Newsletter 99
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Agroindústria Alimentos Bebidas Produtos de Limpeza Comércio Papel e Celulose Energia Petróleo e Petroquímica Mineração Siderurgia Veículos e Autopeças Componentes e Informática Transportes e Logística Imobiliário Serviços Financeiro Outros Setores Ambiente Macroeconômico e de Investimentos A cena externa não poupou o ritmo de expansão da economia brasileira e as expectativas atuais já dão conta de um crescimento em 2009 abaixo de 2%. Todavia, nem esta diminuição e nem a desvalorização cambial dos últimos meses foram suficientes para tornar superavitários os fluxos comerciais externos, o que, naturalmente, mantém desconfortável o cenário de curto prazo. Mas, seja como for, o fato é que os efeitos negativos da atual crise têm sido proporcionalmente menos contundentes na economia brasileira do que em outras regiões equivalentes. E notem que, na eventualidade de uma nova deterioração na cena externa, por aqui ainda há razoável espaço para o manejo de políticas monetária e fiscal. Se isso não chega a salvar o cenário econômico de curto prazo, pelo menos ajuda a sustentar a confiança dos agentes. Some-se, ainda, a expectativa de um melhor enfrentamento da crise por parte do governo norte-americano, assim como de novas reduções na taxa interna de juros, e o macroambiente resultante pode até registrar alguma recuperação nas próximas semanas. Quanto ao ambiente de negócios, o noticiário recente confirmou a já esperada redução no volume de investimentos e de aquisições. Igualmente, também confirmaram-se alguns movimentos setoriais oportunistas, já que os preços dos ativos em geral atingiram patamares convidativos. Para as próximas semanas, esperamos uma gradual retomada do nível de confiança dos agentes e alguma (ainda que pequena) descompressão em projetos paralisados desde outubro. De resto, vale registrar que o cenário permanece favorável às empresas com caixa para aquisições estratégicas. CENÁRIO ECONÔMICO 2006 2007 2008 2009* 2010* PIB (PM) - Var % 4.0 5.7 5.7 1.8 3.8 Inflação IPCA - Var % 3.1 4.5 5.9 4.6 4.5 2.138 1.771 2.337 2.30 2.29 Tx de Juros Nominal - % Acum. Ano 15.1 11.9 12.5 11.4 11.1 Dívida Pública - % PIB 44.0 42.0 36.3 36.3 35.2 Saldo Comercial - US$ Bilhões 46.1 40.1 24.7 14.0 14.0 Trans. Corrente - US$ Bilhões 13.6 1.6 -28.3 -25.0 -30.0 Investimentos Diretos - US$ Bilhões 18.8 34.6 45.1 23.0 25.0 Tx de Câmbio - R$/US$ Fim Ano * Fonte: Focus - Relatório de Mercado - 30/01/2009 (Banco Central do Brasil) Topo Agroindústria | O Grupo Bunge e a japonesa Itochu confirmaram sua parceria na construção de uma usina de açúcar e álcool no Estado de TO. Os investimentos serão de US$ 350 m e a unidade ficará no município de Pedro Afonso. A Bunge irá aportar 80% dos recursos e a Itochu os 20% restantes. O início das operações da nova usina está previsto para 2010 e sua produção de álcool deverá ter como destino o mercado asiático. | A ETH Bioenergia, empresa controlada pelo grupo Odebrecht e com participação da trading japonesa Sojitz, está operacionalizando três de seus projetos já anunciados. Tratam-se das usinas de Nova Alvorada do Sul (MS), Mirante do Paranapanema (SP) e Caçu (GO) que, juntas, somam investimentos da ordem de R$ 1,9 bilhão. Os três projetos entrarão em operação em meados de 2009. Atualmente a ETH possui duas plantas em atividade: a unidade de Alcídia, em Pontal do Paranapanema (SP); e a Eldorado, em Rio Brilhante (MS). | E com investimentos totais previstos em US$ 200 m, o Grupo Odebrecht também iniciou o plantio de cana-de-açúcar em Angola para amparar seus planos de produzir álcool naquele País. O empreendimento, denominado Biocom, tem participação da petrolífera angolana Sonangol e do grupo privado local Damer. A Odebrecht terá 40% de participação. O foco será o atendimento da demanda do próprio mercado angolano e o início de operações está previsto para 2012. | A francesa Tereos vai aumentar o capital de sua subsidiária brasileira, a Açúcar Guarani, em R$ 193 m. A operação pode chegar a R$ 309 m, se todos os acionistas minoritários participarem da subscrição. O objetivo da Tereos é amparar as obrigações de curto e médio prazos da Guarani sem necessidade de créditos extras. A Açúcar Guarani atua na transformação da cana em açúcar, etanol e energia. É a terceira maior processadora de cana e a segunda maior produtora de açúcar do Brasil. Atualmente conta com seis unidades industriais, sendo cinco no Brasil e uma em Moçambique. O grupo Tereos atualmente possui 62,4% do capital da empresa. | A Granol, que atua na produção e comercialização de grãos, farelos e óleos vegetais, vai investir R$ 44,5 m para ampliar seu esmagamento de soja e sua produção de biodiesel em Cachoeira do Sul (RS). O principal objetivo da Granol é atingir a auto-suficiência em óleo, utilizado para a obtenção de biocombustível. A conclusão da unidade está prevista ainda para este ano de 2009. Além da planta de Cachoeira do Sul, a Granol também possui outra unidade de biodiesel em Anápolis (GO). Topo Alimentos | A mineira Pif Paf está em fase de conclusão do seu novo abatedouro de frangos em Palmeiras de Goiás, GO. Os investimentos vão superar R$ 270 m e a previsão é de que a unidade seja inaugurada em março. A empresa também tem planos de expandir sua atuação para outros segmentos de carnes, mas deverá esperar o desfecho da atual crise internacional. O grupo Pif Paf, além de atuar no setor de frangos, ainda produz carnes temperadas, embutidos, lasanhas, pizzas e sucos, sendo que neste último setor atua com a marca Tial. | A cearense J. Macêdo anunciou a aquisição da mineira Chiarini, fabricante de massas alimentícias. A J. Macêdo é a segunda maior fabricante de massas do País, atrás apenas da pernambucana M. Dias Branco. Atualmente conta com 11 unidades industriais e com marcas como a Dona Benta, Sol e Petybon. Com a compra, passa do sétimo para o terceiro lugar no mercado mineiro de massas, que é o segundo maior do País. A Chiarini tem sede em Pouso Alegre (MG) e o valor da aquisição não foi divulgado. | A Bauducco pretende construir uma nova fábrica em Rio Largo (AL) a partir de abril. A empresa é a maior fabricante brasileira de panetones, waffers e torradas, sendo que, inicialmente, a nova unidade será dedicada à produção de biscoitos. O valor dos investimentos não foi divulgado, mas a planta deverá estar operacional em meados de 2010. A fábrica de Rio Largo será a sexta unidade da Bauducco, que atualmente conta com três plantas em Guarulhos (SP), uma em São Paulo (SP) e outra em Extrema (MG). | O frigorífico Margen, que paralisou atividades em setembro e em outubro pediu recuperação judicial, voltou a abater bovinos em duas unidades e planeja reabrir outras quatro neste início de 2009. As plantas reativadas são a de Rio Verde (GO) e Rolim de Moura (RO). As quatro unidades em vias de retomar operações são as de Colina (TO), Nova Olinda (TO), Barra do Garças (MT) e Ariquemes (RO). Além destas, o Margen, que tem dívidas da ordem de R$ 300 m, ainda ficará com dois abates fechados no MS, um em GO e dois no PR. | A catarinense Perdigão pretende repetir em 2009 seu volume de investimentos realizado em 2008, cerca de R$ 600 m. Os recursos serão destinados à finalização das obras do complexo de Bom Conselho (PE), que entrará em operação no primeiro semestre; à ampliação e modernização da unidade de Lajeado (RS); à conclusão da ampliação de capacidade em Mirassol d'Oeste; à expansão e melhoria de linhas da Plusfood; e à otimização de linhas e da logística geral da empresa. Topo Bebidas | A suíça Nestlé reagiu à entrada da francesa Danone no mercado brasileiro de águas minerais e anunciou a compra das fontes da Água Mineral Santa Bárbara, em Águas de Santa Bárbara (SP). A Nestlé já atua no mercado brasileiro com a marca Nestlé Pure Life. Sua intenção é passar a atuar no segmento de água em galão, fornecendo também para distribuidores. O valor da aquisição não foi divulgado, mas ele faz parte dos R$ 100 m que a empresa irá investir na Água Mineral Santa Bárbara num prazo de cinco anos. | A Brasal Refrigerantes pretende investir R$ 35 m em 2009 para instalar novos equipamentos e expandir seu galpão de estocagem no Distrito Federal. A Brasal é uma das engarrafadoras do sistema Coca-Cola no Brasil. A produção dos sucos Mais e Del Valle e dos chás Mate Leão, recentemente incorporados pela Coca-Cola, também amparam a decisão de investimento da empresa. Topo Produtos de Limpeza | A Vilma Alimentos, fabricante mineira de massas alimentícias, fechou acordo para assumir a marca Super Globo, tradicional no setor de águas sanitárias. A Super Globo pertence ao grupo Prolimg, mas já esteve no portfolio da norte-americana Clorox. Em princípio, a Vilma Alimentos fará a produção e comercialização de produtos da Super Globo, mas poderá adquiri-la efetivamente até o final do ano. A intenção da Vilma é utilizar a marca também nos segmentos de desinfetantes, detergentes e amaciantes. A Super Globo possui fábrica em Contagem (MG) e hoje conta com 3% do mercado brasileiro. | A Rosatex, empresa com sede em Guarulhos (SP), anunciou a compra da União Fabril Exportadora (UFE), fabricante de sabão em pedra no Rio de Janeiro (RJ). A empresa adquirida possui marcas nacionais, como a Rio e a própria UFE. O valor da transação não foi divulgado, sendo que os pagamentos se estenderão por até cinco anos. A Rosatex é proprietária de marcas como Urca e Amazon e possui três unidades fabris (Guarulhos-SP, Recife-PE e Cuiabá-MS). Com a UFE, a empresa dobra de tamanho e passa a deter 3% do mercado brasileiro de artigos de limpeza doméstica. Topo Comércio | A Brazil Fast Food Corporation (BFFC), proprietária da rede de lanchonetes Bob's e da marca KFC no Brasil, fechou a compra de 60% da Internacional Restaurantes do Brasil (IRB). A IRB é maior franqueada da Pizza Hut no País, com 14 lojas em SP. A BFFC vem seguindo um agressivo plano de crescimento e incorporação de marcas e recentemente anunciou a vinda para o Brasil da rede chilena Doggis, de cachorros-quente. Na rede Bob's o plano da BFFC é abrir 90 novas lojas em 2009, chegando a aproximadamente 760 pontos-de-venda. | A Gávea Investimentos, por intermédio de seu fundo de participação sediado no exterior, assumiu em bolsa uma participação de 11,67% das ações ordinárias da Lojas Americanas. A fatia pertencia ao principal acionista individual da Americanas, que vendeu outros 6,5% da empresa também em leilão na Bovespa. O preço pago pelo fundo Gávea nas ações foi de R$ 164,4 m. | A Telhanorte, varejista de material de construção controlada pelo grupo francês Saint Gobain, pretende investir R$ 110 m em 2009 para abrir oito novas lojas. Com elas, sua rede saltará dos atuais 36 pontos para 44 unidades. Para 2010 a empresa, que em 2008 assumiu a rede Center Líder, prevê a abertura de mais oito novas lojas. | A rede Leader, varejista do setor de vestuário e calçados, pretende investir R$ 26 m em 2009 para abrir seis novas unidades. A Leader tem sede em Niterói (RJ) e esteve perto de ser incorporada pela Renner em 2008, numa transação de R$ 740 m. Atualmente a Leader possui 43 lojas distribuídas em sete Estados do Sudeste e do Nordeste. Das lojas a serem inauguradas em 2009, três já têm localização definida: Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e Salvador (BA). Topo Papel e Celulose | A VCP (Votorantim Celulose e Papel) concluiu a compra de 28,03% de participação no capital da Aracruz, transação anunciada em agosto de 2008. A fatia pertencia à Arapar (Grupo Lorentzen e outros), que receberá os R$ 2,7 bilhões então acordados em parcelas distribuídas até 2011. A operação fechada em agosto chegou a ficar ameaçada pelas recentes perdas cambiais da Aracruz e do Grupo Votorantim. Para concretizá-la, a Aracruz teve que buscar um acordo bancário para rolagem da maior parte de seus prejuízos, estimados em US$ 2,1 bilhões. Com a concretização da transação, as atenções agora se voltam para a possibilidade da VCP assumir outros 28,03% pertencentes à Arainvest Participações, empresa do Grupo Safra. O Safra já antecipou que desistiu de participar da fusão e espera-se que suas ações sejam vendidas no tag along. A fusão da Aracruz e da VCP cria a maior empresa mundial de celulose de fibra curta e a quarta maior em celulose total. | A Klabin está concluindo investimentos de R$ 75 m para mecanizar sua colheita de pinus e eucalipto. O projeto prevê a substituição integral do uso de motosserras pelo uso de máquinas e equipamentos automatizados. A Klabin hoje possui 17 fábricas no Brasil e uma na Argentina. No Estado do PR a implantação do novo método já está concluída e, no momento, a empresa amplia a mecanização em suas florestas de SC. Topo Energia | As distribuidoras de energia do Grupo AES no Brasil deverão manter seus investimentos previstos para 2009. A AES Eletropaulo prevê aplicações da ordem R$ 450 m e a AES Sul cerca de R$ 200 m. Na área de geração os investimentos novos do Grupo AES ainda não estão definidos, muito embora a empresa tenha reafirmado sua intenção de assumir os 49,99% do BNDESPar na Brasiliana, controladora da AES Tietê. Atualmente a AES Tietê está investindo em quatro PCHs no RJ e em SP. | A Camargo Corrêa exerceu seu direito de preferência e fechou a compra dos 14,3% de participação que o Grupo Votorantim detinha na CPFL Energia. A Camargo Corrêa vai desembolsar R$ 2,563 bilhões na operação e, com a participação, passa a deter 28,6% do capital (45% do controle) da CPFL por meio da VBC Energia, empresa na qual ela agora detém 100% das ações. A VBC, inicialmente formada por Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa, participa do bloco de controle da elétrica paulista, o qual ainda conta com os fundos de pensão Previ (31,1% do capital total) e Sistel (12,7%). A holding CPFL Energia atua na geração, transmissão e distribuição de energia. Topo Petróleo e Petroquímica | A Cosan, uma das maiores empresas sucroalcooleiras do mundo, concluiu a aquisição da distribuidora varejista de combustíveis Esso, que pertencia à petrolífera norte-americana ExxonMobil International. A operação foi anunciada em abril de 2008, pelo valor de US$ 826 m mais dívidas de US$ 163 m. Ao final, porém, o valor do negócio ficou em US$ 715 m, além de dívidas de US$ 175 m. A marca Esso será utilizada pela Cosan nos próximos dez anos, sendo que a rede de distribuição da empresa hoje supera 1500 postos revendedores distribuídos em todas as regiões do País. As 40 bases de distribuição de combustíveis da Esso serão integradas às 18 do grupo Cosan. | A AleSat fechou a compra da rede de distribuição de combustíveis e asfaltos da espanhola Repsol no Brasil. A AleSat pagará R$ 130 m pelos 327 postos de combustíveis da empresa Repsol, distribuídos em sete Estados brasileiros. A AleSat nasceu da fusão entre a mineira Ale Combustível e da potiguar SAT Distribuidora de Petróleo e, com a aquisição, passa a somar 1,7 mil postos em 22 Estados e no DF. Sua participação de mercado sobe para 4,6%. A substituição da bandeira Repsol pela bandeira Ale se estenderá até 2010. | A petroleira OGX Petróleo e Gás concluiu a aquisição de 50% de um bloco exploratório na Bacia de Santos, que antes pertencia integralmente à Maersk Oil do Brasil. A Maersk continuará com os outros 50% e permanece como operadora da área. O valor da transação não foi divulgado, mas, como ela, a OGX passa a deter participação em 22 áreas petrolíferas. | A Petrobras arrematou 27 dos 54 blocos de exploração em terra disponibilizados na décima rodada de licitações da ANP. Deles, oito foram em parceria com a portuguesa Petrogal e dois com a também portuguesa Partex. Nos 17 blocos restantes a estatal venceu sem parcerias. No total, a licitação rendeu R$ 89,4 m, sendo que apenas a Petrobras respondeu por uma fatia de R$ 40 m. A petrolífera anglo-holandesa Shell arrematou cinco blocos, pagando R$ 11,5 m. O consórcio formado por Comp, Cemig, Codemig, Orteng e Sipet arrematou outros seis blocos. Os investimentos exploratórios nos blocos arrematados são previstos em R$ 610 m. | E o plano de investimentos de Petrobras na área petroquímica abrange a aplicação de US$ 44 bilhões no refino de petróleo entre 2009 e 2014. São quatro empreendimentos, dos quais dois já em fase de instalação: as unidades de Pernambuco e do Rio de Janeiro. A primeira está prevista para iniciar suas operações em 2011 e a segunda em 2012. As outras duas refinarias, no Maranhão e no Ceará, absorverão investimentos conjuntos de US$ 30,9 bilhões, sendo que a primeira deverá ser inaugurada em 2013 e a segunda em 2014. Com as quatro refinarias, a Petrobras pretende diminuir a atual diferença entre sua capacidade de produção e de refino do petróleo. | A Companhia Vale do Rio Doce deu mais um passo no setor de gás com a compra de metade dos 25% que a norte-americana Woodside detinha em dois blocos da Bacia de Santos, SP. Com a participação de 12,5%, a Vale será sócia da Petrobras (35%), da Repsol YPF (40%) e da própria Woodside. O objetivo da empresa de mineração é garantir auto-suficiência no suprimento de suas usinas termelétricas. Topo Mineração | A Vale do Rio Doce também fechou contrato para a incorporação de 100% dos ativos de exportação de carvão da colombiana Cementos Argos por US$ 300 m. A Argos é uma das maiores produtoras de cimento da América Latina e possui atividades de cimento, concreto e produtos agregados na Colômbia, EUA, Panamá, Venezuela, Haiti e República Dominicana. Seus ativos de carvão abrangem duas concessões minerais, participação no consórcio ferroviário Fenoco e controle de um porto na costa caribenha. Com a unidade adquirida, o principal objetivo da Vale é abastecer sua usina termelétrica de US$ 898 m a ser construída em Barcarena, PA. | E a Vale ainda acertou o pagamento de US$ 65 m para se associar à TEAL Exploration & Mining Corporated, controlada pela African Rainbow Minerals Limited (ARM), da África do Sul. A mineradora brasileira ficará com 50% da companhia a ser criada após o fechamento de capital da TEAL. Atualmente a TEAL possui três projetos na mineração de cobre, sendo dois na Zâmbia e um no Congo. Na área de cobre, a Vale hoje já opera a mina de Sossego, no Brasil, e possui atividades associadas a sua mineração de níquel no Canadá. Conta também com dois projetos na exploração do metal: Salobo, em Carajás (Brasil) e Tres Valles, no Chile. | A anglo-australiana Rio Tinto, terceira maior do mundo na mineração de ferro, anunciou a venda de todo o seu complexo ferrífero de Corumbá (MS) para a Vale do Rio Doce por US$ 750 m. O valor inclui o sistema logístico da unidade. A intenção da Vale é retomar o projeto de US$ 2,5 bilhões para a expansão da mina, que a Rio Tinto havia paralisado em função do mercado internacional. Originalmente, o empreendimento previa a expansão da mina de ferro até 2010, a construção de dois portos e a compra de 300 barcaças para transporte no Rio Paraguai. E em operação paralela, a Rio Tinto também vendeu para a Vale os seus depósitos de potássio na Argentina e no Canadá por US$ 850 m, operação esta que reafirma o interesse da Vale no setor de fertilizantes. | Em oferta pública de aquisição de ações, a mineradora sul-africana Anglo American adquiriu 96,08% dos papéis da Anglo Ferrous Brazil que estavam em circulação no mercado. A operação movimentou R$ 3,17 bilhões e, com ela, a Anglo American fechará o capital da Anglo Ferrous (ex-IronX), adquirida da MMX Mineração. A incorporação da mineradora pela Anglo American ainda prevê uma reorganização societária das subsidiárias Anglo Ferrous, Centennial Minas-Rio (cisão da MMX e controladora da IronX) e Anglo American Participação em Mineração dentro da holding Anglo American Investimentos - Minério de Ferro. Topo Siderurgia | A Nippon Steel e a Nippon Usiminas fecharam acordo para a compra dos 5,89% de participação que a Vale do Rio Doce ainda detém no capital da Usiminas. A transação não altera o equilíbrio de forças no bloco de controle da siderúrgica mineira, o qual, além da Nippon Steel e da Nippon Usiminas, também é composto por Votorantim, Camargo Corrêa e o clube de funcionários da empresa. Votorantim e Camargo Corrêa já confirmaram o exercício de seus direitos de preferência e devem participar da aquisição, cujo valor total pode superar R$ 500 m. | E a Usiminas anunciou a aquisição da gaúcha Zamprogna, do setor de distribuição de produtos e serviços siderúrgicos, por R$ 160 m. A Usiminas já atua na distribuição de aço com participações na Rio Negro, Dufer e Fasal, empresas cuja integração vem sendo articulada há algum tempo. A Zamprogna é a quinta maior distribuidora siderúrgica no País e seu controle pertencia ao fundo de private equity NSG Capital. Com ela, a Usiminas passa a deter 22% do mercado brasileiro, o qual tem na ArcelorMittal a segunda colocada com 14%. Além do montante pago, a nova controladora também irá assumir uma dívida líquida de R$ 405 m. A Zamprogna possui uma unidade em Porto Alegre (RS) e duas em São Paulo. Uma de suas especialidades é a fabricação de tubos com costura, segmento novo para a Usiminas. | A Gerdau anunciou a compra de mais 20% do capital da Corporación Sidenor e, com isso, deu novo passo na consolidação de sua liderança mundial no segmento de aços longos especiais, aplicados principalmente na indústria automotiva. Com a operação, o Grupo Gerdau soma agora 60% de participação na maior siderúrgica espanhola deste segmento. O custo da participação foi de € 206 m, pagos à LuxFin Participación (Bogey Holding Company Spain). A Sidenor opera por meio da Sidenor Industrial e da GSB, esta última adquirida no final de 2006. No Brasil ela controla a Aços Villares desde 2000, com 58,5% de seu capital. Os 40% restantes das ações da Sidenor pertencem ao Grupo Santander. Topo Veículos e Autopeças | O grupo alemão Volkswagen anunciou a venda de sua divisão de caminhões e ônibus, com sede no Brasil, para a também alemã MAN. A transação foi fechada por € 1,175 bilhão (cerca de R$ 3,81 bilhões) e marca a saída da Volkswagen do segmento de caminhões e ônibus, embora ela seja a maior acionista individual da MAN com 29,9% de seu capital. No Brasil, a fábrica da Volkswagen Caminhões & Ônibus fica em Resende (RJ) e a empresa tem um plano de investimentos da ordem de US$ 500 m para os próximos cinco anos. Para a MAN, a aquisição representa a entrada no mercado latino-americano de veículos pesados. A marca Volkswagen continuará sendo utilizada pela empresa, mas também deverão ser lançados veículos com a marca MAN. | A Brembo, fabricante italiana de discos de freio, fechou a aquisição da paulista Sawem, especializada em componentes para motores. A transação custou R$ 8,2 m à Brembo, cuja unidade brasileira passar a ser a única da empresa a produzir volantes de motores. Com a aquisição, porém, a Brembo dá por encerrado o plano de construir uma nova fábrica em SP, como anunciado em meados de 2008. Atualmente a empresa possui unidade produtiva em Betim (MG). | A Magneti Marelli inaugurou sua nova unidade de bicos injetores para automóveis em Hortolândia, SP. O investimento foi de aproximadamente € 30 m. O foco da unidade será o atendimento do mercado interno, para onde devem ser direcionados cerca de 80% da produção. | A Wirex Cables, fabricante de cabos, pretende construir uma nova linha produtiva em Quatis (RJ), inicialmente voltada para o setor automobilístico. Os investimentos serão de US$ 11 m e se estenderão até 2011. Após a primeira fase, a Wirex ainda planeja uma segunda linha, com modelos de cabos voltados para distribuidoras de energia. Esta nova unidade ficará a cargo da Wirex Condutores. Atualmente a Wirex é uma das maiores fornecedoras de cabos de bateria para automóveis do País e está concluindo investimentos de US$ 10 m em sua unidade de Santa Branca (SP). | A Mangels concluiu investimentos de R$ 18 m em Manaus (AM), onde construiu um centro de serviços de aços junto ao pólo de motocicletas para atender principalmente a demanda da japonesa Honda. Outras empresas do setor e a indústria de eletroeletrônicos também estão entre os clientes potenciais da unidade. Para 2009, a fabricante de rodas automotivas programa novos investimentos da ordem de R$ 50 m. Topo Componentes e Informática | A APC, empresa do grupo francês Schneider Electric, assumiu o controle da Microsol, fabricante de estabilizadores de energia e nobreaks com sede em Eusébio (CE). O valor da transação não foi divulgado. A Microsol concentra sua atuação em produtos de massa, como equipamentos de proteção para PCs. Já a APC foca o mercado corporativo. A nova empresa terá atuação nas Regiões SU, SE, NO e NE do País. | A Asus, fabricante de computadores e componentes de Taiwan, está iniciando sua produção de equipamentos no Brasil. A fabricação ficará a cargo da Visum, de Curitiba (PR), especializada na montagem de placas e eletrônicos. A linha inicial de produtos da Asus no Brasil será composta de placas-mãe, um modelo de laptop e dois modelos de netbook. Com a produção interna, a Asus passa a disputar o mercado diretamente com Positivo, Dell, LG e Hewlett-Packard (HP), que já possuem linhas de netbooks. | Depois de um ano de parceria, o grupo TBA, de Brasília (DF), fechou a aquisição da Transformare, empresa paulista especializada na documentação e renovação de sistemas antigos de grandes empresas. O valor da transação não foi divulgado, mas a TBA pretende investir R$ 20 m no novo negócio ao longo dos próximos cinco anos. A Transformare será integrada às demais empresas tecnológicas da holding TBA: B2Br, True Access Consulting e NFe do Brasil. | A empresa de automação comercial Bematech anunciou a compra de 51% da CMNet, fabricante de softwares para o setor hoteleiro. A transação custou R$ 28 m à Bematech e esta foi sua quarta aquisição no ano de 2008. A CMNet pertencia à CM Soluções e o acordo ainda envolve opção de compra dos 49% restantes pela Bematech até 2011, com pagamento previsto de R$ 70 m. Com a nova empresa, a Bematech passa a atuar no segmento de automação hoteleira, com clientes como Accor, Othon, Blue Tree e Copacabana Palace. | A Politec, empresa com sede em Brasília (DF), fechou a aquisição de duas prestadoras de serviços de TI: a Search Tecnologia e a Ultracon. A decisão apóia-se na entrada da Mitsubishi no capital da Politec em 2008, com um aporte de US$ 100 m. Com as duas aquisições, a Politec reforça sua atuação em diversas áreas, como a de serviços de utilidade pública e a de transportes. Atualmente a empresa atua em cinco ramos principais: financeiro, governo, petróleo e gás, utilidade pública e telecomunicações/indústria. Topo Transportes e Logística | Apesar de sua reestruturação mundial, principalmente no mercado norte-americano, a DHL Express, empresa pertencente ao grupo alemão Deutsche Post, pretende investir US$ 200 m na América Latina entre 2009 e 2010. Boa parte destes recursos virá para o Brasil, onde um dos principais objetivos é aumentar a participação da empresa no mercado de cargas expressas de alto valor agregado. Aqui, a DHL também avalia a possibilidade de realizar aquisições ou mesmo firmar joint ventures. | A Brink's, empresa especializada em logística de valores, adquiriu duas concorrentes regionais: a Sebival e a Setal. Com elas, a Brink's passa a deter 60 bases de operação no País, aumentando de 20% para 25% sua participação no mercado interno de transporte de valores. O valor da aquisição não foi divulgado. | O fundo Governança & Gestão (G&G) assumiu uma participação minoritária no operador logístico Rapidão Cometa, de PE. A transação foi realizada via aporte de capital e os valores envolvidos não foram divulgados. Com os recursos, a Rapidão Cometa pretende viabilizar seu crescimento, principalmente no Sul e Sudeste do País. Também estão previstas aquisições de outras empresas. | A espanhola Isolux, que no Brasil já atua no setor de transmissão de energia elétrica, está iniciando sua atuação também na administração de rodovias. O ingresso será por meio do consórcio Rodobahia, que venceu leilão para administrar um trecho rodoviário entre MG e BA. A Isolux possui 75% da Rodobahia, ficando as brasileiras Engevix e Encalso com 20% e 5% respectivamente. Os investimentos no trecho arrematado são estimados em R$ 2 bilhões e outras concessões ainda estão na mira da empresa. | O fundo de investimentos Invepar, integrado pela construtora OAS e pelo fundo de pensão Previ, anunciou a aquisição do controle do Metrô Rio. Os vendedores foram a Oeste Participações, formada pelo Citigroup Venture Capital e pela Investidores Institucionais, e o fundo Valia. O preço acordado foi de R$ R$ 995,4 m, sendo R$ 841,1 m por 96,22% do capital da Oeste Participações (que detém 85% do Metrô Rio) e R$ 154,3 m pelos 15% pertencentes ao fundo Valia. Os papéis serão transferidos para a Megapar, empresa controlada integralmente pela Invepar. A Invepar já atua no setor de infra-estrutura com a Linha Amarela (via expressa no Rio de Janeiro) e a Litoral Norte, na Bahia. | O grupo Libra tem planos de duplicar seus dois terminais de contêineres, no Rio de Janeiro (RJ) e em Santos (SP). Os investimentos podem chegar a R$ 400 m e ainda encontram-se em discussão com as administradoras portuárias Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e Codesp. No RJ o investimento deverá ficar entre R$ 100 m e R$ 150 m. Em Santos a intenção é investir R$ 250 m. O grupo Libra também desenvolve projeto para instalar um terminal privativo multiuso no Porto de Imbituba (SC) por meio da IEP, empresa na qual o Libra tem 50%. Os investimentos no projeto somam R$ 230 m. | A armadora holandesa APM Terminals pretende instalar-se no Porto de Santos (SP), com a construção de um terminal de contêineres e investimentos da ordem de US$ 700 m. A empresa é a terceira maior operadora global de contêineres. O empreendimento encontra-se em análise pela administradora portuária, a Codesp, e segue o movimento de outras grandes empresas mundiais do setor, como a Maersk e a MSC-CMA (esta última por meio da Brasil Terminal Portuário-BTP). A APM hoje possui 50 terminais distribuídos em 31 países. | E apesar da crise no comércio mundial, diversas outras operadoras portuárias também pretendem concluir seus projetos de expansão no Brasil em 2009. A Santos Brasil, principal terminal de contêineres do Porto de Santos (SP), prevê aporte de R$ 70 m na ampliação de seu cais, empreendimento que já recebeu investimentos de R$ 180 m. O Sepetiba Tecon, terminal de contêineres da CSN no Porto de Itaguaí (RJ), também pretende investir R$ 120 m em um novo berço. Já a Log-In, que opera com contêineres no Terminal de Vila Velha (TVV), no ES, programa investimentos de R$ 65 m entre 2008 e 2010 para duplicar sua capacidade de movimentação. Topo Imobiliário | A Lopes Consultoria de Imóveis desistiu de incorporar a Patrimóvel, empresa especializada na venda de empreendimentos no Rio de Janeiro. A aquisição havia sido anunciada no final de 2007 e a Lopes já desembolsou R$ 80 dos R$ 210 m acordados. O montante será convertido em uma participação de 10% no capital da Patrimóvel, sendo que a Lopes terá a opção de compra da empresa por um prazo de três anos e pelo preço inicialmente acertado. E logo após desistir da incorporar a Patrimóvel, a Lopes anunciou a aquisição do controle da Rede de Imobiliárias Associadas (RIA). A RIA atua nos Estados do PR e SC e é ligada ao grupo Apolar. A transação foi realizada por meio da Pronto!, subsidiária da Lopes para o setor de imóveis usados. | O fundo norte-americano Paladin Prime Residential está assumindo o controle da Inpar, por meio de um aumento da capital de R$ 180 m. O novo investidor poderá ficar com até 52% da incorporadora, que há algum tempo tem vendido ativos para fazer caixa. O Paladin é focado em investimentos imobiliários residenciais nos mercados emergentes e, no Brasil, possui participação na Even e na Molnar. Na sequência de sua capitalização, a Inpar, também focada no segmento residencial, conseguiu capitalizar-se em mais R$ 105 m com a venda de três empreendimentos comerciais. | A Invest Tur e a LA Hotels, empresa do Grupo GP Investimentos, concluíram a fusão de suas atividades, numa operação inédita no setor hoteleiro. A Invest Tur é proprietária do resort Txai (Itacaré-BA) e possui 18 projetos de hotéis e casas de segunda residência em andamento. Já a LA administra 27 hotéis urbanos, sendo dez próprios. A nova empresa terá gestão compartilhada, sendo que, operacionalmente, a Invest Tur irá incorporar 100% da LA Hotels, transferindo novas ações aos acionistas da LA. Com isso, a GP, que possui 96,4% da LA Hotels, será controladora da nova Invest Tur, com participação de 50,7% em seu capital. Outros 46,3% da empresa ficarão distribuídos no mercado (free float). A LA, que antes da fusão já detinha 6% das ações da Invest Tur, passará ainda por um aumento de capital de R$ 111 m. Topo Serviços | A Diagnósticos da América (Dasa) anunciou a aquisição dos laboratórios Cedic e Cedilab, do MT, por R$ 40 m. A aquisição vem na sequência da compra da Maximagem em outubro e agrega à sua rede sete novas unidades nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. O Cedic e o Cedilab atuam, respectivamente, nas áreas de exame por imagem e análise clínica. Com estas duas novas empresas, a Dasa soma 13 aquisições (R$ 324 m) desde seu IPO, realizado em novembro de 2004. | A gestora de fundos Cartesian Capital, dos EUA, assumiu participação minoritária no capital do grupo Maurício de Nassau, do setor de educação. A transação foi realizada via injeção de recursos pelo fundo Pangaea One. O grupo Maurício de Nassau atua no ensino superior em cinco Estados da Região Nordeste. Neste ano está abrindo três novas unidades: Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Caruaru (PE). Em Recife (PE) também irá construir um centro de convenções, uma biblioteca central e uma nova faculdade. O valor da transação e o percentual de participação negociado não foram divulgados. | A DBTrans, empresa focada na emissão e gerenciamento de vales-pedágio para empresas de cargas, pretende voltar-se também para o segmento de pessoas físicas. A intenção é instalar sistemas eletrônicos de pagamento em estacionamentos e pedágios e lançar um cartão de crédito para compra de produtos e insumos automotivos, ambos com a bandeira Auto Expresso. Atualmente a DBTrans já atua no RJ e no RS, sendo que em 2009 também estará presente nas estradas e shopping centers de SP. Os investimentos serão de R$ 70 m. | A Nutriplus, do setor de refeições escolares, está expandindo sua atuação para o mercado chinês. A empresa nasceu em Salto (SP) e acaba de firmar joint venture com a China BBCA Group, maior estatal chinesa de alimentos. A empresa brasileira exportará gêneros alimentícios e a chinesa fará a distribuição de mercado. Os investimentos no centro de distribuição a ser construído na China serão de US$ 20 m, sendo 51% pela Nutriplus e 49% pela BBCA. Topo Financeiro | O Banco Itaú (agora Itaú Unibanco), que em 2002 assumiu 95,75% do capital do BBA por R$ 3,3 bilhões, fechou a compra dos 4,25% restantes e agora detém 100% do banco de atacado Itaú BBA. O valor da transação não foi divulgado, mas é avaliado em mais de R$ 200 m. A compra foi realizada com pagamento à vista. O Itaú BBA sempre teve administração independente do Itaú. | Pouco após fechar a compra da Nossa Caixa, o Banco do Brasil (BB) concluiu acordo para também ficar com 49,99% do capital ordinário do Banco Votorantim (BV). Para o BB, o Votorantim é uma chance de ampliar o crédito para empresas e pessoas físicas. O BV é o sétimo maior banco brasileiro em volume de ativos, sendo que a BV Financeira é a quarta maior do País no financiamento de veículos. A transação envolve R$ 4,2 bilhões e 50,01% das ações preferenciais. Ela ocorrerá em três etapas: inicialmente o BV distribuirá R$ 750 m em dividendos para a controladora Votorantim Finanças; depois, o BB pagará à Votorantim Finanças R$ 3 bilhões por 45% do capital do BV; finalmente, o BB fará um aporte de R$ 1,2 bilhão no BV via emissão de ações. A gestão do BV será compartilhada entre o Grupo Votorantim e o BB. Com a transação, o BB passa a administrar R$ 553 bilhões em ativos, ficando R$ 22 bilhões atrás do Itaú Unibanco. | A CitiFinancial, empresa de crédito pessoal e financiamento ao consumo do Citibank no Brasil, vai virar Credicard Financiamentos. Um dos objetivos com a mudança é promover uma maior integração da unidade à estratégia global do Citigroup. Apesar da reestruturação mundial da instituição, os negócios brasileiros não foram colocados à venda. Na reestruturação do Citi serão criadas duas unidades operacionais: o Citicorp, que reunirá negócios de bancos de varejo, cartões próprios, bancos de atacado, private banking e transações globais; e o Citi Holdings, que ficará com ativos fora destas áreas e que poderão ser vendidos, tais como serviços de corretagem, administração de recursos e financiamento ao consumo. | A estatal portuguesa Caixa Geral de Depósitos (CGD) está retornando ao mercado brasileiro. Com capital inicial de R$ 123 m, ela vai inaugurar o Banco Caixa Geral - Brasil, focado em operações corporate, banco de investimentos e financiamento de comércio exterior. A CGD já teve participação relevante no Banco Itaú até 1988, quando assumiu o Banco Bandeirantes, do segmento de varejo. Em 2000 vendeu o Bandeirantes ao Unibanco em troca de uma participação acionária de 12,3%. Em 2005 vendeu esta participação em mercado por R$ 1,534 bilhão. Topo Outros Setores | O Laboratório Cristália, de Itapira (SP), pretende iniciar a construção de uma nova planta industrial, focada na fabricação de dois medicamentos hoje importados. Os produtos (um hormônio de crescimento e o interferon) marcam a entrada do Cristália no setor de biotecnologia. Já foram investidos R$ 20 m no projeto e outros R$ 25 m ainda serão aplicados até 2012. A conclusão da unidade está prevista para até o final deste ano e ela ficará junto ao complexo de Itapira. Fora da biotecnologia, o Cristália também pretende inaugurar, ainda neste ano, sua nova fábrica de comprimidos e medicamentos semi-sólidos, um investimento total de R$ 120 m. | O Capital Mezanino, fundo de investimento em participações gerido pela Neo Investimentos, entrou no capital da Livraria Cultura. A participação e o valor da operação não foram divulgados, mas, com ela, o objetivo da Cultura é acelerar seu ritmo de expansão. Atualmente, sua rede de lojas conta com oito unidades. Os principais concorrentes da Livraria Cultura são a Saraiva e a Fnac. | A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, com ressalvas, a incorporação da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar). A união da BrT e da Oi cria a maior empresa de telecomunicações do País, cujos serviços de telefonia fixa só não abrangem o Estado de São Paulo. Na área de telefonia móvel existem sobreposições de concessão, algumas das quais deverão ser devolvidas à Anatel. A compra das ações da Previ, Funcef, Petros, Citigroup e Opportunity, atuais controladores da BrT, custará R$ 5,3 bilhões à Oi, empresa controlada pelos grupos Andrade Gutierrez e La Fonte e com grande participação do BNDES e de fundos de pensão. Considerando-se a compra de participações minoritárias (tag along) e a troca de papéis da BrT pelos da Oi, a conclusão da integração só é esperada para 2010. Topo A BRASILPAR possui mais de 30 anos de experiência em assessoria a fusões e aquisições, avaliação de projetos e negócios e gestão de capital de risco. Já acumulou transações que somam mais de US$ 3 bilhões. Seus atuais serviços englobam: assessoria em compra, venda e associações entre empresas; atração de sócios e levantamento de capital para projetos e empresas; desenvolvimento de planos de negócios e assessoria estratégica; assessoria em investimentos em novos negócios; aconselhamento financeiro e estratégico em geral. Sócios: Alberto Ortenblad Filho [email protected] Luiz Eduardo do Amaral Costa [email protected] Luis Fernando Salem [email protected] Luiz Roberto Carvalho Pereira [email protected] Tom Waslander [email protected] Associados: André Rodrigues [email protected] Guilherme Aboud [email protected] Jorge Troyko [email protected] Marcos Levy [email protected] Paulo Vasquez Varela [email protected] Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 28 - 8o andar 04543-000 - São Paulo - SP Tel.: (011) 3709-4270 | Fax : (011) 3709-4288 www.brasilpar.com.br O boletim NEGÓCIOS E INVESTIMENTOS é editado bimestralmente pela Brasilpar Serviços Financeiros. Diretores Responsáveis: Alberto Ortenblad Filho e Luiz Eduardo Costa. O cenário econômico contido neste boletim refere-se a consulta de opiniões do Banco Central do Brasil e pode ser modificado sem prévia comunicação. A Brasilpar não se responsabiliza pela utilização comercial ou financeira dessas previsões. Os projetos e valores de investimentos das empresas citadas neste boletim referem-se aos divulgados nos principais meios jornalísticos. A Brasilpar não se responsabiliza pela veracidade das informações. Não é permitida a reprodução sem autorização da Brasilpar. A Brasilpar respeita a sua privacidade e é contra o SPAM. Topo
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