Siderurgia BraSileira:
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Siderurgia BraSileira:
Siderurgia Brasileira: Relatório de Sustentabilidade 2008 Concepção AMCE Negócios Sustentáveis ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 1 8/13/08 6:06:42 PM Aços Villares S.A. ArcelorMittal Aços Longos Empresas associadas – 2008 ArcelorMittal Inox Brasil S.A. Aços Villares S.A. ArcelorMittal Aços Longos Tubarão ArcelorMittal ArcelorMittal Inox Brasil S.A. ArcelorMittal Tubarão Companhia Siderúrgica Nacional Companhia Siderúrgica Nacional (csn) Companhia Siderúrgica Paulista (cosipa) (csn) Gerdau Açominas S.A. Gerdau Aços Especiais S.A. Companhia Siderúrgica Paulista Gerdau Aços Longos S.A. Siderúrgica Barra Mansa S.A. (cosipa) Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (usiminas) V & M do Brasil S.A. Gerdau Açominas S.A. Villares Metals S.A. ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 2 8/13/08 6:06:42 PM Siderurgia Brasileira: Relatório de Sustentabilidade 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 3 8/13/08 6:06:42 PM ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 4 8/13/08 6:06:43 PM relatório de Sustentabilidade 2008 Sobre o RELATÓRIO 07 mensagem do presidente 08 01. O Instituto Brasileiro de Siderurgia · Missão · Conjunto de Princípios ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 5 11 12 13 02. Posicionamentos do Setor 17 03. Contribuição ao Desenvolvimento Nacional 23 04. Governança Corporativa 25 05. Indicadores de Desempenho do setor 27 · Desempenho Econômico Destaques em 2007 Distribuição do Valor Adicionado Impactos Econômicos Indiretos Significativos 27 27 28 30 · Desempenho Ambiental Gestão Ambiental e Investimentos Materiais Energia Água Resíduos e Co-produtos Emissões 32 32 32 33 36 38 40 · Desempenho Social Público Interno Mapeamento do Efetivo Próprio Gênero Cor / Raça Faixa Etária Escolaridade Investimento em Educação Tempo de Empresa Pessoas com Deficiência Treinamento e Desenvolvimento Remuneração e Benefícios Saúde e Segurança Produtos, Clientes e Consumidores Fornecedores Comunidade e Sociedade 42 42 43 44 46 46 47 47 48 48 48 50 51 54 55 57 Agradecimentos 62 CRÉDITOS 63 8/13/08 6:06:45 PM ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 6 8/13/08 6:06:46 PM sobre o relatório Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2006, este relatório apresenta dados setoriais consolidados referentes ao desempenho das empresas associadas ao ibs, nas dimensões econômica, ambiental e social, adotando como principais norteadoras diretrizes do gri – Global Reporting Initiative –, referência mundial para elaboração de relatórios corporativos de sustentabilidade. A publicação tem como escopo as informações sobre o ano de 2007, complementadas sempre que possível por séries de até quatro anos. Cabe ressaltar a revisão dos dados referentes a 2006, tendo em vista ajustes feitos pelas empresas. Uma publicação como esta, de âmbito setorial, apresenta complexidade maior que a de uma empresa, na medida em que envolve consolidação de informações provenientes de empresas que apresentam diferentes estruturas de processos e de gestão. Diante disso, sua elaboração envolveu a participação direta de vários colaboradores em cada uma das siderúrgicas. Desde que foi planejada, a publicação já previa um ciclo de trabalho de alguns anos que possibilitasse a melhoria gradual da qualidade de suas informações. O resultado do trabalho de todos os envolvidos ao longo desse processo representa um passo importante em relação ao objetivo definido, há cerca de dois anos, de aprofundar a comunicação entre o IBS e a sociedade, ampliando o espaço de compartilhamento de informações com seus diferentes públicos. Para o ibs, a transparência e a divulgação de uma imagem realista do setor siderúrgico é essencial para o melhor entendimento de sua importância no contexto nacional e do seu compromisso em atuar de forma compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 7 sobre o relatório 7 8/13/08 6:06:47 PM MENSAGEM DO PRESIDENTE O ibs – Instituto Brasileiro de Siderurgia –, através deste Relatório de Sustentabilidade, apresenta dados consolidados sobre o desempenho econômico, ambiental e social da siderurgia brasileira, tendo como objetivo promover melhor conhecimento das iniciativas e resultados do setor e reiterar o seu compromisso com a promoção do desenvolvimento nacional em bases sustentáveis. Representado por 13 empresas privadas, controladas por 7 grupos empresariais e operando 25 usinas distribuídas por 9 estados, o setor siderúrgico brasileiro foi responsável pela produção, em 2007, de 33,8 milhões de toneladas de aço bruto, levando o País a ocupar a 9ª posição no ranking da produção mundial. O setor registra, como questão prioritária e de sua vocação, a manutenção do pleno abastecimento do mercado interno de produtos siderúrgicos em condições compatíveis com as exigências do mercado global. Exporta ainda, regularmente, cerca de 40% de sua produção, o que o situa entre os que mais contribuem para a geração de saldos comerciais do País. Tendo enfrentado, por longo período, quadro de relativa estagnação do mercado interno e freqüentes barreiras externas às suas exportações, as empresas produtoras de aço focaram esforços na melhoria da qualidade, redução de custos e enobrecimento de seu portfólio de produtos, além de darem ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 8 grande atenção às questões relativas ao meio ambiente e à responsabilidade social. Como resultado, posicionam-se entre as mais modernas e competitivas no cenário mundial e, nessa condição, estão preparadas para ajustar-se às novas demandas do mercado e às mudanças estruturais observadas neste setor nos últimos anos. São sucessivos os recordes de produção, vendas internas e exportações, bem como expressiva a melhoria dos resultados das empresas siderúrgicas. Conforme os indicadores de desempenho demonstram, a siderurgia brasileira vivencia uma nova situação de crescente importância no cenário nacional. Em 2007, o valor adicionado setorial foi de R$ 31,07 bilhões e o recolhimento em impostos, taxas e contribuições, R$ 11,98 bilhões (38,5% do valor adicionado). Presidente do IBS, Flávio de Azevedo 8/13/08 6:06:48 PM A siderurgia brasileira alinha-se entre os setores que acreditam na sustentação dos novos patamares de crescimento do País. Esta crença configura mudança de paradigma, que exigirá das indústrias de base grande dinamismo para ajuste às novas situações. As empresas produtoras de aço têm firme compromisso em dar suporte a esse crescimento, viabilizando programas para expansão orçados em US$ 27,1 bilhões. Tais investimentos permitirão elevar a capacidade de produção do parque instalado dos atuais 41 para cerca de 56,3 milhões de toneladas de aço bruto até 2013. Há ainda as novas fábricas tanto das empresas do parque instalado quanto de novos entrantes, que devem acrescentar a estes investimentos mais US$ 18,6 bilhões até 2015/2016, totalizando US$ 45,7 bilhões, e elevar a capacidade de produção da siderurgia brasileira para cerca de 80,6 milhões de toneladas. Conseqüência natural desses projetos é a reafirmação da capacidade do setor para atendimento à demanda interna e aumentos significativos das exportações de aço do País. Cabe destacar a participação dos produtos semi-acabados nessa nova configuração da siderurgia mundial de transferência da produção básica de aço para países que apresentam vantagens comparativas no suprimento de matérias-primas. A siderurgia brasileira se insere competitivamente nesse modelo, tanto no que se refere ao desenvolvimento de novos investimentos produtivos como s as e no intenso processo de consolidação das empresas do setor. Para reforçar suas posições, o setor necessita, por um lado, preservar níveis de rentabilidade que dêem sustentação à sua expansão e, por outro, dar continuidade a seus programas de desenvolvimento nas áreas ambiental e social, de forma a preservar padrões que, já no presente, constituem referência destacada no cenário global. A atenção que as empresas siderúrgicas atribuem a essas questões está demonstrada nos investimentos, que, apenas em 2007, atingiram R$ 570 milhões em projetos ambientais e R$ 327 milhões em iniciativas de ação social. A nova etapa do processo de desenvolvimento do setor mostra também resultados significativos na geração de empregos, haja vista que o efetivo em atividades siderúrgicas cresceu mais de 35% nos últimos três anos. No ano passado, o setor empregou, de forma direta, cerca de 122 mil colaboradores. Como se pode observar através deste e de outros dados e avaliações contidas neste Relatório de Sustentabilidade, estes são resultados expressivos obtidos num contexto de ampla cooperação e parceria de todas as partes envolvidas no processo. Isto compreende, de forma mais direta, os dirigentes e colaboradores das empresas siderúrgicas, os acionistas, governo e os consumidores e, num aspecto mais amplo, as comunidades próximas das usinas e a sociedade de modo geral, através de melhor compreensão das variáveis relevantes para o processo. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 9 mensagem do presidente 9 8/13/08 6:06:48 PM joão Guidom da bicicleta do Daniel ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 10 8/13/08 6:06:49 PM 01 O Instituto Brasileiro de Siderurgia O Instituto Brasileiro de Siderurgia – ibs – é a entidade associativa das empresas brasileiras produtoras de aço. Tem como objetivo realizar estudos e pesquisas sobre produção, mercado, comércio exterior, suprimentos, questões ambientais e relações no trabalho. Adicionalmente, atua como representante do setor junto a órgãos e entidades públicas e privadas, no País e no exterior. Também realiza atividades relacionadas à imagem do setor, ao desenvolvimento do uso do aço e mantém intercâmbio com entidades afins. Desde a sua criação, em 1963, o Instituto passou por permanente adequação da sua estrutura às reais necessidades do setor e das empresas associadas, tendo em vista as alterações das demandas internas e externas. As áreas de atuação cobertas pelo IBS são: relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 11 o instituto brasileiro de siderurgia 11 8/13/08 6:06:49 PM Missão A missão da siderurgia brasileira é prover, com eficácia, o abastecimento interno de produtos siderúrgicos e participar, de forma permanente, do comércio mundial de aço, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social do País. empresas associadas ao ibs Aços Villares S.A. ArcelorMittal Aços Longos ArcelorMittal Inox Brasil S.A. ArcelorMittal Tubarão Companhia Siderúrgica Nacional (csn) Companhia Siderúrgica Paulista (cosipa) Gerdau Açominas S.A. Gerdau Aços Especiais S.A. Gerdau Aços Longos S.A. Siderúrgica Barra Mansa S.A. Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (usiminas) v&m do Brasil S.A. Villares Metals S.A. 12 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 12 o instituto brasileiro de siderurgia 8/13/08 6:06:49 PM Conjunto de Princípios >livre iniciativa – Inspirada e permanentemente orientadas pelo nas necessidades do mercado e na mercado, oportunidades de crescimento, associação entre capital e trabalho, sem com geração de riquezas para todas discriminações. as partes interessadas: colaboradores, >economia de mercado – O mercado é o melhor canal para que a sociedade expresse suas necessidades de bens e clientes, fornecedores, acionistas e comunidades. >comércio internacional – serviços, transcendendo a vontade isolada A maior integração da economia brasileira de indivíduos e instituições. no mercado internacional constitui >lucro e preço – O lucro é o principal instrumento para manutenção de estrutura elemento de indução e preservação produtiva eficiente e competitiva, tanto da livre iniciativa e, por extensão, da pelo estímulo ao aprimoramento da economia de mercado. Deve permitir o qualidade, como pela possibilidade de funcionamento e o crescimento auto- obtenção de ganhos de escala. sustentado das empresas, remunerando >meio ambiente e estrutura adequadamente os capitais investidos. produtiva – Atuação segundo os O preço deve ser a expressão da verdade princípios e valores do desenvolvimento econômica, regulado pela oferta sustentável, fazendo uso mais racional dos e pela procura. recursos naturais e insumos que utiliza e >papel do governo – Prover adotando tecnologias economicamente serviços públicos essenciais para que a provadas e viáveis, para reduzir seus iniciativa privada seja desenvolvida para impactos sobre o meio ambiente. atendimento das necessidades do País quanto à produção de bens e serviços. >responsabilidade social e >pesquisa e desenvolvimento tecnológico – Apoio às atividades de pesquisa e de desenvolvimento de recursos humanos – Compromisso tecnologias nacionais, sem prejuízo com a melhoria da qualidade de vida de acesso às modernas tecnologias da sociedade brasileira, ofertando, por desenvolvidas no exterior. meio de empresas eficientes, produtivas relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 13 o instituto brasileiro de siderurgia 13 8/13/08 6:06:49 PM daniel Panela da Ana ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 14 8/13/08 6:06:50 PM Conselho Diretor presidente Flávio Roberto Silva de Azevedo (V&M do Brasil) vice-presidente André Bier Gerdau Johannpeter (Gerdau Aços Longos) conselheiros Albano Chagas Vieira (Votorantim Siderurgia) Benjamin Steinbruch (csn) Claudio Gerdau Johannpeter (Gerdau Açominas) Franz Struzl (Villares Metals) Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau Aços Especiais) José Armando de Figueiredo Campos (ArcelorMittal Tubarão) Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco (Usiminas /Cosipa) Omar Silva Junior (Usiminas/Cosipa) Paulo Geraldo de Sousa (ArcelorMittal Aços Longos) Paulo Perlott Ramos (Aços Villares) Paulo Roberto Magalhães Bastos (ArcelorMittal Inox Brasil) diretoria executiva vice-presidente executivo Marco Polo de Mello Lopes diretor técnico Rudolf Robert Bühler superintendentes Catia Mac Cord Simões Coelho Maria Cristina Yuan relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 15 o instituto brasileiro de siderurgia 15 8/13/08 6:06:50 PM ana Tesoura de jardinagem do Sérgio ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 16 8/13/08 6:06:51 PM 02 posicionamento do setor Pela sua expressão econômica e importância no contexto nacional, a siderurgia atua de forma pró-ativa na proposição e avaliação de temas relacionados às suas atividades e ao seu papel no contexto do desenvolvimento do País. Nesse sentido, foi publicado, em dezembro de 2007, o documento Siderurgia Brasileira: Princípios e Políticas, que estabelece os princípios básicos do setor. O documento apresenta as visões e posições relativas a um conjunto de temas importantes para o setor, como indicado a seguir: institucional mercado interno >Manter e estreitar o diálogo com >Apoiar políticas de livre mercado instituições nacionais, para exposição que possibilitem geração de lucros e e defesa de teses de interesse do setor; rentabilidade, bases para a expansão auto-sustentada; >Apoiar e participar das atividades de organizações com interesses afins à >Prover, com eficácia, o abastecimento do mercado doméstico de produtos siderurgia, no Brasil e exterior. siderúrgicos na qualidade exigida, a política econômica e industrial preços e prazos competitivos; >Defender políticas estáveis e não inter- >Promover a ampliação e diversificação do uso do aço. vencionistas, que eliminem entraves ao desenvolvimento e promovam condições de competitividade em meio ambiente cenário de mercado aberto; >Promover o desenvolvimento de tecnologias limpas, métodos gerenciais >Eliminar a tributação sobre investimentos, bens de capital e normas orientadas à operação das e exportação; unidades siderúrgicas em padrões >Obter condições de financiamento similares às praticadas no mercado internacional. ambientais adequados; >Apoiar o desenvolvimento de tecnologias que permitam a redução relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 17 posicionamento do setor 17 8/13/08 6:06:51 PM e o maior aproveitamento de resíduos infra-estrutura gerados nos processos siderúrgicos; >Contribuir para a melhoria e adequada regulação dos sistemas de logística >Colaborar na elaboração de legislação ambiental justa, equilibrada e de transportes, de forma a promover compatível com a realidade do País; maior competitividade dos produtos siderúrgicos nos mercados interno e >Participar do esforço global para internacional; redução dos gases de efeito estufa. >Assegurar o adequado atendimento das qualidade e produtividade demandas de redutores, energia e de >Desenvolver e apoiar programas de outros insumos e serviços do setor, em qualidade e produtividade, dentro dos termos de qualidade, confiabilidade, melhores padrões internacionais; quantidade e preços. >Participar do processo de normalização e certificação de interesse do setor a recursos humanos nível nacional e internacional. >Promover o continuado desenvolvimento dos seus colaboradores, de forma a tecnologia e modernização possibilitar crescimento pessoal e >Operar com elevados índices de profissional, atendendo aos padrões de eficiência e produtividade; >Apoiar e/ou participar de pesquisas e desenvolvimento de produtos e produtividade, qualidade e segurança exigidos pelo mercado e pela sociedade; >Apoiar medidas de menor processos que permitam redução regulamentação e de modernização das de custos, melhorias de qualidade e relações do trabalho; menor impacto ambiental; >Investir continuamente no >Apoiar a modernização do sistema previdenciário nacional, de forma desenvolvimento tecnológico do País e a reduzir impacto no equilíbrio das acompanhar, de forma permanente, os contas públicas e conseqüentes avanços internacionais. efeitos na economia nacional. 18 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 18 posicionamento do setor 8/13/08 6:06:51 PM Siderurgia e a Cadeia Produtiva do Aço Siderurgia é a indústria produtora de aço, a qual engloba os processos de obtenção de produtos à base de ferro (gusa, ferro-esponja, semi-acabados e laminados de aços). O aço é apresentado em grande diversidade de formas e especificações, objetivando atender à demanda de variados setores, como a indústria automobilística, construção civil, bens de capital, máquinas e equipamentos, eletrodomésticos, utilidades domésticas, embalagens, recipientes, entre outros. Indústrias extrativistas Setores Consumidores Automotivo Construção Civil Embalagens e Recipientes Fundição Bens de Capital, Máquinas e Equipamentos Utilidades Domésticas e Comerciais Metalurgia Produção de Ferro-gusa e Ferroligas Siderurgia (produção de aço) Produção de Tubos (exceto s/ costura) Metalurgia de Metais Não Ferrosos Fundição Co-produtos, Resíduos e Sucatas Fluxo Simplificado de Produção Preparação da Carga Redução Gusa Sólido Refino Aciaria Elétrica Sucata Minério de Ferro Carvão Lingotamento Laminação Produtos Laminados Lingotamento Redução Aciaria LD Laminação Outros semi-integradas: produzem aço a partir da fusão de metálicos (sucata, gusa e/ou ferro-esponja) em aciaria elétrica. integradas: participam de todo o processo produtivo e produzem aço a partir da obtenção de ferro-gusa líquido em alto-forno, através do aproveitamento do ferro contido no minério (redução), com utilização de coque ou carvão vegetal como redutor. A transformação do gusa em aço (refino) é feita em fornos a oxigênio (vasos conversores LD ou fornos EOF). Também são classificadas como empresas integradas aquelas que não fabricam o ferro-gusa, e sim o ferro-esponja (minério de ferro reduzido no estado sólido por processo de redução direta) fundido e refinado em forno elétrico. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 19 posicionamento do setor 19 8/13/08 6:06:52 PM Reciclagem do Aço O aço está entre os materiais mais recicláveis e reciclados do mundo. A sucata resultante dos processos de manufatura dos bens, assim como do aço contido nos mesmos ao final de sua vida útil, é processada pelas usinas para a fabricação de novos aços. Dessa forma, a produção de aço a partir de sucata proporciona redução no consumo de matérias-primas não renováveis, economiza energia e evita a necessidade de ocupação de áreas para o descarte de produtos obsoletos. Mais de 20% da produção de aço do País provêm de usinas que operam fornos elétricos cuja matéria-prima básica é a sucata ferrosa. Esse percentual está limitado pela disponibilidade interna de sucata, devido ao histórico de baixo consumo per Minério de f er pelotas, c ro, arvão , ca lcá r io Aço recic lado ext ern am en Aço rec te iclad te du o in t o t e in s rn era a i capita de produtos siderúrgicos no Brasil ao redor de 110kg/hab./ano. s te te en Pro cla ater do iais s m ão duç o Pr m os m i tr c O u re o aç rg ico s de s tos Produ 20 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 20 rú ide posicionamento do setor 8/13/08 6:06:52 PM Sérgio Serra circular da marcenaria em que Marta trabalha ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 21 8/13/08 6:06:53 PM MARTA Elevador do Hospital em que Flávia e Pedro trabalham ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 22 8/13/08 6:06:54 PM 03 Contribuição ao Desenvolvimento Nacional A siderurgia dispõe de capacidade para atender integralmente à demanda interna e manter forte posição exportadora, situando-se entre os principais setores geradores de saldo comercial do País. A capacidade de produção do setor corresponde a mais de 50% da demanda interna, o que dá às usinas grande flexibilidade para ajuste da sua oferta às necessidades dos clientes domésticos, cujo atendimento é prioritário. Os programas de investimento ora em desenvolvimento permitirão às empresas siderúrgicas manter atendimento pleno do mercado interno e ampliar participação no mercado internacional. Investimentos e Expansão da Produção INVESTIMENTOS Capacidade 106 t Instalada Atual (início 2008) 41,0 w Expansões Definidas Parque Instalado (até 2013) 15,3 Novos Entrantes (até 2010) 6,8 Capacidade Prevista (até 2013) 63,1 Projetos em Estudos (após 2013) 17,5 Capacidade Prevista (2015/2016) 80,6 Desembolso US$ bilhões Expansões Parque Instalado (até 2013) Novos Entrantes (até 2010) 27, 1 5,8 Projetos em Estudos (após 2013) 12,8 Total 45,7 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 23 contribuição ao desenvolvimento nacional 23 8/13/08 6:06:54 PM PEdro Flávia Vigas da obra em que Gustavo trabalha ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 24 8/13/08 6:06:55 PM 04 Governança Corporativa As empresas associadas ao ibs estão atentas às melhores práticas de governança corporativa. A implementação e verificação periódica dessas práticas são um caminho para que as empresas se tornem mais transparentes para os diferentes públicos, obtenham melhores resultados da gestão e sejam mais atrativas para investidores. A garantia de direitos aos acionistas minoritários é prática de grande parte do setor. O mais comum é a extensão parcial ou total, a todos os demais sócios, das mesmas condições obtidas pelos controladores (tag along); o pagamento de dividendos obrigatórios; e benefícios no pagamento aos titulares de ações preferenciais. Mais de 60% das empresas possuem política de dividendos definida, assegurando o seu pagamento de forma periódica e com um percentual mínimo estabelecido. Entre as empresas de capital aberto do setor, duas estão no Nível 1 da bovespa, segmento diferenciado que visa concentrar empresas que possuem boas práticas de governança corporativa. Todas as siderúrgicas de capital aberto proporcionam fácil acesso aos resultados e conteúdos das reuniões e assembléias a todos os acionistas. O setor não possui processos administrativos abertos na cvm ou judiciais contra os controladores, conselho ou diretoria das empresas. Neste sentido, ocorreu apenas um processo judicial relacionado à reestruturação societária no ano de 2007, já julgado e com desfecho favorável à empresa. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 25 governança corporativa 25 8/13/08 6:06:55 PM Balanço do parquinho em que a Júlia brinca GUSTAVo ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 26 8/13/08 6:06:56 PM 05 Indicadores de Desempenho do setor Desempenho Econômico Destaques em 2007 A siderurgia brasileira apresentou, em 2007, recordes na produção, nas vendas internas, no consumo aparente de aço e na receita das exportações. O incremento nas vendas internas e no consumo aparente refletiu principalmente o desempenho positivo do setor de petróleo e gás, de máquinas industriais e agrícolas e de eletrodomésticos e os recordes mensais consecutivos de produção do setor automotivo. Houve também contribuição relevante do setor da construção habitacional, impulsionado pela ampliação do crédito. As expectativas para 2008 e 2009 são igualmente positivas. A produção de aço bruto e laminados, em 2007, apresentou crescimento de 9,3% e 10,0% respectivamente, em relação ao ano anterior. A produção de semi-acabados para vendas apresentou queda de 2,9%, devido à maior demanda de produtos acabados. No mesmo período, o lucro líquido do setor apresentou crescimento de 34,84%, sendo 55,26% no setor de aços planos. Também cresceu em 33% o patrimônio líquido do setor (aumento de 63,6% no setor de longos e de 18% no setor de planos). Produção de Aço (103t) 6.347 Venda de Aço (103t) Receita LÍquida das Vendas e Serviços (R$ milhões) consumo aparente por setores consumidores finais (2007) 5,3% 6,1% 6.161 20,8% 23.504 25.850 30.901 33.782 2006 11.688 2007 Semi-acabados para Venda Laminados Aço Bruto 17.531 2006 9.861 20.550 2007 Vendas Externas Vendas Internas 20.510 22.726 29.320 33.752 30% 2006 2007 Setor Longos Setor Planos relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 27 6,7% 4,3% 26,8% Utilidades Domésticas Comerciais Tubos - Peq. Diâmetros Embalagens e Recipientes Construção Civil Automotivo Bens de Capital Outros indicadores de desempenho do setor 27 8/13/08 6:06:56 PM Distribuição do Valor Adicionado O valor adicionado do setor siderúrgico, em 2007, foi de R$ 31,07 bilhões, o que representa 42,9% da receita bruta no período. Indica o valor total agregado pelas atividades das empresas do setor e distribuído como remuneração do trabalho ou capital dos diferentes públicos envolvidos nas várias etapas da produção. VALOR ADICIONADO SETOR SIDERÚRGICO (R$mil) 2006 2007 2007/ 2006 (%) (A) Receita Bruta 63.501.106 72.426.836 14,1 (B) Insumos Adquiridos de Terceiros 37.081.498 41.926.296 13,1 (C) Valor Adicionado Bruto (A-B) 26.419.608 30.500.540 15,4 (D) Retenções 3.270.683 4.096.151 25,2 (E) Valor Adicionado Líquido Produzido pela Empresa (C-D) 23.148.925 26.404.389 14,1 (F) Transferências Resultado da Equivalência Patrimonial Receitas Financeiras (G) Valor Adicionado a Distribuir (E-F) 2.708.535 4.666.018 72,3 2.306.766 4.367.396 89,3 401.769 298.622 (25,7) 25.857.460 31.070.407 20,2 Em relação a 2006, o valor adicionado a distribuir apresentou crescimento de 20,2%. A parcela do governo representou o maior crescimento (25%), totalizando 38,5% da distribuição do valor adicionado. Em relação à parcela de acionistas, 23,4% foi distribuída sob a forma de dividendos e 25% foi retido para novos investimentos. Distribuição do Valor Adicionado (%) 48,4 43,6 37 15,3 38,5 Colaboradores Governo Financiadores Acionistas 14 4,1 (0,9) 2006 28 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 28 2007 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:56 PM SETOR SIDERÚRGICO DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$mil) 2006 (R$mil) % 2007 (R$mil) % 2007/ 2006(%) COLABORADORES (Pessoal e Encargos) 3.947.790 15,3 4.360.149 14,0 10,4 GOVERNO (Impostos, Taxas e Contribuições) 9.583.742 37,0 11.976.524 38,5 25,0 2.753.558 10,6 3.231.739 10,4 17,4 1.972.178 7,6 2.876.578 9,3 45,9 ICMS Imposto de Renda IPI COFINS 982.291 3,8 1.216.711 3,9 23,9 1.685.442 6,5 1.821.587 5,9 8,1 Contribuição ao INSS 437.325 1,7 489.743 1,6 12,0 Contribuição Social 703.606 2,7 1.024.575 3,3 45,6 PIS 366.033 1,4 410.797 1,3 12,2 CPMF 259.900 1,0 321.427 1,0 23,7 ISS 3.499 - 6.323 - 80,7 IPTU 40.123 0,2 39.082 0,1 (2,6) Outros 379.787 1,5 537.962 1,7 41,6 FINANCIADORES (*) 1.057.756 4,1 (290.437) (0,9) - ACIONISTAS 11.268.172 43,6 15.024.171 48,4 33,3 5.840.728 22,6 7.248.867 23,4 24,1 Juros s/ Capital Próprio e Dividendos Lucros Retidos (Prejuízo) do Exercício TOTAL 5.427.444 21,0 7.775.304 25,0 43,3 25.857.460 100,0 31.070.407 100,0 20,2 (*) Em 2007, houve efeito da valorização do real na “Remuneração dos Financiadores”. (%) DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO COMO % DA RECEITA BRUTA DO SETOR 2006 2007 Valor Adicionado 40,7 42,9 Colaboradores 6,2 6,0 Governo 15,1 16,5 Financiadores 1,7 (0,4) Acionistas 17,7 20,8 Juros s/ Capital Próprio e Dividendos 9,2 10,0 Lucros Retidos (Prejuízo) do Exercício 8,5 10,8 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 29 indicadores de desempenho do setor 29 8/13/08 6:06:56 PM Impactos Econômicos Indiretos Significativos Considera-se impacto econômico todo o tipo de mudança no sistema produtivo da economia que tenha reflexo no bem-estar e desenvolvimento da sociedade em longo prazo. Os impactos econômicos indiretos decorrem dos impactos diretos das atividades da empresa e do fluxo de recursos entre ela e as partes interessadas. Atualmente, 64% das empresas siderúrgicas realizam sistemático mapeamento e avaliação dos impactos econômicos indiretos decorrentes de suas operações, com destaque nas comunidades próximas às usinas. Estes mapeamentos são importantes para a percepção quanto ao impacto de suas atividades e definição de ações pertinentes. Entre os principais impactos econômicos indiretos identificados no período, destaca-se o crescimento do número de empresas processadoras de aço que se instalam nas proximidades das usinas, promovendo maior geração de empregos, melhoria na qualificação profissional e desenvolvimento das comunidades dessas áreas. 30 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 30 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:56 PM Trilho do trem que transporta a carga pela qual Augusto é responsável Júlia ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 31 8/13/08 6:06:57 PM Desempenho Ambiental Gestão Ambiental e Investimentos As empresas siderúrgicas buscam aperfeiçoar continuamente a ecoeficiência de seus processos e produtos. Adotam medidas que visam à proteção do meio ambiente, norteadas não só pela legislação ambiental como por referências das melhores tecnologias e práticas operacionais. Atuam em conjunto com universidades e outras instituições de pesquisa, com o objetivo de desenvolver tecnologias mais limpas e processos técnica e ambientalmente mais eficientes. Ao longo de 2007, as iniciativas relacionadas ao meio ambiente demandaram investimentos superiores a R$ 570 milhões. Esse montante foi aplicado em ações voltadas à melhoria dos índices de desempenho ambiental das operações e em projetos de preservação do meio ambiente. Os Sistemas de Gestão Ambiental de todas as empresas do setor estão certificados segundo a norma nbr iso 14001. Materiais As empresas têm reduzido, de forma sistemática, o consumo de recursos naturais não renováveis por meio da maior eficiência no uso desses recursos e aumento da reciclagem de materiais gerados no processo produtivo. Consumo especÍfico de matÉrias-primas (t/t de aço) Carvão Mineral Coqueificável Coque 32 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 32 1,123 1,098 1,035 0,015 0,016 2006 2005 2004 2007 2006 2005 0,009 0,007 2004 2007 2006 0,281 2007 0,293 2005 2007 2006 2004 0,288 0,287 0,381 2005 2004 0,381 Minério de Manganês 1,187 0,395 0,382 Minério de Ferro indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:58 PM Ferro-gusa 0,827 0,829 Sucata de Ferro e Aço 0,276 0,262 Calcário 0,055 0,042 0,257 Ferroligas 2007 2006 2007 2004 0,037 0,036 2006 2004 2007 2006 2005 0,258 2005 0,803 2005 0,813 2004 Dolomita Ferro-esponja 0,156 0,012 2007 2005 2007 2006 0,010 0,015 2006 0,016 2005 2007 2006 2005 2004 0,016 0,131 2004 0,013 0,013 0,017 0,133 2004 0,150 Energia O setor siderúrgico opera diferentes rotas tecnológicas para produção de aço. As usinas integradas partem do minério de ferro e utilizam o carvão mineral, carvão vegetal ou gás natural como elemento energético e redutor do minério para transformá-lo em ferro-gusa. As semi-integradas têm como matérias-primas básicas a sucata, gusa e/ou ferro-esponja, utilizando energia elétrica no processo de fusão. Em função das características de seus processos produtivos, a indústria siderúrgica é intensiva em energia. Em termos globais, apresenta consumo médio equivalente a 19 gj por tonelada de aço, na forma de energia e redutores. Predomina na estrutura produtiva da siderurgia brasileira a rota tecnológica integrada à base de carvão mineral, representando cerca de 80% da produção total de aço do País. O carvão vegetal é outro redutor e energético utilizado de forma crescente no País, o que o diferencia em relação à siderurgia de outros países. O uso desse recurso natural renovável, proveniente de florestas plantadas, constitui importante alternativa ao equacionamento do problema de emissão de gases de efeito estufa pelo setor. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 33 indicadores de desempenho do setor 33 8/13/08 6:06:58 PM Sua utilização, de forma compatível com as exigências da legislação ambiental, requer mecanismos cada vez mais rigorosos de controle de origem e de monitoramento das condições de produção do carvão adquirido no mercado. Todas as empresas do setor atuam para reduzir o consumo de energia e maximizar a eficiência energética. As iniciativas compreendem a reforma, modernização e substituição de equipamentos; programas de treinamento e sensibilização de colaboradores; além de redesenho de processos e substituição de insumos. A instituição de comissões internas de conservação de energia é prática comum entre as empresas do setor. A implantação de centrais termoelétricas e sistemas de recuperação energética, que aproveitam gases gerados no processo produtivo, proporcionou aumento da capacidade de geração própria de energia elétrica pelas empresas. Atualmente, a geração própria representa mais de 30% da energia elétrica consumida no setor. GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA ELÉTRICA (GJ) MATRIZ ENERGÉTICA (2007) Oxigênio Carvão 3% 12% Óleo 3% Gás Natural Termoelétrica Coque de Petróleo 0% Energias Alternativas ¹Inclui toda a energia elétrica comprada Energia elétrica Geração Própria Comprada 34 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 34 22.911.591 4% 4% 1% 15.095.264 Hidrelétrica¹ 60% 16.294.331 Carvão Vegetal 5% 13.783.597 GLP 8% 2004 2005 2006 2007 2004 2005 2006 2007 13.783.597 16.294.331 15.095.264 22.911.591 42.068.603 41.261.576 40.231.850 44.487.957 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:58 PM augusto Dutos da plataforma em que Francisco trabalha ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 35 8/13/08 6:06:59 PM Água A água é um insumo essencial e estratégico para a siderurgia. Ao todo, cerca de 16 milhões de metros cúbicos de água circulam por dia nas unidades de produção das siderúrgicas brasileiras. Em função dessa magnitude, diferentes iniciativas vêm sendo empreendidas visando à racionalização do uso da água. A principal delas é o aumento do índice de recirculação, atualmente da ordem de 94%, ou seja, aproximadamente 15 milhões de metros cúbicos circulam por dia em circuito fechado nas unidades de processo do setor, reduzindo consideravelmente a captação nos corpos d’água e situando as empresas brasileiras entre as de melhores índices no cenário mundial. A captação total de água (doce + salobra/salgada) do setor foi de aproximadamente 2,4 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais 61% são água salobra/salgada usada nos sistemas de refrigeração. Isto representa um consumo específico de água de 14m3/ tonelada de aço. O consumo específico de água doce é de 10m3/tonelada aço. O processo de ajuste da metodologia de levantamento das informações alterou a forma de compilação dos dados, em 2007, segmentando o uso de água em duas categorias: doce e salobra/salgada. Porém, de forma a não inviabilizar a análise da evolução histórica desses indicadores, optou-se por apresentar, neste relatório, os dois resultados, um segundo os critérios utilizados no passado e outro conforme os critérios definidos a partir de 2007. Dessa forma, os dados deste relatório diferem do seu correspondente na edição anterior. Índice de recirculação de água doce¹ 89% 89% 90% Uso específico de água doce² (m³/ton de aço bruto) 92% 14,99 15,85 14,94 14,19 94% 10,05 2004³ 2005³ 2006³ 2007 2004³ 2005³ 2006³ Série histórica³ Somente água doce 2007 ¹Total de água doce recirculada / Total de água doce utilizada (captada + recirculada). ²Considera somente a água doce captada e adquirida. Não considera água recirculada. ³Nos anos anteriores a 2007, uma das empresas do setor havia considerado a água salgada/salobra utilizada. 36 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 36 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:59 PM As empresas têm como meta zerar o lançamento de efluentes nos corpos d’água e por isso investem em estações para seu tratamento e sua reutilização. No ano de 2007, a vazão total dos efluentes industriais das empresas foi de aproximadamente 326 milhões de metros cúbicos, o que representou apenas 6% do volume total de água usada no processo no mesmo período. O investimento e a atenção permanente à circulação da água em circuitos fechados e ao reaproveitamento da água captada têm gerado importante redução na vazão de água captada, aumentando sua disponibilidade para os demais usos. Outras iniciativas compreendem o aprimoramento das tecnologias de tratamento de efluentes e investimentos na preservação da qualidade e disponibilidade dos corpos hídricos, como, por exemplo, projetos de recuperação de matas ciliares, para evitar o assoreamento dos rios. O IBS tem sido atuante nas discussões para definição dos instrumentos legais relacionados ao uso da água. Como membro do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (cnrh) e de alguns Comitês de Bacia Hidrográfica, participa da regulamentação dos instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos, com vistas a harmonizar os múltiplos usos da água, evitando conflitos, bem como a assegurar a disponibilidade e a qualidade da água necessária à produção do aço. 461.527.444 2005² 2006² 538.760.104 501.168.719 2004² 339.478.569 493.420.618 Total de água nova utilizada (captada e/ou adquirida – m³) Água Doce Água Salgada /Salobra¹ 2007 ¹O volume total de água salgada/salobra captada passou a ser monitorado pelo Instituto apenas a partir de 2007. ²Nos anos anteriores a 2007, apenas uma das empresas do setor incluiu a água salgada /salobra utilizada no volume de água nova utilizada. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 37 indicadores de desempenho do setor 37 8/13/08 6:06:59 PM Resíduos e Co-produtos ¹ O setor adota práticas que promovem reciclagem e reutilização dos resíduos gerados pelos processos produtivos, de forma a minimizar os impactos ambientais e reduzir os custos relativos à disposição em aterros. As empresas siderúrgicas têm realizado diversas pesquisas em conjunto com universidades e instituições tecnológicas para o desenvolvimento de alternativas técnica, ambiental e economicamente viáveis para utilização de resíduos, transformando-os em co-produtos do processo de produção de aço. Geração Específica de Resíduos e Co-produtos¹ (t/t de aço bruto) 0,517 0,613 0,080 0,046 0,045 0,043 2007 2006 0,367 siderúrgico, a geração de resíduos e co-produtos está presente de forma significativa nas 2007 Resíduos e co-produtos gerados (2007) 6% Disposição Final ao IBS. Os principais resíduos e co-produtos gerados são: finos e pós, oriundos de sistemas de despoeiramento; lamas das estações de tratamento Reaproveitamento¹ 94% ¹Inclui reciclagem, reuso, reutilização, co-processamento e compostagem. Definição de resíduo fica restrita aos materiais que não têm utilização técnica e economicamente viável. Co-produtos são materiais gerados secundariamente em operações industriais para os quais foram desenvolvidas tecnologias que permitem sua utilização, de forma ambientalmente adequada, como matéria-prima ou fonte de energia. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 38 2006 ¹Apenas o dado de 2007 considera a categoria “outros” no total de resíduos / co-produtos gerados no ano. ²Em 2007, uma das empresas do setor internamente considerou na categoria Finos e Pós os resíduos gerados no Shredder. ³Considera apenas a sucata gerada internamente. atividades de todas as empresas associadas 38 2005 2007 2006 2005 0,327 2005 2004 2007 0,304 0,268 Em decorrência das características do processo 1 0,049 Geração Específica de Agregados Siderúrgicos (t/t de aço bruto) 0,096 0,085 2005 0,105 0,098 0,051 0,032 2006 Geração Específica de Sucata de Ferro e Aço³ (t/t de aço bruto) 2004 2007 2006 2005 2004 0,031 2004 Geração Específica de Finos e Pós² (t/t de aço bruto) 2004 0,437 0,498 Geração Específica de Lamas (t/t de aço bruto) indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:59 PM de águas e efluentes; sucatas de aço; agregados siderúrgicos oriundos dos altosfornos, fornos elétricos de redução e aciarias (elétrica e LD); subprodutos do processo carboquímico e outros (carepas, refratários, borras, etc.). Em 2007, o setor siderúrgico gerou cerca de 21 milhões de toneladas de resíduos e co-produtos, o que representou 613 kg/t de aço produzido. Do total gerado, 97% são classificados como materiais não perigosos quando ensaiados de acordo com a norma abnt nbr 10004. Os 3% restantes são utilizados como matérias-primas para outros processos ou dispostos de forma compatível com as exigências da legislação ambiental. A gestão dos resíduos inclui medidas voltadas ao aumento da eficiência dos processos, de modo a reduzir sua geração e dar-lhes destinação adequada, priorizando sua recuperação, reutilização ou reciclagem. Em 2007, 94% dos materiais gerados pelas empresas do setor foram reaproveitados, no próprio processo ou por terceiros, e apenas 6% foram dispostos em aterros ou incinerados, seguindo procedimentos autorizados pelos órgãos competentes. Do total de resíduos e co-produtos gerados, os agregados siderúrgicos representaram o maior percentual, 60%. A sucata de ferro e aço representou 14% deste total, e os demais 26% dividiram-se entre finos, pós, lamas e outros. Cerca de 81% do total de agregados siderúrgicos foram comercializados, principalmente para a produção de cimento e para uso como base e sub-base de estradas. Geração de resíduos por tipo (2007) Destinação do Agregado Siderúrgico (2007) 5% 2% 2% 1% 9% 2% 7% 8% 13% 6% 31% 60% Agregados Siderúrgicos Sucata de Ferro e Aço¹ Outros Finos e Pós Lamas ¹Inclui somente a sucata produzida internamente. 59% 81% 14% Bases e Sub-bases de Estrada Produção de Cimento Venda (Reciclagem e Reutilização) Asfalto Doação Preparação de Terrenos/Aterros Lastro Ferroviário Estoque Fertilizantes Reciclagem e Reutilização Interna relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 39 Principais Utilizações do Agregado Siderúrgico (2007) indicadores de desempenho do setor 39 8/13/08 6:06:59 PM Outro exemplo de co-produtos gerados no processo são aqueles oriundos das unidades carboquímicas. Nessas unidades são produzidos benzeno, tolueno, xileno e alcatrão, vendidos, em geral, para empresas do setor químico. Em 2007, a comercialização de co-produtos do processo siderúrgico gerou receita de R$ 571 milhões. Outros resíduos, como pós e lamas coletados nos sistemas de despoeiramento e nas estações de tratamento de efluentes, são também objeto de pesquisas, com o objetivo de desenvolver alternativas para sua utilização com viabilidade técnica e econômica. Emissões O uso de insumos com alto teor de carbono, como, por exemplo, o carvão usado como redutor de minério de ferro para produção de ferro-gusa, gera emissões de co2, que é um dos gases de efeito estufa. Como ainda não há alternativas viáveis para substituição em larga escala de carvão mineral por outro redutor, existe, no presente, limitação para redução substancial das emissões de co2. O controle adequado e a implementação de iniciativas que promovam a redução gradual dessas emissões têm recebido especial atenção do setor. Entre as práticas adotadas, destacam-se a recuperação de gases gerados no processo produtivo para co-geração de energia elétrica, a implantação de alto-fornos a carvão vegetal e a substituição de óleo combustível por gás natural. Vários dos projetos desenvolvidos pelo setor para a redução das emissões de co2 foram encaminhados ao Governo, visando à obtenção de créditos de carbono, segundo os critérios do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. 40 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 40 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:06:59 PM Cabo de aço da colônia de férias do Lucas francisco ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 41 8/13/08 6:07:00 PM Desempenho Social Público Interno O ano de 2007 foi marcado pela continuidade da expansão da oferta de empregos no setor siderúrgico brasileiro. Ao final do período, as empresas associadas ao ibs contavam com um total de 121.597 colaboradores, incluindo o efetivo próprio (empregados das empresas) e o efetivo de terceiros (empregados de empresas contratadas). Esse valor representa um aumento de aproximadamente 9% em relação ao último ano, acumulando crescimento de 35% na oferta de postos de trabalho no setor, ao longo dos três últimos anos. O efetivo próprio representa a maior parte desses colaboradores, porém os últimos anos indicam trajetória de crescimento da participação de terceiros no total. Ao final de 2007, o efetivo próprio representava 53% do total de colaboradores, redução de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior. 47% 67% 62% 55% 53% Efetivo de Terceiros Efetivo Próprio 2004 2005 2006 2007 2004 2005 2006 2007 Efetivo de Terceiros efetivo de terceiros por área de atuação 57.122 49.954 37.439 29.460 2% 12% 2004 2005 2006 2007 42 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 42 64.475 45% 61.603 38% 60.819 33% Efetivo PrÓprio 60.328 Total de colaboradores 86% 2% 10% 19% 14% 18% 20% 63% 66% 88% Produção (Direto com Manutenção) Apoio à Produção (Indireto) Expansão 2004 2005 2006 2007 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:01 PM A crescente complexidade e diversidade das operações siderúrgicas demanda recursos humanos especializados, nem sempre requeridos pelas empresas com freqüência que justifique sua contratação direta. A solução adotada tanto pelas empresas brasileiras como no resto do mundo é a terceirização dessas atividades, possibilitando assim operação mais econômica e melhor utilização dessa mão-de-obra especializada pelo sistema produtivo. Mapeamento do Efetivo Próprio Os indicadores do efetivo próprio permitem avaliar as iniciativas que vêm sendo implementadas ou mesmo evidenciar eventuais oportunidades de ação das empresas em relação a alguns aspectos que historicamente representaram entraves, em maior ou menor grau, de determinados grupos sociais ao mercado de trabalho. Isoladamente, nenhum desses indicadores dá conta de avaliar ou indicar um caminho a ser seguido. Eles representam, porém, um importante componente para planejamento e avaliação das práticas de gestão de recursos humanos das empresas do setor. Se por um lado há a oportunidade de participação das empresas na criação de mecanismos inclusivos, com reflexo na organização da sociedade a longo prazo, por outro, há a necessidade imediata de reconhecimento e combate a processos discriminatórios não explícitos. Como forma de combater a discriminação, a maior parte (90%) das empresas do setor aborda o assunto em seus códigos de ética ou conduta empresarial, que são divulgados a todos os colaboradores. Em algumas empresas, o combate à discriminação é abordado também em programas de treinamento dirigidos aos colaboradores em cargos de liderança e explicitado nas políticas e procedimentos de gestão, de forma a influenciar os processos de recrutamento e seleção, remuneração, promoção e desligamento de profissionais. Cerca de 70% das empresas associadas ao IBS declaram ainda desenvolver iniciativas para valorização da diversidade, como forma de atuar pela inclusão de grupos sociais que enfrentam restrições históricas no acesso ao mercado de trabalho. Entre as iniciativas, estão os programas de inclusão de pessoas com deficiência. Além de cumprir a legislação, as siderúrgicas desenvolvem programas para capacitar essas pessoas. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 43 indicadores de desempenho do setor 43 8/13/08 6:07:01 PM Gênero Em 2007, o número de mulheres no efetivo próprio evoluiu de 3.928 no ano anterior para 4.871. Dessa forma, a participação cresceu para 8%, contra 6% em 2006. A maior participação das mulheres acontece nos cargos de nível superior, nos quais elas representam 29% do efetivo. Efetivo PrÓprio por gênero 8% 6% Efetivo PrÓprio por cargo e gênero (2007) Diretoria Não-estatuária Gerência 7% 94% 92% 2006 2007 100% Administrativo 93% Supervisão 4% 96% Nível Superior 29% 29% 71% Técnico Nível Médio 8% 71% Operacional 1% Homens Mulheres 92% 44 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 44 99% indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:01 PM Balança do consultório da Fernanda lucas ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 45 8/13/08 6:07:02 PM Cor / Raça Aproximadamente 54% das empresas do setor informaram os dados relativos a mapeamento de cor/raça do efetivo próprio. Entre elas, três empresas afirmaram ter levantado os dados por meio de processo que considera o critério de autodeclaração, segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ibge), e uma realizou esse mapeamento por meio de um censo de seus colaboradores. Nas empresas que têm os dados de cor/raça devidamente registrados, observa-se predominância de pessoas da cor branca (64,38%). Efetivo Próprio por cor / raça¹ (2007) As pessoas negras (pretas e pardas) representam 35,33%, as amarelas, 0,25% e as indígenas, 0,04%. 0,25% 0,04% Brancos Pretos Pardos Amarelos Indígenas 27,33% Os dados históricos indicam pequenas variações na distribuição do perfil cor/raça do setor ao longo dos últimos quatro anos, entretanto, houve um aumento de 1,7% do grupo de pessoas declaradas pretas em relação ao ano anterior. Efetivo Próprio por cor / raça 2004 8% 64,38% ¹ Considera dados de 7 empresas, totalizando 28.864 empregados (44,8% do efetivo próprio total do setor). Brancos Pretos Pardos Amarelos Indígenas 63,59% 5,48% 30,64% 0,28% 0,01% 2005 63,28% 5,71% 30,70% 0,28% 0,03% 2006 62,49% 7,83% 29,39% 0,27% 0,02% 2007 64,38% 8,00% 27,33% 0,25% 0,04% Observações: considera dados de 7 empresas, totalizando 28.864 empregados (44,8% do efetivo próprio total). Dados de 2006 ajustados devido a melhorias no processo de levantamento de dados. Faixa Etária Em relação ao perfil etário do efetivo próprio, no setor siderúrgico brasileiro, Efetivo Próprio por faixa etária (2007) 8% 4% apresentam participação similar as três faixas definidas para pessoas de 21 a 50 31% 28% anos. Este conjunto representou 88% do total, no ano de 2007. 46 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 46 Até 21 anos 21 a 30 31 a 40 41 a 50 Acima de 50 29% indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:02 PM Escolaridade A maior parte (86,4%) do efetivo próprio do setor no final de 2007 tinha, no mínimo, o ensino médio completo. Efetivo PRóprio por nível de escolaridade (2007) 4,16% 0,03% 13,58% 14,46% Desse total, 14,5% completaram também o ensino superior. Analfabetos Ensino Fundamental Os dados históricos indicam elevação Ensino Médio Ensino Superior Pós-graduação gradual do nível de escolaridade 67,77% dos colaboradores do setor nos últimos quatro anos, demonstrada principalmente pelo aumento de efetivos com ensino médio completo. Efetivo Próprio por escolaridade Analfabetos Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Pósgraduação 2004 0,07% 20,62% 60,68% 15,27% 3,36% 2005 0,03% 18,66% 62,41% 15,41% 3,49% 2006 0,002% 13,88% 66,51% 14,53% 5,08% 2007 0,03% 13,58% 67,77% 14,46% 4,16% Observação: dados de 2006 ajustados devido a melhoramentos no processo de levantamento de dados. Investimentos em Educação No ano de 2007, os investimentos em educação realizados pelas investimentos em educação (r$mil) ano anterior. 7.972 aos investimentos realizados no 6.406 crescimento de 24,4% em relação 9.524 R$ 8 milhões, representando 10.084 empresas do setor totalizaram 2004 2005 2006¹ 2007 ¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes realizados pelas empresas no processo de levantamento de dados de 2007. Fonte: Distribuição do Valor Adicionado relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 47 indicadores de desempenho do setor 47 8/13/08 6:07:02 PM Tempo de Empresa Do efetivo próprio do setor siderúrgico ao final de 2007, 45% tinham mais de 11 Efetivo PRóprio por tempo de empresa (2007) anos de trabalho na empresa. Apesar da pequena diferença na distribuição 3% 17% Até um ano 20% 2 a 5 anos entre as faixas pesquisadas, a maior 6 a 10 anos 21% concentração (22%) de pessoas estava 11 a 20 anos 21 a 30 anos 22% na faixa entre 11 e 20 anos de trabalho Acima de 30 anos 17% na empresa. Pessoas com Deficiência Entre os profissionais contratados pelas empresas siderúrgicas, 614 têm algum tipo de deficiência. Esse grupo representa 1% do total de empregados do setor e reflete o compromisso das empresas pela inclusão de pessoas com deficiência. No período, 76% das empresas associadas ao ibs implementaram ou deram continuidade a programas voltados à criação de oportunidades para pessoas com deficiência, envolvendo iniciativas de capacitação e treinamento. COLABORADORES COM DEFICIÊNCIA 2007 Auditiva Física Mental Múltipla Visual Total 384 229 0 1 0 614 Treinamento e Desenvolvimento No ano de 2007, o setor siderúrgico nacional investiu R$ 65,6 milhões em treinamentos, cursos e outras iniciativas voltadas à capacitação dos profissionais contratados. Este valor representa queda de 1%, reflexo dos programas de desenvolvimento realizados por todas as empresas do setor em anos anteriores. Esses programas – que contemplam tanto cursos internos quanto apoio financeiro para formação externa – proporcionam aos colaboradores oportunidades de desenvolvimento de conhecimentos e ampliação das competências. 48 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 48 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:02 PM Além dos programas de capacitação e desenvolvimento profissional, 46% das empresas do setor realizam treinamentos específicos em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos. Os temas, em geral, são abordados nos treinamentos sobre os códigos de conduta e ética empresarial, nos programas de inserção de pessoas com deficiência e em processos de educação corporativa. As empresas mantêm também programas de estágio e trainee. Em 2007, 2.178 pessoas participaram desses programas. Os programas de estágio envolveram 1.825 pessoas, entre estudantes do nível médio e superior, dedicados tanto em período integral quanto parcial (4 horas). Em 2007, 868 jovens aprendizes integraram o quadro de colaboradores do setor. Esses jovens, entre 14 e 24 anos, foram contratados de acordo com a Lei da Aprendizagem (nº 10.097/2000, alterada pela Lei nº 11.180/2005). 2004 2005 2006¹ 2007 ¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes realizados pelas empresas no processo de levantamento de dados de 2007. Fonte: Distribuição do Valor Adicionado 2004 2005 2006 1.825 353 2.784 311 2.711 712 2.456 trainees e estagiários 432 65.623 66.364 64.398 60.309 investimento em treinamento e desenvolvimento profissional (r$mil) 2007 Trainees Estagiários Estagiários (2007) 6% Estagiário Nível Médio (4 horas) 45% Estagiário Nível Médio (8 horas) Estagiário Nível Superior (4 horas) 45% Estagiário Nível Superior (8 horas) 4% relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 49 indicadores de desempenho do setor 49 8/13/08 6:07:03 PM Remuneração e Benefícios O setor siderúrgico registrou, em 2007, um aumento de aproximadamente 14% nas despesas totais com pessoal, totalizando R$ 4,2 bilhões. Esse valor inclui salários, honorários, férias, encargos sociais compulsórios e benefícios voluntários. Entre os benefícios oferecidos, assistência hospitalar e seguro de vida em grupo são proporcionados por todas as empresas. Destacam-se ainda alimentação, assistência odontológica, previdência privada e assistência oftalmológica, que são oferecidos por grande parte das empresas associadas ao ibs. Nos programas de participação nos lucros ou resultados, foram distribuídos R$ 528,2 milhões para os colaboradores, o que representa um aumento de 24,7% em relação ao ano anterior. 90% das empresas do setor têm políticas e práticas para promover a não-discriminação e a eqüidade na remuneração dos empregados. Entretanto, os dados ainda refletem uma situação de desequilíbrio na remuneração de homens e mulheres nos diferentes cargos ou funções. 2004 2005 2006 2007 528.212 423.740 492.657 PLR (R$mil) 504.162 4.233.825 3.706.977 3.527.166 3.111.725 Folha de Pagamento (R$mil) 2004 2005 2006¹ 2007 839.598 786.139 828.537 782.535 Outros BenefÍcios (R$mil) 2004 2005 2006¹ 2007 50 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 50 ¹Valor de 2006 foi corrigido em função de ajustes realizados pelas empresas no processo de levantamento de dados de 2007. Fonte: Distribuição do Valor Adicionado indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:03 PM salário médio por cargo e gênero 2006 4.536 2.963 5.094 4.159 2007 2006 1.599 Operacional 921 2.802 2.491 2.055 2.327 2007 4.747 4.005 2006 1.336 2007 Técnico Nível Médio 2006 2007 Nível Superior 1.989 1.927 1.889 1.921 Administrativo 2006 4.298 2.974 10.145 2007 1.506 2006 Supervisor 7.808 9.156 7.508 Gerente Mulheres Homens 2007 Saúde e Segurança Promover a saúde e a segurança no ambiente de trabalho é uma prioridade para o setor siderúrgico. O cuidado realizado neste sentido ocorre tanto nas áreas administrativas, quanto nas unidades industriais. Todas as empresas possuem comitês formais de saúde e segurança, formados por gestores e trabalhadores, que auxiliam o monitoramento e aconselhamento da segurança no ambiente de trabalho. As comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA) realizam reuniões periódicas, nas quais são levantadas as necessidades dos empregados em relação ao tema e elaborados planos de ação e implementação. São também práticas comuns a todas as empresas do setor a formalização de políticas e procedimentos para registros e notificação de acidentes, a elaboração de estratégias para situações emergenciais, bem como a manutenção de práticas permanentes voltadas à melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 51 indicadores de desempenho do setor 51 8/13/08 6:07:03 PM No ano de 2007, foram realizadas diferentes iniciativas na área de saúde e segurança, entre as quais se destacam as campanhas, palestras, treinamentos e sensibilizações, inspeções e relatórios, programas de melhoria da qualidade de vida, além dos exames médicos realizados para monitoramento das condições de saúde dos colaboradores. Destaca-se, em 2007, a formalização em todas as empresas de um protocolo de práticas e diretrizes em relação ao ruído no ambiente de trabalho. Doenças graves como hiv/Aids, diabetes, ler e stress recebem especial atenção em todas as empresas. São realizadas iniciativas de educação e treinamento, aconselhamentos, programas de prevenção e controle de risco e tratamento. A maior parte dessas iniciativas beneficia o efetivo próprio e seus familiares, sendo que algumas delas – principalmente as que envolvem campanhas de educação e treinamento – voltam-se ainda às comunidades próximas às áreas de operação das empresas. Acidentes – Efetivo PrÓprio (2007) 394 150 85 86 Com Perda de Tempo Sem Perda de Tempo Na Empresa 0 3 No Trajeto Fatais Acidentes – Efetivo de Terceiros (2007) 417 173 60 Com Perda de Tempo 52 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 52 46 Sem Perda de Tempo Na Empresa 6 0 No Trajeto Fatais indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:03 PM FERNANDA Brinquedo do Guilherme ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 53 8/13/08 6:07:04 PM Produtos, Clientes e Consumidores A especificação dos produtos siderúrgicos objetiva atender da melhor forma as finalidades para as quais se destinam, sem danos à saúde e segurança dos usuários. Nesse sentido, avaliações dos impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos são realizadas por seis empresas do setor. Esses estudos contemplam diferentes etapas, que vão desde o desenvolvimento do conceito do produto até o consumo final, disposição e reutilização. As avaliações são embasadas por critérios particulares definidos pelas empresas, como, por exemplo, o diagnóstico de substâncias nocivas em matérias-primas e insumos, o controle de níveis de algumas substâncias ou a análise de eventuais contaminações em sucatas recebidas e em produtos enviados aos clientes. Algumas empresas também possuem certificações específicas que garantem a conformidade de toda a sua linha de produtos. Em geral, o setor não apresenta problemas relacionados à proibição de venda nos mercados onde atua. Além das análises técnicas, a manutenção de uma relação próxima com seus clientes e consumidores é um aspecto relevante para o setor. Com o objetivo de melhorar a qualidade das relações construídas com este público, nove empresas possuem práticas e/ou políticas formais para avaliação de satisfação. São realizadas pesquisas que utilizam metodologias diferenciadas, como questionários e acompanhamentos sistemáticos. Além desses meios, algumas empresas utilizam indicadores específicos, realizam análises de performance de entrega e acompanham o número de reclamações. Todas as avaliações realizadas apresentaram resultados positivos. 54 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 54 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:04 PM Fornecedores A seleção e o desenvolvimento de fornecedores é aspecto fundamental na atuação das empresas siderúrgicas brasileiras. Cientes dos riscos e oportunidades que o fornecimento de insumos, matérias-primas e serviços representa para a sustentabilidade da cadeia produtiva do aço e atendimento ao mercado, as empresas do setor mantêm programas de certificação de fornecedores. Às políticas e práticas relacionadas à seleção de fornecedores, as empresas do setor incorporam aspectos relacionados à qualidade, segurança e meio ambiente – na maior parte das vezes, seguindo diretrizes de normas certificadoras já implementadas –, além de outros requisitos como custo, prazos e a idoneidade da empresa contratada. Em algumas empresas, essas práticas têm sido acompanhadas de atenção ainda maior em relação a aspectos sociais, de ética e conduta empresarial, direitos humanos e de participação no desenvolvimento local. A maior parte (90%) das empresas inclui as políticas e critérios para o relacionamento com os fornecedores em seu código de conduta ou declaração de valores. Mais de 60% das empresas que compõem o setor possuem ainda política explícita ou programa específico de responsabilidade social empresarial para a cadeia de fornecedores, mantendo diálogo com esse público, visando ao alinhamento da atuação das empresas nos aspectos relacionados à sustentabilidade. Algumas empresas (36%) já estabeleceram prazos formais para que seus fornecedores entrem em conformidade com seus critérios de responsabilidade social, monitorando essa adequação por meio de visitas e inspeções. Mais de 60% das empresas possuem políticas que favorecem o desenvolvimento e fortalecimento dos fornecedores locais. Dados relativos a oito empresas mostram que, em 2007, mais de 79% das compras foram realizadas em fornecedores locais ou do mesmo estado. As práticas incluem, em sua maioria, o oferecimento de cursos, palestras e encontros com pautas relacionadas a aspectos de qualidade, saúde e segurança e de gestão com foco no aumento da competitividade dos produtos e serviços oferecidos. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 55 indicadores de desempenho do setor 55 8/13/08 6:07:04 PM Em alguns casos, essas iniciativas são desenvolvidas junto a outros parceiros e instituições. Um exemplo é o prodfor, Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores, no estado do Espírito Santo, do qual participam algumas empresas do setor, junto a diversas outras empresas instaladas na região. Essas iniciativas potencializam a sustentabilidade na complexa cadeia de negócios do setor siderúrgico. Fornecedores Locais 56 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 56 412,25 1.626,69 Total de compras (R$ milhões)* Outros Fornecedores *Considera informações de 8 empresas do setor. indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:05 PM Comunidade e Sociedade compromissos éticos e conduta O setor siderúrgico reconhece seu papel na promoção de mudanças na sociedade e contribuição ao desenvolvimento do País. A atuação baseada na conduta ética e transparente é essencial para que este papel de agente de transformação possa realmente ser legitimado pela sociedade. A adoção de valores e princípios éticos permeia a atuação de todas as empresas do setor. 60% possuem código de conduta e mantêm programas de orientação e treinamentos para os empregados de todos os níveis hierárquicos. Há 30% que, além disso, envolvem outras partes interessadas. Para os 10% restantes, já há valores formalizados em cartas de princípios, mas em início do processo de incorporação. Mais de 60% das empresas do setor possuem políticas e procedimentos formais que tratam de práticas anticorrupção, compreendendo canais de denúncia, viabilizando o tratamento adequado de casos que eventualmente envolvam a empresa ou seus colaboradores. políticas públicas A siderurgia brasileira também busca criar oportunidades e estimular o desenvolvimento da sociedade através da participação em diferentes grupos e instituições envolvidos com a elaboração de políticas públicas. Aproximadamente 69% das empresas do setor declaram participar direta ou indiretamente da elaboração de políticas, com diferentes formas de engajamento. Alguns exemplos desse envolvimento são, além de defesa e promoção dos interesses específicos do setor siderúrgico, participação em comissões para o desenvolvimento regional e discussão da legislação socioambiental, implementação de agenda 21 municipal, bem como outras ações de investimento social. A participação em políticas públicas é também parte destacada das atividades do ibs, que atua de forma pró-ativa em diversos fóruns que tratam de temas de interesse nacional, como o conama, pbqp-h, fóruns de competitividade do mdic, conselhos empresariais nacionais e internacionais, entre outros. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 57 indicadores de desempenho do setor 57 8/13/08 6:07:05 PM pactos e iniciativas voluntárias Algumas empresas participam de pactos e iniciativas voluntárias voltadas à mobilização da comunidade empresarial para a adoção de valores fundamentais em suas práticas de negócios. O Pacto Global, uma iniciativa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (onu) que apresenta princípios relacionados a direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção, conta com o apoio formal de 38% das empresas do setor siderúrgico. Outras iniciativas são também apoiadas pelas empresas do setor. O Pacto pela Integridade e contra a Corrupção tem como signatárias 31% das empresas associadas ao ibs. O Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e o Pacto Empresarial contra a Exploração Sexual das Crianças e Adolescentes nas rodovias brasileiras representam compromissos assumidos respectivamente por 15% e 23% das empresas do setor. relação com comunidades São realizados, por 54% das empresas do setor, programas e/ou iniciativas específicas com o objetivo de avaliar os impactos de suas operações nas comunidades locais. Entre as práticas mais comuns, destacam-se abertura de canais de comunicação, como linhas telefônicas diretas, registros e acompanhamentos de solicitações das comunidades, programas de monitoramento ambiental e pesquisas de opinião. 58 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 58 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:05 PM investimento em ação social A destinação de recursos para Investimento Social Privado é uma prática comum a todas as empresas associadas ao ibs. Esses investimentos são realizados de maneiras distintas e com diferentes níveis de envolvimento. O direcionamento de recursos a programas próprios e de terceiros, selecionados com base nas prioridades de seus beneficiários, é realizado, coordenado ou acompanhado através de consultas periódicas por 38% das empresas do setor, que verificam a adequação e o desempenho do programa desenvolvido. Além disso, 46% das empresas ainda investem em programas que tenham como ponto de partida o fortalecimento do protagonismo local. No ano de 2007, o investimento das empresas do setor siderúrgico em projetos de ação social totalizou R$ 327 milhões. A maior parte desses investimentos (65%)1 contou com parceria de programas governamentais. Entre esses incentivos, destacase a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), por meio da qual foram investidos aproximadamente R$ 21 milhões em ações culturais. A especial atenção que o setor direciona aos projetos ambientais é refletida no percentual dos investimentos realizados nessa área (44%)2. Uma parcela significativa (20%) é direcionada à cultura, e 13% e 12% são investidos, respectivamente, em projetos voltados à educação e saúde. Mais informações a respeito desses projetos podem ser obtidas diretamente nas empresas, em seus relatórios e balanços sociais ou sites na internet. 1 Considera os dados das seis empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 97.361.000,00 (30%) dos investimentos totais do setor. 2 Considera os dados das sete empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 294.309.000,00 (90%) dos investimentos totais do setor. relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 59 indicadores de desempenho do setor 59 8/13/08 6:07:05 PM 93.027 159.237 223.886 327.047 valor total de investimentos (R$mil)' 2004 2005 2006 2007 incentivos fiscais para o investimento social privado (2007)² 27% 35% 9% Sem Incentivos Fiscais Educação 13% Cultura Lei Rouanet 20% FIA 4% 9% 3% incentivos destinados à ação social por área (2007)³ Leis Estaduais Leis Municipais 22% Outros Incentivos Fiscais 0% Lei Audiovisual 44% 1% 2% 11% Esporte Saúde Combate à Fome e Segurança Familiar Meio Ambiente Outros ' Considera os dados de 9 empresas para o ano de 2006 e 8 empresas para 2005 e 2004. Em 2007, todas as empresas informaram o valor investido. ²Considera os dados das seis empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 97.361.000,00 (30%) dos investimentos totais do setor. ³Considera os dados das sete empresas siderúrgicas que informaram esse valor e representam R$ 294.309.000,00 (90%) dos investimentos totais do setor. 60 relatório de sustentabilidade IBS 2008 ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 60 indicadores de desempenho do setor 8/13/08 6:07:05 PM guilherme Colher do João ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 61 8/13/08 6:07:06 PM agradecimentos A todos os profissionais das empresas que participaram do longo processo de levantamento das informações publicadas neste relatório, agradecemos o empenho, o cuidado e a atenção dispensados. Esse envolvimento possibilitou que mais um passo fosse dado no sentido de aprimorar esta publicação, que traz informações relevantes sobre os desempenhos econômico, social e ambiental da siderurgia brasileira. ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 62 8/13/08 6:07:06 PM Créditos créditos coordenação IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia consultoria AMCE Negócios Sustentáveis projeto gráfico do miolo e da capa Crama Design Estratégico direção de design Ricardo Leite designer Amanda Lianza designer assistente Ana Asch impressão Sol Gráfica tiragem 3 mil exemplares ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 63 8/13/08 6:07:06 PM ibsid_0002_balanco_social_01_f.indd 64 8/13/08 6:07:06 PM