A Família Salvatoriana Unida a Serviço da Vida à Luz de

Transcrição

A Família Salvatoriana Unida a Serviço da Vida à Luz de
“A Família Salvatoriana Unida
a Serviço da Vida
à Luz de seus Fundamentos”
160 nascimento
130 ordenação
90 morte
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Índice
Apresentação ...................................................... p. 03
1. Nosso chamado e Carisma ............................... p. 05
2. Nossa Missão ................................................. p. 14
3. Nossa Vida no Espírito
.................................... p. 20
4. Nossa colaboração .......................................... p. 28
Celebração Final ................................................. p. 36
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Oração ao
Pe. Francisco Maria da Cruz Jordan
Senhor Jesus Cristo, Salvador do mundo,
em todos os tempos chamas homens e mulheres que,
a exemplo dos apóstolos, se empenham
para que todos te conheçam e encontrem
em ti a salvação.
Escolheste Francisco Jordan como zeloso
e fiel servidor do anúncio apostólico.
Pela intercessão de Maria, Mãe do Salvador,
te pedimos: dá também a nós,
como a teu servo Francisco, uma grande
confiança em teu amor de Pai,
zelo apóstólico pelo teu Reino,
dedicação no serviço aos irmãos e irmãs
e coragem para te seguir.
Pela intercessão de teu servo Francisco,
atende nossos pedidos fé ajuda-nos em
nossas necessidades.
Amém!
Oração à
Bem-aventurada Maria dos Apóstolos
Bem-aventurada Maria dos Apóstolos,
Tu foste enriquecida por Deus com os
dons da natureza e da graça e te
dedicaste inteiramente à propagação do
Reino de Jesus Salvador, por todas as
partes do mundo.
Alcança-nos de Deus a graça de seguir
teu exemplo na vivência do Evangelho e
dedicação ao serviço da Igreja,
colaborando na salvação da humanidade.
Amém.
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APRESENTAÇÃO
Neste livrinho apresentamos quatro roteiros para reflexão e
uma celebração.
Neste ano, as reflexões tomam como tema de fundo a
Declaração da Família Salvatoriana. A idéia motivadora é: Família
Salvatoriana à luz de seus fundamentos.
Eis os títulos dos roteiros:
1º Encontro: Nosso Chamado e Carisma
2º Encontro: Nossa Missão
3º Encontro: Nossa Vida no Espírito
4º Encontro: Nossa Colaboração
Desejamos, com isso, oferecer esses subsídios como uma
forma de aprofundarmos nosso sentido de Família Salvatoriana,
em torno desses quatro elementos sugeridos pela Declaração, que
resumem nossa vida como herdeiros espirituais dos ideais de Pe.
Jordan e Madre Maria, bem como fazer crescer nosso sentido de
pertença.
Que o Divino Salvador ilumine a todos e os abençoe!
Cada grupo se sinta livre para usar os textos da maneira que
melhor convier.
Com nosso abraço fraterno,
Ir. Lourdes Maria Mantovani
Ir. Eny Xavier
Pe. Deolino Pedro Baldissera
CIS – Projeto 4 – Espiritualidade Salvatoriana
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INVOCAÇÕES SALVATORIANAS
C. Jesus, Salvador do mundo
T. Senhor tende piedade de nós
C. Santa Maria, Mãe do Salvador
T. Rogai por nós
C. São José
T. Rogai por nós
C. Todos os Santos Apóstolos
T. Rogai por nós
C. Bem-Aventurada Maria dos Apóstolos
T. Rogai por nós
C. Todos os santos e santas
T. Rogai por nós
C. Pela intercessão do Pe. Francisco Maria da Cruz Jordan, concedenos a graça de te glorificar sempre e em todo lugar e de te tornar
conhecida, ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém.
Bênção de Pe. Jordan
Abençoe-vos Deus Todo Poderoso:
Pai, Filho, Espírito Santo. Ele vos santifique,
confirme e multiplique como a areia do mar e
como as estrelas do céu, até o fim dos tempos.
Amém!
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Leitor 5: A Família Salvatoriana inteira partilha a responsabilidade
de promover a compreensão mútua e o crescente sentido de identidade
comum, participando de encontros, diálogos e projetos comuns. Nossos
líderes coordenam a interação entre nós, promovendo a consciência
de nossa identidade e universalidade como Família Salvatoriana, e o
compromisso de solidariedade entre os três Ramos.
ORAÇÃO (em dois coros)
Coro 1: Enquanto ainda houver sobre a terra um único ser
humano que não conhece a Deus e não O ama sobre todas as
coisas, não poderás sossegar um instante sequer. Enquanto
Deus não for glorificado em toda parte, não poderás sossegar
um instante sequer. Enquanto a Rainha do céu e da terra não
for enaltecida em toda parte, não poderás sossegar um instante
sequer.
Coro 2: Com a graça de Deus, nada seja difícil demais para
ti: nem sacrifício, nem cruz, nem sofrimento, nem solidão, nem
aflição, nem perseguição! Tudo posso naquele que me fortalece.
Nem traição, nem infidelidade, nem frio, nem desprezo, nada
arrefeça o teu zelo!
Coro 1: Mas, tudo por Ele, com Ele e para Ele. Todos os povos,
tribos, nações e línguas, glorificai o Senhor, nosso Deus! Ai de
mim, Senhor, se eu não te anunciar aos homens e às mulheres!
Coro 2: Ajuda-me, Senhor, mostra-me os caminhos! Sem Ti
nada posso. Espero tudo de Ti. Esperei em Ti, Senhor, não serei
confundido para sempre. Reza sempre, com profunda humildade
e com a máxima confiança. Nada te impeça de fazê-lo.
Todos: Amém!
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Nosso Chamado e Carisma
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“A Família Salvatoriana, Unida a Serviço da
Vida, à Luz de seus Fundamentos”
TEXTO BÍBLICO
Ler texto Jo 17, 1-10: “A vida eterna é esta: que eles te
conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e aquele que enviaste
Jesus Cristo”.
Introdução
Mergulhado no interior do texto de Jo 17,1-10, vamos
percebendo a relação filial de Jesus com o Pai. O verdadeiro Deus
e o verdadeiro homem que se manifesta na ação de Jesus Salvador.
É necessário alargar a compreensão da vida na sua dimensão de
eternidade, aprendendo e conhecendo o Deus verdadeiro que é Pai
e ama a humanidade e entrega seu Filho para dar vida e vida em
abundância.
Jesus foi enviado para revelar, manifestar aos homens e
mulheres o “nome”, isto é, a Pessoa do Pai. É próprio do Pai amar,
e ele prova seu amor entregando seu Filho único por nós. Para crer
que Jesus é verdadeiramente o Filho é necessário o reconhecimento
do amor.
Jesus, na Oração Sacerdotal, reza ao Pai e pede pelos
discípulos e discípulas de todos os tempos. ‘Sacerdotal’, porque
Jesus se relaciona com o Pai como Sacerdote e Vítima precisamente
no momento em que está para realizar a entrega a Ele de sua vida e
missão. Ele reza pela finalidade central de sua missão: A Glória de
Deus e a Salvação da humanidade.
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Chegou a hora de glorificar, de revelar o Pai, no esvaziamento
total de si mesmo, prova de seu amor e fidelidade absoluta ao Pai e à
missão que dEle recebeu. Jesus é a revelação do amor de Deus Pai,
Criador, Salvador e Santificador. Ele é Luz do mundo. De todo este
envolvimento e movimento de Jesus com seus discípulos e discípulas
nasce a Igreja, Povo de Deus.
Para Pe. Jordan, a missão essencial da Igreja, que a Família
Salvatoriana deve abraçar, consiste em experienciar e proclamar a
glória do Pai, que é também a glória do Filho, no Espírito Santo. Daí
a descrição que o Fundador faz da Missão da Família Salvatoriana:
“manifestar a todos e glorificar em toda parte Deus Pai, seu Filho
Jesus Cristo e o Espírito Santo”.
DEUS FONTE DE VIDA
A busca do sentido da vida é uma característica forte em
nossos tempos. As pessoas hoje não aguentam mais a fragmentação
introduzida pelo secularismo, porque o espírito tem sede de uma força
integradora que unifique a vida. A pessoa fragmentada e dividida perde
fôlego no core-corre, no dia a dia da vida, caindo com frequência no
estress e desespero. A vida pouco a pouco perde seu sentido. Por isso,
vemos hoje muito empenho na construção de espiritualidades que
tenham uma ação integradora da vida e missão das pessoas.
A proposta do Espírito de Deus presente no Carisma
Salvatoriano é exigente e atual. Como Família Salvatoriana no hoje
de nossa história, somos interpelados/as por uma necessidade de
realizarmos uma releitura e redescoberta permanente do carisma. Pe.
Jordan sonha com uma obra apostólica através da qual as pessoas de
todos os lugares do mundo e de todos os níveis sociais podem unir
suas forças para a evangelização dos povos. Deus age na história
porque quer comunicar vida e que todos a tenham em abundância.
O nosso carisma tem uma proposta significativa para os dias
de hoje. Embutido no sonho de Jordan está uma visão apostólica que
tem força e vitalidade para nós, para a Igreja e a sociedade. É uma
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Pai. Jesus Cristo, que veio para dar a vida por todos, é fonte e centro
de nossa espiritualidade. Com Maria, sua Mãe, anunciamos a outros
o Salvador que experienciamos em nós mesmos. O Espírito Santo
nos guia e ilumina na caminhada.
Leitor 2: Em nossa meditação e contemplação da Palavra de Deus, à
luz da realidade e na celebração dos Sacramentos, integramos nossa
vida e ação. Agindo assim, nós nos empenhamos em viver nossa
vocação à santidade, encorajando outros a fazer o mesmo.
Leitor 3: Manifestamos a bondade e a ternura amorosa de Deus, quer
em nossa missão, quer no modo de nos relacionarmos como Família
Salvatoriana. Na oração e no diálogo, procuramos compreender-nos
mutuamente, dispostos a nos perdoar uns aos outros.
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Comentarista: Nós, enquanto Família Salvatoriana, fazemos parte
de um único corpo. Por isso, nos esforçamos para uma mútua
colaboração. Recordemos o que nos dizia Pe. Jordan:
“Fomentem ao máximo a caridade mútua para que… se apresentem
como companheiros dos Apóstolos, aplicando a si mesmos as
palavras de nosso Mestre supremo, Jesus Cristo… : “Dou-vos um
novo mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos
tenho amado.” (Regras para o Primeiro Grau da Sociedade Apostólica
Instrutiva, 1882).
Leitor 4: Como Família Salvatoriana, procuramos oferecer um
testemunho visível, como homens e mulheres, com culturas e histórias
distintas, trabalhando lado a lado em missão. Nutrimos confiança
mútua e respeito pelas diferenças existentes entre nós, aprendemos
uns com os outros e valorizamos a contribuição que cada um e cada
uma é capaz de oferecer para nossa vida e missão.
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Comentarista: Nossa Missão é proclamar a palavra de Deus, levandoa a todos os lugares: ”….proclamai a Palavra de Deus, insisti no tempo
oportuno e inoportuno, repreendei, suplicai e exortai com toda paciência
e doutrina. Ide e, com perseverança, dizei ao povo todas as palavras de
vida eterna”. (Pe. Jordan, Regra de 1884). “Sim, todos nós precisamos
adquirir, mais e mais, esse espírito apostólico.” (Madre Maria, Carta,
28 de junho de 1900).
Leitor 4: Seguindo as pegadas do Salvador, a exemplo dos Apóstolos,
somos chamados(as) a viver e anunciar o amor incondicional de Deus,
dando continuidade à obra salvífica de Jesus, anunciando a salvação
a toda criatura e a libertação de tudo aquilo que constitui uma ameaça
à vida plena (cf Mt 28,19-20; Mc 16,15).
Leitor 5: Nossa experiência pessoal e comunitária de salvação é a
energia dinâmica e propulsora de nossa missão.
Leitor 6: Alimentamos nosso amor à Igreja e nela atuamos com
consciência profética, como testemunhas do Evangelho. A exemplo
de Pe. Jordan e Madre Maria, conscientes de que a vocação de todas
as pessoas batizadas consiste em ser uma força viva na Igreja, para a
construção de um mundo mais justo, formamos e apoiamos lideranças
a serviço da evangelização.
Comentarista: Nossa vida no Espírito nos dá uma espiritualidade
própria: “Meu Salvador e meu Redentor, eu me lanço em teus braços.
Contigo, para Ti, por Ti e em Ti quero viver e morrer.” (Pe. Jordan,
DE I 9; 15 de novembro de 1875).
“Sim, rezemos e trabalhemos com zelo para que se cumpra a vontade
de Jesus, ´venha o teu Reino.” (Madre Maria, Carta, 20 de maio de
1901).
Leitor 1: Nossa espiritualidade individual e comunitária, vivida na
realidade do mundo, se fundamenta em nossa experiência de Deus
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visão integradora, universal e inculturada. Esta visão é capaz de ser
uma luz para a missão cristã no mundo moderno e pós-moderno,
oferecendo uma alternativa enraizada na proposta, sempre boa e
nova, do Evangelho de Jesus Salvador.
VISÃO INTEGRADA
A visão apostólica de Jordan brota da sabedoria de Deus. A
vida somente tem sentido quando está enraizada no Deus da Vida.
Por isso, João 17,3 forma a base da espiritualidade de Jordan e da
Família Salvatoriana. A partir de uma experiência fundante com o
Deus único e verdadeiro, ele vive de maneira integrada sua missão
na Igreja e no mundo. Paixão apostólica e busca da santidade estão
integradas, criando uma energia vital em oposição à fragmentação,
alienação, subjetivismo, intimismo e destruição da vida.
Quando nossas energias jorram da fonte da vida, nossas
atividades favorecem a unidade e não a fragmentação, a vida tem
sentido e a mensagem do Evangelho oferece uma verdadeira
resposta para hoje. Nós, Família Salvatoriana vivendo o carisma,
acreditamos que João 17,3 nos apresenta uma chave de ouro para uma
espiritualidade que responde as necessidades e as buscas de hoje.
Jordan vibra com o desejo de que as pessoas façam sua
própria experiência de Deus vivo. Ele sabe que o ser humano precisa
conhecer o Deus verdadeiro profundamente para ser íntegro e sadio
e assim seja salvo. Jordan não sossega enquanto existir uma pessoa
percorrendo caminhos que levam a deuses falsos. Ele nos ensina que,
quando enraizados/as no Deus verdadeiro, a energia que nos vem
dEle nos torna evangelizadores/as no aqui, no agora e no ainda não.
VISÃO UNIVERSAL
Uma imagem expressiva de hoje que fala do mundo em que
vivemos é da aldeia global. É descritiva de um mundo onde podemos
assistir o drama da vida e morte em qualquer canto, como se fosse
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a casa do vizinho. A tecnologia da comunicação avançou tanto que
nada escapa ao seu alcance. Assim, tornamo-nos telespectadores
sem sair do sofá ou da tela do computador. Sabemos de tudo, mas
não necessitamos nos envolver em nada. Podemos ficar seguros/as e
isolados/as atrás das grades de nosso mundinho. Nesse isolamento,
nossos preconceitos aumentam e provocam mais e mais medo de
abrir o portão e sair livremente.
A globalização toma conta da economia de nossa aldeia
global, orientando tudo na ótica do capital, do consumo e do
imediato. A visão de Jordan é globalizante, mas com o olhar de Deus
e não do dono do capital que marginaliza e exclui. A universalidade
e abertura do Carisma Salvatoriano se alicerça no amor gratuito de
Deus Salvador que provoca envolvimento e participação de todos na
vida sem exclusões. Todos os povos e nações têm direito ao respeito
e à vida plena. A vida, também do planeta, é valorizada e promovida
com carinho. O amor de Deus para com todos os seus filhos/as é
o fundamento para o relacionamento fraterno entre nós. A visão do
Amor Universal é uma resposta de salvação libertadora para toda a
Família Salvatoriana e para a aldeia global em que vivemos, para que
possa ser um espaço digno e solidário para a vida de toda a criação.
VISÃO INCULTURADA
A sabedoria do mundo proclama que tudo é relativo, que
os valores permanentes não existem mais, inclusive a própria vida
que passa a ser descartável. Assim, o compromisso e a fidelidade
são posturas ultrapassadas, vividas por pessoas ou grupos que não
acompanham o ritmo da vida moderna. A felicidade instantânea e a
gratificação imediata são super valorizadas. É comum fugir do difícil,
quer seja nos relacionamentos, quer no trabalho ou em qualquer outra
área da vida.
Diante desta realidade, Pe. Jordan apresenta uma visão
incultura que orienta nossa vida. Dois caminhos se apresentam a nós
para discernir: As verdades divinas ou eternas nascem do conhecimento
e experiência do Deus único e verdadeiro. E aprendemos dEle que a
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Ordenou que anunciássemos, com destemor, ao povo toda palavra
de vida eterna, anunciando e escrevendo a todos, sem cessar, a
doutrina celeste.
Concede-nos, Deus de amor, que sejamos sempre fiéis a este
ardoroso apelo apostólico de nosso Fundador.
Dá-nos, pois, a tua luz para podermos discernir os desafios da hora
presente, amor suficiente para encará-los de frente, e confiança para
buscar soluções adequadas. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!
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Comentarista: Recordemos brevemente os fundamentos que
trouxeram para nós, maior consciência de nossa pertença à Família
Salvatoriana e compromisso com nosso carisma e missão. “A vida
eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e
aquele que enviaste Jesus Cristo”(Jo 17,3).
Leitor 1: Movido por uma profunda experiência de Deus, pela situação
da Igreja e pela realidade de seu tempo, Pe. Francisco Maria da Cruz
Jordan foi tomado por um urgente desejo de que todas as pessoas
conhecessem o Deus único e verdadeiro e, em Jesus, o Salvador,
experimentassem vida em abundância. Sua visão foi de unir todas as
forças apostólicas da Igreja para que amem e proclamem Jesus como
Salvador de um mundo carente de Deus.
Leitor 2: A Família Salvatoriana é uma expressão do carisma, dom
do Espírito Santo dado a Pe. Jordan, a serviço da Igreja.
Leitor 3: Hoje, a Família Salvatoriana é formada por três ramos
autônomos: a Sociedade do Divino Salvador, a Congregação das
Irmãs do Divino Salvador, e a Comunidade Internacional do Divino
Salvador. Estamos unidos por nosso compromisso comum com a
missão sonhada por nosso Fundador, formando uma mesma família
de zelosos apóstolos e apóstolas, que anunciam a todos a salvação
manifestada em Jesus Cristo (Tt 3,4).
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celebração:
A FAMÍLIA SALVATORIANA CELEBRA
À LUZ DE SEUS FUNDAMENTOS
“A Família Salvatoriana, Unida a Serviço da
Vida, à Luz de seus Fundamentos”
Ambiente: Cada grupo pode livremente criar o
ambiente para esta celebração usando a criatividade. Algumas sugestões
para ajudar: ter presente alguma imagem ou estampa do Pe. Jordan,
Madre Maria e de Simão (se possível). Uma vela para simbolizar a luz
do carisma, uma bíblia e a Declaração da Família Salvatoriana. Cada
grupo pode escolher os cantos segundo seu repertório e intercalados
nos diversos momentos. Por exemplo um inicial, depois da reflexão e
no final.
INICIANDO A CELEBRAÇÃO
Comentarista: Nossa celebração de hoje será um momento em que
retomaremos alguns aspectos de nossa reflexão feita através dos quatro
roteiros propostos sobre os fundamentos da Família Salvatoriana.
Neles, nós refletimos sobre alguns aspectos de “Nosso Chamado
e Carisma,” de “Nossa Missão”; de “Nossa Vida no Espírito” e de
“Nossa Colaboração”. Vamos agora, juntos, iniciar este momento
celebrativo: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Oração de abertura (todos)
Senhor, nosso Deus, que queres que todos se salvem e que
cheguem ao conhecimento da verdade.
Nosso Fundador insistiu conosco para que ensinássemos todos os
povos, sobretudo os pequeninos, a que conheçam a ti, Deus único e
verdadeiro e aquele que enviaste, Jesus Cristo.
Ele nos conclamou a proclamar a tua palavra insistindo no tempo
oportuno e inoportuno, suplicando, exortando
com toda paciência e doutrina.
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vida não é descartável. O outro pólo necessário para o discernimento
é a criatividade e flexibilidade no uso de todos os modos e meios
para o anúncio do evangelho que é prioritário e, ao mesmo tempo,
tem que ser atualizado de acordo com o momento histórico e cultural
- “sinais dos tempos”. Assim, os valores permanentes são priorizados
e desafiam o conceito de que tudo é relativo. Jordan não recua diante
das dificuldades da caminhada. A inculturação do evangelho exige
sensibilidade, criatividade e coragem para enfrentar as resistências
que sempre acompanham este trabalho.
A vivência do Carisma Salvatoriano nos dá a certeza de
que esta resposta contém uma energia capaz de gerar mais vida no
momento atual e nos próximos séculos. Assim, essa visão inculturada
desafia a cultura e faz crescer as sementes da verdade já presentes
nela.
NOSSO CHAMADO E CARISMA
Vejamos na Declaração da Família Salvatoriana o que se diz
sobre nosso chamado e carisma:
 “A vida eterna é está que eles te conheçam a ti, o Deus único e
verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo” (Jo 17, 3).
 Movido por uma profunda experiência de Deus, pela situação da
Igreja e pela realidade de seu tempo, Pe. Francisco Maria da Cruz
Jordan foi tomado por um urgente desejo de que todas as pessoas
conhecessem o Deus único e verdadeiro e, em Jesus, o Salvador,
experimentassem vida em abundância. Sua visão foi de unir todas
as forças apostólicas da Igreja para que amem e proclamem Jesus
como Salvador de um mundo carente de Deus. Ele incluiu pessoas
de todas as idades e níveis sociais, trabalhando juntas em todas as
partes em com todos os modos e meios.
 A Família Salvatoriana é uma expressão do carisma, dom do
Espírito Santo dado a Pe. Jordan, a serviço da Igreja. Nossas raízes
comuns remontam à Sociedade Apostólica Instrutiva, fundada por
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Pe. Jordan no dia 8 de dezembro de 1881, em Roma. Os primeiros
membros eram padres diocesanos. Teresa Von Wullenweber
(mais tarde bem-aventurada Madre Maria dos Apóstolos) uniu-se
à Sociedade em 1882. Grande número de leigas e leigos, de todas
as idades, se uniu a esta fundação.
 Hoje, a Família Salvatoriana é formada por três ramos autônomos:
a Sociedade do Divino Salvador, a Congregação das Irmãs do
Divino Salvador, e a Comunidade Internacional do Divino
Salvador. Estamos unidos por nosso compromisso comum com
a missão sonhada por nosso Fundador, formando uma mesma
família de zelosos apóstolos e apóstolas, que anunciam a todos
a salvação manifestada em Jesus Cristo (Tt 3,4). Assim como o
projeto original de Pe. Jordan evoluiu ao longo do tempo, estamos
abertos ao Espírito, onde quer que ele nos conduza no futuro.
 Vivemos nosso chamado na igualdade e complementaridade, de
acordo com nossos diferentes estados de vida, dons e culturas.
FONTES SALVATORIANAS - Dados biográficos de Pe. Jordan
De Junho de 2008 a junho de 2009, celebramos o ano de
Jordan: 160 anos de nascimento de Jordan, em Gurtweil; 130 anos
de ordenação, em 21 de julho de 1878; e 90 anos de seu nascimento
para a eternidade. Portanto, por ocasião destes três aniversários, foi
declarado o “Ano de Padre Jordan”.
Assim podemos contemplar alguns pontos da vivência de
Jordan. Em 1885, em seu Diário Espiritual, ele escreveu: “A Divina
Providência me criou”. Sua vida é marcada pela pobreza, trabalho
duro e uma confiança inabalável em Deus. Sua família também era
muito pobre. Durante anos a pobreza era tal que impediu aos jovens
pais, Notburga Peter Von Buhl e Lorenço Jordan, a constituírem seu
próprio lar. Eles se casaram apenas uma semana antes de João Batista
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ORAÇÃO
Senhor Jesus, como Pedro gostaríamos de dizer,
“eu me despojarei da vida para Te seguir”.
Esse é nosso desejo!
Pela resposta que deste a Pedro, percebemos que é algo sério e
comprometedor, esse desejo exige mais que entusiasmo e
belos discursos, é necessário compromisso e aceitação
da própria fraqueza que leva a negação de Ti.
Contudo, mesmo que isto seja difícil, estamos
dispostos a ir caminhando contigo neste mundo
que é bem diferente daquele do tempo de Pedro.
Hoje nossos desafios são outros. Porém continua
difícil, como foi para Pedro e os demais
apóstolos, viver o amor mútuo.
Temos mais tecnologia e conhecimentos científicos
sobre tudo o que existe, mas ainda não resolvemos
este grande impasse: viver o amor mútuo.
Ele é possível, tantos já comprovaram isso, mas nós
ainda lutamos por conquistá-lo.
É preciso vivê-lo!
É aí onde mora nosso problema.
Por isso queremos te pedir a força do teu amor que superou a
morte, para que possamos realizar o desejo de despojarmos de
nossa vida por Ti no amor.
Dá-nos este presente e assim seremos mais salvatorianos
e salvatorianas, anunciadores de Ti ao mundo
como nosso Salvador!
Amém.
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da Imprensa de Constança. Exerceu ainda o cargo de promotor e
tesoureiro das Conferências de São Vicente de Paula, promotor da
revista semanal “Família Cristã”, e outros.
Amigo inseparável de Jordan, filia-se, aos 31 de junho de
1881, oficialmente, ao II Grau da Sociedade Apostólica Instrutiva.
A cruz não o frustrou, mas pelo contrário, forjou nele a têmpera de
incansável apóstolo leigo. Faleceu em Constança, com 92 anos de
idade, aos 31 de março de 1951 , enaltecido pela imprensa alemã
como ardoroso apóstolo leigo.
É fácil reconhecer nele a marca da espiritualidade salvatoriana,
conforme testemunha a imprensa da época: “Profunda humildade,
ação silenciosa e pia confiança na bondosa Providência de Deus
ornaram sua vida”; “Toda sua vida foi um constante acolher e irradiar
a bondade e o amor de Deus”. Um autêntico Leigo Salvatoriano.
PARA REFLETIR
 Como membros da Família Salvatoriana, ouvindo a advertência
que Jesus fez a Pedro sobre o amor mútuo como condição para a
eficácia apostólica, o que nos impede de viver o amor mútuo?

Como integramos os sofrimentos cotidianos na dimensão do
Seguimento de Jesus?
 Como expressamos o sentido de pertença enquanto membros da
Família Salvatoriana? Como você vive isso na prática?
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nascer. Seu irmão Martinho já contava quase 5 anos. Jordan nasceu
em 16 de junho de 1848, às 08:00 horas da manhã. Sendo batizado
no dia 17 às 07:00 horas da manhã na Igreja paroquial de Gurtweil.
Foram testemunhas os padrinhos Anton Jordan, solteiro, e Theresia
Jahle, bem como Josef Muller Sigrist.
Na escola, ele era um menino dotado, aplicado, bom, vivo,
disposto para aprontar artes. Depois que saiu da escola, João Batista
decidiu aprender a profissão de pintor e decorador, com ajuda de um
pintor de Waldshut. Continuava a prática religiosa e foi o período em
que amadurecia nele a decisão de consagrar sua vida ao sacerdócio.
Contando já 21 anos de idade, não podia ingressar na primeira série
de um Ginásio; precisava encontrar um professor particular. O Pe.
Nagele lhe deu aulas de Grego e Ciências e o Pe. Weber lhe ensinava
Latim. Este observou que Jordan era extraordinariamente aplicado e
manifestava grande talento para as línguas. Sendo que o estudante era
pobre, seu professor Gottfried Nagele encontrou uma benfeitora. No
segundo semestre de 1870, Jordan entrou no “Ginásio” de Constança.
Aos 11 de agosto de 1874 recebeu o certificado do Segundo Grau.
A seguir, Jordan iniciou os estudos na Universidade de
Friburgo, Alemanha, que concluiu com melhores resultados. O
Diretor Litschgi mencionou Jordan nominalmente em seu relatório
semestral: “Jordan se destaca pela sua especial piedade e humildade
e pelo seu extraordinário talento no estudo de línguas. Assumiu mais
de cinquenta línguas estrangeiras para estudar, algumas ele fala,
e grande parte ele aprendeu a ponto de traduzir”. No seu Diário
Espiritual utiliza 12 línguas.
Como estudante universitário, Jordan iniciou, em 01 de julho
de 1875, o seu Diário Espiritual, que ele abriu com o lema de Santo
Inácio: “Tudo pela maior glória de Deus e pela salvação das almas”.
Jordan passou por altos e baixos antes da sua ordenação: Finalmente,
aos 21 de julho de 1878, anotou: “Sejam dadas infinitas graças a
Deus, eternamente, porque hoje Ele se dignou receber seu indigno
servo na Ordem do Presbiterato. Amém”.
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Devido às leis da Kulturkampf vigente na Alemanha, o
neo-Sacerdote João Batista Jordan celebrou sua Primeira Missa em
Dottingen Aargau/Suíça, na paróquia do Pe. Jean Pfyffer, aos 25 de
julho de 1878: “Como pároco de Dottingen, tive a honra de servir
como Pai Espiritual do querido neo-Sacerdote. Sua conduta plena de
dignidade, seja na Igreja como fora da mesma, causou as melhores
impressões. A gente pressentia que este neo-Sacerdote seria uma
grande personalidade”.
Já no Seminário começara a luta de Jordan na busca de clareza
diante de Deus quanto a sua vocação como Fundador de uma Obra
de Evangelização, até que, pouco depois de sua Ordenação, podia
anotar: “Funda a Sociedade Apostólica e fica tranqüilo em todas as
tribulações”!
Jordan fundou a SDS em 08 de dezembro de 1881 e foi seu
Superior Geral por 34 anos. Sob sua direção, ela se expandiu na
Europa, na Ásia e na América. Ele queria muito fundar também um
ramo feminino que tivesse o mesmo nome e objetivos. Em 1888, foi
fundado o ramo feminino, sob a direção de Maria dos Apóstolos,
como Co-Fundadora e primeira Geral.
Nem sempre é fácil para uma jovem Sociedade conservar
os seus membros e preservá-los em meio às tempestades internas
e externas. Mais tarde, o Fundador dizia: “Que tempos aqueles!
Internamente ainda nada estava consolidado; de fora vinham os
ataques; se Deus não tivesse estado conosco, a Sociedade não existiria
mais; a Ele nossa gratidão!”. Em 1911, os Salvatorianos receberam
a aprovação definitiva da Santa Sé e as Irmãs, a primeira aprovação.
Pe. Jordan viu coroada a Obra de sua vida.
Com sua oração e sofrimento, Pe. Jordan acompanhava a
Sociedade durante os terríveis anos de guerra, confiando-se, bem
como seus membros e sua obra, à Divina Providência.
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Desde criança, Simão faz a dolorosa experiência da cruz.
Em poucos anos perde os pais e os irmãos. Em 1861, falece a mãe.
Simão tem, então, 3 anos de idade. As duas irmãs gêmeas falecem
com poucos anos de vida. Em 1868, com 10 anos, perde também o
irmão, André e, quatro dias depois, também o pai. É muita cruz para
uma frágil criança!
O juiz e os parentes pensam em interná-lo numa escola
agrícola. Mas Simão é franzino demais para isto. Por isso o deixam
provisoriamente com um parente, Francisco Deggelmann, até ser
confiado, definitivamente, à tutela de Carlos Egenhofer, residente ali
mesmo, em Reichenau. Simão ajuda o tutor no cultivo da beterraba.
Cerca de 10 anos mais tarde, no outono europeu de 1871,
com 13 anos de idade, Simão entra no Ginásio de Constança. Ali
ele conhece o estudante João Batista Jordan, 20 anos de idade, seis
classes à frente. Tornam-se colegas de escola e amigos. Ambos
pensam em ser padres. Aliás, fora exatamente por causa disto que seu
novo amigo havia largado o pincel de pintor.
Entretanto, enquanto o amigo Jordan continua decididamente
seus estudos, Simão se vê forçado a abandonar os estudos por
problemas de saúde. Ele mesmo se explica, mais tarde: “Minha fraca
visão e as constantes dores de cabeça me forçaram, em 1875, a deixar
o Ginásio”. De 1875 a 1878 frequenta a Escola de Comércio, em
Genebra, Suíça. Em dois alistamentos sucessivos, em 1878 e 1879, é
declarado inapto para o serviço militar.
De 13 a 16 de setembro de 1880, participa, com o amigo
Jordan, do XXVII Congresso Católico, em Constança. Cheio de ardor
apostólico, filia-se ao Comitê Local do Apostolado da Imprensa. Com
tino administrativo, administra, durante 50 anos, a Associação pró
Terra Santa, em Constança. É também co-fundador da Associação
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Em nível internacional, a colaboração é promovida
mediante reuniões entre as lideranças e encontros das comissões
conjuntas, e pelos capítulos gerais dos Padres e Irmãos, das
Irmãs e pelas reuniões da Coordenação da Comunidade
Internacional do Divino Salvador, que ocorrem no mesmo
ano.
v Os líderes de cada um dos três Ramos colaboram na
tomada de decisões que envolvem diretamente toda a Família
Salvatoriana.
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Depois de um longo tempo de enfermidade, Pe Jordan faleceu
no dia 08 de setembro de 1918 em Tafers. Foi enterrado na igreja
paroquial de Tafers, Friburgo. Em 1956 seus restos mortais foram
levados para a Casa Mãe em Roma, onde se encontra na Capela a ele
dedicada.
PARA REFLETIR
 Em que circunstância você percebe que os falsos valores
influenciam sua vida, comunidade e missão?
 Você se identifica com o Carisma Salvatoriano? Como você se
percebe envolvido/a por ele?
Conclusão
Como seguidores de Pe. Francisco Jordan e Madre Maria
dos Apóstolos, imbuídos de seu espírito missionário, assumimos
esta Declaração como expressão de nossa identidade como Família
Salvatoriana. Pedimos a intercessão de Pe. Jordan e de Madre Maria,
para que cada um e cada uma de nós assumam a vocação salvatoriana
com zelo e gratidão.
FONTES SALVATORIANAS - DADOS BIOGRÁFICOS DE
sIMÃO dEGGELMANN
Como já temos conhecimento, a Família Salvatoriana se
constitui pelos três ramos: os padres e irmãos, as irmãs e os leigos
e leigas salvatorianos. Conhecemos Pe. Jordan, o inspirador inicial;
Madre Maria, sua fiel seguidora e iniciadora junto com ele das Irmãs
Salvatorianas. Vamos conhecer agora o primeiro leigo salvatoriano
que aderiu ao projeto de Jordan. Ele é Simão Deggelmann.
Há 150 anos, aos 27 de abril de 1858, em Oberzell, às margens
do Lago de Constança, na bucólica Ilha de Reichnau, Alemanha,
nascia Simão Deggelmann, futuro leigo salvatoriano. Seus pais, um
veterano da guerra de 1813, e Maria Ana Okle, tiveram quatro filhos:
André nascido em 1852, duas meninas gêmeas e Simão.
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 A visão apostólica de Pe. Jordan é integradora, universal e
inculturada. Como você trabalha essas dimensões em sua vida e
missão?
ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus Único e Verdadeiro,
renovai em nós o Espírito de Sabedoria,
para que aprendamos a discernir e distinguir
os verdadeiros valores evangélicos
como fazia Pe. Jordan,
para sermos verdadeiros/as discípulos/as
de Jesus Salvador na vivência e
testemunho de nosso chamado e carisma.
Amém.
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Nossa Missão
2
“A Família Salvatoriana, Unida a Serviço da
Vida, à Luz de seus Fundamentos”
TEXTO BÍBLICO
Ler o texto Mt 28,19-20; Mc16,15: “...vão e façam que todos
os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinado-os a observar tudo o que
ordenei a vocês”.
INTRODUÇÃO
Refletir sobre o fundamento de nossa missão e poder beber de
uma das fontes mais significativa do nosso carisma são motivos de
louvor e gratidão. Louvor pelo dom do carisma doado por Deus à Igreja
por meio de Pe. Jordan. E gratidão pelo empenho de muitas pessoas
que trabalharam anos para que esses fundamentos se tornassem um
indicador significativo para a Família Salvatoriana. Este encontro
tem por objetivo abrir um espaço para reflexão, oração e apropriação
do sentido mais profundo da nossa Missão Salvatoriana.
Jesus Ressuscitado - ponto central da fé e da
missão
“Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus
havia indicado” (v.1). A comunidade convocada se reúne na Galiléia,
local do primeiro anúncio do Reino. Ao ver Jesus, os discípulos se
ajoelham numa atitude de adoração. Mas há gente que ainda duvida
(v.17). À boca miúda, as pessoas perguntavam: O que significa crer
na ressurreição? O que tem a ver Jesus de Nazaré com o Senhor
Ressuscitado? Perguntas como essas deixam entrever que as coisas
não eram passivas na comunidade de Mateus.
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“Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros, assim
como eu vos tenho amado.” (Regras para o Primeiro Grau da
Sociedade Apostólica Instrutiva, 1882).
 Como Família Salvatoriana, procuramos
oferecer um
testemunho visível, como homens e mulheres, com culturas e
histórias distintas, trabalhando lado a lado em missão. Nutrimos
confiança mútua e respeito pelas diferenças existentes entre nós,
aprendemos uns com os outros e valorizamos a contribuição
que cada um e cada uma é capaz de oferecer para nossa vida e
missão.
 Ainda que os três Ramos sejam autônomos, é na vivência da
interação que expressamos nosso carisma. Colaboramos uns com
os outros em novas iniciativas onde os dons de cada um(a) se
fazem necessários e, sempre que possível, auxiliamos os outros
Ramos em seus apostolados e atividades.
 A Família Salvatoriana inteira partilha a responsabilidade de
promover a compreensão mútua e o crescente sentido de identidade
comum, participando de encontros, diálogo e projetos comuns.

Nossos
líderes
coordenam
a
interação
entre nós,
promovendo a consciência de nossa identidade e universalidade
como Família Salvatoriana, e o compromisso de solidariedade
entre os três Ramos:
v Em nível nacional, nos países onde há membros de dois ou mais
Ramos da Família Salvatoriana, a colaboração é promovida por
encontros de suas lideranças e por uma equipe de coordenação
nacional com representantes de cada Ramo.
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é demais para alguém que estava cheio de ousadias. Pedro precisa
manter os pés no chão, pois a vida é feita de ideais sim, mas sem
perder os horizontes terrenos e aceitar fazer o percurso da conversão
que vai passar pelos fracassos humanos. Entrar na dinâmica de Jesus
precisa preparar-se para passar pelo caminho do Getsemani e da cruz.
“As grandes obras nascem à sombra da cruz” (Pe. Jordan). Só depois
de assimilados esses sofrimentos, o amor entusiástico amadurece e
pode levar ao despojar-se de si mesmo. Pedro precisava disso. Não
havia seguido o mestre ainda até o fim! Seria a dor da perda do mestre,
a perseguição e o sofrimento onde ele aprenderia o que significa
despojar-se. Ninguém se despoja da própria vida se não for por algo
maior que ela. Ninguém dá a vida se não for por uma causa maior e
por uma certeza que vai além dela. Seguir Jesus para aprender com
ele o que é isso: despojar-se de si mesmo.
Tornar-se verdadeiro discípulo
Tornar-se verdadeiro discípulo de Jesus é percorrer seu
caminho aprendendo com ele a respeito da vida e de seu sentido.
Ninguém se torna discípulo de Jesus sem estar com Ele. “Quem não
tem o espírito de Cristo não lhe pertence” (DE II,63,02).
Ninguém é auto-suficiente neste aprendizado. É só na
experiência com Ele, percorrendo sua trajetória e amando como Ele.
Ninguém se torna discípulo por conta própria. “Tu és minha força e
meu rochedo; Tu és o Salvador do mundo” (DE II 48,06).
Nossa colaboração
O documento da Declaração da Família Salvatoriana assim
nos fala a respeito da colaboração entre os três ramos:
 “Fomentem ao máximo a caridade mútua para que… se
apresentem como companheiros dos Apóstolos, aplicando a si
mesmos as palavras de nosso Mestre supremo, Jesus Cristo…:
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Para ajudar a comunidade na busca da resposta, Mateus
procura fazer uma catequese a fim de que as pessoas seguidoras de
Cristo possam amadurecer na fé. E com base na tradição mais antiga,
cujo núcleo é que Jesus foi constituído Senhor na Ressurreição e na
prática do batismo.
O evangelista apresenta três aspectos fundamentais da
revelação de Jesus Ressuscitado:
Autoridade: “Toda autoridade foi dada a mim no céu e sobre
a terra” (Mt 28,18). Em Jesus se manifesta o poder divino e universal.
Ele é o Senhor da História. “Tudo foi feito por meio dEle, e, de tudo
o que existe, nada foi feito sem Ele” (Jo 1,3).
Envio: “Portanto, vão e façam com que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e
do Espírito Santo” (Mt 28,19-20). O Ressuscitado é o mesmo Jesus de
Nazaré. Sua palavra não é nova. Seu poder é novo, Ele tem autoridade
divina. O anúncio missionário é um anúncio em defesa da vida em
todas as suas dimensões (desde a não operacionalização de embriões
até as questões ecológicas). Todos são chamados a participar de uma
nova comunidade, que se compromete a viver de acordo com o que
Jesus ensinou: praticar a justiça (MT 3,15; 5,20) defender e assumir
a causa dos pobres.
Presença contínua: “Eis que eu estarei com vocês todos os
dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20b). Jesus garante sua presença
no meio daqueles que põem em prática sua palavra que é vida, luz,
caminho, solidariedade e perdão. Ele está presente também na dureza
de nossa caminhada com a força de sua Ressurreição.
Assim como as Comunidades de Mateus, que foram chamadas
para aprofundar sua fé em Jesus Ressuscitado, também a Família
Salvatoriana, hoje, é convocada a dar um passo de qualidade no
aprofundamento de sua fé e de seus fundamentos e a desenvolver
uma consciência missionária. A missão faz parte de nosso ser
salvatoriano.
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Nossa Missão
Vejamos o que a Declaração da Família Salvatoriana apresenta sobre
nossa Missão:
 “...proclamai a Palavra de Deus, insisti no tempo oportuno e
inoportuno, repreendei, suplicai e exortai com toda paciência a
doutrina. Ide e, com perseverança, dizei ao povo todas as palavras
de vida eterna”. (Pe.
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Jordan, Regra de 1884).
 “Sim, todos(as) nós precisamos adquirir, mais e mais, esse espírito
apostólico.” (Madre Maria, carta, 28 de junho de 1900).
 Seguindo as pegadas do Salvador, a exemplo dos Apóstolos,
somos chamados(as) a viver e anunciar o amor incondicional de
Deus, dando continuidade à obra salvífica de Jesus, anunciando a
salvação a toda criatura e a libertação de tudo aquilo que constitui
uma ameaça à vida plena (cf Mt 28,19-20; Mc 16,15).
 Nossa experiência pessoal e comunitária de salvação é a energia
dinâmica e propulsora de missão.
 Alimentamos nosso amor à Igreja e nela atuamos com consciência
profética, como testemunhas do Evangelho. A exemplo de Pe.
Jordan e Madre Maria, conscientes de que a vocação de todas
as pessoas batizadas consiste em serem uma força viva na Igreja
para a construção de um mundo mais justo, formamos e apoiamos
lideranças a serviço da evangelização.
 Nosso espírito de universalidade se expressa de todos os modos e
meios que o amor de Deus inspira.
v Estamos abertos aos clamores e desafios da época em que
vivemos, permitindo que os sinais dos tempos nos revelem os
modos e meios de agir.
v Envolvemos outras pessoas em nossa missão, e colaboramos com
quem se compromete com a promoção da verdade, da justiça e da
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e salvatorianas somos convidados a crescer no amor para sermos
capazes do despojamento que Pedro disse estar disposto a fazer. Esta
é a condição para ser discípulo e missionário de Jesus.
Refletindo sobre o texto
Ser reconhecido no amor
A experiência humana nos diz que a necessidade mais
profunda, mais desejada do coração humano é o amor. Ele é mais
importante mesmo que o alimento que nutre o físico. Sem o amor
a vida não deslancha, se fecha num mundo infeliz. Deixa a pessoa
sem rumo e sem vontade de viver. Deprime e mata o elã. Quando o
amor falta, a pessoa se torna violenta, quer conquistá-lo à força, é
capaz de verdadeiras loucuras. Ninguém sobrevive por muito tempo
se não se sentir amado. O maior desequilíbrio humano é causado pela
falta do amor. Podemos suportar a fome de pão sem perder o gosto
pela vida, mas não suportamos a falta de amor, porque ele mata a
vida e seu sentido. E o amor só pode ser saciado na relação com o
outro, ninguém consegue amar sozinho, para amar precisa de alguém.
Por isso Jesus insiste com os apóstolos que façam isso não só para
sobreviverem, mas também para se tornarem reconhecidos como
discípulos dele. Este é um convite para nós, Família Salvatoriana,
sermos reconhecidos no amor.
Despojar-se da vida
Despojar-se da vida. Eis um grande problema. Fácil de dizer,
difícil de viver. Pois a vida é o bem mais caro que temos, por isso
não abrimos mão dela facilmente. Temos um apego visceral à vida,
sem ela deixamos de ser e isso nos amedronta. Pedro disse a Jesus
que estaria disposto a isso, certamente que não tinha consciência do
quanto isso seria difícil para ele. No entusiasmo da experiência que
fazia com Jesus, achou-se capaz disso. Jesus, conhecedor melhor das
coisas da vida, alerta a Pedro que essa sua inspiração poderia até se
realizar, mas antes disso ele iria negá-lo três vezes. Essa advertência
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Nossa colaboração
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“A Família Salvatoriana, Unida a Serviço da
Vida, à Luz de seus Fundamentos”
TEXTO BÍBLICO
Ler o texto Jo. 13, 34-38: “Amai-vos uns aos outros, ... nisto
reconhecerão que sois meus discípulos”.
Introdução
Neste encontro vamos refletir sobre nossa colaboração entre
os três ramos da Família Salvatoriana. O texto bíblico que nos inspira
hoje é o que lemos acima, Jo.13, 34-38. Nele aparece o pedido de
Jesus aos apóstolos para que se amem mutuamente. É no amor que
eles serão reconhecidos como seguidores de Jesus.
Pedro quer saber para onde Jesus vai. No seu entusiasmo
ainda pouco profundo, diz a Jesus que vai com ele imediatamente
para onde Ele for, disposto a despojar-se da própria vida. Jesus lembra
a Pedro que terá um longo caminho até chegar a esse despojamento,
vai mesmo negá-lo três vezes antes mesmo que amanheça o dia.
O evangelho não nos diz qual foi a reação de Pedro diante
desta predição de Jesus. Poderíamos imaginar que tenha ficado
profundamente chocado e frustrado. Foi um balde de água fria em
cima de seu entusiasmo ainda principiante. Contudo, Jesus conforta a
ele e os demais discípulos, dizendo que não se perturbem e não deixem
o coração ficar abatido, pois na casa do Pai há muitas moradas.
O que os discípulos precisam revigorar neles é o amor mútuo.
Sem isso não se tornarão credíveis. Por isso, nós salvatorianos
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defesa da vida, fazendo a opção preferencial pelos pobres e por
aqueles e aquelas cuja dignidade humana não é reconhecida.
v Tornamos as verdades eternas da Palavra de Deus e nossa fé
acessíveis às pessoas de qualquer cultura, raça, etnia, classe
social, nacionalidade e religião.
v Vivenciamos o espírito de diálogo em ambiente inter-culturais,
inter-religiosos e inter-confessionais.
v Cada Ramo da Família Salvatoriana expressa nossa missão
comum de acordo com sua vocação específica.
Refletindo nossa Missão à luz do Documento
de Aparecida
Leitor 1 - A missão, antes de ser tarefa a realizar, é VIDA. Antes de ser
enviado(a) em missão, é necessário existir, ser chamado(a) à vida. Por
isso, Deus nos amou antes da criação do mundo. Somos chamados(as)
à vida pelo próprio Deus como pessoas de sua confiança conforme
seu projeto e enviados(as) como discípulos(as) e missionários(as)
em missão permanente. “Em tudo que fizeres ame muito o Salvador”.
Nessa expressão de amor, Madre Maria comunica que todo nosso
ser e agir dever ser missionário, apostólico e comprometido com a
defesa da vida, porque, quem ama Jesus não se acomoda.
Leitor 2 - Nossa missão salvatoriana é um jeito especial de amar as
pessoas, é uma ação pastoral missionária envolvente e comprometida
com a formação de novas lideranças, isto é, formar discípulos
e missionários a serviço da vida. Atentos aos sinais dos tempos e
abertos aos clamores e desafios da época histórica em que vivemos.
Leitor 3 - O Documento de Aparecida nos interpela a todos, cristãos
e pastores. Cobra coerência com as promessas e o imperativo da Boa
Nova. Pede para que os discípulos e discípulas tenham um olhar atento
sobre a realidade nos aspectos sócio, cultural, econômico, político,
ético, ecológico e eclesial diante dos desafios novos e herdados (33h 17 g
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97). Nessa realidade, a missão dos discípulos(as) missionários(as)
é sempre explícita: uma missão transformadora, integral, específica,
contextual e universal.
Formule uma breve oração com elementos da Espiritualidade
Salvatoriana.
Todos - Mateus diz aos membros de suas comunidades que Jesus as
envia para “os confins do mundo”. Hoje, a Família Salvatoriana à luz
do Documento de Aparecida, é chamada a uma nova compreensão
da missão. “A missão nos conduz para o coração do mundo, onde os
discípulos missionários são chamados a abraçar a realidade urgente
dos grandes problemas econômicos, sociais e políticos da América
Latina e do mundo” (148).
Oração – UMA ASPIRAÇÃO (Madre Maria)
Textos Salvatorianos
 “...procurando animar, ...todas as forças vivas da Igreja no
desempenho de sua vocação cristã” (CIP 20,6).
 “...Se vocês um dia pudessem empreender uma viagem... Ali
vocês veriam uma miséria tal de estarrecer o coração... Pagãos...
Crianças que morrem de fome... Mulheres expostas à brutalidade...
Escravos... Massas de gente cheias de sujeira e miséria, pecados
e vícios... Fome, miséria, sofrimento e dor... Vocês não têm pena
de todos esses infelizes, pelos quais Jesus derramou seu sangue
da mesma forma como o fez por vocês?”. (O Missionário CIP 11,
30-31).
 “Ó Sociedade Apostólica... Transforma as nações e comove os
que não crêem! Conduz, ensina e santifica a todos” (MM CIS
43,61).
Senhor, quando ouço falar em missões, sinto em mim um
grande impulso, tanto amor, tanta ansiedade, que
só então experimento em mim.
Meus anos vão se encurtando, meus cabelos branqueando,
mas este amor no coração não enfraquece, sempre cresce.
Uma coisa só almejo, servir às missões eu tanto desejo.
Fazer algo pelas missões! Alguma coisa muito especial.
Quem me deu este fervor? Quem me deu tão grande ardor?
Não vem ele do meu Salvador, E a ele também me conduz?
A ti me entrego inteiramente para tudo o que quiseres.
Na humildade, ocultamente, qual pobre instrumento teu.
E quando a morte me prostrar, direi que tudo aconteceu!
O que na vida me acompanhou, tudo assim se realizou.
Meus anseios se realizaram, tu, ó Deus,
bondoso me olhando estás!
Para refletir
v Como a Missão Salvatoriana é interpelada pela realidade de
hoje?
Muitas almas serão salvas, teu Reino,
ó Deus, crescendo está!
v Conte uma experiência do lugar onde você vive que expresse o
anúncio explicitamente de Jesus Ressuscitado?
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alegria. Diz que Pe. Jordan lhe causou a impressão de ser um humilde,
verdadeiro e fervoroso apóstolo. Estes sentimentos, Teresa os expressa
através de um poema “uma inspiração”. Na nova Sociedade, Teresa
poderá realizar plenamente sua vocação. No ideal de Pe. Jordan, ela
encontra a resposta às suas aspirações missionárias, que há muito
vem buscando.
v Em meio à realidade onde nos encontramos, como podemos nos
comprometer com a justiça social?
Aos 05 de setembro de 1882, Teresa faz seus Primeiros Votos.
Ela é a primeira mulher a ser admitida no Primeiro Grau da Sociedade.
Em Neuwwerk, ela é promotora do Terceiro Grau, divulga a revista “O
Missionário” e outras publicações. Mais tarde ela promove também o
“Sodalício Angélico” para crianças.
Oração
O tempo vai passando e, entre muitas lutas, chega o dia 08
de dezembro de 1888. Após um Retiro de oito dias, Teresa se torna
o primeiro membro da Congregação das Irmãs do Divino Salvador,
recebendo o nome de Irmã Maria dos Apóstolos.
Madre Maria escreveu diversos poemas, nos quais descreve
seus anseios, sua fidelidade na busca da realização da vontade de
Deus a seu respeito, seu ardor missionário, seu amor à Igreja e a
audácia com que assume o ideal da Família Salvatoriana.
Na noite de Natal de 1907, após a Missa da meia noite, o
Divino Salvador a chamou a si. E, no dia 13 de outubro de 1968,
Madre Maria dos Apóstolos é beatificada pelo Papa Paulo VI. Seus
restos mortais encontram-se na capela da Casa Geral das Irmãs
Salvatorianas em Roma.
para Refletir
Que elementos da Espiritualidade Salvatoriana fazem parte de
sua espiritualidade?
Como a Espiritualidade Salvatoriana o motiva na missão como
Família Salvatoriana?
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v Como salvatoriano(a), que lugar ocupa em sua vida a Missão
Salvatoriana?
Senhor Deus, Pai e Criador, glorificamos e bendizemos Teu
nome por nos ter presenteado com Jesus Salvador, fonte de
toda vida e causa de nossa alegria.
Tu és, Senhor, a Luz em nossos corações, por isso, te pedimos:
ajuda-nos como Família Salvatoriana a discernir os “sinais
dos tempos” e a respondermos com generosidade os apelos da
Igreja que convoca todos os batizados para:
• o encontro com Jesus Cristo a fim de descobrir o sentido
mais profundo da própria vida e do compromisso com
Ele;
• a conversão pastoral, crer nEle pela ação do Espírito Santo.
Decidir ser seu amigo e destemidamente ir ao encontro das
pessoas;
• o discipulado que como pessoa amadurece constantemente
no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre, se
aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo e de
sua doutrina;
• chamados a viver em comunhão como Igreja “casa e
escola da comunhão”, onde os discípulos e discípulas
compartilham a mesma fé, esperança e o amor a serviço da
missão evangelizadora;
• Senhor, Tu que és a Vida, fortalece a fé da Família
Salvatoriana para que possamos estar sempre atentos à
Tua voz.
Envia-nos como missionários e missionárias para o
coração do mundo. Amém!
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Nossa Vida no Espírito
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“A Família Salvatoriana, Unida a Serviço da
Vida, à Luz de seus Fundamentos”
TEXTO BÍBLICO
Ler o texto: At 2, 42-44: Eram perseverantes em ouvir o
ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão
e nas orações. ...sinais que os apóstolos realizavam. ... todos os que
abraçavam a fé eram unidos e colocavam em comum.
NOSSA ESPIRITUALIDADE SALVATORIANA
Contemplando e mergulhando na fonte das primeiras
comunidades cristãs, percebemos muitos sinais de vida nova. Sentimos
presente ação do Espírito Santo que ilumina e guia as comunidades
no Espírito de Jesus. Daí compreende-se como o Espírito é a memória
sempre renovada e atualizada do que Jesus disse e fez. O Espírito
está presente na vida e na história das comunidades cristãs.
Pela ação do Espírito Santo, a Palavra se faz carne (Lc 1, 35).
Traz alegria para Maria e Isabel (Lc 1,41). Desce sobre Jesus na hora
do batismo (Mc 1,10). Unge-o para a missão de Messias (Lc 4,18).
Empurra-o para o deserto (Lc 1,12). Na força deste mesmo Espírito,
Jesus volta para a Galiléia e começa a ação evangelizadora (Lc 4,14)
é nele que Jesus se alegra quando vê os pobres aceitarem a Palavra
de Deus (Lc 10,21). É este Espírito que Jesus promete como o grande
dom messiânico ( At. 1,5.8; Jo 14,26). Ele realiza a profecia de Joel
(At 2,17-18). “Oxalá todo o povo de Javé fosse profeta e recebesse o
Espírito de Javé” (Nm. 11,29).
No dia de Pentecostes, este Espírito inaugura a nova
humanidade ( At. 2,4.33; 4,31). A partir deste momento é o Espírito
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a família participa de uma Missão Popular, pregada pelos Jesuítas.
Junto a eles busca conselho e ajuda. Com isso vai se formando seu
espírito missionário, a atração “por tudo o que é Missão”.
Teresa e suas irmãs receberam educação e instrução no
próprio Castelo paterno, particularmente da mãe e do pai, dos Padres
da Paróquia e da Professora, que chega ao Castelo para dar aulas. Aos
15 anos, Teresa dá continuidade aos seus estudos no Internato das
Irmãs Beneditinas, em Liège, Bélgica. Ali a religião está em primeiro
plano, permeando todas as disciplinas: matemática, contabilidade,
história, inglês, literatura, gramática, alemão, economia e corte e
costura.
A vocação à Vida Religiosa foi fortalecida pela experiência
de Deus. Teresa percorreu um longo caminho em sua vida até chegar
a uma decisão madura: “Eu lia, de preferência, no santo Evangelho,
como, no tempo de Jesus, os Apóstolos e as piedosas mulheres
trabalhavam juntos para Cristo. Eu aspirava entrar num convento
assim, com fins missionários. Eu não conseguia encontrar isso em
lugar algum; procurava, procurava”.
Teresa faz a experiência em algumas congregações, mas
nenhuma corresponde aos seus anseios. Ela, no entanto, não desiste
de suas buscas. Reza e espera, até que no dia 12 de abril de 1882,
lê no jornal, um anúncio da Sociedade Apostólica Instrutiva sobre
a revista “O Missionário”. Sua vocação amadurece e o Carisma
Salvatoriano nasce nela por obra do Espírito Santo. Ela é atraída para
uma compreensão mais profunda do amor universal de Deus. No dia
25 de abril do mesmo ano, escreve, entrando em contato com o Pe.
Boaventura Lüthen.
No dia 04 de julho de 1882, após alguma troca de
correspondência, Teresa se encontra pessoalmente com Pe. Jordan,
que veio de Roma para a Alemanha. Ela experimenta uma grande
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nossa espiritualidade. Com Maria, sua Mãe, anunciamos a outros
o Salvador que experienciamos em nós mesmos. O Espírito Santo
nos guia e ilumina na Comunidade.
Em nossa meditação e contemplação da Palavra de Deus, à luz
da realidade e na celebração dos Sacramentos, integramos nossa
vida e ação. Agindo assim, nós nos empenhamos em viver nossa
vocação à santidade, encorajando outros a fazer o mesmo.
O testemunho de Pe. Jordan e Madre Maria nos inspira a sermos
pessoas de oração, a abraçar a cruz em vista de nossa missão, a
nutrir uma confiança inabalável na Divina Providência, a assumir
um estilo de vida simples e a nutrir uma especial devoção a Maria,
Mãe do Salvador.
Manifestamos a bondade e a ternura amorosa de Deus, quer em
nossa missão, quer no modo de nos relacionarmos como Família
Salvatoriana. Na oração e no diálogo, procuramos compreendernos mutuamente, dispostos a nos perdoar uns aos outros.
Fontes Salvatorianas - dados biográficos de
Madre Maria
No dia 19 de fevereiro de 1833, nasce a Bem-aventurada
Maria dos Apóstolos. Primeira filha do casal José Teodoro won
Wullenweber e Elise Le Fort, que viviam no Castelo de Myllendonk,
perto de Monchen-Gladbach, Alemanha. De acordo com o costume
da época, ela é batizada logo no dia seguinte ao seu nascimento, na
Capela do Castelo, com o nome de Teresa Francisca Josefa Elisabete
Constância.
Filha de pais de intensa vivência cristã, Teresa cresce numa
atmosfera de amor, aconchego, bondade e fé, que vai formando nela,
desde cedo, um espírito profundamente religioso. Juntamente com sua
mãe e uma de suas irmãs, Teresa participa de Retiros Espirituais. Com
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de Jesus que anima a vida e a história das comunidades. Ele dirige
realmente todos os seus passos.
Ensinamentos dos Apóstolos
Em Atos 2,42, encontramos como as primeiras comunidades
viviam: “Eles perseveravam no ensinamento dos apóstolos, na
comunhão, na fração do pão e nas orações”. Este ensinamento é a
nova interpretação da vida e da Bíblia, transmitida pelos apóstolos
a partir da experiência que tiveram da ressurreição. Como Jesus,
os cristãos tiveram a coragem de romper com o ensinamento dos
escribas. Em vez de seguirem a doutrina dos doutores da época,
seguiram a doutrina de doze pecadores sem instrução (At 4,13).
Esta liderança não veio da tradição ou da raça, nem do
poder ou da força, nem de algum curso ou diploma, mas dos sinais
realizados nas comunidades (cf. At. 2,43; 4,33) e das “ordens” dadas
por Jesus ressuscitado aos doze apóstolos, aos 120 discípulos/as. (cf.
Mt. 28,18-20; Jo 20,23). No exercício desta autoridade, porém, eram
questionados pela comunidade (cf.. Gl. 2,11-14: At 11,3) e deviam
prestar conta (At. 11,4-18).
Comunhão
A comunhão nasce do Pai (Jo 1,3), do Filho (1Cor 1,9) e do
Espírito Santo (2Cor 13,13; Fl 2,1) e se traduz em comunhão fraterna
com partilha de bens. É o novo ideal da vida comunitária. A comunhão
indicava a atitude de quem não se considerava dono do que possuía,
mas tinha a coragem de partilhar seus bens com os outros.
O ideal da comunhão era chegar a uma partilha não só dos
bens, mas também dos sentimentos e da experiência de vida, a ponto de
todos se tornarem um só coração e uma só alma (At. 4,32; 1,14; 2,46).
Chegarem a uma convivência sem segredos, que supere as barreiras
provenientes de religião, classe, sexo e raça (Gl 3,28; Cl 3,11).
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Fração do Pão
A expressão vem das refeições judaicas, nas quais o pai
partilhava o pão com os filhos e com aqueles que não tinham nada. È
a nova fonte da vida comunitária. A fração do pão lembra as muitas
vezes que Jesus tinha partilhado o pão com os discípulos e entre os
pobres (Jo 6,11). Lembrava o gesto de partilha que abriu os olhos dos
discípulos para a presença viva de Jesus no meio da comunidade (Lc
24,30-35).
Significava o gesto supremo do “amor até o fim” (Jo 13,1),
a eucaristia, “a comunhão com o sangue e o corpo de Cristo” (1Cor
10,16), a Páscoa do Senhor (1Cor 11,23-27), a memória da sua morte
e ressurreição (1Cor 11,26) que garante a vida aos que doam a vida
pelos outros.
A fração do pão era feita nas casas e não na majestade do templo
(At 2,46; 20,7); era o lugar da liturgia “em Espírito e Verdade” ( Jo
4,23). Nem sempre a realidade correspondia ao ideal. Paulo critica os
abusos que ocorriam na comunidade de Corinto (1Cor 11,18-22.2934).
Oração
Os apóstolos tinham uma dupla tarefa: “Permanecer assíduos
à oração e ao ministério da Palavra” (At 6,4). Por meio da Oração,
os cristãos permaneciam unidos entre si e a Deus (At 5,12b), e se
fortaleciam na hora das perseguições (At 4,23-31). A Palavra, a
Bíblia, era o livro de cabeceira, a gramática para poder ler e entender
o que Deus estava falando pelos fatos da vida; a luz que os iluminava
no caminho. É o novo ambiente da vida comunitária.
Apesar de seguirem uma doutrina diferente da tradicional, não
rompiam com os costumes da piedade do povo, mas continuavam a
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frequentar o templo (At 2,46). Lugar onde o povo exprimia e vivia
sua fé, e ia para rezar. A Bíblia era não só luz, mas também fonte de
força, energia para sustentar a vida na fé.
Conclusão
Para realizar este ideal de uma vivência de comunidade, faz-se
necessário termos presente o espírito de unidade e percorrer o caminho
da experiência e da partilha. Animando-nos mutuamente, vencendo
o cansaço, viver e acolher o diferente, o outro/a, ter coragem de ser
verdadeiro/a. Percebemos que na vida existem sinais e sementes
deste ideal. Assim os nossos fundadores também nos apresentaram
este ideal. É sempre um ideal, mas que não cria desânimo, porque
as comunidades se animam mutuamente, criam o espírito de amor e
desprendem-se do desamor.
REFLEXÃO SOBRE O FUNDAMENTO - NOSSA VIDA NO
ESPÍRITO
A centralidade de nossa espiritualidade é o Espírito de Jesus
que está presente na Declaração da Família Salvatoriana. Vejamos o
que nos diz o texto sobre isso:
“Meu Salvador e meu Redentor, eu me lanço em teus braços.
Contigo, para Ti, por Ti e em Ti quero viver e morrer”. (Pe.
Jordan, DE 19; 15 de novembro de 1875).
“Sim, rezemos e trabalhemos com zelo para que se cumpra a
vontade de Jesus, venha teu Reino” (Madre Maria, Carta, 20 de
maio de 1901).
Nossa espiritualidade individual e comunitária, vivida na realidade
do mundo, se fundamenta em nossa experiência de Deus Pai. Jesus
Cristo, que veio para dar a vida por todos, é fonte e centro de
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