Cirurgia Citorredutora com quimioterapia hipertérmica
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Cirurgia Citorredutora com quimioterapia hipertérmica
Cirurgia Citorredutora com Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica Dr. Evandro A. Pinheiro H9J Maio 2014 Neoplasias Malignas Peritoneais Primárias Carcinoma Mesotelioma (epitelióide,cístico e sarcomatóide) Implantes Tumorais TU Colorretal TU Estômago TU Apêndice TU Ovário Sarcomas e outros Disseminação Neoplásica Peritoneal ´´Fenômeno de Redistribuição`` Grande Omento (“Omental Cake") Pelve Goteira parietocólica D e E Hemidiafragma D e E Espaço retro hepático Ligamento de Treitz Intestino Delgado ( peristaltismo ) Bases da Citorredução com QtHIP Citorredução extensa Hipertermia Quimioterapia regional Vantagens da QtHIP Aumenta o contato do quimioterápico com a superfície peritoneal Permite remoção de células tumorais flutuantes e aumenta o desprendimento de células aderidas à superfície Efeito citotóxico direto pela hipertermia Aumenta a permeabilidade das células tumorais aos quimioterápicos e potencializa o efeito de alguns deles Evita hipotermia induzida pela QtHIP Indicação Pseudomixoma peritoneal Mesotelioma peritoneal Carcinoma do apêndice Carcinomatose por Ca colorretal Carcinomatose por Ca gástrico Carcinomatose por Ca de ovário Sarcomatose Outros tumores Índice de Carcinomatose Peritoneal (PCI) O tamanho da Lesão (LS) define a pontuação ( 0 a 3 ) para cada uma das 13 regiões. O valor máximo é 39 ( traduzido a partir de Jacquet e Sugarbacker – Boston: Kluwer Academic Publishers 1996:359-374) Classificação do Padrão de Citorredução (IC) IC-0 Ausência de doença macroscópica IC-1 Doença residual < 2,5 mm IC-2 Nódulos residuais entre 2,5 mm e 25 mm IC-3 Nódulos residuais > 25mm ou confluentes Citorredução ótima IC-0 Citorredução sub ótima IC-1 Citorredução incompleta IC-2 e IC-3 Seleção para Citorredução Origem do TU primário, característica anatomopatológica e modo de disseminação Doença restrita à cavidade abdominal Extensão da disseminação peritoneal (PCI ou IDP) Citorredução ótima ou sub-ótima (IC-0 / IC-1) Condição clínica do paciente ( KPS>70%), idade<75a Falta de alternativas terapêuticas Equipe médica multiprofissional experiente e estrutura hospitalar adequada Contra-indicações Absoluta Relativas Doença extra-abdominal Tumores de alto grau Condições clinicas ( KPS<70%) Carcinoma com células em anel de sinete Idade > 75 anos Linfonodos metastáticos PCI > 20 Meta hepática ressecável Citorredução incompleta PCI entre 13 e 20 Metástases irressecáveis / Grandes Ressecções Cuidados Pré e Intra-operatório Preparo intestinal Cateter venoso central e PAM Posição e equipamento de proteção Antibióticos Durante a perfusão: controle metabólico e hemodinâmico, reposição de plasma e/ou albumina, coagulograma e temperatura Aspectos Técnicos da Citorredução Aspectos Técnicos da Citorredução Ressecção do grande epíplon em monobloco com o folheto peritoneal superior do mesocólon transverso, fáscia pancreato-lineal, baço e peritônio subdiafragmático esquerdo. Ressecção do peritôneo subdiafragmático direito, vesícula biliar, peritonêo do ligamento hepato-duodenal, pequeno omento e cápsula de Glisson. Ressecção do peritonêo anterior e lateral bilateralmente, peritonêo pélvico em monobloco com o retossigmoidectomia no homem e com exenteração pélvica posterior na mulher. Aspectos Técnicos da Citorredução Para atingir citorredução CC0, outros órgãos podem ser ressecados estômago intestino grosso Intestino delgado linfadenectomia pélvica e retro peritoneal (ovário) Aspectos Técnicos da Citorredução QtHIP- Técnica Fechada QtHIP - Técnica de Coliseu Drenagem Abdominal e Torácica Weber et al, 2012 Complicações Perfuração, fístulas digestivas e abscesso Íleo prolongado, atonia gástrica Hemorragia e infecção pós-operatória Pancreatite TVP, embolia pulmonar, pneumotórax e derrame pleural IRA, depressão medular Vômitos e diarréia Morbidade de 0 a 39% Mortalidade de 0 a 20% Pseudomixoma Peritoneal Baixa invasão tecidual Disseminação peritoneal superficial Evolui com produção de muco, esfoliação de células tumorais, com redistribuição para cavidade peritoneal Sobrevida em 5 anos > 75% em varias casuísticas Mesotelioma Peritoneal Doença localmente agressiva, sobrevida média de 9 meses Tendência de permanecer confinada à cavidade peritoneal Sobrevida media em 56m de 60% em várias casuísticas Kuipers AM, Ann surg oncol. 2013,dec Sobrevida Global com CCR/QtHIP x QT sistêmica para Carcinomatose CA Colo-retal Weber et al, 2012 Fatores de Prognóstico Desfavorável em Tumores Invasivos Alto grau de malignidade histológica Tumores com células em anel de sinete IDP entre 13 e 20 Citorredução incompleta Linfonodos metastáticos na peça operatória do TU primário Metástase hepática ressecável Considerações Finais Procedimento de alta complexidade Tratamento de padrão para Pseudomixoma peritoneal, Mesotelioma peritoneal e carcinoma primário do Apêndice de baixo grau. Apesar de resultados animadores em casos bem selecionados de implantes peritoneais oriundos de TU invasivos, ainda é investigacional. A aplicação de QtIHP adjuvante ainda é também experimental Obrigado
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