Dossier de Imprensa - Fatal
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Dossier de Imprensa - Fatal
Dossier de Imprensa DOSSIER DE IMPRENSA FATAL 2010 FATAL 2010 p.3 Comissão de Honra p.5 Patrocínios e Apoios p.7 Programa do FATAL 2010 p.9 Apresentação Pública e Homenagem a José de Oliveira Barata p.12 20 Espectáculos, 20 Tertúlias p.12 7 Performances p.33 Exposição & Instalação urbana p.37 Conferências p.41 Workshops p.45 Revista FATAL nº3 p.52 Prémios e Júri do FATAL p.53 Equipa p.55 Informações Úteis p.59 FATAL 2010 11º Festival de Teatro Académico de Lisboa Organização Reitoria da Universidade de Lisboa Divisão de Cultura do Departamento de Relações Externas 3 > FATAL 2010 O FATAL percorre anualmente o país de lés-a-lés para descobrir os rostos, as palavras e as ideias dos estudantes que procuram desenvolver a sua formação para além do ensino tradicional. É em primeiro lugar aos estudantes universitários que o Festival aplaude, sabendo que, sem eles, o FATAL não se reinventaria todos os anos. Representativo do teatro universitário que se produz em Portugal e além fronteiras, a 11ªedição do FATAL apresenta em Lisboa 20 espectáculos e 7 performances de 25 grupos, 11 cidades, 5 países e 3 continentes. Provenientes de Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Viseu, Porto Rio de Janeiro (Brasil), Agadir (Marrocos), Vigo e Jáén (Espanha), os estudantes universitários vão conquistar a plateia do Teatro da Comuna num ambiente de homenagem ao teatro e à criatividade. Completando esta ávida produção de peças de teatro e performances com uma programação que se estende para além do palco, o FATAL 2010 organiza as já habituais tertúlias depois dos espectáculos de teatro, assim como três conferências. O desejo de Fazer Teatro na Universidade apresenta ao público do festival Zhora Makhar, tradutora, encenadora e dramaturga marroquina (12 de Maio, 15h, Faculdade de Letras da UL). A segunda conferência traz até ao FATAL Stefan Kaegi, considerado um dos mais famosos encenadores de teatro documental (20 de Maio, 17h, Salão Nobre da Reitoria da UL). Falar (ainda) de performance em 2010 é tão FATAL como o seu destino conta com a presença de Nelson Guerreiro, docente da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (24 de Maio, 18h30, FNAC do Colombo). Num ano em que a reflexão se torna num dos pontos cruciais do festival, que se inicia com uma homenagem ao autor de Máscaras da Utopia: História do Teatro Universitário em Portugal, 1934-74, José de Oliveira Barata, a programação do FATAL 2010 conta ainda com workshops que exploram artes tão essenciais no teatro como a fotografia, a tradução e a iluminação de teatro, a dramaturgia, a cenografia, o movimento para performance e a produção. Por fim, o FATAL encerra em 2010 com a apresentação dos Prémios FATAL seguida de uma festa que conta com a presença dos No Djs Antena 3 e Vj Valise d'Images, esperando ter criado, ao longo de todo o mês, momentos inesquecíveis com didascálias, pontos e muito movimento. Porque o teatro “É reacender uma chama sagrada: lutar por um teatro, é lutar por uma cultura” (Emílio Rui Vilar, Maio de 1961, enquanto presidente da Direcção do CITAC). 4 Comissão de Honra 5 >Comissão de Honra do FATAL 2010 O maior Festival de Teatro Universitário do país conta, uma vez mais, com a presença de personalidades proeminentes. José Saramago| ESCRITOR | PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA Manoel de Oliveira | REALIZADOR DE CINEMA José Mariano Gago | MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR Gabriela Canavilhas | MINISTRA DA CULTURA Catarina Vaz Pinto | VEREADORA DO PELOURO DA CULTURA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Emílio Rui Vilar | PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN José Fernando Maia de Araújo e Silva | ADMINISTRADOR DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Maria Helena Serôdio| DIRECTORA CIENTÍFICA DO CENTRO DE ESTUDOS DE TEATRO DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA João Mota | DIRECTOR D´A COMUNA – TEATRO DE PESQUISA João Brites | DIRECTOR DO TEATRO O BANDO Adelaide João | ACTRIZ António Sampaio da Nóvoa | REITOR DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 6 Patrocínios e Apoios 7 8 Programação FATAL 2010 9 >Programa FATAL 2010 Dia Hora Evento Tipo Local 12 e 13 de Abril 10h-19h Caracterização para Teatro Workshop Camarins da Aula Magna 26 a 30 de Abril 14h-18h Voz para Teatro Workshop Sala de Conferências da Reitoria da UL 27 de Abril 19h-22h Workshop Sala de Conferências da Reitoria da UL Apresentação pública Apresentação Reitoria da UL Fatalidades IV (até 28 de Maio) Exposição Foyer – Teatro da Comuna José Oliveira Barata (até 28 de Maio) Mostra Bibliográfica Museu Nacional do Teatro Tríade Teatral (até 30 de Maio) Instalação urbana Espaços públicos de Lisboa 21h30 Intervalo para dançar | GTIST Espectáculo site specific Instituto Superior Técnico 18h Planta uma Républica | Piratautomático Performance Teatro da Comuna Espectáculo Teatro da Comuna Espectáculo Teatro da Comuna O lado A de B | mISCuTEm Espectáculo site specific ISCTE 21h30 Peta das Antigas | Teatro Andamento Espectáculo site specific Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (Hospital de Santa Maria) 18h República da Esperança | GTMT Performance 21h30 Sonâmbulos | GTUL O desejo de Fazer Teatro na Universidade – com Zhora Makach Espectáculo 15h30 6 de Maio 8 de Maio 21h30 16h30 9 de Maio 21h30 10de Maio 11 de Maio 15h 12 de Maio 13 de Maio Sistema interactivos para Performance (27, 28 e 30 de Abril, 4 e 5 de Maio) Desbordad@s | Mamadou Técnica / A perfeição do outro mundo | Piratautomático 21h30 Koktel Baladi | Grupo da Universidade de Ibn Zohr-Agadir - Marrocos 21h30 Quem vai Ficar com Ela? | Escolas de Teatro do Rio de Janeiro – Brasil Conferência Faculdade de Letras (horta em frente ao Bar Novo) Teatro da Comuna Faculdade de Letras da UL Espectáculo Teatro da Comuna Espectáculo Teatro da Comuna 17h30 Introdução | Escola Superior de Teatro e Cinema Performance Praça Campo Pequeno 21h30 Narrativa Fidedigna da Grande Catástrofe | TEUC Espectáculo Teatro da Comuna 21h30 Europa | Teatro da Academia Espectáculo Teatro da Comuna 16h30 Odisea Espacial | Aula de Teatro Universitária “Maricastaña” Espectáculo Teatro da Comuna 21h30 Os Figurantes | Ultimacto Espectáculo Teatro da Comuna 21h30 Ensaio para um lugar à sombra | GTN Espectáculo site specific Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL 21h30 Terrores Caseiros | GTL Espectáculo Teatro da Comuna 24h Introdução | Escola Superior de Teatro e Cinema Performance Praça Camões 17h30 Recanto do orador | mISCuTEm Performance Metro Cidade Universitária 21h30 O Crime da Aldeia Velha | Grupo de Teatro Miguel Torga Espectáculo Teatro da Comuna 17h Conferência com Stefan Kaegi Conferência Salão Nobre da Reitoria da UL 17h30 O triunfo do Tomate | NNT Performance Restauradores (frente à Loja do Cidadão) 20h Concerto em dó maior | bozart Performance Auditório da Faculdade de Belas Artes da UL 21h30 Rouge | GrETUA Espectáculo Teatro da Comuna Conferência FNAC - Chiado Espectáculo Teatro da Comuna 14 de Maio 15 de Maio 16 de Maio 17 de Maio 18 de Maio 19 de Maio 20 de Maio 18h30 21 de Maio 21h30 22 de Maio Falar (ainda) de performance em 2010 é tão FATAL como o seu destino – com Nelson Guerreiro Tartarugas e migração | NNT 18h e(s)(n)tranho | CITAC & ESMAE Espectáculo Teatro da Comuna 21h30 The Hypnos Club | CITAC Espectáculo Teatro da Comuna 16h30 Alan | TUP Espectáculo Teatro da Comuna 21h30 Nós não queremos morrer! | Teatro da UITI Espectáculo Teatro da Comuna 22h Cerimónia de Encerramento e Entrega de Prémios FATAL 2010 Espectáculo Teatro da Comuna 24h FESTA FATAL 2010 Espectáculo Teatro da Comuna 23 de Maio 28 de Maio 11 >Apresentação Pública FATAL 2010 Salão Nobre Reitoria da Universidade de Lisboa | 6 de Maio | 15h30 Apresentação | Henrique Gomes, actor do Cénico de Direito; advogado e antigo aluno da Faculdade de Direito da UL. 15h30 | Abertura pelo Reitor da Universidade de Lisboa Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa. 15h40 | Homenagem a José de Oliveira Barata, Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. _ Intervenção de Carlos Avilez, antigo encenador do CITAC e fundador e director do Teatro Experimental de Cascais. _ Intervenção de Maria Helena Serôdio, Professora Catedrática do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da UL. _ Lançamento do n.º 3 da REVISTA FATAL. 16h10 | Café-Teatro Apresentação de excertos dos espectáculos de grupos participantes no Fatal 2010. Beberete Patrocinado pelos Serviços de Acção Social da UL (SASUL). >20 Espectáculos, 20 Tertúlias O FATAL 2010 apresenta espectáculos no Teatro da Comuna e outros locais de 6 a 23 Maio. Cada espectáculo é seguido de uma tertúlia, um espaço de crítica e de discussão orientado por personalidades da Academia e das Artes do Espectáculo e por estudantes em formação profissional no festival. As tertúlias prometem ser um espaço animado que promove o encontro entre quem faz e quem assiste aos espectáculos de teatro. Estão já confirmados nas tertúlias dos espectáculos do FATAL 2010, personalidades das áreas da Cultura, do Teatro e da Academia para dinamizar a conversa que se prevê animada com o grupo, o público e os especialistas. 12 Intervalo para Dançar, criação colectiva Data Local Grupo Encenação Interpretação 6 de Maio, Quinta-Feira, às 21h30 Instituto Superior Técnico GTIST – Instituto Superior Técnico Universidade Técnica de Lisboa Gustavo Vicente Catarina Vasconcelos, Jaime Vogado, João Bárcia, Margarida Figueiredo, Maria Antunes, Mário Miranda, Miguel Ribeiro, Rui Neto, Sandra Marina Oliveira, Sofia Almeida, Vera Menino Sinopse Inspirada no Livro do Desassossego de Fernando Pessoa, esta é uma obra incerta por génese e natureza. Resulta de uma construção póstuma e, por isso, eternamente inacabada. Vagueia entre o escritor em nome próprio e os seus heterónimos. Divaga entre o real e o sonhado. Como prefacia Pessoa: “Croché das coisas... Intervalo... Nada...” É nessa hesitação de “tédio sem torpor” que o discurso do desassossego se instala, mantendo com os leitores diálogos privados com o (desejado) autor. Bernardo Soares escreve que “o mundo exterior existe como um actor num palco: está lá mas é outra coisa”. O intervalo, a dúvida, … é o fim estético em si mesmo. A dramaturgia assenta na estrutura fragmentária do L. do D. e, tal como este, deixar-se-á confirmar pelo desejo dos espectadores em construí-la sentindo. Um espectáculo para se intervalar, dançando. O autor - criação colectiva GTIST a partir de autores contemporâneos: Fernando Pessoa (Lisboa, 1888-1935), considerava-se a si mesmo um “nacionalista místico”. Passa a juventude em Lisboa e vive na África do Sul entre 1896 e 1905. Regressa a Portugal com o intuito de frequentar o curso de Letras mas com o fracasso do curso governa-se apenas com o seu grande conhecimento da língua inglesa, trabalhando em diversos escritórios em Lisboa. É reconhecido como o grande escritor e poeta do modernismo (ou futurismo) português do século XX, assumindo a sua obra em seu nome, ou através de vários heterónimos. O encenador Gustavo Vicente iniciou a sua formação teatral em 1999 pela mão de Gonçalo Amorim, através do Curso de Expressão Dramática do GTIST, grupo a que pertence entre 2001 e 2003. Pelo meio, teve ainda tempo de participar no seu primeiro espectáculo profissional, Esta é a minha cara, uma cocriação encenada por Susana Vidal. Ao nível de formação complementar, tem participado em diversos workshops e outros processos formativos, com nomes como Eugénia Vasques, Sara de Castro, Emmanuel Demarcy, Nuno Cardoso, Miguel Moreira, Teresa Lima, João Brites e João Garcia Miguel. Desde Setembro de 2008 encena o GTIST tendo visto, enquanto encenador, o seu primeiro trabalho intitulado Agora o monstro, ser galardoado como o melhor espectáculo do FATAL 2009. 13 Desbordad@s, criação colectiva, pelo grupo Mamadou (Espanha) Data Local Grupo Encenação Interpretação 8 de Maio, Sábado, às 21h30 Teatro da Comuna Mamadou Belén Gordilho Lorena Abengozar, Marta Casado, Blanka García, Laura García, Dani González, Débora Martos, Daniel Merino, Antonio J. Pérez, Francisco José Rascón, Charry del Río, Ramón Rodríguez e Yizhi Wang Sinopse Numa sociedade onde a pressa, o desejo, a fast food, o medo, o poder e o desespero fazem parte do nosso quotidiano, apanhando-nos de tal forma que nos leva ao limite das nossas possibilidades, surge a necessidade, inata no ser humano, de libertar-se desse cárcere da alma. Daqui surge Desbordad@s, um espectáculo de criação colectiva que navega num mundo das emoções e dos vícios humanos, numa linguagem puramente gestual. O autor – Criação colectiva Mamadou O encenador Belén Gordillo, actriz e bailarina de profissão, é licenciada em Interpretação Gestual pela RESAD de Madrid, e em Dança Espanhola e Flamengo pelo Conservatório de Dança de Córdoba. Integrou a prestigiada companhia israelita Mayúmana, percorrendo a Europa e a América do Sul em 2003/2004. Formou-se em Drama Mímico com Marcel Marceou e José Piris, em Dança Contemporânea com David Zambrano e Michelle Man, em Dança Oriental com Bozenca, Amir Thaleb e Rachida Aharrat e em Body Music com Keith Terry. Especializou-se em Clown, com Eric de Bont, na International Clown’s School, em Ibiza, e com Gabriel Chamé (Cirque du Soleil), formando a sua própria companhia, Burlería de Grenouilles, com a qual actuou em festivais de prestigio como o Maratón de Clown de Madrid e o Festival Internacional de Teatro de Cazorla, ambos em 2005. Actuou numa versão gestual de Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare, encenada por José Piris e em Contrato Contrasto, espectáculos de Comedia dell’Arte em cidades como Madrid, Terrasa e Santander. Paralelamente à sua vida artística, Belén dá Workshops e seminários de percussão corporal, teatro, dança e palhaço, criando e encenando espectáculos de pequeno formato para rua e sala como Garbage no Festival Internacional de Teatro de Calle de Carzola e no Festijovem em Soria. 14 Técnica/A perfeição do outro mundo, de Simão Vieira, pelo grupo Piratautomático Data Local Grupo Encenação Interpretação 9 de Maio, Domingo, às 21h30 Teatro da Comuna Piratautomático - Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria Simão Vieira Cátia Henriques, Isabel Rodrigues, Joana Gomes, Liliana Lopes da Silva, Maria Jeromito, Maria Matos, Raquel Monteiro e Susana Santos Sinopse Explorando com humor temas e problemas do teatro, Técnica / A Perfeição do Outro Mundo chama a atenção para o confronto entre arte e eficácia, questiona a vida das personagens e o teatro como habitat. É um “metaespectáculo”. O autor e encenador Simão Vieira fez o curso de Filosofia e o mestrado de Comunicação e Jornalismo. É professor de Filosofia e Oficina de Teatro. Escreve regularmente para teatro e encena. Neste domínio, impulsiona quatro grupos, que formou e denominou no horizonte das actividades de diversas instituições: Casa dos Barulhos, A Fauna, Piratautomático, e 8 Samp. Além do que já produziu no grupo Piratautomático, escreveu e encenou várias outras peças. Para a infância ilustrou obras como A Feiticeira do Bosque e o Professor de Botânica, escrito por Sílvia Alves, e Anton, o qual também escreveu. Considerando as peças de teatro que já escreveu e/ou encenou, conta com cerca de três dezenas de trabalhos. 15 O lado B de A, de José Freixo, pelo grupo mISCuTEm Data Local Grupo Encenação Interpretação 9 de Maio, Domingo, às 21h30 Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa mISCuTEm - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Ana Isabel Augusto Ana Gama, André Silva, Cleo Tavares, Gonçalo Pires, Giovanni Ciet, João Rui Gomes, Maria Pires, Pedro Sá Fialho, Rita Couto, Vanessa Gonçalves. Sinopse Lado B de A procura reconstituir a génese do processo criativo e a atmosfera disposicional que o afecta. Surge como a concretização de uma urgência criativa. A acção desenrola-se numa tensão entre o real e o absurdo de um sonho. O Autor (A) balança constantemente entre estes dois planos e com ele as restantes personagens. “À conversa com o Tédio” lança o mote para uma espécie de alucinação delirante do Autor que se apaixona pela sua própria Personagem (B). Solidão, Amor, Inteligência, Morte, Especialista Em Nada, Farsa, Diabo são personagens que desafiam o controle que o Autor parece deter sobre o sentido e criação de B. Facilmente se observa que B prima pelo vazio. B é exactamente como ele quer que ela seja. Nesta peça o problema é a culpa e a necessidade de libertação elevada ao domínio do absurdo. O autor José Freixo nasceu em Lisboa em 1977. Formado em Filosofia, variante história das ideias, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Desenvolve vários projectos na área da educação, como professor do ensino secundário e formador na área da educação e formação de adultos. É fundador do projecto musical experimental Moksha, colaborando no mesmo na qualidade de letrista e baixista. Escreve poesia experimental na exploração de uma espontaneidade psicodinâmica “ser-sem-pensar”. Os seus textos são particularmente marcados pela filosofia analítica e existencial. O encenador Ana Isabel Augusto (1982, Lisboa) licenciada em Sociologia do Trabalho pelo ISCSP, concluiu o Curso de Formação de Actores na companhia de teatro experimental Os Satyros e, posteriormente, frequentou um workshop no C.E.M. e um estágio de formação no Companhia de Teatro O Bando. É professora de Expressão Corporal, Dramática e Musical na Escola Sec. Camilo Castelo Branco, desde 2008. Começa a trabalhar com o grupo mISCuTEm em 2001, encenando as peças, Últimos Remorsos Antes do Esquecimento, de Jean Luc Lagarce, A Cantora Careca de Eugène Ionesco, O Morto é só um Pretexto (criação colectiva), Coitus Interruptus de A.Branco, O Tempo que nos Pariu (criação colectiva), Sr. Pourceaugnac de Molière, Deus de Woody Allen e Carnívoros de Miguel Barbosa. 16 Peta das Antigas, a partir de Dinis Machado, pelo grupo Teatro Andamento Data Local Grupo Encenação Interpretação 10 de Maio, Segunda-Feira, às 21h30 Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (Hospital de Santa Maria) Teatro Andamento – Escola Superior de Enfermagem de Lisboa Ricardo Rodrigues Ana Marta Martinho, Carina Silva, Filipa Domingues, Inês Parro, Mário Balé, Micael Coutinho, Pedro Domingos, Raquel Santos, Ricardo Rodrigues, Ruben Silva, Sara Santos, Suse Antunes Sinopse “Todos os indícios estão na infância do rapaz, ela não é mais do que um prefácio de tudo o resto”. Uma subida ao nosso colectivo sótão de infância, uma memória visual de um ritual iniciático à vida adulta e um registo de passagem intencionalmente contraditório e dissonante, como um film noir projectado em technicolor. O autor - a partir d’ O que diz Molero?, de Dinis Machado (1930-2008) Escritor português, foi jornalista nos jornais Record, Norte Desportivo, Diário Ilustrado e Diário de Lisboa. No princípio da década de 60 organizou os primeiros ciclos de cinema da Casa da Imprensa e publicou críticas na revista Filme. Escreveu, também, poesia, fez entrevistas e publicou três romances policiais sob o pseudónimo de Dennis McShade na colecção Rififi, então dirigida por ele. O seu maior sucesso literário, O que diz Molero, foi publicado em 1977. O encenador Membro fundador do Teatro Andamento, é encenador do grupo desde desde Janeiro 2004. Encenou os espectáculos Que esperar de nós?, em 2004, apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian e na Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian, em 2009; O Gato de Joaquim Paulo Nogueira, apresentado no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, em 2005 e no FATAL 2006; A morte é uma flor, na Sociedade Guilherme Cossoul, em 2007; Peta das Antigas, na Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian, em 2009.Orientou o workshop de Comunicação, na Comemoração da Semana Nacional dos Cuidados Paliativos, com apresentação da peça O Biombo, em 2005. 17 Sonâmbulos, de Michel Simeão, pelo grupo GTUL Data Local Grupo Encenação Interpretação 11 de Maio, Terça-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna GTUL – Universidade Lusíada de Lisboa Michel Simeão Alina Gomes, Guilherme Cintra, Inês Melo, Maria João Silva, Paulo Palma e Sofia Serrão Sinopse 2015. A água é imprópria para consumo e o ar pesado tornou-se irrespirável. No seio de uma normal família disfuncional, decorre mais uma noite de uma constante luta de egos, em que a insensibilidade de uns, alimenta-se da fragilidade de outros. A mentira é dissecada de tal forma que acaba por se transformar na mais aterradora das verdades. No entanto, no decorrer da noite, algo completamente imprevisível, vai empurrar esta família numa espiral perversa que subverte a lógica, abrindo as portas de um pesadelo que os coloca à beira do abismo. Todos terão forçosamente de acordar, para finalmente poderem tornar-se sonâmbulos. O autor e encenador Nasceu no ano de 1978 em Reims, França. Mudou-se para Portugal aos 5 anos de idade e revelou desde muito novo uma forte aptidão para a escrita. Em 2007, torna-se encenador do GTUL, encenando os espectáculos A Corda a partir de Alfred Hitchcock, e Romance da Raposa de Aquilino Ribeiro. Em 2008, encenou 1 Resumo de 2 de Paulo Palma e, em 2009, Pinóquio de Carlo Collodi.É autor e encenador de várias peças para teatro destinado ao público mais jovem e de peças para adultos que estiveram recentemente em cena: Cock Tale e Castelo de Cartas. É director artístico do Espaço Cultural Reflexo, que fundou em 2001, e criador de projectos em colaboração com a Câmara Municipal de Sintra. 18 Koktel Baladi, de Lahssane Kenani, pelo grupo da Universidade de Ibn Zohr-Agadir (Marrocos) Data Local Grupo Encenação Interpretação 12 de Maio, Quarta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna Grupo da Universidade de Ibn Zohr-Agadir Marrocos Mohammed Jabal Aarab oussef Tounzi, Brahim Fimghil e Hassan Mounir Sinopse O espaço é um souk onde as pessoas apresentam os seus produtos. Entre a apresentação do vendedor e o pedido do comprador formam-se histórias e problemas do quotidiano, bem como do imaginário caricatural e grotesco. A peça começa para que não termine e é composta por quadros contínuos e descontínuos que tratam a profundidade do real e as suas contradições. O autor - Lahssane Kenani 19 Quem vai Ficar com Ela?, de Felipe Adleer, pelo grupo Escolas de Teatro do Rio de Janeiro (Brasil) Data Local Grupo Encenação Interpretação 13 de Maio, Quinta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna Escolas de Teatro do Rio de Janeiro Luiz Furlanetto Luciana Simi, Felipe Adleer e Lucas Lins e Silva Sinopse Júlia tem 25 anos e a mãe quer que ela case. A jovem, pressionada, resolve entrar num site de relacionamentos, com o endereço www.coisinhaadois.com.br, para conseguir um namorado. Nesta busca desesperada, ela encontra os mais variados tipos de pretendentes como Emo1, surfista, fiscal de trânsito e Marombeiro2, entre outros, e vive a angústia de ter que arranjar um parceiro a qualquer custo. 1 Português do Brasil; pessoa com perfil muito emocional. Estereótipo masculino usado no Brasil, caracterizado pelo indivíduo que pratica musculação e tem uma preocupação geralmente excessiva com o seu porte físico visando buscar popularidade, com o foco apenas o social. 2 O autor Felipe Adleer formou-se, em 2005, na (CAL), Casa das Artes de Laranjeiras, uma das escolas de teatro mais conceituadas do Brasil (Rio de Janeiro) e foi aluno do premiado encenador Daniel Herz, entre os anos 2005 e 2009. No seu currículo consta a autoria de curtas metragens, de um videoclip da banda Seu Cuca e das peças Quem vai ficar com ela? e O último virgem, nas quais foi também actor. Já actuou em nove peças de teatro, participou em longas-metragens, anúncios publicitários e fez participações em novelas da Rede Globo e da Rede Record. O encenador A encenação do espectáculo é de Luiz Furlanetto, professor da CAL, Casa das Artes de Laranjeiras (Rio de Janeiro) e encenador de teatro galardoado com o Prémio Shell (principal prémio teatral do Brasil), com a peça Trainspotting. Encenou, ainda, as peças Cova Rasa, Equus, Indecência Clamorosa, entre outras. 20 Narrativa Fidedigna da Grande Catástrofe, a partir do texto de Jaime Filinto e adaptação de Rui Pina Coelho, pelo grupo TEUC Data Local Grupo Encenação Interpretação 14 de Maio, Quinta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna TEUC – Universidade de Coimbra Carlos Marques Alexandra Lacerda, Carla Arias, Carlota Rebelo, Caroline Stampone, Dália Portela, Francisca Bicho, Joana Santos, Jonatan Villaroel, Maria João Viveiro, Marta Félix, Pedro Diego, Pedro Prola, Susana Rocha, Tânia Silva, Teresa Ourives, Xénon Cruz Sinopse Aconteceu no Porto, mais precisamente na rua de Santo António, onde se situava o Teatro Baquet. Na noite de 20 para 21 de Março de 1888, quando se representava a ópera cómica Os Dragões de Villars, com a lotação esgotada, perfazendo cerca de seis centenas de espectadores, deflagrou um violento incêndio e, em menos de cinco minutos, o fogo destruiu o teatro por completo. Nesse curto espaço de tempo, os espectadores, em pânico, precipitaram-se para as saídas e, inicialmente, pensou-se que não teria havido vítimas. Porém, segundo as estatísticas oficiais, pereceram naquela tragédia 88 pessoas, mas, na realidade, terão morrido carbonizadas 120 pessoas. Um teatro que arde. O Teatro que arde. Que se consome. O autor - a partir de Jaime Filinto; adaptação de Rui Pina Coelho É docente na Escola Superior de Teatro e Cinema e investigador do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do Centro de Investigação em Teatro e Cinema. Colabora com o jornal Público na qualidade de crítico de teatro. Integra o Conselho Redactorial da revista Sinais de Cena, é membro da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e membro fundador da Trimagisto. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e Mestre em Estudos de Teatro, trabalhou como dramaturgo para a Companhia de Teatro O Bando, na Trimagisto e em vários outros espectáculos. O encenador Carlos Marques nasceu em 1978, em Montemor-o-Novo. Licenciado em Estudos Teatrais pela Universidade de Évora, concluiu vários workshops de formação teatral de entre os quais se destacam o estágio O Trabalho Coral e a Expressividade não Naturalista, oficinas práticas sobre biomecânica, seminário teórico sobre Meyerhold e o teatro russo e a International School of Theatre Antropology. Estudou, também, no Institut del Teatre de Barcelona. Interpretou textos de Beckett, José Ignacio Cabrujas, Gil Vicente, Ruy Duarte de Carvalho, Plínio Marcos, Anton Tchekhov, Abel Neves, Heiner Müller, Manuel Martinez Mediero, Gonçalo M. Tavares, Pirandello e Rui Pina Coelho. Foi dirigido por encenadores como Jorge Silva Melo, Sílvia Brito, António Augusto Barros, Rogério de Carvalho, Pierre Voltz, Francisco Campos ou José Carretas. Trabalhou em companhias como A Escola da Noite, Projecto Ruínas, Vigilâmbulo Caolho, A Casa da Esquina, os Artistas Unidos, a Trimagisto ou o Teatro Nacional D. Maria II. Encenou o espectáculo Às vezes quase me acontecem coisas boas quando me ponho a falar sozinho, em 2010. Trabalha, ainda, como contador de histórias, músico e professor de expressão dramática. 21 Europa, a partir de S. Mrozeck, pelo grupo Teatro da Academia Data Local Grupo Encenação Interpretação 15 de Maio, Sábado, às 21h30 Teatro da Comuna Teatro da Academia – Escola Superior de Educação de Viseu – Instituto Politécnico de Viseu Jorge Fraga Óscar Lopes, Jorge Fraga, Sérgio Contim, Jorge Justo, Paulo Armamar e Ricardo Cavadas Sinopse Uma jangada à deriva nas correntes do naufrágio Europa. Três homens. Talheres, formas de empada, toalhas, copos, passsador e sem provisões. Fome e necessidade de comer e comer alguém. Decisão, argumentação e votos já que “votar abre cá o apetite!” Discurso sobre a Justiça Histórica, a Democracia e a Liberdade Individual. Sem insultos aos funcionários do estado no exercício das suas funções, porque como toda a gente sabe, são considerados de utilidade pública. “- E se os tubarões fossem homens seriam mais amigos dos peixinhos?” E será que o Velho Firmino se terá mesmo afogado? E afinal, quem é que montou o pu nei? O autor – a partir de S. Mrozeck (Borzecin, Cracóvia ,1930) Escritor e cartonista, o seu trabalho explora o abuso de poder e as limitações da liberdade humana sob o jugo do sistema totalitário. Usa o humor surrealista e as situações grotescas para revelar a personalidade distorcida das personagens. Estudou arquitectura, pintura e filosofia oriental. O seu primeiro trabalho como dramaturgo surge em 1958 com The Police. Na sua obra podemos encontrar textos como Tango (1964), Vatzlav (1968), Casa Fronteira (1978) e Os imigrantes (1974). O encenador Actor, criador teatral, dramaturgo e professor de artes performativas, desenvolve, desde 1974, um trabalho regular de formação e produção de espectáculos com grupos de teatro universitário, comunitário, amadores e profissionais. É director artístico do Teatro da Academia desde a sua formação. 22 Odisea Espacial, criação colectiva, pela Aula de Teatro Universitária “Maricastaña” (Espanha) Data Local Grupo Encenação Interpretação 16 de Maio, Domingo, às 16h30 Teatro da Comuna Aulas de Teatro Universitária “Maricastaña” – Universidade de Vigo, Campos de Ourense Fernando Dacosta María Díaz, Natalia Forjan, Héctor Martínez, Daniel Alves, Esteban Puebla Sinopse Odisea Espacial é a primeira incursão de Manicastaña na ficção científica. Clarke constrói uma magnífica odisseia nos seus livros (a primeira parte levada ao cinema por Kubrick) em que nos remete aos nossos antepassados hominídeos para explicar a origem da inteligência e da evolução do ser humano. A proposta cénica tem três partes: o Grande Vale (os hominídeos); Tycho (a Lua) e o Filho das Estrelas (Júpiter). Jogamos também com um prólogo (a Grande Explosão) e um epílogo (Filhos das Estrelas). Uma reflexão sobre a nossa existência na imensidade do cosmos. O autor - criação colectiva Aula de Teatro Universitaria “Maricastaña” O encenador Federico García Lorca é o seu autor de textos teatrais favorito. Licenciado em Filologia Hispânica fez a sua formação em teatro na companhia a que hoje pertence, a Sarabela. É encenador da Aula de Teatro Universitaria Maricastaña, Campus de Ourense, desde 1995, grupo com participações regulares no FATAL desde o ano 2000. É um homem impaciente mas que tem um grande amor pelo seu trabalho, algo que descreve como uma constante descoberta. 23 Os Figurantes, de Jacinto Lucas Pires, pelo grupo Ultimacto Data Local Grupo Encenação Interpretação 16 de Maio, Domingo, às 21h30 Teatro da Comuna Ultimacto – Faculdade de Psicologia e Instituto de Educação – Universidade de Lisboa João Cabral e Andresa Soares Ana Inocêncio, Inês Nunes, Gonçalo Fontes, Joana Cruz, Marcelo Marques, Manuel Maria de Carvalho, Natália Cadilha, Raquel Glória, Tiago Tila Sinopse Pessoas. A espera. Um espaço entre. Possibilidade. Tentativas isoladas e conjuntas de atribuir uma ordem ao caos, de sobreviver ao desconhecido. Vida. Morte. A solidão, transversal às vidas destas pessoas, a debater-se com a humanidade delas e, logo, com o seu carácter eminentemente social. Num mundo de opostos, a solidão a afirmar-se a si mesma e, simultaneamente e por oposição, a firmar a necessidade de diálogo, de relação. Só me posso afigurar só aos olhos dos outros, se lhes mostrar o quão só sou e, ao fazê-lo, obrigo-me a sair da minha solidão e a partir ao encontro do outro. A linguagem surge como catalisador deste processo. Palavras e imagens como reflexos de “eus” há muito escondidos que procuram agora revelar-se. Palavras e imagens como bóias de salvação para vidas naufragadas, fios que suspendem estas pessoas do abismo do medo de se confrontarem consigo mesmas e com os outros. A vida como uma “abertura rectangular das transacções”, em que se trocam sensações, emoções, fisicalidades… O autor Nascido no Porto, em 14 de Julho de 1974, Jacinto Lucas Pires estudou Direito na Universidade Católica de Lisboa. Frequentou a New York Film Academy e escreveu e realizou duas curtasmetragens: Cineaamor e B.D.. Foi também responsável pelo argumento de Almirante Reis e Nome Próprio. Em 1996, lançou o seu primeiro livro de contos, Para averiguar do seu grau de pureza, tendo escrito, posteriormente, nove outras obras. Paralelamente às suas actividades na literatura e no cinema, o autor escreve em dois jornais, actividade que considera como uma forma de ligação permanente com o mundo à sua volta. Os encenadores João Cabral (S. Miguel, Açores , 1961) Tem a licenciatura em Teatro do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1982, começou a sua actividade como actor. Trabalhou em televisão, teatro e cinema. Dirigiu e encenou o Grupo de Teatro do ISCSP. Foi professor de Expressão Dramática na Escola Secundária Passos Manuel. Fez parte das equipas de dobragens de Teresa Madruga e de Teresa Sobral. Dirige o Grupo de Teatro Universitário da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação da UL, desde 2006. Andresa Soares (Lisboa, 1978). A sua formação artística divide-se entre a dança, o teatro, as artes plásticas e os audiovisuais. Desde 2000, participa como intérprete e criadora em vários projectos de dança e teatro. Fundou com Lígia Soares a Máquina Agradável - Associação Cultural, através da qual produz as suas criações. 24 Ensaio para um lugar à sombra, a partir de Platão e outros autores, pelo grupo GTN Data Local Grupo Encenação Interpretação 17 de Maio, Segunda-Feira, às 21h30 Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Piso -4 GTN - Grupo de Teatro da Nova - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Adriana Aboim Ana Luís, Ana Rita Bexiga, Ana Rita Lopes, Francisco Belard, Heldon Silva, Inês Campos, Inês Melo, Joana Lopes, João Almeida, João Estevens, João Robalo, Sara Leite, Susana Abreu, Susana António, Tiago Mansilha Sinopse Quatro pisos abaixo do chão, delimitados por paredes, colunas e luz artificial. Criámos a nossa caverna, o nosso jogo platónico do avesso, a nossa zona de guerra, o nosso encontro com um tempo presente em que agimos na descoberta, na evidência de sermos parte do todo que construímos, do momento em que agimos, do perigo subjacente à destruição de formas feitas, maneira certas de fazer e dizer, sensos comuns ou verdades ditadas. Disformemente platónicos, enfrentamos sombras sob luzes que nos aliciam e alertam, e, procuramos, na possibilidade efémera de escuridão, da sombra iminente que sob a promessa de luz se instala dentro de nós. A busca sempre possível que não acaba em si mesma. Guardá-la, preservar a utopia que permanece escondida, para permitirmos a luz, na possibilidade de a procurar. O entendimento da possibilidade da não solução como a permissão de novos olhares, a saída da caverna, a percepção da existência de um caminho sempre apto a começar. O autor – Criação colectiva GTN a partir de Platão e de outros autores. O encenador Adriana Aboim é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa. Frequenta entre 1998/2000 o Grupo de Teatro de Letras e, em 2001, ingressa na Escola Superior de Teatro e Cinema onde finaliza o curso de Formação de Actores. Tem vindo a trabalhar, sobretudo, como actriz, encenadora e professora de expressão dramática. Participou, em 2006, no projecto Thierry Salmon/École des Maitres, sob a direcção de Pippo Delbono, em Itália e na Bélgica. É pós-graduada em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras de Lisboa e terminou, em 2009, a sua tese de Mestrado em Teatro e Encenação na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Em 2008, como encenadora, apresentou no Teatro Taborda Facas nas Galinhas de David Harrower e foi autora, actriz e directora artística do espectáculo Entre o dia e a Noite, apresentado na mesma sala de teatro. Dirige, desde Outubro de 2008, o GTN – Grupo de Teatro da Nova, onde apresentou em Maio de 2009 o espectáculo Atentados a partir da obra de Martin Crimp, que obteve uma menção honrosa na 10.ª edição do Fatal. 25 Terrores Caseiros, a partir dos Irmãos Presniakov, pelo grupo GTL Data Local Grupo Encenação Interpretação 18 de Maio, Terça-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna GTL – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Ávila Costa Ana Sousa, André Canário, Cláudia Ermitão, Cláudia Pinto, Francisco Pipa, Hélder Silva e Sara de Sá Sinopse A morte é a presença constante que exorciza o medo instalado em todo o lado, nos corações de todos nós, e sufocado nas nossas gargantas. Porque já ninguém fala do medo. Mas a verdade é que o Ocidente não tem causas pelas quais sinta necessidade de arriscar a vida. O conformismo, a mecanização das vidas diárias, a alienação da sociedade, a falta de espírito crítico e o pânico de dizer a verdade servem de contra-ponto ao tão temido “terrorismo islâmico”, e respectivas “bombas”. Uma verdadeira sátira aos bons costumes judaico-cristãos, uma farsa trágica apresentada em quadros de realismo fantástico: a vida num escritório, a relação de amantes, as desgraças da terceira idade, e o tempo que não pára! Estamos atrasados em todo o lado! Durante pouco mais de sessenta minutos, uma dezena de personagens entram em cena, desdobradas nos sete actores que integram o GTL, sob a direcção artística de J.M. Ávila Costa. O autor – a partir dos Irmãos Presniakov Espectáculo inspirado no universo das peças de teatro contemporâneo russo dos irmãos Presniakov. O encenador Ávila Costa (Ilha do Pico, 1952) estreou-se como actor no Teatro Experimental de Cascais, em 1978. Trabalhou no Teatro da Cornucópia, no Teatro Popular e no Teatro Maizum. Em 1983 integra, como actor, o Grupo de Teatro de Letras, tornando-se orientador do grupo com o qual encenou, desde 1989, obras de autores como Miguel Barbosa, Jorge Lima Alves, Shakespeare, Tadeusz Rósewicz e José Rodrigues Miguéis, entre outros, marcando a história do GTL. O GTL recebeu o Prémio FATAL – Cidade Lisboa 2007, com a peça A Missão, e uma Menção Honrosa no FATAL 2008 com a peça O Retábulo das Maravilhas. 26 O Crime da Aldeia Velha, de Bernardo Santareno, pelo grupo de Teatro Miguel Torga Data Local Grupo Encenação Interpretação 19 de Maio, Quarta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna GTMT - Grupo de Teatro Miguel Torga da Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Nova de Lisboa Sérgio Grilo Maria Díaz, Silvia Domínguez, Maica Corbal, Marta Pérez, Juan Méndez, Ana Alvarez, Raquel Alvarez, Elena Balboa, Carol, Casares, Andrea Cid, Paço Daza, Natália Forján, Rober Montesinos, Patricia Ortigueira, Ledicia Piñeiro Sinopse O Crime de Aldeia Velha, de 1934, é baseado num caso verídico. “Aldeia Velha está com as tripas de fora... As tripas, as fezes, as vergonhas de cada um, e tudo: tudo à mostra, tudo à mostra! E vens tu...” Um padre regressa. “Digam-me todas: no tempo da nossa mocidade havia, por estes sítios, como há hoje, lobisomens? E bruxas?” Velhas deixadas a sós com a sua imaginação. “Nem de noite, nem de dia, posso esquecer aqueles olhos: grandes..., grandes como o mundo, com uma folha de prata a luzir, a luzir!... Era ela!” Uma rapariga bonita. “E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amén.” O autor Bernardo Santareno (1920-1980), pseudónimo de António Martinho do Rosário, é considerado, por muitos, o maior dramaturgo português do século XX. Médico psiquiatra, formado pela Universidade de Coimbra, destacou-se como escritor, poeta e dramaturgo. Na escrita dramatúrgica, aborda diversos temas designadamente a luta pela liberdade e dignidade humanas, a discriminação e alguns dos principais preconceitos da época. Das suas principais obras destacam-se: A Promessa, O Crime de Aldeia Velha, O Pecado de João Agonia ou O Judeu. O encenador Iniciou-se no teatro de marionetas em Maputo. Participou em A Tempestade pelo grupo Serpent Child Ensemble, no Waterfront International Arts Festival (Norfolk, EUA). Trabalhou com os realizadores Serge Moati, Yolande Zaubermann, Eric Barbier, Joaquim Leitão, Teresa Villaverde, Nikita Mikalkhov, António Pedro Vasconcelos, Maria de Medeiros e João Botelho, em filmes como Call Girl, Até Amanhã Camaradas, Capitães de Abril, Corrupção, entre outros. Participou em séries e telefilmes realizados por Leonel Vieira e Tiago Guedes de Carvalho. Encenou textos de autores como Daniel Filipe, Léon Chancerel, John Steinbeck. Com os Artistas Unidos, participou em Baal (Brecht), O Amor de Fedra (Sarah Kane), A Fábrica de Nada (Judith Herzberg), entre outras encenadas por Jorge Silva Melo.Recentemente, trabalhou com o Grupo de Teatro D’as Entranhas, no espectáculo Amor de Perdição. 27 Rouge, de criação colectiva, pelo grupo GrETUA Data Local Grupo Encenação Interpretação 20 de Maio, Quinta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna Gretua - Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro João Fino Alexandre Mano, André Hollanda, Catarina Miranda, Cristiano Figueiredo, Filipa Portela, João Fino, Vitor Almeida Sinopse Rouge nasce de uma necessidade urgente, emergente, de elevar os pés ao penar no lodo, de olhar para além do reflexo da vitrine. Rouge nasce de um amor crescente de troar, de rugir o bater do coração. Nasce da irrequietude das mãos, que dançam nas cordas quando a nação insistentemente dorme. Rouge, vermelho como o nariz de um clown, como o sfumatto rúbio nas maçãs do rosto das moças, como sangue na melodiosa ferida de um poema. É arriscado o cantar da alma, um número de trapézio a enfunar as velas aos ventos do presente, erguer a popa e proa acima do lamaçal. Eis então a nave dos loucos, uma Arca de Arte. Não é uma revolução, é a vida dentro de uma canção. Eis como navegamos o mundo sobre os destroços de um naufrágio. Cordialmente. Rouge. O autor - criação colectiva GrETUA O encenador João Fino (Aveiro, 1976), completou o Liceu na área de Desenho na cidade onde nasceu. Frequentou o Curso da Academia Contemporânea do Espectáculo do Porto. Em 2005, protagonizou o filme Suicídio Encomendado de Artur Serra Araújo, premiado no Fantasporto 2007 e no festival de cinema de Santiago do Chile. Encenou 3 espectáculos de rua para o GrETUA (Grupo Experimental de Teatro da Univ. de Aveiro) e deu formação em Clown e Máscara Neutra. Encenou O Auto do Aleatório, prémio do júri no 1.º Festival de Teatro das Beiras. Criou, produziu e encenou Os Feios, prémio do júri na 13.ª Mostra Internacional de Teatro de Ourense e vencedora do Prémio Fatal 2008. Actualmente, encena as produções do GrETUA e do CETA (Circulo Experimental de Teatro de Aveiro). 28 Tartarugas e Migração, de Sandra Hung, pelo grupo NNT Data Local Grupo Encenação Interpretação 21 de Maio, Sexta-Feira, às 21h30 Teatro da Comuna NNT - Novo Núcleo Teatro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Sandra Hung Andreia Duarte, Carolina Thadeu, Elói Barros, Mariana Cardoso, Marta Vieira, Sofia Esteves Sinopse Trata-se de um projecto de investigação e criação teatral que pretende utilizar o corpo do actor e as suas possíveis limitações e/ou aptidões como pontos de partida para a criação teatral. Com Tartarugas e Migração contaremos histórias de um corpo, de uma família, de um país à medida que confeccionamos uma refeição. A autora e encenadora Sandra Hung (Moçambique, 1974) é licenciada em Engenharia Física, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, e em Teatro, Formação de Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, do Instituto Politécnico de Lisboa. Fez Erasmus no Conservatoire Royal de Bruxelles. Realizou estágio no Théâtre du Soleil com Ariane Mnouchkine. Tem o Curso de Formação de Actores, do Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral, ministrado por Paula Freitas e Adolf Gutkin. Frequentou ateliers de Butoh (Teatro/Dança Japonês) com Maria Reis Lima. Trabalhou como actriz com Adolf Gutkin, João Brites e Anabela Mendes. É membro fundador do Novo Núcleo Teatro, NNT. Com Tartarugas e Migração, estreia-se na escrita e encenação. 29 The Hypnos Club, criação colectiva, pelo grupo CITAC Data Local Grupo Encenação Interpretação 23 de Maio, Domingo, às 21h30 Teatro da Comuna CITAC – Universidade de Coimbra Rodrigo Malvar Margarida Cabral, Katia Manso, Cláudio Vidal, Paula Gaitas, Gil Mac, João Pedro Carvalho, José Carlos Pereira Sinopse Hypnos é filho de Nix, Deus do Sono, pai de Morpheu e nome de Club; um espaço nocturno, profano e sagrado. Bebidas espirituosas, delírios avulso. Copos nús, como corpos, meio-cheios, meio-vazios. Sob a luz inebriada, a carne dos sonhos a nú. Quando a noite incendeia, é hora de partir. Eu vi. O autor - Criação colectiva CITAC O encenador Rodrigo Malvar tem uma Especialização Artística em Teatro de Rua da Academia Contemporânea do Espectáculo (AEP/ Porto 2001). Frequentou o 2.º ano do Curso de Interpretação na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Em 2003, obteve training físico e vocal com Piesn Kozla, na Polónia, É um dos fundadores do Teatro do Frio, Pesquisa Teatral do Norte, trabalhando como actor desde 2000. Em 2005 começa a colaborar na Organização Nariz Vermelho, como o Doutor Palhaço. 30 Alan, criação colectiva, pelo grupo TUP Data Local Grupo Encenação Interpretação 23 de Maio, Domingo, às 16h30 Teatro da Comuna TUP - Teatro Universitário do Porto Universidade do Porto António Júlio Anabela Sousa, Daniel Viana, Emanuel Santos, Inês Gregório, Miguel Lemos, Nuno Matos, Teresa Queirós. Sinopse Um homem de chapéu escreve. Um outro observa. A puta dança pela sala fazendo soar o seu corpo contra os objectos. Um isqueiro que não funciona. As pernas da mulher alta movem-se muito lentamente. Os sapatos são vermelhos. Ela está em cima da mesa. Ele olha-a sorrindo. Ela despe-se e chora. Um homem toma conta de outro homem. O rapaz não consegue olhar em frente. Dois cães ladram e acasalam. Três pessoas paradas, quase imóveis. Outras três, muito bêbedas, procuram acertar o passo. Uma voz dentro de um copo vazio. Alguém ameaça matar-se. Alguém acaba por morrer. Alguém morto deambula pelos lugares. Alguém vivo espera como se estivesse morto. As canções de embalar ao ouvido do atormentado. Ela sabe bem o que quer. Ele não consegue dizer o que sente. Os objectos, os vestidos, os cigarros e o vinho. A cadeira vazia. A boca sem voz. Os pequenos passos descalços. O som das moedas no chão. As memórias que se encontram nos bolsos. O inferno por cima. Deus por baixo. O autor - criação colectiva TUP O encenador Estudou Teatro na Academia Contemporânea do Espectáculo e Escultura na Faculdade de Belas Artes do Porto. Intérprete de Teatro e Dança desde 1999, dirigiu o grupo de teatro da Faculdade de Engenharia do Porto de 2004 a 2008.É professor de Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo e faz parte do Mugatxoan desde 2007. Trabalha em teatro, dança e performance. Das suas criações mais recentes destaca Recuperados para o TUP, Boots and Breath para a Companhia Instável, Eunice e 200 gr. 31 Nós não queremos morrer!, criação colectiva, pelo grupo de Teatro da UITI Data Local Grupo Encenação Interpretação 23 de Maio, Domingo, às 21h30 Teatro da Comuna Teatro da UITI – Universidade Internacional para a Terceira Idade Carlos G. Melo Alice Leal; Ana Malheiro; Albertina Marques; Amélia Freitas; Arminda Marques; Carmo Menezes; Eugénia Balacumba; Fernanda Soares; Filomena Lourenço; Lurdes Malta; Maria Barardo; Mariana Silva; Manuel Bito; Manuel Moraes; Regina Carriço; Rogério Geada; Sara Rodrigues. Sinopse A visita do “Sr. Director” é pretexto para que os internados ensaiem “números” a fim de festejarem a chegada de tão importante personagem. Todavia quem teima em aparecer é outro, com a consequência de provocar uma forte manifestação… Falas que se afirmam e exigem ser ouvidas. Ora individuais, ora de grupo, ora contrapondo diálogos que foram de outros espectáculos. Memórias, em suma, e também a morte como companheira de percurso. O autor - criação colectiva Teatro da UITI O encenador Aos dezoito anos fiz “voto de despojamento” a fim de que a minha Arte reflectisse as condições dos menos privilegiados. Ignorava que iria tornar-me avesso a qualquer forma que a mais absoluta necessidade não justificasse. Estreei-me no teatro profissional aos dezasseis anos e nele tenho exercido todas as funções. Fui distinguido nos domínios de Pintura, Performance, Texto para Teatro, Encenação e, ainda, como Literaturano editei A Escada, Santa Mãezinha e Paulema. 32 >7 Performances Planta uma República Data Local Grupo 8 de Maio, Sábado, às 18h00 Teatro da Comuna Piratautomático - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria | Instituto Politécnico de Leiria Direcção Artística Simão Vieira Cátia Henriques, Isabel Rodrigues, Joana Gomes, Interpretação Liliana Lopes da Silva, Maria Jeromito, Maria Matos, Raquel Monteiro, Sandra Martins e Susana Santos Sinopse A tolerância não é uma coisa calma. A tolerância enerva um bocado. Enerva um bocado porque nunca sabemos se há pessoas mais tolerantes que nós. A tolerância só vale a pena quando nós somos os mais tolerantes e não damos hipótese. A ninguém. E depois há a fraternidade. Vistos ao longe, muito ao longe, somos gémeos. E como o passado é longe, às vezes muito longe, não está mal dizer que nascemos gémeos. Coisa boa a confirmar no futuro. O futuro é sempre melhor. Poderemos dizer ‘Ah, não estava nada à espera…’ Esta é a vida pública. A nossa.” República da Esperança Data Local Grupo Direcção Artística Interpretação 11 de Maio, Terça-feira, às 18h00 Faculdade de Letras GTMT - Grupo de Teatro Miguel Torga da Faculdade de Ciências Médicas |Universidade de Lisboa Sérgio Grilo Ana Jesus, Ana Machado, André Pinto, André Martins, Ângela Ferreira, Carlos Bento, Carolina Baptista, Eduardo Coutinho, Helena Nogueira, Inês Alencoão, Joana Martins, Rita Santos, Vera Dindo Sinopse Caminha a República pela praça, grávida. Sente as contracções, chama pela Liberdade, velha parteira de revoluções. O povo rodeia-a, o parto é difícil, mas é com a ajuda de todos que nasce uma nova República, ainda débil, muito débil. 33 Introdução Data Local Grupo Coordenação e interpretação 14 de Maio, Sexta-feira, às 17h30 Praça Campo Pequeno Escola Superior de Teatro e Cinema | Instituto Politécnico de Lisboa Bárbara Fonseca e Telma Santos Sinopse Aqui pedimos-lhe apenas para estar. Encontrar um lugar no que é este momento. Algumas pessoas. Uma voz. Um corpo. Um público. E uma introdução para construir. É sempre no confronto que ela acontece ou não. Será que criamos a partir de um confronto? Ou de uma necessidade? O que nos faz falar? Recanto do Orador Data Local Grupo 19 de Maio, Quarta-feira, às 17h30 e 20 de Maio, Quinta-feira, às 00h00 Metro Cidade Universitária (dia 19) e Metro da Baixa Chiado (dia 20) mISCuTEm - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Direcção Artística Interpretação Ana Isabel Augusto Ana Gama, André Silva, Cleo Tavares, Gonçalo Pires, Giovanni Ciet, João Rui Gomes, Maria Pires, Pedro Sá Fialho, Rita Couto, Vanessa Gonçalves Sinopse Para discursar, o orador tem de estar sobre um banco para não estar sobre solo português, ficando assim isento das suas leis e tradições e tem de estar num sítio de passagem para que a sua palavra seja ouvida. Que melhor local para esta reflexão do que o Metro da Cidade Universitária? Depois, convidam-se os transeuntes a falarem também e a partilharem com o mundo a sua opinião sobre a república que os rodeia. 34 O triunfo do Tomate Data Local Grupo Coordenação Interpretação 20 de Maio, Quinta-feira, às 17h30 Passeio Restauradores (frente Loja do Cidadão) NNT – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Sundra Hung Andreia Duarte, Bruno do Couto, Carolina Thadeu, Elói Barros, Hugo Pereira, João Santinha, Joaquim Horta, Mariana Cardoso, Marta Vieira, Sandra Hung, Sofia Esteves Sinopse Para falar com a autoridade é preciso tirar senha. Para usufruir de qualquer bem, seja ele essencial ou supérfluo, há que preencher os requisitos e já agora os intermináveis impressos. Muita tinta, papel ou molho irá escorrer/correr! concerto em dó maior Data Local Grupo Direcção Artística Interpretação 20 de Maio, Quinta-feira, às 20h00 Auditório da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa bozart – Faculdade de Belas-Artes | Universidade de Lisboa A. Branco Ana Cardoso, Joana Ullan, Jorge Rosa, Sara Pereira, Sibila Lind, Simão Lind, Susana Silva, Tiago Gonçalves, Victor Dinis Sinopse A distância de um ser conhecido, que está ao nosso lado, pode ser infinita. A distância de um ser desconhecido, que nunca se viu, pode ser nula. Qual a distância de uma pessoa a outra pessoa? Qual a distância de uma pessoa a si própria? Será mensurável? De que factores depende? Poderemos ser, ao mesmo tempo, uma e outra pessoa? Não se procuram respostas novas, apenas perguntas velhas. 35 e(s)(n)tranho Data Local Grupo Direcção Artística Interpretação 22 de Maio, Sábado, às 18h00 Teatro da Comuna CITAC – Universidade de Coimbra & ESMAE – Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto CITAC & ESMAE Cheila Pereira, Liliana Abreu, Paula Rita, Zéquinha Sinopse Qual o significado de Estranheza? Será definível? Onde reside? Em nós? Nos outros? No mundo? É real ou artificial? Acontece quando é fora da moral, do sistema, do que é aceite como normal? Tem regras? Quatro indivíduos vivem uma mesma cidade almejando o mesmo: aquela sensação que vive no salivar… a Liberdade! 36 Exposições & Instalação Urbana 37 >Instalação urbana Tríade Teatral Os alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Ana Gorgulho, Hugo Maciel, e a Escultora Andreia Pereira, sob a coordenação do Professor João Duarte (FBAUL), apresentam a Instalação “Tríade Teatral”. O teatro, lugar físico do espectador e do actor, espaço em que se vê, se ouve e se sente. Da realidade ao imaginário, o drama, a tragédia, a comédia, o sentimento, meio cambiante da encenação, envolve o teatro numa tensão paradoxal, a realidade imaginária, ilusória, mas verdadeira. Toda a reflexão que tenha sentimento e emoção próprios da arte teatral, como objecto, apoia-se numa tríade teatral: quem vê, o que se vê e o imaginário, um conceito quase canónico que se estende pela própria acção, o início, o meio e o fim. As escadas como símbolo de excelência e de valorização, ligando-se a uma verticalidade - sentido este, de elevação - torna-se um suporte imaginário e simbólico da ascensão espiritual, uma via de comunicação a vários níveis, entre o que actor exprime e o espectador apreende, remetendo para as constantes permutas e interacções do actor e público no teatro. A cadeira como actor que se eleva para a oferenda comunicativa da sua arte, criando uma ideia de cenário e ao mesmo tempo de união entre o mundo do espectáculo e do público. Como nos anos anteriores, a instalação torna-se um marco, simbolizando e enaltecendo a forte ligação entre espectador, actor e palco. A instalação encerra o teatro como fenómeno que existe nos espaços do presente e do imaginário e nos tempos individuais e colectivos. FICHA TÉCNICA Organização Reitoria da Universidade de Lisboa · Divisão Cultural da DRE | Coordenação do projecto Escultor João Duarte | Concepção, Realização e Montagem Escultores: Ana Gorgulho, Andreia Pereira, Hugo Maciel | Agradecimentos Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa · Secção de Investigação e de Estudos Volte Face · Medalha Contemporânea da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa 38 >Exposição Fatalidades IV De 6 a 28 de Maio Segunda à Quinta, das 10h às 20h no Foyer do Teatro da Comuna Feitos de imagem, distante e irrepetíveis, o teatro e a fotografia são duas artes que se unem na vontade comunicar. Fugaz, o teatro acontece, enquanto a fotografia pode reter momentos, expressões, cenários, e ainda reflectir sobre a encenação ou a interpretação dos actores. A Reitoria da Universidade de Lisboa e o MEF – Movimento de Expressão Fotográfica, organizaram, em 2009, o primeiro workshop de fotografia de teatro, no âmbito do 10º Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, com o intuito de pensar a relação da fo5tografia com o teatro e preparar jovens fotógrafos para a cobertura fotográfica do festival. A exposição apresenta uma pequena selecção do resultado do trabalho de 21 fotógrafos que, ao longo de 19 dias de teatro universitário, levado à cena em diversos locais de Lisboa, se dedicaram a dar corpo à fotografia de teatro, coordenados pela formadora Tânia Araújo e em sala de aula pelo formador Luís Rocha. Fotografias: Ana Margarida Banha, Bruno Mendes, Eduardo Encarnação, Hélder Roque, Jorge Figueiredo, José Pedro Vicente, João Sollari, Luís Conde, Manuel Almeida, Maria Albuquerque, Mariana Mota, Marina Coelho, Nica Paixão, Paulo Carneiro, Paulo Martins, Pedro, Gonçalo Gonçalves, Ricardo Vital, Rute Martins, Tânia Araújo, Youri Paiva (alunos do workshop de Teatro do FATAL 2008). Comissariado e projecto: Organização do FATAL – Reitoria (DACI) e MEF – Movimento de Expressão Fotográfica 39 >José de Oliveira Barata - Mostra Bibliográfica De 6 a 28 de Maio | Museu Nacional do Teatro (Paço do Lumiar, Lisboa) Mostra de algumas das principais obras publicadas de José Oliveira Barata, homenageado nesta edição do Festival. Uma oportunidade para conhecer a sua diversificada bibliografia sobre teatro, abrangendo várias épocas e áreas, entre estudos sobre o teatro português e a sua história, estética e didáctica teatrais, análise e tradução de peças, entre outros trabalhos. Organização do Museu Nacional do Teatro 40 Conferências 41 >Conferências Conferência com Zhora Makach: O desejo de Fazer Teatro na Universidade Orador Horário Local Zhora Makach 12 de Maio, às 15h Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Zhora Makach apresentará o actual panorama do Teatro Universitário Marroquino, utilizando como exemplo o caso específico da Faculdade de Letras e Ciências da Universidade de Ibn Zoh Agadir (em língua francesa). Zhora Makach Titular de um Doutoramento em Estudos Teatrais, Artes do Espectáculo (Sorbonne Nouvelle, Paris III), tradutora de vários dramaturgos contemporâneos em árabe dialectal e amazighe, dramaturga e encenadora, ensina e anima o teatro na Faculdade de Letras e Ciências Humanas de Agadir. É, também, autora de vários artigos consagrados à escrita dramática contemporânea. Conferência com Stefan Kaegi Orador Horário Local Stefan Kaegi 20 de Maio, às 17h Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa Como podem 10.000 gafanhotos fazer teatro? O que têm colaboradores indianos de um call center a ver com camionistas búlgaros? Quando 100 pessoas em cima de um palco dão, em simultâneo, um pulo, ele cai? Stefan Kaegi mostra e comenta trabalhos de teatro documental e intervenções urbanas do Label berlinense Rimini Protokoll. Stefan Kaegi Encena espectáculos de teatro documental, peças radiofónicas e encenações urbanas. Em 2009, encenou para o Teatro de Zurique um espectáculo onde introduziu 10.000 gafanhotos. Com Helgard Haug e Daniel Wetzel, Kaegi integra o colectivo de encenadores Rimini Protokoll, distinguido em 2008 com o prémio europeu “New Realities in Theatre”. Mais informações www.rimini-protokoll.de 42 Conferência com Nelson Guerreiro: Falar (ainda) de performance em 2010 é tão FATAL como o seu destino Orador Horário Local Nelson Guerreiro 24 de Maio, às 18h30 FNAC COLOMBO Uma conferência, que espera resultar numa conversa aberta, em torno da noção e das práticas de performance, logo da sua definição sempre problemática, dadas as suas idiossincrasias. Quer isto dizer que nesta conferência procurar-se-á reflectir sobre as operações que se inscrevem no campo da performance, ressaltando os seus caracteres e elementos constituintes com o objectivo de analisar a produção de acções performativas na actualidade. Quem faz? Onde se realizam? Como se levam a cabo? Onde querem chegar e o que querem dizer? Que questões levantam? Que tipo de ligações pretendem estabelecer com o(s) espectador(es)? O que estes fazem com elas? Respondendo a estas e a outras questões, formuladas preferencialmente por quem estiver presente, procurar-se-á analisar as práticas, as estratégias e os discursos partilhados que nos permitem fixar e estabelecer diferenças com outras disciplinas das artes performativas. O resto é e será conversa (da boa esperase). Nelson Guerreiro Docente na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) e membro do GIAE/C (Grupo de Investigação em Artes e Estudos Cénicos) da ESAD.CR. Frequenta actualmente o programa de doutoramento de Teoria, História e Prática de Teatro, estando a escrever uma tese sobre a companhia de Teatro Praga. Foi, entre 2002 e 2005, colaborador regular da TRANSFORMA AC, onde foi co-editor da revista ArtinSite. Entre 2006 e 2009, escreveu vários textos de ensaio-ficção para revistas de arte, catálogos e livros de artista. Actualmente, colabora como dramaturgo e conselheiro artístico de Martim Pedroso em O Canto do Imperador (a partir das Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar) e em Pentesileia de Heinrich von Kleist. É membro da plataforma de sinergias criativas: sindicato.biz. 43 44 Workshops 45 >Workshops Workshop de Fotografia de Teatro Sessões Teóricas: Formadores Luís Rocha e Tânia Araújo 30 de Abril, 3 e 5 de Maio das 19h30 às 22h30 Horário MEF – Movimento de Expressão Fotográfica Local Formação Prática: no decorrer do festival Edição de Imagens: Luís Rocha e Tânia Araújo Formadores 10, 14, 17, 21, 24 de Maio das 19h30 às 22h30 Horário MEF – Movimento de Expressão Fotográfica Local Informações e Inscrições: MEF – Movimento de Expressão Fotográfica Morada: Espaço Municipal da Flamenga, R. Ferreira de Castro, 1900-697 Lisboa Tel.: 96 583 16 20 [Tânia Araújo] | E-mail: [email protected] | www.mef.pt Preço de inscrição: 120€ O Workshop é composto por uma componente teórica de fotografia de cena e fotografia de retrato e por uma parte prática a realizar ao longo de todo o FATAL 2010. A parte prática é composta por fotografia de retrato, fotografia das peças que vão fazer parte do festival e por fotografia de reportagem do ambiente que envolve todo o Festival. Serão criadas equipas de trabalho para a cobertura do Festival a para as sessões de retrato, sendo estas coordenadas no terreno pela formadora Tânia Araújo e em sala de aula pelo formador Luís Rocha. Conteúdos: Temperatura de cor; O momento certo; A relação com os actores e com o palco; Sensibilidades, relação com a luz existente; Grão e ruído; Profundidades de campo e foco selectivo; Composição de fotografia de cena; Distâncias focais, luminosidade das objectivas (efeitos e características); A colocação na plateia do fotógrafo; Direito à imagem; Tratamento digital de imagens em programa de edição; Fotografia de retrato; Iluminação de estúdio para retrato; Uso do Flash; Fotografia de reportagem. Luís Miguel Pereira Araújo da Rocha nasceu em Lisboa em 1970. Frequentou o Curso de Imagem e Artes Visuais na Escola António Arroio e o Curso de Fotografia do IADE. Diplomado pela APAF com o curso de Fotografia Profissional e pelo Instituto Politécnico de Tomar com o Curso de Conservação e Restauro de Fotografia e Processos Fotográficos do séc. XIX. Em 2000 é Co-fundador do Movimento de Expressão Fotográfica. Em 2009 desenvolve enquanto director artístico o projecto “Integrar pela Arte” em associação com o Movimento de Expressão Fotográfica. Tânia Sofia dos Santos Araújo nasceu em Lisboa em 1980. Diplomada pelo Citeforma com o curso Técnico Profissional de Multimédia. Pelo Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas obteve o curso Profissional de Fotojornalismo. Frequenta a Licenciatura na área de Audiovisual e Multimédia na ESCS – Escola Superior Comunicação Social. Deste 2003 que é formadora de fotografia no Movimento de Expressão Fotográfica. Em 2010 é Co-fundadora do Colectivo Imagens Marginais. 46 Workshop de Tradução para Teatro Formadores Horário Local Manuela Carvalho e Daniela Di Pasquale Dias 11 e 12 de Maio | das 14h às 18h Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa Informações e Inscrições Divisão Cultural Tel.: +351 210 113 406 | [email protected] Preço de inscrição: 30€ Este workshop propõe uma abordagem da tradução de e para teatro, considerando a escolha de estratégias de tradução associadas quer à enunciação do texto em cena, quer à sua leitura, quer ao seu contexto de recepção. No primeiro dia pretende-se partir de uma reflexão em torno de questões teóricas específicas da tradução teatral, onde se cruzam sistemas culturais diversos – o literário e o teatral, serão apresentados e comentados alguns estudos de caso emblemáticos, que ilustram a multiplicidade de formas discursivas do texto de partida e as soluções encontradas nos textos de chegada, assim como as questões dramatúrgicas e referências culturais que colocam vários desafios aos tradutores dos textos em causa; O segundo dia será dedicado à aplicação prática dos tópicos discutidos no dia anterior através da tradução colectiva de um excerto do texto de John Arden, Serjeant Musgrave’s Dance (1959). O trabalho prático passará também pelo confronto e debate sobre as várias hipóteses de tradução e decorrerá em torno do texto de John Arden, Serjeant Musgrave’s Dance, (Londres, Methuen, 1973). Manuela Carvalho é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variantes de Português e Inglês, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Doutorada pela Universidade de Birmingham (“Gil Vicente and English Medieval Drama: A Comparative Study”, 2001). É Professora do Departamento de Estudos Hispânicos da Universidade de Edimburgo, Reino Unido e membro do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem como Principais áreas de investigação: Estudos de Teatro, Estudos Comparatistas e Estudos de Tradução. Daniela Di Pasquale licenciou-se em 2002 em Línguas e Literaturas Modernas (tese em Língua e Literatura Portuguesa) pela Universidade de Milão. É doutorada em Literaturas Comparadas pela Universidade de Génova (2006). A sua tese de Doutoramento foi publicada em Dezembro de 2007 com o título Metastasio al gusto portoghese. Traduzioni e adattamenti del melodramma metastasiano nel Portogallo del Settecento (Roma, Aracne). 47 Workshop de Dramaturgia Formadores Horário Local Vera San Payo de Lemos 11 a 13 de Maio | das 9h às 13h Goethe Institut Informações e Inscrições Divisão Cultural Tel.: +351 210 113 406 | [email protected] Preço de inscrição: 30€ Partindo do estudo da evolução do conceito de dramaturgia (da Poética de Aristóteles à Dramaturgia de Hamburgo de Lessing, do teatro épico de Brecht ao teatro pós-dramático e à performance), serão analisados textos e realizadas tarefas que exemplificam a diversidade das práticas de dramaturgia como a escrita de versões e adaptações cénicas, a análise dramatúrgica ou o trabalho de pesquisa para a elaboração de materiais de acompanhamento e divulgação do espectáculo. Os objectivos deste workshop passam por conhecer o conceito de dramaturgia e a diversidade das suas práticas, analisar diversas práticas dramatúrgicas e os seus pressupostos estéticos e realizar tarefas nesta área. Programa 1. Estudo da evolução do conceito de dramaturgia (Aristóteles, Lessing, Brecht, teatro pósdramático, performance). Análise de cenas de Antígona de Sófocles e de Antígona de Brecht. 2. Estudo de O Ginjal de Tchekov (técnicas de análise dramatúrgica, trabalho de pesquisa, elaboração de materiais). Análise de exemplos de versões cénicas de diversas peças. 3. Estudo de exemplos de teatro pós-dramático. Apresentação de tarefas realizadas pelos participantes na área da dramaturgia. Licenciada em Estudos Germanísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Vera San Payo de Lemos tem colaborado como tradutora e dramaturgista, sobretudo com o encenador João Lourenço, na encenação de peças de Bertolt Brecht, Botho Strauss, Tankred Dorst, Werner Schwab, Urs Widmer, Bernard-Marie Koltès, Sam Shepard, David Mamet, Conor McPherson, Athol Fugard, entre outros autores, e em espectáculos musicais de Brecht/Weill e Stephen Sondheim, apresentados no Teatro Aberto, Teatro Nacional de São Carlos e Teatro Nacional D. Maria II. Escreveu, com João Lourenço e José Fanha, Ubu Português, 2002 Odisseia no Terreiro do Paço (1984) e O Mar é Azul, Azul (1998). Publicou diversos artigos sobre teatro, sobretudo nos programas dos espectáculos em que colaborou e colabora na tradução e coordenação da edição do Teatro de Bertolt Brecht. 48 Workshop de Cenografia “Sem Ovos” Formadores Horário Local Ana Limpinho 13 e 14 de Maio | das 14h às 18h Sala de Conferências da Universidade de Lisboa Informações e Inscrições Divisão Cultural Tel.: +351 210 113 406 | [email protected] Preço de inscrição: 20€ A cenografia implica algumas dificuldades e muitas vezes “fazer omeletas sem ovos”, revelando desafios interessantes e enriquecedores. Com este workshop pretende-se a partilha de algumas destas experiências, através de documentos visuais, servindo o pretexto para abordar, por um lado, noções base do trabalho cenográfico e, por outro, diferentes formas de (re)aproveitamento de espaços e materiais. Durante duas sessões, de quatro horas cada, serão trazidos para a mesa temas que vão desde questões de concepção como o papel da cenografia, a escolha do espaço - espaços convencionais e não convencionais - e suas implicações ou a relação público-cena, até a problemas de ordem mais prática como as necessidades de construção e montagem e a reutilização de materiais e matériasprimas. Ana Limpinho é licenciada em Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema e tem desenvolvido actividades na área da cenografia e figurinos desde 1999, principalmente para teatro, com breves experiências nas áreas da dança, televisão e cinema. 49 Workshop de Iluminação para Teatro Formadores Horário Local Pedro Marques 13, 18, 20, 22 e 23 de Maio | das 14h às 18h Instituto Franco-Português Informações e Inscrições Divisão Cultural Tel.: +351 210 113 406 | [email protected] Preço de inscrição: 40€ A iluminação é parte fundamental de qualquer espectáculo. Seja ele teatro, dança, música, ópera. Em cena, a luz define ambientes, dá-nos a ver o que é mais importante, define perspectivas, constrói uma dramaturgia. Nestas cinco sessões serão vistos vários tipos de projectores, a sua potência e o tipo de lentes; falaremos de temperaturas de cor e ângulos de incidência, a afinação de projectores e a criação de um roteiro de luz. Pedro Marques frequentou o curso de luminotecnia do IFICT em 1988. Como luminotécnico trabalhou com encenadores como Rogério de Carvalho, José Peixoto, Rui Mendes, Luís Miguel Cintra, José Meireles, José Mora Ramos, António Fonseca, entre outros. Foi distinguido com uma Menção Honrosa no Concurso de Novas Dramaturgias organizado no ano 2002 pelo Dramat – Centro de Dramaturgias Contemporâneas, pela peça de teatro Pigs From Hell. Co-encenou São Nicolau de Conor McPherson para o Teatro dos Aloés. É membro fundador da A&M. Encenou A Ilha de Deus de Gregory Motton, no C.I.T.A.C. 50 Atelier de Produção Formadores Horário Local Rui Guilherme Lopes 17 a 21 de Maio | 18h30 às 19h30 Instituto Franco-Português Informações e Inscrições Divisão Cultural Tel.: +351 210 113 406 | [email protected] Preço de inscrição: 25€ Se este Atelier de Produção tivesse uma palavra-chave, esta seria “fazer”. Serão abordados vários casos práticos de produção em teatro universitário, teatro independente e de projectos pontuais. Este workshop tem como função, perceber, num trabalho conjunto, quais os modelos viáveis de organização para criar objectos artísticos no contexto universitário. Rui Guilherme Lopes é actualmente dramaturgo e colabora frequentemente com a Associação Cultural TRUTA. Tem formação em técnica de máscara com Nuno Pino Custódio e André Gago. No Palco Oriental participou em Macbeth e A Boda dos Pequenos Burgueses (enc.: Pedro Wilson) e na encenação colectiva Uma Cerveja no Inferno Com Um Discurso Filho da Puta. Trabalhou com André Gago em Os Comikazes e a Vã Guarda. Com O Bando participou em Trilhos e Abertura de Lisboa – Capital da Cultura. Na Galeria Zé dos Bois apresentou Até Ver(Me), De Deus ou O Secretário Já Nem Me Lembro Bem. No Teatro do Tejo fez O Candidato de José Mora Ramos. Em Grenoble colaborou com o grupo Ici Même e apresentou Coup de Theatre com aRTaPaRT. Coordenou o texto e assistiu Pedro Carraca na encenação de Equimoses – Nódoas na Cidade. Escreveu Acquotidiano – Os Dias da Água e Homem Mau. 51 >Revista FATAL nº3 Lançamento da revista FATAL: quinta-feira, 6 de Maio às 15h30, na Reitoria da Universidade de Lisboa A evolução do Festival, a crescente importância do papel que o FATAL desempenha no âmbito do Teatro Universitário português e o permanente empenho em contribuir para a história do teatro universitário, incentivaram a organização do festival a lançar, em 2008, a publicação anual Revista FATAL, que funciona, simultaneamente, como programa de sala. 52 Prémios e Júri do FATAL 2010 53 >Prémios FATAL e Júri Os troféus que irão ser entregues no início da Cerimónia de Encerramento do FATAL, no dia 28 de Maio, pelas 22h, no café-teatro do Teatro da Comuna, são peças escultóricas criadas por jovens escultores da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa – autores da Instalação de Artes Plásticas que acompanha o Festival – sob a orientação do Professor Escultor João Duarte e cuja concepção assenta no conceito do festival e interliga-se à instalação urbana, que acompanha esta edição. O Prémio Fatal 2010, patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos, destina-se a consagrar a melhor peça apresentada no Festival. O Troféu é uma escultura criada por Ricardo Manso e estrutura-se a partir das dualidades actor/personagem, palco/plateia, real/fictício, evocando a elevada rotatividade dos seus elementos e dos próprios membros dos grupos de teatro universitário, mas cujo trabalho está apoiado, contudo, no contexto sólido das instituições (cidade, universidade) – a cadeira na cidade e na universidade. O Prémio Fatal – Cidade de Lisboa 2010, patrocinado pela Câmara Municipal de Lisboa é destinado a consagrar a peça mais inovadora. O Troféu é uma escultura criada por Catarina Alves e evoca a fragilidade, o risco e a instabilidade do teatro universitário e de toda a criação artística, as quais, pela sua própria natureza, proporcionam as condições ideias à inovação e à elevação da qualidade da obra – a cadeira fatal O Prémio FATAL do Público, patrocinado pelo IPJ é destinado a consagrar a peça melhor pontuada pelos espectadores. Este prémio foi criado para dar voz pública àqueles que mais importa ouvir e a quem se destina o Festival e todos os espectáculos apresentados: a própria comunidade. Júri do FATAL 2010 Ruy de Carvalho | Presidente Honorário Tiza Gonçalves | Directora de Produção do Teatro Municipal S.Luiz, em representação da CML António Pedro | Coordenador da área de desenho da Faculdade de Belas-artes da Universidade de Lisboa Ana Laura Lamas | Professora de Teatro. Frequenta o Mestrado em Artes Performativas – Interpretação, na ESTCL João André | Actor Paula Diogo | Actriz Álvaro Esteves | Associação Académica da Universidade de Lisboa Heliana Vilela | Directora regional do Instituto português da juventude Paulo Morais | Membro da Assembleia de Representantes da Escola Superior de Teatro e Cinema Diego Barros | Representante do centro de Estudos de Teatro da universidade de Lisboa 54 A Equipa 55 >Ficha Técnica INICIATIVA, ORGANIZAÇÃO E CONCEPÇÃO DE PROJECTO Reitoria da Universidade de Lisboa - Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas DIRECÇÃO INSTITUCIONAL António Sampaio da Nóvoa DIRECÇÃO E SUPERVISÃO Isabel Maçana Bruxo COORDENAÇÃO GERAL Marisa Costa |Rui Teigão PRODUÇÃO EXECUTIVA Dinis Costa (DACI) | Janine Martins (estágio) | Joana Carvalho (estágio FLUL) | Lara Carvalho (DACI) | Marta Azevedo (DACI) APOIO À PRODUÇÃO Ana Pinto Basto | Patrícia Santos PROGRAMAÇÃO Isabel Maçana Bruxo | Janine Martins (estágio) | Marisa Costa | Rui Teigão SELECÇÃO DOS ESPECTÁCULOS Rui Teigão (coordenação) | Janine Martins (estágio) | Liliana Abreu (ESMAE-IPP) PATROCÍNIOS, PARCERIAS E APOIOS Isabel Maçana Bruxo | Lara Carvalho | Marisa Costa | Marta Azevedo | Rui Teigão COORDENAÇÃO TÉCNICA E LOGÍSTICA DE GRUPOS TEATRAIS Janine Martins (estágio) | Lara Carvalho | Rui Teigão PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO Marta Azevedo | Dinis Costa (apoio) ASSESSORIA DE IMPRENSA DO FATAL 2010 Nádia Sales Grade (coordenação) | Joana Sobral ASSESSORIA DE IMPRENSA DA RUL António Sobral IMAGEM DO FESTIVAL (FOTOGRAFIA) Jorge Duque (MEF) 56 CONCEITO E DESIGN GRÁFICO Joana Hartmann WEBDESIGN Filipa Machado (www.fatal2010.ul.pt) | Dinis Costa (edição vídeo) SPOT Samuel Andrês JINGLE Dinis Costa LOCUÇÃO Pedro Bargado REGISTO VIDEOGRÁFICO Associação Cultural O Elemento Indesejado REGISTO FOTOGRÁFICO MEF – Movimento de Expressão Fotográfica EQUIPA TÉCNICA Bruno Correia | João dias (Estágio Restart)| José Manuel Marques | Ruben Almeida (Estágio Restart) RELAÇÕES PÚBLICAS E FRENTE DE CASA Vânia Gil (Estágio Restart) IMPRESSÃO DOS MATERIAIS GRÁFICOS Crómia | Correia Cor |Jorge Fernandes, Lda EXECUÇÃO DOS TROFÉUS Gravarte Gravadores EXPOSIÇÃO FATALIDADES IV PROJECTO E PRODUÇÃO Marisa Costa | Luís Rocha (MEF) | Rui Teigão | Tânia Araújo (MEF) MOSTRA BIBLIOGRÁFICA PROJECTO E PRODUÇÃO Museu Nacional do Teatro 57 58 Informações Úteis 59 GLOSSÁRIO DC: Divisão Cultural DRE: Departamento Relações Externas ESTC: Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa ESCS: Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa FBAUL: Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa IPJ: Instituto Português da Juventude IPL: Instituto Politécnico de Lisboa FDUL: Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa FLUL: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa MEF: Movimento de Expressão Fotográfica RESTART: Escola de Criatividade e Novas Tecnologias RUL: Reitoria da Universidade de Lisboa UL: Universidade de Lisboa CONTACTOS Joana Sobral e Nádia Sales Grade | Assessoria de Imprensa do FATAL 2010 Tel: 96 320 42 52 / 93 517 59 36 | [email protected] António Sobral | Assessor de Imprensa da Reitoria da Universidade de Lisboa Tel: 21 011 34 06 | [email protected] Organização | Informações | Bilhetes | Reservas | Inscrições Reitoria da Universidade de Lisboa - Divisão Cultural do Departamento de Relações Externas Tel. 21 011 34 06 | E-mail: [email protected] www.fatal2010.ul.pt 60