto órgão de governança Completo Os presidentes dos conselhos de administração também ocupam cargos executivos na Johnson & Johnson do Brasil. 4.3 Membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança Completo Não há conselheiros independentes na Johnson & Johnson do Brasil. 4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações Completo página 30 4.5 Relação entre remuneração e o desempenho da organização (incluindo social e ambiental) Completo Não há diferencial variável no salário dos membros do conselho e dos diretores executivos. 4.6 Processos para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados Completo página 28 4.7 Qualificações dos membros do mais alto órgão de governança Completo 4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes Completo contracapa 4.9 Responsabilidades pela implementação das políticas econômicas, ambientais e sociais Completo página 28 4.10 Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança Completo Não há processos de autoavaliação nos órgãos de governança da Johnson & Johnson do Brasil. 4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Completo Os membros do conselho e da diretoria executiva são reconhecidos pelas competências nas áreas de finanças, de mercado de produtos e serviços de saúde e de governança corporativa. A Johnson & Johnson realiza análises e testes de produtos e embalagens antes de lançá-los ao mercado. São avaliadas qualidade, eficácia e segurança do consumidor. Em qualquer desconfiança quanto a um dos quesitos, o lançamento é descontinuado. A política da Consumo sobre o tema, por exemplo, limita a proposição de impurezas de fontes naturais (por ex., methyleugenol, safrole, camphor, menthol, eucalyptol etc.) e restringe alguns conservantes em fragrâncias. 95 4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente Completo página 88 4.13 Participação em associações e/ou organismos nacionais/internacionais Completo página 37 4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização Completo páginas 16 e 18 4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar Completo página 18 4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders Completo páginas 18, 31, 32, 34, 35, 36, 63 e 83 4.17 Principais temas e preocupações levantados por meio do engajamento dos stakeholders Completo página 18 Aspectos Reportado Resposta Desempenho Econômico Completo páginas 22 e 23 Impactos Econômicos Indiretos Completo páginas 84 a 89 Materiais Completo páginas 54 a 57 Energia Completo páginas 45, 47 a 49 Água Completo página 49 Biodiversidade Completo página 52 Emissões, Efluentes e Resíduos Completo páginas 47, 49 a 53 Produtos e Serviços Completo páginas 47, 50 a 54, 58 Transporte Completo página 53 Geral Completo página 45 Emprego Completo páginas 63, 66 e 71 Relações entre Trabalho e a Governança Completo página 74 Saúde e Segurança no Trabalho Completo páginas 75, 76 e 80 Treinamento e Educação Completo páginas 70 e 72 Diversidade e Igualdade de Oportunidades Completo páginas 66, 69 e 73 Liberdade de Associação Completo página 74 Trabalho Infantil Completo página 34 Trabalho Forçado/Escravo Completo página 34 Comunidade Completo páginas 83 e 85 Corrupção Completo página 29 Políticas Públicas Completo página 35 Saúde e Segurança do Cliente Completo página 38 Rotulagem de Produtos e Serviços Completo páginas 32 e 39 Comunicação e Marketing Completo página 40 Abordagem de gestão EC EN LA HR SO PR 96 JOHNSON & JOHNSON Indicadores de Desempenho Indicadores de Desempenho Econômico Indicador Descrição Reportado Resposta Desempenho Econômico EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído Parcial página 23 EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício Completo página 71 Completo páginas 83, 84 e 88 Descrição Reportado Resposta Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem Completo página 57 EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária Completo páginas 47 e 48 EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária Completo página 47 EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência Completo páginas 47 e 49 EN8 Total de água retirada por fonte Completo página 49 EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água Completo página 49 Impactos Econômicos Indiretos EC8 Descrição de impactos econômicos indiretos significativos Indicadores de Desempenho Ambiental Indicador Materiais EN2 Energia Água Biodiversidade EN13 Hábitats protegidos ou restaurados Completo página 52 EN14 Estratégias para gestão de impactos na biodiversidade Completo página 52 Emissões, Efluentes e Resíduos EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa Completo páginas 47 e 48 EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeitos estufa Completo páginas 47 e 48 EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas Completo página 47 EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação Completo páginas 49 e 50 EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição Completo páginas 50, 51 e 52 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais Completo páginas 47, 50, 51, 52, 53, 54 e 58 Impactos ambientais referentes a transporte de produtos e de trabalhadores Completo página 53 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental Completo página 45 Produtos e Serviços EN26 Transporte EN29 Geral EN30 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 97 Indicadores de Desempenho – Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente Indicador Descrição Reportado Resposta LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região, discriminados por gênero Parcial páginas 63, 64, 65 e 66 LA3 Comparação entre benefícios a empregados de tempo integral e temporários, por unidades operacionais significantes Completo página 71 Completo página 74 Emprego Relação entre Trabalhadores e a Governança LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordo de negociação coletiva Saúde e Segurança no Trabalho LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde Completo páginas 75 e 76 LA7 Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos e número total de fatalidades, por região e por gênero Parcial páginas 76 e 78 LA8 Programas de educação, prevenção e controle de risco Completo páginas 79 e 80 Completo páginas 70 e 72 Treinamento e Educação LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua e aposentadoria Diversidade e Igualdade de Oportunidades LA13 Composição da alta direção e dos conselhos, e proporção por grupos e gêneros Completo páginas 66, 67 e 68 LA14 Proporção de salário-base e remuneração entre mulheres e homens, por categoria funcional e por unidades operacionais Completo página 73 Reportado Resposta Direitos Humanos Indicador Descrição Liberdade de associação HR5 Política de liberdade de associação e o grau da sua aplicação Completo página 74 HR6 Medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil Parcial página 34 HR7 Medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado Parcial página 34 Descrição Reportado Resposta Percentual de operações com envolvimento da comunidade local e avaliações de impacto Completo páginas 83 e 88 SO2 Unidades submetidas a avaliações de riscos relacionados à corrupção Completo página 29 SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção Completo página 29 SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção Completo página 29 Completo páginas 35 e 36 Sociedade Indicador Comunidade Local SO1 Corrupção Políticas Públicas SO5 98 Posições quanto a políticas públicas JOHNSON & JOHNSON Responsabilidade sobre o Produto Indicador Descrição Reportado Resposta Parcial página 38 Saúde e Segurança do Cliente PR1 Política para preservar a saúde e segurança do consumidor durante o uso do produto Rotulagem de Produtos e Serviços PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem Completo página 39 PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas Completo página 32 Completo páginas 38 e 40 Comunicação e Marketing PR6 Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 99 Créditos Coordenação geral Johnson & Johnson do Brasil Ana Claudia Pais, Ana Carolina Garcia, Carlos Souto, Christiane Cralcev, Ewerton Nunes, Fabricio Costa e Stela Meireles Consultoria GRI, redação e edição Report Sustentabilidade Revisão Assertiva Produções Editoriais Projeto gráfico e diagramação Report Sustentabilidade Fotos Leonardo Wen Data Dezembro de 2012 FamíliaS tipográficaS Berthold Akzidenz Grotesk, H. Berthold Akzidenz Grotesk, 1896 FreightText Pro, Joshua Darden, 2009 100 JOHNSON & JOHNSON informações Johnson & Johnson Rua Gerivatiba, 207 – Butantã – São Paulo – SP 05501-900 55 11 3030-8122 www.jnjbrasil.com.br