Sapateiro, uma profissão em extinção
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Sapateiro, uma profissão em extinção
7 Agosto/2014 Sapateiro, uma profissão em extinção Sapateiro do Bairro Alto resiste no oficio há quatro décadas A profissão de sapateiro loja. Justo faz de tudo que envoljá teve dias melhores. Hoje, ve couro. “Conserto tênis, bolcom o aparecimento de calsas, barracas de lona, cadeiras de çados quase descartáveis, a praia”, informou. Ele acrescenprocura por esse profissiotou que boa parte da clientela é nal é menor que em outros feminina e por dois motivos. “Pritempos, quando colocar uma meiro que as mulheres têm mais meia-sola num sapato era um sapatos que os homens. E segunserviço muito requisitado. do porque estraga mais, princiApesar disso, há quem luta palmente os saltos”, afirmou. para manter-se no mercado. Na Sapataria Guaporé a toda Para tanto, os sapateiros conhora chega alguém com um par de tam com uma clientela tradisapatos, um par de botas para cional ou se adaptam às exiconsertar. Justo disse que tem cligências do mercado. Justo entes antigos. Alguns deles vêm Nestor Patinho é um desses trazer os sapatos dos netos para profissionais que continuam arrumar. Nas prateleiras da sapaatuando em virtude da qualitaria pode se ver inúmeras sacodade do seu trabalho. las com calçados à espera dos Justo costuma dizer que seus donos. Não são raros os cajá nasceu no ofício de “recusos de clientes que se esquecem perador de calçados”, o pai já de pegar os sapatos. Neste caso, exercia a profissão e passou se a demora é grande, as peças para o filho todo seu conhesão doadas para pessoas carencimento. Ele costuma dizer tes. Além de consertos, Justo tamSapateiro Justo com seu ofício resistindo à modernidade. que “sapateiro é quem faz bém vende materiais como cadara maioria das pessoas compra sapatos sapatos e quem conserta é o recupeços, palmilhas e cremes para limpeza e pelo menor preço e, muitas vezes, o rador de calçados”. Durante muito conservação de calçados. Aliás, ele alerta conserto não compensa. “Só vale a tempo Justo trabalhou consertando que o pior inimigo dos sapatos é a água. pena se é um calçado bom, com solado sapatos como empregado até que re“Não se lava um sapato. Basta uma grade couro e que justifica uma meia-sola solveu montar seu próprio negócio. E xa de vez em quando”, ensina o experique custa entre R$30 e R$50. Esses lá se vão quarenta anos. Desde 1971 ente “recuperador de calçados”. Ele gadescartáveis, que têm por aí, com soele mora no Bairro Alto e mantém a rante que enquanto puder vai continulado de borracha, não compensam o Sapataria Guaporé. “Tudo o que eu ar no ofício que lhe garantiu a sobreviinvestimento de um conserto”, expliconsegui na vida foi trabalhando com vência até hoje. A Sapataria Guaporé cou. Justamente por isso, ele tem disapatos”, diz orgulhoso. fica na Rua Alberico Flores Bueno, 875 versificado a oferta de serviços em sua Na opinião de Justo, hoje em dia A, fone 3367-3724. Jornal do Bairro Alto Sesi oferece curso para quem comercializa alimentos na rua O curso aborda desde questões gerenciais até o melhor aproveitamento de ingredientes O projeto Comida de Rua, lançado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com o Sebrae, está oferecendo um curso gratuito para microempreendedores que vendem alimentos na rua. O projeto oferece oficinas na área de compra, venda e Oportunidade para aprender mais sobre comércio de rua. planejamento gema Fiep, na Cidade Industrial de Curirencial, mas principalmente de boas tiba. As inscrições estão abertas e popráticas alimentares e nutricionais. O dem ser feitas pelo e-mail curso será realizado em Curitiba, com [email protected] ou duração de 39 horas e um encontro pelos telefones 3271-9474 ou 3271semanal, do dia 11 de agosto a 24 de 9526. As vagas são limitadas. outubro, no Espaço Sindical do Siste-