Mensagens de Boas Novas
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Mensagens de Boas Novas
REVISTAANUAL Editora RESTAURAÇÃO Volume 4 Junho 2007 a Maio 2008 A Editora Restauração é uma entidade sem fins lucrativos criada com o propósito de bem utilizar os recursos de comunicação disponíveis para publicar todo tipo de material que seja útil à restauração e edificação da Igreja de Jesus Cristo. O sustento espiritual e material desta entidade depende exclusivamente das orações e doações feitas pelos santos que forem tocados pelo Senhor para contribuírem com este ministério. O material publicado pela Editora Restauração é isento de reserva de direitos autorais estando, portanto, desde já liberado para a reedição e reprodução por qualquer pessoa que deseje participar deste trabalho. Agradecemos a Deus por nos confiar este importante ministério, que certamente contribuirá com a preparação da Noiva para a vinda do Rei e Senhor Jesus Cristo. O Editor. www.editorarestauracao.com.br M "O qual (Jesus Cristo) convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio." (Atos 3:21). Bo en as sag en N ov s as de Atos 3:21 Boletins “Mensageiro das Boas Novas” Números 145 a 156 PUBLICAÇÕES DA EDITORA RESTAURAÇÃO O QUE É O EVANGELHO? Evangelho quer dizer "boas-novas". As boas-novas a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus, são-nos apresentadas por quatro autores: Mateus, Marcos, Lucas e João, embora exista só um Evangelho, a bela história da salvação por Jesus Cristo, nosso Senhor. A palavra "Evangelho" nunca é usada no Novo Testamento para referir-se a um livro. Significa sempre "boas-novas". Quando falamos do Evangelho de Lucas, devemos compreender que se trata, das boas-novas de Jesus Cristo conforme foram registradas por Lucas. Entretanto, desde os tempos antigos o termo "evangelho" tem sido usado com referência a cada uma das quatro narrativas da vida de Cristo. Originalmente essas boas-novas eram transmitidas pela palavra falada. Os homens iam de lugar em lugar contando a velha história. Depois de algum tempo fez-se necessário um registro escrito. Mais de uma pessoa tentou fazê-lo, mas sem êxito. Veja o que Lucas diz: “Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra, também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído” (Lucas 1:1-4). Há somente um Evangelho, apresentado de quatro maneiras. Quatro retratos de Cristo são focalizados. Eles apresentam uma Personalidade, mais do que a história conjunta de uma vida. (Extraído do livro “Estudo Panorâmico da Bíblia” de Henrietta C. Mears) Revista Quadrimestral - “O VENCEDOR” Revista anual - “MENSAGENS DE BOAS NOVAS” Boletim Mensal - “O MENSAGEIRO DAS BOAS NOVAS” Livretos - “RESTAURANDO A EXPRESSÃO DA UNIDADE DA IGREJA” Volume I - “A CEIA DO SENHOR” - Partes 1 a 5 Livretos- “RESTAURANDO A EXPRESSÃO DA UNIDADE DA IGREJA” Volume II - “O BATISMO” - Partes 1 a 3 Livreto - “A SALVAÇÃO DA ALMA” - Watchman Nee Livreto - “A VERDADE ACERCA DO NATAL” Livreto - “NÃO DEIXE A CONGREGAÇÃO” - J.Preston Eby Livreto - “A QUE DEVEMOS SER LEAIS” - Willian MacDonald Livreto - A VONTADE DE DEUS PARA A MULHER CRISTÔ Livreto - “DIVÓRCIO E RECASAMENTO” - Shawn Abgail Livreto - “HÁ UM COMBATE A SER COMBATIDO” - J.C.Metcalfe Livreto - “A IDENTIDADE DO TESTEMUNHO DA IGREJA” - Gino Iafranceso V. Livreto - “FORA DO ARRAIAL” - Hamilton Smith Livreto - “UMA NOVA VISÃO DA IGREJA COMO FAMÍLIA” - Frank Viola Livro - “SINAIS DE UMA IGREJA VIVA” - John Stott Livro - “CRISTO A SOMA DE TODAS AS COISAS ESPIRITUAIS” Whatchman Nee Livro - “A ORDEM DE DEUS” - Bruce Anstey Livro - “PEGADAS” - Stephen Kaung Livro - “A CRUZ” - Stephen Kaung Livro - “EU EDIFICAREI MINHA IGREJA” - Stephen Kaung Livro - “MEDITAÇÕES SOBRE O REINO” - Stephen Kaung Livro - “O REINO DE DEUS” - Stephen Kaung Livro - “RECONSIDERANDO O ODRE” - Frank A. Viola Livro - “CRISTIANISMO PAGÃO” - Frank Vola Livro - “QUEM É A SUA COBERTURA” - Frank Viola Livro - “CHAMADOS PARA A SANTIDADE” - Ruth Paxson Livro - “RIOS DE ÁGUAS VIVAS” - Ruth Paxson Pregações em CD e VCD - “PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO” Todas as publicações se encontram disponíveis na página da internet www.editorarestauracao.com.br ou poderão ser solicitadas pelo endereço da Editora. Jesus relacionamento com seu pai, ela deve estar errada em todos os seus outros relacionamentos. Eis por que o filho pródigo começou a viver dissolutamente. Quando o Espírito Santo ilumina uma pessoa, Ele não somente lhe mostrará que ela está numa posição perdida, mas também que sua conduta anterior estava errada. O Espírito Santo não ignora os pecados passados. Ele atenta para todos os pecados. No entanto, Ele chama a atenção de alguém quanto a todos os seus pecados somente após lhe ter mostrado sua posição caída. O Espírito Santo primeiro mostra a você quão perigosa é a posição em que você está, aí, e só então Ele lhe mostra quantos pecados você tem. A luz do Espírito Santo ilumina e expõe todas as áreas nas quais você transgrediu em relação aos outros. Ela expõe toda injustiça e todos os pecados ocultos em nossas palavras e pensamentos. O castigo de Deus é para o Seu curar. A repreensão do Espírito Santo é para o Seu confortar. Deus não se apraz em castigar e punir Seus filhos sem motivo.Aúnica razão pela qual Deus pune é para que o homem possa obter paz. A razão de o Espírito Santo brilhar sobre o homem e mostrar-lhe seus defeitos e suas desobediências é para que o homem aceite toda a obra do Senhor Jesus Cristo na cruz. Sem a iluminação do Espírito Santo, não somos capazes de ver nem mesmo nossos pecados. Livro Indicado Para a Leitura do Mês É do conhecimento dos leitores cristãos em todo o mundo que o irmão Watchman Nee foi especialmente encarregado pelo Senhor de ajudar os cristãos quanto à verdade da plena salvação de Deus. Na primavera de 1937, o irmão Nee deu uma série de vinte e seis mensagens sobre as verdades básicas do evangelho de Deus para a igreja em Xangai, China. As questões abordadas são amplas, variando desde a condição pecaminosa do homem antes de ser salvo ao seu destino na era vindoura. Na primeira parte do livro, o irmão Nee apresenta as particularidades da salvação de Deus, isto é, os pecados do homem; o amor, a graça e a misericórdia de Deus; a natureza da graça; a função da lei e a justiça de Deus; a obra de Cristo e do Espírito Santo na salvação de Deus; e a fé como o caminho da salvação. Na segunda parte, o irmão Nee trata detalhadamente das questões de segurança eterna da salvação e a maneira de Deus lidar com os pecados dos cristãos nesta era e na vindoura. Para ambas as questões, o irmão Nee apresenta respostas convincentes a partir da Bíblia e de como os cristãos atualmente entendem esses assuntos. Este livro poderá ser encontrado em sua íntegra no site: www.estudobiblico.com.br, ou poderá ser adquirido através da Editora Árvore da Vida pelo site: www.arvoredavida.org.br Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Junho 2007 Ano IX n° 145 “Recebereis o poder do Espírito Santo” EDITORIAL João Alfredo Os crentes e as igrejas de hoje sofrem de um mal que é muito visível para todo aquele que compreende que a promessa feita pelo Senhor em Atos capítulo 1 verso 8 já se cumpriu em Pentecostes de forma cabal. Sem a compreensão e aceitação como verdade absoluta do cumprimento desta promessa: “Recebereis o poder do Espírito Santo”, há fraqueza e falta de testemunho de Cristo. O Senhor cumpriu a Sua promessa de enviar o poder do Espírito Santo sobre todo crente e sobre a igreja com uma finalidade muito clara, ser testemunha. Nos dias em que vivemos parece que esta finalidade foi esquecida pelos crentes e o resultado é o que se vê por todo lado, fraqueza e por conseqüência falta do testemunho de Cristo. O testemunho do Senhor na vida do crente precisa ser trazido em dois aspectos fundamentais. O primeiro é o pessoal. Uma vida de santidade e pureza pessoal é fundamental para que a Pessoa do nosso Senhor Jesus possa ser conhecida através do crente. Nenhum valor tem para o Senhor a vida de aparência. Pertencer a uma igreja ou a um grupo, freqüentar reuniões, todas estas são coisas ótimas e importantes na vida do crente, mas elas não substituem o testemunho pessoal de santidade e pureza. Falar e pregar para as pessoas é muito bom, mas sem o testemunho da vida de Cristo tudo é vão. Nada pode substituir o testemunho visível que o crente deve dar ao mundo da obra do Espírito Santo, que é o de revelar Cristo no crente. O poder do Espírito Santo foi dado pelo Senhor com a finalidade de transformar o crente na imagem do Filho de Deus, Jesus Cristo. O segundo aspecto do testemunho do crente, que em minha opinião é o mais difícil, é o coletivo. A igreja do Senhor recebeu a promessa do poder do Espírito Santo com esta finalidade, testemunhar da Pessoa de Cristo. O corpo de Cristo deve expressar apenas a Ele mesmo. Tudo o que a igreja deve fazer e se preocupar neste mundo é dar testemunho de Cristo. Quando a igreja se reúne, todos os olhares espirituais se voltam para ela. Eles buscam ver o testemunho de Cristo na vida coletiva dos crentes, isto é, na vida da igreja. O propósito de Deus em deixar a igreja de Cristo por mais tempo aqui na terra é para que mais e mais seres humanos e espirituais sejam salvos pela multiforme sabedoria Dele dada através da igreja (Ef 3:10). Portanto a compreensão e aceitação de que o poder do Espírito Santo já foi dado abundantemente ao crente e à igreja é fundamental para que o mundo conheça a Cristo como aquele que cumpre tudo em todos. Permitir que o Espírito Santo assuma o controle total tanto da vida pessoal do crente como da vida coletiva da igreja é a grande necessidade nestes últimos dias desta era.Amém. ! ENTRISTECER O ESPÍRITO SANTO Billy Graham Chegamos agora a dois pecados contra o Espírito Santo que podem ser cometidos por cristãos: entristecer o Espírito Santo, e apagar o Espírito. Quase tudo o que nós fazemos de errado pode ser incluído em um destes dois termos. Vejamos primeiro o que é entristecer o Espírito. Paulo adverte os seus leitores, em Efésios 4:30: "Não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." É importante e consolador ouvir Paulo dizer que nós fomos "selados para o dia da redenção". Isto deixa claro que nós somos e não deixamos de ser cristãos. Ele não esta falando de julgamento, no sentido de que o que estamos fazendo aqui esta nos separando do amor de Deus e nos fará ir para o inferno. Está, isto sim, falando de coisas que não combinam com a natureza do Espírito Santo e por isso O ferem em Seu ser e entristecem Seu coração. Com o que nós fazemos podemos fazer o Espírito sofrer. "Tristeza" é uma palavra do "amor". O Espírito Santo nos ama tanto quanto Cristo: "Rogo-vos, pois irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor" (Rom. 15:30). Podemos magoar ou irar alguém que não nos tem afeição, mas entristecer podemos só quem nos ama. Uma vez eu ouvi um pai dizendo a seu filho: "Se você não se comportar, eu não vou mais amar você". Isto foi uma frase infeliz. Ele tinha o direito de exigir bom comportamento do filho, mas não tinha o direito de dizer que não o amaria mais. Um pai tem de amar seu filho sempre, quer ele se comporte bem ou mal. Quando o filho ë mau, então o amor do pai por ele está misturado com sofrimento, tristeza e até angústia. Como um cristão pode entristecer o Espírito Santo? Em Efésios 4:20-32 Paulo diz que tudo que não combina com Cristo, em ações, palavras e pensamento, entristece o Espírito da graça. Ruth Paxson diz em um de seus livros que nós podemos saber o que entristece o Espírito analisando nossa conduta á luz das palavras que a Escritura usa para caracterizar o Espírito. O Espírito Santo é o Espírito da: 1) Verdade (João 14:17); assim, tudo que é falso, enganoso e hipócrita O entristece. 2) Fé (Cor. 4:13); por Isso dúvidas, desconfiança, ansiedades e preocupações O entristecem. 3) Graça (Heb. 1029); assim, tudo em nós que é duro, amargo, malicioso, Indelicado e Indisposto para perdoar e amar O entristece. 4) Santidade (Rom. 1:4); por isso tudo que é impuro, sujo ou degradante O entristece. O que acontece quando nós entristecemos o Espírito Santo? Normalmente Ele gosta de nos revelar o que é de Cristo. Ele também nos proporciona alegria, paz e um coração satisfeito. Mas quando nós O entristecemos. Seu ministério fica interrompido. Eu venho de uma região nos Estados Unidos onde predomina a indústria têxtil. Há alguns anos eu visitei uma fábrica muito grande, onde parábola de Lucas 15, deve observar o que o filho pródigo disse ao pai. Ele não disse que tinha desperdiçado toda a fortuna de seu pai com prostitutas. A primeira coisa que percebeu quando caiu em si, foi que na casa de seu pai havia abundância de pão. Por que, então, ele estava vivendo em meio aos porcos numa terra longínqua e não conseguia sequer matar sua fome com as alfarrobas que eram para os porcos? Quando o Espírito Santo ilumina uma pessoa, ela percebe que tem um problema com Deus, que deixou a casa de seu Pai e que está longe Dele. Meu amigo, quando uma pessoa no mundo chega ao fim de si mesma em sua condição pecaminosa, ela pode, como Judas, tornar-se ciente de seus pecados. Mas sem a luz do Espírito Santo, ela não sentirá que deixou a casa do Pai e que está numa terra distante. Não estou dizendo que os pecados não sejam sérios. Pecados são pecados. Mas a Bíblia nos mostra que o principal pecado do homem reside no fato de ele estar perdido. Ele está posicionado numa base inadequada, mesmo que não esteja em uma condição inadequada. Naturalmente, todos os que estão numa condição inadequada devem estar numa base inadequada. Quando o Espírito Santo nos ilumina, primeiro Ele nos mostra que estamos numa base inadequada. Então Ele nos mostra nossa condição inadequada. Isso é o iluminar do Espírito Santo. Assim, embora haja o amor do Pai e a obra do Senhor, ainda há a necessidade de o Espírito Santo preparar o coração do homem. Ele ainda tem de trabalhar no coração do homem a fim de que o homem receba tudo o que o Senhor Jesus fez. Pode-se dizer que o Senhor Jesus é nosso Salvador objetivo vindo de Deus, e que o Espírito Santo é nosso Salvador subjetivo vindo de Deus. O Senhor Jesus é o Salvador que cumpriu a redenção por nós exteriormente e o Espírito Santo é o Salvador que cumpriu a salvação por nós interiormente. Todos nós aqui fomos iluminados pelo Espírito Santo. Todos sabemos que somos a ovelha perdida, que todos nos desviamos para os nossos próprios caminhos (Is 53:6). Todos nós, como ovelhas, nos perdemos. Nosso problema não é doença ou defeito físico, mas é tomar um caminho errado. O caminho que a pessoa toma é muito importante. Em João 16:8-9, o Senhor Jesus nos disse que quando o Espírito Santo vier, Ele “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. Que significa ser convencido do pecado? Fomos convencidos do pecado “porque eles não crêem em Mim”. Desenvolvemos um problema com Ele e entramos em conflito com Ele. Fomos convencidos do pecado porque não vimos Seu sangue e Sua autoridade, porque não satisfizemos às Suas exigências, e porque agora temos um problema com Ele. O maior pecado do homem é recusar-se a crer no Senhor Jesus. O Espírito Santo vem mostrar-nos que desenvolvemos um problema com o Senhor Jesus e com Deus. Nossa posição está errada. Mas deixe-me fazer-lhe uma pergunta. É possível que uma pessoa numa terra distante possa ser um bom filho? É possível que ela possa ser econômica e próspera? É possível que possa ser um trabalhador diligente? É possível que seja prudente em fazer amigos? Sabemos que isso é impossível. Se uma pessoa se desviou para uma terra A OBRA DO ESPÍRITO SANTO Watchman Nee O evangelho é inadequado se ele menciona apenas a obra do Pai e do Filho sem mencionar a obra do Espírito Santo. Deve haver menção do Espírito Santo também. A obra do evangelho tem três aspectos. Lucas 15 nos mostra três parábolas. Por um lado, vemos o Pai amoroso esperando para receber os pecadores. Por outro, vemos o bom Pastor vindo ao mundo para buscar a ovelha perdida. Vê-se o Pai em casa esperando pelo pecador arrependido e salvo, e vê-se também o Filho vindo ao mundo para salvar pecadores. Mas após a obra do Senhor completar-se e antes de o pecador chegar em casa, há uma outra parábola, que é a da mulher que, paciente e cuidadosamente, procura, com a candeia acesa, a dracma perdida. Primeiro, vê-se o Senhor Jesus vindo à terra para buscar os pecadores. Segundo, vê-se a mulher acendendo a candeia para iluminar, varrer e procurar a dracma perdida. Assim, o Espírito Santo está trabalhando juntamente com o Pai e o Filho para achar o pecador para o cumprimento da obra do evangelho. O Filho veio para morrer pelo pecador; o Pai recebe o pecador em casa; e o Espírito Santo trabalha para iluminar o coração do homem e mostrar ao homem sua verdadeira posição. Se uma pessoa não tem a luz do Espírito Santo, é possível que ela seja como Judas, que viu seu pecado, estava sofrendo e não tinha paz interiormente, mas não via sua própria posição diante de Deus. Sem a luz, ele não poderia ver sua situação de perdição. O sentimento do homem em relação ao pecado perdura somente até ele perceber que agiu errado. Ele não percebe que diante de Deus é um perdido. Estamos dispostos a admitir que somos pecadores. Mas sem o iluminar do Espírito Santo não admitiremos que, como resultado do pecado, diante de Deus nos tornamos pessoas perdidas. Aos olhos de Deus, somos pessoas perdidas. Existe a possibilidade de uma imitação por parte da carne na questão da consciência do pecado. A carne pode substituir a atuação do Espírito Santo. Muitas lágrimas em reuniões de reavivamento nada são senão o resultado da carne do homem. Elas não são produzidas pela obra do Espírito Santo no homem. Uma coisa é o homem saber que pecou. Outra coisa, é saber que seu relacionamento com Deus está errado. O Espírito Santo paciente e cuidadosamente ilumina o homem e mostra-lhe que ele está perdido. O que o Espírito Santo faz é mostrar ao homem que sua posição está errada. Então, o primeiro sentimento de alguém que experimentou a obra do Espírito Santo de Deus não é algo relacionado com o pecado, mas o sentimento de que ele está longe de casa. Seu relacionamento com Deus está cortado. Ele desenvolveu um problema com Deus. Ele é um homem perdido. Nosso problema diante de Deus não é meramente quanto temos destruído a nós mesmos com comida, bebida, fornicação ou jogos. O problema é estar afastado numa terra distante. Quando o Espírito Santo ilumina o homem, a primeira coisa que Ele faz é mostrar ao homem que ele está numa terra distante. Quando alguém lê a última centenas de teares estavam tecendo tecidos com finíssimos fios de linho. O gerente da fábrica me explicou: "Estas máquinas são tão delicadas que se um só fio dos trinta mil que estão passando pelas máquinas neste momento se rompesse, todas elas parariam no mesmo Instante". Para provar, ele foi a uma máquina e cortou um fio. Imediatamente todas as máquinas pararam até que o fio fosse recolocado; depois continuaram automaticamente. Este milagre mecânico é uma analogia rude "do que é espiritual". Quando eu peco, desobedeço ou me desvio do caminho claro da vontade e do temor de Deus, então o ministério do Espírito em minha vida está prejudicado. Sua atuação é interrompida, mas Ele continua presente. Ele não é afastado, somente Sua atuação é prejudicada. Assim que o fio partido é restaurado. Seu ministério pleno recomeça e Ele ilumina de novo o meu coração, satisfaz as necessidades do meu coração e faz eficaz em mim o ministério de Cristo. Mas isto tudo tem um lado glorioso: entristecer o Espírito Santo não Implica em perde-Lo. Eu continuo selado por Ele; Ele não deixa de morar em mim. Nenhum crente pode entristecê-Lo a ponto de Ele o deixar totalmente. Os hinos de Wllliam Cowper, sócio de John Newton, me têm abençoado muito, mas estas linhas têmme perturbado: Retorna, santa Pombal vem, Ó Tu que dás a paz! Odeio o que Te dá pesar E abandonar-me faz. Eu tenho a incômoda impressão de que estas palavras querem dizer foi somente interrompido. Elas Implicam em que eu O perdi. Se foi isto que Cowper quis dizer, creio que ele estava errado. Deus pode fazer com que não sintamos mais a presença do Espírito Santo. Podemos ver isto no Salmo 51, onde Davi diz: "Não retires de mim o teu Santo Espírito" (v. 11). Mas não se esqueça que o Espírito Santo selou todos os crentes para o dia da redenção, isto e, a redenção dos nossos corpos (Ef. 1:13, 4:30, Rom. 8:23). Você e eu podemos escorregar, mas isto é bem diferente de cair da graça ou perder o Espírito Santo totalmente. Se o Espírito se retirasse de um crente selado por Ele, não estaria negando todo o plano da salvação? Mas quando nós O entristecemos. Ele retira de nós a alegria e o poder até que renunciemos e confessemos o pecado. Mesmo parecendo contentes externamente, no interior nos sentimos infelizes, porque não estamos em comunhão com o Espírito. Não que o Espírito nos tenha abandonado, mas porque Ele nos faz sentir assim até que voltemos a Cristo humildes, contritos, prontos para confessar. O Salmo 32 muitos acham que ele foi escrito por Davi depois de pecar com Bate-Seba é um ótimo exemplo disto: "Enquanto não confessei os meus pecados, eu chorava o dia todo, até cansar. De dia e de noite me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei os meus pecados, e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste as minhas faltas. . . . Todos vocês que são corretos alegrem-se e fiquem contentes Jesus pelo que Deus tem feito! Cantem de alegria todos vocês que são honestos de coração!" (Sal. 32:3-5,11, BLH). Eu estou convencido que, uma vez balizados no corpo de Cristo, tendo o Espírito Santo em nós, nunca mais seremos abandonados por Ele. Estamos selados para sempre. Ele é a garantia, o penhor do que virá. Sei que muitos dos meus Irmãos na fé têm outro ponto de vista, mas até onde posso ver hoje, tenho certeza que o Espírito Santo nos sustém. Por um lado o Espírito Santo que mora em nós nos guarda para Deus. Isto Ele faz através do sangue de Cristo, em que nós confiamos e sabemos que fomos redimidos. Por outro lado Ele nos concede alegria contínua por sabermos que somos de Deus; esta alegria só cessa quando alguma obra da carne entristece Aquele que nos selou. "Ele anseia por nós com ciúme" (Tiago 4:5). Eu duvido que neste lado da eternidade alguma vez cheguemos a saber que grande força poderíamos ter utilizado: o poder do Espírito Santo, do qual tomamos pequenas amostras, através da oração. Quando nós nos entregarmos a Cristo, o Senhor, totalmente, cada momento de cada dia, não será possível descrever o poder (capaz de fazer milagres) e o testemunho do Espírito Santo que estarão em nós. O segredo de pureza, paz e poder está neste momento de entrega. E eu acho que também inclui o que George Cutting costumava chamar de segurança, certeza e contentamento. Engloba também a idéia de realização externa e satisfação interna. Sim, quando nós pecamos o Espírito Santo, Espírito de amor, é entristecido, porque Ele nos ama. ! Livro Indicado Para a Leitura do Mês É consenso entre os cristãos que a ação genuína do poder do Espírito Santo é uma das maiores necessidades da igreja atual. Neste livro o Dr. Billy Graham aborda as perguntas fundamentais sobre a terceira pessoa da Trindade: Quem é o Espírito Santo? Como atua o seu poder na vida do crente? Como receber o batismo do Espírito? Como experimentar a plenitude do Espírito? Quais são e como funcionam os dons do Espírito Santo? Que é a blasfêmia contra o Espírito? Será que o fruto do Espírito manifesta-se em sua vida? Além de responder a essas perguntas o Dr. Billy Graham mostra que o Espírito Santo não deve ser apenas estudado e compreendido racionalmente, mas sim experimentado em plenitude em nossa vida espiritual. Ele é o Consolador prometido por Jesus! Nele devemos andar e dele devemos depender para poder usufruir a vida abençoada que Deus deseja para nós. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] O mensageiro das BOAS NOVAS Maio 2008 Ano IX n° 156 “A luz do evangelho de Cristo, que é a imagem de Deus.” EDITORIAL João Alfredo Nestes dias um sentimento que tem tocado meu espírito, é que a igreja dos nossos dias perdeu sua expressão como Reino dos Céus. Em primeiro lugar porque os cristãos perderam a visão da centralidade na Pessoa de Cristo e em segundo lugar porque a luz do evangelho está encoberta para a grande maioria da cristandade, pela falta de conhecimento. Sinto que é de extrema urgência que o evangelho de Deus, que é a revelação de Jesus Cristo, seja ensinado para que os cristãos cheguem ao conhecimento espiritual e a maturidade cristã. Muito se tem feito no sentido de evangelizar pregando o evangelho para a salvação àqueles que estão nas trevas. Mas o ensinamento propriamente dito do evangelho da glória de Cristo, tem sido muito negligenciado. É preciso que os perdidos cheguem à salvação, mas também é necessário, tanto quanto a salvação, o amadurecimento dos que foram salvos. É neste sentido que o ensinamento do evangelho tem sido posto de lado. Se realmente esperamos a vinda de nosso Senhor Jesus para reinar sobre a terra, antes é preciso que estejamos cheios do conhecimento do evangelho da glória de Cristo. Se os cristãos não estiverem maduros e preparados para reinarem com Cristo, como então Ele poderá estabelecer Seu reino? Somente o aprofundamento na obra de Cristo, que é o Seu evangelho, poderá preparar o cristão para ser um vencedor. Na verdade um vencedor não é um super cristão, mas um cristão normal. São estes cristãos normais que o Senhor usará para reinar com Ele sobre a terra. Ser um cristão normal é ser cheio da luz do evangelho de Cristo. Quando um cristão chega ao conhecimento pleno do evangelho de Cristo, ele também chega ao conhecimento dos princípios do caráter e da obra de Deus. Esse conhecimento será o grande prérequisito para reinar com Cristo. Vamos nos ocupar nestes últimos dias desta era com o aprofundamento no conhecimento do evangelho de Cristo, para que sejamos conformados à imagem do Filho de Deus. Gostaria de incentivar os irmãos a lerem mais a Bíblia e a usarem os escritos de outros irmãos que receberam muito do Senhor. Quando lemos os livros estamos na comunhão do corpo de Cristo, sendo instruídos, auxiliados, exortados e consolados por aqueles irmãos que se preocuparam em deixar escrito o que Jesus toma a tua foice e ceifa". Quem é este sentado sobre a nuvem com a coroa? É o nosso Senhor, e ele vai ceifar o seu povo(1 Ts 4:16,17). Preste atenção no texto: "os vivos, os que ficarmos". Em outras palavras, há alguns vivos que não ficaram. Eles já se foram. Portanto, aqui vemos que os mortos em Cristo serão ressuscitados e os vivos que ficaram serão transformados, e todos serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares. Quando isso acontece, então temos a trombeta, a ceifa. Então, quando toda a igreja reunir-se na presença do Senhor, haverá o julgamento do tribunal de Cristo. O julgamento terá inicio pela casa de Deus. Isto está incluído na parúsia. Parúsia e as Sete Taças O que acontecerá na Terra? A cólera de Deus será derramada através das sete taças. É chegado o dia do Senhor, e isto também está incluído na parúsia. O Final da Parúaia Quando estas coisas chegarem ao fim, então o Senhor Jesus virá com o seu exercito, os chamados, eleitos e reis. Ele descerá em grande glória e então ocorrerá a última batalha, a batalha do Armagedom. Satanás será preso, acorrentado e lançado dentro do abismo, enquanto o falso profeta e o anticristo serão lançados dentro do lago de fogo. Irmãos, este é o fim da parúsia. Portanto, podemos ver que a parúsia ou presença do Senhor inclui um período de tempo e cobre uma serie de eventos. O que dizer a respeito do sinal da sua vinda, ou o sinal da presença do Senhor? Notamos que há um sinal do inicio e um sinal do fim da parúsia. Livro Indicado Para a Leitura do Mês A vinda do Senhor Jesus é para nós um motivo de grande expectativa e alegria, a nossa bendita esperança, o tema de nossos hinos e cânticos. Nestes dias do fim é imprescindível conhecer o que dizem as Escrituras sobre os eventos relacionados a vinda do Senhor, a fim de estar preparados para ela. Neste livro sobre os capítulos 24 e 25 do evangelho de Mateus, Stephen Kaung analisa a profecia de Jesus Cristo sobre o seu iminente retomo. Ao comenta-la, o autor ressalta a importância da preparação do povo de Deus para os eventos ligados a vinda do Senhor. Estando conscientes destas realidades e preparados para elas, o dia de Cristo não trará surpresas para os filhos de Deus, mas será um momento de grande alegria no tão esperado encontro com o Senhor. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Julho 2007 Ano IX n° 146 “Certamente venho sem demora Vem Senhor Jesus” EDITORIAL João Alfredo São muitos os motivos pelos quais a cristandade se encontra nesta anormalidade que vemos em nossos dias. Um destes muitos motivos é a falta do espírito de arrebatamento que faz com que a verdadeira igreja do Senhor seja uma comunidade escatológica, vivendo o presente com os olhos no futuro. Assim deve caminhar a igreja de Jesus na terra, sempre a espera de Seu Rei que vira para tomá-la para Si. Este espírito de arrebatamento deve nortear a vida de todos aqueles que nasceram do alto e conseqüentemente foram colocados no corpo de Cristo. Os olhos e o coração da noiva que ama o Noivo devem estar sempre vigiando a espera de Sua vinda. Certa vez nosso Senhor Jesus contou uma parábola, que ficou registrada em Mateus capitulo 13, sobre dez virgens que esperavam pelo noivo. Todas estavam providas de suas lâmpadas, isto é, todas tinham o Espírito Santo. Mas apenas cinco eram prudentes e tinham uma provisão de azeite para suas lâmpadas, isto é, estavam cheias do Espírito Santo. A conclusão desta parábola sabemos muito bem, apenas as cinco prudentes foram tomadas pelo noivo. Parece que o Senhor estava dizendo que se na igreja como todo (as dez virgens) o Noivo pudesse encontrar a metade que fosse prudente, seria muito bom. Mas a anormalidade da cristandade reside no fato de que esta proporção está desequilibrada, pois a grande maioria dos crentes de hoje nem se quer se referem à vinda do Senhor. Este assunto parece ser de remota importância para a cristandade de hoje. Preparar-se para a vinda do Noivo parece não ter muita importância para os “crentes” modernos. Esta tem sido a causa de muitos desvios e enganos introduzidos pelos assim chamados “pastores”, ou seja lá como são nomeados, de nossos dias. O motivo de tal afastamento da vigilância na qual a cristandade deveria estar empenhada é devido aos atrativos que o mundo moderno oferece aos crentes. Infelizmente estes atrativos mundanos invadiram a “igreja” de nossos dias. A prosperidade, a cura, a benção e tantas outras coisas são mais importantes para a cristandade de hoje, do que a vinda do Rei. É tão bom participar das atividades e dos afazeres da “igreja” que até o pensar em ser levado deste mundo é rejeitado pelos crentes modernos. Mesmo a comunhão entre os irmãos é tão prazerosa que não vale muito a pena pensar em deixá-la. Em fim, todas estas coisas têm prendido os crentes modernos a esta terra. Eles têm se tornado uma árvore gigantesca com raízes profundas neste mundo, onde as aves (pessoas) de todos os tipos podem se aninhar. E por terem raízes profundas na terra não poderão ser tomados pelo Noivo. Nossa oração é para que mais e mais irmãos sinceros sejam despertados para a necessidade de se ter um espírito de arrebatamento. Para que a espera pelo Noivo seja, nestes dias, a prioridade da noiva que é a verdadeira Igreja do Senhor.Amém. ! AGUARDANDO A VINDA DO SENHOR Christian Chen Qual o nosso interesse em tudo isso? Nosso desejo é conhecer a Palavra de Deus; queremos receber a mensagem do Senhor. O Senhor está às portas. Não importa o que os jornais publicam. Estude a sua Bíblia. O Senhor está às portas. Você está pronto? Ou você está vagando por aí? Ou você está brincando? Oh, se você sabe que a Palavra de Deus é tão segura, comece a ficar sério com o Senhor. O apóstolo João disse: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia”. Mas ele acrescentou algo mais: “e aqueles que guardam” - que obedecem “as coisas nela escritas...” Por que estudamos profecia? O nosso único propósito é obedecer a palavra profética. Tudo o que está acontecendo aponta para um fato: o Senhor está às portas. No próximo capítulo trarei boas novas. Veremos por que estamos aqui. Graças a Deus, 2520 anos nos relembram os 2520 dias de grande sofrimento. Todavia, o desejo do Espírito Santo é que estejamos aguardando por um outro dia. Veremos que dia é esse a partir da Palavra de Deus. Às vezes, quando estudamos as profecias, ficamos um pouco confusos, não sabemos mais o que estamos esperando. Algumas pessoas ficam tão empolgadas com o 666 que, na realidade, ficam esperando o aparecimento do anticristo. Estamos aguardando o Senhor, estamos esperando pelo Noivo. Será que a noiva está pronta? Será que já estamos suficiente maduros? O nosso Noivo é tão jovem, cheio de glória. Será que Ele terá uma igreja gloriosa? Será que cresceremos até a maturidade? Estamos aguardando um dia maravilhoso. Se estamos vivendo em contagem regressiva, nós oramos: 'Oh, que esse dia chegue logo'! Alguém já sugeriu que talvez o Senhor volte no ano 2000. Eu não discordo, mas fico me perguntando se precisaremos esperar tanto tempo assim. Aqueles que amam ao Senhor, anelam por Sua vinda, desejam estar com Ele hoje. Será que precisamos esperar tanto tempo assim? Você está disposto a ir se o Senhor voltar esta noite? Ou você pensa: 'Eu ainda tenho o meu negócio, ainda tenho o meu futuro'. Se você ama ao Senhor, você dirá: 'O ano 2000 está longe demais'. Este mundo não conhece Aquele a quem estamos aguardando. Esse é o nosso segredo. Oh, que possamos todos compartilhar esse segredo. Sabemos por que estamos aqui. Que o Senhor seja misericordioso conosco. Possa o Seu amor nos encher, possa o Seu amor nos constranger para que estejamos aguardando a Sua volta. Senhor, torna realidade esta exortação. Torna essas palavras nossa carne e sangue. Que possamos realmente estar ansiando, desejando, aguardando aquele grito da meia-noite. Não permite. Senhor, que caiamos no sono da displicência. Pedimos e imploramos que o Teu Espírito nos mantenha acordados, com os olhos abertos para aguardar e desejar a volta do nosso amado Noivo. Sela, Senhor, essa decisão, esse espírito de arrebatamento em nós. Oramos em nome do Senhor Jesus, amém. ! encontra-se no deserto. O Senhor disse: "Não saiais". Outros irão dizer que Ele está escondido em lugares secretos, de forma misteriosa. Não acredite nisso, porque o Senhor disse que, em sua vinda, Ele virá como o relâmpago. Quando o relâmpago surge, céu é visto desde o leste até o oeste. Em outras palavras, todo mundo o vê. É algo público e aberto. Todo mundo vê o Senhor. Este e o modo pelo qual Ele virá. Neste ponto, irmãos, parece que estas duas metáforas são contraditórias. Por um lado, Ele virá como ladrão: oculto, em secreto, invisível, de modo repentino. Por outro lado, Ele virá como o relâmpago; de forma pública, aberta e visível, de forma que todos saberão. Será que há contradição aqui? Não. Tudo é explicado pela palavra "vinda" ou "parúsia", que significam sua presença. Desse modo, sua vinda começa "como um ladrão" e termina "como um relâmpago". O Início da Parúsia Um dia o Senhor virá como ladrão, sem qualquer anúncio ou aviso. Ele repentinamente virá e furtivamente levará aqueles que lhe são mais preciosos. Um dia, de forma repentina, você vai notar que, ao redor do mundo inteiro, muitos serão tomados, e isto será o início da parúsia. Depois que estes forem levados até o trono, haverá guerra no céu. No capítulo 12 de Apocalipse está escrito que, quando o filho varão é gerado, será arrebatado até o trono e, então, haverá guerra no céu. Satanás será lançado dos ares para a terra. Hoje em dia, o quartelgeneral de Satanás encontra-se nos ares. Gênesis 1 nos descreve como Deus restaurou a Terra de seu estado arruinado e que, no segundo dia, Ele restaurou o firmamento. No entanto, após ter restaurado o firmamento, Deus não diz que isso "era bom", porque os ares tornaram-se o quartel-general do inimigo. Ele é o poder maligno do ar, o qual governa sobre a Terra assim como o ar a envolve por completo. Mas ele será lançado do ar para a Terra, porque o ar precisa ficar limpo para que o Senhor desça do trono para os ares. Esta é uma parte da parúsia, a qual é invisível ao homem. Parúaia e Grande Tribulação Quando o Senhor vem para o ar junto com aqueles que já haviam sido tomados, o que acontecerá sobre a Te r r a ? Q u a n d o S a t a n á s e s t á literalmente sobre esta Terra junto com as duas bestas, o anticristo e o falso profeta (a tríade do mal), o que se pode esperar senão a Grande Tubulação, a angústia de Jacó Será uma grande provação para aqueles que ainda estiverem sobre a Terra. Será uma grande provação para o povo judeu que crê num único Deus, porque a besta erguerá a sua imagem e todos terão que adorá-la como deus, e ela não permitirá que nenhum outro seja adorado. A Grande Tribulação estará acontecendo sobre a Terra, e isto é parte da parúsia. Parúsia e o Julgamento do Tribunal de Cristo No capitulo 14 de Apocalipse, após a Grande Tribulação, encontramos alguém sentado sobre a nuvem tendo na cabeça uma coroa de ouro. Ele tem nas mãos uma foice. Então vem uma voz do trono dizendo; "Aseara está pronta; O VERDADEIRO AMOR O REI ESTÁ VOLTANDO Christian Chen Stephen Kaung Ele Vem Como Um Ladrão (Mt24:42-44) Neste trecho o Senhor Jesus nos diz que não sabemos a hora da sua vinda. Ninguém sabe quando Ele virá. Não sabemos a hora, nem a época, nem o tempo. Somente o Pai conhece tais coisas. A curiosidade é algo que facilmente toma conta de nós. Por isso encontramos entre os cristãos, através de vinte séculos, uma curiosidade em descobrir exatamente o tempo e a hora da vinda do Senhor. Tentamos calcular e descobrir exatamente em que ano, mês, dia e até mesmo em que hora Ele virá. Através da história da igreja vemos pessoas fazendo essas especulações e pessoas sendo enganadas por elas. Isto continua acontecendo em nossos dias e mesmo em grupos de irmãos fiéis ao Senhor muitos têm sido enganados. No entanto, o Senhor já nos disse que não saberemos o tempo exato da sua vinda. Ele não nos permite sabê-lo e a razão pela qual Ele não nos deixa saber é para que estejamos sempre vigilantes e preparados, sempre prontos. Se o Senhor nos dissesse que viria no ano 2000, então ainda teríamos algum tempo para viver nossas próprias vidas e fazer as coisas que quiséssemos e, quando 1999 chegasse, então acordaríamos. Mas o Senhor conhece a nossa natureza e esta é a razão pela qual Ele não diz quando virá. E se Ele não nos diz, não tente descobrir porque você não terá meio de achar a resposta. Se você sabe quando o ladrão vem, então você o espera preparado. Será que o ladrão tocará uma trombeta e dirá:"Estou chegando?" Hoje, quando pensamos na vinda do Senhor, não a associamos com a trombeta. Ao soar da trombeta, então o Senhor virá. No entanto, Ele diz que virá como um ladrão. Estranhamente, o ladrão parece sempre saber quando você não está pronto. Parece que ele tem um instinto para perceber isso. Quando você está preparado e pronto, ele não vem; mas naquele instante em que você não está vigiando, ele vem e vai embora. Ele vem quieto, em secreto, inesperadamente e, de repente, você descobre que Ele já veio. Ele roubou o que havia de melhor e já se foi. O ladrão é como uma pessoa invisível. E é desta maneira que o Senhor virá; invisível, como um ladrão. Ele Vem Como o Relâmpago (Mt 24:21-27) Estranhamente, o Senhor disse que sua vinda é como o relâmpago. Estritamente falando, este trecho da Palavra refere-se aos eleitos, ou seja, ao povo judeu escolhido, porque a Grande Tribulação é chegada e esta tribulação para os judeus é a "angústia de Jacó". Nos últimos dias haverá esta "angústia de Jacó" como está profetizado em Jeremias. Eles passarão por grande angústia e evidentemente esperarão que o Messias venha então libertá-los. Por causa dessa expectativa dentre o povo judeu,haverá falsos profetas, falsos Cristos que surgirão realizando falsos milagres para enganar, se possível, os próprios eleitos. Haverá profetas dizendo que Cristo já veio e A primeira vez que a Bíblia menciona a palavra “amor”, refere-se ao amor que Abraão teve para Isaque. O Pai nos ama. Lá na cruz Ele entregou Seu único Filho. Como sabemos que Abraão ama? O seu amor ë manifestado quando ele entregou seu filho no altar. Essa é a definição de amor. A segunda vez que a palavra “amor” é usada na Bíblia diz: “Isaque amou Rebeca”. Essa é uma história de amor. Possa o Senhor ser misericordioso conosco. Hoje ainda estamos no camelo, ainda estamos passando pelo deserto, ainda fazemos as nossas tarefas diárias. Mas, sejamos como Rebeca. Vamos dizer ao nosso Senhor: “Eu irei”. Nunca O vimos. É pelo testemunho do Espírito Santo que desejamos segui-LO. A obra do Espírito Santo é glorificá-Lo, é testificar sobre o nosso Senhor. Ele nos diz que o nosso Pai deu tudo para Ele. Quando a igreja ouve o testemunho, ela parte em Sua direção. Esse caminho é celestial. Estamos aguardando aquele grito da meia-noite. Lembre-se que “eis” é uma das palavras favoritas de Mateus. Dentre as 62 vezes em que Mateus menciona “Eis”, há uma que é a mais sublime, a mais maravilhosa: “Eis o noivo”. Que o Senhor fale ao nosso coração. Senhor, diante desta história de amor, a nossa oração é que o Senhor nos conceda o espírito de Rebeca, aquele espírito disposto a dizer: “Eu irei”, e que esse espírito de arrebatamento permaneça conosco até aquele glorioso dia do nosso encontro contigo nos ares. Oramos em nome do Senhor Jesus, amém. ! O TRIBUNAL DE CRISTO Delcio Meireles Os que foram levados na primeira fase do arrebatamento, voltam com o Senhor Jesus. Nessa ocasião todos os cristãos serão reunidos perante o Tribunal de Cristo: "Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do Tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal" (2Co 5.10), "Pois todos havemos de comparecer ante o Tribunal de Cristo...assim pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus" (Rm l4.l0, 12). OApóstolo Pedro escreveu: "Já é tempo que comece o julgamento pela Casa de Deus" (l Pd 4.17"). Hebreus diz que a Casa de Deus somos nós (Hb 3.6). Aprimeira etapa do julgamento da Igreja como a Casa de Deus será no Arrebatamento dos Vencedores. Aquele que não for levado, certamente estará comprometido com algo que desagrada ao Senhor. Depois virá a segunda etapa que é o Tribunal de Cristo. Paulo disse que teremos que dar conta do que fizemos por meio do corpo, isso indica o período em que aqui vivemos, e que seremos julgados pelo bem ou o mal que praticamos. Alguns acham que o galardão só é positivo, mas não é isso o que a Bíblia ensina: "Sabendo que do Senhor recebereis a recompensa da herança; a Cristo o Senhor servis. Pois quem fez injustiça, recebera a paga da injustiça que fez; e nisso não há acepção de pessoas" (Col 3.25). Este julgamento Jesus dos salvos cobrirá duas esferas: a da conduta e a do serviço. A Parábola dos Talentos nos fala sobre o serviço ao Senhor e a Parábola do Credor Incompassivo trata com a questão da conduta, especificamente do perdão (Mt 25.14.30, 18.15-35). No Tribunal de Cristo será decidido quem entrará no Reino para governar com Cristo durante os mil anos. Nesse dia nossas obras serão provadas pelo fogo, se edificamos com ouro, prata e pedras preciosas, aquilo que edificamos permanecerá e receberemos o galardão. Se edificamos com madeira, feno e palha, tudo será queimado e sofreremos a perda (l Co 3. l O-15). Hoje podemos achar que crer no Senhor Jesus é suficiente, e, portanto, não precisamos preocupar com a nossa conduta e com nosso serviço a Ele e aos irmãos. Mas naquele dia será grande a nossa surpresa! Hoje podemos dedicar nosso tempo àquelas coisas que nos interessam e buscar o que achamos ser melhor para nós, mas naquele dia haverá pranto e ranger de dentes e todas as lágrimas derramadas não serão suficientes para expressar quão grande foi nossa perda! Ó querido irmão e irmã em Cristo Jesus, se você se sente uma pessoa infeliz e sem realização, é porque o Senhor Jesus não tem o primeiro lugar em sua vida. Se você se sente assim, dobre seus joelhos e abra seu coração ao Senhor. Diga a Ele que você deseja buscar o Seu reino e a Sua justiça em primeiro lugar e que Ele seja "a porção da sua herança e do seu cálice" (SI 165) Você pode não ter coisas neste mundo, mas a alegria verdadeira só pode ser encontrada em Deus. "Ó provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia" (Sl 34.8). Livro Indicado Para a Leitura do Mês Grandes Profecias da Bíblia Vol 1 abre a Série Profecias da Bíblia. Tendo como pano de fundo as palavras do Senhor sobre "a figueira" e "todas as árvores" e com base sólida nas Escrituras, o autor expõe com grande clareza o cumprimento maravilhoso da palavra profética ao longo da história, passando pelo renascimento da nação de Israel e pelo recente avivamento do poder babilónico. Este volume inclui: l) A profecia de Balaão; 2) O sonho de Nabucodonosor; 3) As duas Babilónias; 4) A reconstrução da cidade da Babilónia e 5) O sonho de Daniel. Grandes Profecias da Bíblia Vol 2 é o segundo livro da Série Profecias da Bíblia. Estão incluídas neste volume: l) A Obediência á Profecia; 2) O Senhor Está às Portas; 3) O Dia de Cristo; 4) A Obra de Deus. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Abril 2008 Ano IX n° 155 “Certamente cedo venho, Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” EDITORIAL João Alfredo Tenho observado que há uma inquietação geral sobre a terra nos dias de hoje. Parece que as pessoas de um modo geral estão esperando que algo aconteça para que todo esta situação caótica em que se encontra a terra seja resolvida. Este é o sentimento geral, mas somente os cristãos sabem diante mão o que terá e irá acontecer para que tudo volte ao seu devido lugar na terra. Essa é, ou pelo menos deveria ser, a expectativa de todo cristão, a vinda do Rei Jesus. Infelizmente não é bem isso que vemos entre a cristandade de nossos dias. A grande maioria está envolvida na tentativa de melhorar as coisas por aqui ou na preparação de um futuro melhor para as próximas gerações. Eles nem se quer param para pensar que a esperança de um cristão verdadeiro tem que estar colocada no reino que será estabelecido na vinda do Rei Jesus. Somente quando o reino do Filho de Deus for definitivamente estabelecido na terra é que ela será novamente restaurada para cumprir o propósito de Deus para ela. Antes deste acontecimento tudo ficará cada vez pior e caminhando a passos largos para o abismo da deterioração completa da raça humana. Somente a vinda do Rei Jesus para governar e pôr em ordem todas as coisas sobre a terra é que o homem poderá cumprir o propósito para o qual foi criado por Deus. Todo cristão assim que recebe o Senhor Jesus como Salvador e Senhor absoluto da sua vida, deve aprender imediatamente que o seu Senhor um dia voltará para o tomar para Si. Sem essa esperança a vida cristã não tem o menor sentido. Todos os dias a noiva que ama seu noivo está espreitando pela janela para ver se ele está vindo. Assim deve viver a igreja, sempre esperando a vinda do Noivo Amado. Quando o cristão vê de fato a igreja do Senhor Jesus, ele vive nesta expectativa diariamente, 'quando virá o Noivo?' Durante a ausência do Noivo a noiva está preparando todas as coisas. É assim que o cristão deve viver, sempre se preparando e preparando seus irmãos para a vinda do Noivo. Esta preparação não está relacionada com coisas terrenas, como 'templos', 'associações', 'denominações', 'instituições' e outros tantos sistemas que a cristandade tem preparado nestes dias. Isto tudo deverá seguramente ser usado pelo próprio anticristo para a formação do império religioso que ele irá estabelecer sobre a terra. Que o Espírito Santo possa despertar todo cristão para esperar e preparar todas as coisas para a vinda eminente do Rei Jesus.Amém. ! Jesus encontrar o Senhor, Ele diz: “Tudo o que você tem que fazer é seguir as pegadas do rebanho porque ali você pode Me encontrar”. É por isso que descobrimos ser o livro de Atos muito precioso porque ele não é apenas história. Por exemplo, quando lemos os quatro evangelhos, não apenas vemos a história do Senhor sobre a terra, temos também que ver Suas pegadas. Através de Suas pegadas podemos conhece-Lo. É o mesmo com o livro de Atos. Ele não está apenas nos mostrando a história do primeiro século da igreja, mas está nos mostrando as pegadas do rebanho. Assim quando algumas vezes nos sentimos um pouco confusos e não sabemos para onde ir, ali no livro de Atos podemos encontrar as pegadas do rebanho. Através destas pegadas podemos encontrar nosso Senhor. Em Mateus 16, o Senhor disse: “Eu edificarei minha igreja sobre está rocha, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Em Mateus 20, o Senhor disse: “Onde houver dois ou três reunidos em Meu nome, eu estarei no meio deles”. Onde houver dois ou três reunidos no nome do Senhor isto quer dizer, eles se colocam debaixo do nome do Senhor, sob a liderança do Senhor, e estão também seguindo as pegadas do Pastor quando eles estão seguindo o Senhor, Ele diz: “Eu estou no meio deles”. Em 1 Coríntios 14 é dito que quando a igreja se reúne e os incrédulos chegam, a condição interior deles será exposta e se prostrarão e dirão: “Deus de fato está entre vós”. Esta é a igreja. As pegadas do rebanho são as pegadas do Senhor. Através das pegadas do rebanho podemos encontrar o Senhor que amamos. ! Livro Indicado Para a Leitura do Mês Nos verões de 1998, 1999 e 2000 o irmão Stephen Kaung foi convidado para a reunião de um pequeno grupo de cristãos em Alhambra, Califórnia nos Estados Unidos. Estes cristãos tinham algumas perguntas prementes: “Como nós como uma comunhão podemos caminhar de uma forma agradável ao Senhor? Como podemos expressar Seu testemunho? Para onde devemos ser conduzidos? O que devemos seguir? Há um caminho?” A reposta do irmão Kuang resultou em uma série de mensagens: As Pegadas do Rebanho, As Pegadas do Cordeiro e Seguindo as Pegadas do Cordeiro. Estas mensagens provaram ser profundamente úteis aos irmãos e irmãs em Alhambra. Possa o Senhor usar estas mensagens para encorajar os leitores que tenham estas mesmas perguntas. (A tradução do livro “Pegadas” pode ser baixada em formato PDF no site da Editora Restauração www.editorarestauracao.com.br) Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] O mensageiro das BOAS NOVAS Agosto 2007 Ano IX n° 147 “Ainda que era Filho aprendeu a obediencia” EDITORIAL João Alfredo Desde a queda do homem no Éden, Deus vem trabalhando com ele para fazê-lo voltar para o Seu propósito inicial. Como a queda foi em função de uma transgressão a uma ordem de Deus, o trabalho que Ele está operando hoje na vida do homem está totalmente relacionado com a obediência pela disciplina e submissão. Nosso Senhor Jesus, conforme a Escritura, aprendeu a obediência. Mas em que sentido Deus precisa aprender a obediência se Ele não tem a quem obedecer e nem precisa obedecer? O Senhor Jesus aprendeu a obediência como Filho do Homem. Para que Ele se tornasse completamente apto para realizar a obra de redenção do homem, teve que ser em tudo igual ao homem, a menos do pecado. Ele como homem foi obediente em tudo para que ao dar ao homem Sua vida e natureza na ressurreição, o homem também fosse obediente em tudo como Ele foi. Esta é a parte da obra de Cristo que é mais atacada pelo inimigo. E Satanás, como o autor da insubmissão e rebeldia contra Deus, não quer que o homem voluntariamente decida obedecer a Deus, pela provisão da vida de Cristo que todo aquele que é nascido do alto recebeu pela graça e misericórdia de Deus. Mas como para aprender a obediência requer disciplina, o processo é pelo sofrimento. O homem, desde o nascimento, possui uma natureza de insubmissão e desobediência. Essa é a herança que todo homem nascido de outro homem recebe em seu nascimento natural. E não há como se livrar dela até a morte física. O homem nasce e morre insubmisso e por isso um pecador irremediável. No processo de salvação, Deus em Sua sabedoria, coloca dentro do homem depois que ele decide receber a Jesus, uma nova natureza, a natureza de Cristo Jesus. Essa nova natureza é obediente e quando o homem permanece nela, pode ser obediente. Somente quando o homem age na dependência da vida de Cristo que já foi colocada nele pela graça de Deus, é que ele pode ser obediente e aprender a obediência através da disciplina e submissão. Alguém poderia perguntar, mas aprender a ser obediente a quem? À Palavra de Deus, à Bíblia, ao Espírito de Deus que foi colocado dentro de todo crente. Quando olhamos para a vida do Mestre, quando estudamos Sua vida aqui na terra, quando aprendemos com Ele pelo Seu Espírito que Ele mesmo nos deu, muito certamente manifestaremos a Sua obediência, obedecendo ao Pai em tudo, mesmo até a morte e morte de cruz. Não se trata de obedecer a homens, claro que isso é necessário para que nossa obediência seja visível, mas o mais importante é obedecer a Deus. Obedecer a Deus é obedecer a Sua Palavra escrita e revelada pelo Espírito em nosso coração. Que o Espírito de Deus que já habita em cada crente possa ensina-lo a obediência do Filho do Homem, Jesus Cristo. Amém. ! A DISCIPLINA DA SUBMISSÃO Richard J. Foster De todas as Disciplinas Espirituais, nenhuma tem sofrido mais abuso do que a Disciplina da submissão. De certo modo, a espécie humana tem uma habilidade extraordinária para tomar o melhor ensino e transformá-lo nos piores fins. Nada pode escravizar tanto as pessoas como a religião, e nada na religião tem feito mais para manipular e destruir as pessoas do que um ensino deficiente sobre a submissão. Portanto, devemos entrar nesta Disciplina com grande cuidado e discernimento a fim de garantir que somos ministros da vida e não da morte. Toda Disciplina tem sua liberdade correspondente. Se me preparei na arte da retórica, estou livre para proferir um comovente discurso quando a ocasião o exigir. Demóstenes ficou livre para ser orador somente porque suportou a disciplina de falar mais alto do que o rugido do oceano, com pedrinhas na boca. O propósito das Disciplinas é a liberdade. Nosso objetivo é a liberdade, não a Disciplina. No momento em que fazemos da Disciplina nosso foco central, tornamo-la em lei e perdemos a correspondente liberdade. As Disciplinas não têm, em si mesmas, nenhum valor. Elas só têm valor como meio de colocar-nos diante de Deus de sorte que ele possa dar-nos a libertação que buscamos. A libertação é o alvo; as Disciplinas são meramente os meios. Elas não são a resposta; apenas nos conduzem à Resposta. Devemos entender com clareza esta limitação das Disciplinas se quisermos evitar a escravidão. Não só devemos entendê-la, mas precisamos sublinha-la para nós mesmos repetidas vezes, tão grave é nossa tentação de concentrar-nos nas Disciplinas. Concentremo-nos sempre em Cristo e consideremos as Disciplinas Espirituais como um meio de aproximar-nos mais do coração do Mestre. Liberdade na Submissão Eu disse que toda Disciplina tem sua liberdade correspondente. Que liberdade corresponde à submissão? É a liberdade de render a terrível carga de sempre necessitar de fazer as coisas ao nosso próprio modo. A obsessão de exigir que as coisas marchem de acordo com a nossa vontade é uma das maiores escravidões da sociedade humana hodierna. As pessoas passam semanas, meses, até mesmo anos em perpetua agonia porque alguma coisinha não lhes saiu como desejavam. Elas queixam-se e se revoltam. Ficam furiosas e agem como se sua própria vida dependesse disso. Podem ate adquirir úlceras por causa da situação. Na Disciplina da submissão ficamos livres para deixar de lado a questão, para esquecê-la. Francamente, a maioria das coisas na vida não são tão importantes como pensamos. Nossa vida não se acaba se isto ou aquilo não acontece. Se você observa essas coisas, há de ver, por exemplo que todas as lutas e divisões na igreja ocorrem porque as pessoas não têm a liberdade de submeter-se umas as outras. Insistimos que está em jogo um problema crítico; estamos lutando por um princípio sagrado. Talvez seja verdade. Geralmente não o é. Com freqüência não somos capazes de ceder simplesmente porque isso significaria não conseguir as coisas do nosso jeito. Só na submissão é que nos capacitamos a levar esse espírito a um lugar onde ele não mais nos controle. Só a submissão pode livrar-nos suficientemente para capacitar-nos a distinguir os problemas autênticos e a obstinada vontade-própria. Se ao menos pudéssemos ver que a maioria das coisas na vida não são problemas importantes, então poderíamos dar-lhes pouca importância. Descobrimos que não são grande coisa. Por isso dizemos com freqüência: "Bem, não me importo", quando o que realmente queremos dizer (e o que transmitimos aos outros) é que nos agonia nelas então têm este clamor ao Senhor. E nosso Senhor responde à mulher: “Se não o sabes, ó tu, a mais formosa entre as mulheres, vai seguindo as pisadas [pegadas] das ovelhas, e apascenta os teus cabritos junto às tendas dos pastores”. Irmãos e irmãs, aqui vemos que aos olhos do Senhor esta mulher é a mais formosa. A formosura, a beleza, está nos olhos do observador. Aos olhos do Senhor, quem é bela? É aquela que tem um coração que deseja o Senhor. Não é aquela que tem grandes obras; é aquela que tem um amor pelo Senhor. Aos olhos do Senhor, estas pessoas são as mais formosas. Mas o Senhor disse a elas: “Se vocês não sabem onde estou, como podem Me encontrar? Apenas sigam as pegadas do rebanho”. UM REBANHO Aqui vocês têm que ver que na língua original esta palavra rebanho é singular. Há somente um rebanho do Senhor. Porque nosso Senhor é um bom Pastor. Ele caminha na frente do rebanho. Seu próprio rebanho segue as pegadas do Pastor. Por isso, quando vemos que a mulher não pode ver o Senhor, Ele diz: “Apenas siga as pegadas do rebanho e então você poderá Me encontrar”. O Senhor é o bom Pastor. Ele nunca deixa Sua própria ovelha. Assim onde quer que Seu rebanho esteja, Ele está. Ali você pode encontra-Lo. Há um só Pastor; há um só rebanho. Isto é o que vemos em João 10 porque o Senhor nos diz: “Tenho outras ovelhas em outro aprisco”. Bem, naturalmente conhecemos os acontecimentos daquele tempo. Os judeus eram um aprisco; não eram um rebanho. Mas o Senhor disse: “Além das ovelhas deste aprisco ..”. Sabemos que quando o Senhor veio a esta terra, disse: “Eu fui enviado para a casa de Israel”. Naquele aprisco Ele veio para chamar Suas próprias ovelhas porque Suas ovelhas conhecem Sua voz. Mas o Senhor disse: “Além das ovelhas deste aprisco, também tenho outras ovelhas em outro aprisco”. E este é o reino dos gentis. Ele disse: “Eu vou busca-las. Não apenas vou tirar as ovelhas do aprisco dos judeus; também vou tirar Minhas ovelhas do aprisco dos gentis. Porque Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, vou conduzi-las para um rebanho e sob um Pastor”. O Senhor é este bom Pastor. Embora na terra tenha chamado muitos pastores, estritamente falando há apenas um Pastor, e Ele tem somente um rebanho. Sobre esta terra Ele tem somente um rebanho todos aqueles que foram salvos pela graça, que ouviram a Sua voz. Ele disse: “Minhas ovelhas conhecem a minha voz. Meu Pai Me conhece; eu conheço Meu Pai. Eu conheço Meu rebanho e Meu rebanho Me conhece”. E todas estas ovelhas estão em um rebanho sob o domínio do Pastor. Deste modo o Senhor disse a esta mulher: “Se agora você não pode Me ver por causa destas circunstâncias complicadas, tudo o que você tem que fazer é seguir as pegadas do rebanho. Ali você Me encontrará”. Verdadeiramente, o que a mulher está desejando não é o rebanho. O que ela está desejando é aquele Pastor. Porque ela deseja o Pastor, ela também ama o rebanho do Pastor. Agora, nas pegadas do rebanho que segue o Senhor, ela pode encontrar o Senhor que seu coração deseja. Sabemos que os quatro evangelhos nos mostram as pegadas do Senhor. Nos evangelhos vemos as pegadas que o Senhor deixou sobre a terra. Então o que é o livro de Atos? Creio que os estudantes da Bíblia deveriam todos reconhecer que se os evangelhos são as pegadas do Senhor, então no livro de Atos estão as pegadas do PEGADAS Stephen Kaung Em Cântico dos Cânticos vemos uma mulher que experimentou a docilidade da salvação do Senhor (Cânticos 1:7-8). Por esta razão há um desejo nela pelo Senhor, conhecer mais o Senhor. Ela espera ter uma comunhão mais íntima com o Senhor. Por ter ela tal desejo pelo Senhor, nosso Senhor a trouxe para a recamara mais interior para que pudesse experimentar um pouco da preciosidade do Senhor. O Senhor atraiu seu coração, então ela se levantou e quis seguir o Senhor. Mas como estava tão desejosa pelo Senhor, seus irmãos não entenderam sua condição. Eles pensaram que ela estava muito extremada, por isso a sobrecarregaram de uma porção de trabalhos, para que não tivesse tempo de sossego suficiente para ter comunhão com o Senhor. Por esta razão ela se sentiu muito aflita interiormente. Então ela clamou diante do Senhor: “Dizeme, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes deitar pelo meio-dia; pois, por que razão seria eu como a que anda errante pelos rebanhos de teus companheiros?” Você vê no coração desta mulher que ela realmente ama seu Senhor, mas parece que naquele momento não estava apta para vê-Lo. Parece que estava entre os rebanhos dos companheiros do Senhor como se tivesse um véu sobre sua face. Em nossa tradução chinesa é realmente duro ver o significado delicado aqui, mas se você lê a tradução em inglês ela diz: “Por que estou entre os rebanhos de teus companheiros?” Aqui, companheiros está no plural; aqui rebanhos está no plural, também. Então existem algumas pessoas que são chamadas de companheiros do Senhor e elas provavelmente foram chamadas pelo Senhor para serem pastores. Mas aqui vemos estes assim chamados companheiros do Senhor. Quando o Senhor colocou Seu próprio rebanho em suas mãos, inconscientemente estes companheiros dividiram este rebanho para se tornarem rebanhos deles mesmos. Originalmente, o Senhor tem somente um rebanho. Todos os companheiros do Senhor supostamente deveriam apascenta o rebanho do Senhor. Eles supostamente deveriam estar sob o sumo Pastor e manter o rebanho junto, mas inconscientemente, estes muitos companheiros do Senhor tomaram o rebanho do Senhor que foi confiado em suas mãos como suas propriedades. Em outras palavras, estes companheiros consideraram a obra como a coisa principal. Por causa disso, usaram a obra para substituir o Senhor. Esta mulher que desejava o Senhor sentiu estar ela mesma no meio destes companheiros, mas a obra não pode substituir seu Senhor. Por isso, sentiu ser uma pessoa com um véu sobre sua face. Isto é, ela não estava apta para ver o Senhor. Em algumas destas traduções esta palavra véu também fala daquelas pessoas que perambularam. Ela estava indo de um lugar para outro não tendo lar, sem saber para onde estava indo. Hoje, entre os filhos de Deus, penso que temos a mesma condição. Vemos que existem pessoas que realmente desejam o Senhor. Em seu coração as atividades exteriores não podem substituir o Senhor. Elas não podem aceitar que a obra seja um substituto de seu Senhor. Não há descanso em seu coração e é como se elas perambulassem de um lugar para outro não tendo lar. Sentem serem elas mesmas o rebanho, as ovelhas do Senhor, mas onde o Senhor está apascentando Seu rebanho? Elas sabem que precisam descansar, mas não sabem onde o Senhor faz Suas ovelhas importamos um bocado. É precisamente aqui que a Disciplina do silêncio se ajusta tão bem a todas as demais Disciplinas. Em geral, o melhor modo de lidar com a maioria das questões da submissão é ficar calado. Há necessidade de um espírito de graça todo-abrangente que ultrapasse qualquer tipo de linguagem ou ação. Quando assim procedemos, libertamos os outros e a nós também. O ensino bíblico sobre a submissão concentra-se, antes de tudo, no espírito com que vemos as outras pessoas. A Escritura não tenta expor uma série de relacionamentos hierárquicos, mas comunicar-nos uma atitude interior de mútua subordinação. Pedro, por exemplo, apelou para os escravos de seu tempo a que vivessem em submissão a seus senhores (l Pedro 2:18). O conselho parece desnecessário até percebermos que é perfeitamente possível obedecer a um senhor sem viver num espírito de submissão a ele. Exteriormente podemos fazer o que as pessoas pedem e internamente estar em rebeldia contra elas. A preocupação por um espírito de apreço a outras pessoas permeia todo o Novo Testamento. O antigo pacto estipulava que não devemos matar Jesus, porem, acentuou que o verdadeiro problema era o espírito interior de homicídio com o qual consideramos as pessoas. O mesmo se verifica com o problema da submissão; o verdadeiro problema é o espírito de consideração e deferência que temos quando estamos com outras pessoas. Na submissão estamos, afinal, livres para valorizar outras pessoas. Seus sonhos e planos tomam-se importantes para nós. Entramos numa nova, maravilhosa e gloriosa liberdadea liberdade de abrir mão de nossos próprios direitos para o bem do próximo. Pela primeira vez podemos amar as pessoas incondicionalmente. Abrimos mão do direito que temos de que elas retribuam nosso amor. Já não sentimos que temos de ser tratados de determinado modo. Podemos regozijar-nos com os sucessos delas. Sentimos verdadeiro pesar por seus fracassos. Pouco importa que nossos planos se frustrem, se os delas têm êxito. Descobrimos que é multo melhor servir ao próximo do que fazer como bem entendemos. Você conhece o livramento que há em abrir mão de seus direitos? Significa que você está livre da ira fervente e da amargura que sente quando a atitude de alguém não é a que você esperava. Significa que, afinal, você pode quebrar a perversa lei de comércio: "Você coça minhas costas, eu coço as suas; você faz sangrar meu nariz, eu faço sangrar o seu." Significa liberdade de obedecer à ordem de Jesus: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mateus 5:44). Significa que, pela primeira vez, entendemos como é possível render o direito de retaliar: "A qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra" (Mateus 5:39). Subordinação Renovada Conforme Ensinada por Jesus O mais radical ensino social de Jesus foi a inversão total que ele fez da noção contemporânea de grandeza. A liderança está em tornar-se servo de todos. O poder se descobre na submissão. O símbolo supremo desta radical condição de servo é a cruz. "[Jesus] a si mesmo se humilhou, tomandose obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:8). Mas observe isto: Cristo não somente morreu uma morte de cruz, ele viveu uma vida de cruz. O caminho da cruz, o caminho do servo sofredor, foi essencial ao Seu ministério. Jesus viveu a vida de cruz em submissão ao próximo. Ele foi o servo de todos. Ele rejeitou de plano os títulos culturais de posição e poder quando disse: "Vós, porem, não queirais ser chamados Rabi... Nem vos chameis mestres" (Mateus 23:8-10, Ed. Rev. Cor.). Jesus rompeu os costumes de seu tempo quando sobreviveu à vida de cruz tomando a serio as mulheres e dispondo-se a encontrar-se com as crianças. Ele viveu a O mensageiro das Jesus vida de cruz quando tomou uma toalha e lavou os pés dos discípulos. Este Jesus que poderia facilmente ter pedido uma legião de anjos para ajude-lo, preferiu escolher a morte de cruz do Calvário. A vida de Jesus foi a vida de cruz de submissão e serviço. A morte de Jesus foi a morte de cruz da conquista pelo sofrimento. E impossível exagerar o caráter renovador da vida e ensino de Jesus neste ponto. Este caráter renovador acabou com todas as reivindicações para posição privilegiada e status. Pôs em vigor toda uma nova ordem de liderança. A vida de cruz de Jesus solapou todas as ordens sociais baseadas no poder e no auto-interesse. Conforme observei anteriormente, Jesus chamou seus seguidores para viverem a vida de cruz. "Se alguém quer vir apôs mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e sigame" (Marcos 8:34). Ele disse claramente a seus discípulos: "Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos" (Marcos 9:35). Quando Jesus imortalizou o princípio da vida de cruz lavando os pés dos discípulos, ele acrescentou: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (João 13:15). A vida de cruz é a vida de submissão voluntária. A vida de cruz é a vida de servo livremente aceita. ! O cristão é o mais livre de todos os senhores, e não está sujeito a ninguém; o cristão é o mais submisso de todos os servos, e está sujeito a todo o mundo. Martinho Lutero Livro Indicado Para a Leitura do Mês Elton Trucblood amimou certa vez que "os maiores problemas do nosso tempo não são de natureza tecnológica, política ou econômica, mas sim de natureza moral e espiritual. Se não conseguirmos encontrar respostas satisfatórias para esses problemas, provavelmente seremos aniquilados por eles." Consciente da urgente necessidade dessas respostas para a Igreja de nossos dias, Richard Foster debruçou-se sobre o tema e produziu um dos mais profundos c ricos livros sobre a vida interior. Celebração da Disciplina foi escrito para quem deseja alcançar um nível profundo de relacionamento com Deus. Se você está insatisfeito diante da superficialidade com que os assuntos relacionados à vida com Deus são tratados hoje, este livro foi escrito para você. Ele o ajudara a tornar-se espiritualmente profundo, e a aproximar-se mais e mais de Deus. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] BOAS NOVAS Março 2008 Ano IX n° 154 “Haverá um so Pastor e um só rebanho” EDITORIAL João Alfredo A vida cristã autêntica é uma caminhada diária na presença do Senhor Jesus Cristo. Por isso seguir o Mestre é imprescindível para que a vida cristã seja autêntica e útil diante de Deus. Somente a presença do próprio Senhor Jesus na vida diária pode transformar uma pessoa à Sua imagem e semelhança. Ser cristão, pelos padrões do evangelho de nosso Senhor Jesus, é: “vivo não mais eu mas Cristo vive em mim”. Para que isso seja uma realidade na vida do cristão, é fundamental que ele saiba a quem, em que direção e com que companhia ele está seguindo. É preciso sempre se fazer algumas perguntas durante a caminhada cristã para não cair no erro de se seguir na direção errada. A quem se está seguindo? Para onde se está sendo conduzido? Com quem se está caminhando? Há uma única Pessoa que se deve seguir na vida cristã. Há uma única direção para onde se deve seguir para que a vida cristã seja autêntica e útil. Há somente um rebanho com o qual se deve caminhar, porque este segue o único Pastor. Nos dias em que vivemos a igreja do Senhor se encontra em grande dificuldade. Por um lado, aqueles que foram chamados pelo próprio Senhor Jesus para cuidarem do Seu rebanho, usurparam dele e o transformaram em seus próprios rebanhos. Por outro as ovelhas estão enfraquecidas por falta de alimento saudável. A falta do exercício por parte das ovelhas em obter o alimento saudável também tem enfraquecido o rebanho. Os “companheiros” do Senhor aos quais Ele confiou o rebanho, estão muito mais ocupados em fazer com que o rebanho siga as suas doutrinas, as suas regras do que siga ao Mestre e Seus ensinamentos. As assim chamadas “igrejas” de nossos dias se transformaram em rebanhos particulares daqueles que se alimentam dela e dominam sobre ela. Sem se preocuparem em apenas apontar para o único Pastor alguns se fazem pastores do rebanho, o qual na verdade nem ao menos pertence a eles. Na verdade o rebanho ainda é do Senhor, mas os profissionais da fé se colocam em posição de destaque para que o rebanho se reúna em torno deles e assim não sejam destituídos de seu cargo profissional. Graças a Deus que ainda existem aqueles que por amarem muito o Senhor buscam saber onde está Seu rebanho, o único rebanho do único Pastor, para que possam segui-lo. Os que estão nesta condição são mal compreendidos, execrados, desprezados pelos demais, mas são recebidos e cuidados pelo próprio Mestre. Estes são os que não se conformaram aos rebanhos dos companheiros do Senhor e querem seguir com o único rebanho do único Pastor. Que o Espírito Santo possa guiar cada cristão a esta grande verdade dita pelo próprio Senhor Jesus: “Haverá um só rebanho e um só Pastor” (João 10:16). Amém. Jesus um lugar definido de adoração. Nós até o chamamos de lugar de adoração. Se você quer adorar, você precisa ir àquele lugar. Mas na conversa de nosso Senhor Jesus com a mulher samaritana, ela disse: “Vós judeus vão a Jerusalém para adorar e nós adoramos no monte Gerazim. Onde devemos adorar?” Nosso Senhor disse: “A hora vem, e agora é, em que as pessoas que adoram a Deus não adorarão em um lugar especial ou em uma hora especial, mas os verdadeiros adoradores adorarão a Ele em espírito e em verdade”. De acordo com o Velho Testamento, primeiro, não há apenas um lugar definido para a adoração, mas, segundo, há uma lista de regulamentos. Os dez mandamentos, todos os estatutos e as ordenanças. Você adora através deles e você serve a Deus. Por isso hoje, em qualquer organização cristã você tem um credo, e todas as coisas serão reguladas por esse credo. Em terceiro lugar, no Velho Testamento quando eles adoravam tinham uma certa forma de adoração, um ritual, uma cerimônia que era fixada e elaborada, e através delas eles adoravam. E hoje, encontramos a mesma coisa na cristandade. Finalmente, no judaísmo havia um sacerdócio, uma tribo especial, uma família especialmente treinada para executar os trabalhos espirituais, e todos os outros eram apenas leigos, pessoas leigas. Isso também é conduzido pela cristandade. Onde podemos encontrar o padrão para a igreja? Algumas pessoas dizem que podemos encontra-lo no Novo Testamento.As pessoas lêem o livro de Atos e acham que quando a igreja foi formada, começaram a ter anciãos. Certamente, você precisa de diáconos e precisa da congregação. Por isso abordam a edificação da igreja de um ponto de vista técnico. Mas depois de você ter todas estas coisas, você encontra a igreja de Deus? Não. Onde você pode encontrar o padrão para a igreja? Graças a Deus, Ele nos deu um padrão perfeito. E este padrão perfeito não é técnico, não é mecânico, não é organizacional; este padrão é uma Pessoa viva. Em outras palavras, é o próprio Cristo. É o Cristo vivo. Ele se torna o padrão da igreja viva. Por isso a igreja é espiritual; é celestial; é viva. Quanto mais conhecemos a Cristo, mais a igreja cresce e a igreja é edificada. Somente Ele é o padrão. Livro Indicado Para a Leitura do Mês As mensagens transcritas neste livreto foram apresentadas por Stephen Kaung durante a Western Christian Conference, em julho de 2004. Uma mínima edição foi feita para torna-las clara. (A tradução do livro “Eu Edificarei a Minha Igreja” pode ser baixada em formato PDF no site da Editora Restauração www.editorarestauracao.com.br) Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Setembro 2007 Ano IX n° 148 “Permanecei em Mim... Sem Mim nada podeis fazer” EDITORIAL João Alfredo O pecado de Adão poderia ser resumido em uma única palavra: independência. O que atraiu o primeiro homem para pecar foi a independência de Deus. Desde então o homem sempre tentou e vem tentando fazer todas as coisas sem depender de Deus. Na verdade a raiz mais profunda do pecado reside no fato de que o homem herdou do primeiro homem Adão esta tendência de andar por suas próprias determinações e ser completamente independente de Deus. Quando nosso Senhor Jesus esteve entre os homens aqui na terra usou de muitas figuras para revelar aos homens o seu pecado que é a independência de Deus. Entre estas figuras está a da videira. Em João capítulo 15 está registrado este ensinamento sobre a videira. Ao lermos e meditarmos nesta Escritura percebemos quão claramente o Senhor esta falando do pecado do homem ao dizer as palavras “sem mim”. É assim que o homem natural caminha, sem Ele. E sem Ele “nada” se pode fazer. Esta palavra dada pelo nosso Senhor Jesus é realmente muito dura, pois tê-Lo para que possamos fazer alguma coisa significa uma posição de total dependência Dele. Nós como homem que somos temos impregnado em nossa natureza caída esta tendência de fazermos tudo por nós mesmos. A videira é um exemplo de dependência na produção do seu fruto. Os ramos em si não servem para nada se não produzem fruto e aqueles ramos que produzem fruto são cuidados para que dêem mais fruto. Todo cristão que realmente quiser agradar ao Pai completamente precisa depender totalmente Dele. Deus somente aceita aquilo que vem Dele mesmo. Somente o fruto da vida de Cristo em cada cristão é que tem verdadeiro valor para Deus. E este fruto a Bíblia nos diz que é o fruto do Espírito. A obra produzida pela independência de Deus, a Bíblia nos diz que é a obra da carne e elas são inimizade contra Deus. Mas em Sua infinita sabedoria, nosso Senhor Jesus nos ensinou como definitivamente resolver este problema de independência e acabar com o “sem mim”. Ele disse: “Permanecei em mim”. Este é o segredo para que o cristão produza o fruto do Espírito e não a obra da carne. Permanecer Nele é depender Dele em tudo. Isto agrada o coração de Deus e isto é o que faz do cristão um verdadeiro filho maduro. Amados irmãos busquemos, pelo Espírito que já habita em cada um de nós, permanecer Nele para que possamos fazer aquilo que agrada ao Pai.Amém. ! PERMANECEI EM CRISTO, E NÃO NO EU Andrew Murray ... em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum ... Ter vida em Si mesmo é prerrogativa exclusiva de Deus e do Filho, a quem o Pai também concedeu tal prerrogativa. A mais alta honra para uma criatura é buscar a vida, não em si mesma, mas em Deus. Viver em si e para si é a tolice e a culpa do homem pecador, mas viver em Cristo e para Deus é a bênção de todo o que crê. Negar, aborrecer, abandonar e perder a sua própria vida é o segredo da vida de fé. "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." (Gl 2:20a); "...todavia não eu, mas a graça de Deus comigo" (1 Co 15:10b). Esse é o testemunho de todo aquele que descobriu o que significa abrir mão de sua própria vida e, em troca, receber a bendita vida de Cristo em si mesmo. Não há outro caminho que leve à vida verdadeira o permanecer em Cristo que não seja aquele que nosso Senhor trilhou antes de nós: o caminho da morte, isto é, o caminho da cruz. No início da vida cristã, poucos vêem esta verdade. Cheios de gozo pelo perdão recebido, os cristãos sentem-se constrangidos a viverem por Cristo, e têm esperança de que Deus os ajude e capacite a tal. Eles ainda ignoram a terrível inimizade que há entre a sua carne e Deus, e a total recusa dela sujeitar-se à lei de Deus. Eles ainda não sabem que nada, a não ser a morte a total rendição para a morte, de tudo aquilo que é natural , será necessário para que a vida de Deus seja poderosamente manifesta neles. As amargas experiências de falha cedo lhes A PREPARAÇÃO DE DEUS Stephen Kaung ensinarão quão insuficiente é o pouco que eles conhecem do poder salvífico de Cristo. Além disso, por meio de tais experiências, será produzido neles o profundo anelo de conhecê-lo melhor. Amorosamente, o Senhor lhes indica a Sua cruz. Ele lhes disse que aquela cruz onde eles pela fé creram que Ele tomou seu lugar e onde eles encontraram seu direito à vida é o lugar em que eles poderão experimentar essa vida de maneira mais plena. Perguntoulhes se, de fato, estavam dispostos a beber do cálice que Ele mesmo tomou serem crucificados e morrerem com Ele. Ensinou-lhes que, de fato, nEle, já estavam crucificados e mortos. Mesmo inconscientes disso no dia da conversão, eles tornaram-se participantes da Sua morte. Mas agora eles precisam, por meio de uma decisão, estar dispostos a morrer com Cristo e, assim, consentir de maneira mais plena e consciente com aquilo que receberam, mesmo antes de compreendê-lo. Tal solicitação por parte de Cristo é profundamente solene e deve trazer temor ao coração daqueles que crêem, pois eles dificilmente conseguem compreendê-la. Muitos deles se acostumaram a viver uma vida em um plano inferior, uma vida de freqüentes tropeços, e dificilmente desejam e muito menos esperam serem libertados. Santidade, perfeita conformação com o Senhor Jesus e comunhão ininterrupta com Seu amor são itens que dificilmente podem ser encontrados em seu credo. O pensamento de ser crucificado juntamente com Ele não pode encontrar guarida, se não houver um intenso A palavra que estamos considerando é tomada de Mateus 16:18. Nosso Senhor disse: “Tu és Pedro; sobre esta rocha edificarei minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Deste modo a palavra é edificar. Sabemos que nosso Senhor está edificando; Ele está edificando Sua própria igreja. E quando você pensa na palavra edificar, encontrará umas poucas idéias principais. Primeiro de tudo, se você quiser edificar algo significativo, então você precisa ter uma idéia, um propósito, algo que você concebe em seu pensamento. Você quer edificar algo para um propósito particular. Não é algo que aparece repentinamente e então desaparece rapidamente. Edificar é algo com propósito definido. Então, com certeza, se você quiser edificar algo de valor, você não tenta colocar coisas juntas apenas por acaso. Você precisa ter um padrão, uma cópia do projeto pelo qual construirá aquela edificação. Depois de ter o padrão, então você prepara os materiais, reúne a mão de obra, e decide quanto tempo está querendo gastar para terminar aquela obra. E com todos os materiais e mão de obra, então começa a construir. Haverá um processo para transformar os materiais brutos em recipientes ou formas acabadas. Finalmente, depois de terminar a construção, ela não para ali; você a apresenta a alguém que a ocupará ou a usará. Assim, essas são as cinco idéias que estamos compartilhando juntos. O PROPóSITO DE DEUS Compartilhamos sobre o assunto do propósito. Antes das eras, antes de Deus criar os céus e a terra, Deus já tinha concebido uma idéia em Seu coração. A Bíblia nos diz que Ele propôs de acordo com o beneplácito da Sua vontade. Agrada a Ele ter tal idéia, e Sua idéia é proposta em Cristo Jesus. É proposta em Seu Filho amado. Deus amou de tal maneira Seu Filho que quis satisfazer o desejo, o coração do Seu Filho amado. Por isso Ele propôs este propósito. Ele quis edificar algo que faria Seu Filho contente e plenamente satisfeito. E o que é que Ele propôs? A Bíblia nos diz que é a igreja. A igreja é concebida no coração de Deus. Ele estabeleceu esse propósito para Seu Filho, e a igreja é proposta para ser a noiva, a esposa do Seu Filho amado. Por isso a igreja não é algo insignificante. A igreja é algo que é de extrema importância para o próprio Deus e para Seu Filho amado, e deveria ser para cada um de nós. O PADRãO DE DEUS Em seguida, compartilhamos juntos sobre esse assunto do padrão. Tem a igreja um padrão? Se a igreja é tão importante e tão gloriosa, pode ser que Deus construiria a igreja sem nenhum padrão? Mesmo se nós estamos para construir algo, não faremos as coisas apenas pelo impulso do momento. Não começaremos apenas a construir, sem sabermos o que estamos construindo ou como iremos construí-lo. Não o faremos apenas num momento; então pode ser que noutro momento pensaremos em outra coisa mais e tentaremos adiciona-la. Nunca faremos isso. Teremos uma cópia do projeto e todas as coisas serão arranjadas. Todos os pensamentos, todas as idéias, tudo o que desejamos ter no edifício será colocado nas cópias do projeto. Um padrão está ali, e daí por diante você irá construir de acordo com este padrão. A igreja tem um padrão? Mencionamos que para muitas pessoas a igreja parece não ter um padrão. Elas dizem que é apenas um produto da história. Enquanto o povo de Deus caminha, eles mudam de acordo com o tempo e de acordo com a necessidade. Em outras palavras, não há qualquer padrão. Mas na realidade, você descobre que eles seguem o padrão do mundo. Em outras palavras, o mundo nos influencia, por isso gradualmente, a igreja é conformada com o mundo. É por isso que você encontra a igreja se tornando uma organização, e que a organização começa a se desenvolver em uma grande corporação. Ela até mesmo se desenvolve em uma nação acima das nações e isso é segundo o padrão do mundo. Ao invés de permitir que o mundo imite a igreja, a igreja está imitando e seguindo a tendência do mundo. Mas sabemos que a igreja de Deus não é construída de acordo com os elementos do mundo. Algumas pessoas pensam que a igreja apenas muda de acordo com a ingenuidade do homem. O homem cria a igreja, por isso ele pode formar a igreja de acordo com sua própria inteligência e idéias. Novamente, isso é o que você encontra na cristandade. Algumas pessoas pensam que a igreja deve encontrar seu padrão no Velho Testamento. No judaísmo você tem um lugar defi- DOIS MISTÉRIOS Stephen Kaung O PAI REVELA O FILHO A maior revelação que você irá encontrar em toda a Bíblia é a revelação do Pai de Seu Filho amado. Nosso Senhor Jesus disse aos Seus discípulos: “Quem os homens dizem que Eu sou?” Os discípulos responderam que alguns diziam que: “Tu és João o batista que veio à vida”. (Muito certamente foi Herodes; sua consciência disse aquilo a ele). Outros diziam: “Tu és Elias, aquele grande profeta, o maior dos profetas. Tu és Jeremias, tu choras muito. Tu és o profeta que Moisés mencionou em Deuteronômio”. Mas nosso Senhor não estava satisfeito. Ele disse: “Quem vocês dizem que Eu sou?” E graças a Deus, Simão Pedro disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. E nosso Senhor disse: “Simão, tu és abençoado porque isso não é algo que a carne e o sangue pode dizer a você. É o Meu Pai no céu que o revelou a você”. A maior revelação em todo o universo é o Pai revelando o Filho. Sem a revelação do Pai ninguém pode conhecer o Filho. Podemos ter um conhecimento mental ou um conhecimento Bíblico, e ainda assim não conhecermos realmente o Filho até que o Pai O revele em nós. É o prazer do Pai revelar Seu Filho em nós. Esta é a grande revelação. E esta revelação é tão grande que irá continuar por toda a eternidade. Não pense que porque você conhece Jesus como Seu Salvador, portando você O conhece, O conhece plenamente. De jeito nenhum! Apenas começamos a conhece-Lo. Há tanto Nele; Ele é infinito. O conhecimento do Filho é infinito. Hoje, estamos começando a conhece-Lo, e na eternidade continuaremos a conhece-Lo. Esta é a sensação de ser um cristão. Não há fim para isso. Conhece-Lo foi a paixão do apostolo Paulo: “Conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos” (ver Fp 3:10-11). É a maior revelação, e com base nesta maior revelação, o Filho revela a igreja. O FILHO REVELA A IGREJA Sem a primeira revelação não podemos ter a segunda revelação. Sem Cristo, não há igreja. Vocês não podem ter a igreja sem Cristo. Vocês não podem fazer a igreja maior do que Cristo. Sem Cristo, não há igreja. Vocês precisam conhece-Lo. Quanto mais vocês O conhecem, mais conhecem a igreja. A igreja é uma revelação do Filho a nós, uma grande revelação. Não pensem que podemos conhecer a igreja por nós mesmos. Alguns dizem: “Eu fui criado na igreja”. O que você quer dizer com isso? Outros dizem: “Vou à igreja todos os domingos”. O que você quer dizer com isso? Alguns dizem: “Deixei meu guarda-chuva na igreja”. O que você quer dizer com igreja? Não sabemos realmente o que é a igreja até que o Filho se apraza em revela-la a nós. Assim, não pense que porque fomos criados na igreja toda nossa vida, conhecemos a igreja. Isso não é a igreja. A igreja é algo muita mais glorioso. Ela tem sua origem, mesmo antes dos tempos, em Deus. Sabemos disso? Sabemos o quanto a igreja é para Deus? Quanto a igreja é para Cristo? Ele amou a igreja e deu a Si mesmo por ela. Temos o mesmo sentimento quando mencionamos a palavra igreja? O Senhor disse: “Eu edificarei minha igreja”. O único encargo do meu coração é que não pensemos que realmente conhecemos a igreja. Ó, que possamos nos humilhar diante Dele, reconhecendo que porque conhecemos tão pouco de Cristo, então conhecemos tão pouco da igreja. Precisamos reconhecer que sem revelação não seremos capazes de conhecer o Filho. Da mesma forma, sem revelação não seremos capazes de conhecer a igreja. E se pudermos ser conduzidos a este lugar em que realmente desejamos conhecela, ainda assim dependemos do Espírito de Deus para revela-la a nós, então estaremos no caminho de realmente entrar na realidade da igreja. Que o Senhor possa nos ajudar. ! desejo de ser liberto do pecado, e um anelo por ser levado à comunhão mais íntima possível com seu Salvador. Em alguns, a única impressão deixada por esse pensamento é de sofrimento e vergonha: tais contentam-se com o fato de ter Jesus suportado a cruz e conquistado uma coroa que eles esperam usar. Quão diferente e o ponto de vista do cristão que realmente procura permanecer em Cristo. Amargas experiências já lhe mostraram que, no que concerne a uma total rendição e simples confiança, seu maior inimigo para uma vida de permanência em Cristo é o eu. Tal vida do eu recusa-se a abrir mão de sua vontade e, pela sua operação, impede a obra de Deus. A menos que a vida do eu, com toda a sua vontade e toda a sua operação, seja substituída pela vida de Cristo, com a Sua vontade e a Sua operação, não será possível uma vida de permanência nEle. Surge, então, a solene pergunta dAquele que morreu na cruz: "Está você pronto para entregar o eu à morte? Você mesmo, que vive por ter nascido de Deus, em mim, já está morto para o pecado e vivo para Deus. Mas agora no poder dessa morte está você disposto a mortificar os seus membros; está disposto a, de maneira completa, render a vida do eu para morte de cruz e não alimenta-la, até que seja totalmente destruída?" Essa pergunta realmente sonda nosso coração. Estou preparado para dizer que o velho eu não mais pronunciará qualquer palavra, que não lhe será permitido expressar qualquer pensamento, por mais natural que seja nem sequer um sentimento, por mais gratificante que seja qualquer desejo ou obra, por mais corretos que sejam? Será que é isso o que Ele realmente demanda? Afinal de contas, não é a nossa natureza obra das mãos de Deus? Não podem nossas habilidades naturais ser santificadas para o Seu serviço? Elas podem e devem. Mas você precisa ver que a única maneira pela qual elas podem ser santificadas é que sejam removidas de sob o poder do eu e sejam trazidas para debaixo do poder da vida de Cristo. Não pense que pode realizar essa obra, posto que tanto a almeja e por você ser um de Seus redimidos. Não! O único caminho ao altar da consagração é por meio da morte. Assim como você se rendeu no altar de Deus como sacrifício vivo (Rm 6:13, 12:1), assim também, cada uma de suas habilidades naturais cada talento, cada dom, cada possessão, que devam realmente ser santos para o Senhor devem ser separados do poder do pecado e do eu e depositados sobre o altar, a fim de serem consumidos pelo fogo que para sempre queima ali. E na mortificação e no sacrifício do eu, que os maravilhosos poderes com que Deus o capacitou para servir-Lhe podem ser libertados para uma completa rendição a Deus, e oferecidos a Ele para serem aceitos, santificados e usados. Enquanto estivermos na carne, não seremos capazes de dizer que o eu está morto. Contudo, quando se permite à vida de Cristo tomar plena posse, o eu pode ser mantido na posição de crucificado, sob sentença de morte, a ponto de que não terá qualquer domínio sobre nós, nem por um momento sequer. O Senhor Jesus Cristo terá se tomado nosso segundo eu. ! Watchman Nee Precisamos saber que o fato de sermos constrangidos pelo amor não significa ainda consagração; nem o ter a visão do direito do Senhor corresponde à verdadeira consagração. Depois de termos sido constrangidos pelo amor e visto a prerrogativa do Senhor, é preciso fazer ainda algo. Esse passo a mais, torna efetiva a consagração. Sendo constrangido pelo amor do Senhor e sabendo que foi comprado, o cristão calmamente se separa de tudo, para ser totalmente do Senhor. Essa é a consagração descrita no Antigo Testamento: receber um serviço santo, o oficio de servir ao Senhor. "O Senhor, sendo amado por Ti, que mais posso fazer além de me separar de todas as coisas para poder servir-Te? Daqui em diante ninguém poderá usar minhas mãos, ou pés, ou boca, ou ouvidos; pois estas minhas mãos são para fazer as Tuas obras, meus dois pés para andar em Teu caminho, minha boca para cantar os Teus louvores, e meus ouvidos para ouvir a Tua voz". Isso é consagração. Suponha que você comprasse um escravo e o levasse para casa. Ao chegar à porta de sua casa, o homem lhe presta homenagem ajoelhado dizendo: "Mestre, tu me compraste. Hoje com prazer, ouço tuas palavras". Para você, tê-lo comprado é uma coisa, mas o fato dele se ajoelhar aos seus pés proclamando o desejo de servi-lo é algo completamente distinto. Porque você o comprou, ele reconhece o seu direito; mas porque você o amou, embora sendo quem é, ele se proclama inteiramente seu. Somente isso é consagração. Consagração é mais do que ver o Seu amor e mais do que saber que Ele nos comprou: é a ação que segue o amor e a compra. Dessa forma, aquele que se consagra está separado de tudo neste mundo, de todos os seus antigos senhores. De agora em diante, não fará nada exceto o que o seu Senhor mandar. Ele se restringe a fazer somente as coisas daquele único Mestre. É esse o real significado da consagração. ! Livro Indicado Para a Leitura do Mês No prefácio deste livro, o autor argumenta que se a verdade sobre o permanecer em Cristo e tudo o que isso significa no dia-a-dia fosse pregado com a mesma clareza e urgência que a expiação e o perdão por meio do precioso e bendito sangue do Cordeiro, muitos aceitariam alegremente o convite para tal modo de vida. A influência dessa atitude seria manifesta na experiência dessas pessoas por meio de pureza, poder, amor, alegria, muitos frutos e toda sorte de bênção que o Salvador associou com o permanecer nEle. O presente livro consiste de meditações sobre a parábola da Videira e é publicado com o desejo de ajudar àqueles que ainda não compreenderam plenamente o significado da ordem: "Permanecei em mim", bem como àqueles que pensam que se trata de uma vida que não pode ser alcançada. Somente permanecendo no Senhor, minuto a minuto, é que poderemos experimentar o progresso de uma vida frutífera nEle. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] O mensageiro das Jesus O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA CONSAGRAÇÃO BOAS NOVAS Fevereiro 2008 Ano IX n° 153 “Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo... Sobre esta pedra edificarei minha igreja” EDITORIAL João Alfredo A igreja de Cristo, na verdade, nasce em uma localidade e não é fundada em uma localidade como muitos pensam. Ela nasce do Espírito através da revelação de Cristo e é edificada por Ele mesmo. Em resumo, a igreja do Senhor Jesus Cristo vem Dele, é feita por Ele e é para Ele mesmo. Tudo na igreja é Cristo. A igreja tem um fundamento que foi colocado pelos apóstolos de Cristo. Este fundamento que é a doutrina dos apóstolos é singular porque é uma Pessoa, a própria Pessoa de Cristo. A doutrina foi transmitida pelos apóstolos, mas foi entregue a eles pelo próprio nosso Senhor Jesus. Não se trata de que alguns homens se juntaram e criaram uma lista de doutrinas e então fundaram um sistema. Na verdade “a doutrina” é singular e “os apóstolos”, é plural. Ou seja, o que eles em perfeita harmonia colocaram como fundamento não pertencia a eles, mas foi entregue a eles pelo próprio Senhor Jesus. Eles foram apenas “dons” que o Senhor deu para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra de edificação da igreja. Assim Cristo é o Cabeça da igreja, e a igreja é Seu corpo. Tudo na igreja deve refletir a Pessoa de Cristo. Se alguém olha para o meu corpo e o vê em ação, mesmo não vendo minha cabeça, sabe que sou eu. O corpo de Cristo, que é a igreja, sempre reflete e testemunha Dele mesmo. Somente agindo assim é que a igreja cumpre seu papel no mundo. Ela foi colocada neste mundo para revelar e testemunhar de Cristo. Se ela estiver ocupada, como é comum acontecer em nossos dias, com muitas atividades, como irá testemunhar de Cristo? Talvez esse seja um dos maiores problemas da igreja nestes dias. Há muita atividade, há muito barulho, mas pouco testemunho do Senhor Jesus. A revelação do Filho pelo Pai é a pedra angular da igreja. Foi exatamente isso que nosso Senhor Jesus disse aos discípulos naquela ocasião quando Ele perguntou a eles quem Ele era. Sobre esta pedra angular Cristo está hoje edificando Sua igreja. Não se trata de que alguns homens inteligentes e preparados estejam ensinando os aspectos das doutrinas bíblicas, para que as pessoas possam alcançar mais conhecimento. Na verdade é o próprio nosso Senhor Jesus que, através de Seu Espírito, está edificando a Sua igreja. São os santos aperfeiçoados que estão hoje incumbidos de edificar a igreja. Estes santos aperfeiçoados são na verdade a totalidade da igreja. Cada membro do corpo tem diante dele a tarefa de edificar, de alguma forma, a igreja de Cristo. Que o Espírito Santo possa nestes dias trazer aos cristãos está dupla compreensão, a revelação da Pessoa de Cristo e a edificação da igreja por Ele mesmo, para que eles possam se tornar um verdadeiro testemunho de nosso Senhor Jesus OS MISTÉRIOS DO REINO DOS CÉUS (continuação) Stephen Kaung Preparar para o Reino Assim qual é a palavra de nosso Senhor a nós? Vigiai pois; não vá dormir. Não seja complacente. Não permita que o mundo roube seu coração. Buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça. Faça violência a si mesmo para que você possa apoderar-se dele. Seja pobre de espírito, pois deles é o reino dos céus. Esteja preparado para ele. E se você estiver pronto a qualquer momento, quando Ele subitamente vier, você estará com Ele. Você vê quão importante é o reino dos céus? Se não vivemos no reino dos céus hoje, quando o reino dos céus for abertamente, publicamente, universalmente estabelecido sobre esta terra, onde você estará? Você será lançado nas trevas exteriores; quer dizer, você não terá parte no reino dos céus. Você não mor reinará com Cristo por mil anos. Você não poderá entrar no gozo do Senhor. Você rangerá seu dente com pesar. Pelo amor por um momento, você sacrifica a glória de mil anos. Isto não significa que você não é salvo; você é salvo. Na eternidade você estará na Jerusalém celestial, mas você não terá parte no reino dos céus durante estes mil anos. Assim, irmãos e irmãs, vamos meditar sobre ele. Coloque seu coração nele. Pratique-o. Pondere sobre ele. Não permita isto apenas se escapar. Ele tem tudo para fazer por você hoje e amanhã. Assim possa o Senhor ter misericórdia de nós, sabemos que Sua graça é suficiente. Livro Indicado Para a Leitura do Mês As mensagens transcritas neste livreto foram entregues como ministério verbal do irmão Stephen Kaung durante a primavera e verão de 2005. As quatro primeiras mensagens foram entregues em Richmond, Virginia como uma série de meditações sobre o Reino de Deus. A última mensagem foi entregue como parte de uma série de ministrações entregues durante a Western Christian Conference em Santa Bárbara, Califórnia. Foi incluída aqui por causa da sua relevância às meditações anteriores entregues em Richmond. As mensagens foram transcritas e publicadas com permissão de uma mínima edição para torna-las clara. (A tradução deste livro pode ser baixada em formato PDF no site da Editora Restauração www.editorarestauracao.com.br) Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Outubro 2007 Ano IX n° 149 “Dou-lhes a vida eterna... ninguém as arrebatará da minha mão” EDITORIAL João Alfredo A doutrina da salvação é uma dos ensinamentos mais polêmicos e mais mal compreendidos pelos crentes desde há muito tempo. Ela tem causado contenda e divisões no meio do povo de Deus, justamente por ser mal compreendido até mesmo pelos que ensinam a Bíblia na igreja. Uns dizem que é possível perder-se a salvação e outros dizem que uma vez salvo, salvo para sempre. Estes são os dois ensinamentos mais comuns sobre a salvação. Qual deles é correto? Quando tentamos reconciliar todos os textos bíblicos que falam sobre a salvação, descobrimos que ambos são verdadeiros. Esta é a grande dificuldade que a maioria dos crentes sinceros encontram ao tentarem compreender a salvação. Muitos tendem a tomar um destes ensinamentos como a única verdade e conseqüentemente erram ao colocarem de lado o outro. Então como entender estes dois ensinamentos? Há um segredo no estudo da Bíblia que muitas vezes precisa ser aplicado para uma melhor compreensão de certas doutrinas. Quando um mesmo ensinamento bíblico tem duas explicações diferentes deve-se buscar reconcilia-los através de outros ensinamentos. Nosso Senhor Jesus disse aos Seus discípulos: “Aquele que quiser salvar sua vida perdê-la-á”. Como entender esta palavra de nosso Senhor? Se um discípulo pode se salvar então como em Efésios está escrito: “Pela graça sois salvos”? Para reconciliar estes dois ensinamentos é preciso buscar outro ensinamento que o esclareça. Em Tessalonicenses está escrito que o homem é composto de espírito, alma e corpo, então muito provavelmente estas duas salvações devem se referir a diferentes partes da composição do homem. A primeira se refere á salvação da alma e a segunda á salvação do espírito do homem. Esta é a compreensão que esclarece o crente sobre a possibilidade de se perder a salvação. Se por um lado a salvação do espírito do homem é um dom da graça de Deus, por outro a salvação da alma do homem é ao mesmo tempo um dom da graça através da obra do homem. A primeira é segura e eterna a segunda precisa ser operada com temor e tremor diante de Deus, durante o tempo em que o homem vive na terra. Na verdade o cristão vive hoje em uma situação bastante simples de se entender, quando se olha para a história do povo de Israel. Quando Deus os tirou do Egito, segundo o Seu propósito, os colocou em Canaã. Mas na verdade o povo ficou quarenta anos vagando pelo deserto, com os pensamentos sempre voltados para o Egito. Esta é uma figura da vida do cristão durante sua passagem pela terra. Seu espírito já foi liberto do Egito e colocado na Canaã de Deus, Jesus Cristo. Sua alma vagueia pelo deserto deste mundo e seu corpo está ainda no Egito. É assim que o cristão vive neste mundo. A salvação do seu espírito já está garantida e é irrevogável pela obra que nosso Senhor consumou no Calvário. Mas a salvação da sua alma ainda está em andamento, através da obra e perseverança do cristão nas provações e tribulações deste mundo. Que o Espírito Santo possa trazer luz ao nosso espírito que já foi salvo pela graça, para que a salvação de nossa alma seja completada até nossa morte física ou até a vinda gloriosa de nosso Rei Jesus Cristo. Amém. ! COMPREENDENDO O REINO David W. Dyer Tenho esperanças de que este capítulo será de alguma ajuda para os leitores compreenderem os planos e propósitos de Deus, de um modo bem mais claro. Sem esta revelação, é fácil ficar confuso, tentando entender certas passagens bíblicas. Alguns, por exemplo, têm erroneamente tentado aplicar muitos assuntos do Reino à eternidade. Não considerando o lugar do Reino Milenar no plano de Deus, eles tentam compreender muitos versículos mencionados neste capítulo à luz de nosso destino eterno. Fazendo assim, tem imaginado uma teologia muito inconsistente e confusa. Tendo lido os versículos sobre julgamento e punição, eles têm sido honestos o suficiente para admitir que tais versículos se aplicam a crentes. Mas, não imaginando a verdade sobre o Reino, são levados a supor que um filho de Deus pode perder a Vida eterna. Muitos desses mestres também vêem a grande necessidade do temor a Deus. Para eles, o ponto de vista "uma vez salvos, sempre salvos" parece retirar todo o temor do Senhor e, portanto, muitas das nossas motivações para fugir dos prazeres do mundo e do pecado. Assim, eles citam muitos desses versículos tentando provar que alguns dos filhos de Deus se perderão. Entretanto, muitos dos versos relacionados a "perder a salvação", que esses mestres usam para provar seu ponto de vista, são verdadeiramente passagens sobre o Reino milenar vindouro. Conforme dissemos, o temor a Deus e essencial. É um ingrediente que parece estar perdido na Igreja de nossos dias. É algo que precisa desesperadamente ser restaurado no meio do povo de Deus. Entretanto, para ajudar os crentes a conhecerem este temor, precisamos ensinar aquilo que ë verdadeiro. Qualquer doutrina que não seja a verdade não tem poder de mudar realmente o coração dos ouvintes. Por exemplo: alguns ensinam que os crentes perdem a salvação, se eles pecarem. Mas, cristãos pecadores freqüentemente têm uma experiência diferente. Suas consciências os incomodam, algumas vezes intensamente, mas eles não se sentem "perdidos". Ainda sentem algo da presença de Deus em seu espírito. Assim, embora eles possam crer em suas mentes que estão perdidos, o coração deles lhes diz algo diferente. Embora saibam que o que estão fazendo é errado, freqüentemente se confortam, sentindo que Deus não os deixou completamente. O ensino que estão recebendo e sua experiência não combinam. O verdadeiro temor ao Senhor não é gerado desse modo. Um outro problema encontrado no ensino de que a salvação pode ser perdida pelo pecado é: quantos pecados são necessários? Quão "ruim" é um pecado ou quantos pecados temos que cometer para estarmos realmente perdidos? Aparentemente, deveria ser um pecado realmente mau ou uma grande quantidade deles para habilitar alguém a tão terríveis resultados. Isto, então, liberta de muita condenação aqueles que têm poucos ou nenhum pecado manifesto, mas estão realmente resistindo ao Senhor em muitas áreas de suas vidas. Eles são desobedientes/ mas não de um modo óbvio, que os outros possam notar. Talvez os mais próximos deles percebam que há algum problema, mas a maioria dos crentes que os conhece acham que está tudo bem. Esse tipo de ensino apenas toca os mais aparentes tipos de pecado, mas não penetra no coração e demanda completa submissão ao Rei. Não gera o verdadeiro temor ao Senhor. Muitas Igrejas que acreditam na perda da salvação estão cheias de fofocas, mentiras, luxúria, inveja, murmuração, ódio, ciúme, orgulho e muitas outras coisas. Entretanto, ninguém acredita ou ensina que os membros que praticam tais coisas já perderam a salvação. Se ensinarem assim, vão acabar com a congregação. O ensino da perda da vida eterna pretende gerar um tipo de respeito por Deus, o descobre que o cristianismo se propaga. E no cristianismo você tem mistura. As pessoas professam ser cristãs, mas são falsos irmãos. Você não pode arranca-los. Se você o faz, arrancará tudo. Você precisa esperar até o tempo da colheita, que é o fim do mundo. E este não é o trabalho do homem, é o trabalho dos anjos. Nosso Senhor enviará Seus anjos para escolhe-los, queimar o joio e trazer o trigo para o celeiro. Esta é a segunda parábola. Você vê o desenvolvimento aqui? AAparência Exterior do Reino Então você tem a terceira e a quarta, e a quinta e a sexta parábola. Estes dois pares são contrastantes. A terceira e a quarta nos falam do crescimento anormal da aparência exterior do reino dos céus porque a semente de mostarda é a menor semente, viva. Nosso Senhor disse que se você tiver fé como uma semente de mostarda, você pode remover a montanha porque ela é viva. A mostarda é uma verdura, e contudo esta semente de mostarda cresceu até ser uma grande árvore de tamanho anormal. E por causa disso, todos os pássaros vieram e se empoleiraram nela. Na primeira parábola você se lembra que os pássaros representam o maligno; assim nesta parábola é o mesmo. Em outras palavras, você descobre que a cristandade no crescimento superou a sua natureza. Ela teve um crescimento anormal e se tornou uma grande instituição neste mundo. Todo tipo de mal encontra nela um ninho. Isto é exterior. O interior é a quarta parábola. A mulher colocou fermento em três medidas de trigo. Estas medidas de farinha supostamente seriam uma oferta de alimento para Deus, mas ela não pode ser levedada. Mas aqui um fermento é colocado nela e ela cresce com ensinamentos corruptos e heresias. Todos os tipos de ensinamentos corromperam o evangelho de Jesus Cristo. Esta é que é a aparência do assim chamado reino dos céus neste mundo. Os Escondidos do Reino Mas graças a Deus, existem a quinta e a sexta parábola, o tesouro e a pérola. Estes mostram que mesmo nesta confusão a coisa real ainda está ali os escondidos. Eles estão escondidos para o mundo mas conhecidos para Cristo. E por isso Ele deu tudo para possuí-los. O tesouro fala da verdade; a pérola fala da experiência com Deus. E esta é a realidade interior. Apesar do crescimento anormal, a corrupção interior, Deus ainda tem Seus escondidos. ARede Finalmente, há a rede, que é o final do mundo. Tudo será separado. Esta é a história do reino dos céus sobre a terra, e nosso Senhor quer que nós o saibamos. Mas para o mundo isso ainda é um mistério. Eles não o sabem. Os Escondidos do Reino Finalmente, em Mateus 24-25 nosso Senhor profetizou como o reino dos céus finalmente será estabelecido sobre esta terra, quando o reino deste mundo se tornará o reino do Senhor e de Seu Cristo. Oh, irmãos e irmãs, não pensem que nosso Senhor não está trabalhando. Não pensem que o reino dos céus nunca será publicamente estabelecido sobre a terra. Pensem que Ele está no céu à direita do Pai, Ele não está dormindo; Ele está trabalhando. A Bíblia nos diz que Ele está trabalhando. Ele está abrindo os selos. Ele está trabalhando para estabelecer Seu reino, para fazer do reino deste mundo o reino de Deus e do Seu Cristo. Ele está trabalhando. Podemos estar seguros disto. Haverá muitas tribulações, muitos conflitos, porque o inimigo não quer desistir, mas ele não tem chance. Seu fim está vindo. OS MISTÉRIOS DO REINO DOS CÉUS Stephen Kaung Então em Mateus 13 nosso Senhor Jesus prossegue. Depois dos fariseus e os escribas blasfemarem do Espírito Santo em Mateus 12, quando nosso Senhor se dirigiu à multidão, Ele não falou mais abertamente, mas usou parábolas. Parábola significa “interpretar lado a lado”. É uma cena familiar para ilustrar algo com um significado espiritual mais profundo. Isto é uma parábola. Assim nosso Senhor Jesus começou a falar em parábolas. E quando Ele o fez, Seus discípulos vieram a Ele e disseram: “Porque Tu falas em parábolas e não em palavras claras?” Nosso Senhor disse: “Porque os mistérios do reino dos céus são para vocês entenderem, não para o mundo”. No que diz respeito ao mundo, o reino dos céus é um mistério. É algo escondido. É um segredo desconhecido a menos que seja explicado. Mas para nós, para os discípulos de nosso Senhor Jesus, Ele explica; Ele abre nosso entendimento porque se supõem que devamos conhecer tais mistérios. Agora, você conhece estas parábolas? Estas parábolas são muito importantes porque nos falam do desenvolvimento histórico do reino dos céus na terra. Isto está escondido do mundo e contudo nosso Senhor o abre a nós que somos Seus para que possamos entender como ele se desenvolve. Desde a vinda de nosso Senhor Jesus, o reino dos céus foi trazido do céu para a terra, e Ele está gradualmente edificando este reino. E o processo nos é mostrado em Mateus 13. AParábola do Semeador Estas sete (ou oito) parábolas são contínuas. Elas possuem um caráter contínuo nelas. A primeira parábola é a parábola do semeador. O semeador não é outro senão o nosso Senhor Jesus mesmo. Ele veio a este mundo para semear a palavra do reino, que é a semente. O campo é o coração dos homens. Quando a palavra do reino dos céus é semeada nos corações, infelizmente somente um dentre quatro é um solo preparado para receber a palavra. Com paciência começa a dar fruto. Este é o começo da história do reino dos céus na terra. O Trigo e o Joio A segunda parábola é do trigo e do joio. Nesta parábola você encontra progressão. O trigo, a semente que o semeador semeou, se torna os filhos do reino dos céus. Em outras palavras, a palavra do reino dos céus foi recebida e começa a mudar estas pessoas para se tornarem filhos do reino dos céus. E eles são semeados neste mundo, que é o campo. Os filhos do reino dos céus estão por todo lugar. E o inimigo veio e semeou no mesmo campo (o mundo) joio (filhos do mal), e eles cresceram juntos. Isto foi feito sem o conhecimento dos servos, mas certamente o senhor o sabia. Em outras palavras, nosso Senhor sabia todo o tempo, mas seu povo não o sabia. Mas quando eles cresceram, os servos começaram a compreende-lo, e vieram ao Senhor e disseram: “Quem fez isto? O que deveremos fazer com isso? Deveremos arranca-los a todos?” “Não, deixem-nos em paz porque se vocês arrancarem o joio arrancarão o trigo também, porque suas raízes começaram a se entrelaçar. Esperem até o tempo da colheita”. O que é isto? Esta é a aparência exterior do reino dos céus nesta terra hoje. É uma figura do cristianismo. É uma figura da cristandade. Sempre que o evangelho é pregado, onde quer que a influência do evangelho vá, seja num hospital, numa qual irá purificar as vidas de seus adeptos. Mas, em minha experiência, isso não acontece. Se honestamente compararmos a quantidade de pecados encontrados nas Igrejas que acreditam na segurança eterna, com as que não acreditam, acho que os resultados serão os mesmos. Se pudermos deixar de lado fatores externos, como o uso de vestidos ou de cabelos compridos, ou práticas superficiais, os pecados do coração serão evidenciados em ambos os grupos. Os seres humanos são os mesmos, em ambientes diversos. OS DONS PODEM ENGANAR Ainda um outro fator que importa nesta discussão e o aspecto dos dons de Deus. Quando ministramos aos outros, usando os dons espirituais que nosso Senhor nos deu, freqüentemente há um poderoso mover da unção e de Sua presença. Quando nós pecamos ou estamos vivendo em pecado essa unção em nossos dons nem sempre é retirada. Vamos tomar como exemplo um pregador que tenha o dom da cura. Quando ele prega, sente uma poderosa unção em suas palavras, e muitas pessoas são curadas por meio de seu ministério. Vamos supor que esse irmão caia em pecado. Ele começa a ter um relacionamento sexual com um membro da Igreja, com quem não é casado. Naturalmente, sua consciência o condena. Mas, quando ele se põe a pregar, a unção está lá. Ele ainda "sente" a presença de Deus no uso de seu dom ministerial. Talvez, algumas pessoas ainda sejam curadas. Assim, ele se consola com esse fato. Ele não se sente perdido, não sente que Deus o deixou. Talvez, ele supõe, o seu pecado não tenha sido tão mau assim, ou esteja sendo "permitido" por Deus, por causa de sua posição especial, da circunstância ou da necessidade. Claro que isto é uma mentira, mas é fácil nos enganarmos, especialmente quando a doutrina em que nos apoiamos é imperfeita em suas bases. Embora alguns insistam que qualquer um que esteja vivendo em pecado conhecido não possa experimentar poder em seu dom, a experiência de muitos crentes, durante anos, mostra-nos uma realidade diferente. Incontáveis homens e mulheres de Deus têm se encontrado em tal situação. Eles caíram em pecado, mas ainda sabem que Deus, de alguma forma, não os abandonou. Seu dom ainda "funciona". Eles ainda sentem a unção. Então, eles se apegam às suas experiências e tentam justificar-se em suas próprias mentes e corações. O que é necessário nestes casos é o evangelho do Reino, que estamos estudando. Ta i s i r m ã o s e i r m ã s n e c e s s i t a m desesperadamente conhecer a verdade: "De Deus não se zomba" (Gl 6:7). Eles não podem continuar servindo ao Senhor e vivendo em pecado conhecido. Quando Jesus voltar, eles irão colher exatamente o que estão semeando. A menos que se arrependam, serão levados a julgamento por suas rebeldias e punidos pelo Pai Celestial por causa delas. Veja bem, qualquer pecado que um cristão comete, se for perdoado por meio de confissão e arrependimento, não vai sofrer punição qualquer no dia do Senhor. Mas, se ele não acerta as contas com Deus, hoje, então quando Ele vier, os pecados não tratados vão trazer resultados desagradáveis. Este livro não tem o objetivo de tratar o assunto da "segurança eterna", de uma maneira intensa e completa. Entretanto, é minha esperança que muitos leitores irão ter, a partir deste texto, nova luz para interpretar a Bíblia, de um modo claro e coesivo. Também gostaria de recomendar, para uma melhor compreensão do quadro completo, a leitura de meu livro “De Glória em Glória”, que examina detalhadamente o assunto da salvação. O que faz com que os crentes passem a temer a Deus é uma boa dose de Sua verdade, pregada sob a unção do Espírito Santo. Precisamos muito da revelação dos Apóstolos do Novo Testamento, referente ao Reino de Deus e ao vindouro julgamento de Seu povo. O Evangelho do Reino era algo muito bem, compreendido pelas Igrejas, nos dias de Paulo. Faremos bem se o praticarmos e o pregarmos também. ! Jesus SALVAÇÃO PLENA Salvação é uma palavra bastante abrangente. Ela abraça a totalidade da obra salvífíca de Deus, do início ao fim. Na verdade, a salvação tem três tempos: passado, presente e futuro. Pessoalmente, serei sempre grato ao bom homem que me levou a Cristo ha mais de 40 anos; aquele homem que ensinou a mim, o jovem convertido cru e impetuoso, a sempre dizer: "Fui salvo (no passado) da punição do pecado por intermédio do Salvador crucificado. Estou sendo salvo (no presente) do poder do pecado por intermédio do Salvador que ainda vive. E serei salvo (no futuro) da presença do pecado por intermédio da vinda do Salvador"... Se, portanto, você me perguntar: "Você é salvo?", eu lhe poderei dar apenas uma resposta bíblica correta: "Sim e não". Sim, porque apenas por meio da graça e da misericórdia de Deus, mediante a morte de Jesus Cristo, meu Salvador, ele perdoou meus pecados, justificou-me e reconciliou-me consigo mesmo. Não, porque eu ainda tenho uma natureza decaída, vivo em um mundo decaído, tenho um corpo corruptível e anseio que minha salvação alcance sua completude triunfante. Que todo o propósito de Deus, concebido em uma eternidade passada, o qual, na história, foi trabalhado para seu povo e em seu povo, e que será completado na glória por vir, possa ser encapsulado neste único conceito: Deus quer nos transformar à imagem de Cristo. Quando pensamos sobre a predestinação eterna, a conversão inicial, a santificação contínua, ou a glorificação final, o mesmo tema sobressai. Em cada estágio, há uma referência à “imagem” de Jesus Cristo ou “semelhança” com ele. A plenitude da salvação é a conformidade com ele. ! Livro Indicado Para a Leitura do Mês Este livro não é simplesmente mais uma investigação sobre as profecias referentes aos últimos dias. Ao invés disto, e uma discussão a respeito de um aspecto do evangelho de Jesus Cristo muito negligenciado: o Evangelho do Reino. Na igreja atual, inúmeros crentes estão completamente ignorantes sobre a importância do Reino Milenar que virá, e sobre o impacto que este Reino deve ter em suas vidas atuais. Estes escritos pretendem preencher esta lacuna. Pode ser que nestes conteúdos, se encontrem coisas novas e diferentes. Porem, isto não deve impedir aqueles que têm uma sede genuína de Deus e de Sua verdade. Este livro foi escrito na expectativa de que todos que amam Jesus e estão em busca de conhece-Lo mais profundamente, possam achar, aqui, muitos benefícios. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] O mensageiro das BOAS NOVAS John Stott Janeiro 2008 Ano IX n° 152 “Buscai primeiro o Reino e a sua justiça” EDITORIAL João Alfredo Na busca pelo Reino de Deus e sua justiça, além de termos a revelação dos mistérios do Reino, precisamos ter a sua realidade entre nós. Na era em que vivemos a realidade do Reino deveria ser a Igreja. A Igreja deveria ser a expressão viva do reinado de nosso Senhor Jesus sobre aqueles que foram comprados pelo Seu precioso sangue. Mas infelizmente não é bem isso que vemos hoje. As assim chamadas igrejas cristãs de nossos dias estão muito distantes de expressarem a realidade do Reino por muitos motivos e um deles é por não se submeterem ao Senhorio de Jesus como Rei do Reino. Há muito que a igreja por causa das tradições perdeu de vista a submissão restrita à Palavra de Cristo. Quando buscamos na Bíblia alguma indicação de que os apóstolos tenham ensinado ou praticado uma liderança sobre os irmãos como a que é praticada hoje nas igrejas, não encontramos nada parecido. Na verdade as igrejas de hoje são uma associação de pessoas que seguem uma mesma lista de doutrinas; um mesmo entendimento sobre certos assuntos; um mesmo líder e mais uma série de outras coisas. Este, muito certamente, não é o ensinamento e a prática de nosso Senhor Jesus ou de Seus apóstolos. As coisas na igreja de nossos dias estão tão desviadas daquilo que deveria ser a expressão do Reino de Deus na terra que se tornou muito difícil para o mundo ver o testemunho de Cristo, para que possa vir a crer e se converter a Ele. Somente a obediência total aos estatutos do Reino, os quais foram dados por nosso Senhor Jesus e que estão registrados em Mateus capítulos 5, 6 e 7, pode expressar o Reino dos céus na terra. Estes estatutos foram dados aos discípulos, ou seja, não foram dados ao mundo. Somente aqueles que já possuem em si a natureza do Rei podem obedece-los. Muito embora a maioria dos cristãos os conheça, quantos são os que os obedecem? Quantas são as igrejas em nossos dias que realmente praticam os estatutos do Reino para que possam expressar o Reino de fato? Há muitos líderes que estão pregando e falando sobre os versículos encontrados nestes capítulos, mas quantos deles vivem esta realidade? Este é o problema crucial da igreja, a falta do testemunho autêntico de Jesus, pela expressão de Seu Reino na vida de Seu povo. A primeira cláusula dos estatutos do Reino é: “Bem aventurados os humildes de espírito”. Esta deveria ser a tônica no meio do povo do Reino, a igreja, a humildade de espírito. Mas infelizmente não é isso que temos visto. Vemos líderes cheios de conhecimento e que transmitem incessantemente esse conhecimento ao povo, sem humildade de espírito. Este, muito certamente, é o maior motivo da falta de expressão do Reino por parte da igreja de hoje, os líderes são cada vez mais exaltados e fortalecidos e o povo cada vez mais enfraquecido espiritualmente. Ficando assim o Senhorio do Rei Jesus ofuscado pelo brilho dos líderes e escondido pela fraqueza espiritual de Seu povo. Meu desejo é que alguns possam ver esta necessidade de nossos dias, a expressão do Reino de Deus através da Igreja. Que o Espírito Santo possa nos guiar nesta busca pelo Reino e de sua justiça, para que o testemunho de Jesus possa ser visto pelo mundo através da Igreja.Amém. ! Jesus CRISTO É TANTO O FIM COMO O MEIO O propósito final de Deus é Cristo, sendo que Cristo é também o meio de Deus. Tudo é por meio de Cristo e para Cristo. O que podemos aprender diante de Deus com respeito ao Seu propósito nos é mostrado em Efésios e Colossenses. Contudo, convêm notar que ha uma distinção entre eles. Em Efésios nos é mostrado que, de acordo com o propósito eterno de Deus, Ele determinou que na plenitude dos tempos todas as coisas venham a convergir em Cristo, tanto as que estão no céu, como as que estão na terra. Colossenses revela-nos ainda mais, que Deus não apenas fez com que Cristo tomasse o primeiro lugar em tudo, mas que Cristo fosse tudo em todos. Logo, Paulo em Colossenses mostra-nos Cristo tanto como o meio quanto o fim do propósito de Deus. O propósito final de Deus é fazer com que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas. Para cumprir esse alvo. Deus fará que Cristo seja tudo. Todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra, convergirão em Cristo, somente quando Ele estiver habitando em todas elas. Quando Cristo se tornar tudo em todos, naturalmente, todas as coisas convergirão nEle. Se Ele habitar em todas as coisas, o que mais haverá além dEle? Lembre-se que aos olhos de Deus existe apenas Cristo, e não "coisas". Ele não vê assuntos ou "coisas". Ele apenas contempla Cristo. Os assuntos ou questões sobre as quais normalmente pensamos são irrelevantes à vista de Deus. Hoje provavelmente reconhecemos que existem muitas questões e coisas neste mundo. De acordo com nosso ponto de vista natural existem muitos assuntos e problemas aqui e ali; porém, aos olhos de Deus Cristo é tudo. Será assim quando o propósito eterno de Deus for integralmente cumprido. Espero que você compreenda isto: que Cristo fará convergir em Si todas as coisas. Isso já começou a ocorrer na Igreja de Cristo hoje; não deve ser algo que ocorrerá apenas no futuro, nem se tornará verdade apenas quando o propósito eterno de Deus for finalmente alcançado. Deus está presentemente abrindo os nossos olhos para vermos que, na Igreja, Cristo é tudo. A Igreja começa a entender e a viver essa verdade no mundo espiritual. Caso a visão da Igreja ainda esteja em várias "coisas" e assuntos, isso apenas vem demonstrar a sua necessidade de ver a Cristo. Obviamente, as "coisas" e assuntos referidos aqui não são apenas concernentes ao mundo, mas se relacionam principalmente aos assuntos espirituais. ! Livro Indicado Para a Leitura do Mês Quantas vezes (e com grande zelo!) temos buscado santidade, paciência, justiça ou amor? Porém, quão grande tem sido nossa frustração ao vermos que, por mais que procuremos alcançar essas "coisas" espirituais, muitas vezes terminamos em tremenda falha! As boas-novas são que no Filho Amado encontramos não apenas essas coisas, mas todo nosso suprimento, sendo Ele mesmo a essência de tudo o que é espiritual. Essa grandiosa verdade nos é descortinada passo a passo neste livro que é uma compilação de cinco mensagens preciosas proferidas por Watchman Nee entre 1939 e 1940. O autor nos mostra aqui, com incomparável clareza, que Deus supre todas as necessidades espirituais de Seus filhos na própria Pessoa de Cristo. Descobriremos que seja justiça, santidade, paciência, amor, ou qualquer outra necessidade espiritual que tivermos, Deus sempre a suprirá através de Seu Filho amado. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] O mensageiro das BOAS NOVAS Watchman Nee Novembro 2007 Ano IX n° 150 “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” EDITORIAL João Alfredo Quando um cristão decidir fazer a si mesmo todos os dias esta pergunta: “Em Seus Passos o que Faria Jesus?”, muitas coisas poderão acontecer. Esse foi o encargo do autor deste livro. Mostrar através de uma ficção, o que poderia acontecer a uma igreja, a uma cidade e até mesmo a um país, caso os crentes decidissem fazer esta perguntam antes de tomar qualquer decisão, importante ou não. No dialogo extraído do livro o qual transcrevo nesta edição, vemos dois “profissionais” da fé tomando a decisão mais acertada que jamais tomaram em toda sua carreira de fé. Deixar tudo para seguir as pegadas do Cordeiro. Sofrer as conseqüências de ser acusado, humilhado, excluído e mal entendido por todos. É sempre isso que acontece quando alguém, ao receber a revelação pelo Espírito Santo de seu erro na caminhada cristã, decide deixar tudo para seguir as pegadas do Senhor Jesus. Viver somente pela direção que o Sumo Pastor de sua alma dá para sua vida. Obedecer plenamente a Sua Palavra e sair do arraial da “igreja” organizada, juntamente com Ele, levando Seu vitupério. Essa decisão deve ser muito consciente e responsável, pois este caminho é no vale da sombra da morte. Neste vale pode se encontrar todo tipo de provação e tentação para o desânimo. Mas é neste caminho que o cristão pode realmente provar do que é ser guiado pelo Espírito. Quando o cristão deixa as quatro paredes da proteção da “igreja” organizada, é que pode então amadurecer, crescer e sofrer verdadeiramente o resto dos sofrimentos de Cristo. O arraial da “igreja” organizada tem criado crentes medrosos, covardes, fracos e alguns até que dormem, por não permitirem o exercício da verdadeira vida espiritual. Quando olhamos para a vida do Senhor Jesus durante o tempo de Sua peregrinação na terra, vemos que Ele mesmo disse: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”, ou seja, até o Senhor não tinha uma “casinha” com quatro paredes e teto para se proteger das dificuldades deste mundo. Porque então hoje os cristãos deveriam se fechar nestas “casinhas” onde tudo é só festa, alegria, contentamento, diversões, atividades e tantas outras coisas que os distanciam tanto de uma vida cristã autêntica? Se cada crente parasse um pouco diante do Senhor para meditar sobre isso, receberia a revelação do que é a verdadeira Igreja do Senhor. Ela é livre, ela é como o vento que não se sabe de onde vem e nem para onde vai e que sopra para onde quer, e não pode ser comandada por homens. Assim é a Igreja, assim é o cristão que é nascido do alto. Minha oração nestes dias, ao ler este livro, é para que todo cristão seja despertado para esta verdadeira vida cristã, fora do arraial da igreja organizada, seja ela denominacional ou não denominacional. Que eles sejam encorajados a deixar as tradições estabelecidas pelos homens e que não vêm da preciosa Palavra de Deus, e tenham a coragem e despojamento de viver somente nas pegadas de Jesus. “Em Seus Passos o que Faria Jesus”, faça hoje esta pergunta a você mesmo e comece a viver um novo tempo em sua vida cristã. Que o Espírito Santo de Deus nos ilumine, amém. EM SEUS PASSOA O QUE FARIA JESUS? Charles M. Sheldon "Vim para confessar que ainda não cumpri minha promessa de andar nos passos de Jesus da maneira que acredito que estou obrigado a fazer, a fim de que desta forma possa satisfazer a este propósito e à minha consciência." O Rev. Bruce levantou-se e começou a caminhar em círculo pelo escritório. O bispo estava comodamente sentado numa boa cadeira com suas mãos sobrepostas, porem seus olhos faiscavam, o que, em seu caso, prenunciava alguma grande solução iminente. "Eduardo", exclamou o Rev. Bruce, "nem eu tampouco estou satisfeito com meu desempenho em relação à promessa que fiz. Mas tenho pelo menos um roteiro definido. Para que eu possa seguir os passos de fesus, terei de resignar o pastorado da Igreja da Avenida Nazaré." "Eu sei que isso acabaria acontecendo" disse convictamente o bispo. "E estou aqui precisamente para dizer-lhe que me sinto forçado a fazer o mesmo abandonarei meu cargo." O Rev. Bruce, que continuava em pé, aproximou-se do bispo. Ambos tentavam reprimir suas emoções. "Mas, pense bem, isso é necessário em seu caso?" perguntou Bruce. "Sim, e vou dizer-lhe quais são as minhas razões, que provavelmente são as mesmas que você tem. Sim, estou certo de que são as mesmas." O bispo fez uma pausa, e logo depois continuou demonstrando uma crescente emoção:"Calvino, você está a par de quantos anos estou cumprindo os deveres inerentes ao meu cargo, e sabe alguma coisa das responsabilidades e cuidados que me cabem. Não posso dizer que minha vida tenha sido livre de trabalhos, esforços e também de tristezas e decepções. Mas tenho, sem dúvida, levado uma vida que, na avaliação dos pobres desta cidade do pecado, pode ser considerada muito confortável, e até mesmo luxuosa. Tenho uma bela casa, comida boa e farta, boas roupas e vários divertimentos. Pude viajar pelo menos doze vezes e tenho desfrutado durante anos as satisfações proporcionadas pelas artes, letras e música, além de outras coisas, sempre do melhor. Nunca soube o que é ficar sem dinheiro ou seus equivalentes. Ultimamente, porém, não me tem sido possível responder com a consciência tranqüila a esta pergunta: 'Que tenho renunciado ou sofrido por amor de Cristo?" "O apóstolo Paulo sabia que o esperavam grandes sofrimentos em nome do Senhor Jesus. Maxwell, em Raymond, chegou à mesma conclusão: seguir os passos de Jesus significa sofrer. Quanto tenho eu sofrido? Os pequeninos contratempos e algumas decepções no exercício de meu pastorado não são dignos de ser considerados sofrimentos. Se o meu ministério for comparado ao ministério de Paulo ou de qualquer dos mártires cristãos ou dos primeiros discípulos, vejo-me forçado a reconhecer que vivo no luxo, na preguiça e no pecado. Não posso suportar isto por mais tempo. A maneira como tenho seguido a Jesus clama contra mim e me condena. A verdade é que não tenho andado como Ele andou. Pelo atual sistema da igreja e da vida social não vejo como escapar dessa condenação, a menos que dedique muito mais de minha vida pessoalmente para atender às necessidades materiais e espirituais da população miserável da pior parte desta cidade." O bispo levantou-se e caminhou até à janela. A rua estava feericamente iluminada, como se fosse dia, e ele ficou observando as pessoas que passavam; em seguida, voltando-se com uma expressão que revelava o vulcão latente que estava em seu peito, exclamou: "Calvino, vivemos numa cidade terrível! Sua miséria, seu pecado, seu egoísmo sufocam ë apavoram meu coração. E tenho por vários anos lutado contra o terror doentio que me avassala durante anos de que um dia serei forçado a renunciar ao meu dizer é que eu havia sido compassivo. Permita-me reiterar que, cada vez que você toca a Cristo e não em uma conduta, você toca a vida. Se você apenas ficar na esfera da conduta, certamente morrerá, pois é você quem está agindo. Te m o s q u e e n t e n d e r q u e cristianismo é Cristo, e que a vida de um cristão também é Cristo. Não empilhe uns milhares de itens e olhe para essa pilha como se fosse a vida cristã. Se você fosse capaz de ajuntar todas as humildades da terra e agrupar dezenas de milhares de outras boas características, ainda assim não poderia criar um cristão. Seria apenas um amontoado de "coisas", em vez de Cristo. Há alguns anos, esforçava-me a todo custo para evitar que outras pessoas se sentissem embaraçadas ou magoadas. Não gostava de ter que expor os delitos dos outros; não deixava as pessoas sairem de minha casa sentindo-se feridas e relutava muito para não envergonhar a quem quer que fosse. No entanto, freqüentemente sentia morte, morte instantânea, sem qualquer toque de vida ao tentar ser uma pessoa boa e gentil para com algum irmão. A explicação para isso é simples: essa gentileza era o mero produto de meus próprios esforços. Não era Cristo e portanto, eu morria instantaneamente. Era como se tocasse num corpo morto. Estava enfraquecido interiormente. Não havia mais forças em mim, e assim estava acabado interiormente. Esse, então, é o ponto essencial de toda a questão. Na medida em que vivemos diante de Deus, experimentamos morte quando apenas buscamos uma virtude. Se o que temos é meramente uma virtude, imediatamente tocamos a morte, porque Cristo não está ali. Se tocássemos a Cristo, imediatamente entraríamos em contato com a vida, pois Ele mesmo é a vida. A cruz de Cristo Deixe-me dizer que, se o seu tipo de vida for o das "coisas", não precisará da cruz; mas se for Cristo, você aprenderá a tomar a cruz. A cruz não apenas elimina nosso pecado, mas também inibe a nossa atividade. Ela refreia nossa ação e checa nosso pecado. Muitas dificuldades surgem exatamente quando os filhos de Deus consideram correto fazer algo bom, e não percebem que o seu "bom" é meramente uma "coisa". Na presença de Deus, toda a questão se resume em Cristo, pois somente Ele e bom perante o Pai. Cristo é a própria vida. Se Ele não se mover, como o faríamos nós? Podemos pronunciar facilmente muitas palavras de conforto, mas se Ele não falar, não devemos nos atrever a falar, pois se o fizermos tocaremos a morte, ficando enfraquecidos e abalados. Podemos, sem esforço, ajudar pessoas em muitos assuntos e conquistar o louvor dos homens por termos sido compassivos; no entanto, quando começamos a ajudar dessa forma, imediatamente nos sentimos vazios interiormente. Nesse ponto vemos a cruz. Qualquer coisa que possamos realizar por meio de nossas boas obras não requer a cruz. Somente quando permitimos que o Senhor viva em nossa vida, sendo tudo em nós, é que precisaremos da cruz. Se Ele não se mover, como podemos nos mover? Oh, quanto precisamos pedir a Deus que nos livre de nossas boas obras, da mesma forma como Lhe pedimos que nos livre de nossos pecados. Freqüentemente é mais fácil sermos libertos do pecado (porque este é em si mesmo condenável) do que da vida natural (uma vez que, para muitos, essa vida não é condenável nem precisa ser rejeitada). ! CRISTO SOMENTE Watchaman Nee O que muitos não reconhecem é que, na esfera espiritual, não há nada além de Cristo. Não há paciência, nem humildade, nem luz no mundo espiritual; essas "coisas" não existem. É Cristo, e Ele somente. Em vista disso, precisamos que Deus opere mais em nossas vidas. Quando fomos salvos nos foi mostrado que necessitávamos de Cristo e não de obras. Fomos salvos por Cristo e não por nossos esforços. E agora devemos ter a mesma revelação drástica e cabal, de que precisamos de Cristo, não de "coisas". Assim como várias questões foram eliminadas quando cremos, tantas outras devem ser totalmente aniquiladas. A única diferença é que as que foram destruídas no inicio eram pecados, enquanto que posteriormente, as "coisas espirituais" é que devem ser demolidas. No início foi o nosso orgulho, ou ciúme, vanglória, mau gênio ou algum outro pecado que foi destruído e, hoje, a nossa paciência, ou humildade e santidade própria devem lambem ser destruídos para que possamos entender que Cristo é a nossa vida e o nosso tudo. Quão oposto é este cristianismo daquele que as pessoas geralmente imaginam. Alguns irmãos freqüentemente vêm conversar comigo e me fazem várias perguntas. Consideram-se melhores do que muitos outros. Você pode estar entre esses, mas meu temor é que permaneça o mesmo por toda a sua vida, porque o que você tem em si mesmo são apenas "coisas". Com respeito a paciência, você é verdadeiramente paciente; com respeito à humildade, você pode ser bastante humilde; você é brilhante em realizar tarefas e sua conduta é muito boa. Você ama e tem desejado sempre ajudar e perdoar. De acordo com o padrão do homem, onde mais alguém poderia encontrar um cristão tão bom? Ainda assim, preciso lhe dizer que o que tem em si mesmo são apenas "coisas". Você tem que compreender, diante de Deus, que a experiência espiritual genuína não está em "coisas", mas no Senhor Jesus Cristo. Não é o que tem, nem o que pode fazer, nem ainda o que pode obter, mas somente o que Cristo é. A não ser que Ele se torne isso em sua vida, nada mais é de qualquer valor espiritual. No mundo espiritual, nada ha senão Cristo, uma vez que Ele é o tudo de Deus. Quem toca Cristo, toca a vida. A alusão a uma experiência prática pode ser de ajuda. Permita-me relatar um pouco de minha experiência pessoal. Há vários dias, algo aconteceu na casa de um irmão. Sendo cristão, eu desejava ser compassivo e achei que deveria visitá-lo. Assim, poderia ajudá-lo compartilhando com ele algum sentimento pessoal e, talvez, livrá-lo de vários problemas no futuro. Então fui visitá-lo. Entretanto, a medida que andava ficava mais e mais frio por dentro, até o ponto em que meu espírito ficou completamente sufocado. Imediatamente percebi que, o problema era que eu mesmo estava querendo agir de forma piedosa. Estava tentando praticar um ato de amor para com o irmão e, no entanto, já havia tocado a morte. O ato era correto, estava certo, porém não era Cristo, mas eu quem o fazia. Qual seria a conseqüência se eu empreendesse essa tarefa? A resposta é: morte e frieza interior. Posso ter iniciado uma ação recomendável, mas não fui de encontro a vida. Sem dúvida era um ato de compaixão, no entanto, não pude encontrar o Senhor nesse ato. Tudo o que se poderia agradável luxo de minha posição oficial para misturar-me com o paganismo deste século. A terrível condição das moças trabalhando nas lojas, fábricas e oficinas; o egoísmo da sociedade insolente, pretensiosa, rica e frívola que não se comove nem toma conhecimento da miséria que grassa entre o povo desamparado; a terrível maldição dos antros de bebidas e jogos; os lamentos dos desempregados; ò ódio que inúmeros homens têm pelas igrejas por verem nelas apenas um amontoado de pedras caríssimas e móveis estofados, considerando o ministro um parasita que vive no luxo; todo este vasto tumulto desta vasta massa de indivíduos com suas idéias falsas ou verdadeiras, essa exageração dos males da igreja e sua amargura e vergonha que resultam de muitas causas complexas, tudo isso, contrastando com minha vida fácil e confortável, me enche cada vez mais de terror e de sentimento de culpa. Tenho ouvido muitas vezes as palavras do Mestre nos últimos tempos: 'Na verdade, na verdade vos digo que quantas vezes deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.* E quando foi que eu fui pessoalmente visitar prisioneiros ou os desesperados ou que estavam em pecado, ou realizei qualquer ato de misericórdia que me qualificasse como alguém que se sacrificou pelo próximo? Bem ao contrário, tenho apenas praticado os hábitos convencionais de apoiar, estimular, agradar os membros de minha congregação superficialmente, especialmente os bem situados na sociedade, os ricos, os aristocratas, os ilustrados. Onde está, pois, meu sofrimento? Que tenho eu sofrido por amor de Jesus Cristo? Saiba disto, Calvino: ultimamente tenho sido tentado a açoitar-me com uma vara ou um chicote. Se estivesse no tempo de Martinho Lutero, eu teria vergastado a mim mesmo, num autoflagelo." O Reverendo Bruce falou por fim: "Eduardo, não é preciso dizer-lhe que os sentimentos que acaba de expressar são exatamente os meus. Tenho vivido durante anos uma posição semelhante, de luxo, , ostentação, lazeres, nada que lembre sacrifício ou abnegação. É verdade que não estive livre de provações, desanimes e alguns fardos no ministério da igreja. Mas de modo algum posso admitir que tenha sofrido especificamente por Jesus. O versículo de Pedro é um lembrete constante em minha memória, como que desafiando-me:'Também Cristo sofreu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais suas pisadas.' Mas a verdade é que tenho vivido confortavelmente. Nunca soube o que é passar necessidade. Tenho desfrutado meus lazeres em viagens, geralmente com acompanhantes maravilhosos. Tenho sido cercado das coisas boas da vida. O pecado e a miséria desta grande cidade arremetem como ondas bravias contra as sólidas paredes da igreja e desta casa onde vivo, e raramente ouço, porque estas paredes têm sido impenetráveis. Cheguei a um ponto de não suportar esta situação. Não estou condenando a igreja. Amo-a e não posso esquece-la. Creio em sua missão histórica e não quero desviá-la de seu propósito. A pior coisa que me aconteceria em relação a ela é ser acusado de estar abandonando aquela fraternidade cristã que me ajudou a crescer em minha vida espiritual. Sinto, porém, que é meu dever, por amor de um alvo superior, resignar meu pastorado na Igreja da Avenida Nazaré. O alvo superior é seguir os passos de Jesus da maneira como me sinto chamado a faze-lo. trata-se de uma decisão pessoal, de acordo com minha consciência despertada. Não pretendo julgar outros ministros nem criticar outros crentes. Mas sinto, como você, a imperiosa necessidade de aproximar-me da miséria, do pecado, da degradação desta cidade, justamente para lutar pela sua redenção, como Jesus faria. E a única possibilidade de alcançar este propósito é cortar meu vínculo com a Igreja da Avenida Nazaré. Não vejo outro caminho senão o do sacrifício, da abnegação e do sofrimento por amor de Cristo Jesus”. ! Jesus ANDANDO PELO CAMINHO DO CRESCIMENTO Há vários caminhos por onde um pastor pode conduzir seu rebanho do curral até o ponto mais alto da colina. O pastor, conhecendo as condições íngremes e perigosas dos caminhos que levam ao ápice e também as fraquezas de seu rebanho, guia suas ovelhas pelo vale. Trilhando esse caminho, a ovelha certamente levará mais tempo para chegar ao ponto mais alto, entretanto, por serem caminhos mais longos, o pastor dispõe de mais tempo para que seu rebanho cresça e engorde. Todo bom pastor sabe que os melhores pastos encontram-se às margens dos ribeiros nos vales. Ali o rebanho pode pastar e saciar sua sede abundante. A fim de não dificultar a caminhada do rebanho até o pico da montanha, é necessário que se utilize um caminho que a contorne suavemente. Esse caminho, embora esteja cheio de animais ferozes como lobos, que podem atacar o rebanho, embora haja mudança de temperatura, tempestades, deslizamentos de terra e até mesmo avalanches, mesmo assim, para o bem do rebanho, ainda é o melhor caminho para seu crescimento. Isso nos mostra que um cristão não chega à maturidade instantaneamente. Hoje todos têm pressa. Quem deseja esperar anos para alcançar o topo da espiritualidade? Os cristãos costumam acelerar esta caminhada mas infelizmente esses métodos vão causar sérios e graves danos, porque leva muito tempo para cultivar e desenvolver a vida; em outras palavras, o crescimento precisa de tempo. Livro Indicado Para a Leitura do Mês O que aconteceria se os cristãos de uma igreja em uma certa cidade se comprometessem durante um ano inteiro a não fazer nada sem antes perguntar: Que faria .Jesus em meu lugar? E esta a situação apresentada por este livro. Seguir os passos de Jesus trouxe muita alegria a inúmeros cristãos, mas também causou incompreensão, conflito e sofrimento para alguns. Afinal, tal decisão significava uma total dedicação de bens materiais, talentos e carreiras pelo amor a Cristo. Em Seus Passos Que Faria Jesus? Desafia os cristãos a seguir os passos de Cristo em toda e qualquer situação. Este livro proporciona entretenimento, reflexão e desafios raramente encontrados na literatura cristã. Este boletim é distribuido gratuitamente. Toda correspondência e doação para custear a sua publicação deve ser enviada para: Editora Restauração - "O mensageiro das Boas Novas” Caixa Postal: 1945 - Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 80.011-970 e-mail: [email protected] ! O mensageiro das BOAS NOVAS Cristian Chen Dezembro 2007 Ano IX n° 151 “Tornar a congregar em Cristo todas as coisas” EDITORIAL João Alfredo Durante estes muitos anos de caminhada cristã, tenho ouvido muitos irmãos falando durante as reuniões e também fora delas, sobre muitas necessidades pessoais. De fato a vida cotidiana nos conduz a muitas necessidades que muitas vezes nos fazem esquecer, que para os cristãos, a única fonte de suprimento de todas as necessidades é a própria pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Deus o Pai quis que assim fosse desde o princípio. No Éden, quando Deus criou o homem e o colocou ali, fez provisão para todas as suas necessidades. Todas as árvores eram para o suprimento do corpo, a árvore do conhecimento do bem e do mal para suprir a alma e a árvore da Vida para o suprimento do espírito. Mas a ordem de Deus é que o homem deveria comer de todas as árvores, incluindo a da Vida, menos a do conhecimento do bem e do mal, pois sem o espírito fortalecido e suprido com a Vida o homem, caso comesse da árvore do conhecimento, se tornaria independente de Deus. Portanto o plano de Deus era que o homem ao se alimentar da árvore da Vida tivesse seu espírito vivificado e fortalecido e então pudesse se alimentar do conhecimento do bem e do mal. Mas o homem optou por desobedecer a Deus e se alimentou da árvore errada. Como conseqüência o pecado entrou no mundo. A árvore da Vida no Éden era sem dúvida um tipo de Cristo. Quando Deus chamou Abrão para tirar dele um povo para Si, quis dar toda a provisão necessária para este povo. Por isso deu aAbrão uma terra. Esta terra era farta, tão farta que o Senhor Deus disse mais tarde que era uma terra que manava leite e mel. Quando Moisés tirou o povo da escravidão do Egito pela mão poderosa de Deus eles se recusaram a entrar na terra prometida, a terra que manava leite e mel. Como conseqüência o povo vagou pelo deserto durante quarenta anos. A terra prometida que foi recusada pelo povo era também uma figura de Cristo. São muitas as figuras que Deus usou durante toda a história do homem, para mostrar que Sua provisão não são apenas coisas que podem supri-lo em suas necessidades. Sua provisão é uma pessoa, a Pessoa de Cristo. Muitas vezes quando falamos aos cristãos sobre esta única provisão de Deus para o homem, eles parecem ficar surpresos e até um pouco decepcionados. Parece que a maioria dos cristãos está sempre esperando que Deus os supra com suas necessidades materiais dando a eles o que precisam e pedem. Os cristãos têm aprendido com o mundo materialista que a prosperidade física e material é a prova de que eles são cristãos. Que triste é esta situação. Já é tempo de os cristãos assimilarem de uma vez por todas que a ÚNICA provisão de Deus é CRISTO. Para Deus não há nada para ser concedido ao homem fora de Seu Filho Amado Jesus Cristo. Tudo o que o Pai quer é dar Seu Filho como o tudo em todos e para todos. Que o Espírito Santo convença disto aqueles cristãos que ainda buscam alguma coisa a mais além de Cristo Jesus.