Relatório e Contas 2014
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Relatório e Contas 2014
BRISA Concessão Rodoviária, S.A. Quinta da Torre da Aguilha, Edifício Brisa, São Domingos de Rana Capital social de 75 000 000 euros CRC sob o número único e de pessoa colectiva º 502790024 RC 2014 Contents 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 O Ano em Revista .................................................................................................................................................. 3 Perfil Empresarial .................................................................................................................................................. 4 Enquadramento Macroeconómico ....................................................................................................................... 5 2 CARACTERÍSTICAS DA CONCESSÃO E ACTIVIDADE EMPRESARIAL ..................... 9 3 RELATÓRIO FINANCEIRO ........................................................................................... 17 4 EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA BCR .............................................................................. 24 5 GOVERNO SOCIETÁRIO .............................................................................................. 24 6 GESTÃO DE RISCOS – OBJECTIVOS E POLÍTICAS .................................................. 30 7 NOTA FINAL ................................................................................................................. 35 8 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................ 36 9 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................. 37 Demonstração da Posição Financeira ............................................................................................................... 37 Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral .................................................................... 38 Demonstração das Alterações no Capital Próprio............................................................................................ 39 Demonstração dos Fluxos de Caixa .................................................................................................................. 40 10 ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRAS ....................................................... 41 11 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS ..................................................................... 73 12 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL.................................................. 75 13 ESTATÍSTICAS DE TRÁFEGO ................................................................................... 77 14 ORGÃOS SOCIAIS ...................................................................................................... 80 Página 2 RC 2014 1 Introdução O Ano em Revista ABRIL Contratação de empréstimo obrigacionista de 300 M€ a uma taxa de 3,876% JULHO Moody’s actualiza o rating da BCR para Ba1, com “positive outlook” AGOSTO Contratação de programa de papel comercial de 50 M€, a 3 anos, com o Deutsche Bank NOVEMBRO Moody’s actualiza o rating da BCR para Baa3, com “stable outlook” DEZEMBRO Reembolso de uma emissão obrigacionista de 225 M€ Página 3 RC 2014 Perfil Empresarial A Brisa - Concessão Rodoviária, S.A. (BCR) foi criada para operar a concessão Brisa, na sequência da reorganização societária do Grupo Brisa. O seu objecto social prende-se com a construção, conservação e exploração de auto-estradas e respectivas áreas de serviço, em regime de concessão, bem como o estudo e realização de infra-estruturas de equipamento social. A história da concessão Brisa remonta a 1972, data da fundação do Grupo Brisa. Ao longo de quatro décadas, a sua actividade deu origem ao principal eixo rodoviário que liga o país de Norte a Sul e de Este a Oeste e com dois grandes eixos de acesso a Espanha. Nos termos do Contrato de Concessão, a Brisa Concessão Rodoviária irá operar esta rede fundamental até Dezembro de 2035. A BCR partilha a cultura empresarial do Grupo Brisa, baseada nos valores da Ética, Inovação e Excelência e fortemente vocacionada para a promoção da mobilidade e da acessibilidade interurbana, inter-regional e internacional, com importantes benefícios económicos e sociais para as actividades e as comunidades que serve. A responsabilidade social no Grupo Brisa é assumida numa perspectiva de longo prazo, tendo como objectivo a criação de valor para os vários stakeholders. Anualmente é publicado um Relatório de Sustentabilidade em que se comunica a política e principais vectores estratégicos, assim como o desempenho de vários indicadores nas vertentes económica, ambiental e social. Página 4 RC 2014 Enquadramento Macroeconómico No ano 2014 manteve-se a tendência de melhoria gradual dos principais indicadores macroeconómicos, iniciada no último trimestre de 2013 com os primeiros registos de crescimento tanto do produto como do consumo. Assim, e de acordo com as previsões mais recentes, o Produto Interno Bruto deverá ter crescido +0,9% e o Consumo Privado deverá ter registado uma variação mais expressiva, de +1,9%. Preços e Mercados Financeiros Em 2014 o índice de preços no consumidor registou uma taxa de variação média negativa de 0,3%. Em Dezembro de 2014 a taxa de inflação homóloga foi negativa em 0,4%, inferior aos 0,0% observados em Novembro. Com taxas de inflação muito próximos de zero, negativas por vezes, existe em Portugal e na zona Euro, o sombrio risco de deflação. Para fazer face a este efeito negativo, e no sentido de incentivar a recuperação económica da Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou já este ano (22 de Janeiro 2015) um programa de flexibilização da política monetária, através da compra de dívida pública e privada. Este programa, que deverá ter início em Março de 2015 e deverá continuar até Setembro de 2016, tem como finalidade combater a deflação, aumentando a liquidez e, consequentemente, o consumo e o investimento. Os preços deverão subir e, assim, caminhar para a meta de 2% de inflação no longo prazo. Em 2015 as previsões da taxa de inflação de várias instituições, como o Banco de Portugal e o Governo, rondam os 0,7%. Ao nível das taxas de juro destaca-se, como um dos eventos mais marcantes de 2014, o corte que o BCE efectuou em Setembro na taxa de juro directora, de 0,15% para 0,05%, no sentido de evitar a deflação e impulsionar a actividade económica na zona euro. O Presidente do BCE fundamentou a medida no aumento de risco de estagnação da actividade económica, com repercussões negativas ao nível do investimento privado, com maior impacto na confiança empresarial e expectativas dos consumidores. Ao longo de 2014 verificou-se uma queda na taxa de câmbio do euro face ao dólar, tendo atingido no final de Dezembro o valor de 1,2141, o que representa uma desvalorização de quase 12% face ao final de 2013. Apesar desta Página 5 RC 2014 depreciação, sobretudo concentrada no segundo semestre de 2014, a média anual desta taxa de câmbio manteve-se praticamente inalterada entre 2013 e 2014, com 1,328 e 1,329, respectivamente. O custo da dívida soberana portuguesa desceu de forma quase ininterrupta ao longo de todo o ano, revelando a reacção positiva dos mercados de crédito à decisão de saída limpa do programa de assistência financeira por parte de Portugal e às subidas na notação de risco da República Portuguesa. O custo das obrigações com maturidade a 10 anos registou o máximo em torno dos 6,1% no início do ano e o mínimo de cerca de 2,7% coincidente com o final do ano. Ao nível dos Credit Default Swaps (CDS) houve uma evolução de 352 pontos base no início do ano para 202 pontos base no final do ano. Combustíveis Rodoviários Em 2014 intensificou-se a trajectória descendente, iniciada em 2013, do preço de venda ao público tanto da gasolina como do gasóleo. Evolução mensal do preço de venda ao público dos combustíveis rodoviários, 2013-2014 Fonte: Direcção Geral de Energia e Geologia Página 6 RC 2014 Preço médio anual de venda ao público dos combustíveis rodoviários, 2013-2014 Gasolina Gasóleo 2013 1,62 € 1,39 € 2014 1,57 € 1,30 € TCA -3,2% -6,0% TCA - Taxa de Crescimento Anual Verificou-se porém que, apesar da diminuição significativa do preço, as vendas totais acumuladas a Novembro de 2014 registaram uma variação quase nula (+0,3%), já que apesar do aumento das vendas de gasóleo (+0,7%), as vendas de gasolina diminuíram quase 1%. Evolução da venda dos combustíveis rodoviários, 2013-2014 (quantidades acumuladas a Novembro) 0.7% 1% 0.3% 1% 0% -1% -1% -2% -1.1% -2% -3% -2.5% -3% -4% -4% -2.7% -3.4% Gasolina Gasóleo 2013 Total 2014 Fonte: Direcção Geral de Energia e Geologia Mercado Automóvel Em 2014 foram vendidos em Portugal aproximadamente 172 mil veículos, representando este volume um aumento nas vendas de 36%, três vezes superior ao aumento de 12% já registado em 2013. As vendas de veículos ligeiros cresceram 36%, tendo os veículos pesados registado um aumento de volume de vendas ligeiramente inferior (+31%). Página 7 RC 2014 Evolução mensal acumulada das vendas de veículos novos em Portugal, 2013-2014 Fonte: ACAP, Associação Automóvel de Portugal Página 8 RC 2014 2 Características da Concessão e Actividade Empresarial Indicadores económicos: Proveitos Operacionais: 465,5 M€ A3 EBITDA1: 342,1 M€ A14 A4 Margem EBITDA: 73,5% N 1 4 M a a i M a to sn i h o s A 2 8 4 A A 4 3 3 A 2 0 o P to r o Gn d o ma r a Ga i A 4 A 1 sE n i h p o A 4 1 Número de trabalhadores:14 1 A1 EBITDA=Resultados Operacionais+Provisões, Av eiro Mira Amortizações, Depreciações, Ajustamentos e Reversões Ca nta nhede A1 7 Coim bra Não inclui o rédito associado ao serviço de construção Fi gu eira da Fo z A14 Pombal Mari nha Grande A rede concessionada à BCR é de 1 123,9 Leiri a A1 A8 A1 5 km, incluindo o futuro acesso ao Novo A10 A13 Aeroporto de Lisboa, distribuída por 12 A5 A6 auto-estradas. Com a rede praticamente A2 construída, encontram-se actualmente em exploração directa 11 auto-estradas, num total de 1 100,2 km em operação, sendo N 1 014,1 km constituídos por sublanços com 0 50 Kilometers portagem e 4,3 km pela ligação ao Alto da Guerra, na A12, com um perfil de 2x1 via. A finalização da rede realizar-se-á com a construção da A33, correspondente ao acesso ao Novo Aeroporto de Lisboa, projecto actualmente a carecer de definição. A rede cobre o país de Norte a Sul e de Este a Oeste, abrangendo os seus principais eixos rodoviários - corredor litoral e ligação Lisboa - Madrid. Inclui também importantes vias radiais e circulares das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. De acordo com o Contrato de Concessão, celebrado com o Estado Português, a concessão termina em 2035. Página 9 RC 2014 Características da concessão em 2014 Extensão (kms) AE A1 - Auto-estrada do Norte sem port. com port. Total 2x1 vias 2x2 vias 2x3 vias 2x4 vias 17.4 279.1 296.5 1.3 160.6 127.3 7.3 9.6 225.2 234.8 0.0 202.8 32.0 0.0 11.5 101.3 112.8 0.0 91.6 12.8 8.4 A4 - Auto-estrada Porto - Amarante 3.0 48.3 51.3 0.0 51.3 0.0 0.0 A5 - Auto-estrada da Costa do Estoril 8.1 16.9 25.0 0.0 2.3 22.7 0.0 19.1 138.8 157.9 0.0 157.9 0.0 0.0 A9 - Circular Regional Externa de Lisboa 0.0 34.4 34.4 0.0 0.0 34.4 0.0 A10 - Auto-estrada Bucelas - Carregado - IC3 0.0 39.8 39.8 0.0 7.4 32.4 0.0 A12 - Auto-estrada Setúbal - Montijo 4.3 24.8 29.1 4.3 5.2 19.6 0.0 A13 - Auto-estrada Almeirim - Marateca 0.0 78.7 78.7 0.0 78.7 0.0 0.0 A14 - Auto-estrada Figueira da Foz - Coimbra (Norte) 13.1 26.8 39.9 0.0 39.9 0.0 0.0 1014.1 1100.2 5.6 797.7 281.2 15.7 A2 - Auto-estrada do Sul A3 - Auto-estrada Porto - Valença A6 - Auto-estrada Marateca - Elvas Total 86.1 Investimento na rede: alargamentos, expansão e conservação Em relação aos novos investimentos previstos contratualmente, no 1º trimestre de 2014 concluiu-se a construção do Nó de Soure, no sublanço Pombal / Condeixa, da A1 - Auto-estrada do Norte, cuja abertura ao tráfego veio a ocorrer durante o 3º trimestre de 2014. O processo relativo à Ligação à Plataforma Logística do Poceirão continua suspenso, em virtude do não desenvolvimento da própria plataforma. Prosseguiu-se o plano de alargamento do número de vias em sublanços que, de acordo com o previsto no contrato de concessão, se justificam. Foi formalizada a adjudicação da “Empreitada para o Alargamento e Beneficiação para 2x3 vias do sublanço Carvalhos / Santo Ovídeo, da A1 – Auto-estrada do Norte”, no 1º trimestre de 2014, cujo início veio a ocorrer no 3º trimestre de 2014. A empreitada para a concepção/construção do Novo Túnel Norte de Águas Santas, inserido no processo de alargamento do sublanço Águas Santas / Ermesinde, da A4 – Auto-estrada Porto / Amarante, foi igualmente adjudicada, Página 10 RC 2014 tendo-se concluído e aprovado o respectivo Projecto de Execução de Concepção / Construção, prevendo-se o seu início no 1º trimestre de 2015. Ao nível da conservação, para além de diversas intervenções localizadas, destaca-se a conclusão das seguintes empreitadas: • Beneficiação do pavimento no sublanço Albergaria / Estarreja, da A1 Auto-estrada do Norte; • Beneficiação e reforço do pavimento no sublanço Valongo / Campo, da A4 - Auto-estrada Porto / Amarante; • Beneficiação e reforço do pavimento no sublanço Estádio Nacional / Oeiras, da A5 - Auto-estrada da Costa do Estoril; • Beneficiação do pavimento no sublanço Évora Poente / Évora Nascente, da A6 - Auto-estrada Marateca / Caia; • Reparação de taludes instabilizados, entre o km 10+100 e o km 11+100 (sentidos S/N e N/S), no sublanço Santa Iria da Azóia / Alverca, da A1 Auto-estrada do Norte; • Reparação de taludes instabilizados, aos km's 182+130, Aterro (S/N), 182+400, Escavação (N/S) e 184+000, Muro M1 (S/N), no Sublanço Condeixa/Coimbra (Sul), da A1 - Auto-estrada do Norte; • Reabilitação e Reforço Estrutural da Passagem Superior 282, no sublanço Coimbra Sul / Coimbra Norte, da A1- Auto-estrada do Norte; • Reabilitação de Passagens Hidráulicas do Sistema de Drenagem Transversal Corrente, no sublanço Santo Tirso / Famalicão (km 21+405 e km 21+455) da A3 - Auto-estrada Porto / Valença, e no Sublanço Vila Verde / Santa Eulália (km 7+180 e km 11+600) da A14 - Auto-estrada Figueira da Foz / Coimbra; • Conservação em obras de arte em diversos pontos da rede, nomeadamente na A1 – Auto-estrada do Norte, na A4 - Auto-estrada Porto / Amarante e na A5 - Auto-estrada da Costa do Estoril. Em 31 de Dezembro de 2014 estavam em curso as seguintes empreitadas: Página 11 RC 2014 • Beneficiação e reforço do pavimento nos sublanços Espinho (IC24) / Feiteira / Carvalhos, da A1 - Auto-estrada do Norte; • Beneficiação e reforço do pavimento nos sublanços EN201 / Ponte de Lima Sul / Ponte de Lima Norte, da A3 - Auto-estrada Porto / Valença; • Beneficiação do pavimento nos sublanços Ançã / Coimbra Norte (A1/A14) / Zombaria, da A14 - Auto-estrada Figueira da Foz / Coimbra Norte; • Reparação de taludes instabilizados, aproximadamente ao km 96+400 (sentidos N/S e S/N), no sublanço Torres Novas / Fátima da A1- Auto estrada do Norte; • Reparação de taludes instabilizados do ramo B do Nó de Leiria, ao km 129+450 (sentido S/N), no sublanço Fátima / Leiria, da A1- Auto-Estrada do Norte; • Reparação de taludes instabilizados entre os km’s 12+500 e 13+000 (sentido Estádio Nacional/Alverca), no sublanço Radial da Pontinha / Radial de Odivelas, da A9 - CREL; • Reparação de taludes instabilizados do ramo B do Nó de Sta. Eulália, ao km 13+000 (sentido E/W), no sublanço Sta. Eulália / Montemor-o-Velho, da A14 - Auto-estrada Figueira da Foz / Coimbra Norte; • Reabilitação e reforço estrutural de Passagens Hidráulicas no sublanço Maia / Santo Tirso (PH 026 e PH 037.1), da A3 - Auto-estrada Porto / Valença • Construção do sistema de drenagem do viaduto de Santana da Carnota, no sublanço Arruda dos Vinhos / Carregado, da A10 - Auto-Estrada Bucelas / Carregado (A1) / IC3 (A13); Encontravam-se, ainda, em fase de consignação, as seguintes empreitadas: • Reabilitação de Passagens Hidráulicas (Lote 1) no sublanço Almodôvar / S. Bartolomeu de Messines, da A2 - Auto-estrada do Sul; • Reabilitação e Reforço dos Viadutos de Arapouco, Albergaria e Burgão, no sublanço Alcácer do Sal/Grândola Norte, da A2 - Auto-estrada do Sul; • Reabilitação da Passagem Inferior 15.1 no sublanço Velha / Estádio Nacional, da A5 - Auto-estrada da Costa do Estoril; Página 12 Linda-a- RC 2014 Programando o futuro, encontram-se em fase de audiência prévia as propostas para as obras de Beneficiação e Reforço do pavimento no sublanço Nó A2/A6/A13 / Alcácer do Sal, da A2 - Auto-estrada do Sul. No ano em análise continuaram também as inspecções periódicas às infraestruturas, bem como a auscultação de pavimentos, observação e monitorização de taludes e estruturas de contenção e inspecção de obras de arte cuja informação, depois de introduzida nos Sistemas de Gestão de Pavimentos, Taludes ou de Obras de Arte, servirá de apoio aos estudos de beneficiação e reforço, estabilização e/ou reforço estrutural dos mesmos. Durante o primeiro semestre foi concluída a empreitada para a conclusão da concepção e construção das Barreiras Acústicas a executar nos sublanços Coina / Palmela / Nó de Setúbal (Nó A2/A12), da A2 - Auto-estrada do Sul. No final do segundo semestre foi concluída a empreitada para a concepção e construção das barreiras acústicas a executar nos sublanços Porto (VCI) / EN12 / Águas Santas e Famalicão/Cruz da A3 - Auto-estrada Porto/Valença e nos sublanços Penafiel / IP9 / Amarante, da A4 - Auto-estrada Porto / Amarante. O investimento directo na rede concessionada totalizou 26,9 M€, maioritariamente afecto a obras de beneficiação e reforço de pavimentos. Considerado aqui como investimento, o valor de grandes reparações é contabilisticamente considerado como custo operacional. Investimento directo na concessão 2009 2010 2011 2012 2013 2014 - 13,8 17,7 6,8 0,6 0,3 7,2 11,5 16,8 10,5 12,7 15,6 Projectos complementares 69,7 58,5 37,4 21,1 10,6 5,9 Outros 15,2 18,3 11,2 5,8 5,0 5,1 Total 92,1 102,1 83,1 44,2 28,9 26,9 M€ Novos lanços Grandes reparações Página 13 RC 2014 Tráfego na rede Em 2014, o Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) na Brisa Concessão Rodoviária foi de 16 230 veículos, correspondendo a um aumento de procura de +4,5% face a 2013. Ao nível dos quilómetros percorridos na rede (circulação), esta variação foi também de +4,5%, uma vez que não houve qualquer alteração da rede viária nem efeito do ano bissexto como sucedeu em 2013 (dia a menos de Fevereiro de 2013 face a 2012). Esta evolução positiva anual, que não se verificava desde 2008, deve-se principalmente à recuperação da conjuntura macroeconómica registada ao longo de 2014, que se traduziu num aumento generalizado da procura de tráfego nacional. Em termos de evolução trimestral, o primeiro trimestre registou um crescimento menos expressivo, não só por ter sido negativamente afectado pelo mau tempo mas também pelo facto da Páscoa ter transitado do primeiro para o segundo trimestre (2013 vs. 2014), afectando-o positivamente. Evolução trimestral do crescimento de tráfego (circulação) O crescimento orgânico em 2014 foi de +4,2%, seguindo a tendência de recuperação já evidenciada desde o quarto trimestre de 2013, reflexo da recuperação económica que o país tem vivido ao longo de 2014. Também em resultado deste facto, conjugado pela localização mais favorável dos dias feriados na semana, verificou-se um aumento das viagens de lazer face a 2013, resultando num efeito de calendário positivo de +0,3%. Página 14 RC 2014 Decomposição da variação da circulação anual Decom posição 2014 Crescimento orgânico 4,2% Efeito calendário 0,3% Crescim ento final 4,5% Análise por auto-estrada Como consequência dos factores atrás referidos, verificou-se que todas as autoestradas revelaram crescimento positivo, tendo este sido mais expressivo nas que combinam as funções profissionais e sazonais mais relacionadas com as viagens de lazer (como é o caso das auto-estradas A2, A6, A10 e A13). Refira-se, porém, que a auto-estrada que revelou maior crescimento em 2014 (A6) foi influenciada muito positivamente pela realização do jogo final da UEFA Champions League que ocorreu em Maio em Lisboa e que, como foi disputada entre duas equipas madrilenas, motivou um enorme volume de viagens com destino a Lisboa através da A6, fazendo com que nesse mês esta auto-estrada tivesse revelado um crescimento de tráfego de +24,4%. A auto-estrada A5, pelo seu caracter mais suburbano e pendular e, por isso, mais estável em termos de variações de tráfego, foi a que registou menor crescimento em 2014, tendo também sido a que menores perdas sofreu em 2013. As restantes auto-estradas sofreram variações positivas, que variaram entre os +3,1% observados na A9 e os +5,8% registados na A3. Página 15 RC 2014 Variação da Circulação anual por auto-estrada Análise por classe de veículo A avaliação da distribuição de tráfego por tipo de veículo revela crescimento positivo tanto nos veículos ligeiros como nos pesados, embora nestes a variação tenha sido três vezes superior à dos ligeiros (+11,7% vs. +4,2%). Por este facto, a repartição de tráfego por classe de portagem revela um ligeiro reforço das classes 3 e 4, contribuindo para um pequeno aumento da percentagem de veículos pesados, que passou de 4,9% em 2013 para 5,2% em 2014. Estrutura de tráfego por classe de portagem Classe CL1 CL2 CL3 CL4 2013 84,8% 10,4% 0,6% 4,2% 2014 83,5% 11,3% 0,7% 4,5% Estrutura de tráfego por tipo de veículo Página 16 RC 2014 3 Relatório Financeiro Proveitos Operacionais No exercício de 2014, os proveitos operacionais (não incluindo o rédito associado ao serviço de construção) aumentaram 5,9%, para 465,5 M€, sendo a sua decomposição a seguinte: 2013 2014 Var. 427,5 451,1 5,5% Áreas de serviço 8,6 8,9 3,6% Outros 3,5 5,5 59,1% 439,6 465,5 5,9% M€ Receitas de portagem Total O crescimento das Receitas de Portagem está directamente relacionado com o aumento de tráfego na rede BCR. De realçar que mais de 70% destas receitas são colectadas através da Via Verde, mantendo-se a tendência de crescimento gradual deste meio de pagamento. Registou-se também um aumento das receitas relacionadas com a actividade de recuperação (custos administrativos e coimas), decorrente, ainda que de forma indirecta, da intervenção da Autoridade Tributária no processo de recuperação de dívidas de portagem. Na Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral encontra-se registado um valor de igual montante (11 M€ em 2014) em proveitos e em custos operacionais, que reflecte o reconhecimento do rédito e dos encargos associados aos serviços de construção no âmbito da concessão. Este registo decorre do cumprimento literal da norma IAS 11, de acordo com o artigo 14 da IFRIC 12. Assim, para uma leitura substantiva e com significado económico, o total dos proveitos e dos custos operacionais para determinação do EBITDA e das margens operacionais exclui o rédito e encargos reconhecidos pela aplicação da IAS 11. Custos Operacionais Os custos operacionais do exercício ascenderam a 283,2 M€, com a seguinte composição: Página 17 RC 2014 2013 2014 Var. 120,2 120,9 0,6% Custos com Pessoal 1,4 1,5 5,3% Outros 1,1 1,1 -0,9% Sub-Total 122,7 123,5 0,7% Amortizações e provisões 154,5 159,7 3,4% 277,2 283,2 2,2% M€ Forn. e Serv. Externos Total A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos reflecte essencialmente os custos de subcontratação dos serviços de Operação e Manutenção da rede de auto-estradas concessionadas, bem como os custos de cobrança electrónica de portagens. Em 31 de Dezembro de 2014, a BCR contava com 14 colaboradores, não registando alteração face ao período homólogo. A rubrica de Amortizações e Provisões inclui 25,1 M€ de provisão, líquida de 8,9 M€ de reversões, constituída no âmbito da norma interpretativa IFRIC 12 e relacionada com custos que a concessionária terá de incorrer, no futuro, relacionados com grandes reparações a efectuar na rede. Resultados Financeiros Os Resultados Financeiros da BCR registaram em 2014 um valor negativo de 118,9 M€, representando uma melhoria de 6 M€ em relação ao período homólogo anterior. 2013 2014 Var. Juros obtidos 4,8 4,2 -12,7% Proveitos Financeiros 4,8 4,2 -12,7% 104,0 98,4 -5,3% 26,2 24,6 -6,0% 130,2 123,1 -5,5% 0,5 0,0 -100,0% -124,9 -118,9 -4,8% M€ Juros suportados Outros custos financeiros Custos Financeiros Res. relativos a investimentos Resultados Financeiros Os Proveitos Financeiros, que correspondem inteiramente à rúbrica de Juros Obtidos, atingiram 4,2 M€, o que representa uma redução de 0,6 M€ face a Página 18 RC 2014 2013, reflectindo as baixas taxas de remuneração oferecidas pelos Depósitos Bancários, ainda que compensadas pelo elevado saldo de Disponibilidades. Os Custos Financeiros baixaram de 130,2 M€ para 123,1 M€, com origem essencialmente na rubrica de Juros Suportados, cuja redução em 5,5 M€ se deve ao efeito conjugado de redução de dívida e de taxas médias de financiamento inferiores, motivadas principalmente pela emissão do Bond 2021. Resultado Líquido O resultado líquido ascendeu a 41,8 M€ positivos, derivado de resultado antes de impostos de 63,4 M€. Posição Financeira No final de 2014, o Activo Líquido total ascendia a 3 155 M€, sendo tal montante, essencialmente, relativo ao activo intangível respeitante à rede de auto-estradas da BCR. O Capital Próprio no final de 2014 ascendia a 727 M€, sendo o Passivo Total de 2 428 M€. Em relação a 2013, o passivo total aumentou 48 M€ e o capital próprio aumentou 41 M€. Dívida Financeira Após alguns anos de enquadramento relativamente adverso, no que aos mercados financeiros diz respeito, em 2014 a BCR conseguiu fortalecer a sua liquidez, reduzir o montante de dívida líquida e aumentar a maturidade da sua dívida, tendo para isso muito contribuído a realização de uma emissão de obrigações no montante de 300 M€ com maturidade em 2021. Adicionalmente, a BCR dispunha, à data de 31 de Dezembro de 2014 de programas para emissão de papel comercial que, no seu conjunto, ascendiam a um montante total de 270M€. No final de 2014 a dívida líquida da BCR ascendia a 1 798,6 M€, tendo diminuído 175,2 M€ em relação ao final do ano anterior. A BCR finalizou o ano com cerca Página 19 RC 2014 de 339,4 M€ de liquidez, estando cerca de 143,4 M€ colocados em contas de reserva. A 31 de Dezembro de 2014 a dívida bruta da BCR ascendia a 2 137,9 M€, um aumento de cerca de 25,4 M€ em relação a 31 de Dezembro de 2013. A sua repartição por instrumento apresentava-se da seguinte forma: 2013 2014 Variação 1 402,2 1 492,5 90,3 628,2 592,5 -35,7 82,1 52,9 -29,2 2 112,5 2 137,9 25,4 Disponibilidades 138,7 339,4 200,7 Dívida Líquida 1 973,8 1 798,6 -175,2 M€ Obrigações BEI Papel Comercial Dívida Bruta (a) (a) Este montante corresponde ao valor nominal da dívida, que em 2014 era de 2 159,7 M€, líquido de juros decorridos e de custos associados à emissão e colocação dos financiamentos, os quais são reconhecidos pelo método do juro efectivo durante a vida dos financiamentos. Obrigações Durante o ano de 2014, a BCR realizou uma emissão de obrigações no valor de 300 M€ e reembolsou 225 M€ referentes a uma emissão de obrigações que se venceu em Dezembro. No final do ano, a BCR apresentava 6 emissões de obrigações com um valor nominal total de 1 483,5 M€, com as seguintes características: Nominal Taxa Maturidade Bond 2015 63,5 6,400% 2015 Bond 2016 600,0 4,500% 2016 Bond 2018 300,0 6,875% 2018 Bond 2020 120,0 Var (Eur6M) 2020 Bond 2021 300,0 3,875% 2021 Bond 2032 100,0 6,000%* 2032 M€ * Taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, excepto habitação, do sexto ano até à maturidade. Página 20 RC 2014 Empréstimos Bancários Relativamente aos empréstimos bancários, a BCR encontra-se financiada através de um único empréstimo junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), sujeito a regime de taxa de juro variável com indexação à Euribor a 6 meses. Este empréstimo será reembolsado em prestações semestrais constantes no período de Junho de 2015 a Dezembro de 2030. A 31 de Dezembro de 2014 o montante registado em Balanço referente a este empréstimo ascendia a 592,5 M€. Relativamente aos Programas de Papel Comercial, no final do ano, encontravamse emitidos 52,4 M€. Perfil de Amortização da Dívida 700 600 M€ 500 400 300 200 100 0 O vencimento das emissões de obrigações, com excepção do Bond 2032, está escalonado ao longo dos próximos 7 anos. De 2022 até 2030 a dívida da BCR apresenta um perfil de amortização constante, correspondendo às amortizações do empréstimo contratado junto do BEI. A BCR procede a um acompanhamento atento dos mercados financeiros com o objectivo de seleccionar criteriosamente as alternativas de financiamento mais eficientes, mantendo como objectivo o alongamento da maturidade média da dívida para a tornar mais consistente com os activos de longo prazo detidos pela BCR. Página 21 RC 2014 Estrutura por modalidade de taxa de juro 2014 30% Fixa Variável 70% No final de 2014 cerca de 70% da dívida da BCR estava sujeito ao regime de taxa de juro fixa e cerca de 30% ao regime de taxa de juro variável. A taxa média ponderada da dívida (incluindo o impacto dos instrumentos financeiros derivados) era de 4,06%. As notações de Rating atribuídas à BCR são de “BBB” (Stable Outlook) pela Fitch Ratings e de “Baa3” (Stable Outlook) pela Moody’s. Agências Rating Outlook Moody's Baa3 (Stable Outlook) Fitch Ratings BBB (Stable Outlook) As notações da BCR foram afectadas, particularmente durante o ano de 2011, pela forte queda do rating de Portugal, tendo a Moody’s reduzido a notação da BCR para o nível de sub-investment grade. Já durante o ano de 2014, na sequência do reconhecimento pela Moody’s do crescimento do tráfego verificado na rede da BCR e da diminuição da sua dívida, com a consequente melhoria dos rácios financeiros para níveis compatíveis com uma notação de rating de investment grade, a notação da BCR foi melhorada para Baa3. No dia 25 de Fevereiro de 2015, a Fitch reviu o Outlook da dívida da BCR de “Negative” para “Stable”. De realçar que, no final de 2014, as notações atribuídas à BCR pelas duas agências eram superiores às correspondentes notações atribuídas à Página 22 RC 2014 República Portuguesa (um nível acima no caso da Moody’s e dois no caso da Fitch). Este facto constitui um reconhecimento da solidez financeira da empresa e da protecção conferida aos credores pela estrutura contratual financeira da BCR. Por outro lado, a capacidade de endividamento da BCR e de utilização de fundos decorrentes de novos financiamentos encontra-se condicionada por certos factores, um dos quais diz respeito à manutenção de um rating mínimo de, pelo menos, Baa3/BBB-, situação que se verifica à data de 31 de Dezembro de 2014. Existem também quatro covenants sob a forma de rácios financeiros (designados de Net Senior Debt/EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR), relativamente aos quais estão definidos dois limites - um sob forma de trigger event e outro sob forma de event of default - cuja ultrapassagem implica diferentes consequências. De referir que todos estes rácios se encontram, à data de 31/12/2014, dentro dos limites estabelecidos, sendo de destacar não só a melhoria no rácio Net Senior Debt/EBITDA - que evoluiu de 6,44 no final de 2013 para 5,38 no final de 2014, ou seja, abaixo do limite máximo de 6,25 definido para o respectivo nível de trigger event -, como também a evolução bastante positiva no rácio Historic ICR - que evoluiu de 3,16 no final de 2013 para 3,51 no final de 2014, ou seja, acima do limite mínimo de 2,25 definido para o respectivo nível de trigger event. Página 23 RC 2014 4 Evolução previsível da BCR No ano 2015 a actividade operacional da BCR deverá manter a tendência verificada em 2014. Uma vez que as taxas de portagens se mantiveram inalteradas, o crescimento previsto para a circulação em auto-estradas representará um aumento de receitas da mesma magnitude. Os custos operacionais deverão manter-se estáveis. O investimento deverá registar um crescimento, directamente relacionado com o início de duas grandes obras de alargamento e com as diversas intervenções ao nível dos pavimentos e obras de arte que estão previstas em vários pontos da rede. A BCR procurará manter a sua forte posição financeira, estudando e implementando as soluções de financiamento mais eficientes na actual e futura conjuntura. 5 Governo Societário No sentido de assegurar e evidenciar a segregação, no contexto do Grupo Brisa, da totalidade dos direitos, obrigações, activos e passivos afectos à concessão cuja minuta foi aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 198B/2008, de 31 de Dezembro, de que a BCR é a única titular, foi adoptada uma estrutura de governo que corporiza essa independência. ESTRUTURA DO CAPITAL O capital da Sociedade, integralmente subscrito e realizado, é de 75 000 000€ (setenta e cinco milhões de euros), estando representado por 15 000 000 (quinze milhões) de acções com o valor nominal de 5€ (cinco euros) cada, não estando cotadas, não existindo quaisquer diferentes categorias de acções ou de direitos. A cada acção corresponde um voto não havendo quaisquer limitações ao livre exercício do voto. As acções são detidas, indirectamente, na sua totalidade pela sociedade BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A. através da sua participação a 100% no capital Página 24 RC 2014 da BRISA-Concessão Rodoviária, S.G.P.S., S.A., que por sua vez detém 100% do capital da BCR. As limitações à transmissibilidade ou titularidade das acções representativas do capital social da BCR são as que decorrem do seu contrato de concessão. A alteração dos estatutos, nos termos do art. 16.º é da responsabilidade exclusiva da Assembleia Geral. COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Conselho de Administração da BCR é composto por 10 (dez) membros, integrando três administradores independentes, que preenchem os seguintes requisitos: (a) Não exercer quaisquer funções executivas na Sociedade; (b) Não estarem abrangidos por qualquer das situações de incompatibilidade previstas no número um do artigo 414–A do Código das Sociedades Comerciais, salvo a prevista na respectiva alínea b); (c) Não exercerem ou terem exercido funções de administração (executiva ou não) em qualquer Parte Relacionada. REQUISITOS ESPECIAIS DOS ADMINISTRADORES INDEPENDENTES Sucintamente, o supra referido nº 1 do art. 414- A do CSC, determina o regime de incompatibilidades aplicável aos membros dos órgãos de fiscalização, que por esse facto, são particularmente exigentes. Assim, no caso vertente, não serão considerados Administradores Independentes aqueles que: a) Sejam beneficiários de vantagens particulares da própria sociedade; b) Não aplicável; c) Sejam membros dos órgãos de administração de sociedade que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a sociedade fiscalizada; Página 25 RC 2014 d) Sejam sócios de sociedade em nome colectivo que se encontre em relação de domínio com a sociedade fiscalizada; e) De modo directo ou indirecto, prestem serviços ou estabeleçam relação comercial significativa com a sociedade fiscalizada ou sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo; f) Exerçam funções em empresa concorrente e que actuem em representação ou por conta desta ou que por qualquer outra forma estejam vinculados a interesses da empresa concorrente; g) Os cônjuges, parentes e afins na linha recta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de pessoas impedidas por força do disposto nas alíneas a), c), d) e f), bem como os cônjuges das pessoas abrangidas pelo disposto na alínea e); h) Exerçam funções de administração ou de fiscalização em cinco sociedades, exceptuando as sociedades de advogados, as sociedades de revisores oficiais de contas e os revisores oficiais de contas, aplicando-se a estes o regime do artigo 76.º do Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro; i) Os revisores oficiais de contas em relação aos quais se verifiquem outras incompatibilidades previstas na respectiva legislação; j) Os interditos, os inabilitados, os insolventes, os falidos e os condenados a pena que implique a inibição, ainda que temporária, do exercício de funções públicas. PODERES ESPECÍFICOS Nos contratos de financiamento da BCR ficaram consagradas cláusulas que determinam que: a) Todos os contratos que a BCR venha a celebrar, renovar, revogar ou alterar com partes relacionadas, terão que ser aprovados por pelo menos 2 dos 3 administradores independentes acima referidos; b) Na assembleia-geral da BCR só serão aprovadas as propostas de distribuição de dividendos que tenham sido previamente aprovadas por pelo menos 2 dos 3 administradores independentes acima referidos; O Conselho de Administração não tem poderes para deliberar sobre quaisquer aumentos do capital social da Empresa. Página 26 RC 2014 FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Para além da necessidade de integrar, pelo menos, três elementos independentes, nos termos já anteriormente explicitados, não existem quaisquer regras especiais para a constituição do Conselho de Administração, cujos membros são eleitos nos termos gerais, para esse efeito previstos no Código das Sociedades Comerciais. O vogal Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego é o administrador delegado, tendo-lhe sido conferidos poderes de gestão corrente da BCR, no quadro das políticas gerais aprovadas pelo Conselho de Administração. No administrador delegado foram delegados os seguintes poderes: I - Conjuntamente com outro administrador ou procurador com poderes para o acto: a) Abrir, movimentar e encerrar contas bancárias; b) Aceitar, sacar, endossar e pagar letras, cheques e extractos de factura, em contas já abertas em nome da BCR; c) Depositar dinheiro em bancos e outras instituições de crédito, em contas bancárias já abertas pela BCR; d) Nos termos especificamente definidos pelo CA, contrair e cancelar empréstimos junto de bancos e outras instituições de crédito, nacionais e/ou estrangeiras; e) Celebrar, revogar, denunciar, resolver ou cessar, por qualquer forma e a qualquer título, contratos de seguros, de locação, de leasing e de aluguer de longa duração; II - Isoladamente: a) Dentro dos limites das competências monetárias, autorizar pagamentos, ajustar e liquidar contas com devedores e credores; b) Assinar, expedir e receber correspondência; c) Pagar impostos e taxas, nomeadamente à Direcção Geral do Tesouro e Finanças e ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, reclamar liquidações indevidas e receber títulos de anulação e respectivas importâncias; d) Passar recibos e dar quitação; Página 27 RC 2014 e) Promover quaisquer actos do registo predial, comercial, automóvel e de propriedade industrial junto das competentes conservatórias, requerendo as inscrições, averbamentos e cancelamentos; f) Assinar todos os documentos que se mostrem necessários para retirar das estações postais, estações de caminho de ferro, e de qualquer outro local, encomendas, cartas simples registadas e tudo o que for endereçado à BCR; g) Contratar e exercer o poder disciplinar, de direcção e de supervisão do pessoal da BCR e, bem assim, representar a BCR nas suas relações com os trabalhadores; h) Preparar e apresentar aos administradores, com a antecedência adequada, todos os elementos necessários às deliberações a tomar pelo Conselho de Administração, de acordo com a agenda da respectiva reunião; i) Apresentar, ao Conselho de Administração, os assuntos que requeiram estudos técnicos específicos ou serviços especiais; j) Representar a BCR perante quaisquer Ministérios, Direcções Gerais, Departamentos Governamentais, Câmaras Municipais e perante quaisquer Repartições Públicas ou outras entidades, públicas ou privadas; k) Executar a gestão financeira, operacional, comercial, administrativa, publicitária e promocional da BCR; l) Representar a BCR em juízo e fora dele, activa ou passivamente, bem como propor e prosseguir quaisquer acções judiciais ou arbitrais, confessálas e delas desistir ou transigir e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem. Nos termos de regime jurídico aplicável às sociedades comerciais, nas sociedades com o modelo de governo como o da BCR (conselho de administração e conselho fiscal), a competência, para a apresentação de propostas de eleição dos membros do conselho de administração e do conselho fiscal é exclusiva dos accionistas em sede de assembleia geral. Nestes termos, não existe qualquer limitação estatutária à apresentação de propostas e eleição destes dois órgãos. No caso de renúncia ou impedimento definitivo para o exercício de algum administrador durante o seu mandato, o conselho de administração procede à cooptação de um novo membro, que terá que ser objecto de ratificação, por parte da primeira assembleia geral que se realize após a cooptação em causa. Página 28 RC 2014 REMUNERAÇÕES Em 2014, as remunerações dos membros do Conselho de Administração da BCR foram as seguintes: Nome Rem. Variável Rem. Fixa Benef. Definidos Total Vasco Maria Guimarães José de Mello* - - - - João Pedro Stilwell Roc ha e Melo* - - - - João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho* - - - - António José Lopes Nunes de Sousa* - - - - Daniel Alexandre Miguel Amaral* - - - - Mic hael Gregory Allen* - - - - 243 402 51 195 12 608 307 205 Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego** Miguel Athayde Marques*** 70 541 70 541 João Filipe Maia de Lima Mayer*** 70 541 70 541 Emanuel José Leandro Maranha das Neves*** 70 541 70 541 Total (em €) 455 025 51 195 12 608 518 828 *Nos termos da política internamente definida, os administradores da BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A., não auferem qualquer remuneração adicional, pelo desempenho de funções de administração nas participadas do Grupo. ** Administrador Delegado *** Administradores Independentes Os Administradores não executivos não auferem qualquer remuneração pelo exercício das suas funções. ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO Na assembleia Geral realizada em 26 de Novembro de 2013, foi deliberado alterar o órgão de fiscalização, sendo eleito um Conselho Fiscal, em substituição da estrutura de Fiscal Único, até então existente. Em 2014, as remunerações dos membros do Conselho Fiscal da BCR foram as seguintes: Nome Rem. Fixa Francisco Xavier Alves Joaquim Patrício Silva Tirso Olazabal Cavero 59 432 36 319 38 583 Total (em €) 134 334 Página 29 RC 2014 6 Gestão de Riscos – objectivos e políticas A Política de Gestão de Risco é determinada de forma integrada ao nível do grupo BRISA, envolvendo directamente os órgãos de administração das várias empresas do Grupo, bem como todas as demais estruturas organizativas. A Gestão de Riscos tem como objectivo garantir o crescimento sustentado dos negócios e salvaguardar o valor do Grupo Brisa, através da adopção das melhores práticas, permitindo capitalizar o conhecimento interno, na gestão efectiva dos riscos a que o grupo se encontra exposto, nomeadamente, nas vertentes ambiental, regulatória, financeira e operacional. Sendo um pilar essencial da política de Governo da Sociedade, a Gestão de Riscos, está presente na cultura da Brisa e nos processos de gestão, cabendo aos colaboradores a responsabilidade de mitigar os factores de risco minimizando o seu impacto e identificando, sempre que possível, oportunidades de melhoria e/ou retorno. Neste contexto, a política de gestão de risco da BCR é parte intrínseca do sistema integrado de gestão de riscos do grupo BRISA, que assenta num modelo integrado, estruturado, sistematizado e transversal, baseado na metodologia internacionalmente reconhecida – COSO (Committee of Sponsorship Organizations of the Treadway Commission) com o propósito de assegurar as melhores práticas de Governo Societário, nos seguintes aspectos: - Fixação de objectivos estratégicos em matéria de assunção de riscos; - Alinhamento dos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica do grupo; - Identificação dos principais riscos inerentes às actividades do grupo e respectivas causas; - Análise e medição do impacto e da probabilidade de ocorrência de cada um dos potenciais riscos; - Definição de mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adoptadas e monitorização da sua eficácia; - Adopção de mecanismos internos de informação e de comunicação sobre as diversas componentes do sistema, assim como alertas de riscos; - Avaliação periódica do sistema implementado e adopção das modificações que se considerem necessárias. Página 30 RC 2014 Para esse efeito foi implementada uma ferramenta que visa a gestão integrada do sistema de gestão de riscos, de acordo com os aspectos acima referidos, de modo a suportar o processo de convergência da Gestão de Riscos com o planeamento estratégico. Este sistema de gestão integrada de riscos, permite actualizar anualmente, a identificação e avaliação dos principais riscos do portfólio de negócios do Grupo Brisa, bem como a determinação das respectivas medidas de controlo e/ou mitigação, que no actual contexto, que ainda é de forte instabilidade económicofinanceira, adquire especial relevância, no suporte à gestão numa perspectiva estratégica de desenvolvimento sustentado de todo o Grupo Brisa. De acordo com o regime legal previsto para o modelo de governo adoptado pela BCR, conselho de administração e conselho fiscal, estes dois órgãos têm um papel fulcral na criação e acompanhamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos da sociedade, bem como na avaliação do seu funcionamento e ajustamentos às necessidades da sociedade. O sistema de controlo interno da BCR tem como principal objectivo garantir a qualidade do reporte financeiro. Neste sentido, o processo de preparação e divulgação de informação financeira está devidamente formalizado, sendo esta informação analisada de forma sistemática e regular pela gestão da BCR e supervisionada pelo Conselho Fiscal. Nos termos do levantamento dos riscos efectuado no âmbito do sistema anteriormente descrito, foram identificados os seguintes grandes grupos de riscos, que poderão afectar o normal desenvolvimento da actividade da BCR: Riscos Operacionais A BCR, ao posicionar-se como uma empresa de referência no sector das infraestruturas de transportes, assume a Gestão de Riscos, como um instrumento fundamental do desenvolvimento sustentável sua actividade. A preocupação sistemática no desenvolvimento de esforços, com especial enfoque na identificação dos riscos operacionais e na definição de medidas de Página 31 RC 2014 gestão e de boas práticas, enquadra-se na estratégia do Grupo, para fazer face às exigências de uma realidade global em constante mutação e onde a prevenção assume um carácter fulcral. Estas actividades permitem, não só a definição de medidas de mitigação, adequadas às actuais necessidades dos seus negócios, mas também a antecipação e prevenção de potenciais situações de risco. Em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho, o Grupo Brisa dispõe de uma estrutura especializada, que supervisiona e garante a coordenação central e local dos planos de segurança e saúde associados a actividades de risco. Riscos de Regulação & Compliance A operação de concessões de infraestruturas é objecto de regulação muito específica e em vários aspectos exaustiva. Neste quadro, o risco resultante de alterações regulatórias assume particular relevância. Na gestão do risco de regulação assume particular relevo a Direcção Jurídica, que acompanha de perto o processo de evolução regulatória da actividade da BCR, e propõe as medidas e soluções jurídicas que se mostrem mais adequadas ao normal desenvolvimento das várias actividades, de acordo com o quadro jurídico em cada momento vigente. Destaca-se o profundo trabalho desenvolvido nos últimos anos de conformação dos procedimentos e práticas com as novas exigências de demonstração e prova do cumprimento das normas de segurança aplicáveis na operação de autoestradas concessionadas. Riscos Ambientais A gestão ambiental, concretamente nas fases de projecto, construção e operação das auto-estradas, é um dos elementos essenciais do sistema de gestão de risco ao nível do Grupo BRISA. Nessa perspectiva, desde há muito que se desenvolvem iniciativas para a identificação de situações de risco ambiental, para se actuar de forma preventiva, na gestão de medidas minimizadoras do seu impacto, em conformidade com a Política Ambiental estabelecida na BCR, enquanto empresa integrante do Grupo BRISA adoptou nos seus processos de negócio uma nova vertente na gestão dos riscos ambientais, relacionada com a eco-eficiência, a qual constitui uma resposta avançada ao problema da Página 32 RC 2014 integração da gestão dos riscos ambientais em toda a cadeia de valor, não só ao nível da gestão dos impactos sobre o meio ambiente, mas também da gestão dos custos e benefícios relacionados. A existência de empresas certificadas ambientalmente pela norma ISO 14001, reconhecida internacionalmente como o referencial normativo que define as directrizes sobre a área de gestão ambiental nas empresas, bem como a adopção pelo Grupo Brisa, de directrizes específicas próprias (Política Ambiental), critérios de eco-eficiência, objectivos quantitativos públicos relativamente a indicadores ambientais críticos e de um Sistema de Informação de Gestão da Sustentabilidade, reforçam os seus padrões de exigência na procura da melhoria contínua e na promoção do desempenho sustentável dos seus negócios. Riscos de Sistemas de Informação A área de Sistemas de Informação constitui um instrumento fundamental para o crescimento sustentado da BCR, quer seja pela inovação contínua que tem aportado, nas áreas de tecnologias de informação e de comunicação, ao negócio, bem como pela contribuição para o aumento da eficácia e eficiência dos processos que o suportam. A definição de uma estratégia de médio e longo prazo de gestão de riscos de sistemas de informação, a sua concretização por via da implementação de uma solução de Recuperação de Desastre, por definição intimamente ligada aos processos de negócio, permite à organização reduzir significativamente o risco de perdas operacionais nessas circunstâncias, garantindo em simultâneo a eficácia dos investimentos efectuados e permitindo uma rápida reacção a todas as eventuais mudanças no ambiente dos negócios. O desenvolvimento sistemático e em paralelo de actividades em múltiplas áreas, como são exemplo os relacionados com a resiliência a falhas de infra-estruturas críticas e a implementação de soluções de segurança de informação, tem também proporcionado ao Grupo Brisa uma maior eficácia na resposta a este tipo de riscos. Relativamente aos controlos internos e processos de negócio de suporte de Sistemas de Informação, a organização tem vindo a reforçar a sua estrutura, através da reavaliação sistemática e constante dos mesmos, promovendo o Página 33 RC 2014 aprofundamento da adopção das melhores práticas nesta área, nomeadamente da framework ITIL, para a sua gestão. Nas actividades desenvolvidas em 2014 com influência significativa na mitigação destes riscos, destaca-se a continuação do reforço da implementação de uma política corporativa de sistemas de informação e, na sequência do projecto de avaliação da criticidade dos sistemas e aplicações que suportam os processos de negócio do Grupo, denominado de Business Impact Analysis (BIA), testes à implementação da Solução de Recuperação de Desastre, passando assim a organização, aquando da ocorrência de um Desastre, a assegurar a existência de todos os meios de Sistemas de Informação necessários à continuação das suas actividades de negócio. Riscos Financeiros A BCR, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-se exposta a um conjunto de riscos financeiros decorrentes da sua actividade. Merecem destaque os riscos de liquidez e de taxa de juro, decorrentes do seu passivo financeiro, e o risco de contraparte a que a empresa fica exposta na sequência da contratação de operações de cobertura de risco de taxa de juro e da aplicação de excedentes de tesouraria. Com a segregação e ring-fencing da Concessão Brisa, na BCR, os riscos financeiros a que esta empresa está sujeita foram fortemente mitigados através da implementação de uma estrutura financeira inovadora. De notar que a estrutura financeira da BCR incorpora o estabelecimento de uma política de cobertura de risco financeiro, a qual estabelece as principais regras e guidelines de gestão de risco, contemplando, por exemplo, um rácio mínimo de taxa fixa na estrutura de dívida, a não existência de exposições cambiais significativas não cobertas, bem como a solidez financeira mínima (em função do rating) exigida às contrapartes da empresa em operações financeiras. A BCR, mesmo num enquadramento macroeconómico adverso, tem vindo a demonstrar a sua forte capacidade de acesso a crédito, reforçando a sua posição de liquidez e mitigando o seu risco de refinanciamento. Página 34 RC 2014 7 Nota Final Nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 245º do Código de Valores Mobiliários e em cumprimento das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração submete à apreciação dos accionistas as demonstrações financeiras condensadas e o relatório de gestão referentes ao exercício de 2014, na firme convicção de que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação nele contida foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados do emitente, e que o relatório de gestão expõe fielmente as informações exigidas. São Domingos de Rana, 12 de Março de 2015 O Conselho de Administração Vasco Maria Guimarães José de Mello (presidente) João Pedro Stilwell Rocha e Melo João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho António José Lopes Nunes de Sousa Daniel Alexandre Miguel Amaral Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego Michael Gregory Allen Miguel José Pereira Athayde Marques João Filipe Maia de Lima Mayer Emanuel José Leandro Maranha das Neves Página 35 RC 2014 8 Proposta de Aplicação de Resultados Apurados os resultados do exercício de 2014, os mesmos apresentam um saldo positivo de 41 836 240,59€. Considerando as regras legais e estatutárias aplicáveis, nomeadamente o artigo 24.º dos estatutos, o Conselho de Administração deliberou aprovar duas propostas, a submeter separada e sucessivamente, à apreciação da Assembleia Geral Anual, nos seguintes termos: 1. Proposta de Aplicação de Resultados do Exercício de 2014 A conta de resultados líquidos apresenta, relativamente ao exercício de 2014, um saldo positivo de 41 836 240,59€. O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação de resultados: Reserva Legal (5%) 2 091 812,03€ Distribuição a título de dividendos 39 744 428,56€ 2. Proposta de distribuição de reservas livres Considerando a perspectiva de evolução positiva da actividade da sociedade, a par da política de remuneração adequada do accionista, o Conselho de Administração propõe a distribuição de reservas livres no montante de 122 653 294,25€. Página 36 RC 2014 9 Demonstrações Financeiras Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2013 e 2014 (montantes expressos em Euros) Notas Activos não correntes: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Adiantamentos por conta de activos fixos tangíveis Activos por impostos diferidos Outros activos não correntes Total de activos não correntes 10 11 10 12 Activos correntes: Existências Clientes e outros devedores Outros activos correntes Caixa e equivalentes Total de activos correntes 13 14 15 Total do activo Capital próprio: Capital Prestações acessórias Prémios de emissão de acções Reserva legal Outras reservas Resultado líquido do exercício Total de capital próprio 16 17 16 18 18 Passivos não correntes: Empréstimos Provisões Outros passivos não correntes Total de passivos não correntes 19 21 22 Passivos correntes: Provisões Fornecedores Empréstimos Fornecedores de investimentos Outros credores Outros passivos correntes Total de passivos correntes 21 27 19 27 23 Total do passivo e capital próprio 2014 2013 11 917 837 2 712 921 458 64 609 51 952 030 - 14 943 925 2 829 609 583 49 854 844 3 750 000 2 776 855 934 2 898 158 352 1 587 27 325 462 11 590 840 339 363 079 1 521 23 401 930 6 245 610 138 748 003 378 280 968 168 397 064 3 155 136 902 3 066 555 416 75 000 000 126 302 678 354 744 809 6 862 787 122 653 294 41 836 241 75 000 000 126 302 678 354 744 809 5 486 213 97 798 369 27 531 474 727 399 809 686 863 543 1 955 956 750 143 770 720 58 543 235 1 750 249 637 133 346 132 62 555 377 2 158 270 705 1 946 151 146 21 265 845 23 713 779 181 971 954 12 311 031 14 325 392 15 878 387 14 156 824 12 321 575 362 263 167 12 826 239 16 887 731 15 085 191 269 466 388 433 540 727 3 155 136 902 3 066 555 416 O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2014. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Página 37 RC 2014 Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2014 (montantes expressos em Euros) Notas Proveitos operacionais: Prestações de serviços Outros proveitos e ganhos operacionais Rédito associado a serviço de construção Total de proveitos operacionais Custos operacionais: Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Provisões, amortizações, depreciações, ajustamentos e reversões Impostos Outros custos operacionais Encargos associados a serviço de construção Total de custos operacionais 2014 2013 3 3 3 460 015 151 5 522 302 10 950 343 476 487 796 436 089 957 3 471 594 14 703 503 454 265 054 4 ( 120 914 471) ( 1 466 953) ( 159 735 759) ( 963 425) ( 115 175) ( 10 950 343) ( 294 146 126) ( 120 175 716) ( 1 393 470) ( 154 537 020) ( 887 530) ( 201 230) ( 14 703 503) ( 291 898 469) 182 341 670 162 366 585 10, 11, 20 e 21 3 Resultados operacionais Custos e perdas financeiros Proveitos e ganhos financeiros Resultados relativos a investimentos Resultado antes de impostos 6 6 6 ( 123 070 134) 4 168 705 63 440 241 ( 130 183 108) 4 774 240 492 817 37 450 534 Impostos sobre o rendimento Resultado líquido do exercício 7 ( 21 604 000) 41 836 241 ( 9 919 060) 27 531 474 24 ( 1 299 975) ( 1 299 975) 4 322 750 4 322 750 40 536 266 31 854 224 Outros rendimentos e gastos reconhecidos em capital próprio que serão reclassificados para resultados: Variação no justo valor dos instrumentos financeiros Rendimento reconhecido directamente no capital próprio Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do exercício Resultado por acção: Básico Diluído 8 8 2.79 2.79 1.84 1.84 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados e de outro rendimento integral do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Página 38 RC 2014 Demonstração das Alterações no Capital Próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2014 (montantes expressos em Euros) Notas Saldo em 1 de Janeiro de 2013 Resultado líquido do exercício de 2013 Aumento / (diminuição) do justo valor de instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do exercício Aplicação do resultado de 2012: Transferência para reserva legal Transferência para outras reservas Saldo em 31 de Dezembro de 2013 24 9 9 Saldo em 1 de Janeiro de 2014 Resultado líquido do exercício de 2014 Aumento / (diminuição) do justo valor de instrumentos financeiros de cobertura, liquído de imposto Total do resultado líquido e de outro rendimento integral do exercício Aplicação do resultado de 2013: Transferência para reserva legal Transferência para outras reservas Saldo em 31 de Dezembro de 2014 18 e 24 9 9 Prestações acess órias Prémios de emissão de acções 75 000 000 126 302 678 354 744 809 4 099 461 67 127 321 27 735 051 655 009 320 - - - - - 27 531 474 27 531 474 - - - - 4 322 749 4 322 749 27 531 474 4 322 749 31 854 223 75 000 000 126 302 678 354 744 809 1 386 752 5 486 213 26 348 299 97 798 369 ( 1 386 752) ( 26 348 299) 27 531 474 686 863 543 75 000 000 126 302 678 354 744 809 5 486 213 97 798 369 27 531 474 686 863 543 - - - - - 41 836 241 41 836 241 - - - - ( 1 299 975) ( 1 299 975) 41 836 241 ( 1 299 975) 40 536 266 75 000 000 126 302 678 354 744 809 1 376 574 6 862 787 26 154 900 122 653 294 ( 1 376 574) ( 26 154 900) 41 836 241 727 399 809 Capital Reserva legal Resultado líquido do exercício Outras reservas Total O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Página 39 RC 2014 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2014 (montantes expressos em Euros) Notas ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Fluxos gerados pelas operações Recebimento/(pagamento) do imposto sobre o rendimento Pagamentos para reposição de infraestruturas Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional Fluxos das actividades operacionais (1) ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de: Outros investimentos Activos fixos tangíveis e intangíveis Juros e proveitos similares 6 Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis e intangíveis Fluxos das actividades de investimento (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Juros e custos similares Instrumentos financeiros derivados Fluxos das actividades de financiamento (3) Variação de caixa e equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 2014 2013 443 079 838 ( 105 954 501) ( 1 449 667) 335 675 670 419 073 526 ( 102 980 277) ( 1 513 790) 314 579 459 ( 23 107 088) ( 17 318 941) 5 333 475 300 583 116 9 837 564 ( 8 911 778) 1 802 953 317 308 198 2 052 639 3 214 748 5 267 387 34 000 000 81 400 5 332 265 39 413 665 ( 14 820 837) ( 9 553 450) ( 16 668 708) 22 744 957 725 375 000 264 000 000 ( 720 985 409) ( 89 639 037) ( 5 165 143) ( 815 789 589) ( 90 414 589) ( 636 985 409) ( 98 519 282) ( 6 116 985) ( 741 621 676) ( 477 621 676) 200 615 077 ( 137 568 521) Caixa e equivalentes no início do exercício 15 138 747 797 276 316 318 Caixa e equivalentes no fim do exercício 15 339 362 874 138 747 797 O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014. O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Nº 62018 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Página 40 RC 2014 10 Anexos às Demonstração Financeiras em 31 de Dezembro de 2014 (montantes expressos em Euros) 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. (“Empresa” ou “BCR”), anteriormente denominada por MCall – Serviços de Telecomunicações, S.A., foi constituída em 2001 e desde 30 de Abril de 2010, em resultado da cisão da unidade de desenvolvimento da actividade de prestação de serviços de call center para uma nova sociedade e consequente alteração do contrato da sociedade, tem como actividade principal a construção, conservação e exploração de auto-estradas e respectivas áreas de serviço, em regime de concessão, bem como o estudo e realização de infraestruturas de equipamento social. A cisão mencionada foi realizada em Abril de 2010, com efeitos contabilísticos reportados a 1 de Janeiro de 2010, mediante o destaque de parte do respectivo património associado à unidade de prestação de serviços de “call center”. Em 22 de Dezembro de 2010, a Empresa, que integra o perímetro de consolidação do Grupo Brisa, recebeu por transmissão da Brisa – Auto-Estradas de Portugal, S.A. (“BAE”), a sua posição no contrato de concessão aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 198-B/2008, de 31 de Dezembro (a “Concessão Brisa”). Esta operação foi acompanhada pela entrega pela BAE de um conjunto de activos e passivos afectos à Concessão Brisa, consubstanciando no seu conjunto uma entrada em espécie para realização de acções no âmbito de um aumento de capital ocorrido em 22 de Dezembro de 2010. Através do Decreto-Lei nº 467/72, de 22 de Novembro, foram definidas as bases da Concessão Brisa, nomeadamente, a construção, conservação e exploração de auto-estradas. Desde então as bases de concessão têm sido objecto de revisão periódica, com introdução de alterações que se projectam no clausulado do contrato de concessão. O Decreto-Lei nº 294/97 de 24 de Outubro, o Decreto-Lei nº 287/99, de 28 de Julho, o Decreto-Lei nº 314 A/2002, de 26 de Dezembro, e o Decreto-Lei nº247-C/2008, de 30 de Dezembro, aprovaram as bases de concessão actualmente em vigor, das quais, pela sua importância e impacto na situação económica e financeira da Empresa, são de destacar: • A extensão total da rede de auto-estradas concessionada foi fixada em 1 100 quilómetros, os quais estão na sua totalidade abertos ao tráfego, com excepção do acesso ao novo aeroporto cuja extensão definitiva depende da sua localização, sendo que 86 quilómetros não se encontram sujeitos a portagens. • O termo do prazo de concessão foi fixado em 31 de Dezembro de 2035 e os activos fixos tangíveis e intangíveis directamente relacionados com a concessão, que se encontram reconhecidos nas demonstrações financeiras, reverterão para o Estado no final do mesmo. • O capital social mínimo da Empresa é de 75 milhões de Euros. • Nos últimos cinco anos da concessão poderá o Estado, mediante o pagamento de uma indemnização à Concessionária, proceder ao seu resgate. A fiscalização da concessão é da competência do Ministério das Finanças, para as questões financeiras, e do Ministério da tutela do sector rodoviário para as demais. Página 41 RC 2014 2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as disposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro, efectivas para os exercícios iniciados em 1 de Janeiro de 2014, conforme adoptadas na União Europeia. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), quer as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”) emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e Standing Interpretation Committee (“SIC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “IFRS”. Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas As normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014, das quais não advieram impactos relevantes nestas demonstrações financeiras, são como segue: Norma / Interpretação Data de eficácia (exercícios iniciados em ou após) IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas 01-Jan-2014 Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras consolidadas por parte da empresamãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação. IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-Jan-2014 Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos. IFRS 12 – Divulgações sobre participações noutras entidades 01-Jan-2014 Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas. IFRS 10 e IFRS 12 - Emenda (Entidades de investimento) 01-Jan-2014 Esta emenda vem introduzir uma dispensa de consolidação para determinadas entidades que se enquadrem na definição de entidade de investimento. Estabelece ainda as regras de mensuração dos investimentos detidos por essas entidades de investimento. IFRIC 21 – Pagamentos ao Estado 01-Jan-2014 Esta interpretação vem estabelecer as condições quanto à tempestividade do reconhecimento de uma responsabilidade relacionada com o pagamento ao Estado de uma contribuição por parte de uma entidade em resultado de determinado evento (por exemplo, a participação num determinado mercado), sem que o pagamento tenha por contrapartida bens ou serviços especificados. Página 42 RC 2014 Norma / Interpretação Data de eficácia (exercícios iniciados em ou após) IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas (2011) 01-Jan-2014 Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas. IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011) 01-Jan-2014 Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos. IAS 32 – Emenda (Compensação entre activos e passivos financeiros) 01-Jan-2014 Esta emenda vem clarificar determinados aspectos da norma relacionados com a aplicação dos requisitos de compensação entre activos e passivos financeiros. IAS 36 - Emenda (Divulgações sobre a quantia recuperável de activos não financeiros) 01-Jan-2014 Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com goodwill ou intangíveis com vida útil indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os activos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor menos custos para vender. IAS 39 - Emenda (Reformulação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura) 01-Jan-2014 Esta emenda vem permitir, em determinadas circunstâncias, a continuação da contabilidade de cobertura quando um derivado designado como instrumento de cobertura é reformulado. Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas Até à data de aprovação destas demonstrações financeiras foram aprovadas (“endorseds”) pela União Europeia, as seguintes normas, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros: Norma / Interpretação Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2011-2013) Data de eficácia (exercícios iniciados em ou após) 01-Jan-2015 Estas melhorias envolvem a clarificação de alguns aspectos relacionados com as normas IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, IFRS 3 – Concentração de Actividades Empresariais, IFRS 13 – Mensuração ao Justo Valor e IAS 40 – Propriedades de Investimento. Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pela empresa no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, em virtude de a sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não é esperado qualquer impacto significativo decorrente da adopção das referidas alterações. Página 43 RC 2014 As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, passíveis de aplicação às operações da empresa, mas com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, adoptadas (“endorsed”) pela União Europeia: Norma / Interpretação IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (2009) e emendas posteriores Esta norma insere-se no projecto de revisão da IAS 39 e estabelece os requisitos para a classificação e mensuração de activos e passivos financeiros e para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura. IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes Esta norma vem introduzir uma estrutura de reconhecimento do rédito baseada em princípios e assente num modelo a aplicar a todos os contratos celebrados com clientes. Emendas às normas IAS 16 – Activos Fixos Tangíveis e IAS 38 – Activos Intangíveis Estas emendas vêm clarificar quais os métodos de amortização de activos fixos tangíveis e de activos intangíveis que são permitidos. Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Divulgações) Esta emenda vem introduzir um conjunto de indicações e orientações que visam melhorar e simplificar as divulgações no contexto dos actuais requisitos de relato das IFRS. Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclos 2010-2012 e 2012-2014) Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas. As demonstrações financeiras foram preparadas segundo a convenção do custo histórico, excepto no caso dos instrumentos financeiros. As principais políticas contabilísticas adoptadas são apresentadas a seguir. 2.2. Activos intangíveis Os activos intangíveis compreendem, essencialmente, direitos de concessão e encontram-se registados ao custo de aquisição ou construção, deduzido das amortizações acumuladas e perdas por imparidade. Os activos intangíveis apenas são reconhecidos se for provável que dos mesmos advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam por este controláveis e o respectivo valor seja mensurável com fiabilidade. Os activos intangíveis gerados internamente, nomeadamente, as despesas com investigação e desenvolvimento corrente são registados como gasto quando incorridos. As amortizações são calculadas a partir do momento em que os activos se encontram disponíveis para utilização, pelo método das quotas constantes, em conformidade com o período de utilidade esperada dos activos em causa. Os activos intangíveis directamente relacionados com a Concessão Brisa são amortizados até ao termo do prazo da mesma, actualmente fixado em 31 de Dezembro de 2035. Os activos intangíveis para os quais não seja previsível a existência de um período limitado de geração de benefícios económicos futuros, são designados activos intangíveis de vida útil indefinida. Estes activos não são amortizados e estão sujeitos a testes de imparidade anuais. 2.3. Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis utilizados na prestação de serviços ou para uso administrativo são registados ao custo de aquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis à compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas por imparidade, quando aplicável. Página 44 RC 2014 Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo método das quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada, a partir da data em que os mesmos se encontram disponíveis para serem utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Anos de vida útil Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo 10 1 a 20 3a6 4 1 a 10 Os activos fixos tangíveis directamente relacionados com a concessão reverterão para o concedente no final do contrato, sendo depreciados nas respectivas vidas úteis estimadas tendo como limite o final do prazo de concessão. 2.4. Locações Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos locados; e, (ii) locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à sua posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o activo fixo tangível, as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações do activo fixo tangível são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral do exercício a que respeitam. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral numa base linear durante o período do contrato de locação. 2.5. Imparidade de activos não correntes É efectuada uma avaliação de imparidade à data da demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Em caso de existência de indícios, a Empresa procede à determinação do valor recuperável do activo, de modo a determinar a eventual extensão da perda por imparidade. Nas situações em que o activo individualmente não gera cash-flows de forma independente de outros activos, a estimativa do valor recuperável é efectuada para a unidade geradora de caixa a que o activo pertence. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral na rubrica “Provisões, amortizações, depreciações, ajustamentos e reversões”. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido (valor de venda, deduzido dos custos para vender) e valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados decorrentes do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. Página 45 RC 2014 A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral como “Provisões, amortizações, depreciações, ajustamentos e reversões”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização) caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores. 2.6. Custos de financiamento Os custos com empréstimos são reconhecidos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral do exercício a que respeitam. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos tangíveis e intangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida na data em que o mesmo se encontra disponível para ser utilizado no uso pretendido, ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer rendimentos financeiros gerados por empréstimos obtidos antecipadamente e correspondentes a um investimento específico são deduzidos aos gastos financeiros elegíveis para capitalização. 2.7. Resultado das operações O resultado das operações inclui a totalidade dos gastos e rendimentos das operações, quer sejam recorrentes ou não recorrentes, incluindo os gastos com reestruturações e os gastos e rendimentos associados a activos operacionais (activos fixos tangíveis e intangíveis). Assim, excluem-se dos resultados operacionais os gastos líquidos de financiamento e os impostos sobre o rendimento. 2.8. Provisões As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa, na data de relato, dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. Em particular são constituídas provisões para fazer face às obrigações contratuais de manter ou repor as infra-estruturas, operadas ao abrigo do contrato de concessão, a um nível de serviço específico, tendo por base os planos de intervenções programadas, nomeadamente no que respeita a repavimentações. 2.9. Instrumentos financeiros Activos e passivos financeiros são reconhecidos quando a Empresa se constitui parte na respectiva relação contratual. Caixa e equivalentes Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes” correspondem aos valores disponíveis em caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, que possam ser imediatamente mobilizáveis com insignificante risco de alteração de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de “Caixa e equivalentes” compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos”, na demonstração da posição financeira. Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a doze meses da data da demonstração da posição financeira, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida e para os quais não existe a intenção e capacidade de os manter até essa data. Página 46 RC 2014 Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado através da taxa de juro efectiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos. Activos e passivos financeiros ao custo amortizado Os activos e passivos financeiros ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas incluem: − Contas a receber; − Contas a pagar. O custo amortizado corresponde à quantia pela qual um activo financeiro ou passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efectiva, de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura A Empresa tem como política recorrer a instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efectuar a cobertura dos riscos financeiros a que se encontra exposta, decorrentes de variações nas taxas de juro. Neste sentido, a Empresa não recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com objectivos especulativos. O recurso a instrumentos financeiros obedece às políticas internas aprovadas pelo Conselho de Administração. Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O método de reconhecimento depende da natureza e objectivo da sua contratação. Contabilidade de cobertura A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39, nomeadamente, quanto à respectiva documentação e efectividade. As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como cobertura de justo valor são reconhecidas como resultado financeiro do exercício, bem como as alterações no justo valor do activo ou passivo sujeito àquele risco. As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como cobertura de cashflow são registadas em “Outras reservas” na sua componente eficaz e em resultados financeiros na sua componente não eficaz. Os valores registados em “Outras reservas” são transferidos para resultados financeiros no exercício em que o item coberto tem igualmente efeito em resultados. A contabilização de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, é vendido ou exercido, ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na IAS 39. Instrumentos de negociação Relativamente aos instrumentos financeiros derivados que, embora contratados com o objectivo de efectuar cobertura económica, de acordo com as políticas de gestão de risco da Empresa, não cumpram todas as disposições da IAS 39 no que respeita à possibilidade de qualificação como contabilidade de cobertura, as respectivas variações no justo valor são registadas na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral no exercício em que ocorrem. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor dos activos e passivos financeiros é determinado da seguinte forma: • O justo valor de activos e passivos financeiros com condições padronizadas e transaccionados em mercados activos é determinado com referência aos valores de cotação; • O justo valor de outros activos e passivos financeiros (excepto instrumentos financeiros derivados) é determinado de acordo com modelos de avaliação geralmente aceites, com base em análise de cashflows descontados, tendo em consideração preços observáveis em transacções correntes no mercado; Página 47 RC 2014 • O justo valor de instrumentos financeiros derivados é determinado com referência a valores de cotação. No caso de não estarem disponíveis valores de cotação, o justo valor é determinado com base em análise de cash-flows descontados, os quais incluem pressupostos não suportados em preços ou taxas observáveis no mercado. Imparidade de activos financeiros Os activos financeiros classificados na categoria “ao custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato, quando existe a indicação de que estes possam estar em imparidade. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultados de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados negativamente. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente nos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Provisões, amortizações, depreciações, ajustamentos e reversões” no exercício em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante de perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica “Provisões, amortizações, depreciações, ajustamentos e reversões”. Desreconhecimento de activos e passivos financeiros A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. 2.10. Activos e passivos contingentes Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados no seu anexo, quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados no respectivo anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objecto de divulgação. 2.11. Rédito e especialização de exercícios Os rendimentos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral do exercício em que são realizados. Quando é possível ser estimado com fiabilidade, o resultado dos contratos de construção, ou seja, os correspondentes gastos e rendimentos, é reconhecido por referência à percentagem de acabamento do contrato na data de relato. A percentagem de acabamento é determinada de acordo com as fases de realização dos trabalhos efectuados na obra. Quando não é possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é reconhecido até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se espera recuperar. Os gastos do contrato são reconhecidos no exercício em que são incorridos. Quando é provável que os gastos do contrato vão exceder os seus rendimentos, a correspondente perda esperada é reconhecida de imediato como um gasto. Os juros e rendimentos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável. Página 48 RC 2014 Os gastos e rendimentos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Os gastos e os rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorram em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”. 2.12. Impostos sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor. Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos activos e dos passivos para efeitos de registo contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e periodicamente avaliados, utilizando-se as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias. São reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Periodicamente é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos, no sentido de os reconhecer ou ajustar em função da expectativa actual de recuperação futura. 2.13. Subsídios Os subsídios estatais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor, quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral de acordo com os gastos incorridos. Os subsídios ao investimento relacionados com a aquisição de activos fixos tangíveis e intangíveis foram deduzidos ao valor desses activos e reconhecidos na demonstração dos resultados e de outro rendimento integral em quotas constantes de forma consistente e proporcional com as depreciações dos activos a cuja aquisição se destinaram. 2.14. Julgamentos críticos/estimativas na aplicação das políticas contabilísticas A preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os princípios de reconhecimento e mensuração das IFRS, requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que poderão afectar o valor dos activos e passivos apresentados, em particular activos por impostos diferidos, activos intangíveis, activos fixos tangíveis e provisões, as divulgações de activos e passivos contingentes à data das demonstrações financeiras, bem como os seus rendimentos e gastos. Essas estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas acções que se planeiam realizar, sendo permanentemente revistas com base na informação disponível. Alterações nos factos e circunstâncias podem conduzir à revisão das estimativas, pelo que os resultados reais futuros poderão diferir daquelas estimativas. As estimativas e pressupostos significativos formulados pelo Conselho de Administração na preparação destas demonstrações financeiras incluem, nomeadamente, os impostos diferidos, as vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis, as análises de imparidade e as provisões. Página 49 RC 2014 2.15. Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira, se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras. 3. PROVEITOS OPERACIONAIS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os proveitos operacionais tinham a seguinte composição: 2014 Prestações de serviços: Portagens Áreas de serviço Outros proveitos e ganhos operacionais: Compensação por perdas de exploração (Nota 22) Multas de portagens Recuperação de receita Aluguer de condutas Ganhos em activos fixos tangíveis e intangíveis Outros Rédito associado a serviço de construção (a) Total de proveitos operacionais 2013 451 098 619 8 916 532 460 015 151 427 483 390 8 606 567 436 089 957 1 572 225 1 515 282 1 250 387 1 083 410 25 734 75 264 5 522 302 1 572 225 233 506 404 729 1 201 892 44 528 14 714 3 471 594 10 950 343 14 703 503 476 487 796 454 265 054 (a) No âmbito do contrato de concessão da BCR, enquadrável na IFRIC 12, a actividade de construção é subcontratada externamente a entidades especializadas. Por conseguinte, a BCR não tem qualquer margem na construção dos activos afectos à concessão, pelo que o rédito e os encargos associados a serviço de construção destes activos apresentam igual montante. Página 50 RC 2014 4. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Os fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 tinham a seguinte composição: 2014 Operação e manutenção Apoio logístico e administrativo Serviços de cobrança electrónica Conservação e reparação: Lanços de auto-estrada Outros Assistência técnica e administrativa Seguros Apoio jurídico e fiscal Estudos e parceres Combustíveis Publicidade e propaganda Contencioso e indemnizações Comunicações Outros 5. 2013 83 078 907 20 593 211 9 222 818 82 896 145 20 521 988 9 054 065 1 466 237 295 303 1 552 124 1 454 513 406 751 373 817 364 295 357 711 331 934 327 130 1 089 720 120 914 471 1 772 558 350 745 1 437 929 1 509 969 186 923 191 849 402 020 563 278 143 743 695 197 449 307 120 175 716 LOCAÇÕES OPERACIONAIS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram reconhecidos gastos de 84 624 Euros e 61 751 Euros, respectivamente, relativos a rendas de contratos de locação operacional. As rendas vincendas de contratos de locação operacional em vigor em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 apresentavam as seguintes maturidades: Ano 2014 2014 2015 2016 2017 2018 16 873 13 742 13 742 11 719 56 076 Página 51 2013 25 894 3 825 29 719 RC 2014 6. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 tinham a seguinte composição: 2014 Custos e perdas: Juros suportados Actualização financeira de provisões para reposição de infraestruturas (Nota 21) Outros custos financeiros (a) Proveitos e ganhos: Juros obtidos Outros 98 427 176 103 969 115 8 016 925 16 626 033 123 070 134 6 024 789 20 189 204 130 183 108 4 167 654 1 051 4 168 705 4 773 092 1 148 4 774 240 - 492 817 ( 118 901 429) ( 124 916 051) Resultados relativos a investimentos: Obrigações Deutsche Bank (b) Resultados financeiros 2013 (a) Esta rubrica inclui essencialmente custos com serviços bancários e encargos de montagem de financiamentos, os quais fazem parte integrante do custo efectivo dos financiamentos. (b) Esta rubrica compreende juros decorrentes das obrigações Deutsche Bank AG Floating Rate Note, no montante de 34 000 000 Euros, as quais foram reembolsadas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013. 7. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 23%, que pode ser incrementada pela derrama até à taxa máxima de 1,5% do lucro tributável. Adicionalmente, a taxa nominal de imposto poderá variar entre 24,5% e 31,5%, dependendo do valor de lucro tributável (“LT”) apurado, sobre o qual incidirá derrama estadual às seguintes taxas: - Derrama estadual: 3% sobre o LT se 1,5M€ < LT <= 7,5M€; 5% sobre o LT se 7,5M€ < LT <= 35M€; e 7% sobre o LT > 35M€ A Empresa é tributada em sede de IRC ao abrigo do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades ("RETGS") integrada num grupo em que a sociedade dominante é a BAE. Este regime consiste na agregação dos resultados tributáveis de todas as empresas incluídas no perímetro de tributação, deduzidos dos dividendos distribuídos, aos quais será aplicável a taxa de IRC acrescida da respectiva derrama. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2011 a 2014 ainda poderão estar sujeitas a revisão. Página 52 RC 2014 No exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, a Empresa recepcionou o Relatório de Inspecção Tributária relativo ao exercício de 2012, no qual, à semelhança do expresso nos Relatórios de Inspecção Tributária relativos aos exercícios de 2007 a 2010 da BAE e 2011 da BCR, a Autoridade Tributária (“AT”) conclui quanto ao inadequado enquadramento legal e fiscal da operação de titularização de créditos futuros no montante de 400 000 000 Euros, realizada em 19 de Dezembro de 2007 e transferida para a BCR, incorporada nos activos e passivos afectos à Concessão Brisa (Nota 1), considerando não ser a mesma enquadrável no regime jurídico da titularização de créditos, estabelecido no Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 82/02 de 5 de Abril, e como tal não aplicável o regime fiscal previsto no Decreto-Lei nº 219/2001, de 4 de Agosto, ambos alterados pelo Decreto-Lei 303/2003 de 5 de Dezembro. Em face do exposto, a AT considera que: • Os proveitos correspondentes às prestações de serviços das quais derivam os créditos futuros cedidos são imputáveis, fiscal e contabilisticamente, aos períodos de tributação em que foram gerados; • No apuramento do lucro tributável da Empresa dos exercícios de 2012 e 2011 (já inspeccionados) foi incorrectamente deduzido o montante de 80 000 000 Euros. É entendimento do Conselho de Administração, suportado no parecer dos seus consultores e peritos jurídicos, contabilistas e fiscais, que o tratamento considerado para a referida operação se encontra adequadamente enquadrado do ponto de vista legal e, consequentemente, contabilístico e fiscal. Sendo assim, o Conselho de Administração considera que as correcções propostas e constantes do Relatório de Inspecção Tributária referentes aos períodos de tributação de 2012 e 2011 não têm qualquer provimento, pelo que a BCR utilizará todos os instrumentos de defesa que tem à sua disposição, como contribuinte, para fazer valer categoricamente o tratamento dado a esta operação sob todas as suas perspectivas. Face ao exposto, em 31 de Dezembro de 2014 não se encontra constituída qualquer provisão para o efeito. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões ou inspecções fiscais às restantes declarações de impostos sujeitas a revisão não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2014. O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis (“PFR”) apurados nos períodos de tributação de 2013 e 2012 é de cinco períodos de tributação (este prazo é de quatro anos para os PFR apurados nos períodos de tributação de 2011 e 2010 e de seis anos para os períodos de tributação anteriores). Com a Reforma do IRC, os PFR apurados nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014 passaram a ser deduzidos aos lucros tributáveis dos doze períodos de tributação seguintes. A dedução a efectuar em cada um dos períodos de tributação passa a estar limitada a 70% do respectivo lucro tributável. Através da Lei n.º 82-B/2014 de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2015, a taxa de IRC desceu para 21%. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, estas alterações apenas tiveram impacto ao nível dos impostos diferidos, considerando que a taxa a ser utilizada para a sua mensuração depende da taxa de imposto a aplicar sobre o lucro tributável à data da sua reversão. O imposto sobre o rendimento reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi como segue: 2014 Imposto corrente Impostos diferidos (Nota 12) Imposto sobre resultados de exercícios anteriores Página 53 23 834 188 ( 2 084 397) ( 145 791) 21 604 000 2013 14 879 006 ( 4 899 820) ( 60 126) 9 919 060 RC 2014 A reconciliação do resultado líquido com o imposto do exercício era como segue: 2014 Resultado líquido do exercício Proveitos não tributáveis e outras deduções: Utilização de provisões (Nota 21) Reversão de provisões (Nota 21) Instrumentos financeiros derivados Utilização de perdas por imparidade Reversão de perdas por imparidade Imposto sobre resultados de exercícios anteriores Impostos diferidos (Nota 12) Custos não dedutíveis para efeitos fiscais: Constituição de provisões (Nota 21) Constituição de perdas por imparidade Reintegrações e amortizações não aceites Imposto sobre o rendimento Outros Lucro tributável Taxa de imposto sobre o rendimento Imposto calculado Tributação autónoma Derrama Derrama estadual Imposto sobre resultados de exercícios anteriores (Constituição)/reversão de impostos diferidos (Nota 12) Imposto sobre o rendimento Taxa efectiva de imposto 8. 2013 41 836 241 27 531 474 ( 15 603 430) ( 8 857 229) ( 1 271 512) ( 1 581 777) ( 1 250 000) ( 145 791) ( 2 084 397) ( 30 794 136) ( 12 596 932) ( 6 737 771) ( 1 486 187) ( 60 126) ( 4 899 820) ( 25 780 836) 42 258 636 1 084 833 23 834 188 95 67 177 752 78 219 857 23% 17 990 567 89 933 1 173 298 4 580 390 ( 145 791) ( 2 084 397) 21 604 000 26 782 608 4 418 642 4 194 14 870 443 277 46 076 164 47 826 802 25% 11 956 701 8 563 717 402 2 196 340 ( 60 126) ( 4 899 820) 9 919 060 34,05% 26,49% RESULTADO POR ACÇÃO O resultado por acção básico e diluído dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes: 2014 2013 Resultado por acção básico e diluído Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído (resultado líquido do exercício) 41 836 241 27 531 474 Número médio ponderado de acções para efeito de cálculo do resultado líquido por acção básico e diluído 15 000 000 15 000 000 2,79 1,84 Resultado líquido por acção básico e diluído Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 não existiram efeitos diluidores, pelo que os resultados por acção básico e diluído são idênticos. Página 54 RC 2014 9. DIVIDENDOS E APLICAÇÃO DOS RESULTADOS Nas Assembleias Gerais de Accionistas realizadas em 28 de Fevereiro de 2014 e 4 de Março de 2013 foram deliberadas as seguintes aplicações dos resultados líquidos dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012: 2014 Reserva legal Outras reservas 10. 2013 1 376 574 26 154 900 27 531 474 1 386 752 26 348 299 27 735 051 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido no valor dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: 2014 Edifícios e outras cons truções Activo bruto: Saldo inicial Adições Alienações Abates Transferências Saldo final Depreciações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial Reforços Reduções Abates Saldo final Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento adm inistrativo Activos fixos tangíveis em curso Ferramentas e utensílios Adiantamentos por activos fixos tangíveis Total 31 490 - 127 195 881 3 349 998 ( 717 233) ( 1 168 837) 299 986 1 471 594 360 236 ( 186 984) - 284 959 - 129 - 595 925 ( 130 273) ( 299 986) 64 609 - 129 579 978 3 644 570 ( 904 217) ( 1 168 837) - 31 490 128 959 795 1 644 846 284 959 129 165 666 64 609 131 151 494 31 490 - 113 684 601 6 228 508 ( 710 699) ( 1 168 837) 646 682 297 622 ( 118 144) - 273 151 4 545 - 129 - - - 114 636 053 6 530 675 ( 828 843) ( 1 168 837) 31 490 118 033 573 826 160 277 696 129 - - 119 169 048 - 10 926 222 818 686 7 263 - 165 666 64 609 11 982 446 Valor líquido 2013 Edifícios e outras cons truções Activo bruto: Saldo inicial Adições Alienações Abates Transferências Saldo final Depreciações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial Reforços Reduções Abates Saldo final Valor líquido Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento adm inistrativo Activos fixos tangíveis em curso Ferramentas e utensílios Adiantamentos por activos fixos tangíveis Total 31 490 - 126 307 704 1 397 161 ( 730 049) 221 065 1 539 765 206 211 ( 274 382) - 284 118 841 - 129 - 120 649 475 276 - 221 065 ( 221 065) 128 504 920 2 079 489 ( 274 382) ( 730 049) - 31 490 127 195 881 1 471 594 284 959 129 595 925 - 129 579 978 31 490 - 106 795 376 7 615 081 ( 725 856) 497 619 277 127 ( 128 064) - 210 919 62 232 - 129 - - - 107 535 533 7 954 440 ( 128 064) ( 725 856) 31 490 113 684 601 646 682 273 151 129 - - 114 636 053 - 13 511 280 824 912 11 808 - 595 925 - 14 943 925 Página 55 RC 2014 11. ACTIVOS INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido nos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: Direitos Activo bruto: Saldo inicial Adições Transferências Custos financeiros capitalizados Licenças e software 2014 Activos intangíveis em curso Total 4 626 483 311 6 389 267 6 821 866 - 298 540 3 360 - 14 357 151 4 961 076 ( 6 821 866) 219 346 4 641 139 002 11 353 703 219 346 4 639 694 444 301 900 12 715 707 4 652 712 051 1 811 400 829 128 173 773 128 590 87 401 - 1 811 529 419 128 261 174 Saldo final 1 939 574 602 215 991 - 1 939 790 593 Valor líquido 2 700 119 842 85 909 12 715 707 2 712 921 458 Saldo final Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial Reforços Direitos Activo bruto: Saldo inicial Adições Transferências Custos financeiros capitalizados Licenças e software 2013 Activos intangíveis em curso Total 4 619 910 779 6 572 532 - 99 753 74 402 124 385 - 7 345 510 6 964 610 ( 124 385) 171 416 4 627 356 042 13 611 544 171 416 4 626 483 311 298 540 14 357 151 4 641 139 002 1 683 582 739 127 818 090 44 957 83 633 - 1 683 627 696 127 901 723 Saldo final 1 811 400 829 128 590 - 1 811 529 419 Valor líquido 2 815 082 482 169 950 14 357 151 2 829 609 583 Saldo final Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial Reforços Em 31 de Dezembro de 2014, o valor bruto dos activos intangíveis inclui, essencialmente: (i) Direito de exploração da Concessão Brisa, obtido como contrapartida dos serviços de construção de auto-estradas e infraestruturas associadas a essa concessão, o qual ascende a 4 155 841 821 Euros, dos quais 241 389 173 Euros são relativos à capitalização de encargos financeiros; (ii) Pagamento ao Estado (entidade concedente) como contrapartida do direito de cobrar portagens na CREL a partir de 1 de Janeiro de 2003, nos termos do Decreto-Lei nº 314 A/2002, de 26 de Dezembro – 236 318 343 Euros; (iii) Valor decorrente do Acordo Global celebrado com o Estado e a Estradas de Portugal, S.A. e correspondentes alterações das Bases da Concessão (Decreto-Lei nº 247-C/2008, de 30 de Dezembro) – 158 100 000 Euros (Nota 22); (iv) Encargos assumidos na renegociação do contrato de concessão ocorrido no exercício de 1991, de que resultou o alargamento do período de concessão inicialmente estabelecido – 101 749 989 Euros. Página 56 RC 2014 12. IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, de acordo com as diferenças temporárias que os originam, era o seguinte: 2014 2013 Provisões para reposição de infraestruturas Instrumentos financeiros derivados Provisões não consideradas fiscalmente 47 953 025 3 960 425 38 580 51 952 030 45 603 085 4 215 934 35 825 49 854 844 O movimento ocorrido nos activos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi como segue: 2014 Saldo inicial 2013 49 854 844 46 061 365 ( 3 251 053) 132 229 ( 2 616) ( 3 121 440) 3 265 372 ( 133 497) 2 843 3 134 718 5 600 993 ( 400 527) 5 371 5 205 837 2 203 706 ( 430 994) ( 7 610) 1 765 102 2 084 397 4 899 820 Efeito em capital próprio: Efeito de alteração de taxa: (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros ( 400 732) 468 096 Movimento do exercício: (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros 413 521 ( 1 574 437) 12 789 ( 1 106 341) 51 952 030 49 854 844 Efeito em resultados: Efeito de alteração de taxa: Movimento das provisões para reposição de infraestruturas (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros Movimento das provisões não consideradas fiscalmente Movimento do exercício: Movimento das provisões para reposição de infraestruturas (Valorização) / desvalorização de instrumentos financeiros Movimento das provisões não consideradas fiscalmente Sub-total (Nota 7) Sub-total Saldo final Página 57 RC 2014 13. CLIENTES E OUTROS DEVEDORES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição: 2014 Clientes: Portagens Empresas do grupo e partes relacionadas (Nota 27) Outros Clientes de cobrança duvidosa Outros devedores: Pessoal Expropriações em contencioso (a) Outros Outros devedores de cobrança duvidosa Perdas por imparidade acumuladas (Nota 20) 2013 21 769 886 18 419 1 702 861 20 344 063 43 835 229 19 040 495 25 110 1 628 324 19 540 827 40 234 756 2 979 3 831 317 41 505 3 875 801 8 437 738 928 1 960 636 2 603 635 5 311 636 ( 20 385 568) 27 325 462 ( 22 144 462) 23 401 930 (a) Este montante é relativo a expropriações litigiosas que, em 31 de Dezembro de 2013, se encontravam em fase de recurso e corresponde à diferença entre os valores depositados pela Empresa à ordem dos tribunais (valor definido pela arbitragem) e as sentenças por estes proferidas. Esta diferença foi registada por contrapartida de activos intangíveis. As contas a receber de terceiros resultam da actividade operacional e encontram-se deduzidas de perdas por imparidade acumuladas. Estas são estimadas com base na informação disponível e experiência passada. Face à natureza das operações da Empresa não existe concentração significativa de risco de crédito. 14. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição: Estado e outros entes públicos: Imposto sobre o Rendimento Retenções na fonte Acréscimos de proveitos: Juros a receber Outros acréscimos de proveitos (a) Custos diferidos: Seguros Rendas Outros custos diferidos 2014 2013 2 685 542 2 960 484 1 945 714 6 085 792 8 031 506 992 820 1 362 623 2 355 443 739 401 2 601 131 790 873 792 816 742 2 601 110 340 929 683 11 590 840 6 245 610 (a) Em 31 de Dezembro de 2014 esta rubrica incluía o montante de indemnização expectável a receber da ESAF/Edifundo pelos gastos incorridos com as intervenções necessárias ao restabelecimento da normalidade da circulação na CREL, na sequência do desabamento de terras que teve lugar a 22 de Janeiro de 2010. Página 58 RC 2014 No exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foi celebrado um acordo entre a BCR e o Edifundo, o qual estabelece o pagamento pelo fundo de um montante de 5 000 000 Euros, dos quais 300 000 Euros foram recebidos em Maio de 2014 e os restantes 4 700 000 Euros foram recebidos em Janeiro de 2015. 15. CAIXA E EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe de caixa e equivalentes era o seguinte: 2014 Depósitos bancários Descobertos bancários (Nota 19) Caixa e equivalentes 339 363 079 ( 205) 339 362 874 2013 138 748 003 ( 206) 138 747 797 No âmbito das obrigações contratuais assumidas pela BCR, o saldo de depósitos bancários em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 inclui as seguintes contas de reserva: 2014 Conta de reserva de serviço da dívida Conta de reserva destinada a investimento 122 500 000 20 932 000 143 432 000 2013 129 800 000 6 092 000 135 892 000 Em 31 de Dezembro de 2014, para além destas contas de reserva, o saldo de depósitos bancários incluía ainda um saldo de 72 975 000 Euros depositados na “Notes Collateral Account”. Estando a Empresa limitada quanto às actividades que pode desenvolver, decorrente do seu contrato de sociedade e do contrato de concessão, as quais incluem a contratação de financiamento e a realização de investimentos e tendo em consideração que as referidas contas de reserva podem ser sempre movimentadas para aqueles fins, a Empresa considera a totalidade dos respectivos saldos como caixa e equivalentes. 16. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL O capital em 31 de Dezembro de 2014 encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 15 000 000 acções com o valor nominal de cinco Euros cada. A BRISA – Concessão Rodoviária, SGPS, S.A. é detentora de 15 000 000 acções, representativas de 100% do capital social. Prémios de emissão de acções O prémio de emissão de acções resultou do diferencial entre: (i) o valor líquido dos activos e passivos transferidos pela BAE no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 para efeitos da realização do aumento de capital por entradas em espécie, e (ii) o valor nominal das acções emitidas. Esta reserva, à semelhança da reserva legal, não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas ou incorporada em capital. 17. PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS As prestações acessórias foram concedidas pelo accionista, não vencem juros e de acordo com a legislação aplicável, só podem ser reembolsadas mediante deliberação em Assembleia Geral quando após o seu pagamento, o capital próprio seja superior à soma do capital e da reserva legal. Página 59 RC 2014 18. RESERVA LEGAL E OUTRAS RESERVAS Reserva legal A legislação comercial estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da reserva legal, até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a reserva legal constituída ascendia 6 862 787 Euros e a 5 486 213 Euros, respectivamente. Outras reservas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição: 2014 Reservas livres Instrumentos financeiros derivados de cobertura (a) 2013 129 727 948 ( 7 074 654) 122 653 294 103 573 048 ( 5 774 679) 97 798 369 (a) Esta rubrica inclui variações de justo valor de instrumentos financeiros de cobertura (Nota 2.9.) líquidos do efeito fiscal (Nota 12). 19. EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os empréstimos obtidos eram como segue: Corrente Empréstimos obrigacionistas Empréstimos bancários Papel comercial Descobertos bancários (Nota 15) 2014 Não corrente 93 423 842 35 620 163 52 927 744 205 181 971 954 Corrente 1 399 108 347 556 848 403 1 955 956 750 2013 Não corrente 244 175 281 35 978 195 82 109 485 206 362 263 167 1 158 048 046 592 201 591 1 750 249 637 EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os empréstimos por obrigações (não convertíveis) podem ser detalhados da seguinte forma: Valor nominal Emissão da emissão 2014 Corrente 2013 Não corrente Corrente Taxa de juro Não corrente Vencimento nominal 2006 600 000 000 - 591 612 556 - 586 686 901 Dez-16 4,500% 2012 63 500 000 64 622 804 - 449 198 63 342 981 Mar-15 6,400% 2012 225 000 000 - - 223 253 120 - Dez-14 6,250% 2012 100 000 000 5 588 152 93 138 647 5 602 672 92 907 620 Jan-32 6%* 2012 300 000 000 14 784 340 298 325 036 14 870 291 297 626 500 Abr-18 6,875% 2013 120 000 000 - 117 901 009 - 117 484 044 Jun-20 Variável 2014 300 000 000 8 428 546 298 131 099 - - Abr-21 3,875% 93 423 842 1 399 108 347 244 175 281 1 158 048 046 * Taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, excepto habitação, do sexto ano até à maturidade. Emissão de 2006-2016 A emissão obrigacionista de 600 000 000 Euros foi inicialmente realizada pela BAE em 5 de Dezembro de 2006, tendo esta sido substituída como emitente pela BCR, conforme descrito abaixo. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de dez anos, tem uma taxa de juro fixa de 4,5%. Página 60 RC 2014 Tratou-se da primeira emissão efectuada por uma empresa privada portuguesa ao abrigo da legislação sobre valores mobiliários representativos de dívida, introduzida pelo Estado Português em 7 de Novembro de 2005 através do Decreto-Lei 193/2005, com o objectivo de facilitar a captação de financiamentos por empresas portuguesas junto de investidores não residentes. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 5 de Dezembro de 2016. Emissão de 2012-2015 A emissão obrigacionista de 63 500 000 Euros foi realizada pela BCR em 8 de Março de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 3 anos, tem uma taxa de juro fixa de 6,4%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 9 de Março de 2015. Emissão de 2012-2014 A emissão obrigacionista de 225 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 6 de Julho de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 2 anos e cinco meses, tem uma taxa de juro fixa de 6,25%. O reembolso do capital foi realizado numa única prestação na maturidade em 5 de Dezembro de 2014. Emissão de 2012-2032 A emissão obrigacionista de 100 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 12 de Julho de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 19,5 anos, tem uma taxa de juro fixa de 6% nos primeiros cinco anos e remuneração indexada ao índice de preços do consumidor, excepto habitação, do sexto ano até à maturidade. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 12 de Janeiro de 2032. Emissão de 2012-2018 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 2 de Outubro de 2012. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 5,5 anos, tem uma taxa de juro fixa de 6,875%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 6 de Abril de 2018. Emissão de 2013-2020 A emissão obrigacionista de 120 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 24 de Setembro de 2013. Este empréstimo por obrigações tem uma taxa de juro variável indexada à taxa Euribor a 6 meses. O reembolso do capital será realizado em 2 prestações, ambas no montante de 60 000 000 Euros, em Junho de 2019 e 2020, respectivamente. Emissão de 2014-2021 A emissão obrigacionista de 300 000 000 Euros foi realizada pela BCR em 1 de Abril de 2014. Este empréstimo por obrigações, com uma maturidade de 7 anos, tem uma taxa de juro fixa de 3,875%. O reembolso do capital será realizado numa única prestação na maturidade em 1 de Abril de 2021. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os valores das emissões de obrigações admitidas à cotação eram os seguintes: Emissão Bolsa Valor nominal da emissão 2014 Valor Valor de contabilístico mercado (a) 591 612 556 641 568 000 - 2013 Valor Valor de contabilístico mercado (a) 586 686 901 626 742 000 223 253 120 231 007 500 Vencimento Taxa de juro nominal 2006 Luxembourg SE 600 000 000 2012 Euronext Lisboa 225 000 000 Dez-16 4,500% Dez-14 6,250% 2012 Luxembourg SE 300 000 000 313 109 377 353 082 000 312 496 791 332 967 000 Abr-18 6,875% 2014 Luxembourg SE 300 000 000 306 559 645 331 995 000 - - Abr-21 3,875% 1 211 281 578 1 326 645 000 1 122 436 812 1 190 716 500 (a) Fonte: Bloomberg e site Euronext Todas as emissões obrigacionistas enquadram-se num Euro Medium Term Note Programme o qual poderá ascender até ao montante máximo de 3 000 000 000 Euros. Página 61 RC 2014 No âmbito do processo de reorganização do Grupo Brisa, no dia 22 de Dezembro de 2010, a Brisa Finance B.V. e a BAE foram substituídas pela BCR como emitente das obrigações emitidas até essa data, passando a BCR, a partir desta data, a assumir todas as obrigações decorrentes dessas emissões. A concretização desta substituição de emitente foi aprovada em Assembleia de Obrigacionistas realizada no dia 5 de Novembro de 2010 para a emissão da Brisa Finance B.V. e no dia 15 de Novembro de 2010 para as emissões da BAE. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte detalhe: Montante Contratado 2014 Montante por liquidar Não Corrente Corrente Montante Contratado 2013 Montante por liquidar Não Corrente Corrente 623 766 537 35 620 163 662 751 945 35 978 195 556 848 403 Amortizações Maturidade Periodicidade 592 201 591 Dez-30 Semestral Taxa de juro Variável No âmbito do processo de reorganização do Grupo Brisa, foi negociada com o Banco Europeu de Investimento (BEI) a transferência para a BCR dos diversos financiamentos originalmente contratados entre a BAE e o BEI. O montante de dívida transferido no dia 22 de Dezembro de 2010 ascendia a 779 708 171 Euros. Foi acordado com o BEI proceder, no momento da transferência, à consolidação dos 16 contratos de financiamento existentes num único contrato de financiamento, sujeito a regime de taxa de juro variável com indexação à Euribor a 6 meses e com um incremento substancial da maturidade média (o novo financiamento da BCR é reembolsado em prestações semestrais constantes no período de Junho de 2011 a Dezembro de 2030). Adicionalmente, a Empresa tem contratados instrumentos financeiros derivados afectos a este financiamento, designados como de cobertura (Nota 24). Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os empréstimos bancários tinham o seguinte plano de reembolso definido: 2014 Até 1 ano Até 2 anos Até 3 anos Até 4 anos Até 5 anos Mais de 5 anos 35 620 163 35 549 582 35 767 675 35 979 013 36 193 782 413 358 352 592 468 566 2013 35 978 195 35 367 589 35 560 010 35 775 045 35 983 658 449 515 289 628 179 786 PAPEL COMERCIAL E LINHAS DE CURTO PRAZO Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os restantes empréstimos obtidos tinham o seguinte detalhe: 2014 Outros empréstimos Papel Papelcomercial comercial Descobertos bancários Linhas de descoberto bancário (Nota 15) 2013 52 927 744 82 109 485 205 52 927 949 206 82 109 691 Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a BCR mantinha contratados com o sistema bancário, entre linhas de crédito de curto prazo e programas para emissão de papel comercial, um montante total máximo de 270 000 000 Euros e 320 000 000 Euros, respectivamente (Nota 26), encontrando-se naquelas datas colocados, aproximadamente, 52 400 000 Euros e 82 000 000 Euros, respectivamente. Página 62 RC 2014 20. PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram como segue: Saldo inicial Perdas por imparidade: Contas a receber Outras contas a receber 2014 Utilização (Nota 7) Redução (Nota 7) Saldo final (Nota 13) ( 270 560) ( 1 312 130) ( 1 582 690) ( 205 789) ( 1 250 000) ( 1 455 789) 20 385 568 20 385 568 Redução Saldo final (Nota 13) Reforço (Nota 7) 19 582 332 2 562 130 22 144 462 1 279 585 1 279 585 2013 Saldo inicial Perdas por imparidade: Contas a receber Outras contas a receber 21. 18 721 413 18 721 413 Reforço (Nota 7) Utilização 1 856 512 2 562 130 4 418 642 ( 910 226) ( 910 226) ( 85 367) ( 85 367) 19 582 332 2 562 130 22 144 462 PROVISÕES O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte: 2014 Saldo inicial Provisões: Não corrente: Processos judiciais em curso Reposição de infraestruturas Outros riscos e encargos Corrente: Reposição de infraestruturas Actualização financeira (Notas 6 e 7) Transferências ( 264 368) ( 1 298 341) ( 1 562 709) 6 271 062 6 271 062 ( 7 286 236) ( 7 286 236) 2 353 156 141 286 786 130 778 143 770 720 19 211 675 ( 13 575 865) ( 7 558 888) 1 745 863 7 286 236 21 265 845 34 241 711 ( 15 603 430) ( 9 121 597) 8 016 925 - 165 036 565 Actualização financeira (Notas 6 e 7) Transferências Utilização (Nota 7) Reversão (Nota 7) ( 2 027 565) ( 2 027 565) 14 156 824 147 502 956 2 617 524 130 614 877 113 731 133 346 132 Reforço (Nota 7) 15 012 989 17 047 15 030 036 Saldo final 2013 Saldo inicial Provisões : Não corrente: Proces sos judiciais em curso Repos ição de infraestruturas Outros riscos e encargos Corrente: Repos ição de infraestruturas Reforço (Nota 7) Utilização (Nota 7) 327 534 14 177 534 14 505 068 ( 780 431) ( 780 431) ( 3 913 955) ( 26 240) ( 3 940 195) 5 261 179 5 261 179 ( 8 718 372) ( 8 718 372) 2 617 524 130 614 877 113 731 133 346 132 12 708 634 6 580 285 ( 11 816 501) ( 2 797 576) 763 610 8 718 372 14 156 824 139 727 517 21 085 353 ( 12 596 932) ( 6 737 771) 6 024 789 - 147 502 956 2 289 990 124 588 922 139 971 127 018 883 Reversão (Nota 7) Saldo final A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face a responsabilidades estimadas pelo Conselho de Administração, com base em informações dos advogados, decorrentes de processos intentados contra a Empresa por acidentes de viação, prejuízos causados pela construção de autoestradas e de processos laborais. O valor total das indemnizações reclamadas, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, ascendia a 15 980 590 Euros e 17 294 377 Euros, respectivamente. A provisão constituída corresponde à melhor estimativa do Conselho de Administração quanto ao montante a que poderão ascender essas responsabilidades. Página 63 RC 2014 A provisão para reposição de infraestruturas destina-se a fazer face a responsabilidades de reposição da camada de desgaste dos pavimentos flexíveis e é constituída, a valor presente, ao longo do período que decorre até à data prevista de ocorrência. A provisão é sujeita a actualização financeira em cada data de relato, por contrapartida de custo financeiro, utilizando-se a taxa média de custo de financiamento da Empresa. As reversões ocorridas resultam, essencialmente, da reavaliação das estimativas relativas aos gastos a incorrer com intervenções na infra-estrutura e de alterações no planeamento dessas intervenções. 22. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição: 2014 Compensação por perdas de exploração (Nota 26) (a) Justo valor de instrumentos derivados (Notas 24 e 26) Comparticipações financeiras (Nota 26) (b) Receitas antecipadas de áreas de serviço (Nota 26) (c) 31 444 499 13 791 440 11 745 957 1 561 339 58 543 235 2013 33 016 724 13 762 370 11 745 957 4 030 326 62 555 377 (a) Esta rubrica compreende 73 669 709 Euros de compensações obtidas do Estado pela não cobrança de portagens em alguns sublanços das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, deduzido do montante de 40 652 985 Euros reconhecido em rendimentos pela BCR e pela BAE (até à transferência da Concessão Brisa para a BCR). Adicionalmente, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, a BCR transferiu para rendimentos na rubrica de Outros proveitos e ganhos operacionais o montante de 1 572 225 Euros (Notas 3 e 23). (b) Esta rubrica correspondente ao diferencial entre os valores recebidos do Estado, no âmbito do Acordo Global estabelecido com a BCR (Nota 11) e os saldos pendentes de regularização e reconhecidos nas demonstrações financeiras à data do referido acordo. De acordo com os termos contratados, encontram-se ainda pendentes de validação pela IGF os referidos saldos, da qual resultará a regularização do valor indicado. (c) Esta rubrica compreende os montantes entregues por subconcessionários de áreas de serviço por conta de rendas futuras, tendo a Empresa reconhecido 2 468 987 Euros como rendimento no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 (Nota 23). Página 64 RC 2014 23. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta rubrica tinha a seguinte composição: 2014 Estado e outros entes públicos: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares: Retenções de impostos sobre o rendimento Imposto sobre o Valor Acrescentado Contribuições para a Segurança Social Outros impostos Acréscimos de custos: Remunerações a liquidar Outros acréscimos de custos Proveitos diferidos: Receitas antecipadas de áreas de serviço (Notas 22 e 26) Compensação por perdas de exploração (Notas 22 e 26) Outros proveitos diferidos 24. 2013 42 975 10 708 810 30 664 4 718 10 787 167 36 186 10 423 110 30 883 9 164 10 499 343 394 822 612 026 1 006 848 416 069 85 407 501 476 2 468 987 1 572 225 43 160 4 084 372 2 468 987 1 572 225 43 160 4 084 372 15 878 387 15 085 191 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS A Empresa tem contratado um conjunto de instrumentos financeiros derivados, que se destinam a minimizar os riscos de exposição a variações das taxas de juro. A contratação deste tipo de instrumentos é efectuada tendo em conta os riscos que afectam os activos e passivos e após a verificação de quais os instrumentos existentes no mercado que se revelam mais adequados à cobertura desses riscos. Estas operações, cuja contratação é sujeita a aprovação prévia do Administrador com o pelouro Financeiro e/ou do Conselho de Administração, são permanentemente monitorizadas, nomeadamente através da análise de diversos indicadores relativos a estes instrumentos, em particular a evolução do seu valor de mercado e a sensibilidade dos cash-flows estimados e do próprio valor de mercado a alterações nas variáveis-chave que condicionam as estruturas, com o objectivo de avaliar os seus efeitos financeiros. O registo dos instrumentos financeiros derivados é efectuado de acordo com as disposições da IAS 39, sendo mensurados pelo seu justo valor, considerando para tal modelos matemáticos, como por exemplo option pricing models e discount cash flows models para instrumentos não cotados em bolsas de valores (instrumentos over-the-counter). Estes modelos baseiam-se, essencialmente, em informação de mercado. Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa consistem em swaps de taxa de juro. Procede-se à qualificação dos mesmos enquanto instrumentos de cobertura ou instrumentos detidos para negociação, em observância às disposições da IAS 39 (Nota 2.9). A contabilidade de cobertura é aplicável aos instrumentos financeiros derivados que são eficientes no que respeita ao efeito de anulação das variações de cash flows dos activos/passivos subjacentes. A eficiência de tais operações é verificada numa base trimestral. Instrumentos de cobertura de cash flows são instrumentos financeiros derivados que cobrem o risco de taxa de juro. A parcela efectiva das variações de justo valor das coberturas de cash flows é reconhecida em capitais próprios na rubrica Outras Reservas, enquanto a parte não eficiente é imediatamente registada na demonstração dos resultados. Página 65 RC 2014 A determinação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados tem por base avaliações efectuadas por instituições financeiras. Coberturas de cash-flow Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a Empresa tinha contratado os seguintes instrumentos derivados de taxa de juro: Tipo de operação Maturidade Swap tx. juro var./fixa 15 de Junho de 2019 Swap tx. juro var./fixa 15 de Junho de 2023 Contraparte BBVA e BST Caixa-BI Montante subjacente 2014 Justo valor (Notas 22 e 26) 115 147 059 35 416 667 150 563 726 ( 8 660 252) ( 5 131 188) ( 13 791 440) Montante subjacente 2013 Justo valor (Notas 22 e 26) 140 735 294 39 583 333 180 318 627 ( 9 612 753) ( 4 149 617) ( 13 762 370) Os referidos instrumentos financeiros derivados foram originalmente contratados pela BAE. No âmbito do processo de reorganização societária do Grupo, a posição contratual naqueles instrumentos foi transferida para a Empresa em 22 de Dezembro de 2010, como parte integrante dos activos e passivos enquadráveis na entrada em espécie para a realização de capital aumentado naquela data (Nota 19). 25. PASSIVOS CONTINGENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a BCR tinha responsabilidades por garantias bancárias solicitadas a favor de terceiros como segue: 2014 2013 Garantias prestadas: Estado português (Base XX do Contrato de Concessão) 60 770 012 60 646 293 Outras garantias prestadas a terceiros 1 537 998 1 559 546 62 308 010 62 205 839 26. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS Princípios gerais A BCR, à semelhança da generalidade das empresas, encontra-se exposta a um conjunto de riscos financeiros que resultam da sua actividade. Merecem destaque: os riscos de liquidez e de taxa de juro, decorrentes do passivo financeiro; e o risco de crédito a que a Empresa fica exposta, designadamente na sequência da contratação de operações de cobertura de risco e de aplicações financeiras. A BCR tem, como parte da sua estrutura contratual, uma política de cobertura de riscos financeiros definida através de um anexo ao seu Common Terms Agreement. Esta política, possuindo efeitos vinculativos, dita as principais regras e guidelines relativas tanto à gestão de exposições como à contratação de instrumentos de cobertura. Todas as operações de gestão de risco financeiro, nomeadamente as que envolvem a utilização de instrumentos financeiros derivados, são submetidas à aprovação prévia do Administrador com o pelouro Financeiro e/ou do Conselho de Administração. De seguida, analisam-se de forma mais detalhada os principais riscos financeiros a que a empresa se encontra exposta e as principais medidas implementadas no âmbito da sua gestão. Risco de taxa de juro A política de gestão de risco de taxa de juro tem por objectivo a minimização do custo da dívida sujeito à manutenção de um nível baixo de volatilidade dos encargos financeiros. A política de cobertura de riscos financeiros da BCR obriga, adicionalmente, à manutenção de um rácio de taxa fixa não inferior a 50% do total da dívida. Página 66 RC 2014 No final de 2014, cerca de 70% dos empréstimos tinham taxa de juro fixa (68% no final de 2013), o que assegura o cumprimento da política de gestão de risco, bem como uma baixa sensibilidade dos custos financeiros às subidas das taxas de juro. Os restantes 30% da dívida total encontravam-se indexados a taxa variável (32% no final de 2013), permitindo beneficiar do nível historicamente baixo das taxas de juro de curto prazo. Caso as taxas de juro de mercado tivessem sido superiores em 1% durante a totalidade dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os custos financeiros do exercício teriam sido superiores em, aproximadamente, 6 100 000 Euros e 3 450 000 Euros, respectivamente. Os derivados de cobertura de taxa de juro existentes na BCR correspondem a parte da carteira de derivados anteriormente contratados pela BAE, transferidos para a BCR no dia 22 de Dezembro de 2010, aquando do financial close da reorganização do grupo Brisa, acompanhando a transferência dos financiamentos cobertos. Na medida em que algumas das características dos financiamentos cobertos foram alteradas, na sequência do processo de transferência da BAE para a BCR, procedeu-se a um ajustamento dos termos dos swaps de modo a restabelecer a correspondência com as características do financiamento coberto. Risco cambial Em 31 de Dezembro de 2014, a BCR não possuía qualquer exposição cambial relevante, por via do seu âmbito de actuação exclusivamente nacional. No entanto, e de modo a acautelar eventuais exposições futuras, a política de cobertura de riscos financeiros da BCR define que a Empresa não deve suportar qualquer risco cambial referente a instrumentos de dívida denominados em moeda que não o EUR, bem como em quaisquer compras significativas de moeda estrangeira. Caso venha a ocorrer qualquer exposição deste tipo, deverá ser mitigada através de instrumento de cobertura apropriado. Risco de crédito O risco de crédito está relacionado com os saldos a receber de clientes e outros devedores. Apesar de limitado, face às características da actividade principal desenvolvida (concessão rodoviária), este risco é monitorizado numa base regular nos diversos negócios com o objectivo de: - Acompanhar a evolução do nível de saldos a receber; - Analisar a recuperabilidade dos valores a receber numa base regular. Em 31 de Dezembro de 2014, é entendimento do Conselho de Administração que as perdas por imparidade estimadas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras. Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as contas a receber de terceiros incluem saldos vencidos conforme segue, para os quais não foram registadas perdas por imparidade por o Conselho de Administração considerar que os mesmos são realizáveis: Saldos vencidos Até 90 dias De 90 a 180 dias De 180 a 360 dias Mais de 360 dias 2014 2013 846 482 205 234 808 947 26 950 1 887 613 952 424 397 532 540 822 36 749 1 927 527 Risco de contraparte As aplicações de excedentes financeiros e a generalidade das operações com instrumentos financeiros derivados expõem a Empresa a risco de incumprimento das contrapartes nessas operações. De forma a mitigar este risco, são controlados permanentemente os níveis de exposição a cada entidade e estão definidos limites de crédito para as contrapartes, em função dos respectivos níveis de rating, entre outros factores. Página 67 RC 2014 De notar que a política de cobertura de riscos financeiros estabelecida para a BCR limita a contratação de operações de tesouraria e cobertura de risco a contrapartes que cumpram critérios rigorosos de rating (Qualifying Banks) ou detentoras de uma garantia por uma entidade que cumpra os mesmos critérios. Risco de liquidez A política de financiamento e de gestão do risco de liquidez é pautada pelos seguintes objectivos: • Assegurar um calendário de vencimento de dívida escalonado ao longo do tempo. • Continuar a alongar a maturidade média da dívida para a tornar mais consistente com os activos de longo prazo detidos pela BCR. Enquadrada no cumprimento dos objectivos anteriores, a BCR procede a um acompanhamento atento dos mercados de financiamento, seleccionando criteriosamente as alternativas que a cada momento pareçam ser as mais eficientes. O estabelecimento, no final de 2010, de uma estrutura financeira e contratual inovadora, comum a todos os credores seniores, proporcionou um efectivo “ring-fencing” da BCR, limitando a exposição dos financiadores unicamente a esta empresa. A limitação do risco financeiro da empresa proporcionado pela estrutura contratual, combinado com um risco operacional baixo que decorre da natureza da actividade da BCR, permitiu a obtenção de notações de rating que, à época, posicionaram a BCR entre as empresas nacionais com mais elevado rating (A- Stable pela Fitch e Baa1 Stable pela Moody’s). Estas notações foram afectadas, particularmente durante o ano de 2011, pela forte queda do rating de Portugal, tendo a Moody’s reduzido a notação da BCR para o nível de sub-investment grade. Já durante o ano de 2014, e na sequência do reconhecimento pela Moody’s do crescimento verificado na rede da BCR e da diminuição da dívida desta (com a consequente melhoria dos rácios financeiros para níveis compatíveis com uma notação de rating de investment grade), a notação da BCR foi melhorada para Baa3. No dia 25 de Fevereiro de 2015, a Fitch reviu o Outlook da dívida da BCR de “Negative” para “Stable”. De realçar que as notações atribuídas à BCR eram, no final de 2014, superiores às correspondentes notações atribuídas à Republica Portuguesa (um nível acima no caso da Moody’s e dois no caso da Fitch). Este facto constitui um reconhecimento da solidez financeira da BCR e da protecção que a sua estrutura financeira e contratual confere aos credores. A estrutura financeira e contratual antes descrita inclui um conjunto de covenants que representam um nível acrescido de protecção para os seus credores. Por outro lado a capacidade de endividamento da BCR e de utilização de fundos decorrentes de novos financiamentos encontra-se condicionada por certos factores, um dos quais diz respeito à manutenção de um rating mínimo de, pelo menos, Baa3/BBB-, situação que se verifica à data de 31 de Dezembro de 2014. Existem também quatro covenants que poderão ser igualmente destacados em virtude do seu alcance, sob a forma de rácios financeiros (designados de Net Senior Debt/EBITDA, Historic ICR, Forward Looking ICR e CLCR), relativamente aos quais estão definidos dois limites, sendo um sob forma de trigger event e outro sob forma de event of default, cuja ultrapassagem implica diferentes consequências. De referir que todos estes rácios se encontram, à data de 31 de Dezembro de 2014, dentro dos limites estabelecidos, sendo de destacar não só a melhoria no rácio Net Senior Debt/EBITDA (que evoluiu de 6,44 no final de 2013 para 5,38 no final de 2014, ou seja, abaixo do limite máximo de 6,25 definido para o respectivo nível de trigger event), como também a evolução bastante positiva no rácio Historic ICR (que evoluiu de 3,16 no final de 2013 para 3,51 no final de 2014, ou seja, acima do limite mínimo de 2,25 definido para o respectivo nível de trigger event). A BCR dispõe de um Euro Medium-Term Notes Programme (EMTN) de 3 000 000 000 Euros, dos quais 1 483 500 000 Euros estavam a ser utilizados em 31 de Dezembro de 2014. Durante o ano de 2014 foi efectuada mais uma emissão obrigacionista ao abrigo do EMTN, num montante de 300 000 000 Euros, permitindo assim continuar a cumprir com a sua estratégia de alongamento da maturidade da dívida. Para assegurar a flexibilidade financeira, no final de 2014, a BCR tinha contratados com o sistema bancário, sob forma de programas para emissão de Papel Comercial com garantia de subscrição, um montante total de 270 000 000 Euros (Nota 19). Para a mitigação do risco de financiamento também contribui a existência de contas de reserva destinadas a assegurar o cumprimento do serviço da dívida e das obrigações de investimento. Página 68 RC 2014 A maturidade dos passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 era conforme segue: Empréstimos (Nota 19) Compensação por perdas de exploração (Notas 22 e 23) Receitas antecipadas de áreas de serviço (Notas 22 e 23) Comparticipações financeiras (Nota 22) Instrumentos financeiros derivados (Notas 22 e 24) Fornecedores Fornecedores de investimentos Outros credores Outros passivos (Nota 23) Empréstimos (Nota 19) Compensação por perdas de exploração (Notas 22 e 23) Receitas antecipadas de áreas de serviço (Notas 22 e 23) Comparticipações financeiras (Nota 22) Instrumentos financeiros derivados (Notas 22 e 24) Fornecedores Fornecedores de investimentos Outros credores Outros passivos (Nota 23) 2014 2 a 3 anos Até 1 ano 1 a 2 anos Mais de 3 anos Total 181 971 954 1 572 225 2 468 987 23 713 779 12 311 031 14 325 392 11 837 175 625 292 732 1 572 225 1 561 339 - 33 911 023 1 572 225 - 1 296 752 995 28 300 049 11 745 957 13 791 440 - 2 137 928 704 33 016 724 4 030 326 11 745 957 13 791 440 23 713 779 12 311 031 14 325 392 11 837 175 248 200 543 628 426 296 35 483 248 1 350 590 441 2 262 700 528 Até 1 ano 1 a 2 anos 2013 2 a 3 anos Mais de 3 anos Total 362 263 167 1 572 225 2 468 987 12 321 575 12 826 239 16 887 731 11 043 979 89 138 212 1 572 225 2 468 987 - 628 926 278 1 572 225 1 561 339 - 1 032 185 147 29 872 274 11 745 957 13 762 370 - 2 112 512 804 34 588 949 6 499 313 11 745 957 13 762 370 12 321 575 12 826 239 16 887 731 11 043 979 419 383 903 93 179 424 632 059 842 1 087 565 748 2 232 188 917 Passivos financeiros no âmbito da IAS 39 A Empresa, no desenvolvimento das suas actividades correntes, está exposta a riscos financeiros susceptíveis de afectarem a sua situação patrimonial e resultados, essencialmente relacionados com risco de taxa de juro. Por risco financeiro, entende-se, justamente, a probabilidade de se obterem resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando de forma material e inesperada o valor patrimonial da Empresa. A gestão dos riscos supra referidos – decorrentes, em larga medida, da imprevisibilidade dos mercados financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Comissão Executiva, cujo objectivo último é a minimização do seu potencial impacto negativo no desempenho da Empresa. Com este objectivo, toda a gestão é orientada em função de duas preocupações essenciais: • Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash-flows sujeitos a situações de risco; • Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento financeiro rigoroso, assente em orçamentos plurianuais. Estimativa de justo valor – passivos mensurados ao justo valor A tabela seguinte apresenta os passivos da Empresa mensurados ao justo valor em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com os seguintes níveis de hierarquia de justo valor: • Nível 1: justo valor de instrumentos financeiros é baseado em cotações de mercados líquidos activos à data de referência da demonstração da posição financeira; • Nível 2: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado activo, mas sim com recurso a modelos de avaliação; • Nível 3: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado activo, mas sim com recurso a modelos de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado. Página 69 RC 2014 Categoria Item Nível 1 Passivos financeiros ao justo valor Derivados de cobertura (Nota 24) Nível 2 - Nível 3 13 791 440 - Relativamente aos empréstimos bancários, os quais, conforme evidenciado na Nota 19, vencem juros maioritariamente a uma taxa variável, entende-se que o seu valor contabilístico (custo amortizado) não difere significativamente do correspondente valor de mercado. 27. PARTES RELACIONADAS Os saldos com partes relacionadas, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresentavam o seguinte detalhe: Clientes (Nota 13) 2014 2013 Empresa-mãe: BAE Partes relacionadas: Brisa O&M, S.A. ("BOM") Via Verde Portugal, Gestão de Sistemas Electrónicos de Cobrança, S.A. ("Via Verde") Fornecedores de investimentos 2014 2013 Fornecedores 2014 2013 - 8 952 4 221 608 2 103 504 - - 13 574 12 604 17 182 089 8 791 737 961 435 1 145 120 4 664 - 447 683 291 797 - - Brisa Engenharia e Gestão, S.A. ("BEG") - - 232 137 232 600 1 223 150 1 178 889 Brisa Inovação e Tecnologia, S.A. ("BIT") - - 49 308 - 783 879 818 482 16 53 - - - - - 2 928 1 268 - - - Brisal - Auto-Estradas do Litoral, S.A. ("Brisal") AEDL - Auto-Estradas do Douro Litoral, S.A. ("AEDL") AEBT - Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A. ("AEBT") 165 272 - - - - Controlauto - Controlo Técnico Automóvel, S.A. ("Controlauto") - - 61 113 - - Sicit - Sociedade de Investimento e Consultoria em Infra-estruturas de Transportes, S.A. ("Sicit") - 301 - - - - BCI - Brisa Conservação de Infra-estruturas, S.A. ("BCI") - - - - 1 024 - Grupo José de Mello - - - - 5 447 - 18 419 25 110 22 134 154 11 419 751 2 974 935 3 142 491 Outros credores 2014 2013 BAE (a) Via Verde 12 742 407 Outros passivos correntes 2013 Outros activos correntes 2014 2013 14 851 255 - - - - - 369 493 347 773 5 288 12 742 407 14 851 255 369 493 347 773 5 288 (a) Em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, a totalidade do saldo com a BAE na rubrica de Outros credores correspondia aos montantes a pagar a essa entidade no âmbito do RETGS (Nota 7). Página 70 RC 2014 Adicionalmente, as transacções realizadas com partes relacionadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, foram como segue: Proveitos operacionais 2014 2013 Empresa-mãe: BAE Partes relacionadas: BOM - Custos operacionais 2014 2013 Activos intangíveis 2014 2013 Activos fixos tangíveis 2014 2013 - 20 593 211 20 521 988 - - 88 355 841 16 952 - - 83 161 404 83 157 810 1 101 335 902 115 6 148 Via Verde 53 624 52 762 10 650 393 10 099 074 - - - - BEG 11 375 80 712 1 140 088 1 188 023 4 088 731 4 054 085 - - BIT - 6 40 088 143 471 - - 2 528 379 1 776 564 Brisal 296 186 - - - - - - AEBT 513 635 - - - - - - Controlauto 99 414 93 880 283 225 - - - - Iteuve Portugal, Sociedade Unipessoal, Lda. 22 426 21 760 - 28 - - - - 8 112 6 069 880 - - - - - BCI - 12 919 2 507 - 1 024 - - - Sicit 1 152 665 - - - - - - - - 23 544 3 279 - - - - 196 912 269 594 115 612 398 115 113 898 5 191 090 4 956 200 2 622 882 1 794 357 Mcall, S.A. Grupo José de Mello Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as remunerações dos membros dos órgãos sociais da Empresa foram como segue: 2014 Administradores não executivos: Remuneração fixa Conselho fiscal 211 623 134 335 345 958 2013 209 723 21 212 230 935 Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as remunerações das pessoas chave de gestão da Empresa podem ser apresentadas como segue: 2014 Pessoas chave de gestão: Remuneração fixa Remuneração variável Benefícios definidos 28. 414 928 86 847 21 777 523 552 2013 410 703 68 442 21 683 500 828 APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Março de 2015. 29. HONORÁRIOS DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os honorários do Revisor Oficial de Contas ascenderam a 54 000 Euros, em ambos. Página 71 RC 2014 S. Domingos de Rana, 12 de Março de 2015 O Técnico Oficial de Contas nº 62018 _______________________ João Miguel Rodrigues O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vasco Maria Guimarães José de Mello João Pedro Stilwell Rocha e Melo João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho António José Lopes Nunes de Sousa Daniel Alexandre Miguel Amaral Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego Michael Gregory Allen Miguel José Pereira Athayde Marques João Filipe Maia de Lima Mayer Emanuel José Leandro Maranha das Neves Página 72 RC 2014 11 Certificação Legal das Contas Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 da Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem a Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014 (que evidencia um activo total de 3.155.136.902 Euros e capital próprio de 727.399.809 Euros, incluindo um resultado líquido de 41.836.241 Euros), as Demonstrações dos Resultados e de Outro Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, os resultados e o outro rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira, resultados ou o seu rendimento integral. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas nos números 4 e 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Página 73 RC 2014 Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Brisa – Concessão Rodoviária, S.A. em 31 de Dezembro de 2014, os resultados e o outro rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Relato sobre outros requisitos legais 6. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício e o relato sobre as práticas de governo societário inclui os elementos exigíveis à Empresa nos termos do artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários. Lisboa, 12 de Março de 2015 _________________________________________ Deloitte & Associados, SROC S.A. Representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz Página 74 RC 2014 12 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 1. Em cumprimento das disposições legais e estatutárias aplicáveis, o Conselho Fiscal emite o presente Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas da Brisa Concessão Rodoviária, SA, apresentados pelo Conselho de Administração, relativamente ao exercício de 2014. 2. O Conselho Fiscal, ao longo do exercício em análise, acompanhou a gestão da empresa e a evolução dos seus negócios, tendo efectuado reuniões com regularidade, nas quais, em regra, contou com a presença do Administrador com o pelouro financeiro, com o Secretário da sociedade e com o Revisor Oficial de Contas, entidades com as quais manteve estreita colaboração. Participou ainda da reunião do Conselho de Administração que aprovou o relatório de gestão e teve acesso às actas das reuniões deste órgão, bem como a toda a documentação considerada necessária, não tendo no decurso destas e de outras diligências tomado conhecimento de qualquer situação que viole as disposições legais e estatutárias. 3. O Conselho Fiscal, com a periodicidade considerada aconselhável, exercitou as competências formuladas no art. 420º do Código das Sociedades Comerciais, tendo designadamente apreciado as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na elaboração da informação financeira, os quais considera adequados e acompanhado a aplicação do sistema de gestão de riscos, o desenvolvimento das acções de auditoria interna e a eficácia do sistema de controlo interno. 4. O Conselho Fiscal considera que o Relatório do Conselho de Administração e as demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 (demonstração da posição financeira, demonstração dos resultados e de outro rendimento integral, demonstração das alterações no capital próprio, demonstração dos fluxos de caixa e o anexo às demonstrações financeiras), são adequados à compreensão da situação patrimonial da empresa no fim do exercício e à forma como se formaram os resultados e se desenrolou a actividade. A informação financeira atrás referida está suportada por registos contabilísticos e documentos apropriados e foi adequadamente preparada. 5. O Conselho Fiscal apreciou a Certificação Legal das Contas, emitida nos termos da legislação em vigor pelo Revisor Oficial de Contas, a qual mereceu o seu acordo; analisou o relatório anual da fiscalização efectuada por ele elaborado e acompanhou a forma como se desenvolveu a revisão legal das contas, a qual, segundo o seu juízo, foi realizada com total independência. 6. O Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pela colaboração recebida do Conselho de Administração, do Revisor Oficial de Contas e dos Serviços, em geral. PARECER Em consequência do acima referido, o Conselho Fiscal é de parecer que estão reunidas as condições para que a Assembleia-Geral da Brisa - Concessão Rodoviária, SA, aprove: a) O Relatório do Conselho de Administração e as contas do exercício de 2014; Página 75 RC 2014 b) A Proposta de Aplicação de Resultados formulada pelo Conselho de Administração no seu relatório. Declaração do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação contida no Relatório de Gestão, Balanço e Contas individuais referente ao exercício de 2014, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo da Empresa, da situação financeira e dos seus resultados, expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da empresa, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. São Domingos de Rana, 12 de Março de 2015 O CONSELHO FISCAL Francisco Xavier Alves (Presidente) Tirso Olazábal Cavero (Vogal) Joaquim Patrício da Silva (Vogal) Página 76 RC 2014 13 Estatísticas de Tráfego A1/IP1 - Auto-Estrada do Norte Sublanço Alverca (A1/A9)-V. Franca de Xira II V. Franca de Xira II-V. Franca de Xira I V. Franca de Xira I-C astanheira do Ribatejo C astanheira do Ribatejo-A1/A10 A1/A10-C arregado C arregado-Aveiras de C ima Aveiras de C ima-C artaxo C artaxo-Santarém Santarém-A1/A15 A1/A15-Torres Novas (A1/A23) Torres Novas (A1/A23)-Fátima Fátima-Leiria Leiria-Pombal Pombal-Soure (b) Soure-C ondeixa (b) C ondeixa-C oimbra Sul C oimbra Sul-C oimbra Norte (A1/A14) C oimbra Norte (A1/A14)-Mealhada Mealhada-Aveiro Sul Aveiro Sul-Albergaria (A1/IP5) Albergaria (A1/IP5)-Estarreja Estarreja-Feira Feira-Espinho (IC 24) Espinho (IC 24)-Feiteira C astanheira do Ribatejo-PLLN ( c) A1 (a) C irculação em 108 veic.km (b) 153 dias em operação em 2014 (c) PLLN - Plataforma Logística Lisboa Norte Circulação (a) 2013 2014 1.5 1.5 0.8 0.8 0.7 0.7 0.2 0.2 0.2 0.2 2.2 2.2 1.2 1.2 0.8 0.9 0.1 0.2 2.8 2.9 1.5 1.6 1.2 1.2 1.8 1.9 1.1 1.2 1.0 1.0 0.6 0.6 0.6 0.7 0.9 1.0 1.8 1.9 1.0 1.1 1.2 1.2 1.8 1.8 1.2 1.2 0.9 1.0 0.0 0.0 27.2 28.3 TMDA 2013 2014 57 653 58 289 59 032 59 369 47 127 47 768 46 764 47 438 52 625 53 670 38 002 39 179 28 488 29 575 28 902 30 056 30 618 31 984 28 621 29 941 20 582 21 419 21 245 22 112 20 679 21 583 20 796 21 644 20 796 21 663 22 156 23 025 20 785 21 548 21 587 22 546 21 214 22 251 19 212 20 339 31 029 32 552 28 592 29 973 32 612 34 086 34 411 35 746 1 252 1 305 26 694 27 739 Variação Circulação TMDA 1.1% 1.1% 0.6% 0.6% 1.4% 1.4% 1.4% 1.4% 2.0% 2.0% 3.1% 3.1% 3.8% 3.8% 4.0% 4.0% 4.5% 4.5% 4.6% 4.6% 4.1% 4.1% 4.1% 4.1% 4.4% 4.4% 4.1% 4.1% 4.2% 4.2% 3.9% 3.9% 3.7% 3.7% 4.4% 4.4% 4.9% 4.9% 5.9% 5.9% 4.9% 4.9% 4.8% 4.8% 4.5% 4.5% 3.9% 3.9% 4.3% 4.3% 3.9% 3.9% Circulação (a) 2013 2014 1.1 1.1 1.1 1.1 0.2 0.2 1.2 1.2 0.1 0.1 1.2 1.3 1.0 1.1 0.5 0.6 0.8 0.9 0.7 0.7 0.5 0.5 0.9 1.0 0.3 0.4 9.6 10.2 TMDA 2013 2014 32 864 32 776 26 430 27 072 26 853 27 569 18 278 19 287 16 540 17 658 13 594 14 601 12 117 13 182 9 161 9 943 7 116 7 710 7 004 7 591 7 584 8 213 7 747 8 403 7 379 8 022 11 732 12 460 Variação Circulação TMDA -0.3% -0.3% 2.4% 2.4% 2.7% 2.7% 5.5% 5.5% 6.8% 6.8% 7.4% 7.4% 8.8% 8.8% 8.5% 8.5% 8.4% 8.4% 8.4% 8.4% 8.3% 8.3% 8.5% 8.5% 8.7% 8.7% 6.2% 6.2% A2/IP1 - Auto-Estrada do Sul Sublanço Fogueteiro-C oina C oina-Palmela Palmela-A2/A12 A2/A12-Marateca Marateca-A2/A6/A13 A2/A6/A13-Alcácer do Sal Alcácer do Sal-Grândola Norte Grândola Norte-Grândola Sul Grândola Sul-Aljustrel Aljustrel-C astro Verde C astro Verde-Almodôvar Almodôvar-S.B. Messines S.B. Messines-Paderne (A22) A2 (a) C irculação em 108 veic.km Página 77 RC 2014 A3/IP1 - Auto-Estrada Porto-Valença Sublanço Maia-Santo Tirso Santo Tirso-Famalicão Famalicão-C ruz C ruz-Braga Sul Braga Sul-Braga Poente Braga Poente-EN 201 EN201-Ponte de Lima Sul Ponte de Lima Sul-Ponte de Lima Norte Ponte de Lima Norte-EN 303 EN 303-Valença Braga Sul-C eleirós C eleirós-EN14 A3 (a) C irculação em 108 veic.km Circulação (a) 2013 2014 2.1 2.2 0.8 0.8 0.6 0.6 0.4 0.5 0.1 0.1 0.5 0.5 0.3 0.3 0.0 0.0 0.4 0.5 0.2 0.2 0.1 0.1 0.1 0.1 5.5 5.8 TMDA 2013 2014 44 351 46 747 38 053 40 273 19 100 20 104 16 403 17 470 6 911 7 360 6 425 6 861 7 195 7 637 9 561 10 007 5 733 6 084 5 562 5 895 13 146 13 953 21 519 22 705 14 905 15 769 Variação Circulação TMDA 5.4% 5.4% 5.8% 5.8% 5.3% 5.3% 6.5% 6.5% 6.5% 6.5% 6.8% 6.8% 6.1% 6.1% 4.7% 4.7% 6.1% 6.1% 6.0% 6.0% 6.1% 6.1% 5.5% 5.5% 5.8% 5.8% Circulação (a) 2013 2014 0.6 0.6 0.6 0.7 0.7 0.7 0.6 0.6 0.2 0.2 0.2 0.2 0.5 0.6 0.7 0.7 4.2 4.3 TMDA 2013 2014 37 065 38 192 34 766 35 762 30 621 31 944 26 529 27 704 22 878 23 988 22 397 23 584 19 390 20 474 13 714 14 354 23 545 24 541 Variação Circulação TMDA 3.0% 3.0% 2.9% 2.9% 4.3% 4.3% 4.4% 4.4% 4.9% 4.9% 5.3% 5.3% 5.6% 5.6% 4.7% 4.7% 4.2% 4.2% TMDA 2013 2014 106 856 107 699 69 189 70 099 44 799 45 483 33 026 34 642 34 213 35 427 27 363 28 459 58 419 59 409 Variação Circulação TMDA 0.8% 0.8% 1.3% 1.3% 1.5% 1.5% 4.9% 4.9% 3.6% 3.6% 4.0% 4.0% 1.7% 1.7% TMDA 2013 2014 6 480 6 945 5 922 6 367 5 380 5 809 4 724 5 107 2 318 2 561 2 856 3 134 2 208 2 448 2 134 2 383 3 850 4 182 Variação Circulação TMDA 7.2% 7.2% 7.5% 7.5% 8.0% 8.0% 8.1% 8.1% 10.5% 10.5% 9.8% 9.8% 10.9% 10.9% 11.7% 11.7% 8.6% 8.6% A4/IP4 - Auto-Estrada Porto-Amarante Sublanço Ermesinde-Valongo Valongo-C ampo C ampo-Baltar Baltar-Paredes Paredes-Guilhufe Guilhufe-Penafiel Penafiel-C astelões (A4/IP9) C astelões (A4/IP9)-Amarante Poente A4 (a) C irculação em 108 veic.km A5/IC15 - Auto-Estrada da Costa do Estoril Sublanço Estádio Nacional-Oeiras Oeiras-C arcavelos C arcavelos-Estoril Estoril-Alcabideche Alcabideche-Alvide Alvide-C ascais A5 (a) C irculação em 108 veic.km Circulação (a) 2013 2014 1.4 1.4 0.9 0.9 0.8 0.8 0.4 0.4 0.1 0.1 0.1 0.2 3.6 3.7 A6/IP7 - Auto-Estrada Marateca (A2)-Caia Circulação (a) 2013 2014 A2/A6/A13-Vendas Novas 0.5 0.5 Vendas Novas-Montemor-o-Novo Poente 0.4 0.4 Montemor-o-Novo Poente-Montemor-o-Novo Nascente 0.1 0.1 Montemor-o-Novo Nascente-Évora Poente 0.3 0.3 Évora Poente-Évora Nascente 0.1 0.1 Évora Nascente-Estremoz 0.3 0.3 Estremoz-Borba 0.1 0.1 Borba-Elvas Poente 0.2 0.2 A6 2.0 2.1 (a) C irculação em 108 veic.km Sublanço Página 78 RC 2014 A9/IC18 - CREL - Circular Regional Exterior de Lisboa Sublanço Estádio Nacional (A5/A9)-Queluz Queluz-A9/A16 A9/A16-Radial Pontinha Radial Pontinha-Radial Odivelas Radial Odivelas-A8/A9 A8/A9-Bucelas (Zambujal) Bucelas (Zambujal)-A9/A10 A9/A10-Alverca A9 (a) C irculação em 108 veic.km Circulação (a) 2013 2014 0.3 0.3 0.2 0.2 0.3 0.3 0.4 0.4 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.1 0.1 1.9 2.0 TMDA 2013 2014 21 324 21 605 18 189 18 429 24 508 25 142 15 527 16 186 16 464 17 081 16 115 16 712 9 797 10 257 6 130 6 207 15 085 15 560 Variação Circulação TMDA 1.3% 1.3% 1.3% 1.3% 2.6% 2.6% 4.2% 4.2% 3.7% 3.7% 3.7% 3.7% 4.7% 4.7% 1.3% 1.3% 3.1% 3.1% A10/IC2 - Auto-Estrada Bucelas (CREL)-Carregado-IC3 Sublanço A9/A10-Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos-C arregado C arregado-Benavente Benavente-A10/A13 A10 (a) C irculação em 108 veic.km Circulação (a) 2013 2014 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.0 0.0 0.7 0.8 TMDA 2013 2014 8 530 8 856 5 651 5 946 4 315 4 620 1 595 1 733 4 909 5 184 Variação Circulação TMDA 3.8% 3.8% 5.2% 5.2% 7.1% 7.1% 8.7% 8.7% 5.6% 5.6% TMDA 2013 2014 14 563 15 238 14 293 14 933 23 785 24 212 16 394 17 004 Variação Circulação TMDA 4.6% 4.6% 4.5% 4.5% 1.8% 1.8% 3.7% 3.7% TMDA 2013 2014 2 859 3 005 2 879 3 016 3 890 4 172 3 700 3 972 3 654 3 937 3 314 3 526 Variação Circulação TMDA 5.1% 5.1% 4.8% 4.8% 7.3% 7.3% 7.3% 7.3% 7.7% 7.7% 6.4% 6.4% A12/IC3 - Auto-Estrada Setúbal-Montijo Sublanço Montijo-Pinhal Novo Pinhal Novo-A2/A12 A2/A12-Setúbal A12 Circulação (a) 2013 2014 0.5 0.6 0.5 0.5 0.5 0.5 1.5 1.5 (a) C irculação em 108 veic.km A13/IC3/IC11 - Auto-Estrada Almeirim-Marateca Sublanço Almeirim-Salvaterra Magos Salvaterra Magos-A13/A10 A13/A10-Sto. Estevão Sto. Estevão-Pegões Pegões-Marateca A13 (a) C irculação em 108 veic.km Circulação (a) 2013 2014 0.3 0.3 0.1 0.1 0.2 0.2 0.3 0.3 0.1 0.1 1.0 1.0 A14/IP3 - Auto-estrada Figueira da Foz-Coimbra (Norte) Sublanço Santa Eulália-Montemor-o-Velho Montemor-o-Velho-EN335 EN335-Ançã Ançã-C oimbra Norte (A14/A1) A14 (a) C irculação em 108 veic.km Sublanço BCR Circulação (a) 2013 2014 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.4 0.4 TMDA 2013 2014 3 223 3 301 3 316 3 393 3 399 3 523 5 808 6 038 3 738 3 857 Variação Circulação TMDA 2.4% 2.4% 2.3% 2.3% 3.6% 3.6% 4.0% 4.0% 3.2% 3.2% Circulação (a) 2013 2014 57.5 60.1 TMDA 2013 2014 15 524 16 230 Variação Circulação TMDA 4.5% 4.5% (a) C irculação em 108 veic.km Página 79 RC 2014 14 ORGÃOS SOCIAIS Exercício 2012/2014 Conselho de Administração PRESIDENTE Vasco Maria Guimarães José de Mello VOGAL João Pedro Stilwell Rocha e Melo VOGAL João Pedro Ribeiro de Azevedo Coutinho VOGAL Daniel Alexandre Miguel Amaral VOGAL António José Lopes Nunes de Sousa VOGAL Manuel Eduardo Henriques de Andrade Lamego* VOGAL Michael Gregory Allen VOGAL Miguel José Pereira Athayde Marques** VOGAL João Filipe Maia de Lima Mayer** VOGAL Emanuel José Leandro Maranha das Neves** *Administrador Delegado ** Administradores Independentes Mesa da Assembleia Geral PRESIDENTE DA MESA Luís Rua Geraldes SECRETÁRIO Tiago Severim de Melo Alves dos Santos Conselho Fiscal PRESIDENTE Francisco Xavier Alves VOGAIS Tirso Olazábal Cavero Joaquim Patrício da Silva VOGAL SUPLENTE== = = = REVISOR OFICIAL DE CONTAS EXTERNOW= Diogo da Gama Lobo Salema da Costa Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada por Carlos Alberto Ferreira da Cruz. REVISOR OFICIAL DE CONTAS EXTERNO SUPLENTEW==António José Araújo de Beja Neves SECRETÁRIO DA SOCIEDADE= = = Tiago de Melo Página 80
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