Colégio Marista Frei Rogério - Marista Online
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Colégio Marista Frei Rogério - Marista Online
1º Semestre • 2013 ENTREVISTA Em um bate-papo, Alexandre Costa Nascimento conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida OLHAR Quando a palavra "superação" ganha outro sentido COMO FAZER Comer bem para se exercitar melhor ainda Jogo de equilíbrio Jovens esportistas aprendem, desde cedo, a conciliar treinos e competições com os estudos NO NOSSO REPERTÓRIO SÓ TEM OBRAS-PRIMAS PARA A GAROTADA APLAUDIR DE PÉ! Coleção Música Clássica em Cena recontada para o público infantojuvenil A EDITORA FTD APRESENTA... COLEÇÃO MÚSICA CLÁSSICA EM CENA, QUE CHEGA COM QUATRO ÓPERAS CONHECIDAS E O FAMOSO BALÉ O LAGO DOS CISNES. CADA LIVRO VEM ACOMPANHADO DE CD DE ÁUDIO COM ALGUMAS FAIXAS DE CADA ESPETÁCULO. BRAVO! 0800 772 2300 www.ftd.com.br combinação única de bons valores com excelência. O Grupo Marista conta com milhares de pessoas que, diariamente, vivenciam e disseminam importantes valores humanos e cristãos, com o compromisso de promover e defender os direitos das crianças e jovens. Faz parte do jeito Marista a busca constante por excelência. Na área da prEsidEntE do Grupo marista Ir. Délcio Afonso Balestrin supErior provinciaL Ir. Joaquim Sperandio supErintEndEntE EXEcutivo do Grupo marista Marco Antônio B. Cândido supErintEndEntE EXEcutivo da árEa dE Educação Paulo Serino dirEtor EXEcutivo da rEdE dE coLÉGios Ir. Paulinho Vogel assEssoria dE comunicação Camila Matta, Danielle Sasaki, Fabiana Ferreira, Fernanda Jacometti, Irene Simões, Karen Fukushima, Leandro Martins e Vivian Lemos comunicação E marKEtinG coLÉGios Ana Carolina Jamur Ranocchi, Camilla Stivelberg, Cristiane R. Santos, Daniele Lucas, Elaine dos Santos Cezaro, Eziquiel M. Ramos, Fábio S. Aparício, Guilherme F. Neto, Kely C. de Souza, Luiza Baptista Fleury, Mayara A. Haudicho, Mayara Gutjahr, Natália Silveira Carneiro Raso, Natália Venâncio de Souza, Raquel A. Bortoloso, Samira D. Dutra, Tatiane Pereira, Yolanda Drumon Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho Curitiba-PR | Prédio Administrativo PUCPR 8º andar - CEP: 80215-901 | Tel.: (41)3271-6500 educação, da escola à universidade, formamos pessoas e trazemos resultados comprovados. Em atividades nas áreas de saúde e comunicação, levamos sempre a melhor qualidade para públicos de diferentes condições e necessidades. Em todas essas áreas, a ação social está presente BrasíLia colégio marista de Brasília - Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 colégio marista de Brasília - Ensino médio SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-750 | (61) 3445-6900 colégio maristinha pio Xii - Educação infantil e 1º ano do Ensino Fundamental SGAS 609, Módulo C - Bairro Asa Sul - Brasília-DF CEP 70200-690 | (61) 3442-9400 são pauLo colégio marista de ribeirão preto Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis Ribeirão Preto-SP - CEP 14015-130 | (16) 3977-1400 colégio marista arquidiocesano Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana São Paulo-SP - CEP 04035-000 | (11) 5081-8444 colégio marista nossa senhora da Glória Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo-SP CEP 01518-000 | (11) 3207-5866 paraná colégio marista paranaense Rua Bispo Dom José, 2674 - Seminário - Curitiba-PR (41) 3016-2552 colégio marista santa maria Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - São Lourenço Curitiba-PR CEP 82200-210 | (41) 3074-2500 www.colegiosmaristas.com.br com iniciativas alinhadas ao posicionamento institucional, mas também atuamos diretamente, por meio de uma ampla rede de solidariedade. Bons valores com excelência. Nossa missão é proporcionar essa combinação única para a construção de um mundo melhor. colégio marista de cascavel Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel-PR CEP 85812-011 | (45) 3036-6000 colégio marista de Londrina Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina-PR CEP 86060-000 | (43) 3374-3600 colégio marista de maringá Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro Maringá-PR - CEP 87010-430 | (44) 3220-4224 colégio marista pio Xii Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carvalho Ponta Grossa-PR - CEP 84015-440 | (42) 3224-0374 santa catarina colégio marista são Francisco Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó- SC CEP 89801-500 | (49) 3322-3332 colégio marista de criciúma Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma-SC CEP 88811-503 | (48) 3437-9122 colégio marista são Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 - Centro Jaraguá do Sul-SC - CEP 89251-700 | (47) 3371-0313 colégio marista Frei rogério Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba-SC - CEP 89600-000 (49) 3522-1144 GoiÂnia colégio marista de Goiânia Avenida Oitenta e Cinco, 1440 - Santa Marista Goiânia-GO - CEP 74.160-010 | (62) 4009-5875 proJEto GráFico Estúdio Sem Dublê diaGramação Julyana Werneck Foto dE capa Renata Duda 11ª Edição | 1º Semestre 2013 pEriodicidadE Semestral rEvisão Editora Champagnat JornaLista rEsponsávEL Rulian Maftum / DRT Nº 4646 supErvisão Danielle Sasaki (Grupo Marista) e Maria Fernanda Rocha (Lumen Comunicação) rEdação rEdE Michele Bravos, Julio Cesar Glodzienski, Elizangela Jubanski rEdação LocaL Andressa Ferreira (Goiânia), Camila Stivelberg (Brasília), Carolina Veiga (Chapecó e Joaçaba), Daniela Nogueira (São Paulo e Ribeirão Preto), Erika Gonçalves (Cascavel, Londrina e Maringá), Kelly Erdmann (Jaraguá do Sul e Criciúma), Mahani Siqueira (Curitiba e Ponta Grossa), Yolanda Drumon (Colégio Marista Arquidiocesano). R. Amauri Lange Silvério, 270 Pilarzinho Curitiba-PR – CEP: 82120-000 Tel.: (41) 3271-4700 capa Isadora V. Guimarães Senff, www.grupolumen.com.br esudante do Colégio Marista Santa Maria (Curitiba/PR) Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo fone (41) 3271-4700 ou pelo site www.grupolumen.com.br © Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores. índice capa 8 o maior desafio de quem pratica esporte está em conciliar a prática com os estudos. saiba como pais e professores podem auxiliar. 1ª impressão dia a dia entrevista 5 6 14 O Grupo Marista acredita que o esporte é ponto importante para a formação integral de crianças e adolescentes. A prática abre portas para o conhecimento e o aprendizado de qualidade. Educação física é porta de entrada para uma vida saudável, pautada pelo esporte. Conheça de que forma isso é abordado no colégio. solidariedade curiosidade 40 47 índice como fazer diversão 42 48 17 Jogos cooperativos inovam brincadeiras tradicionais. O diferencial é que todos saem ganhando. Saiba como. Saiba os segredos que o asfalto guarda sobre as corridas. A Em Família conversou com o primeiro brasileiro a participar do Tour D'Afrique. Ele relata seus sonhos sobre duas rodas e diz como está sendo sua experiência no continente africano. seu colégio Confira as matérias elaboradas exclusivamente para o seu colégio. Incentivar a alimentação saudável nos filhos pode ser mais fácil com o exemplo e acompanhamento dos pais. Chamem toda a família e aprendam a fazer brinquedos com materiais recicláveis, para todos se divertirem juntos. essência compartilhar olhar 32 44 46 Irmãos Maristas falam sobre a importância do esporte como ferramenta social. Confira as dicas dos alunos e professores sobre livros, programas de TV, entre outros, cujo tema é o esporte. A experiência na Paralimpíada de Londres, em 2012, mudou a percepção do jornalista Thiago Rocha sobre desafios e conquistas. Educaçãointeiro por 1ª impressão Fortificar o corpo e purificar a alma, por meio do esporte, é, na visão de Champagnat, proporcionar ao estudante Marista a possibilidade de realizar suas atividades com força, vontade e desejo de querer aprender sempre e com qualidade. A fidelidade à pedagogia Marista, herdada do fundador, exige de nós, educadores Maristas, atenção constante às tendências sociais e culturais de nosso tempo, pois exercem profunda influência na formação da consciência das crianças e dos jovens, assim como em seu bem-estar espiritual, emocional, social e físico. Para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade. Assim, o Marista, dentro de seus colégios, cria, além de centros de recreação e de esportes, espaços onde eles possam ter a oportunidade de se encontrar e de expressar seu talento criativo. Porque, para o Marista, educar ultrapassa os limites do ensinar conteúdos e conhecimentos formais, acumulados ao longo da história da humanidade. Para o Marista, educar uma criança é iluminar sua inteligência formando seu coração; é educar sua consciência fazendo-lhe amar a virtude; é formar sua vontade educando seu caráter; é cuidá-la continuamente ajudando-a a discernir sobre o que é certo e bom para si; é inspirar-lhe o amor ao trabalho e à vontade de querer ser melhor que si mesma; é dar-lhe os conhecimentos que lhe serão necessários em sua situação histórica e em sua condição pessoal. Por fim, educar uma criança, para o Marista, é ocupar-se do seu desenvolvimento físico, por meio das práticas esportivas e culturais que os colégios Maristas oferecem, não por capricho, mas sim por convicção de que esse é o melhor modo de educar e formar bons cristãos e virtuosos cidadãos, para hoje e para amanhã. Boa Leitura! ir. paulinho vogel Diretor-executivo da Rede Marista de Colégios © Foto: João Borges Nossa Em Família deste semestre é sobre esporte. Na verdade, é sobre educação, pois entendemos que tudo o que fazemos no Marista está ligado a esse tema. E o esporte, aliado a uma série de outras atividades, torna nossa proposta educativa diferenciada. O Grupo Marista, desde São Marcelino Champagnat, seu fundador, oferece aos alunos dos Colégios Maristas educação integral de qualidade. Integral, pois suas atividades pedagógicas, junto às crianças e jovens, abarcam todas as dimensões do ser humano. Está explícito em nossa Missão Educativa Marista: “Coerentes com o nosso ideal de proporcionar uma educação verdadeiramente integral, incluímos nas experiências de aprendizagem dos nossos educandos a educação física, da saúde e do meio ambiente. Estimulamos as atividades esportivas como meio para desenvolver suas habilidades físicas e sua coordenação motora, a formação da personalidade, o espírito de equipe, a disciplina pessoal, o reconhecimento de suas próprias limitações, a capacidade de aceitar seus limites e o desejo de obter êxito” (MEM, n. 137). Como valor institucional, o Grupo Marista, em suas várias instâncias de atuação, seja nos hospitais, editoras, universidades ou colégios, preza pela presença significativa. Na ação escolar, procuramos prolongar nossa presença, dando significado a ela junto aos nossos alunos, através do tempo livre, do lazer, das atividades esportivas e culturais, ou quaisquer outros meios. 5 dia a dia © Foto: Acervo Marista Participação dos alunos do Colégio Marista São Francisco nas Olimpíadas Maristas 2011. Na aula de hoje: desvendando o esporte O objetivo da Educação Física no currículo pedagógico é incentivar a prática esportiva, apresentando-a de forma teórica, prática e desafiadora para o aluno. Saiba como. 6 Uma experiência que fica para a vida inteira! A prática do esporte no dia a dia dos jovens e crianças contribui para um melhor funcionamento do corpo e da mente. Os estudantes, por meio de suas práticas esportivas, significam e ressignificam sua presença no mundo, pois por meio delas ampliam a sua relação com os outros, respeitando as regras e as diferenças entre si e desenvolvendo uma consciência mais crítica e política. Consequentemente, influencia no aproveitamento dos estudos em sala de aula e fortalece as relações interpessoais. Pensando nestes benefícios, os Colégios Maristas entendem o esporte como parte da cultura corporal de movimento, bem como da formação integral dos alunos. O Analista de Negócios do Grupo Marista, Honório Hungria Junior, orientador das atividades dos Núcleos de Atividades Complementares da Rede de Colégios, afirma que o esporte é um meio para educação e “tem relação direta com a qualidade de vida, interferindo no relacionamento do sujeito consigo e com os outros”. Para Alessandro Viegas Rodovalho, professor e coordenador de Modalidades do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) do Colégio Marista de Brasília, para esse vínculo interpessoal existir, é preciso ondE tudo sE inicia O trabalho começa cedo. Brincadeiras e jogos são desenvolvidos com as crianças, a fim de desenvolver o trabalho em equipe, o respeito à individualidade e às regras nas práticas esportivas. Essa fundamentação básica, comum a todas as modalidades, dá subsídios para que a iniciação esportiva seja desenvolvida, de forma plena e eficaz, nas séries mais avançadas. “No currículo pedagógico não se tem o esporte como competitivo ou de performance. Dessa forma, ele é trabalhado respeitando e adaptando-se às características de cada indivíduo”, explica o supervisor do Núcleo de Atividades Complementares do Colégio Marista Paranaense, Fernando Knaipp Junior. As aulas de Educação Física devem trabalhar conceitos sobre a atividade física, contextualização e interpretação de conhecimentos, além das práticas cor- porais. “Nosso objetivo principal é o incentivo à prática esportiva como formação do ser humano enquanto equipe”, conta Paula Melhado Gomes da Silva, coordenadora de Educação Física do Marista Paranaense. os incEntivos No Ensino Médio, uma das formas de motivação à prática é a estruturação das aulas junto com os alunos. “Neste ano, sentamos e preparamos juntos a grade curricular das aulas de Educação Física. É a tentativa de um envolvimento mais efetivo”, explica a coordenadora de esportes do Colégio Marista São Francisco, Marlise da Silva. Já no contraturno, são ofertadas diversas modalidades para aqueles que desejam ter uma rotina esportiva. “Dentro do treinamento, o colégio oferece toda a estrutura, com técnicos especialistas, material de alto padrão e todo o suporte necessário. Tudo o que é necessário para o desenvolvimento do aluno dentro da modalidade”, explica Knaipp. O ambiente físico também influencia no incentivo à prática. “Os Colégios Maristas possuem ampla área e instalações que permitem a exploração das ofertas esportivas. As modalidades esportivas muitas vezes estão alinhadas com as realidades culturais de cada local”, completa Hungria. © Foto: maristabsb/divulgação um ambiente propício. “É importante desenvolver um ambiente de respeito e de busca pelo conhecimento. Assim, aos poucos os alunos vão se desenvolvendo e ampliando seu repertório motor”. olimar As Olimpíadas ocorrem a cada dois anos e são um dos maiores eventos esportivos do Grupo Marista. As competições, resultados e conquistas vêm, naturalmente, com o esforço dos alunos, que são os verdadeiros protagonistas dessa história. O objetivo dos Jogos é promover uma integração e troca de experiências, uma vez que a cada ano a Olimar acontece em um Colégio. “Temos a oportunidade de conhecer práticas com níveis diferentes do nosso. Também podemos ter contato com culturas regionais diferentes, ampliando nosso ciclo de amizades em um ambiente único”, afirma Rodovalho. Colégio Marista de Brasília em participação nas Olimpíadas Maristas. © Foto: Tatiane Pereira segundo a coordenadora de Esportes do colégio marista são Francisco, geralmente são das modalidades oferecidas pelo núcleo de atividades complementares (nac) que surgem as equipes que participam das olimpíadas maristas, conhecidas como olimar. Alunos do Colégio Marista Paranaense participando do Projeto Champagnat, em 2012. 7 © Fotos: Renata Duda capa Crianças e adolescentes descobrem no esporte um espaço de desafios e conquistas, mas também de muita diversão e até de um futuro profissional 8 As aulas de Ginástica Artística também são um momento para estar entre amigas. Entre uma acrobacia e outra, as meninas não perdem tempo para se divertir e colocar o papo em dia. Na contramão da inatividade – comum entre alguns dessa geração que preferem brincar com jogos virtuais a pular corda ou andar de bicicleta –, ainda existem crianças que sonham em ser jogadores de futebol, ciclistas, atletas de alto nível. João Pedro Custódio, 13 anos, 7º ano do Colégio Marista Goiânia, faz parte desse time seleto. Se não bastasse a exceção, ele pratica automobilismo, que, apesar de conhecido por seus vários pilotos renomados, também não é um esporte muito popular. O pai de João, Geovane Gonçalves, conta que o menino ganhou um kart em 2005. No ano seguinte, ele ia todos os fins de semana ao Kartódromo Ricardo Santos para correr – como uma diversão. Aos poucos, perceberam que ele levava jeito para o automobilismo e João começou a ter uma rotina de treinos e participar de competições. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria, também teve um incentivo para entrar no uni- verso esportivo. Foi inspirada pela tia, praticante de ginástica artística por oito anos, que Isadora iniciou as aulas nessa modalidade no colégio. A menina conta que outro fator que contribuiu para isso foram as aulas de Educação Física. “A professora percebeu que eu gostava de ‘dar estrelinha’, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a ginástica”. Hoje, a menina treina duas vezes por semana e já conta com algumas medalhas. Apesar de adorar ginástica, ela sabe que a vida de esportista é curta. Por isso, afirma que, quando crescer, quer fazer o curso de Arquitetura e Urbanismo. Até lá, resta a Isadora conciliar a rotina de ginasta com os estudos do Ensino Fundamental. Organizar o tempo entre prática esportiva e estudos é, na verdade, o maior desafio dos jovens esportistas. Isso tanto para João e Isadora quanto para a maioria das crianças e adolescentes que praticam algum esporte, profissionalmente ou não. A professora percebeu que eu gostava de dar estrelinha, fazer muitas estripulias, e me incentivou a ir para a Ginástica. Isadora Senff, 10 anos, 5º ano do Colégio Santa Maria 9 capa EsportE auXiLia no aprEndiZado Essa conciliação é mais que essencial, uma vez que o esporte praticado de forma assistida e saudável influencia positivamente no aprendizado. Estudos observacionais mostram forte tendência positiva de que a prática de esportes contribua para o aprendizado de matérias convencionais. Segundo o médico ortopedista Mark Deeke, especialista em Medicina Esportiva, as atividades aeróbicas – como corrida, natação e ciclismo – ativam uma área do cérebro chamada de hipocampo, responsável pela memorização e aprendizado, além de aumentar a atividade neural, o que, consequentemente, potencializa a assimilação de conhecimento. A professora de Educação Física Amanda Fistarol, do Colégio Santa Maria, completa que, no esporte, a criança aprende a desenvolver habilidades que farão diferença em sala de aula. São elas: concentração, motivação, trabalho em equipe, disciplina. “Na prática esportiva, exige-se disciplina da criança. É natural que isso reflita no comportamento do aluno em classe”. Gonçalves conta que João tinha dificuldades na escola antes de ingressar no esporte. A situação mudou quando começou a correr de kart. “O Colégio Marista foi fundamental na hora de conciliar as dezenas de atividades escolares com treinos e competições, propiciando um calendário bem organizado e adequado à situação de João Pedro". Esse posicionamento da instituição de ensino também fez toda a diferença na vida de Khiuani Dias, 21 anos, ex-ginasta da Seleção Brasileira e, atualmente, estudante de Educação Física na PUCPR. Dulcenea Alves Wisniewski, educadora e professora do Colégio Marista Paranaense, pondera que os pais precisam elaborar uma rotina para os filhos, estabelecendo limites e horários. “Isso ajuda a criança a estabelecer prioridades para que o estudo não seja comprometido”. por um mundo em movimento A falta de atividade física pode trazer consequências negativas para as futuras gerações. Veja alguns dados: 30% DE CRIANÇAS COM OBESIDADE R$ 2.741,00 A MAIS POR ANO DE GASTOS COM A SAÚDE João Pedro conta com o apoio da família e do Colégio para conciliar estudos com rotina de treinos e competições. 10 © Foto: Luca Bassani F MENOS ATIVIDADE FÍSICA ESTÁ ASSOCIADA A NOTAS RUINS NA ESCOLA 5,3 MILHÕES DE MORTES PREMATURAS POR ANO GRAÇAS À INATIVIDADE Fonte: www.designedtomove.org CONFIRA A ENTREVISTA COM O TREINADOR ALFREDO CARLOS SCREMIN, DO COLÉGIO MARISTA PARANAENSE, HÁ MAIS DE 30 ANOS NA ÁREA. JÁ PASSARAM POR SUAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA MENINAS E MENINOS QUE, HOJE, SEGUEM CARREIRA NO ESPORTE. como identificar um atleta nato? O aluno que tem um perfil para esportista normalmente é mais ligado em todas as modalidades esportivas. A gente percebe que o aluno é mais centrado, gosta mais de fazer as coisas, participar. Isso remete ao perfil de um esportista. qual a hora certa para inserir a criança em uma rotina mais profissional no esporte? O esporte deve começar como lazer e sociabilização. Eu acho que até os 18 anos não deve existir uma competitividade exacerbada, deixando os atletas mais livres para a criatividade e não presos em táticas ferrenhas. Caso o talento aflore precocemente, a criança deve participar de competições sempre com acompanhamento de psicólogos. quais as possibilidades profissionais para os atletas, quando o corpo já não responde mais tão bem quanto antes? © Foto: Sxc.hu O próprio esporte tem necessidades de pessoas que têm vivência e, inclusive, uma formação. A carreira pós-esportiva também é bastante proveitosa. Como, por exemplo, o jornalista Caio Ribeiro, que já foi jogador do São Paulo e hoje é comentarista. Ele tem uma boa formação e continuou a estudar mesmo depois de ter parado de jogar futebol. Hoje ele é um comentarista respeitado. Tem também a possibilidade de virar técnico da modalidade em que jogou. E, ainda, esportistas da nova geração que estão se tornando dirigentes do esporte. compEtiçÕEs Desde que sejam encaradas de uma forma saudável, as competições podem ser positivas para o desenvolvimento de quem pratica uma atividade. “Na competição, a criança é desafiada a superar seus próprios limites. As competições incentivam os alunos a prosseguirem e crescerem no esporte”, afirma a educadora física Amanda. Letícia Arakaki, 12 anos, 7º ano do Colégio Maristinha de Brasília, não perde uma competição. A mãe Maricelma Arakaki incentiva: “Nas competições, eles podem conhecer outros grupos e isso os ajuda a ter um feedback de como estão”. Isadora concorda que conhecer outras pessoas é uma das melhores partes dos concursos, que, na verdade, tornam-se uma diversão, pois não deixa de ser uma viagem entre amigas. João Pedro afirma que vale muito a pena viajar para competir. Para ele, sua viagem inesquecível foi para uma competição em Las Vegas (EUA). EsportE tamBÉm É divErsão É nesse clima de descontração que o esporte deve ser levado na infância. A educadora Dulcenea lembra que a prática deve estar relacionada ao prazer e ao bem-estar, não sendo uma obrigação para as crianças. “Nessa fase, a atividade deve ser encarada como uma brincadeira, uma descoberta. Com o tempo, as aptidões se aperfeiçoam e, mais tarde, podem virar profissão”, explica. Mesmo aqueles que levam o esporte mais a sério desde pequenos, o ideal é que não vivam sob pressão. Segundo especialistas, a ausência de cobranças é favorável. Sem estresse, o rendimento é melhor, refletindo em outras áreas positivamente, como os estudos e o convívio social. 11 capa Feitos para se mexer Contra inatividade física, ONG luta por um futuro mais agitado, em que as crianças brinquem, corram, movimentem-se mais Ao olhar para essa geração de pequenos internautas, sempre conectados em seus tablets e PSPs (o Playstation portátil), surgem as lamentações, permeadas de muita preocupação. “Na idade deles, eu estava jogando bola com os amigos”, “eu estava correndo pela rua”, dizem os pais. Ao mesmo tempo em que toda essa inserção no mundo tecnológico pode propiciar um raciocínio mais ágil, que encontra solução para tudo, tanta inércia física pode trazer consequências negativas no futuro. Lembra-se da animação Wall-e, da Pixar? Pois é, eles não estavam enganados ao mostrar um futuro de pessoas obesas e preguiçosas. É nesse contexto atual, de pouca atividade, que a ONG Designed to Move faz um alerta a todos. A ONG afirma que, pela primeira vez na história, uma geração viverá menos que a anterior. A geração é essa, a das crianças conectadas. Por isso, o apelo é claro: mexam-se! E é aí que o papel de pais e professores faz-se essencial. Para a empresária Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, 13 anos, do 8º ano do Colégio Arquidiocesano, não basta falar para a criança o quanto é importante praticar esporte, é preciso dar exemplo. “Eu acho que o maior incentivo é a família se engajar. Meu marido, meus filhos e eu jogamos tênis juntos. As aulas são separadas, mas, no fim, sempre jogamos uma partida em família”. Joelma afirma que Nicolle adora, principalmente, por ter companhia. Para que a criança cresça sabendo do valor do esporte em sua vida, a psicóloga Patrícia Ribeiro, mestre em Psicologia da infância e adolescência e também professora da PUCPR, aconselha que os pais expliquem aos filhos a razão pela qual eles estão sendo incentivados a fazer uma atividade esportiva. “Os pais precisam trocar informações com a criança, dentro das capacidades infantis de compreensão”. Eu acho que o maior incentivo [para a prática esportiva] é a família se engajar. Eu, meu marido e meus filhos jogamos tênis juntos. Hora do esporte também é hora de estar em família 12 Joelma Rosinholi, mãe da aluna Nicolle Rosinholi, Colégio Arquidiocesano a EscoLha cErta tá na hora do quê? A idade da criança pode ajudar os pais a definir a atividade do filho. © Foto: Sxc.hu 3 a 5 anos de idade Não devem fazer mais de três ou quatro horas de exercícios físicos por semana. Nessa idade, o melhor esporte que as crianças podem praticar é a natação, porque desenvolve a coordenação, a resistência, a disciplina e a relação entre o esforço e os resultados. © Foto: Sxc.hu © Foto: Sxc.hu 5 a 7 anos de idade Por vezes, a escolha por uma atividade pode ser incomum. Como a de João Pedro. É preciso estar atento ao que a criança faz, para auxiliar nessa decisão. Segundo a psicóloga Patrícia, uma boa estratégia para escolher a atividade é observar a forma como a criança se diverte, o que ela mais gosta de fazer quando está sozinha ou entre outras crianças. Para ela, a escola também pode auxiliar nesse processo, pois é lá que a criança tem contato com várias atividades físicas. A aluna Letícia, do Colégio Maristinha, optou pelo futebol e a escolha por esse esporte se deu nas aulas de Educação Física. “Ela sempre viu a irmã jogar handebol, mas, na escola, ela conheceu o futebol. A decisão foi totalmente dela”, diz a mãe da menina, Maricelma. Segundo a psicóloga, outra boa maneira de auxiliar uma criança em suas descobertas é permitir que ela experimente. Para isso, é importante que os pais criem essas possibilidades, mas sem exigir nenhum resultado inicial. O esporte que praticam nessa idade pode dar uma base para as diferentes capacidades. O ideal é um esporte individual e outro coletivo. O individual pode ainda ser a natação, a ginástica desportiva ou as artes marciais; e o coletivo seria o futebol, basquetebol, handebol, voleibol, entre outros. © Foto: Lucas Bassani 8 a 9 anos de idade Nessa idade, os pais já começam a se perguntar se a criança precisa do esporte como atividade física ou se querem levar isso mais a sério. Pais e filhos devem conversar, porque, se optarem pelo segundo, terão de estar dispostos a enfrentar competições, já que haverá necessidade de maior dedicação e esforços. 13 entrevista Verde e amarelo © Fotos: Arquivo pessoal do outro lado do Atlântico 14 Pela primeira vez, o Brasil tem um representante no Tour d’Afrique. A paixão pela bicicleta fez Alexandre Costa Nascimento encarar uma expedição de quatro meses montado em duas rodas. Em um bate-papo entre as pedaladas, ele conta um pouco sobre a ideia de usar o esporte como estilo de vida Ele é ciclista, blogueiro e jornalista. Alexandre Costa Nascimento é o primeiro representante brasileiro e também primeiro ciclista latino-americano em uma expedição ciclística nas estradas africanas – o Tour d´Afrique (TDA). O evento é anual e propõe que o participante percorra, de bicicleta, o continente africano de ponta a ponta. Em 10 edições, já reuniu cerca de 400 ciclistas de mais de 20 países. A largada aconteceu no Cairo, Egito, no dia 10 de janeiro. A chegada é só em maio, dia 11, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Cansou só de pensar? Não esqueça que é tudo de bicicleta. Em um bate-papo, graças à tecnologia da internet, o aventureiro conversou com a reportagem da Em Família sobre o incentivo ao ciclismo e sua paixão pela modalidade. Como surgiu o projeto para ir ao continente africano? Qual a importância dessas jornadas e de quantas já participou? Como foi a Costumo dizer que minha paixão descoberta da pelas bicicletas começou no exato paixão pelas instante em que meu pai soltou as bicicletas? mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. Durante a infância e adolescência em Araraquara, cidade no interior de São Paulo onde nasci e cresci, pratiquei diversas atividades esportivas: judô, tênis, natação, hipismo, futebol. Mas o que eu gostava mesmo era de pegar minha bicicleta e desbravar trilhas e estradas. Diferentemente de um esporte competitivo, em que o objetivo é vencer um oponente ou ganhar uma medalha, a recompensa para quem pedala vem com o vento no rosto, as paisagens e os amigos que se faz ao longo do caminho, seja em uma pequena cidade no interior de São Paulo ou atravessando o continente africano. Descobri a existência do Tour d’Afrique há cerca de três anos, enquanto pesquisava na internet sobre roteiros para uma viagem de bicicleta. A partir daí, realizar essa aventura tornou-se mais que um sonho, um grande objetivo. Participar do TDA também é uma chance de aliar três das minhas grandes paixões: o jornalismo, as bicicletas e a África. Faço da bicicleta uma bandeira política para a construção de cidades mais humanas e também um meio para um estilo de vida mais saudável e harmonioso, usando-a como meio de transporte no dia a dia. Além do TDA, já pedalei no Deserto do Atacama (Chile), Salt Lake City (EUA), Berlin (Alemanha), Colônia do Sacramento (Uruguai), Rodovia Transpantaneira (Mato Grosso), Circuito Vale Europeu (Santa Catarina) e Parque do Superagui (Paraná). De que forma acontecem os incentivos dos países que investem em bicicleta como transporte? A principal questão é a forma como a bicicleta é encarada pelo poder público. Enquanto nas principais cidades do Brasil a bicicleta ainda é vista apenas como um instrumento de lazer, em cidades europeias ou nos Estados Unidos, a bicicleta surge como uma solução para os problemas do trânsito. Assim, ela passa a fazer parte da equação e todo o planejamento urbano passa a considerar o incentivo à utilização da bicicleta, tornando o uso do automóvel particular mais difícil e custoso. Como podemos perceber, ainda estamos na contramão do modelo ideal. 15 © Foto: Arquivo pessoal entrevista Costumo dizer que minha paixão pelas bicicletas começou no exato instante em que meu pai soltou as mãos das minhas costas e dei minhas primeiras pedaladas sem rodinhas. O que é preciso para que o brasileiro se torne mais acessível à implantação da bicicleta na rotina? 16 As ações devem ser sistêmicas e atingir o planejamento das vias, sinalização, campanhas de educação para motoristas, ciclistas e pedestres, fiscalização, segurança (aí se entende tanto a segurança de trafegar nas ruas quanto a de não ter a bicicleta roubada ou furtada), a iluminação pública etc. A decisão final, contudo, é pessoal. A bicicleta é o meio de transporte mais eficiente em grandes cidades para deslocamentos de até oito quilômetros entre um ponto e outro. Considerando que mais da metade dos deslocamentos diários de carro em uma capital como Curitiba são feitos dentro desse perímetro, poderíamos, com programas adequados de incentivo, ter mais pessoas pedalando e menos carros poluindo o ar e congestionando as ruas das nossas cidades. Ciclismo deveria ser mais difundido entre as crianças como opção de esporte já nos ensinos fundamentais e médios? Em tese, sim. Mas não apenas como esporte e, sim, como estilo de vida. Mas de que adianta uma criança aprender dentro da sala de aula os benefícios de usar a bicicleta como meio de transporte e não poder ir pedalando para o colégio todos os dias? Em cidades alemãs, quase a totalidade das crianças a partir do 1º ano vão e voltam da escola pedalando todos os dias (inclusive dias de neve). Hoje, é difícil imaginar uma família tradicional de uma metrópole brasileira, em que os pais concordem e se sintam confortáveis em deixar seu filho ir pedalando para a escola. Vivemos em uma sociedade que acredita que o problema para a falta de segurança é usar carro blindado e viver em condomínios fechados. Isso é sintomático e mostra a gravidade do problema. Uma cidade só é realmente segura se uma criança de 7 anos puder pedalar sozinha pelas ruas e ciclovias. índice ed. infantil 20 O desenvolvimento psicológico e mental de crianças pequenas na Educação Física. com a palavra en. fundamental en. médio 18 22 24 diz aí caleidoscópio destaque 26 28 30 você sabia? gente nossa ser melhor 32 34 36 Diretoria-Geral. Os esforços que os alunos são capazes de fazer para conquistar a vitória nos esportes que praticam. Curiosidades do Colégio. Desenvolvendo a cidadania praticando esporte. Destaques dos principais acontecimentos do Colégio. Ex-alunos contam a sua trajetória na vida esportiva. Como a Educação Física ajuda os adolescentes a ter disciplina e amadurecimento. Conheça o aluno que mesmo sendo muito fã de esportes, nunca esqueceu a importância dos estudos. Ações da Pastoral. com a palavra EVOLUÇÃO em movimento 18 desenvolvidas. Para que os músculos se tornem mais fortes, precisam ser exigidos, mas não em excesso. A evolução nos moldou para o movimento, jamais para ficarmos parados. Para manter o desempenho e nossa inteligência corporal, precisamos cultivar as habilidades todos os dias. O excesso pode prejudicar. Movimento demais causa estresse; movimento insuficiente atrofia. Daí a necessidade de encontrarmos um ritmo equilibrado que contribua para manter a qualidade de vida e a saúde. Alimentação adequada é fundamental: o corpo precisa repor os elementos que, naturalmente, vai perdendo. Somos seres vivos, em contínuo movimento e em renovação permanente pela alimentação. Na sociedade urbana, em que o sedentarismo é uma tendência natural, precisamos nos conscientizar de que, ao nos propor e ao executar um ritmo de exercícios diários, estaremos determinando a qualidade de nossa vida. Colégio Marista Frei Rogério Evoluímos estando sempre em movimento. As habilidades que se mostravam mais adaptadas ao meio de vida favoreceram quem as possuía. ir. roque Brugnara © Foto: Acervo do Colégio A Bíblia nos oferece uma proposta de significado para a vida humana. Perante os demais seres vivos, o homem aparece como “rei da criação”, dominador, senhor... aquele que dá nome aos demais. Em nosso tempo, com base nas ciências, vemo-nos como habitantes de um mundo minúsculo, dentro do universo imenso, cujas medidas vão além da imaginação. Se voltarmos nossos olhos para a evolução da vida no planeta Terra, percebemo-nos no topo da cadeia alimentar. Nossa evolução aconteceu ao longo de milhões de anos, instigada pelo desejo de viver e pela busca de melhores condições de vida. Evoluímos estando sempre em movimento. As habilidades que se mostravam mais adaptadas ao meio de vida favoreceram quem as possuía. Habilidade tem a ver com resistência, flexibilidade, coordenação motora, inteligência corporal, adaptabilidade. Sem movimento, nossos músculos se atrofiam, a flexibilidade diminui, perdemos habilidades já w ww.colegiosmaristas.com. br Vem aí a Olimar, evento esportivo que reúne todos os Colégios Maristas a cada 2 anos para celebrar o esporte e a amizade! De 11 a 15 de outubro, nos Colégios Maristas Arquidiocesano e Glória, São Paulo. Mais informações no Núcleo de Atividades Complementares. Colégios Maristas. Preparação para todas as provas da vida. Patrocínio ed. infantil AEducação Física e o desenvolvimento psicomotor Alunos com idades entre 2 e 6 anos são os mais beneficiados com a prática esportiva regular A Educação Física, feita com crianças com idades entre 2 e 6 anos, é uma das disciplinas mais importantes dessa faixa etária, pois o aluno está na fase das descobertas, das curiosidades e do desenvolvimento ósseo. É pela importância para o desenvolvimento das capacidades motoras do ser humano que a Educação Física, na Educação Infantil, é uma das vertentes que mais têm crescido nos últimos anos. Nessa idade, em que as crianças começam a desenvolver as habilidades físicas, a cognição, o equilíbrio e a fala, os exercícios e as atividades físicas pedagógicas têm 20 importância fundamental para que as habilidades sejam amadurecidas de forma saudável. Nas aulas de Educação Física, o convívio com os colegas de classe pode ser aprimorado, já que as crianças começam a aprender a cooperar, a partilhar, a respeitar os demais, a obedecer às regras, e a contribuir com o bom desenrolar das aulas. Segundo o professor Juliano Cecconello, que leciona a disciplina para as crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, é importante que as atividades desenvolvidas com os alunos nessas idades respeitem a ludicidade do Colégio Marista Frei Rogério infantil “faz de conta” em que a criança vive. Nessa idade, a imaginação é essencial para consolidar os hábitos higiênicos, o desenvolvimento corporal e mental, a aptidão física, a socialização e a criatividade, sem, no entanto, levar o aluno a um choque de realidade. Dessa forma, a criança começa a caminhar rumo à formação da personalidade de modo saudável. “A fase de 2 a 6 anos se constitui como de grande relevância, tanto no que diz respeito ao processo de maturação biológica quanto no desenvolvimento sociopsicomotor, pelo qual passa a criança em seu rela- É uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada uma das crianças. dualidade de cada grupo de alunos e à fase de desenvolvimento em que se encontram. “A Educação Física no Colégio Marista Frei Rogério integra o aluno à cultura corporal do movimento, de uma forma completa, e visa transmitir conhecimentos sobre a saúde e as várias modalidades esportivas. É uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada criança, mas nunca de forma seletiva e, sim, incluindo todos no programa de ensino-aprendizagem”, avalia Cecconello. Para que o processo do ensino-aprendizagem seja eficiente e se desenvolva de forma satisfatória, é preciso que toda a equipe pedagógica, sobretudo os professores da Educação Infantil, trabalhem concomitantemente, por meio da interdisciplinaridade. De acordo com o professor, é preciso que os conteúdos vistos na sala pelos demais professores, como corpo humano, formas geométricas, folclore brasileiro, sejam trabalhados também nas aulas de Educação Física. “Quando o professor de Ciências estiver trabalhando o corpo humano, na Educação Física, podemos explorar com os alunos os movimentos corporais. Quando, em Matemática, os assuntos são espaços, medidas, tempo ou figuras geométricas, podemos mostrar como funcionam na prática, com os exercícios e as atividades físicas". Para que isso ocorra, a interação entre os professores e demais integrantes da equipe pedagógica é fundamental. “Isso se chama interdisciplinaridade”, conclui. © Fotos: Acervo do Colégio cionamento com o meio ambiente”, explica Cecconello. O processo de maturação sociopsicomotor é evidenciado nos primeiros anos da Educação Infantil. Os benefícios do exercício físico nas crianças são visíveis, tanto os fisiológicos quanto psicológicos. Além do desenvolvimento corporal e do fortalecimento ósseo e da musculatura, eles desenvolvem as habilidades motoras infantis e contribuem para a melhor interação nos esportes e nas atividades realizadas em conjunto. Nessas aulas, a criança cria confiança no professor, que se torna uma referência, um espelho, e passa a revelar seus medos, sua coragem e seus limites. Segundo Cecconello, esse conjunto de fatores ajuda a criança a melhorar a autoestima e a autoconfiança. Fisicamente, as crianças ainda reforçam a imunidade corporal e desenvolvem maior resistência contra doenças, o que ajuda a prevenir problemas cardíacos e obesidade infantil. Para atingir tais resultados, os conteúdos programáticos da Educação Física são adaptados à indivi- Colégio Marista Frei Rogério 21 © Fotos: Acervo do Colégio en. fundamental Alunos com idades entre 6 e 14 anos têm, no esporte, noções essenciais para o desenvolvimento da cidadania O esporte contribui para o desenvolvimento do adolescente, a partir de uma perspectiva ética e moral em que a criança é inserida em práticas esportivas que desenvolvem bons costumes e constroem relações de respeito e companheirismo com o próximo. Esse é um dos principais objetivos da Educação Física enquanto disciplina da grade curricular de alunos com idades entre 6 e 14 anos, no Ensino Fundamental. De acordo com o professor Nei Tesser, do Colégio Marista Frei Rogério, nessa faixa etária, em que o ensino varia consideravelmente, as aulas são dadas com conteúdos pré-desportivos, recreativos, cooperativos 22 Colégio Marista Frei Rogério A Educação Física, quando bem trabalhada, constitui uma área fundamentada nas concepções do corpo e do movimento que não se restringe aos simples exercícios das habilidades e destrezas esportivas, mas que tem a função de capacitar a criança para refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada. físicas e cognitivas das crianças. É imprescindível desenvolver nos pequenos a consciência corporal – percepção espacial, direcional e temporal –, aptidões motoras e físicas e o desenvolvimento integral. Tesser explica que, nessa etapa, não há treinamento com foco no rendimento competitivo, mas na perspectiva de que a criança se desenvolva de forma integral e agradável. E, a partir disso, sinta-se estimulada a continuar a prática esportiva com a capacidade de refletir sobre suas possibilidades corporais e sobre o modo como ela deve ser exercida, social e culturalmente. “Nessa fase, a criança e o adolescente estão no período de amadurecimento, tanto físico como psicológico. Qualquer tipo de atividade física é importante, dentro das características de cada um”. Dentro de tais perspectivas, a Educação Física adota uma metodologia de ensino-aprendizagem que busca desenvolver nos alunos a autonomia, a cooperação, o en- gajamento social e a formação de valores e princípios democráticos. Contudo, isso precisa ser conciliado com uma das maiores diversões infantis: os jogos competitivos. Sendo assim, segundo o professor Nei Tesser, as aulas são formuladas de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, sobre atividades lúdicas e por meio de contestes e estafetas. Nos jogos, as crianças aprendem a ganhar e perder, adquirem conhecimentos sobre suas possibilidades e os limites do corpo e ampliam a capacidade para o exercício da cidadania. Para a preparação esportiva, além das aulas de Educação Física, o Colégio Marista Frei Rogério oferece as escolinhas multiesportivas. Por elas é dada aos alunos a oportunidade da iniciação aos esportes de competição, porém respeitando as individualidades e os limites de cada criança participante dos treinamentos. As modalidades mais procuradas no Colégio são futsal e judô. e, por fim, esportivos competitivos. A finalidade é inserir todas as crianças nas atividades de modo que nenhuma se sinta discriminada. Assim, prepara-se o aluno para viver em sociedade, para movimentar-se, raciocinar e compreender os contextos em que está inserido. “A Educação Física, quando bem trabalhada, constitui uma área fundamentada nas concepções do corpo e do movimento que não se restringe aos exercícios das habilidades e destrezas esportivas, mas que tem a função de capacitar a criança para refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente adequada”, avalia o professor Tesser. No Ensino Fundamental, um dos principais cuidados dos professores é com o desenvolvimento das habilidades motoras, afetivas, Colégio Marista Frei Rogério 23 en. médio Epara ducação Física o desenvolvimento humano Na adolescência, a disciplina ganha importância fundamental, tendo em vista o desenvolvimento físico e psicossocial dos alunos a enfrentar as questões relacionadas à aceitação de um grupo e à autoestima, a prática dos exercícios físicos, quando orientada profissionalmente, pode ser uma ótima aliada. Além das questões corpóreas e psicológicas, as atividades físicas exercem influência importante sobre o intelecto humano e contribuem para o aumento da oxigenação cerebral, proporcionando melhor desempenho cognitivo na realização das tarefas que exigem o raciocínio. Nesse sentido, aliando as questões relacionadas ao desenvolvimento integral dos alunos – psicológico, corpóreo e intelectual –, enquanto seres humanos rumo ao amadure- cimento e à vida adulta, são estruturadas as aulas de Educação Física do Colégio Marista Frei Rogério. De acordo com o professor Raylander Righi, responsável pela disciplina, as aulas são pautadas em conceitos que abordam questões que afligem a garotada e com foco na saúde. Nessa idade, algumas questões relacionadas à sexualidade, ao crescimento do corpo, à obesidade, ao sedentarismo e ao aumento saudável da massa corporal, são fundamentais. Segundo o professor Righi, a saúde é considerada um tema transversal pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Por isso, quando pensada multidisciplinarmente, a © Fotos: Acervo do Colégio É comum que as crianças, quando saem da infância rumo à vida adulta – e, nesse ínterim, deparam-se com a adolescência –, sintam-se sem saber como lidar com as implicações que esse período da vida traz ao ser humano, sobretudo as pressões físicas, sociais e psicológicas próprias do desenvolvimento. Uma delas é a proximidade do vestibular e a responsabilidade do ingresso na vida acadêmica. Ainda, na sociedade em que vivemos, a cultura da estética e a busca do corpo perfeito, a corpolatria, podem aumentar o peso para essas crianças grandes. A fim de auxiliar os adolescentes a lidar com as pressões do dia a dia e 24 Colégio Marista Frei Rogério Educação Física se torna uma disciplina imprescindível para o currículo escolar. Os conteúdos relacionados ao bem-estar, à saúde humana, à qualidade das atividades físicas, à composição corporal e ao esporte podem ser trabalhados em diversas vertentes teóricas e práticas. Educação Física, na prática O principal objetivo da Educação Física, no contexto atual da sociedade moderna, é o movimento corporal e a cultura corporal do desenvolvimento humano. A disciplina é pautada num dos dilemas da adolescência: a busca de uma nova identidade a partir do corpo em ampla mudança. Segundo Righi, a disciplina se legitima como essencial para o desenvolvimento do adolescente. “A Educação Física, dentre outras premissas, deve servir-se desse cenário para legitimar-se ainda mais dentro da grade escolar, abordando em suas aulas questões e contextos ligados à prática da atividade física e suas im- As questões ligadas ao corpo e seu funcionamento se tornam exponenciais, pois o adolescente quer ter respostas claras que dizem respeito às suas angústias e expectativas, tão presentes nessa fase da vida. plicações para o desenvolvimento do adolescente”, destaca o professor. Para promover o desenvolvimento adolescente da melhor maneira possível, as aulas de Educação Física são pensadas de modo a proporcio- nar a sensação de pertencimento e aceitação dentro do grupo social, no caso, o escolar. As aulas são mistas, com atividades em grupo, envolvem os dois gêneros, mas tendo em vista as particularidades individuais dos alunos e as questões relacionadas às diferenças de desgaste físico de meninos e meninas. “A efetivação pedagógica da disciplina nessa faixa etária precisa ser pautada de forma que o adolescente confirme seu sentido de pertencer a um grupo; cabe ao professor não permitir o isolamento dos alunos, sobretudo daqueles com dificuldades motoras”, explica Righi. Ainda segundo o professor, é preciso que, nas aulas, o adolescente tenha conhecimento sobre o que seu corpo pode ou não fazer. “As questões ligadas ao corpo e seu funcionamento se tornam exponenciais, pois o adolescente quer ter respostas claras que dizem respeito às suas angústias e expectativas, tão presentes nessa fase da vida”, afirma. Colégio Marista Frei Rogério 25 diz aí ? Qual é o preço © Fotos: Acervo do Colégio da vitória arthur corBari sarEtto 5º ano EF dÉBora cruZ 3ª série EM maria Eduarda tEssEr 8º ano EF "Para um atleta, o melhor resultado é atingir seu objetivo maior, a vitória. Para isso ele encara vários desafios, que vai conquistando com o tempo e com muito esforço, tendo a alegria de sair vitorioso." "Não existe preço para a vitória, quando você a almeja. Todos os sacrifícios são válidos. Ninguém chega ao topo sem vencer as barreiras que existem no caminho. Não há vencedor sem suor, sem lágrimas ou dor. A diferença entre alguém que conquista um sonho e outro que nunca o alcança, muitas vezes, está no grau de dedicação, na disposição de pagar o preço." "A vitória é a maior conquista que o ser humano pode obter. Com facilidade ou não, podemos alcançar ótimos resultados. A maioria dos casos de sucesso dependem de muita dedicação e empenho, além dos possíveis machucados." 26 Colégio Marista Frei Rogério Lucas de Carvalho Garcia 1ª série EM Otávio L. de Giacometti 8º ano EF Ivete Rosso Assistente Psicopedagógica "Em todos os esportes que pratico, principalmente no handebol, sempre procuro dar meu melhor; se possível, vencer. Porém, para alcançar o alvo, você precisa estar preparado para ele, treinando, dedicando-se, muitas vezes ouvindo duras cobranças dos professores. Assim como você, buscam sempre o maior objetivo do esporte: a vitória." "O preço da vitória é muito esforço, dedicação, determinação e companheirismo. Para conquistá-la, você precisa ser uma pessoa focada e com objetivos. A verdadeira vitória é aquela que se conquista por seus próprios méritos, habilidades e inteligência. Esforço e cobrança fazem parte do caminho a ser trilhado em busca dos objetivos. Os possíveis machucados só valem a pena se forem os naturais da disputa, aqueles em que não haja deslealdade." "Competir é fundamental no esporte. A conquista é válida quando legítima e honesta. Observar as regras é fundamental para o exercício da ética humana." Colégio Marista Frei Rogério 27 2013 caleidoscópio CALEIDOSCÓPIO dia dE convivência © Fotos: Acervo do Colégio auLa dE mÚsica com os pEquEnos do inFantiL 2 paLEstra soBrE proFissÕEs atividadE Física no rEcrEio 28 Colégio Marista Frei Rogério Pastoral na Educação Infantil Nucleação da PJM Brincando no parque Aula de inglês na lousa digital Colégio Marista Frei Rogério 29 destaque Número 1 no judô Aos 12 anos de idade, Vinícius Dino Pozzebon já pode ser chamado de campeão. Ele é apenas um dos alunos que aproveitam as aulas de Educação Física do Colégio Marista Frei Rogério para se destacar nos campeonatos esportivos nacionais e iniciar carreira. Já são dez anos de treinamentos e mais de 140 medalhas. Dentre elas, a de 1º lugar no Campeonato Estadual 2012; de vice-campeonato do Meeting 2011 e 2012; e de 1º lugar no Campeonato Brasileiro da Região V, que envolve atletas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No ranking estadual da categoria sub 13, Vinícius ocupa o 1º lugar da Federação Catarinense de Judô e é considerado o atleta destaque de 2012. Foi ainda na Educação Infantil do Colégio Marista Frei Rogério que Vinícius teve os primeiros contatos com o judô e com o futsal e, desde então, ele não parou mais. Apesar de identificar-se mais com a arte marcial, o adolescente pratica outras modalidades esportivas oferecidas pelo Colégio, como handebol, basquetebol e atletismo. Para o aluno, mais do que proporcionar o contato com diversas modalidades esportivas, as aulas contribuíram para o seu desenvolvimento. “As aulas de Educação Física ajudam a desenvolver mente e corpo e têm importância fundamental para minha formação educacional. Elas e o Colégio estão me preparando para o futuro”. Para conquistar tudo o que almeja, o aluno tem uma rotina puxada para um adolescente de 12 anos. Além da preparação para a vida adulta e das aulas regulares, ele se divide entre treinos esportivos, aulas de Inglês e Catequese. Todos esses compromissos precisam ser conciliados com as atividades normais de um adolescente, que são as horas 30 Colégio Marista Frei Rogério © Foto: Acervo do Colégio Apesar do sucesso conquistado no esporte, aluno não esquece a importância dos estudos regulares para o futuro em frente ao videogame, escutando músicas, as partidas de tênis e as saídas com os amigos. O adolescente ainda concilia a rotina com uma segunda paixão – as aulas de guitarra –, que surgiu, segundo ele, por influência dos amigos. Vendo um deles tocar, Vinícius se encantou pelo o instrumento. “Alguns amigos meus tocavam. Eu achei legal e decidi fazer o mesmo”, conclui. Para dar conta da rotina, Vinícius acorda cedo e vai dormir tarde. Mas, para ele, isso não é problema. Todos os dias, às 7h30, inicia as aulas no Colégio, e durante as tardes, divide-se entre as diversas atividades que exerce. O aluno ainda integra a Associação de Handebol de Joaçaba (Adrecha) e treina com a equipe dois dias da semana, participa das competições esportivas municipais, estaduais e nacionais, sempre com o objetivo de voltar com mais uma medalha no peito. Mesmo quando o cansaço o alcança, tem certeza de que a rotina árdua dos treinos é fundamental para os resultados conquistados. “A conquista de medalhas é fruto do esforço e do trabalho bem realizado”. Aluno do 8º ano do Ensino Fundamental, está prestes a iniciar nova fase em sua vida pelo ingresso no Ensino Médio e preparação para o Vestibular. Entretanto, apesar de preencher maior parte do seu tempo extra com as atividades esportivas, Vinícius ainda não decidiu qual carreira seguir. Por enquanto, ele afirma que sua prioridade é o estudo e a preparação para o futuro. “No momento, o principal são os meus estudos. Ainda sou muito jovem para definir qualquer coisa. Sei que devo estudar muito para me preparar para o futuro”. você você sabia? sabia? Muita história Uma história de sucesso ao lado do handebol para contar Colégio Marista é parceiro das conquistas esportivas do município Em Joaçaba, o handebol tornou-se um esporte atrativo que movimenta torcedores durante os torneios escolares, municipais e estaduais. O esporte saiu das quadras do Colégio para ganhar o mundo pelas mãos do atleta e ex-aluno Marista Rodrigo Hoffelder. Ele representou o município ao integrar a Seleção Brasileira de Handebol nas Olimpíadas de Barcelona (1992) e de Atlanta (1996). Um dos responsáveis pela estreita ligação de Joaçaba com o handebol é o professor Raylander Righi, há 25 anos treinador das equipes municipais das diversas categorias do esporte. Ele é o mentor dos alunos Maristas que disputam os campeonatos municipais, regionais e estaduais. Um dos títulos mais expressivos conquistados foi o primeiro lugar no campeonato estadual de 1995, promovido pela Federação Catarinense de Handebol. Posteriormente, vieram conquistas nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), em 2007, e nos Jogos Abertos Brasileiros (JABS), em 2008. Outra conquista importante dos alunos do Colégio Marista Frei Rogério foi a medalha de bronze na Olimar 2011 (Olimpíada Marista da Província Marista do Brasil Centro-Sul). Na semifinal, a equipe venceu o Colégio Marista de Brasília. Raylander credita o interesse dos alunos do Colégio pela prática do handebol a três fatores: a facilidade de assimilação dos conceitos e das técnicas do esporte, a possibilidade eminente de realização do gol e a posição dele como técnico das equipes oficiais do município. A conquista de títulos importantes pelas equipes joaçabenses de handebol foram determinantes para a criação de uma cultura em torno da prática desse esporte. 32 Colégio Marista Frei Rogério © Ilustração: Nome do ilustrador © Foto: Acervo do Colégio O professor explica que a prática de esportes faz bem em todos os sentidos. “Os benefícios aos alunos que praticam handebol vão desde o aumento no rendimento escolar até o aperfeiçoamento da disciplina, da ética, do companheirismo e do processo cognitivo por meio do qual o aluno decide praticar uma ação em particular, ou seja, a capacidade volitiva”. gente nossa DO COLÉGIO À ACADEMIA © Foto: Acervo do Colégio Inspirada pelas aulas de professores do Colégio Marista, ex-aluna Caroline hoje trabalha na formação de novos profissionais e docentes da Educação Física Ex-aluna do Colégio Marista Frei Rogério, Caroline Ruschel, 29 anos, saiu da condição de aluna de Educação Física para pesquisadora das práticas esportivas aquáticas na vida adulta. Após interessar-se pela disciplina quando aluna dos professores Raylander Righi e Nei Tesser, Caroline buscou a academia e está prestes a concluir o Doutorado em Ciências do Movimento Humano, na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Ela realiza pesquisas específicas sobre as condições para o aperfeiçoamento das práticas dos profissionais de Educação Física e Fisioterapia que trabalham com a prescrição de exercícios aquáticos. Hoje, Caroline embasa teoricamente novas técnicas de ensino-aprendizagem e ensina aqueles que, em um futuro próximo, se tornarão professores. 34 Em 2000, Caroline encerrou o ciclo de nove anos no Colégio Marista Frei Rogério, ao concluir o então chamado 2º ano do Ensino Médio. Ela credita aos professores e à convivência familiar a paixão que alimenta pela prática esportiva. Descreve o período no Colégio como de extrema importância, tanto para sua formação pessoal quanto profissional. “Os valores que aprendi em casa estavam sempre presentes no ambiente escolar e as atividades curriculares e extracurriculares das quais participei foram significativas para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de aspectos como o voluntariado, a responsabilidade social e ambiental, a liderança, a espiritualidade e a valorização da família e do trabalho”, conta Caroline. Quando adolescente, estava inserida na prática de diversas modalidades esportivas. Da natação, inicia- Colégio Marista Frei Rogério da aos 7 anos, ainda por influência dos pais, às aulas das escolinhas de handebol e futsal proporcionadas pelo Colégio. Como atleta orientada pelo professor Nei Tesser, participou da Olimpíada Estudantil de Joaçaba (OLIEJHO) e da Olimpíada Marista Catarinense (OLIMACA). Foi a partir dessas primeiras inserções no esporte que Caroline passou a vislumbrar sua carreira na Educação Física como uma possibilidade. Conta que o incentivo constante à prática esportiva foi importante para que, gradativamente, desejasse permanecer na área. “A escolha pela minha profissão foi bastante influenciada pelas oportunidades vivenciadas em casa e no Colégio. Neste último, especificamente, pelo exemplo dos professores Raylander e Nei, com quem tive a oportunidade de aprender”, afirma Caroline. Projetos estimulam a solidariedade entre os alunos Alunos e professores Maristas levam à comunidade noções que contribuem para a formação de lideranças e para o desenvolvimento social Uma das práticas realizadas pelo Centro Social Marista Joaçaba, para desenvolver nos alunos o sentido da solidariedade, é o projeto Liderança Juvenil, em funcionamento há mais de dez anos. Nele, adolescentes e jovens, de 12 a 17 anos, das escolas municipais, estaduais e da rede particular de ensino recebem orientações e treinamentos que visam à reeducação para a inserção social nos núcleos de relacionamentos e à formação de adultos conscientes de suas responsabilidades, direitos e deveres. O projeto integra uma rede maior de 36 trabalhos solidários realizados pelo Centro Social Marista Joaçaba, cujo objetivo é contribuir para a construção de uma sociedade fraterna e solidária a partir do apoio educacional e cultural a crianças e adolescentes. Dentre as orientações repassadas aos alunos pelo projeto, estão informações específicas para aprimorar o comportamento dos alunos e da comunidade enquanto “torcedores esportivos”. Nos bate-papos, eles aprendem o que não é apropriado fazer quando a adrenalina acelera o coração. Como controlar a ansiedade Colégio Marista Frei Rogério e evitar palavras de baixo calão, por exemplo, são duas das principais dicas para que os alunos construam a cultura da paz. O Projeto Liderança Juvenil é mantido pela Rede Marista de Solidariedade. Nele, os estudantes participam de oficinas formativas e de artes cênicas. Nas oficinas formativas, são realizadas dinâmicas acerca de temas conflitivos entre os adolescentes e que culminam no seu desenvolvimento, enquanto líderes e protagonistas das escolhas que cada um terá que fazer ao longo da vida, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Nas oficinas de artes cênicas, as atividades ensinam aos participantes técnicas para o relacionamento humano e contribuem para o aprimoramento da fala, da oratória e do comportamento. De acordo com o educador Diogo Rigo, as atividades realizadas transformam os jovens em condutores conscientes de suas vidas. “Trabalhamos, por meio das orientações e das atividades lúdicas, como o teatro e a dança, para que o jovem saiba e tenha confiança de responder por si, mas sem deixar de valorizar as pessoas ao seu redor”, explica. Apenas em 2012, o projeto atendeu a 210 adolescentes. Outros projetos desenvolvidos pelo Centro Social Marista Joaçaba é o Programa Vida Feliz, realizado em parceria com a Igreja Católica e suas Pastorais. O Programa Vida Feliz, por meio do Projeto Pontes, atende a cerca de 13 mil jovens ao longo do ano letivo, e leva, às escolas municipais e estaduais da região, professores para realizar atividades que contribuem para o convívio social dos adolescentes. O trabalho em parceria com a igreja atende a cerca de 1.000 jovens em encontros trimestrais. Participam do Centro Social Marista Joaçaba, ao todo, 12 colaboradores e um Irmão Marista, responsável pela Direção da Instituição. © Foto: Acervo do Colégio ser melhor www.col eg io sm ar istas.co m .b r A websérie feita por você. O novo Yes, We Cast! já está no ar. Acesse youtube.com/canalmarista e fique por dentro do tema deste mês. Colégios Maristas. Preparação para todas as provas da vida. © Foto: Arquivo pessoal essência ir. Leomar d’avila Educador físico e diretor institucional do Centro Social Marista Santa Mônica A prática condizente de qualquer modalidade esportiva, competitiva ou não, leva a pessoa a desenvolver suas capacidades e aptidões. É no momento de interação que se atinge diretamente o outro, gerando, assim, socialização e aprendizagem. Desse modo, experiência no esporte é a oportunidade para aprender os valores da solidariedade, conhecimento, respeito, ou seja, é a oportunidade de cuidar da integridade do outro, aperfeiçoando a si mesmo. Conforme o Ministério da Educação e Cultura (1998), o esporte é elemento de grande valia, quando se fala de interação socioafetiva, pois é a forma de expressar a comunicação que possibilita a crianças e adolescentes partilhar significados, conceber regras, compartilhar valores, ideias e emoções, construindo as características do indivíduo e socializando-o. Por meio do esporte, interiorizam-se comportamentos, dá-se satisfação ao grupo, contemplam-se aspectos pessoais e sociais, configuram-se motivos que impulsionam os seres humanos à interação social, para o necessário aperfeiçoamento do físico e do moral. O esporte, dentro da escola ou mesmo em outros ambientes, leva as crianças e adolescentes a descentralizarem-se, comunicarem-se e aceitar regras e atitudes dos outros, contribuindo para a formação e aceitação de normas de convivência coletiva, determinando regras, valores, 38 Esporte: socialização e aprendizagem ações e gestos que validam o convívio. Assim, quando o esporte se torna algo coletivo e participativo, além de construírem-se conhecimentos múltiplos, valoriza-se a cultura do outro sem descurar a própria; criam-se estratégias com base nas ideias e conhecimento do outro; garante-se o respeito, toleram-se as dificuldades e as limitações demonstradas pelos envolvidos. Em suma, todas as decisões propendem a ser tomadas para o melhor do grupo, estimulando o processo de socialização e tornando-os responsáveis pelas suas ações. A prática esportiva contribui com o processo de aprendizagem, constituindo um meio atraente e bem aceito pela criança; por meio de atividades divertidas, instiga-se simultaneamente o esforço e o prazer de aprender brincando. As crianças e adolescentes demonstram seus desejos e vontades advindos e construídos ao longo de sua história de vida, mostrando suas tendências, seu caráter e sua personalidade. Essa aprendizagem é manifestada quando a criança se confronta com novas informações e novos modos de se realizar esses mesmos jogos e brincadeiras em grupos maiores. O esporte é uma forma de proporcionar situações que levem a solucionar as dificuldades entre as relações cognitivas ou socioafetivas, dando respostas construtivas, que valorizam o diálogo, o respeito e a estima das ideias no trabalho coletivo. Conceitualmente, consideramos o esporte como um conjunto de exercícios físicos, coordenados por métodos. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, desenvolveu, ao passar dos tempos, inúmeras atividades esportivas, com real interesse de praticá-las, visando a aprimorar sua coordenação motora, a autoestima, a potencialidade técnica e, principalmente, sua saúde física e mental. Toda e qualquer modalidade esportiva, assim como a vida, é regida por regras específicas, favorecendo ou punindo a postura comportamental de quem as pratica. Paralelamente, também buscam a socialização: manter contatos, trocar experiências, buscar momentos prazerosos, aperfeiçoar relacionamentos e conquistar espaços, apesar das diferenças entre as pessoas. O esporte integra, não somente força, velocidade e resistência, mas de maneira especial, as relações humanas que conduzem a aproximar e a viver a cidadania e a dignidade humana, com a autorrealização e a qualidade de vida desejadas. A convivência esportiva abre sempre novos horizontes culturais, mostra maneiras convenientes e vantajosas de aprender e ganhar com humildade e perder com sabedoria. Para um atleta, é importante perceber suas reais capacidades e conscientes limitações, demonstrar raciocínio, disciplina, determinação, habilidade e participação efetiva, visando ao útil, ao agradável e, consequentemente, aos louros das conquistas esportivas, revelando o sentido da sua aplicação, experiência no ambiente em que atua e vivencia. Nós, desportistas conscientes, declaramo-nos contrários às influências capazes de canalizar impulsos de violência, explosões emocionais desrespeitosas, paixões desenfreadas, individualismo exagerado e discriminação... enfim, diferenças antiesportivas. Enfatizamos a construção de uma sociedade solidária a serviço da saúde, do bem estar e da vida, tornando-a mais humanizada e mais nossa. O esporte gera envolvimento, integração, amizade, saúde, vida que mobiliza e contagia constantemente as multidões. Sabiamente, já na sua época, São Marcelino Champagnat considerava a prática esportiva muito valiosa para a educação, já que era capaz de fortificar o corpo e purificar a alma. É um ponto de visto educativo, inovador e profundo, de suma importância, mesclando a formação integral do ser humano, formar bons cristãos e virtuosos cidadãos. Agradável o esporte que produz e transmite lazer, saúde, arte e vida. © Foto: Divulgação - Marista Pio XII © Fotos: Sxc.hu Esporte que aproxima ir. dionísio Balestrin Irmão Marista da Província do Rio Grande do Sul 39 solidariedade Competir para todos ganharem Projeto Juventude e Solidariedade no Esporte visa a incluir jogos com caráter mais solidário nas aulas de Educação Física de unidade social Marista Com várias pessoas de pé e algumas cadeiras na sala, a música começa. Não, ninguém vai ficar naquela aflição para sentar. Há lugar para todos. A segunda rodada começa com uma cadeira a menos e, quando a música para, todos continuam na brincadeira. Aquele que está de pé só precisa encontrar uma cadeira para dividir. Essa é uma representação da clássica dança das cadeiras, em uma versão cooperativa: mais harmônica e focada no trabalho em equipe. Para os professores Carlos Pedro Gomes, Filipi Lima e Mário César Oliveira, do Centro Educacional Ma- 40 rista São José, localizado na região metropolitana de Curitiba, atividades como essas que caracterizam os jogos cooperativos possibilitam “que os participantes libertem-se da ânsia pela competição em prol da participação e do lúdico das atividades. Ganhar ou perder não entra nesta discussão”. Tendo como referência esse movimento solidário no desporto, o Centro Educacional Marista São José, em parceria com o Núcleo de Pastoral da Unidade, está colocando em prática o projeto Juventude e Solidariedade no Esporte. A ideia consiste em democratizar o acesso e a prática sistematizada do esporte educacional, tendo como guia as diretrizes da Rede Marista de Solidariedade. Um dos grandes desafios da Educação Física escolar, segundo os educadores, é alterar o conceito de que as modalidades praticadas durante essa disciplina precisam ser aplicadas estritamente com o objetivo de competição e rendimento. “Tradicionalmente, a Educação Física foi construída sobre os pilares de que o rendimento leva à vitória. Porém, esse conceito vem caindo com o passar do tempo. Ela precisa, sim, ser © Fotos: João Borges | Divulgação um agente transformador para os envolvidos”, afirma a equipe. Os professores explicam que a ideia do projeto partiu da necessidade de ampliar a participação do educando dentro das atividades e também para mediar os conflitos ocorridos nas aulas de Educação Física. Com isso, minimizam-se as diferenças de potencialidades físicas e técnicas dos educandos dentro de um mesmo grupo, proporcionando a todos a mesma importância para conquistar os objetivos das aulas. Para cumprir esses objetivos, os jogos cooperativos podem – e devem – ser incorporados às aulas de Educação Física. Há muitas opções de atividades que estimulam a solidariedade, a união, o respeito e a vitória do grupo (confira as dicas de livros no box ao lado). Ao mesmo tempo, é possível tornar cooperativo um jogo tradicionalmente competitivo, flexibilizando suas regras, dividindo o protagonismo das ações, envolvendo o grupo em vários desafios corporais, sempre respeitando os limites de cada um. No formato cooperativo da dança das cadeiras, por exemplo, a mudança de regras traz uma vitória coletiva. A cada rodada, o jogo vai ficando mais divertido e estratégico, pois ninguém pode ficar sem lugar. No fim resta apenas uma cadeira, e o grupo precisa arquitetar de que forma todos sentarão nela. Em sua essência, os jogos cooperativos geram espírito de união, responsabilidade e participação. Pontos importantes em todas as fases da vivência escolar. Para os professores, é nessa prática que se aprende, de forma saudável, a abrir mão dos interesses individuais em prol do coletivo. “Com os jogos cooperativos, podemos experimentar, verdadeiramente, o significado de coletividade”, acredita a equipe. A vitória se constrói junto A principal diferença entre os jogos competitivos e os cooperativos está nos meios utilizados para se chegar à vitória. Nos jogos cooperativos, o que conta é o processo e não o resultado. Conheça algumas opções: Jogos cooperativos sem perdedores Nesta categoria, todos os participantes fazem parte de um mesmo time e o resultado é compartilhado. A dança das cadeiras citada nessa matéria exemplifica esse tipo de jogo. Jogos de resultado coletivo Jogos que permitem a existência de duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objetivos e resultados são comuns, favorecendo a cooperação de todos. A equipe de Educação Física do Centro Educacional Marista São José sugere que, em um jogo de basquete, cada grupo tente converter lances livres em pontos para as duas equipes. O resultado do jogo é a soma dos pontos dos grupos. O desafio será considerado superado somente quando o placar atingir a meta estipulada anteriormente, por exemplo, 100 pontos. Jogos de inversão Experimentam-se situações de troca, de placar ou de jogadores, entre as equipes, favorecendo a valorização dos parceiros de jogo e diminuição da preocupação excessiva com o resultado. Na inversão de placar, cada ponto feito é marcado para o outro time. Na troca de jogadores, cada um troca de time ao fim de cada lance. Jogos semicooperativos Ainda que apresentem caráter competitivo, esses jogos visam à participação de todos durante a rodada. Por exemplo, futebol com times mistos. Os passes precisam ser alternados entre homens e mulheres e para o jogo terminar todos precisam ter marcado pelo menos um ponto. Boas ideias Os livros a seguir apresentam jogos criativos que podem ser aplicados no ambiente escolar ou em um momento em família: 100 Jogos Cooperativos: Eu coopero, Eu me divirto (Editora Ground) A autora Christine Fortin apresenta, de forma prática e detalhada, 100 maneiras de executar atividades cooperativas, as quais podem ser adaptadas de acordo com o local e o perfil de cada público – de crianças a adultos. 110 Jogos Cooperativos Com Balões: Voando Com os Sonhos (Editora Sprint) A obra, escrita por Reinaldo Soler, compõe uma coleção de seis volumes sobre o tema. O autor propõe jogos focados na escola e acredita que ela não precisa ser chata só porque é um ambiente levado com seriedade. msm E os JoGos coopErativos A ideia de jogos cooperativos também está presente na Missão Solidária Marista (MSM). A última edição do projeto, que ocorreu de 20 a 27 de janeiro de 2013, simultaneamente em cinco cidades brasileiras – Almirante Tamandaré (PR), Cascavel (PR), Dourados (MS), São Bento (SC) e Eldorado, no Vale da Ribeira (SP) –, contou com oficinas socioeducativas ministradas pelos próprios jovens missionários participantes do projeto. Segundo Diogo Galline, um dos coordenadores da MSM, esse vínculo proporcionado pelas oficinas é muito positivo, pois há uma troca de experiências significativa entre os jovens participantes e crianças e adolescentes do local. Ele afirma que os jovens estão dando continuidade ao sonho de Champagnat, iniciado com foco nas crianças. Além das oficinas, os participantes realizam outras ações na comunidade, como reforma de lugares públicos e palestras. Galline reforça que o objetivo maior da Missão é “educar para solidariedade”. 41 © Fotos: Renata Duda como fazer Josileny Gonçalves Vidotti, mãe de Germano, valoriza boa alimentação do filho – que pratica esportes três vezes por semana. Comer bem para se exercitar melhor ainda A alimentação influencia a vida que se quer levar. Se ela é saudável, essa é a garantia de que o caminho para os bons hábitos estão dando certo 42 Torrada, queijo branco, suco de laranja e mamão papaia. A cena não é de uma propaganda de margarina, mas descreve um pouco o que é um café da manhã saudável. Dispostas a gastar as energias de uma boa noite de sono, as crianças precisam começar o dia com uma alimentação balanceada já na principal refeição. Repare: em vez de um banquete, alimentos certos e em quantidades razoáveis já são o suficiente para garantir boas energias. Afinal, alimentação adequada tem ligação direta com o desenvolvimento físico da garotada. Criar bons costumes é ideal para a formação da criança. Exercícios físicos, a prática do esporte e a alimentação adequada são fortes aliados para que isso aconteça. “Para manter hábitos alimentares saudáveis, a família precisa consumir todos os grupos alimentares diariamente, nas quantidades recomendadas, procurar variedade e estimular as crianças a preferir alimentos frescos e mais caseiros”, alerta a nutricionista e professora da PUCPR Cyntia Leinig. É o que a mãe de Germano Gonçalves Vidotti, 9 anos, põe em prática, mesmo estando fora de casa. Josileny Gonçalves Vidotti almoçou junto com o filho em uma das cantinas do Colégio Marista Santa Maria em plena segunda-feira. Embora a corretora de imóveis tenha uma semana agitada no trabalho, faz questão de dividir esse momento com o filho. “É importante estar aqui e acompanhar de perto a alimentação dele. Desde pequeno mantemos bons hábitos em casa, e hoje ele mesmo faz o prato e sabe o que é bom para a alimentação dele”, exalta. Essa dedicação na alimentação garante a manutenção da saúde. “Em paralelo, deve incentivar a criança a praticar as mais diversas atividades esportivas associadas às brincadeiras. Isso não é só importante para a saúde física, mas também para o desenvolvimento motor e psicológico da criança”, defende a nutricionista. Sabendo dessa combinação entre alimentação e esporte, a mãe de Germano intensifica a rotina do garoto – que pratica atividade física três vezes por semana. “Na segunda e na quarta ele joga handebol. Sábado é dia de tênis”, conta Josileny. Por causa do esporte, a alimentação do atleta tem diversos nutrientes. “Ele sabe o que tem de comer, então já pega salada, verduras, carne e o arroz”, calcula a mãe. E o doce, Pode? Ir a uma festinha de aniversário é praticamente um encontro marcado com brigadeiros, bombons, refrigerantes e outras gostosuras tão amadas pelos pequenos. Da mesma forma como quando são apresentados às crianças, é preciso deixar claro que os doces não devem fazer parte da rotina delas. “O excesso no consumo desses alimentos contribui para o aumento do peso, das cáries dentárias e também de outras doenças”, alerta a nutricionista. No entanto, proibir não é a solução. “Quanto mais tarde forem apresentados a esses alimentos, melhor, mas caso a criança já saiba pedir o doce, é possível Só mesmo o hábito fez a estudante equilibrar em duas Márcia Machado Moreira, de 12 anos, vezes na semana e se acostumar com ‘as folhas’. em pequena quantidade”, explica Cyntia. Hábito Comer bem é uma questão de hábito. A partir do momento em que se torna costume comer alimentos cuja cor antes nem se via, é mais tranquilo assimilar a importância deles. A tese foi comprovada pela estudante do Marista Santa Maria, Márcia Machado Moreira, 12 anos. Ela confessou que há um ano não comia salada e torcia o nariz para a maioria “das folhas”, nome batizado pela estudante. “Eu passei a comer mais verdura quando minha mãe começou a pegar no pé. Passei a comer por causa dela, mas hoje coloco no prato até quando ela não está. Acostumei”, brinca. Na prática O Ministério da Saúde recomenda alguns passos essenciais para a alimentação saudável das crianças, confira alguns deles: 1) Fracionamento de três refeições diárias intercaladas por dois lanches saudáveis ao dia; 2) Consumo diário de cereais (arroz, milho), tubérculos (batata), raízes (mandioca), pães e massas, distribuindo esses alimentos nas refeições; 3) As frutas devem ser distribuídas nas refeições, sobremesas e lanches; 4) Consumo de feijão em pelo menos cinco dias na semana; 5) Consumo diário de leite e derivados, e de carnes, aves, peixes ou ovos; 6) Estímulo ao consumo de água. 43 compartilhar FiLmE Heleno Minha dica é o filme Heleno. Ele retrata a história de Heleno de Freitas, o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho, cheio de glamour e promessas. Nas elegantes festas da época, ele representava a beleza e o charme. Nos campos, ele era visto como um gênio: explosivo e apaixonado pelo futebol. Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida mudaram seu destino, levando-o da glória à tragédia. Junior cesar dias de Jesus - Assessoria de Educação do Colégio Marista de Londrina JoGo PES 2013 Eu escolho e compartilho o jogo mais utilizado entre os jogadores, o PES 2013, que simula partidas de futebol. No jogo virtual, é possível propor partidas amistosas ou criar seu próprio personagem “rumo ao estrelato”. Também existe a opção de administrar uma equipe no modo “Liga Master”, entre outros modos adequados ao gosto de quem está jogando. rulligulity menegussi de Barros, 17 anos 3° ano do Ensino Médio do Colégio Marista São Luís Guia prático A semente da vitória O livro que eu indico é A semente da vitória, de Nuno Cobra, que foi preparador físico e mental do Airton Senna. Valores agregados ao esporte, como superação, autoconfiança e sua visão sobre os cuidados com a saúde estão presentes na obra. A grande lição do livro é mostrar que o segredo para superar limites, rumo à excelência, consiste principalmente em acreditar em si mesmo. silvana marques Freitas Professora do Colégio Marista Arquidiocesano 44 Confederação Brasileira de Voleibol Recomendo o site www.cbv.com.br/v1/, da Confederação Brasileira de Voleibol, que possui grande variedade de informações, programações e notícias sobre campeonatos da Seleção Brasileira. Lá também tem uma galeria de fotos, onde podemos observar, com detalhes, as diferentes ações durante os jogos. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina LIVRO-AULA Aprendendo a Educação Física Utilizo bastante o livro infantil Aprendendo a Educação Física, dos autores Maria Cristina Gonçalves, Roberto Costacurta Alves Pinto e Silvia Pessoa Teuber. Eles embasam e justificam a importância da Educação Física Escolar, em linguagem clara e de fácil compreensão. O livro contém inúmeras atividades de jogos, esportes, ginásticas, que subsidiam minha prática e que vêm de encontro aos constituintes da Educação Infantil Marista. Virlei Kunz – Professora do Colégio Marista São Luís CANAL SportTV © Fotos: Divulgação Eu adoro o canal SporTV. É o meu favorito. Ele apresenta diversos vídeos de torneios e campeonatos de muitas modalidades esportivas, como atletismo, basquete, futsal, ginástica, tênis, surfe, além do vôlei. Fernanda Liu, 16 anos - 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Londrina 45 olhar Quando a palavra superação ganha outro sentido Toda pessoa que planeja competir em alto nível precisa se superar, seja para baixar seu melhor tempo, saltar alguns centímetros mais alto (ou para frente), driblar a falta de apoio ou até problemas pessoais. Talvez por isso a palavra superação esteja no vocabulário de dez entre dez atletas. Embora sirva para inúmeras ocasiões, a superação ganha um sentido especial quando usada por um paralímpico – o termo, que se refere a atletas com deficiência, antes paraolímpico, teve a grafia mudada em novembro de 2011, a pedido do Comitê Paralímpico Internacional, para desvincular o desporto adaptado do movimento olímpico. Embora trabalhe quase 15 anos com jornalismo esportivo, meu contato com os paralímpicos era mínimo. A primeira competição que fiz foram os Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, que também havia sediado a Olimpíada daquele ano. Por mais que já se saiba o que perguntar ou como abordar um atleta, ficava a dúvida: como questioná-lo a respeito da deficiência? Posso ofendê-lo ao querer saber o que houve e como convive com ela? Para minha surpresa, a grande maioria trata das limitações, sejam congênitas ou adquiridas ao longo da vida, com naturalidade, e gosta de compartilhar 46 experiências. Poucos se incomodam. O nadador André Brasil, dono de nove medalhas em Paralimpíadas, por exemplo, costuma se irritar com diferenciações. Em Londres, quando um jornalista usou o termo paratleta numa pergunta, ele o interrompeu bruscamente: “Atleta, por favor!”. Aos 3 meses, detectou-se que ele tinha a perna esquerda mais leve do que a direita por conta da poliomielite. Aos pais, disseram que André não iria andar. Sua força de vontade nas piscinas mostrou exatamente o contrário. Aliás, belas histórias não faltam. Por isso a superação ganha outro peso nesse ambiente. Na Paralimpíadas de Londres foram mais de 4.300 atletas de 164 países. São deficientes visuais, pessoas que sofreram traumas de guerra, cadeirantes baleados em assalto... Martine Wright, britânica com quem conversei lá, pratica vôlei sentado. Ela é sobrevivente do atentado terrorista ao metrô de Londres, em 7 de julho de 2005. No vagão, estava a poucos metros do homem acusado de detonar a bomba. Ficou presa às ferragens, perdeu 75% do sangue do corpo, sofreu 12 cirurgias e teve as pernas amputadas acima dos joelhos. Achou no esporte um novo ânimo de vida. Medalha? Sua vitória foi ver a família em seus jogos. Não há como não se emocionar com esse tipo de relato. Uma pena o espaço ser insuficiente para descrever outros. Dos 15 dias em Londres, passei mais de sete gripado. Alguns dias foram difíceis para levantar da cama. Mas bastava ver um atleta em ação, ouvir sua história e o que sentia após competir, para eu me sentir melhor. A vida impôs a essas pessoas algo muito mais devastador e traumático do que uma gripe. E eles se superam, mostrando que a limitação é só mais uma barreira. A vida não acaba ali, só ganha um novo sentido, uma nova motivação. Isso faz você refletir e reclamar menos do cotidiano. É até constrangedor fazer certas queixas. Por “culpa” desses atletas, passei a admirar e acompanhar mais de perto o movimento paralímpico. Eles são a maior prova de que nenhuma limitação é capaz de frear o ímpeto de um ser humano quando ele quer se superar. © Foto: Arquivo pessoal Por Thiago Rocha, jornalista que contribui para o jornal Lance e cobriu as Paralimpíadas de Londres, em 2012. curiosidade Além do asfalto Você sabia que as corridas de rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII? Mas foi apenas na década de 70, com o incentivo do médico Kenneth Cooper, criador do Teste de Cooper, que ela se popularizou no mundo. A época ficou marcada pelo jogging boom (“explosão da corrida”), momento em que a população começou a participar mais ativamente junto dos corredores de elite. Correr! Uma prática tão comum, mas rodeada de histórias. Portanto, coloque seu calção, um tênis e vamos correr pelo passado e pelas curiosidades que os asfaltos têm para contar desse esporte tão famoso Diz a lenda que a origem da maratona aconteceu por volta do ano 490 a.C., quando um soldado correu por cerca de 42 km, da cidade de Maratona até Atenas, para avisar sobre vitória dos gregos contra os persas na guerra. Filípides percorreu essa distância correndo tão rapidamente que, ao chegar, só conseguiu dizer: “vencemos!”. Em seguida, caiu morto pelo esforço. © Fotos: Sxc.hu Por falar em maratonas, na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, ocorrida em 1896, em Atenas, na Grécia, o grego Spiridon Louis venceu o percurso de 40 km. O terceiro colocado foi seu compatriota Spiridon Belokas, que depois foi desclassificado por percorrer parte do trajeto de carro. Foi só em 1945, na sua 20ª edição, que a prova recebeu a participação de competidores internacionais. A presença dos vizinhos do Chile e Uruguai foi o estopim para a participação efetiva de corredores das Américas, asiáticos, africanos e europeus. O número de inscritos da primeira Maratona de São Silvestre foi de apenas 60, dos quais apenas 48 comparecem no dia da prova. Atualmente, a competição leva mais de 15 mil participantes às ruas da capital paulista. E a São Silvestre? Mais tradicional prova do país, foi criada em 1924, em homenagem ao santo do dia, pelo jornalista Cásper Líbero, inspirado em uma corrida noturna francesa em que os atletas corriam com tochas de fogo. É disputada no dia 31 de dezembro e já teve a participação exclusiva de homens, sendo Alfredo Gomes o primeiro campeão da prova. Foi apenas em 1975 que as mulheres ganharam uma competição feminina. A primeira campeã foi a alemã Christa Valensieck. Como foi possível perceber, as corridas de rua contam cada vez com mais adeptos, segundo um levantamento da Federação Paulista de Atletismo. O aumento de praticantes reflete no rendimento financeiro do esporte. Constatou-se que a prática movimenta cerca de R$ 3 bilhões e que o número de eventos aumenta cerca de 35% ao ano. O sonho de todo corredor é participar das maiores maratonas. Sabe quais são? Disputada desde 1897, a Maratona de Boston é a maior e mais antiga, depois da olímpica, seguida da Maratona de Nova York e da Maratona de Chicago, todas nos EUA. Além delas, há a Maratona de Berlim, na Alemanha, e a Maratona de Londres, na Inglaterra. Todas fazem parte do World Marathon Majors, que dá um milhão de dólares para os atletas que fazem mais pontos na disputa das cinco provas. Que tal entrar no ritmo da corrida e adotar o uso de aplicativos capazes de registrar diversas informações sobre o rendimento da prática do exercício? O Endomondo é um aplicativo gratuito, bem recomendado pelos corredores de rua e disponível para iPhone, Android e BlackBerry. Outro aplicativo bastante utilizado e gratuito é o Runkeeper. Vale a pena correr nesse ritmo. 47 diversão O passatempo centenário de jogar peteca (há registros de que, no Brasil, a atividade surgiu com os índios) também é esporte sério. De forma adaptada, o badminton – que estreou nas Olimpíadas em 1992 e que se joga com raquete e peteca – tem várias similaridades com a brincadeira infantil. E nada melhor que incentivar um esporte por meio de uma diversão. Por isso, a pedagoga e assistente social Fernanda Alves Teixeira ensina, passo a passo, como montar uma peteca com materiais que todos têm em casa. Como não existe partida sem torcida, a professora também explica como montar uma equipe de torcedores. Pais e filhos, mãos à obra! Esporte na ponta dos dedos Antes de praticar, que tal inventar? Aprenda, a seguir, a fazer uma peteca reutilizando sacolas plásticas. A torcida fica por conta dos dedoches pEtEca você vai prEcisar dE: Folhas de papel de qualquer tipo Tesoura Sacola de mercado Corte as alças da sacola e reserve. Corte o fundo e as duas laterais também. Pegue as folhas de papel e amasse até formar bolinhas de tamanho médio. Coloque os dois lados da sacola um sobre o outro e envolva as bolas de papel com eles. Modele a peteca, pegando uma das alças que cortou e amarrando-a, dando um nó. Corte as sobras do nó. 48 © Fotos: Renata Duda mãos À oBra Dedoche Você vai precisar de: 1 molde redondo (para fazer a cabeça do torcedor) Tesoura Folhas de papel colorido Lápis Cola em bastão Canetinha colorida mãos À obra Coloque sobre o papel dois dedos para fazer o molde da altura e largura do seu boneco, risque e dobre a folha de papel, recorte na linha que desenhou. Passe a cola em bastão apenas nas bordas do molde e cole um sobre o outro. Lembre-se, o meio e a base não devem levar cola. Pegue o molde redondo e desenhe um círculo para fazer a cabeça. Em seguida, recorte-o. Para a camisa e o calção, faça o desenho do mesmo tamanho que seu molde. Recorte 4 tiras, para os braços e as pernas, além de duas bolas ovais para os pés. Desenhe como preferir o cabelo. Recorte e cole no círculo da cabeça, cole também a camisa, o calção, a cabeça e as tirinhas no molde. Sobre as perninhas cole as duas bolinhas ovais, que são os pés. Pegue as canetinhas e desenhe o rosto do seu torcedor, e escreva o nome da sua equipe. Pronto, agora monte sua torcida ou time completo. Boa diversão! 49 Agora nas quartas-feiras da Lumen Fm você pode conferir o melhor da música brasileira durante todo o dia. Acesse www.lumenfm.com.br e leve a rádio da MPB de Curitiba para aonde você estiver. A rádio da MPB em Curitiba. A FTD AGORA É DIGITAL FAZENDO DA APRENDIZAGEM UMA EXPERIÊNCIA VIVA Alinhada às mais recentes inovações tecnológicas aplicadas à Educação, a Editora FTD passa a contar com soluções educacionais que incluem componentes digitais de última geração. Seguindo as tendências internacionais, a FTD oferece uma vasta coleção de recursos didáticos digitais que possibilitarão experiências pedagógicas realmente incríveis! Confira algumas das novidades que tornarão o seu trabalho em sala de aula ainda mais dinâmico e eficiente. Confira outras soluções digitais em digital.ftd.com.br 0800 772 2300