Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde

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Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde
Es Dez Grãozinho di Terra - Cabo Verde do Descobrimento à Independência
Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde
11 de Julho de 2015, Sábado
Local: Fundação Calouste Gulbenkian – Grande Auditório
Av. de Berna, 45 A – Lisboa
Organização: Associação Caboverdeana de Lisboa
em parceria com a Embaixada de Cabo Verde em Portugal
INTRODUÇÃO
Com vista a celebrar o 40º aniversário da independência de Cabo Verde e cumprindo
a sua tradição, aliás, plasmada no seu programa de actividades para o biénio
2014/2015, de assinalar com os devidos relevo e dignidade as grandes efemérides
que marcaram o devir do povo cabo-verdiano, a Associação Caboverdeana de Lisboa
(ACV) iniciou um ciclo de conferências destinado a revisitar a História do
arquipélago, quer no período colonial, quer ainda no período pós-colonial.
O ciclo, a cuja primeira fase atribuiu o título Es Dez Grãozinho de Terra. Cabo
Verde, do Descobrimento à Independência e teve início em Abril passado, contou
com a presença de um número significativo de investigadores, cabo-verdianos e
portugueses, que se têm dedicado à História de Cabo Verde, abarcando um período
que se estende desde a chegada dos primeiros navegadores portugueses até ao último
ciclo do povoamento das ilhas e à eclosão das grandes revoltas do século XIX.
Tendo tido como objectivo a problematização da História de Cabo Verde, o ciclo de
conferências encerra agora a sua primeira fase com uma Conferência Internacional
destinada a analisar o processo que conduziu à independência e os respectivos
antecedentes e pressupostos socio-económicos, político-ideológicos, culturais e
identitários.
Organizada pela Associação Caboverdeana de Lisboa, em parceria com a Embaixada
de Cabo Verde em Portugal, e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e de
outras entidades, a Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde
contará com a presença de investigadores residentes em Cabo Verde e em Portugal e
de personalidades de diferentes quadrantes políticos e que participaram directamente
no processo que conduziu à independência de Cabo Verde.
A parte da manhã será reservada aos investigadores, os quais incidirão as suas
análises sobre relevantes matérias distribuídas por dois painéis. É, assim, que o
primeiro painel abarca os contributos dos nativistas, do discurso identitário e da
negritude no desenvolvimento da consciência nacional, havendo ainda espaço para se
equacionar a perspetiva comparada, estabelecendo-se o paralelismo entre Cabo Verde
e a Guiné no que respeita às condições conjunturais e às oportunidades políticorevolucionárias. O segundo painel será dedicado ao estudo da trajectória dos
dirigentes do PAIGC, das acções desenvolvidas pelo movimento em Cabo Verde, do
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papel da imprensa na luta pela independência, assim como da influência dos militares
portugueses no processo negocial e na transferência de poderes.
Por terem tido um papel fundamental no processo da independência de Cabo Verde, a
segunda parte (à tarde) da Conferência Internacional centrar-se-á nos testemunhos
dos protagonistas desse mesmo processo de luta, os quais apresentarão os seus
depoimentos no terceiro e no quarto painéis, que lhes são assim inteiramente
dedicados. Tendo havido a preocupação de se alcançar a maior representatividade
possível, com os testemunhos pretende-se explorar as diferentes etapas na moderna
contestação da dominação colonial portuguesa, designadamente a luta clandestina, a
mobilização na diáspora, a acção armada ou o processo negocial para a
independência.
Antecedendo a sessão de encerramento presidida por Sua Excelência, o Sr. PrimeiroMinistro de Cabo Verde, Dr. José Maria Neves, poder-se-á assistir a um recital
poético-musical que, para além de ilustrar a visão de relevantes poetas e músicos
cabo-verdianos sobre a trágica e anónima, mas também gloriosa, epopeia do povo das
ilhas em demanda da dignidade dos seus filhos, pretende ser uma homenagem à
identidade e à singularidade culturais dos Cabo-Verdianos que, culminando um longo
processo de luta pela emancipação e afirmação individual e colectiva, tomaram a 5 de
Julho de 1975 em suas próprias mãos o seu destino de povo africano e universalista,
fazendo-se assim pátria africana do meio do mar e nação crioula soberana.
A mesma saga de tenacidade e de liberdade encontra-se também plasmada nos rostos
constantes da exposição de fotografias e da mostra de livros patentes durante o tempo
de duração da Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde.
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Es Dez Grãozinho di Terra - Cabo Verde do Descobrimento à Independência
Conferência Internacional sobre a Independência de Cabo Verde
11 de Julho de 2015, Sábado
Local: Fundação Calouste Gulbenkian – Grande Auditório
Av. de Berna, 45 A – Lisboa
Organização: Associação Caboverdeana de Lisboa
em parceria com a Embaixada de Cabo Verde em Portugal
PROGRAMA
9:00h - Recepção dos Convidados
9:15h - Sessão de Abertura - Presidida pela Sra. Embaixadora de Cabo Verde em Portugal
e pelo Sr. Presidente da Associação Caboverdeana de Lisboa
9:30h - Painel I
Moderador - Hilarino da Luz (CHAM-FCSH/NOVA e UAc)
 O Contributo Nativista para a Emancipação Nacional de Cabo Verde: Alcance e Limites
- José Marques Guimarães (PhD UAb; CEPESE/UP)
 Discursos Identitários e Processos de Afirmação Nacional no Cabo Verde Colonial –
Gabriel António Monteiro Fernandes (Universidade de Santiago)
 Luta pela Independência, Reafricanização dos Espíritos e (Im)pertinência Histórica de
uma Poesia Cabo-Verdiana de Afrocrioulitude (ou de Negritude Crioula) - José Luís
Hopffer C. Almada (Poeta e Ensaísta, ACV/Academia Cabo-Verdiana de Letras)
 A Guiné e Cabo Verde em Tempos de Anticolonialismo. As Condições Conjunturais e
as Oportunidades Político-Revolucionárias - Julião Soares Sousa (CEIS20/UC)
11:15h - Coffee break
11:30h - Painel II
Moderador - Aurora Almada e Santos (IHC-FCSH/NOVA)
 A Trajectória dos Dirigentes do P.A.I.G.C. (1956-1980) - Ângela Sofia Benoliel
Coutinho (CESNOVA-FCSH/NOVA)
 Houve Mobilização Nacionalista em Cabo Verde? Tópico para a Caracterização da
Presença do PAIGC em Cabo Verde entre 1959 e 1974 - José Augusto Pereira (IHCFCSH/NOVA)
 A Imprensa e a Independência de Cabo Verde - José Vicente Lopes (Investigador e
Jornalista do Jornal A Nação)
 O MFA ao Serviço do Povo de Cabo Verde - Sandra Cunha Pires (CEHC/ISCTE-IUL)
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13:00h – Almoço (livre)
14:45h – Testemunhos I
Moderador - José Vicente Lopes (Investigador e Jornalista)
António St.Aubyn /Viriato de Barros / Arsénio de Pina / José Pedro Alves Morais / João
Silva (Djunga de Biluca) / Jaime Schofield / Osvaldo Lopes da Silva
16:15h - Coffee break
16:30h - Testemunhos II
Moderador – Daniel Pereira (Historiador e Diplomata)
Dina Salústio / Helena Lopes da Silva / António Gumercindo Chantre / José Loureiro dos
Santos / Miguel Judas / António Almeida Santos / Pedro Pires
18:00h – Recital Poético-Musical Alusivo à História e à Independência de Cabo Verde,
pelo Grupo Tapoé (Charlie Mourão, Filomena Lubrano, José Luís Hopffer
Almada, Manuel Estêvão, Marlene Nobre e Regina Correia) e pelos Músicos
Neuza Freitas, Heloisa Monteiro, Tonecas Lima, Nelson Rendall, Dany Moreira,
Sant’Ana e Arlindo Barreto
18:30h - Sessão de Encerramento - Presidida por sua Excelência o Primeiro-Ministro de
Cabo Verde, Sr. Dr. José Maria Neves
P.S. – Estarão patentes uma exposição de fotografias sobre Cabo Verde, de Benvindo
Rosário e Boaventura Cardoso, e uma mostra de livros cabo-verdianos.
Organização:
Embaixada da República de Cabo Verde em Lisboa
Apoios e Patrocínios:
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Notas Biográficas
1. Académicos e Estudiosos
Ângela Sofia Benoliel Coutinho, Obteve o doutoramento em História da África
Negra Contemporânea pela Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne, em 2005, sobre
Os dirigentes do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo
Verde), da fundação à divisão : estudo de percursos individuais, de estratégias familiares e
de ideologias.
De 2001 a 2003 foi leitora no Departamento de Português na Universidade de Paris X –
Nanterre, em França, de 2004 a 2005 foi docente de “História de África”, de “História
Contemporânea” e de “Investigação Histórica” no Instituto de Ensino Superior Isidoro da
Graça (IESIG), no Mindelo, em Cabo Verde e de 2006 a 2007 foi docente na Universidade
Jean Piaget de Cabo Verde, também no Mindelo.
De 2007 a 2013 foi bolseira de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia
(Ministério da Ciência – Portugal), sendo investigadora no Centro de Estudos de Sociologia
da Universidade Nova de Lisboa (CESNOVA).
Desde 2007 tem artigos publicados em atas de colóquios internacionais, assim como
capítulos de livros e tem também participado na organização de colóquios internacionais em
Portugal e em Cabo Verde.
Atualmente, dedica-se a um projeto de investigação sobre a História dos Judeus
Marroquinos em Cabo Verde (séculos XIX e XX) promovido pela Cape Verde Jewish
Heritage Project, Inc. e financiado pela World Monuments Fund (EUA).
Aurora Almada e Santos, Licenciada em História, ramo científico, pela Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Concluiu em 2009 o mestrado em História Contemporânea na mesma instituição, onde
defendeu a tese intitulada “O Comité de Descolonização da Organização das Nações Unidas
e os Movimentos de Libertação das Colónias Portuguesas: 1961-1976”.
Finalizou o Doutoramento em História Contemporânea em meados de 2014 com uma tese
sobre a intervenção da Organização das Nações Unidas na questão colonial portuguesa de
1960 a 1970.
Tem participado, com a apresentação de comunicações, em alguns encontros científicos
nacionais e estrangeiros, destacando-se a conferência internacional Sub-Saharan Africa in
the 1970s. Crises, Conflicts and Transformations, promovida pelo Centro de Estudos
Históricos e Políticos da África e do Médio Oriente da Universidade de Bolonha, em Itália,
de 20 a 21 de Janeiro de 2011; o seminário internacional ““Ventos de Mudança” no mundo
colonial: as Nações Unidas, Portugal e as independências africanas”, organizado pelo
IHC-FCSH, CIDEHUS-UE, CEA–ISCTE, entre 9 e 10 de Dezembro de 2010; e o 7th
Annual International Conference on Politics and International Affairs, realizado pelo
Athens Institute for Education and Research (Atiner), na Grécia, de 22 a 25 de Junho de
2009.
É autora de publicações como «The UN Decolonization Committee and the Struggle in
Portuguese Colonies in the Seventies» in Afriche e Orienti, nº especial 2, 2011; «A ONU e
as Resoluções da Assembleia-geral de Dezembro de 1960» in Relações Internacionais, nº
30, Junho 2011; ou «O Comité de Descolonização e os Movimentos de Libertação das
Colónias Portuguesas: 1961-1976» in O Longo Curso: Estudos em Homenagem a José
Medeiros Ferreira, Lisboa, Tinta-da-China, 2010.
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Daniel António Pereira, Nascido em Cabo Verde, 64 anos de idade.
Licenciado em História pela Universidade Clássica de Lisboa, Faculdade de Letras (1981);
Diplomata de carreira e Historiador; Ex-Embaixador de Cabo Verde no Brasil (2006/2013).
É autor de 9 livros sobre a História de Cabo Verde, designadamente: A situação da ilha de
Santiago no 1º Quartel do século XVIII (duas edições); Marcos cronológicos da Cidade
Velha (duas edições); Estudos da História de Cabo Verde (duas edições); A importância
Histórica da Cidade Velha; Apontamentos Históricos sobre a Ilha do Fogo; Memória sobre
Cabo Verde do Governador Joaquim Pereira Marinho & Outros Textos; Das Relações
Históricas Cabo Verde/Brasil; Cidade da Praia de Santiago – No Compasso do Tempo; Um
Olhar sobre Cabo Verde – História para Jovens.
Publicou dezenas de artigos em diversas revistas e jornais, nacionais e estrangeiros, tendo
igualmente proferido palestras e conferências em várias universidades, designadamente em
Portugal, Estados Unidos da América, Brasil, Senegal, Angola e Países Baixos.
Gabriel António Monteiro Fernandes, Graduou-se em Filosofia pela Faculdade
Eclesiástica de Filosofia João Paulo II, em 1984; e pela Universidade São Francisco no ano
de 1999; Doutorado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina,
2005. Ainda no início de seu percurso profissional, demonstrou intensa desenvoltura para a
carreira docente, actuando como professor, pesquisador e consultor. Desde 2008 é reitor da
Universidade de Santiago, tendo participado activamente no seu projecto de criação e
fundação. Possui livros e outros trabalhos publicados.
Publicações:
Fernandes, Gabriel; Delgado, José Pina (2008). Estudo sobre a situação dos jovens em
conflito com a lei em Cabo Verde. Praia: Ministério da Justiça.
Fernandes, Gabriel; et. al. (2007). A Criança e o Trabalho: um estudo jurídico-sociológico.
Ministério do Trabalho, Família e Solidariedade; Instituto Cabo-verdiano da Criança e do
Adolescente.
Fernandes, Gabriel; et. al. (2007). Plano de acção para a eliminação do trabalho infantil.
Ministério do Trabalho, Família e Solidariedade; Instituto Cabo-verdiano da Criança e do
Adolescente, Praia.
Fernandes, Gabriel (2006). Em busca da Nação: notas para uma reinterpretação do Cabo
Verde Crioulo. Editora da UFSC; IBNL.
Fernandes, Gabriel (2006). «Expatriação, hibridização e aventuras cosmopolitas caboverdianas». In: F. Bruseke (org.). Paradigmas da Modernidade e sua Contestação.
Florianópolis: Editora Insular.
Fernandes, Gabriel (2005). Cabo Verde: Formações discursivas (trans)nacionalistas de uma
sociedade crioula politicamente sitiada. Florianópolis: Universidade Federal de Santa
Catarina. (Tese de Doutorado).
Fernandes, Gabriel (2004). «O lugar como um não-lugar: expatriação, hibridização e
aventuras cosmopolitas cabo-verdianas». Revista Estratégia, n. 20. Lisboa: IEEI.
Fernandes, Gabriel (2002). A diluição da África. Uma interpretação da saga identitária
cabo-verdiana no panorama político (pós) colonial. Florianópolis: UFSC.
Fernandes, Gabriel (2001). Modernidade crítica e modernidade acrítica. (colaborador).
Florianópolis: Cidade Futura.
Fernandes, Gabriel (2000). Entre a Europeidade e a Africanidade: os marcos da
colonização/descolonização no processo de funcionalização identitária em Cabo Verde.
Universidade Federal de Santa Catarina (Dissertação de Mestrado).
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Hilarino Carlos Rodrigues da Luz, Investigador Integrado e Bolseiro de PósDoutoramento do Centro de História d’Aquém e d’Além Mar (CHAM), Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas-Universidade Nova de Lisboa e Universidade dos Açores, é
Doutor em Estudos Portugueses, especialização em Literaturas e Culturas de Língua
Portuguesa, Mestre em Estudos Portugueses, especialização em Estudos Literários, e
Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, Variante de Estudos Portugueses.
José Augusto Pereira, Nasceu na Nazaré em 1977. Licenciou-se em História pela
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 1999. Obteve o grau de mestre em
História dos Séculos XIX e XX na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa em 2009. A tese por si defendida, O PAIGC Perante o Dilema
Cabo-verdiano, foi distinguida por uma menção honrosa atribuída pelo júri do Prémio de
História Contemporânea Victor de Sá, instituído pelo Conselho Cultural da Universidade do
Minho, em 2010.
José Luis Hopffer C. Almada, Jurista, ensaísta, poeta, analista e comentador político.
Licenciado em Direito pela Universidade Karl Marx, de Leipzig, e pós-graduado em
Ciências Jurídicas, em Ciências Políticas e Internacionais e em Ciências JurídicoUrbanísticas pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.
Desempenhou as funções de Director do Gabinete de Assuntos Jurídicos e Legislação da
Secretaria-Geral do Governo.
Associado a diversas iniciativas culturais em Cabo Verde, como o Movimento Pró-Cultura
(1986-1998), o suplemento cultural Voz di Letra do jornal Voz di Povo (1986-1987) e a
revista Pré-Textos. Foi Director da revista Fragmentos (1987-1998), co-fundador da SpleenEdições (1993) e dirigente da Associação de Escritores Cabo-Verdianos (1989-1998).
Foi igualmente membro da Comissão Nacional para a Apreciação do Acordo Ortográfico do
Rio de Janeiro sobre a Língua Portuguesa (1986), da Comissão Nacional da Língua
Caboverdiana (1990), do Conselho Nacional da Cultura (1990) e do Grupo para a
Padronização do Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-Verdiano (1994).
É Vice-Presidente da Direcção da Associação Caboverdeana de Lisboa, de cujo
Departamento de Cultura foi responsável desde 2011, continuando actualmente a exercer a
mesma responsabilidade.
Tem participação regular em colóquios, conferências e congressos tanto em Cabo Verde
como em outros países, como Senegal, Cuba, Bélgica, Brasil, Angola, Portugal, Holanda,
Suíça, Moçambique e Itália).
Foi e é colaborador de vários jornais e revistas culturais e jurídicas (incluindo as de formato
electrónico).
Está representado em diferentes colectâneas e antologias poéticas e ensaísticas nacionais e
estrangeiras.
Autor de vários estudos e ensaios, de entre os quais: A Tutela do Património Cultural
Subaquático no Direito Internacional Publico e no Direito Cabo-Verdiano; A Tutela do
Património Construído no Direito Cabo-Verdiano; Henrique Teixeira de Sousa- Estações
Político-Culturais de um Neo-Claridoso; Funcionalização Político-Ideológica e Síndromas
de Orfandade nos Discursos Identitários Cabo-Verdianos (Separata do número temático da
revista Direito e Cidadania celebrativo dos Trinta Anos da Independência Nacional), Das
Tragédias Históricas do Povo Caboverdiano, da sua Constituição e da sua Consolidação
como Nação Crioula Soberana; Cabo Verde-Regime de Partido Único e Consolidação
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Democrática numa Pequena Nação Crioula Africana Soberana; O Caso Amílcar CabralAlguns Apontamentos Críticos.
Organizou Mirabilis – de Veias ao Sol: Antologia Panorâmica dos Novíssimos Poetas
Cabo-Verdianos (1991; reimpressão corrigida de 1998) e O Ano Mágico de 2006 – Olhares
Retrospectivos sobre a História e a Cultura Cabo-Verdianas (2008).
Publicou os seguintes livros de poesia: À Sombra do Sol, Volume I e Volume II (1990);
Assomada Nocturna (1993), Assomada Nocturna (Poema de NZé di Sant’ y Águ) (2005);
Praianas (Revisitações do Tempo e da Cidade) (2009).
Foi condecorado com a Medalha de Mérito Cultural de Primeira Classe, do Governo de
Cabo Verde, e com a Medalha da Ordem do Vulcão, outorgado pelo Presidente da
República de Cabo Verde.
José Marques Guimarães, Investigador do Centro de Estudos da População,
Economia e Sociedade (CEPESE) - Universidade do Porto e Fundação Engenheiro António
de Almeida. Nasceu em Lisboa, em 1955, tendo obtido o grau de Doutor em História, na
especialidade de História Contemporânea, em 2013, pela Universidade Aberta, onde
defendeu com sucesso uma tese sobre o tema: Intelectuais Africanos no Espaço Político
Português: Desenvolvimento da sua Intervenção Nativista entre Finais do século XIX e
Meados do século XX – o Caso de Cabo Verde.
É ainda Mestre em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.
José Vicente Lopes, Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG), Brasil.
Frequentou o Curso de Análise Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais e a I
Acção de Formação para Jornalistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP) da Gulbenkian/Universidade Católica.
Realizou estágios de produção jornalística na BBC House, em Londres. Desde 2011 exerce
as funções de editor executivo e consultor de A Nação.
Da sua experiência profissional destaca-se ainda a colaboração, enquanto jornalista, com os
jornais A Semana, Voz di Povo, Público e Expresso, bem como com a BBC e a TSF.
Tendo sido professor de História e de Português, tem trabalhado enquanto ensaísta e crítico
literário e tem participado em encontros e conferências internacionais.
Foi presidente da Associação dos Jornalistas Cabo-verdianos e fundador da Spleen Edições.
Recebeu o Prémio Jornalista do Ano em 1993.
Entre as suas publicações contam-se: Os Bastidores da Independência; As Causas da
Independência; Explicação do Mundo; A Fortuna dos Dias; Tarrafal/Chão Bom – Memórias
e Verdades e Aristides Pereira, Minha Vida, Nossa História.
Julião Soares Sousa, Guineense (Guiné-Bissau), licenciou-se em História pela
Universidade de Coimbra em 1991, concluiu o mestrado em 1996 e o doutoramento na
mesma Universidade em 2008.
Foi professor convidado no Mestrado em Estudos Africanos no Departamento de
Antropologia da Universidade de Coimbra e do Mestrado e pós-Graduação em Segurança,
Defesa e Resolução de Conflitos do Instituto Superior de Ciências da Informação e da
Administração (ISCIA-Aveiro).
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É Investigador no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de
Coimbra, onde também é co-coordenador do Seminário “Políticas e Ideologias” do
Doutoramento (3.º Ciclo) em Estudos Contemporâneos e de cujo Conselho Científico é
membro.
Tem proferido mais de cinco dezenas de conferências em Portugal e no estrangeiro
(Espanha, Angola, França, Hungria, Dinamarca, Guiné-Bissau, Brasil e Cabo Verde).
Entre algumas das suas publicações destacam-se: Amílcar Cabral (1924-1973). Vida e
Morte de um Revolucionário Africano (Nova Vega, 2011), distinguido com o Prémio
Fundação Calouste Gulbenkian, História Moderna e Contemporânea, da Academia
Portuguesa da História (2011); “Os movimentos unitários anticolonialistas (1954-1960). O
contributo de Amílcar Cabral”, in Estudos do Século XX, 3, Coimbra, 2003; Um Novo
Amanhecer, Coimbra, Minerva, 1996; “Amílcar Cabral: do envolvimento na luta antifascista
à manifestações de tendência autonomista no Portugal do pós-Guerra (1945-1957) ”, in
Cabral no cruzamento de épocas. Comunicações e discursos produzidos no II Simpósio
Internacional Amílcar Cabral realizado na Cidade da Praia, 9–12 de Setembro de 2004,
Praia, Alfa Comunicações, 2005; “O fenómeno tribal, o tribalismo e a construção da
identidade nacional no discurso de Amílcar Cabral”, in Comunidades Imaginadas. Nação de
nacionalismo em África, Coord. Luís Reis Torgal, Fernando Pimenta e Julião Soares Sousa.
Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008; "MPLA: da Fundação ao
Reconhecimento por parte da OUA", in Latitudes, Cahiers Lusophones, nº 28, 2006;
“Amílcar Cabral: um contemporâneo de Francisco José Tenreiro no Portugal dos anos
40/50”, in Francisco José Tenreiro: As múltiplas faces de um intelectual, Coord: Inocência
Mata, Lisboa, Edições Colibri, 2010; “As associações protonacionalistas guineenses durante
a I República: o caso da Liga Guineenses e do Centro Escolar Republicano”, in República e
Colonialismo na África Portuguesa. Elementos para uma reflexão (Coord.) Fernando
Tavares Pimenta, Porto, Edições Afrontamento, 2012; “A cisão sino-soviética e suas
implicações nos movimentos de libertação em África” (no prelo, Universidade da Beira
Interior, 2012); Guiné-Bissau: a destruição de um país. Desafios e reflexões para uma nova
estratégia nacional, Coimbra, edição de autor, 2012; “Da nação imaginada à imaginação da
nação: reflexos em torno da etnicidade e do nacionalismo durante a luta de libertação em
Angola Moçambique e Guiné”, in Mulemba – Revista Angolana de Ciências Sociais,
Novembro de 2013, vol. III, nº 6, pp. 203-238; “Vida e Obra de Amílcar Cabral”, Aula
Magna proferida na Universidade de Cabo Verde, Campus do Palmarejo e Pólo de S.
Vicente, Revista Desafios, órgão de divulgação científica da Cátedra Amílcar Cabral, 2013.
Sandra Cunha Pires, Bolseira de investigação da Fundação para a Ciência e
Tecnologia. Doutoranda do 4.º ano no Programa Inter-Universitário de Doutoramento em
História, ministrado pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Instituto de Ciências
Sociais, Faculdade de Letras de Lisboa, Universidade Católica e Universidade de Évora.
Integrada no Centro de Estudos de História Contemporânea do ISCTE-Instituto
Universitário de Lisboa, no Projeto Os Militares e a Descolonização Portuguesa,
coordenado pela Professora Doutora Ana Mouta Faria, no quadro do qual desenvolve o tema
Os Militares Portugueses e a Descolonização em Cabo Verde. Mestre em História, Defesa e
Relações Internacionais pelo ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa e Academia Militar
de Lisboa, com a dissertação A Imprensa Periódica Missionária no Período do Estado Novo
(1926-1974), orientada também pela Professora Doutora Ana Mouta Faria.
Licenciada em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE- Instituto Universitário de
Lisboa.
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2. Combatentes pela Liberdade da Pátria e outras Personalidades
António de Almeida Santos, Nasceu em 15.02.1926. Licenciado em Direito pela
Universidade de Coimbra. Curso Complementar de Ciências Jurídicas. Tese em Direitos de
Autor, publicada – caso raro, se não único – para uma tese de aluno.
Em 1953 foi advogar para Moçambique, onde ficou até 25 de Abril de 1974. Terá sido
certamente o melhor advogado de Moçambique.
Combateu sempre o regime de Salazar e Caetano. Escreveu livros – alguns proibidos – e
textos de combate político para o Grupo de Democratas de Moçambique. Todos proibidos.
Serão em breve publicados.
Após o 25 de Abril regressou a Lisboa como Ministro da Coordenação Interterritorial, cargo
que manteve durante os primeiros quatro governos provisórios. Não quis fazer parte do 5.º
governo, que só durou um mês. Foi depois disso sucessivamente Ministro dos Assuntos
Sociais (imprensa, rádio, etc.), da Justiça, Adjunto do 1.º Ministro, Ministro de Estado e
Ministro dos Assuntos Parlamentares. Foi ainda Presidente da Assembleia da República
(dois mandatos), Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) e Presidente do
PS. É actualmente o Presidente Honorário do PS.
Tem uma longa vida dedicada à actividade política e ao PS.
Foi ainda candidato a Primeiro-Ministro pelo PS, mas perdeu as eleições quando o
Presidente Eanes resolveu criar um partido de inspiração sua na área do PS.
Escreveu e publicou até hoje 30 livros. Ainda tenciona escrever mais alguns.
António Gumercindo Ribas Chantre, Nasceu em Cabo Verde - Ilha de Santo Antão
- Ribeira Grande. É Agente Técnico de Engenharia e Arquitectura.
Em Portugal, exerceu o cargo de Técnico de Produção Sénior na Construção de 6 ETAR’S
em Torres Vedras; na Fiscalização da Empreitada de Construção do Fórum Brandoa/Centro
Cívico; como Supervisor Civil da CINCLUS, SA. participou na Reconstrução, Recuperação
e Construção de moradias novas na Ilha do Pico nos Açores.
Participou, como Técnico, na ampliação do Aeroporto de Faro e na construção do Centro
Cultural de Belém.
Dirigiu a construção de 2 Torres de 16 pisos em Armação de Pêra; da nova lota de pesca em
Setúbal; e de um conjunto habitacional de 82 fogos em Loulé.
Foi Sócio gerente da ESCOR, Lda., Empresa de Estudos e Representações, em Cabo Verde,
tendo participado na construção de várias escolas na Ilha de Santiago, na fiscalização de
construção de várias estradas, na reconstrução de outras em várias ilhas, nomeadamente
Santiago, Fogo e São Vicente, na construção do edifício sede da Câmara Municipal do
Tarrafal, do edifício da Segurança Social da Cidade da Praia, da Praceta Terra Branca, etc.
Dirigiu a construção de várias estradas e outras infra-estruturas de Cabo Verde, tais como os
aeroportos de Santiago, de São Vicente, as pistas de aterragem de São Filipe e Mosteiros, na
ilha de Fogo, bem como as respectivas aerogares e hangares.
Dirigiu a construção do Liceu Adriano Moreira, de escolas, postos sanitários e outros
equipamentos na cidade da Praia, em Santiago.
Integrou a equipa que efectuou o levantamento geohidrogáfico da baía da Murdeira, na ilha
do Sal, tendo em vista a construção dos estaleiros navais, em 1968.
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Na Guiné, desempenhou várias funções da sua especialidade no reordenamento das
povoações em zonas afectadas pela guerra. Colaborou em estudos e construções de levadas,
captações de água, galerias e vários levantamentos topográficos e cadastro de propriedades.
Depois do 25 de Abril de 1974, foi militante e activista da União do Povo das Ilhas de Cabo
Verde (UPICV), liderada por José Leitão da Graça. Por causa dessa militância, foi preso
com outros membros da UPICV e da União Democrática de Cabo Verde (UDC), a 15 de
Dezembro de 1974, tendo sido encarcerado no Presídio do Tarrafal até ao dia 5 de Julho de
1975, data em que foi transferido para Lisboa e posto em liberdade.
Foi fundador da SOCOMSOL (Sociedade de Comunicação Social).
Foi fundador e embaixador itinerante da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática
(UCID) e vice-presidente do mesmo partido, eleito no I Congresso realizado em Cabo
Verde, depois da abertura política, a 19 de Fevereiro de 1990.
É sócio-fundador da Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde.
António St. Aubyn, Natural de São Nicolau, realizou os estudos primários nessa ilha e
em São Vicente e os estudos secundários no Liceu Gil Eanes.
Doutorou-se em Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Foi
Professor Auxiliar de Matemática nas Faculdades de Ciências das Universidades de Coimbra
e de Lisboa e Professor Associado e Catedrático do Instituto Superior de Agronomia (ISA),
da Universidade Técnica de Lisboa (UTL).
Professor Emérito do ISA.
Representante de Portugal na União Matemática Internacional (ICM) e membro do
Conselho de Acompanhamento do Centro de Estatística da Faculdade de Ciências de Lisboa.
Exerceu funções de Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), tendo
contribuído, em colaboração com os departamentos de Matemática das universidades
públicas, para a fundação em Coimbra do Centro Internacional de Matemática (CIM).
Participou, em representação da SPM, na fundação e na primeira direcção da Sociedade
Europeia de Matemática, tendo sido incumbido da ligação ao projecto EUROMATH, que
pretendia produzir um editor de documentos de matemática.
Professor Catedrático do ISA, de 1979 a 2003, foi fundador e primeiro director do Centro de
Informática (CIISA), fundador e presidente do Departamento de Matemática e do Centro de
Investigação de Matemática Aplicada (IISA).
Colaborou com as primeiras instituições de Ensino Superior de Cabo Verde e presidiu em
2006 e 2010 às Comissões de Avaliação Externa das Instituições de Ensino Superior em
Cabo Verde.
António St.Aubyn, António de Almeida Costa, Pedro Lourtie, Sérgio Machado e Daniel
Luzia (2006), Um Olhar Analítico sobre o Ensino Superior em Cabo Verde, Relatório de
Avaliação Externa.
António St.Aubyn, António de Almeida Costa, Joaquim José da Cunha, Manuel de Almeida
Correia, Maria da Conceição Falcão Ferreira, Pedro Lourtie, Sérgio Machado e Daniel Luzia
(2010), Relatório de Avaliação Externa.
Desenvolve actualmente actividades de investigação em duas áreas:
. Modelos MNmisto para controlo da variação espacial e para a quantificação da
variabilidade genética e selecção em grandes ensaios de campo de populações perenes de
propagação vegetativa.
E. Gonçalves, A. St.Aubyn, A. Martins (2013), “The utilization of unreplicated trials for
11
conservation and quantification of intravarietal genetic diversity of rarely grown ancient
grapevine varieties”, Tree Genetics and Genomes, vol. 9, nº 1. 65-73.
E. Gonçalves, A. St.Aubyn, Isabel Carrasquinho, A. Martins (2013), “Broad-sense
heritability in mixed models for grapevine initial selection trials”, Euphytica, vol. 189,
379-391.
E. Gonçalves, A. St.Aubyn, A. Martins (2010), “Experimental designs and selection of
ancient grape wine varieties: a simulation study”, Heredity, vol. 104, 552-562.
E. Gonçalves, A. St.Aubyn, A. Martins (2007), “Mixed Spatial models for data analysis of
yield on large grape wine selection field trials”, Theoretical and Applied Genetics, vol.
115, nº 5, 653-663.
. Modelação de fenómenos biológicos e económicos com sistemas dinâmicos discretos.
M. Fátima Fabião, Paulo Brito, A. St.Aubyn (2008), A tree combinatorial structure on the
solution of a delay differential equation: a gerating function approach, AIP Conference
Proceedings, 1004, 1, 118-121.
M. Fátima Fabião, Paulo Brito, A. St.Aubyn (2008), “Euler, Lambert and the Lambert WFuncion Today”, Math. Scientist, 33, 2, 1-7.
Arsénio Daniel Fermino de Pina, Nasceu em 1935, em São Nicolau - Cabo Verde.
Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa;
com Especialização em Medicina Tropical no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de
Lisboa e Especialização em Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública Ricardo
Jorge, em Lisboa; Especialização em Pediatria no Hospital Pediátrico de D. Estefânia (como
voluntário), com exame à Ordem dos Médicos de Lisboa.
Desempenhou, em Cabo Verde, os seguintes cargos:
- Médico interno no Hospital Central da Praia, nos serviços de Cirurgia, Obstetrícia e
Pediatria.
- Delegado de Saúde nas ilhas Brava, São Vicente, Fogo e director da Enfermaria de
Pediatria do Hospital Central da Praia.
- Director da Enfermaria de Pediatria do Hospital Central de São Vicente (Hospital Dr.
Baptista de Sousa).
- Director Nacional do Programa de Protecção Materno-Infantil e de Planeamento Familiar
de Cabo Verde, programa criado pelo titular com apoio da cooperação Sueca e director
clínico do Hospital Baptista de Sousa.
- Foi Delegado do país à 33ª Assembleia Mundial de Saúde em Genève, Suíça.
- Conselheiro técnico temporário da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Reunião de
Estudo Regional sobre Doenças Diarreicas, em Brazzaville, de 14-17 de Julho de 1980.
- Chefe de delegação de Cabo Verde à 30ª Sessão do Bureau Regional da África de 17-24 de
Setembro 1980, no Gana.
- Participou em várias reuniões da OMS Africana, integrado na delegação do país, e em
reuniões e grupos de trabalho como conselheiro técnico temporário em matéria ligada ao
Serviço Materno-Infantil/Planeamento Familiar (SMI/PF).
- Ingressou a convite no quadro da OMS, Região Africana, como conselheiro técnico
principal em SMI/PF, dirigindo projectos em vários países africanos - Gabão (4 anos),
Mali (6 meses), República Centro-Africana (3 anos), Guiné Conakry (1 ano) e Mauritânia
(2 anos).
12
Em 1996, termina a sua colaboração com a OMS por atingir limite de idade (60 anos).
Foi ainda Director do Serviço de Pediatria do Hospital Dr. Baptista de Sousa, em São
Vicente - Cabo Verde, tendo-se aposentado em Maio de 2000.
Em Março de 2000 é eleito deputado da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de São
Vicente, cargo a que resignou a favor de outro elemento da lista eleitoral.
Em Julho de 2004 foi condecorado pelo Presidente da República com a Medalha de 1ª
Classe da Ordem de Mérito e pela Ordem de Médicos de Cabo Verde.
Em Novembro de 2008 foi-lhe reconhecida a qualidade de Combatente da Liberdade da
Pátria, por Resolução nº 83/VII/2008 (publicado BO I Série nº 43).
A partir de Maio de 2000, passa temporadas em Portugal e em Cabo Verde (São Vicente) e,
esporadicamente, presta assistência pediátrica em Lisboa e Cabo Verde. Sócio honorário da
Associação de Defesa dos Consumidores Cabo-verdiana (ADECO).
Trabalhos Publicados:
1. Espasmo Difuso do Esófago - Considerações acerca de um Caso = tese de licenciatura.
2. Lepra - Ilha do Fogo - 1972: monografia.
3. Educação Sanitária em PMI/PF (1979): manual.
4. Textos de Saúde Infantil, 1980: manual.
5. Intoxicações em Pediatria (1978): manual.
6. Noso-Mortalidade Infantil Através da Revisão dos Internamentos em Pediatria e dos
Óbitos Registados em S.Vicente de 1971 a 1979 (Ministério da Saúde).
7. “A Saúde das Crianças em Cabo Verde”, publicado na Revista Coimbrã Saúde Infantil,
em Setembro 1984.
8. A ECG à vol d´oiseau: manual.
9. Cahiers d’Éducation Sanitaire et Normes de Service en SMI: manual publicado no Gabão
em 1990 pelo Ministério da Saúde.
10. Éducation Nutritionnelle des mamans: manual publicado na República Centro-Africana
em 1992 (Ministério da Saúde).
11. Elaboração de protocolos terapêuticos do Serviço de Urgência do Hospital Baptista de
Sousa e do Serviço de Pediatria do mesmo hospital, bem como de normas para o último
serviço.
12. Colaboração em jornais nacionais e estrangeiros versando temas diversos de índole
sanitária e sociopolítica, como forma de participação na gestão da coisa pública e na
estimulação da sociedade civil.
13. Publicação de dez livros Uli-Me Li! (1998); Fi D’cadon! (1999); Você Falou em
Economia de Bazar? (2.000); Mania de Pensar, O Cérebro, “Esse Órgão Perigoso”
(2001); Coisas do Djunga!... (2002); Quel Canapé De Três Pê (2005); Reflexões e Factos
Diversos (2007); Passadores de Pau (2009); Ês Ca Ta Cdi! 2011; Adeche! Vendilhões
em vários templos.
Dina Salústio (de seu nome completo Bernardina de Oliveira Salústio), Nasceu em Cabo
Verde, na ilha de Santo Antão, em 1941.
Concluiu os estudos e exerceu funções como professora primária, assistente social e
jornalista em Portugal, Angola e Cabo Verde.
13
É autora dos seguintes livros: Mornas eram as Noite (contos, 1994, traduzido para o
espanhol); A Louca de Serrano (romance, 1998); Estrelinha TlimTlim (infantojuvenil,
2000); Violência Contra as Mulheres (estudo, 2001); O Que os Olhos não Vêem,
(infantojuvenil) coautora, 2002; Cabo Verde 30 Anos de Edições – 1975–2005 (catálogo
enciclopédico, 2005); Filhas do Vento (romance, 2009).
Tem colaboração nas revistas e nos jornais mais relevantes de Cabo Verde. Consta de
algumas antologias cabo-verdianas e estrangeiras.
A sua escrita literária foi já matéria de vários estudos, destacando-se algumas teses de
licenciatura, mestrado e doutoramento no Brasil, Portugal, Itália e Cabo Verde, além de
alguns trabalhos científicos ligados quer à sua prosa quer à poesia.
É sócia fundadora da Associação dos Escritores Cabo-verdianos e membro fundador da
Academia Cabo-Verdiana de Letras.
Obteve o 1º Prémio em literatura infantojuvenil (1994), Cabo Verde, e o 3º Prémio em
literatura infantojuvenil dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)
(2000).
Foi galardoada pelo Governo de Cabo Verde com a Ordem do Mérito Cultural (2005) e com
a 1ª Classe da Medalha do Vulcão por S. Exa o Presidente da República de Cabo Verde em
2010.
Helena Lopes da Silva, Nasceu em 1949, na cidade da Praia, Cabo Verde.
Licenciada em Medicina em 1975 e Especialista em Cirurgia Geral desde 1987; Consultora
de Cirurgia Geral - 1998; Mestre em Gestão da Saúde pela Escola Nacional de Saúde
Pública/Universidade Nova de Lisboa - 2009; Curso de Formação Pedagógica para
Orientadores dos Internatos Médicos - 1996.
Assistente Convidada da Cadeira de Cirurgia desde 1981; Chefe de Equipa e Chefe de
Equipa de Urgência desde 1992; Membro do Colégio de Especialidade de Cirurgia desde
1988; Coordenadora da Consulta Externa de Cirurgia de 1995 a 2013; Adjunta da Direcção
do Internato Médico de 1997 a 2000; Membro de Equipa do Gabinete de Estudos e
Cooperação com as Comunidades da Faculdade de Medicina de Lisboa. Nessa qualidade foi
responsável juntamente com o Director do Gabinete Prof. Doutor Paulo Ramalho e a
Associação de Estudantes de Medicina da Faculdade de Lisboa (AEFML) pela realização da
"Semana Cultural Africana e não Só" durante 3 anos. Este evento teve grande impacto na
aproximação e desenvolvimento de laços de solidariedade e tolerância entre os estudantes
portugueses e os dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e não só –
1998-2000.
Responsável pela Cadeira de Patologia Médico-Cirúrgica do Curso de Enfermagem 1982/83; Formadora no Curso Avançado do Trauma - 2001-2003; Orientadora de Formação
de vários Internos de Especialidade de Cirurgia e Tutora de Internos em Estágios Parcelares;
Coordenadora Científica de Cursos de Suturas para Estudantes e Jovens Médicos, desde
2010; Orientadora de várias Teses de Mestrado Integrado em Medicina, desde 2009.
Participação como Palestrante em várias Reuniões Científicas e autora e co-autora em
trabalhos publicados e comunicados em Congressos e Reuniões Científicas.
Foi Militante e Dirigente de Estruturas Clandestinas do PAIGC em Portugal até à
Independência de Cabo Verde; Fundadora e Dirigente (Presidente) da Casa dos Estudantes
das Colónias (CEC); Fundadora e Dirigente do Grupo da Acção Democrática de CaboVerde e Guiné (GADCG) que deu origem à Associação de Cabo-Verdianos e Guineenses e,
mais tarde, à Associação Cabo-Verdiana; Representante da Casa dos Estantes das Colónias
(CEC) na proclamação da República Popular de Angola, em Luanda; Fundadora e
Presidente da Organização Médica Cabo-Verdiana (OMEC); Membro do I Congresso de
14
Quadros da Diáspora; Membro da Coordenadora Nacional de Mulheres e da Coordenadora
Europeia de Mulheres, anos 90; Dirigente da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto e
Contracepção (CNAC) - 1979; Dirigente do Movimento Voto Sim pela Despenalização do
Aborto - 2006; Militante e Dirigente da Liga Comunista Internacionalista (LCI), mais tarde
Partido Socialista Revolucionário (PSR). Cabeça de Lista para as Eleições Europeias de
1994 pelo PSR; Membro da 1 Mesa Nacional do Bloco de Esquerda.
Conselheira da República do actual Presidente de Cabo Verde.
Foi agraciada, a 5 de Julho de 2015, pelo Presidente Jorge Carlos Fonseca, com a Ordem
Amílcar Cabral, a mais alta condecoração do Estado Cabo-Verdiano.
Participante como uma das 30 entrevistadas para a publicação do livro Mulheres Políticas As suas Causas, de Ana Maria Bettencourt e Maria Silva Pereira - Editora Quetzal - 1995,
entre outras mulheres que se distinguiram na política portuguesa, como Maria de Jesus
Barroso, Isabel do Carmo, Manuela Ferreira Leite, Helena Cidade Moura, Maria Lurdes
Pintassilgo, Maria José Nogueira Pinto, Helena Roseta, Sara Amâncio e Leonor Beleza.
Participou igualmente em entrevista para a publicação do livro Sodade de Cabo Verde, de
Gabriel Raimundo - Edição de Autor - 2008, que integrou vários representantes da Diáspora
Cabo-verdiana.
Jaime Ben Hare Soifer Schofield, Nasceu a 27 de Maio de 1939, em São Vicente,
Cabo Verde.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Havana, Cuba, e com Formação nas seguintes
áreas: Gestão de Recursos Humanos (IFAP, ANA/OIT); Administração e Contabilidade;
Electricidade e Água do Sal (EAS); Finanças para não Financistas (ASA); Técnicas de
Direcção e Gestão (ASA); e Teologia (Igreja Adventista do 7.º Dia).
Foi Professor Primário no Albergue e na Educação para Adultos, em São Vicente
(1956/57/58), e Professor na Escola Adventista do 7.º Dia, em São Vicente e na cidade da
Praia (1959/60/61/62) e na Ribeira Grande, Santo Antão (1966/67).
Pastor Adventista do 7.º Dia na cidade da Praia (1963-1965).
Preso Político, Cadeia Civil, Praia e Campo de Concentração da Morte Lenta de Tchom
Bom, Tarrafal (1967-1973).
Chefe de Departamento da Repartição Provincial dos Serviços de Educação (1973-1975).
Docente da Comissão de Reciclagem para a Educação (Setembro, Outubro/Novembro de
1975).
Membro da Comissão Directiva e Professor da Escola Preparatória da Praia (1975/76/77).
Membro da Comissão para a Elaboração do Novo Sistema de Ensino (1976/77).
Director e Professor da Escola Preparatória do Sal e da Secção do Liceu Domingos Ramos
do Sal (1977/78/79/80).
Director Administrativo e Financeiro de Electricidade e Água do Sal, EP (EAS) (19801982).
Técnico Administrativo Principal do Serviço Autónomo do Aeroporto Internacional
Amílcar Cabral (AIAC) e Técnico Superior de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) (19822003).
Actualmente exerce a profissão de Advogado.
É igualmente activista social, participando em palestras e conferências em escolas e outras
instituições e tem dado entrevistas à comunicação social (televisão, rádio, imprensa escrita),
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maioritariamente sobre o Campo de Concentração de Tchom Bom, Tarrafal. Tem publicado
crónicas diversas em jornais.
Foi condecorado pelo então Presidente da República, Comandante Pedro Verona Rodrigues
Pires, e é Cidadão Honorário do Tarrafal de Santiago.
João Silva (Djunga de Biluca), Nascido em São Vicente a 13 de Fevereiro de 1929.
1948 - Parte para Dakar de onde ingressa na marinha mercante grega.
1951 - Regressa a São Vicente e faz o serviço militar de 1951 a 1954.
1954 - Ingressa na marinha mercante liberiana.
1955 - Após uma formação em electromecânica, ingressa na marinha mercante holandesa,
como oficial na área da sua especialidade.
1958 - Deixa o mar, contrai matrimónio na Holanda e passa a trabalhar num estaleiro naval,
na área da electromecânica.
1959–1962 - Integra o Departamento Comercial da Phillips.
1962–1975 - Estabelece-se no comércio privado (Seamen Store) e inicia uma actividade
discográfica como produtor e editor de música de Cabo Verde, tendo editado 41 discos LP,
10 de 45RPM e 8 CDs.
Proprietário e fundador da editora de discos Morabeza Records, editou o primeiro LP de
música caboverdiana de que há memória, sob o título Cabo-verdianos na Holanda, e foi
produtor discográfico dos maiores artistas cabo-verdianos dos anos 60 e 70.
Durante esse mesmo período, exerceu ainda a função de intérprete junto da Polícia de
Emigração e dos Tribunais holandeses, em vários idiomas como Português, Grego,
Espanhol, Holandês e Inglês.
Membro do Partido Trabalhista Holandês (PVDA), de 1960 a 1977, ano em que interrompeu
a militância política nesse partido para integrar a carreira diplomática e assumir funções de
Cônsul de Cabo Verde, tendo retomado em 1990 a mesma militância, após a aposentação.
1964 - É nomeado, por Amílcar Cabral, Coordenador e em 1972 é credenciado como
Representante do PAIGC na Holanda, trabalhando em estreita colaboração com a
comunidade de estudantes cabo-verdianos na Bélgica. Colaborou na edição dos boletins
Mamãe Terra e Nôs Vida, tendo sido director desta última publicação com forte impacto no
seio das comunidades cabo-verdianas na Europa.
Foi fundador e primeiro Presidente da Associação Cabo-Verdiana de Rotterdam.
1975 – Após a independência de Cabo Verde, renuncia à nacionalidade holandesa para ficar
à disposição do Estado de Cabo Verde.
1977-1986 – Exerce as funções de Cônsul de Cabo Verde na Holanda com sede em
Rotterdam, mas cobrindo o território do BENELUX e apoiando a emigração na Suécia e
Noruega.
1986-1990 – Foi Cônsul Geral de Cabo Verde, cobrindo o mesmo território acima referido.
1990 – Aposentado na categoria de Conselheiro de Embaixada, da carreira diplomática.
É autor compositor de algumas mornas inspiradas na temática da emigração.
Tem o estatuto de Combatente da Liberdade da Pátria.
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Foi condecorado, no dia 05 de Julho de 2004, em Cabo Verde, com o II Grau da Ordem de
Amílcar Cabral.
Foi condecorado, no dia 29 de Abril de 2004, em Roterdão, por Sua Majestade a Rainha da
Holanda com o título de Ridder in de Orde Van Oranje-Nassau (Cavaleiro da Ordem de
Oranje-Nassau).
José Alberto Loureiro dos Santos (General), Nasceu em Setembro de 1936, em
Vilela do Douro, Paços, Sabrosa, e assentou praça na Escola do Exército em 1953.
Foi Comandante-Chefe das Forças Armadas da Madeira, Diretor do Instituto de Altos
Estudos Militares, Chefe do Estado-Maior do Exército, Encarregado do Governo e
Comandante-Chefe de Cabo Verde, Secretário Permanente do Conselho da Revolução,
Ministro da Defesa Nacional (nos IV e V Governos Constitucionais), membro do Conselho
da Revolução (por inerência, nas funções de Vice CEMGFA), e membro (cooptado) do
Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa.
É sócio efetivo da Academia de Ciências de Lisboa, membro do Conselho Científico do
Centro de Investigação de Segurança e Defesa do Instituto de Estudos Superiores Militares
(IESM) e do Conselho de Honra do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
(ISCSP).
Tem 18 títulos publicados, na área da estratégia, segurança, defesa, história e relações
internacionais, o último dos quais data de 2014, “O Futuro da Guerra”. Encontra-se na
editora o décimo nono livro.
Efectua conferências e colabora em vários órgãos de comunicação social.
José Manuel Miguel Judas, Oficial da Armada (Capitão de Mar e Guerra,
Reformado).
Terminou o curso de Engenheiro Maquinista Naval na Escola Naval em Fevereiro de 1969,
sendo então promovido a Guarda-Marinha.
A partir de 1970, já Segundo-Tenente, criou e desenvolveu com outros jovens oficiais, uma
organização clandestina de carácter democrático que veio, em 1973, a ligar-se ao
Movimento dos Capitães, entretanto criado no seio dos oficiais do exército.
Em Janeiro de 1974, como Primeiro-Tenente, partiu, embarcado na Corveta António Enes,
para comissão de serviço em Cabo Verde, onde se encontrava aquando do 25 de Abril.
Logo de seguida, passou a desempenhar funções, na Cidade da Praia, como adjunto dos
sucessivos Encarregados do Governo, Comodoro Fragoso de Matos, Major Loureiro dos
Santos e Comandante Silva Horta.
Manteve uma ligação discreta e eficiente com as estruturas locais do PAIGC, primeiro com
o Prof. José Luís Fernandes Lopes e depois com o Comandante Silvino da Luz, articulando
as ações das instituições portuguesas (de governo político-administrativo e militares) com o
movimento de libertação, de modo a conseguir-se um processo de descolonização pacífico,
de que resultasse uma amizade e cooperação prolongada entre os dois povos.
Já em Lisboa, como membro da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças
Armadas e do Conselho de Estado, acompanhou o processo de negociações para a
independência e a instalação do Governo de Transição, tendo assistido, em representação do
Conselho da Revolução, à cerimónia da Proclamação da Independência a 5 de Julho de
1975, na Cidade da Praia.
17
Passou à reserva da Armada em 1985 com o posto de Capitão-Tenente.
Entre 1986 e 1988, como Vereador da Câmara Municipal da Amadora, em articulação com
o então Embaixador da República de Cabo Verde em Portugal, Dr. Carlos Reis, promoveu
medidas de melhoria das condições de vida da população cabo-verdiana residente no
concelho e apoiou a instalação da Associação Caboverdeana no Alto da Damaia.
Em 1991, a convite do então Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Comandante Pedro Pires,
prestou serviço como assessor do Ministro da Administração Interna, no âmbito da
organização técnico-administrativa dos municípios do país.
José Pedro Alves de Morais, Nascido na cidade da Praia, ilha de São Santiago de
Cabo Verde, a 31 de Dezembro de 1946.
Em 1966 (Outubro) terminou o curso geral dos Liceus. No mesmo ano, iniciou a
Licenciatura em Medicina na Universidade de Coimbra. Em 1970 (Outubro), transferiu-se
para a Faculdade de Medicina da Universidade Clássica de Lisboa, tendo-se licenciado em
1974 (Novembro) em Medicina e Cirurgia, pela Faculdade de Medicina da Universidade
Clássica de Lisboa.
Em 1975 (Janeiro), iniciou o curso de Clínica das Doenças Tropicais, no Instituto de
Higiene e Medicina Tropical de Lisboa, que concluiu em 1976 (Janeiro).
Em 1980, como bolseiro do International Civil Aviation Organization (ICAO), na cidade do
México, iniciou e conclui o Curso de Medicina Aeronáutica, na divisão de estudos PósGraduados da Faculdade de Medicina da Universidade Autónoma do México.
Em 1987 (Dezembro), iniciou, como bolseiro da Organização Mundial da Saúde, a
Especialização em Oftalmologia, na Faculdade de Medicina da Universidade Nova de
Lisboa, Hospital Egas Moniz.
Em 1992 (Janeiro), concluiu a Especialidade de Oftalmologia, na Faculdade de Medicina da
Universidade Nova de Lisboa.
Em 1992 (Julho) terminou as provas públicas tendo sido admitido no Colégio da
Especialidade de Oftalmologia da Ordem dos Médicos, por unanimidade e distinção.
A partir desta data, tem frequentado inúmeros congressos, simpósios e cursos de curta
duração, no sentido da valorização da sua qualificação profissional.
Terminada a especialidade em Fevereiro de 1992, apresentou-se no Ministério da Saúde e
Assuntos Sociais, mas por desentendimento com o então Ministro da Saúde decidiu
regressar a Portugal e fazer a sua carreira profissional como médico privado, mantendo-se
nessa situação até à presente data.
Currículo não Profissional:
Em Outubro de 1967, em Coimbra, aceitou fazer parte dos quadros clandestinos do PAIGC,
tendo-se mantido nessa actividade até 1974.
Era um dos encarregados da emigração clandestina, tendo promovido, e participado, em
várias fugas de militantes com destino à guerrilha na Guiné-Bissau.
De regresso a Cabo Verde, manteve a sua actividade política, ligado a esse partido. Tem o
estatuto de Antigo Combatente da Liberdade da Pátria do qual se orgulha muito.
Pertenceu aos órgãos sociais da Ordem dos Médicos de Portugal e tem participado no
Congresso de Quadros na Diáspora desde a sua fundação.
É sócio da Associação dos Antigos Alunos, da Organização dos Técnicos Cabo-Verdianos
OTEC e é fundador da Organização dose Médicos Cabo-Verdianos OMEC.
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Osvaldo Lopes da Silva, Nasceu em Cabo Verde (na ilha de São Nicolau), em 1936.
Fez a instrução primária na cidade da Praia, seguindo depois para Mindelo, onde frequentou
o liceu Gil Eanes, até o quinto ano. O ensino secundário seria completado no liceu Diogo
Cão, em Sá da Bandeira (hoje, Lubango), Angola. Em seguida, ingressou no quadro
administrativo de Angola, por um ano. Depois, frequentou em Portugal o curso de
Engenharia Civil, até o terceiro ano.
Em 1961, conjuntamente com colegas das outras colónias portuguesas, fugiu de Portugal,
para se ir juntar a Amílcar Cabral e à Luta.
Completou o curso de Economia, no Instituto Plekhanov, de Moscovo.
No término dos estudos, ingressou na luta armada, como comandante de artilharia, tendo
entretanto frequentado vários cursos de formação militar: comandante de destacamento
guerrilheiro, artilharia, foguetes e comandante de marinha de guerra.
Integrou a direção do PAIGC/PAICV em Cabo Verde, participou nas negociações para a
descolonização de Cabo Verde, tendo chefiado a delegação que negociou o contencioso
colonial.
Com a proclamação da independência, em 1975, assumiu as pastas de Economia e das
Finanças até 1986, e de Transportes, Comércio e Turismo até 1990.
Depois de 1990, desligou-se de toda atividade política.
Pedro Verona Rodrigues Pires (Pedro Pires), Nasceu na ilha cabo-verdiana do Fogo,
no concelho de São Filipe, a 29 de Abril de 1934. Frequentou o ensino básico e secundário
em São Filipe e na Praia, concluindo o ensino secundário em São Vicente.
A sua adolescência foi marcada por graves secas e por fomes agudas que assolaram as ilhas
do arquipélago de Cabo Verde, durante a década 40 do século passado.
Em 1956, saiu de Cabo Verde para fazer os estudos universitários em Portugal. No entanto,
não pode concluir os seus estudos por ter sido mobilizado para o serviço militar obrigatório,
que cumpriu na Força Aérea Portuguesa.
Em 1961, decidiu abandonar clandestinamente Portugal para abraçar a causa da
independência cabo-verdiana, como membro do Partido Africano para a Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Para além de outras missões, trabalhou na mobilização de
apoios ao PAIGC, no seio das comunidades cabo-verdianas residentes no Senegal e em
França. Após preparação específica, integrou posteriormente as fileiras das forças armadas
de libertação. Foi ascendendo na hierarquia do PAIGC até integrar o seu órgão supremo de
direcção político-militar: o Conselho de Guerra.
Após o triunfo da Revolução dos Cravos em Portugal, de que resultou a queda do fascismo e
a mudança do regime político daquele país, a agenda da descolonização, então congelada,
ganhou uma nova dinâmica, na qual Pedro Pires se destacou como negociador exímio e se
afirmou como um dos líderes do movimento emancipador.
Viria verificar-se, em 1980, com o golpe de estado ocorrido na Guiné-Bissau, uma cisão no
partido original, em que ala cabo-verdiana decidiu prosseguir autonomamente a sua
caminhada política e assumir os seus desígnios nacionais, fundando o Partido Africano da
Independência de Cabo Verde (PAICV).
Em 1975, Pedro Pires foi indigitado para Primeiro-Ministro de Cabo Verde pelo recémeleito Parlamento cabo-verdiano. Esteve três mandatos na liderança do Governo caboverdiano. Dirigiu e animou o movimento de reforma do regime político então instituído e de
abertura ao pluripartidarismo, nos finais da década 80.
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Em 1991, perdeu, à frente do PAICV, as primeiras eleições multipartidárias, para Carlos
Veiga do Movimento para a Democracia, da direita. Manteve-se na oposição e conservou-se
como deputado do PAICV.
Em 2001, Pedro Pires foi eleito Presidente da República de Cabo Verde. Em 2006, foi
reeleito para um segundo mandato.
A 9 de Setembro de 2011, terminou os dois mandatos de Presidente da República. No
mesmo ano foi laureado com o Prémio de Boa Governação em África pela Fundação Mo
Ibraim.
Actualmente é Presidente da Fundação Amílcar Cabral e do Instituto Pedro Pires para a
Liderança que fundou em 2013. É também Embaixador das Nações Unidas para as Terras
Áridas e membro das seguintes organizações: Africa Forum, West Africa Comission on
Drugs of Koffi Annan Foundation, African Foundation for Governance and Leadership e
Ocean Security International. Também é membro do júri do prémio Jose Marti da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Cuba, e
do prémio Calouste Gulbenkian, Portugal.
Viriato de Barros, Nasceu na Vila da Nova Sintra, Brava, Cabo Verde.
Exerceu docência em Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Moçambique.
Entre 1975 e 1985 foi sucessivamente Técnico da Direcção-Geral do Ensino Secundário do
Ministério da Educação em Lisboa, Director do Ensino Secundário e dos Assuntos
Culturais do Ministério da Educação da República de Cabo Verde, Chefe do Departamento
da Ásia, África e Oceânia do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde,
Conselheiro de Embaixada, membro do Quadro Diplomático de Cabo Verde, tendo nessa
qualidade sido Encarregado de Negócios em Washington, D.C, USA, e Embaixador
Extraordinário e Plenipotenciário no Senegal e na Santa Sé, e Conselheiro do Presidente da
República.
Participou em diversas conferências internacionais: Conferência Geral da Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Nairobi, 1976;
Conferência do BREDA sobre Educação em Matéria de População, Dakar, 1976;
Conferência sobre o tema "Food Self-Reliance” em Pyong-Yang, Coreia do Norte; e
Conferência dos Países Não-Alinhados, New Dehli, 1984. Foi jornalista da Voz América
durante dois anos e meio.
Publicou dois romances: Identidade e Para lá de Alcatraz.
Reside actualmente em Portugal, como reformado do ensino.
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