J"`:.: I I II I I I - Observar o Familiar
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J"`:.: I I II I I I - Observar o Familiar
,~~~: .•<:..:..tl' I "';"-·ln~_ .;i/ I yr;' ~I ---I /~L-A :J j "O" .,,"" 00 ",,,,,.,,",, Uma históxia do filme e..tnográfico pllllf4:rn:rm I: I~ I ., I \ I i ., I ,~~~);,\. "'rlf'·~·;~ . ,)~J'y' . ./ !! , \, , iI I 1 I iI J ! ! ~ ~ I~ o ~ & diz: "os que nio estio condenados ? I I aplicado de Santayana que se lembram do passado a repeti-Io' pode ser aos maus políticos, mas é uma bela regra para a ciência. podemos incluir aqueles I~~ II I 1; famoso diudo Na ciência - o filme que nio entendem e aqui etnográfico - as conquistas do passado podem ter sorte suficiente para reinventá-las. Infelizmente a história do filme . etnográfico já conta com 50 anos de desconhecimento do passado, e freqüentemente sem capacidade de reinventá-Ia. Este é um artigo que traça um esboço histórico muito seletivo do desenvolvimento do filme etnográfico, foi aprendido de conhecer buscando mostrar o que e também o que nos escapou nas cinco décadas desde Nllnook 01 eiJe .YoreiJ. Baseei-me nos filmes que tive a opoflunidade de ver e estudar nos Estados Unidos no ano de 197tTrata-se de um prólogo histórico. Podemos ainda esperar por uma h'SI.(:r;a definitiva do filme . fl:t Jf:'{'=' "J!.'!l!!llt i~; O",;' ~i';;i,odr 'or.-:"R~:i;,'Jo,jwlo .!o liv'e·.'o ~llT\O nlot ~lh Qtnr~ic 1'1", film, etnográficO. j!tJ. ~l,1;V! r/tJ:. :Il~' 01 19H ~fí;oi. \ :.r.a.:~íio i Ct J.~HÜJ ,.,,;~dJ t PmiciJMOII:t-.'-l~'. (S' A história d~ filme etnogr: Ji:o é pane da história do próprio cinem~, ç mais particularmente do documentário, ou filmes não ficcionais. Tanto filme quanto etnografia nasceram maturidade no século X1X, alcançando sua ".: nos anos 1920. Mais até 1960 não haviaF.\ iniciado uma colaboração ,( sistemática. o:) As pO:ucas exceções tiveram pouco impacto tanto ~m filmé quanto em etnografia. Ainda assim,' este úl\imo desenvolvimento somen- te ocorreu França, rios Estados Unidos, 11J \ l2-º- 1~ ____ nu __ • • .••. _~~ N1';ZT7,Y.lIMl~ ••• J"' ;.r.~ :: ,II" ,.• r I -TJ'~""-'.'~"'...J ' ~-' iluStrá/ia. e. com menor InglJterrJ. Curios"mente, jap:io, cinem"tográfica Jcdêmic" importante com todo Encyclop"cdia primeiros etnográfico, feitas "s maiores anos do contribuições que estaVJm industria à para ver que durante quarenta marginJis de sUbstJncialmente podemos por pessoJS forma pelo Cinematogr"phiC", GÓlCingen, contribuiui estc desenvolvimenw. Entretanto, dJdo filme foram de algum" do cinema ao cineJstJ dos equipe.) Fatores básicos do filme etnográfico, devemos mencionar alguns fatores importantes que estão por trás desse desenvolvimento como: teenologia do cinema, a economia da filmJgem e o desenvolvimento da etnogrJfiJ. terceira portatéis com já estavam aptos em regiões mais remotas. mesmo Por volta de 1970, já pJmcntos de videoteipe. etJpa foi, realização J segunda portáteis sem dispunhJmos dúvida, a serem dc equi. ti primeiri essencial parJ a de qualquer filmagem etnográfica: nos permitiu J gravação simultânea do som e da imagem. ~ XX já era básica, pré.requisitó Por volta da metade som sincrônico nova dimensão Criou-se da realidade, assim uma o que permitiu etapa de permite déoda 11 de estabelecimento a trabalho 1920 viu da etnografia de campo e o firme baseada a CJptur.\r mO-mentos importantes dos insigbls Por razões de geografia, interçssado Brown e ArgOllaWS 0/ tbe IFeSlern Pacific, de Baffin, sorte. O video é ainda muito caro, pouco seguro e de bJiXJ qualidade para ser usado de Bronisla w Malinowski minante por longo período no CJmpo. britínica Cinema completar é caro. o filme, distribui-Ia, Até mentos garantia filme nenhum no etnográfico, para ~~: o principal filmes pesquisa e mercado do poderiam eram 2(1 e 30 custaram algumas com a proposta de." publiCJr monografias. di!!nicos er3m baixos. Os salários separJ o mundo foi preenchido com preocupada 0/ Manua para seus pares, mas em (J 92S) ela estava em fazer dos seus dados sobre de Guiné, Mead seguiu o mesmo padrão: aca- monografias técnicas destinJdas aos Só na década de 1960 profissionais e etnografias relerantes para o é que uma cma riqueza atingiu os individuos público, e .~s instituições acadêmicas. O gr:1nde crê~cimento na produção do filme et. criação de filhos, eduCJção e papéis sexuais. No "no de 1934 Ruth Benedict escreveu nográfico nos anos 60 esti m:iis relacionado financeiras dos fin:i'nciamento tam'entos do intélectuais. provavelmente a melhores indivíduos, e orçamento que puramente Pallerns condições agências destacando popularizou 0/ problemas Cu/ture, a que tais como: sintetizou pelos americana. Moalla. Flaherty I coube a Mead estabelecer no oeste a de pela primeira vez em Nova [orque em 1°26. Mead estava em Samoa, fabr do fiinoc ainda quando em campo (ver Mead 1972:154). É difícil pensar que os filmes de Flaherty pólogos. não fossem vistos MJS $e Boas, MeJd por antro- e outros antro· pólogos tenham tido esta oportunidade, ha indicações de que tenham implicações etnográficas. apreciado (Contudo, iremos ver, Mead desempenhou fundamental no desenvolvimento etnografico nos fins da décJde foi in~pirada mencionou não suas como um papel do filme de 30. Mas se nos filmes de Flaherty, nunca p~r escrito.) Em resumo, apesar da disponibilidade e desde: 1920, que tanto contribuiu a sólida pesquisa filme de Samoa. Samoa, onde "Iar.garet Mead. aluna de Boas. finanCeiros abarcar noroeste fez seu segundo fJria seu trabalh'o de campo. Moana foi visw J validade da eenografia popular profissionJl, podia p:1SSJVJJ se da costa menos de 300 mi:i,as de Manua. ao bte da do século, ipesar Certamente havia Bo"s embora da tec'nologiJcinematogr:ífica antropologia. de de depara causas a figura do· americana, indios em Sava'i, ouviu Sua Samoa informações relevantes aos interesses dos EUA. Em seus último trabalho na Nova inicial interessar pesquisas Social Orgallizatioll Boas, Nallook foi film:ldo, enquanto em Samoa, entre 1925-1926. FrJnz ainda voltado para os esquimós, mais sucesso ainda por Margaret '''kad e mais tarde, Ruth Benedicl. Mead fez suas COllling 0/ Age irz Samoa dos anos centenas que do popular (1930) foi escrita minúsculas. cientificas Seus livros tinham títulos pro· o vácuo monografia para o ensino. d/lares em espécie, edu- colégios dificilmente ou comprar Unidos onde da antropologia qu"ndo sobre os (A vida sexual dos se/vagens) e um acadêmico os departa- de antropologia alug3r filme mercado Malinowski estilo fácil, tendo sido consumidos para além das fronteiras acadêmicas. Nos Estados no rr,ercado Até recentemente, hoje tinham aos an- passado os anos IS33-18S·í. No ano de 1922, a antropologia várias outras monografias rocativos se seu filme seria um Pra(Íomente dominaram trobriandeses. 2./ugá-lo ou foi bem sucedido universidades, filmar, 1960 os etnógrafos e poueos cacional. caro É foram publicadas. por dU:1s decadas. escreveu R. R:1dcliffe· de form:1 particular tropólogos americanos. NG/lOOk foi filmado na Baía de Hudson, 700 milhas ao sul da ilhJ marco: ,1Ildamnlslallders, Esses autores por fim, os prim>iros dois filmes de Flaherty devem ter de COmpOrL1mento espon·tâneo, o que, cori, a eàmerJ de cinemJ, só é possivel com muiCJ 11. para fins no etnográficos. de ~ comparativos. respeitável ,luit"s monogrJfias haviam sido publicadas anteriormente, mJS o ano de 1922 é um call1eralllall Verbas usados ...._" "'""'._'" mes,·. por pa(le dos antropólogos, de trabalho o videoteipe, As principais expedições d2 déc:1da de 60, equipJmentos e necessita ti dia distribuido. do século (/.:~: : acadêmica quanto a sua popularização. Não houve, no entanto, nesta década, o uso de fil- da etnografia "ind" f"zer tomadas 10ng:1S, possibiliCJndo :10 comercial. No começo • O desenvolvimento popularização etnográfico dlsíloniveJ a tecnologia para o filme etnogrífico e (O gravJçào insCJnl1nC3 de som e imagem. Permite pouquissima nJ históriJ caro desenvolvimenw, . comprá-Ia. de mergulhar dJ narração posteriormente. de cinema Com som sincrônico é, no enCJnto, em JS falhas mixados e Outros que estavam mais ou menos à mugem da JntropologiJ. Antes evitar sons equipamento e uniJ antropologiJ o Jpoio ;i",. nJ c;)mo o' sólida, não fizeram contribuiçào parJ o filme etnográfico. Nem J Alemanha, os pJises !ndiJ e SuéciJ, onde há umJ crescente indústriJ projew iDtensidJde, ~ desde dos modelos e talvez a;é 1960, por a vira- . ~"".: populares, problemas a antropologia para o filme etnogr:ífico , j' não de forma ,J. RI i J ..__ . . --.-1 - =.m;>yi ..'''~~'>''''''''''..,. ~-_.. ,.",", ,," "." I ;:i-~; iJ~:W " '3 ;~~ ,J~ ...i*.~:1~ I:· sistemática ms primeiras décadas. A história americanos, produziu 1914 um roteiro épico para imagens destruídas passou num está marcada finalizado com o título ln lhe iand of lhe war in.cêndio. Volt3ndo à báía de Hudson, filmou CallOes. Em 1917 e 1918 Martin e OsaJohnson filmaram a vida canibal das ilhas Solomon N~nookentre 1921-1922, finalizado no verio de 1922. No ano seguinte foi para Samoa, do Pacífico Ocidental. tentar por poucas aquisições. Filmou- em acervos alemães, e mais será preservado no National Washington. Anthropological Film Center, em Nesta história casual não deixar conquistas. de mencionar São os filmes. começando por Nanook, algumas de em Flaherty, 1922; recentemente restaurado e Robert Flaherty •• sucesso Se o filme etnográfico foi concebido no ano de 1901, quando Spencer filmou os 1920 e início de 30: os filmes de Bali de Bateson aborígines nasceu em 11 de e Mead, filmados nos anos 30 e mont:ldos em Junho 50; os filmes de Jean Rouch, de fins dos anos 50: apresentou Tbe HUrIler, de 1956, de John !vbrshall; Dead Nanook of Ibe Norlb, num cinema Birds, de 1963, de Robert Gardner. lorque. O filme teve sucesso Pré-1922 Mas o sucesso australianos, de 1922, quando Robert o seu filme sobre de Nanook FIJherty abriu necessariamente etnogr:ífico. nem Flaherty, que teve inúmeros definida sempre agradável para começar filme etnogr:ifico. gere;' uma data uma história. Par:! o Je:!n Rouch (1970:13) de :1Ixil de 1901. Spencer, sobre ter que se notabilizou os aborígines su- Neste dia, [l:1ldwin por seus estudos autralianos, filmou uma dança nativa do canguru e uma cerimônia para a chuva. Os poucos filmes etnográficos ou filmes sobre grupos tribais, feitos antes de 1922 devem ser mencionados O'Reilly 1970). Expedition, de South de 1908-1910 produziu 20 minutos especialmente Melanésia. de passagem A Hamburg sobre danças, tópicos (ver um filme variados, na Micronésia pioneiro do cinema, seus projetos ser;i sempre um gr:!nde marco. filmes ao bnpmento de FiJherty eram , Flaheny e4iorador. e Georges, era engenheiro Zelândia. Em 1914, Edward Curtis, famoso por seus retratos românticos dos índios em ~'rea esquimó desviada das questões terr~ para as pessoas por longos comercial, da depressão da agricultura Sofreu enorme oposiçio política distribuido. etnografia de minas e Os Flaherty não viviam neste local. Embora tempo de permanência não garanta profundidade é sempre condição de conhecimento, essencial. • O drama específico Flaherty etnográficos para isso, e sua era muito ingênua e autodidata à academia. Mesmo do indívíduo percebeu a especificidade com a palavra escril:! em geral. Usou seus filmes para lazer generJlizações, para seguir aS ;)tiludes fez filmes de determinados focalizando indi\'iduos: Nanook, o homem esquimó; Moana, a jovem de Samoa; e sobre o Homem de Aran. Tentou nos mostrar mais que desconhecidos esquimôs, povos de Samoa ou irlandeses. Levou os filmes aos seus limites específicos, fazendo com que o achando que Flaherty tenha pouca inOuência nos demais filmes etnográficos, existem público se identificasse com os indivíduos exóticos reais. Esta deve ser a sua maior muitoS contribÜição para o filme etnográfico influêr\cia e tIara aspectos de sua abordagem que em The e sua Hunters e Dead Birds. I • lmersão '~ I I I J /,1 ; <~, intensiva Flaherty buscou que ali viviam. Viveu ------ de campo. do filme em contraste do mar e da Em de Sua ~~ devem ser reconhecidos. marinho, entre 1910 e 1921. com a técnica Seu claro que FlaherlY sofreu um ônus eram muito i ~-~ puramente para lhe dar acesso e viajou com os esquimós períodos na costa oeste da Irlanda, pessoal muito grande. Tentou circular no universo do filme comercial. mas seus filmes os no htreito de Torres, foi para o campo com o ir.reresse da ciência tradicional e teve sua atei;ção etnográfica imersão pessoal na cultura era notável. cspccífic\s Como Boas, o físico, na ilha de realizou alguns curta-metragens do tipo romance-documentário no Taiti e na Nova tratar É e Moana BafT1n, e Alfred Haddon, o biólogo compromisso filme importante de 7iJe HJllllers, 05 Nanook dois descrição sobre cómo havia feito Moana, é similar à descriçãO de um etnógrak em em romances 19'iS e quando f:!lceeu. em 1951, planej:!va lilm:" no Ha v:!i. únicos usados nos cursos de antropologiJ. Nos anos 70, já com dúzias de filmes etnográficos disponíveis, ainda eram favoritos. o Nos anos último filme. Louisiana Storv foi iJnçadc fiz praticamente por onze apenas em Samoa. Estavam constantemente buscando, olhando, tentando entender a vida e o filme foi fracamente para meus Cllrsos inrrodlHóri05 em antropologi:! n:! UnivCfsidade de H:trv;"d nos :!nos anteriores de viagem :lI11cric;1n:l. Nallook Quando a nativa. ~ão era um explorador de ficção, mas abandonou as equipes antes do fim dos filmes. Flaherty filmou seu terceiro para Robert problemas de cinema. para Elephanl Boy, na Índia. Em 1939-1941 realizou Tbe Land, contratado pelo governo Não Sea Em 1912, Gaston Melies, irmão de um importante financiar par:! no campo e absorvendo anos; nillrland~ por um ano e meio, e por mais de um anc na região de Louisiana. Seu fez mais duas viagens à Polinésia um empreendimento as portas para o filme mesmo ele última hora. Viveu em área esquimó foi lançado em 1934. Em 193) ele abraçou e foi tempo ob~ervando etnográfica, anos; e!)1 Samo~ por aproximadamente entre os anos de 1931 e 1933. Man of Aran er.'1 Nova foi singular. de Nanook. ym enorme fijme cultura Moana não alcançando para assistir outrOS diretores os esquimós, imediato anterior. cada da idade do ouro), em 1926, comercial seguintes, Grass o sucesso Um romance foi lançado (J 925), por Merian C. Cooper e Ernest Schoedsack; os filmes roteirizados do final de É repetir (subtítulo; visto por imenso público em todo o mundo. , primeiras foram os' Kwakiutl, podemos __ suas e que do filme etnográfico, de Nanoo4 a Dead Birds se bast3nte. Parte deste material está arquivada ~ filmou esquimós, de um plano de pesquisa contJr uma história: :f' ._-~-----I·; Embora Flaherty não fosse etnógrafo e não pretendesse abordar culturas a partir não como novelas ou filmes com roteiros. mas uma história de interação humana e lli 'c I I ~~~~,~_~:~--(, ..,-.-~~:~:7~t~I:~~:;::~=-····~~:.~--~J~i~~~~-!.J~fl1!!."~'.~1;~~~ ..,... ~/)J~ •..~' ~'•••• ~~ ~- ~"""'.'. ~~l: ~ "I "",""" os atores 0",:<10. na ;lUSO do "mor, riquez~ a historia de indivíduos • Reconstrução ou poder, face a um~ crise. (. ..) e o presente etnogdfieo Fbhertv "cl'u:Cor';~lil1ciJ .~~ H re/,1I1 !JfI11 ~m (;"/HIJdJ .:o;r. ·},~6M. ::.:/.IN. ~l í./ importantes numa das m~is trincheiras da etnografia. se aventurou Ele criou U,T artiFício para atingir a verdade. Convenceu uma iovem de S~moa a se submeter à caçada de tubarões, pr;JtlcJda uma técnica que não era há ma;s de urn:t geração. J vida esquimó dentro q~e os esquimós Pa.ra filmar de um iglu, fez com construíssem um cenário muito maior que o normal. De fato, somente muito pouco de sua filmagem dizer espontânea. inmicas A validade e sua relação aceitáveis crucial destas distorções quanto peb antropologia final pode-se às distorções escrita da crítica aos filmes etnográficos Flaherty. Seus filmes são obviamente e interessantes, Marshall temos mas são verdadeiros) cium que Fbherty, mentir. dizendo: Por vezes distorcer algo para alcançar verdadeiro"O 963:97). (.u) de atrativos Calder e "As vezes temos seu que espírito Sebssie, porém, como uma curiosa repetição quase acidentalmente, feitos sem os riscos e incertezas da experiência espon12neo. na Etiópi~ um filme sobre H~ile de Flaherty quando qualidade d~ déDda dominou o filme de 1920, não só pela de seus Filmes, mas pela perspidciã de seu método. Porém não se pode no incêndio de um navio. Como Flahcrty, eles não desistiram de filmar e, em 1924, foram para o Oriente Próximo fazer Filme sobre exploradores. sobre os anos 20 sem levar em consideração !li.. \IfTl Rodaram por vários locais, filmando material de viagem para um até chegar à Pérsia, onde junt~ram aos cri~dores de rebanhos se ao dos nômades, que se chama tinha muito pouco da sofiSticação apenas Aparentemente, dois meses Focalizaram com indivíduos - e apenas Cooper planejado o com o fac-símile de uma declaração pelo cônsul americano se diz sequer é anual. que esta migração e etnografia, Grass continua sendo uma amostra clássica de dados etnográficos. peri- 119661, afirma que houve problemas, A história e dos connitos pessoais durante estas duas aventuras constituem boas Fofocas de cinema. O mais interessante, porém, é observar as diferenças entre dois estes filmes roteirizados, 1 que Flaherty rejeitou- e os filmes que Flahertl' realizou sozinho. Nanook, ,l[oarla e Man of \ Ararl, todos mostram culturas intocadas e sem d~ peles que financiou (Vemos Nanook escutando o filme. embevecido som que sai de um fonógr~fo e ele testa um sem recursos, terminaram o filme apenas com em locações dos discos com os dentes, as tomadas do lugar na ação, em roteiros viagem.) dependente d(.·, cineasLls. Obvi:!mente, pllôessem. da compreensão Ihes Foi permitido da marcha Bakhtiari e filmar o que Nem F!Jherty, nem utilizando as pessoas ficcionais vigorosas tramas. Este foi um avanço que ultrapassou as reconstituições com lógico dirigidas por Flaherty no Canadá, em Samoa e na Irlanda. Num outro sentido, foi um avanço qualquer lógico dos filmes comerciais que nesta época, como :llualmente, usavam nativOS (da Europa e dos Estados Unidos) p:!ra atuarem em filmes ficcion:!is sobre sua própria de Ho\lywood" abordagem. cultura. O "filme foi e é a epítome Estes primeiros filmes desta foram B. Schoedsack coinparasse havia Cooper esretáculo a este, em termos de pureza visual. O que começa do como um sido motivado Flahertye etnógrafos por cineastas como numa cena que comerciantes I de peles e toda a SUl bagagem cultural podem ter afetado o esquimó \ Contudo, enquando Flaherty retrata o bravo-e-nobre- selvagem do Artico, Samoa e Irlandl: os filmes polinésios de V:!n Dyke e Murnac\ mosl.ram o !'l- nobre-sclvagem- corromf;ido-peh- civilizaç10 Na verd~de, em Tabll tódos pjrticipam da cena: um fraco oficial colonjjl europtu, chinês francês, um desonesto e um implacável um comerciante dono chefe de saloorl polinésio conspiram plrJ impedir o amor de um jovem ___ ------i como Mead. Mas, como I sempre provoca riSOS.) Não se tecem considerações sobre como a intrusão dos cordilheira O que não é, de forma alguma, uma rc~onstituição, exóticas, \ o dos 30, um bom número de filmes foi rodado m;1is gerais da primeira I I Em Nanook, as breves cenas no Filmar só uma familia, mas, por terem ficado 1925. em e novamente Flaherty se retirou. à companhia Ernest feito diretor alemão F.W.Murnau, para filmar Tabu No final da década de 1910 e princípio filne Crass, rCJlizado por Merian C. Cooper e haviam trabalhar e desta vez para especulações comerciais, que se ~proveitavam do interesse do público, que, por sua vez, em 1924, lançado não conseguiam posto de venda de peles são utilizadas para fazer um certo humor e ainda para satisfazer cili.tasta depois dele, jamais encontrou um dr~nu do homem-contra-a-natureza que se e Schoedsack se juntos, e Flaherty desistiu. No ano seguinte_ ele voltou à polinésia Francesa. com o famoso problemas. Filmes de ficção, com roteiro fazer uma segunda migração com os Bakhtiari, Flaherty lhe Soutb Seas (\928). Parece, porém, que os dois homens (193]), em Shiraz, quase como se nossa credulidade tivesse sido distorcida por ver o evento apenas uma enquanto eles passaram os Bakhtiari verdade, prevendo que aquela migração única desembocaria no inacredit;Ível, o filme abre vez. Entretanto, apesar de seus muitoS erros, o Khan e seu filho. (Behlmer, que entrevistou eles haviam Cooper Na E "transu- Schoedsack de Flaherty. de similar A abordagem em si do que dos Bakhtiari- afirmando que eles fizeram esta viagem. Nâo em sua migração anml dos pastos de inverno mãncia". da aventura O próprio ser dos filmes envolve~ nisto. Em 1927, ele foi ao Taiti com W.S. Va/1 Dyke pya filmar White Shadows in o livro, escrito por Cooper (1925), trata mais autenticada Bakhtiari para os de ve,rão: um procedimento' pa~icipJr discutir doeument:\rios: sobre a história cultural dos Bakhtiari. Mesmo né'lada. Flaherty obsoleto destruídos pessoas e milhares de animais através de um Robert O filme agora parece dDma porque os quadros com legendas são usados em abundância. Aprendemos muitO pouco Ia~go rio gelado e uma íngreme etnográFico fez seu u.m insuperável primeiro filme sobre os Esquimós, os negativos deste filme, ainda não revelados, foram A maior parte do filme acompanha o extraordinário movimento de centenas de Grass por diretores' e roteir~s, esses filmes podiam fericamente é o ponto ser controlados filme rotineiro sobre uma viagem se torna, anteriormente Iraveloguel, ce.rimônia de t~tuagem, que já não existia mais; convenceu os h~bitantes de Aran a recriar sua podiam 00 ",,,'",'",,,, EJ I I ',·'"1.'. ...... ------~i'à~.',"' ..!7~1:;~·~·:~:;·,~~x·?11Y~-~ ;}~? )::,';;,'1 ;;t~ ~;r}~ 11 , UM~ HIS16RIA 00 individ,l)ais osal. Nestes dois estereó,tipos tipos culturais positivos ~uanto clarimente o O intéressante de filme o uso de capitão de um barco enCJlhado idealizados, de uma aldeia. Esta tradição continuou dentro dos Estados Unidos em filmes tão recentes negativo< romantismo da é que as platéias acham os filmes de Flaherty que os filmes polinésios. pelo menos, em situações dos ano., 70 Mas, na verdade, reais. A antropologia ser porque, a problemas está muito mais preocupada os deveriam para os antropólogos eles aludem quanto épyca. mais digesÚvos filmes de Van Dyke e Murnau mais atraentes tanto refle-tem reais, moderna com os connitos a história esquimó (J 974). Ji produziu denominar no gelo, perto obras de arte, que se pode como a trilogia The \'(lar/d of Apll de Satyajit Panchali, 1955; Tbe Unvanquisbed, Bengala, até a vida universitária em Calcuta (ver Wood 1971); ou a produção Mead sobre o comporA pesquisa deles em Bali amplas muitoS assuntos descrições e foi realizada em Bali nesta época. Mas o foco principal da pesquisa e Mead eram as relações personalidade, franco- em com Jane Belo, Colin McPhec c de Bateson entre cultura especialmente ção das crianças, que ja e na educa- havia sido tema culturais de Tabu do que com a reconstituição argelina Rampa~ls of C/ay (969), bâseada na importante de uma cerimônia monografia' Cbange ai Sbebika O 970), sobre uma aldeia na Tunísia. O primeiro livro a ser publicado, BalilleSe Cbaracler(Bateson e Mead, 1942), usava uma A principal combinação de iniciação Depois de Grass Coaper um filme no norte em Moana. e Schoedsack da Tailândia, fizeram chamado Chang (927), mas, ironicamente, a cena mais famosa do filme não constava do roteiro: a etnogrifico "[olenta interpessoais, passagem por uma aldeia. -nosso melhor endereçada, de um elefante Cooper filme' sozinho, chamado em Sumatr:l, estrelado Cooper e Schoedsack selvagem considerou (em carta 1966). Posteriormente, k: ~:;', filme Chang a mim Schoedsack Rango (931), por um orangotango. deram mais um passo em direção à fantasia e fizeram King Kong (933), filnlldo em terrenos vazios e nos estúdios de Hollvwood, representando uma ilha de Java, com eventos deJean Duvignaud força do importantes detalhe, filme é sua habilidade envolvendo o que permite a dinâmica de ficção em focalizar das emoções e malisio, empunhando originirios da Nova Guiné e perseguindo maClCO semelhante Knud etnógrafo em escudos Rasmussen, \\7edding um a um gorila, o explorador esquimó-dinamarquês, Groenlândia vagamente of Pala oriental. (J e colaborou 937), filmado na A história de Paio a prin- cípio parece suspeita, hollywoodiana, mas na verdade baseia-se numa tradicional história de amor esquimó. simplesmente amor entre Um outro Eskimo esquimós, filme, chamado retrata uma história interrompida de pelo em trabalhos anteriores de Ylead. de te:\10S e fotografias, de uma forma raramente tentada depois disso e nunca relações pesquisar, suplantada. As gravações em filme parecem ter sido menos importantes, ou talvez apenas em à medida mais difíceis de fazer, do que as fotografias. '.~ " que vão se expressando. O perigo esta em De qualquer modo, Bateson e Mead finalmente utilizaram as fotografias em sua que o contexlO cultural pode ser etnocêntrico Margaret e raso. e mais obra de arte muito admirada É um jogo de a Z.1 r, raramente tentado raramente ainda bem-sucedido. Por~m, o melhor dos filmes de ficção etno- Mead. principal Mead havia feito pesquisa e pouco de campo lida. em publicação de Mead traz~-m à luz a questão a que ja nos referimos: sas monografias mais consideração po& conhecida aqueles que são fiéis à cultura, a ficção criar a verdade' etnografias: BcÇteson e lVIead ern Bali e na.Nova Guiné ,- Uma década após os primeiros filmes de t1aherty, a etnografia e o cinema final>nente se casaram, antr6pólogos, Gregory pela mão de dois Bateson e Margaret Meac! Bateson havia feito pesquisa entd os Latmul do rio Sepik, Nova 'Guiné, tendo escrito NaveH (936), sofistltação de campo nordeste da uma monografia, um livro complexo, com uma teórica que o transformou numa e artigos, por suas sendo acessiveis ji bem e famosas Comillg of Age in Samoa, 1928; Growillg up irl New Guillea, 1930: e Sex and sobre Bali (1942), enquanto que os filmes só foram terminados uma década depois, sob a supervisão apenas Samoa e Nova Guiné, tendo escrito numero- gra!.icos, os 'nativos" falando algumas palavras em swahili ~ das outros (iue trabalhavam Apu numa vila de um re- impreS$!onistaspe tamenlO.human~. colabor;!ção 1957;.- e sua famnia, desde a meninice como ra a ve-rificaç~~ encobril! Ray (Palher Tbe \'Ilorld of Apu, 1959), que acompanha - \~< I', ::~~lOCÚ,fICO cheio vi,pal para as abstrações impessoais de Bateso~, e como documentação pa- \\7hile Dawn ficção etnográfica, anteriores IllM{ , Este projeto inteiro merece muito e rellexão do que tem recebido:: Entretanto, aqui, só quero falar dos filmes. J'.lém das 25 mil fotos que foram eseolhid:ls para os dois livros sobre Bali Temperamenl in Three PrimiliL'e Socielies, 1935. Assim, entre 1936 e 1939, Bateson e (Bateson' e Mead. 1942; Mead e MacGregor Mead estabeleceram em 16mnl. estudo conjunto uma colaboração sobre num uma aldeia de Bali. O projeto balinês trouxe diversas contribuições importantes para a antropologia, mas, a que nos interessa aqui é a integração entre filme e fotografia (sli/O nas pesquisas etnogrificas. Conforme eles escreveram em 1942, utilizaram fotografias para encobrir algumas das críticas a seus trabalhos 1951), S:,teson montad6~ gravou 22 mil pés de filme Dest.e material, e lançados são etnográficos seis filmes foram " em 1950. Estes filmes no sentido mais literal da .' ,,~ • ·Ó· palavra. ''Como faz a etnografia escrita, eles descreve'm o comportamento e apresentam i ~~ .." os resulÚdos do estudo etnogr.ífico. maior pirte, focalizam crianças ~i com ouiras crianças Em sua interagindo e com adultos. Por m ------_._-~--+ l .', :r.1 "_>4 ~ ~ --"êm,""a~%"';;;O/~"':·;'i!":~"ail.j\j~~~~;rc~~~~~· -:1L,. l) . ""'-r'" -~ ' " ..A. .•.••••• .. "o I ~"O"'OO'.""W"·I De fato, e:;cmplo, totalmente integrada com a etnografia escrita e tentam mostrar visualmcl}te a prática balinesa de estimular com ela. Este padrão pois contribui sem clímax complementá·la. interrompem contribuição é importante, preocupação atingir um clímax. e de repente o conuto também uma criança até quase para o "estado equilibrado" e do adulto balinês, e tem de e Mead foi a No livro Balillese Cbaracter 942), Bateson escreveu um capítulo no qual projetados os filmes de Sali na velocidade fossem em que foram fjJ';nados, 16 quadros por segundo, a voz de Mead desceria uma oitava ou mais, mas ainda cõntinuaria balinense compreensível, poderia Porém, ,omo série Bateson e Mead são particularmente podem diminuir sua influência: distingue entre quadros, ou um interruptor som automático nesta de nou. Um filme que é o estudo longitudinal de as fotografias em Felizmente, um menino, Karba, desde sete meses até trinta e contextos criados pelos por and Dance in Bati parece ter sido gravada quatro meses de idade, acompanhando-o exemplo, quando pagavam descreve os vários através de desenvolvimento na posadas e aquelas tiradas antropólogos, por uma dança; tipos de seleções originalmente üm problema comparado fotografias; freqüência. e de uma cultura diferente. a Latrnul, que Sateson tecnológicos havia estudado destaca entre 1929 e 1933, e que foi revisitada por eles durante oito meses, no meio dJ pesquisa sobre Sali. primeira de Bateson a tentar resolver que significa usaro da pesquisa etnografia estamos acostumados) descrever descrever ança parece antropológicas Na fácil (porque nós usar práticas e momentos o desenvolvimento através de fases, esses concebida. mesmo ponto este mínimo pré·requisito científica para uma não foi repetido. palavras para críticos, para de uma cri· e para colocar o Na década numa passagem: limitado a uma cã· de campo como mera desajeitada, sincronizado, curtas num tripé e a tomadas e sem som relativamente E, devido às preocupações ele. fez a maior parte de suas gravações filrf;~s em 16 quadros por segundo. de Quando em)4 para é claro. Também fazer a mesma os mesmos liberadamente movimento de cenas coisa, mas para atingir objetivos. Eles usaram de· o cinema para mostrar o visual e as inter·relações complexas, melhor apresentadas simplesmente planejaram usaram o filme, não que poderiam holísticas ser bem em filme do que descritas em palavras. a utilizaçâo Assim sendo, da filmagem eles para ser seg~ndo. quadros em vez de 16 quadros A ironia é óbvia expedição cena do por Este rebtório ilustrar Nenhum dos etnográfico menciona instrumentos de gravação, gravados, quanto interpretativos. finais E eu certamente querer defender momento, foram não iria uma vez que nurií ritmo 50 por cento mais rápido normal. (Parece ser uma questão que o de crença, entre as pessoas que fazem filmes, de que a velócidade maior - 'velocidade do som' é e~sencia] para um som de alta qualidade. medida que avançava percepções atingidas da cultura quando isto significa que, foi realizada a pesquisa, à algumas de Bali só foram já era tarde demais captá.!as em filme. Os filmes etnográficos de Harvard e arredores, haviam trabalhado da área acadêmica, família mo\i!mentos, a filmagem de novo. sendo juntos. ser chamado Movi· mento de Harvard, na verdade começou a posição de que a gravação possível. No meu entender a florescer O que poderia material "objetiva" de um filme é desejável, ou mesmo se movendo e de realizada por poucos homens que, num dado dos rolos de filme e os resultados e recursos de pesquisa nos anos 50 que u íilme começou Universidade ambíguo. Os relatórios etnográficos finais, como os filmes, foram escritos para provar L1nto dos dados se seguiram à Quando isto aconteceu, grande parte das atividades mais importantes localizava·se na para ilustrar nossas suas teses. Ou seja, selecionaram pessoal as oportunidades CJmpo. Foi somente "nós tra[;Ívamos as câmeras não como dispositivos desviando fechando muito sobre este aspecto Mas, Bateson que balinesa de Bateson e olead, a filme etnográfico permaneceu é claro, as etntlgr.ífico, em que houve tanu preocupação coní a naturalidade do ritmo da vida e dos mostra os balineses sido imóvel. A Segunda Guerra Mundial interferiu. teses" (Bateson e Mead 1942·49). Isto é muito financeiras, culturas. escrita, de sua pesquisa. técnícos. estava Nas duas décadas o que a c1are até que pretendia etnográfios. Alguns são puramente da montagem do filme, este incluía a narração de \lead e se pretendia que fosse projeudo e Mead fizeram isto de forma a filmagem de 30, Sateson comportamento de uma cultura específica, dentro de um contexto de cruzamento de Bateson Não fica realmente percepções nos filmes de Bali. tivessem e desenvolvidas. mais sério nos não mostra claramente etnógrafos escreveu Existem problemas ainda narração afirma. Isto pode ser, em parte, o resultado da maneira como a filmagem foi mesmos fatos básicos. De modo geral, porém, o filme como parte integrante escrita, Mead (J 970) de se planejar e Mead foi a sistematicamente e reportagem ponto. Em outro a im portância credibilidade A pesquisa elementos visual JllJarshall, Gardner, Asch e outros: desdobramentos em Harvard das diversos no campo largamente compreendidas, nas d~cadas de 40 e 50. em 24 quadros por segundo. filmes de Bali é o de que a ação na tela, com e explica Fli\herty, tiveram na realidade a maior parte do filme Trance gravações originais em filme e na montagem final; menciona a questão do retoque em muito diferente e Mead para desligar o velocidade.) primeira infância Em Cbildbocd Rivatry in Bali and New Guinea, o compo.rumento balinês é a um comportamento um notável os film~s etnográficos poderiam ser mais avançados [loje caso as inovações de Bateson Porém, isto nem sempre é possível. Alguns projetores modernos não têm capacidade para 16 discute expliciumente a questão da percepçãt da cãmera em Bali e sugere elementos que dignas representam pouco efeito. É frustrante especular o quanto e o ritmo ser apreciado. e Meaq avanço quanto ao conceito, mesmo que este conceito' não tef)pa se realizado plenamente. manifestações visuais que podem ser bem mostradas em filmes. Duas características da dos eS[;Ígios cruciais liQ. Bateson importante em decifrar as circunsL1ncias de sua fotografia. (J Outra se Bateson para de Marshall com as expedições aos Bosquímanos fora da de Kalahari:No p,-incípi9, em 1951, Laurence K. M3fshali, um. )i'~mem de negócios aposent:i;jo, liderbu uma série de exr~dições ao deser;o de KJlahari, no sul da Áfiica, com o fim & estudar este povo. Embora as expedições de ~larsha\1 incluíssem cientistas de vária; áreas, o grupo central era sempre composto de Marsha\1 e sua família: sua .QJ ·--=~:!".z~~;?'r~~~'-'~'~,·, . .• ~.=.~.~ . ~~-.~~~;~~~;~., ~~t~~t'~1L'~~ ~.~'._ ..",~",_,-..1~'~- {'r~, '~W .•. 1 ;1r I .... ·,,·,,"",,··"·"·1 1 I I mulher, John. Lorna, e seus dois filhos, Elizabeth Pla~ejaram de tal forma, :vlarsh:liI faria os referentes aos bos-químanos, fiimcs e Elizabeth, bria estudos antropólogo quanto estudante graduado para dirigi-Io. Gardner acabara exames de escrever, Robert Gardner, orais de graduação sólido conhccimento o Os resultados No principio 1950, enquanto estudava se a eles dirigira uma pequena documentirios chamada e:uraordinária etnogrificos qualidade ... por. .. donas-de-casa como Lorna Marshall" 0972:18). Elizabeth peop!e de Marshall (959) 1homas, tornou-se O livro de Tbe Harmless (. registro c1issico favorito. e os filmes de Joho Marshall tiveram um papel dos dcsenvolvimento mais importantes dos filmes etnográficos. no Em 1954, lohn Marshall já havia gravado centenas de milhares de metros de filme sobre os Bushmen. entrara diretor Por esse tempo, em contato com J. O. Brew, do Museu Peabody reconheceu a famuia Marshall em Harvard. o valor das filmagens então de Washington, e empresa de filmes Orbit Films. A Orbit dois filmes documentários da Colúmbia sobre 05 Britânica, charr.Jdos Blrmden Harbor e Dances 01 Ibe Kwakiwl. Quando estava em Harvard, no Cent:o de Estudos de Cinema, Gardner voltou ao filme etnográfico. Acompanhou 05 Marshalls ao deserto de Kalahari em ] 955 e depois ajudou lohn Marshall na montagem de pane das cenas rodadas com 05 Bushmen, que resultou caçildores nem exigente: os quatro sempre são as mesmas os Façadores ainda (Efllretanto, estão à procura o persistente caça e co~eta. Significou, IJ.mbém, que a principal dela. premiss. rumor de que a conforme Marshall é agora o próprio o primeiro sustentava que parecer grupos como os Bushmen, propriamente a reconhecer. ambiente marginal, tecnologia de subsistência os não diIJ.de uma forma que permanece irrepreensível. Vale nOIJ.rque o ens3io dc 1958 de Marshall sobre a caçada dos Bushmen foi antropológico coleção de leituras sobre a Antropologia Africana a com uma inadequada. Isto novamente, dentro da mais recente (Skinner 1972) .,'." era, ao menos parcialmente, maneira como se realizava campo Por exemplo, o resultado a pesquisa a expedição repletos The HUrllers, na verdade, da de re- presentou um avanço conceitual em relação a Flaherty ou Bateson e Mead. Corno filme, Marshall, de alimentos não era melhor que os de Flahert.y. O registro da com caçada entre os Bushmen era mais sistemático e, ao iUlIgo da narração, Marshall tentou e âgua certamente deve ter a exager3rem seus penetrar mais profundamente na mente dos mesmos. Ele era menos forasteiro e criador problem3s de subsistência. E haveria poucos motivos para que os Marshalls duvidassem idílico do que FI~herty. Uma das ouiores virtudes de The Hlmlers era ser mocerno. Na em 1956 e foi bnçado em 1958. Rapidamente tornou-se um filme etnográfico muito do década resfJeitado e bmoso. Em v:írios sentidos, o filmí: era Flaherty puro. B3seado num longo, No princípio dos anos 60. antropólogos como Richard Lee trabalharam entre oç3dores e ma.;não coletores, The Hrmlers terminou de ser filmado prof,ssion31, estudo de um povo, ele qU3tro indivíduos atr:m:s crise do homem-contra-o- de que Ihes Bushmen, era contado quanto pelos acompanJundo tanto pelos antropólogos. esses povos 3S facilidades de uma caminhonete Rover ou unlJ grande quantidade cado por uma série de motivos. que os Bushmen na verdade possuiam comida em abundância - especialmente as mas uma história na $31a de montagem, que". não pÚíodo foram de duas que foi elaborada com pedaços gravados semanas, de filmes somenle mas num durante expedições que aconteceram ao longo de virios anos. H:í algumas inconsistências que estudando sem Land de suprimcntos, que eles realmente cuid3dosamente comiam. repletas de proteínas. disponíveis igualmente lugares, contribuiu mas que se encontravam 10S montões cuidadosa, o Lee mostrou nozes mOlrgongo, sem "força dramática', Uma etnografia realizada de 50, os filmes anteriores tornado n3tÜreza, a C:\Ç1 da orne, que culminava n:l molie de uma girafa. O filme pode ser critiConta uma .." publicado coleta, estariam se agarrando um meio que fome) da caça na vida deste povo, ele retrata a caçada lohn de caça·e (de eS[;lvam passando podia miis ser aceita. M1s, apesar de o filme ser ernoirafjcamente falho, em relação ao papel Em meados da década de 50, qU3ndo o filme foi feito, o melhor The Hlmlers do bosquím}nos de 77JeHunlers vem de sua premissa básica, (1homas 1959:5-6), levado os Bushmen The Hunters Vore 196§) marcou a aceita,;ão de uma nova maneira de entender os povos que vivem de gir.fa foi eliminada por um rine não é verdadeiro.) Hoje, o problema mais sério que é inexata. alimentos. do Man Ibe .,·!tmler (Lee e De A public;Íção pes~oas; o estoque de filmagens da girafa foi editado de forma onisciente, enquanto caminhões Brew de Marshall de outro~ grupos que procuram incomodam o espectador que aparecia num campo dos Bushmen Tbe Hunlers. num filme chamado historia, Jfanhal(. n=l,. fundara Kwakiutl aeoiÍlpanh:l\"3 um':! grande jobn um da década de antropologia produzira e convidou a t3milia para colabor:tr com c!:lrvard. O Centro de Estudos de Cinema foi ,-:Unlers. de passar nos e possuia de antropologia. Universidade "registros de foi escolhido de cinema, assim como foram notáveis. George Peter Murdock referiucomo e um do Departamento 10Dn faria os para dizer-Ihes isto era inviável. no porão do Museu Peabody, Antropologia, não havia nenhum nas redondezas tuco a sra. instalado etr.ográficos que gostava um livro. Felizmente, que e em outros ultrapaS.lados. e apreci3dos, havi:lIn se Eles eram valorizados mas nio de modo diferente do que os filmes de Chaplin. Tbe HUlllerS era a prova de que bons filmes etnogr:ificos aind3 poderian" ser feitos. Dead Birds ',' em 71Je 1ill1llers, Robert Gardner começou a para estudar os Dani, localizados para as versões revisadas ~ ______ -----~C----------I '.' ~ 4, .' .,lI':. '."'.' fazer plahos para outra grande expedição. Em 1961, de liderou a Expedição Harvard PeabodY, ~ ,~ Depois di: trabalhar com lohn Marshall . > E..J A? 1 ,~;~ . \ ~ 1 '; _.""". ..I " :{,:., -- -~.------ na entJo Nova Guiné província Halandes:! (hoje, de Irian Jaya, na Indonési.). os Dani tenh,m sido estudados a Embora primeiro em do Weyak, o guerreiro, guardador de porcos, 1938, por uma expedição do ,"fuseu Americano guerra. reconstituídos e não fossem "desco- e Pua, o pequeno enquanto Os principais eventos não ou representados. foram Batalhas as filmagens e conforme iam estavam acontecendo. (Os persistentes rumores de que a Expedição Harvard utilizando esses padrio único de observarem, tipos trabalhando pomo rclaiórios em primeira Harvard da guem específicas que sobre par:l os Dani, ele atribuiu em momentos específicos, sobrc a morte qu;!mo G:lrdner afirma (ver K.G. em suas Peabody con- saber). foi única em pois diversos livros, artigos e fibncs foram feitos, por pessoas dife'~nr~< (inclusive· eu mesmo), e com diferentes visões do mesmo Dani' fazendo as mesmas coisas. Heider Inevitavelmente, como descrição definitiva Dani. Por exemplo, O f.i1mede Gardner, Dead Birds foi rodado dos e foi somente após minha terceira viagem aos Dani, em 1968, dUrJnte os primeiros cinco meses da expedição. que aprendi Gardner guerras dos Dani. bem diferente da fase ritual mostrada em Dead Birds (ver K.G. Heider trabalhou junto com Jan Brockhuijse, um antropólogo do governo estudar:l os Dani; também usou a colaboração do resto mesmo verão da expedição; Guiné comigo; visita se Dead Birds antropólogo. No filme ligado pesquisa etnográfica de Gardner deve muito a Bateson e Mead. Esta não foi do processo de j Nova e discutiu o filme e no final de 1963, depois de eu já em alguns aspectos, o conceito exp{dição esfoiços cinematográfica'; etnográfica que de três etnógrafos estar com os Dani há dezoito meses, voltei para Gardiier e Heider), um especialista Cambridge para ajudá-Io na montagem final do filme. Como Tbe Hllnlers, Dead Birds está natufal (Peter Matlhiessen), ainda muito inserido É um longo na tradição e inclusivo de Flaherty. filme, acompanhan- Putnam); além ser chamados já existia Quando Dead interessada em nJe Nuer. O filme poderia . Birds e treinamento. do em Gado', deu assistência e também onde se Infelizmente, de de filmes preocuf;ação sobre em a e com isto 1940). im:!gens são a estética do cinema: seu .;ão feitos sem c6m uma realidade . qualquer j ~; Quando Barris é seu a,si;tente George Breidenbach estavani na loéação, Gardner foi visitá-Ios e filmou ~Iguma~ cenas com som sincronizado. ~.",':. '.'_{.':" etnogr.ífica. de progresso. , ;."t' • . seus cortes e justaposições Há uma insimíação cooperação entre o 'de Antropologia de se desenvolveu, captar O que quero dizer com isso é que enquadramento, a muitas porém, jamais pôde do livro de Evans,Pritchard seus princípios os anos dava cursos um dos filme; Mas, o filme quase não tem uma integridade etnogr.ifica. laboratório Durante na f1Imagem e montagem nunca estava de Harvard, um importante etnógrafo É palavras (embora seja instrutivo comparar o filme com o primeiro capítulo, "Interessado de Cinema para o noVO promessa de verdadeira Centro e o Departamento , nenhum na Gardner fez a mudança filmes etnogr.ificos. Harvard de filmes que de etnográficos; de Artes Visuais etnográficos, l Hilary Harris é uma em filmar dança moderna e balé. Isto aparece a Dead Birds foram feitos pessoas ----4 __ . na antropolÕgica. já feitos, mostrando coordenava __________ das da vida Nuer, como (Broekuijse, psicóloga literatura uma mais bem conhecidas o ritmo e o andamento de produção um botânico (Chris "padrão' mais bonitoS visualmente afinal conseguiu em história de Evans- os :-<uer se tornaram só havia um mero punhado que se seguiram, de uma Pritchard, chamar" A Dança do Gado'. Centro Vers~~egh), um fotógrafo profissional (Eliot Elisolon) e outros (Michael Rockefeller e Samuel Através dos escritoS etnográficos para a dos altoS e magros Nuer e seu gado. claramente Centro de Estudos foi uma de Nuer equipamento portátil com som sincronizado confiável e disponível. Antes de Dead Birds sendo finalizado, j uma',: "expedição incríveis culturas da décalb, da Tbe Nuer é um filme de imagens do- fantasia; na metade locação The Nuer cineasta profissional especialmente dúzias deles. de uma os Aiar e Hamar expedição estava sendo comprado, o som sincronizado na Nova Guiné ainda era uma década seguinte é tipo Flaheny de Dead Birds, ele retornou uma 1970, 1972) .. \las, ele de 1962, na metade para que ele filmou na Etiõpia, e perst·adic' Hilary Harris a fazer um filme sobre elrs. ser' utilizado o equipamento Após contínuas encontrar na Etiõpia, ele soube de um grupo um fartamente 60, EtiÓpia. (, primei;o destes filmes, Rivers o/ Sand, foi lançado em 1974. Enquanto estava Este filme foi, de várias maneiras, poderiam outra fase das e, obviamente, era um experiente montagem holandês os detalhes sobre Dead registro de oitenta e três minutos Em 1960, quando ele foi feito no princípio de um longo estudo etnográfico a Foi feito sem som sincronizado. é incompleto das guerras adequada, dramático pode para de novo projeto para filme sobre nômades. frustrações, um divisor de águas dos filmes etnográficos. etnográfica. o filme etnográficf) pomnto, cumentado. 1970: 138-140). Nossas discordãncias, da interpretação está não é apenas No final da década Gardner or~anizouUm do filme com a (K. G. Heider 1972). Birds a grande oportunidade de os conceitos e a prática dos filmes etnográficos. do filme, junto com uma análise como um filme de estudo porém, estão num nível de variação aceitável, dentro Também ou apostila. Este guia descreve dos Dani. mas também podem sc os Dani. 'tomada-por-tomada' referência da narração ou os como perdeu-se desenvolver nos acompanha- ctnografia dos Dani face a face com o filme e inclui as declarações de Gardner sobre a a pessoas conjuntamente. cxcmplo, etnográfico, o ser questionados. Por exemplo, duvido que os Dani sejam tão explicitamente filosóficos (por I desaconse- de Gardner sobre realização teriam Bali, não poderíamos se.Js r·:sultados, A interpretação dpenas atrelado, dentro dos relatórios etnográficos escritos, a um longo guia de acompanhamento ou'" os resultados de conscnso :\ Expedição instigava é claro, e não tentamos Ihá,la.) significado juntos, sobre a guerra, pensamentos um Peabody Rosch) peabody a guerra são falsos. Nós observamos sozinho e relatando e Mcad divcrgissem clusões O modelo fomentava tinha sido o de um só publiodos B:ltcson para de vista; ou, se dois etnógrafos trabalhassem conclusões e e lanças. de atividades. da etnografia etnógrafo de pedra flechas uma das raras oportunidades os antropólogos mão, machados com arcos, ,. :;(i, mentos de 1968 e 1970. Dead Birds foi apenas um dos relatórios da Expedição Harvard I e funerais aconteciam durante foram mostrados no filme Representou tE.- i pela nhecidos' ou "intocados', quando da chegada d:l Expedição de H:lrvard, muitos deles :linda guerreando (Eleonor \ a sociedade passa por uma série de crises causadas de História Natural, I -ma;-_~DlIIII~~CmI~-rlllm-:llilil'I='·· ;' -:bIll=l"""'''~-':-''~ __ , ~. i". ~ l' 'L~~'~~~~;~:-m:~;::.':·-----~.,';'~~~t~~~"~~ ..., •• "·--:-;:;;~.'6_.•"j2:':::-_i-_,(_;'_· •..• _,_._,~."", ,-~' '.'-" .~-,"" _. UMA HIS1ÓW. DO f1lMl ~~~IO('R"'C) el,·i0.'~n~"~:71ent~ respondendo c:'J..:r".:'.:~ncio imp0é.aflte C :rd,'cr línguJ '::01 descrever o papel pergunt~s, Hamar. Isto ci que particularmente vemos íin1!iz:ldo1 um velho a Nucr para de, especialmeme f,}rJ criticado era seu gado. de Dead pela narração humores, tão construir [ani Apesar estão pensando. pensamento.; chegaram pareçam aos J",ericano para mim, os é óbvio que ouvidos do público norte- como uma ficçio poética. Agora, com o som sincronizado, ':uer Embora, razoáveis, fahrem Gardner por si (sempre p:iêéia aceitará a veracidJde Cic:ese segue). supondo os que a da tradução inglesa 71Je Nuer pouco sólido, ele realmente é :it'l no ensino da antropologia. um sentimento e.;;e povo, deixar Porém, mesmo sendo ,;r::cgraficameme eSlu1anres pôde seu allJdando-os Pode dar aos holístico geral por gado e seu meio a construir uma ambiente, espécie de atitudes ser um tema uma questão É e normas culturais. de e não comportamental casas, trabalhar disto, na sociedade Gardner aceita o desafio, entrecruzando linhas, para a freme e para trás •• sobre o tema, construindo nossa percepção do tema através narração, de imagens visuais e de sua assim como das palavras da mulher Hamar. É um filme sem trama central e, pomnto, quase sempre torna-se repelitivo. Às vezes, dá saltos simbólicos, como quando cona as imagells do colar de ferro. no pescoço de uma menina, para a marca a ferro no pescoço de uma I'aca. E isto retém a ambigúidade acontece quando chicotadas, da realid:lde, nos contam mas vemos como sobre a dor d:lS uma menina sorrir escritas de EV:ins-Pritchard enquanto é submetida ao chicote. Não é um filme fácil de ver ou entender. Mas Gardner tentou sobre a organização social c o ritual dos Nuer aproximar o filme etnográfico cognitiva, dentro da qual podem interesses o primeiro filme de Robert Gardner Hamar. Neste é sobre na de filme, Gardner, com a técnica de uma mulher Hamar, Inadamente diante da câmara longamente sobre sua vida. introspectiva sobre sua própria sentada re- e que fala Ela é muito cultura e se torm, portanto, uma intérprete ideal para nós. Entre as cenas da mulher fabndo, Gardner usa seqúências da vida dos Hamar, que menos ilustram mais ou O que ela conta. 0/ Sdlld é a pretensão Isto estão interessados é, mais em descrever as do que em tentar os procedimentos na guerra ou na construção de casas. Mm~all School. Law and Order, e juvenile Court). narraçio foi sozinho para pittsDurgh, onde fez Entretanto, filmada HIlI!l~rS, de colaborJrem Marshall e Gardner diferdntes caminhos. O próprio em lumultuoSÔs em bqm som sincrônico, mas sem era nuito importante para ficar ociosa. Na mel:'. le da década de 60, foi retomado o traba,;lO em cima do extenso material relativo aos Bushmen Bushmen, filmado por Marsl\JII. Ele mesmo se envolveu discussio pouco. uma vez que neste ~.eríodo ele havia começado a filmar aspectos da a americana. Outras pessoas que particir n grupOS de Bushmen, que surgiu quando umJ mulhcr, quc fora 1h1ndonaeb por scu marido do novo trabalho sobre os Bushmen fe Outro e Timothy estudado fotografia ,\sch. Minor White e também e deveres. e um grande estúdio em Somerville, de dos anos 60 e principio hal'iam seguido Marshall já nio tinha, como interesse principal os Busnmen. Ele f;ímou Tilicul foUies (I968), uma visão A segunda parte do -filme reconstitui de filmes Massachusetts riormente dos 70. ~ele, o grupo Porém, preliminar sendo cada um deles um Ele tenta impcttante de filmes sobre Instituições mesmo e as legendas, com a explicação é quase impossível a discussão. e. vez em que se deles foi N/um Tcbai (1966). sobre a cerimônia assiste ao filme. A cerimônia do transe em SI do transe dos Bushmen. 11m sobre um só tema. O primeiro A filmagem, é claro, cerimônia seja geralmente Bushmen a realizada à noite, os apresentaram-na ao amanhecer, quando era possível filmá-Ia. Acrescentaram sons de tumulto e narração ao filme. Os realizadores da montagem deram Tchai abordagem. wmplexo, compreensível sem recorrer um a uma evento narraçio fica compreensível Mas, com AI/ Argllme1l1 esta "~o , abolJl a facilmer.ie com;) os Bushmen discutem, ;,. ~ " , ""{" Marriage é um dos lemas mais difíceis para se fazer u.:n filme. Um filme pode mostrar ,'/.. mas nio tãofacilmei,te explicar a discussão em si. Casamei\to por si só já é um acontecimento :1;? r ; .'~. abstratO de seu tema. em inglês parte, para manter a para o espectador acompanhar com certeza. não na primeira de se tornar uma série na segunda platéia a par da discussão. produtivo no final uma soluçã0 inovadora ao problema constante produziu Algumas poucas legendas são utilizadas complexo, discuss~o (\'í>'is~man posteriormente S~U a querela, com o acalorado som original - na verdade o diálogo, acrescentado poste- veen1.hte do Asilo de Bridgewater. um manicÔmio judici:írio, para Frederick Wiseman. de Riuers ";( ";l\ciliou-st.: com as diversas pesso:;; iazer valer seus direito; A primeira parte do filme apresenta discussão. (peno de Cambridge), chamado Documenta,,' Educational Resources/DER Este centro se tornou e,1:raordinariamente entrc' doi; os participantes em fotografias (stiIO, enquanto a narração tenta explicar e desenrolar a graduação em antropologia nas Universidades de Harvard e Boston .. \5-:n e os Marshalls etnog,áíicus 05 abOli! a Marriage. e inOamada primeiro marid.: envolvidas tentavam Asch havia fizera trabalhos complexa c se casara nOV:1n :l: com Edward Weston filme da nOva série sobre AI/ Argll1llelll também usou esta técnica. O filme mostra uma Lorna Marshall, FranK Galvin, um monwJJr de cinema cuna-metragem Tbe ~ j" 9,"~. } ~~} "'. qualquer narração. havia sido feita dez anos antes. E, embora '. Depois :ia sobre fotografias deLXlva cotrer a filn\age!.llda cerimônia com sons a metragem dos Bushmen por Marshall eXplicativa era (still) da a~o, cnquâ:1to a scgund:1 parte do '::e uma ;érie de filmes policiais. sobre os Bushmen, Os novos filmes sobre os Bushmen '1~r: exp1icativa ye muitLS palavras Decidiram mostrar a cerimôni~ duas ·.o~.·,:·':a primeira vez, uma Basic Training, A.\ch-Marshall montou quase vinte outros filmes importante Outra característica verdadeiros o povo entrevista com som sincronizado, dá um passo à frente de The Nuer e constrói todo o filme em torno dos da antropologia. atitudes e valores culturais, descrever Etiópia, Rivers 0/ Sal/d (I974), Hospital, High montaram antropólogos Rivers of Sand ameri::anas: como a terra ou guerrear. colocar JS descrições p'l!sagem ~ parece não visual. diretamente Frds. :11 qual ele conta o que os personagens da mulher }·{trrtl '?;W;' ê8 I ~~o film~ I ,:'(,,{',1\1 carregado de simbolismos; a sobr'c o casamento é um exame e proho de suas implicações. Para E...I ... :\ " . ":;~ I - .. ' ~~-~\' . . ," p~~~:l~·_~ ... ,..... ~>i'",=C' An qu~ o público realmente compreenda .·lrgwnelll. necessário ter uma apostila será de acompanhamento pa,.sadc, com detalhes diagnmas informações similares. começou acompanhar a geralmente. materiais os filmes apenas inadequadas. importante de Em 1974 extraordinário O puderam ser eficazmente necessário passo a produção completos pa- de parfilmes etnogrificos. fazendo Argumenl aboUl a Marriage e mais alguns dos novos filmes sobre os B~shmen estão deliberadamente cinema, com tudo portanto, muito tratamento fílmico, sobre filmes visual. material da cultura) complexos. ameno do que sido sobre ticularmente raro: dos antropologia parte mais tempo usar mais complexos o filme e e partentando etnográfico par:! interesses da principais contemporãnea. muitos problemas, com rara franqueza experiência quantidade dos Yanomami, equipamento sua compreensão retornou com Asch par.! fazer filmes. O dois muito bem: Asch, o cineasta com em antropologia; antropólogo que conhecia Chagnon, o a cultur.J. e tinha sofisticado sobre tela, fazendo sobre os Yanomami). Assim. eles puderam utili7.1r equipamento com som sincroni7_1e10. ser discutidos Jmpbmente 'Bee', for.Im lançados Ax Figbl de "ua monogr.!fla Yanomami 0968:105-117). uma explosão Franp, e A Man Called antropólogo The Feasl utiliza a mesma abordagem elaborada N/um Tchai e Ali about a Marriage: int{odutória, com descrevendo acofitecimentos segÜindo-se para uma seção fotografias (slil{) e os de uma determinada fes[;J, sobre a fes[;J, com legendas em inglês que traduzem fala.~ da discussão em som sincronizado visitantes e o passado o filme corrido outr'as discussões que vinha que acontecem chegam e discutem as e quando os com anfitriões sobre presentes e contrJ-presentes. os das várias cenas, compôs então a segunda francês sincronizado, de filmes etnográficos cineastas. na de Jean Rouch, um tremenda~ente ativo, filmadas. parte do final era uma seqüência que Rouch c Morin ao caminharem pelos corredores elo Musée avaliando seu próprio filme . de 1960, houve francês aos com relação a si foram então filme. A parte a década captada ele 1'11omme. pelo novo som e pela deliberada teve um efeito cineas[;Js 'franceses intrusão dos profundo sobre como Truffaut e Godard. Rouch é ~ionsiderado o pai do cinima vérité filmes na :\frica desde francês, nus teve pouca influência sobre o filme 1946, e Luc de Heusch, outro antropólogo francês. Infelizmente tem havido pouco etnográfldil. A maior parte dos cineastas que fazem filrriÚ etnógráflcos tentar.!m mara ilusão contato fazendo nos próprios e aos outrOS participantes, assim como suas avaliações sobre a veracidade ou falsidade Isto neste ensaio. sob a influência foi mostrado Suas reações A realidade Durante ou participando o copião participantes. Jcompanhava da vida Yanomami, que Chagnon no quarto capitulo perguntas sido montada, festas entre aldeias, uma característica im~ortante Freqüe"- de tarelee1emais.e não puder.Im o nwvi'mcnto que usavam e oniscientes. debates. Quando a maior parte do filme já havia para lançar mais de 40 frlmes.. .lJguns dos mais TIJe EIe~ não fingiram invisiveis temente, um ou outro dos cineastas aparecia na de 78 mil pés ele filme e estão se preparando imponantes, como 77JffFeasl.um filme de trinta e nove minutos cãmaras remotas, e diferenças em que a Guerra da Argélia dominava suas vidas. personalidade. No tOtal, eles filmar.!m em torno experiência com cinema (dur.J.nte suas viagens anteriores havia filmado um louvável material sobre em sekas nossa estado de espíritO das pessoas em Paris, num veno podem ser afetados por uma de comunicação corrigir of a Summer O 9~ J). Usando as mais novas câmeras pOrUteis de 16mm e equipamento de som sincronizado, os cineastas pesquisaram o de frusuações advindas do uso de problemas para Er,n1960,J~an Rouch estava trabalhando que Asch O 972). A serviu para nos advertir depois de haver digerido narração sobre Marshall, Asch, estão seu material para (1968), e então, Argillnenl a apresentou descreveu muito (ver Fcld 1974; Rouch 1974). com Edg~r Morin. 'um sociólogo, em Chrollicie de subsistência, até mitologia. Esta colaboração bem concebidos Unidos, escreveu publicação dupla fundamental passam O grupo Timothy materiais discussões dos ignorânci~ desde atividades Estados da agora, como etnográfico na o estudo etnografia. eventos Asch de introdução à antropologia. Yanomami, no sul da Venezuela. Ele voltou aos halSa descrito e 'analisado dos se concentraram da visuais, casamentos. parte ,vias. embora tenha um uma discussão A maior dos etnó/ogos pensando para imensa gama de tópicos estudados nos cursos Nc ver:lO de 1968, fllrlt1fJm JIgumJ5 cenas par.l mais visual e, (ou dos aspectos primórdios maioria tratar mais etnográficos cultura algo isso é muito um casamento. tecnologia menos sociais do para lidJr uma foca, CJÇJr uma gir.!fJ ou construir uma casa, nos as limitações de habilidade comportamentos .\rpoar ~ alargando em termos em como, mesmo os projetos de fUmes etnográflcos formação An rá contribuir Asch e Chagnon passo transformadas de 70. O próximo um estudo Dois anos depois, flZeQm nova parceria, desta vez num projeto muilo mais ambicioso, elaborado com o intuito de fazer curtas-metragens, ilusmdos com o mat~rial sobre os Yanomami. cobrindo uma Chagnon havia passado dezenove combinaram Como Rivers 01 Sand de Gardner, as de 50 uma colaboração com Napoleon •• que serve de modelo para o filme meses um de de que na década foi dado em 1968, quando começou Chagnon páginas realização fato filmes na década tornando-os na no para outros uma ou duas promoveu está o DER etnográfico. manuais rotineira Marshall "O.':'.:C"''''''~'~~- da da fotografia que ele realizou impressos como um deu impressionante e profundidade filmagens e eram, ra acompanhamento, te John e ocasional, DER quando adequados o e outras distribuir apostilas N/um Tchai e seus filmes. Anteriormente, só acompanhavam evenw sobre de parentesco, A evidência perspicácia '"' "'",, ".' ,,,. I ~ .. , e menos troca de idéias entre a. do presente etnográflco, sem um antropólogo. França e a América do Norte. A deficiência As possibílidades neste artigo apenas importanlb. situação. reflete esta deplorável Mas, os pouco filmes etnográficos da abordagem de Rouch são Não. é apenas uma questão de mostrar o :antropõlogo em uma ou duas cenas. franceses que alcançaram os Estados Unidos são um testemunho vívido da força do mas cons&uir o filme em torno do inevitável fato de qu~ um antropólogo e um cineasta estão movimento naquelelCcaleestãointeragindocomaspessoas francês, e a publicação dos escritos de Rouch nos Estados Unidos deve- e portant0 influenciando seu comportamento . .:!2J ._------.----.J I I -:":~~~;'::"~"':'.;~"~ ____ ...,-_-~- ,~_••_,.-:.õ "'-Lj",~·",,~;d·,"'r~~~:·",,'?~\·;~~~: IJ."V.. H\ST6w. t, Da mesm:! forma. a técnica de Rouch d·: ,,",om;u 1S pesoo:;s tendo reações à suas ~r0pri:lS inlJge:ls oinda nio foi e~tudada de 01')Jo sislem:itico. 'io conjunto, ao mostrar \:i~:l:pOrt,ir:1ento, (iepois mostr:lr como dis<.:u(ir CíJrOl!ide sobre 0/ o 51immer t>ch:lme"to, que blta seu atinge foi filmado, mais obviamente um not:ível na etnográficos. e tiveram pauel in!1uéncia. mas eles pesquisam abordagens focaliza dos que vieram do iVbli para Accra, visão desconeertante: aparentcmentc espumando homens e bebendo a observar Os são uma em tr:i~se, sangue de cachorro. uma compreens:ío e depois o conduz mais profunda. está no extremo oposto :r:!balhadores nas ruas de Accra Em seguida, Les MOllres atraves do ritual de possessão e, diferentes de dos todos os homens, da me,~o f-:,'ma. diz que estes homens nós. e nós s:ío com cortes em flashhoek par:! fazer com que :lOS lembremos visualmente dos mesmos favoritos homens que diferentes (como, por exemplo, o homem que Mas. em Cbronicle of o Summer eLes Mailres FOliS (assim como em outros filmes papéis tão fez o papel de general na cerimônia 11mbém atua como soldado r:lSOdo exército em Accr:!l. que .\ namçio situ;,çio. é muito pesada, mas complemenl:l direl:lmente isso. de Jean Rouch para os que fazem ele fez muito mais L'sou o filme pua analisar com infor-mações vagamente relevantes, comportamento antecedentes mas tumultll:ldo dá uma imcrpretaçio oficiais d:l colônia conclusio de eventos de An- tropologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley. fez uma série de filmes sobre índios da Califórnia (Barrett. 1961). Foi a estes índios que reconstituíssem pcculiaridades bolotas tão antigas quanto lixiviar ou fazcr um arco com a parte de trás em fibras. Como sempre acontece, algumas das filmagens mais importantes foram realizadas por fora deste projeto uma cerimônia lançados de cura. durante duas noites, a noite j:í foram (SlIekirlg Doelor e sua versão mais Pomo Shomon). financeiros terminaram fazer a montagem ou explica da cerimõnia o e brit'\I1ica. S(irie sobre o índio aniericano: Universidade da Califórnia da ccrimônia, Finalmente. mas os recursos antes que pudessem da primeir.1 noite. sugere que o ritual tem um efeito disto foi o estabelecimento Services lnc./ES1Educational Development Cambridge. Harvard A maioria das filmagens etnogr:ifiCls incll1\ alguma influência dos cineas~s da Education que mais tarde se tornOU trazendo Center e do MIT. e sendo National Science Foundation as ciências sociais representadas - em recursoS intelectuais financiada Decidiu-se poderiam noS graus ,er de :>i, pela que melhor primários pela antropologia. utilizando o exolismo de outras culturas para transmitir conceitos básicos. Planejaram um grande número curriculares, todas cuidadosamente década de unidades utilil:lndo preparados. filmes No princípio de 60, o ESI fez contratos numerosoS projetos da para de f;lme< no lDque. México, Nova Guiné, Quênia e Canadá. t\ única unidade com sucesso enfatizando ambiente que se completoU foi sobre os esquimós sua adaptação mais extremo. Netsilik foi produzida dois antropólogos, Netsilik, ecológica ao meio A série sobre por Quentin os Brown e Asen Balikci e Guy ~\arie de Rousse1let, que trabalharam junto às equipes o Projeto Esquimó Netsilik de filmagem no campo. Utiliz.1r<lmum presente ( etnogrifico de 1919. Os Netsilik que traballuram ..'\ i. as roupas e casas. assim como as itividade de subsist~ncia de quarenl:l O mais ambicioso projeto já ar- quitet:ldo de reconstituiçio de um filme focalizava os Esquimós Netsilik de Petty Bay, 110 C:lnadi. J os ci~ntistas sociais começaram no projew recrianm como a recol1stituiç-lo das atitudcs e rituais dos l2Q.. os Na década de 20. tanto Flaherty do Departamento num programa de execucio a se preoc~par com suas :íreas, que esta\'am scndo negligenci;das. Uma conseqüência quanto os filmes de ficç:ío etnográfica o fizeram. Nos anos 50, Samuel A. Barrett, um curta, é "Conte uma História'". Isto é ctnografia . recriações anos depoif. as imagens. Ou seja, não apenas preenche l1mbém Um dos conselhos corno Tbe Lion Hunters). já fizeram em massa. porém, Dois filmes sobre a segunda compreender filmes etnográficos cineastas ocasiões. ,~ '\~h imedia~. planejado para melhorJr o ensino da ciênci:l em todqs os níveis. Mas, poucos realizada por um Chamã Pomo. Essie Parrish. precisamos 10 final. leva-os de volta a seu trabalho em Accra. desempenham o porquê. Em certas pedido a O filmc da banalidade Imueloglles, que mostram mesmo os mais exóticos. FOliS esta imagem ou Ele força o espectador a realidade em quantidade nem panos vermelhos nem de aço. como bens de troca. e antropólogo fora de c011lrok. com a Doca entào J capil:ll da colônia britânica da Costa do Ouro O filme abre com tomadas dos lcompanha-os Mais •• espectadores. do ritual de Haoub torná-Ia mais atraente. cm Haouka um ritual de possessão, realizado pelos tr:lbalhadores a atenção O filme não tenta atenuar uéilizadas em Cbronicle of o SlImmer. Les MOllres FOllS (955) dissipar, participantes n:io podilm ser encontrados nos ESl1dos Unidos, as mesmlS e polêmico: talvez seu poder e sua polêmica se originem das mesmas características. que tinham se re~rdado lias ciências ex:;~s·. RecursoS do governo foram entio derramados Garc!ner deliberada mente evitoU mostrar me~bros da expediçio no filme do que na maioria dos filmes etnográficos, seu visual e seu som concentram. em vez de infelizmente, :He be:ll pouco tempo, esses Rimes de várias maneiras aos pani madiados Les Mallres FOlls é um filme poderoso integralmente o cor~portamento, no interesse do "presente" etnogr:ífico. Por exemplo, durante ;;s filmaicns de Dead Birds, decidimoS nio dar pOSS:lm se submeter de maneira saud:ível servidio colonial durante a semana. significado, próprio Rouch fez algumas dezenas de filmes 2Omb:lr dos ingleses nos domingos, para que c r..:;')I'Ja dos filmes etnogr:íficos. o cal:Írtico. dando aos nativos a possibilidade de DO f!Vo\~ ~l~;OC~flC~ ;;~~ •. ,e.1' , ,'~~ Quando os soviéticos lançaram seu Sputnik em 1958. os Estados Unidos ficaram chocados ao tomar consci~ncia de ;',:t., .r·J~ r.• anos at.ris; resg:ll:l:ndo de sua própria memória e de uni relatório do antropólogo Knud Rasmussen, '1"" ~)~' que I"avia visitado a área em 1923 (B:!likci i: Ilrowll, 1966). ProduziDm nove filmes de trinta minutos. Cad:l um deles é um:! 1:- Ri . \ .. ,' ,.'" sobre _._-------------------'-----------~' ~..~... ~"~' ..~-= ..~ I .~.~ , (. - .- .•• ~ .":'J. ....•.• ~~.u- ....•. ~ -",~;;=;;:S~~:~~~'::Z:j:::;irr~:;o;l.':S;:::':: "J:..,~- I!, I filmes !O;]g.t e 9,0;"urÓ ,'isão de um conjunro de :l[l':ié:lr:es :.~.-:'CCi:1C.2S 1 uma estad..o específica, 1 r~is (0"00 um dique pra de CHi;) I-k ~::':l:t:.;t::;~:. m:lS 1.1. meSCto lcg~c,ci:b. eles foram elaborados ou homens como c.: um pacore pe(bgógicoie pô,-': integrante aborigines c o sigilo cerimônias. ISlO significa nas publiClçõ'es inrencionalmecle cerimônias. ~.nmjr."s. e cs esru6Cles informações acessíveis devem fazer pergunus e, com J ajua;}, de seus professores, a cheg:H Jlgum:ls conc!usces. Lt;lizam nos filmes a técnica de SJSl'cnse visual. de fiaherty, de manein muito em preservar a santidade são :lccmpr.hadcs de manuais para o professor, li'"o de exercicio do 11uno e similares. Os filmes fornecem Quando I não. como pesquisadores. Recentemente, tem havido um interesse crescente entre os gravaç~o narração nenhuma etnagrificos. antropólogos se envolviam no trabalho, eram usadas cama técnicas de som e assistentes, pesca ~u u'ma caçada C)s filmes têm excelente, em termos não e proteger de suas de descrições às mulheres iniciados. abarígines Atualment,~, rornar-se e homens muitos filmes de I di conlJ de ~ue est:l cabeleir., Quando camportamenlOs. par.! o geralmente caçador que deve jogar a lança dentro do buraco níveis DéI'ido a seu objetivo pológico essencial. 'obre ~etsilik qU:ISC excluindo qlulquer pedagógico, se concentr.!m ;1 os filmes em tecnologia \'id:1 sO(Í;lI. c n:lo existe c:qH:lf :dus:io ,obre as pr.ilieas religiosas dos oferecem interpretações SU:l5 os filmes etno~rificos sido negligentes, os etnográficos filmau filmes pela primeira vez com uma tosca câmara, ,\lountford na década de 40 e !an Dunlop gravar rituais subsistência, nas anos abarigines mas houve em 1904. 60 continuaram e atividades pauco avanço e natureza culturalmente dista siio as filmes de gra'nàe im'partància para oito. Navajos, e dez deles estão sendo disr.ribuídos. Nenhum dos Navajos havia usado etnogrificas. I-iá uma grande necessidade JOf:,:sCJçJo. se pesquisar p,ov~v~lmtll(~ mais nesta direçiio. inexperiêneia pode ser atribuído e quanlO ã 'maneira eM japonês ã de ser O método confesso do cinema aas Navajos francês. mas podemos apenas tecer supasições mínima sobre as implicações de tJis influências. estimuJj.los de Wanh e .~dair era dar equipamento de filmagem. de instruções ou direção. a fazerem filmes o para e depois observar se o resultado desses filmes cantinha E, aparentemente. ninguém fluente em algo que parecesse especificamente Navaja. Navajo havia amlisado as dadas. WOrlh e Adair filme sabre a cerimônia japonesa do clti Apos gastJr.!m quinze minutos mastrando o artesão um lango e profundo estudo da cerimônia do chi e sua filasaíia, eles planejaram um filme cscolheflm ;1 vis;"lo abordagens 1l;lliv:l. rn:ls muito diferentes. apresenlJm uma defesa canvincente de prat:l caminhando samente ã procura de material c cinco. minu·tos dele realmente Este lenu da caminhada" muito Também. o costume geral dos Navajo direto do alhar se reflete na ausência generalizada (111 77;c um f1{/(/), os principias estéticos nas tomadas e seqüências . Fizeram uma tentativa, bem estudada. para mastrar a cerimônia do chá não apenas ar.ravés nas mitos Nal'ajas. de evilJr contato ~J1)OrdJgclll muito dircrcnlc niio apenas par.! fetfali-la, mas para incorporar moldando e dando o acabamenlO ã peça de prau. de c/ases, de rasto. da descrição estrutura I'isual, mas umbém do preocuparam filme. Os especialmente na própria Rundstrams se em mastrar o um c'studante de graduaç:ia que trabalhava cam warih) conduziram uma experiência em 1966. inteiro, nos filmes Navajos. Mas é claro que, equilibrio na qual as índios Clavajas faziam filmes sabre para um não-Navaja, essas características s~riam apenas intrigantes, au nem mesma lida cain a energia, ou o fluxo. de energia. O filme é uma mistura de explanação percebidas, sem a análise de Worth e Adair Tradicionalmente, a etnagfafia sempre etnagráfica inaces~íveis. aClrfetou cerimônia sua própria CUilUr.!. Na suao.sição (Whorf-Sapirl de estrutura da língua em ceno de que a sentido _;lIJi:10, (JUI.I<;:: ?Ol uma cimer.! de cinema antes. e não esti claro :tlguém 3nd3ndo. No rilme Navajo Si"·er.;milh. fillllc ,~~I(s';~~'Vl' pt1i'J":lltPI;lPCltJIZe.-. (N éJ :.1 eles em '0 OI,cn':CI).'(l.Iljo, de Danald Rundsr.rom e Ranald Rundsr.ram. a nos da com a ajuda de Clinton Bergum, tiver.!m uma a as.iistência de Richard Chalfen (nesLl époCl dançarinos aborígines, a questiio em si. O foi Iel'antar das duas e antro- nativos existe m Austrália, onde Spencer Roger Sandall, ~ de mais valioso do projeto principais influências 0ial'ajo Primeira, a rn:liori:\ do~ rilnH:;'; tem \on:;:15 ~cqÜcnci;'s de nativa . Sol Worth, um prafessor de camuní6ç:io, e john AJair, um anr.ropóloga, cam tradição para a etnagrafi:t. e niio a etnagrafia aspecto específi~a dos filmes. As implicaçõcs proeminente longa as \a clnalagia, esta distinçiio é Dois recentes prajetos têm tcnl:tdn dc i~,:~;preraçãa: I-lustrália A mais a Cerca de vinte mmes foram feilOS por têm ao seplfar Filmes dos j>róp'rios prjtiC:l5 pagãs. língua, Worth e Adair criaram de esquimós. Os Cietsilikhj muito far.!m cristianizados e, L1h'CZ, estivessem de mi vantJde au fossem inC'Jpazcs de reconstituir I a Se então filmes N?-vajas estariam de alguma farma 'em Navajo" e, portanto, seriam a matéria·prima visto filmes de I-iallnvaod e de televisão., e um se vai se mover 'luando a foca vier respirar, sinalizando I hipótese de que filmes feitos par :<avajos seriam, em certo sentido fundamental, deles er.! um admirador operado, coniSelando uma cabeleira sobre um :JSSO e COloondo-o alr.lvcssado sobre um buraco no gelo. Apenas vagarosamente o especwdor anjlogo corretos, Clavajo- A maiar parte desses eineaSLlS havia A visão dos nativos ·;m homem faz uma misteriosa i qUlnto dos resultJdas sabre ~ituais não padem ser exibido, maneira algunu na Austrilia. enciec,c. Pcr exemplo, em U'inter Sea-/a Camp, primeir:l pa,,' co~o forma de expressão., é de cena maneira ,"'"" "'''' I --~- no idiama de autra cultura. Worth e Adair estiverem de que o filme, i virtual" e análises de por meios que passam aq~cla língua, e na suposição fala N~\·ajos. próprias uma parada : ou molda a visão de mundo de quem uma cultura, 2:'- reflete tradução., explic::ção e anilise de Yin·Yang das apastos e matérias-primas Mostra o avança do chá quando. .... duas e coma se de quase uma mulheres J ..... ~",.,.".. ~ ,...I ',.. . ,.,.....•.•....•. ....:...-... I··:·~······· !r': ~~_~"-;~·,;~~~~~i:~":~"i.<.';' .~",~:,~;;1~q~?~,: '\:",:.~ç~~~;,;••,••~~,.t.,_1 < __ ~_ { ';~t'IUIlo • \:fi:'~ ': t i ",,,." •.•,.u,""" '''''''' '"' ~ , , caminbm por um jardim e entram na casa de chá, onde sUÁ Jnfitriâ selVe o c~á. As eventuais distribuído narrações .~ntropologia em Washington, forneeem ensinamentos palavr:is ou oiuscação explicativas, de famosos ZenJ mestres do chá. Por outro bdo, 05 cineastas não I I do Pief começou com Jay RubI' e Carroll Williams in ]969, continuou como o boletim um outro problema preparando de acompanhamento um guia para o filme, e depois boletim, foi incorporado Media AnrbropologiSl, Filmes documentários geral. Quais (Rundstrom, 1966, sessôes de filmes etnogr:íficos têm sido primeiro apresentadas permitir que seus interesses nos nos encontros A partir de ] 963, o ano Dead Birds. e durante em que toda aquela Os filmes subgrupo dos anuais da AAA e, em 1969, Jay RubI' iniciou a cultura-de-gueto Conferência de Antropologia Visual, realiz.lndo- etnográficos", se anualmente. sobre quão adequadamente na Temple University, filmes etnográficos e no formais de na Universidade Califórn;a em Los Angeles, Temple na da Universidade campus de de Chicago da (e na linguagem em Anthropology se realizou em Santa Fé, Novo como Grierson Mas, México. O National Anthropological Film Center se estabeleceu no Smithsonian veemência Institution, de E. Richard atribuindo a publicação maior conferência Berkeley, acé na Universidade sobre 1965, publicações não havia :'0105 coisa aconteceu. ainda programas, regulares sobre filmes Estabeleceu-se (PieI), Sorenson; o Programa de American que crítiCas sobre cresceu e, em ] 973, sob a liderança de Jay RubI', rransformou-s: na Society for the Anthropology of Visual Communication / Savicom, uma organização égide da American (A.H); incorporada Anthropological um catálogo de filmes, sob a Association Films for tll/lbropological Teacbil/g, que teve inicio em ]966, com listagens de menos de cem filmes e distribuído ell Harvard pelo escritório e, em sob muita anos que se seguiram Etnogr:íficos lentamente, uma da Califórnia. e antropologia. ou reuniões etnográficos. Filmes cinema houve de Robert Gardner 1972, estava em quinta a direção e desde 1965, Anthropologist sob. a editoria tem reproduzido filmes etnográficos, de Gordon primeiro Gibson e, em os primeiros atividades, grande com esta notável e presumivelmente parte, por elas, houve az:ífama de motivada, em um aumento e:-'lrJordinário no ritmo da produç-:io de filmes etnogr:íficos, abordagem muitos dos q uais com uma mais etnogr:ífiC3. "filmes re-presenta) de ficção: a existência entre os cinemas, ao documentário uma verdade e, conseqüentemente, um caráter moral superior. Mais recentemente, Nichols (1991) argumentou, mudou de rumo, autores em documentários a filmes de ficção - da narrativa de suspense continuidade conforme compkmentaridade, naturalista alcançam, que que treme de não-horizontal, depois uma câmara de uma explosão. uma aparente interrupção vinda de fOrJ da narrativa do filme. A lista de formas através das quais cumentirio se imitou o realismo do dono cinema, entre 1950 e o I;,' presente momento, é muito longa e. em termos de futuro, é potencialmente sem fim Em 1960, o antropólogo e cineasta Jean Rouch, e Edgar Morin, sociólogo e cineasta, fizeram um documentário pioneiro Cbronique d'un éré, que irei discutir em outra oportunidade. No final do filme, que mente, nas 'quàis eles apareciam não, haviarrt sido afetados pela cãmera, e outroS atuaVam de forma mais consciente de no qual os filmes de documentários da tenLl[Íva dia~te dela;até rev~bdo ( ê debatiam e de em imiLlr o real, o estilo muitos enquadramento ou provenientes som de má qualidade, de cimera incertos, têm e na montagem, como um subproduto um cinejornal, movimentos ou imagens apagadas algJmas questões como: por que alguns deles sendo estas as mais óbvias. Há o sentido ficção se empenham antigüidade, o uso e fechamento, na filmagem sugerindo ',. arti- os protago 'iÍsLl~ - que não eram atores -. assistiam a el1trevistas filmadas anterior- a discussão e muitos elementos ficialmente danificado, granulado, com de diferenças dois documentário (Young, 1975) do documentário, e ROlha, argumentaram sobre se assemelham . Junto ã que a questão e filmes obviamente fundamentais enfatizado segl1ida, de Timolhy Asch. - o filme apresenta entusiastas de de os primórdios da história do cinema discutese continuamente as diferenças entre filmes document:írios e burocra- de ]964, do de em disto? Em pós-moderna, Existem dezenas para se criar o "clima' não devem chamados possível. executando o mínimo formas de filmagem algum lugar no mundo tem sido discutida desde o nascimento dó cine-câmera. Desde Estado da Califórnia, em São Francisco: e, no verão de 1972. o Summer Institute in Visual verão de I1linois, na Universidade dos com um se restrinjam e sim aceitar tornaram-se institucionalizados documentários são as implicações Universidade No filmes são lugar, os antropólogos déoda, os filmes etnogr:íricos tomaram parte no rico crescimento das ciências sociais e cizados. etnográficos comuns comuns, interferência e, em 1974. a regularmente pessoas atividades Savicom começou uma série de publicações mais formais sob a editoria de Sol WOM. Desde Rundsrrom e Bergum, 1973). de filmar :1 do chá japonesa e os princípios estéticos de "do', o üminho, além de Cuntarcomo o filme foi feito apareceu ~ \ George Community Filadélfia. Tem havido programas t Iimmlr.t~ editado por CA. Jones, foi publicado pelo Prince College; ');;~ ao que descreve em detalhe a história da cerimônia Jnstitucionalização I A inovação no filme etnográfico (1955-1985) de Anrbropology Newslerrer,da AAA. Desde] 972, •• este EUA Ii Americana D.C O Boletim resolver li f pela Associação da Savicom , filmes, sendo tentaram indiar, com a narração, os motivos estruturais mais profundos e sutis. Eles tentaram etnográflco ~ edição, com quase quinhentos 'I iT j' r"';(,- . '. , , ',1\' :,:~ e extraído .', " pelos cineasLls'; em que sentido o filme seria umi "verdade-cinematográfica" (i,e. a ver~ade-via-cinema) como Rouch e Morin "'1 l'~'\.' que ponto o que tinha sido alihavia sido incentivado ':1 ' ~", .~.\ E-.I