Ambientalistas repudiam intenção de exploração

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Ambientalistas repudiam intenção de exploração
.'. TRIBUNA ANIMAL - A voz dos animais .'.
Ambientalistas repudiam intenção de exploração de diamantes na reserva da Palanca
Negra em Angola
27-Fev-2013
Luanda - Alguns ambientalistas e biólogos angolanos repudiaram a intenção de uma empresa de origem
“duvidosa” que elaborou um projeto denominado “Capunda”, que visa a exploração de
diamantes na Reserva Integral do Luando (Malanje), habitat natural da Palanca Negra Gigante.{nomultithumb}
Uma fonte da Angop disse hoje, terça-feira, que este projeto já começou a criar uma discórdia, não só por parte dos
ambientalistas e biólogos, como nos populares que vivem nas cercanias que foram anunciadas, com o receio de serem
desalojados.
“ A área de concessão do projeto está toda dentro da Reserva Natural e Integral do Luando, onde estão as
últimas manadas de Palancas Negras Gigantes”, disse a fonte.
Acrescentou que este projeto poderá causar um aumento da pressão sobre os animais, devido a destruição e perturbação
do seu habitat, além do incentivo a caça furtiva e circulação de pessoas no local.
Segundo a fonte, o projeto não deve ser possível à luz da legislação ambiental em vigor no país, visto que não reflete o
compromisso do Estado tal como descreve no ponto 2 do Artigo 39º da Lei Constitucional da República de Angola.
A implementação de um projeto desta dimensão numa das mais importantes reservas naturais do país pode abrir um
excedente extremamente negativo e com eventuais consequências para todo a rede de áreas protegidas nacionais,
podendo resultar na aprovação de ações de desenvolvimento de género em outras zonas verdes.
Realçou que a Reserva Integral do Luando é a única área de conservação em Angola que está no Anexo I da União
Mundial para Conservação da Natureza (UICN), da qual Angola faz parte.
“O Anexo I é o mais importante e restrito e impede o desenvolvimento de quaisquer tipos de atividades de
desenvolvimento, indústrias e turísticas, sendo apenas permitido a proteção da biodiversidade e investigação
científica”, lembrou.
Desta feita, para o responsável, a empresa responsável que autoriza a exploração e extração de minério deve primar
pelo conjunto dos dez (10) princípios ambientais nos contratos que assina com os seus parceiros, como importante
instituição nacional do país e membro signatário do Memorando de Entendimento para a preservação da Palanca Negra
Gigante.
Interrogado caso o projeto avance, a fonte advertiu que efeitos negativos poderão surgir como uma agitação e
movimentação de repúdios que terá reflexos não apenas a nível nacional como internacional.
A Palanca Negra Gigante, além de ser o símbolo nacional conhecido por todos os angolanos, é também um animal em
ameaça de extinção.
Atualmente se estima não existirem mais do que 100 animais e com o seu núcleo principal localizado na área Centro e
Norte da Reserva do Luando.
Sob coordenação do Ministério do Ambiente, têm sido, desde 2003, desenvolvido, com o apoio de diferentes parceiros,
projetos para proteger a Palanca Negra Gigante nas suas áreas de origem, no contexto do Projeto de Conservação da
Palanca Negra Gigante.
Entre 2009 a 2011 foram realizadas operações de capturas que decorreram nas duas áreas de conservação da Palanca
Negra Gigante, nomeadamente no Parque Nacional da Cangandala e na Reserva Integral do Luando.
As referidas operações permitiram a marcação de mais de 50 animais, sem se registar morte ou lesão de qualquer.
Com esta ação foi possível criar o Santuário da Palanca Negra Gigante no Parque Nacional de Cangandala, onde estão
confinados 24 animais, oito dos quais nasceram neste local.
Assim, os ambientalistas e biólogos de Angola, assim como especialistas internacionais trabalham na proteção deste
animal, além do controle da sua reprodução e das investigações científicas.
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/ambiente/2013/1/9/Ambientalistas-repudiam-intencao-exploracaodiamantes-reserva-Palanca-Negra,82606aed-c650-4591-9aa9-cebdad544278.html
http://tribunaanimal.org
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