bsc - correcao 05-11-15 - final numeracao fim
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A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE TRABALHOS LÚDICOS NA ÁREA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS The importance of developing the playful work involving health professionals in nutrition education of children hospitalized TONETTO, Aline Péccolo Faculdade de Jaguariúna MENCARINI, Maísa Maria Sousa Faculdade de Jaguariúna Resumo Este trabalho busca analisar estudos que relacionam o trabalho lúdico e a Educação Nutricional com crianças que se encontram hospitalizadas, sugerindo uma adaptação de ideias em que se desenvolvem os saberes da formação acadêmica à prática da promoção de uma saúde mais saudável. Mesmo inserido em todos os ambientes sociais, observa-se que há uma maior necessidade em ações de melhoria a serem desenvolvidas dentro do hospital. Um fator importante que expõe o grupo estudado é a carência de informações sobre os tipos de alimentos, os nutrientes que o organismo necessita, a maneira correta de manipular, preparar e apresentar os alimentos, atividades preventivas e falta de capacitação aos profissionais. Uma maneira de inovar é utilizar uma intervenção com o trabalho lúdico a fim de criar um cenário fora do comum, facilitando a aprendizagem. O trabalho lúdico além de aproximar as pessoas, causa bem-estar, pois permite enxergar situações por outra ótica. Em alguns ambientes hospitalares, a ludicidade é utilizada com pouca ou nenhuma frequência, e pode ser um recurso bem aproveitado, desde que bem elaborado, para conduzir uma disciplina nutricional de modo divertido. Palavras-Chaves: Trabalho Lúdico, Educação Nutricional, Crianças Hospitalizadas. 1 Pág. 236 Abstract This work seeks to analyze studies that relate the playful work and Nutrition Education with children who are hospitalized, suggesting an adaptation of ideas in which they develop the knowledge of academic training to the practice of promoting a healthier health. Even inserted in all social environments, it is observed that there is a greater need for improvement actions to be developed within the hospital. An important factor that exposes the group studied is the lack of information on the types of foods, the nutrients the body needs, the proper way to handle, prepare and present food, preventive activities and lack of training for professionals. One way to innovate is to use an intervention with the playful work to create a scenario unusual, facilitating learning. The playful work as well as bring people together, wellness cause because it allows seeing situations by another light. In some hospital environments, playfulness is used with little or no frequency, and may use a well-passed, if well designed for conducting a discipline nutritional entertaining way. Keywords: Playful Work, Nutrition Education, Hospitalized Children. 2 Pág. 237 1 Introdução Silêncio, objetos desconhecidos, situações ocasionais de stress em um extenso corredor são aspectos que ilustram bem a rotina de um hospital. Esse lugar onde tudo acontece com muita intensidade, deixa algumas pessoas impacientes com a espera para ser atendido (principalmente crianças que são tão ativas), e geram muitas queixas por ser um local nada parecido com o qual realmente gostariam de estar. Repensar no relacionamento entre paciente, acompanhante e profissional da saúde com a necessidade de fortalecer o vínculo entre eles, e o grande desafio é transformar essa atmosfera em um lugar prazeroso durante sua permanência. Todo trabalho árduo pode haver resistências, por isso esse desconforto quanto ao desconhecido é considerado normal. Sendo assim, a conquista deve ser feita aos poucos, fazendo com que a criança não se sinta fora do seu mundo particular. Diante disso, fica mais fácil desenvolver ações diversificadas com as mesmas. A intenção é estimular troca de experiências, manter diálogos simples e de fácil entendimento, criar modos de trabalho e condições no processo de cuidado, aumentando assim a sociabilização. Um aperto de mão, um abraço, um beijo, um sorriso, a forma de lidar com a criança faz a diferença. Ao transmitir sentimentos, palavras e atitudes otimistas, o retorno é totalmente positivo e repercute a todos que estão envolvidos, conseguindo uma aproximação muito maior. Quando falamos de saúde hospitalar, estamos englobando os hospitais públicos e privados. Sabemos que diante das condições financeiras que os mantêm, diferenciam-se tanto estruturalmente quanto aos serviços oferecidos, porém, ambos precisam que se introduza uma ação sensibilizada de melhoria. Gerir uma capacitação da equipe, melhora no envolvimento da relação interpessoal, otimização e desenvolvimento dos recursos tornam o trabalho mais eficiente. O feedback da criança hospitalizada é essencial para ajudar no seu processo de desenvolvimento e recuperação. A visita direta do Nutricionista ao paciente leva o profissional a saber como ele está se adaptando as refeições em todos os sentidos. Esse contato direto faz 3 Pág. 238 que a profissional conheça os gostos da criança e da família, assim, podendo criar um cardápio mais elaborado para cada paciente, estreitando assim, o vínculo afetivo. A “quebra de gelo” gera uma confiança maior da criança com quem ela está se relacionando, e é uma forma de ocupar o tempo, diminuindo a ansiedade e agitação em ir embora logo, o cansaço, a rotina, a ociosidade, a tensão, aumentando a tranquilidade por estar em um hospital e o entusiasmo em desempenhar suas atividades cotidianas normalmente. Uma boa conduta faz toda a diferença ao educar os pequenos. Ao conhecer a população que será trabalhada, aprofunda-se a promoção prática de hábitos mais saudáveis, esclarecendo informações através de materiais, atividades, medidas, estratégias que vêm para conduzir a uma reflexão maior do conhecimento de Nutrição, muitas vezes limitado ou até vago, aprimorando as escolhas alimentares, diminuindo carências nutricionais, combatendo síndrome metabólica e remodelando o tipo de vida que se leva. Uma excelente opção é unir o comer bem ao brincar. As atividades lúdicas simples tornam-se imensamente educativas, mostrando uma forma mais saudável e divertida de conhecimento, estar doente não as impede de poder brincar, o brincar faz a criança entrar num mundo de faz de conta real. É nele que ela expressa o que está sentindo e desenvolve suas vontades e habilidades através de movimento e dinamismo. Através da brincadeira o ambiente é modificado, pois permite que a criança traga a criatividade a uma situação cotidiana séria, e faz com que consiga suprir suas necessidades e ser mais forte diante de sua dor, esquecendo assim, as experiências ruins. A ideia é inserir o trabalho lúdico no hospital com a equipe multidisciplinar e os acompanhantes das crianças, trabalhando diretamente com eles, permitindo assim que aprendam e que não se sintam tão sozinhas. Através do lúdico, a procura é obter comportamentos desejáveis para a qualidade de vida dessas crianças hospitalizadas. O lúdico permite à criança sentir que está livre para deixar sua imaginação fluir com mais leveza, sem pressões e olhares de julgamento diante dela, e ao ensinar de um “modo gostoso”, faz com que elas carreguem esse saber adquirido por toda a sua vida. 4 Pág. 239 Para FAVERO et al., (2007); MOTTA; ENUMO, (2004); OLIVEIRA; FRANCISCHINI, (2003), muitos autores têm defendido a ideia de que deve-se propiciar atividades lúdicas à criança hospitalizada, especialmente porque ao brincar ela altera o ambiente em que se encontra e aproxima-se da sua realidade cotidiana. Consideram que a atividade recreativa, livre e desinteressada tem um efeito terapêutico, uma vez que auxilia na elaboração de emoções e sentimentos e na promoção do bem-estar dos pacientes. O projeto lúdico na educação nutricional tem como objetivo produzir a criança nova oportunidade de aprender de forma prazerosa, pois sabemos que todos aprendemos com mais facilidade através de jogos e brincadeiras. 2 Objetivo geral: Realizar revisão da literatura de trabalhos já elaborados previamente sobre trabalhos lúdicos na área de Educação Nutricional com crianças hospitalizadas. 2.1 Objetivos específicos: ü Através destes estudos, fazer uma possível conexão entre eles, adaptando as ideias, mostrando a importância de alimentar-se de maneira saudável através do brincar; ü Fornecer às crianças, familiares e/ou cuidadores, profissionais um aporte informativo nutricional, a fim de melhorar o estilo de vida, diminuindo e até evitando futuras complicações de saúde. 5 Pág. 240 3 Materiais e métodos Foi escolhido como método de estudo revisão a bibliográfica para se aproximar e entender a realidade investigada e assim poder fornecer ferramentas como sugestões de intervenção nesse ambiente. A metodologia foi baseada em trabalhos lúdicos dos últimos 15 anos na área de educação nutricional infantil, já realizado com crianças envolvendo profissionais da saúde no ambiente hospitalar. A questão norteadora adotada para este estudo foi quão eficaz é a participação da equipe multidisciplinar com relação à intervenção lúdica na prática da educação nutricional em saúde com melhoria no tratamento em geral. Foram selecionados artigos científicos indexados em base de dados Scielo, Medline, com os descritores: 1) trabalho lúdico; 2) atividades lúdicas; 3) educação nutricional; 4) lúdico; 5) Nutrição infantil hospitalar, publicados entre os anos de 1998 a 2013, no idioma português. Devido à escassez de artigos e estudos científicos já realizados, não encontramos livros que abordam o tema trabalho lúdico em hospitais em relação à educação nutricional. Foram adotados como critérios de exclusão, os artigos repetidos nas bases de dados e os que fugissem dos objetivos propostos. Por se tratar de um estudo de revisão de literatura, não houve necessidade da aprovação pelo Comitê de Ética (CEP). A análise dos dados coletados foi realizada de maneira prática e através de leitura criteriosa. Foram selecionados artigos que responderam ao objetivo do estudo. O intuito é refletir através das publicações e criar perspectivas novas e inovadoras ao redor do foco, que podem ser implantadas de tal maneira a melhorar a qualidade do trabalho realizado diariamente. A colaboração do acompanhante foi importante para que a criança aceitasse que o voluntário fosse recebido. Com esse auxílio oferecido pelos acompanhantes, aumentou a confiança da criança, possibilitando que houvesse uma relação maior com outras crianças, profissionais da saúde e os próprios acompanhantes, tornando o convívio mais simples. As falas, emoções e sentimentos despertados nas crianças eram diversos: achavam legal, engraçado, choravam, tinham medo, etc. As reações eram 6 Pág. 241 diversificadas, não tendo uma única diante da presença do palhaço e do voluntário. Percebeu-se que antes das visitas, as crianças apresentavam agitação, desânimo, tristeza, algumas estavam mais quietinhas, e logo após as visitas, esses sentimentos traziam animação, alegria, tranquilidade e até a intensidade da dor teve o índice zerado em alguns casos, não sendo suficiente modificar apenas nos casos de algumas patologias específicas, em que os sintomas não deixam de existir e se manifestar. 7 Pág. 242 Autor AQUINO, R.G. BORTOLUCCI, R.Z. MARTA, I.E.R. Ano Título Equipe envolvida/ Local Tipo Lúdico Hos pi ta l de médi o porte no i nteri or de SP - Enferma gem Pa l ha ços (cl own), obejtos (ga l i nha , má qui na que s ol ta á gua , etc) Metodologia 2003 Doutores da Gra ça : a cri a nça fa l a ... FRANÇANI,G.M. ZILIOLI, D. SILVA,P.R.F. SANT'ANA,R.P.M. LIMA,R.A.G. 1998 Pres cri çã o do di a : Pa l ha ços , i nfus ã o de a l egri a , ma qui a gens , ca bel os 3 mes es de tra ba l ho uti l i za ndo a a rte Hos pi ta l da s Cl íni ca s engra ça dos , cha péus , vi s i ta s 1 x na s ema na má xi mo de 14 a nos o como i ns trumento uni da de do ca mpus ja l eco com hos pi ta l pos s ui 35 na a s s i s tênci a a pers ona gens , na ri z de Ri berã o Preto l ei tos , pergunta s cri a nça de pa l ha ço, a pi to, (HCRP - USP) Enferma gem di reta a o pa ci ente hos pi ta l i za da mús i ca , etc GARCIA, D.T.R. SILVA, J.G. VAZ, A.C. FILOCOMO, F.R.F. FILIPINI, S.M. A i nfl uênci a da Hos pi ta l de médi o tera pi a do ri s o no porte l i tora l norte de tra ta mento do Pa l ha ços e SP - Enferma gem 2009 pa ci ente pedi á tri co. bri nquedos em gera l GUERRA, P.M.S. 2009 Ava l i a çã o da a cei ta çã o de di eta s modi fi ca da s em hos pi ta l públ i co. Autor Ano Título HORTA, M.G. SOUZA, I.P. RIBEIRO, R.C. RAMOS S.A. 2011 Apl i ca çã o de técni ca ga s tronômi ca pa ra a mel hori a da qua l i da de s ens ori a l de di eta s hos pi ta l a res . Hos pi ta l Uni vers i tá ri o de Bra s íl i a (a l a pedi á tri ca ) Nutri ci oni s ta , profi s s i ona i s de ga s trônomi a Equipe envolvida/ Local Hos pi ta l muni ci pa l públ i co de Bel o Hori zonte, MG (SUS Al a pedi á tri ca ) Equi pe Gera l Hos pi ta l da s Cl íni ca s da Uni vers i da de Federa l do Tri â ngul o Mi nei ro (HC/UFTM) Enferma gem, nutri çã o, bi omedi ci na , fi s i otera pi a e tera pi a ocupa ci ona l . Fa nta s i a , ma qui a gens , ma teri a l es col a r, fa ntoches , i ns trumentos mus i ca i s , Tv, DVD e a pa rel ho de s om. 3 vezes na s ema na no horá ri o noturno, 1 mês de col eta de da dos , 218 pa ci entes com i da de médi a de 37,95 a nos , ques ti oná ri o ti po expl ora tóri o, os res ul ta dos fora m s ubmeti dos a a ná l i s e es ta tís ti ca des cri ti va . Ava l i a r a s a ti s fa çã o dos pa ci entes e a compa nha ntes em rel a çã o a s a ti vi da des l údi ca s rea l i za da s no hos pi ta l . Houve mui ta s reuni ões com a equi pe em rel a çã o a huma ni za çã o e s ua i mportâ nci a . O Tra ba l ho a pres entou o des ejo de perma nênci a e boa a cei ta çã o, conforme a a tua çã o dos i ntegra ntes , o qua i s bus ca m promover va l ori za çã o da vi da huma na . 28 cri a nça s de 6 a 12 a nos , pes qui s a fei ta em junho a a gos to 2000, entrevi s ta s a berta s com pergunta s di reta . Ava l i a r e i denti fi ca r a i mportâ nci a da da a o bri nca r pel a cri a nça com câ ncer como es tra tégi a de enfreta mento da hos pi ta l i za çã o, onde mos tra rá a tra vés de s eus des enhos . Os da dos col eta dos mos tra ra m que bri nca r cons ti tui -s e de fa to em um recurs o vi á vel e a dequa do pa ra o enfreta mento a hos pi ta l i za çã o. O bri nca r foi a prova do pa ra o enfreta mento do es tres s e em fa s e de procedi mento i nva s i vo do tra ta mento. Metodologia Objetivo / Resultado MOTTA, A.B. ENUMO, S.R.F. 2000 Jogos , a pos ti l a s com bri nca dei ra s i mpres s a s , Bri nca r no hos pi ta l : Hos pi ta l i nfa nti l fa ntoches , des enha r, Es tra tégi a de públ i co em a copl a gem, TV, l er, enfrenta mento da Vi tóri a /ES (s etor de ouvi r hi s tóri a s , hos pi ta l i za çã o onco-hema tol ogi a ) ca nta r dentre i nfa nti l . Ps i col ogi a outra s ... Autor Ano MUSSA, C. MALERBI, F.E.K. 2008 O i mpa cto da s a ti vi da des l údi ca s s obre o bem es ta r de cri a nça s hos pi ta l i za da s . Equipe envolvida/ Local Objetivo / Resultado Pl a ni l ha s pa ra o a compa nha mento da s eta pa s de prepa ro, má qui na fotográ fi ca . 2010 Título Metodologia Demos tra r a os profi s s i ona i s que a fus ã o entre ga s tronomi a e o nutri çã o pos s i bi l i ta uma s i ncroni a entre o tra ta mento e o pra zer de comer. A mel hora da a pres enta çã o da di eta foi s i gni fi ca ti va com mel hor a cei ta çã o, porém, rel a ta ra m que a a l i menta çã o ofereci da nã o a tendi a m os há bi tos a l i menta res . A boa a l i menta çã o promove mel hora em recupera çã o a s a úde, ca be a o nutri ci oni s ta um a tendi mento pers ona l i za do (huma ni za çã o dos ca rdá pi os ), i ntera çã o nutri oni s ta x pa ci ente torna ndo o a mbi ente hos pi ta l a r em a l go ma i s fa mi l i a r e a gra dá vel . Houve di fi cul da de por fa l ta de recurs os fi na ncei ros , utens íl i os a dequa dos , equi pe e es trutura i na dequa da . Ana l i s a r, a l tera r e a va l i a r a i mpl a nta çã o de técni ca s Rea l i za do de ga s tronômi ca s a s qua i s contri bui pa ra a s s egura r a Feverei ro a Jul ho - 34 qua l i da de s ens ori a l do a l i mento que contri bui pa ra uma l ei tos i nfa nti l , a té 12 refei ções ma i s nutri ti va s e a tra ti va s . A a va l i a çã o da a nos . Acompa nha r a qua l i da de s ens ori a l da s refei ções mos trou-s e efi ci ente chega da do a l i mento, pa ra pontua r probl ema s detecta dos na s di ferentes eta pa s prepa ra çã o a té a do prepa ra do. A ca pa ci ta çã o dos profi s s i ona i s envol vi dos di s tri bui çã o. Ana l i s a r foi de extrema i mportâ nci a pa ra o entedi mento de qua nto o Índi ce de Res to de ma i s a tra ti vo for mel hor a a cei ta çã o. Houve reduçã o do Inges tã o. índi ce de de Res to de Inges tã o. Sa ti s fa çã o do cl i ente hos pi ta l i za do em rel a çã o a s a ti vi da des l údi ca s des envol vi da por es tuda ntes uni vers i tá ri os . SIMÕES, A.L.A. MARUXO, H.B. YAMAMOTO, L.R. SILVA, L.C. SILVA, P.A. Rel a ta r experi ênci a a o uti l i za r a a rte (tea tro) como recurs o a uxi l i a r a a s s i s tênci a a cri a nça hos pi ta l i za da , procura r res ga ta r da cri a nça e da fa míl i a o ri s o. Após a s vi s i ta s era fei ta s a nota ções "prontuá ri o da a l egri a " e di s cus s ões dos res ul ta do e nova s a borda gens . O di a -a -di a do hos pi ta l s e tornou ma i s i nforma l e des contra ído, o ri s o pode s er ouvi do. Ana l i s a r a res pos ta do pa ci ente a o es tímul o do ri s o, ca pa ci da de de mel hora , torna r o a mbi ente ma i s a gra dá vel , e el a bora r um fol heto expl i ca ti vo a os prof. de enferma gem s obre a i mportâ nci a do humor di á ri o. Concl ui -s e que a tera pi a de ri s o dei xa a cri a nça ma i s fel i z, houve mel hor a cei ta çã o da equi pe de enferma gem nos procedi mentos , 18 pa ci entes com i da de de a té 15 a nos , menos dor a pós a tera pi a . Infel i zmente nes te tra ba l ho nã o houve mel hora na a l i menta çã o da s cri a nça s pel a tera pi a ques ti oná ri o 39% a cei ta ra m mel hor, 56% nã o teve i nfl uenci a , 5% nã o expl ora tóri o pa ra os repos ndera m. a compa nha ntes 2 eta pa s - 4 a 13 a nos , 3 di a s de col eta de da dos pa ra ca da utens íl i os decora dos eta pa (a ntes da s e prepa ra ções a l tera ções e a pós ), de a l tera da s em 10 pa ci entes 5 fi zera m des enhos ou a s 2. Uti l i zou o índi ce i ma gens a tra ti va s de Res to de Inges tã o Tipo Lúdico Objetivo / Resultado Identi ca r a opi ni ã o da s cri a nça s s obre o tra ba l ho dos 27 pa ci entes de 4 a 12 doutores da gra ça . Obs ervou que pa ra el a s o pa l ha ço tem o a nos dura çã o da s poder de di mi nui r dores , s entem ma i s fortes , mel hora no s es s ões de 60' humor, mel hor l i bera ções de emoçoes Tipo Lúdico Ava l i a r o i mpa cto da a ti vi da de l údi ca do grupo de conta dores de hi s tóri a s obre o es ta do emoci ona l e a s Sa nta Ca s a da qui xa s de dor de cri a nça s hos pi ta l i za da s . O es tudo Mi s eri córdi a de Sã o cons ta tou a l tera ções pos i ti va s na ma i ori a da s cri a nça s 15 cri a nça s com Pa ul o. Al a de obs erva da s . Após a ti vi da des l údi ca s a s cri a nça s neopl a s i a ma l i gna e i nterna çã o da s eus pa i s , 5 a 10 a nos . a pres enta ra m (ma i or i ntera çã o com os pa i s e com outra s enferma ri a . cri a nça s , ma i or movi menta çã o, ma i or a cei ta çã o dos Ses s ões rea l i za da s de Vol untá ri os Li vros , jogos , pa pel e s egunda a qui nta da s a l i mentos e di mi nui çã o do número de recl a ma ções de dor conta dores de e um es ta do emoci ona l ma i s a l egre e ca l mo) l á pi s . 19h a s 21h. hi s tóri a (des de 1997) 8 Pág. 243 4 Desenvolvimento A proposta é estimular o Nutricionista a conduzir um projeto que contribuirá para o trabalho de todos os outros profissionais. A partir disso, o profissional desenvolve as atividades juntamente com a equipe (cozinheiras e copeiras), todas as crianças e os acompanhantes, utilizando os recursos disponíveis e proporcionando novas criações que sejam úteis na ampliação do conhecimento. Assim, o Nutricionista deixa de manter somente a postura de ficar o dia todo na prescrição de dietas e planejamento de cardápios, e passa também a manter uma convivência direta com quem está sob seus cuidados. Um projeto antes de ser iniciado, é necessário que o Nutricionista capacite sua equipe. O pontapé inicial é realizar esse treinamento dos funcionários, fazendoos estar motivados e totalmente envolvidos. Pudemos observar quão satisfatórios e positivos foram os resultados obtidos, como a maneira de aplicar novos métodos foi de tamanha facilidade e de grande valia à equipe como um todo, instruindo de maneira mais clara a importância de unir o alimento saboroso com o alimento nutritivo, incentivando o seu consumo através da arte e da diversão, proporcionando assim, uma alimentação bem mais saudável. Podemos verificar que a maior parte de maus hábitos alimentares está relacionada a não saber a melhor conduta de lidar com a criança hospitalizada. Vemos como a influência que o cuidar exerce no momento da realização das refeições. É evidente que o olhar com o trabalho hospitalar da criança seja diferenciado dos demais pacientes, já que quando se cria uma empatia com a criança na ingestão de certos alimentos, consegue-se uma colaboração mais ampla de todos os envolvidos, garantindo um trabalho muito mais bem sucedido. Após analisar a tabela dos resultados, podemos nos basear que: - O nutricionista que fornece apoio às cozinheiras, além da confiança mútua, acaba oferecendo-lhes liberdade para dar aos alimentos um toque especial, a adoção de diferentes cortes, deixando-as ainda mais entusiasmadas durante a realização de suas tarefas, pois assim, conseguem melhorar a performance e inovar os cardápios oferecidos de maneira simples; Geralmente a nutricionista que acompanha as copeiras no percurso de entrega das refeições nos leitos, entra com a mesma para apresentar aquela 9 Pág. 244 refeição, não apenas deixar a bandeja e sair. Pode adotar um método de abrir e dizer, por exemplo: “Que cor é a flor, (NOME DA CRIANÇA)?”, A criança logo responderá: “Rosa”. E a nutricionista logo diz: “Olha que interessante, hoje ela veio na cor laranja”, (sendo representada por uma cenoura). Pode perguntar para a criança: “Qual a cor do Hulk?”, logo após a criança responder, ela continua conversando na didática dos pequenos: “E sabe por que ele tem essa cor?” “Porque ele come muito brócolis, couve, espinafre”. Isso vai despertar mais o interesse delas de querer ficar “igual” ao personagem e com isso aceitará melhor os alimentos saudáveis; Mas, a profissional pode explorar mais a criatividade. Nesse momento de curto prazo de interação que tem com a criança, pode vestir-se de um alimento, por exemplo, entrar com um chapéu na forma de alguma verdura ou legume, para descontrair o ambiente ainda mais. Assim, a criança torna-se mais confiante e passa a enxergar que certos alimentos são agradáveis e tem um significado importante para o crescimento e desenvolvimento delas; Em alguns hospitais que há a possibilidade de mais nutricionistas atuarem, consegue-se ampliar as atividades propostas, pois enquanto há uma prescrevendo as dietas, uma cuida do administrativo, outra pode ter uma aproximação maior e mais direta com as crianças, podendo até aproveitar as brinquedotecas ou espaços de recreação para realizar essas atividades. Nos dois casos, basta o próprio nutricionista poderia apresentar o plano estratégico ao conselho gestor do hospital, apresentando as vantagens que enriquecerão o trabalho não só dele, mas, de todos os profissionais que ali exercem suas funções, trazendo uma melhoria durante toda a permanência da criança ali. As atividades que podem ser propostas: · Mural Alimentação Saudável em grupo, onde se cola em um cartaz alimentos que consideram saudáveis, recortes de panfletos de supermercados (que são mais fáceis de encontrar alimentos); · Palestra aos responsáveis das crianças, à equipe multidisciplinar explicando sobre normas e procedimentos de higienização, diferentes maneiras de preparações e orientações de como a criança pode ajudar na cozinha. No fim, distribuição de gibis para serem lidos para os pequeninos, que conta a história de uma criança que aprende a ter uma Alimentação Saudável; 10 Pág. 245 · Teatro de fantoches sobre Alimentação Saudável e após o teatro solicitar que desenhem o personagem que mais se identificam; · Batata quente saudável, onde os alunos realizam a mesma regra, só que onde parar, deve falar um alimento saudável com a letra do alfabeto escolhido pela turma; · Atividade do semáforo. Baseando-se nos alimentos alocados na Pirâmide Alimentar, perguntar às crianças e posicionar os alimentos: sinal verde, se podemos consumir a vontade, sinal amarelo, para consumirmos moderadamente, sinal vermelho, pouco consumo; · Montagem de cardápio com a nutricionista, onde as crianças opinam quais alimentos devem ser incluídos nas refeições do dia seguinte, respeitando a ordem de serem seis refeições diárias constituídas por alimentos que eles consideram saudáveis. 5 Considerações finais Os estudos apresentados constataram quão positivos são os efeitos da atividade lúdica realizada com crianças dentro do ambiente hospitalar. Diante dos aspectos envolvidos tanto no tratamento como no ambiente em que se encontra, restritivo e limitado ao seu universo habitual, o desenvolvimento de atividades lúdicas mostra-se benéfico no comportamento físico, emocional e nutricional. Os dados obtidos dos estudos apontam a importância do trabalho de grupos formados por profissionais ou voluntários, e pelos próprios acompanhantes que convivem com as crianças, cada um dentro de suas possibilidades, visando favorecer a brincadeira lúdica com os alimentos, como forma de instrumento facilitador no tratamento, mantendo assim uma alimentação equilibrada de crianças hospitalizadas. 11 Pág. 246 REFERÊNCIAS AQUINO, R.G. BORTOLUCCI, R.Z. MARTA, I.E.R. Clowns doctors: the child talk...Online Brazilian Journal of Nursing (OBJN – ISSN 1676-4285) v. 3, n. 2, 2004 [Online] Available at: http://www.nepae.uff.br//siteantigo/objn302aquinoetal.htm COSCRATO, G. PINA, J.C. MELLO, D.F. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Acta Paul Enferm. 2010; 23(2): 257-63. DEMÉTRIO, F. PAIVA, J.B. FRÓES, A.A.G. FREITAS, M.C.S. SANTOS, L.A.S. 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