IMPLANTAÇÃO DO MONOTRILHO COMO PROJETO DE
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IMPLANTAÇÃO DO MONOTRILHO COMO PROJETO DE
IMPLANTAÇÃO DO MONOTRILHO COMO PROJETO DE MELHORIA NO TRANSPORTE PÚBLICO DE BELO HORIZONTE Aline Simim Lima 1 Cleise dos Reis Costa Piazzalunga2 RESUMO Este artigo viabiliza um meio de transporte mais eficiente e adequado a cidade de Belo Horizonte. O transporte público que melhor atende é um sistema de transporte ferroviário, baseado em um único carril, que tem como o seu apoio único o seu trilho, utilizado em países da Europa, Ásia, Austrália, Japão e América. As capitais brasileiras estão com um fluxo de mais de 1 milhão de veículos circulando nas ruas causando quilômetros de congestionamento e aliado a esta problemática os transportes públicos existentes não estão suportando o fluxo da população causando grandes transtornos nas idas e vindas dos brasileiros. Visto a necessidade da ampliação do transporte deficitário para um transporte ágil, eficaz e de respeito para os usuários e a falta de espaços das cidades o monotrilho aéreo é a melhor solução para desafogar o trânsito caótico, a superlotação dos meios públicos e a falta de qualidade nas viagens. Palavras-Chave: Trânsito, Veículos Leves Sobre Trilho, Monotrilho, Transporte Público de Passageiros. ABSTRACT This pre-project enables a more efficient means of transport and appropriate the city of Belo Horizonte. Public transportation that best meets is a rail transport system, based on a single rail, which has as its sole support your track, used in countries of Europe, Asia, Australia, Japan and America. The capitals are a flow of more than 1 million vehicles circulating on the streets causing miles of congestion and allied to this problem existing public transport are not supporting the flow of population causing major disruptions in the comings and goings of the Brazilians. Seen the need to expand the transport deficit to a transport agile, efficient and 1 2 Graduando em Engenharia Civil. Faculdade Kennedy de Engenharia Graduando em Engenharia Civil. Faculdade Kennedy de Engenharia Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 respect for users and the lack of spaces of cities the monorail air is the best solution to ease the chaotic traffic, overcrowding of public funds and the lack of quality in travel. Keywords: Transit, Light Vehicles About Rail, Monorail, Passenger Transport. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 INTRODUÇÃO Uma das cinco capitais brasileiras com mais de 1 milhão de veículos circulando nas ruas (as outras são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba), Belo Horizonte entrou de vez, com rodas e pneus, no clube das cidades que enfrentam trânsito caótico em horários de pico e estrangulamento viário nas principais avenidas e ruas. A perda de tempo, a falta de lugar para estacionar e a irritação que os congestionamentos causam começam a levar a população a ampliar a busca por transporte coletivo. O trânsito seguro é direito de todos os cidadãos brasileiros e dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito no âmbito da União, Estados e Municípios. Esta questão já é um problema de saúde pública nacional (acompanhando a tendência mundial), em função do elevado número de vítimas fatais ou não e do grande volume de recursos despendidos pelos governos e por particulares em consequência dos eventos do trânsito. Os serviços públicos essenciais, de acordo com Martinez (1998 apud GOMIDE,2003): São uma construção social – uma eleição social – que lhes confere a condições de direitos fundamentais e universais que se expressam num contrato social: por excelência, a Constituição. Sem o acesso a estes serviços as pessoas estarão seriamente limitadas para desenvolver suas capacidades, exercer seus direitos, ou para equiparar oportunidades. É o caso do transporte coletivo urbano no Brasil. (Constituição Federal, artigo 30, inciso V). Há muito que se discute sobre a questão dos congestionamentos no trânsito. Aquino Pereira, Pereira e Lopes (2000) colocam sobre as frustações causadas pelo mesmo, a perda de economias, tempo perdido, estresse, poluição desnecessária, acidentes, impactos negativos do automóvel, dentre outros. Ainda que façam obras para melhorar as vias, estas já se encontram saturadas, com poucas possibilidades de expansão. Além disto, o excesso de veículos motorizados (automóveis e motocicletas) têm se tornado insustentável em relação a fatores do meio ambiente e necessidades de deslocamento. Visando a mudança nos padrões tradicionais de mobilidade, em 2012, houve a aprovação da Lei Federal nº 12.587 de 2012, que institui os princípios, os objetivos e as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. De acordo com esta Política Nacional de Mobilidade Urbana (LEI FEDERAL nº12.587, 2012), passa a ser objetivo, dentre outros, a promoção do desenvolvimento sustentável visando a diminuição dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 e cargas nas cidades, bem como a garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana. A falta de planejamento é um dos fatores que torna difícil o deslocamento. Colocam e tiram o mesmo asfalto em poucos meses. Também fazem túneis que depois são destruídos (como na Av. Antônio Carlos); e fazem “alças” de viadutos que são pouco utilizáveis (como no complexo da Lagoinha). Haveria ainda como item para a melhoria do trânsito, o transporte público, grande saída das principais cidades do mundo e, infelizmente, no Brasil, é extremamente deficitário. Esse crescimento exponencial acendeu o pisca-alerta do painel de controle das autoridades responsáveis pelo gerenciamento do trânsito da capital, e termos como rodízio de placas e pedágios para franquear acesso a áreas delimitadas de Belo Horizonte já espreitam o motorista belo-horizontino. Devido ao estado caótico do transporte público em Belo Horizonte e regiões a necessidade de renovação para um deslocamento de qualidade dentro da cidade é inevitável e urgente. O Estado de Minas (2011) verificou as condições dos ônibus da capital e Grande BH e constatou lotação acima do que os rodoviários consideram “limite do conforto”, que é de 33 pessoas em pé, média de cinco por metro quadrado. Até quando o mineiro estará sujeito as condições precárias de transporte público na capital? O preço exorbitante das passagens comparadas a de outras capitais com percursos maiores, não seria o suficiente para garantir um transporte de qualidade e eficiente? Mesmo com mais veículos nos horários de pico, a BHTrans não consegue evitar aglomerações. O trânsito intenso do horário de pico – entre as 6h30 e as 8h e das 17h30 às 19h – não permite que os carros extras cheguem aos pontos juntos. De acordo com o jornal Estado de Minas, (2011) A cena mostra por que BH ocupa a quarta posição em mobilidade urbana, ao lado de Salvador, de acordo com pesquisa da ONG Mobilize Brasil. O motivo de a cidade não ter um rendimento pior se deve ao fato de que 70% da frota têm acesso para deficientes, como elevadores. Na Rua Rio de Janeiro, o pipoqueiro Raimundo Pena, de 54, é testemunha de muitas brigas. “Tem gente que perde 40 minutos e até uma hora. Quando a fila anda, mais pessoas compram. É triste ver todos os dias tanta gente sofrendo para voltar para casa”, disse. Mediante a precariedade do transporte público urbano, especificamente da capital de Minas Gerais percebe-se a necessidade de um meio de locomoção mais eficaz. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Com transito saturado, metrô com sua capacidade máxima em uso, a frota de veículos crescendo consideravelmente, problemas na concepção da malha ferroviária e a crescente demanda de um transporte público de qualidade comprovam a necessidade da implantação de um novo meio de locomoção que atenda a grande demanda da população com rapidez e eficiência. Conforme a Monorail Society (2010), o monotrilho é definido como um tipo de veículo leve sobre trilhos que ao invés de circular em um par de trilhos como as ferrovias tradicionais, circulam em um único trilho que pode ser metálico ou em concreto armado e que podem usar rodas metálicas, rodas com pneus de borracha ou levitação magnética e são movidos a energia elétrica. Além disso, os sistemas monotrilhos são quase que exclusivamente elevados o que reduz os custos e o tempo de implantação além de minimizar os impactos sob o transito das vias já existentes. Segundo Vuchic (2007, apud Garcia (2014), um modo de transporte é definido pelo conjunto particular de seus atributos, agrupados em três classes: direito de via (também nível de compartilhamento ou segregação de via); tecnologia; e tipo de serviço. O objetivo geral deste artigo foi analisar, comparar os sistemas de transporte focando na melhoria do transporte público por meio de vias aéreas rápidas e eficazes capazes de abranger toda a capital de Belo Horizonte no estado de Minas Gerais, aliviando o fluxo do transporte privado evitando rodízios de placas, engarrafamentos e constrangimentos dos mais diversos tipos ocasionados pelo stress nas vias de circulação. E os específicos são propor a expansão do transporte público melhorando a sua qualidade e agilidade; analisar o transporte de monotrilho em Belo Horizonte e descrever as características técnicas do sistema de monotrilho. DESENVOLVIMENTO A mobilidade urbana é um atributo da cidade visando facilitar o deslocamento de diferentes indivíduos e bens no espaço urbano, tendo em vista a complexidade das atividades econômicas e sociais nele desenvolvidas, de forma integrada. (BRASIL ACESSÍVEL, 2006) Ainda de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, da Lei Federal nº 12.587 de 2012, que está fundamentada nos seguintes princípios: Acessibilidade universal; Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais; Equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo; Eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano; Gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana; Segurança nos deslocamentos das pessoas; Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços; Equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e Eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana. Observa-se que a “eficiência, eficácia e efetividade” na prestação dos serviços de transporte urbano é uma necessidade de maiores investimentos em outros modais para o transporte público em Belo Horizonte. Garcia (2014), observa que: O planejamento de transportes não deve se restringir apenas à tarefa de dimensionar um serviço para atender a determinada faixa de demanda. Uma nova linha de transporte não pode ser pensada de maneira isolada, pois sua implantação transforma não apenas a sua área de atendimento lindeiro, mas também o sistema de transporte da metrópole como um todo (principalmente por alterar a maneira pela qual as demais linhas se relacionam em rede). É claro que isso ocorre em diferentes graus de intensidade entre as diversas porções do espaço, e varia de acordo com o porte de cada nova infraestrutura acrescentada. A existência de um serviço de transporte coletivo que garanta a acessibilidade da população a todo espaço urbano, sem distinção de classe social, propiciando o acesso aos serviços sociais básicos e as oportunidades de trabalho, torna-se um importante instrumento de combate à pobreza e de promoção da inclusão social. São nas metrópoles e aglomerações urbanas que se concentra metade da população pobre brasileira, por isso a importância de se minimizar os problemas de transporte urbano e de mobilidade da população. De forma direta, os impactos sofridos pela precariedade dos transportes coletivos urbanos, são as tarifas altas, o ciclo longo das viagens e os intervalos entre os carros, em alguns casos superam o prazo de 1h de espera. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Fonte: IPEA: 2003 p 82. O benefício do vale transporte (VT), é garantido por lei federal deste 1985. Este benefício assegura o deslocamento do trabalhador de sua residência até o local do trabalho (até 6% do salário), cabendo as empresas arcar com o ônus excedente. Dessa forma as empresas optam por trabalhadores de localidades próximas, devido ao alto custo das tarifas dos coletivos intermunicipais. Por isso a necessidade de transportes ágeis, de qualidade e baixa tarifa. A implantação de sistemas de transportes, como o monotrilho, é uma alternativa concreta para a melhoria da mobilidade nos grandes centros urbanos, além de ser um sistema limpo e sustentável. (ANPTRILHOS, 2014). Estudante ou trabalhador, ambos concordam que não é nada agradável perder horas no dia a dia no “freia e acelera” de carros e ônibus que compõe o cenário de toda cidade brasileira, logo no período matutino. É visto que nenhum meio de transporte público é capaz de suprir sozinho a grande demanda de passageiros dos centros urbanos, por isso a necessidade de buscar alternativas para desafogar o fluxo carregado das cidades. Conforme Garcia (2014, p 40), O principal elemento tecnológico que permite a obtenção de menores intervalos, conforme apreendido em documentos oficiais da Companhia do Metrô, é o sistema de controle tipo CBTC (communication based train control) 3. A China é um dos lugares onde mais se implanta sistemas CBTC e, ainda assim, o intervalo do monotrilho da linha 3 de Chongqing não é menor do que 120 segundos. Em artigo publicado em 2012 na Hitachi Review, afirma-se que a linha chinesa – a primeira experiência de implementação do CBTC da Hitachi fora do Japão – foi desenvolvida desde o princípio para incorporar a tecnologia mais avançada de operação automática (driverless operation), permitindo serviços de alta densidade com intervalo entre os trens de apenas 120 segundos. São apontados pelos autores que as taxas de aceleração e frenagem dos monotrilhos são naturalmente mais baixas.4 3 Basicamente, o CTBC é um sistema de controle que permite maior proximidade entre os trens em circulação. A grande novidade é a transformação dos segmentos de controle, até então fixos, em unidades móveis. Com o CBTC é possível determinar a posição dos trens em operação com maior precisão do que a obtida por meio dos métodos convencionais. Com menos erro, é possível diminuir a distância de segurança entre as composições e aumentar a frequência do sistema. (ANTP, 2014). 4 “The nature of monorails vehicles means that their accelerations, decelerations and top speeds are slower than those of conventional underground rolling stock”. Hitachi Review, 2012, p. 350. (ANTP, 2014). Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Tabela 1: Aceleração e frenagem (modos genéricos e linhas de monotrilho). Fonte: ANTP: 2014 p 41 Conforme estudo da ANTP (RELATÓRIO GERAL ANTP, 2015, p 9) divulgado em seu relatório geral, as pessoas percorrem 446 bilhões de quilômetros por ano (cerca de 1,49 bilhões por dia), usando várias formas de deslocamento. A maior parte das distâncias é percorrida nos veículos de transporte público (57,7%), seguido pelos automóveis, nos quais as pessoas percorrem 30,3% das distâncias (gráfico a seguir). Gráfico 1: Distâncias percorridas pelas pessoas, por modo – 2013 Fonte: ANTP: 2013 p.10 Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Os habitantes dos municípios com mais de 60 mil habitantes gastam, por ano, 23,1 bilhões de horas para deslocar-se. A maior parte do tempo é gasta nos veículos de transporte público (49%), seguido pelas viagens a pé (25%) (gráfico a seguir). Considerando que o transporte coletivo representa 29% do total das viagens e consome 49% do total de tempo na mobilidade, fica claro que o usuário deste modo está sujeito a tempos médios de viagem superiores, conforme será mostrado a seguir. (RELATÓRIO GERAL ANTP, 2015, p 11) Gráfico 2: Tempo gasto pelas pessoas na circulação, por modo – 2013 Fonte: ANTP: 2013 p.12 O Brasil tem 22 regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes. Menos de metade delas, têm redes de transporte de alta capacidade implantados. (CNT, 2015). Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Figura 1: Dados informados de transporte e trânsito - Maiores Cidades Brasileiras. Capitais e municípios acima de 500 mil habitantes. Fonte: Site ANTP, Relatórios SIMOB Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Este sistema de transporte reduz o potencial de congestionamento, diminui a poluição sonora, os poluentes atmosféricos, acidentes de trânsitos, tempo de deslocamento auxiliando na melhoria da qualidade de vida humana e qualidade do meio ambiente das cidades. Os poluentes locais considerados são os seguintes: CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos), NOx (Óxidos de Nitrogênio), MP (material particulado) e SOx (Óxidos de Enxofre), conforme definição da CETESB/SP. No caso dos gases do efeito estufa (GEE) foi considerado apenas o CO2 (dióxido de carbono). Os veículos usados pelas pessoas emitem 527 mil toneladas de poluentes locais por ano nos seus deslocamentos. A maior parte (59%) é emitida pelos automóveis, seguida pelos ônibus (22%). (RELATÓRIO GERAL ANTP, 2015) Gráfico 3: Poluentes locais emitidos pelos veículos, por modo – 2013 Fonte: OLIVEIRA: 2009 p 25. Considerando a emissão de CO2, os veículos usados pelas pessoas emitem 29,6 milhões de toneladas de poluentes por ano nos seus deslocamentos. A maior parte (59%) é emitida pelos automóveis, seguida pelos ônibus (36%). (RELATÓRIO GERAL ANTP, 2015) Moreira (2012), presidente da Associação Brasileira de Monotrilhos (Abramon), apresentou uma definição de monotrilho, descrito como um "veículo leve, rápido, confortável, Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 silencioso, confiável, e um dos mais seguros meios de transporte coletivo". Informou que, apoiado sobre pneus em colunas de concreto, o monotrilho é capaz de subir rampas mais íngremes e mais longas, tem raios de curvatura e largura da via menores, podendo ocupar menor espaço viário do que outros modos de mesma capacidade, transportando até 50 mil passageiros por hora/sentido. Oeiras foi a primeira cidade portuguesa a ter um sistema de monotrilho. O SATU (Sistema de Transportes Automático de Oeiras) foi inaugurado em 7 de junho de 2004. Tratase de um sistema automático, sem condutor, elétrico e não poluente. No Brasil, o primeiro sistema de monotrilho a operar foi o da cidade de Poços de Caldas. De propriedade particular, a linha elevada interliga o terminal rodoviário da cidade até a área central, totalizando 6 Km de extensão e 11 estações. Atualmente, o monotrilho está desativado e uma parte da via foi destruída em 2003, impossibilitando o reinício imediato das operações, há planos para a sua revitalização e reativação. Atualmente está sendo implantado na cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Há oito cidades no mundo que utilizam o sistema de monotrilho: Tóquio (Japão); Chongqing (China); Kuala Lumpur (Malásia); Mumbai (ìndia); Dubai (Emirados Árabes Unidos); Sidney (Austrália); Las Vegas (Estados Unidos) e Wuppertal (Alemanha). Conforme pesquisa publicada pela EMBARQ Brasil, (2012), Embora 75% dos entrevistados de cidades com mais de 100 mil habitantes tenham dito que o ponto – ou o terminal – de transporte público está perto (ou muito perto) de suas residências, a justificativa mais citada para o descontentamento com o sistema foi que ele “não permite que as pessoas se desloquem com facilidade por toda a cidade”. Há, assim, o consenso de que o transporte coletivo, feito por meio de ônibus comum, precisa ser mais eficaz do que é atualmente. Uma das alternativas é adotar um sistema abrangente de corredores exclusivos – como o BRT (Bus Rapid Transit) – nos municípios em que a mobilidade é considerada ruim. A escolha do sistema ideal depende da demanda da cidade. Belo Horizonte, através do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (2013) (PlanMob-BH) foi implantado o sistema de BRT (MOVE) nos seus principais corredores. Ainda há bastante controvérsias em sua utilização. Para os habitantes da área central houve melhoras em relação ao tempo gasto, contudo, nos trechos mais distantes alega-se a demora em passar de uma estação para outra e as grandes filas de espera ainda continuam. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Em Belo Horizonte a média de espera pelo transporte público é de 20 minutos e dependendo da região, pode-se ter um intervalo de até uma hora e sem a garantia que o mesmo irá passar. Peduzzi (2012) e Oliveira (2010) colocam que uma das grandes vantagens do monotrilho é a sua implantação em locais onde já não há espaços adequados para o sistema de superfície. Sua implantação é mais barata que o metrô. Há menor índice de ruídos, maior capacidade e conforto que o sistema BRT, dentre outros. Umas das desvantagens encontra-se no custo de sua implantação em relação ao sistema BRT. Conforme Garcia (2014), as linhas inauguradas depois de 20105, e excluindo as linhas de pequeno porte – com menos de 5 km e capacidade abaixo de 10 mil passageiros/ dia – chega-se a uma restrita lista de apenas 12 linhas em operação até meados de 2013, conforme a tabela abaixo. Tabela 2: Linhas de monotrilho com mais de 10 mil passageiros/ hora. Fonte: ANTP: 2014 p 36. 5 Segundo a lista da Monorail Society: http://www.monorails.org/tMspages/Where.html. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Fonte: ANTP: 2014 p 38. Tabela 3: Linhas de monotrilho de maior capacidade em 2013 (existentes, em obras, o em projeto). Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 A tabela 3, contempla os monotrilhos mais pesados (mais de quatro carros) comportam de 400 a 1.000 passageiros. Conforme Garcia (2014), um bom parâmetro para situar os limites do material rodante está nas faixas de capacidade dos veículos de alguns modos de média e alta capacidade, que têm sido mais implantados recentemente (capacidade em passageiros por unidade operacional): BRT (Bus Rapid Transit): 40-150; Metrô Leve (LRT, Light Rail Transit): 110-250; Metrô (RRT, Rapid Rail Transit): 140-2.400. Existe uma proposta, em Belo Horizonte, apresentada pelo Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a criação de projeto do transporte leve sobre trilhos e monotrilhos ligando a MG-010 até Confins e a outra iria para o aeroporto da Pampulha, seguindo pelo bairro Planalto, e que fizesse integração com sistemas de metrô e BRTs. (INFORMES RV&LC, 2014. O TEMPO, 2015). Em entrevista realizada pela revista FEA REVISTA, publicada em dezembro de 2013 na sua 8a edição a engenheiro, Berilo Torres (2013), diretor comercial da Queiroz Galvão, empresa responsável por realizar estudos acerca da eficiência ou não desse modal para as demandas que a cidade exige, ele afirma que são inúmeras as vantagens dentre elas, financeira, prazo da obra (cronograma) e ecológico. Em relação ao custo, sua viabilidade é comprovada visto que seu valor é de três a quatro vezes menor que o custo para implantação de um metrô. Outro ponto importante é que durante o processo de construção poucas árvores seriam retiradas sendo possível fazer o remanejamento das mesmas. E por se tratar de um veículo elétrico é, portanto, não poluente. (BERILO, 2013) Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Figuras 2 e 3 : Paisagismo e Urbanização Plantio de 1 árvore a cada 3 metros Fonte: ANTP: 2014, X Seminário. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Em relação ao curto prazo estimado no cronograma de execução da obra é em virtude de se construir em um ano, cinco quilômetros de corredores (vias onde o monotrilho irá se deslocar). Como grande parte das estruturas seriam montadas nos canteiros centrais das avenidas tem-se, um número reduzido de desapropriações. Tabela 4: Tempo de construção de alguns monotrilhos (grande porte). Fonte: ANTP: 2014 p 48. Torres (2013), afirma que este modal suportaria a demanda de passageiros que Belo Horizonte possui atualmente. “O modal comporta até sete carros, com capacidade para 1070 passageiros, havendo um intervalo de 60 a 70 segundos entre a partida de um trem e chegada de outro”, explica. Torres, também informa ainda que conforme as pesquisas realizadas, Belo Horizonte utilizaria sua capacidade total (sete carros) apenas em 2050. O governo mineiro deve oferecer a sua população um transporte público de qualidade, seguro, confortável, acessível financeiramente e moderno, para que seus habitantes deixem seu veículo particular em suas garagens privilegiando o modal público, desafogando os centros urbanos. Ao perceber as vantagens e principalmente a pontualidade, pois não existe trafego para o mesmo (circula livremente), ao contrário dos BRT’s, que além de não possuírem conforto, contam com o trânsito pesado em suas faixas preferenciais. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Atualmente há empresas fornecedoras do monotrilho, sendo as principais fornecedoras a Bombardier (Bombardier Transportation), Hitachi (Hitachi, Ltd.Global Sales) e Scomi (Scomi Engieering Bhd Group). Suas características técnicas diferem entre si, desde a quantidade de passageiros até a configuração da quantidade de monocarros, como pode ser verificada na tabela 4. Figura 4: Vista em corte de um carro do trem: Fonte: ANTP: 2014, X Seminário. Figura 5: Truque + viga guia: Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Fonte: ANTP: 2014, X Seminário. Tabela 4: Características Técnicas do Monotrilho Característica Bombardier Velocidade máxima (km/h) 80 Menor raio de curva (m) 45 Monocarro: até 139 (Small type to large type) 80 90 65 a 100 50 (Small type to large type) 6,5% Gradiente de elevação Scomi 98 a 440 224 a 350 Capacidade por carro Configurações Hitachi 6 composição 6% carros na Monocarro: até 6% 9 composição carros na Monocarro: até 4 carros na composição Largura dos postes de apoio (m) 0,8 a 1,2 0,8 a 1,5 0,8 a 1,0 Altura típica da via elevada (m) 6a8 6 a 12 6 a 10 Fonte: OLIVEIRA: 2009 p 25. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Figuras 6 e 7: exemplo de um típico monotrilho (esquerda) e um VLT clássico que circula em dois trilhos. Fonte: Monorail Society (2010) Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Monotrilhos pelo mundo. Figuras 8, 9 e 10, Fonte: The Monorail Society, 2014. Las Vegas – EUA Mumbai – Indía Tóquio – Japão Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Figura 11: Mapa rede de metrô / Monotrilhos (SP) Fonte: ANTP: 2014, X Seminário. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Figura 11 e 12: Via Elevada: Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Fonte: ANTP: 2014, X Seminário. Oliveira (2009) também faz um comparativo entre os sistemas de transportes, como podemos verificar na tabela 5. Tabela 5: Comparação entre os sistemas de transporte. Característica BRT VLT (Bus Rapid Transit) (Veículo Leve Sobre Trilhos) 15-40 Monotrilho Metrô 20-50 40-70 80-120 10-30 10-40 15-50 25-80 2.000 2.000 3.000 10.000 25 a 60 25 a 40 40 a 60 40 a 90 70 a 90 (elevado) 60 a 80 60 a 80 75 a 100 Custo médio de implantação (US$/km) Capacidade máxima típica de transporte (mil passageiros /hora) Capacidade mínima típica de transporte (mil passageiros /hora) Velocidade média (km/h) Ruído (db) Maior Conforto Menor conforto (sofre Conforto médio (sofre somente com interferências freadas e semáforos) de com interferências semáforos e trânsito) conforto em (para estações, de menor tempo de trajeto, passageiros podem apreciar a paisagem) Interferência no trânsito Alta Alta Mínima Maior conforto (para somente em estações, menor tempo de trajeto) Mínimo Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 Custo previsto em desapropriação Interferência durante a construção Capacidade de atrair usuários do transporte individual (se elevado) (se subterrâneo) Elevado Elevado Baixo Médio Elevada Elevada Média Baixa Baixa Média Alta Alta Fonte: Oliveira: 2009 p 11. Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 METODOLOGIA A metodologia concentrou-se em pesquisas bibliográficas, através de sites internacionais e nacionais, seminários, livros, revistas e trabalhos de conclusão acadêmicos. CONCLUSÃO O transporte público não é apenas um meio de locomoção, para que satisfaçamos nossas necessidades básicas, mas também é o principal meio que a população em massa utiliza para ter acesso aos serviços essenciais, como educação, saúde, lazer, trabalho e cultura. A carência de um serviço público essencial tal como um transporte de qualidade e eficiente caracteriza-se como uma situação de exclusão. No ambiente urbano, esta exclusão social tem, entre seus principais efeitos os transportes clandestinos. Temos uma Belo Horizonte dividida, entre a porção formal (rica e com infraestrutura) e a ilegal (pobre e distante, caracterizada pela baixa oferta de serviços públicos e ausência de infraestrutura. Dessa forma, acaba ocorrendo um aumento do fluxo de veículos circulando no centro urbano, em que uma parcela da população utiliza de transporte particular de qualidade, acrescida do transporte clandestino que em muitas das vezes são veículos irregulares sem qualquer conforto, qualidade e segurança, aglomerando-se aos transportes públicos carregando o fluxo nas vias principais do centro urbano. A falta de infraestrutura torna-se um problema mais grave, que é exclusão social, ou seja, à privação do acesso aos serviços públicos essenciais, em particular, aos serviços públicos de transporte coletivo urbano. A solução para este problema seria a implantação de outro tipo eficiente de transporte público, o monotrilho que é um mister de tecnologia e serviço. O Monotrilho é um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e poderá ajudar o Brasil a enfrentar a dependência do Diesel. É de fácil percepção constatar como a qualidade dos transportes afeta a qualidade de vida e o financeiro da população em geral. Uma demonstração simples em números; se um indivíduo perde 2h por dia na ida e vinda do trabalho nos dias da semana, ele perde 480h/ano. Se consideramos um salário de R$ 5,00 Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 (cinco reais) por hora ou R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) por mês, teremos um custo social por pessoa de R$ 2.400 (dois mil e quatrocentos reais) por ano, sem o custo da passagem e o custo ambiental. Isto demonstra que a lentidão da locomoção traz ônus elevados a toda a sociedade pois ela fica sem produzir. Um dos mais antigos monotrilhos do mundo, o de Wuppertalna Alemanha, foi construído em 1901 e ainda se encontra em funcionamento. O sistema operacional mais antigo do mundo opera na região do Ruhr, Alemanha. Possui a grande vantagem de poder ser implantado em locais onde o sistema de superfície encontram-se saturados, devido ao pouco espaço que ocupam no chão. Além de contribuir para menor índice de ruídos e redução na emissão de gás carbono em função de serem movidos a energia elétrica, tendo um custo de implantação menor se comparado ao metrô. Diversos aspectos levaram à nossa escolha por essa tecnologia para o atendimento de demandas intermediárias entre aquelas que podem ser atendidas por um corredor de ônibus e aquelas que exigem uma linha de metrô, destacando a capacidade de atender regiões com difícil relevo e alta densidade populacional, comparado ao metrô, sua implantação é bem mais rápida e com um custo 50% inferior, sua estrutura leve gera pouco impacto urbano nas regiões atendidas, tanto do ponto de vista físico, quanto estético, capacidade para transportar mais de 30 mil passageiros por hora, por sentido de movimento e na secção mais crítica da via, permite a integração com outros meios de transporte, o que aumenta e melhora a mobilidade da população. É preciso qualificar o transporte público, com qualidade, conforto, tarifas e intervalos de tempos aceitáveis. O monotrilho pode contribuir para a redução de veículos nas ruas e atrair mais usuários ao transporte público de forma mais efetiva devido ao seu aumento da capacidade de circulação, conforto, segurança e velocidade. Contudo, para que haja mudanças no transporte público e melhorias na mobilidade urbana, é preciso a colaboração e intervenção dos vários níveis de governo (federal, estatual e municipal). Revista Pensar Engenharia, v.3, n. 1, Jan./2015 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANPTRILHOS- (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos). Anuário Metroferroviário 2013/2014. Disponível em: http://issuu.com/anptrilhos/docs/anuario-metroferroviario_2014_02.09#embed. Acesso em 14 de abr, 2015. BRASIL ACESSÍVEL. Caderno de Implantação de Sistemas de Transportes Acessíveis. Nº5. Dezembro/2006 - 1ª edição - Brasília/DF. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/Biblioteca/BrasilAcessivelCader no05.pdf Acesso em 14 de abr, 2015. 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