Siderurgia BraSileira:

Transcrição

Siderurgia BraSileira:
Siderurgia Brasileira:
Relatório de
Sustentabilidade 2008
Concepção AMCE Negócios Sustentáveis
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Aços Villares S.A.
ArcelorMittal Aços Longos
Empresas associadas – 2008
ArcelorMittal Inox Brasil S.A.
Aços Villares S.A.
ArcelorMittal Aços Longos
Tubarão
ArcelorMittal ArcelorMittal
Inox Brasil S.A.
ArcelorMittal Tubarão
Companhia
Siderúrgica
Nacional
Companhia Siderúrgica
Nacional
(csn)
Companhia Siderúrgica Paulista (cosipa)
(csn)
Gerdau Açominas
S.A.
Gerdau Aços Especiais S.A.
Companhia
Siderúrgica Paulista
Gerdau Aços Longos S.A.
Siderúrgica Barra Mansa S.A.
(cosipa)
Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais S.A. (usiminas)
V & M do Brasil S.A.
Gerdau
Açominas S.A.
Villares Metals S.A.
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Relatório de
Sustentabilidade 2008
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relatório de
Sustentabilidade 2008
Sobre o RELATÓRIO
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mensagem do presidente
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01. O Instituto Brasileiro de Siderurgia
· Missão
· Conjunto de Princípios
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02. Posicionamentos do Setor
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03. Contribuição ao Desenvolvimento Nacional
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04. Governança Corporativa
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05. Indicadores de Desempenho do setor
27
· Desempenho Econômico
Destaques em 2007
Distribuição do Valor Adicionado
Impactos Econômicos Indiretos Significativos
27
27
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30
· Desempenho Ambiental
Gestão Ambiental e Investimentos
Materiais
Energia
Água
Resíduos e Co-produtos
Emissões
32
32
32
33
36
38
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· Desempenho Social
Público Interno
Mapeamento do Efetivo Próprio
Gênero
Cor / Raça
Faixa Etária
Escolaridade
Investimento em Educação
Tempo de Empresa
Pessoas com Deficiência
Treinamento e Desenvolvimento
Remuneração e Benefícios
Saúde e Segurança
Produtos, Clientes e Consumidores
Fornecedores
Comunidade e Sociedade
42
42
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46
46
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47
48
48
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Agradecimentos
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CRÉDITOS
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sobre o relatório
Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2006, este relatório apresenta dados
setoriais consolidados referentes ao desempenho das empresas associadas ao ibs,
nas dimensões econômica, ambiental e social, adotando como principais norteadoras
diretrizes do gri – Global Reporting Initiative –, referência mundial para elaboração
de relatórios corporativos de sustentabilidade. A publicação tem como escopo as
informações sobre o ano de 2007, complementadas sempre que possível por séries
de até quatro anos. Cabe ressaltar a revisão dos dados referentes a 2006, tendo em vista
ajustes feitos pelas empresas.
Uma publicação como esta, de âmbito setorial, apresenta complexidade maior que a de
uma empresa, na medida em que envolve consolidação de informações provenientes de
empresas que apresentam diferentes estruturas de processos e de gestão. Diante disso,
sua elaboração envolveu a participação direta de vários colaboradores em cada uma das
siderúrgicas.
Desde que foi planejada, a publicação já previa um ciclo de trabalho de alguns anos
que possibilitasse a melhoria gradual da qualidade de suas informações. O resultado
do trabalho de todos os envolvidos ao longo desse processo representa um passo
importante em relação ao objetivo definido, há cerca de dois anos, de aprofundar a
comunicação entre o IBS e a sociedade, ampliando o espaço de compartilhamento de
informações com seus diferentes públicos. Para o ibs, a transparência e a divulgação
de uma imagem realista do setor siderúrgico é essencial para o melhor entendimento
de sua importância no contexto nacional e do seu compromisso em atuar de forma
compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável.
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sobre o relatório
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
O ibs – Instituto Brasileiro de
Siderurgia –, através deste Relatório
de Sustentabilidade, apresenta dados
consolidados sobre o desempenho
econômico, ambiental e social da
siderurgia brasileira, tendo como objetivo
promover melhor conhecimento das
iniciativas e resultados do setor e reiterar
o seu compromisso com a promoção
do desenvolvimento nacional em bases
sustentáveis.
Representado por 13 empresas privadas,
controladas por 7 grupos empresariais
e operando 25 usinas distribuídas por 9
estados, o setor siderúrgico brasileiro foi
responsável pela produção, em 2007, de
33,8 milhões de toneladas de aço bruto,
levando o País a ocupar a 9ª posição no
ranking da produção mundial.
O setor registra, como questão prioritária
e de sua vocação, a manutenção do
pleno abastecimento do mercado
interno de produtos siderúrgicos em
condições compatíveis com as exigências
do mercado global. Exporta ainda,
regularmente, cerca de 40% de sua
produção, o que o situa entre os que mais
contribuem para a geração de saldos
comerciais do País.
Tendo enfrentado, por longo período,
quadro de relativa estagnação do
mercado interno e freqüentes barreiras
externas às suas exportações, as empresas
produtoras de aço focaram esforços
na melhoria da qualidade, redução de
custos e enobrecimento de seu
portfólio de produtos, além de darem
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grande atenção às questões relativas ao meio
ambiente e à responsabilidade social. Como
resultado, posicionam-se entre as mais modernas
e competitivas no cenário mundial e, nessa
condição, estão preparadas para ajustar-se às novas
demandas do mercado e às mudanças estruturais
observadas neste setor nos últimos anos.
São sucessivos os recordes de produção,
vendas internas e exportações, bem como
expressiva a melhoria dos resultados das
empresas siderúrgicas. Conforme os indicadores
de desempenho demonstram, a siderurgia
brasileira vivencia uma nova situação de crescente
importância no cenário nacional. Em 2007,
o valor adicionado setorial foi de R$ 31,07
bilhões e o recolhimento em impostos, taxas
e contribuições, R$ 11,98 bilhões (38,5% do
valor adicionado).
Presidente do IBS, Flávio de Azevedo
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A siderurgia brasileira alinha-se entre
os setores que acreditam na sustentação
dos novos patamares de crescimento do
País. Esta crença configura mudança de
paradigma, que exigirá das indústrias de
base grande dinamismo para ajuste às novas
situações. As empresas produtoras de aço
têm firme compromisso em dar suporte a
esse crescimento, viabilizando programas
para expansão orçados em US$ 27,1 bilhões.
Tais investimentos permitirão elevar a
capacidade de produção do parque instalado
dos atuais 41 para cerca de 56,3 milhões de
toneladas de aço bruto até 2013.
Há ainda as novas fábricas tanto das
empresas do parque instalado quanto de
novos entrantes, que devem acrescentar a
estes investimentos mais US$ 18,6 bilhões
até 2015/2016, totalizando US$ 45,7
bilhões, e elevar a capacidade de produção
da siderurgia brasileira para cerca de 80,6
milhões de toneladas.
Conseqüência natural desses projetos é
a reafirmação da capacidade do setor
para atendimento à demanda interna e
aumentos significativos das exportações
de aço do País. Cabe destacar a participação
dos produtos semi-acabados nessa nova
configuração da siderurgia mundial de
transferência da produção básica de aço
para países que apresentam vantagens
comparativas no suprimento de
matérias-primas.
A siderurgia brasileira se insere
competitivamente nesse modelo,
tanto no que se refere ao desenvolvimento
de novos investimentos produtivos como
s
as
e
no intenso processo de consolidação das
empresas do setor.
Para reforçar suas posições, o setor necessita,
por um lado, preservar níveis de rentabilidade
que dêem sustentação à sua expansão e,
por outro, dar continuidade a seus programas
de desenvolvimento nas áreas ambiental e
social, de forma a preservar padrões que,
já no presente, constituem referência
destacada no cenário global.
A atenção que as empresas siderúrgicas
atribuem a essas questões está demonstrada
nos investimentos, que, apenas em 2007,
atingiram R$ 570 milhões em projetos
ambientais e R$ 327 milhões em iniciativas
de ação social. A nova etapa do processo de
desenvolvimento do setor mostra também
resultados significativos na geração de
empregos, haja vista que o efetivo em
atividades siderúrgicas cresceu mais de 35%
nos últimos três anos. No ano passado,
o setor empregou, de forma direta,
cerca de 122 mil colaboradores.
Como se pode observar através deste e
de outros dados e avaliações contidas
neste Relatório de Sustentabilidade, estes
são resultados expressivos obtidos num
contexto de ampla cooperação e parceria
de todas as partes envolvidas no processo.
Isto compreende, de forma mais direta, os
dirigentes e colaboradores das empresas
siderúrgicas, os acionistas, governo e os
consumidores e, num aspecto mais amplo,
as comunidades próximas das usinas e a
sociedade de modo geral, através de
melhor compreensão das variáveis
relevantes para o processo.
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mensagem do presidente
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joão
Guidom da bicicleta do Daniel
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01 O Instituto Brasileiro
de Siderurgia
O Instituto Brasileiro de Siderurgia – ibs – é a entidade associativa das empresas
brasileiras produtoras de aço. Tem como objetivo realizar estudos e pesquisas sobre
produção, mercado, comércio exterior, suprimentos, questões ambientais e
relações no trabalho.
Adicionalmente, atua como representante do setor junto a órgãos e entidades públicas
e privadas, no País e no exterior. Também realiza atividades relacionadas à imagem
do setor, ao desenvolvimento do uso do aço e mantém intercâmbio com entidades afins.
Desde a sua criação, em 1963, o Instituto passou por permanente adequação da sua
estrutura às reais necessidades do setor e das empresas associadas, tendo em vista
as alterações das demandas internas e externas. As áreas de atuação cobertas
pelo IBS são:
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Missão
A missão da siderurgia brasileira é prover, com eficácia,
o abastecimento interno de produtos siderúrgicos e participar,
de forma permanente, do comércio mundial de aço, contribuindo
para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social do País.
empresas associadas ao ibs
Aços Villares S.A.
ArcelorMittal Aços Longos
ArcelorMittal Inox Brasil S.A.
ArcelorMittal Tubarão
Companhia Siderúrgica Nacional (csn)
Companhia Siderúrgica Paulista (cosipa)
Gerdau Açominas S.A.
Gerdau Aços Especiais S.A.
Gerdau Aços Longos S.A.
Siderúrgica Barra Mansa S.A.
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (usiminas)
v&m do Brasil S.A.
Villares Metals S.A.
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Conjunto de Princípios
>livre iniciativa – Inspirada
e permanentemente orientadas pelo
nas necessidades do mercado e na
mercado, oportunidades de crescimento,
associação entre capital e trabalho, sem
com geração de riquezas para todas
discriminações.
as partes interessadas: colaboradores,
>economia de mercado – O mercado
é o melhor canal para que a sociedade
expresse suas necessidades de bens e
clientes, fornecedores, acionistas
e comunidades.
>comércio internacional –
serviços, transcendendo a vontade isolada
A maior integração da economia brasileira
de indivíduos e instituições.
no mercado internacional constitui
>lucro e preço – O lucro é o principal
instrumento para manutenção de estrutura
elemento de indução e preservação
produtiva eficiente e competitiva, tanto
da livre iniciativa e, por extensão, da
pelo estímulo ao aprimoramento da
economia de mercado. Deve permitir o
qualidade, como pela possibilidade de
funcionamento e o crescimento auto-
obtenção de ganhos de escala.
sustentado das empresas, remunerando
>meio ambiente e estrutura
adequadamente os capitais investidos.
produtiva – Atuação segundo os
O preço deve ser a expressão da verdade
princípios e valores do desenvolvimento
econômica, regulado pela oferta
sustentável, fazendo uso mais racional dos
e pela procura.
recursos naturais e insumos que utiliza e
>papel do governo – Prover
adotando tecnologias economicamente
serviços públicos essenciais para que a
provadas e viáveis, para reduzir seus
iniciativa privada seja desenvolvida para
impactos sobre o meio ambiente.
atendimento das necessidades do País
quanto à produção de bens e serviços.
>responsabilidade social e
>pesquisa e desenvolvimento
tecnológico – Apoio às atividades
de pesquisa e de desenvolvimento de
recursos humanos – Compromisso
tecnologias nacionais, sem prejuízo
com a melhoria da qualidade de vida
de acesso às modernas tecnologias
da sociedade brasileira, ofertando, por
desenvolvidas no exterior.
meio de empresas eficientes, produtivas
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daniel
Panela da Ana
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Conselho Diretor
presidente
Flávio Roberto Silva de Azevedo (V&M do Brasil)
vice-presidente
André Bier Gerdau Johannpeter (Gerdau Aços Longos)
conselheiros
Albano Chagas Vieira (Votorantim Siderurgia)
Benjamin Steinbruch (csn)
Claudio Gerdau Johannpeter (Gerdau Açominas)
Franz Struzl (Villares Metals)
Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau Aços Especiais)
José Armando de Figueiredo Campos (ArcelorMittal Tubarão)
Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco (Usiminas /Cosipa)
Omar Silva Junior (Usiminas/Cosipa)
Paulo Geraldo de Sousa (ArcelorMittal Aços Longos)
Paulo Perlott Ramos (Aços Villares)
Paulo Roberto Magalhães Bastos (ArcelorMittal Inox Brasil)
diretoria executiva
vice-presidente executivo Marco Polo de Mello Lopes
diretor técnico Rudolf Robert Bühler
superintendentes Catia Mac Cord Simões Coelho
Maria Cristina Yuan
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ana
Tesoura de jardinagem do Sérgio
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02 posicionamento do setor
Pela sua expressão econômica e importância no contexto nacional, a siderurgia atua
de forma pró-ativa na proposição e avaliação de temas relacionados às suas atividades
e ao seu papel no contexto do desenvolvimento do País. Nesse sentido, foi publicado,
em dezembro de 2007, o documento Siderurgia Brasileira: Princípios e Políticas, que
estabelece os princípios básicos do setor. O documento apresenta as visões e posições
relativas a um conjunto de temas importantes para o setor, como indicado a seguir:
institucional
 mercado interno
>Manter e estreitar o diálogo com
>Apoiar políticas de livre mercado
instituições nacionais, para exposição
que possibilitem geração de lucros e
e defesa de teses de interesse do setor;
rentabilidade, bases para a expansão
auto-sustentada;
>Apoiar e participar das atividades de
organizações com interesses afins à
>Prover, com eficácia, o abastecimento
do mercado doméstico de produtos
siderurgia, no Brasil e exterior.
 
siderúrgicos na qualidade exigida, a
política econômica e industrial
preços e prazos competitivos;
>Defender políticas estáveis e não inter-
>Promover a ampliação e diversificação
do uso do aço.
vencionistas, que eliminem entraves
ao desenvolvimento e promovam
 
condições de competitividade em
meio ambiente
cenário de mercado aberto;
>Promover o desenvolvimento de
tecnologias limpas, métodos gerenciais
>Eliminar a tributação sobre
investimentos, bens de capital
e normas orientadas à operação das
e exportação;
unidades siderúrgicas em padrões
>Obter condições de financiamento
similares às praticadas no mercado
internacional.
ambientais adequados;
>Apoiar o desenvolvimento de
tecnologias que permitam a redução
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posicionamento do setor
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e o maior aproveitamento de resíduos
infra-estrutura
gerados nos processos siderúrgicos;
>Contribuir para a melhoria e adequada
regulação dos sistemas de logística
>Colaborar na elaboração de legislação
ambiental justa, equilibrada e
de transportes, de forma a promover
compatível com a realidade do País;
maior competitividade dos produtos
siderúrgicos nos mercados interno e
>Participar do esforço global para
internacional;
redução dos gases de efeito estufa.
>Assegurar o adequado atendimento das
qualidade e produtividade
demandas de redutores, energia e de
>Desenvolver e apoiar programas de
outros insumos e serviços do setor, em
qualidade e produtividade, dentro dos
termos de qualidade, confiabilidade,
melhores padrões internacionais;
quantidade e preços.
>Participar do processo de normalização
 
e certificação de interesse do setor a
recursos humanos
nível nacional e internacional.
>Promover o continuado desenvolvimento
dos seus colaboradores, de forma a
tecnologia e modernização
possibilitar crescimento pessoal e
>Operar com elevados índices de
profissional, atendendo aos padrões de
eficiência e produtividade;
>Apoiar e/ou participar de pesquisas
e desenvolvimento de produtos e
produtividade, qualidade e segurança
exigidos pelo mercado e pela sociedade;
>Apoiar medidas de menor
processos que permitam redução
regulamentação e de modernização das
de custos, melhorias de qualidade e
relações do trabalho;
menor impacto ambiental;
>Investir continuamente no
>Apoiar a modernização do sistema
previdenciário nacional, de forma
desenvolvimento tecnológico do País e
a reduzir impacto no equilíbrio das
acompanhar, de forma permanente, os
contas públicas e conseqüentes
avanços internacionais.
efeitos na economia nacional.
 
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posicionamento do setor
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Siderurgia e a Cadeia Produtiva do Aço
Siderurgia é a indústria produtora de aço, a qual engloba os processos de obtenção
de produtos à base de ferro (gusa, ferro-esponja, semi-acabados e laminados de
aços). O aço é apresentado em grande diversidade de formas e especificações,
objetivando atender à demanda de variados setores, como a indústria
automobilística, construção civil, bens de capital, máquinas e equipamentos,
eletrodomésticos, utilidades domésticas, embalagens, recipientes, entre outros.
Indústrias extrativistas
Setores Consumidores
Automotivo
Construção Civil
Embalagens e Recipientes
Fundição
Bens de Capital, Máquinas e
Equipamentos
Utilidades Domésticas e Comerciais
Metalurgia
Produção de Ferro-gusa e Ferroligas
Siderurgia (produção de aço)
Produção de Tubos (exceto s/ costura)
Metalurgia de Metais Não Ferrosos
Fundição
Co-produtos, Resíduos e Sucatas
Fluxo Simplificado de Produção
Preparação da Carga
Redução
Gusa Sólido
Refino
Aciaria
Elétrica
Sucata
Minério de Ferro
Carvão
Lingotamento
Laminação
Produtos
Laminados
Lingotamento
Redução
Aciaria
LD
Laminação
Outros
semi-integradas: produzem aço a partir da fusão de metálicos (sucata, gusa e/ou ferro-esponja) em
aciaria elétrica.
integradas: participam de todo o processo produtivo e produzem aço a partir da obtenção de
ferro-gusa líquido em alto-forno, através do aproveitamento do ferro contido no minério (redução),
com utilização de coque ou carvão vegetal como redutor. A transformação do gusa em aço (refino) é
feita em fornos a oxigênio (vasos conversores LD ou fornos EOF). Também são classificadas como
empresas integradas aquelas que não fabricam o ferro-gusa, e sim o ferro-esponja (minério de ferro
reduzido no estado sólido por processo de redução direta) fundido e refinado em forno elétrico.
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posicionamento do setor
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Reciclagem do Aço
O aço está entre os materiais mais recicláveis e reciclados do mundo. A sucata
resultante dos processos de manufatura dos bens, assim como do aço contido
nos mesmos ao final de sua vida útil, é processada pelas usinas para a fabricação
de novos aços.
Dessa forma, a produção de aço a partir de sucata proporciona redução no
consumo de matérias-primas não renováveis, economiza energia e evita a
necessidade de ocupação de áreas para o descarte de produtos obsoletos.
Mais de 20% da produção de aço do País provêm de usinas que operam fornos
elétricos cuja matéria-prima básica é a sucata ferrosa. Esse percentual está limitado
pela disponibilidade interna de sucata, devido ao histórico de baixo consumo per
Minério de f
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pelotas, c ro,
arvão
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Aço recic
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Aço rec
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capita de produtos siderúrgicos no Brasil ao redor de 110kg/hab./ano.
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Produ
20
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rú
ide
posicionamento do setor
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Sérgio
Serra circular da marcenaria em que Marta trabalha
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MARTA
Elevador do Hospital em que Flávia e Pedro trabalham
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03 Contribuição ao
Desenvolvimento Nacional
A siderurgia dispõe de capacidade para atender integralmente à demanda
interna e manter forte posição exportadora, situando-se entre os principais
setores geradores de saldo comercial do País. A capacidade de produção do
setor corresponde a mais de 50% da demanda interna, o que dá às usinas grande
flexibilidade para ajuste da sua oferta às necessidades dos clientes domésticos,
cujo atendimento é prioritário. Os programas de investimento ora em
desenvolvimento permitirão às empresas siderúrgicas manter atendimento pleno
do mercado interno e ampliar participação no mercado internacional.
Investimentos e Expansão da Produção
INVESTIMENTOS
Capacidade
106 t
Instalada Atual (início 2008)
41,0
w
Expansões Definidas
Parque Instalado (até 2013)
15,3
Novos Entrantes (até 2010)
6,8
Capacidade Prevista (até 2013)
63,1
Projetos em Estudos (após 2013)
17,5
Capacidade Prevista (2015/2016)
80,6
Desembolso
US$ bilhões
Expansões
Parque Instalado (até 2013)
Novos Entrantes (até 2010)
27, 1
5,8
Projetos em Estudos (após 2013)
12,8
Total
45,7
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contribuição ao desenvolvimento nacional
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PEdro
Flávia
Vigas da obra em que Gustavo trabalha
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04 Governança Corporativa
As empresas associadas ao ibs estão atentas às melhores práticas de governança
corporativa. A implementação e verificação periódica dessas práticas são um
caminho para que as empresas se tornem mais transparentes para os diferentes
públicos, obtenham melhores resultados da gestão e sejam mais atrativas
para investidores.
A garantia de direitos aos acionistas minoritários é prática de grande parte do setor.
O mais comum é a extensão parcial ou total, a todos os demais sócios, das mesmas
condições obtidas pelos controladores (tag along); o pagamento de dividendos
obrigatórios; e benefícios no pagamento aos titulares de ações preferenciais. Mais
de 60% das empresas possuem política de dividendos definida, assegurando o seu
pagamento de forma periódica e com um percentual mínimo estabelecido.
Entre as empresas de capital aberto do setor, duas estão no Nível 1 da bovespa,
segmento diferenciado que visa concentrar empresas que possuem boas práticas
de governança corporativa.
Todas as siderúrgicas de capital aberto proporcionam fácil acesso aos resultados
e conteúdos das reuniões e assembléias a todos os acionistas. O setor não possui
processos administrativos abertos na cvm ou judiciais contra os controladores,
conselho ou diretoria das empresas. Neste sentido, ocorreu apenas um processo
judicial relacionado à reestruturação societária no ano de 2007, já julgado e
com desfecho favorável à empresa.
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governança corporativa
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Balanço do parquinho em que a Júlia brinca
GUSTAVo
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05 Indicadores de Desempenho
do setor
Desempenho Econômico
Destaques em 2007
A siderurgia brasileira apresentou, em 2007, recordes na produção, nas vendas
internas, no consumo aparente de aço e na receita das exportações. O incremento nas
vendas internas e no consumo aparente refletiu principalmente o desempenho positivo
do setor de petróleo e gás, de máquinas industriais e agrícolas e de eletrodomésticos
e os recordes mensais consecutivos de produção do setor automotivo. Houve também
contribuição relevante do setor da construção habitacional, impulsionado pela
ampliação do crédito. As expectativas para 2008 e 2009 são igualmente positivas.
A produção de aço bruto e laminados, em 2007, apresentou crescimento de 9,3% e
10,0%
respectivamente, em relação ao ano anterior. A produção de semi-acabados para
vendas apresentou queda de 2,9%, devido à maior demanda de produtos acabados.
No mesmo período, o lucro líquido do setor apresentou crescimento de 34,84%, sendo
55,26% no setor de aços planos. Também cresceu em 33% o patrimônio líquido do
setor (aumento de 63,6% no setor de longos e de 18% no setor de planos).
Produção de Aço
(103t)
6.347
Venda de Aço
(103t)
Receita LÍquida das
Vendas e Serviços
(R$ milhões)
consumo aparente por
setores consumidores
finais (2007)
5,3% 6,1%
6.161
20,8%
23.504
25.850
30.901
33.782
2006
11.688
2007
Semi-acabados
para Venda
Laminados
Aço Bruto
17.531
2006
9.861
20.550
2007
Vendas Externas
Vendas Internas
20.510
22.726
29.320
33.752
30%
2006
2007
Setor Longos
Setor Planos
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 27
6,7%
4,3%
26,8%
Utilidades Domésticas
Comerciais
Tubos - Peq. Diâmetros
Embalagens e Recipientes
Construção Civil
Automotivo
Bens de Capital
Outros
indicadores de desempenho do setor
27
8/13/08 6:06:56 PM
Distribuição do Valor Adicionado
O valor adicionado do setor siderúrgico, em 2007, foi de R$ 31,07 bilhões, o que
representa 42,9% da receita bruta no período. Indica o valor total agregado pelas
atividades das empresas do setor e distribuído como remuneração do trabalho ou
capital dos diferentes públicos envolvidos nas várias etapas da produção.
VALOR ADICIONADO
SETOR SIDERÚRGICO (R$mil)
2006
2007
2007/
2006 (%)
(A) Receita Bruta
63.501.106
72.426.836
14,1
(B) Insumos Adquiridos de Terceiros
37.081.498
41.926.296
13,1
(C) Valor Adicionado Bruto (A-B)
26.419.608
30.500.540
15,4
(D) Retenções
3.270.683
4.096.151
25,2
(E) Valor Adicionado Líquido Produzido
pela Empresa (C-D)
23.148.925
26.404.389
14,1
(F) Transferências
Resultado da Equivalência Patrimonial
Receitas Financeiras
(G) Valor Adicionado a Distribuir (E-F)
2.708.535
4.666.018
72,3
2.306.766
4.367.396
89,3
401.769
298.622
(25,7)
25.857.460
31.070.407
20,2
Em relação a 2006, o valor adicionado a distribuir apresentou crescimento de 20,2%.
A parcela do governo representou o maior crescimento (25%), totalizando 38,5%
da distribuição do valor adicionado. Em relação à parcela de acionistas, 23,4% foi
distribuída sob a forma de dividendos e 25% foi retido para novos investimentos.
Distribuição do Valor Adicionado (%)
48,4
43,6
37
15,3
38,5
Colaboradores
Governo
Financiadores
Acionistas
14
4,1
(0,9)
2006
28
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 28
2007
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:56 PM
SETOR SIDERÚRGICO
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR
ADICIONADO (R$mil)
2006
(R$mil)
%
2007
(R$mil)
%
2007/
2006(%)
COLABORADORES
(Pessoal e Encargos)
3.947.790
15,3
4.360.149
14,0
10,4
GOVERNO
(Impostos, Taxas e
Contribuições)
9.583.742
37,0
11.976.524
38,5
25,0
2.753.558
10,6
3.231.739
10,4
17,4
1.972.178
7,6
2.876.578
9,3
45,9
ICMS
Imposto de Renda
IPI
COFINS
982.291
3,8
1.216.711
3,9
23,9
1.685.442
6,5
1.821.587
5,9
8,1
Contribuição ao INSS
437.325
1,7
489.743
1,6
12,0
Contribuição Social
703.606
2,7
1.024.575
3,3
45,6
PIS
366.033
1,4
410.797
1,3
12,2
CPMF
259.900
1,0
321.427
1,0
23,7
ISS
3.499
-
6.323
-
80,7
IPTU
40.123
0,2
39.082
0,1
(2,6)
Outros
379.787
1,5
537.962
1,7
41,6
FINANCIADORES (*)
1.057.756
4,1
(290.437)
(0,9)
-
ACIONISTAS
11.268.172
43,6
15.024.171
48,4
33,3
5.840.728
22,6
7.248.867
23,4
24,1
Juros s/ Capital Próprio e
Dividendos
Lucros Retidos (Prejuízo) do
Exercício
TOTAL
5.427.444
21,0
7.775.304
25,0
43,3
25.857.460
100,0
31.070.407
100,0
20,2
(*) Em 2007, houve efeito da valorização do real na “Remuneração dos Financiadores”.
(%)
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO %
DA RECEITA BRUTA DO SETOR
2006
2007
Valor Adicionado
40,7
42,9
Colaboradores
6,2
6,0
Governo
15,1
16,5
Financiadores
1,7
(0,4)
Acionistas
17,7
20,8
Juros s/ Capital Próprio e Dividendos
9,2
10,0
Lucros Retidos (Prejuízo) do Exercício
8,5
10,8
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 29
indicadores de desempenho do setor
29
8/13/08 6:06:56 PM
Impactos Econômicos Indiretos Significativos
Considera-se impacto econômico todo o tipo de mudança no sistema produtivo
da economia que tenha reflexo no bem-estar e desenvolvimento da sociedade
em longo prazo. Os impactos econômicos indiretos decorrem dos impactos
diretos das atividades da empresa e do fluxo de recursos entre ela e as
partes interessadas.
Atualmente, 64% das empresas siderúrgicas realizam sistemático mapeamento
e avaliação dos impactos econômicos indiretos decorrentes de suas operações,
com destaque nas comunidades próximas às usinas. Estes mapeamentos são
importantes para a percepção quanto ao impacto de suas atividades e definição
de ações pertinentes.
Entre os principais impactos econômicos indiretos identificados no período,
destaca-se o crescimento do número de empresas processadoras de aço que se
instalam nas proximidades das usinas, promovendo maior geração de empregos,
melhoria na qualificação profissional e desenvolvimento das comunidades
dessas áreas.
30
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 30
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:56 PM
Trilho do trem que transporta a
carga pela qual Augusto é responsável
Júlia
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 31
8/13/08 6:06:57 PM
Desempenho Ambiental
Gestão Ambiental e Investimentos
As empresas siderúrgicas buscam aperfeiçoar continuamente a ecoeficiência de seus
processos e produtos. Adotam medidas que visam à proteção do meio ambiente,
norteadas não só pela legislação ambiental como por referências das melhores
tecnologias e práticas operacionais. Atuam em conjunto com universidades e outras
instituições de pesquisa, com o objetivo de desenvolver tecnologias mais limpas e
processos técnica e ambientalmente mais eficientes.
Ao longo de 2007, as iniciativas relacionadas ao meio ambiente demandaram
investimentos superiores a R$ 570 milhões. Esse montante foi aplicado em ações
voltadas à melhoria dos índices de desempenho ambiental das operações e em projetos
de preservação do meio ambiente.
Os Sistemas de Gestão Ambiental de todas as empresas do setor estão certificados
segundo a norma nbr iso 14001.
Materiais
As empresas têm reduzido, de forma sistemática, o consumo de recursos naturais
não renováveis por meio da maior eficiência no uso desses recursos e aumento da
reciclagem de materiais gerados no processo produtivo.
Consumo especÍfico de matÉrias-primas (t/t de aço)
Carvão Mineral
Coqueificável
Coque
32
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 32
1,123
1,098
1,035
0,015
0,016
2006
2005
2004
2007
2006
2005
0,009
0,007
2004
2007
2006
0,281
2007
0,293
2005
2007
2006
2004
0,288
0,287
0,381
2005
2004
0,381
Minério de Manganês
1,187
0,395
0,382
Minério de Ferro
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:58 PM
Ferro-gusa
0,827
0,829
Sucata de Ferro
e Aço
0,276
0,262
Calcário
0,055
0,042
0,257
Ferroligas
2007
2006
2007
2004
0,037 0,036
2006
2004
2007
2006
2005
0,258
2005
0,803
2005
0,813
2004
Dolomita
Ferro-esponja
0,156
0,012
2007
2005
2007
2006
0,010
0,015
2006
0,016
2005
2007
2006
2005
2004
0,016
0,131
2004
0,013 0,013
0,017
0,133
2004
0,150
Energia
O setor siderúrgico opera diferentes rotas tecnológicas para produção de aço.
As usinas integradas partem do minério de ferro e utilizam o carvão mineral,
carvão vegetal ou gás natural como elemento energético e redutor do minério para
transformá-lo em ferro-gusa. As semi-integradas têm como matérias-primas básicas
a sucata, gusa e/ou ferro-esponja, utilizando energia elétrica no processo de fusão.
Em função das características de seus processos produtivos, a indústria siderúrgica é
intensiva em energia. Em termos globais, apresenta consumo médio equivalente a
19
gj por tonelada de aço, na forma de energia e redutores.
Predomina na estrutura produtiva da siderurgia brasileira a rota tecnológica integrada
à base de carvão mineral, representando cerca de 80% da produção total de aço do País.
O carvão vegetal é outro redutor e energético utilizado de forma crescente no País,
o que o diferencia em relação à siderurgia de outros países. O uso desse recurso natural
renovável, proveniente de florestas plantadas, constitui importante alternativa ao
equacionamento do problema de emissão de gases de efeito estufa pelo setor.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 33
indicadores de desempenho do setor
33
8/13/08 6:06:58 PM
Sua utilização, de forma compatível com as exigências da legislação ambiental,
requer mecanismos cada vez mais rigorosos de controle de origem e de
monitoramento das condições de produção do carvão adquirido no mercado.
Todas as empresas do setor atuam para reduzir o consumo de energia e
maximizar a eficiência energética. As iniciativas compreendem a reforma,
modernização e substituição de equipamentos; programas de treinamento e
sensibilização de colaboradores; além de redesenho de processos e substituição
de insumos. A instituição de comissões internas de conservação de energia é
prática comum entre as empresas do setor.
A implantação de centrais termoelétricas e sistemas de recuperação energética,
que aproveitam gases gerados no processo produtivo, proporcionou aumento da
capacidade de geração própria de energia elétrica pelas empresas. Atualmente, a
geração própria representa mais de 30% da energia elétrica consumida no setor.
GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA
ELÉTRICA (GJ)
MATRIZ ENERGÉTICA (2007)
Oxigênio
Carvão
3%
12%
Óleo
3%
Gás Natural
Termoelétrica
Coque de Petróleo
0%
Energias
Alternativas
¹Inclui toda a energia
elétrica comprada
Energia elétrica
Geração Própria
Comprada
34
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 34
22.911.591
4%
4%
1%
15.095.264
Hidrelétrica¹
60%
16.294.331
Carvão Vegetal
5%
13.783.597
GLP
8%
2004
2005
2006
2007
2004
2005
2006
2007
13.783.597
16.294.331
15.095.264
22.911.591
42.068.603
41.261.576
40.231.850
44.487.957
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:58 PM
augusto
Dutos da plataforma em que Francisco trabalha
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 35
8/13/08 6:06:59 PM
Água
A água é um insumo essencial e estratégico para a siderurgia. Ao todo, cerca de 16
milhões de metros cúbicos de água circulam por dia nas unidades de produção das
siderúrgicas brasileiras. Em função dessa magnitude, diferentes iniciativas vêm sendo
empreendidas visando à racionalização do uso da água. A principal delas é o aumento
do índice de recirculação, atualmente da ordem de 94%, ou seja, aproximadamente
15
milhões de metros cúbicos circulam por dia em circuito fechado nas unidades de
processo do setor, reduzindo consideravelmente a captação nos corpos d’água e situando
as empresas brasileiras entre as de melhores índices no cenário mundial.
A captação total de água (doce + salobra/salgada) do setor foi de aproximadamente 2,4
milhões de metros cúbicos por dia, dos quais 61% são água salobra/salgada usada nos
sistemas de refrigeração. Isto representa um consumo específico de água de 14m3/
tonelada de aço. O consumo específico de água doce é de 10m3/tonelada aço.
O processo de ajuste da metodologia de levantamento das informações alterou a forma
de compilação dos dados, em 2007, segmentando o uso de água em duas categorias:
doce e salobra/salgada. Porém, de forma a não inviabilizar a análise da evolução
histórica desses indicadores, optou-se por apresentar, neste relatório, os dois resultados,
um segundo os critérios utilizados no passado e outro conforme os critérios definidos a
partir de 2007. Dessa forma, os dados deste relatório diferem do seu correspondente na
edição anterior.
Índice de recirculação de
água doce¹
89%
89%
90%
Uso específico de água doce²
(m³/ton de aço bruto)
92%
14,99
15,85
14,94
14,19
94%
10,05
2004³
2005³
2006³
2007
2004³
2005³
2006³
Série
histórica³
Somente
água doce
2007
¹Total de água doce recirculada / Total de água doce utilizada (captada + recirculada).
²Considera somente a água doce captada e adquirida. Não considera água recirculada.
³Nos anos anteriores a 2007, uma das empresas do setor havia considerado a água salgada/salobra utilizada.
36
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 36
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:59 PM
As empresas têm como meta zerar o lançamento de efluentes nos corpos d’água e
por isso investem em estações para seu tratamento e sua reutilização. No ano de 2007,
a vazão total dos efluentes industriais das empresas foi de aproximadamente
326 milhões de metros cúbicos, o que representou apenas 6% do volume total de
água usada no processo no mesmo período.
O investimento e a atenção permanente à circulação da água em circuitos fechados e
ao reaproveitamento da água captada têm gerado importante redução na vazão de água
captada, aumentando sua disponibilidade para os demais usos.
Outras iniciativas compreendem o aprimoramento das tecnologias de tratamento de
efluentes e investimentos na preservação da qualidade e disponibilidade dos corpos
hídricos, como, por exemplo, projetos de recuperação de matas ciliares, para evitar
o assoreamento dos rios.
O IBS tem sido atuante nas discussões para definição dos instrumentos legais
relacionados ao uso da água. Como membro do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (cnrh) e de alguns Comitês de Bacia Hidrográfica, participa da
regulamentação dos instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos,
com vistas a harmonizar os múltiplos usos da água, evitando conflitos, bem como a
assegurar a disponibilidade e a qualidade da água necessária à produção do aço.
461.527.444
2005²
2006²
538.760.104
501.168.719
2004²
339.478.569
493.420.618
Total de água nova utilizada
(captada e/ou adquirida – m³)
Água Doce
Água Salgada /Salobra¹
2007
¹O volume total de água salgada/salobra captada passou a ser monitorado pelo Instituto apenas
a partir de 2007.
²Nos anos anteriores a 2007, apenas uma das empresas do setor incluiu a água salgada /salobra
utilizada no volume de água nova utilizada.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
37
8/13/08 6:06:59 PM
Resíduos e Co-produtos ¹
O setor adota práticas que promovem reciclagem e reutilização dos resíduos gerados pelos
processos produtivos, de forma a minimizar os impactos ambientais e reduzir os custos
relativos à disposição em aterros. As empresas siderúrgicas têm realizado diversas pesquisas
em conjunto com universidades e instituições tecnológicas para o desenvolvimento de
alternativas técnica, ambiental e economicamente viáveis para utilização de resíduos,
transformando-os em co-produtos do processo de produção de aço.
Geração Específica de
Resíduos e Co-produtos¹
(t/t de aço bruto)
0,517
0,613
0,080
0,046
0,045
0,043
2007
2006
0,367
siderúrgico, a geração de resíduos e co-produtos
está presente de forma significativa nas
2007
Resíduos e co-produtos
gerados (2007)
6%
Disposição Final
ao IBS. Os principais resíduos e co-produtos
gerados são: finos e pós, oriundos de sistemas de
despoeiramento; lamas das estações de tratamento
Reaproveitamento¹
94%
¹Inclui reciclagem, reuso, reutilização,
co-processamento e compostagem.
Definição de resíduo fica restrita aos materiais que não têm utilização técnica e economicamente viável. Co-produtos são
materiais gerados secundariamente em operações industriais para os quais foram desenvolvidas tecnologias que permitem
sua utilização, de forma ambientalmente adequada, como matéria-prima ou fonte de energia.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 38
2006
¹Apenas o dado de 2007 considera a
categoria “outros” no total de resíduos / co-produtos gerados no ano.
²Em 2007, uma das empresas do setor internamente considerou na categoria
Finos e Pós os resíduos gerados no
Shredder.
³Considera apenas a sucata gerada internamente.
atividades de todas as empresas associadas
38
2005
2007
2006
2005
0,327
2005
2004
2007
0,304
0,268
Em decorrência das características do processo
1
0,049
Geração Específica de
Agregados Siderúrgicos
(t/t de aço bruto)
0,096
0,085
2005
0,105
0,098
0,051
0,032
2006
Geração Específica de
Sucata de Ferro e Aço³
(t/t de aço bruto)
2004
2007
2006
2005
2004
0,031
2004
Geração Específica
de Finos e Pós²
(t/t de aço bruto)
2004
0,437
0,498
Geração Específica
de Lamas
(t/t de aço bruto)
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:59 PM
de águas e efluentes; sucatas de aço; agregados siderúrgicos oriundos dos altosfornos, fornos elétricos de redução e aciarias (elétrica e LD); subprodutos do processo
carboquímico e outros (carepas, refratários, borras, etc.).
Em 2007, o setor siderúrgico gerou cerca de 21 milhões de toneladas de resíduos e
co-produtos, o que representou 613 kg/t de aço produzido. Do total gerado, 97% são
classificados como materiais não perigosos quando ensaiados de acordo com a norma
abnt nbr 10004. Os 3% restantes são utilizados como matérias-primas para outros
processos ou dispostos de forma compatível com as exigências da legislação ambiental.
A gestão dos resíduos inclui medidas voltadas ao aumento da eficiência dos processos,
de modo a reduzir sua geração e dar-lhes destinação adequada, priorizando sua
recuperação, reutilização ou reciclagem. Em 2007, 94% dos materiais gerados pelas
empresas do setor foram reaproveitados, no próprio processo ou por terceiros, e apenas
6% foram dispostos em aterros ou incinerados, seguindo procedimentos autorizados
pelos órgãos competentes.
Do total de resíduos e co-produtos gerados, os agregados siderúrgicos representaram o
maior percentual, 60%. A sucata de ferro e aço representou 14% deste total, e os demais
26% dividiram-se entre finos, pós, lamas e outros. Cerca de 81% do total de agregados
siderúrgicos foram comercializados, principalmente para a produção de cimento e para
uso como base e sub-base de estradas.
Geração de resíduos
por tipo (2007)
Destinação do Agregado
Siderúrgico (2007)
5% 2% 2%
1%
9% 2%
7%
8%
13%
6%
31%
60%
Agregados Siderúrgicos
Sucata de Ferro e Aço¹
Outros
Finos e Pós
Lamas
¹Inclui somente a sucata
produzida internamente.
59%
81%
14%
Bases e Sub-bases
de Estrada
Produção de Cimento
Venda (Reciclagem e Reutilização)
Asfalto
Doação
Preparação de
Terrenos/Aterros
Lastro Ferroviário
Estoque
Fertilizantes
Reciclagem e Reutilização Interna
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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Principais Utilizações do
Agregado Siderúrgico (2007)
indicadores de desempenho do setor
39
8/13/08 6:06:59 PM
Outro exemplo de co-produtos gerados no processo são aqueles oriundos das
unidades carboquímicas. Nessas unidades são produzidos benzeno, tolueno, xileno
e alcatrão, vendidos, em geral, para empresas do setor químico.
Em 2007, a comercialização de co-produtos do processo siderúrgico gerou receita
de R$ 571 milhões.
Outros resíduos, como pós e lamas coletados nos sistemas de despoeiramento e nas
estações de tratamento de efluentes, são também objeto de pesquisas, com o objetivo
de desenvolver alternativas para sua utilização com viabilidade técnica e econômica.
Emissões
O uso de insumos com alto teor de carbono, como, por exemplo, o carvão usado
como redutor de minério de ferro para produção de ferro-gusa, gera emissões de
co2, que é um dos gases de efeito estufa.
Como ainda não há alternativas viáveis para substituição em larga escala de carvão
mineral por outro redutor, existe, no presente, limitação para redução substancial
das emissões de co2.
O controle adequado e a implementação de iniciativas que promovam a redução
gradual dessas emissões têm recebido especial atenção do setor.
Entre as práticas adotadas, destacam-se a recuperação de gases gerados no
processo produtivo para co-geração de energia elétrica, a implantação de
alto-fornos a carvão vegetal e a substituição de óleo combustível por gás natural.
Vários dos projetos desenvolvidos pelo setor para a redução das emissões de co2
foram encaminhados ao Governo, visando à obtenção de créditos de carbono,
segundo os critérios do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
40
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:06:59 PM
Cabo de aço da colônia de férias do Lucas
francisco
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 41
8/13/08 6:07:00 PM
Desempenho Social
Público Interno
O ano de 2007 foi marcado pela continuidade da expansão da oferta de empregos
no setor siderúrgico brasileiro. Ao final do período, as empresas associadas ao
ibs contavam com um total de 121.597 colaboradores, incluindo o efetivo próprio
(empregados das empresas) e o efetivo de terceiros (empregados de empresas
contratadas). Esse valor representa um aumento de aproximadamente 9% em relação
ao último ano, acumulando crescimento de 35% na oferta de postos de trabalho no
setor, ao longo dos três últimos anos.
O efetivo próprio representa a maior parte desses colaboradores, porém os últimos
anos indicam trajetória de crescimento da participação de terceiros no total. Ao final
de 2007, o efetivo próprio representava 53% do total de colaboradores, redução de
dois pontos percentuais em relação ao ano anterior.
47%
67%
62%
55%
53%
Efetivo
de Terceiros
Efetivo
Próprio
2004 2005 2006 2007
2004 2005 2006 2007
Efetivo de Terceiros
efetivo de terceiros por área de atuação
57.122
49.954
37.439
29.460
2%
12%
2004 2005 2006 2007
42
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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64.475
45%
61.603
38%
60.819
33%
Efetivo PrÓprio
60.328
Total de colaboradores
86%
2%
10%
19%
14%
18%
20%
63%
66%
88%
Produção (Direto
com Manutenção)
Apoio à Produção
(Indireto)
Expansão
2004 2005 2006 2007
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:01 PM
A crescente complexidade e diversidade das operações siderúrgicas demanda recursos
humanos especializados, nem sempre requeridos pelas empresas com freqüência que
justifique sua contratação direta. A solução adotada tanto pelas empresas brasileiras
como no resto do mundo é a terceirização dessas atividades, possibilitando assim
operação mais econômica e melhor utilização dessa mão-de-obra especializada
pelo sistema produtivo.
Mapeamento do Efetivo Próprio
Os indicadores do efetivo próprio permitem avaliar as iniciativas que vêm sendo
implementadas ou mesmo evidenciar eventuais oportunidades de ação das empresas
em relação a alguns aspectos que historicamente representaram entraves, em maior ou
menor grau, de determinados grupos sociais ao mercado de trabalho.
Isoladamente, nenhum desses indicadores dá conta de avaliar ou indicar um caminho
a ser seguido. Eles representam, porém, um importante componente para planejamento
e avaliação das práticas de gestão de recursos humanos das empresas do setor.
Se por um lado há a oportunidade de participação das empresas na criação de
mecanismos inclusivos, com reflexo na organização da sociedade a longo prazo,
por outro, há a necessidade imediata de reconhecimento e combate a processos
discriminatórios não explícitos.
Como forma de combater a discriminação, a maior parte (90%) das empresas do setor
aborda o assunto em seus códigos de ética ou conduta empresarial, que são divulgados
a todos os colaboradores. Em algumas empresas, o combate à discriminação é abordado
também em programas de treinamento dirigidos aos colaboradores em cargos de
liderança e explicitado nas políticas e procedimentos de gestão, de forma a influenciar
os processos de recrutamento e seleção, remuneração, promoção e desligamento de
profissionais.
Cerca de 70% das empresas associadas ao IBS declaram ainda desenvolver iniciativas
para valorização da diversidade, como forma de atuar pela inclusão de grupos sociais
que enfrentam restrições históricas no acesso ao mercado de trabalho. Entre as
iniciativas, estão os programas de inclusão de pessoas com deficiência. Além de cumprir
a legislação, as siderúrgicas desenvolvem programas para capacitar essas pessoas.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
43
8/13/08 6:07:01 PM
Gênero
Em 2007, o número de mulheres no efetivo próprio evoluiu de 3.928 no ano anterior
para 4.871. Dessa forma, a participação cresceu para 8%, contra 6% em 2006.
A maior participação das mulheres acontece nos cargos de nível superior, nos quais
elas representam 29% do efetivo.
Efetivo PrÓprio
por gênero
8%
6%
Efetivo PrÓprio por cargo e gênero (2007)
Diretoria
Não-estatuária
Gerência
7%
94%
92%
2006
2007
100%
Administrativo
93%
Supervisão
4%
96%
Nível Superior
29%
29%
71%
Técnico Nível Médio
8%
71%
Operacional
1%
Homens
Mulheres
92%
44
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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99%
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:01 PM
Balança do consultório da Fernanda
lucas
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8/13/08 6:07:02 PM
Cor / Raça
Aproximadamente 54% das empresas do setor informaram os dados relativos a
mapeamento de cor/raça do efetivo próprio. Entre elas, três empresas afirmaram ter
levantado os dados por meio de processo que considera o critério de autodeclaração,
segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ibge),
e uma realizou esse mapeamento por meio de um censo de seus colaboradores.
Nas empresas que têm os dados de cor/raça devidamente registrados, observa-se
predominância de pessoas da cor branca (64,38%).
Efetivo Próprio por cor /
raça¹ (2007)
As pessoas negras (pretas e pardas) representam
35,33%, as amarelas, 0,25% e as indígenas, 0,04%.
0,25% 0,04%
Brancos
Pretos
Pardos
Amarelos
Indígenas
27,33%
Os dados históricos indicam pequenas variações na
distribuição do perfil cor/raça do setor ao longo dos
últimos quatro anos, entretanto, houve um aumento
de 1,7% do grupo de pessoas declaradas pretas em
relação ao ano anterior.
Efetivo Próprio
por cor / raça
2004
8%
64,38%
¹ Considera dados de 7 empresas, totalizando 28.864 empregados
(44,8% do efetivo próprio total do setor).
Brancos
Pretos
Pardos
Amarelos
Indígenas
63,59%
5,48%
30,64%
0,28%
0,01%
2005
63,28%
5,71%
30,70%
0,28%
0,03%
2006
62,49%
7,83%
29,39%
0,27%
0,02%
2007
64,38%
8,00%
27,33%
0,25%
0,04%
Observações: considera dados de 7 empresas, totalizando 28.864 empregados (44,8% do efetivo próprio
total). Dados de 2006 ajustados devido a melhorias no processo de levantamento de dados.
Faixa Etária
Em relação ao perfil etário do efetivo
próprio, no setor siderúrgico brasileiro,
Efetivo Próprio por faixa
etária (2007)
8% 4%
apresentam participação similar as três
faixas definidas para pessoas de 21 a 50
31%
28%
anos. Este conjunto representou 88%
do total, no ano de 2007.
46
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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Até 21 anos
21 a 30
31 a 40
41 a 50
Acima de 50
29%
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:02 PM
Escolaridade
A maior parte (86,4%) do efetivo próprio
do setor no final de 2007 tinha, no
mínimo, o ensino médio completo.
Efetivo PRóprio por nível de
escolaridade (2007)
4,16% 0,03%
13,58%
14,46%
Desse total, 14,5% completaram
também o ensino superior.
Analfabetos
Ensino Fundamental
Os dados históricos indicam elevação
Ensino Médio
Ensino Superior
Pós-graduação
gradual do nível de escolaridade
67,77%
dos colaboradores do setor nos
últimos quatro anos, demonstrada
principalmente pelo aumento de efetivos
com ensino médio completo.
Efetivo
Próprio por
escolaridade
Analfabetos
Ensino
Fundamental
Ensino
Médio
Ensino
Superior
Pósgraduação
2004
0,07%
20,62%
60,68%
15,27%
3,36%
2005
0,03%
18,66%
62,41%
15,41%
3,49%
2006
0,002%
13,88%
66,51%
14,53%
5,08%
2007
0,03%
13,58%
67,77%
14,46%
4,16%
Observação: dados de 2006 ajustados devido a melhoramentos no processo de levantamento de
dados.
Investimentos em Educação
No ano de 2007, os investimentos
em educação realizados pelas
investimentos em educação (r$mil)
ano anterior.
7.972
aos investimentos realizados no
6.406
crescimento de 24,4% em relação
9.524
R$ 8 milhões, representando
10.084
empresas do setor totalizaram
2004 2005 2006¹ 2007
¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes
realizados pelas empresas no processo de levantamento
de dados de 2007.
Fonte: Distribuição do Valor Adicionado
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
47
8/13/08 6:07:02 PM
Tempo de Empresa
Do efetivo próprio do setor siderúrgico
ao final de 2007, 45% tinham mais de
11
Efetivo PRóprio por tempo
de empresa (2007)
anos de trabalho na empresa. Apesar
da pequena diferença na distribuição
3%
17%
Até um ano
20%
2 a 5 anos
entre as faixas pesquisadas, a maior
6 a 10 anos
21%
concentração (22%) de pessoas estava
11 a 20 anos
21 a 30 anos
22%
na faixa entre 11 e 20 anos de trabalho
Acima de 30 anos
17%
na empresa.
Pessoas com Deficiência
Entre os profissionais contratados pelas empresas siderúrgicas, 614 têm algum tipo
de deficiência. Esse grupo representa 1% do total de empregados do setor e reflete o
compromisso das empresas pela inclusão de pessoas com deficiência.
No período, 76% das empresas associadas ao ibs implementaram ou deram
continuidade a programas voltados à criação de oportunidades para pessoas com
deficiência, envolvendo iniciativas de capacitação e treinamento.
COLABORADORES
COM DEFICIÊNCIA
2007
Auditiva
Física
Mental
Múltipla
Visual
Total
384
229
0
1
0
614
Treinamento e Desenvolvimento
No ano de 2007, o setor siderúrgico nacional investiu R$ 65,6 milhões em
treinamentos, cursos e outras iniciativas voltadas à capacitação dos profissionais
contratados. Este valor representa queda de 1%, reflexo dos programas de
desenvolvimento realizados por todas as empresas do setor em anos anteriores.
Esses programas – que contemplam tanto cursos internos quanto apoio financeiro
para formação externa – proporcionam aos colaboradores oportunidades de
desenvolvimento de conhecimentos e ampliação das competências.
48
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:02 PM
Além dos programas de capacitação e desenvolvimento profissional, 46% das empresas
do setor realizam treinamentos específicos em políticas e procedimentos relativos a
aspectos de direitos humanos. Os temas, em geral, são abordados nos treinamentos
sobre os códigos de conduta e ética empresarial, nos programas de inserção de pessoas
com deficiência e em processos de educação corporativa.
As empresas mantêm também programas de estágio e trainee. Em 2007, 2.178 pessoas
participaram desses programas. Os programas de estágio envolveram 1.825 pessoas,
entre estudantes do nível médio e superior, dedicados tanto em período integral
quanto parcial (4 horas).
Em 2007, 868 jovens aprendizes integraram o quadro de colaboradores do setor.
Esses jovens, entre 14 e 24 anos, foram contratados de acordo com a Lei da
Aprendizagem (nº 10.097/2000, alterada pela Lei nº 11.180/2005).
2004 2005 2006¹ 2007
¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes
realizados pelas empresas no processo de
levantamento de dados de 2007.
Fonte: Distribuição do Valor Adicionado
2004
2005
2006
1.825
353
2.784
311
2.711
712
2.456
trainees e estagiários
432
65.623
66.364
64.398
60.309
investimento em treinamento e
desenvolvimento profissional (r$mil)
2007
Trainees
Estagiários
Estagiários (2007)
6%
Estagiário Nível Médio (4 horas)
45%
Estagiário Nível Médio (8 horas)
Estagiário Nível Superior (4 horas)
45%
Estagiário Nível Superior (8 horas)
4%
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
49
8/13/08 6:07:03 PM
Remuneração e Benefícios
O setor siderúrgico registrou, em 2007, um aumento de aproximadamente 14% nas
despesas totais com pessoal, totalizando R$ 4,2 bilhões. Esse valor inclui salários,
honorários, férias, encargos sociais compulsórios e benefícios voluntários. Entre
os benefícios oferecidos, assistência hospitalar e seguro de vida em grupo são
proporcionados por todas as empresas. Destacam-se ainda alimentação, assistência
odontológica, previdência privada e assistência oftalmológica, que são oferecidos
por grande parte das empresas associadas ao ibs.
Nos programas de participação nos lucros ou resultados, foram distribuídos
R$ 528,2 milhões para os colaboradores, o que representa um aumento de 24,7%
em relação ao ano anterior.
90% das empresas do setor têm políticas e práticas para promover a não-discriminação
e a eqüidade na remuneração dos empregados. Entretanto, os dados ainda refletem
uma situação de desequilíbrio na remuneração de homens e mulheres nos diferentes
cargos ou funções.
2004 2005 2006 2007
528.212
423.740
492.657
PLR (R$mil)
504.162
4.233.825
3.706.977
3.527.166
3.111.725
Folha de Pagamento (R$mil)
2004 2005 2006¹ 2007
839.598
786.139
828.537
782.535
Outros BenefÍcios (R$mil)
2004 2005 2006¹ 2007
50
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes
realizados pelas empresas no processo de
levantamento de dados de 2007.
Fonte: Distribuição do Valor Adicionado
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:03 PM
salário médio por cargo e gênero
2006
4.536
2.963
5.094
4.159
2007
2006
1.599
Operacional
921
2.802
2.491
2.055
2.327
2007
4.747
4.005
2006
1.336
2007
Técnico Nível Médio
2006
2007
Nível Superior
1.989
1.927
1.889
1.921
Administrativo
2006
4.298
2.974
10.145
2007
1.506
2006
Supervisor
7.808
9.156
7.508
Gerente
Mulheres
Homens
2007
Saúde e Segurança
Promover a saúde e a segurança no ambiente de trabalho é uma prioridade para o setor
siderúrgico. O cuidado realizado neste sentido ocorre tanto nas áreas administrativas,
quanto nas unidades industriais.
Todas as empresas possuem comitês formais de saúde e segurança, formados por
gestores e trabalhadores, que auxiliam o monitoramento e aconselhamento da
segurança no ambiente de trabalho. As comissões internas de prevenção de acidentes
(CIPA) realizam reuniões periódicas, nas quais são levantadas as necessidades dos
empregados em relação ao tema e elaborados planos de ação e implementação.
São também práticas comuns a todas as empresas do setor a formalização de políticas
e procedimentos para registros e notificação de acidentes, a elaboração de estratégias
para situações emergenciais, bem como a manutenção de práticas permanentes
voltadas à melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
51
8/13/08 6:07:03 PM
No ano de 2007, foram realizadas diferentes iniciativas na área de saúde e
segurança, entre as quais se destacam as campanhas, palestras, treinamentos
e sensibilizações, inspeções e relatórios, programas de melhoria da qualidade
de vida, além dos exames médicos realizados para monitoramento das condições
de saúde dos colaboradores. Destaca-se, em 2007, a formalização em todas as
empresas de um protocolo de práticas e diretrizes em relação ao ruído no
ambiente de trabalho.
Doenças graves como hiv/Aids, diabetes, ler e stress recebem especial atenção
em todas as empresas. São realizadas iniciativas de educação e treinamento,
aconselhamentos, programas de prevenção e controle de risco e tratamento.
A maior parte dessas iniciativas beneficia o efetivo próprio e seus familiares,
sendo que algumas delas – principalmente as que envolvem campanhas de
educação e treinamento – voltam-se ainda às comunidades próximas às áreas
de operação das empresas.
Acidentes – Efetivo PrÓprio (2007)
394
150
85
86
Com Perda de Tempo
Sem Perda de Tempo
Na Empresa
0
3
No Trajeto
Fatais
Acidentes – Efetivo de Terceiros (2007)
417
173
60
Com Perda de Tempo
52
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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46
Sem Perda de Tempo
Na Empresa
6
0
No Trajeto
Fatais
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:03 PM
FERNANDA
Brinquedo do Guilherme
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8/13/08 6:07:04 PM
Produtos, Clientes e Consumidores
A especificação dos produtos siderúrgicos objetiva atender da melhor forma as
finalidades para as quais se destinam, sem danos à saúde e segurança dos usuários.
Nesse sentido, avaliações dos impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos são
realizadas por seis empresas do setor. Esses estudos contemplam diferentes etapas,
que vão desde o desenvolvimento do conceito do produto até o consumo final,
disposição e reutilização. As avaliações são embasadas por critérios particulares
definidos pelas empresas, como, por exemplo, o diagnóstico de substâncias nocivas
em matérias-primas e insumos, o controle de níveis de algumas substâncias ou a
análise de eventuais contaminações em sucatas recebidas e em produtos enviados
aos clientes. Algumas empresas também possuem certificações específicas que
garantem a conformidade de toda a sua linha de produtos. Em geral, o setor não
apresenta problemas relacionados à proibição de venda nos mercados onde atua.
Além das análises técnicas, a manutenção de uma relação próxima com seus clientes
e consumidores é um aspecto relevante para o setor. Com o objetivo de melhorar
a qualidade das relações construídas com este público, nove empresas possuem
práticas e/ou políticas formais para avaliação de satisfação. São realizadas pesquisas
que utilizam metodologias diferenciadas, como questionários e acompanhamentos
sistemáticos. Além desses meios, algumas empresas utilizam indicadores
específicos, realizam análises de performance de entrega e acompanham o número
de reclamações. Todas as avaliações realizadas apresentaram resultados positivos.
54
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:04 PM
Fornecedores
A seleção e o desenvolvimento de fornecedores é aspecto fundamental na atuação
das empresas siderúrgicas brasileiras. Cientes dos riscos e oportunidades
que o fornecimento de insumos, matérias-primas e serviços representa para a
sustentabilidade da cadeia produtiva do aço e atendimento ao mercado, as empresas
do setor mantêm programas de certificação de fornecedores.
Às políticas e práticas relacionadas à seleção de fornecedores, as empresas do setor
incorporam aspectos relacionados à qualidade, segurança e meio ambiente –
na maior parte das vezes, seguindo diretrizes de normas certificadoras já
implementadas –, além de outros requisitos como custo, prazos e a idoneidade da
empresa contratada.
Em algumas empresas, essas práticas têm sido acompanhadas de atenção ainda maior
em relação a aspectos sociais, de ética e conduta empresarial, direitos humanos e de
participação no desenvolvimento local.
A maior parte (90%) das empresas inclui as políticas e critérios para o relacionamento
com os fornecedores em seu código de conduta ou declaração de valores. Mais de 60%
das empresas que compõem o setor possuem ainda política explícita ou programa
específico de responsabilidade social empresarial para a cadeia de fornecedores,
mantendo diálogo com esse público, visando ao alinhamento da atuação das
empresas nos aspectos relacionados à sustentabilidade. Algumas empresas (36%) já
estabeleceram prazos formais para que seus fornecedores entrem em conformidade
com seus critérios de responsabilidade social, monitorando essa adequação por meio
de visitas e inspeções.
Mais de 60% das empresas possuem políticas que favorecem o desenvolvimento e
fortalecimento dos fornecedores locais. Dados relativos a oito empresas mostram que,
em 2007, mais de 79% das compras foram realizadas em fornecedores locais ou
do mesmo estado. As práticas incluem, em sua maioria, o oferecimento de cursos,
palestras e encontros com pautas relacionadas a aspectos de qualidade, saúde
e segurança e de gestão com foco no aumento da competitividade dos produtos
e serviços oferecidos.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 55
indicadores de desempenho do setor
55
8/13/08 6:07:04 PM
Em alguns casos, essas iniciativas são desenvolvidas junto a outros parceiros e
instituições. Um exemplo é o prodfor, Programa Integrado de Desenvolvimento
e Qualificação de Fornecedores, no estado do Espírito Santo, do qual participam
algumas empresas do setor, junto a diversas outras empresas instaladas na região.
Essas iniciativas potencializam a sustentabilidade na complexa cadeia de negócios
do setor siderúrgico.
Fornecedores Locais
56
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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412,25
1.626,69
Total de compras (R$ milhões)*
Outros Fornecedores
*Considera informações de
8 empresas do setor.
indicadores de desempenho do setor
8/13/08 6:07:05 PM
Comunidade e Sociedade
compromissos éticos e conduta
O setor siderúrgico reconhece seu papel na promoção de mudanças na sociedade
e contribuição ao desenvolvimento do País. A atuação baseada na conduta ética
e transparente é essencial para que este papel de agente de transformação possa
realmente ser legitimado pela sociedade.
A adoção de valores e princípios éticos permeia a atuação de todas as empresas
do setor. 60% possuem código de conduta e mantêm programas de orientação
e treinamentos para os empregados de todos os níveis hierárquicos. Há 30% que,
além disso, envolvem outras partes interessadas. Para os 10% restantes, já há valores
formalizados em cartas de princípios, mas em início do processo de incorporação.
Mais de 60% das empresas do setor possuem políticas e procedimentos formais que
tratam de práticas anticorrupção, compreendendo canais de denúncia, viabilizando
o tratamento adequado de casos que eventualmente envolvam a empresa
ou seus colaboradores.
políticas públicas
A siderurgia brasileira também busca criar oportunidades e estimular o
desenvolvimento da sociedade através da participação em diferentes grupos e
instituições envolvidos com a elaboração de políticas públicas. Aproximadamente
69% das empresas do setor declaram participar direta ou indiretamente da
elaboração de políticas, com diferentes formas de engajamento. Alguns exemplos
desse envolvimento são, além de defesa e promoção dos interesses específicos do
setor siderúrgico, participação em comissões para o desenvolvimento regional e
discussão da legislação socioambiental, implementação de agenda 21 municipal,
bem como outras ações de investimento social. A participação em políticas públicas
é também parte destacada das atividades do ibs, que atua de forma pró-ativa em
diversos fóruns que tratam de temas de interesse nacional, como o conama,
pbqp-h, fóruns de competitividade do mdic, conselhos empresariais nacionais
e internacionais, entre outros.
relatório de sustentabilidade IBS 2008
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indicadores de desempenho do setor
57
8/13/08 6:07:05 PM
pactos e iniciativas voluntárias
Algumas empresas participam de pactos e iniciativas voluntárias voltadas à
mobilização da comunidade empresarial para a adoção de valores fundamentais em
suas práticas de negócios.
O Pacto Global, uma iniciativa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas
(onu) que apresenta princípios relacionados a direitos humanos, direitos do trabalho,
proteção ambiental e combate à corrupção, conta com o apoio formal de 38% das
empresas do setor siderúrgico.
Outras iniciativas são também apoiadas pelas empresas do setor. O Pacto pela
Integridade e contra a Corrupção tem como signatárias 31% das empresas associadas
ao ibs. O Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e o Pacto Empresarial
contra a Exploração Sexual das Crianças e Adolescentes nas rodovias brasileiras
representam compromissos assumidos respectivamente por 15% e 23% das empresas
do setor.
relação com comunidades
São realizados, por 54% das empresas do setor, programas e/ou iniciativas específicas
com o objetivo de avaliar os impactos de suas operações nas comunidades locais.
Entre as práticas mais comuns, destacam-se abertura de canais de comunicação,
como linhas telefônicas diretas, registros e acompanhamentos de solicitações das
comunidades, programas de monitoramento ambiental e pesquisas de opinião.
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investimento em ação social
A destinação de recursos para Investimento Social Privado é uma prática comum
a todas as empresas associadas ao ibs. Esses investimentos são realizados de
maneiras distintas e com diferentes níveis de envolvimento. O direcionamento
de recursos a programas próprios e de terceiros, selecionados com base nas
prioridades de seus beneficiários, é realizado, coordenado ou acompanhado através
de consultas periódicas por 38% das empresas do setor, que verificam a adequação
e o desempenho do programa desenvolvido. Além disso, 46% das empresas ainda
investem em programas que tenham como ponto de partida o fortalecimento do
protagonismo local.
No ano de 2007, o investimento das empresas do setor siderúrgico em projetos de
ação social totalizou R$ 327 milhões. A maior parte desses investimentos (65%)1
contou com parceria de programas governamentais. Entre esses incentivos, destacase a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), por meio da qual foram
investidos aproximadamente R$ 21 milhões em ações culturais.
A especial atenção que o setor direciona aos projetos ambientais é refletida no
percentual dos investimentos realizados nessa área (44%)2. Uma parcela significativa
(20%) é direcionada à cultura, e 13% e 12% são investidos, respectivamente, em
projetos voltados à educação e saúde.
Mais informações a respeito desses projetos podem ser obtidas diretamente nas
empresas, em seus relatórios e balanços sociais ou sites na internet.
1 Considera os dados das seis empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 97.361.000,00
(30%) dos investimentos totais do setor.
2
Considera os dados das sete empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 294.309.000,00
(90%) dos investimentos totais do setor.
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93.027
159.237
223.886
327.047
valor total de investimentos (R$mil)'
2004
2005
2006
2007
incentivos fiscais para o
investimento social privado (2007)²
27%
35%
9%
Sem Incentivos Fiscais
Educação
13%
Cultura
Lei Rouanet
20%
FIA
4%
9%
3%
incentivos destinados à ação social
por área (2007)³
Leis Estaduais
Leis Municipais
22%
Outros Incentivos Fiscais
0%
Lei Audiovisual
44%
1%
2%
11%
Esporte
Saúde
Combate à Fome e
Segurança Familiar
Meio Ambiente
Outros
' Considera os dados de 9 empresas para o ano de 2006 e 8 empresas para 2005 e 2004. Em 2007, todas as empresas
informaram o valor investido.
²Considera os dados das seis empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 97.361.000,00
(30%) dos investimentos totais do setor.
³Considera os dados das sete empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 294.309.000,00
(90%) dos investimentos totais do setor.
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guilherme
Colher do João
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agradecimentos
A todos os profissionais das empresas que participaram do longo processo de
levantamento das informações publicadas neste relatório, agradecemos o empenho,
o cuidado e a atenção dispensados.
Esse envolvimento possibilitou que mais um passo fosse dado no sentido de
aprimorar esta publicação, que traz informações relevantes sobre os desempenhos
econômico, social e ambiental da siderurgia brasileira.
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Créditos
créditos
coordenação
IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia
consultoria
AMCE Negócios Sustentáveis
projeto gráfico do miolo e da capa
Crama Design Estratégico
direção de design Ricardo Leite
designer Amanda Lianza
designer assistente Ana Asch
impressão
Sol Gráfica
tiragem
3 mil exemplares
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