14 Espinha Bífida
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14 Espinha Bífida
Espinha Bífida Dr. Fábio Agertt Neurônio Motor Superior/Inferior Espinha Bífida • Defeito de fechamento do tubo neural; • Variedade de apresentações e gravidade; • As características podem ser diagnosticadas com ultra-sonografia obstétrica; • Pode haver associação com a paraplegia, incontinência urinária/intestinal, além de outras malformações dos membros; • Também podem ocorrer malformações na base do crânio / intracraniana. Números • Incidência de 0,5 a 1 por mil nascidos vivos; • Afeta 5% dos casos na segunda e até 15% na terceira gestação. • Mortalidade 28% até 10 anos de idade; • Estima-se mil casos por ano no Brasil; • Custo nos Estados dólares/paciente. Unidos: 250 mil Espinha Bífida • Defeito de fechamento do Tubo Neural Etiologia • Teratógenos • Agentes infecciosos • Distúrbios no Metabolismo Materno • Condições Genéticas Evento Crítico Semanas Defeito Fechamento do tubo neural 3-6 Espinha Bífida, Esquizencefalia Clivagem dorsal 5-6 Holoprosencefalia Diferenciação ventral 5-6 Displasia SeptoÓptica Proliferação 8-16 Microcefalia Migração inicial 10-15 Heterotopia periventricular Migração 10-20 Lissencefalia Des. Cerebelar 20-40 Dandy-Walker, Joubert Diferenciação/Organiza 20-40 ção Retardo Mental Fechamento do Tubo Neural • Deficiência de Ácido Fólico: Risco 2 a 8 vezes maior; Previne 50 a 70% dos casos • Ácido retinóico: aumenta o risco • Genética: Um parente aumenta o risco 3 a 8%, 2 parentes 10% • Valproato e Carbamazepina Fechamento do Tubo Neural • 400 mg diários • Atua na formação do DNA • Resolução RDC 344, de 13 de dezembro de 2002 • Prevenção: 4 semanas antes, ideal 3 meses Clínica • Espinha Bífida Oculta: 5% da População – Disrafismo Oculto (Seio Dermal) • • • • • • Encefalocele Anencefalia Meningocele Mielomeningocele Diastematomielia Agenesia Sacral Clínica • Características: –Capacidade cognitiva normal a subnormal –Graus de paresias - flácidas –Disfunção esfincteriana –Nível da Lesão Condições associadas • Hidrocefalia • Malformação Chiari II • Siringomielia Clínica • Nível da lesão é identificável no exame • O nível externo da lesão nem sempre correlaciona com os dados clínicos • Ë importante definir o tipo de paralisia, se flácida ou espástica • 10-25% dos pacientes apresentam paraparesia espástica Clínica • Espasticidade tem sido associado a paraparesia de pior prognóstico para deambular e com grande número de procedimentos ortopédicos • Nas lesões torácicas há tendência maior de envolvimento encefálico e alterações cognitivas Clínica • Lesões lombares altas: – Variável força de flexão de quadril/adução de quadril – Ausência de força de extensor de quadril, adução de quadril, e movimentos de joelho e tornozelo • Lesões lombares baixas: – Flexão de quadril, adução de quadril, força do quadríceps estão presentes; – Abdução de quadril, força de dorsiflexores é variável; força de flexores plantares está ausente • Lesões sacrais – Perda de força do flexor plantar é variável; acima presente Complicações • Envolvimento de membros superiores pode ocorrer – Espasticidade de mmss ocorre em 20% – Relacionado principalmente hidrocefalia e limita muito as AVD – Hidrocefalia também altera coordenação de função de mmss (Chiari) – Início precoce de espasticidade ou flacidez pode ser um marcador de progressão da disfunção neurológica Complicações • Alterações de coluna relacionada a altura da lesão – Escoliose – Cifose • Deformidades articulares • Baixa estatura – Anormalidades da coluna e contraturas de mmii – Atrofia secundária – Alteração endócrina relacionada à hidrocefalia • Paralisia de músculos oculares (Chiari) • Dificuldade de deglutição, fala (Chiari) Malformação de Chiari Hidrocefalia • Não-comunicante – Estenose de aqueduto – Monro Tratamento • 0 aos 3 anos de idade – Orientações – Prevenção da Bexiga Neurogênica – Estimulação do desenvolvimento: aquisições simples e complexas. – Evitar deformidades – Indica-se o ortostatismo, com a ajuda de aparelhos: melhorar a força do tronco. Tratamento • 3 a 6 anos de idade – Definir a capacidade funcional. – Potencial para deambulação: auxílio (muletas) – Para as crianças que andam, as órteses e as cirurgias ortopédicas podem melhorar a marcha. – Fraqueza muscular acentuada – fator limitante. – Atividades físicas como natação, basquete – integração social – Independência no período escolar - Evitar ajuda excessiva Tratamento • 6 a 12 anos de idade – Seis anos: limite para adquirir marcha, independente do tratamento – Treino da independência funcional – Atraso cognitivo: dificulta a aprendizagem de atividades – Acessibilidade – Ortopedia - intervenção Tratamento • Medicações – Disfunção vesical • Anticolinérgicos – Oxibutinina, suprime a atividade do detrusor vesical • Antidepressivos – Imipramina Tratamento • Controle de hidrocefalia e Chiari • Controle de medula presa e siringomielia • Escaras de pressão ocorrem em 8595% da infância à adolescência • Diminuição de densidade mineral óssea • Obesidade Prognóstico • Sem hidrocefalia melhora prognóstico • Melhor nas lesões de baixo nível • Deambular: – 50-60% vai deambular – 20% com apoio de órteses / aparelho – Necessita melhor força em iliopsoas, glúteo médio, e/ou quadríceps. – L5 ou quadríceps bom aos 3 anos de idade é bom preditor de deambulador comunitário – Máxima capacidade é atingida aos 8-9 anos