Aspectos reprodutivos de baiacu, Colomesus - PPG
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Aspectos reprodutivos de baiacu, Colomesus - PPG
Aspectos reprodutivos de baiacu, Colomesus psittacus, Bloch & Schneider, 1801 (Osteichthyes, Tetraodontiformes), capturados na baía de São Marcos, MaranhãoBrasil Orientada: Izana Maria SILVA - bolsista PIBIC/CNPq Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas – DQB/UEMA Orientadora: Zafira da Silva de ALMEIDA Profª. Drª da Universidade Estadual do Maranhão Colaboradora: Nayara Barbosa SANTOS Profª. Mestra da Universidade Estadual do Maranhão A reprodução é o processo pelo qual uma espécie se perpetua, transmitindo a seus descendentes as mudanças ocorridas em seu genoma. O sucesso obtido por qualquer espécies é determinado, em última instância, pela capacidade de seus integrantes reproduzirem-se em ambientes variáveis, mantendo populações viáveis (VAZZOLER, 1996). O estudo da biologia reprodutiva proporciona uma análise mais segura sobre o potencial pesqueiro do ambiente, dessa forma informações sobre o desenvolvimento cíclico das gônadas, tipo, época e local de desova e comprimento (cm) em que os indivíduos entram no processo reprodutivo fazem parte do conhecimento acerca da biologia reprodutiva de uma espécie (SOUSA et al., 2007). Dentre as espécies catalogadas no Maranhão, destaca-se Colomesus psittacus, (Bloch & Schneider, 1801), o baiacu, pertencente à família Tetraodontidae, ocorre em abundância no litoral maranhense, em especial na área da baía de São Marcos (CARVALHO-NETA, 2008). É devido à ausência de estudos sobre biologia reprodutiva, de C. psittacus, em estuários no estado do Maranhão, associado com a abundância e importância dessa espécie. Este estudo objetiva descrever aspectos sobre a biologia reprodutiva de C. psittacus capturadas ao longo da baía de São Marcos- MA. Para cada espécie sobre estudo objetiva-se, descrever macro e microscopicamente os estádios maturacionais; determinar fecundidade e tipo de desova; determinar a proporção sexual das espécies; primeira maturidade sexual; local e período de desova. Os exemplares foram provenientes da compra comercial, sendo adquirido 40 exemplares por bimestre, nos municípios Coqueiro e Estiva no período de agosto de 2011 a junho 2012. Estes foram levados ao Laboratório de biodiversidade e dinâmica populacional de peixes da Universidade Estadual do maranhão, em laboratório foi feita a pesagem e medidas em cada indivíduo e feita uma incisão ventro- longitudinal de cada indivíduo com fins de observar macroscopicamente as gônadas quanto a coloração, volume, vascularização presença ou não de ovócitos assim como o peso das mesmas. Nas análises utilizou somente as fêmeas por ser a oogênese mais complexa que a espermatogênese. As gônadas foram acondicionadas no formol a 10% para análise microscópica e em álcool para análise da fecundidade. Para análise dos dados foi feita relação peso total/ comprimento total e aplicado o testes t de Student (ZAR, 1996) para comparação de diferença estatística, assim também como analisados a proporção sexual e fecundidade. Dos 240 exemplares analisados de C. psittacus variaram entre 09 a 33 cm de comprimento total (CT) e 30 a 770g de peso total (PT). A relação peso/comprimento de espécie C. psittacus, apresentou alometria positiva para sexo agrupado (b= 3,1069; R2= 0,9456) e proporção sexual de 2,2F :1M com diferença significativa mostrou que houve segregação sexual. A primeira maturação (L50) das fêmeas foi de 10,79 cm para os machos e 13,37 cm para as fêmeas sendo esse o tamanho mínimo de captura do estoque. Na analise macroscópica foi possível observar todos os estádios maturacionais (Fig. 1) que foram confirmados pela análise microscópica das gônadas. A partir dessa análise observou-se a presença de lotes de células ovígeras em diferentes fases nas gônadas analisadas. Os ovócitos variaram entre 150-300µm, a partir destes resultados definiu-se que o tipo de desova é parcelada com desenvolvimento assincrônico, a fecundidade da espécie é elevada estimada em 3.715 ovócitos. A análise da relação gonadossamática, fator de condição e frequência dos estádios maturacionais apontaram que a espécies está apta a se reproduzir durante todo o ano, pois foram encontradas fêmeas maturas e desovadas, ao longo de todo o período analisado( Fig. 2). Entretanto, foram observados picos de desova que ocorreram nos meses de dezembro e junho (Fig. 3). Diante destes resultados pôde-se inferir que a baía de São Marcos pode está sendo utilizada como área de crescimento e reprodução de C. psittacus. Esse trabalho serve como base para a implantação de planos de manejo para esta espécie. Figura 1. Estádios maturacionais de fêmeas de C. psittacus: (a) imaturo; (b) em maturação; (c) maturo e (d) esvaziado Fig. 2. Distribuição bimestral dos estádios maturacionais de machos (a) e fêmeas (b) de C. psittacus capturados no período de agosto de 2011 a junho de 2012, na baía de São Marcos- MA. a) 2011 2012 b) 2011 2012 Fig. 3. Valores médios do ∆RGS (a) e ∆K (b) das fêmea de C. psittacus capturados no período de agosto de 2011 a junho de 2012, na baía de São Marcos- MA. Referência CARVALHA-NETA, R. N. CASTRO A. C. L. Diversidade das Assembléias de Peixes Estuarinos da Ilha dos Caranguejos. Arquivos de Ciências do Mar, p, 48-57, 2008. SOUSA, L. de G.; CHELLAAPPA, S.;GURGEL, H de C. B. biologia reprodutiva do peixe – donzela, Stegastes fuscus Cuvier, em recifes rochosos no nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Zoologia. V. 24, n. 2, p. 419 – 425, jun. 2007. VAZZOLER, A. E. A. de M., Biologia da reprodução dos teleósteos: teoria e prática. São Paulo: SBI/EDUEM, 169p. 1996. ZAR, J. H. Biostatistical analysis. 3 ed. Ed. Prentice-Hall International INC. 662p, 1996.
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