Dissertação - Institutos Lactec
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Dissertação - Institutos Lactec
0 INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO (LACTEC) INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ (IEP) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA (PRODETEC) UBIRAJARA ZOCCOLI ESTUDOS INICIAIS PARA UM PROTÓTIPO DE UM PIEZÔMETRO A FIBRA ÓPTICA PELO MÉTODO DISTRIBUÍDO DE MONITORAMENTO DE TEMPERATURA CURITIBA 2013 UBIRAJARA ZOCCOLI ESTUDOS INICIAIS PARA UM PROTÓTIPO DE UM PIEZÔMETRO A FIBRA ÓPTICA PELO MÉTODO DISTRIBUÍDO DE MONITORAMENTO DE TEMPERATURA Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia, no Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento de Tecnologia (PRODETEC), realizado pelo Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (LACTEC), em parceria com Instituto de Engenharia do Paraná (IEP). ORIENTADOR: Prof. Dr. Luiz Alkimin de Lacerda CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Rodrigo Moraes da Silveira CURITIBA 2013 FICHA CATALOGRÁFICA DEDICATÓRIA A Deus, A meus pais, Hiram e Chame, pelos exemplos a serem seguidos, À minha esposa Arlete, pelo incentivo, A meu filho Junior, À minha filha Amanda, A meu irmão Hiram Luiz, pela determinação. AGRADECIMENTOS A Deus, por todas as graças concedidas em minha vida e por proteger e iluminar o meu caminho. À minha família, em particular à minha esposa Arlete e a meus filhos Junior e Amanda, por compreender minha ausência para elaboração desta dissertação. Ao meu amigo Prof. José Luis de Oliveira, pelo apoio e incentivo, e que, infelizmente, não está mais entre nós e ao meu amigo Jefferson Chapieski, pelas orientações e esclarecimentos fornecidos. Ao meu orientador Prof. Dr. Luiz Alkimin de Lacerda, por sua absoluta compreensão e atenção dispensada nos momentos mais difíceis decorridos ao longo deste período, e pelas orientações recebidas. Ao meu co-orientador Prof. Dr. Rodrigo Moraes da Silveira, pelos esclarecimentos e incentivos recebidos. Aos professores Drª. Akemi Kan, Dr. Vitoldo Swinka Filho e Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira por terem contribuído no aperfeiçoamento técnico desta dissertação. Ao Prof. Dr. Alexandre Rasi Aoki, pela competência com que conduziu a coordenação do curso de mestrado, Prodetec, quarta turma. Ao meu amigo Roberto Pettres, pelas informações e esclarecimentos dos algoritmos do software MATLAB. Ao Rafael Petronilho de Oliveira Rocha, pela ajuda na estruturação e montagem dos experimentos e na operação e análise dos dados obtidos do equipamento DTS. Ao professor Silvino Iagher, pelo apoio na revisão técnica e de português deste trabalho, e ao meu amigo Jessé Jaelson da Silva, pelas informações técnicas dos desenhos. Aos meus amigos Marcio Aparecido Batista e Miguel Olandoski Neto, pelo companheirismo e apoio durante a realização do curso. Aos professores e funcionários do Prodetec. Aos funcionários e bolsistas do Lactec. Aos meus colegas professores do Daelt, da UTFPR. E a todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente na realização deste trabalho e que não estão aqui citados. EPÍGRAFE “Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.” Francisco Cândido Xavier – Chico Xavier “Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.” Carta de Sir Issac Newton a Robert Hooke (15 de fevereiro de 1676). RESUMO Neste trabalho foram realizados estudos iniciais para o desenvolvimento de um protótipo de um piezômetro baseado em tecnologia de fibras ópticas, pelo método de monitoramento distribuído de temperaturas. O conceito em avaliação baseia-se na detecção de níveis de água através dos sensores ópticos. Foram montados dois experimentos com fibra óptica disposta de forma helicoidal e uso de água aquecida, objetivando-se a detecção da interface água/ar, que deve se alterar em função das variações na pressão externa. O primeiro experimento teve por objetivo avaliar a influência do passo de colocação da fibra óptica em formato helicoidal, onde foi possível concluir que a justaposição da fibra apresentou os melhores resultados, em virtude do maior número de pontos de monitoramento de temperatura. O segundo experimento foi montado com base no resultado do primeiro, seguindo uma configuração conceitual para um instrumento que possa ser utilizado em campo, com o aquecimento da água através de uma resistência elétrica. Constatou-se que o modelo pode efetuar as medidas de nível de água com eficácia, indicando a viabilidade de continuidade para desenvolvimento de um instrumento que possa ser instalado em profundidade para medidas de poropressão com base na tecnologia de medidas distribuídas de temperatura. Palavras-chave: Piezômetro, fibra óptica, DTS. ABSTRACT Initial studies were performed in this work aiming the development of a prototype of a piezometer based on fiber optics technology, using the distributed temperature sensing method. The concept under evaluation is based on the detection of water levels with the optical sensors. Two experiments were conducted with the fiber optic helically disposed and the use of heated water, seeking detection the air / water interface, which should vary according to the changes in the external pressure. The first experiment was conducted to evaluate the influence of the fiber optic helical spacing. It was concluded that the juxtaposition of the fiber optic presented the best results due to the greater number of temperature sensing points. The second experiment was carried out based on the result of the first one, following a conceptual configuration for an instrument that may be applied in field, with heated water through an electrical resistance. It was found that the model was capable of measuring water levels with efficacy, indicating the viability for continuing this research towards the development of an instrument which can be installed in depth for porepressure measurements, based on the distributed temperature sensing technology. Keywords: Piezometer, fiber optic, DTS. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Espectro de frequência dos espalhamentos de luz que ocorrem em fibras ópticas ............................................................................................................................................ 28 Figura 2 - O efeito Raman de dispersão em um cabo de fibra óptica................................... 30 Figura 3 – Um único ponto de medição e diversos piezômetros em série com somente uma fibra ..................................................................................................................................... 32 Figura 4 – Desenho esquemático de um protótipo de piezômetro a fibra óptica, com dimensões em mm .............................................................................................................. 33 Figura 5 – (A) 1º. Tubo de PVC com 4” e 17 cm, sendo 11 cm com ranhuras helicoidais na sua porção central; (B) 2º. Tubo de PVC com 4” e 17 cm, sendo os seus 17 cm lisos......... 36 Figura 6 – (A) Vista interna dos tubos com a régua graduada milimétrica; (B) Vista externa dos tubos com a régua graduada milimétrica....................................................................... 36 Figura 7 – (A) Caneta óptica lançando um sinal luminoso no início da fibra óptica; (B) Sinal luminoso saindo no final da fibra óptica ............................................................................... 37 Figura 8 – Esquema de montagem da fibra óptica, com o DTS, as duas referências, o tubo de PVC T01 com ranhuras e o T02 sem ranhuras ............................................................... 37 Figura 9 – (A) Vista do DTS; (B) Medição da temperatura da água na referência do sistema ............................................................................................................................................ 38 Figura 10 – Nível de água de 1 em 1 cm, com os níveis de água para (A) 3 cm, (B) 4 cm e (C) 5 cm............................................................................................................................... 38 Figura 11 - Nível de água de 2 em 2 cm, com os níveis de água para (A) 3 cm, (B) 5 cm e (C) 7 cm............................................................................................................................... 39 Figura 12 – (A) Vista lateral do tubo de PVC de 4” com 30 cm; (B) Vista lateral do tubo de PVC de 6” com 30 cm, com a abertura lateral de 20 cm por 2 cm ....................................... 39 Figura 13 – (A) Cilindro de isopor de 4” com 17 cm, já introduzido no tubo de PVC de 4”; (B) Resistência elétrica de aquecimento já inserida no tubo de PVC com o cilindro de isopor .. 40 Figura 14 – Tubo de PVC com a fibra óptica enrolada......................................................... 40 Figura 15 – (A) Vista lateral do sistema com a régua colada; (B) Vista lateral do sistema com o termômetro digital de haste instalado a 9 cm da base ...................................................... 41 Figura 16 – Esquema dos modelos com (A) e sem (B) ranhuras, nível de água em 3 cm ... 43 Figura 17 – (A) Tubo de PVC de 4” com ranhuras helicoidais de 3 mm; (B) Tubo de PVC de 4” sem ranhuras................................................................................................................... 43 Figura 18 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm ...................................................................................................................... 44 Figura 19 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm ...................................................................................................................... 45 Figura 20 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm ...................................................................................................................... 45 Figura 21 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 9 cm ...................................................................................................................... 46 Figura 22 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm .................................................................................................................... 46 Figura 23 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm .................................................................................................................... 47 Figura 24 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 15 cm .................................................................................................................... 47 Figura 25 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm.......................................................................... 48 Figura 26 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm.......................................................................... 49 Figura 27 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 7 cm.......................................................................... 49 Figura 28 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm.......................................................................... 50 Figura 29 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm........................................................................ 50 Figura 30 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 13 cm........................................................................ 51 Figura 31 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm........................................................................ 51 Figura 32 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm ...................................................................................................................... 52 Figura 33 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm ...................................................................................................................... 53 Figura 34 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm ...................................................................................................................... 53 Figura 35 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm ...................................................................................................................... 54 Figura 36 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm .................................................................................................................... 54 Figura 37 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm .................................................................................................................... 55 Figura 38 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm .................................................................................................................... 55 Figura 39 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm.......................................................................... 56 Figura 40 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm.......................................................................... 56 Figura 41 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm.......................................................................... 57 Figura 42 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm.......................................................................... 57 Figura 43 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm........................................................................ 58 Figura 44 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm........................................................................ 58 Figura 45 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm........................................................................ 59 Figura 46 – Desenho esquemático do experimento 2, com os dois tubos de 4” e 6” e a resistência de aquecimento, com cotas em mm................................................................... 60 Figura 47 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 16 cm.... 61 Figura 48 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 18 cm.... 61 Figura 49 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 20 cm.... 62 Figura 50 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 22 cm.... 62 Figura 51 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 24 cm.... 63 Figura 52 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 26 cm.... 63 Figura 53 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 28 cm.... 64 Figura 54 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 16 cm............................................................................................................ 65 Figura 55 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 18 cm............................................................................................................ 65 Figura 56 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 20 cm............................................................................................................ 66 Figura 57 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 22 cm............................................................................................................ 66 Figura 58 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 24 cm............................................................................................................ 67 Figura 59 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 26 cm............................................................................................................ 67 Figura 60 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 28 cm............................................................................................................ 68 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS FIBRAS ÓPTICAS NOS TUBOS SENSORIADOS .................................................................................................................. 42 TABELA 2 – RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 1, TUBO DE PVC COM RANHURAS, NÍVEL DE ÁGUA DO SISTEMA E DA FIBRA ÓPTICA VARIANDO DE 2 EM 2 cm........................................................................................................................................ 52 TABELA 3 – RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 1, TUBO DE PVC SEM RANHURAS, NÍVEL DE ÁGUA DO SISTEMA E DA FIBRA ÓPTICA VARIANDO DE 2 EM 2 cm........................................................................................................................................ 59 TABELA 4 - RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 2 ............................................... 68 TABELA 5 – VALORES DO NÍVEL DE ÁGUA IMPOSTO AO SISTEMA E NA INTERFACE ÁGUA/AR COM O ERRO PERCENTUAL............................................................................ 69 LISTA DE ABREVIATURAS CCR – Concreto Compactado com Rolo COPEL – Companhia de Energia do Paraná DFOT – Distributed Fiber Optic Temperature DTS – Distributed Temperature Sensing LACTEC – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento MATLAB – MATrix LABoratory NA - Nível de água PVC – Cloreto de Polivinila PZ - Piezômetro PZFO – Piezômetro a Fibra Óptica TUM – Technische Universität München UHE – Usina Hidrelétrica LISTA DE SIGLAS amb. inicial – temperatura ambiente inicial amb. final – temperatura ambiente final exp. inicial – temperatura do experimento inicial exp. final – temperatura do experimento final resis. deslig. – a resistência foi desligada resis. lig. – a resistência foi ligada sub. exp. – subexperimento LISTA DE SÍMBOLOS T01 - tubo de PVC com ranhuras T02 - tubo de PVC sem ranhuras SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................19 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ...................................................19 1.2 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................20 1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO .....................................................................21 1.3.1 Objetivo Geral..........................................................................................21 1.3.2 Objetivos Específicos ..............................................................................21 1.4 2 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO..............................................................21 REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................23 2.1 PIEZOMETRIA............................................................................................23 2.1.1 Piezômetro Casagrande..........................................................................23 2.1.2 Piezômetro hidráulico ..............................................................................24 2.1.3 Piezômetro pneumático...........................................................................24 2.1.4 Piezômetro de corda vibrante..................................................................25 2.1.5 Piezômetro elétrico de resistência...........................................................25 2.1.6 Piezômetro a fibra óptica.........................................................................26 2.2 MONITORAMENTO DISTRIBUÍDO DE TEMPERATURAS COM FIBRAS ÓPTICAS ...............................................................................................................26 2.2.1 Espalhamento não linear Raman ............................................................27 2.2.2 Sensores de temperatura distribuídos em fibras ópticas utilizando o espalhamento Raman.........................................................................................29 2.2.3 DTS – Distributed Temperature Sensing.................................................29 2.3 APLICAÇÕES EM ENGENHARIA DO MÉTODO DISTRIBUÍDO DE MONITORAMENTO DE TEMPERATURA.............................................................31 2.3.1 Proposta de desenvolvimento .................................................................32 3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................34 3.1 Introdução ...................................................................................................34 4 5 3.2 Materiais e equipamentos ...........................................................................34 3.3 Montagem e procedimento de ensaio – experimento 1 ..............................35 3.4 Montagem e procedimento de ensaio – experimento 2 ..............................39 3.5 Organização e análise de dados.................................................................42 3.6 Identificação dos pontos nas fibras ópticas.................................................42 RESULTADOS - ANÁLISE E DISCUSSÃO........................................................43 4.1 EXPERIMENTO 1 .......................................................................................43 4.2 EXPERIMENTO 02 .....................................................................................60 CONCLUSÃO .....................................................................................................70 5.1 CONCLUSÕES ...........................................................................................70 5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..........................................71 REFERÊNCIAS.........................................................................................................72 APÊNDICES..............................................................................................................75 APÊNDICE A – TABELAS DE DADOS DE TEMPO E TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 1 .....................................................................................................75 APÊNDICE B – ALGORITMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 1, TUBO COM PASSO, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS ...........................................................77 APÊNDICE C – ALGORITMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 1, TUBO SEM PASSO, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS ...........................................................80 APÊNDICE D – TABELAS DE DADOS DE TEMPO E TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 2 .....................................................................................................83 APÊNDICE E – ALGORITMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 2, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS DE TEMPERATURA X SEÇÃO DA FIBRA X REPETIÇÕES ...........................................................................................................87 APÊNDICE F – ALGORITMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 2, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS DE TEMPERATURAS AMBIENTE, DA ÁGUA E DA FIBRA........................................................................................................................90 19 CAPÍTULO 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA No Brasil, realiza-se a geração de energia elétrica, principalmente, por meio de usinas hidroelétricas, devido ao potencial hídrico disponível no país. Em torno de 75% da energia elétrica gerada vem de usinas hidroelétricas. Um dos componentes principais de uma usina hidroelétrica é a barragem, cuja função básica é represar a água que será utilizada para geração de energia elétrica. Uma atenção especial deve ser dada ao desempenho da barragem devido a sua importância e riscos associados ao conjunto da usina hidroelétrica. A contínua avaliação da segurança de barragens é fundamental e é um assunto de discussão no âmbito nacional, que motivou a criação do Projeto de Lei no 1.181/2003, que estabelece que as barragens devam passar por inspeções periódicas e, dependendo do porte, por monitoramento contínuo de diferentes parâmetros. Este Projeto de Lei foi o marco inicial para a criação da Lei 12.223/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinada à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais e criação do Sistema Nacional de Informações sobre segurança de Barragens. Para exemplificar a importância da segurança de barragens são citados alguns casos de ruptura em território brasileiro: Barragem de Cataguases em Minas Gerais – 2003, Açude Arneiroz no Ceará – 2004, Barragem de Camará em Pernambuco – 2004, Barragem de Campos Novos em Santa Catarina – 2006, Barragem do Rio Pomba Mineração em Minas Gerais – 2007, PCH de Espora em Goiás – 2008, PCH de Apertadinho em Rondônia – 2008 e a Barragem Algodões I no Piauí – 2009. Os casos citados anteriormente confirmam a importância de um contínuo monitoramento das estruturas de barragens para a sua segurança, avaliando o 20 desempenho da barragem ao longo de sua vida funcional, e detecção de eventuais problemas com antecedência para a tomada de ações corretivas. Um dos instrumentos utilizados na avaliação de segurança de barragens é o piezômetro. Por meio deste instrumento mede-se a pressão da água no interior do solo ou fundações. Existem no mercado diversos tipos de piezômetros e dentre eles se destacam: piezômetro Casagrande, standpipe ou tubo aberto; piezômetro pneumático; piezômetro elétrico; piezômetro de corda vibrante; piezômetro hidráulico ou tubo duplo e piezômetro a fibra óptica: a) Fabry-Perot, b) rede ou grade de Bragg e c) polarímetro. Neste trabalho estuda-se o desenvolvimento de um protótipo de um piezômetro baseado em tecnologia de fibras ópticas pelo método distribuído de monitoramento de temperatura, que será posteriormente detalhado. 1.2 JUSTIFICATIVA O método distribuído de monitoramento, que será detalhado posteriormente, baseia-se na interpretação de dados de temperatura obtidos ao longo de toda a fibra óptica, podendo atingir dezenas de quilômetros, possuindo assim uma grande abrangência espacial. Esta elevada abrangência espacial abre a possibilidade de um monitoramento simultâneo de diversos instrumentos em série, considerando que cada instrumento deve conter um comprimento mínimo de fibra óptica. Ademais, a característica intrínseca da fibra óptica de imunidade às ondas eletromagnéticas apresenta uma vantagem adicional de durabilidade com um sistema de monitoramento baseado nesta tecnologia. Este estudo apresenta um primeiro passo para o desenvolvimento de um piezômetro a fibra óptica, que se baseia no método distribuído de temperatura para medidas de nível de água em um arranjo específico, que será detalhado posteriormente no capítulo 2. 21 1.3 OBJETIVOS DO TRABALHO 1.3.1 Objetivo Geral Elaborar um estudo preliminar para o desenvolvimento de um protótipo de piezômetro baseado em tecnologia de fibras ópticas pelo método distribuído de monitoramento de temperatura. 1.3.2 Objetivos Específicos (i) Apresentar um conceito preliminar de um piezômetro a fibra óptica pelo método distribuído de monitoramento de temperatura. (ii) Realizar ensaios e testes em laboratório para avaliação da capacidade de medição de níveis de água com precisão, que é parte intrínseca do conceito proposto. (iii) Estudar os limites da tecnologia de monitoramento distribuído de temperatura através de fibras ópticas e possíveis impactos sobre as medidas de nível de água. 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO A presente dissertação está dividida em cinco capítulos, além do presente capítulo introdutório. No capítulo 02, descrevem-se sucintamente os piezômetros existentes no mercado, elencando suas vantagens e desvantagens. Em seguida, apresenta-se uma revisão da literatura sobre o método de monitoramento distribuído de temperatura em fibras ópticas e suas aplicações em engenharia. No capítulo 03 são descritos os materiais e métodos empregados nos estudos iniciais que buscam a validação do conceito inicial para o piezômetro a fibra óptica. 22 Apresentam-se no capítulo 04 os resultados obtidos em laboratório, assim como a discussão sobre as limitações do conceito proposto. No capítulo 05 são apresentadas as conclusões, bem como sugestões para continuidade deste desenvolvimento. 23 CAPÍTULO 2 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 PIEZOMETRIA Os piezômetros foram empregados inicialmente na Índia no final do século XIX para o estudo da percolação na fundação de barragens construídas para irrigação. Em 1907, esses instrumentos foram utilizados na Inglaterra e, a partir de 1917, passaram a ser empregados nos Estados Unidos em barragens de terra, sendo hoje um dos instrumentos mais importantes para o monitoramento do comportamento de barragens (LIGOCKI, SARÉ E SAYÃO, 2003; SILVEIRA, 2006). O piezômetro consiste basicamente em um conjunto formado por um elemento poroso denominado bulbo e um tubo piezométrico. Esse conjunto é introduzido em um furo de sondagem realizado na superfície, onde será efetuada a leitura, até o local a ser monitorado. A função desse instrumento é mensurar a pressão hidráulica em determinados locais de fundação, sendo o seu funcionamento fundamentado no princípio de vasos comunicantes, baseado no fato de que a pressão hidráulica externa atuante na região do bulbo será igualada à pressão exercida pela coluna d´água no interior do tubo de leitura (FERC, 2008). Diferentes princípios tecnológicos já foram empregados para desenvolvimento de piezômetros, entre eles: piezômetro Casagrande; piezômetro hidráulico; piezômetro pneumático; piezômetro corda vibrante; piezômetro elétrico; piezômetro fibra óptica Fabry-Perot; piezômetro fibra óptica rede de Bragg e piezômetro fibra óptica tipo polarímetro. Resumidamente, vantagens e desvantagens destes piezômetros, segundo Cruz (1996) e Silveira (2006), são descritas a seguir. 2.1.1 Piezômetro Casagrande Vantagens: Confiabilidade. Durabilidade. 24 Sensibilidade. Possibilidade de verificação de seu desempenho por meio de ensaios de recuperação do nível de água. Desvantagens: Restrições quanto à sua instalação à montante da linha de água. Elevado tempo de resposta, quando instalado em solos com baixa permeabilidade. 2.1.2 Piezômetro hidráulico Vantagens: Técnica de construção relativamente simples. Permite a avaliação de pressões neutras negativas. Alta durabilidade. Desvantagens: Não é indicado para cotas de instalação muito maiores (~12 m, em função da pressão de borbulhamento de pedra porosa). Necessidade de operações demoradas e relativamente complexas para deaeração das tubulações e manutenção do sistema, implicando o envolvimento direto de um engenheiro ou técnico com alta qualificação técnica e consciência profissional. Tempo de leitura relativamente grande para solos pouco permeáveis. Recalques ocorridos com os instrumentos afetam os resultados. 2.1.3 Piezômetro pneumático Vantagens: Não interferência dos recalques sofridos pelos instrumentos sobre as medidas. Inexistência de limitações quanto à localização do instrumento. Leitura simples e rápida. Insensibilidade a descargas atmosféricas. Tempo de resposta relativamente pequeno. 25 Desvantagens: Necessidade de recarregamento de reservatórios de gás comprimido (normalmente nitrogênio). Leituras morosas para alguns medidores em relação a outros. 2.1.4 Piezômetro de corda vibrante Vantagens: Boa precisão. Alta sensibilidade. Possibilidade de ser lido a distância, o que permite sua integração ao sistema de automação da auscultação de barragens. Alta durabilidade dos transdutores. Leitura de pressões neutras negativas. Desvantagens: Corrosão da corda vibrante, constituída por um fio metálico. Emprego de cabos elétricos não devidamente blindados – interferência de campos eletromagnéticos. Descargas atmosféricas, cujas altas tensões induzidas no cabo elétrico do instrumento provocam a queima das bobinas do transdutor. 2.1.5 Piezômetro elétrico de resistência Vantagens: Baixos tempos básicos de resposta. Possibilidade de efetuar medidas dinâmicas de pressão neutra com registro contínuo. Facilidade para automação de leituras. Leitura de pressões neutras negativas. Desvantagem: Sensível à sobretensão e necessita de medidas de proteção. 26 2.1.6 Piezômetro a fibra óptica Segundo Silveira (2006, p. 73 e 74), um dos desenvolvimentos mais recentes no campo da engenharia civil, especialmente na instrumentação geotécnica e estrutural, são representados pelos sensores de fibra óptica. Esse novo tipo de sensor despertou um forte interesse entre alguns fabricantes e pesquisadores, tendo por base diferentes princípios, tais como: a interferometria de Fabry-Perot, a grade de Bragg e o polarímetro, conforme observação de Choquet, Juneau e Quirion (2000). De acordo com Silveira (2006), dentre as principais vantagens desse tipo de piezômetro, destacam-se: Rápido tempo de resposta. Imunidade a descargas atmosféricas. Imunidade a interferências eletromagnéticas. Por outro lado, por se tratar de uma tecnologia recente, o custo dos equipamentos é elevado e a base de dados ainda é reduzida para uma avaliação segura de sua durabilidade. Segundo Silveira (2006), julga-se que os piezômetros de fibra óptica, dentro de mais algum tempo, tomarão o lugar dos instrumentos de corda vibrante, em função de sua imunidade à ação de campos magnéticos e descargas atmosféricas. Além das tecnologias citadas para monitoramento com fibras ópticas, tem-se também o método distribuído de monitoramento de temperaturas, que será detalhado a seguir e que é objeto de avaliação deste trabalho, que busca identificar sua aplicabilidade ao desenvolvimento de um piezômetro. 2.2 MONITORAMENTO DISTRIBUÍDO ÓPTICAS DE TEMPERATURAS COM FIBRAS Conforme Faria (2012), o monitoramento distribuído de temperatura (DTS) é particularmente atrativo quando se deseja realizar o mapeamento térmico e/ou a medição de temperatura ao longo do comprimento da fibra óptica. Geralmente, a medição distribuída de temperatura é baseada em algum tipo de mecanismo de espalhamento de luz que ocorre internamente às fibras (RIGHINI et al., 2009). Esses 27 espalhamentos luminosos podem ser classificados como lineares ou não lineares, dependendo da densidade de potência óptica dentro da fibra. Ainda, segundo Faria (2012), dentre os espalhamentos lineares citam-se a dispersão linear Rayleigh e a dispersão linear de Mie. Já os espalhamentos de luz por efeitos não lineares são conhecidos como espalhamento Raman e espalhamento Brillouin. Ambos são empregados nos sistemas de medição distribuída. Contudo, o espalhamento Raman é utilizado somente para a medição de temperatura, ao passo que o espalhamento Brillouin pode ser empregado tanto na medição de temperatura, quanto na medição de deformações mecânicas. Este trabalho, em específico, foca o espalhamento não linear Raman. 2.2.1 Espalhamento não linear Raman A descoberta do espalhamento Raman foi alcançada por meio de experimentos realizados por C. V. Raman no ano de 1928 (FRAZÃO et al., 2009). De acordo com Islam (2004), as primeiras observações de tal espalhamento de luz foram feitas quando da propagação do feixe óptico em meios líquidos. Constatou-se que uma parcela do feixe se espalhava com valor de frequência diferenciado, comparado ao da luz incidente. Entretanto, a constatação do espalhamento Raman em fibras ópticas aconteceu somente no ano de 1971, quando Stolen et al. (1972) observaram esse tipo de espalhamento em fibras de vidro e, um ano mais tarde, o mesmo grupo efetuou medições do ganho Raman em uma fibra do mesmo tipo (STOLEN e IPPEN, 1973). Segundo Faria (2012), uma vez descrita a descoberta do espalhamento Raman bem como a quantificação da intensidade da luz espalhada, faz-se necessária uma discussão sobre a explicação física do fenômeno. De acordo com Chester (1987), a luz que se propaga em um determinado guia óptico pode sofrer modulação devido ao movimento rotacional e às vibrações moleculares do meio. Segundo Rossetto (2004), o espalhamento de luz ocorre devido à interação entre o feixe óptico incidente e as moléculas do meio de propagação. Conforme destaca o trabalho de Agrawal et al. (2001), o fenômeno do espalhamento Raman converte 28 uma pequena parte da energia da luz incidente em um ou mais campos ópticos, cujas frequências são diferentes em relação à do feixe incidente. Ainda, segundo Faria (2012), a quantificação do efeito Raman é realizada por meio da teoria da física quântica. De forma qualitativa, o espalhamento de luz, devido ao efeito Raman, ocorre quando um fóton atinge uma molécula do meio, fazendo-a passar para um estado de energia de vibração maior do que o anterior à colisão. O fóton transfere parte de sua energia para a molécula de forma que o fóton resultante possua menor energia e maior comprimento de onda, obedecendo à lei de Planck, formando a chamada componente Stokes (RIBEIRO, 2005; AGRAWAL et al., 2001; ROSSETTO, 2004). O fóton também pode receber parte da energia de vibração de uma determinada molécula. Desse modo, o processo observado é justamente o oposto ao supracitado, gerando então a componente anti-Stokes, em que o fóton resultante possuirá menor comprimento de onda e maior energia, em conformidade com a lei de Planck. As duas formas de irradiação de energia compostas pelo espalhamento Raman são exibidas pelo espectro de frequência na Figura 1, onde também podem ser visualizados o espalhamento Rayleigh e Brillouin (THÉVENAZ, 2011). Figura 1 – Espectro de frequência dos espalhamentos de luz que ocorrem em fibras ópticas Fonte – Traduzida do trabalho de THEVENAZ (2011). Como a relação entre as componentes anti-Stokes e Stokes depende da temperatura, a medição do espalhamento de luz Raman pode ser empregada para estimá-la ao longo da fibra óptica (RIGHINI et al., 2009). 29 2.2.2 Sensores de temperatura distribuídos em fibras ópticas utilizando o espalhamento Raman Embora as primeiras utilizações do espalhamento Raman tenham se concentrado nas aplicações relacionadas à amplificação do sinal óptico, o campo do uso do efeito Raman não ficou limitado apenas a tais aplicações. Com a descoberta da variação da intensidade do campo espalhado com a temperatura, os primeiros sensores de temperatura distribuídos começaram a surgir no mercado, e o primeiro resultado experimental da utilização do espalhamento Raman para medição térmica foi publicado em 1988 (DAKIN et al., 1988). De acordo com Nikles (2007), o espalhamento Raman é influenciado pelas vibrações moleculares do meio, e, desse modo, o mesmo é dependente da temperatura. Consequentemente, a luz retroespalhada traz consigo informações térmicas do ponto de ocorrência do fenômeno Raman. Conforme observado na Figura 1, há duas regiões do espalhamento chamadas de Stokes e anti-Stokes. Porém, a amplitude da componente anti-Stokes é dependente da temperatura do meio, ao passo que a amplitude da componente Stokes praticamente não varia com a temperatura (NIKLES, 2007; INAUDI e GLISIC, 2006). Os sistemas de medição de temperatura, baseados no espalhamento Raman, utilizam fibras ópticas tipo multimodo. O emprego desse tipo de guia óptico é adotado para que o estado de não linearidade seja atingido com uma fonte óptica de maior potência, obtendo-se maior intensidade do sinal luminoso Raman retroespalhado e facilitando assim sua detecção, bem como resguardando a integridade do sinal frente às perdas do meio de transmissão. 2.2.3 DTS – Distributed Temperature Sensing Com o avanço da tecnologia, equipamentos cada vez mais sofisticados e versáteis vêm sendo desenvolvidos para realizar diferentes tipos de coleta de dados e análise. Entre eles, tem-se o interrogador tipo DTS – Distributed Temperature Sensing, também conhecido como tecnologia de medidas DFOT – Distributed Fiber Optic Temperature, o qual permite monitorar informações relativas às variações 30 térmicas com base em propriedades do espectro da luz retroespelhada no interior do núcleo de uma fibra óptica (PETTRES et al., 2012). A técnica de medição distribuída de temperatura com fibra óptica baseia-se nas propriedades de sensibilidade térmica da fibra em que ela mesma é o sensor (AUFLEGER et al., 2003). A fibra óptica é um filamento extremamente fino e flexível. Sua estrutura cilíndrica básica é formada por uma região central chamada de núcleo, envolta por uma camada chamada de revestimento primário, as quais apresentam diferentes índices de refração, permitindo assim que a energia eletromagnética (luz) emitida viaje confinada no interior do núcleo até a extremidade oposta ou um receptor (BAILEY and WRIGHT, 2003). O pulso de luz, quando projetado no interior do núcleo da fibra por um determinado período de tempo, desloca-se com comprimento definido ao longo de toda a sua extensão (Figura 2). Ao se deslocar, o pulso de luz colide com a estrutura atômica da fibra óptica provocando o retroespalhamento de ondas, que retornam ao início da fibra, possibilitando assim sua análise. Figura 2 - O efeito Raman de dispersão em um cabo de fibra óptica Fonte – AUFLEGER et al. (2003). A relação entre a energia da banda anti-Stokes com a banda de Stokes do sinal retroespalhado pode ser simplesmente relacionada com a temperatura da fibra óptica em qualquer posição do seu comprimento (SMOLEN e SPEK, 2003). 31 O equipamento DTS utiliza um laser para aplicar os pulsos de luz no interior da fibra óptica. Um detector específico para a frequência Raman mede a reflexão deste pico ao longo do seu comprimento, e, por intermédio da análise do tempo total referente ao momento de emissão da luz até sua recepção, determina a localização dos pontos de medição distribuídos ao longo da fibra óptica, tendo em vista que a velocidade do pulso de luz no núcleo da fibra é conhecida (AUFLEGER et al., 2003). As variações monitoradas podem permitir a avaliação da temperatura com precisão e resolução espacial que dependerão do equipamento utilizado. Neste trabalho, o equipamento utilizado tem a resolução máxima de 0,1 ºC e resolução espacial de 1,02 m para um comprimento de até 6 km de fibra óptica (PETTRES et al., 2012). 2.3 APLICAÇÕES EM ENGENHARIA DO MONITORAMENTO DE TEMPERATURA MÉTODO DISTRIBUÍDO DE A utilização do método distribuído de monitoramento de temperaturas em engenharia de barragens vem se intensificando e não se restringe à avaliação exclusiva de temperaturas. Perzlmaier, Aufleger e Conrad (2004) desenvolveram um método, conhecido como método do aquecimento, que emprega o aquecimento do cabo óptico, buscando correlacionar o mecanismo de transporte de calor a parâmetros característicos do meio que envolve o cabo. Este estudo teve por objetivo a identificação de infiltrações em barragens de enrocamento com face de concreto. Segundo uma linha semelhante, Perzlmaier et al. (2006) realizaram estudos buscando definir a velocidade de fluxo em solos a partir das temperaturas registradas pelo cabo óptico. No Brasil, o trabalho pioneiro com este tipo de monitoramento em barragens foi desenvolvido pelo grupo do LACTEC – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, em parceria com a COPEL – Companhia de Energia do Paraná, e TUM – Technische Universität München no monitoramento do campo de temperaturas em um bloco da barragem tipo CCR, da UHE Fundão (MOSER et al., 2006). Um histórico sobre o desempenho desta instrumentação foi recentemente apresentado por Lacerda e Soares (2010). Jarek et al. (2011) utilizaram sensores distribuídos de fibra óptica em um experimento de laboratório para detecção de infiltrações, combinando o sensor com 32 aquecimento para avaliar níveis qualitativos de saturação no material poroso e a influência da água no processo de transferência de calor. Pettres, Rocha e Lacerda (2012) empregaram o método do aquecimento com o sistema DTS para desenvolver um medidor de nível de água para drenos de fundação de barragens de concreto. O mesmo desenvolvimento pode ser estendido para aplicações em campo e facilmente adaptado ao desenvolvimento de um piezômetro Casagrande/DTS. 2.3.1 Proposta de desenvolvimento A proposta deste trabalho é utilizar o equipamento DTS e sensores ópticos distribuídos em estudos iniciais, para o desenvolvimento de um protótipo de um piezômetro a fibra óptica pelo método distribuído de monitoramento de temperatura. Em essência, avalia-se a possibilidade de medidas precisas do nível de água através das fibras ópticas dentro de um instrumento com dimensões compatíveis ao diâmetro de um furo de sondagem, onde as variações de nível de água devem ocorrer em função de variações da pressão no meio em que o instrumento estará inserido. A medição do nível de água no instrumento dar-se-á pela detecção da interface água/ar. Espera-se que, com um equipamento DTS, seja possível monitorar diversos piezômetros em série por meio de um único cabo/fibra óptico e de um único ponto de medição (ver Figura 3), possibilitando uma elevada abrangência espacial e facilidade de leitura, especialmente em condições atmosféricas adversas. Figura 3 – Um único ponto de medição e diversos piezômetros em série com somente uma fibra Fonte – O autor (2013). 33 Para o desenvolvimento do instrumento proposto, diversos experimentos foram realizados visando à detecção de uma interface água/ar com sensores ópticos distribuídos e tendo como premissa o aquecimento da água. O conceito geral do piezômetro é apresentado na Figura 4, que justifica a necessidade de se estudar a detectabilidade do nível de água. Figura 4 – Desenho esquemático de um protótipo de piezômetro a fibra óptica, com dimensões em mm Fonte – O autor (2013). O desenho esquemático da Figura 4 é composto por 2 tubos de PVC, com 4” e 6”; o tubo de 6” possui uma abertura lateral de 2 cm por 20 cm, já o tubo de 4” é perfurado com 44 furos de 9,5 mm, dispostos em 11 linhas com 4 furos. A parte superior do tubo de 4” é enrolada à fibra óptica em 11 cm do tubo; na parte interna do tubo de 4” tem-se um cilindro de isopor, que possui um furo de 2,5 cm para acondicionar a resistência elétrica. Na base dos 2 tubos tem-se uma manta de borracha com 6” e na parte interna da manta de borracha, uma membrana flexível de 4”. A pressão externa provoca a deformação da membrana, que por sua vez desloca o volume interno de água. A variação do nível de água altera o comprimento imerso de fibra óptica, possibilitando, portanto, sua detecção. 34 CAPÍTULO 3 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Introdução Neste capítulo são descritos os materiais e os procedimentos utilizados em dois experimentos, os quais formam a base para o desenvolvimento do conceito proposto, que utiliza o monitoramento distribuído de temperaturas através da fibra óptica, e esta como um sensor de nível da água presente no interior do protótipo, que é o instrumento sensor. A identificação do nível de água é realizada com o aquecimento da água. Por meio do primeiro experimento busca-se identificar o modo mais adequado para assentamento da fibra óptica na superfície do cilindro central de PVC com 4 pol. Duas alternativas são avaliadas: a) assentamento da fibra óptica no tubo com ranhura helicoidal com passo de 3 mm; b) assentamento helicoidal justaposto da fibra óptica. O segundo experimento consiste em simular a alternativa mais adequada para assentamento da fibra óptica em um modelo que inclui o aquecimento da água com uma resistência elétrica. 3.2 Materiais e equipamentos A seguir são relacionados os materiais e os equipamentos utilizados no primeiro e segundo experimentos: • 01 tubo de PVC com diâmetro de 4” e 17 cm de comprimento, sendo 11 cm com ranhuras de 3 em 3 mm com largura de 0,5 mm; • 01 tubo de PVC com diâmetro de 4” e 17 cm de comprimento, sem ranhuras; • 01 tubo de PVC com diâmetro de 4” e 30 cm de comprimento; • 01 tubo de PVC com diâmetro de 6” e 30 cm de comprimento, com abertura lateral de 20 cm por 2 cm; 35 • 01 manta de borracha com 15 cm de diâmetro; • 01 cilindro de isopor de 4” com 17 cm de comprimento, com cavidade interna de 2,5 cm; • 01 fibra óptica com 114 metros, multimodo, com núcleo de 50 µm, revestimento primário de 125 µm e camada protetora de 900 µm; • 01 equipamento de fusão para fibra óptica, modelo S178 FUSION SPLICER, fabricante Furukawa Electric CO. LTD. • 01 régua graduada milimétrica para medição interna do nível da água; • 01 régua graduada milimétrica para medição externa do nível da água; • 02 recipientes graduados (1 em 1 litro) – Um para aquecimento da água e outro para acondicionar os tubos de PVC com os sensores ópticos; • 01 termômetro digital para monitoramento da temperatura ambiente; • 01 termômetro digital de haste para monitoramento da temperatura da água; • 01 resistência elétrica para aquecimento da água; • 01 caneta óptica para teste de continuidade da fibra óptica; • 01 recipiente para 100 litros de água para acondicionar os trechos com temperaturas de referência da fibra óptica; • 01 equipamento DTS. 3.3 Montagem e procedimento de ensaio – experimento 1 O início do experimento 1 consistiu da preparação de 2 tubos de PVC. O primeiro tubo de PVC foi fabricado com 4” de diâmetro e 17 cm de comprimento, sendo os 3 cm da parte superior lisos, sem ranhuras, os 11 cm seguintes com ranhura helicoidal com 3 mm de passo e profundidade de 0,5 mm e, finalizando, com 3 cm na parte inferior, sem ranhuras, conforme ilustra a Figura 5A. Neste tubo a fibra óptica foi assentada na ranhura. O segundo tubo de PVC foi confeccionado com 4” e 17 cm de comprimento, sendo todos os seus 17 cm sem ranhuras, conforme ilustra a Figura 5B. A fibra óptica foi enrolada justaposta, ou seja, sem espaçamento. Nas 36 Figuras 5A e 5B a fibra óptica tem cores diferentes, ou seja, branca e cinza, e as mesmas foram emendadas por meio de um equipamento de fusão para fibra óptica. (A) (B) Figura 5 – (A) 1º. Tubo de PVC com 4” e 17 cm, sendo 11 cm com ranhuras helicoidais na sua porção central; (B) 2º. Tubo de PVC com 4” e 17 cm, sendo os seus 17 cm lisos Fonte – O autor (2013). O experimento com os tubos com e sem ranhuras foi executado simultaneamente. Ambos os tubos foram inseridos em um recipiente graduado de 20 litros, com uma régua milimétrica para monitorar o nível de água dentro do recipiente, conforme mostra a Figura 6. Figura 6 – Vista interna dos tubos com a régua graduada milimétrica Fonte – O autor (2013). Após a montagem do experimento, a continuidade da fibra óptica foi verificada com uma caneta óptica (ver Figuras 7A e 7B). 37 (A) (B) Figura 7 – (A) Caneta óptica lançando um sinal luminoso no início da fibra óptica; (B) Sinal luminoso saindo no final da fibra óptica Fonte – O autor (2013). A Figura 8 ilustra um esquema do experimento 1: a fibra óptica conectada ao DTS, passando pela primeira referência (tanque com temperatura controlada), em seguida pelos tubos de PVC com ranhura T01 e sem ranhura T02 e, finalmente, pela segunda referência do sistema. Unidades em metros Figura 8 – Esquema de montagem da fibra óptica, com o DTS, as duas referências, o tubo de PVC T01 com ranhuras e o T02 sem ranhuras Fonte – O autor (2013). O sistema DTS (ver Figura 9A) foi configurado com informações de calibração do cabo óptico e programado para realizar leituras a cada 1 minuto. Cada leitura resulta em um arquivo de dados. Outra informação essencial de configuração é o parâmetro temperatura associado aos dois trechos de referência. As temperaturas da água nos trechos de referência são utilizadas para ajuste das leituras do sistema (ver Figura 9B). 38 (A) (B) Figura 9 – (A) Vista do DTS; (B) Medição da temperatura da água na referência do sistema Fonte – O autor (2013). O primeiro estágio de monitoramento foi realizado com o recipiente sem água. Cada estágio teve duração de 10 minutos, compreendendo uma série de leituras do sistema DTS. No segundo estágio, em diante, água aquecida a 40 ºC foi inserida no recipiente até atingir o nível de água de 3 cm. Os níveis monitorados variaram de 3 cm a 15 cm com passos de 1 em 1 cm, conforme ilustra a Figura 10. Em cada estágio, parte da fibra óptica de cada tubo poderia estar submersa e parte, fora da água. A cada nível monitorado, a água do recipiente era retirada; colocava-se água fria por alguns minutos e aguardava-se até que o sistema entrasse em equilíbrio térmico com o meio ambiente. (A) (B) (C) Figura 10 – Nível de água de 1 em 1 cm, com os níveis de água para (A) 3 cm, (B) 4 cm e (C) 5 cm Fonte – O autor (2013). 39 A primeira parte do experimento variou o nível de água de 1 em 1 cm, conforme a Figura 10; na segunda parte do experimento, o nível de água teve uma variação de 2 em 2 cm, conforme a Figura 11. (A) (B) (C) Figura 11 - Nível de água de 2 em 2 cm, com os níveis de água para (A) 3 cm, (B) 5 cm e (C) 7 cm Fonte – O autor (2013). 3.4 Montagem e procedimento de ensaio – experimento 2 No segundo experimento foram utilizados 2 tubos de PVC. O tubo interno foi selecionado com 4” de diâmetro e 30 cm de comprimento (ver Figura 12A), enquanto o segundo tubo, disposto concentricamente, foi confeccionado com 6” e mesmo comprimento, com uma abertura lateral de 20 cm para servir como janela de visualização (ver Figura 12 B). (A) (B) Figura 12 – (A) Vista lateral do tubo de PVC de 4” com 30 cm; (B) Vista lateral do tubo de PVC de 6” com 30 cm, com a abertura lateral de 20 cm por 2 cm Fonte – O autor (2013). 40 Uma manta de borracha com mesmo diâmetro do tubo externo foi confeccionada para vedação da base. O tubo interno foi perfurado na lateral inferior para facilitar o fluxo de calor da água aquecida para fora do tubo. A parte superior do tubo interno foi preenchida com um cilindro de isopor de 4” com 17 cm, conforme ilustra a Figura 13A. Através do isopor abriu-se uma passagem para inserir e posicionar uma resistência elétrica de aquecimento da água na base do cilindro (ver Figura 13B). A passagem foi posteriormente selada com isopor e gel de silicone. (A) (B) Figura 13 – (A) Cilindro de isopor de 4” com 17 cm, já introduzido no tubo de PVC de 4”; (B) Resistência elétrica de aquecimento já inserida no tubo de PVC com o cilindro de isopor Fonte – O autor (2013). Em seguida, fez-se o assentamento da fibra óptica, justaposta ao longo de 11 cm de altura na parte central superior do tubo interno, conforme ilustra a Figura 14. Figura 14 – Tubo de PVC com a fibra óptica enrolada Fonte – O autor (2013). 41 Para fechar o instrumento, colou-se com adesivo plástico o tubo externo na base de borracha. O passo seguinte foi posicionar o sistema montado na bancada de testes com uma régua graduada de 14 cm ao lado da abertura do tubo, que foi fechada com fita plástica transparente; o espaçamento entre os tubos de PVC foi mantido com peças de isopor (ver Figura 15A). Um termômetro digital de haste foi posicionado a 9 cm da base do sistema para medir a temperatura da água, conforme mostra a figura 15B. (A) (B) Figura 15 – (A) Vista lateral do sistema com a régua colada; (B) Vista lateral do sistema com o termômetro digital de haste instalado a 9 cm da base Fonte – O autor (2013). Na bancada de testes, o instrumento foi preenchido com água com temperatura ambiente até o nível 0 cm, indicado pela régua graduada, que marca o início do assentamento da fibra óptica no tubo interno. A temperatura da água foi monitorada por intermédio do termômetro digital de haste. O sistema DTS foi programado para realizar leituras a cada 15 segundos e registros a cada 1 minuto. Após um período de 3 minutos de leituras iniciais, o aquecimento foi acionado durante outros 3 minutos, e, após esse tempo, foi desligado, seguindo-se com registros de temperatura até 20 minutos. O experimento 42 foi conduzido, repetindo-se o mesmo procedimento para diferentes níveis de água, variando de 2 em 2 cm. 3.5 Organização e análise de dados Para uma melhor organização dos dados coletados durante cada ensaio, foram elaboradas tabelas de controle (ver Apêndices A e D). Algoritmos em MatLab (MATrix LABoratory) foram elaborados para avaliação dos resultados (ver Apêndices B, C, E e F); estes algoritmos seccionam a matriz tempo X temperatura para o período de análise estudado. Os dados registrados no sistema DTS são valores de temperatura e formam, basicamente, uma matriz contendo em uma dimensão os pontos da fibra óptica e, na outra, os instantes de medição. 3.6 Identificação dos pontos nas fibras ópticas Um aspecto fundamental para a avaliação dos experimentos é identificar a posição dos pontos das fibras que representam as variações de temperatura registradas. A cada 1,02 m de extensão de fibra óptica tem-se um ponto – o ponto 1 está a 1,02 m do ponto 0, início da fibra óptica; o ponto 2 está a 2,04 m do ponto 0 e assim por diante. As posições extremas (inferior e superior) da fibra óptica enrolada nos tubos são facilmente identificadas por meio de testes de imersão da fibra óptica em água aquecida. A configuração de cada modelo ensaiado é apresentada na Tabela 1. Nos resultados apresentados no capítulo 4, o trecho do tubo com passo dos pontos 34 (inferior) e 44 (superior) serão denominados nos gráficos como os pontos 1 (inferior) e 11 (superior). Para o tubo sem passo, o trecho dos pontos 57 (inferior) e 92 (superior) serão denominados nos gráficos como os pontos 1 (inferior) e 38 (superior). TABELA 1 - IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES DAS FIBRAS ÓPTICAS NOS TUBOS SENSORIADOS Fonte – O autor (2013). 43 4 RESULTADOS - ANÁLISE E DISCUSSÃO 4.1 EXPERIMENTO 1 Um esquema do recipiente com os modelos testados no primeiro experimento é ilustrado na Figura 16. Na Figura 17 mostram-se as dimensões e as posições dos sensores ópticos, ou seja, as fibras ópticas, fixados em cada modelo. (A) (B) Figura 16 – Esquema dos modelos com (A) e sem (B) ranhuras, nível de água em 3 cm Fonte – O autor (2013). (A) (B) Figura 17 – (A) Tubo de PVC de 4” com ranhuras helicoidais de 3 mm; (B) Tubo de PVC de 4” sem ranhuras Fonte – O autor (2013). 44 Os resultados apresentados a seguir referem-se aos níveis de água: 3 cm, 5 cm, 7 cm, 9 cm, 11 cm, 13 cm e 15 cm. O início da fixação da fibra óptica nos dois modelos está no nível de água 3 cm, enquanto o término da fixação está no nível 14 cm. Conforme mencionado no Capítulo 3, 11 pontos da fibra óptica são sensibilizados no modelo com ranhura e 38 pontos no modelo sem ranhura. As Figuras 18 a 24 mostram os registros de temperatura durante 10 minutos nos 11 pontos do primeiro modelo para cada um dos 7 níveis de água citados. O registro das temperaturas inicia imediatamente após a colocação no recipiente da água aquecida a 40 oC, aproximadamente. Em todas as figuras observam-se os seguintes aspectos: • Tendência de estabilização dos valores de temperatura após os minutos iniciais. • Temperaturas mais altas nos pontos mais baixos da fibra óptica em virtude da proximidade da fonte de calor. • Temperaturas nos pontos imersos comparáveis à temperatura da água. Observa-se na Figura 18, no eixo “x”, o tempo do ensaio em minutos. Este tempo foi selecionado em função do nível de água imposto ao sistema e o registro deste tempo foi feito pelo DTS de forma contínua para cada dia de experimento. Por este motivo se tem períodos específicos para cada experimento (nível de água), não necessariamente em ordem sequencial. Temperatura dos pontos ao longo do tempo 32 31 Temperatura em ºC 30 29 28 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 27 26 25 24 13 14 15 16 17 18 19 Tempo em minutos 20 21 22 23 Figura 18 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm Fonte – O autor (2013). 45 Cabe enfatizar que cada ponto da fibra óptica é sensibilizado pelas variações térmicas em um segmento de 2,04m (PETTRES et al., 2012). Portanto, para que um ponto esteja registrando o valor da temperatura da água é necessário que o segmento do ponto correspondente de 2,04 m esteja imerso. Temperatura dos pontos ao longo do tempo 38 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 36 Temperatura em ºC 34 32 30 28 26 24 22 101 102 103 104 105 106 107 108 Tempo em minutos 109 110 111 Figura 19 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura em ºC 40 Temperatura dos pontos ao longo do tempo Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 35 30 25 62 64 66 68 Tempo em minutos 70 72 74 Figura 20 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm Fonte – O autor (2013). 46 A partir da Figura 20, percebe-se que o ponto da base (ponto 1) não atinge a mesma temperatura dos outros pontos supostamente imersos. Esta característica é explicada pelo fato de que parte do segmento de 2,04 m, referente a este ponto, está fora da região de fixação da fibra óptica no tubo. Na Figura 21 é evidente que os pontos 2, 3, 4 e 5 estão completamente imersos em água, registrando a mesma temperatura. Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 Temperatura em ºC 38 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 36 34 32 30 28 26 88 90 92 94 Tempo em minutos 96 98 100 Figura 21 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 9 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 Temperatura em ºC 36 34 32 30 28 26 24 16 17 18 19 20 21 22 Tempo em minutos 23 24 25 26 Figura 22 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm Fonte – O autor (2013). 47 Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 39 Temperatura em ºC 38 37 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 36 35 34 33 32 31 30 41 42 43 44 45 46 47 Tempo em minutos 48 49 50 51 Figura 23 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura dos pontos ao longo do tempo 39 Temperatura em ºC 38.5 38 37.5 Base 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Topo 11 37 36.5 36 35.5 16 18 20 22 24 Tempo em minutos 26 28 30 Figura 24 – Temperatura dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 15 cm Fonte – O autor (2013). Com base nos resultados apresentados para cada nível de água monitorado, elaborou-se um segundo gráfico, buscando-se a definição de um critério prático para estimar o nível de água a partir das medidas ópticas. Neste gráfico, tem-se para cada um dos pontos e período de monitoramento as seguintes informações: 48 temperatura ambiente inicial e final, temperatura da água inicial e final, e as temperaturas máxima, média e mínima registradas em cada ponto. Estes resultados são apresentados nas Figuras 25 a 31. Como critério para definição do nível de água busca-se visualmente o primeiro ponto, com tendência a “sair” da faixa de temperatura da água durante o monitoramento. Tendo em vista que os pontos imersos tendem a apresentar o mesmo registro de temperatura, os mesmos devem formar um patamar aproximadamente horizontal dentro da faixa de temperaturas da água. O ponto vizinho que não esteja neste mesmo patamar, possivelmente deve ter parte do seu segmento de 2,04 m fora da água. O nível da água deve, portanto, estar cruzando este segmento de 2,04 m. Estes pontos, quando possível, são identificados nas Figuras 25 a 31. Para efeitos práticos, a posição intermediária entre estes pontos e o último ponto do patamar (anterior) é adotada como o nível de água estimado pelo monitoramento óptico. Na Figura 25, onde o nível de água estava em 3 cm, percebe-se que nenhum ponto está imerso. A temperatura inicial e final da água é identificada pela legenda “exp. inicial” e “exp. final”, respectivamente. Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 13 e 23 38 36 Temperatura em ºC 34 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 32 30 28 26 24 22 1 2 3 4 5 6 Pontos 7 8 9 10 11 Figura 25 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm Fonte – O autor (2013). Na Figura 26, o nível de água estava em 5 cm. Como se sabe que o ponto 1 (base) tem parte de seu segmento antes do início da fixação da fibra óptica, não é 49 possível visualizar um patamar ou afirmar que o ponto 2 está completamente imerso, embora sua temperatura máxima esteja dentro da faixa de temperatura da água. Entretanto, pode-se afirmar que o nível de água cruza o segmento correspondente ao ponto 2. A suavidade da curva, que une os pontos 3 em diante, indica que os mesmos estão completamente fora da água. Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 101 e 111 38 36 Temperatura em ºC 34 32 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 30 28 26 24 22 20 18 1 2 3 4 5 6 Pontos 7 8 9 10 11 Figura 26 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm Fonte – O autor (2013). Na Figura 27 é nítido o patamar formado pelas temperaturas nos pontos 2 e 3. Portanto, o nível de água cruza o segmento referente ao ponto 4. A mesma análise é válida para as Figuras 28 – 31. Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 62 e 73 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 0 2 4 6 Pontos 8 10 12 Figura 27 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 7 cm Fonte – O autor (2013). 50 Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 89 e 100 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 0 2 4 6 8 Pontos 10 12 Figura 28 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm Fonte – O autor (2013). Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 16 e 26 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 20 1 2 3 4 5 6 Pontos 7 8 9 10 11 Figura 29 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm Fonte – O autor (2013). 51 Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 41 e 51 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 20 1 2 3 4 5 6 Pontos 7 8 9 10 11 Figura 30 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 13 cm Fonte – O autor (2013). Conclui-se, pela Figura 31, que o ponto 11, assim como o ponto 1, também tem parte de seu segmento de 2,04 m fora da água, após o término da fixação da fibra óptica. Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 17 e 29 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 20 0 2 4 6 8 Pontos 10 12 14 Figura 31 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 11 pontos do primeiro modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm Fonte – O autor (2013). 52 Na Tabela 2 apresenta-se uma comparação entre os níveis de água impostos e identificados por intermédio do monitoramento óptico. TABELA 2 – RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 1, TUBO DE PVC COM RANHURAS, NÍVEL DE ÁGUA DO SISTEMA E DA FIBRA ÓPTICA VARIANDO DE 2 EM 2 cm Fonte – O autor (2013). A mesma análise é efetuada com os dados obtidos com o tubo sem ranhuras. As Figuras 32 a 38 apresentam os registros de temperatura dos pontos monitorados, enquanto as Figuras 39 a 45 apresentam a análise destes resultados e identificação do nível de água com base no critério estabelecido. Temperatura dos pontos ao longo do tempo 32 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 Temperatura em ºC 30 28 26 24 22 20 18 19 20 21 22 23 24 25 Tempo em minutos 26 27 28 29 Figura 32 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm Fonte – O autor (2013). 53 Temperatura dos pontos ao longo do tempo 38 36 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 Temperatura em ºC 34 32 30 28 26 24 22 20 101 102 103 104 105 106 107 Tempo em minutos 108 109 110 111 Figura 33 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Temperatura em ºC 36 34 32 30 28 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 26 24 22 20 17 18 19 20 21 22 23 Tempo em minutos 24 25 26 27 Figura 34 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm Fonte – O autor (2013). 54 Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 Temperatura em ºC 36 34 32 30 28 26 24 22 74 76 78 80 Tempo em minutos 82 84 86 Figura 35 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 Temperatura em ºC 36 34 32 30 28 26 24 22 20 16 17 18 19 20 21 22 Tempo em minutos 23 24 25 26 Figura 36 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm Fonte – O autor (2013). 55 Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Temperatura em ºC 36 34 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 32 30 28 26 24 22 52 54 56 58 Tempo em minutos 60 62 64 Figura 37 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm Fonte – O autor (2013). Temperatura dos pontos ao longo do tempo 40 38 Temperatura em ºC 36 Base 1 Ponto 4 Ponto 7 Ponto 11 Ponto 14 Ponto 17 Ponto 21 Ponto 24 Ponto 27 Ponto 31 Ponto 34 Ponto 36 Topo 38 34 32 30 28 26 24 22 16 18 20 22 24 Tempo em minutos 26 28 30 Figura 38 – Temperatura dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm Fonte – O autor (2013). 56 Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 19 e 29 38 36 Temperatura em ºC 34 32 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 30 28 26 24 22 20 18 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 39 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 3 cm Fonte – O autor (2013). Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 101 e 111 38 36 Temperatura em ºC 34 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 32 30 28 26 24 22 20 18 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 40 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 5 cm Fonte – O autor (2013). 57 Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 17 e 27 40 38 Temperatura em ºC 36 34 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 32 30 28 26 24 22 20 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 41 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 7 cm Fonte – O autor (2013). Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 75 e 86 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 20 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 42 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 9 cm Fonte – O autor (2013). 58 Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 16 e 26 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 20 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 43 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 10 minutos – nível de água: 11 cm Fonte – O autor (2013). Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 53 e 64 40 38 Temperatura em ºC 36 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 34 32 30 28 26 24 22 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 44 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 11 minutos – nível de água: 13 cm Fonte – O autor (2013). 59 Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos 17 e 29 40 38 Temperatura em ºC 36 34 máxima mínima média amb inicial amb final exp inicial exp final 32 30 28 26 24 22 20 0 5 10 15 20 Pontos 25 30 35 40 Figura 45 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos do segundo modelo ao longo de 12 minutos – nível de água: 15 cm Fonte – O autor (2013). Na Tabela 3 apresenta-se uma comparação entre os níveis de água impostos e identificados por intermédio do monitoramento óptico. TABELA 3 – RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 1, TUBO DE PVC SEM RANHURAS, NÍVEL DE ÁGUA DO SISTEMA E DA FIBRA ÓPTICA VARIANDO DE 2 EM 2 cm. Fonte – O autor (2013). Obteve-se uma densidade de informações maior na segunda parte do experimento, com o monitoramento de 38 pontos no tubo de PVC sem ranhuras, contra a primeira parte do experimento, com o monitoramento de 11 pontos no tubo de PVC com ranhuras de 3 mm. 60 A detecção da interface água/ar foi mais precisa na segunda parte do experimento, pois os 38 pontos foram distribuídos em 11 cm da fibra óptica com os pontos em intervalos de 0,29 cm; já na primeira parte do experimento, os 11 pontos foram distribuídos em 11 cm da fibra óptica com os pontos em intervalos de 1 cm. Como tem menos pontos, a detecção fica mais difícil. 4.2 EXPERIMENTO 02 Um esquema do modelo testado no segundo experimento, em que foi utilizado um tubo sem ranhuras, é ilustrado na Figura 46. A fibra óptica foi fixada em justaposição em uma extensão de 11 cm do tubo de PVC. Os resultados apresentados a seguir referem-se aos níveis de água: 16 cm, 18 cm, 20 cm, 22 cm, 24 cm, 26 cm e 28 cm. O início da fixação da fibra óptica no modelo está no nível de água 16 cm, enquanto o término da fixação está no nível 27 cm. Conforme mencionado no Capítulo 3, 38 pontos da fibra óptica são sensibilizados neste modelo. Em todos os casos analisados, a água foi aquecida até a temperatura de 31 oC, aproximadamente. As Figuras 47 a 53 mostram os registros de temperatura durante 20 minutos de ensaio nos 38 pontos do modelo, para cada um dos 7 níveis de água citados. A quantidade de repetições no eixo “x” dos gráficos significa o tempo; cada repetição é de 0,25 minutos, ou seja, 80 repetições são 20 minutos. O início do aquecimento se dá alguns minutos após o início do ensaio. Ao final dos 20 minutos de ensaio, o comportamento obtido é semelhante aos registros obtidos no primeiro experimento e a análise dos resultados é semelhante. Figura 46 – Desenho esquemático do experimento 2, com os dois tubos de 4” e 6” e a resistência de aquecimento, com cotas em mm Fonte – O autor (2013). 61 Figura 47 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 16 cm Fonte – O autor (2013). Figura 48 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 18 cm Fonte – O autor (2013). 62 Figura 49 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 20 cm Fonte – O autor (2013). Figura 50 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 22 cm Fonte – O autor (2013). 63 Figura 51 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 24 cm Fonte – O autor (2013). Figura 52 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 26 cm Fonte – O autor (2013). 64 Figura 53 – Temperatura dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 28 cm Fonte – O autor (2013). As Figuras 54 a 60 apresentam a análise destes resultados e a identificação do nível de água com base no critério estabelecido. Na Figura 54, percebe-se com clareza que nenhum ponto da fibra óptica está imerso. A nomenclatura utilizada na legenda foi: • amb inicial = temperatura ambiente inicial, • amb final = temperatura ambiente final, • água inicial = temperatura da água inicial, • água final = temperatura da água final, • máxima = temperatura máxima de cada ponto da fibra óptica, • mínima = temperatura mínima de cada ponto da fibra óptica e • média = temperatura média de cada ponto da fibra óptica. 65 Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 1 e 80 Temperatura em ºC 30 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 25 20 15 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 54 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 16 cm Fonte – O autor (2013). Observa-se na Figura 55 que o primeiro ponto não tem todo o seu segmento no trecho de fixação no tubo de PVC. Observa-se também que as maiores temperaturas registradas são superiores à temperatura máxima da água. Isso ocorre em função do posicionamento do termômetro de agulha e da fibra óptica (mais próxima) em relação à resistência elétrica. Estima-se pelo gráfico que o nível de água está entre os pontos 6 e 7. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 150 e 230 32 Temperatura em ºC 30 28 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 26 24 22 20 18 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 55 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 18 cm Fonte – O autor (2013). 66 Na Figura 56, estima-se que o nível de água esteja entre os pontos 13 e 14. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 40 e 120 32 30 Temperatura em ºC 28 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 26 24 22 20 18 16 14 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 56 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 20 cm Fonte – O autor (2013). Na Figura 57, estima-se que o nível de água esteja entre os pontos 20 e 21. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 180 e 260 34 32 Temperatura em ºC 30 28 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 26 24 22 20 18 16 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 57 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 22 cm Fonte – O autor (2013). 67 Na Figura 58, estima-se que o nível de água esteja entre os pontos 27 e 28. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 320 e 400 32 30 Temperatura em ºC 28 26 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 24 22 20 18 16 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 58 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 24 cm Fonte – O autor (2013). Na Figura 59, estima-se que o nível de água esteja entre os pontos 34 e 35. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 40 e 120 32 Temperatura em ºC 30 28 26 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 24 22 20 18 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 59 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 26 cm Fonte – O autor (2013). 68 A Figura 60 indica que o ponto 38, possivelmente, tem parte de seu segmento fora da região de fixação da fibra óptica. Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições 180 e 260 32 Temperatura em ºC 30 28 máxima mínima média amb inicial amb final água inicial água final 26 24 22 20 18 0 5 10 15 20 Pontos da fibra 25 30 35 40 Figura 60 – Temperaturas mínima, média e máxima dos 38 pontos ao longo de 20 minutos – nível de água: 28 cm Fonte – O autor (2013). Na Tabela 4 apresenta-se uma comparação entre os níveis de água impostos e identificados por meio do monitoramento óptico. TABELA 4 - RESUMO DOS DADOS DO EXPERIMENTO 2 Fonte – O autor (2013). Como se pode observar na Tabela 4, o valor da interface água/ar ficou muito próximo ao valor imerso da fibra óptica; para se obter o valor em cm da interface água/ar foi utilizado o ponto médio multiplicado por 0,29 cm, que é a distância entre cada ponto. Por exemplo, a NA do sistema é 18 cm, a interface água/ar está entre os pontos 6 e 7, e foi adotado o ponto médio de 6,5 e multiplicado por 0,29 cm, 69 resultando 1,89 cm. A Tabela 5 mostra o percentual de erro entre as duas medidas, o nível de água na fibra óptica medido pela régua graduada e os pontos de interface água/ar medidos pelo DTS via algoritmo MATLAB. TABELA 5 – VALORES DO NÍVEL DE ÁGUA IMPOSTO AO SISTEMA E NA INTERFACE ÁGUA/AR COM O ERRO PERCENTUAL Fonte – O autor (2013). 70 5 CONCLUSÃO 5.1 CONCLUSÕES A partir dos resultados obtidos com os experimentos realizados, foi constatado que é possível detectar a presença de água aquecida por intermédio da fibra óptica, por meio de um arranjo específico, relacionando o nível de água aquecida com o ponto de uma fibra óptica, disposta de forma helicoidal. Com o exposto nos experimentos 1 e 2, e com os dados processados pelo algoritmo em MATLAB e, posteriormente, a geração dos gráficos e tabelas, foi possível determinar um intervalo provável da localização do nível de água. Por meio dos experimentos 1 e 2, a fibra óptica foi disposta de duas formas helicoidais, trabalhando o arranjo espacial. Para o experimento 1 foi definido um arranjo helicoidal com dois valores, o com passo de 3 mm e o sem passo, ou seja, a fibra óptica foi justaposta. Com isso, buscou-se avaliar o arranjo mais adequado para a detecção do nível de água. Os equipamentos adotados para executar as medições possuíam incertezas. Para o DTS, a resolução na medição de temperatura é da ordem de 0,1 ºC, o que não influenciou nas medidas; já na resolução espacial, que é de 1,02 m no referido sistema, a influência foi percebida, especialmente nos pontos limites de medição, pois parte do trecho associado a um ponto da fibra óptica poderia estar imerso em água aquecida ou não, ou mesmo fora do arranjo helicoidal. Apesar das incertezas inerentes ao sistema DTS, a detecção do nível de água pôde ser efetuada com eficácia. Todavia, os resultados obtidos no segundo experimento apresentaram erros com percentuais inferiores a 0,61 %. Avalia-se que o sistema de medição pode ser adaptado em piezômetros tipo Casagrande. Entretanto, a estratégia de medição, neste caso, deve utilizar o aquecimento do próprio cabo ótico. Estima-se que o conceito apresentado para um instrumento que possa ser instalado em profundidade para medidas de pressão de água no solo seja válido com base nos resultados obtidos com o segundo experimento. Entretanto, a aplicabilidade é dependente de outro mecanismo transdutor que deverá transformar as pressões externas em variações de nível de água. Neste momento não é possível 71 afirmar se a confecção de tal mecanismo é razoável para medidas de pressão em solo, que são relativamente baixas. 5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Finalizando, seguem sugestões para continuidade desta pesquisa: - Aprimorar o critério para estimativa do nível de água da interface água/ar. - Realizar a montagem e o teste de um protótipo baseado no experimento 2, com uma membrana flexível em sua base, conforme modelo conceitual proposto. 72 REFERÊNCIAS AGRAWAL, G. P.; KELLEY, P. L.; KAMINOW, I. P. 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Estabelece diretriz para verificação da segurança de barragens de cursos de água para quaisquer fins e para aterros de contenção de resíduos líquidos industriais. A Segurança de Barragens e a Gestão de Recursos Hídricos no Brasil. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2004. CHESTER, A. N. Optical Fiber Sensors. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1987. 471p. CHOQUET, P.; JUNEAU, F.; QUIRION, M. Advances in fabry-perot fiber optic sensors and instruments for geotechnical monitoring. Geotechnical News, Newport Beach, Québec, Canadá 2000. DAKIN, J. P.; PRATT, D. J.; BIBBY, G. W.; ROSS, J. N. Distributed Optical Fiber Raman Temperature Sensor Using a Semiconductor Light Source and Detectors. In: IEEE Electronic Letters, VOL. 21, 1988. FARIA, I. P. Proposição e comparação de técnicas de mapeamento térmico volumétrico para transformadores de potência. Itajubá, 2012. 139 p. 73 FRAZÃO, O.; CORREIA, C.; GIRALDI, M. T. M. R; MARQUES, M. B.; SALGADO, H. M.; MARTINEZ, M. A. 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New York: CRC Press, 2011. 394 p. 75 APÊNDICES APÊNDICE A – TABELAS DE DADOS DE TEMPO E TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 1 76 77 APÊNDICE B – ALGORÍTMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 1, TUBO COM PASSO, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS NOME DO ARQUIVO: Compasso08082012final PASSOS DO ALGORITMO UTILIZADO NO MATLAB %% Carregando matrizes gerais clc close all load M_21_11_2011 load M_23_11_2011 load M_28_11_2011 load M_30_11_2011 load M_02_12_2011 load M_09_12_2011 %% Com passo comprimento_inicial=34; % Observação: a diferença sempre deve ser 11 comprimento_final=44; cpasso1=comprimento_inicial; cpasso2=comprimento_final; Mpasso_21_11_2011=M_21_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); Mpasso_23_11_2011=M_23_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); Mpasso_28_11_2011=M_28_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); Mpasso_30_11_2011=M_30_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); Mpasso_02_12_2011=M_02_12_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); Mpasso_09_12_2011=M_09_12_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); save Mpasso_21_11_2011 save Mpasso_23_11_2011 save Mpasso_28_11_2011 save Mpasso_30_11_2011 save Mpasso_02_12_2011 save Mpasso_09_12_2011 %% Finalizando ajuste de matrizes %% Matriz(Linha, Coluna)=> cada linha representa uma unidade de %% comprimento: 1,02 colunas representam cada minuto de tempo. %% Em primeiro, análise do tubo com passo e preparação do dados para plotagem. %% Opções para cada análise %% chamar "Mpasso_21_11_2011=nome da matriz(dia)" %% opções -> Mpasso_21_11_2011 -> Mpasso_23_11_2011 -> Mpasso_28_11_2011 %% opções -> Mpasso_30_11_2011 -> Mpasso_02_12_2011 -> Mpasso_09_12_2011 %% Só altera aqui: Mpasso_21_11_2011=Mpasso_09_12_2011; % Alterar dia aqui tempo_inicial=17; % <---------------------Alterar tempo inicial tempo_final=29; % <---------------------Alterar tempo final Temperatura_ambiente_inicial=22.10 % Alterar temperatura ambiente inicial Temperatura_ambiente_final=21.80 % Alterar temperatura ambiente final Temperatura_experimento_inicial=38.90 % Alterar temperatura experimento inicial Temperatura_experimento_final=37.20 % Alterar temperatura experimento final %% Daqui para baixo não alterar [metros minutos]=size(Mpasso_21_11_2011); 78 time=tempo_inicial:tempo_final; Tmedia=[]; Tminima=[]; Tmaxima=[]; for variavel=1:(cpasso2-cpasso1+1) temperatura_media=mean(Mpasso_21_11_2011(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; temperatura_minima=min(Mpasso_21_11_2011(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; temperatura_maxima=max(Mpasso_21_11_2011(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; Tmedia=[Tmedia;temperatura_media]; Tminima=[Tminima;temperatura_minima]; Tmaxima=[Tmaxima;temperatura_maxima]; end temperatura_media=Tmedia temperatura_minima=Tminima temperatura_maxima=Tmaxima temperatura_ambiente_inicial=ones((tempo_finaltempo_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_inicial temperatura_ambiente_final=ones((tempo_finaltempo_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_final temperatura_experimento_inicial=ones((tempo_finaltempo_inicial+1),1)*Temperatura_experimento_inicial temperatura_experimento_final=ones((tempo_finaltempo_inicial+1),1)*Temperatura_experimento_final temperatura_max_ponto_2=max(Mpasso_21_11_2011(2,tempo_inicial:tempo_final)) %% Todas as Temperaturas figure('color', [1 1 1]) plot(time, Mpasso_21_11_2011(1,tempo_inicial:tempo_final),'b--') hold on plot(time, Mpasso_21_11_2011(2,tempo_inicial:tempo_final),'g-') plot(time, Mpasso_21_11_2011(3,tempo_inicial:tempo_final),'r:') plot(time, Mpasso_21_11_2011(4,tempo_inicial:tempo_final),'k-.') plot(time, Mpasso_21_11_2011(5,tempo_inicial:tempo_final),'c--') plot(time, Mpasso_21_11_2011(6,tempo_inicial:tempo_final),'m-') plot(time, Mpasso_21_11_2011(7,tempo_inicial:tempo_final),'b:') plot(time, Mpasso_21_11_2011(8,tempo_inicial:tempo_final),'g-.') plot(time, Mpasso_21_11_2011(9,tempo_inicial:tempo_final),'r--') plot(time, Mpasso_21_11_2011(10,tempo_inicial:tempo_final),'k-') plot(time, Mpasso_21_11_2011(11,tempo_inicial:tempo_final),'c:') title([' Temperatura dos pontos ao longo do tempo '],'FontSize',20) xlabel('Tempo em minutos','FontSize',20) ylabel('Temperatura em ºC','FontSize',20) legend(['Base 1'],['Ponto 2'],['Ponto 3'],['Ponto 4'],['Ponto 5'],... ['Ponto 6'],['Ponto 7'],['Ponto 8'],['Ponto 9'],['Ponto 10'],['Topo 11'],'FontSize',18) grid on %% axis square %% Temperaturas máximas, mínimas e médias , ambiente e do experimento eixo_tempo=tempo_inicial:tempo_final figure('color', [1 1 1]) plot(temperatura_maxima,'b.-') hold on 79 plot(temperatura_minima,'go-') hold on plot(temperatura_media,'rx-') hold on plot(temperatura_ambiente_inicial,'c+-') hold on plot(temperatura_ambiente_final,'m*-') hold on plot(temperatura_experimento_inicial,'ks-') hold on plot(temperatura_experimento_final,'bd-') hold on title([' Temperaturas MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos ',... num2str(tempo_inicial),' e ',num2str(tempo_final)],'FontSize',20) xlabel('Pontos','FontSize',20) ylabel('Temperatura em ºC','FontSize',20) grid on legend(['máxima'],['mínima'],['média'],['amb inicial'],... ['amb final'], ['exp inicial'],['exp final'],'FontSize',18) axis square 80 APÊNDICE C – ALGORÍTMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 1, TUBO SEM PASSO, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS NOME DO ARQUIVO : SemPasso08082012Final PASSOS DO ALGORITMO UTILIZADO NO MATLAB %% Programa Sem passo %% Esse programa prepara as matrizes base dos experimentos %% e plota os gráficos de temperaturas (valores, médias, máximas, etc) %% Primeira etapa - >>>> Carregando as matrizes base disp('Carregando as matrizes base') clc close all load M_21_11_2011 load M_23_11_2011 load M_28_11_2011 load M_30_11_2011 load M_02_12_2011 load M_09_12_2011 %% Definição dos parâmetros de comprimento para análise comprimento_inicial=57; % Base do tubo comprimento_final=94; % Topo do tubo % Sempre citar com a diferença entre os comprimentos, pois, % os pontos para plotagem dependem nesse caso das 38 linhas. disp('Matriz que contém as linhas de comprimentos por todos os tempos') disp('(comprimento_inicial:comprimento_final x todos os tempo)') MSpasso_21_11_2011=M_21_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); MSpasso_23_11_2011=M_23_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); MSpasso_28_11_2011=M_28_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); MSpasso_30_11_2011=M_30_11_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); MSpasso_02_12_2011=M_02_12_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); MSpasso_09_12_2011=M_09_12_2011(comprimento_inicial:comprimento_final,:); save MSpasso_21_11_2011; %| save MSpasso_23_11_2011; %| save MSpasso_28_11_2011; %|----> Salvando as matrizes já cortadas save MSpasso_30_11_2011; %| save MSpasso_02_12_2011; %| save MSpasso_09_12_2011; %| disp('Salvando as matrizes já cortadas') %% Finalizando ajuste de matrizes %% Matriz(Linha, Coluna)=> cada linha representa uma unidade de %% comprimento: 1,02 coluna representa cada minuto de tempo. %% Opções para cada análise %% chamar "M=nome da matriz(dia)" %% opções -> MSpasso_21_11_2011 -> MSpasso_23_11_2011 -> MSpasso_28_11_2011 %% opções -> MSpasso_30_11_2011 -> MSpasso_02_12_2011 -> MSpasso_09_12_2011 %% Só altera aqui: 81 M=MSpasso_09_12_2011; %% Alterar o dia aqui - Matriz do dia do experimento tempo_inicial=17; %% <---------------------Alterar tempo inicial tempo_final=29; %% <---------------------Alterar tempo final Temperatura_ambiente_inicial=22.10 % Alterar temperatura ambiente inicial Temperatura_ambiente_final=21.80 % Alterar temperatura ambiente final Temperatura_experimento_inicial=38.90 % Alterar temperatura experimento inicial Temperatura_experimento_final=37.20 % Alterar temperatura experimento final %% Daqui para baixo não altera [metros minutos]=size(M); time=tempo_inicial:tempo_final; Tmedia=[]; Tminima=[]; Tmaxima=[]; for variavel=1:(comprimento_final-comprimento_inicial+1) temp_media=mean(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; temp_minima=min(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; temp_maxima=max(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; Tmedia=[Tmedia;temp_media]; Tminima=[Tminima;temp_minima]; Tmaxima=[Tmaxima;temp_maxima]; end temperatura_media=Tmedia; temperatura_minima=Tminima; temperatura_maxima=Tmaxima; temperatura_ambiente_inicial=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_inicial; temperatura_ambiente_final=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_final; temperatura_experimento_inicial=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_experimento_inicial; temperatura_experimento_final=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_experimento_final; %% Escolhas dos pontos para plotar as Temperaturas % Definir aqui os pontos 13 pontos (crescente): %pontos=[1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13]; <--- modelo pontos=[1 4 7 11 14 17 21 24 27 31 34 36 38]; figure('color', [1 1 1]) plot(time, M(pontos(1),tempo_inicial:tempo_final),'b--') hold on plot(time, M(pontos(2),tempo_inicial:tempo_final),'g-') plot(time, M(pontos(3),tempo_inicial:tempo_final),'r:') plot(time, M(pontos(4),tempo_inicial:tempo_final),'k-.') plot(time, M(pontos(5),tempo_inicial:tempo_final),'c--') plot(time, M(pontos(6),tempo_inicial:tempo_final),'m-') plot(time, M(pontos(7),tempo_inicial:tempo_final),'b:') plot(time, M(pontos(8),tempo_inicial:tempo_final),'g-.') plot(time, M(pontos(9),tempo_inicial:tempo_final),'r--') plot(time, M(pontos(10),tempo_inicial:tempo_final),'k-') plot(time, M(pontos(11),tempo_inicial:tempo_final),'c:') plot(time, M(pontos(12),tempo_inicial:tempo_final),'m-.') 82 plot(time, M(pontos(13),tempo_inicial:tempo_final),'b-') title([' Temperatura dos pontos ao longo do tempo '],'FontSize',20) xlabel('Tempo em minutos','FontSize',20') ylabel('Temperatura em ºC','FontSize',20) legend(['Base ',num2str(pontos(1))],['Ponto ',num2str(pontos(2))],['Ponto ',num2str(pontos(3))],... ['Ponto ',num2str(pontos(4))],['Ponto ',num2str(pontos(5))],['Ponto ',num2str(pontos(6))],... ['Ponto ',num2str(pontos(7))],['Ponto ',num2str(pontos(8))],['Ponto ',num2str(pontos(9))],... ['Ponto ',num2str(pontos(10))],['Ponto ',num2str(pontos(11))],['Ponto ',num2str(pontos(12))],... ['Topo ',num2str(pontos(13))]) grid on % malha %% axis square % desenho quadrado %% Temperaturas máximas, mínimas e médias , ambiente e do experimento figure('color', [1 1 1]) plot(temperatura_maxima,'b.-') hold on plot(temperatura_minima,'go-') hold on plot(temperatura_media,'rx-') hold on plot(temperatura_ambiente_inicial,'c+-') hold on plot(temperatura_ambiente_final,'m*-') hold on plot(temperatura_experimento_inicial,'ks-') hold on plot(temperatura_experimento_final,'bd-') hold on title([' Temperaturas MÁXIMA,MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre os minutos ',... num2str(tempo_inicial),' e ',num2str(tempo_final)],'FontSize',20) xlabel('Pontos','FontSize',20) ylabel('Temperatura em ºC','FontSize',20) grid on legend(['máxima'],['mínima'],['média'],['amb inicial'],['amb final'], ['exp inicial'],['exp final']) %% axis square %% axis equal 83 APÊNDICE D – TABELAS DE DADOS DE TEMPO E TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 2 84 85 86 87 APÊNDICE E – ALGORÍTMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 2, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS DE TEMPERATURA x SEÇÃO DA FIBRA x REPETIÇÕES 1º. GRÁFICO – TEMPERATURA x SEÇÃO DA FIBRA x REPETIÇÕES ARQUIVO : Sitio_Ubirajara.m function [Referencia Aquecimento Trechos x1 x2]=Sitio_Ubirajara(graf_1,graf_2,graf_3,graf_4,graf_5,inicio_aquec,fim_aquec) close all clc load Temperaturas [tempo metros]=size(Temperaturas); %% Declaração dos comprimentos inicio_ref_A = 30;%round(12.50); fim_ref_B = 35;%round(32.80); ponto_da_fibra_D = 54;% base do modelo(55.1); ponto_da_fibra_E = 92;% topo do modelo(93.9); inicio_ref_F = 30;% início da referência metro 10; fim_ref_G = 35;% final da referência metro 50; %% Declaração dos tempos fim_tempo_ref=80; tempo_ref=1:fim_tempo_ref; tempo_aquec=inicio_aquec:fim_aquec; %% Matrizes Referencia = Temperaturas(ponto_da_fibra_D:ponto_da_fibra_E,tempo_ref); Aquecimento = Temperaturas(ponto_da_fibra_D:ponto_da_fibra_E,tempo_aquec); %% Padronização Media_Ref=mean(Referencia'); Aquec_Padrao=[]; for tempo=1:(fim_aquec-inicio_aquec+1) Aquec_Padrao=[Aquec_Padrao abs(Aquecimento(:,tempo)-Media_Ref')]; end Media_Aquec_Padrao=mean(Aquec_Padrao'); %% Análise dos trechos [l c]=size(Media_Aquec_Padrao); deltaP=[]; for j=1:1:(c-1) deltaP=[deltaP; Media_Aquec_Padrao(j) - Media_Aquec_Padrao(j+1)]; deltaP=abs(deltaP); end deltaP; deltacrescenteP=sort(deltaP); maxdeltaP1=deltacrescenteP(c-1); maxdeltaP2=deltacrescenteP(c-2); t1=find(deltaP==maxdeltaP1); t2=find(deltaP==maxdeltaP2); Trechos=[t1 t2]; 88 %% Análise da quantidade de água x1=2.04*(Media_Aquec_Padrao(t1+1)-Media_Aquec_Padrao(t1))/... (Media_Aquec_Padrao(t1+2)-Media_Aquec_Padrao(t1)); x2=2.04*(Media_Aquec_Padrao(t2+1)-Media_Aquec_Padrao(t2+2))/... (Media_Aquec_Padrao(t2)-Media_Aquec_Padrao(t2+2)); %% Gráficos if graf_1==1 Temp_Ref=Temperaturas(inicio_ref_A:fim_ref_B,tempo_ref); figure('Color',[1 1 1]) xx = 0:.25:fim_tempo_ref; suavizacao=spline(tempo_ref,Temp_Ref,xx); plot(xx,suavizacao) xlabel tempo ylabel ºC axis square title ('Temperaturas da Referência 1') end %% if graf_2==1 Temp_Ref=Temperaturas(inicio_ref_F:fim_ref_G,tempo_ref); figure('Color',[1 1 1]) xx = 0:.25:fim_tempo_ref; suavizacao=spline(tempo_ref,Temp_Ref,xx); plot(xx,suavizacao) xlabel tempo ylabel ºC axis square title ('Temperaturas da Referência 2') end %% if graf_3==1 Temp_Aquec=Temperaturas(ponto_da_fibra_D:ponto_da fibra_E,tempo_ref); figure('Color',[1 1 1]) xx = 0:.25:fim_tempo_ref; suavizacao=spline(tempo_ref,Temp_Aquec,xx); plot(xx,suavizacao) hold on plot(tempo_ref,Temp_Aquec); xlabel tempo ylabel ºC axis square title ('Temperaturas de referência da fibra óptica') end %% if graf_4==1 Temp_Aquec=Temperaturas(ponto_da_fibra_D:ponto_da_fibra_E,tempo_aquec); figure('Color',[1 1 1]) xx = inicio_aquec:.25:fim_aquec; suavizacao=spline(tempo_aquec,Temp_Aquec,xx); plot(xx,suavizacao) 89 hold on plot(tempo_aquec,Temp_Aquec); xlabel tempo ylabel ºC axis square title ('Temperaturas da fibra óptica') end %% if graf_5==1 figure('Color',[1 1 1]) hold on for tempo=inicio_aquec:fim_aquec Temp_Aquec=Temperaturas(ponto_da_fibra_D:dreno_E,inicio_aquec:tempo+1); surf(Temp_Aquec,Temp_Aquec); xlabel ('Quantidade de Repetições','fontsize',20) ylabel ( 'Pontos da Fibra','fontsize',20) zlabel ( 'Temperatura em ºC','fontsize',20) axis square colorbar title ('Temperaturas ','fontsize',20) view([0 90]);%view([-36 20]); shading interp Filme(tempo) = getframe; end end 90 APÊNDICE F – ALGORÍTMO EM MATLAB PARA O EXPERIMENTO 2, PARA GERAÇÃO DOS GRÁFICOS DE TEMPERATURAS AMBIENTE, DA ÁGUA E DA FIBRA 2º. GRÁFICO – TEMPERATURAS AMBIENTE, DA ÁGUA e DA FIBRA ARQUIVO : Gráficos_Exp_2 %% Programa Sem passo %% Esse programa prepara as matrizes base dos experimentos %% e plota os gráficos de temperaturas (valores, médias, máximas, etc) load Temperaturas %% Primeira etapa - >>>> Carregando a matriz base disp('Carregando a matriz base') clc close all load Temperaturas %% Definição dos parâmetros de comprimento para análise comprimento_inicial=55; % Base do tubo comprimento_final=92; % Topo do tubo % Sem pre citar com a diferença entre os comprimentos, pois, % os pontos para plotagem dependem nesse caso das 38 linhas. disp('Matriz que contém as linhas de comprimentos por todos os tempos') disp('(comprimento_inicial:comprimento_final x todos os tempo)') Matriz_Cortada=Temperaturas(comprimento_inicial:comprimento_final,:); %% Após rodar o programa do frame01, alterar o nome da matriz (2 Aquis)!! MSpasso_04_10_2012=Matriz_Cortada; % Aqui save MSpasso_04_10_2012; % Aqui disp('Salvando a matriz já cortada') %% Finalizando ajuste de matrizes %% Matriz(Linha, Coluna)=> cada linha representa uma unidade de %% comprimento: 1,02 e cada coluna representa cada minuto de tempo. %% Só altera aqui: M=Matriz_Cortada; %% Alterar o dia aqui - Matriz do dia do experimento tempo_inicial=180; %% <---------------------Alterar tempo inicial referente a 1a. repetição tempo_final=260;%% <--------------------Alterar tempo final referente a última repetição Temperatura_ambiente_inicial=20.70 % Alterar temperatura ambiente inicial Temperatura_ambiente_final=20.70 % Alterar temperatura ambiente final Temperatura_agua_inicial=19.60 % Alterar temperatura experimento inicial Temperatura_agua_final=27.50 % Alterar temperatura experimento final %% Daqui para baixo não altera [metros minutos]=size(M); time=tempo_inicial:tempo_final; Tmedia=[]; Tminima=[]; Tmaxima=[]; for variavel=1:(comprimento_final-comprimento_inicial+1) temp_media=mean(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; 91 temp_minima=min(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; temp_maxima=max(M(variavel,tempo_inicial:tempo_final))'; Tmedia=[Tmedia;temp_media]; Tminima=[Tminima;temp_minima]; Tmaxima=[Tmaxima;temp_maxima]; end temperatura_media=Tmedia; temperatura_minima=Tminima; temperatura_maxima=Tmaxima; temperatura_ambiente_inicial=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_inicial; temperatura_ambiente_final=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_ambiente_final; Temperatura_agua_inicial=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_agua_inicial; Temperatura_agua_final=ones((comprimento_finalcomprimento_inicial+1),1)*Temperatura_agua_final; %% Escolhas dos pontos para plotar as Temperaturas % Definir aqui os pontos 13 pontos (crescente): %pontos=[1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13]; <--- modelo pontos=[1 4 7 10 13 16 19 22 26 29 32 35 38]; figure('color', [1 1 1]) plot(time, M(pontos(1),tempo_inicial:tempo_final),'bo-') hold on plot(time, M(pontos(2),tempo_inicial:tempo_final),'gs-') plot(time, M(pontos(3),tempo_inicial:tempo_final),'rx-') plot(time, M(pontos(4),tempo_inicial:tempo_final),'kv--') plot(time, M(pontos(5),tempo_inicial:tempo_final),'bs-') plot(time, M(pontos(6),tempo_inicial:tempo_final),'go:') plot(time, M(pontos(7),tempo_inicial:tempo_final),'rv-') plot(time, M(pontos(8),tempo_inicial:tempo_final),'ks-.') plot(time, M(pontos(9),tempo_inicial:tempo_final),'bp-') plot(time, M(pontos(10),tempo_inicial:tempo_final),'go-') plot(time, M(pontos(11),tempo_inicial:tempo_final),'rv-') plot(time, M(pontos(12),tempo_inicial:tempo_final),'kx-') plot(time, M(pontos(13),tempo_inicial:tempo_final),'bs--') title([' Temperatura dos pontos ao longo do tempo ']) xlabel('repetições de 15 em 15 seg)') ylabel('Temperatura em ºC') legend(['Base ',num2str(pontos(1))],['Ponto ',num2str(pontos(2))],['Ponto ',num2str(pontos(3))],... ['Ponto ',num2str(pontos(4))],['Ponto ',num2str(pontos(5))],['Ponto ',num2str(pontos(6))],... ['Ponto ',num2str(pontos(7))],['Ponto ',num2str(pontos(8))],['Ponto ',num2str(pontos(9))],... ['Ponto ',num2str(pontos(10))],['Ponto ',num2str(pontos(11))],['Ponto ',num2str(pontos(12))],... ['Topo ',num2str(pontos(13))]) grid on % malha %% axis square % desenho quadrado 92 %% Temperaturas máximas, mínimas e médias , ambiente e do experimento figure('color', [1 1 1]) plot(temperatura_maxima,'b.-') hold on plot(temperatura_minima,'go-') hold on plot(temperatura_media,'rx-') hold on plot(temperatura_ambiente_inicial,'c+-') hold on plot(temperatura_ambiente_final,'m*-') hold on plot(Temperatura_agua_inicial,'ks-') hold on plot(Temperatura_agua_final,'bd-') hold on title([' Temperatura MÁXIMA, MÉDIA e MÍNIMA dos pontos entre as repetições ',... num2str(tempo_inicial),' e ',num2str(tempo_final)],'FONTSIZE',18) xlabel('Pontos da fibra','FONTSIZE',20) ylabel('Temperatura em ºC','FONTSIZE',20) grid on legend(['máxima'],['mínima'],['média'],['amb inicial'],['amb final'], ['água inicial'],['água final']) %% axis square %% axis equal