Projeto de um Amplificador de Potência a 2,4GHz Integrado em
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Projeto de um Amplificador de Potência a 2,4GHz Integrado em
PROJETO DE UM AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA A 2,4GHz INTEGRADO EM TECNOLOGIA CMOS DE 0,35µm ∗ Eduard Rodrı́guez, João Navarro, Wilhelmus Van Noije Laboratório de Sistemas Integráveis - Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Avenida Professor Luciano Gualberto, Travessa 3, 158 - CEP 05508-900. São Paulo, Brasil [email protected], [email protected], [email protected] SUMMARY The state of the art in RF transceptor systems has shown an evolution from low integration level systems using several technologies, to high integration level systems using CMOS technology. This evolution is based on the low cost and high integration possibilities of CMOS. However, the conductive nature of the silicon substrate and the resistivity of metal layers generate parasitic effects in the active and passive components that affect performance parameters as efficiency and gain. The challenge of power amplifier designs in integrated circuit is to achieve acceptable levels of RF output power and efficiency, considering those unavoidable parasitic effects that exist up to now. In this work, a theoretical review about class E power amplifiers with the most important results from mathematical analysis is presented. Parasitic component considerations of integrated circuits are also discussed. An integrated class E power amplifier operating at 2.4GHz was designed and implemented in a 0.35µm CMOS technology. From the layout were extracted the complete circuit components including all parasitics. Simulation results, obtained with Eldo RF, showed 14, 40mW RF output power and 13, 50% PAE at 2.4GHz when simulated with the set of SLOW parameters for the transistors. Test results showed 15, 24mW for the maximum RF output power and 10, 79% drain efficiency at 2,4GHz and 3V for the power supply. ∗ Este trabalho contou com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientı́fico e Tecnológico CNPq, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, Brasil. 1 PROJETO DE UM AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA A 2,4GHz INTEGRADO EM TECNOLOGIA CMOS DE 0,35µm∗ Eduard Rodrı́guez, João Navarro, Wilhelmus Van Noije Laboratório de Sistemas Integráveis - Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Avenida Professor Luciano Gualberto, Travessa 3, 158 - CEP 05508-900. São Paulo, Brasil [email protected], [email protected], [email protected] RESUMO É desenvolvido um estudo teórico sobre o amplificador de potência classe E. Os resultados mais importantes da análise matemática clássica deste amplificador são mostrados e alguns aspectos da operação do circuito incluindo componentes parasitários são discutidos. Baseado no estudo desenvolvido, um amplificador integrado, operando a 2, 4GHz, foi projetado na tecnologia CMOS de 0, 35µm. Resultados de simulação pós-layout mostram o efeito causado pelos componentes parasitários sobre a potência de RF de saı́da e a eficiência PAE do amplificador. A 2, 4GHz estimou-se uma potência de RF de saı́da de 14, 40mW e eficiência de potência adicionada de 13, 50% quando simulado com os parâmetros SLOW do transistor. Nos testes do circuito, a máxima potência de RF de saı́da em 2, 4GHz foi de 15, 24mW quando o circuito foi alimentado com uma fonte DC de 3V. Determinou-se uma eficiência de dreno de 10, 79%. 1. INTRODUÇ ÃO O comércio de aplicações de comunicações via Rádio Freqüências (RF) tem tido um grande crescimento nos últimos anos, e com isto o desenvolvimento de dispositivos para usuário final tem crescido ainda mais. Telefones celulares, pagers, redes locais de dados sem fio e outros dispositivos e aplicações, estão evoluindo rapidamente graças aos avanços tecnológicos de projeto e fabricação de sistemas eletrônicos que atı́ngem maiores nı́veis de integração e menor consumo de potência. O estado da arte dos sistemas transceptores de RF ao longo dos últimos dez anos mostra uma evolução desde sistemas com baixo nı́vel de integração utilizando múltiplas tecnologias até a proposta atual de sistemas com alto nı́vel de integração utilizando tecnologia CMOS (Complementar Metal-Oxide-Semiconductor) [1], [2], [3]. O uso da tecnologia CMOS tem sido justificado com menor custo de fabricação e facilidade de integração tanto na área digital quanto na analógica, mas em circuitos integrados analógicos, algumas medidas de desempenho como a eficiência e o ganho, são ainda inferiores às caracterı́sticas de circuitos discretos. ∗ Este trabalho contou com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientı́fico e Tecnológico CNPq, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, Brasil. Em tecnologia CMOS, o fator mais prejudicial para o desempenho de circuitos de RF é a natureza condutiva do substrato de silı́cio, o qual gera efeitos parasitários e interação com os componentes de circuitos projetados. As novas tecnologias CMOS para circuitos de RF estão sendo desenvolvidas com caracterı́sticas que buscam melhorar a qualidade dos componentes de circuito [4]. A principal caracterı́stica para destacar é a disponibilidade de tecnologias com um grande número de nı́veis de metal (6 ou mais), as quais são mais apropriadas para circuitos de RF. Entre os blocos analógicos do transceptor, o amplificador de potência é o mais crı́tico quanto ao consumo de potência. Este é um aspecto muito importante em dispositivos portáteis como telefones celulares, telefones convencionais sem fio ou pagers, pois o consumo geral de potência do transceptor determinará diretamente o tempo de duração da carga da bateria de alimentação. Por isto os atuais amplificadores de potência são fabricados como circuitos discretos com componentes ativos e passivos de baixos efeitos parasitários (com perdas de potência muito baixas) ou como circuitos parcialmente integrados com componentes passivos conectados externamente. No caso dos amplificadores de potência, o desafio de integração é maior do que com outros estágios do transceptor, pois conseguir altos valores de eficiência em amplificadores integrados depende da qualidade dos componentes passivos, e isto continua sendo objetivo de muitos trabalhos de pesquisa. Na seção 2 são apresentadas comparativamente as caracterı́sticas e diferenças entre as principais classes de amplificadores de potência, fazendo ênfase nos amplificadores com operação não linear. Na seção 3 são revisados especificamente aspectos teóricos do amplificador de potência escolhido para ser projetado. A seção 4 mostra o projeto de um amplificador classe E integrado e os resultados da simulação pós-layout, e finalmente na seção 5 são apresentadas as conclusões. 2. CLASSIFICAÇ ÃO DOS AMPLIFICADORES DE POT ÊNCIA A principal classificação feita dos amplificadores de potência está baseada no modo de operação dos dispositivos ativos presentes no circuito. Neste trabalho serão considerados transistores MOS como dispositivos ativos. O amplificador classe A é caracterizado por um comportamento linear entre a tensão de entrada e saı́da do transistor 2 3. AMPLIFICADOR DE POT ÊNCIA CLASSE E O amplificador de potência classe E, como foi apresentado pela primeira vez em [12], é mostrado na figura 1(a). Uma representação do circuito mais adequada para desenvolver a análise do circuito é mostrada na figura 1(b). VDD L1 L2 C2 M1 RL C1 vin (a) VDD L1 L1 I io + vo − C1 i c1 id + vd − RL vin M1 L´2´ L 2´ C2 ativo para todo valor da tensão de entrada. O comportamento linear, conseguido com a operação do transistor na região de saturação, implica numa dissipasão de potência contı́nua durante a operação do amplificador, isto é um fator negativo quanto a eficiência. A solução da teoria tradicional de amplificadores de potência [5], [6], para diminuir a dissipação de potência no transistor e assim aumentar a eficiência, consiste em polarizar o transistor na região de saturação, porém, perto da região de corte. Isto faz com que a tensão de entrada seja a que determine a operação do transistor na região de saturação ou na região de corte. Desta idéia nasceram outras classes de amplificadores com transistores cuja operação linear é dependente da tensão de RF de entrada, estes são os amplificadores classe B, AB e C. Em outros amplificadores, os transistores ativos operam não linearmente (como chaves), mantendo em cada momento um estado, fechado enquanto opera em região de triodo ou aberto enquanto opera em região de corte. Os amplificadores classe D, E e F operam deste modo, com várias diferenças entre eles. A análise destes amplificadores com condições ideais indica uma eficiência de dreno de 100%, pois os transistores ativos são considerados chaves ideais e os outros componentes do circuito não possuem efeitos parasitários. Mesmo considerando condições mais reais, a eficiência destes amplificadores é ainda maior do que a eficiência dos amplificadores A, B, AB e C. Os amplificadores com operação linear do transistor podem transmitir qualquer tipo de sinal modulado. Os amplificadores com operação não linear do transistor apresentam restrições para transmitir sinais com modulação em amplitude [7], pois causam perdas de informação pela não linearidade entre as tensões de entrada e saı́da do transistor. No caso dos amplificadores com operação não linear do transistor, sinais com modulações em freqüência ou fase são adequados para serem transmitidos. Dado que a informação não está comprometida na amplitude do sinal, as variações de freqüência ou fase são transmitidas da entrada para a saı́da do transistor. A maximização da eficiência é considerada o fator mais importante no projeto de amplificadores de potência, isto concorda com a quantidade de publicações recentes de projetos de amplificadores com operação não linear do transistor [8], [9], [10], [11], os quais, sob o ponto de vista teórico, conseguem maior eficiência. O interesse dos projetistas pelo amplificador classe E tem sido maior do que o interesse por outras classes, é possı́vel concluir que as razões, além da alta eficiência, são a simplicidade do circuito, o baixo número de componentes e a facilidade nos cálculos dos componentes. (b) Figura. 1. Amplificador de potência classe E. (a) Circuito geral. (b) Circuito detalhado. 3.1. Descrição da operação O transistor M1 da figura 1 opera como chave, idealmente, com resistência nula quando fechado e resistência infinita quando aberto. É assumida uma tensão de entrada vin de forma retangular com freqüência f (Hertz), ciclo de trabalho D1 e amplitude suficiente para garantir a operação do transistor como chave. f é a freqüência fundamental de operação do circuito. O indutor L1 é um indutor de choke com um valor suficientemente alto para representar uma alta impedância na freqüência fundamental e permitir a passagem de uma corrente praticamente constante da fonte de alimentação VDD para o resto do circuito. O capacitor C1 consiste de todas as capacitâncias entre o dreno do transistor e terra do circuito, incluı́das as capacitâncias parasitárias do transistor e dos componentes conectados ao dreno. Na transição para o intervalo de não condução do transistor, este capacitor ajuda a manter uma tensão de dreno baixa (idealmente zero) até quando a corrente de dreno seja zero ou o valor mı́nimo possı́vel, isto evita 1 D é definido para um sinal retangular como a razão entre o tempo enquanto o sinal estiver no nı́vel alto e o periodo do sinal. 3 uma alta dissipação de potência no transistor durante esta transição. O capacitor C2 e o indutor L2 compõem um 0 circuito ressonante em série (C2 e L2 na figura 1(b)) que permite unicamente a passagem da componente de freqüência fundamental à carga, e uma indutância adicional 00 (L2 na figura 1(b)). O resistor de carga RL é projetado com um valor adequado para fornecer a potência de RF de saı́da desejada na freqüência fundamental. Tabela 1 PAR ÂMETROS COM CICLO DE TRABALHO DE Caracterı́stica φ, defasagem da tensão de saı́da. k, amplitude da tensão de saı́da. vdmax , tensão de dreno máxima. idmax , corrente de dreno máxima. CP , capacidade de potência. 50%. Valor 2, 5747rad 1, 0741VDD 3, 5620VDD 2, 8621IL1 0, 0981 3.2. Determinação dos componentes do circuito Duas condições de projeto são impostas, a tensão de dreno e sua derivada com respeito ao tempo, ambas devem ser zero no instante em que inicia a condução do transistor, isto garante que o produto tensão-corrente de dreno (ou seja, a potência dissipada pelo transistor) será zero durante este intervalo. A imposição destas duas condições na análise do circuito resulta em um circuito de saı́da com um comportamento no tempo criticamente amortecido durante o intervalo de não condução do transistor [13]. Mediante análise do circuito [14], [15], são determinadas equações dos componentes passivos em função da freqüência e o ciclo de trabalho do sinal de entrada, a tensão de alimentação DC e a potência de RF de saı́da. Os resultados são mostrados nas equações 1 a 5 e representadas na figura 2. RL = C1 = 2 VDD 2sen2 (πD)sen2 (πD+φ) PRF OU T π 2 (1−D)2 00 −1+2(1−D)2 π 2 +2cosφcos(2πD+φ) RL ω ( 2sen(πD)sen(2πD+2φ)((1−D)πcos(πD)+sen(πD)) cos(2πD+2φ)(cos(2πD)−π(1−D)sen(2πD)) − 2sen(πD)sen(2πD+2φ)((1−D)πcos(πD)+sen(πD)) ) (3) 0 RL QL ω C2 = 1 0 ω 2 L2 00 − L2 DE TRABALHO DE Componente Valor 2 0,5768VDD PRF OU T 0,3183PRF OU T 2 ωVDD 2 0,6648VDD ωPRF OU T 2 0,5768VDD ωPRF OU T (QL − 1, 1526) RL C1 00 L2 0 L2 C2 L1 50%. 2 0,5768ωVDD PRF OU T −1 (QL − 1, 1526) 10RL ω 3.3. Transistor ativo como componente não ideal. PRF OU T (1−D)cos(πD+φ)((1−D)πcos(πD)+sen(πD)) 2 sen(πD)sen(πD+φ) ωVDD L2 = C OMPONENTES COM CICLO (1) (2) L2 = Tabela 2 (4) (5) Para altos valores do fator de qualidade do circuito de saı́da, praticamente todo valor de ciclo de trabalho resultará em valores realizáveis (positivos) dos componentes passivos. Quanto menor o fator de qualidade, maior o mı́nimo ciclo de trabalho. Na figura 2 observa-se que com fatores de qualidade do circuito de saı́da iguais a 3 e 30, o mı́nimo ciclo de trabalho é 27, 83% e 7, 50% respectivamente. Em [12], onde foi apresentado pela primeira vez o amplificador classe E, é assumido um fator de qualidade do circuito de saı́da muito alto para evitar restrições quanto ao valor do ciclo de trabalho a ser usado. Na tabela 1 são mostrados resultados particulares da análise do amplificador classe E com ciclo de trabalho de 50%. A tabela 2 mostra equações dos componentes do circuito para o caso particular de ciclo de trabalho igual a 50%. Este valor de ciclo de trabalho coincide com o máximo valor de capacidade de potência [6] do amplificador [14], [15]. Até este ponto, o transistor foi considerado um componente ideal operando em chaveamento, com resistência nula quando operado na região de triodo e resistência muito alta quando operado na região de corte. Esta consideração não é adequada para aproximar o comportamento real do transistor e ainda mais quando este opera em altas freqüências, pois várias desvantagens são identificadas. Quanto maior a freqüência de operação, maior a quantidade de potência necessária para carregar e descarregar a capacitância de entrada do transistor. Em geral, a potência requerida para operar um transistor é proporcional à capacitância de entrada, à freqüência de operação e ao quadrado da tensão de alimentação. No amplificador classe E, um transistor com pequena largura de canal precisará menor potência para ser chaveado, mas sua resistência de canal será alta, isto diminuirá a eficiência. Se a largura for grande, a eficiência de dreno será menos afetada, mas a potência necessária para chavear o transistor também será maior, assim, fica comprometido o ganho de potência do amplificador. A largura do transistor deve ser determinada para otimizar o compromisso entre a eficiência de dreno e o ganho de potência do amplificador. A otimização pode ser feita considerando a maximização da eficiência de potência adicionada P AE dado que a definição desta considera a potência de RF de entrada do amplificador. A análise apresentada em [16] permite definir a largura ótima do transistor para conseguir a eficiência de potência adicionada máxima possı́vel, com um ciclo de trabalho 4 0.5 0.2 0.4 0.6 0.8 0.2 40 30 20 10 0 1 0 0.2 0.4 0.6 D D (a) (b) 6 5 4 3 2 1 0 0 50 0.4 0.6 0.8 1 0.8 1 50 40 30 20 10 0 0.2 D 0 0.2 0.4 1 0.4 0.6 0.8 1 0.6 0.8 1 100 50 0 -50 -100 -150 0 0.2 0.4 D (e) C2ωVDD2/PRFOUT QL=30 0.8 150 D (d) 0.6 (c) 60 0 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 D C2ωVDD2/PRFOUT QL=3 0 L2"ωPRFOUT/VDD2 C1ωVDD2/PRFOUT 1 0 L2’ωPRFOUT/VDD2 QL=3 60 L2’ωPRFOUT/VDD2 QL=30 RLPRFOUT/VDD2 2 1.5 (f) 300 200 100 0 -100 -200 -300 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 D (g) 00 0 0 Figura. 2. Valores normalizados dos componentes passivos em função do ciclo de trabalho: (a) RL . (b) C1 . (c) L2 . (d) L2 com QL = 3. (e) L2 com QL = 30. (f) C2 com QL = 3. (g) C2 com QL = 30. de 50%. O transistor é projetado como uma estrutura em paralelo ou estrutura de dedos, onde cada transistor é uma réplica de um transistor básico com dimensões definidas arbitrariamente. Os valores dos componentes passivos coincidem com os valores apresentados na tabela 2. O procedimento proposto na referência, o qual pode ser implementado facilmente em um programa de computador como MATLAB, permite obter as dimensões ótimas do transistor em função do número de transistores em paralelo, assim como valores da potência de RF de entrada e saı́da, da eficiência de potência adicionada e do ganho de potência. Um outro aspecto do transistor é sua capacitância de saı́da. Esta capacitância, devida à junção entre o dreno e o substrato, tem um valor dependente da tensão, da área e do perı́metro da junção e de vários parâmetros do processo de fabricação segundo a seguinte equação: cd = Wd Ld CJ 2(Wd + Ld )CJSW + d d )M J )M JSW (1 + PvB (1 + PvB (6) onde Wd e Ld são as dimensões da área da região de difusão de dreno, CJ é a capacitância da junção por unidade de área sem polarização, vd é a tensão reversa da junção (no caso, a tensão de dreno no transistor), P B é o potencial elétrico da junção, M J é o expoente de variação da capacitância da junção com a tensão, CJSW é a capacitância lateral da junção por unidade de perı́metro sem polarização, e M JSW é o expoente de variação da capacitância lateral da junção com a tensão [17]. Como pode ser visto na tabela 2, o valor do capacitor C1 diminui com o aumento da freqüência e aparece o risco de que esta capacitância apresente um valor comparável à capacitância de saı́da do transistor. Assim, quanto maior for a freqüência de operação de um amplificador classe E, mais importante será conhecer o comportamento da capacitância de saı́da do transistor e considerá-la como parte do capacitor C1 [18]. Em [19] é analisado o amplificador classe E com um ciclo de trabalho de 50%, com a capacitância C1 substituı́da pela capacitância de saı́da do transistor devida à área da junção e a capacitância devida ao perı́metro é desprezada. São determinados os componentes passivos necessários para o funcionamento ótimo do amplificador. O procedimento de análise é igual ao apresentado neste trabalho. Como resultados aparecem variações nos valores 00 do capacitor C1 , do indutor L2 e da tensão máxima de dreno no transistor vdmax . O capacitor C1 , cujo valor no caso depende da tensão de 5 dreno, tem um valor mı́nimo ou valor de capacitância da junção sem polarização, maior do que o dado na tabela 2. O 00 indutor L2 também tem um valor maior, porém, o aumento não é tão considerável quanto no capacitor C1 . Uma variação que deve ser considerada é o aumento da tensão máxima de dreno, este fator torna mais crı́tico o projeto do amplificador em tecnologias de circuitos integrados onde a tensão de ruptura de junção é cada vez menor com a diminuição das dimensões mı́nimas do transistor. Todos os resultados aqui mencionados são mostrados como gráficos em [19]. alta freqüência. Em primeiro lugar, os diodos internos que modelam as junções entre dreno e substrato, e fonte e substrato, são substituı́dos por diodos externos. Em série com cada diodo é acrescentada uma resistência associada ao substrato, ou à ilha N no caso de transistores de canal P. Também são adicionadas indutâncias e resistências parasitárias em cada terminal do transistor. As indutâncias são de valor fixo [23], enquanto as resistências estão associadas à resistência de folha, contatos e vias presentes em cada terminal. A figura 3 mostra o modelo descrito para um transistor MOS de canal N. 4. PROJETO PORTA As ferramentas usadas para o projeto do circuito são: Mentor Graphics para o desenho do layout e extração dos componentes do circuito, Eldo [20] para a simulação do circuito, e Asitic [21] para o projeto e modelamento dos indutores integrados. lg rg FONTE ls rs 4.1. Caracterı́sticas da tecnologia disponı́vel para o projeto O circuito será fabricado utilizando tecnologia CMOS de 0,35µm com uma tensão de alimentação DC de 2, 5V , esta tensão é menor que a tensão nominal de alimentação da tecnologia (3, 3V ) para evitar um pico de tensão de dreno maior que o máximo especificado na tecnologia. A tecnologia a ser usada tem quatro nı́veis de metal e dois nı́veis de silı́cio policristalino2 , estas camadas prestam uma grande flexibilidade no projeto de circuitos analógicos; o número de nı́veis de metal pode ser aproveitado para projetar indutores integrados no nı́vel mais alto, ou interconectando vários nı́veis em paralelo para conseguir maior capacidade de corrente; com respeito aos dois nı́veis de silı́cio policristalino, estes são aproveitados para projetar capacitores de placas paralelas. Em geral, qualquer tecnologia usada em um projeto de circuito integrado impõe restrições ao desempenho do circuito, por exemplo, limita a máxima tensão nos transistores para evitar ruptura e a máxima corrente pelas linhas de metal segundo as especificações de densidade de corrente e resistências dos diferentes materiais condutores, entre outros. O conhecimento da tecnologia permite estabelecer um modelo para cada componente do circuito no qual são considerados diferentes efeitos parasitários tais como resistências e capacitâncias. 2O silı́cio policristalino é chamado de POLY Silicon na literatura. d jdb r b2 r b1 DRENO SUBSTRATO Figura. 3. Modelo de transistor MOS de canal N para RF. Os valores das resistências parasitárias são extraı́dos do layout do transistor. Os valores das indutâncias parasitárias são fornecidos pelo fabricante, explicando que estes valores foram determinados sob testes de transistores de comprimento de canal 0, 35µm e largura 5 e 10 µm. Utilizando os nı́veis de metal mais altos da tecnologia é possı́vel projetar indutores espirais, o projeto deste tipo de indutores tem sido tema de estudo de vários trabalhos [24], [25], [26]. O valor da indutância depende da geometria da espiral, especificamente do número de espiras, da largura das linhas de metal, do espaçamento entre espiras e do diâmetro da espiral. Um modelo usado para estes indutores em alta freqüência é o modelo π, mostrado na figura 4. A resistência rls em série com a indutância é devida à resistividade das linhas de metal. A interação da estrutura projetada com o substrato é modelada com os capacitores clsub1 e clsub2 , e os resistores rlsub1 e rlsub2 . L 4.2. Modelos dos componentes do circuito para RF A seguir serão detalhados os modelos de transistores, indutores e capacitores, estes componente farão parte do circuito amplificador de potência. Com estes modelos são incluı́dos no circuito os efeitos parasitários causados pela natureza condutiva do substrato. Dentro da tecnologia é usado para o transistor MOS o modelo BSIMV3v3.1 [22], com várias modificações feitas para modelar o comportamento do substrato de silı́cio em d jsb rd l d r ls clsub1 clsub2 r lsub1 r lsub2 SUBSTRATO Figura. 4. Modelo de indutor para RF adotado no ASITIC. Existem programas de computador para modelamento de indutores espirais integrados, como o ASITIC [21], desenvolvido por A. M. Niknejad, na Universidade de California em Berkeley, que determina o modelo π do 6 indutor e permite otimizar a estrutura para conseguir um determinado valor de indutância ou fator de qualidade. O modelo proposto para capacitores (figura 5) em RF inclui uma resistência e uma indutância em série, associadas com as placas de silı́cio policristalino; inclui também componentes de resistência e capacitância associados com a presença do substrato em baixo da estrutura. l cs a considerável diminuição do nı́vel de potência de RF de saı́da comparado ao valor utilizado nos cálculos. Sobre o circuito projetado foi então feito um procedimento de otimização buscando aumentar o nı́vel de potência de saı́da a 2, 4GHz e melhorar a resposta em freqüência. A tabela 3 mostra os valores dos componentes do circuito antes e depois da otimização. C r cs Tabela 3 VALORES DOS COMPONENTES DO ccsub1 r csub2 SUBSTRATO Figura. 5. CIRCUITO PROJETADO . ccsub2 Modelo de capacitor para RF. 4.3. Determinação dos componentes do circuito O circuito projetado é ilustrado na figura 6. Para compensar o efeito capacitivo da porta do transistor e procurar não ter sinal refletido, é colocado um indutor em série na entrada do circuito cujo valor foi ajustado em simulação. O circuito de saı́da é acrescentado com uma rede formada pelos elementos C3 e L3 , para transformar a impedância de saı́da a 50Ω, [5], [27]. Parâmetro ou Componente RL (Ω) RA (Ω) C1 (pF ) C2 (pF ) L1 (nH) L2 (nH) L3 (nH) C3 (pF ) W (µm) Valor Inicial ou ou Calculado 18,025 0,68 1,99 23,91 3,59 1,59 1,766 338 Valor após Otimização 50 0,68 1,30 23,91 4,20 1,98 2,20 450 Após a otimização, com um transistor de 450µm de largura, é maximizada a P AE com um valor de 54, 05% e uma potência de RF de saı́da de 63, 92mW . Estes resultados foram obtidos com simulação considerando apenas os efeitos parasitários do transistor. VDD 4.4. Layout e simulação final O layout do circuito é mostrado na figura 7, este ocupou uma área de 1215µm x 1020µm. L1 L2 L3 C3 C1 M1 RA L IN vin C2 Figura. 6. Circuito Amplificador classe E projetado. Inicialmente foram determinados valores para os componentes passivos do circuito a partir das equações da tabela 2, assumindo a fonte de alimentação VDD = 2, 5V , a potência de saı́da PRF OU T = 200mW , o fator de qualidade da rede de carga QL = 3 e a freqüência de operação f = 2, 4GHz. Com os valores dos componentes calculados inicialmente foi realizada simulação para determinar a largura de canal ótima para o transistor. Assim, a largura de canal obtida foi 315µm e com esta obteve-se eficiência PAE igual a 52, 10% e a potência de RF de saı́da igual a 51, 50µm. Estas simulações foram feitas usando o modelo do transistor fornecido pela foundry. Observou-se após desta simulação Figura. 7. classe E. Layout implementado do circuito amplificador de potência O transistor ativo foi projetado em uma estrutura de 100 transistores em paralelo ou estrutura em dedos, isto para reduzir as resistências parasitárias de dreno, porta e fonte. O transistor básico tem largura de canal de 4, 5µm 7 Tabela 4 C OMPARAÇ ÃO ENTRE AS SIMULAÇ ÕES DO AMPLIFICADOR COM E SEM INDUTORES INTEGRADOS COM EFEITOS PARASIT ÁRIOS . Simulações com indutores ideais SLOW TYPICAL FAST PRF OU T (mW ) P AE (%) PRF OU T (mW ) P AE (%) PRF OU T (mW ) P AE (%) 30,62 54,63 50,04 60,89 38,95 18,17 Simulações com indutores com efeitos parasitários SLOW TYPICAL FAST PRF OU T (mW ) P AE (%) PRF OU T (mW ) P AE (%) PRF OU T (mW ) P AE (%) 14,40 13,50 21,82 16,57 13,85 5,02 para conseguir a largura total de 450µm. Foram implementados indutores quadrados em espiras, utilizando até três camadas de metal em paralelo para permitir um alto fluxo de corrente, e tentar diminuir a resistência parasitária em série. O indutor L1 será externo por causa do seu alto valor, além de que ocuparia uma grande área se integrado e teria uma resistência parasitária muito alta. No layout foi deixado um pad disponı́vel para conectar o indutor externo. Os capacitores C2 e C3 foram projetados como estruturas de placas paralelas, implementadas com as duas camadas de Silı́cio policristalino, utilizando os parâmetros do processo da tecnologia disponı́vel. Entretanto, o capacitor C1 consiste das capacitâncias da junção de dreno e do pad deixado para conectar o indutor L1 , apresentando assim um valor suficiente para o projeto. Os pads usados foram desenhados no layout cumprindo as restrições da tecnologia, entre estas restrições estão a forma retangular e a dimensão mı́nima de 95µm para cada lado, o processo de extração do circuito a partir do layout consegue determinar os efeitos parasitários associados aos pads, deste modo, estes efeitos são considerados na simulação pós-layout. Em geral, as linhas de metal foram projetadas com a máxima largura possı́vel segundo as regras de projeto da tecnologia disponı́vel. Em vários casos utilizaram-se duas camadas de metal em paralelo com o propósito de suportar altos nı́veis de corrente. A etapa seguinte foi a extração do circuito elétrico do amplificador de potência a partir do layout mostrado na figura 7, utilizando o programa ICStation de Mentor Graphics. A extração realizada permite obter os transistores, capacitores, nós e pads do circuito com seus componentes parasitários, e as resistências associadas às linhas de metal que interconectam os componentes do circuito. Apenas os indutores não são obtidos na extração. Os indutores com todos seus componentes parasitários, determinados com o programa Asitic, são adicionados à extração para realizar as simulações e estimativas finais de desempenho do amplificador de potência. Um procedimento interessante para mostrar a dependência entre o desempenho do circuito e a qualidade dos indutores projetados é apresentar os resultados de simulações pós-layout considerando os indutores tanto como componentes ideais quanto como componentes com efeitos parasitários. Na tabela 4 são apresentados os resultados dos três possı́veis casos de simulação do circuito operando em 2, 4GHz, com parâmetros SLOW, TYPICAL e FAST para o transistor, segundo os modelos fornecidos pelo fabricante. Com estes resultados pode-se iniciar a concluir que os efeitos de perdas de potência causadas pelos indutores integrados causam uma deterioração do desempenho do amplificador. Na figura 8 são mostrados os resultados de potência de RF de saı́da e eficiência de potência adicionada obtidas da simulação do circuito com indutores integrados com efeitos parasitários, considerando variação da freqüência de operação. Os últimos resultados de simulação a comentar são os valores da corrente IL1 , que é a mesma corrente entregue pela fonte de alimentação DC. Com operação do circuito em 2, 4GHz, o valor médio da corrente IL1 foi de 30, 33mA quando simulado com parâmetros SLOW, 42, 51mA quando simulado com parâmetros TYPICAL e finalmente 86, 33mA quando simulado com parâmetros FAST. 5. RESULTADOS EXPERIMENTAIS Uma placa de teste foi projetada e fabricada, nesta placa foi colado o circuito integrado fabricado e mediante microsoldagem foi conectado ao circuito o indutor L1 . Este indutor foi construı́do utilizando um núcleo de ferrite, as medidas deste indicaram que o valor da indutância obtida foi de 41nH. Este valor de indutância é adequado, ressaltase que o valor calculado para este indutor (23,91nH) era um valor mı́nimo para considerá-lo uma impedância muito alta (idealmente circuito aberto) na freqüência de operação. Os equipamentos utilizados durante o teste foram um gerador de pulsos HP 8133A, uma fonte de alimentação DC HP 3620A, um analisador de espectros HP 8565E e um osciloscópio Tektronix 11801B. O gerador de pulsos HP 8133A foi utilizado para fornecer ao circuito um sinal de entrada que pudesse operar o transistor ativo em chaveamento, a amplitude total desta tensão foi mantida sempre entre zero volts e a tensão de alimentação DC. Observou-se que a máxima potência de saı́da de RF em 2, 4GHz é 11, 83dBm ou equivalente, 15, 24mW , e que a máxima potência de RF de saı́da é 12, 33dBm ou equivalente, 17, 10mW e acontece em 2, 1GHz. Estas medidas foram feitas com o analisador de espectro. A figura 9 mostra a máxima potência de RF de saı́da obtida em função da freqüência de operação. 8 PRFOUT (mW) PRFOUT (mW) 25 20 15 10 5 0 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 35 30 25 20 15 10 5 0 30 PRFOUT (mW) 30 PAE (%) PAE (%) PAE (%) 5 15 10 5 0 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 f (GHz) (a) (b) 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 f (GHz) 20 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 f (GHz) 10 f (GHz) 15 0 15 0 20 5 20 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 f (GHz) 10 25 14 12 10 8 6 4 2 0 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 f (GHz) (c) Figura. 8. Resultados das simulações finais de potência de RF de saı́da e eficiência de potência adicionada em função da freqüência. (a) Com parâmetros SLOW; (b) Com parâmetros TYPICAL; (c) Com parâmetros FAST. por isto, a eficiência de dreno, que foi medida, apresentou um valor ainda menor que o valor da eficiência de potência adicionada estimada em simulacão. PRFOUT (dBm) 11 10 9 6. CONCLUS ÕES 8 Um amplificador de potência a 2, 4GHz foi projetado. Da simulação pós-layout, aparece uma grande redução da potência e a eficiência do circuito quando simulado com os componentes totalmente modelados incluindo os parasitários. As perdas nos indutores são bastante altas. Da simulação do circuito observou-se em 2, 4GHz, simulado com parâmetros SLOW, TYPICAL e FAST, uma potência de RF de saı́da máxima de 14, 14mW , 21, 82mW e 13, 85mW respectivamente, com eficiência de dreno adicionada de 13, 50%, 16, 57% e 5, 02% respectivamente. Dos testes do circuito obteve-se uma potência de RF de saı́da de 11, 83dBm ou 15, 24mW em 2, 4GHz, mas a máxima potência de RF de saı́da foi 12, 33dBm ou 17, 10mW em 2, 1GHz. O resultado é considerado baixo, quando comparado com o resultado da simulação póslayout. Estes resultados podem estar afetados pelos indutores integrados, os modelos estimados pelo programa Asitic indicam fatores de qualidade maiores do que os tipicamente obtidos com estes indutores. Houve dificuldade para determinar a potência de RF que está sendo aplicado efetivamente o circuito, e portanto, dificuldade também de determinar a eficiência de potência adicionada. A eficiência de dreno determinada foi de 10, 79%. As perdas nos indutores são bastante altas. Uma ótima caracterização dos indutores integrados é necessário para obter resultados de testes satisfatórios em projetos de circuitos integrados para RF. Esta caracterização pode ser inclusive prática e não apenas em simulação. Uma outra 7 6 5 1.9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 f (GHz) Figura. 9. Potência de RF de saı́da em função da freqüência de operação. Utilizando o gerador de pulsos como sinal de RF de entrada para o amplificador, houve dificuldade de determinar nos testes a potência de RF que efetivamente está entrando ao circuito, com isto, não foi possı́vel determinar a eficiência de potência adicionada. A eficiência de dreno foi determinada para o caso de máxima potência de RF de saı́da em 2, 4GHz, neste caso, a fonte de alimentação DC tomou um valor de 3, 0V e a corrente entregue pela fonte foi de 47, 10mA. Com estes valores, a eficiência de dreno determinada foi de 10, 78%. Finalmente, pode-se dizer que a potência de saı́da verificada nos testes foi da ordem do valor obtido no caso de simulação com parâmetros SLOW para o transistor, a fonte de alimentação DC e a corrente entregue por esta precisaram valores mais altos do que os valores simulados para gerar a potência de RF de saı́da máxima observada, 9 alternativa para os indutores é a implementação destes com a técnica Bond Wire, a qual permite implementar indutores externos ao substrato, com maiores fatores de qualidade, isto sem duvida melhoraria o desempenho do circuito. Um inconveniente aparece, os indutores projetados com esta técnica são de valores pequenos, poucos nano Henrys. BIBLIOGRAFIA [1] P. Gray e R. G. Meyer, “Future directions in silicon ICs for RF personal communications,” in IEEE 1995 Custom Integrated Circuits Conference, maio 1995, pp. 83–90. [2] L. E. Larson, “Integrated circuit technology options for RFIC’spresent status and future directions,” IEEE J. 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