CIMPOR RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2011

Transcrição

CIMPOR RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2011
CIMPOR
RELATÓRIO DE
SUSTENTABILIDADE
2011
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
ÂMBITO DO RELATÓRIO
O Relatório de Sustentabilidade da Cimpor referente ao ano de 2011 é uma
publicação complementar ao Relatório & Contas da atividade da empresa
para o mesmo período.
A informação reportada diz na sua maioria respeito à Atividade Cimento
em todas as Áreas de Negócio da Cimpor, por ser aquela que representa
o núcleo central do nosso negócio, mas as Atividades Betão e Agregados
foram também consideradas em 2011 de uma forma mais desenvolvida.
Nesse sentido, sempre que os dados disponíveis o permitiram, é reportada
informação, explicitamente referenciada, sobre as outras atividades da
empresa.
PAG
3
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
CIMPOR
Relatório
& CONTAS
2011
MENSAGEM AOS ACCIONISTAS DO
PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA
MENSAGEM DO CEO
MENSAGEM AOS ACCIONISTAS
DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA
Francisco de Lacerda
Francisco de Lacerda
Presidente da Comissão Executiva
Presidente da Comissão Executiva
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur
eiusmod tempor incididunt ut labore et
enim ad minim veniam, quis nostrud exe
ut aliquip ex ea commodo consequat. Du
reprehenderit in voluptate velit esse cillu
pariatur. Excepteur sint occaecat cupida
culpa qui officia deserunt mollit anim id
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit,
sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua.
Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris
nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in
reprehenderit in
velit esse é,
cillum
eu fugiat
A voluptate
sustentabilidade
paradolore
a Cimpor,
umnulla
espelho do seu próprio
Sed ut perspiciatis
unde omnis iste natu
pariatur. Excepteur
sint
occaecat
cupidatat
non
proident,
sunt
in mesmo tempo,
crescimento: uma missão à escala global. Ao
um
accusantium doloremque laudantium, to
culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.Sed ut
desafio e uma conquista que integramos nos grandes objetivos e nos
ipsa quae ab illo inventore veritatis et qu
perspiciatis unde omnis iste natus error sit voluptatem accusantium
pequenostotam
detalhes,
nas reduções
sensíveis
deillo
emissões
ou sunt
na melhoria
dicta
explicabo. Nemo enim ipsam
doloremque laudantium,
rem aperiam,
eaque ipsa
quae ab
das
condições
de
vida
de
uma
pequena
comunidade.
Alicerçamos
aspernatur autesta
odit aut fugit, sed quia co
inventore veritatis et quasi architecto beatae vitae dicta sunt
eos qui
ratione
voluptatem sequi nesciun
explicabo.
nossa ação nas inabaláveis certezas de que o valor gerado
pela
empresa
qui dolorem
ipsum quia dolor sit am
deve ser partilhado pela sociedade e de que a criação est,
de riqueza
só terá
sed quia non numquam eius modi temp
•
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit,
continuidade no tempo se for compatibilizada com valores éticos na
dolore magnam aliquam quaerat volupta
sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore
estratégia de gestão.
magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud
A sustentabilidade
está
de ser,
para
a Cimpor, uma
meraadcarta
de veniam, quis nostrum
Ut enim
minima
exercitation
ullamco laboris
nisilonge
ut aliquip
ex ea
commodo
intenções.
elaintem
constituído
essenciais
corporis
suscipit do
laboriosam, nisi ut aliqu
consequat.
Duis Na
auteverdade,
irure dolor
reprehenderit
in um dos pilares
consequatur?aliás,
Quis autem vel eum iure re
voluptate
velit essedo
cillum
dolore
euos
fugiat
nulla pariatur.
crescimento
grupo.
Sem
pressupostos
de sustentabilidade,
velit uma
esse quam nihil molestiae
a progressão global nunca teria sido possível, uma vezvoluptate
que só com
dolorem eum fugiat quo voluptas nulla p
•
Sed ut perspiciatis unde omnis iste natus error sit
ação consciente se torna possível compatibilizar valores essenciais entre
sit amet, consectetur adipisicing elit, sed
oluptatem accusantium doloremque laudantium, totam
culturas
práticas
deinventore
negócioveritatis
nas mais
e diversificadas
incididunt
ut labore et dolore magna aliq
remdistintas
aperiam, eaque
ipsae quae
ab illo
et diversas
geografias.
Somos
hoje
um
dos
maiores
players
mundiais
da indústria
veniam,
quis nostrud exercitation ullamc
quasi architecto beatae vitae dicta sunt explicabo.
commodo
consequat.
com presença em Portugal, Espanha, Cabo Verde, Brasil,
Marrocos,
Tunísia,Duis aute irure do
voluptate
velit
esse
•
Fugit,
sed
quia
consequuntur
magni
dolores
eos
qui
Egito, Turquia, Moçambique, África do Sul, China e Índia. No total são
12 cillum dolore eu fugi
sint occaecat cupidatat non proident, su
ratione voluptatem sequi nesciunt. Neque porro quisquam
países onde empregamos 8.250 colaboradores de 33 nacionalidades.
est, qui dolorem ipsum quia dolor sit amet, consectetur.
deserunt mollit anim id est laborum.Sed
adipisci velit, sed quia non numquam eius modi tempora.
A Cimpor
longoquis
dosnostrum
últimos anos por iste
via natus
de aquisições,
error sit voluptatem accusanti
voluptatem.
Ut tem
enimcrescido
ad minimaao
veniam,
pelo
que
o
nosso
desafio
prioritário
tem
residido
precisamente
totam remna
aperiam, eaque ipsa quae ab
exercitationem ullam corporis suscipit laboriosam.
construção, em conjunto com toda a equipa mundial, de uma cultura
PAG
4
PAG
22
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
comum, de uma identidade forte e verdadeiramente multinacional. Nesse
sentido, uma estratégia sustentável de Recursos Humanos constituiu um
passo estratégico incontornável, fazendo com que cada um dos nossos
colaboradores, independentemente do país onde exerça a sua missão,
além da justa compensação pelo seu trabalho veja assegurados os
valores humanos de justiça e inclusão. O compromisso com o crescimento
sustentável exprime-se igualmente no incentivo às atividades de I&D,
seja internamente, seja por parcerias com universidades, com enfoque
principal na compatibilidade ambiental. As reduções de CO2 constituem
um dos grandes desafios do setor e, nesse sentido, uma parte importante
dos investimentos tem sido conduzida para a prossecução de objetivos
cada vez mais exigentes. Mobilizámos nos últimos cinco anos mais de
235 milhões de euros em sustentabilidade; e só em 2011, alocámos 16%
do total de investimento da Cimpor para esse fim. Orgulhamo-nos do
caminho trilhado até agora, mas temos a convicção plena de que iremos
fazer ainda melhor: afinal, a sustentabilidade não é um fim em si mesmo, é
antes um modo de estar.
Mas nada disto faria sentido se não nos dirigíssemos à sociedade, se não
partilhássemos com ela o nosso esforço e as nossas convicções. É por
isso que dedicamos atenção a cada comunidade, a cada preocupação
individual. E, se nos orgulhamos do trabalho feito nas grandes questões
como a compatibilidade ambiental, não esquecemos os motivos de
profunda satisfação que nos surgem um pouco por todo o mundo quando
apoiamos programas de formação numa comunidade, quando ajudamos
a melhorar uma escola ou quando promovemos campanhas de vacinação.
A sustentabilidade torna-se uma palavra vã quando se resume a um
mero instrumento de imagem e quando não é uma prática continuada.
No nosso caso, sabemos hoje o quão importante ela tem sido em toda a
nossa estratégia de crescimento mundial e renovamos o compromisso de
a levar sempre mais longe como receita fundamental para o sucesso de
uma empresa que tem apostado na solidez financeira e numa estrutura de
ativos que lhe dá força e razão de ser.
As empresas e todas as suas equipas vivem hoje aquele que é,
seguramente, o período mais desafiante da História Contemporânea,
uma era em que a pressão do curto-prazo se revela avassaladora.
Acreditamos, apesar disso, que esta conjuntura económica e financeira
extraordinariamente agressiva que atravessamos tem o poder de relevar
a sustentabilidade como um modelo de longo-prazo. E nesse sentido,
condição fundamental para o sucesso.
Francisco de Lacerda
PAG
5
A CIMPOR
NO MUNDO
Portugal
Marrocos
China
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
7,0
3
Colaboradores
1392
Capacidade de produção
de cimento
36,5 Mt/ano
Colaboradores
206
3
Colaboradores
971
Cabo Verde
Índia
Capacidade de Produção
3,2
Sem capacidade de produção
com clínquer próprio
Terminal Portuário
Capacidade de Produção
4
Colaboradores
Fábricas Cimento
Colaboradores
1
1,2
Fábricas Cimento
1
Colaboradores
967
118
Tunísia
Brasil
Egito
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
1
Colaboradores
A principal atividade da Cimpor é a produção e comercialização de
cimento. As suas 26 fábricas e 17 moagens de cimento têm
atualmente uma capacidade instalada de produção de 36,5 milhões
de toneladas de cimento com clínquer próprio por ano. O grupo
Cimpor produz e comercializa também betões, agregados e
argamassas, numa ótica de integração vertical dos negócios.
1
6,0
Espanha
1,8
Com sede em Portugal, a Cimpor está entre os dez maiores grupos
cimenteiros a operar no mercado mundial. Portugal, Espanha, Cabo
Verde, Brasil, Marrocos, Tunísia, Egito, Turquia, Moçambique, África
do Sul, China e Índia são os 12 países em que a Cimpor tem atividade
e onde emprega cerca de 8.250 colaboradores de 33 nacionalidades.
1,3
222
6,6
6
Colaboradores
1511
481
4,0
1
Colaboradores
503
Turquia
África do Sul
Moçambique
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Capacidade de Produção
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
Fábricas Cimento
3,0
4
Colaboradores
817
1,6
1
Colaboradores
483
0,9
1
Colaboradores
584
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
ÍNDICE
ÂMBITO DO RELATÓRIO
3
I.A SUSTENTABILIDADE, O NOSSO DESAFIO
10
MENSAGEM DO CEO
4
Distinções recebidas pela Cimpor em 2011
12
A CIMPOR NO MUNDO
6
1.1
14
Criação de Valor e Sustentabilidade
1.2 Princípios de Conduta e Governo Societário
15
1.3 Organização para a Sustentabilidade na Cimpor
16
1.4 Parcerias para a sustentabilidade
17
1.5 Investimento na Sustentabilidade
18
1.6 Investigação & Desenvolvimento: atividade prioritária
20
1.7 Sustentabilidade da Cimpor: uma escala mundial
23
1.8 Progresso, Objetivos e Próximos Passos
26
II. UMA CONDUTA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
30
Partilhar e desenvolver
32
2.1 Criando uma relação de confiança com os Stakeholders34
2.2 Partilhando o Valor criado com a Sociedade
PAG
8
36
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
III. OS COLABORADORES, CADA UM CONTA
38
V. PERFORMANCE SUSTENTABILIDADE Cimpor
96
Harmonia e bem-estar
40
DESEMPENHO ECONÓMICO
98
3.1 Um Perfil Multicultural
42
CERTIFICAÇÃO AUDITOR
108
3.2 Potenciando o Talento, Valorizando o Indivíduo
46
DECLARAÇÃO DA GLOBAL REPORTING INITIATIVE
110
3.3 Promover a Saúde e a Segurança das Pessoas
53
MAPA ENTRADAS / SAÍDAS EM 2011 - CIMENTO
112
MAPA ENTRADAS / SAÍDAS EM 2011 - BETÃO
113
Processo de Produção de Cimento
114
Processo de Produção de BETÃO
116
GLOSSÁRIO
118
IV. CRIAR VALOR, PRESERVANDO O AMBIENTE
60
Um objetivo, muitas ações
62
4.1 Proteção Climática e Energia
64
4.2 A Ecoeficiência na Utilização de Recursos
73
4.3 Aposta na Melhoria da Qualidade do Ar
79
4.4 A Gestão da Água como um Recurso Valioso
85
4.5 Preservando os Ecossistemas e a Biodiversidade
89
4.6 Garantindo a Excelência na Gestão
93
PAG
9
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
PAG
10
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
RAPOSA
VERMELHA
Vulpes vulpes
A raposa vermelha é um dos animais mais
comuns na Europa. Em Portugal está
presente em todo o país, podendo inclusive,
tolerar bem a presença humana. É um
predador generalista e oportunista, que
consome mamíferos, aves, invertebrados,
répteis, anfíbios e frutos.
01
A SUSTENTABILIDADE, O
NOSSO DESAFIO
PAG
11
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Distinções recebidas
pela Cimpor em 2011
A política de sustentabilidade
da Cimpor acompanha a sua
dimensão internacional. Um
pouco
Um
pouco
por todo
por todo
o mundo,
o mundo,
as
distinções
as
distinções
atribuídas
atribuídas
são um
reconhecimento
são
um reconhecimento
do esforço
continuado
do
esforço continuado
da empresada
nesse
sentido. nesse sentido.
empresa
PAG
12
Moçambique
Portugal
Prémio Melhor
Marca
2011 no
setor
da Indústria
no âmbito do
Mecenato
atribuído
pela
Associação
Portuguesa
estudo
Melhores
Marcas
de
Moçambique
2011
realizado
de Museologia como reconhecimento pelo empenho napelas
empresas DDB
Intercampus
/ GfK que distingue
recuperação
doepatrimónio
monumental
portuguêsase,Marcas
em
em funçãopelo
de critérios
como
singularidade,
particular,
contributo
para
o restauro daqualidade,
Charola do
superioridade,
identificação,
empatia,
confiança,
sentir falta,
Convento
de Cristo
em Tomar,
monumento
classificado
como
recomendação,
lealdade,
intenção de uso e valorização.
Património
Mundial
pela UNESCO.
A Cimpor obteve ainda o 1.º lugar no Ranking setorial e 4.ª
Brasil
posição no Ranking global no âmbito da participação da
empresa no Índice de Sustentabilidade Empresarial 2010
A
Cimpor
ficou em 2.ºde
lugar,
pelo terceiro ano
(ISE
2010)Brasil
do Observatório
Sustentabilidade
Empresarial
consecutivo,
no Ranking
de Conceito
Imagem da de
Indústria
do BCSD Portugal,
que contou
com a eparticipação
51
-empresas.
segmento Cimento, no prémio organizado pela revista
Revenda & Construção. A empresa esteve igualmente em
destaque
naecategoria
de Construção
O Relatório
Contas da(Comércio)
Cimpor foiMaterial
distinguido
com uma
–Menção
Cimento,
entre os
de bens,
produtos e
Honrosa
nosfornecedores
Investor Relations
& Governance
serviços
das promovidos
empresas filiadas
nas Associações
Comerciais
Awards 2011
pela Deloitte
e pelo Diário
e
Empresariais
do prémios
estado da
Bahia dosas
setores
Comércio,
Económico.
Estes
distinguem
melhores
práticas
Serviços
e
Agronegócios.
Ainda
no
Brasil,
relevo
para
de Relações com Investidores em 2010, evidenciando o
as2.º
lugar
na ecategoria
Grandes
Clientes
no Ranking
Revista
pessoas
empresas
que mais
contribuíram
parada
a qualidade
Anamaco,
que premeia
melhores
da construção
todo
da informação
financeiraosnos
seus diversos
aspetosem
e para
o
país e avalia do
a presença
marcas nas
regiões.
a dignificação
mercadodas
português
por diversas
via do melhor
esclarecimento dos seus agentes e da afirmação de valores
de rigor, transparência e profissionalismo na relação com a
comunidade financeira.
Moçambique Melhor Marca 2011 no setor Indústria
Espanha
Turquia
2º lugar nos Prémios de Excelência 2011 do Círculo de
Empresários e Gestores Espanhóis e Portugueses (CEGEP),
Prémio
atribuído
em 2011 àasunidade
de espanholas
Yozgat pelade
União
que pretende
reconhecer
empresas
capital
de Trabalhadores
docontribuíram
Setor Cimenteiro
desempenho
português
que mais
para pelo
a geração
de riqueza
exemplar
de segurança em 2009.
e
empregoem
emtermos
Espanha.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
África
Brasil do Sul
Portugal
Turquia
Prémio
deBrasil
saúdeficou
ocupacional
e segurança
atribuído
A Cimpor
em 2.º lugar,
pelo terceiro
ano
pela
SARMA
aos
Centros
de
produção
de
betão
pronto
consecutivo, no Ranking de Conceito e Imagem da
Indústria
de
Margate,
Tongaat
e
Umlaas
Road
“Platinum
status
- segmento Cimento, no prémio organizado pela revista
(95% +)”;&centros
de produção
de betão
de Park
Revenda
Construção.
A empresa
estevepronto
igualmente
em
Rynie, Strekspruit
e Phoenix
“Gold Material
status (85%
+). Na área
destaque
na categoria
(Comércio)
de Construção
Agregados,
asos
unidades
de Margate
e Sterkspruit
–deCimento,
entre
fornecedores
de bens,
produtos e(ZA),
receberam
ainda
cinco
«Shield
Award»
zero
incidentes
em
serviços das empresas filiadas nas Associações
Comerciais
todas
as instalações.
e
Empresariais
do estado da Bahia dos setores Comércio,
Prémio Mecenato
atribuído
pela Associação
Portuguesa
atribuído em
2011 à unidade
de Yozgat
pela União
de Museologia
como
reconhecimento
pelo
empenho
na
Trabalhadores do Setor Cimenteiro pelo desempenho
recuperação
do
património
monumental
português
e,
em
exemplar em termos de segurança em 2009.
particular, pelo contributo para o restauro da Charola do
Convento de Cristo em Tomar, monumento classificado como
Património Mundial
pela UNESCO.
África
do Sul
Serviços e Agronegócios. Ainda no Brasil, relevo para o 2.º
lugar na categoria Grandes Clientes no Ranking da Revista
Espanha
Anamaco, que premeia os melhores da construção em todo
o país e avalia a presença das marcas nas diversas regiões.
Segundo lugar nos Prémios de Excelência 2011 do Círculo de
Empresários e Gestores Espanhóis e Portugueses (CEGEP),
que
pretende reconhecer as empresas espanholas de capital
Moçambique
português que mais contribuíram para a geração de riqueza
e emprego
em Marca
Espanha.
Prémio
Melhor
2011 no setor da Indústria no âmbito do
A
Cimpor
ainda o 1.º lugar
no ranking
setorialpela
e 4.ª
Prémio
deobteve
saúde ocupacional
e segurança
atribuído
posição
no ranking
no âmbito
da participação
SARMA aos
Centrosglobal
de produção
de betão
pronto deda
empresa
Índiceede
Sustentabilidade
Empresarial
2010
Margate, no
Tongaat
Umlaas
Road “Platinum
status (95%
(ISE
2010)
do
Observatório
de
Sustentabilidade
Empresarial
+)”; centros de produção de betão pronto de Park Rynie,
do
BCSD Portugal,
que“Gold
contou
com(85%
a participação
Strekspruit
e Phoenix
status
+). Na áreade
de51
empresas.
Agregados, as unidades de Margate e Sterkspruit (ZA),
O Relatório e Contas da Cimpor foi distinguido com uma
Menção Honrosa nos Investor Relations & Governance
Awards 2011 promovidos pela Deloitte e pelo Diário
Económico. Estes prémios distinguem as melhores práticas
de Relações com Investidores em 2010, evidenciando as
pessoas e empresas que mais contribuíram para a qualidade
da informação financeira nos seus diversos aspetos e para
a dignificação do mercado português por via do melhor
esclarecimento dos seus agentes e da afirmação de valores
de rigor, transparência e profissionalismo na relação com a
comunidade financeira.
receberam ainda cinco «Shield Award» - zero incidentes em
todas as instalações.
estudo Melhores Marcas de Moçambique 2011 realizado pelas
empresas DDB e Intercampus / GfK que distingue as Marcas
em função de critérios como singularidade, qualidade,
superioridade, identificação, empatia, confiança, sentir falta,
recomendação, lealdade, intenção de uso e valorização.
PAG
13
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.1
Criação de Valor e Sustentabilidade
Num mundo cada vez mais sensibilizado para a forma como é gerada
a riqueza, torna-se inevitável a integração na conduta empresarial de
aspetos socioeconómicos e ambientais que respeitem a necessidade de
preservação do nosso legado para as gerações futuras.
No caso da Cimpor, esse é um desafio que ganha dimensão global. O
Grupo considera mesmo que a sua capacidade para operar com sucesso
em diferentes países e culturas depende da construção de uma sólida
reputação em termos de ética e responsabilidade na prática empresarial,
do investimento nas pessoas, da oferta de um produto sustentável, da
criação de valor junto das nossas comunidades e, de um modo geral, da
transparência na gestão.
dos limites que esse tipo de práticas acaba por colocar a todos nós.
Esta mudança de paradigma exige a capacidade de criar um modelo de
negócio que, sem deixar de gerar valor económico, proporcione uma
sustentabilidade de longo prazo que concilie o bem-estar das gerações
atuais com as condições de vida no futuro.
Na Cimpor existe por parte da equipa de gestão o reconhecimento da
necessidade de avançar rumo a um desenvolvimento sustentável, a
perceção da importância da internalização de novos valores, tais como
sustentabilidade, visão de longo prazo, diversidade e transparência,
a convicção da necessidade de considerar o diálogo com as partes
interessadas como variável de decisão e o entendimento sobre a
existência de uma relação inequívoca entre desenvolvimento sustentável e
criação de valor.
Com uma consciência plena da importância do capital humano da
organização, o nosso empenho vai, também, no sentido de satisfazer as
aspirações dos nossos colaboradores, criando as condições necessárias ao
seu desenvolvimento pessoal e profissional.
A ideia de um crescimento económico ilimitado ao qual tudo pode ser
sacrificado foi desde há muito substituída por uma clara consciência
PAG
14
Sendo a nossa indústria intensiva no uso de recursos naturais, a pedra de
toque de uma estratégia para a sustentabilidade reside na capacidade
de “fazer mais com menos”. Neste sentido, as nossas preocupações
na vertente operacional devem ser orientadas para a promoção da
ecoeficiência.
A envolvente do nosso negócio e a necessidade de uma estreita e ativa
cooperação com as comunidades nos locais onde operamos constituem
outro pilar da nossa atenção. Procuramos potenciar as competências
dessas comunidades, contribuindo para o seu desenvolvimento a longo
prazo, para a evolução económica sustentável da região e para a própria
perenidade do nosso negócio.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.2
Princípios de Conduta e Governo Societário
Na Cimpor, consideramos que a transparência e a credibilidade estão
intimamente ligadas à existência de um bom governo societário. Neste
sentido, observamos as melhores práticas em matéria de Governo da
Sociedade, nomeadamente no que diz respeito aos Regulamentos e
Recomendações da CMVM, como se apresenta, em detalhe, no Relatório e
Contas 2011.
Como parte desta nossa política, foram publicados, em 2006, o
Código de Ética Corporativo e o Regulamento sobre Comunicação de
Irregularidades, o qual sofreu uma atualização em 2011. Ambos integram
um conjunto mais alargado de documentos que disciplinam muitas
destas matérias e definem regras de conduta, quer internamente, quer no
relacionamento com o exterior, constituindo uma importante referência
para todos os colaboradores da Cimpor.
Sem prejuízo da diversidade cultural que pretendemos promover
e salvaguardar no seio da Cimpor, é fundamental, também, o
estabelecimento de alguns princípios de entendimento comuns.
Encetámos, por isso, já há alguns anos, um percurso no sentido da
implementação formal de programas internos destinados a promover
os valores e princípios éticos que regem a nossa cultura, a política de
sustentabilidade, os nossos códigos morais de comportamento e o
respeito pelos direitos humanos, entre outros. Fazemo-lo através de
ações diárias de comunicação e de informação em cascata, no âmbito
da atividade, através da linha hierárquica, bem como por intermédio de
canais internos e externos específicos.
A Cimpor dispõe de um conjunto de canais regulares de comunicação
para abordar com os colaboradores estes e outros temas de relevância
para a empresa, entre os quais figuram as reuniões de Quadros do Grupo
e das Áreas de Negócio, a intranet Cimpornet, a newsletter Cimpor News
e a revista Cimpor World, o Boletim Bibliográfico e Técnico, o programa de
formação técnica de Quadros, os grupos de trabalho internos, programas
de visitas técnicas sistemáticas às Unidades Operacionais, auditorias
internas e externas.
O Gabinete de Auditoria Interna (GAI), órgão corporativo da Cimpor,
assiste à Organização na consecução dos seus objetivos através de uma
avaliação sistemática da eficácia na gestão do risco, do controlo e dos
processos de governo societário, onde se incluem também a integridade e
os valores éticos.
Dados publicados no Relatório & Contas (informação financeira) e no
Relatório de Sustentabilidade (e.g., SOS, CO2, combustíveis e matérias-primas, emissões, certificações dos sistemas de gestão, custos industriais)
e reportados anualmente pelas Áreas de Negócio são também verificados,
direta ou indiretamente, por entidades externas independentes.
A Empresa conta ainda com um programa anual de visitas técnicas
efetuadas por um corpo técnico de engenheiros da Cimpor Tec e de
controladores da Direção de Planeamento, no sentido de verificar a
qualidade dos dados reportados, a implementação interna das medidas
preconizadas e o cumprimento dos objetivos estabelecidos.
PAG
15
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.3
Organização para a Sustentabilidade na Cimpor
De forma a garantir a implementação e o acompanhamento interno das
iniciativas no âmbito do desenvolvimento sustentável e dos compromissos
externos assumidos neste domínio foi criado o Comité de Pilotagem
Desenvolvimento Sustentável/Comité Intragrupo de Acompanhamento
(CPDS/CIA). Este comité, liderado por um membro da Comissão Executiva
com o suporte da Direção de Sustentabilidade do Grupo Cimpor, é uma
plataforma que analisa, acompanha e dá prioridade à sustentabilidade
do ponto de vista funcional, ajudando a garantir que a política de
sustentabilidade se encontra alinhada com os objetivos estratégicos da
Cimpor.
Este comité formaliza os objetivos relacionados com o Desenvolvimento
Sustentável aprovados pela Comissão Executiva no processo de decisão
das várias Áreas de Negócio, assegura a normalização das atividades
de reporte no domínio da sustentabilidade ao nível das filiais da Cimpor
e contribui para a definição e implementação de uma política de
comunicação interna e externa efetiva e coerente neste domínio. Além
PAG
16
disso, promove a interação entre diferentes Áreas de Negócio e direções
funcionais corporativas sobre o tema da sustentabilidade, garantindo,
além disso, o acompanhamento dos compromissos individuais assumidos
internamente assim como de todas as metas assumidas no âmbito da
nossa participação na Cement Sustainability Initiative (CSI) e no World
Business Council for Sustainable Development (WBCSD - Conselho
Mundial de Empresas para o Desenvolvimento Sustentável).
A Direção de Sustentabilidade do Grupo Cimpor desenvolve e
implementa, na Atividade Cimento, a Agenda de Desenvolvimento
Sustentável, partilhando com as Áreas de Negócio/Unidades Operacionais
as melhores práticas de sustentabilidade, desafiando-as adotar e a
melhorar o respetivo desempenho neste domínio. Esta Direção desenvolve
e apoia a implementação no seio da Cimpor de diretrizes, instruções e
indicadores-chave de desempenho que ajudam a unificar a abordagem
a cada um dos grandes tópicos da nossa Agenda de Desenvolvimento
Sustentável e a tornar o processo de reporte cada vez mais fiável.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.4
Parcerias para a sustentabilidade
A CSI, por seu lado, tem vindo a mobilizar um conjunto importante de
stakeholders desta indústria e a ganhar uma reputação crescente, sendo,
seguramente, um dos maiores programas de sustentabilidade alguma vez
levado a cabo voluntariamente por um setor industrial.
A adesão da Cimpor, em 1997, ao WBCSD – organização com mais de
200 membros a nível mundial partilhando um idêntico compromisso
relativamente aos princípios do desenvolvimento sustentável, representa
um dos marcos importantes da nossa história recente, fazendo parte da
política de parcerias em que pretendemos envolver-nos cada vez mais.
Em 2001, por iniciativa da Cimpor e de 35 outras empresas portuguesas
ou a operar em Portugal, foi fundado o BCSD Portugal - Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, o qual passou a integrar
desde essa data a vasta rede regional do WBCSD.
Além de visar a criação de uma visão e valores de sustentabilidade no
seio das empresas e respetivas estruturas organizacionais, esta iniciativa
procura, também, estabelecer um diálogo regular com os principais
stakeholders do setor. Iniciado em 1999, este projeto pioneiro constituiu,
numa fase inicial, um contributo de dez das principais cimenteiras
mundiais, sob a égide do WBCSD, para a aplicação do referido conceito
ao setor cimenteiro e contou com a presença da Cimpor desde o primeiro
instante.
A informação relativa aos projetos em curso encontra-se disponível e
devidamente desenvolvida no site da CSI www.wbcsdcement.org.
PAG
17
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.5
Investimento na Sustentabilidade
PAG
18
Empenhados na criação de valor para a globalidade dos stakeholders,
consideramos primordial o contributo permanente para o
desenvolvimento das comunidades onde operamos, bem como
para o bem-estar dos colaboradores. Orientamos a nossa política de
Investimentos em Sustentabilidade para dar cobertura a diversas áreas de
atuação que consideramos essenciais:
•
Filantropia e mecenato, através de ação social junto das populações,
da assistência às comunidades em situações de crise (ex., catástrofes
naturais) e do apoio a iniciativas de caráter cultural;
•
Promoção da saúde e do desporto junto das comunidades
envolventes e dos colaboradores.
•
Educação e formação, através da melhoria dos equipamentos e
recursos à disposição da comunidade escolar, bem como do apoio
ao ensino em matérias científicas e linguísticas e na firme aposta na
formação dos jovens;
•
Desenvolvimento das comunidades, através da promoção da
qualificação, do emprego e do empreendedorismo, bem como do
apoio a pequenas e médias empresas locais;
Na seleção dos projetos, a Cimpor é criteriosa e tem em consideração a
necessidade de criação de valor para a comunidade. Neste sentido, no
processo de seleção e decisão a empresa valoriza, entre outros aspetos,
as prioridades locais, regionais e nacionais, a possibilidade de parcerias
sólidas e duradouras com grupos de stakeholders, a sustentabilidade
económica dos projetos e a possibilidade de afetação de verbas que
garantam um benefício efetivo para as comunidades.
•
Ambiente, através de intervenções de modernização, melhoria
de eficiência, monitorização e reabilitação que contribuam para a
proteção e/ou melhoria da qualidade do ambiente;
•
Saúde ocupacional e segurança, designadamente, através de
intervenções materiais nas fábricas, da comunicação e da formação;
Os investimentos em sustentabilidade têm como objetivo a continuidade
do negócio como é o caso das intervenções em terrenos e pedreiras,
nos domínios ambiental, responsabilidade social, segurança e na
modernização destinadas a aumentar os níveis de eficiência das unidades
operacionais, assegurando a continuação da atividade.
CIMPOR
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2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Investimentos de Sustentabilidade por Atividade
Investimentos em Sustentabilidade na Atividade Cimento
55,8
36,7
39,1
2011
34,1
2006
18,4
A
35,3
D Outras Atividades: 4,5%
2005
B
C Agregados: 22,1%
BBetão: 3,9%
2010
45,5
C
A Cimento: 69,5%
58,4
(milhões EUR)
D
D
BSustentabilidade: 15,8%
B
C Aquisições: 15,5%
A Crescimento Orgânico: 55,2%
D Investimentos Correntes: 13,5%
C
2009
2008
2007
2004
Distribuição do Investimento na Atividade Cimento
Os investimentos em sustentabilidade da Atividade Cimento, o
core business da empresa, representam cerca de 70% do total dos
investimentos em sustentabilidade. Se tivermos em conta o valor de cerca
de 248 milhões de euros, correspondente ao total dos investimentos
da Cimpor em 2011, os investimentos na Atividade Cimento dedicados
à vertente de sustentabilidade representaram aproximadamente 16%
desse valor e cerca de 16%, também, do total de investimentos da própria
Atividade Cimento. Nos últimos 5 anos foram investidos, só na Atividade
Cimento, mais de 235 milhões de euros em sustentabilidade.
PAG
19
A
CIMPOR
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de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.6
Investigação & Desenvolvimento: atividade prioritária
Paralelamente a diversos programas de melhoria contínua e incremental
dos processos e produtos a nível industrial, a Cimpor desenvolve atividade
de Investigação e Desenvolvimento (I&D), quer internamente, quer
através do estabelecimento de parcerias com universidades e centros de
investigação de prestígio.
Liderados pela Cimpor Tec, responsável pela inovação e desenvolvimento
técnico a nível corporativo, os projetos de I&D em curso representam um
investimento acumulado ao longo dos últimos cinco anos superior a 7
milhões de euros.
Por se tratar de uma aposta de longo prazo, o tema das alterações
climáticas contextualiza muitos dos nossos atuais projetos de I&D e uma
das áreas de investigação está obviamente centrada na redução das
emissões de CO2 associadas ao processo de fabrico do cimento, que
constitui provavelmente o maior desafio do setor nos próximos anos.
De entre as várias linhas de investigação destacamos, em particular:
Clínquer Belítico: trata-se de estudar exaustivamente, retomando
estudos antigos neste domínio, soluções viáveis no plano técnico e
económico que, não prejudicando a qualidade do produto final em termos
de resistência e durabilidade, permitam a produção de um tipo de clínquer
rico em C2S, o chamado clínquer belítico, ao qual se encontre associada
uma pegada inferior de CO2.
Geopolímeros: linha de investigação, iniciada por nós em 2003, que
tem a ver com a análise dos processos de ativação alcalina de aluminosilicatos (os chamados geopolímeros, membros da família de polímeros
PAG
20
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
inorgânicos como a caolinite, a pozolana, entre outros) através da
combinação de hidróxidos de sódio ou potássio (NaOH, KOH) e silicatos
de sódio ou potássio, por exemplo.
Nanotecnologia do C-S-H: Trata-se de uma área de investigação iniciada
pela Cimpor em 2007. Orienta-se para aspetos de rotura tecnológica
e visa “descodificar” a estrutura atómica do C-S-H (silicato de cálcio
hidratado), o “bloco” principal da estrutura do cimento. Pretende-se,
compreender melhor os fundamentos científicos e os mecanismos
que à escala “nano” determinam o comportamento da estrutura
C-S-H e as respetivas propriedades físico-químicas. Tirando proveito
da “descodificação” da estrutura básica do C-S-H e de um modelo
molecular consistente para o C-S-H, desenvolvido pelo MIT no âmbito
deste projeto, a investigação foi numa fase subsequente mais orientada
para a manipulação da composição química e da estrutura molecular do
cimento para produzir um ligante hidráulico menos intensivo em energia e
conseguir, dessa forma, reduzir as emissões associadas de CO2, sem, com
isso, prejudicar as características mecânicas, os aspetos de durabilidade, a
disponibilidade e utilização generalizada a um baixo custo que o cimento,
tal como o conhecemos hoje, apresenta.
Produção de pozolanas artificiais: a produção e incorporação de
pozolanas artificiais no fabrico de cimentos compostos constituem um
tema que, após a conclusão dos primeiros ensaios para a produção de
pozolanas artificiais (argilas calcinadas) e a montagem, em 2002, em duas
das nossas unidades operacionais, no Brasil, de instalações específicas
para o efeito, foi objeto na Cimpor de algumas aplicações a nível
comercial.
No âmbito deste mesmo projeto e ao abrigo do contrato com o MIT foi
registada em 2011 uma patente provisória que poderá passar a definitiva,
caso o desenvolvimento da investigação ao longo do corrente ano lhe
venha a dar suporte. Ainda dentro desta linha de investigação, em 2011
foi assinado com o Instituto Superior Técnico de Lisboa um contrato de
parceria para investigar o fabrico experimental de materiais já simulados
em computador e aprofundar, por via experimental e computacional, o
mecanismo de hidratação do clínquer.
PAG
21
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
PAG
22
O nível de investimento em I&D relativo à contratação de projetos,
despesas de capital e despesas com pessoal afeto à atividade passou a ter
uma maior expressão ao longo dos últimos 5 anos. A sua evolução anual é
dada pelo gráfico seguinte:
Investimentos em I&D
2.691
(milhares EUR)
753
802
2010
2011
1.033
2009
2008
Outros: aspetos como a valorização de resíduos como matéria-prima para
a produção de clínquer, cimento e betão e a recarbonatação do betão,
têm sido objeto regular de investigação.
A reciclagem dos resíduos de construção e demolição, por via da
utilização como inertes na produção de betão e como matéria-prima para
a produção de clínquer, tem sido objeto de diversas experiências.
1.758
Combustíveis e Matérias-Primas Alternativas: um dos projetos a
assinalar neste domínio é o que se designa por “Eco combustível”, cujo
objetivo é a produção a partir de resíduos sólidos urbanos de um novo
tipo de combustível alternativo de composição homogénea através do
recurso a tecnologias de inteligência artificial.
Além disso, têm vindo a ser testados para os nossos clientes diversos
produtos para as mais variadas soluções técnicas destinadas a edifícios,
estradas e aproveitamentos hidroelétricos.
2007
Captação e Sequestração do Carbono (CCS): a Cimpor prossegue a
avaliação, nas suas várias vertentes, de algumas tecnologias ainda em
fase de desenvolvimento, como é o caso a Captação e Sequestração
de Carbono, embora, até à data, muitas destas tecnologias não se
encontrem ainda disponíveis comercialmente nem exista uma ideia clara
sobre o completo potencial das mesmas a uma escala industrial. Para
aprofundar o conhecimento neste domínio, a Cimpor tem acompanhado,
através de grupos de trabalho, estudos e projetos internacionais
neste domínio tendo, em 2009, aderido a uma parceria de I&D de
grande dimensão, liderada pela European Cement Research Academy
(ECRA), que visa, no longo prazo, a construção de uma instalação de
demonstração deste tipo de tecnologia (post combustion e oxyfuel)
na indústria cimenteira. A terceira das cinco fases deste projeto ficou
concluída, em 2011, com alguns resultados promissores e está neste
momento a ser preparado o arranque da quarta fase do mesmo.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.7
Sustentabilidade da Cimpor: uma escala mundial
Entre 1990 e 2011 a Cimpor evoluiu de uma empresa com 6 unidades
operacionais (UO) localizadas em Portugal, para se tornar num grupo
internacional com 43 UO (26 fábricas de cimento e 17 unidades de
moagem) na Atividade Cimento e, também, operações em mais 12 Áreas
de Negócio (AN): Portugal, Espanha, Marrocos, Tunísia, Egito, Turquia,
África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Brasil, China e Índia.
O termo unidade operacional (UO), utilizado neste relatório, refere-se,
invariavelmente, a fábricas de cimento completas ou a unidades de
moagem. Sempre que se alude a outro tipo de unidade (e.g., serviços
centrais, entreposto comercial, serviços de trading, entre outros) utiliza-se o termo unidade orgânica (UOr). No caso das Atividades Betão e
Agregados falamos, habitualmente, em centros de produção.
Todos os indicadores do atual relatório respeitam 41 UO, isto é, apenas
aquelas em operação durante 2011. Assim sendo, considerámos 27
fábricas de cimento (Egito, com AMCC e ACCC) e 14 moagens. As
moagens de Sines, Narón e Huelva não operaram em 2011. No caso dos
indicadores de SOS, para além da Atividade Cimento, são incluídas,
também as Atividades Betão, Agregados e serviços centrais partilhados.
A Atividade Betão e Agregados teve, este ano, um tratamento mais
pormenorizado no que diz respeito ao reporte de diversos indicadores
operacionais e ambientais.
Foi neste contexto verdadeiramente global que a Cimpor continuou,
em 2011, a perseguir um conjunto de objetivos em torno de áreas-chave
para a sustentabilidade, implementando internamente, para o efeito, um
conjunto de ações detalhado ao longo do presente Relatório.
De acordo com os compromissos por nós assumidos, e no sentido de
garantir a transparência, coerência e fiabilidade nos dados comunicados,
foi efetuada por entidade externa acreditada a verificação dos valores
obtidos em 2010 e 2011 para um conjunto de indicadores de desempenho.
Neste contexto, alguns dos dados foram ajustados o que justifica
algumas ligeiras diferenças entre os valores reportados no Relatório de
Sustentabilidade de 2010 e os publicados no presente relatório.
A tabela seguinte sintetiza a evolução dos indicadores-chave de
desempenho utilizados no âmbito da CSI para monitorizar o progresso e
os objetivos estabelecidos pela Cimpor.
PAG
23
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Indicadores Chave de Performance (Atividade Cimento)
Alterações Climáticas & Energia
UO utilizando o WBCSD/WRI Cement CO2 Protocol (%)
2010
2011
Situação
Evolução & Objetivos
100%
100%
Emissões absolutas globais (brutas / líquidas) de CO2 (milhões de toneladas de CO2)
18,9
17,9/17,6
Emissões específicas globais (brutas / líquidas) de CO2 (kg CO2 / tonelada de clínquer)
875
880/8681
Emissões específicas (brutas / líquidas) globais de CO2 (kg CO2 / tonelada de
678
687/6781
1
100%
-
n.a.
n.a.
Objetivo antigo (em 2005): 15% de redução até 2015 (ano de referência 1990) correspondendo a ~610 Kg CO2/t produto
produto cimentício)
cimentício. Foi defenido sem as UO da Turquia, Índia e China e continua em vigor para o perímetro inicial. Novo objetivo (em 2011):
emissões líquidas de 640 kg CO2/t de produto cimentício. Acrescenta as UO da Turquia, Índia e China.
Eficiência energética dos fornos de clínquer (MJ/t de clínquer)
Combustíveis e matérias-primas alternativas
Matérias-primas alternativas (clínquer e cimento) (%)
Taxa de incorporação de clínquer no cimento (%)
Taxa total de utilização de combustíveis alternativos (combustíveis alternativos
3.617
3.651
8,7%
10,1%
76,7%
78,3%
4,7%
5,1%
1,4%
1,2%
n.a.
10% até 2015 (em 2005). Objetivo alcançado em 2011.
n.a.
10% para 8 AN até 2015 (em 2009) este objetivo foi substituído por outro mais exigente. Novo objetivo (em 2011): 30% até
2016.
fósseis e biomassa) (%)
Taxa de utilização de biomassa (%)
Emissões Poluentes
135
165
Emissões absolutas de partículas (t/ano)
2.812
3.353
Emissões específicas de NOx (g/t de clínquer)
1.518
1.633
31.594
33.270
189
207
Emissões absolutas de SO2 (t/ano)
3.927
4.211
% clínquer produzido em fornos com monitorização (pontual ou contínua) de
95,6%
90,6%
95,6%
96,4%
Emissões específicas de partículas (g/t de clínquer)
2,5% para 8 AN até 2015 (em 2009). Este objetivo foi substituído por outro mais exigente. Novo objetivo (em 2011): 5% até 2016.
125 g/t de clínquer em 2011 (em 2010);
100 g/t de clínquer em 2015 (em 2009);
-
n.a.
1.750 g/t de clínquer em 2011 (em 2010);
1.700 g/t de clínquer em 2015 (em 2019);
Emissões absolutas de NOx (t/ano)
Emissões específicas de SO2 (g/t de clínquer)
-
n.a.
300 g/t de clínquer em 2011 (em 2010);
280 g/t de clínquer em 2015 (em 2009);
-
n.a.
100% após 2 anos das aquisições ou novas construções (em 2005); 100% em 2011.
Novo objetivo (em 2011): 100% em 2012.
poluentes principais e micropoluentes
% clínquer produzido em fornos com monitorização contínua de poluentes principais
100% após 2 anos das aquisições ou novas construções em 2005; 100% em 2011.
Novo objetivo (em 2011): 100% em 2012.
PAG
24
1
Valor obtido descontando o efeito dos combustíveis alternativos
CIMPOR
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2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Indicadores Chave de Performance (Atividade Cimento)
Impactes Locais
Nº de pedreiras localizadas em áreas ambientalmente sensíveis
2010
2011
Situação
16
21 (30%)
Evolução & Objetivos
n.a.
(23%)
% pedreiras ativas, com Planos de Reabilitação Ambiental (PRA) das pedreiras
77,1% 80% até 2008 / 100% até 2009 (em 2005). Não foi cumprido devido a alterações de perímetro.
85,5%
90% até 2015 (em 2009)
aprovados
% pedreiras com elevado valor de biodiversidade possuindo Planos de Gestão de
Biodiversidade (PGB)
6
7 (43,8%)
7 (65%) com PGB até 2015. Alcançado em 2011 em nº de pedreiras, mas o nº de pedreiras com PGB em áreas sensíveis
(37,5%)
aumentou.
Novo objetivo (em 2011): 10 (65%) com PGB até 2015 pois houve um aumento do número de pedreiras e daquelas situadas
em áreas sensíveis.
% UO com plano de envolvimento sistemático / regular com comunidades locais e
85,0% 85,4%
100% em 2010 (em 2005). Não atingido devido à alteração do perímetro.
outras partes interessadas
Novo objetivo em 2011: 100% em 2012.
Saúde Ocupacional e Segurança (Atividade Cimento)
Nº de acidentes mortais para colaboradores diretos
Índice de mortalidade por 10.000 colaboradores diretos
0
1
0
0
1,61
0
Nº de acidentes mortais para colaboradores indiretos (contratos e subcontratos)
4 5
0
Nº de acidentes mortais para terceiros
2 2
59 47
4,70 3,70
Nº de dias de trabalho perdidos para colaboradores diretos
3.638 3.835
Índice de gravidade para colaboradores diretos, por 1.000.000 horas trabalhadas
289,8 304,5
78 78
Nº de acidentes com perda de dias de trabalho para colaboradores diretos
Índice de frequência de acidentes com perda de dias de trabalho, por 1.000.000
0
-
n.a.
2010: < 3,9; 2011: < 3,5; 2012: < 3,10; 2013: < 2,6 (definidos em 2010)
horas trabalhadas, para colaboradores diretos
Nº de acidentes com perda de dias de trabalho para colaboradores indiretos
-
n.a.
2010: < 192; 2011: < 153; 2012: < 123; 2013: < 98 (definidos em 2010)
-
n.a.
LEGENDA:
Novo Objetivo
Em Desenvolvimento
Objetivo alcançado
Objetivo parcialmente alcançado
Objetivo não alcançado
Não há ainda compromisso associado
n.a. Não aplicável / Não disponível
PAG
25
CIMPOR
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2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
1.8
Progresso, Objetivos e Próximos Passos
Tópicos-chave
Progresso 2010-2011
Objetivos e próximos passos 2012-2015
• Cumprimos atualmente com a maioria das melhores práticas de Governo da Sociedade.
• Membros não executivos do Conselho de Administração (CA) participam ativamente na
empresa através de comissões apropriadas: Comissão de Governo e Sustentabilidade;
Comissão de Nomeações e Avaliação; Comissão de Investimento.
• Definimos política de remuneração do CA: Critério de total transparência; Redefinição de
remunerações diferidas e indexadas à performance da companhia; Inclusão de todos os
tipos de remuneração no pacote divulgado; Eliminação de pensões de reforma vitalícias.
• A Comissão Executiva é inteiramente composta por membros independentes e
profissionais; o CA engloba representantes dos Acionistas bem como membros
qualificados independentes.
• Revimos a nossa política para comunicação de irregularidades.
• Abolimos o bloqueio de ações para participação na Assembleia Geral.
• Renovámos o reporte anual e trimestral.
• Manutenção de reputação concordante com os mais altos padrões de ética, responsabilidade e transparência através de
práticas corretas de negócio, seriedade na comunicação e disciplina e cumprimento das normas, regulamentos, códigos
e políticas.
• Manutenção de uma política de formação contínua na aplicação de códigos de ética e das regras para comunicação de
irregularidades e de auditoria interna para a deteção de não-conformidades.
• Promoção de melhores práticas de responsabilidade social na cadeia de valor do nosso negócio através da inclusão
sistemática, nos modelos dos contratos a assinar com os nossos fornecedores de serviços, de cláusulas especiais que
tenham em conta, entre outros, aspetos de direitos humanos, trabalho infantil, segurança.
• Melhoria da política de gestão do risco.
• Tornar-se uma organização totalmente geográfica: normalizar organização ao nível de país.
• Implementação de um novo modelo de gestão: descentralização/ alavancagem mantendo a gestão de topo altamente
envolvida.
• Preparação de processos corporativos globais de acordo com as melhores práticas.
• Consolidámos a nossa organização corporativa para o desenvolvimento sustentável com a
criação da Direção de Sustentabilidade do Grupo Cimpor e dois novos colaboradores.
• Aumentámos substancialmente o número de indicadores objeto de reporte no nosso
relatório de sustentabilidade corporativo em linha com as orientações GRI/G3.1.
• Alargámos o nosso relatório de sustentabilidade às Atividades do Betão e dos Agregados.
• Três das AN da Cimpor publicam atualmente relatórios de sustentabilidade anuais ou
equivalente.
• Classificação da Cimpor no Índice de Sustentabilidade Empresarial 2010 (ISE 2010) do
Observatório de Sustentabilidade Empresarial do BCSD Portugal e no Ranking Global ACGE
2011 como a melhor empresa do setor, sendo 4.º e 18.ª na posição global, respetivamente.
• Desenvolvimento de uma nova base de dados para gestão da informação relativa a
desenvolvimento sustentável.
• Reporte de acordo com orientações G3.1 da GRI (“A+” level).
• Alargamento do reporte de informação das iniciativas que atualmente têm uma maior expressão na Atividade Cimento
às equivalentes nas Atividades Betão & Agregados e Argamassas.
• Alargamento da elaboração de relatórios de sustentabilidade a novas AN, para além de Portugal, África do Sul e Brasil.
• Promoção do desenvolvimento de produtos (e.g., cimentos compostos) e serviços (e.g., coprocessamento) com
benefícios positivo para a sociedade e ambiente.
• Lançamento de Rede do Conhecimento Cimpor destinada à partilha das melhores práticas no pilar Desenvolvimento
Sustentável.
• Desenvolvimento de scorecards para avaliação/autoavaliação do desempenho nos vários domínios da sustentabilidade.
• Adesão ao UN Global Compact.
• Realização do trabalho de base para eventual candidatura ao SAM/Dow Jones Sustainanility Index.
• Estender a verificação de indicadores de desempenho até à totalidade do Relatório de Sustentabilidade.
• Aumentámos ligeiramente a percentagem de UO com planos de envolvimento efetivos dos
stakeholders, mas ficámos ainda aquém do objetivo definido para 2010.
• Reforço da relação de confiança com os stakeholders, a nível local, através do alargamento dos programas de
envolvimento dos stakeholders a todas as UO.
• Constituição de um painel de stakeholders a nível corporativo.
• Avaliação da perceção da sociedade sobre a atuação da Cimpor na vertente social e ambiental, com a realização de
um CSR Survey de dois em dois anos para analisar os resultados, identificar oportunidades de melhoria e determinar o
plano de ação futuro.
Governo da Sociedade
Princípios de Conduta
e Governo Societário
Compromisso com
o Desenvolvimento
Sustentável
Relação com
os Stakeholders
PAG
26
CIMPOR
RELATÓRIO
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2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Tópicos-chave
Progresso 2010-2011
Objetivos e próximos passos 2012-2015
• Prosseguimos a nossa estratégia de partilha de valor com a sociedade - em particular
com as comunidades envolventes - através de ações no domínio da qualificação e
empreendedorismo, filantropia, mecenato e cooperação com entidades educativas e
científicas.
• Obtivemos, em Portugal, o Prémio Mecenato atribuído pela Associação Portuguesa de
Museologia (APOM), pela nossa política continuada de apoio mecenático.
• Prossecução da partilha do valor criado com a sociedade através da estratégia em curso de desenvolvimento de
projetos junto das comunidades.
• Aferição do impacto da Cimpor na Sociedade através do desenvolvimento e aplicação de indicadores de avaliação
específicos.
• Continuação da política de Apoio Mecenático, estendendo-a a novas AN dentro do mesmo tipo de conceito.
• Desenvolvimento de novos conceitos de projetos.
Colaboradores
• Consolidámos a nossa estrutura corporativa para a gestão de talentos e desenvolvimento
organizacional.
• Lançámos uma nova política de recursos humanos e respetivos alicerces.
• Definimos e implementámos um modelo organizacional único para os países.
• Melhorámos a nossa política de compensação, incorporando mecanismos que premeiam
a permanência dos quadros na empresa - “Plano ODS” / Série 2011; Novo Plano 3C de
aquisição de stock options.
• Definimos uma nova política para os nossos expatriados.
• Reforço da valorização dos nossos colaboradores através de:
• Consolidação da política de Recursos Humanos definida em 2011.
• Manutenção da estratégia de atração, integração e retenção de talento na organização.
• Definição de uma proposta de valor consistente para todos os colaboradores do grupo
• Definição de funções tipo aplicáveis a todo o grupo.
• Implementação de novo sistema de avaliação de desempenho.
• Desenvolvimento e implementação de um sistema de compensação com base em princípios comuns para todas as
geografias.
• Desenvolvimento das competências e capacidades dos recursos através da formação e criação da Academia de
Liderança da Cimpor.
• Continuação da gestão de carreiras e mobilidade do grupo.
• Definição de planos de sucessão transversais para as várias geografias.
• Fortalecimento da comunicação e do envolvimento individual de cada colaborador do grupo.
Saúde
• Tivemos em 2011 um ano de mudança, com a criação da nova Direção Corporativa de
Segurança e Saúde e o reforço da equipa com um novo elemento.
• Iniciámos um trabalho de diagnóstico do caminho percorrido e dos futuros desafios, tendo
sido realizado, neste âmbito, um inquérito a mais de 500 líderes, gestores e profissionais de
segurança, do qual resultou a definição da Visão para a Segurança, bem como da estratégia
a seguir no curto e médio prazo e do plano de atividades para 2012.
• Realizámos um concurso de fotografias aberto a todo o mundo Cimpor com o objetivo
aumentar a motivação e o envolvimento dos colaboradores.
• Continuámos a nível corporativo com a consolidação do processo de definição de Objetivos
e Planos de Ação em todas as unidades operativas e implementação de um plano anual de
auditorias corporativas, envolvendo 7 países.
• Implementámos uma nova aplicação informática e procedemos à formação dos seus
utilizadores.
• Comemorámos o dia mundial de Segurança (28 de abril), com a exibição de um vídeo com
uma mensagem do nosso CEO.
• Apesar da frequência dos acidentes com baixa e dos acidentes mortais ter diminuído,
permanecemos insatisfeitos com os resultados enquanto continuarem a ocorrer acidentes
fatais.
• Implementação da Visão de Futuro da Segurança na Cimpor: “Eliminar os acidentes mortais e graves e caminhar para os
Zero Acidentes”.
• Implementação da estratégia de curto e médio prazo, com 4 grandes linhas de orientação: (1) Responsabilização da
Gestão de Topo e Linha Hierárquica; (2) Colaboração: Dinamização da network SOS e reforço de competência; (3)
Uniformização através da definição e implementação do Sistema de Gestão de Segurança tipo; (4) Integração da
Segurança nos processos existentes.
• Desenvolvimento ao longo do ano de 2012, da Agenda de Segurança: “Aprender com os Acidentes | Prevenir a
repetição”: Formação / Workshops para Gestão de Topo sobre temas de liderança para a Segurança; Definição de
um scorecard, com indicadores proativos; Criação de um blog para discussão de temas SOS; Melhoria de processo
de formação da rede dos profissionais de segurança, não só na vertente técnica, mas também de liderança pessoal e
organizacional
• Definição de sistema de gestão de segurança e saúde, com diretrizes corporativas; Integração da segurança no sistema
de avaliação de desempenho individual; Melhoria da Integração da segurança nos cursos de formação de quadros
técnicos; Definição de norma corporativa para investigação de acidentes, acompanhamento das ações corretivas e
comunicação das ilações retiradas.
• Para além destas atividades, irão prosseguir algumas atividades regulares iniciadas anteriormente.
Responsabilidade Social
Partilha de Valor
com a Sociedade
Ocupacional
e Segurança
PAG
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CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Tópicos-chave
Progresso 2010-2011
Objetivos e próximos passos 2012-2015
Sustentabilidade Ambiental do Produto
Alterações
Climáticas
Utilização
de Recursos
Emissões
Atmosféricas
Gestão da Água
PAG
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• Preparámos a base de dados para receber a versão 3 do “Protocolo de CO2 do WRI/
WBCSD para a Indústria Cimenteira” em 2012.
• Obtivemos, em 2011, para o perímetro de 2004 e para as emissões específicas diretas
(líquidas), o valor de 634 kg CO2 / tonelada de produto cimentício o que representa uma
redução de 10,1%, face a 1990 e nos mantém em linha com o objetivo de redução de 15%
definido para 2015.
• Arrancámos com instalações de recuperação de calor residual de gases de processo para
produção de energia elétrica em três fábricas da Cimpor com capacidade total de 25MW.
• Incluímos no Plano de Investimentos da Cimpor uma secção destinada a projetos de
eficiência energética de edifícios industriais e comerciais.
• Prossecução da política de recuperação dos gases quentes residuais de processo dos nossos fornos para a geração de
energia elétrica.
• Prossecução das estratégias de curto, médio e longo prazo destinadas a reduzir as nossas emissões de CO2, centradas
nas principais alavancas definidas neste relatório.
• Prossecução da política de investimento na eficiência energética dos nossos edifícios industriais e comerciais.
• Adoção da versão 3 do “Protocolo de CO2 do WRI/WBCSD para a Indústria Cimenteira” em 2012.
• Adesão ao Carbon Disclosure Project (CDP).
• Aumentámos a taxa de utilização de matérias-primas alternativas, o que nos permitiu
ultrapassar a meta de 10% estabelecida para 2015.
• Elaborámos uma nova diretriz corporativa para a utilização de combustíveis e matériasprimas alternativas.
• Aumentámos a taxa global de utilização de combustíveis (5,1%) e matérias-primas (10,2%)
alternativos.
• Melhorias progressivas no nosso desempenho em termos de gestão de resíduos de
processo.
• Criámos a ECO-Cimpor para melhorar a utilização de recursos fornecendo,
simultaneamente, um serviço complementar às políticas de gestão de resíduos de cada AN.
• Realização dos necessários investimentos para alcançar, até 2016, de uma taxa de utilização de matérias- -primas
alternativas (clínquer e cimento) superior a 10%; e uma taxa de substituição térmica de 30%.
• Uniformização, em todas as UO da Atividade Cimento, de procedimentos para utilização responsável de matériasprimas e combustíveis alternativos através da aprovação, ao nível corporativo, do documento orientador para o
coprocessamento responsável e difusão junto das UO.
• Procura de oportunidades atrativas para melhorar o desempenho energético, prolongar a vida útil dos nossos produtos
e aumentar a reciclabilidade dos mesmos no fim de vida.
• Aumento da ecoeficiência na utilização de recursos naturais.
• Desenvolvimento da vertente “Construção Sustentável”.
• Melhorámos o desempenho em relação às nossas emissões atmosféricas poluentes, com
exceção das emissões de partículas.
• Reforçámos a taxa de monitorização de emissões atmosféricas poluentes.
• Efetuámos, pela primeira vez, auditoria às nossas emissões de poluentes principais e
“fingerprints” de micropoluentes.
• Reduzimos, nos últimos 5 anos, as nossas emissões específicas de partículas, NOx e SO2,
respetivamente de 32%, 15% e 45%.
• Cumprimento dos objetivos relativos aos poluentes principais, até 2015, através de implementação de um conjunto de
investimentos destinados a reduzir as emissões de partículas e de NOx (e.g., filtros de mangas, instalações SNCR).
• Atualização do Manual Emissions Monitoring Reporting (EMR).
• Realização de workshop para formação dos Especialistas de Ambiente cada AN/UO na utilização do novo EMR.
• Promoção da monitorização, reporte e determinação de “fingerprints” de micropoluentes de uma forma sistemática.
• Caracterizámos parcialmente a nossa situação de referência em termos de gestão da
água, através da aferição de consumos e cruzamento das zonas de stresse hídrico com a
localização das nossas UO (Global Water Tool).
• Assegurámos que a esmagadora maioria das nossas fábricas dispõe de sistemas ou
circuitos fechados para recirculação da água industrial permitindo a sua quase total
reutilização.
• Minimização do uso da água nas nossas operações e adoção de uma atitude didática sobre o tema para com aqueles
que connosco se relacionam.
• Alargamento do esforço de gestão eficiente da água a toda a cadeia de valor e desempenho de um papel ativo junto
da envolvente local através da extensão dos nossos programas de conservação às comunidades locais, governos e
organizações não-governamentais, fornecedores e clientes.
• Incorporação plena das orientações da Cement Sustainable Initiative e da Global Water Tool nas diretrizes Cimpor para
caracterização completa da nossa situação de referência na gestão da água.
• Adoção de ferramenta de Análise de Risco para o uso de água.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
A SUSTENTABILIDADE,
O NOSSO DESAFIO
Tópicos-chave
Progresso 2010-2011
Objetivos e próximos passos 2012-2015
Sustentabilidade Ambiental do Produto
Ecossistemas
e Biodiversidade
Investigação
& Desenvolvimento
• Aumentámos a percentagem de pedreiras afetas à atividade Cimento com Planos de
Reabilitação Ambiental aprovados e comunicados aos stakeholders, dando um firme passo
para o cumprimento da meta de 90% estabelecida para 2015.
• Aumentámos as pedreiras ativas (afetas à Atividade Cimento, inseridas, contendo
ou adjacentes a áreas de elevado valor em biodiversidade) com Planos de Gestão de
Biodiversidade implementados.
• Elaborámos uma nova diretriz corporativa para a reabilitação de pedreiras.
• Aumento do número de pedreiras ativas com Planos de Reabilitação Ambiental aprovados para 90% até 2015.
• Aumento para 65%, até 2015, da percentagem de pedreiras ativas localizadas em zonas sensíveis ou com elevado valor
de biodiversidade nas quais se encontram implementados Planos de Gestão de Biodiversidade. Necessitamos, no
entanto, de prosseguir ativamente esta orientação estratégica para alcançarmos a meta de 65% definida para 2015.
• Atualização de diretriz de reabilitação de pedreiras e desenvolvimento de diretriz para gestão da biodiversidade em
zonas sensíveis.
• Continuámos a gerir vários projetos de I&D e a identificar novas linhas de investigação
futuras. Temos atualmente em curso 5 projetos de I&D de maior dimensão, dos quais
3 estão associados ao desenvolvimento de novos ligantes hidráulicos, 2 à utilização de
combustíveis e matérias-primas alternativas e outro à Captação e Sequestração de CO2
(CCS).
• Registámos uma Patente Provisória para um destes projetos de I&D.
• Prossecução da nossa política de identificação e avaliação linhas de investigação potenciais para responder aos desafios
futuros da indústria e desenvolver competências chave em áreas prioritárias, quer de forma direta, quer em parceria
com universidades e institutos de investigação de prestígio internacional.
• Desenvolvimento formal de um sistema de gestão interna de projetos de I&D.
Excelência na Gestão Operacional
Excelência
Operacional
• O programa BEST, que visa a melhoria da eficiência e performance operacional dos nossos
ativos, gerou, em 2011, poupanças superiores a 40M€ face à base de custos de 2009.
• Aposta na uniformização dos Sistemas de Informação permite dispor hoje de ferramentas,
processos e práticas internas comuns.
• A grande maioria das UO da Cimpor possui certificação ISO 9001 e quase 2/3 possuem
certificação ISO 14001 e certificação OHSAS 18001 ou equivalente.
• Lançamento do Programa BEST+, com novos eixos de atuação, destinado a obter poupanças de 75M€ em 2012 e 100M€
em 2014.
• Prossecução da estratégia de uniformização dos Sistemas de Informação e das aplicações informáticas mais específicas
a partir da infraestrutura comum ERP/SAP já existente.
• Lançamento regular de Bolsas de Jovens Engenheiros com a duração de 2 anos de formação teórica e prática para
seleção e integração rápida nas atividades operacionais da Cimpor.
• Reforço sistemático das competências técnicas e qualificação dos Quadros Técnicos do Grupo através do Programa de
Formação Técnica de Quadros (PFTQ).
• Prossecução da estratégia para a excelência na gestão, com vista a que todas as UO disponham, até 2015, de
sistemas de gestão (qualidade, ambiente e saúde ocupacional e segurança) certificados de acordo com normas
internacionalmente reconhecidas.
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29
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
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30
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
elefante
Africano
Loxodonta africana
O elefante africano é extremamente
inteligente, altamente adaptável e exibe um
notável grau de coesão social manifestada
através de laços sociais fortes e duradouros.
O elefante desempenha um papel
fundamental em todas as zonas de savana e
floresta tropical que habita. Está ameaçado
por perda de habitat, caça ilegal para
extração do marfim e perseguição quando
entra em conflito com as populações.
02
UMA CONDUTA SOCIALMENTE
RESPONSÁVEL
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CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
Partilhar e
desenvolver
Queremos partilhar o
valor que geramos com a
comunidade e entendemos
o seu desenvolvimento
como condição do nosso
próprio sucesso. Por isso,
procuramos promover
programas estruturantes,
definidos e executados em
parceria com os agentes
sociais para responder às
necessidades específicas de
cada comunidade.
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32
Atividades educativas e recreativas na Índia
ÍNDIA
ÁFRICA DO SUL
A presença ativa da Cimpor numa das geografias de maior
crescimento mundial reflete-se igualmente na sua política de
Responsabilidade Social. A empresa promoveu a formação
profissional a mulheres em diversas áreas de atividade
(informática, tecelagem e bordados, puericultura, culinária,
etc.) fomentando o seu contributo para o orçamento familiar.
Mais um grupo de estudantes desfavorecidos completou
com sucesso o 2.º Programa de Aprendizagem, que
concedeu bolsas de estudo universitárias aos três melhores
alunos, para frequentarem o curso de Engenharia.
O patrocínio do programa governamental de apoio à
educação das meninas, a promoção de atividades educativas
e desportivas na região de Sikka, programas de vacinação
e de promoção da saúde infantil fazem igualmente parte
da estratégia de interação da Cimpor com as comunidades
onde opera.
A Cimpor promoveu ainda um programa de
empreendedorismo, que permitiu a criação da “AQUALINA
TRADING cc”, empresa sólida e bem-sucedida na área da
construção, colaborou na construção de 48 casas para
a comunidade de Ngcwayi e na formação em técnicas
construtivas.
A modernização das instalações do centro educacional
Amajuba, a construção da nova cozinha da escola primária
Amahobe e o estabelecimento de fóruns comunitários
de suporte às decisões de concessão de donativos em
cada uma das fábricas estão igualmente entre as ações da
empresa na África do Sul.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
MOÇAMBIQUE
BRASIL
PORTUGAL
Em Moçambique, a Cimpor assume-se como uma das
principais recetoras de técnicos formados nas escolas
técnicas e universidades locais. Para além de assegurar
a transição entre o sistema de formação e o ambiente
profissional, contribuindo para a qualificação de jovens
quadros através da concessão de 40 estágios curriculares e
pré-profissionais, a Cimpor integra nos seus quadros muitos
desses estagiários. Em 2011, 38% dos jovens que concluíram
os estágios foram contratados pela empresa.
Desde 2004 que a Cimpor Brasil promove o projeto PESCAR
destinado à formação profissional de jovens em situação
de vulnerabilidade social, contando com a participação
de voluntários da Cimpor que disponibilizam algum do
seu tempo a aperfeiçoar os conhecimentos dos jovens
estudantes. Em 2011 o projeto estendeu-se à UO de São
Miguel dos Campos, que se junta às UO de Campo Formoso
e Nova Santa Rita, onde este ano se formaram 28 jovens.
Juntando vontades, com o programa de responsabilidade
social Connosco a Cimpor e os colaboradores portugueses
apoiaram com donativos que ultrapassaram 0,5 milhão de
euros 123 iniciativas de caráter social, educativo, cultural e
desportivo em diversas regiões de Portugal. Através deles,
satisfizeram necessidades e cumpriram sonhos de muitas
pessoas.
TURQUIA
O apoio à atividade educativa nas comunidades vizinhas,
incluindo a doação de computadores a escolas primárias
e diversas instituições públicas, a contribuição para a
manutenção das escolas e a formação sobre modos de
atuação em situações de emergência foram algumas das
atividades realizadas na Turquia.
Relevo ainda para o apoio da Cimpor Yibitas ao projeto
arqueológico internacional em curso no monte Kerkenes que
pretende revelar Pteria, construída a partir de 600 AC e que
foi durante muito tempo a maior cidade da Anatólia.
Com o apoio da Cimpor, os alunos do PESCAR tiveram
oportunidade de participar numa importante ação de
cidadania promovido pela Justiça Federal de Campo
Formoso, o Mutirão da Cidadania, que visou avaliar mais
de 2.700 processos judiciais atrasados. Como voluntários,
os jovens aplicaram os conceitos aprendidos das aulas e
tornaram-se modelos para a comunidade.
MARROCOS
A construção e renovação das instalações sanitárias das
escolas rurais e a distribuição de mochilas às crianças das
escolas da região de Témara no início do ano escolar são
duas das iniciativas de promoção de melhores condições
para a educação de crianças e de combate ao abandono
escolar desenvolvidas pela Cimpor.
Também a festa de Natal da Comunidade Vida e Paz para
as pessoas sem-abrigo testemunhou a generosidade dos
colaboradores da Cimpor de Lisboa, que organizaram uma
campanha de recolha e doação de bens.
Assegurar o acesso das crianças a uma educação básica de
qualidade em onze países africanos foi o objetivo da Snoopy
Parade, uma exposição que ocupou uma das principais
avenidas de Lisboa com vinte estátuas gigantes decoradas
por artistas e depois leiloadas. Apoiada pela Cimpor, esta
iniciativa angariou fundos para o programa Escolas para
África criado pela UNICEF.
Destaca-se ainda o financiamento do restauro da charola
do Convento de Cristo, em Tomar, monumento classificado
como Património Mundial pela UNESCO, projeto de que a
Cimpor é mecenas único e que envolve a maior contribuição
até hoje disponibilizada por uma empresa portuguesa para
recuperação de património.
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33
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
2.1
Criando uma relação de confiança com os Stakeholders
O sucesso e a viabilidade futura da nossa atividade estão diretamente
ligados à capacidade para operar em harmonia com a envolvente
social, em benefício de interesses comuns. A Cimpor identifica, assim, a
Responsabilidade Social como uma vertente primordial da sua política
para a Sustentabilidade.
O presente relatório sintetiza a ação da empresa na resposta às grandes
questões materiais de âmbito global, identificadas através de interações
regulares com stakeholders no âmbito de iniciativas como a CSI,
desenvolvida sob a égide do WBCSD e de plataformas como o próprio
WBCSD.
A criação de uma relação de confiança com os stakeholders, por via de
uma interação positiva e construtiva, e a partilha do valor criado com a
sociedade, através da promoção do desenvolvimento socioeconómico
e cultural e do serviço social, são dois dos pilares fundamentais de uma
conduta socialmente responsável.
Questões de especificidade local ou regional são tratadas individualmente
a esses níveis, procurando-se assegurar que os desafios que se nos
colocam sejam discutidos e eficazmente abordados. Três das nossas
AN – Portugal, África do Sul e Brasil - já reportam de forma regular a sua
ação local, nos relatórios de sustentabilidade ou de sistemas de gestão
ambiental.
Procurando relações construtivas e perenes com os stakeholders, a
Cimpor aposta numa política de comunicação permanente que se
fundamenta princípios de integridade, transparência e rigor. Esta política
promovida por estruturas regionais de comunicação que atuam sob a
coordenação da Direção de Comunicação corporativa.
A Cimpor preocupa-se em manter devidamente identificados os seus
principais stakeholders – internos e externos – bem como as questões
materiais suscitadas pela sua atividade, quer ao nível global (e.g.,
emissões de CO2, emissões poluentes, impacte na biodiversidade), quer
aos níveis regional e local (e.g., impacte sobre o emprego na comunidade
envolvente, questões locais associadas à exploração de pedreiras ou à
utilização de combustíveis alternativos, novos investimentos, transportes).
PAG
34
Sem prejuízo das questões materiais globais, cuja abordagem é garantida
a nível corporativo, desde 2000 que a Cimpor valoriza particularmente as
preocupações e as expectativas dos stakeholders regionais locais. Neste
contexto, são utilizados os Mapas de Envolvimento dos Stakeholders
(MES), ferramenta de apoio à identificação e análise do nível de
envolvimento dos stakeholders por parte das nossas UO. Em 2011, 85,4%
(35/41) das nossas UO tinham implementado planos sistemáticos de
envolvimento das comunidades locais.
Os resultados da interação com stakeholders são analisados e divulgados
na organização, para que as boas práticas possam ser replicadas e os
erros possam ser compreendidos e permitam evitar insucessos futuros.
CIMPOR
RELATÓRIO
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2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
ENVOLVIMENTO DOS STAKEHOLDERS
PRINCIPAIS PROCESSOS DE ENVOLVIMENTO DOS STAKEHOLDERS
ACIONISTAS
Assembleias Gerais de Acionistas; Apresentações de resultados (trimestrais, anuais); Roadshows; Factos relevantes; Gabinete de Relações com os Investidores; Plano Estratégico;
Conferências com investidores; Website da Cimpor www.cimpor.com; Apresentações sobre Desenvolvimento Sustentável.
CLIENTES E FORNECEDORES
CLIENTES: Relações comerciais; Assistência técnico-comercial; Desenvolvimento de produtos para aplicações específicas; Procedimentos de reclamação; Inquéritos de satisfação; Programas
para Clientes +; Participação em feiras; Brochuras sobre produtos. FORNECEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇO Relações comerciais; Processos de consulta e de conformidade;
Acreditação para prestação de serviços e fornecimentos; Iniciativas de desenvolvimento promovidas pelas filiais da Cimpor; Ações de formação sobre segurança.
PRINCIPAIS STAKEHOLDERS DA CIMPOR
COLABORADORES
Reuniões anuais com a Comissão Executiva; CimporNet; Publicações corporativas e técnicas; Interação com os sindicatos; Código de Ética e sistema de comunicação de irregularidades;
Formação profissional e desenvolvimento de competências; Mobilidade internacional; Programas de saúde e bem-estar; Programa de Prevenção e Planos de Contingência contra a surtos
infeciosos; Colónias de Férias; Clubes desportivos; Programas de apoio à aquisição de casa própria e equipamento informático, entre outros. Celebração e renovação periódica de Acordos de
Empresa (abrangendo cerca de 66% dos colaboradores)
COMUNIDADES LOCAIS
Promoção da qualificação e do empreendedorismo; Filantropia e voluntariado junto das comunidades; Avaliação do impacte das UO junto das comunidades; Dias de Portas Abertas; Estudos
de Impacte Ambiental e Social; Sessões de consulta pública; Procedimentos de reclamação e comunicação de irregularidades; Promoção de estágios profissionais e bolsas de Estudo;
Mecenato e outros apoios financeiros; Ações de comunicação junto das comunidades e das autoridades locais.
GOVERNO E AUTORIDADES LOCAIS
Envolvimento direto ou através dos representantes associativos numa colaboração construtiva; Iniciativas nacionais e locais; Parcerias internacionais; Apresentações e
estudos sobre o setor.
ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS
WBCSD; OCDE – Sustainable Development Round Table; International Energy Agency: preparação de um roadmap tecnológico para o sector; UNFCCC / CDM Executive Board para o
desenvolvimento de uma nova metodologia para o sector cimenteiro; diálogo com o Banco Mundial e IFC; Habitat for the Humanity através de projetos junto das comunidades locais;
World Monuments Fund para a preservação de património histórico, entre outros; contributo técnico no debate de questões do setor, presença nos conselhos de gestão, comités e projetos
de Associações Setoriais nacionais ou internacionais como CEMBUREAU, ATIC, etc. Envolvimento com ONG locais em diversas parcerias (desenvolvimento socioeconómico, ambiente,
biodiversidade, saúde, educação, habitação, abastecimento de água).
UNIVERSIDADES - Parcerias em projetos de I&D; Apoio a programas sobre temas relevantes para a empresa; Pós-graduação de colaboradores; Apoio curricular a programas universitários
do e promoção de estágios profissionais; Participação em seminários universitários.
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Divulgação de informação, promoção de uma relação aberta com os meios de comunicação; publicação de artigos em revistas internacionais especializadas; Website da Cimpor www.
cimpor.com.
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CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
2.2
Partilhando o Valor criado com a Sociedade
Apoio à qualificação e ao empreendedorismo
Uma importante faceta da nossa participação na melhoria das condições
de vida nas comunidades envolventes das nossas fábricas reside
na promoção do desenvolvimento socioeconómico local através da
capacitação profissional, da aposta no prolongamento da vida escolar e
do apoio ao empreendedorismo social, não só apoiando financeiramente,
mas também aproveitando as capacidades técnicas e de gestão das
empresas da Cimpor e parcerias com ONG locais.
Diversas UO da Cimpor têm em curso junto das comunidades onde
operam, e com resultados muito positivos, programas de desenvolvimento
e de capacitação, que fomentam o empreendedorismo para a criação de
pequenas empresas e de redes de parcerias que permitam sustentar os
negócios no futuro.
A Cimpor tem, também, em várias das Áreas de Negócio, fomentado a
criação de emprego e qualificação profissional, designadamente, através
da concessão estágios remunerados a universitários e a residentes
nas zonas de implantação das fábricas bem como do apoio logístico,
técnico e/ou financeiro à realização de ações de formação profissional e
a estabelecimentos de ensino. É disso exemplo o apoio anual da NPCCimpor na África do Sul ao programa Junior Achievement, destinado a
estudantes do último ciclo do liceu que promove o desenvolvimento do
PAG
36
empreendedorismo nos jovens, dando-lhes a oportunidade de criar, gerir
e vender uma “miniempresa” durante um período de 11 meses.
Apoio a causas
O empenho na melhoria da qualidade de vida das comunidades
envolventes passa também pela atividade filantrópica e abarca um leque
variado de intervenções. O contributo da Cimpor pode assumir diferentes
formas como por exemplo donativos, prémios, bolsas de estudo,
investimentos e prestações de serviços.
Alguns dos serviços prestados à comunidade envolvente consistem na
viabilização do acesso a instalações desportivas e colónias de férias da
empresa, formação profissional de pessoas com necessidades especiais,
implantação de creches, apoio à educação infantil e ao acompanhamento
maternoinfantil, apoio ao acompanhamento de idosos, apoio cultural a
menores carentes e projetos na área da segurança e da saúde pública.
A Cimpor tem ainda prestado o seu contributo através do financiamento
de projetos de beneficiação territorial de que são exemplo a construção
ou reabilitação de sistemas de abastecimento de água, de infraestruturas
de saneamento básico e de construção de casas.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
UMA CONDUTA
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
Muitas das ações de apoio à comunidade contam com a participação
regular de colaboradores da Cimpor em regime de voluntariado.
Angariação e distribuição de bens ou fundos para comunidades
carenciadas ou projetos sociais, a promoção de festas sociais, celebração
de datas nacionais e internacionais especiais, a participação em
programas em escolas públicas e instituições religiosas são algumas das
situações que têm motivado os nossos colaboradores.
reabilitação de escolas e igrejas em Moçambique, ao projeto arqueológico
Kerkenes, na região central da Turquia e a recuperação da Capela da
Fazenda da Graça em João Pessoa, no Brasil, um monumento religioso de
arquitetura portuguesa do século XVII.
A Cimpor patrocina ainda, segundo critérios de proximidade, eventos
de interesse cultural como concertos, exposições e acontecimentos
desportivos, ou de natureza técnica e ambiental relacionada com a sua
atividade, como conferências e seminários.
Recuperar o património e apoio à atividade cultural
A conservação e restauro de património edificado é uma das áreas
de intervenção da Cimpor, que tem apoiado projetos de grande
complexidade técnica e científica. Em Portugal, monumentos
emblemáticos como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, as
igrejas da Madre de Deus e da Encarnação, em Lisboa, os carrilhões do
Convento de Mafra, os jardins da Fundação de Serralves e a estatuária dos
jardins do Palácio de Queluz constituíram marcos importantes da nossa
ação mecenática.
Em 2011, o apoio ao restauro da Charola do Convento de Cristo em
Tomar e o esforço da empresa na preservação do património nacional
mereceram o reconhecimento dos profissionais de museologia que,
através da Associação Portuguesa de Museologia, atribuíram à Cimpor o
Prémio Mecenato.
O interesse por esta área tem sido manifestado também por várias
AN do grupo que têm igualmente contribuído para a recuperação de
importantes testemunhos históricos. São disso exemplo os apoios à
Colaboração com a comunidade científica e educativa
A Cimpor presta o seu contributo à comunidade científica,
designadamente, universidades e outras instituições de ensino e
investigação dos países onde opera, através de apoio financeiro a
alguns dos seus projetos, programas, cursos de pós-graduação, estudos
específicos e seminários.
A este nível destaca-se a colaboração da Cimpor com universidades e
institutos de investigação portugueses e internacionais como o Instituto
Superior Técnico, Massachussetts Institute of Technology, Instituto
Eduardo Torroja, European Cement Research Academy, The University
of Natal, Durban Institute of Technology (DIT) e Mangosuthu Technikon,
Universidade de São Paulo, Universidade de Minas Gerais, UFRGS em
diversos projetos de Investigação e Desenvolvimento, maioritariamente
orientados para a vertente da sustentabilidade do nosso negócio (e.g.,
CO2, novos produtos, combustíveis alternativos, captação e sequestração
de CO2).
PAG
37
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
PAG
38
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RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
ARARA azul
Anodorhynchus hyacinthinus
De abundante a espécie em perigo,
bastaram 100 anos. No Brasil, não restam
hoje mais do que 6.500 araras-azuis em
liberdade. A destruição dos habitats e
sobretudo o intenso comércio de aves de
estimação que ocorreu até à década de
80 do séc. XX, juntamente com uma baixa
taxa reprodutiva, dizimaram aquela que
é considerada a maior espécie de arara,
com um comprimento que chega a atingir
1 metro.
03
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
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39
CIMPOR
RELATÓRIO
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Harmonia e bem-estar
Um clima social harmonioso e
propício ao desenvolvimento dos
colaboradores passa, antes de
mais, pela abertura ao diálogo
e pelo cuidado que o Grupo
demonstra com o seu
bem-estar. Através das iniciativas
que realizamos, procuramos
incutir na cultura corporativa
da Cimpor aspetos tão
importantes como a segurança
e a saúde como prioridades
absolutas, o equilíbrio entre a
vida profissional e pessoal, o
incentivo à participação ativa na
vida da empresa, à partilha de
experiências, projetos e opiniões.
PAG
40
TURQUIA
CABO VERDE
Partilhar experiências e opiniões com os colaboradores
é o objetivo de duas iniciativas realizadas na Cimpor
Yibitas: as reuniões com o CEO em que pequenos grupos
de colaboradores têm oportunidade de conhecer os
projetos da empresa em profundidade e trocar impressões
sobre eles com o CEO, e os Dias RH, em que a equipa de
recursos humanos visita as diferentes fábricas e recolhe as
opiniões individuais dos colaboradores, as quais são depois
analisadas com vista à tomada das medidas de melhoraria
o nível de compromisso e de satisfação dos colaboradores.
Já o programa de sensibilização para os efeitos nocivos
do tabaco, que incluiu um seminário na fábrica de Sivas
e a medição das taxas de monóxido de carbono de
colaboradores é um dos exemplos de iniciativas de saúde
realizadas em 2011.
A implementação do sistema de gestão da saúde
ocupacional e segurança motivou a realização de um curso
de formação destinado a colaboradores diretos e indiretos
que envolveu métodos ativos de participação. A formação
pretende consolidar uma cultura de segurança, explicitando
claramente quais são as responsabilidades de cada um e
realçando o importante papel das chefias no estímulo à
execução das tarefas em segurança.
Orgulho foi o que sentiram as crianças no dia da Soberania e
da Criança comemorado a 23 de abril na fábrica de Yozgat,
quando tiveram oportunidade de substituir os seus pais nas
funções de gestão da fábrica, entre outras atividades que
fizeram deste dia um dia memorável.
ESPANHA
A fábrica de Oural estabeleceu um sistema de alerta de
acidente destinado a trabalhadores isolados, cujos sensores
emitem avisos automáticos para a central sempre que se
verifiquem as situações características de um acidente,
permitindo ainda localizar o trabalhador acidentado, mesmo
que esteja numa zona subterrânea.
No armazém de Toral de los Vados, a preocupação com a
segurança motivou a criação de um sistema de que pretende
eliminar o risco de queda dos materiais armazenados,
através de dispositivos de segurança e painéis informativos.
CIMPOR
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
PORTUGAL E ESPANHA
Equipamento de proteção pessoal contra queimaduras
foi testado na fábrica de Toral de los Vados, em Espanha,
demonstrando resistir a temperaturas superiores a 500
graus. Este equipamento, que protege os trabalhadores
quando existe projeção de materiais a altas temperaturas e
exposição direta a raios infravermelhos, passou a ser de uso
obrigatório para todos os trabalhadores das fábricas ibéricas
que fazem intervenção e limpeza das incrustações nos
ciclones e na câmara de fumos.
Fotografia vencedora do Cimpor Safety Photo Awards “Todos juntos pelo mesmo objetivo”. Autor António Almeida Rodrigues (Betão Liz, Portugal)
PORTUGAL
BRASIL
Proporcionar uma solução de qualidade para as férias
escolares das crianças é o objetivo da colónia de férias
da Cimpor em S. Martinho do Porto, aberta aos filhos
dos colaboradores com idades entre os 6 e os 18 anos.
Durante das férias na colónia, os dias são preenchidos com
atividades desportivas, culturais e recreativas, em programas
delineados para proporcionar uma experiência agradável e o
desenvolvimento pessoal dos participantes.
Promover a segurança e a saúde entre os colaboradores foi
o objetivo da semana interna de prevenção a acidentes de
trabalho realizada nas unidades de negócio do Brasil entre
setembro e novembro, num programa que incluiu palestras,
ginástica laboral, exames médicos e jogos sobre práticas de
segurança.
Aumentar a segurança dos trabalhadores foi igualmente
o objetivo das medidas implementadas na Ibéria na área
dos trabalhos em altura. Para prevenir as quedas, uma das
mais frequentes causas de mortalidade no trabalho, foram
estabelecidos novos procedimentos para a limpeza de
janelas nos edifícios, instaladas linhas de vida e, sempre que
possível, construídas plataformas ou guarda-corpos fixos
para acesso aos equipamentos.
PAG
41
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RELATÓRIO
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
3.1
Um Perfil Multicultural
O universo Cimpor é hoje caracterizado por uma multiplicidade de
culturas, nacionalidades, etnias e talentos. A gestão desta diversidade
leva-nos todos os dias mais além, procurando os processos mais
adequados à gestão e desenvolvimento das nossas pessoas, à atração de
novos valores e à justa compensação do seu trabalho.
A 31 de dezembro de 2011 o quadro de colaboradores da Cimpor integrava
um total de 8.257 pessoas, com a atividade Cimento a ocupar a maior
expressão dentro do grupo, tendo 67% do total dos colaboradores
afetos. Relativamente ao ano anterior, a Cimpor reduziu em cerca de
3% o número de colaboradores. A maior redução verificou-se na Área
de Negócio Ibéria (Portugal e Espanha) explicada, essencialmente, pelo
esforço de ajustamento às necessidades do mercado ibérico nas três
atividades principais (Cimento, Betão e Agregados) e pela transferência
de colaboradores dos Serviços Centrais.
Na gestão de topo da Cimpor a redução relativamente ao ano passado foi
de 8%, sendo à data de 31 de dezembro composta por 35 colaboradores,
dos quais 3 mulheres. Em relação a 2010 o número de mulheres, nesta
categoria, aumentou 50%.
A Cimpor apresenta um leque de 33 nacionalidades repartidas pelos 12
países onde opera, sendo a nacionalidade brasileira a mais numerosa, logo
seguida pela portuguesa, chinesa e espanhola.
No que diz respeito à distribuição etária, a Cimpor manteve a maior
concentração de idades na faixa dos 45 aos 49 anos, sendo de 41 anos a
média etária na empresa. A China é o país com a média etária mais baixa,
contrastando com a Índia que tem a média mais elevada.
Verificou-se em 2011 um aumento das habilitações literárias da Cimpor,
sendo que 38% dos colaboradores têm escolaridade de nível médio
e superior. O ensino básico e secundário é o nível de escolaridade de
cerca de 54% dos colaboradores. De destacar que em 2011, o número de
colaboradores com ensino superior aumentou 13% face ao ano anterior.
Demonstrando o empenho da Cimpor em proporcionar uma situação
laboral estável, em 2011 83% dos colaboradores têm com a empresa um
contrato de trabalho sem termo.
PAG
42
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de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Colaboradores por Áreas de Negócio e Região
2011
N.º
Head Quarters
2010
%
N.º
Var.
%
N.º
%
182
2,2
103
1,2
79
76,7
182
2,2
103
1,2
79
76,7
Portugal
1.210
14,7
1.373
16,2
-163
-11,9
Espanha
967
11,7
1.006
11,8
-40
-3,9
118
1,4
123
1,4
-5
-4,1
2.295
27,8
2.502
29,5
-208
-8,3
Marrocos
206
2,5
198
2,3
8
4,0
Tunisia
222
2.7
211
2,5
11
5,2
Egito
503
6,1
500
5,9
3
0,6
-0,8
Serviços Centrais Grupo
Cabo Verde
Ibéria & Cabo Verde
Turquia
Mediterrâneo
Moçambique
África do Sul
África Subsariana
Brasil
Peru
América Latina
China
India
Ásia
Total
817
9,9
824
9,7
-7
1.748
21,2
1.733
20,4
15
0,9
584
7,1
464
5,5
120
25,9
-9,6
483
5,8
534
6,3
-51
1.067
12,9
998
11,8
69
6,9
1.511
18,3
1.629
19,2
-118
-7,2
-50,0
2
0,0
4
0,0
-2
1.513
18,3
1.633
19,2
-120
-7,3
971
11,8
1.022
12,0
-51
-5,0
481
5,8
502
5,9
-21
-4,2
1.452
17,6
1.524
17,9
-72
-4,7
-236
-2,8
8.257
Idade
JLA B C
H
I
8.493
D
G
A< 18 anos / 16 / 0,2%
B [25-29] anos / 368 / 4,5%
C [18-24] anos / 924 / 11,2%
D[30-34] anos / 1.250 / 15,1%
E [35-39] anos / 1.130 / 13,7%
F [40-44] anos / 1.127 / 13,6%
G[45-49] anos / 1.331 / 16,1%
H[50-54] anos / 1.083 / 13,1%
I [55-59] anos / 796 / 9,6%
J [60-64] anos / 217 / 2,6%
L ≥ 65 anos / 17 / 0,2%
E
F
PAG
43
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de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Colaboradores por Atividade
2011
N.º
2010
%
N.º
Var.
%
N.º
%
Cimento
5.539
67,1
5.774
68,0
-235
-4,1
Betão
1.343
16,3
1.493
17,6
-150
-10,1
434
5,3
482
5,7
-48
-10,0
70
0,8
Agregados
Argamassas (1)
70
Outras Atividades
128
1,6
219
2,6
-91
-41,8
Serviços Comuns
562
6,8
422
5,0
140
33,2
182
2,2
103
1,2
79
76,7
-236
-2,8
Serviços Centrais Grupo
(2)
Total
8.257
8.493
Notas:
(1)
Em 2010 as argamassas não eram consideradas actividade isolada (estavam incluídas em “Outras Actividades”)
(2)
Em 2010 nos Serviços Centrais Grupo apenas estava incluido Cimpor Holding, Cimpor Inversiones e CimporTec
Nacionalidades
C
D
E
B
F
G
ABrasileira / 1.514
H Indiana / 484
B Portuguesa / 1.404
ISul-africana / 481
C Espanhola / 980
J Tunisina / 218
D Chinesa / 960
L Marroquina / 203
E Turca / 816
M Cabo-verdiana / 106
F Moçambicana / 564
N Outras / 32
G Egípcia / 495
H
I
N
J LM
A
PAG
44
Angolana
Beninense
Botsuana
Britânica
Chilena
Dinamarquesa
Dominicana
3
1
1
1
1
1
1
Francesa
Ganense
Guianense
Guineana
Guineense
Italiana
Moldava
1
2
2
2
3
1
2
Norte-america
Norueguesa
Peruana
Romena
Senegalesa
Ucraniana
Uruguaia
1
1
1
3
2
1
1
1%
1%
7%
7%
8%
14 %
25 %
22 %
33 %
39 %
2011
2010
Não sabe ler
/ escrever
Freq. de
Ensino Prim
Ensino
Básico
Ensino
Secundário
Nv.Médio
Prof-Vocac.
20 %
23 %
736
48
57
141
Operadores
e Executantes
Supervisores
Especialistas
Diretores
Gestão de Topo
Operadores
e Executantes
Supervisores
Especialistas
Diretores
6,5%
690
13,8%
20,8%
5657
537
11,5%
8,6%
32
356
Feminino
Tipo de contrato de trabalho
B
Ensino
Superior
3
Masculino
A
Colaboradores por grupo de talento
Racio Homens / Mulheres
A
B
Gestão de Topo
CIMPOR
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de sustentabilidade
2011
Mulheres por grupo de talento
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Nível de escolaridade
AFeminino: 12%
B Masculino: 88%
C
A Permanentes: 82,6%
B A Termo: 16,6%
C Expatriados: 0,8%
PAG
45
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
3.2
Potenciando o Talento, Valorizando o Indivíduo
A Cimpor assumiu o compromisso de melhorar a satisfação dos seus
colaboradores, procurando soluções que vão ao encontro das suas
necessidades, fortalecendo o seu grau de envolvimento com a empresa.
Esta nova estrutura de recursos humanos corporativa potenciou a
definição de políticas integradas de gestão do capital humano para todo o
grupo, assentes nos seguintes pilares:
Num contexto de forte globalização e diversidade, preocupamo-nos em
promover uma política social adequada e responsável, a todos os níveis da
empresa, dentro de princípios de honestidade e integridade, de respeito pelo
direito de associação e de promoção de uma franca e aberta comunicação.
•
Processos normalizados e focados nas pessoas;
•
Sustentar o crescimento e internacionalização da Cimpor;
•
Modelo organizacional e capacitação dos recursos humanos;
•
Moldar o futuro com a aquisição e desenvolvimento de talentos.
A gestão da Cimpor guia-se também pelo escrupuloso cumprimento
de princípios fundamentais em matéria de direitos humanos, como são
o respeito pela dignidade humana, a eliminação do trabalho forçado, a
renúncia à exploração infantil, a igualdade de oportunidades e a nãodiscriminação em virtude do género, raça, convicções políticas ou religiosas.
Uma nova política de recursos humanos
Para reforçar o capital humano da empresa em 2011 a Cimpor consolidou
um novo modelo organizacional, consubstanciado numa nova estrutura
corporativa de apoio aos 12 países para desenvolvimento organizacional e
de talentos, na implementação de uma organização comum em todas as
geografias.
PAG
46
A nossa política de Recursos Humanos respeita também um conjunto de
princípios estabelecidos nas principais normas de referência internacional
sobre esta matéria. É o caso das convenções da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), agência multilateral ligada à Organização das Nações
Unidas (ONU) especializada nas questões do trabalho, dos requisitos do
Banco Mundial /Corporação Financeira Internacional (IFC) apresentados
no documento Performance Standard 2 “Labor and Working Conditions” e
de outras normas reconhecidas internacionalmente.
O capital humano da Cimpor encontra-se agora estruturado em cinco
grandes grupos de talentos - Gestão de Topo, Diretores, Especialistas,
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RELATÓRIO
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Supervisores, e Operadores e Executantes -, de acordo com as
funções e responsabilidades de cada um na empresa, o que permite o
desenvolvimento de modelos e políticas de recursos humanos adaptados
às necessidades específicas de cada colaborador.
O objetivo desta organização é o de proporcionar uma carreira
profissional e um ambiente de trabalho estimulante, numa envolvente
saudável e segura, que permita reter os nossos colaboradores e, em
função das necessidades, atrair novos talentos.
Deste modo, a Cimpor continua a manter a sua aposta nas pessoas,
melhorando e fortalecendo os vários processos que lhe estão subjacentes
e que são transversais a toda a estrutura e à estratégia de negócio da
empresa:
estratégia de desenvolvimento dos recursos humanos
Gestão
do desempenho
Compensação
e benefícios
selecção e Integração
de Colaboradores
Gestão de Carreira
e Mobilidade
Gestão
de Potencial
formação
e desenvolvimento
Planos
de sucessão
Criação de valor para
os stakeholders
Estratégia
de negócios
COMUNICaÇÃO e GesTÃO da MUdaNÇa
INfORMaÇÃO e TeCNOLOGIa de aPOIO À GesTÃO de RH
PAG
47
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Definição da estratégia de negócio e planeamento da
capacitação humana
Avaliar a evolução do negócio e respetiva necessidade de recursos,
competências e conhecimentos dentro de um quadro orçamental, é
o ponto de partida para a definição dos objetivos da área de recursos
humanos nas suas diferentes valências de atuação.
Em 2011, a área de Gestão do Talento e Desenvolvimento Organizacional
(TOD) da Cimpor desafiou as estruturas de recursos humanos dos vários
países a alterarem o seu papel e intervenção em todo este processo,
definindo regras e princípios comuns com base no novo modelo
organizacional.
Conhecer as preocupações dos colaboradores, saber motivá-los, satisfazer
as suas expectativas e medir o grau de alinhamento estratégico no seio da
organização afigura-se determinante para os poder reter. Nesse sentido,
são utilizados com regularidade inquéritos ao Alinhamento Estratégico e à
Satisfação dos Colaboradores, bem como outras ferramentas do género.
A integração de jovens profissionais na vida ativa é outra das prioridades
da Cimpor, que dispõe de vários programas de estágios que pretendem
proporcionar aos jovens um primeiro contacto com o mundo laboral e, ao
mesmo tempo, constituem muitas vezes uma fonte de recrutamento de
jovens talentos.
Atração, integração e retenção de talento na organização
A atração, a integração e a retenção de talentos constitui umas das
linhas estratégicas da gestão de recursos humanos da Cimpor. Recrutar
e integrar na organização as pessoas adequadas às várias funções da
empresa, tendo por base o princípio da não-discriminação e da igualdade
de oportunidades para ambos os sexos, culturas ou etnias é um dos
princípios básicos da nossa política.
A Cimpor tem em prática processos globais de recrutamento para toda a
empresa, de modo a garantir que os candidatos são avaliados de acordo
com metodologias comuns que consagrem o princípio da igualdade de
oportunidades e de tratamento adotado pela Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
PAG
48
Avaliação de desempenho
Está em fase de definição um novo modelo de avaliação de desempenho
para Gestores de Topo, Diretores e Especialistas que é transversal a todo o
Grupo, garantindo a equidade entre as várias funções, países e atividades.
CIMPOR
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Este modelo tem por base os princípios de simplicidade, transparência,
facilidade de utilização e de reforço da cultura de meritocracia.
Em 2011, o modelo foi aplicado à Gestão de Topo, prevendo-se o seu
alargamento aos restantes grupos em 2012.
Desenvolvimento de competências e formação
A Cimpor aposta nas suas pessoas e no contínuo desenvolvimento das
respetivas competências garantindo em todas as suas Áreas de Negócio
o direito à orientação e formação profissional, consagrado em normas
internacionais do trabalho.
A formação dos colaboradores é uma das grandes apostas da Cimpor e
uma das grandes prioridades das estruturas locais de recursos humanos,
nomeadamente em áreas como a organização, liderança e otimização
industrial nas mais variadas vertentes, bem como na temática de
segurança industrial.
Em 2011 foram disponibilizadas cerca de 130 mil horas de formação, uma
média de 15 horas por colaborador. Este valor reflete um nível ainda
relativamente baixo de formação em algumas das AN, pelo que está a ser
feito um esforço para que nessas geografias a formação ministrada seja
gradualmente ajustada aos padrões da Cimpor.
Consciente da necessidade de desenvolvimento e difusão de
conhecimento estratégico dos seus quadros, a Cimpor irá desenvolver ao
longo de 2012 uma Academia de Liderança, com a qual pretende gerir
e reter o conhecimento, promover a cultura corporativa, desenvolver
competências de liderança e gestão, participar na difusão de boas
práticas, melhorar o desempenho dos seus quadros e fomentar a
integração das pessoas na organização.
Gestão de carreiras e mobilidade
A gestão de carreiras constitui um instrumento estratégico que possibilita
à empresa obter o nível de contribuição adequado por parte dos
seus colaboradores ao mesmo tempo que permite a sua valorização,
amadurecimento e progressão profissional para posições estratégicas,
preparando simultaneamente os respetivos sucessores.
A definição de funções-tipo para todo universo Cimpor, avaliadas de
acordo com uma metodologia única e coerente, vem facilitar e potenciar
a estruturação de planos de carreiras, para todas as famílias de funções
das diferentes Áreas de Negócio. A empresa assumiu o compromisso de
avaliar, em 2012, as funções da gestão de topo, diretores e especialistas.
Em 2013 será construído um plano de carreiras para todos os quadros,
contemplando não só a carreira de gestão como também a de
especialista.
A Cimpor tem vindo a apostar na mobilidade geográfica dos seus
colaboradores para responder, por um lado, às necessidades locais através
da partilha de conhecimento e experiência do negócio, particularmente ao
nível de funções-chave e, por outro, para promover o desenvolvimento e
enriquecimento dos colaboradores através de experiências internacionais
dentro da Cimpor.
PAG
49
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RELATÓRIO
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CADA UM CONTA
Colaboradores por Local de expatriação
Africa do Sul
Portugal
Turquia
Espanha
Cabo Verde
Tunisia
Brasil
Marrocos
China
Egito
Serviços Centrais
Moçambique
1
1
2
2
2
4
4
5
7
8
10
17
Para melhor responder ao desafio da Gestão de Expatriados, a Cimpor
decidiu rever a sua política de mobilidade geográfica, procurando
estabelecer critérios uniformes e aproximar as condições de vida dos
colaboradores expatriados às condições de mercado onde passam
a desenvolver as suas atividades. Neste contexto, considerou-se a
possibilidade dos colaboradores expatriados se fazerem acompanhar das
famílias, estando a empresa disposta a suportar os encargos adicionais
(e.g., educação dos filhos ou viagens para toda a família) para assegurar o
bem-estar de todos.
Em 2011, a Cimpor tinha 63 expatriados, 62% dos quais de nacionalidade
portuguesa. A maior parte dos expatriados (27%) encontra-se em
Moçambique. Do total de expatriados, 4 são mulheres. A idade média
deste conjunto de expatriados é 44 anos, tendo o mais novo 24 anos e o
mais velho 63 anos.
Planos de sucessão
Colaboradores EXPATRIADOS por nacionalidade
A estratégia de internacionalização levada a cabo pela Cimpor, com
ênfase em mercados emergentes, onde existe atualmente uma grande
procura de quadros qualificados, torna premente a definição de um
plano de sucessão sólido, que permita identificar e preparar os potenciais
sucessores para as funções chave do Grupo, fazendo uma adequada
gestão do talento na nossa organização.
FSul-africana: 2%
CBrasileira: 14%
G Turca: 2%
D Marroquina: 3%
B
ENorueguesa: 2%
B Espanhola: 16%
FG
A Portuguesa: 62%
C
DE
A
PAG
50
Para 2012 a Cimpor tem como compromisso desenhar e implementar
o plano de sucessão para as funções consideradas críticas na empresa,
sendo as restantes funções trabalhadas a partir de 2013.
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RELATÓRIO
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OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Comunicação e envolvimento individual
A comunicação e o diálogo são elementos-chave para fortalecer a
confiança dos nossos colaboradores.
O sítio www.cimpor.com constitui um expoente de transparência e
acessibilidade que define a política de comunicação da Cimpor.
Para além desta ferramenta, os colaboradores contam também com a
intranet, que oferece alguns canais de comunicação com o objetivo de
difundir a estratégia e a própria evolução da empresa, além de estabelecer
relações entre as diferentes áreas e departamentos, bem como agilizar
tramitações e tarefas habituais dos colaboradores. As revistas e boletins
internos contribuem igualmente para a partilha de informação dentro do
universo Cimpor, dando a conhecer a realidade da empresa.
Da mesma forma se trabalha para difundir ações que promovam a
comunicação entre os colaboradores e a direção, com o objetivo de dar
a oportunidade às pessoas de conhecer os novos investimentos e ter a
possibilidade da resolução de dúvidas e preocupações de maneira direta,
aumentando os níveis de motivação e de compromisso.
Para facilitar o processo de comunicação e conceder a todos a
oportunidade de comunicar as suas necessidades e preocupações, a
PAG
51
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RELATÓRIO
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2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Cimpor recorre aos inquéritos de alinhamento estratégico e inquéritos
à satisfação dos colaboradores atrás referidos que permitem avaliar as
diversas dimensões da nossa organização.
Em matéria de liberdade de associação, organização e negociação
coletiva, a Cimpor assegura o cumprimento dos princípios homologados
nas normas internacionais de trabalho, nomeadamente, a Convenção
nº 98 da OIT sobre a Aplicação dos Princípios do Direito de Organização
e de Negociação Coletiva assim como os requisitos do Banco Mundial
/ Corporação Financeira Internacional apresentados no documento
Performance Standard 2 Labor and Working Conditions.
A Cimpor continua a fazer um esforço assinalável no sentido de
estabelecer e preservar a colaboração saudável com os sindicatos, seus
representantes e comissões de trabalhadores.
Política de compensação
Uma nova política de compensação começou a ser desenvolvida em 2011
para ser alinhada com a respetiva avaliação de funções até ao final de 2012.
O primeiro passo da implementação de uma política comum de
compensações para toda a empresa foi dado em 2011, com a descrição
e avaliação das funções da gestão de topo, de acordo com as
responsabilidades inerentes e os resultados expectáveis para cada função
e, em resultado disso, desenhada a respetiva política de compensação,
com base nas melhores práticas do mercado.
PAG
52
Em 2012, a Cimpor irá identificar e descrever as funções dos diretores
e técnicos / especialistas das áreas corporativas e dos 12 países onde
opera, de modo a garantir que funções com responsabilidades idênticas
sejam transversais, equiparáveis e tenham descritivos únicos para toda a
empresa.
A avaliação destas funções decorrerá em 2012 e terá em consideração as
especificidades das geografias e as magnitudes definidas, de acordo com
critérios previamente aprovados, para os vários países, tipos de negócio e
famílias de funções.
Após a conclusão desta etapa, e ainda em 2012, serão alinhados os
princípios da compensação da empresa, sendo a definição da política dos
quadros da responsabilidade da área corporativa e dos restantes grupos
de talento, dos recursos humanos dos respetivos países.
O objetivo da Cimpor é o de garantir a compensação dos seus
colaboradores de forma justa e adequada ao mercado onde estão
inseridos, assegurando que não é feita qualquer discriminação entre
mulheres e homens que realizem a mesma função, no respeito integral
da norma internacional do trabalho relacionada com a remuneração,
“Standard on Wages”, preconizada pela OIT.
A Cimpor lançou ainda um novo plano de aquisição de ações, “Plano
3C”, e um plano opções, “Plano ODS” com o objetivo de fomentar
maior identificação dos colaboradores com objetivos de longo prazo da
empresa. A informação relativa a estes Planos encontra-se disponível e
devidamente desenvolvida no Relatório & Contas 2011.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
3.3
Promover a Saúde e a Segurança das Pessoas
A saúde ocupacional e segurança é uma prioridade para a Cimpor.
Trabalhamos ativamente para promover um ambiente de trabalho
saudável e seguro para todos os colaboradores, clientes, fornecedores e
todas aqueles com quem nos relacionamos, de acordo com as linhas de
orientação seguintes:
•
Formar e comunicar;
•
Respeitar a legislação, normas, regras e instruções;
•
Prevenir, garantindo as adequadas condições de saúde ocupacional e
segurança;
•
Identificar os perigos e avaliar os riscos;
•
Controlar e minimizar os riscos;
•
Investigar todas as ocorrências e adotar medidas corretivas para
evitar repetições.
ZERO ACIDENTES é o objetivo que pretendemos atingir com base nestas
linhas orientadoras, preconizando para comportamento dos nossos
colaboradores o princípio de melhoria contínua.
Modelo organizativo SOS
O modelo organizativo de suporte ao Sistema de Gestão de
Saúde Ocupacional e Segurança (SGSOS) da Cimpor possibilita o
desenvolvimento da estratégia e o planeamento de ações, assim como a
adoção de uma verdadeira atitude de prevenção, que considera:
•
A estrutura, baseada na responsabilidade da linha hierárquica
(liderança e decisão) da empresa do primeiro ao último nível;
•
Os especialistas da rede Saúde Ocupacional e Segurança (SOS),
que têm funções atribuídas de acordo com critérios de dependência
hierárquica e funcional, de diversidade de atividade e de localização
geográfica. Estas funções são definidas como “centros de
competência” com qualificação aprofundada nas matérias de SOS
que se encontram à disposição da estrutura orgânica de cada
empresa, assegurando o suporte técnico e a dinamização do SGSOS;
•
A Comissão de Acompanhamento SOS, que visa a coordenação
e o acompanhamento do sistema, bem como o envolvimento e
integração de todos na cultura de saúde e segurança.
Para melhorar o desempenho e promover a extensão das atividades
PAG
53
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
relacionadas com o SOS, a estrutura que assegura a gestão corporativa
desta área recebeu em 2011 uma nova liderança e reforços na sua equipa.
Foram também desenvolvidas várias atividades ao nível da formação,
comunicação, partilha de conhecimentos, auditoria e reporte, que
contribuíram para a obtenção de condições de trabalho mais saudáveis e
seguras para todos.
Formação e comunicação
A formação contínua dos colaboradores em SOS desenvolvida localmente
pelas AN e UO está orientada para as vertentes técnicas, organizacional e
comportamental, consoante as necessidades de cada área e abrange quer
os colaboradores diretos, quer os de empresas exteriores que prestam
serviços nas UO da Cimpor.
A nível corporativo, são ainda realizados cursos de formação destinados a
quadros, em “Avaliação de Riscos e Auditorias”, com o objetivo de formar
auditores internos, seguindo uma metodologia que tem sido aplicada com
sucesso em várias UO.
No total, em 2011, foram efetuadas 78.003 horas de formação em SOS,
das quais 60.643 horas na Atividade Cimento, o que corresponde a
um índice de formação de 9,29 horas per capita (9,79h per capita na
Atividade Cimento). A participação dos colaboradores da Cimpor em
ações de formação sobre saúde e segurança atingiu os 97,9% (87,0% para
o cimento).
A comunicação sobre SOS continua a ser veiculada preferencialmente
PAG
54
através da CimporNet, que permite não só divulgar informação,
mas igualmente partilhar experiências e conhecimentos sobre boas
práticas, novas técnicas e metodologias de SOS através de uma rede de
especialistas de segurança e saúde denominada Network SOS.
Vale a pena destacar outras práticas com efeitos muito positivos junto
dos colaboradores, como a banda desenhada concebida no Egito que
confronta um trabalhador que cumpre as regras de segurança com outro
que sistematicamente desrespeita as regras e sofre as consequências, e as
pinturas murais em Moçambique, realizadas por artistas e colaboradores
locais que, além de verdadeiras obras de arte, são muito eficazes a alertar
para as situações de risco.
Auditoria e reporte
As auditorias de segurança são um importante instrumento de melhoria
e de progresso, avaliando e medindo a evolução da implementação das
condições de SOS, do seu controlo e da minimização de riscos na rotina
de gestão das nossas unidades operacionais. No programa de auditorias
internas de 2011 foram auditadas 12 fábricas de cimento, 8 centrais de
betão e 1 centro de exploração de agregados.
O reporte completo e fiável dos indicadores, o tratamento adequado
dos dados, e o acompanhamento dos planos de ação SOS definidos por
cada UO revelam-se fundamentais para o cumprimento dos objetivos
neste domínio. Por isso, em 2011 passámos a contar com o apoio de uma
nova aplicação informática que permite a comunicação atempada e
precisa de todos os acidentes de trabalho e outros indicadores de saúde
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Desempenho e boas práticas
e segurança, bem como a gestão dos planos de ação definidos por cada
unidade.
A avaliação continuada e as visitas dos especialistas corporativos às
unidades orgânicas têm permitido manter a motivação e a atenção
relativamente aos objetivos traçados, bem como a execução das ações
planeadas.
E para que as informações disponibilizadas pela aplicação pudessem ser
plenamente utilizadas na gestão de SOS foram realizadas várias ações de
formação aos utilizadores, em todo o mundo.
ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS (global)
Nº Acidentes Mortais (Global)
2011
2010
2009
2008
2007
Colaboradores diretos nas instalações
1
1
1
1
0
Colaboradores diretos fora das instalações
0
0
0
0
0
Colaboradores indiretos nas instalações
2
2
5
6
4
Colaboradores indiretos fora das instalações
3
4
2
2
4
Terceiros nas instalações
2
2
0
0
2
Terceiros fora das instalações
0
0
0
0
0
8
9
8
9
10
TOTAL
ACIDENTES DE TRABALHO MORTAIS (cimento)
2011
2010
2009
2008
2007
Colaboradores diretos nas instalações
Nº Acidentes Mortais (Cimento)
1
0
1
0
0
Colaboradores diretos fora das instalações
0
0
0
0
0
Colaboradores indiretos nas instalações
2
2
5
6
4
Colaboradores indiretos fora das instalações
3
2
1
2
4
Terceiros nas instalações
2
2
0
0
2
Terceiros fora das instalações
0
0
0
0
0
8
6
7
8
10
TOTAL
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55
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Acidentes de Trabalho Mortais (todas atividades)/Causa
Acidentes de Trabalho Mortais (todas atividades)/País
(Colaboradores Diretos, Indiretos e Terceiros)
2007 / 2011
G
E F
26,35
11,55
14,69
Outras
Atividades
2,69
2,20
6,27
4,33
Agregados
5,84
14,13
9,03
Betão
13,27
2007
2008
2009
2010
2011
8,66
17,18
14,04
16,62
4,70
3,70
4,10
Cimento
6,66
6,68
4,82
10,47
6,36
M Egito, 9: 20%
D
(Colaboradores Diretos)
2007 / 2011
5,85
L Brasil, 10: 23%
F Índia, 2: 5%
L
Índice de Frequência/Actividade
Grupo
J Cabo Verde, 1: 2%
E Marrocos, 2: 4%
J
H Tráfego (dentro das instalações), 10: 23%
11,02
I Tunísia, 1: 2%
D África do Sul, 2: 4%
I
G Tráfego (fora das instalações), 14: 32%
PAG
56
C Espanha, 3: 7%
C
H
F Exposição a uma explosão, 1: 2%
H Turquia, 2: 5%
G
C
E Eletrocussão, 1: 2%
B Portugal, 4: 9%
A
F
B
D Queimaduras, 3: 7%
G China, 2: 5%
E
equipamentos, 3: 7%
C Soterramento em silos ou pilhas, 3: 7%
B
A Moçambique, 6: 14%
D
B Aprisionamento no arranque ou movimento de
A
H
A Quedas com desnível e queda de objetos, 9: 20%
M
(Colaboradores Diretos, Indiretos e Terceiros)
2007 / 2011
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
Em 2011, as avaliações contínuas de desempenho SOS de todas as unidades
orgânicas da Cimpor decorreram em duas fases: no primeiro semestre
foi realizada a avaliação dos resultados obtidos em 2010; no segundo
semestre foram avaliados os resultados obtidos na primeira metade do
ano e definidos os objetivos e planos de ação para o triénio 2012/2014.
De acordo com os compromissos assumidos no âmbito da CSI e no
sentido de garantir a transparência, coerência e fiabilidade nos dados
comunicados pela Cimpor, a verificação dos indicadores de desempenho
SOS relativos a todas as atividades desenvolvidas em 2011, abrangeu 135
UO, (17 fábricas de cimento, 1 moagem de cimento, 103 centrais de betão,
9 centros de exploração de agregados e 5 UO integradas em “Outras
Atividades”), distribuídas por 11 países.
anos, os países mais afetados pela ocorrência de acidentes de trabalho
mortais foram Brasil, Egito e Moçambique.
Neste período mais alargado, verificamos também que os acidentes
mortais ocorreram com maior frequência junto de colaboradores indiretos
(77% dos acidentes) e que os “acidentes de tráfego” e as “quedas em
altura” são as causas mais frequentes, tendo originado, respetivamente,
55% e 20% dos acidentes mortais.
Em termos de desempenho, em 2011, apesar de todo o cuidado posto na
sua prevenção, foram registados 8 acidentes mortais, menos um do que
em 2010. Os acidentes de tráfego continuaram a ser a principal causa de
morte em 2011, com 3 ocorrências, referentes a 2 colaboradores indiretos
e 1 terceiro.
Dos restantes acidentes mortais, 2 foram causados por exposição à chama
ou ao calor (1 colaborador direto e 1 indireto), 1 por exposição a explosão
(colaborador indireto), 1 por queda em altura (colaborador indireto) e 1 por
aprisionamento no arranque ou movimento de equipamentos (terceiro).
Brasil e Egito, ambos com 2 ocorrências, foram os países mais afetados
por acidentes de trabalho mortais em 2011. A mesma tendência é
confirmada quando alargamos o período de análise: nos últimos cinco
Em 2011, considerando todas as atividades, o índice de frequência de
acidentes com perda de dias de trabalho, para colaboradores diretos,
desceu de 5,85 (2010) para 4,82, devido à redução do número de
acidentes que baixou de 104 (2010) para 84. Na atividade do cimento, o
PAG
57
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
dos dois anos não têm uma diferença significativa, pois o número de
acidentes com perda de dias de trabalho foi o mesmo, 78.
Os restantes indicadores de sinistralidade não tiveram alterações
relevantes comparativamente com o ano de 2010.
Auscultar para melhorar
Responder às necessidades específicas de cada AN e de cada atividade,
reforçar a partilha de experiências e compreender as diferentes visões
sobre o tema foi o objetivo do inquérito realizado no final do ano
envolvendo mais de 500 colaboradores, entre quadros com funções de
liderança e gestão e profissionais de SOS em todo o mundo.
decréscimo do índice de frequência foi de 4,70 (2010) para 3,70, resultado
da ocorrência de 59 acidentes com perda de dias em 2010 e de 47 em
2011. Também o número de acidentes sem perda de dias de trabalho de
colaboradores diretos desceu de 2010 para 2011. De 141 (2010) para 128, no
que diz respeito à totalidade das atividades e de 112 (2010) para 99 no que
se refere à atividade do cimento.
Os indicadores de sinistralidade dos colaboradores indiretos também
melhoraram significativamente. O índice de frequência passou de 4,84 em
2010 (102 acidentes com perda de dias de trabalho) para 3,99 em 2011 (89
acidentes com perda de dias de trabalho) tendo em conta o conjunto de
atividades que a Cimpor desenvolve. Na atividade do cimento, os valores
PAG
58
A elevada taxa de participação neste inquérito, rondando os 70%,
bem como o elevado número de sugestões de melhoria apresentado,
quase 2.500, demonstra bem o empenho de todos em contribuir para
um ambiente laboral mais seguro. Das 2.409 sugestões de melhoria
apresentadas, foram aprovadas 2.126 e implementadas 1.506, o que
corresponde a uma taxa de sugestões por colaborador direto de 28,7%,
uma taxa de viabilidade das sugestões apresentadas de 88,3% e uma taxa
de execução de 70,8%.
Reforço e reconhecimento das boas práticas
Os projetos “Boas Práticas para a Segurança na Condução e Segurança
dos Prestadores de Serviços” encontram-se em fase de implementação
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
OS COLABORADORES,
CADA UM CONTA
de acordo com o planeado (2010/2014), estando já concluídas as fases de
comunicação, análise diferencial e elaboração do plano de ação, em todas
as UO da Cimpor.
Com o objetivo de continuar a estimular o bom desempenho das
diferentes AN, foi criado em 2011 o prémio “Best Safety Performance
Award”. A nossa filial da África do Sul foi a grande vencedora
conquistando o 2011 Best Safety Performance Award, pela demonstração
do compromisso da gestão de topo e da linha hierárquica para com os
aspetos de SOS, pela estrutura organizacional criada para o efeito, pelo
sistema de gestão SGSOS implementado e, naturalmente, pelo bom
desempenho em SOS que, em 2011, se traduziu em “zero acidentes fatais”
e “zero acidentes com dias perdidos”.
médicos a todos os colaboradores e fomentadas medidas de prevenção
de problemas de saúde ocupacional. Como exemplo de ajustamento às
realidades locais merecem destaque os programas de prevenção da SIDA
existentes em Moçambique e na África do Sul.
No total, contabilizaram-se em 2011 15.397 exames médicos de Medicina
Curativa realizados nas nossas instalações e 5.716 exames médicos de
Medicina Ocupacional, dos quais 8.482 foram exames periódicos, 889
ocasionais e 370 de admissão. A taxa de realização de exames médicos
periódicos de saúde ocupacional atingiu os 71%.
PROMOÇÃO DA SAÚDE NA CIMPOR
CENTROS MÉDICOS DAS UO
• Formação interna e externa
• Equipamento adequado
A saúde dos nossos colaboradores
• Seleção de fornecedores com base em critérios de qualidade e custo/eficiência
PLANOS DE SAÚDE
A Cimpor tem em prática um vasto conjunto de medidas no domínio da
Saúde Ocupacional, que inclui a disponibilização de planos de saúde, a
sensibilização para estilos de vida saudáveis e a realização de check-ups
periódicos, entre outras.
Além disso, do ponto de vista da comunicação, são divulgadas
regularmente na CimporNet informações preparadas pelos médicos
da empresa sobre comportamentos e iniciativas relevantes para a
manutenção de um estilo de vida saudável.
A Cimpor desenvolve ainda Programas de Saúde regulares adaptados
às realidades locais, no âmbito dos quais são realizados “check-ups”
• Disponibilização a todos os colaboradores
• Divulgação
PREVENÇÃO DO TABAGISMO, ALCOOLISMO E USO DE DROGAS
• Campanhas de sensibilização
• Regulamentação específica
“CHECK-UPS” MÉDICOS PERIÓDICOS A TODOS OS COLABORADORES
MEDIDAS CONTRA DOENÇAS ESPECÍFICAS
• Planos de contingência
• Campanhas de sensibilização e prevenção
ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL
• Campanhas e outras ações de informação e sensibilização
PAG
59
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
PANDA
AILUROPODA MELANOLEUCA
PAG
60
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Panda Gigante
Ailuropoda melanoleuca
O panda gigante está confinado a seis áreas
montanhosas isoladas no centro-sul da China. Se a caça
não representa hoje um problema, devido às rígidas
leis chinesas, já a baixa taxa de natalidade, a elevada
mortalidade infantil e a destruição de seu ambiente
natural em nome do crescimento económico colocam
o panda sob ameaça de extinção. Existem atualmente
menos de 1.600 pandas no seu habitat natural.
04
CRIAR VALOR, PRESERVANDO O
AMBIENTE
PAG
61
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Um objetivo, muitas
ações
Preservar o ambiente é
um objetivo estratégico da
Cimpor que não pode ser
dissociado dos objetivos do
próprio negócio.
Na avaliação dos projetos,
a preservação dos recursos
naturais, a eficiência
energética e o nível de
emissões libertadas para
a atmosfera são cada vez
mais os fatores críticos, que
proporcionam benefícios
tangíveis e estimulam a
inovação.
PAG
62
INDIA
BRASIL
Fruto da experiência realizada com sucesso na fábrica de
João Pessoa no Brasil, a Cimpor aplicou na pedreira de
Pachhtar, na Índia, uma tecnologia inovadora de extração
mineira que utiliza um minerador de superfície para
minimizar os impactes da exploração. Foi ainda construída
uma albufeira que, além dos benefícios proporcionados à
comunidade de Pachhtar, é um importante instrumento
de proteção da biodiversidade, numa zona que está muito
próxima do Barda Wild Life Sanctuary, ao criar condições
naturais muito próximas das originais.
Mais de 150 mil toneladas ou cerca de 5.500 camiões cheios
de material é a economia de recursos naturais que a fábrica
da Cimpor Brasil, em João Pessoa, obteve com o projeto
de coprocessamento desenvolvido em parceria com uma
empresa do Grupo Odebrecht, no âmbito do contrato
assinado com a Petrobras. Com o apoio de especialistas,
a Cimpor desenvolveu uma solução para a substituição
de parte da matéria-prima natural usada no fabrico do
cimento por cascalho proveniente das operações de
perfuração de poços de petróleo da Petrobras, que estava
há vários anos depositado à espera de uma solução técnica
economicamente viável e ambientalmente adequada. Só
em 2011, 57% das necessidades de argila da fábrica de João
Pessoa foram substituídas por cascalho de perfuração,
permitindo poupanças significativas no consumo de
recursos naturais. Nos dos últimos anos esta fábrica tem
vindo a coprocessar outros combustíveis e matérias-primas
alternativos como é o caso de pneus usados, resíduos da
indústria do calçado e outros substitutos de matérias-primas
naturais como é o caso dos provenientes da indústria do
alumínio.
CHINA
Na China, a aposta na recuperação de calor residual
dos fornos para gerar eletricidade é uma importante
componente da política de ecoeficiência da Cimpor que,
desta forma, poupa energia e evita emissões indiretas de
CO2. Na fábrica de Shandong, foram produzidos quase 100
mil MWh de energia entre abril de 2009 e o final de 2011,
o correspondente a cerca de 20% do consumo da fábrica,
levando a uma redução de cerca de 86 mil toneladas de
CO2. Em 2011 foi assinado o contrato para instalação de um
sistema semelhante na fábrica de Zaozhuang.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
ÁFRICA DO SUL
Pitão na Área de Conservação de Oribi, Reserva Natural de Simuma, África do Sul
PORTUGAL E OUTROS
EGITO
Os sistemas de reciclagem de betão já introduzidos em
dois terços dos centros de produção da Cimpor permitem
reduzir resíduos, efluentes e consumo de água. Estes
sistemas recebem o betão fresco que retorna das obras, as
águas de lavagens das misturadoras, das bombas de betão
e dos camiões betoneira e decompõem-no novamente nas
matérias-primas cimento, agregados e água. Esta solução
tem inúmeras vantagens ambientais: evita que betão fresco
excedentário tenha de ser removido para aterro e otimiza o
consumo de água ao permitir o reaproveitamento da água já
utilizada para a produção de betão fresco. Uma boa prática
que será em breve generalizada a todos os países em que a
Cimpor desenvolve a atividade do betão.
A substituição do filtro eletrostático por um filtro de
mangas numa das linha de produção da fábrica do Egito
permitiu reduzir a emissão de poeiras em mais de 85%. O
objetivo inicial do projeto era o de reduzir a concentração
de emissões de partículas nos gases de combustão do
forno 1 abaixo dos 50 mg/Nm3, a fim de melhorar a eficiência
do processo em geral e de antecipar o cumprimento de
eventuais normas ambientais que viessem a ser decretadas
a longo prazo. O início do funcionamento ultrapassou as
expectativas, com uma melhoria significativa em condições
da linha de exploração e uma redução na emissão média de
poeiras para 9,1 mg/Nm3, um valor que se situa muito abaixo
de qualquer evolução prevista para a legislação ambiental,
onde atualmente o limite para a emissão de poeiras é de 500
mg/Nm3.
A erradicação de plantas exóticas infestantes e substituição
por espécies indígenas de gramíneas da Área de
Conservação de Oribi é um projeto que, em seis anos, obteve
resultados dignos de registo. Esta área de 230 hectares
gerida pela fábrica de Simuma da NPC Cimpor faz parte da
Reserva Natural Oribi Gorge situada a cerca de 150 km de
Durban. Com o apoio de especialistas, as equipas dedicadas
da NPC Cimpor conseguiram erradicar cerca de 65% das
plantas invasoras na Área de Conservação de Oribi que
têm um efeito devastador no valioso ecossistema local e
na biodiversidade da flora e fauna desta reserva natural.
Ao mesmo tempo, o projeto reintroduziu plantas indígenas
e assegurou a sobrevivência de espécies ameaçadas de
extinção que só se encontram naquela área.
PAG
63
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
4.1
Proteção Climática e Energia
Romper definitivamente com a correlação direta entre o crescimento
económico e a evolução das emissões de CO2 constitui atualmente um
dos grandes desafios globais, mas também uma grande oportunidade
para as empresas, ao exigir delas um esforço de melhoria significativa
da eficiência da produção, dos produtos e do consumo, em termos de
intensidade carbónica e energética.
Monitorização e certificação das emissões de CO2 na Cimpor
Como parte da política de proteção climática e energia, a Cimpor
monitoriza a sua pegada de carbono para determinar o respetivo nível
de exposição, define objetivos no sentido de avaliar oportunidades de
reduzir essa pegada através de projetos específicos e, finalmente, procura
contribuir para o processo de desenvolvimento de políticas neste domínio
através da participação em fóruns nacionais e internacionais.
As emissões de CO2 da Cimpor são calculadas e monitorizadas, desde
1990, segundo o “Protocolo de CO2 para a Indústria Cimenteira”
desenvolvido pelo World Resources Institute / WBCSD segundo o
modelo do GHG Protocol. Além disso, são auditadas e certificadas,
desde 2005, por uma entidade externa independente, seguindo uma
abordagem idêntica à do IETA Verification Protocol Version 2.0 para a
verificação dos relatórios de emissões no âmbito do EU ETS e de acordo
com os requisitos da norma ISO 14064-3. O verificador1 constatou que
os dados de 2010 e 2011 apresentados a validação se encontravam
isentos de erros materiais, no patamar de materialidade de 5%, estando
igualmente conformes com os princípios do “Protocolo de CO2 para a
Indústria Cimenteira” em termos de relevância, integralidade, consistência,
transparência e rigor.
1
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64
Ver Declaração do Verificador no final deste Relatório
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
As emissões consolidadas de CO2 da Cimpor
As emissões absolutas consolidadas da Cimpor têm vindo a registar um
inevitável aumento ao longo dos anos devido à política de aquisições e ao
crescimento orgânico. No entanto, neste último ano, a quebra acentuada de
atividade na península ibérica e em dois dos países da bacia mediterrânica
acabou por resultar numa quebra das emissões diretas absolutas de CO2.
As emissões específicas brutas tiveram uma evolução diferente, de 678 para 687
kgCO2/t de produto cimentício devido ao crescimento da produção em países
que usam carvão e à redução significativa em vários dos que utilizam coque de
petróleo e biomassa. O valor líquido destas emissões, em 2011, descontado o
efeito dos combustíveis alternativos, é de 678 kg CO2/t de produto cimentício.
Além disso, é importante mencionar que o retrocesso ao nível do fator clínquer/
cimento, de 76,5% para 78,3% sofrido contribuiu para acentuar esta variação
desfavorável das emissões específicas.
Apesar de tudo, o nível global de emissões específicas de CO2 por tonelada de
produto cimentício continua a apresentar um bom desempenho relativamente à
média do setor.
A evolução destas emissões assim como das reduções acumuladas, de 1990 até
2011, encontra-se sintetizada nos gráficos que a seguir se apresentam:
PAG
65
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Emissões absolutas de co2
Emissões específicas de CO2/t clinquer
(milhões t)
879,60
879,60
874,66
874,66
869,78
869,78
872,13
872,13
874,20
874,20
2011
2010
2009
2008
867,62
879,60
2011
879,60
874,66
2010
874,66
869,78
2009
869,78
872,13
2008
872,13
874,20
2007
2000
874,20
879,02
879,02
881,49
1990
686,86
686,86
2011
677,72
677,72
2010
674,87
674,87
2009
677,73
677,73
2008
664,95
664,95
2007
881,49
Brutas CO2/t clínquer (kg CO2/t)
Líquidas CO2/t clínquer (kg CO2/t)
Líquidas CO2/t clínquer c/efeito AF (kg CO2/t)
Linear [(Líquidas CO2/t clínquer c/efeito AF (kg CO2/t)]
725,20
725,20
2007
Emissões específicas de CO2 / t clínquer (kg CO2/t)
Bruto (kg CO2/t Cimentício)
Lìquido (kg CO2/t Cimentício)
1990
1990
2011
2010
2009
Emissões específicas de CO2/t cimentício
PAG
66
881,49
881,49
17.9
17.9
18.9
18.9
17.7
17.7
18.4
18.4
2008
2007
11.8
1990
11.8
17.6
Bruto (kg CO2/t clinquer)
Líquido (kg CO2/t clinquer)
17.6
Bruto (t CO2)
Líquido (t CO2)
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Emissões específicas de co2 / t Cimentício (kg CO2/t)
686,86
677,72
2011
686,86
2010
677,72
677,72
674,87
674,87
2009
677,73
677,73
2008
664,95
664,95
2007
680,81
2000
1990
680,81
725,20
725,20
Brutas CO2/t Cimentício (kg CO2/t)
Líquidas CO2/t Cimentício (kg CO2/Cimentício)
Líquidas CO2/t Cimentício c/efeito AF (kg CO2/Cimentício)
Linear (Líquidas CO2/t Cimentício c/efeito AF (kg CO2/Cimentício)
redução anual das emissões (toneladas CO2)
-
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2011
-5.000.000,0
-10.000.000,0
-15.000.000,0
-20.000.000,0
-25.000.000,0
Reduções anuais aculumadas
Reduções anuais até 2011
NOTA AOS GRÁFICOS:
Estes gráficos refletem as emissões de CO2 da Cimpor desde 1990, considerando em cada ano o perímetro de consolidação do Grupo estendido aos anos anteriores. A atualização da situação de referência de 1990 e anos seguintes
foi efetuada sempre que entrou em funcionamento uma nova UO.
PAG
67
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
O decréscimo do valor das emissões absolutas (líquidas) de CO2 para 17,9
milhões de toneladas (18,9 Mt em 2010) considerando o atual perímetro
de consolidação, deve-se ao decréscimo acentuado da produção de
clínquer na Península Ibérica, Tunísia, Egito e Índia.
O descolar entre a evolução da produção de cimento e a evolução das
emissões de CO2 é claro. Apesar do aumento de produção de cimento
em cerca de 63%, entre 1990 e 2011, considerado o atual perímetro de
consolidação, as emissões absolutas brutas globais de CO2 aumentaram
apenas de 52% no mesmo período. A melhoria sensível do rendimento
energético do processo, as mudanças de combustível para combustíveis
com fatores de emissão inferiores e, sobretudo, o aumento significativo
das adições usadas no cimento explicam esta evolução favorável.
O nível de emissões específicas diretas (brutas ou líquidas) de CO2 da
Cimpor tem melhorado de forma sensível relativamente aos valores
de 1990, quer por tonelada de clínquer, quer por tonelada de produto
cimentício, embora tenha havido este ano um ligeiro recuo nesta evolução
que tem muito a ver com a realidade do atual perímetro da Cimpor.
As emissões específicas diretas (líquidas) por tonelada de produto
cimentício evoluíram de um valor superior a 725 em 1990, para um valor
de 678 kg de CO2 / tonelada de produto cimentício em 2011. Já no que
diz respeito às emissões específicas diretas (líquidas) por tonelada de
clínquer deu-se uma evolução de 881, em 1990, para 868 kg de CO2 /
tonelada de clínquer, em 2011.
Em 2005, a Cimpor estabeleceu o objetivo de redução de 15% até 2015
das emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício,
PAG
68
situando o valor da meta em torno dos 610 kg de CO2 /t de produto
cimentício. Este objetivo continua válido para o anterior perímetro que
não incluía as AN Turquia, China e Índia, países que utilizam carvão como
combustível e onde o nosso volume de produção tem vindo a aumentar.
Para este perímetro de 2004, a Cimpor obteve em 2011 o valor de 634
kg CO2 /t de produto cimentício para as emissões específicas diretas
(líquidas), o que representa uma redução de 10,1%, face a 1990 e nos
mantém em linha com o objetivo de redução de 15% estabelecido para
2015. No caso das emissões específicas diretas (brutas), para o perímetro
de 2004 foi obtido o valor de 649 kg CO2 / t de produto cimentício.
No final de 2011, foi definido o novo objetivo de 640 kg CO2/t de produto
cimentício para as emissões específicas diretas (líquidas), levando já
em linha de conta a nova realidade da Cimpor, i.e., o atual perímetro
integrando as AN Turquia, Índia e China.
No que diz respeito às emissões específicas indiretas tem-se verificado,
também, uma melhoria que fica a dever-se às medidas de racionalização
contínua do consumo de energia.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
As emissões de CO2 no processo de fabrico de cimento
A produção de cimento necessita de uma utilização intensiva de matérias-primas e de energia térmica e elétrica, da qual resultam emissões para
a atmosfera sendo, entre todas, as de dióxido de carbono (CO2) as mais
importantes.
A nível global, a indústria cimenteira produz atualmente cerca de 5%
das emissões antropogénicas de CO2, das quais metade é intrínseca
ao próprio processo químico de produção, 40 % é proveniente dos
combustíveis utilizados e os restantes 10%, emitidos de forma indireta, em
consequência da utilização de energia elétrica e transportes.
A quantidade de CO2 emitida depende da composição química das
matérias-primas, do tipo de combustível utilizado e do consumo térmico
específico do forno, que pode variar com o tipo de processo tecnológico
da linha de produção. O clínquer obtido é seguidamente moído com
outras adições para produzir cimento.
Política de alterações climáticas da Cimpor
A Cimpor tem vindo a planear a toda a sua política em matéria de
alterações climáticas de forma sistemática. Os riscos associados aos
aspetos regulatórios do CO2 nos vários países e à evolução dos preços
de mercado do CO2, assim como outro tipo de riscos indiretos ligados às
alterações climáticas são seguidos, a par e passo, dentro da política geral
de análise de riscos da empresa, para que sejamos capazes de determinar
e controlar a cada momento a exposição global da Cimpor e dar o devido
suporte ao processo de decisão.
A Cimpor compara ainda o seu posicionamento estratégico neste domínio
com o da sua concorrência, para identificar riscos e oportunidades e
preparar-se para a transição de mercado.
De acordo com a avaliação feita, os ativos da empresa não deverão
ser diretamente afetados pelas consequências físicas das alterações
climáticas e quaisquer interrupções devidas a calamidades naturais
de génese climática deverão ser temporárias. Além destes aspetos, e
provavelmente mais relevante para o negócio, deve ser tida em conta a
acentuação de fenómenos extremos em zonas onde a Cimpor tem feito
o seu aprovisionamento regular de combustíveis, mais suscetíveis a este
tipo de ocorrências. Para contrariar este risco, têm sido identificadas
fontes de abastecimento alternativas.
Mais importante, os acordos e as regulamentações sobre alterações
climáticas irão alterar aspetos fundamentais da estratégia do negócio,
nomeadamente na vertente económica da produção, competitividade
dos custos, decisões de investimento e valor de diferentes tipos de ativos
afetando dessa forma as nossas operações, os produtos e as relações com
clientes e fornecedores.
Procuramos, também, identificar as soluções de baixo custo e de baixo
risco para reduzir ainda mais o nosso perfil de emissões CO2, embora
tenhamos já hoje um perfil de emissões de CO2 muito interessante, fruto
do trabalho entretanto realizado.
PAG
69
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Principais estratégias / Iniciativas de Redução das Emissões de CO2 na Cimpor
Estratégia
Alavanca
Iniciativas e principais resultados alcançados
Curto-prazo
Fator clínquer/cimento: Redução da quantidade
de clínquer necessária ao fabrico de uma tonelada
de cimento através do aumento da produção de
cimentos compostos.
O Cimento Portland Normal (tipo básico) possui um fator clínquer/cimento em torno dos 95%, sendo os restantes 5% gesso. O clínquer
pode ser parcialmente substituído por adições de outros compostos minerais (e.g., cinzas volantes, escórias) normalmente conhecidos
por produtos cimentícios, para produzir os chamados cimentos compostos. Reduzem-se as matérias-primas virgens e as quantidades
de combustível e energia necessárias para a produção. Hoje, 72% dos nossos cimentos são compostos. Em 2011 o fator médio clínquer/
cimento da Cimpor foi de 78,4%.
Taxa de substituição térmica: Aumento da
percentagem de energia proveniente de combustíveis
alternativos, em particular, de combustíveis com
elevadas frações de biomassa.
Em 2011, a taxa global de substituição de combustíveis fósseis não renováveis por combustíveis alternativos fósseis e biomassa na Cimpor
foi de 5,1%, valor que representa uma ligeira melhoria em relação ao ano anterior.
Fator de emissão kgCO2/GJ: Substituição de
combustíveis com fatores de emissão de CO2
elevados por combustíveis com fatores de emissão de
CO2 inferiores.
O aumento do uso de coque de petróleo em substituição do carvão em diversas fábricas da Cimpor faz parte das iniciativas que têm
contribuído para reduzir as emissões de CO2/t de clínquer entre 1990 e 2011. No mesmo sentido, vão a utilização de gás natural no Egito e
em Moçambique, desde 2004 e 2008 respetivamente.
A incorporação de combustíveis alternativos em substituição do carvão e do coque de petróleo e o coprocessamento de resíduos têm
sido efetuados nas fábricas do Brasil, da Turquia, de Portugal. Em 2011, foi lançado um programa ambicioso de dinamização do uso de
combustíveis alternativos nas várias AN da Cimpor.
Consumo térmico específico: Aumento da eficiência
energética térmica do processo de produção de
clínquer.
O consumo térmico específico representa o consumo total de energia das linhas de produção de clínquer por tonelada de clínquer
produzido. A eficiência térmica das fábricas é influenciada em primeiro lugar pelo tipo de tecnologia utilizada no processo de produção,
embora seja, também, bastante afetada pela regularidade do cru alimentado, condições de operação, aproveitamento de calor residual
de processo para secagem de matérias-primas e combustíveis, estabilidade de condução dos fornos e pela fiabilidade de operação dos
mesmos. Neste momento, todas as fábricas da Cimpor dispõem de linhas de produção de via-seca a tecnologia mais moderna e mais
eficiente e algumas delas possuem sistemas de condução automática. A eficiência térmica dos fornos da Cimpor tem vindo a melhorar
desde 1990. Em 2011, o valor 3.650 MJ/t clínquer traduz um recuo neste indicador, ligado a por razões conjunturais.
Consumo elétrico específico: Aumento da eficiência
energética elétrica do processo de produção de
clínquer e cimento.
A eficiência elétrica continua a ser objeto de melhoria em cada uma das etapas do processo de fabrico. O peso que tem no total
de energia consumida no fabrico de cimento, entre 12 e 15%, justifica a adoção de medidas de racionalização e o investimento em
equipamentos mais modernos.
PAG
70
CIMPOR
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de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Estratégia
Alavanca
Iniciativas e principais resultados alcançados
Médio-prazo
Consumo térmico específico: Modernização das
linhas mais antigas e construção de novas linhas de
produção de clínquer.
A melhoria do consumo de energia térmica desde 1990 deve-se também à paragem de algumas linhas antigas, à construção de linhas
mais eficientes em Campo Formoso, Brasil e no Egito, e à renovação de linhas de produção existentes em Portugal, Espanha, Marrocos e
Tunísia. A entrada em funcionamento, no ano de 2008, de uma nova linha na África do Sul e de três remodeladas em Espanha e no Brasil,
às quais se juntaram em 2009 e 2010 novas linhas na Turquia e na China, contribuem para que este e outros indicadores diretamente
relacionados continuem a evoluir favoravelmente. Em 2011, a necessidade de responder ao crescimento do mercado brasileiro obrigou à
reativação de duas linhas menos eficientes do ponto de vista de consumo térmico.
Longo-prazo
Consumo elétrico específico: Recuperação do calor
residual dos gases quentes de processo.
Estudada há vários anos, a recuperação do calor residual dos gases de processo para a produção de energia elétrica foi aplicada
pela primeira vez na China, em 2008. Entretanto foram concluídas 2 novas instalações na China e na Índia. Os três projetos têm uma
capacidade instalada total 25MW.
Taxa de substituição de matérias-primas: Aumento da percentagem de utilização de
matérias-primas alternativas descarbonatadas.
A política de longo prazo para a gestão das pedreiras procura fomentar a crescente utilização de matérias-primas alternativas para o
fabrico de clínquer, total ou parcialmente descarbonatadas, como as cinzas de cinzeiro, escórias não granuladas, SPL, estéril de carvão, e a
reciclagem de resíduos de construção e demolição. Desta forma é possível obter uma redução adicional das emissões específicas de CO2
por tonelada de clínquer produzido, embora com um efeito algo limitado.
Projetos CDM/JI, Fundos de Carbono e Comércio de
Emissões
A Cimpor tem procurado tirar partido da distribuição da sua base de ativos (e.g., fábricas de Marrocos, Tunísia, Brasil, África do Sul,
Moçambique e China) para explorar o potencial dos mecanismos de flexibilidade criados pelo Protocolo de Quioto (comércio de emissões
e projetos CDM) e obter créditos de carbono que possam ser utilizados no mercado europeu de comércio de emissões de CO2 (EU ETS).
O caráter extremamente restritivo das regras dos projetos CDM tem inviabilizado as possibilidades estudadas e tornado esta vertente
cada vez menos interessante.
Com o objetivo e, também, de forma de diversificar o risco associado ao desenvolvimento deste tipo de projetos e lograr obter ganhos
com o mercado de CO2, o Grupo Cimpor detém, desde 2007, uma participação no Luso Carbon Fund, um Fundo de Carbono que investe
num conjunto diversificado de projetos CDM em várias partes do mundo.
Para adequar em cada momento o número de licenças de emissão à produção das UO ibéricas e à evolução dos preços de mercado, em
2011 a Cimpor voltou a recorrer pontualmente ao mercado de comércio de emissões de CO2, para a compra e venda de licenças.
Projetos de I&D: Desenvolvimento de clínqueres e
produtos alternativos e Captação e Sequestração de
Carbono (CCS)
A Cimpor tem vindo a aumentar o investimento em projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) com universidades de prestígio,
com particular enfoque nas alterações climáticas, como é o caso de estudos sobre a produção de clínquer belítico e de geopolímeros, a
investigação da nano-engenharia do silicato de cálcio hidratado (C-S-H), e a Captação e Sequestração de Carbono.
PAG
71
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Os nossos edifícios
Para além da redução das emissões de CO2 e da melhoria da eficiência
energética das instalações produtivas, a Cimpor tem vindo também a
investir cada vez mais na melhoria da eficiência energética dos próprios
edifícios industriais e comerciais, visando reduzir as suas necessidades
energéticas e torná-los mais sustentáveis.
Apesar dos edifícios serem responsáveis por uma parte ínfima do
consumo energético industrial global da empresa, acreditamos que é
importante atuar nesta área. Afinal, os edifícios representam cerca de 40%
do consumo de energia à escala global e, assim, uma parte relevante das
emissões de CO2.
Hoje em dia, os planos de investimento da Cimpor contemplam uma
dotação para intervenções destinadas à racionalização do consumo
energético dos edifícios, aplicadas na otimização das redes de iluminação
interiores e exteriores, na substituição de janelas, portas, paredes, pisos
e tetos com melhor comportamento térmico e, sempre que viável, na
instalação de painéis solares para o aquecimento de água e produção de
eletricidade.
Declarações ambientais de produto
Correspondendo ao crescente interesse do mercado, a Cimpor tem
vindo a estudar a melhor forma de poder vir a fornecer informação
ambiental detalhada sobre os seus produtos destinados à construção.
Esta deverá ser apresentada na forma de uma Declaração Ambiental de
Produto (DAP), na qual a informação voluntária relativa aos aspetos e
impactes ambientais do produto ao longo do seu ciclo de vida e baseada
na Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) será validada por uma entidade
independente.
Em produtos de construção como o cimento e o betão, este tipo
de informação detalhada deve ser apenas utilizada como parte de
uma Avaliação do Ciclo de Vida completo de um edifício ou de uma
construção, pois não faz sentido comparar diretamente produtos de
construção diferentes para o mesmo fim. É necessário também que
as DAP sigam Regras para Categoria de Produto (RCP) harmonizadas
de acordo com o que é preconizado pelo trabalho do CEN/ TC 350
nomeadamente na norma EN 15804.
Através da CSI e da CEMBUREAU, a Cimpor tem estado envolvida
na elaboração de regras genéricas comuns para o cimento e betão
destinadas a prestar este tipo de informação voluntária ao mercado e
permitir aos consumidores efetuar escolhas avisadas sobre os respetivos
padrões de consumo e impactes ambientais associados.
PAG
72
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
4.2
A Ecoeficiência na Utilização de Recursos
A Cimpor vê na sua condição de consumidora intensiva de materiais e
energia uma oportunidade para estabelecer relações win-win com outros
processos produtivos, promovendo a ecologia industrial. As simbioses
com outras indústrias são a chave para a ecoeficiência e para a redução
do consumo de recursos naturais, continuando a criar valor e a assegurar
a sua competitividade.
Esta estratégia focalizada na ecologia industrial representa para a
Cimpor um esforço considerável no domínio da inovação e da adaptação
funcional aos novos mercados de matérias-primas e combustíveis
alternativos. Implica ainda um trabalho aturado no estabelecimento
de parcerias industriais sólidas e duradouras. Uma aposta que permite
ainda prestar um serviço relevante à sociedade, através do tratamento e
valorização de resíduos de forma segura e eficaz.
Sabemos que o objetivo de ecoeficiência na utilização de recursos não
pode cingir-se às fronteiras das nossas unidades industriais. Por isso,
é com entusiasmo que assumimos os novos desafios de promoção
da reciclabilidade e durabilidade dos nossos produtos e respetivas
aplicações. Sabemos que, desta forma, também estamos a contribuir
para a nossa ecoeficiência e, assim, para uma utilização sustentável dos
recursos.
Apostando nas simbioses industriais
Inspirando-nos no funcionamento inteligente dos ecossistemas e
nas simbioses que na natureza se estabelecem, promovemos o uso
eficiente dos recursos, com benefício para a nossa pegada de carbono.
A Cimpor utiliza/coprocessa subprodutos e resíduos de outros setores
produtivos, tanto como matérias-primas como combustíveis alternativos,
desempenhando um papel central no ecossistema industrial.
Temos vindo a estabelecer uma série de parcerias estáveis com empresas
de diferentes setores (petrolífero, calçado, siderurgia, produção elétrica,
tabaco, rochas ornamentais, cana do açúcar, agropecuário, entre muitos
outros) com a finalidade de assegurar o escoamento dos subprodutos
destas indústrias e, ao mesmo tempo, solucionar de uma forma
ambientalmente adequada o problema da produção de resíduos que, de
outra forma, seriam descartados sem mais-valia económica e, em muitos
casos, com prejuízos ambientais importantes.
No fim da sua vida útil, o cimento incorporado no betão pode ser
reciclado sob a forma de “agregados artificiais” ou reutilizado após uma
preparação para o efeito. A reutilização ou reciclagem do betão contribui
diretamente para a menor utilização de agregados virgens e menor
quantidade de resíduos depositados em aterro, permitindo ao mesmo
PAG
73
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
SIMBIOSES INDUSTRIAIS
PAG
74
Areias de
fundição, Resíduos
de tinta, Resíduos
triturados
Borracha
Indústria
Automóvel e
Reprocessamento
de sucata
Indústria do
Calçado
Escórias; Sílica;
Gesso
Resíduo de
Celulose e Papel
Cinzas volantes,
lamas de gesso
Farinha, Ossos,
Gordura
Zinco, Níquel,
Chumbo, Cobre,
Cal
Indústria
Siderúrgica
Indústria da Pasta Termoeléctricas
Matadouros e
de Papel
Processamento de
Carnes
Lamas, Resíduos
de Filtração,Casca
de Arroz
Pneus usados
Combustíveis
Derivados de
Resíduos
Indústria
Alimentar
Fabrico e
Reprocessamento
de Pneus
Unidade de
Tratamento de
Resíduos
Resíduos de Corte Calor residual e
Energia Elétrica
Indústria
de Rochas
Ornamentais
Sistema Municipal
de Abastecimento
de Eletricidade e
Calor
Resíduos de
Extração
Indústria
Petrolífera
tempo recuperar materiais valiosos que podem ser aplicados em diversas
aplicações com um bom desempenho.
de vida do produto, e permitindo que outros, através da nossa ação,
consigam igualmente fazê-lo.
A Cimpor atua, assim, em conformidade com a sua política de
sustentabilidade, dando prioridade à redução do consumo dos recursos
naturais e ao uso de fontes renováveis de energia. Esta atuação não se
cinge unicamente à fabricação, estendendo-se a toda a cadeia de valor,
de forma a reduzir a nossa pegada ecológica em todas as fases do ciclo
A estratégia de implementação da atividade de coprocessamento na
Cimpor passou pela criação de uma nova área corporativa na estrutura
organizacional da empresa e de uma empresa, a ECO-Cimpor, cujo
principal desafio passa pela elaboração e lançamento de um Plano de
Negócios para a atividade até 2016.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Garantindo o rigor na prática do coprocessamento
Na Cimpor a utilização de matérias-primas e combustíveis alternativos
respeita um conjunto de especificações que incidem nas condições de
fornecimento, manipulação e processamento, visando não só assegurar
a qualidade do produto, mas também o cumprimento das normas mais
exigentes num quadro de preservação do ambiente e da saúde pública,
garantindo as condições de higiene e segurança e a qualidade do produto.
Partindo dos requisitos estabelecidos pela CSI e considerando, sempre
que pertinente, o quadro legal aplicável e mais restritivo, bem como
outros documentos orientadores relevantes, e tomando em consideração
a realidade da Cimpor, elaborámos em 2011 um documento orientador
para o coprocessamento responsável.
Utilização crescente de matérias-primas alternativas
Um dos aspetos mais sensíveis e definidor da sustentabilidade da
atividade cimenteira reside na utilização das matérias-primas. Como
exemplo de uma política de preservação ambiental, a Cimpor utilizou,
em 2011, 3,9 milhões de toneladas de matérias-primas alternativas, ou
seja, 10,1% do total de matérias-primas consumidas, o que representa um
aumento de 17% face a 2010 e o alcance da meta de 10% definida para
2015. As Áreas de Negócio com maiores taxas de utilização de matériasprimas alternativas são a África do Sul (40,8%) e o Brasil (25,9%).
A utilização de matérias-primas alternativas no nosso processo produtivo
tem-nos permitido preservar recursos naturais não renováveis com
vantagens para a competitividade e para o nosso desempenho em
matéria de emissões diretas de CO2 por via da utilização de alguns
materiais já descarbonatados. Desta forma também prolongamos a
vida útil dos depósitos minerais e a sua preservação como recursos
estratégicos retirando, simultaneamente, benefícios óbvios para a
conservação da natureza e da biodiversidade.
Substituição de combustíveis convencionais por combustíveis
alternativos
A Cimpor tem fomentado a preservação dos recursos energéticos não
renováveis através do uso de combustíveis alternativos. Em 2011, a taxa
global de utilização térmica de combustíveis alternativos atingiu os 5,13%,
valor que traduz um aumento da ordem de 10% relativamente ao valor
registado em 2010 (4,73%).
Considerando apenas as 8 Áreas de Negócio (Portugal, Espanha,
Marrocos, Brasil, África do Sul, Tunísia Egito e Turquia) abrangidas pela
meta de 10% estabelecida anteriormente para 2015, a taxa de substituição
térmica atingiu os 5 %, tendo aumentado cerca de 20% em relação ao
valor registado em 2010 (4,2%).
Com a criação da ECO-Cimpor em 2011 foi definida uma meta mais
ambiciosa para 2016, tendo sido fixado numa taxa de substituição de 30%
e abrangendo agora a totalidade das Áreas de Negócio da Cimpor.
Desta forma, para além de reduzirmos a dependência dos combustíveis
tradicionais e da inerente volatilidade dos preços, reduzimos as emissões
de CO2 que são mais baixas nos combustíveis alternativos do que nos
fósseis.
PAG
75
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Matérias-primas usadas em 2011
(% de utilização térmica)
A
B
C
D
E
F
(% de utilização térmica)
C
A
D
B
PAG
76
F G H IJ
E
D
Pneus e Borracha: 59,54%
Agrícolas, Orgânicos: 13,23%
Farinha Animal: 7,77%
Mistura de resíduos industriais: 6,87%
Outros resíduos fósseis: 6,13%
Plásticos: 3,27%
Lamas: 2,71%
Solventes: 0,17%
Outros combustíveis de biomassa: 0,16%
Óleos usados: 0,14%
C
G
E
F
A
MPA descarbonatadas 37%
Cinzas volantes 21%
Escórias 13%
Outros componentes 9%
Poeiras de forno 8%
Gesso artificial 6%
MPA carbonatadas 6%
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
B
Matérias-primas alternativas usadas em 2011
A
B
C
D
E
F
G
A
Combustíveis alternativos utilizados em 2011
B
D
C
A
G Marrocos: 2%
H Moçambique: 1%
I Tunísia: 1%
J Turquia: 1%
Brasil: 52%
África do Sul: 21%
China: 10%
Espanha: 7%
Índia: 3%
Portugal: 3%
A
B
C
D
E
F
A
I
GH
H
IJ
C
EFGH
E
F
F G
E
B
D
D
Contributo das UN para o uso de matérias-primas alternativas
Coque de Petróleo: 46,23%
Carvão: 28,54%
Gás Natural: 7,79%
Fuel Óleo: 7,59%
Linhite: 4,61%
Combustíveis Alternativos
sem Biomassa: 3,90%
G Combustíveis Alternativos
de Biomassa: 1,22%
H Diesel: 0,11%
C
Calcário: 74,8%
Matérias-primas alternativas: 10,1%
Argila: 5,4%
Margas: 4,5%
Gesso: 2,6%
Areia: 1,1%
Minério Ferro: 0,7%
Pozolanas: 0,7%
Bauxite: 0,1%
B
A
B
C
D
E
F
G
H
I
Combustíveis utilizados em 2011
CIMPOR
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2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
A AN Brasil é aquela que regista maiores taxas de substituição térmica de
combustíveis convencionais por alternativos. Várias unidades operacionais
ultrapassam o valor de 20%, atingindo-se, numa delas, o valor máximo de
35%. A AN Portugal também se destaca, apresentando a segunda taxa de
substituição térmica mais elevada, com cerca de 10%.
HIERARQUIA DE RESÍDUOS
Processamento
de produtos
Prevenção
Preparação
para Reutilização
Reciclagem
Contribuindo para uma política de gestão sustentável dos
resíduos
Nos locais onde atua, a Cimpor oferece soluções eficazes e
ambientalmente adequadas para a gestão das crescentes quantidades
de resíduos produzidos pelas empresas e cidadãos. Além de promover
a reciclagem e valorização energética dos resíduos, contribui para uma
redução global das emissões de CO2, já que permite evitar as emissões
que resultariam da deposição em aterro ou da incineração dedicada.
Processamento
de resíduos
Coprocessamento
Outra Valorização
(ex. incineração com recuperação de energia)
Eliminação
(ex. incineração sem recuperação de energia, deposição em aterro)
Coprocessamento como operação de reciclagem
A Cimpor assegura igualmente o cumprimento da hierarquia dos resíduos,
coprocessando resíduos para os quais não existam soluções viáveis de
reciclagem ou reutilização.
Para além da valorização de resíduos, no âmbito de simbioses industriais,
as fábricas da Cimpor são por vezes solicitadas pelas autoridades para
a eliminação nos seus fornos de determinados resíduos, por oferecer
condições técnicas e ambientais únicas para uma completa destruição
dos materiais em causa. Esta é uma outra forma através da qual a Cimpor
presta um serviço à sociedade.
O coprocessamento de resíduos como matérias-primas alternativas faz
com estes sejam sujeitos a um processo de alteração das respetivas
propriedades físico-químicas dando origem a um produto (clínquer ou
cimento) que respeita rigorosos critérios de qualidade. Trata-se, por
isso, de uma operação de reciclagem à luz dos critérios mais exigentes,
designadamente, os que estão na base da definição de reciclagem que
consta da Diretiva Quadro dos Resíduos vigente na União Europeia (e
de acordo com a interpretação constante do documento da Comissão
Europeia Guidance on the interpretation of key provisions of Directive
2008/98/EC on waste).
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77
CIMPOR
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Acresce que a reciclagem no coprocessamento não se cinge à valorização
material de matérias-primas. No coprocessamento de resíduos como
combustíveis, para além da valorização energética, ocorre também uma
operação de reciclagem por incorporação das cinzas no produto final
(European Integrated Pollution Prevention and Control Bureau. 2010.
Reference Document on Best Available Techniques in the Cement, Lime
and Magnesium Oxide Manufacturing Industries).
Eco-Inovação - Uma oportunidade a explorar
A ecoeficiência não se cinge à fase de produção. Importa fechar o
ciclo dos materiais. Neste sentido, a Cimpor pretende contribuir para a
preservação de recursos atuando também ao nível do comportamento do
produto ao longo da sua vida útil e fim de vida, ou seja, na fase de resíduo.
Para o efeito reconhece a importância de uma estratégia direcionada para
a eficiência energética do produto na sua vida útil; o prolongamento da
vida útil do produto; e a reciclabilidade do produto.
Os esforços neste momento direcionam-se para a promoção da
durabilidade e reciclabilidade do produto, área em que temos vindo a
aprofundar o conhecimento sobre formas de prolongar a vida útil do
betão (e.g., estudo recente sobre pavimentos em betão em KwaZulu-Natal, África do Sul) e de assegurar que este pode ser reciclado, através
de testes já realizados com resíduos de demolição, na medida em que tal
significa valor acrescentado e maior competitividade, ao mesmo tempo
que reduz a nossa pegada ecológica.
PAG
78
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
4.3
Aposta na Melhoria da Qualidade do Ar
Além das emissões de CO2, na fabricação de cimento libertam-se óxidos
de azoto (NOx), dióxido de enxofre (SO2), partículas, compostos orgânicos
voláteis (COVs), assim como outros micropoluentes que podem contribuir
para a poluição do ar local.
Em 2011, as quantidades emitidas dos principais poluentes sofreram
um ligeiro aumento, contrariando a tendência de descida que se tinha
vindo a verificar ao longo dos últimos anos. Esse aumento não pode
ser dissociado do facto da atividade nas AN de Portugal e Espanha,
onde se encontram as localizadas as fábricas com melhor desempenho
a este nível, ter registado uma retração apreciável da produção e,
simultaneamente, de uma certa deslocação da produção da Cimpor
para unidades operacionais localizadas em países emergentes que ainda
necessitam de evoluir em relação a este aspeto. Ainda assim, apesar do
cenário menos favorável em alguns países, a Cimpor mantém-se apostada
em investir na redução e na monitorização em contínuo das emissões.
É importante constatar que ultrapassámos novamente o objetivo de
redução de emissões de NOx e SO2 estabelecido para 2011. O mesmo já
não se verificou em relação às emissões de partículas.
A evolução destes indicadores, além de questões de desempenho, reflete
variações de perímetro da Cimpor ao longo dos últimos anos, com a
entrada de novas unidades operacionais e o encerramento temporário de
outras, o arranque de novas instalações em alguns países e, sobretudo,
uma acentuada redução na taxa de utilização das instalações de produção
na Península Ibérica que, devido ao importante peso da capacidade aí
instalada e elevado desempenho, fez com que alguns dos indicadores
consolidados não continuassem a registar uma tendência favorável no
último ano.
Apesar disso, a Cimpor regista resultados de primeira linha no que diz
respeito à redução, controlo e monitorização de emissões de poluentes
principais (partículas, NOx e SO2) para a atmosfera.
Entre 2007 e 2011, as emissões de partículas dos fornos foram reduzidas
de 243 para 165 g/t clínquer o que representa um decréscimo superior
30%. Para os atingir temos investido fortemente na instalação de filtros de
mangas nos fornos. Hoje, mais de 50% dos fornos dispõem de filtros de
mangas / filtros híbridos considerados a BAT (Best Available Technique).
O objetivo, muito próximo de ser alcançado, é chegar a um valor de 100
g/t clínquer até 2015.
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79
CIMPOR
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2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
PAG
80
164,6
2011
135,1
161,6
2009
2010
171,6
2008
243,1
2007
Objetivo 2011:
125 g/t clínquer
Emissões específicas NOx
NOx (g/t clínquer)
1656,9
1517,9
1632,8
2010
2011
Objetivo 2011:
1 750 g/t clínquer
2009
Objetivo 2008:
1 900 g/t clínquer
1682,8
Assim, em 2011, apenas 6 dos 36 fornos em operação, excederam
ligeiramente o limite legal para as emissões de partículas e unicamente 2
Objetivo 2008:
150 g/t clínquer
2008
Para conseguir atingir os objetivos definidos, a Cimpor irá continuar a
dedicar uma parte importante dos investimentos industriais plurianuais
à redução das emissões de partículas, reequipando as unidades
operacionais mais antigas com tecnologia de redução mais eficiente.
Alguns destes projetos deverão ficar concluídos até ao final de 2013.
Paralelamente, estão em curso outros investimentos orientados para a
redução das emissões de NOx, sobretudo em Espanha (país que mais
contribui para as emissões deste poluente), assim como de SO2, com
intervenções projetadas para Brasil e Portugal.
Partículas (g/t clínquer)
1924,4
Com o investimento em instalações destinadas ao tratamento de efluentes
gasosos através da injeção de cal hidráulica / hidróxido de cálcio, as
emissões de dióxido de enxofre (SO2) proveniente das matérias-primas
naturais utilizadas na produção de clínquer registaram um decréscimo
de aproximadamente 45% entre 2007 e 2011. Nesse período, as emissões
globais passaram de 376 para 207 g/t clínquer, ultrapassando já o objetivo
de 280 g/t clínquer fixado para 2015.
Emissões específicas de partículas
2007
As emissões de óxidos de azoto (NOx) resultantes dos processos de
combustão dos fornos foram reduzidas de 1.924, em 2007, para 1.633 g/t
clínquer, em 2011, o que representa um decréscimo da ordem dos 15%.
A meta de 1.700 g/t clínquer para 2015 já foi alcançada em 2010. Este
notável progresso deve-se ao investimento na instalação de sistemas
de redução seletiva não-catalítica (SNCR) e de sistemas destinados à
redução localizada da temperatura da chama dos queimadores principais.
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Emissões específicas SO2
fornos não cumpriram tangencialmente o limite para as emissões de NOx.
Encontram-se previstos novos investimentos para corrigir estas situações
muito pontuais e alcançar 100% de conformidade com os valores legais.
193,5
188,7
206,7
2010
2011
2007
2009
Objetivo 2011:
300 g/t clínquer
2008
300,1
375,7
SO2 (g/t clínquer)
KPI’s 1 e 2: Evolução 2009/2011
96,4
95,6
95,0
90,6
95,6
O nosso acompanhamento anual das emissões de poluentes atmosféricos
por fontes fixas é efetuado em todas as unidades operacionais,
monitorizando-se em contínuo os poluentes principais (partículas,
NOx e SO2) em 97,2% dos fornos, o que corresponde a 96,4% (KPI2) de
clínquer produzido. No entanto, no que diz respeito à monitorização dos
micropoluentes, ainda ficámos um pouco aquém do nosso objetivo de
atingir 100% da produção de clínquer monitorizada, tendo-se encerrado o
ano de 2011 com a monitorização (pontual ou em contínuo dos poluentes
principais (partículas, NOx, SO2) e micropoluentes (metais, PCDD/F e
COVs) com uma percentagem de 90,6% (KPI1). A quebra do KPI1, em 2011,
relativamente a 2010, ficou a dever-se ao arranque de uma linha nova
que tem um prazo de dois anos para cumprimentar com a realização do
fingerprint.
KPI 2
2009
2010
2011
KPI 1
95,0
(em %)
Importa acrescentar que, atualmente, quase toda a produção de clínquer
na Cimpor é monitorizada em contínuo no que diz respeito aos poluentes
principais, o que podemos considerar quase único entre os principais
grupos internacionais do setor, sendo também monitorizada através de
medições pontuais aos micropoluentes (metais, COV, PCDD/F) emitidos
para a atmosfera e de novas medições pontuais de fingerprints sempre
que ocorram variações significativas nos processos, nas matérias-primas e
nos combustíveis utilizados.
PAG
81
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Alargando o âmbito da monitorização
As nossas fábricas têm também em marcha programas de redução,
monitorização e controlo periódicos de emissões de micropoluentes bem
como das emissões difusas de partículas, com excelentes resultados.
Num quadro de crescente escrutínio, a Cimpor reconhece a importância
do acompanhamento das emissões de outros poluentes, como os
compostos orgânicos voláteis (COV), o mercúrio (Hg) e outros metais.
Até à data, independentemente daquilo que a legislação de cada país
determina, tem vindo a ser efetuada, em cada forno, uma medição
pontual destinada a caracterizar a situação existente, os chamados
fingerprints. Sempre que haja uma alteração a esta situação de referência
devido a alterações significativas ao nível do processo, combustíveis ou
matérias-primas usadas, os fornos voltam a ser caracterizados segundo
os princípios do protocolo de Monitorização e Reporte de Emissões do
WBCSD/CSI desenvolvido para o setor cimenteiro.
Na sequência da atualização deste protocolo efetuada em 2011, visando
alcançar níveis de exatidão cada vez maior na determinação dos valores
de emissão, iremos passar a monitorizar diversos destes compostos
com uma periodicidade predefinida. Além de modificar a periodicidade
das medições pontuais foram também estabelecidas por este protocolo
atualizado uma série de boas práticas para as medições e critérios
idênticos de reporte para todas as empresas.
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Parceria do setor cimenteiro para o mercúrio
Monitorizando a qualidade do ar na envolvente
Durante o ano 2011, no âmbito do Programa de Parceria Global do
Mercúrio do PNUA, o setor de cimento formou a parceria específica para
a Indústria de Cimento. O objetivo desta parceria é prosseguir com a
mitigação / eliminação, sempre que possível, das emissões de mercúrio
provenientes das chaminés principais das fábricas de cimento.
Outro aspeto importante destes programas é a monitorização da
qualidade do ar na zona envolvente das fábricas, efetuada através da
integração de diversos equipamentos de amostragem instalados em torno
dos perímetros fabris nas Redes da Qualidade do Ar de grande parte das
unidades operacionais da Cimpor.
A parceria está aberta à participação do governo e das partes
interessadas e visa não só complementar os programas chave existentes,
estrategicamente selecionados de forma a garantir reduções globais
significativas, mas também apoiar esses esforços adicionais do ponto de
vista de disponibilização de informação técnica e de custos, de modo a
reforçar uma abordagem de redução eficaz das emissões de mercúrio,
particularmente no caso dos países emergentes e dos países com
economias em transição.
A monitorização visa a definição e o estabelecimento de objetivos
internos de melhoria da qualidade do ar ambiente na envolvente, bem
como evitar, prevenir ou reduzir os possíveis efeitos nocivos para a saúde
humana e o ambiente.
A atualização das informações relativas ao inventário mundial de emissões
de mercúrio e a definição de uma situação de referência real deve
permitir a esta Parceria Global efetuar uma avaliação mais avançada de
cenários de redução e projetar metas realistas de progresso. Estimativas
relativas à contribuição da indústria de cimento para as emissões totais
a nível global de mercúrio para a atmosfera apontam para um valor
ligeiramente superior a 10%. No entanto, a quantidade de mercúrio
emitida varia significativamente quando comparamos diversos fornos
devido às diferenças encontradas no que diz respeito ao teor em mercúrio
nas matérias-primas, combustíveis e às diferenças ao nível de processo
dos fornos. Estas são algumas das razões pelas quais o setor cimenteiro
pretende participar ativamente no Programa de Parceria Global do
Mercúrio da PNUA.
Esta rede fornece informação importante sobre a eficácia e o estado de
manutenção dos filtros de despoeiramento existentes nas instalações e
sobre o nível de partículas difusas presentes no ar, geradas internamente,
em cada uma das etapas do nosso processo, bem como as emitidas por
outras fontes alheias à produção de cimento.
Poeiras Difusas
Atividade Cimento
As poeiras difusas correspondem a emissões atmosféricas não captadas
por sistemas de despoeiramento. Normalmente, estas emissões estão
relacionadas com movimentação de veículos e matérias-primas, seja
por inexistência de sistemas de despoeiramento, seja pela própria
movimentação física das matérias-primas por agentes naturais como
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83
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
o vento. Para estes casos, a adoção de medidas como a cobertura
de transportadores, a melhoria do despoeiramento de pontos de
transferência de materiais, o fecho das estruturas de diversos edifícios de
armazenagem de matérias-primas e clínquer e a eliminação, se possível,
de zonas de armazenagem, a céu aberto, contribuem a minimizar os
impactes. Quando a eliminação imediata destas zonas de armazenagem
a céu aberto ainda não é possível há que recorrer à instalação de
sistemas de pulverização de água atomizada sobre as pilhas de material
depositado. Além destes sistemas de controlo das poeiras difusas, a
construção de novos arruamentos em betão e a criação de diversas
zonas verdes, em substituição de caminhos e zonas em terra-batida, têm
contribuído de forma decisiva para a mitigação deste impacto.
Atividade Betão
Na Atividade Betão, temos também feito um esforço no sentido de reduzir
as emissões difusas nos vários centros de produção da Cimpor. As mais
importantes têm a ver com a cobertura das telas transportadoras e com a
instalação de sprinklers nos parques de agregados. No caso das pedreiras
da Atividade Agregados, a exemplo do que já acontece na Atividade
Cimento, o controlo de poeiras é essencialmente realizado através da
utilização de rega regular dos caminhos de circulação. Existem também
algumas pedreiras que contam já com sistemas de despoeiramento,
a tendência é que todas venham no futuro a possuir este tipo de
equipamento, à medida que forem atualizando as instalações.
PAG
84
Ruído
Atividade Cimento
A Cimpor dá grande importância ao potencial impacto da sua atividade
em termos de ruído ambiente. Assim, com o objetivo de o minimizar,
na Atividade Cimento, adotamos critérios restritivos na compra de
equipamentos, estabelecendo níveis máximos de emissão sonora,
instalamos silenciadores, canópias, barreiras acústicas naturais ou
artificiais ao longo do perímetro das fábricas, isolamos os edifícios onde
se encontram instalados equipamentos mais ruidosos com painéis
acústicos e favorecemos a implementação de outras práticas como, por
exemplo a adoção planos de manutenção com rotinas mais frequentes
para os equipamentos mais ruidosos.
Para avaliar o nível de impacte gerado nas comunidades vizinhas, 73%
das nossas unidades fazem periodicamente estudos de ruído e elaboram
os respetivos mapas, nos quais são identificadas as situações (fontes de
ruído) relativamente às quais é premente desenvolver e implementar um
plano de ação com vista à correção do problema.
Atividade Betão
Na Atividade Betão tem também sido desenvolvido um trabalho
significativo para o encapsulamento dos compressores e geradores,
visando a diminuição do impacto sonoro produzido pelo funcionamento
destes equipamentos, indispensáveis à produção de betão.
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
4.4
A Gestão da Água como um Recurso Valioso
Redução de consumo
Atividade Betão
A indústria cimenteira não é particularmente intensiva no uso de água,
embora esta constitua um recurso fundamental para o desenvolvimento
da nossa atividade e possa, em algumas zonas, constituir um fator
limitador da mesma ou até do crescimento.
Os consumos de água nos centros de produção da Atividade Betão
variam em função da disponibilidade de sistemas de reaproveitamento de
água nas instalações. Nos casos em que este tipo de equipamentos existe,
o consumo médio situa-se nos 210 l/m3 de betão. Nos restantes casos,
os consumos sobem para cerca de 280 l/m3. A existência de sistemas de
reaproveitamento de água permite portanto uma poupança de água na
ordem dos 25%.
Numa fábrica de cimento, a água é basicamente utilizada nos circuitos
de arrefecimento dos equipamentos e em algumas das etapas do
processo de fabrico (e.g., nos sistemas de rega dos arrefecedores de
satélites dos fornos e torres de acondicionamento), na exploração dos
recursos, na rega de espaços verdes e caminhos de circulação de veículos
nas pedreiras, assim como noutros sistemas automáticos de aspersão
destinados à minimização das emissões difusas de poeiras, bem como nas
atividades de limpeza, higiene e alimentação.
A atividade do betão pronto tem vindo a desenvolver esta boa prática
ao longo dos anos e é, hoje, importante constatar que, em 2011, todos os
centros de produção possuem sistemas de reaproveitamento de água,
nomeadamente bacias de decantação que, não só recuperam a água
das lavagens e eventualmente dos recicladores de betão, como também
armazenam a água da chuva.
Em 2011, a atividade do betão pronto na Cimpor consumiu cerca de 1,425
milhões de m3 de água, incluindo a utilizada na própria produção de
betão fresco, assim como a água utilizada no lavagem dos equipamentos
e instalações, regas, etc. É de salientar que em Portugal, a atividade
não produz quaisquer efluentes industriais, sendo que toda a água
é reutilizada, perdendo-se apenas por evaporação ou absorção das
matérias-primas.
PAG
85
CIMPOR
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CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Em 2011, como parte desta política, passámos a utilizar a ferramenta
“Global Water Tool” desenvolvida pelo WBCSD com o objetivo de
identificar de uma forma sistemática as operações que se situam em
zonas de stresse hídrico, de escassez e de escassez extrema de água.
PAG
86
16
17
4
3
Abundante
Suficiente
Stresse
Escassez
Algumas das nossas UO encontram-se localizadas em zonas de
reconhecida escassez de água, competindo por esta com outros
utilizadores, entre os quais as próprias populações locais. Noutros casos, a
nossa principal preocupação é a de gerir um excedente. A implementação
de programas de conservação assume maior relevância naquelas áreas
onde existe um risco efetivo de stresse hídrico. Independentemente disso,
a Cimpor promove uma cultura generalizada de uso racional da água e
defende normas rigorosas de utilização deste recurso, que passam pela
medição do consumo e das perdas, tratamento, reciclagem e reutilização
da água, aproveitamento de águas pluviais e pela sensibilização para um
consumo mais racional.
1
Hoje, a monitorização cuidadosa do consumo, através de medições diretas
ou de estimativas acertadas, afigura-se muito importante, ajudando-nos a
identificar as melhores oportunidades para a sua redução.
situação das fábricas da cimpor nas diferentes
zonas de stresse hídrico
Escassez
extrema
Apesar da necessidade de mobilização a nível corporativo para a
problemática da conservação da água, a abordagem ao tema deve ser
feita localmente, atendendo às realidades e desafios específicos de cada
país e de cada unidade operacional.
Atualmente, das 41 unidades operacionais da Cimpor, 4 situam-se em
zonas de stresse hídrico, 3 (Marrocos e Egito) em zonas de escassez e
1 (Tunísia) em zona de escassez extrema. Cerca de 19% da água total
consumida em 2011 pela Cimpor, aproximadamente 1,2 milhões de m3, foi
retirada de 4 unidades operacionais situadas em ambientes de escassez
ou escassez extrema.
Sem dados
Água: uma preocupação corporativa com uma abordagem
local
Em 2011 foram utilizados, em média, 0,294 m3 de água para produzir uma
tonelada de clínquer, o que nos permite, já hoje, cumprir o objetivo de
0,300 m3/t de clínquer fixado há seis anos para 2015. As iniciativas em
curso para a conservação da água permitiram reduzir o seu consumo
específico por tonelada de clínquer em cerca de 3% relativamente a 2010.
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PRESERVANDO O AMBIENTE
Consumo de água
Consumo específico de água
(milhares m3)
0,294
2010
2011
0,285
0,342
2009
0,327
2008
0,346
2007
5.987
2011
6.959
2009
6.164
6.621
2008
2010
6.439
2007
(m3/t clínquer)
Água retirada por ORIGEM
2.345
Total subterrânea
Total superficial
Total outras origens
água retirada por origem
A Subterrânea: 45%
A
B Superficial: 39%
C Outras origens: 16%
B
944
C
2.698
(milhares m3)
PAG
87
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PRESERVANDO O AMBIENTE
Os consumos de água podem variar apreciavelmente de fábrica
para fábrica, em função do tipo de processo de fabrico e do tipo de
equipamentos instalados.
A água utilizada para fins industriais, representando entre 75 a 90% do
consumo total, provém em geral de captações de águas subterrâneas e/
ou superficiais, sendo previamente sujeita a um tratamento adequado. A
água de uso doméstico, cerca de 5% do consumo total, provém de redes
municipais de abastecimento de água, quando estas existem. A água
para outros fins, como a rega das zonas ajardinadas ou zonas sujeitas
a reabilitação nas pedreiras e a aspersão de estradas para controlo das
poeiras, provém, em muitos dos países onde operamos, de redes de
recuperação de águas pluviais criadas para o efeito em várias das nossas
unidades operacionais. Este consumo pode representar entre 5 a 15% do
total.
A nossa política de conservação e gestão racional do consumo de água,
que visa em primeira análise reduzir a quantidade de água captada,
incentivou a criação de sistemas ou circuitos fechados para recirculação
da água industrial na esmagadora maioria das nossas fábricas, permitindo
assim a sua quase total reutilização. Isto reduz substancialmente, quer
o consumo de água, quer o impacte ao nível dos efluentes líquidos de
processo gerados.
Além das questões associadas ao consumo preocupamo-nos em
assegurar a qualidade com que a água utilizada é devolvida ao sistema.
73% das unidades operacionais da Atividade Cimento dispõem de
instalações de depuração próprias para as águas residuais a montante
do ponto de reutilização ou de descarga final no meio recetor. Este valor
PAG
88
considera as unidades operacionais que recorrem a bacias de retenção de
forma a diminuir o teor de sólidos em suspensão que normalmente levam
associadas as águas de escorrência e que dispõem de sistemas/estações
de tratamento nas zonas de armazenamento de matérias-primas,
combustíveis sólidos e resíduos.
Procuramos reduzir o volume de água descarregada ao mínimo
necessário, mas ainda não definimos o objetivo de eliminar integralmente
as descargas de água de processo. A qualidade da água descarregada no
meio recetor final é sistematicamente analisada e está, geralmente, sujeita
às normas e legislação local que impõem a cada fábrica determinadas
frequências de amostragem e avaliação dos parâmetros fixados.
Considerando a globalidade da nossa cadeia de valor
No que diz respeito à política de conservação da água, se quisermos
realmente fazer a diferença, é crucial alargar o esforço a toda a nossa
cadeia de valor e desempenhar um papel ativo junto da nossa envolvente
local, estendendo os nossos programas e trabalhando em conjunto com
as comunidades locais, governos e organizações não-governamentais,
fornecedores e clientes.
O maior contributo que podemos dar para a redução do uso global da
água é o de procurar minimizar o seu uso nas nossas próprias operações
e adotar uma atitude didática sobre o tema relativamente àqueles que
connosco se relacionam, mesmo em locais onde hoje pensamos que a
água nunca irá constituir um problema.
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4.5
Preservando os Ecossistemas e a Biodiversidade
Os recursos minerais necessários para o negócio do cimento ocorrem
frequentemente em áreas de elevado valor ecológico. Neste quadro, a
atividade extrativa é tipicamente um dos principais fatores de conflito
entre a indústria cimenteira e os sistemas ecológicos, já que supõe a
remoção do coberto vegetal, a modificação da paisagem e a alteração das
condições edáficas provocando a destruição pontual dos ecossistemas.
A Cimpor está ciente da importância estratégica de uma gestão criteriosa
das suas pedreiras, não apenas pela importância dessa conduta para a
preservação dos sistemas naturais e sociais envolventes, como para a
garantia da sustentabilidade e longevidade da atividade cimenteira. Esta
preocupação é reforçada nos casos em que as nossas pedreiras se situam
em zonas sensíveis e de elevado valor natural.
Neste contexto, temos vindo a fomentar junto dos responsáveis pela
gestão destas unidades um conjunto de boas práticas nas várias fases do
respetivo ciclo de vida, procurando sempre que possível a simultaneidade
temporal entre exploração e reabilitação.
Assim, tem vindo a ser progressivamente adotado para a atividade
extrativa da Cimpor um conjunto de medidas de caráter geral:
•
Aplicação do manual preliminar para a exploração e reabilitação
de pedreiras (documento interno que integra as diretrizes da CSI,
as disposições legais aplicáveis e as orientações específicas da
Cimpor), que visa identificar e minimizar os impactes decorrentes da
exploração das massas minerais;
•
Aplicação do programa de diagnóstico, controlo e registo de ações
no domínio da exploração e reabilitação de pedreiras;
•
Disponibilização de uma base de dados atualizada com exemplos de
boas práticas de exploração e reabilitação de pedreiras.
Para além destas medidas, temos em prática, para cada pedreira e
em função de cada realidade particular, um conjunto de instrumentos
específicos que contribuem para a minimização da pressão sobre os
habitats naturais e a recuperação das zonas degradadas:
•
Planos de Reabilitação Ambiental (PRA), incluindo, quando aplicável,
a necessária reavaliação dos planos de lavra para antecipação da
reabilitação;
•
Estudos de Impacte Ambiental e Social (EIAS);
•
Estudos de Avaliação de Risco em termos de Biodiversidade;
•
Planos de Gestão da Biodiversidade (PGB), quando aplicável.
PAG
89
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
Reabilitando pedreiras, restabelecendo equilíbrios
86%
•
28%
21%
PEC
16%
47%
38%
Garantia de segurança durante a exploração e no pós-encerramento;
PGB
•
2009
2010
2011
36%
Proteção dos ecossistemas, designadamente, através da
simultaneidade da exploração e recuperação e da adaptação
da geometria das frentes de exploração em função da posterior
reabilitação;
PRA
•
78%
A reabilitação ambiental de pedreiras afigura-se como um dos aspetos
mais relevantes da política de sustentabilidade da Cimpor. Através
da aplicação dos PRA, a atividade extrativa na Cimpor obedece a um
conjunto de princípios nos seguintes domínios:
77%
Evolução dos KPIs das pedreiras
Envolvimento dos stakeholders locais através do diálogo permanente
sobre os projetos em curso ou previstos e da promoção regular
de visitas às áreas em causa, envolvendo uma forte componente
de formação sobre as técnicas de reabilitação, características das
espécies locais e aspetos ambientais.
Das 69 pedreiras afetas à atividade Cimento, a percentagem de pedreiras
com PRA aprovados e comunicados aos stakeholders atingiu os 86% em
2011, valor que reflete um incremento significativo face a 2010 (77%) e um
firme passo para o cumprimento da meta de 90% estabelecida para 2015.
Das pedreiras com PRA, 78% têm o respetivo plano em execução, o que
significa também uma melhoria face ao ano anterior (74%) e reflete o
PAG
90
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
e da biodiversidade. No conjunto de áreas de exploração mineral
propriedade da empresa inserem-se ecossistemas tão sensíveis quanto
valiosos, como é o caso da Floresta Atlântica, da Floresta de Mangal, da
Floresta Ripícola (ciliar ou de galeria), de Reservas ou Parques Naturais,
ou de áreas da Rede Natura 2000, as quais são tratadas com um enorme
cuidado, não só do ponto de vista da sua preservação como também
da informação e formação ambiental, através de programas específicos
desenvolvidos junto das populações e das escolas locais.
nosso compromisso relativamente à recuperação ambiental e paisagística
das pedreiras onde opera.
Também o envolvimento direto das comunidades locais nas atividades
de divulgação dos projetos de exploração de pedreiras afetas à Atividade
Cimento registou uma melhoria em 2011, com 28% das pedreiras ativas
(21% em 2010) a deterem planos específicos de envolvimento das
comunidades. Naturalmente, este tipo de envolvimento é mais relevante
para as pedreiras localizadas junto dos maiores centros urbanos e são
essas as que privilegiamos.
O investimento na gestão de zonas sensíveis do ponto de vista da
biodiversidade é uma atuação win-win, na medida em que ganham os
ecossistemas mas também a Cimpor que, assim, vê patrimonialmente
valorizadas estas áreas e fortalecida a sua relação de confiança com os
stakeholders.
Várias têm sido as formas encontradas pela Cimpor para beneficiar os
ecossistemas e a biodiversidade das áreas potencialmente afetadas pelas
suas unidades operacionais. Apresentam-se alguns exemplos:
•
Estabelecimento, no âmbito da reabilitação de pedreiras, de
condições físicas e naturais que potenciem a introdução de novas
espécies e o aumento da biodiversidade (ex. criação de condições
edáficas ou hidrológicas como no caso da pedreira do Bom Jesus,
Alhandra, Portugal);
•
Substituição de espécies infestantes por espécies autóctones (e.g.,
controlo de plantas exóticas infestantes na Área de Conservação de
Oribi, NPC-Cimpor, África do Sul);
Gerindo a biodiversidade, transformando ameaças em
oportunidades
A Cimpor tem envidado esforços para que a sua atividade represente
cada vez mais uma oportunidade para o enriquecimento dos ecossistemas
PAG
91
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
•
Apoio a atividades de proteção, monitorização, reposição ou
incremento de espécies de especial interesse biológico, quer sejam
ou não potencialmente ameaçadas pela atividade extrativa (e.g.,
Fazenda da Graça, João Pessoa, Brasil).
A existência de PGB associados aos projetos de implantação das
pedreiras, desenvolvidos e aplicados com recurso a especialistas, têm
sido peças fundamentais para a adoção destas práticas. Estes planos
permitem caracterizar a situação de referência, os impactes e medidas
de mitigação e identificar as medidas de preservação a adotar, incluindo
a monitorização das espécies relevantes, ao longo do ciclo de vida da
pedreira.
Das pedreiras ativas afetas à Atividade Cimento, 15 (21,7%) inserem-se,
contêm ou são adjacentes a áreas reconhecidas pelo seu elevado valor
em biodiversidade. Destas, 7 (46,7%) têm já hoje PGB implementados,
valor que traduz uma melhoria relativamente ao ano de 2010 [6 (37,5%)].
Necessitamos no entanto de prosseguir ativamente esta orientação
estratégica para alcançarmos a meta de 65% definida para 2015.
Atividade Agregados
No que se refere à Atividade Agregados a Cimpor conta no seu universo
com 50 pedreiras ativas das quais 94% têm Plano de Reabilitação Ambiental. Destas, apenas 4 se inserem, contêm ou são adjacentes a áreas
reconhecidas pelo seu elevado valor em biodiversidade.
PAG
92
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
4.6
Garantindo a Excelência na Gestão
A Cimpor tem apostado na melhoria contínua, quer do ponto de vista dos
resultados económicos, quer do ponto de vista dos processos de gestão e
de apoio à decisão. A criação de uma linguagem comum, o benchmarking
interno e externo, o aperfeiçoamento do desempenho operacional, da
qualidade da informação e da comunicação interna permitem-nos uma
visão partilhada do negócio e, consequentemente, a tomada de decisões
ajustadas, sustentadas numa base fiável.
Estas ferramentas permitem a utilização de uma linguagem técnica e de
gestão comuns, bem como o reporte global (e.g., industrial, financeiro,
comercial, performance, sustentabilidade) para uma matriz única na qual
são tratados, consolidados e avaliados os dados, analisando-se a respetiva
evolução e efetuando-se a comparação com dados análogos relativos a
outras unidades, de diferentes AN, a partir de bases de dados partilhadas
que permitem a geração automática de relatórios e de gráficos.
Em matéria de Sistemas de Informação (SI), prosseguiu-se a estratégia,
desde há muito definida, de uniformização de soluções, que permite
termos hoje um conjunto de ferramentas, processos e práticas internas
comuns. Destacam-se o lançamento de novos projetos a partir da solução
ERP/SAP já disponível em todas as nossas Áreas de Negócio e de outras
aplicações para os mais variados fins (e.g., Manutenção, Produção,
Compras, Logística).
O Programa de Performance Cimpor, da Cimpor Tec, tem vindo a
diversificar e aperfeiçoar os parâmetros integrados nos sistemas de
gestão da Cimpor. Indicadores e medições de performance industrial dos
mais variados tipos face a objetivos definidos são incluídos em relatórios
anuais e flash reports mensais corporativos, das AN e das UO, destinados
às respetivas comissões executivas e, também, à elaboração de planos de
negócio e à tomada de decisões de investimento.
PAG
93
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
A evolução dos SI, em termos do estabelecimento de plataformas comuns,
bem como a implementação das várias ferramentas de gestão acima
referidas contribuem para uma comunicação aberta entre todas as funções
da empresa e, como tal, para um adequado envolvimento das diferentes
AN/UO e departamentos. Obtém-se, assim, o contributo de todos para o
cumprimento dos nossos objetivos estratégicos, para os quais elaboramos
planos de negócio e tomamos decisões de investimento.
Além dos aspetos mencionados, e com o objetivo de reforçar de uma
forma sistemática as competências técnicas e qualificação dos Quadros
Técnicos do Grupo, a Cimpor Tec, Centro Técnico Corporativo, desenhou
um Programa de Formação Técnica de Quadros, com vários níveis,
destinado a assegurar o desenvolvimento de ações de formação de
caráter técnico, nos mais variados domínios, para a Atividade Cimento.
O programa destina-se a melhorar as competências técnicas e o nível
desempenho individual dos quadros técnicos do Grupo; a incentivar
a formação on-job através de ações de formação “por medida“ no
local de trabalho; a fomentar o espírito de grupo; transmitir políticas,
metodologias, práticas e conhecimentos corporativas; promover a troca
de experiências, a partilha de melhores práticas e a discussão de soluções;
dinamizar e organizar a realização de Seminários Técnicos em processo de
fabrico, qualidade e controlo de processo e práticas de manutenção.
A gestão operacional e ambiental, a saúde ocupacional & segurança e a
gestão da qualidade dos nossos produtos são funções descentralizadas
geridas diretamente pelas UO, pese embora o facto de Cimpor ter vindo
a adotar uma serie de diretrizes ao nível corporativo com vista a facilitar a
implementação e o desenvolvimento de uma linguagem e práticas comuns.
PAG
94
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
CRIAR VALOR,
PRESERVANDO O AMBIENTE
O objetivo é o de conseguir que até 2015 todas as UO disponham dos
sistemas de gestão devidamente implementados e em conformidade com
normas internacionalmente reconhecidas.
Neste último campo, 35 das 41 UO (85%) têm um sistema de gestão de
qualidade (SGQ) certificado de acordo com a norma ISO 9001, 27 (66%)
têm sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional (SGSOS)
certificado de acordo com as normas OHSAS 18001 ou equivalentes e 26
(63%) têm sistema de gestão ambiental (SGA) certificado de acordo com
a norma ISO 14001.
tornarmos, a curto prazo, mais fortes. E isso consegue-se promovendo
uma cultura orientada para uma redução sustentada de custos.
Tendo em conta os excelentes resultados do projeto e com vista a dar
seguimento às orientações estratégicas, a Cimpor decidiu, no final de
2011, reforçar o programa através da incorporação de três novos eixos de
atuação, para os quais foram entretanto criadas estruturas centrais de
suporte: Compras, Logística e Coprocessamento.
É nas AN China e AN Moçambique que a Cimpor deverá agora concentrar
os seus esforços, na medida em que estas AN se encontram numa fase
menos adiantada de implementação destes sistemas.
BEST / BE STronger
O projeto BEST, em curso desde 2009 e alicerçado no Programa de
Performance Cimpor (PPC) da Cimpor Tec, visa quantificar os ganhos
associados à melhoria de desempenho operacional das nossas unidades
de produção, resultado das ações do PPC, no caso da Atividade Cimento,
e de muitos outros programas corporativos nas restantes Atividades de
Negócio e nos mais variados domínios, e, dessa forma, definir objetivos de
redução de custos operacionais de modo melhorarmos a nossas margens
de negócio, reforçando, assim, a solidez da Cimpor num quadro de grande
disparidade económica nos países onde operamos.
A própria designação “BE STronger” define o objetivo do projeto, de nos
PAG
95
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
PAG
96
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Albatroz de
Cauda Curta
Phoebastria albatrus
O albatroz-de-cauda-curta nidifica nas ilhas
japonesas de Torishima e Minami-Kojima
mas chega a atravessar todo o Pacífico
Norte até às costas da Califórnia em busca
de alimento. Quase levado à extinção
devido ao comércio de penas, enfrenta hoje
ameaças como os iscos dos pescadores,
predadores introduzidos nas suas colónias,
a destruição dos habitats e a ingestão
de despojos de plástico que povoam os
oceanos.
05
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
PAG
97
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
DESEMPENHO
ECONÓMICO
AFLUXO
DOS STAKEHOLDERS
CLIENTES
SALDO PARA
A CIMPOR
Milhões de euros
Milhões de euros
2647
268
ESTADO
IMPOSTOS
OUTROS
9
71
Milhões de euros
Milhões de euros
FLUXO
PARA STAKEHOLDERS
2379
Milhões de euros
FORNECEDORES
1808
Milhões de euros
PAG
98
ACIONISTAS
DIVIDENDOS
134
Milhões de euros
COLABORADORES
SALÁRIOS
248
Milhões de euros
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
DESEMPENHO
ECONÓMICO
INVESTIMENTOS
FINANCEIROS
Milhões de euros
Milhões de euros
283
45
INDUSTRIAIS
238
Milhões de euros
BANCOS
JUROS
REFINANCIAMENTO
LIQUIDO
Milhões de euros
Milhões de euros
109
15
PAG
99
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Performance sustentabilidade cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
2009
2010
2011
Volume de Negócios
x
EC1
RC10
2.085,5
2.239,4
2.275,0
A
Cash Costs Operacionais
x
EC1
RC44
1.479,6
1.609,6
1.706,7
A
Cash Flow Operacional (EBITDA)
x
EC1
RC10
605,9
629,8
616,0
A
Amortizações e Provisões
x
EC1
RC96
229,00
220,70
243,20
A
GARANTIA
Desempenho Económico
Valor económico directo gerado e distribuído (milhões de euros)
Criação de valor para os principais stakeholders da CIMPOR:
EC1
Colaboradores (salários)
EC1/EC3
RS98-99
244
253
248
A
Estado (impostos)
EC1
RS98-99
63
71
71
A
Acionistas (dividendos incluindo interesses minoritários)
EC1
RS98-99
121
129
134
A
Credores (juros pagos à banca)
EC1
RS98-99
76
51
109
A
Fornecedores (bens, serviços e materais comprados)
EC1
RS98-99
1530
1773
1.808
A
Outros
EC1
RS98-99
77
16
19
A
Valor retido
EC1
RS98-99
407
316
268
A
Vendas
Vendas de Clínquer e Cimento (milhares de toneladas)
x
RC11
27.402
28.269
27.515
A
Vendas de Agregados (milhares de toneladas)
x
RC11
13.819
12.756
13.071
A
Vendas de Betão (milhões de m3)
x
RC11
7.264
6.721
6.786
A
Vendas de Argamassas (milhares de toneladas)
x
RC11
543
474
438
A
Impacto dos Investimentos
Desenvolvimento e impactos dos investimentos orientados para o benefício público
EC8
RS18-19, 36-37
RS 2009
RS 2010
RS 2011
Impactos económicos indiretos significativos
EC9
RS36-37
RS 2009
RS 2010
RS 2011
EN2
RS tab. perf.
68,7%
69,6%
71,7%
NOTA: Informação económica mais detalhada pode ser encontrada no R&C 2011
Produtos com reduzido teor em carbono incorporado
% de produtos contendo adições diversas (cimentos compostos)
x
Tipos de cimentos produzidos pela CIMPOR
Cimento portland normal
RS tab. perf.
31,3%
30,4%
28,3%
Cimento com escória
RS tab. perf.
4,1%
3,9%
4,3%
Cimento pozulânico
RS tab. perf.
4,3%
3,6%
2,3%
Cimento com cinzas
RS tab. perf.
9,5%
9,0%
7,1%
Cimento com calcário
RS tab. perf.
42,0%
42,7%
46,6%
Cimento composto à base de adições múltiplas
RS tab. perf.
8,0%
9,7%
10,7%
PAG
100
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Económico
Cimento de alvenaria, cimento p/ poços de petróleo, cal e outros
RS tab. perf.
0,7%
0,7%
0,8%
Relação com os clientes
% empresas filiais da CIMPOR a conduzir inquéritos a clientes
Cimento
PR5
x
RS95
Betão
Agregados
% destas que avalia expetativas dos clientes (reuniões presenciais)
88%
88%
85%
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
66%
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
56%
x
RS tab. perf.
55%
55%
55%
x
RS23
Desempenho Ambiental
Número de fábricas incluídas na avaliação
40
40
41
V
Betão
Fábricas de cimento e moagens de cimento
dado nd
dado nd
191
V
Agregados
dado nd
dado nd
50
V
Argamassas
dado nd
dado nd
dado nd
V
Sistemas de Gestão
Implementação de SGQ ISO 14001 (% de UO)
Fábricas de cimento
x
RS tab. perf.
77%
77%
74%
V
Moagens de cimento
x
RS tab. perf.
50%
43%
43%
V
Total de unidades operacionais (fábricas de cimento + moagens de cimento)
x
RS95
68%
65%
63%
V
Investimentos Sustentabilidade (inclui ambientais e conformidade ambiental) (milhões de euros)
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Cimento, Betão, Agregados, Argamassas e Outros
RS19
49,09
42,66
56,32
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Cimento
EN30
RS19
45,48
36,73
39,13
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Betão
RS19
1,71
4,08
2,19
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Agregados
RS19
0,97
1,72
12,44
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Argamassas
RS19
0,30
0,02
0,01
Investimentos Sustentabilidade / Ambientais Atividade Outros
RS19
0,69
0,10
2,55
Redução das emissões de CO2
Emissões absolutas brutas CO2 (milhões de toneladas)
x
RS66
17,7
18,9
17,9
V
Emissões absolutas líquidas CO2 (milhões de toneladas)
x
RS66
17,7
18,9
17.9 | 17.6*
V
Emissões específicas brutas CO2 (kg CO2/t produto cimentício)
x
RS66
677
678
687
V
Emissões específicas líquidas CO2 (kg CO2/t produto cimentício)
x
RS66-67
677
678
687 | 678*
V
Emissões específicas brutas CO2 (kg CO2/t clínquer)
x
RS66
870
875
880
V
Emissões específicas líquidas CO2 (kg CO2/t clínquer)
x
RS66
870
875
880 | 868*
V
* Valor obtido descontando o efeito dos combustíveis alternativos
EN16
PAG
101
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Emissões CO2 evitadas acumuladas desde 1990 (milhões de t CO2)
x
EN18
Emissões CO2 evitadas em termos médios anuais (milhares de t CO2/ano)
x
Emissões indirectas CO2 provenientes electricidade comprada (milhões de toneladas)
x
x
Pág.
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Ambiental
15,7
17,6
18,6
V
RS tab. perf.
RS67
827,3
847,5
886,9
V
EN4 |EN 16
RS tab. perf.
1,29
1,28
1,16
V
EN3
Energia
Taxa de utilização térmica (%):
Carvão
RS77
25,5%
28,0%
28,5%
V
Coque de petróleo
RS77
50,5%
49,9%
46,2%
V
Fuel-óleo pesado
RS77
11,4%
9,9%
7,6%
V
Gás natural
RS77
7,7%
7,1%
7,8%
V
Xisto betuminoso e linhite
RS77
0,4%
0,3%
4,7%
V
Combustíveis fósseis alternativos
x
RS77
3,1%
3,3%
3,9%
V
Biomassa
x
RS77
1,5%
1,4%
1,2%
V
Eficiência energética térmica (MJ/t clínquer)
x
RS70
3.565
3.617
3.651
V
Taxa de substituição térmica (% energia térmica de combustíveis alternativos):
x
EN5
RS70, 57
4,57%
4,66%
5,13%
V
EN3/EN5
RS76
0,00%
0,10%
0,01%
V
Pneus usados
RS76
2,29%
1,92%
3,05%
V
Plásticos
RS76
0,00%
0,68%
0,52%
V
Solventes
RS76
0,00%
0,00%
0,01%
V
Resíduos industriais e outros resíduos de origem fóssil
RS76
0,49%
0,57%
0,31%
V
Farinhas e gorduras de origem animal
RS76
0,50%
0,44%
0,40%
V
Resíduos agrícolas / carvão vegetal
RS76
0,98%
0,95%
0,68%
V
Outra biomassa
RS76
0,00%
0,00%
0,15%
V
76,7%
76,5%
78,3%
V
69,1
74,6
70,6
V
V
Óleos usados
Rácio médio clínquer / cimento (% de clínquer no cimento)
x
EN2
RS65, 70
Consumo total de combustíveis (milhões GJ/ano)
x
EN3
RS tab. perf.
Consumo específico de energia elétrica:
Cimento (kWh/t cimento)
EN3
x
RS tab. perf.
Betão
Agregados (kWh /t agregados)
RS tab. perf.
Consumo total de energia elétrica (milhões kWh/ano):
Cimento
PAG
102
109,7
105,9
dado nd
dado nd
dado nd
dado nd
1,9
EN3
x
RS tab. perf.
Betão
Agregados
109,2
dado nd
RS tab. perf.
2.706,9
2.932,4
2.794,7
dado nd
dado nd
dado nd
dado nd
dado nd
23,04
V
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Ambiental
Produtos energeticamente eficientes
Iniciativas para fornecer produtos energeticamente eficientes
EN6
RS69-71
Texto
Texto
Texto
Iniciativas para reduzir o consumo indireto de energia
EN7
RS69-71
Texto
Texto
Texto
Matérias-primas
Discriminação das matérias-primas utilizadas:
x
EN1
Clínquer
RS112
Tabela RS 2009
Tabela RS 2010
Tabela RS 2011
V
Cimento
RS112
Tabela RS 2009
Tabela RS 2010
Tabela RS 2011
V
Betão
RS113
dado nd
dado nd
dado nd
Matérias-primas alternativas usadas:
Clínquer
x
EN2
RS112
1.591.952
1.458.608
1.673.235
V
Cimento
x
EN2
RS112
2.103.875
2.091.931
2.228.997
V
EN2
RS113
dado nd
dado nd
152.291
RS81
97,1%
97,1%
97,2%
V
Betão
Outras emissões atmosféricas poluentes
Taxa de monitorização das emissões poluentes principais e micro poluentes
Taxa implementação monitorização contínuo de poluentes principais em fornos
KPI1: % clínquer produzido em fornos dotados de sistema de monitorização (contínuo e/ou descontínuo) para partículas,
NOx, SO2, metais (mínimo: Hg, Cd e Tl), dioxinas e furanos (PCDD/Fs) e compostos orgânicos voláteis (COVs).
x
RS81
95,0%
95,6%
90,6%
V
KPI2: % clínquer produzido em fornos nos quais os poluentes principais (partículas, NOx, SO2) são monitorizados em
contínuo.
x
RS81
95,0%
95,6%
96,4%
V
Emissões poluentes principais
KPI3a: Partículas
EN20
Número de fornos de clínquer com medição em contínuo
RS tab. perf.
33/34
33/34
35/36
V
Emissões totais (t/ano)
x
RS79-80
3.242
2.812
3.353
V
Concentração específica média (g/t clínquer)
x
RS79-80
162
135
165
V
KPI3b: NOx
EN20
Número de fornos de clínquer com medição em contínuo
RS tab. perf.
33/34
33/34
35/36
V
Emissões totais (t/ano)
x
RS79-80
31.593
31.594
33.270
V
Concentração específica média (g/t clínquer)
x
RS79-80
1.657
1.518
1.633
V
KPI3c: SO2
EN20
Número de fornos de clínquer com medição em contínuo
RS tab. perf.
33/34
33/34
35/36
V
Emissões totais (t/ano)
x
RS79-81
3.882
3.927
4.211
V
Concentração específica média (g/t clínquer)
x
RS79-81
194
189
207
V
PAG
103
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
EN17
RS
EN11
RS92
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Ambiental
Outras emissões de gases com efeito de estufa
Outras emissões diretas e indiretas, de gases com efeito de estufa
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
Conservação de Recursos & Biodiversidade
Número de pedreiras activas das Actividades Cimento, Betões e Aregados localizadas em áreas sensíveis ou de elevado
valor de biodiversidade
Cimento
x
Betão
Agregados
% de pedreiras das Actividades Cimento, Betões e Aregados identificadas em áreas sensíveis ou de alto valor de
biodiversidade onde se encontram implementados planos de gestão de biodiversidade
Cimento
RS tab. perf.
x
EN11
RS90
Betão
Agregados
11
16
15
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
dado nd
dado nd
4
36%
38%
47%
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
dado nd
dado nd
dado nd
% de pedreiras das Actividades Cimento, Betões e Aregados com planos de reabilitação em execução:
Cimento
x
EN11
RS90
Betão
Agregados
78%
77%
86%
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
dado nd
dado nd
90%
Impactos significativos na biodiversidade em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas
protegidas.
EN11
RS91-92
Texto
Texto
Texto
Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão dos impactos na biodiversidade.
EN14
RS91-92
Texto
Texto
Texto
293,77
Água
Consumo específico de água:
Cimento (l/t clínquer)
x
Cimento (l/t cimento)
x
EN8
Betão (l/m3 betão)
RS87
342,07
285,16
RS tab. perf.
279,40
230,95
231,68
dado nd
dado nd
210,00
dado nd
dado nd
dado nd
5,99
RS85
Agregados (m3/t agregados)
Consumo total de água (milhões m3 /ano):
Cimento
x
EN8
Betão
RS87
6,96
6,16
RS85
dado nd
dado nd
1,43
dado nd
dado nd
dado nd
RS87
51,55%
45,06%
RS87
31,29%
39,17%
Agregados
Procedência da água na Atividade Cimento:
% de água subterrânea (aquíferos) consumida
% de água superficial (rio, lago, oceano) consumida
PAG
104
EN8
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
x
EN10
RS88
EN 09
RS86
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Ambiental
% de água de outras origens (municipal, …) consumida
% de água reciclada ou utilizada (%)
Áreas com escassez de água na Atividade Cimento:
RS87
> 50%
17,15%
15,77%
> 50%
73%
Número de fábricas localizadas em áreas de escassez extrema
dado nd
1
1
Número de fábricas localizadas em áreas de escassez
dado nd
3
3
Número de fábricas localizadas em áreas de stresse hídrico
dado nd
4
4
Número de fábricas localizadas em áreas com água suficente
dado nd
17
17
Número de fábricas localizadas em áreas com água abundante
dado nd
15
16
Waste production
Produção total de resíduos (t)
EN 22
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
140.279,48
Quantidade total de resíduos perigosos gerados (t):
EN 22
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
124.000,29
Quantidade de resíduos perigosos coprocessados internamente (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
232,78
Quantidade de resíduos perigosos enviados para aterro (t) (inclui poeiras bypass )
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
123.381,30
Quantidade de resíduos perigosos para valorização (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
253,44
Quantidade de resíduos perigosos para reutilização (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
132,77
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
16.279,18
Quantidade de resíduos não-perigosos coprocessados internamente (t):
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
10.761,47
Quantidade de resíduos não-perigosos enviados para aterro (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
1.371,58
Quantidade de resíduos não-perigosos para valorização (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
1.238,71
Quantidade de resíduos não-perigosos para reutilização (t)
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
2.907,42
Quantidade total de resíduos não-perigosos gerados (t):
EN 22
Quantidade de resíduos não-perigosos enviados para aterro gerada pela Atividade Betão (t).
EN22
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
58.342
Quantidade de resíduos não-perigosos enviados para aterro gerada pela Atividade Agregados (t).
EN 22
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
452.115,80
EN 23
Derramamento e acidentes
Número total de emissões acidentais significativas para a atmosfera.
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
5
Número total de derramamentos acidentais significativos para a água.
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
4
Número total de derramamentos acidentais significativos para o solo.
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
2
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
57%
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
43%
% de produto (cimento) vendido em função do tipo de embalagem
Saco
EN27
Granel
Multas e sanções
Multas significativas por incumprimento de legislação e regulamentos ambientais (€).
Número total de sanções não-monetárias por incumprimento de legislação e regulamentos ambientais (#).
EN 28
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
47.906,21 €
RS tab. perf.
dado nd
dado nd
5
PAG
105
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Social
Colaboradores
Colaboradores da CIMPOR por região (Atividade Cimento):
LA1
Europa : Portugal, Espanha, Cabo Verde
RS43
1317
1246
1180
A
América do Sul: Brasil, Peru
RS43
744
831
705
A
Bacia do Mediterrâneo: Marrocos, Tunísia, Egipto, Turquia
RS43
1477
1455
1378
A
África Austral: Moçambique, África do Sul
RS43
775
733
841
A
Ásia: China, Índia
RS43
1575
1509
1435
A
RS 2009
RS2010
RS2011
Contratos sem termo certo
dado nd
82.4%
83.4%
Contratos a termo certo
dado nd
17.6%
16.4%
Gestão de Topo
dado nd
dado nd
35
Diretores
dado nd
dado nd
413
Especialistas
dado nd
dado nd
678
Supervisores
dado nd
dado nd
738
Operadores e Executantes
dado nd
dado nd
6393
29
21
15
Número total de colaboradores por faixa etária, género e região
x
Número de colaboradores por tipo de contrato (%)
Número de colaboradores por categoria profissional (#)
LA2
RS43-45
LA1
RS45
LA1
RS45
Formação
Horas de formação por colaborador
LA10
RS49
Média de horas de formação (todas as categorias) (horas formação / ano)
Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de riscos para garantir assistência aos
colaboradores, seus familiares ou membros da comunidade afetados por doenças graves.
Programas de gestão de competências e de aprendizagem contínua que apoiam a continuidade dos colaboradores
LA8
RS59
Tabela RS 2009
LA11
RS46-52
Texto
Tabela RS 2010
Texto
Tabela RS 2011
Texto
Sistemas de Gestão
Implementação da OHSAS 18001 (% unidades operacionais)
PAG
106
Fábricas de cimento (%)
x
RS tab. perf.
73,0%
73,0%
70,0%
V
Moagens de cimento (%)
x
RS tab. perf.
57,0%
50,0%
43,0%
V
Total de unidades operacionais (fábricas de cimento + moagens de cimento) (%)
x
RS95
68,0%
65,0%
66,0%
V
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Indicadores-chave de desempenho
KPI
GRI
Pág.
x
LA7
RS55
2009
2010
2011
GARANTIA
Desempenho Social
Saúde Ocupacional & Segurança
Número de acidentes mortais (cimento)
Colaboradores diretos
x
1
0
1
V
Colaboradores indiretos
x
6
4
5
V
Terceiros
x
0
2
2
V
Número de acidentes mortais (cimento, betão, agregados, argamassas e outros)
x
LA7
RS55
Colaboradores diretos
x
1
1
1
V
Colaboradores indiretos
x
7
6
6
V
Terceiros
x
0
2
2
V
Índice Frequência de acidentes c/ perda horas trabalho (por milhão horas trabalhadas)
LA7
RS56
Colaboradores diretos (atividade cimento, betão, agregados, argamassas e outros)
x
6,36
5,85
4,82
V
Colaboradores diretos (atividade cimento)
x
4,1
4,7
3,7
V
Envolvimento dos stakeholders
Envolvimento dos stakeholders a nível local (% unidades operacionais)
90,0%
85,0%
85,4%
Identificação dos principais stakeholders
x
x
SO1
RS tab. perf.
RS34
55,0
63,8
62,2%
Levantamento de expetativas e questões dos stakeholders
x
RS tab. perf.
53,8
62,5
61,0%
Política para gerir preocupações dos stakeholders
x
RS tab. perf.
51,2
66,3
62,2%
Ferramentas de comunicação e suporte
x
RS tab. perf.
63,8
73,8
69,5%
Mensagens-chave e materiais de comunicação sobre a fábrica
x
RS tab. perf.
53,8
67,5
63,4%
Contactos com os stakeholders
x
RS tab. perf.
75,0
90,0
85,4%
Comunicação positiva regular com stakeholders
x
RS tab. perf.
67,5
78,8
75,6%
Comunicação com a imprensa / meios de comunicação social
x
RS tab. perf.
40,0
58,8
54,9%
Orçamento anual dedicado especificamente a relacionamento com stakeholders
x
RS tab. perf.
45,0
50,0
50,0%
Prevenção e gestão de crises
x
RS tab. perf.
55,0
66,3
63,4%
RS35
61%
67%
66%
Relações entre a gestão e os representantes dos colaboradores
% colaboradores cobertos por instrumentos de regulação coletiva do trabalho
x
LA4
Legenda:
dado nd: dado não disponível
tab. perf.: Performance Sustentabilidade Cimpor
A = Auditado / Delloitte e Associados, SA
V = Verificado / SGS
PAG
107
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
DECLARAÇÃO DE GARANTIA
Relatório Independente de Garantia Limitada sobre a fiabilidade dos Indicadores-Chave de Desempenho das
emissões de CO2, dos dados de emissões e da segurança relatados pela CIMPOR para os anos 2010 e 2011
Ao Conselho de Administração da CIMPOR
NATUREZA E ÂMBITO DE UMA GARANTIA DA FIABILIDADE /
VERIFICAÇÃO DE NÍVEL MODERADO / RAZOÁVEL
Ao pedido da CIMPOR, realizamos uma revisão independente e limitada dos
indicadores-chave de desempenho das emissões de CO2 e de segurança
relatados pela CIMPOR para o setor de cimento.
Emissões de CO2 calculadas de acordo com o WBCSD-CSI “Cement CO2
Protocol” (versão de Junho de 2005):
• Emissões absolutas brutas/líquidas de CO2
• Emissões específicas brutas/líquidas de CO2
• Emissões específicas indiretas, MWh, consumo específico de
energia
• Percentagem de combustíveis, matérias-primas e matérias-primas e
combustíveis alternativos
• Rácio clínquer-cimento
• Consumo específico térmico
• Outras certificações: ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001.
As taxas de cobertura e os dados de emissões, calculados de acordo com
o WBCSD-CSI “Guidelines for Emissions Monitoring and Reporting in the
Cement Industry”
(1ª versão do Março de 2005):
• KPI 1: Taxa de Cobertura da Medição Global
• KPI 2: Taxa de Cobertura da Medição em Contínuo
• KPI 3a: Dados de Emissões de Partículas
• KPI 3b: Dados de Emissões de NOx
• KPI 3c: Dados de Emissões de SO2
PAG
108
Os indicadores de segurança, calculados de acordo com o WBCSD-CSI
Guidelines “Safety in the cement industry: Guidelines for measuring and
reporting” (atualizado em outubro de 2008, versão 3.0):
• Índice de mortalidade de colaboradores diretos
• Dias perdidos devido a acidentes-índice de frequência (LTI FR) de
colaboradores diretos
• Dias perdidos devido a acidentes índice de gravidade (LTI SR) de
colaboradores diretos
• Acidentes mortais de colaboradores indiretos
• Dias perdidos devido a acidentes de colaboradores indiretos
• Acidentes mortais de terceiros.
Os indicadores-chave de desempenho (KPI’s) foram preparados por e sob a
responsabilidade da Administração da CIMPOR. A nossa responsabilidade
consiste em emitir conclusões sobre a sua consistência e fiabilidade com
base em nosso trabalho de revisão descrito no parágrafo seguinte.
As informações contidas no Relatório de Sustentabilidade da CIMPOR e sua
apresentação são da responsabilidade dos administradores ou órgão social
e da gestão da CIMPOR. A SGS ICS não foi envolvida na preparação de
qualquer tipo de material incluído no Relatório de Sustentabilidade.
O nosso trabalho foi realizado com base nas normas de verificação
estabelecidas pela Federação Internacional de Contabilistas, sob a Norma
Internacional sobre Trabalhos de Garantia da Fiabilidade (ISAE 3000) relativa
à garantia limitada. Nós planeámos e implementámos os procedimentos
estabelecidos em baixo para obter uma garantia limitada sobre se os KPI
são livres de distorções materialmente relevantes. Um nível de garantia mais
elevado teria exigido procedimentos mais extensos.
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
• Avaliámos os procedimentos de relato da CIMPOR para os KPI em
relação à sua coerência com o WBCSD-CSI “Cement CO2 Protocol”,
“Guidelines for Emissions Monitoring and Reporting in the Cement
Industry” e “Safety in the cement industry: Guidelines for measuring
and reporting”, respetivamente;
• Ao nível corporativo, realizámos entrevistas com os responsáveis
pela preparação e aplicação dos procedimentos de reporte, bem
como para a consolidação dos dados. A este nível, realizámos
procedimentos analíticos e verificámos, com base em testes, os
cálculos e a consolidação dos dados;
• Ao nível da coordenação regional, realizámos entrevistas com os
responsáveis pelo reporte dos KPI e realizámos testes analíticos;
• Selecionámos uma amostra de 16 locais para serem visitados, de um
total de 41, para verificar as emissões de CO2 e as dos poluentes,
representando aproximadamente 70% das emissões globais de
CO2, para equilibrar o custo de garantia com um grau de cobertura
representativa, considerando-se que aproximadamente 20% das
emissões globais de CO2 (nesse grupo das restantes 30%) são
emissões geradas por instalações no âmbito do RCLE-UE. A taxa de
cobertura global para as emissões de CO2 foi de 90%. Em relação
aos indicadores de segurança, outros locais, além desses 16 locais,
onde se desenvolvem atividades para além da produção de cimento,
foram também visitados nas áreas circundantes;
• Para todos os locais que visitámos:
• - Analisámos a organização do local e os procedimentos,
especialmente aqueles relativos ao reporte dos KPI;
• - Avaliámos os procedimentos de controlo sobre os parâmetroschave, e
• - Realizámos, com base em testes, a reconciliação dos dados
relatados com a documentação de apoio e verificámos a exatidão
aritmética dos cálculos feitos;
• Analisámos os KPI consolidados relatados pela CIMPOR no seu
Relatório de Sustentabilidade de 2010 e de 2011, para verificar a
coerência com os resultados do nosso trabalho.
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA E COMPETÊNCIA
O Grupo SGS é líder mundial no domínio da inspeção, testes e verificação,
operando em mais de 140 países e prestando serviços, incluindo a
certificação de sistemas e serviços de gestão, auditorias da qualidade,
do ambiente, sociais e éticas, e a formação; e a garantia de fiabilidade de
relatórios ambientais, sociais e de sustentabilidade. A SGS ICS declara a sua
independência da CIMPOR, isenção e ausência de conflitos de interesse com
a organização, suas subsidiárias e partes interessadas.
A equipa de verificação foi constituída com base no seu conhecimento,
experiência e competências para o cumprimento desta tarefa.
PARECER DE VERIFICAÇÃO / GARANTIA
Com base nos resultados da nossa análise, nada chegou ao nosso
conhecimento que nos leve a considerar que:
- Os KPI das emissões de CO2, de emissões poluentes e de segurança
reportados não foram, em todos os aspetos relevantes, preparadas de
acordo com o WBCSD-CSI “Cement CO2 Protocol”, “Guidelines for Emissions
Monitoring and Reporting in the Cement Industry” (Março de 2005, 1ª versão)
e “Safety in the cement industry: Guidelines for measuring and reporting”,
respetivamente;
- Os KPI relativos às emissões de CO2, às emissões de poluentes, e de
segurança, contêm distorções materialmente relevantes.
Assinatura:
Em representação da SGS ICS Portugal, Lda.
Lisboa, dia 19 de abril de 2012

Diretor de Certificação
Luís Neves
Revisor Técnico Global
Luís Santos
PAG
109
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
Global Reporting Initiative (GRI)
Esta versão impressa do relatório com informação adicional no site da
CIMPOR na internet encontra-se alinhada com as diretrizes da Global
Reporting Initiative (GRI) G3.1 Sustainability Reporting Guidelines,
segundo o GRI-Checked Application Level B+.
Para maior detalhe sobre estas diretrizes, incluindo sobre a abordagem
da gestão da empresa aos três pilares da sustentabilidade - económico,
social e ambiental -, poderá ser consultado o GRI Content Index em
www.cimpor.com/sustainabilityreports
A declaração completa sobre o nível de aplicação pela GRI pode ser lida
em www.cimpor.com/sustainabilityreports
PAG
110
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
PAG
111
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
MAPA ENTRADAS / SAÍDAS ASSOCIADAS À ATIVIDADE DO GRUPO EM 2011 - CIMENTO
Matérias Primas
Naturais
Corretivos
Alternativos carbonatados
Alternativos descarbonatados
Energia
Eletricidade:
Energia Elétrica Específica
Combustíveis fósseis Convencionais:
Entradas
Combustíveis Alternativos:
Calcário
Marga
Argila
Alumina
Minério
Areia
Xisto
Coque de petróleo
Carvão
Fuelóleo
Linhite
Gás Natural
Outros combustiveis fósseis
Combustíveis fósseis alternativos
Biomassa
32.309.016,71
26.099.274,89
1.722.403,69
2.080.086,43
35.611,34
263.534,36
406.038,01
23.645,73
1.436.416,70
242.005,55
t
t
t
t
t
t
t
t
t
2,794,658
105.85
2.076.635,50
1.617.646,84
279.429,31
130.198,08
165.283,05
4.489,24
145.026,07
62.832,92
MWh
kWh/t cimento
t
t
t
t
t
t
t
t
5.986.623.22
0,227
0,294
6.040.312,96
983.484,05
0
237.605,89
2.570.621,63
321.891,68
487.528,22
806.982,53
276.258,26
355.940,69
m3
m3/ t cimento
m3/ t clínquer
t
t
t
t
t
t
t
t
t
17.924.761
33.270
4.2111
3.353
t
t
t
t
20.378.379
26.401.101
20.682.680
t
t
t
123.355,00
1.397,89
t
t
Água
Adições de Cimento
Gesso
Anidrite
Gesso artificial
Calcário
Poeiras de eletrofiltro
Escórias
Cinzas volantes
Pozolanas
Outros
Saídas
PAG
112
Emissões Atmosféricas
CO2
NOx
SO2
Partículas
Produtos
Clínquer
Cimento
(Clínquer incorporado)
Deposição em aterro:
Poeiras de “by-pass”
Outros resíduos depositados
(é gerado dentro da UO)
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
PERFORMANCE
SUSTENTABILIDADE Cimpor
MAPA ENTRADAS / SAÍDAS ASSOCIADAS À ATIVIDADE DO GRUPO EM 2011 - BEtão
Matérias Primas
Cimento
Ligantes alternativos
Cinzas volantes
Escórias
Filler calcáreo
Entradas
Agregados
Areia britada
Areia rolada
Brita
Agregados reciclados
Saídas
1.932.000
t
138.991
129.889
7.810
291
t
t
t
t
12.282.577.543
2.493.099.490
3.744.737.194
6.044.740.859
t
t
t
t
14.299
t
Água
Água necessária para produção
Manutenção e lavagem de equipamentos e instalações
1.425.060
1.085.760
339.300
m3
m3
m3
Betão
6.786.000
m3
Sub-Produtos*
58.348
t
* Para aterro (provetes. material rejeitado do reciclador não utilizável)
PAG
113
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
Função principal da fase de fabrico
Principais impactos da fase de fabrico
Processo de Produção de Cimento
01
PEDREIRA
O calcário e outras matérias-primas são extraídos através
de perfuração e desmonte por
explosivos ou por mineração
mecânica de superfície.
Impactos - Consumo de
matérias-primas; uso do solo,
impacte visual e pressão sobre
os ecossistemas; emissão
para a atmosfera de poeiras
difusas; utilização de água;
Congestionamento de tráfego;
Ruído impulsivo (onda sonora
aérea) e vibrações.
02
BRITAGEM
O material desmontado nas
frentes das pedreiras (0-1000
mm) sofre uma redução na sua
dimensão (0-30/40 mm) em
britadores de impacto ou de
maxilas.
Impactos - Emissão para a
atmosfera de poeiras difusas;
Ruído.
03
TRANSPORTE
O material britado é
transportado até à fábrica de
cimento, através de uma tela
transportadora, de camião,
por caminho-de-ferro, ou via
fluvial, consoante a distância da
pedreira em relação à fábrica de
cimento.
Impactos - Nada de significativo
a registar.
PAG
114
04
PRE-HOMOGENEIZAÇÃO
O calcário, as margas, as
matérias-primas alternativas
e os materiais correctivos
da composição química das
mesmas são misturados e
pré-homogeneizados por
depósito em várias camadas
que dão origem à formação
de uma pilha de material num
edifício, em geral, coberto. esse
material depositado em pilha
é posteriormente retomado de
um modo especial que garanta a
sua homogeneidade e enviado à
moagem de cru.
07
TORRE DE PRÉ-AQUECIMENTO
A farinha é submetida a um
pré-aquecimento e a uma
percentagem apreciável de
descarbonatação (>90%) antes
de entrar no forno.
Filtros de mangas ou
electrofiltros de grandes
dimensões procedem à remoção
das poeiras provenientes do
circuito de gases do forno
e do circuito de gases de
exaustão do moinho de cru.
09
ARMAZENAGEM DE CLÍNQUER
O clínquer após ter sofrido
um arrefecimento brusco
até uma temperatura entre
os 100 e os 206oC é enviado
para a respectiva zona de
armazenagem que em geral se
trata de um stock ou de um silo
fechado mas, em alguns casos,
pode ser uma zona a céu aberto.
Impactos - Consumo de
energia; Impacto visual.
Impactos - Emissões para a
atmosfera de poeiras difusas;
08
FORNO / ARREFECEDOR
A farinha alimentada ao
forno, já em grande parte
descarbonatada, é transformada
em clínquer através de uma
série de reacções químicas que
se desenrolam em torno dos
1450oC sob a acção de uma
chama a 2000oC. O clínquer
incandescente é arrefecido
bruscamente no arrefecedor de
grelha ou de satélites.
10
TRANSPORTE
O transporte do clínquer,
do gesso e das respectivas
adições (materiais cimentícios)
é efectuado através de telas de
transporte até às tremonhas das
moagens de cimento.
05
MOAGEM DE CRU
As matérias-primas
homogeneizadas, que passamos
a designar por cru, (0-30/40
mm) são alimentadas a um
moinho de bolas ou a um
moinho vertical onde são
submetidos a uma operação
de secagem e transformadas
em farinha (com um resíduo
da ordem de 12 a 18% na malha
de 90 micra). À entrada da
moagem de cru pode haver
ainda lugar a uma pequena
e derradeira correcção na
composição química do cru.
Impactos - Consumo de
energia; Ruído.
06
SILOS DE HOMOGENEIZAÇÃO
A farinha, proveniente da
moagem de cru, é sujeita
a uma última operação
de homogeneização e aí
fica armazenada até à sua
alimentação à linha de cozedura.
Impactos - Impacto visual.
Impactos - Consumo de
energia; emissão de gases com
efeito de estufa; emissão para
a atmosfera de poeiras, SO2,
nOx; Poeiras do “by-pass” do
forno (em alguns casos apenas);
utilização de água (torre de
condicionamento de gases
e arrefecedor de satélites);
Resíduos líquidos e sólidos;
Ruído.
Impactos - Emissão para a
atmosfera de poeiras difusas.
Impactos - Emissão de poeiras
difusas.
12
MOAGEM DE CIMENTO
Uma vez doseado nas devidas
proporções, o clínquer é moído
conjuntamente com cerca de
5% de gesso e outras adições
(materiais cimentícios) para dar
origem aos diferentes tipos de
cimento.
Impactos - Consumo de
energia; emissão para a
atmosfera de poeiras; Ruído.
13
ENSILAGEM DE CIMENTO
O produto é separado e
armazenado de acordo com o
tipo e classe de resistência. A
sua extração é efectuada através
de sistemas de fluidificação
por ar.
Impactos - Emissão para
a atmosfera de poeiras
(insignificante); Impacte visual.
11
ARMAZENAGEM DE ADIÇÕES
As adições destinadas à
produção de cimento (e.g.,
gesso, cinzas volantes, escórias
de siderurgia, calcário)
encontram-se, em geral,
armazenadas em silos ou em
edifícios fechados.
14
ENSACAGEM
O cimento extraído dos silos
é ensacado, ou ensacado e
paletizado, ou ensacado e
colocado em pacotões de
plástico retrátil ou, ainda,
carregado directamente
a granel em camiões-cisterna,
vagões-cisterna, ou navios.
Impactos - Emissão para a
atmosfera de poeiras difusas.
Impactos - Emissão de poeiras.
15
EXPEDIÇÃO
uma vez carregado, o cimento é
expedido por rodovia, caminho-de-ferro, via fluvial ou marítima,
consoante a localização e a
infraestrutura existente na
fábrica.
Impactos - Congestionamento
de tráfego.
CIMPOR
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o desafio
da SUSTENTABILIDADE
04
06
01
07
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15
10
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2011
Processo de Produção de BETÃO
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
EXTRAÇÃO, TRANSPORTE
E ARMAZENAMENTO DE
MATÉRIAS PRIMAS 1
São utilizadas no fabrico do
betão pronto: areias e britas A ,
extraídas de depósitos naturais,
ligantes B , adjuvantes C e
águas - industrial D e reciclada
E .
As matérias primas são
armazenadas segundo as suas
caraterísticas físicas:
- os ligante em silos
- as areias e as britas em baias
e tolvas
- os adjuvantes em depósitos
- as águas (industrial e
reciclada) em tanques e/ou
depósitos.
A fim de se minimizar a emissão
de poeiras para a atmosfera
recorre-se a filtros de cartuchos
nos silos para ligantes, a rega
das britas e zonas de circulação
por aspersão e cabinagem das
centrais.
Impactos - Emissão de poeiras
difusas.
Congestionamento e emissões
de tráfego.
PAG
116
DOSAGEM 2
MISTURA 3
EXPEDIÇÃO 4
TRANSPORTE 5
Na central de betão, utilizando
o computador de processo e
seguindo as receitas com as
dosagens pré-estabelecidas,
são pesadas em básculas
apropriadas as matérias-primas
constituintes de cada tipo de
betão pronto, previamente
definido e encomendado pelo
cliente.
As matérias primas uma vez
doseadas são lançadas na
misturadora F ou diretamente
na betoneira G onde é efetuada
a mistura e homogeneização.
A mistura é efetuada em
ambiente fechado e húmido.
A minimização da emissão de
poeiras é feita com recurso a
sistemas de despoeiramento.
Concluído o processo de
mistura, o betão pronto
é expedido para a obra,
acompanhado com a guia de
remessa.
É efetuada a lavagem do funil
de carga do camião evitandose a queda de betão durante o
transporte
A autobetoneira transporta o
betão pronto H até ao local da
aplicação.
A lavagem dos equipamento
em contato com o betão e
a reciclagem dos resíduos
de betão em instalações (I)
apropriadas, proporciona a
reutilização da água e dos
agregados.
Impactos - Emissão de poeiras
difusas.
Consumo de água.
Impactos - Emissão de poeiras
difusas.
Consumo de energia.
Impactos - Consumo de água.
Impactos - Congestionamento
e emissões de tráfego.
03
CIMPOR
RELATÓRIO
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o desafio
da SUSTENTABILIDADE
B
1
2
A
F
2
3
C
G
4
D
E
H
5
I
PAG
117
CIMPOR
RELATÓRIO
de sustentabilidade
2011
o desafio
da SUSTENTABILIDADE
GLOSSÁRIO
Acidente de trabalho (SO&S): É acidente de trabalho o acontecimento súbito
e imprevisto, sofrido por colaboradores diretos, indiretos ou terceiros, que se
verifique no local (1) e no tempo de trabalho (2) e produza direta ou indiretamente
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na
capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte (a doença provocada por acidente
é distinta da doença profissional).
Alterações Climáticas: Significa qualquer mudança no clima mundial devida à
alteração global da composição da atmosfera, atribuída direta ou indiretamente
a atividades humanas. Esta expressão é normalmente utilizada para designar as
alterações climáticas verificadas pelo aumento da concentração de gases com
efeito de estufa na atmosfera, que se traduzem num aumento gradual da sua
temperatura média.
Ambiente: Conjunto de todas as condições externas que afetam a vida, o
desenvolvimento e a sobrevivência de um organismo.
Avaliação de Impacte Ambiental e Social / AIAS (Environmental and Social
Impact Assessment / ESIA): Instrumento preventivo de análise dos possíveis
efeitos no ambiente e na sociedade de um determinado projeto, que consiste
na realização de estudos e consultas, com a efetiva participação pública, na
identificação de medidas de minimização e compensação, e na análise das
possíveis alternativas. No que diz respeito ao ambiente procura-se mitigar a
poluição e o impacte do projeto sobre os ecossistemas e biodiversidade. Entre
as principais áreas de impacte social incluem-se a saúde pública e a segurança, a
saúde e segurança dos colaboradores, o emprego e o impacte visual das unidades
operacionais
PAG
118
BCSD Portugal | Business Council for Sustainable Development: O Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável é uma organização sem fins
lucrativos, criada em outubro de 2001 pela iniciativa das empresas Cimpor, Sonae e
Soporcel, associadas do WBCSD, em conjunto com mais 33 empresas de primeira
linha na economia nacional. O BCSD Portugal (www.bcsdportugal.org) tem como
missão transpor para o plano nacional os princípios orientadores do WBCSD,
nomeadamente fazer com que a liderança empresarial seja catalisadora de uma
mudança de rumo em direção ao Desenvolvimento Sustentável e promover a
ecoeficiência, a inovação e a responsabilidade social nas empresas. O BCSD
Portugal é, desde a sua criação, membro da rede regional do WBCSD e conta
atualmente com mais de 130 membros.
Biodiversidade: De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD
| Convention on Biological Diversity), “a biodiversidade ou diversidade biológica
significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, incluindo
os ecossistemas terrestres, marinhos e aquáticos, assim como os complexos
ecológicos de que estes fazem parte, e compreende ainda a diversidade dentro das
espécies, entre espécies e ecossistemas”.
Biomassa: Resíduos vegetais e animais utilizados como fonte de combustível
alternativo.
C2S e C3S: Silicatos cristalinos complexos de cálcio e sílica, conhecidos como
silicato bi-cálcico (belite) e tricálcico (alite), que constituem compostos das fases
mineralógicas do clínquer.
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o desafio
da SUSTENTABILIDADE
Calcinação: Processo de tratamento térmico, que se desenvolve a altas
temperaturas, utilizado na produção de clínquer para libertar o vapor de água e o
CO2 do carbonato e tornar o CaO apto às reações químicas.
CEMBUREAU: A Associação Europeia do Cimento (CEMBUREAU), com sede em
Bruxelas, é a organização que representa o setor cimenteiro a nível europeu e tem
como principal finalidade alcançar objetivos comuns dos seus membros através da
sua representação, funcionando como um organismo de lóbi junto das instituições
europeias. Atualmente, são seus membros de pleno direito as associações nacionais
da indústria cimenteira e empresas cimenteiras da União Europeia (com a exceção
de Chipre, Malta e Eslováquia), da Noruega, da Suíça e da Turquia. A Croácia é um
membro associado. A CEMBUREAU tem 28 membros, dos quais 18 são associações
e 10 são empresas cimenteiras.
Cimento: O cimento é um material com capacidade para se ligar a corpos sólidos
(agregados) e que desenvolve presa e endurece após mistura com água (reação
de hidratação). O principal constituinte do cimento é o clínquer, podendo ser
misturado com diversos tipos de materiais para dar origem a diferentes tipos
de cimento. O principal cimento utilizado no mundo é o cimento portland cujos
constituintes são aproximadamente 95% de clínquer e 5% de gesso.
Cinzas Volantes: Produto constituído por partículas muito finas, obtido nas
centrais térmicas por combustão do carvão, arrastado nos gases de combustão e
captado em sistemas de remoção de partículas (electrofiltros ou filtros de mangas).
As cinzas volantes apresentam-se maioritariamente no estado vítreo, sendo
constituídas, essencialmente, por óxidos reativos de sílica e de alumina, revelando
propriedades pozolânicas. Estas propriedades permitem aproveitá-las no fabrico de
cimentos.
Clínquer: Produto intermédio do processo de fabrico de cimento. Trata-se,
basicamente, de calcário que foi submetido a um processo de descarbonatação,
cozedura e arrefecimento brusco.
CO / Monóxido de Carbono: Gás incolor, insípido, inodoro e muito venenoso
resultante da combustão incompleta de combustíveis orgânicos.
CO2 / Dióxido de Carbono: Gás resultante da oxidação completa do carbono e
formado em processos que envolvam combustão, respiração ou decomposição
de matéria orgânica. Tem uma enorme importância para a existência da vida na
Terra, pois o efeito de estufa resultante da sua presença na atmosfera é o principal
responsável pelo nível de temperatura existente.
Colaboradores diretos (SO&S): Colaboradores contratados diretamente pela
empresa, a termo certo ou incerto, a tempo inteiro ou parcial, com horário fixo
ou por turnos e incluídos na folha de remunerações. São incluídos todos os
colaboradores abrangidos pela mesma administração e os das empresas com as
quais existam acordos de gestão / técnicos. Os colaboradores a tempo parcial são
contados como colaboradores a tempo inteiro.
Colaboradores indiretos (SO&S): Colaboradores individuais ou pertencentes a
empresas (empreiteiros e subempreiteiros), que prestam serviços específicos, de
acordo com um contrato verbal ou escrito, quer a curto prazo (construção civil,
limpeza de silos, grandes reparações), quer a longo prazo (equipas de manutenção,
limpeza, cantinas, etc.). Os trabalhadores temporários contratados através de
empresas de Trabalho Temporário, também são considerados indiretos. Todos os
colaboradores são contados como colaboradores a tempo inteiro.
Combustíveis e matérias-primas alternativos: Utilização económica para proteção
ambiental de resíduos como combustível ou matéria-prima no fabrico de cimento
em substituição de combustíveis e matérias-primas convencionais.
Coprocessamento: Termo usado para definir a prática de utilização de
combustíveis e matérias-primas alternativos num processo típico de produção
de cimento em substituição de combustíveis convencionais e matérias-primas
naturais.
PAG
119
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C-S-H: Silicato de cálcio hidratado.
CSI | Cement Sustainability Initiative: A “Iniciativa para a Sustentabilidade do
Cimento” constitui uma iniciativa voluntária de 24 empresas multinacionais do
setor cujo objetivo principal é o de colocar a problemática da sustentabilidade na
agenda da indústria cimenteira internacional. As empresas atualmente envolvidas
nesta Iniciativa são, como Core Members, a CEMEX (México), Cimpor (Portugal),
CRH (Irlanda), HeidelbergCement (Alemanha), Holcim (Suíça), Italcementi
(Itália), Lafarge (França), SGC Cement (Tailândia), Taiheiyo Cement (Japão), Titan
(Grécia), Votorantim (Brasil) e como Participating Members, a Argos (Colômbia),
Cimentos Liz (Brasil), CNBM (China), CRCH (China), Dalmia (Índia), GCC (México),
Intercement (Brasil), Secil (Portugal), Shree Cement (Índia), Sinoma (China), Tianrui
Cement (China), Ultratech Cement (India) e Yatai Group (China).
Desenvolvimento Sustentável: É geralmente definido como “o desenvolvimento
que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações vindouras de satisfazerem as suas próprias necessidades”, tal como surgiu
pela primeira vez no relatório “Our common future”, elaborado pela Comissão
Brundtland das Nações Unidas em 1987.
Doença profissional (SO&S): Doença contraída como consequência de uma
exposição a fatores de risco decorrentes de uma atividade profissional durante
um período de tempo. São consideradas doenças profissionais as que sejam
consequência necessária e direta da atividade exercida pelos colaboradores e não
representem normal desgaste do organismo. Apenas são reportados os casos de
doença profissional de colaboradores diretos.
Ecoeficiência: Conceito desenvolvido pelo WBCSD que conjuga os desempenhos
económico e ambiental, no sentido de criar produtos com maior valor acrescentado
e de menor impacte no meio ambiente. Trata-se de um instrumento de gestão
que tem o objetivo de incentivar as empresas a tornarem-se mais competitivas,
inovadoras e ambientalmente responsáveis.
PAG
120
Ecologia Industrial: Conceito baseado na melhoria da eficiência industrial através
da imitação dos ecossistemas naturais. O objetivo da ecologia industrial é aumentar
a vida útil das matérias-primas e reduzir o impacte no ambiente da atividade
industrial fechando o ciclo dos materiais, tornando o resíduo de uma atividade na
matéria-prima de outra.
Ecologia: Estudo das relações entre os organismos vivos e entre estes e o seu
ambiente. Estudo dos ecossistemas.
Electrofiltro: Equipamento de tecnologia de despoeiramento de gases que utiliza
um campo eletrostático de elevado potencial para carregar as partículas que, uma
vez carregadas eletricamente, aderem às placas laterais de metal no interior do
equipamento. As partículas desprendem-se destas placas através de um sistema
de limpeza que funciona por vibração, caindo numa tremonha que permite a sua
recolha.
EMAS / Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (Ecomanagement
and Audit Scheme): Sistema europeu criado em 1993 e posteriormente revisto
(Regulamento CE 761/2001 de 19 de março) permitindo a participação voluntária
e o registo das empresas industriais com um sistema de gestão ambiental ativo e
funcionando de acordo com esse Regulamento.
Emissões de Poluentes Principais (Main Pollutants’ Emissions Data) (KPI3): é um
indicador que avalia quantitativamente as emissões totais dos poluentes principais,
sendo a informação apresentada em unidades absolutas (t/ano) e específicas (g/t
de clínquer).
ETAR: Estação de Tratamento de Águas Residuais.
Filtro de mangas: Equipamento de tecnologia de remoção de partículas que
consiste, basicamente, na passagem de um gás “sujo”, carregado de partículas
sólidas, por uma membrana filtrante. Esta membrana filtrante é objeto de uma
limpeza regular para separação e recolha das partículas captadas.
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Fingerprint: São as medições pontuais de partículas, NOx, SO2, dioxinas e furanos,
compostos orgânicos voláteis e metais pesados realizadas na chaminé dum forno,
em condições de carga diferentes para estabelecer a sua própria caracterização em
termos de emissões.
Gases com Efeito de Estufa / GEEs: são gases constituintes da atmosfera,
quer naturais quer antropogénicos, com capacidade de absorver e reemitir
radiação infravermelha. O Protocolo de Quioto identificou os principais seis GEEs
responsáveis pelas alterações climáticas: dióxido de carbono (CO2); Metano (CH4);
Óxido nitroso (N2O); Hidrofluorocarbonetos (HCFs); Perfluorocarbonetos (PFCs) e
Hexafluoreto de enxofre (SF6).
Global Reporting Initiative (GRI): Foi lançada em 1997 como uma iniciativa
conjunta da organização não-governamental Coalition for Environmentally
Responsible Economies (CERES) e do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA), com o objetivo de melhorar a qualidade, o rigor e a
utilidade dos relatórios de sustentabilidade. Tem contado com o apoio efetivo e a
participação de representantes da indústria, de organizações não-governamentais,
de órgãos da área da contabilidade, de organizações de investidores e de
sindicatos, entre outros. Todos eles trabalharam em conjunto para atingir um
consenso sobre as Diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade,
com o objetivo de alcançar a sua aceitação a nível mundial. Os relatórios de
sustentabilidade do Grupo Cimpor irão responder de uma forma progressiva aos
princípios gerais da GRI.
IETA Verification Protocol, version 2.0 / 2005: Protocolo desenvolvido pela IETA/
International Emissions Trading Association com o objetivo de permitir a verificação
dos relatórios de emissões anuais das instalações envolvidas no CELE/Comércio
Europeu de Licenças de Emissão (EU ETS) e facilitar uma verificação transparente
e efetiva do ponto de vista do custo das mesmas. Embora este Protocolo de
Verificação possa estar sujeito a alterações resultantes de comentários dos
utilizadores, a IETA encoraja a utilização deste por todas as partes interessadas.
ISO 14000 (Serie): Conjunto de normas internacionais que regulamentam os
sistemas de gestão do ambiente, a avaliação dos ciclos de vida, a auditoria do
sistema, a rotulagem e a avaliação de desempenho do sistema. Foram adotadas
a nível europeu e também nacional. As versões portuguesas das normas são
designadas NP EN ISO 14000.
ISO 14001: Norma Internacional de certificação que permite demonstrar o
compromisso com a proteção do meio ambiente, reforçando a imagem institucional
da empresa e acompanhando a constante evolução do mercado. A norma prevê
requisitos para a gestão mais eficaz dos aspetos ambientais das atividades do seu
negócio, tendo em consideração a proteção ambiental, prevenção da poluição,
cumprimento legal e necessidades socioeconómicas.
ISO 9000 (Serie): Conjunto de normas internacionais que estabelecem um modelo
de gestão da qualidade para qualquer tipo de organização. O conjunto de normas
específica a maneira na que uma organização opera seus padrões de qualidade,
tempos de entrega e níveis de serviço. As versões portuguesas das normas são
designadas NP EN ISO 9001.
ISO 9001: Norma Internacional de certificação que permite demonstrar que uma
organização cumpre com os requisitos estabelecidos e demonstra a sua aptidão
para, de forma consistente, proporcionar produtos e/ou serviços que vão ao
encontro dos requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis, além de aumentar
a satisfação do cliente através da aplicação eficaz do cliente, incluindo processos
para melhoria contínua do sistema e para garantir a conformidade com os
requisitos do cliente e regulamentares aplicáveis.
Local de trabalho (1) (SO&S): Todo o lugar em que o colaborador se encontra
ou deva dirigir-se para desempenhar o seu trabalho e em que esteja, direta ou
indiretamente, sujeito ao controlo do empregador.
Melhor Técnica Disponível / MTD: Estádio de desenvolvimento mais avançado
e eficaz das atividades e respetivos modos de exploração, com vista a limitar ao
máximo o impacte dessas atividades no ambiente.
PAG
121
CIMPOR
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o desafio
da SUSTENTABILIDADE
NOx / Óxidos de azoto: Conjunto de gases produzidos nos processos de
combustão, como resultado, principalmente, da combinação do azoto atmosférico
com o oxigénio e que contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas e para a
formação do Nevoeiro Fotoquímico.
Protocolo de Quioto: O Protocolo de Quioto é o culminar do Mandato de Berlim
e foi adaptado por consenso na 3ª sessão da Conferência das Partes (CoP3) em
dezembro de 1997. Contém as novas metas de redução das emissões de GEEs
(Gases com Efeito de Estufa) para os países do Anexo I no período pós-2000.
OHSAS 18001: Norma Internacional de certificação que permite demonstrar o
compromisso com a saúde e segurança ocupacional. A implantação da OHSAS
18001 retrata a preocupação da empresa com a integridade física de seus
colaboradores e parceiros.
Relatório Brundtland: “Our common future”: Relatório que resultou do trabalho
da comissão nomeada pelas Nações Unidas em 1987, Comissão Internacional para
o Ambiente e o Desenvolvimento, presidida pela ex-primeira-ministra norueguesa,
Gro Harlem Brundtland, também conhecido como Relatório Brundtland. Este
trabalho que definiu, pela primeira vez, o conceito de Desenvolvimento Sustentável,
pretendeu introduzir nas estratégias de desenvolvimento, critérios de justiça social
e de proteção do ambiente.
ONGs / Organizações Não-Governamentais: São organizações sem fins lucrativos
que exercem pressão sobre os governos e sobre as empresas a respeito duma
panóplia temática tão distinta como o desarmamento nuclear, os direitos humanos
ou a proteção ambiental. As ONGs têm, cada vez mais, um papel importante na
representação da sociedade e devem ser encaradas pelas empresas como parceiros
ativos na delineação das estratégias empresariais para o Desenvolvimento
Sustentável.
Resíduos não perigosos: Resíduos que não apresentam características de
perigosidade de acordo com a legislação ou normalização nacional.
Resíduos perigosos: Resíduos que apresentam características de perigosidade de
acordo com a legislação ou normalização nacional.
Partes interessadas: ver “Stakeholders”.
Partículas: 1. Partículas sólidas ou líquidas de pequena dimensão que se encontram
em suspensão em emissões gasosas. 2. Pequenos sólidos suspensos na água, que
podem variar na dimensão, forma, densidade e carga elétrica, e que podem ser
recolhidos por filtração, coagulação ou floculação.
Produto ou material cimentício: Substância que uma vez misturada com água
constitui uma pasta que forma presa e endurece à temperatura ambiente. As
pozolanas naturais ou artificiais são consideradas produtos cimentícios. Produtos
ou materiais cimentícios alternativos, constituídos por subprodutos de outras
indústrias, tais como a escória de alto-forno e as cinzas volantes das centrais
termoelétricas, podem ser utilizados para substituir uma parte do clínquer no
cimento.
PAG
122
Senior Advisory Group: Grupo independente de revisão e aconselhamento
criado mais recentemente no seio da CSI, para assegurar a qualidade e equilíbrio
das questões abordadas nos relatórios intercalar e final elaborados e arbitrar
qualquer conflito que venha a surgir entre as partes. A exemplo do que aconteceu
com o Assurance Group, durante a fase de desenvolvimento do estudo Toward a
Sustainable Cement Industry da Battelle, este grupo é composto por especialistas
reconhecidos internacionalmente, que representam grupos de stakeholders e
diferentes regiões geográficas.
SO2 / dióxido de enxofre: Gás produzido maioritariamente nas combustões e
resultante da combinação do enxofre do combustível ou da matéria-prima com o
oxigénio. É um dos principais responsáveis pela ocorrência das chuvas ácidas.
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o desafio
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Stakeholders (“Partes Interessadas” ou “Grupos de Interesse”) – Indivíduos,
entidades ou grupos que afetam ou são afetados pela atividade da empresa (e.g.,
clientes, fornecedores, colaboradores, acionistas, comunidades locais, comunidade
científica, organizações governamentais e organizações não-governamentais, entre
outros).
Taxa de Cobertura da Medição em Contínuo (Coverage Rate Continuous
Measurement) (KPI2): permite avaliar a percentagem de clínquer produzido em
fornos onde é efetuada a monitorização em contínuo dos poluentes principais
(partículas, NOx e SO2).
WBCSD / World Business Council for Sustainable Development: O “Conselho
Mundial de Empresas para o Desenvolvimento Sustentável” (www.wbcsd.org)
é uma organização criada em 1 de janeiro de 1995 com o objetivo de promover
o Desenvolvimento Sustentável. Tem como membros mais de 200 empresas
multinacionais de mais de 30 países e de cerca de 20 importantes setores
industriais. A rede regional do WBCSD conta atualmente com 60 membros, entre
estes, o BCSD Portugal. O projeto “Rumo a uma indústria cimenteira sustentável”
(Toward a Sustainable Cement Industry) foi realizado sob os auspícios do WBCSD
que tem sido e continuará a ser a plataforma de desenvolvimento da CSI.
Taxa de Cobertura da Medição Global (Overall Coverage Rate) (KPI1): indica a
percentagem de clínquer produzido em fornos onde é efetuada monitorização
(pontual e/ou contínua) dos poluentes principais (partículas, NOx, SO2) e
micropoluentes (metais, PCDD/F e COV’s).
Tempo de trabalho (2) (SO&S): Corresponde ao período normal de trabalho, o que
precede o seu início, em atos de preparação ou com ele relacionados e o que se lhe
segue, em atos também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou
forçosas de trabalho.
Terceiros (SO&S): Qualquer pessoa não incluída nas categorias de colaborador
direto ou indireto. Os terceiros incluem normalmente clientes e visitantes que se
deslocam às instalações, quer tenham sido convidados ou não, e outras pessoas,
fora das instalações da empresa, envolvidas em acidentes com colaboradores
diretos, desde que a empresa assuma a responsabilidade pelo acidente. Também
estão incluídos os condutores ou passageiros envolvidos em acidentes, fora das
instalações da empresa, com veículos motorizados pertencentes à empresa, mas
também e apenas se a empresa assumir a sua responsabilidade.
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de sustentabilidade
2011
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