J"`:.: I I II I I I - Observar o Familiar

Transcrição

J"`:.: I I II I I I - Observar o Familiar
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Uma históxia do filme
e..tnográfico
pllllf4:rn:rm
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I~
o
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&
diz: "os que nio
estio condenados
?
I
I
aplicado
de Santayana
que
se lembram do passado
a repeti-Io'
pode ser
aos maus políticos, mas é uma bela
regra para a ciência.
podemos
incluir
aqueles
I~~
II
I
1;
famoso diudo
Na ciência -
o filme
que nio entendem
e aqui
etnográfico
-
as conquistas
do
passado podem ter sorte suficiente
para
reinventá-las. Infelizmente a história do filme
.
etnográfico já conta com 50 anos de desconhecimento
do passado,
e freqüentemente sem capacidade
de reinventá-Ia.
Este é um artigo que traça um esboço
histórico muito seletivo do desenvolvimento
do filme etnográfico,
foi aprendido
de conhecer
buscando
mostrar o que
e também o que nos escapou
nas cinco décadas
desde
Nllnook
01 eiJe .YoreiJ.
Baseei-me
nos filmes
que tive a opoflunidade de ver e estudar nos
Estados Unidos no ano de 197tTrata-se
de
um prólogo histórico. Podemos ainda esperar
por
uma
h'SI.(:r;a
definitiva
do
filme
. fl:t
Jf:'{'='
"J!.'!l!!llt
i~; O",;'
~i';;i,odr
'or.-:"R~:i;,'Jo,jwlo
.!o liv'e·.'o
~llT\O
nlot
~lh Qtnr~ic
1'1",
film,
etnográficO.
j!tJ.
~l,1;V!
r/tJ:.
:Il~'
01
19H
~fí;oi. \ :.r.a.:~íio
i Ct J.~HÜJ ,.,,;~dJ t
PmiciJMOII:t-.'-l~'.
(S'
A história d~ filme etnogr: Ji:o é pane
da história
do próprio
cinem~,
ç mais
particularmente do documentário,
ou filmes
não ficcionais. Tanto filme quanto etnografia
nasceram
maturidade
no século
X1X, alcançando
sua
".:
nos anos 1920. Mais até 1960 não
haviaF.\ iniciado uma colaboração
,(
sistemática.
o:)
As pO:ucas exceções tiveram pouco impacto
tanto ~m filmé quanto em etnografia. Ainda
assim,' este úl\imo desenvolvimento
somen-
te ocorreu
França,
rios Estados
Unidos,
11J
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l2-º-
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~-'
iluStrá/ia.
e. com menor
InglJterrJ.
Curios"mente,
jap:io,
cinem"tográfica
Jcdêmic"
importante
com todo
Encyclop"cdia
primeiros
etnográfico,
feitas
"s maiores
anos
do
contribuições
que estaVJm
industria
à
para
ver que durante
quarenta
marginJis
de
sUbstJncialmente
podemos
por pessoJS
forma
pelo
Cinematogr"phiC",
GÓlCingen, contribuiui
estc desenvolvimenw.
Entretanto,
dJdo
filme
foram
de algum"
do cinema
ao cineJstJ
dos
equipe.)
Fatores básicos
do
filme etnográfico, devemos mencionar alguns
fatores importantes que estão por trás desse
desenvolvimento
como: teenologia do cinema,
a economia da filmJgem e o desenvolvimento
da etnogrJfiJ.
terceira
portatéis com
já estavam
aptos
em regiões
mais remotas.
mesmo
Por volta de 1970,
já
pJmcntos
de videoteipe.
etJpa
foi,
realização
J segunda
portáteis
sem
dispunhJmos
dúvida,
a serem
dc equi.
ti primeiri
essencial
parJ
a
de qualquer filmagem etnográfica:
nos permitiu J gravação simultânea
do som e da imagem.
~
XX já era
básica, pré.requisitó
Por volta da metade
som sincrônico
nova dimensão
Criou-se
da realidade,
assim
uma
o que permitiu
etapa
de
permite
déoda
11
de
estabelecimento
a
trabalho
1920
viu
da etnografia
de
campo
e
o firme
baseada
a
CJptur.\r mO-mentos importantes
dos
insigbls
Por razões de geografia,
interçssado
Brown e ArgOllaWS 0/ tbe IFeSlern Pacific,
de Baffin,
sorte. O video é ainda muito caro, pouco
seguro e de bJiXJ qualidade para ser usado
de Bronisla w Malinowski
minante
por longo período no CJmpo.
britínica
Cinema
completar
é caro.
o filme, distribui-Ia,
Até
mentos
garantia
filme
nenhum
no
etnográfico,
para
~~:
o principal
filmes
pesquisa
e
mercado
do
poderiam
eram
2(1 e 30 custaram
algumas
com a proposta
de." publiCJr
monografias.
di!!nicos er3m baixos.
Os salários
separJ
o mundo
foi preenchido
com
preocupada
0/ Manua
para seus pares, mas em
(J
92S) ela estava
em fazer dos seus dados
sobre
de
Guiné,
Mead
seguiu
o mesmo
padrão:
aca-
monografias
técnicas
destinJdas
aos
Só na década de 1960
profissionais
e etnografias
relerantes
para o
é que uma cma riqueza atingiu os individuos
público,
e .~s instituições
acadêmicas.
O gr:1nde
crê~cimento
na produção
do filme et.
criação de filhos, eduCJção e papéis sexuais.
No "no de 1934 Ruth Benedict escreveu
nográfico
nos anos 60 esti
m:iis relacionado
financeiras
dos
fin:i'nciamento
tam'entos
do
intélectuais.
provavelmente
a melhores
indivíduos,
e orçamento
que puramente
Pallerns
condições
agências
destacando
popularizou
0/
problemas
Cu/ture,
a
que
tais como:
sintetizou
pelos
americana.
Moalla.
Flaherty
I
coube a Mead estabelecer
no oeste
a
de
pela primeira vez em Nova [orque em 1°26.
Mead estava
em Samoa,
fabr do fiinoc ainda
quando
em campo
(ver
Mead 1972:154). É difícil pensar que os filmes
de Flaherty
pólogos.
não fossem
vistos
MJS $e Boas, MeJd
por antro-
e outros antro·
pólogos tenham tido esta oportunidade,
ha indicações
de que tenham
implicações
etnográficas.
apreciado
(Contudo,
iremos ver, Mead desempenhou
fundamental
no desenvolvimento
etnografico
nos fins da décJde
foi in~pirada
mencionou
não
suas
como
um papel
do filme
de 30. Mas se
nos filmes de Flaherty,
nunca
p~r escrito.)
Em resumo, apesar da disponibilidade
e
desde:
1920,
que tanto
contribuiu
a sólida pesquisa
filme
de Samoa.
Samoa, onde "Iar.garet Mead. aluna de Boas.
finanCeiros
abarcar
noroeste
fez seu segundo
fJria seu trabalh'o de campo. Moana foi visw
J validade da eenografia popular profissionJl,
podia
p:1SSJVJJ se
da costa
menos de 300 mi:i,as de Manua. ao bte
da do século, ipesar
Certamente
havia
Bo"s embora
da tec'nologiJcinematogr:ífica
antropologia.
de
de depara causas
a figura do·
americana,
indios
em Sava'i,
ouviu
Sua
Samoa informações relevantes aos interesses
dos EUA. Em seus último trabalho na Nova
inicial
interessar
pesquisas
Social Orgallizatioll
Boas,
Nallook foi film:ldo,
enquanto
em Samoa, entre 1925-1926.
FrJnz
ainda voltado para os esquimós,
mais sucesso ainda por Margaret '''kad e
mais tarde, Ruth Benedicl. Mead fez suas
COllling 0/ Age irz Samoa
dos anos
centenas
que
do popular
(1930) foi escrita
minúsculas.
cientificas
Seus livros tinham títulos pro·
o vácuo
monografia
para o ensino.
d/lares
em espécie,
edu-
colégios
dificilmente
ou comprar
Unidos
onde
da antropologia
qu"ndo
sobre os
(A vida sexual dos se/vagens) e um
acadêmico
os departa-
de antropologia
alug3r
filme
mercado
Malinowski
estilo fácil, tendo sido consumidos para além
das fronteiras
acadêmicas.
Nos Estados
no rr,ercado
Até recentemente,
hoje
tinham
aos an-
passado os anos IS33-18S·í. No ano de 1922,
a antropologia
várias outras monografias
rocativos
se seu filme seria um
Pra(Íomente
dominaram
trobriandeses.
2./ugá-lo ou
foi bem sucedido
universidades,
filmar,
1960 os etnógrafos
e poueos
cacional.
caro
É
foram publicadas.
por dU:1s decadas.
escreveu
R. R:1dcliffe·
de form:1 particular
tropólogos americanos. NG/lOOk foi filmado
na Baía de Hudson, 700 milhas ao sul da ilhJ
marco: ,1Ildamnlslallders,
Esses autores
por fim, os
prim>iros dois filmes de Flaherty devem ter
de COmpOrL1mento espon·tâneo, o que, cori, a
eàmerJ de cinemJ, só é possivel com muiCJ
11.
para fins
no
etnográficos.
de
~
comparativos.
respeitável
,luit"s monogrJfias
haviam sido publicadas
anteriormente,
mJS o ano de 1922 é um
call1eralllall
Verbas
usados
...._" "'""'._'"
mes,·. por pa(le dos antropólogos,
de trabalho
o videoteipe,
As principais expedições
d2 déc:1da de 60, equipJmentos
e necessita
ti
dia distribuido.
do século
(/.:~:
:
acadêmica quanto a sua popularização. Não
houve, no entanto, nesta década, o uso de fil-
da etnografia
"ind" f"zer tomadas 10ng:1S, possibiliCJndo :10
comercial.
No começo
• O desenvolvimento
popularização
etnográfico
dlsíloniveJ a tecnologia
para o filme etnogrífico
e
(O
gravJçào insCJnl1nC3 de som e imagem. Permite
pouquissima
nJ históriJ
caro
desenvolvimenw,
. comprá-Ia.
de mergulhar
dJ narração
posteriormente.
de cinema Com som sincrônico
é, no enCJnto,
em
JS falhas
mixados
e
Outros que estavam mais ou menos à mugem
da JntropologiJ.
Antes
evitar
sons
equipamento
e uniJ antropologiJ
o Jpoio
;i",.
nJ
c;)mo o'
sólida, não fizeram contribuiçào
parJ o filme etnográfico. Nem J
Alemanha,
os
pJises
!ndiJ e SuéciJ, onde há umJ crescente
indústriJ
projew
iDtensidJde,
~
desde
dos modelos
e talvez
a;é 1960,
por
a vira-
. ~"".:
populares,
problemas
a antropologia
para o filme etnogr:ífico
, j'
não
de forma
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J
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iJ~:W
"
'3
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...i*.~:1~
I:·
sistemática
ms primeiras
décadas.
A história
americanos,
produziu
1914
um roteiro épico para
imagens
destruídas
passou
num
está marcada
finalizado com o título ln lhe iand of lhe war
in.cêndio. Volt3ndo à báía de Hudson, filmou
CallOes. Em 1917 e 1918 Martin e OsaJohnson
filmaram a vida canibal das ilhas Solomon
N~nookentre 1921-1922, finalizado no verio
de 1922. No ano seguinte foi para Samoa,
do Pacífico Ocidental.
tentar
por poucas aquisições.
Filmou-
em acervos
alemães, e mais será preservado
no National
Washington.
Anthropological Film Center, em
Nesta história
casual
não
deixar
conquistas.
de mencionar
São os filmes.
começando
por Nanook,
algumas
de
em
Flaherty,
1922;
recentemente
restaurado
e
Robert Flaherty
••
sucesso
Se o filme etnográfico
foi concebido
no ano de 1901, quando
Spencer
filmou os
1920 e início de 30: os filmes de Bali de Bateson
aborígines
nasceu
em 11 de
e Mead, filmados nos anos 30 e mont:ldos em
Junho
50; os filmes de Jean Rouch, de fins dos anos 50:
apresentou
Tbe HUrIler, de 1956, de John !vbrshall; Dead
Nanook
of Ibe Norlb, num cinema
Birds, de 1963, de Robert Gardner.
lorque.
O filme teve sucesso
Pré-1922
Mas o sucesso
australianos,
de 1922,
quando
Robert
o seu filme sobre
de Nanook
FIJherty
abriu necessariamente
etnogr:ífico.
nem
Flaherty, que teve inúmeros
definida
sempre
agradável
para começar
filme etnogr:ifico.
gere;'
uma data
uma história.
Par:! o
Je:!n Rouch (1970:13)
de :1Ixil de 1901.
Spencer,
sobre
ter
que se notabilizou
os aborígines
su-
Neste dia, [l:1ldwin
por seus estudos
autralianos,
filmou uma
dança nativa do canguru e uma cerimônia para
a chuva. Os poucos filmes etnográficos
ou
filmes sobre grupos tribais, feitos antes de 1922
devem
ser mencionados
O'Reilly
1970).
Expedition,
de
South
de 1908-1910 produziu
20 minutos
especialmente
Melanésia.
de passagem
A Hamburg
sobre
danças,
tópicos
(ver
um filme
variados,
na Micronésia
pioneiro do cinema,
seus projetos
ser;i sempre
um gr:!nde marco.
filmes
ao bnpmento
de FiJherty
eram
,
Flaheny
e4iorador.
e
Georges,
era engenheiro
Zelândia. Em 1914, Edward Curtis, famoso por
seus
retratos
românticos
dos
índios
em ~'rea esquimó
desviada
das questões
terr~ para as pessoas
por longos
comercial,
da depressão
da agricultura
Sofreu enorme oposiçio política
distribuido.
etnografia
de minas e
Os Flaherty
não viviam
neste local. Embora tempo de permanência
não garanta profundidade
é sempre
condição
de conhecimento,
essencial.
• O drama
específico
Flaherty
etnográficos
para isso, e sua
era muito ingênua
e autodidata
à academia.
Mesmo
do indívíduo
percebeu
a especificidade
com a palavra escril:!
em geral. Usou seus filmes para lazer generJlizações,
para seguir
aS ;)tiludes
fez filmes
de determinados
focalizando
indi\'iduos:
Nanook,
o homem
esquimó; Moana, a jovem de Samoa; e sobre
o Homem de Aran. Tentou nos mostrar mais
que desconhecidos
esquimôs,
povos de
Samoa ou irlandeses. Levou os filmes aos
seus limites específicos,
fazendo
com que o
achando que Flaherty tenha pouca inOuência
nos demais filmes etnográficos,
existem
público se identificasse
com os indivíduos
exóticos reais. Esta deve ser a sua maior
muitoS
contribÜição
para o filme etnográfico
influêr\cia
e tIara
aspectos
de sua abordagem
que
em
The
e sua
Hunters
e
Dead Birds.
I
• lmersão
'~
I
I
I
J
/,1
; <~,
intensiva
Flaherty buscou
que ali viviam. Viveu
------
de campo.
do filme em contraste
do mar e da
Em
de
Sua
~~
devem ser reconhecidos.
marinho,
entre 1910 e 1921.
com a técnica
Seu
claro que FlaherlY sofreu um ônus
eram muito
i
~-~
puramente
para lhe dar acesso
e viajou com os esquimós
períodos
na costa oeste da Irlanda,
pessoal muito grande. Tentou circular no
universo do filme comercial. mas seus filmes
os
no htreito de Torres, foi para o campo com
o ir.reresse da ciência tradicional e teve sua
atei;ção
etnográfica
imersão pessoal na cultura era notável.
cspccífic\s
Como Boas, o físico, na ilha de
realizou
alguns curta-metragens
do tipo
romance-documentário
no Taiti e na Nova
tratar
É
e Moana
BafT1n, e Alfred Haddon, o biólogo
compromisso
filme importante
de 7iJe HJllllers, 05
Nanook
dois
descrição sobre cómo havia feito Moana, é
similar à descriçãO de um etnógrak
em
em romances
19'iS e quando f:!lceeu. em 1951, planej:!va
lilm:" no Ha v:!i.
únicos usados nos cursos de antropologiJ.
Nos anos 70, já com dúzias
de filmes
etnográficos disponíveis,
ainda eram favoritos.
o
Nos anos
último filme. Louisiana Storv foi iJnçadc
fiz
praticamente
por onze
apenas em Samoa. Estavam constantemente
buscando, olhando, tentando entender a vida
e o filme foi fracamente
para
meus Cllrsos inrrodlHóri05 em antropologi:!
n:! UnivCfsidade
de H:trv;"d
nos :!nos
anteriores
de
viagem
:lI11cric;1n:l.
Nallook
Quando
a
nativa. ~ão era um explorador
de ficção, mas abandonou as equipes antes
do fim dos filmes. Flaherty filmou seu terceiro
para
Robert
problemas
de cinema.
para
Elephanl
Boy, na Índia. Em 1939-1941
realizou Tbe Land, contratado pelo governo
Não
Sea
Em 1912, Gaston Melies, irmão de
um importante
financiar
par:!
no campo
e absorvendo
anos; nillrland~ por um ano e meio, e por
mais de um anc na região de Louisiana. Seu
fez mais duas viagens à Polinésia
um empreendimento
as portas para o filme
mesmo
ele
última hora. Viveu em área esquimó
foi lançado em 1934. Em 193) ele abraçou
e foi
tempo
ob~ervando
etnográfica,
anos; e!)1 Samo~ por aproximadamente
entre os anos de 1931 e 1933. Man of Aran
er.'1 Nova
foi singular.
de Nanook.
ym enorme
fijme
cultura
Moana
não alcançando
para assistir outrOS diretores
os esquimós,
imediato
anterior.
cada
da idade do ouro),
em 1926,
comercial
seguintes,
Grass
o sucesso
Um romance
foi lançado
(J 925), por Merian C. Cooper
e Ernest
Schoedsack; os filmes roteirizados do final de
É
repetir
(subtítulo;
visto por imenso público em todo o mundo.
,
primeiras
foram
os' Kwakiutl,
podemos
__
suas
e que
do filme etnográfico, de Nanoo4 a Dead Birds
se bast3nte. Parte deste material está arquivada
~
filmou
esquimós,
de um plano de pesquisa
contJr
uma história:
:f'
._-~-----I·;
Embora Flaherty não fosse etnógrafo
e não pretendesse
abordar
culturas a partir
não como novelas
ou filmes com roteiros.
mas uma história
de interação
humana
e
lli
'c I
I
~~~~,~_~:~--(,
..,-.-~~:~:7~t~I:~~:;::~=-····~~:.~--~J~i~~~~-!.J~fl1!!."~'.~1;~~~
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•..~' ~'••••
~~ ~- ~"""'.'.
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"I
"","""
os atores
0",:<10. na ;lUSO do "mor, riquez~
a historia de indivíduos
• Reconstrução
ou
poder,
face a um~ crise. (. ..)
e o presente
etnogdfieo
Fbhertv
"cl'u:Cor';~lil1ciJ
.~~ H re/,1I1
!JfI11
~m (;"/HIJdJ
.:o;r.
·},~6M. ::.:/.IN. ~l í./
importantes
numa
das m~is
trincheiras da etnografia.
se aventurou
Ele criou
U,T artiFício para atingir a verdade. Convenceu
uma iovem de S~moa a se submeter
à
caçada
de tubarões,
pr;JtlcJda
uma técnica
que não era
há ma;s de urn:t geração.
J vida esquimó
dentro
q~e os esquimós
Pa.ra filmar
de um iglu, fez com
construíssem
um cenário
muito maior que o normal. De fato, somente
muito
pouco
de sua filmagem
dizer espontânea.
inmicas
A validade
e sua relação
aceitáveis
crucial
destas distorções
quanto
peb antropologia
final pode-se
às distorções
escrita
da crítica aos filmes etnográficos
Flaherty.
Seus filmes são obviamente
e interessantes,
Marshall
temos
mas são verdadeiros)
cium
que
Fbherty,
mentir.
dizendo:
Por
vezes
distorcer
algo para alcançar
verdadeiro"O 963:97). (.u)
de
atrativos
Calder e
"As vezes
temos
seu
que
espírito
Sebssie, porém, como uma curiosa repetição
quase acidentalmente,
feitos sem os riscos e incertezas
da experiência
espon12neo.
na Etiópi~ um filme sobre H~ile
de Flaherty
quando
qualidade
d~ déDda
dominou
o filme
de 1920, não só pela
de seus Filmes, mas pela perspidciã
de seu método.
Porém não se pode
no incêndio
de um navio. Como
Flahcrty, eles não desistiram
de filmar e, em
1924, foram para o Oriente Próximo fazer
Filme sobre exploradores.
sobre os anos 20 sem levar em consideração
!li..
\IfTl
Rodaram por vários
locais, filmando material de viagem para um
até chegar
à Pérsia,
onde
junt~ram aos cri~dores de rebanhos
se
ao dos
nômades,
que
se chama
tinha muito pouco da sofiSticação
apenas
Aparentemente,
dois
meses
Focalizaram
com
indivíduos
-
e
apenas
Cooper
planejado
o
com
o fac-símile
de
uma
declaração
pelo cônsul americano
se diz sequer
é anual.
que esta migração
e
etnografia,
Grass continua
sendo
uma amostra clássica de dados etnográficos.
peri-
119661, afirma
que
houve
problemas,
A história
e
dos connitos
pessoais
durante
estas duas aventuras
constituem boas Fofocas de cinema. O mais
interessante,
porém, é observar as diferenças
entre
dois
estes
filmes
roteirizados,
1
que
Flaherty rejeitou-
e os filmes que Flahertl'
realizou sozinho.
Nanook, ,l[oarla e Man of
\
Ararl, todos mostram culturas intocadas e sem
d~ peles que financiou
(Vemos Nanook
escutando
o filme.
embevecido
som que sai de um fonógr~fo e ele testa um
sem recursos, terminaram o filme apenas com
em locações
dos discos com os dentes,
as tomadas
do lugar na ação, em roteiros
viagem.)
dependente
d(.·, cineasLls. Obvi:!mente,
pllôessem.
da compreensão
Ihes Foi permitido
da marcha Bakhtiari e filmar o que
Nem F!Jherty,
nem
utilizando
as pessoas
ficcionais
vigorosas tramas. Este foi um avanço
que ultrapassou
as reconstituições
com
lógico
dirigidas
por Flaherty no Canadá, em Samoa e na
Irlanda. Num outro sentido, foi um avanço
qualquer
lógico dos filmes comerciais que nesta época,
como :llualmente, usavam nativOS (da Europa
e dos Estados Unidos) p:!ra atuarem em filmes
ficcion:!is sobre sua própria
de Ho\lywood"
abordagem.
cultura. O "filme
foi e é a epítome
Estes
primeiros
filmes
desta
foram
B. Schoedsack
coinparasse
havia
Cooper
esretáculo
a este, em termos de pureza
visual.
O que começa
do
como um
sido motivado
Flahertye
etnógrafos
por cineastas
como
numa cena que
comerciantes
I
de peles e toda a SUl bagagem
cultural podem ter afetado o esquimó
\
Contudo, enquando
Flaherty retrata o
bravo-e-nobre- selvagem do Artico, Samoa e
Irlandl: os filmes polinésios de V:!n Dyke e
Murnac\
mosl.ram
o
!'l-
nobre-sclvagem-
corromf;ido-peh- civilizaç10 Na verd~de, em
Tabll tódos pjrticipam
da cena: um fraco
oficial colonjjl
europtu,
chinês
francês,
um desonesto
e um implacável
um comerciante
dono
chefe
de saloorl
polinésio
conspiram plrJ impedir o amor de um jovem
___
------i
como Mead. Mas, como
I
sempre
provoca
riSOS.) Não se tecem
considerações
sobre como a intrusão dos
cordilheira
O que não é, de forma alguma, uma
rc~onstituição,
exóticas,
\
o
dos 30, um bom número de filmes foi rodado
m;1is gerais da primeira
I
I
Em Nanook, as breves cenas no
Filmar só uma familia, mas, por terem ficado
1925.
em
e novamente
Flaherty se retirou.
à companhia
Ernest
feito
diretor alemão F.W.Murnau, para filmar Tabu
No final da década de 1910 e princípio
filne Crass, rCJlizado por Merian C. Cooper e
haviam
trabalhar
e desta vez para
especulações comerciais, que se ~proveitavam
do interesse do público, que, por sua vez,
em 1924, lançado
não conseguiam
posto de venda de peles são utilizadas para
fazer um certo humor e ainda para satisfazer
cili.tasta depois dele, jamais encontrou
um
dr~nu do homem-contra-a-natureza
que se
e Schoedsack
se
juntos, e Flaherty desistiu. No ano seguinte_
ele voltou à polinésia Francesa. com o famoso
problemas.
Filmes de ficção, com
roteiro
fazer uma segunda
migração com os Bakhtiari,
Flaherty
lhe Soutb Seas (\928). Parece, porém, que os
dois homens
(193]),
em Shiraz,
quase como se nossa credulidade
tivesse
sido distorcida por ver o evento apenas uma
enquanto
eles passaram
os Bakhtiari
verdade, prevendo que aquela migração única
desembocaria no inacredit;Ível, o filme abre
vez. Entretanto, apesar de seus muitoS erros,
o Khan e seu filho. (Behlmer,
que entrevistou
eles haviam
Cooper
Na
E
"transu-
Schoedsack
de Flaherty.
de
similar
A abordagem
em si do que dos Bakhtiari-
afirmando que eles fizeram esta viagem. Nâo
em sua migração anml dos pastos de inverno
mãncia".
da aventura
O próprio
ser
dos filmes
envolve~ nisto. Em 1927, ele foi ao Taiti com
W.S. Va/1 Dyke pya filmar White Shadows in
o livro, escrito por Cooper (1925), trata mais
autenticada
Bakhtiari
para os de ve,rão: um procedimento'
pa~icipJr
discutir
doeument:\rios:
sobre a história cultural dos Bakhtiari. Mesmo
né'lada.
Flaherty
obsoleto
destruídos
pessoas e milhares de animais através de um
Robert
O filme agora parece
dDma
porque os quadros com legendas são usados
em abundância. Aprendemos
muitO pouco
Ia~go rio gelado e uma íngreme
etnográFico
fez seu
u.m insuperável
primeiro filme sobre os Esquimós, os negativos deste filme, ainda não revelados, foram
A maior parte do filme acompanha o
extraordinário
movimento
de centenas
de
Grass
por
diretores' e roteir~s, esses filmes podiam
fericamente
é o ponto
ser controlados
filme rotineiro sobre uma viagem se torna,
anteriormente
Iraveloguel,
ce.rimônia de t~tuagem, que já não existia mais;
convenceu os h~bitantes de Aran a recriar sua
podiam
00 ",,,'",'",,,,
EJ
I
I
',·'"1.'.
...... ------~i'à~.',"'
..!7~1:;~·~·:~:;·,~~x·?11Y~-~
;}~?
)::,';;,'1
;;t~
~;r}~
11
,
UM~ HIS16RIA 00
individ,l)ais
osal.
Nestes
dois
estereó,tipos
tipos
culturais
positivos
~uanto
clarimente
o
O intéressante
de filme o uso de
capitão de um barco enCJlhado
idealizados,
de uma aldeia. Esta tradição continuou dentro
dos Estados Unidos em filmes tão recentes
negativo<
romantismo
da
é que as platéias
acham os filmes de Flaherty
que os filmes polinésios.
pelo menos,
em situações
dos ano., 70
Mas, na verdade,
reais. A antropologia
ser
porque,
a problemas
está muito mais preocupada
os
deveriam
para os antropólogos
eles aludem
quanto
épyca.
mais digesÚvos
filmes de Van Dyke e Murnau
mais atraentes
tanto
refle-tem
reais,
moderna
com os connitos
a história
esquimó
(J 974). Ji produziu
denominar
no gelo, perto
obras de arte, que se pode
como a trilogia
The \'(lar/d of Apll de Satyajit
Panchali,
1955; Tbe Unvanquisbed,
Bengala, até a vida universitária
em Calcuta
(ver
Wood 1971); ou a produção
Mead sobre o comporA pesquisa deles em Bali
amplas
muitoS assuntos
descrições
e foi realizada
em Bali nesta época.
Mas o foco principal da pesquisa
e Mead eram
as relações
personalidade,
franco-
em
com Jane Belo, Colin McPhec c
de Bateson
entre
cultura
especialmente
ção das crianças,
que
ja
e
na educa-
havia
sido tema
culturais de Tabu do que com a reconstituição
argelina Rampa~ls of C/ay (969),
bâseada
na
importante
de uma cerimônia
monografia'
Cbange
ai
Sbebika O 970), sobre uma aldeia na Tunísia.
O primeiro livro a ser publicado,
BalilleSe
Cbaracler(Bateson
e Mead, 1942), usava uma
A principal
combinação
de iniciação
Depois de Grass Coaper
um filme
no norte
em Moana.
e Schoedsack
da Tailândia,
fizeram
chamado
Chang (927), mas, ironicamente, a cena mais
famosa do filme não constava do roteiro: a
etnogrifico
"[olenta
interpessoais,
passagem
por uma aldeia.
-nosso melhor
endereçada,
de um elefante
Cooper
filme'
sozinho,
chamado
em Sumatr:l, estrelado
Cooper e Schoedsack
selvagem
considerou
(em carta
1966). Posteriormente,
k: ~:;',
filme
Chang
a mim
Schoedsack
Rango (931),
por um orangotango.
deram mais um passo em
direção à fantasia e fizeram King Kong (933),
filnlldo em terrenos vazios e nos estúdios de
Hollvwood, representando
uma ilha de Java, com
eventos
deJean
Duvignaud
força
do
importantes
detalhe,
filme
é sua habilidade
envolvendo
o que permite
a dinâmica
de
ficção
em focalizar
das emoções
e malisio,
empunhando
originirios
da Nova Guiné e perseguindo
maClCO semelhante
Knud
etnógrafo
em
escudos
Rasmussen,
\\7edding
um
a um gorila,
o explorador
esquimó-dinamarquês,
Groenlândia
vagamente
of Pala
oriental.
(J
e
colaborou
937),
filmado
na
A história de Paio a prin-
cípio parece suspeita, hollywoodiana,
mas na
verdade baseia-se numa tradicional história de
amor
esquimó.
simplesmente
amor
entre
Um outro
Eskimo
esquimós,
filme, chamado
retrata uma história
interrompida
de
pelo
em trabalhos
anteriores
de Ylead.
de te:\10S e fotografias,
de uma
forma raramente tentada depois disso e nunca
relações
pesquisar,
suplantada. As gravações em filme parecem
ter sido menos importantes, ou talvez apenas
em
à medida
mais difíceis de fazer, do que as fotografias.
'.~
"
que vão se expressando.
O perigo
esta em
De qualquer
modo, Bateson
e Mead finalmente utilizaram as fotografias em sua
que o contexlO cultural pode ser etnocêntrico
Margaret
e raso.
e mais
obra de arte muito admirada
É
um jogo de a Z.1 r, raramente tentado
raramente
ainda
bem-sucedido.
Por~m, o melhor
dos filmes de ficção etno-
Mead.
principal
Mead havia
feito
pesquisa
e pouco
de campo
lida.
em
publicação
de Mead
traz~-m à luz a questão a que ja nos referimos:
sas monografias
mais consideração
po&
conhecida
aqueles
que
são
fiéis à cultura,
a ficção criar a verdade'
etnografias:
BcÇteson e lVIead ern Bali e
na.Nova Guiné
,- Uma década após os primeiros filmes
de t1aherty,
a etnografia
e o cinema
final>nente
se casaram,
antr6pólogos,
Gregory
pela
mão de dois
Bateson
e Margaret
Meac! Bateson havia feito pesquisa
entd
os Latmul do rio Sepik,
Nova 'Guiné, tendo escrito
NaveH (936),
sofistltação
de campo
nordeste
da
uma monografia,
um livro complexo,
com uma
teórica que o transformou
numa
e artigos,
por suas
sendo
acessiveis
ji bem
e famosas
Comillg of Age in Samoa, 1928;
Growillg up irl New Guillea, 1930: e Sex and
sobre
Bali (1942),
enquanto que os filmes só foram terminados
uma década depois, sob a supervisão apenas
Samoa e Nova Guiné, tendo escrito numero-
gra!.icos,
os 'nativos" falando algumas palavras em swahili
~
das
outros (iue trabalhavam
Apu
numa vila de
um re-
impreS$!onistaspe
tamenlO.human~.
colabor;!ção
1957;.-
e sua famnia, desde a meninice
como
ra a ve-rificaç~~
encobril!
Ray (Palher
Tbe \'Ilorld of Apu, 1959), que acompanha
-
\~<
I',
::~~lOCÚ,fICO
cheio vi,pal para as abstrações impessoais de
Bateso~,
e como
documentação
pa-
\\7hile Dawn
ficção etnográfica,
anteriores
IllM{
,
Este projeto
inteiro
merece muito
e rellexão
do que tem
recebido:: Entretanto,
aqui, só quero falar dos
filmes. J'.lém das 25 mil fotos que foram
eseolhid:ls
para os dois livros sobre Bali
Temperamenl
in Three PrimiliL'e Socielies,
1935. Assim, entre 1936 e 1939, Bateson e
(Bateson' e Mead. 1942; Mead e MacGregor
Mead estabeleceram
em 16mnl.
estudo
conjunto
uma colaboração
sobre
num
uma aldeia de Bali.
O projeto balinês
trouxe
diversas
contribuições importantes
para a antropologia,
mas, a que nos interessa
aqui é a integração
entre filme e fotografia
(sli/O nas pesquisas
etnogrificas.
Conforme eles escreveram em
1942, utilizaram fotografias
para encobrir
algumas
das
críticas
a seus
trabalhos
1951), S:,teson
montad6~
gravou 22 mil pés de filme
Dest.e material,
e lançados
são etnográficos
seis filmes foram
"
em 1950. Estes filmes
no sentido
mais literal da
.'
,,~
•
·Ó·
palavra. ''Como faz a etnografia escrita, eles
descreve'm o comportamento
e apresentam
i ~~
.."
os resulÚdos
do estudo
etnogr.ífico.
maior pirte,
focalizam
crianças
~i
com ouiras
crianças
Em sua
interagindo
e com adultos.
Por
m
------_._-~--+
l
.',
:r.1
"_>4
~
~
--"êm,""a~%"';;;O/~"':·;'i!":~"ail.j\j~~~~;rc~~~~~·
-:1L,.
l)
. ""'-r'"
-~
'
"
..A. .•.•••••
..
"o
I
~"O"'OO'.""W"·I
De fato,
e:;cmplo,
totalmente integrada com a etnografia escrita e
tentam mostrar visualmcl}te a prática
balinesa
de estimular
com ela. Este padrão
pois contribui
sem clímax
complementá·la.
interrompem
contribuição
é importante,
preocupação
atingir um clímax. e de repente
o conuto
também
uma criança até quase
para o "estado equilibrado"
e
do adulto
balinês,
e tem
de
e Mead
foi a
No livro Balillese
Cbaracter
942), Bateson escreveu um capítulo no qual
projetados
os filmes
de Sali
na velocidade
fossem
em que
foram
fjJ';nados, 16 quadros por segundo, a voz de
Mead desceria uma oitava ou mais, mas ainda
cõntinuaria
balinense
compreensível,
poderia
Porém, ,omo
série Bateson e Mead são particularmente
podem diminuir sua influência: distingue entre
quadros, ou um interruptor
som
automático
nesta
de nou. Um filme que é o estudo longitudinal de
as fotografias
em
Felizmente,
um menino, Karba, desde sete meses até trinta e
contextos
criados
pelos
por
and Dance in Bati parece ter sido gravada
quatro meses de idade, acompanhando-o
exemplo,
quando
pagavam
descreve
os vários
através
de desenvolvimento
na
posadas
e aquelas
tiradas
antropólogos,
por uma dança;
tipos
de seleções
originalmente
üm problema
comparado
fotografias;
freqüência.
e de uma cultura diferente. a Latrnul, que Sateson
tecnológicos
havia estudado
destaca
entre
1929 e 1933, e que foi
revisitada por eles durante
oito meses, no meio
dJ pesquisa sobre Sali.
primeira
de Bateson
a tentar
resolver
que significa usaro
da pesquisa
etnografia
estamos
acostumados)
descrever
descrever
ança
parece
antropológicas
Na
fácil (porque
nós
usar
práticas e momentos
o desenvolvimento
através
de
fases,
esses
concebida.
mesmo
ponto
este mínimo pré·requisito
científica
para uma
não foi repetido.
palavras
para
críticos, para
de uma cri·
e para
colocar
o
Na década
numa passagem:
limitado
a uma cã·
de campo como
mera
desajeitada,
sincronizado,
curtas
num
tripé
e a tomadas
e sem
som
relativamente
E, devido às preocupações
ele. fez a maior parte de suas gravações
filrf;~s em 16 quadros por segundo.
de
Quando
em)4
para
é claro. Também
fazer
a mesma
os mesmos
liberadamente
movimento
de cenas
coisa,
mas para atingir
objetivos.
Eles usaram
de·
o cinema
para mostrar
o
visual e as inter·relações
complexas,
melhor apresentadas
simplesmente
planejaram
usaram o filme, não
que
poderiam
holísticas
ser bem
em filme do que descritas
em palavras.
a utilizaçâo
Assim sendo,
da filmagem
eles
para ser
seg~ndo.
quadros
em vez de 16 quadros
A ironia
é óbvia
expedição
cena do
por
Este rebtório
ilustrar
Nenhum
dos
etnográfico
menciona
instrumentos
de gravação,
gravados,
quanto
interpretativos.
finais
E eu certamente
querer defender
momento,
foram
não iria
uma vez que
nurií ritmo 50 por cento
mais rápido
normal. (Parece ser uma questão
que o
de crença,
entre as pessoas que fazem filmes, de que a
velócidade maior - 'velocidade
do som' é e~sencia] para um som de alta qualidade.
medida
que avançava
percepções
atingidas
da cultura
quando
isto significa que,
foi realizada
a pesquisa,
à
algumas
de Bali só foram
já era tarde demais
captá.!as em filme. Os filmes etnográficos
de Harvard e arredores,
haviam trabalhado
da área acadêmica,
família
mo\i!mentos,
a filmagem
de novo.
sendo
juntos.
ser chamado
Movi·
mento de Harvard, na verdade começou
a posição de que a gravação
possível. No meu entender
a florescer
O que poderia
material
"objetiva" de um filme é desejável, ou mesmo
se movendo
e
de
realizada por poucos homens que, num dado
dos rolos de filme
e os resultados
e recursos
de pesquisa
nos anos 50 que u íilme
começou
Universidade
ambíguo. Os relatórios etnográficos finais,
como os filmes, foram escritos para provar
L1nto dos dados
se seguiram à
Quando isto aconteceu,
grande parte das
atividades mais importantes localizava·se na
para ilustrar nossas
suas teses. Ou seja, selecionaram
pessoal
as oportunidades
CJmpo. Foi somente
"nós tra[;Ívamos as câmeras
não como dispositivos
desviando
fechando
muito sobre este aspecto
Mas, Bateson
que
balinesa de Bateson e olead, a
filme etnográfico
permaneceu
é claro,
as
etntlgr.ífico, em que houve tanu preocupação
coní a naturalidade do ritmo da vida e dos
mostra os balineses
sido
imóvel. A Segunda Guerra Mundial interferiu.
teses" (Bateson e Mead 1942·49). Isto é muito
financeiras,
culturas.
escrita,
de sua pesquisa.
técnícos.
estava
Nas duas décadas
o que a
c1are até que
pretendia
etnográfios.
Alguns são puramente
da montagem do filme, este incluía a narração
de \lead e se pretendia que fosse projeudo
e Mead fizeram isto de forma
a filmagem
de 30, Sateson
comportamento
de uma cultura específica,
dentro de um contexto
de cruzamento
de
Bateson
Não fica realmente
percepções
nos filmes de Bali.
tivessem
e desenvolvidas.
mais sério nos
não mostra claramente
etnógrafos escreveu
Existem problemas
ainda
narração afirma. Isto pode ser, em parte, o
resultado da maneira como a filmagem foi
mesmos fatos básicos. De modo geral, porém,
o
filme como parte integrante
escrita,
Mead (J 970)
de se planejar
e Mead foi a
sistematicamente
e reportagem
ponto.
Em outro
a im portância
credibilidade
A pesquisa
elementos
visual
JllJarshall, Gardner, Asch e
outros: desdobramentos em
Harvard
das
diversos
no campo
largamente compreendidas,
nas d~cadas de 40 e 50.
em 24 quadros por segundo.
filmes de Bali é o de que a ação na tela, com
e explica
Fli\herty, tiveram na realidade
a maior parte do filme Trance
gravações originais em filme e na montagem
final; menciona a questão
do retoque em
muito diferente
e Mead
para desligar o
velocidade.)
primeira infância Em Cbildbocd Rivatry in Bali
and New Guinea, o compo.rumento
balinês é
a um comportamento
um notável
os film~s etnográficos
poderiam
ser mais
avançados [loje caso as inovações de Bateson
Porém, isto
nem sempre é possível. Alguns projetores
modernos
não têm capacidade
para 16
discute expliciumente a questão da percepçãt
da cãmera em Bali e sugere elementos que
dignas
representam
pouco efeito. É frustrante especular o quanto
e o ritmo
ser apreciado.
e Meaq
avanço quanto ao conceito, mesmo que este
conceito' não tef)pa se realizado plenamente.
manifestações
visuais que podem ser bem
mostradas em filmes. Duas características
da
dos eS[;Ígios cruciais
liQ.
Bateson
importante
em decifrar as circunsL1ncias de
sua fotografia.
(J
Outra
se
Bateson
para
de
Marshall
com as expedições
aos
Bosquímanos
fora
da
de
Kalahari:No
p,-incípi9, em 1951, Laurence K.
M3fshali,
um. )i'~mem
de
negócios
aposent:i;jo, liderbu uma série de exr~dições
ao deser;o de KJlahari, no sul da Áfiica, com
o fim
&
estudar
este
povo.
Embora
as
expedições de ~larsha\1 incluíssem cientistas
de vária; áreas, o grupo central era sempre
composto
de Marsha\1
e sua família:
sua
.QJ
·--=~:!".z~~;?'r~~~'-'~'~,·,
.
.•
~.=.~.~
. ~~-.~~~;~~~;~.,
~~t~~t'~1L'~~
~.~'._
..",~",_,-..1~'~-
{'r~,
'~W
.•.
1
;1r
I
.... ·,,·,,"",,··"·"·1
1
I
I
mulher,
John.
Lorna, e seus dois filhos, Elizabeth
Pla~ejaram
de tal forma,
:vlarsh:liI
faria
os
referentes
aos bos-químanos,
fiimcs e Elizabeth,
bria
estudos
antropólogo
quanto
estudante
graduado
para dirigi-Io. Gardner acabara
exames
de escrever,
Robert Gardner,
orais
de graduação
sólido conhccimento
o
Os resultados
No principio
1950, enquanto
estudava
se a eles
dirigira uma pequena
documentirios
chamada
e:uraordinária
etnogrificos
qualidade ... por. .. donas-de-casa
como Lorna Marshall" 0972:18).
Elizabeth
peop!e
de
Marshall
(959)
1homas,
tornou-se
O livro de
Tbe Harmless
(. registro
c1issico
favorito. e os filmes de Joho Marshall tiveram
um
papel
dos
dcsenvolvimento
mais
importantes
dos filmes etnográficos.
no
Em
1954, lohn Marshall já havia gravado centenas
de milhares
de metros de filme sobre os
Bushmen.
entrara
diretor
Por esse tempo,
em contato
com J. O. Brew,
do Museu Peabody
reconheceu
a famuia Marshall
em Harvard.
o valor das filmagens
então
de Washington,
e
empresa de filmes
Orbit Films. A Orbit
dois filmes documentários
da Colúmbia
sobre 05
Britânica,
charr.Jdos
Blrmden Harbor e Dances 01 Ibe Kwakiwl.
Quando estava em Harvard, no Cent:o de
Estudos de Cinema, Gardner voltou ao filme
etnográfico.
Acompanhou
05 Marshalls ao
deserto de Kalahari em ] 955 e depois ajudou
lohn Marshall na montagem
de pane das
cenas rodadas com 05 Bushmen, que resultou
caçildores
nem
exigente: os quatro
sempre
são as mesmas
os Façadores
ainda
(Efllretanto,
estão à procura
o persistente
caça e co~eta. Significou, IJ.mbém, que a principal
dela.
premiss.
rumor de que a
conforme
Marshall é agora
o próprio
o primeiro
sustentava
que
parecer
grupos
como os Bushmen,
propriamente
a reconhecer.
ambiente
marginal,
tecnologia
de subsistência
os
não
diIJ.de uma forma que permanece
irrepreensível. Vale nOIJ.rque o ens3io dc 1958
de Marshall sobre a caçada dos Bushmen foi
antropológico
coleção de leituras sobre a Antropologia Africana
a
com
uma
inadequada.
Isto
novamente, dentro da mais recente
(Skinner 1972)
.,'."
era, ao menos parcialmente,
maneira como se realizava
campo
Por exemplo,
o resultado
a pesquisa
a expedição
repletos
The HUrllers, na verdade,
da
de
re-
presentou um avanço conceitual em relação
a Flaherty ou Bateson e Mead. Corno filme,
Marshall,
de alimentos
não
era melhor que os de Flahert.y. O registro da
com
caçada entre os Bushmen era mais sistemático
e, ao iUlIgo da narração, Marshall tentou
e âgua
certamente
deve ter
a exager3rem
seus
penetrar mais profundamente
na mente dos
mesmos.
Ele era menos forasteiro e criador
problem3s de subsistência. E haveria poucos
motivos para que os Marshalls duvidassem
idílico do que FI~herty. Uma das ouiores
virtudes de The Hlmlers era ser mocerno. Na
em 1956 e foi bnçado em 1958. Rapidamente
tornou-se
um filme etnográfico
muito
do
década
resfJeitado e bmoso. Em v:írios sentidos, o
filmí: era Flaherty puro. B3seado num longo,
No princípio dos anos 60. antropólogos como
Richard Lee trabalharam entre oç3dores
e
ma.;não
coletores,
The Hrmlers terminou
de ser filmado
prof,ssion31, estudo de um povo, ele
qU3tro indivíduos atr:m:s
crise do homem-contra-o-
de
que
Ihes
Bushmen,
era
contado
quanto
pelos
acompanJundo
tanto
pelos
antropólogos.
esses povos
3S facilidades
de uma caminhonete
Rover ou unlJ grande
quantidade
cado por uma série de motivos.
que os Bushmen
na verdade
possuiam
comida em abundância - especialmente
as
mas uma história
na $31a de montagem,
que". não
pÚíodo
foram
de duas
que foi elaborada
com pedaços
gravados
semanas,
de filmes
somenle
mas
num
durante
expedições
que aconteceram
ao longo de
virios anos. H:í algumas inconsistências que
estudando
sem
Land
de
suprimcntos,
que eles realmente
cuid3dosamente
comiam.
repletas
de proteínas.
disponíveis
igualmente
lugares, contribuiu
mas
que se encontravam
10S montões
cuidadosa,
o
Lee mostrou
nozes mOlrgongo, sem "força dramática',
Uma etnografia
realizada
de 50, os filmes anteriores
tornado
n3tÜreza, a C:\Ç1 da orne, que culminava n:l
molie de uma girafa. O filme pode ser critiConta uma
.."
publicado
coleta,
estariam se agarrando
um meio
que
fome)
da caça na vida deste povo, ele retrata a caçada
lohn
de caça·e
(de
eS[;lvam passando
podia miis ser aceita. M1s, apesar de o filme
ser ernoirafjcamente falho, em relação ao papel
Em meados da década de 50, qU3ndo o filme
foi feito, o melhor
The Hlmlers
do
bosquím}nos
de 77JeHunlers vem de sua premissa básica,
(1homas
1959:5-6),
levado os Bushmen
The Hunters
Vore 196§) marcou a aceita,;ão de uma nova
maneira de entender os povos que vivem de
gir.fa foi eliminada
por um rine não é
verdadeiro.)
Hoje, o problema mais sério
que é inexata.
alimentos.
do Man Ibe .,·!tmler (Lee e De
A public;Íção
pes~oas; o estoque de filmagens da girafa
foi editado de forma onisciente, enquanto
caminhões
Brew
de Marshall
de outro~ grupos que procuram
incomodam o espectador
que aparecia num campo dos Bushmen
Tbe Hunlers.
num filme chamado
historia,
Jfanhal(.
n=l,.
fundara
Kwakiutl
aeoiÍlpanh:l\"3
um':! grande
jobn
um
da década de
antropologia
produzira
e convidou
a t3milia para colabor:tr
com
c!:lrvard. O Centro de Estudos de Cinema foi
,-:Unlers.
de passar nos
e possuia
de antropologia.
Universidade
"registros
de
foi escolhido
de cinema, assim como
foram notáveis. George Peter Murdock referiucomo
e um
do Departamento
10Dn faria os
para dizer-Ihes
isto era inviável.
no porão do Museu Peabody,
Antropologia,
não havia nenhum
nas redondezas
tuco
a sra.
instalado
etr.ográficos
que gostava
um livro. Felizmente,
que
e
em outros
ultrapaS.lados.
e apreci3dos,
havi:lIn se
Eles eram valorizados
mas nio de modo diferente
do
que os filmes de Chaplin. Tbe HUlllerS era a
prova de que bons filmes etnogr:ificos aind3
poderian"
ser feitos.
Dead Birds
','
em 71Je 1ill1llers, Robert Gardner
começou
a
para estudar os Dani, localizados
para as versões revisadas
~
______
-----~C----------I
'.'
~ 4, .'
.,lI':.
'."'.'
fazer plahos para outra grande expedição. Em
1961, de liderou a Expedição
Harvard
PeabodY,
~
,~
Depois di: trabalhar com lohn Marshall
. >
E..J
A?
1
,~;~
.
\
~
1 ';
_.""".
..I
"
:{,:.,
--
-~.------
na entJo
Nova Guiné
província
Halandes:!
(hoje,
de Irian Jaya, na Indonési.).
os Dani tenh,m
sido estudados
a
Embora
primeiro
em
do Weyak,
o guerreiro,
guardador
de porcos,
1938, por uma expedição do ,"fuseu Americano
guerra.
reconstituídos
e não fossem
"desco-
e Pua, o pequeno
enquanto
Os principais
eventos
não
ou representados.
foram
Batalhas
as filmagens e
conforme
iam
estavam
acontecendo.
(Os persistentes
rumores de que
a Expedição
Harvard
utilizando
esses
padrio
único
de observarem,
tipos
trabalhando
pomo
rclaiórios
em primeira
Harvard
da guem
específicas
que
sobre
par:l os Dani,
ele atribuiu
em momentos
específicos,
sobrc a morte qu;!mo G:lrdner afirma (ver K.G.
em suas
Peabody
con-
saber).
foi única
em
pois diversos livros, artigos e
fibncs foram feitos, por pessoas dife'~nr~<
(inclusive· eu mesmo), e com diferentes visões
do mesmo Dani' fazendo as mesmas coisas.
Heider
Inevitavelmente,
como
descrição
definitiva
Dani. Por exemplo,
O f.i1mede Gardner, Dead Birds foi rodado
dos
e foi somente
após minha terceira viagem aos Dani, em 1968,
dUrJnte os primeiros cinco meses da expedição.
que aprendi
Gardner
guerras dos Dani. bem diferente da fase ritual
mostrada em Dead Birds (ver K.G. Heider
trabalhou
junto com Jan Brockhuijse,
um antropólogo
do governo
estudar:l os Dani;
também usou a colaboração
do resto
mesmo
verão
da expedição;
Guiné
comigo;
visita
se Dead
Birds
antropólogo.
No
filme ligado
pesquisa etnográfica de Gardner
deve muito a Bateson e Mead. Esta não foi
do processo
de
j Nova
e discutiu
o filme
e no final de 1963, depois
de eu já
em alguns aspectos,
o conceito
exp{dição
esfoiços
cinematográfica';
etnográfica
que
de três etnógrafos
estar com os Dani há dezoito meses, voltei para
Gardiier e Heider), um especialista
Cambridge para ajudá-Io na montagem final do
filme. Como Tbe Hllnlers, Dead Birds está
natufal (Peter Matlhiessen),
ainda muito inserido
É
um longo
na tradição
e inclusivo
de Flaherty.
filme, acompanhan-
Putnam);
além
ser chamados
já existia
Quando
Dead
interessada
em nJe Nuer. O filme poderia
.
Birds
e treinamento.
do
em Gado',
deu assistência
e também
onde
se
Infelizmente,
de
de filmes
preocuf;ação
sobre
em
a
e com isto
1940).
im:!gens
são a estética do cinema:
seu
.;ão
feitos
sem
c6m uma realidade
.
qualquer
j
~;
Quando
Barris é seu a,si;tente George Breidenbach
estavani na loéação, Gardner foi visitá-Ios e
filmou ~Iguma~ cenas com som sincronizado.
~.",':.
'.'_{.':"
etnogr.ífica.
de progresso.
,
;."t' •
.
seus cortes e justaposições
Há uma insimíação
cooperação entre o
'de Antropologia de
se desenvolveu,
captar
O que quero dizer com isso é que
enquadramento,
a muitas
porém,
jamais pôde
do livro de Evans,Pritchard
seus princípios
os anos
dava cursos
um dos filme;
Mas, o filme quase não tem uma integridade
etnogr.ifica.
laboratório
Durante
na f1Imagem e montagem
nunca
estava
de Harvard,
um importante
etnógrafo
É
palavras (embora seja instrutivo comparar o
filme com o primeiro capítulo, "Interessado
de Cinema para o noVO
promessa de verdadeira
Centro e o Departamento
,
nenhum
na
Gardner fez a mudança
filmes etnogr.ificos.
Harvard
de filmes que
de etnográficos;
de Artes Visuais
etnográficos,
l
Hilary Harris é uma
em filmar dança moderna e balé. Isto aparece
a Dead Birds foram feitos
pessoas
----4 __ .
na
antropolÕgica.
já feitos, mostrando
coordenava
__________
das
da vida Nuer, como
(Broekuijse,
psicóloga
literatura
uma
mais bem conhecidas
o ritmo e o andamento
de produção
um botânico (Chris
"padrão'
mais bonitoS visualmente
afinal conseguiu
em história
de Evans-
os :-<uer se tornaram
só havia um mero punhado
que se seguiram,
de uma
Pritchard,
chamar" A Dança do Gado'.
Centro
Vers~~egh), um fotógrafo profissional
(Eliot
Elisolon)
e outros (Michael Rockefeller
e
Samuel
Através dos escritoS etnográficos
para a
dos
altoS e magros Nuer e seu gado.
claramente
Centro de Estudos
foi uma
de Nuer
equipamento portátil com som sincronizado
confiável e disponível. Antes de Dead Birds
sendo finalizado,
j
uma',: "expedição
incríveis
culturas
da décalb,
da
Tbe Nuer é um filme de imagens
do-
fantasia;
na metade
locação
The Nuer
cineasta profissional especialmente
dúzias deles.
de
uma
os Aiar e Hamar
expedição estava sendo comprado, o som
sincronizado na Nova Guiné ainda era uma
década seguinte
é tipo
Flaheny
de Dead Birds, ele retornou
uma
1970, 1972) .. \las,
ele
de 1962, na metade
para
que
ele filmou
na Etiõpia, e perst·adic' Hilary Harris a fazer
um filme sobre elrs.
ser' utilizado
o equipamento
Após contínuas
encontrar
na Etiõpia, ele soube de um grupo
um
fartamente
60,
EtiÓpia. (, primei;o destes filmes, Rivers o/
Sand, foi lançado em 1974. Enquanto estava
Este filme foi, de várias maneiras,
poderiam
outra fase das
e, obviamente,
era um experiente
montagem
holandês
os detalhes sobre
Dead
registro de oitenta e três minutos
Em 1960, quando
ele foi feito no princípio
de um longo estudo etnográfico
a
Foi feito sem som sincronizado.
é incompleto
das guerras
adequada,
dramático
pode
para
de
novo projeto para filme
sobre nômades.
frustrações,
um divisor de águas dos filmes etnográficos.
etnográfica.
o filme
etnográficf)
pomnto,
cumentado.
1970: 138-140). Nossas discordãncias,
da interpretação
está
não é apenas
No final da década
Gardner or~anizouUm
do filme com a
(K. G. Heider 1972).
Birds
a grande
oportunidade
de
os conceitos e a prática dos filmes
etnográficos.
do filme, junto com uma análise
como um filme de estudo
porém, estão num nível de variação aceitável,
dentro
Também
ou apostila. Este guia descreve
dos Dani. mas também
podem
sc
os Dani.
'tomada-por-tomada'
referência da narração
ou os
como
perdeu-se
desenvolver
nos acompanha-
ctnografia dos Dani face a face com o filme e
inclui as declarações
de Gardner sobre a
a pessoas
conjuntamente.
cxcmplo,
etnográfico,
o
ser questionados.
Por exemplo, duvido que
os Dani sejam tão explicitamente
filosóficos
(por
I
desaconse-
de Gardner
sobre
realização
teriam
Bali, não poderíamos
se.Js r·:sultados,
A interpretação
dpenas
atrelado, dentro dos relatórios etnográficos
escritos, a um longo guia de acompanhamento
ou'"
os resultados
de conscnso
:\ Expedição
instigava
é claro, e não tentamos
Ihá,la.)
significado
juntos,
sobre
a guerra,
pensamentos
um
Peabody
Rosch)
peabody
a guerra são falsos. Nós observamos
sozinho e relatando
e Mcad divcrgissem
clusões
O modelo
fomentava
tinha sido o de um só
publiodos
B:ltcson
para
de vista; ou, se dois etnógrafos
trabalhassem
conclusões
e
e lanças.
de atividades.
da etnografia
etnógrafo
de pedra
flechas
uma das raras oportunidades
os antropólogos
mão,
machados
com arcos,
,.
:;(i,
mentos de 1968 e 1970. Dead Birds foi apenas um dos relatórios da Expedição Harvard
I
e
funerais aconteciam durante
foram mostrados
no filme
Representou
tE.-
i
pela
nhecidos' ou "intocados', quando da chegada
d:l Expedição de H:lrvard, muitos deles :linda
guerreando
(Eleonor
\
a sociedade
passa por uma série de crises causadas
de História
Natural,
I
-ma;-_~DlIIII~~CmI~-rlllm-:llilil'I='··
;' -:bIll=l"""'''~-':-''~
__
, ~. i".
~
l'
'L~~'~~~~;~:-m:~;::.':·-----~.,';'~~~t~~~"~~
...,
••
"·--:-;:;;~.'6_.•"j2:':::-_i-_,(_;'_· •..•
_,_._,~."",
,-~'
'.'-"
.~-,""
_.
UMA HIS1ÓW.
DO f1lMl
~~~IO('R"'C)
el,·i0.'~n~"~:71ent~ respondendo
c:'J..:r".:'.:~ncio
imp0é.aflte
C :rd,'cr
línguJ
'::01
descrever
o papel
pergunt~s,
Hamar.
Isto
ci que
particularmente
vemos
íin1!iz:ldo1
um velho
a
Nucr
para de, especialmeme
f,}rJ criticado
era
seu gado.
de Dead
pela narração
humores,
tão
construir
[ani
Apesar
estão
pensando.
pensamento.;
chegaram
pareçam
aos
J",ericano
para mim, os
é óbvio que
ouvidos
do
público
norte-
como uma ficçio poética. Agora, com
o som sincronizado,
':uer
Embora,
razoáveis,
fahrem
Gardner
por si (sempre
p:iêéia aceitará a veracidJde
Cic:ese segue).
supondo
os
que a
da tradução inglesa
71Je Nuer
pouco sólido, ele realmente
é :it'l no ensino
da antropologia.
um sentimento
e.;;e povo,
deixar
Porém, mesmo sendo
,;r::cgraficameme
eSlu1anres
pôde
seu
allJdando-os
Pode dar aos
holístico
geral por
gado e seu meio
a construir
uma
ambiente,
espécie
de
atitudes
ser
um
tema
uma questão
É
e normas
culturais.
de
e não
comportamental
casas, trabalhar
disto,
na sociedade
Gardner
aceita
o desafio,
entrecruzando
linhas, para a freme e para trás ••
sobre o tema, construindo nossa percepção do
tema
através
narração,
de imagens
visuais
e de sua
assim como das palavras
da mulher
Hamar. É um filme sem trama central e, pomnto,
quase sempre torna-se repelitivo. Às vezes, dá
saltos simbólicos, como quando cona as imagells
do colar de ferro. no pescoço
de uma menina,
para a marca a ferro no pescoço de uma I'aca. E
isto retém a ambigúidade
acontece
quando
chicotadas,
da realid:lde,
nos contam
mas vemos
como
sobre a dor d:lS
uma
menina
sorrir
escritas de EV:ins-Pritchard
enquanto é submetida ao chicote. Não é um filme
fácil de ver ou entender. Mas Gardner tentou
sobre a organização
social c o ritual dos Nuer
aproximar o filme etnográfico
cognitiva,
dentro
da qual
podem
interesses
o
primeiro
filme de Robert Gardner
Hamar. Neste
é sobre
na
de
filme, Gardner, com a técnica de
uma
mulher
Hamar,
Inadamente
diante
da câmara
longamente
sobre
sua vida.
introspectiva
sobre
sua própria
sentada
re-
e que
fala
Ela é muito
cultura
e se
torm, portanto,
uma intérprete ideal para nós.
Entre as cenas da mulher fabndo, Gardner usa
seqúências
da vida dos Hamar, que
menos ilustram
mais ou
O que ela conta.
0/ Sdlld é a pretensão
Isto
estão interessados
é, mais
em descrever as
do que em tentar
os procedimentos
na guerra ou na
construção de casas.
Mm~all
School.
Law and Order, e juvenile
Court).
narraçio
foi sozinho para pittsDurgh, onde fez
Entretanto,
filmada
HIlI!l~rS,
de
colaborJrem
Marshall e Gardner
diferdntes caminhos.
O próprio
em
lumultuoSÔs em bqm som sincrônico, mas sem
era nuito
importante
para ficar ociosa. Na mel:'. le da década de
60, foi retomado
o traba,;lO em cima do
extenso
material
relativo
aos Bushmen
Bushmen,
filmado por Marsl\JII. Ele mesmo se envolveu
discussio
pouco. uma vez que neste ~.eríodo ele havia
começado
a filmar
aspectos
da
a
americana. Outras pessoas que particir
n
grupOS de Bushmen, que surgiu quando umJ
mulhcr, quc fora 1h1ndonaeb por scu marido
do novo trabalho
sobre os Bushmen
fe
Outro
e Timothy
estudado
fotografia
,\sch.
Minor White e também
e deveres.
e
um grande
estúdio
em Somerville,
de
dos anos 60 e principio
hal'iam
seguido
Marshall já nio
tinha, como interesse principal os Busnmen.
Ele f;ímou Tilicul foUies (I968), uma visão
A segunda parte do -filme reconstitui
de filmes
Massachusetts
riormente
dos 70. ~ele, o grupo
Porém,
preliminar
sendo cada um deles um
Ele tenta
impcttante
de
filmes
sobre
Instituições
mesmo
e as legendas,
com
a explicação
é quase
impossível
a discussão. e.
vez em que se
deles foi N/um Tcbai (1966). sobre a cerimônia
assiste ao filme. A cerimônia
do transe em SI
do transe dos Bushmen.
11m
sobre um só tema. O primeiro
A filmagem, é claro,
cerimônia seja geralmente
Bushmen
a
realizada à noite, os
apresentaram-na
ao amanhecer,
quando era possível filmá-Ia. Acrescentaram sons
de tumulto e narração ao filme.
Os realizadores
da montagem
deram
Tchai
abordagem.
wmplexo,
compreensível
sem
recorrer
um
a uma
evento
narraçio
fica
compreensível
Mas,
com
AI/ Argllme1l1
esta
"~o
,
abolJl a
facilmer.ie
com;) os Bushmen
discutem,
;,.
~
"
, ""{"
Marriage é um dos lemas mais difíceis para se
fazer u.:n filme. Um filme pode mostrar
,'/..
mas
nio tãofacilmei,te
explicar a discussão em si.
Casamei\to por si só já é um acontecimento
:1;?
r ; .'~.
abstratO
de seu tema.
em inglês
parte, para manter a
para o espectador acompanhar
com certeza. não na primeira
de se tornar
uma série
na segunda
platéia a par da discussão.
produtivo no final
uma soluçã0 inovadora ao problema constante
produziu
Algumas poucas legendas
são utilizadas
complexo,
discuss~o
(\'í>'is~man posteriormente
S~U
a querela, com o acalorado som original - na
verdade
o diálogo,
acrescentado
poste-
veen1.hte
do Asilo de Bridgewater.
um
manicÔmio judici:írio, para Frederick Wiseman.
de Riuers
";( ";l\ciliou-st.: com
as diversas
pesso:;;
iazer valer seus direito;
A primeira parte do filme apresenta
discussão.
(peno de Cambridge), chamado Documenta,,'
Educational
Resources/DER
Este centro se
tornou e,1:raordinariamente
entrc' doi;
os participantes em fotografias (stiIO, enquanto
a narração
tenta explicar
e desenrolar
a
graduação em antropologia nas Universidades
de Harvard e Boston .. \5-:n e os Marshalls
etnog,áíicus
05
abOli! a Marriage.
e inOamada
primeiro
marid.:
envolvidas tentavam
Asch havia
fizera trabalhos
complexa
c se casara nOV:1n
:l:
com Edward Weston
filme da nOva série sobre
AI/ Argll1llelll
também usou esta técnica. O filme mostra uma
Lorna Marshall, FranK Galvin, um monwJJr
de cinema
cuna-metragem
Tbe
~ j" 9,"~.
} ~~}
"'.
qualquer narração.
havia sido feita dez anos antes. E, embora
'. Depois
:ia sobre fotografias
deLXlva cotrer a filn\age!.llda cerimônia com sons
a metragem dos Bushmen
por Marshall
eXplicativa era
(still) da a~o, cnquâ:1to a scgund:1 parte do '::e
uma ;érie de filmes policiais.
sobre os Bushmen,
Os novos filmes sobre os
Bushmen
'1~r:
exp1icativa ye muitLS palavras Decidiram mostrar
a cerimôni~ duas ·.o~.·,:·':a primeira vez, uma
Basic Training,
A.\ch-Marshall montou quase vinte outros filmes
importante
Outra característica
verdadeiros
o povo
entrevista com som sincronizado, dá um passo
à frente de The Nuer e constrói todo o filme em
torno
dos
da antropologia.
atitudes e valores culturais,
descrever
Etiópia, Rivers 0/ Sal/d (I974),
Hospital,
High
montaram
antropólogos
Rivers of Sand
ameri::anas:
como
a terra ou guerrear.
colocar JS descrições
p'l!sagem
~
parece
não visual.
diretamente
Frds. :11 qual ele conta o que os personagens
da mulher
}·{trrtl
'?;W;'
ê8
I
~~o film~
I
,:'(,,{',1\1
carregado
de simbolismos;
a
sobr'c o casamento
é um exame
e proho
de suas implicações.
Para
E...I
...
:\
"
. ":;~
I
-
..
'
~~-~\'
.
.
,"
p~~~:l~·_~
...
,.....
~>i'",=C'
An
qu~ o público
realmente
compreenda
.·lrgwnelll.
necessário
ter uma apostila
será
de acompanhamento
pa,.sadc,
com detalhes
diagnmas
informações
similares.
começou
acompanhar
a
geralmente.
materiais
os filmes
apenas
inadequadas.
importante
de
Em 1974
extraordinário
O
puderam
ser eficazmente
necessário
passo
a produção
completos
pa-
de
parfilmes
etnogrificos.
fazendo
Argumenl aboUl a Marriage e mais alguns dos
novos
filmes sobre
os B~shmen
estão
deliberadamente
cinema,
com
tudo
portanto,
muito
tratamento
fílmico,
sobre
filmes
visual.
material
da cultura)
complexos.
ameno
do que
sido
sobre
ticularmente
raro:
dos
antropologia
parte
mais tempo
usar
mais complexos
o filme
e
e partentando
etnográfico
par:!
interesses
da
principais
contemporãnea.
muitos problemas,
com rara franqueza
experiência
quantidade
dos Yanomami,
equipamento
sua compreensão
retornou
com Asch par.! fazer filmes. O dois
muito bem: Asch, o cineasta com
em antropologia;
antropólogo
que conhecia
Chagnon,
o
a cultur.J. e tinha
sofisticado
sobre
tela, fazendo
sobre os Yanomami). Assim. eles puderam
utili7.1r equipamento com som sincroni7_1e10.
ser discutidos Jmpbmente
'Bee', for.Im lançados
Ax Figbl
de "ua monogr.!fla Yanomami 0968:105-117).
uma explosão
Franp,
e A Man Called
antropólogo
The Feasl utiliza a mesma abordagem
elaborada
N/um
Tchai e Ali
about a Marriage:
int{odutória,
com
descrevendo
acofitecimentos
segÜindo-se
para
uma seção
fotografias
(slil{)
e os
de uma determinada
fes[;J,
sobre
a fes[;J,
com legendas em inglês que traduzem
fala.~ da discussão em som sincronizado
visitantes
e
o passado
o filme corrido
outr'as discussões
que vinha
que acontecem
chegam
e discutem
as
e
quando os
com
anfitriões sobre presentes e contrJ-presentes.
os
das várias
cenas,
compôs
então
a segunda
francês
sincronizado,
de filmes
etnográficos
cineastas.
na
de Jean Rouch, um
tremenda~ente
ativo,
filmadas.
parte
do
final era uma seqüência
que
Rouch c Morin ao caminharem
pelos corredores
elo Musée
avaliando seu próprio filme .
de 1960, houve
francês
aos
com relação a si
foram
então
filme. A parte
a década
captada
ele 1'11omme.
pelo novo som
e pela deliberada
teve
um efeito
cineas[;Js 'franceses
intrusão dos
profundo
sobre
como Truffaut e Godard.
Rouch é ~ionsiderado o pai do cinima vérité
filmes na :\frica desde
francês, nus teve pouca influência sobre o filme
1946, e Luc de Heusch, outro antropólogo
francês.
Infelizmente
tem havido pouco
etnográfldil. A maior parte dos cineastas que
fazem filrriÚ etnógráflcos tentar.!m mara ilusão
contato
fazendo
nos
próprios e aos outrOS participantes, assim como
suas avaliações sobre a veracidade ou falsidade
Isto
neste ensaio.
sob a influência
foi mostrado
Suas reações
A realidade
Durante
ou participando
o copião
participantes.
Jcompanhava
da vida Yanomami, que Chagnon
no quarto capitulo
perguntas
sido montada,
festas entre aldeias, uma característica
im~ortante
Freqüe"-
de
tarelee1emais.e não puder.Im
o nwvi'mcnto
que usavam
e oniscientes.
debates. Quando a maior parte do filme já havia
para lançar mais de 40 frlmes.. .lJguns dos mais
TIJe
EIe~ não fingiram
invisiveis
temente, um ou outro dos cineastas aparecia na
de 78 mil pés ele filme e estão se preparando
imponantes, como
77JffFeasl.um filme de trinta e nove minutos
cãmaras
remotas,
e diferenças
em que a Guerra da Argélia dominava
suas vidas.
personalidade. No tOtal, eles filmar.!m em torno
experiência com cinema (dur.J.nte suas viagens
anteriores havia filmado um louvável material
sobre
em sekas
nossa
estado de espíritO das pessoas em Paris, num
veno
podem ser afetados por uma
de comunicação
corrigir
of a Summer O 9~ J). Usando as mais novas
câmeras pOrUteis de 16mm e equipamento de
som sincronizado, os cineastas pesquisaram o
de frusuações advindas do uso de
problemas
para
Er,n1960,J~an Rouch estava trabalhando
que Asch
O 972). A
serviu para nos advertir
depois de haver
digerido
narração
sobre
Marshall,
Asch, estão
seu material para
(1968), e então,
Argillnenl
a
apresentou
descreveu
muito
(ver Fcld 1974; Rouch 1974).
com Edg~r Morin. 'um sociólogo, em Chrollicie
de subsistência, até mitologia. Esta colaboração
bem concebidos
Unidos, escreveu
publicação
dupla
fundamental
passam
O grupo
Timothy
materiais
discussões
dos
ignorânci~
desde atividades
Estados
da
agora,
como
etnográfico
na
o estudo
etnografia.
eventos
Asch
de introdução à antropologia.
Yanomami, no sul da Venezuela. Ele voltou aos
halSa descrito e 'analisado
dos
se concentraram
da
visuais,
casamentos.
parte
,vias. embora
tenha
um
uma discussão
A maior
dos etnó/ogos
pensando
para
imensa gama de tópicos estudados nos cursos
Nc ver:lO de 1968, fllrlt1fJm JIgumJ5 cenas par.l
mais visual e,
(ou dos aspectos
primórdios
maioria
tratar
mais
etnográficos
cultura
algo
isso é muito
um casamento.
tecnologia
menos
sociais
do
para lidJr
uma foca, CJÇJr uma gir.!fJ ou construir
uma casa,
nos
as limitações
de habilidade
comportamentos
.\rpoar
~
alargando
em termos
em
como, mesmo os projetos de fUmes etnográflcos
formação
An
rá contribuir
Asch e Chagnon
passo
transformadas
de 70. O próximo
um estudo
Dois anos depois,
flZeQm nova parceria, desta vez num projeto
muilo mais ambicioso, elaborado com o intuito
de fazer curtas-metragens, ilusmdos com o
mat~rial sobre os Yanomami. cobrindo uma
Chagnon havia passado dezenove
combinaram
Como Rivers 01 Sand de Gardner,
as
de 50
uma colaboração
com Napoleon ••
que serve de modelo para o filme
meses
um
de
de que
na década
foi dado em 1968, quando
começou
Chagnon
páginas
realização
fato
filmes na década
tornando-os
na
no
para
outros
uma ou duas
promoveu
está
o DER
etnográfico.
manuais
rotineira
Marshall
"O.':'.:C"''''''~'~~-
da
da fotografia
que ele realizou
impressos
como um
deu
impressionante
e profundidade
filmagens
e eram,
ra acompanhamento,
te
John
e ocasional,
DER
quando
adequados
o
e outras
distribuir
apostilas
N/um
Tchai e seus
filmes. Anteriormente,
só acompanhavam
evenw
sobre
de parentesco,
A evidência
perspicácia
'"'
"'",,
".'
,,,.
I
~
..
,
e menos
troca
de idéias
entre
a.
do presente
etnográflco, sem um antropólogo.
França e a América do Norte. A deficiência
As possibílidades
neste artigo apenas
importanlb.
situação.
reflete esta deplorável
Mas, os pouco
filmes etnográficos
da abordagem de Rouch são
Não. é apenas
uma questão
de
mostrar o :antropõlogo em uma ou duas cenas.
franceses que alcançaram os Estados Unidos
são um testemunho
vívido da força do
mas cons&uir o filme em torno do inevitável
fato de qu~ um antropólogo e um cineasta estão
movimento
naquelelCcaleestãointeragindocomaspessoas
francês,
e a publicação
dos
escritos de Rouch nos Estados Unidos deve-
e portant0 influenciando
seu comportamento
.
.:!2J
._------.----.J
I
I
-:":~~~;'::"~"':'.;~"~
____
...,-_-~-
,~_••_,.-:.õ
"'-Lj",~·",,~;d·,"'r~~~:·",,'?~\·;~~~:
IJ."V.. H\ST6w.
t,
Da mesm:! forma. a técnica de Rouch
d·:
,,",om;u 1S pesoo:;s tendo reações
à suas
~r0pri:lS inlJge:ls oinda nio foi e~tudada de
01')Jo sislem:itico. 'io conjunto, ao mostrar
\:i~:l:pOrt,ir:1ento,
(iepois
mostr:lr como
dis<.:u(ir
CíJrOl!ide
sobre
0/ o 51immer
t>ch:lme"to,
que
blta
seu
atinge
foi filmado,
mais obviamente
um not:ível
na
etnográficos.
e tiveram pauel in!1uéncia. mas eles pesquisam
abordagens
focaliza
dos
que vieram do iVbli para Accra,
visão desconeertante:
aparentcmentc
espumando
homens
e bebendo
a observar
Os
são uma
em tr:i~se,
sangue de cachorro.
uma compreens:ío
e depois o conduz
mais profunda.
está no extremo oposto
:r:!balhadores
nas ruas de Accra Em seguida,
Les MOllres
atraves do ritual de possessão e,
diferentes
de
dos
todos os homens,
da me,~o f-:,'ma.
diz que estes homens
nós.
e nós
s:ío
com cortes em flashhoek par:! fazer com que
:lOS lembremos
visualmente
dos mesmos
favoritos
homens
que
diferentes
(como, por exemplo, o homem que
Mas. em Cbronicle of o Summer eLes
Mailres FOliS (assim como em outros filmes
papéis
tão
fez o papel de general na cerimônia 11mbém
atua como soldado r:lSOdo exército em Accr:!l.
que
.\ namçio
situ;,çio.
é muito pesada, mas complemenl:l
direl:lmente
isso.
de Jean Rouch para os que fazem
ele fez muito mais
L'sou o filme
pua
analisar
com infor-mações
vagamente
relevantes,
comportamento
antecedentes
mas
tumultll:ldo
dá uma imcrpretaçio
oficiais d:l colônia
conclusio
de eventos
de
An-
tropologia da Universidade da Califórnia, em
Berkeley. fez uma série de filmes sobre
índios da Califórnia (Barrett. 1961). Foi
a estes
índios que reconstituíssem
pcculiaridades
bolotas
tão antigas
quanto
lixiviar
ou fazcr um arco com a parte de
trás em fibras.
Como
sempre
acontece,
algumas das filmagens mais importantes
foram realizadas por fora deste projeto uma cerimônia
lançados
de cura. durante duas noites,
a
noite j:í foram
(SlIekirlg Doelor e sua versão mais
Pomo Shomon).
financeiros
terminaram
fazer a montagem
ou
explica
da cerimõnia
o
e
brit'\I1ica.
S(irie sobre o índio
aniericano: Universidade
da Califórnia
da ccrimônia,
Finalmente.
mas os recursos
antes que pudessem
da primeir.1 noite.
sugere que o ritual tem um efeito
disto
foi o estabelecimento
Services lnc./ES1Educational
Development
Cambridge.
Harvard
A maioria das filmagens etnogr:ifiCls
incll1\ alguma influência
dos cineas~s
da Education
que mais tarde se tornOU
trazendo
Center
e do MIT. e sendo
National Science Foundation
as ciências
sociais
representadas
-
em
recursoS intelectuais
financiada
Decidiu-se
poderiam
noS graus
,er
de
:>i,
pela
que
melhor
primários
pela
antropologia. utilizando o exolismo de outras
culturas para transmitir conceitos básicos.
Planejaram
um grande número
curriculares,
todas
cuidadosamente
década
de unidades
utilil:lndo
preparados.
filmes
No princípio
de 60, o ESI fez contratos
numerosoS
projetos
da
para
de f;lme< no lDque.
México, Nova Guiné, Quênia e Canadá.
t\ única unidade
com sucesso
enfatizando
ambiente
que se completoU
foi sobre os esquimós
sua adaptação
mais extremo.
Netsilik foi produzida
dois antropólogos,
Netsilik,
ecológica ao meio
A série sobre
por Quentin
os
Brown e
Asen Balikci e Guy ~\arie
de Rousse1let, que trabalharam junto às equipes
o Projeto Esquimó
Netsilik
de filmagem no campo. Utiliz.1r<lmum presente
(
etnogrifico de 1919. Os Netsilik que traballuram
..'\
i.
as roupas e casas. assim
como as itividade de subsist~ncia de quarenl:l
O mais
ambicioso
projeto
já ar-
quitet:ldo
de reconstituiçio
de um filme
focalizava os Esquimós Netsilik de Petty Bay,
110 C:lnadi.
J
os ci~ntistas sociais começaram
no projew recrianm
como a recol1stituiç-lo das atitudcs e rituais dos
l2Q..
os
Na década de 20. tanto Flaherty
do Departamento
num programa de execucio
a se preoc~par com suas :íreas, que esta\'am
scndo negligenci;das.
Uma conseqüência
quanto os filmes de ficç:ío etnográfica
o
fizeram. Nos anos 50, Samuel A. Barrett, um
curta,
é "Conte uma História'".
Isto é ctnografia .
recriações
anos depoif.
as imagens. Ou seja, não apenas
preenche
l1mbém
Um dos conselhos
corno Tbe Lion Hunters).
já fizeram
em massa.
porém,
Dois filmes sobre a segunda
compreender
filmes etnográficos
cineastas
ocasiões.
,~
'\~h
imedia~. planejado para melhorJr o ensino
da ciênci:l em todqs os níveis. Mas, poucos
realizada por um Chamã Pomo. Essie Parrish.
precisamos
10 final. leva-os de volta a seu trabalho em Accra.
desempenham
o porquê.
Em certas
pedido
a
O filmc
da banalidade
Imueloglles, que mostram
mesmo os mais exóticos.
FOliS
esta imagem ou
Ele força o espectador
a realidade
em quantidade
nem panos vermelhos
nem
de aço. como bens de troca. e
antropólogo
fora de c011lrok. com a Doca
entào J capil:ll da colônia britânica da Costa do
Ouro
O filme abre com tomadas
dos
lcompanha-os
Mais ••
espectadores.
do ritual de Haoub
torná-Ia mais atraente.
cm
Haouka um ritual de possessão, realizado pelos
tr:lbalhadores
a atenção
O filme não tenta atenuar
uéilizadas em Cbronicle of o SlImmer.
Les MOllres FOllS (955)
dissipar,
participantes
n:io podilm ser encontrados nos ESl1dos Unidos,
as mesmlS
e polêmico: talvez seu poder e sua polêmica
se originem das mesmas características.
que tinham se re~rdado lias ciências ex:;~s·.
RecursoS do governo foram entio derramados
Garc!ner deliberada mente evitoU mostrar
me~bros da expediçio no filme
do que na maioria dos filmes etnográficos,
seu visual e seu som concentram. em vez de
infelizmente, :He be:ll pouco tempo, esses Rimes
de várias maneiras
aos pani
madiados
Les Mallres FOlls é um filme poderoso
integralmente
o cor~portamento, no interesse do "presente"
etnogr:ífico.
Por exemplo,
durante
;;s
filmaicns de Dead Birds, decidimoS nio dar
pOSS:lm se submeter de maneira saud:ível
servidio colonial durante a semana.
significado,
próprio Rouch fez algumas dezenas
de filmes
2Omb:lr dos ingleses nos domingos, para que
c
r..:;')I'Ja dos filmes etnogr:íficos.
o
cal:Írtico. dando aos nativos a possibilidade de
DO f!Vo\~ ~l~;OC~flC~
;;~~
•. ,e.1' ,
,'~~
Quando
os soviéticos
lançaram
seu Sputnik em 1958. os Estados Unidos
ficaram chocados ao tomar consci~ncia de
;',:t.,
.r·J~
r.•
anos at.ris; resg:ll:l:ndo de sua própria memória
e de uni relatório do antropólogo
Knud
Rasmussen,
'1""
~)~'
que I"avia visitado a área em 1923
(B:!likci i: Ilrowll, 1966). ProduziDm
nove
filmes de trinta minutos. Cad:l um deles é um:!
1:-
Ri
.
\
..
,'
,.'"
sobre
_._-------------------'-----------~'
~..~...
~"~'
..~-=
..~
I
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....•.•
~~.u-
....•.
~
-",~;;=;;:S~~:~~~'::Z:j:::;irr~:;o;l.':S;:::'::
"J:..,~-
I!,
I
filmes
!O;]g.t e 9,0;"urÓ ,'isão de um conjunro de
:l[l':ié:lr:es :.~.-:'CCi:1C.2S 1 uma estad..o específica,
1
r~is (0"00 um dique
pra
de
CHi;)
I-k
~::':l:t:.;t::;~:. m:lS
1.1.
meSCto lcg~c,ci:b. eles foram elaborados
ou
homens
como
c.: um pacore pe(bgógicoie
pô,-': integrante
aborigines
c o sigilo
cerimônias.
ISlO significa
nas publiClçõ'es
inrencionalmecle
cerimônias.
~.nmjr."s. e cs esru6Cles
informações
acessíveis
devem fazer pergunus
e, com J ajua;}, de seus professores,
a
cheg:H
Jlgum:ls conc!usces. Lt;lizam nos filmes a técnica
de SJSl'cnse visual. de fiaherty, de manein muito
em preservar
a santidade
são :lccmpr.hadcs
de manuais para o professor,
li'"o de exercicio do 11uno e similares. Os filmes
fornecem
Quando
I
não. como pesquisadores.
Recentemente,
tem
havido um interesse
crescente
entre os
gravaç~o
narração
nenhuma
etnagrificos.
antropólogos se envolviam no trabalho, eram
usadas cama técnicas de som e assistentes,
pesca ~u u'ma caçada
C)s filmes têm excelente,
em termos
não
e proteger
de suas
de descrições
às mulheres
iniciados.
abarígines
Atualment,~,
rornar-se
e homens
muitos
filmes
de
I
di conlJ de ~ue est:l cabeleir.,
Quando
camportamenlOs.
par.! o
geralmente
caçador que deve jogar a lança dentro do buraco
níveis
DéI'ido a seu objetivo
pológico
essencial.
'obre
~etsilik
qU:ISC
excluindo
qlulquer
pedagógico,
se concentr.!m
;1
os filmes
em tecnologia
\'id:1 sO(Í;lI.
c n:lo
existe
c:qH:lf
:dus:io ,obre as pr.ilieas religiosas dos
oferecem
interpretações
SU:l5
os filmes etno~rificos
sido negligentes,
os
etnográficos
filmau
filmes
pela
primeira
vez
com uma tosca câmara,
,\lountford
na década de 40 e !an Dunlop
gravar
rituais
subsistência,
nas anos
abarigines
mas houve
em 1904.
60 continuaram
e atividades
pauco
avanço
e
natureza
culturalmente
dista siio
as filmes
de gra'nàe
im'partància
para
oito. Navajos, e dez deles estão sendo disr.ribuídos. Nenhum dos Navajos havia usado
etnogrificas.
I-iá uma grande necessidade
JOf:,:sCJçJo.
se pesquisar
p,ov~v~lmtll(~
mais nesta direçiio.
inexperiêneia
pode ser atribuído
e quanlO ã 'maneira
eM japonês
ã
de ser
O método
confesso do cinema
aas Navajos
francês. mas podemos apenas tecer supasições
mínima
sobre as implicações de tJis influências.
estimuJj.los
de Wanh e .~dair era dar
equipamento
de filmagem.
de instruções
ou direção.
a fazerem
filmes
o
para
e depois
observar se o resultado desses filmes cantinha
E, aparentemente.
ninguém fluente em
algo que parecesse
especificamente
Navaja.
Navajo havia amlisado as dadas. WOrlh e Adair
filme sabre a cerimônia japonesa do clti Apos
gastJr.!m quinze minutos mastrando o artesão
um lango e profundo estudo da cerimônia do
chi e sua filasaíia, eles planejaram um filme
cscolheflm
;1
vis;"lo
abordagens
1l;lliv:l.
rn:ls
muito diferentes.
apresenlJm
uma defesa canvincente
de prat:l caminhando
samente
ã
procura de material c
cinco. minu·tos
dele
realmente
Este lenu
da caminhada"
muito
Também. o costume geral dos Navajo
direto do alhar se reflete
na ausência generalizada
(111
77;c
um
f1{/(/),
os principias estéticos nas tomadas e seqüências .
Fizeram uma tentativa, bem estudada. para
mastrar a cerimônia do chá não apenas ar.ravés
nas mitos Nal'ajas.
de evilJr contato
~J1)OrdJgclll muito dircrcnlc
niio apenas par.! fetfali-la, mas para incorporar
moldando e dando o acabamenlO ã peça de
prau.
de c/ases, de rasto.
da descrição
estrutura
I'isual, mas umbém
do
preocuparam
filme.
Os
especialmente
na própria
Rundstrams
se
em mastrar
o
um c'studante de graduaç:ia que trabalhava cam
warih) conduziram uma experiência em 1966.
inteiro, nos filmes Navajos. Mas é claro que,
equilibrio
na qual as índios Clavajas faziam filmes sabre
para um não-Navaja,
essas características
s~riam apenas intrigantes, au nem mesma
lida cain a energia, ou o fluxo. de energia.
O filme é uma mistura
de explanação
percebidas, sem a análise de Worth e Adair
Tradicionalmente,
a etnagfafia
sempre
etnagráfica
inaces~íveis.
aClrfetou
cerimônia
sua própria CUilUr.!.
Na suao.sição (Whorf-Sapirl
de
estrutura
da língua em ceno
de que a
sentido
_;lIJi:10,
(JUI.I<;:: ?Ol
uma cimer.! de cinema antes. e não esti claro
:tlguém 3nd3ndo. No rilme Navajo Si"·er.;milh.
fillllc
,~~I(s';~~'Vl'
pt1i'J":lltPI;lPCltJIZe.-.
(N
éJ :.1
eles
em
'0
OI,cn':CI).'(l.Iljo,
de
Danald Rundsr.rom e Ranald Rundsr.ram.
a
nos
da
com a ajuda de Clinton Bergum, tiver.!m uma
a as.iistência de Richard Chalfen (nesLl époCl
dançarinos
aborígines,
a questiio
em si. O
foi Iel'antar
das duas
e antro-
nativos
existe m Austrália, onde Spencer
Roger Sandall,
~
de
mais valioso do projeto
principais influências
0ial'ajo Primeira, a
rn:liori:\
do~ rilnH:;'; tem \on:;:15 ~cqÜcnci;'s de
nativa
. Sol Worth, um prafessor
de camuní6ç:io, e john AJair, um anr.ropóloga, cam
tradição
para a etnagrafi:t. e niio a etnagrafia
aspecto
específi~a dos filmes. As implicaçõcs
proeminente
longa
as
\a clnalagia,
esta distinçiio
é
Dois recentes prajetos têm tcnl:tdn
dc i~,:~;preraçãa:
I-lustrália
A mais
a
Cerca de vinte mmes foram feilOS por
têm
ao seplfar
Filmes dos j>róp'rios
prjtiC:l5 pagãs.
língua, Worth e Adair criaram
de
esquimós. Os Cietsilikhj muito far.!m cristianizados
e, L1h'CZ, estivessem de mi vantJde au fossem
inC'Jpazcs de reconstituir
I
a
Se
então
filmes N?-vajas estariam de alguma farma 'em
Navajo" e, portanto, seriam a matéria·prima
visto filmes de I-iallnvaod e de televisão., e um
se
vai se mover
'luando a foca vier respirar, sinalizando
I
hipótese de que filmes feitos par :<avajos
seriam, em certo sentido
fundamental,
deles er.! um admirador
operado, coniSelando uma cabeleira sobre um
:JSSO e COloondo-o alr.lvcssado sobre um buraco
no gelo. Apenas vagarosamente o especwdor
anjlogo
corretos,
Clavajo- A maiar parte desses eineaSLlS havia
A visão dos nativos
·;m homem faz uma misteriosa
i
qUlnto dos resultJdas
sabre ~ituais não padem ser exibido,
maneira algunu na Austrilia.
enciec,c. Pcr exemplo, em U'inter Sea-/a Camp,
primeir:l pa,,'
co~o forma de expressão., é de cena maneira
,"'""
"''''
I
--~-
no idiama de autra cultura.
Worth e Adair estiverem
de que o filme,
i
virtual"
e análises de
por meios que passam
aq~cla língua, e na suposição
fala
N~\·ajos.
próprias
uma parada
:
ou molda a visão de mundo de quem
uma cultura,
2:'-
reflete
tradução., explic::ção
e anilise
de
Yin·Yang das apastos
e matérias-primas
Mostra o avança
do chá
quando.
....
duas
e coma se
de
quase
uma
mulheres
J
.....
~",.,."..
~
,...I
',..
.
,.,.....•.•....•.
....:...-...
I··:·~·······
!r':
~~_~"-;~·,;~~~~~i:~":~"i.<.';'
.~",~:,~;;1~q~?~,:
'\:",:.~ç~~~;,;••,••~~,.t.,_1
< __ ~_
{
';~t'IUIlo •
\:fi:'~
':
t
i
",,,." •.•,.u,""" '''''''' '"' ~
,
,
caminbm
por um jardim e entram
na casa de
chá, onde sUÁ Jnfitriâ selVe o c~á. As eventuais
distribuído
narrações
.~ntropologia em Washington,
forneeem
ensinamentos
palavr:is
ou oiuscação
explicativas,
de famosos
ZenJ
mestres do chá. Por outro bdo, 05 cineastas não
I
I
do Pief começou com Jay RubI' e Carroll
Williams in ]969, continuou como o boletim
um outro
problema
preparando
de acompanhamento
um guia
para o filme,
e depois
boletim,
foi incorporado
Media AnrbropologiSl,
Filmes documentários
geral. Quais
(Rundstrom,
1966, sessôes de filmes etnogr:íficos têm sido
primeiro
apresentadas
permitir que seus interesses
nos
nos encontros
A partir
de
] 963, o ano
Dead Birds. e durante
em que
toda aquela
Os
filmes
subgrupo
dos
anuais da AAA e, em 1969, Jay RubI' iniciou a
cultura-de-gueto
Conferência de Antropologia Visual, realiz.lndo-
etnográficos",
se anualmente.
sobre quão adequadamente
na Temple
University,
filmes
etnográficos
e no
formais de
na Universidade
Califórn;a em Los Angeles,
Temple
na
da
Universidade
campus
de
de
Chicago
da
(e na linguagem
em
Anthropology se realizou em Santa Fé, Novo
como Grierson
Mas,
México. O National Anthropological
Film
Center se estabeleceu
no Smithsonian
veemência
Institution,
de E. Richard
atribuindo
a publicação
maior
conferência
Berkeley,
acé
na Universidade
sobre
1965,
publicações
não
havia
:'0105
coisa aconteceu.
ainda
programas,
regulares sobre filmes
Estabeleceu-se
(PieI),
Sorenson;
o Programa de
American
que
crítiCas sobre
cresceu
e, em ] 973, sob a liderança
de Jay
RubI', rransformou-s:
na Society for the
Anthropology
of Visual Communication
/
Savicom,
uma organização
égide da American
(A.H);
incorporada
Anthropological
um catálogo
de filmes,
sob a
Association
Films for
tll/lbropological
Teacbil/g, que teve inicio em
]966, com listagens de menos de cem filmes e
distribuído
ell
Harvard
pelo escritório
e, em
sob
muita
anos que se seguiram
Etnogr:íficos
lentamente,
uma
da Califórnia.
e antropologia.
ou reuniões
etnográficos.
Filmes
cinema
houve
de Robert Gardner
1972, estava
em quinta
a direção
e desde
1965,
Anthropologist
sob. a editoria
tem reproduzido
filmes etnográficos,
de Gordon
primeiro
Gibson
e, em
os primeiros
atividades,
grande
com esta notável
e presumivelmente
parte, por elas, houve
az:ífama
de
motivada,
em
um aumento
e:-'lrJordinário no ritmo da produç-:io de filmes
etnogr:íficos,
abordagem
muitos
dos q uais com uma
mais etnogr:ífiC3.
"filmes
re-presenta)
de ficção:
a existência
entre
os
cinemas,
ao documentário
uma verdade
e, conseqüentemente,
um caráter
moral superior. Mais recentemente,
Nichols
(1991)
argumentou,
mudou
de rumo,
autores
em documentários
a filmes de ficção -
da narrativa de suspense
continuidade
conforme
compkmentaridade,
naturalista
alcançam,
que
que treme
de
não-horizontal,
depois
uma câmara
de uma explosão.
uma
aparente
interrupção
vinda de fOrJ da
narrativa do filme. A lista de formas através
das quais
cumentirio
se imitou o realismo
do dono cinema,
entre 1950 e o
I;,'
presente momento,
é muito longa e. em
termos de futuro, é potencialmente
sem fim
Em 1960, o antropólogo
e cineasta
Jean Rouch, e Edgar Morin, sociólogo
e
cineasta,
fizeram um documentário
pioneiro Cbronique d'un éré, que irei discutir
em outra oportunidade.
No final do filme,
que
mente, nas 'quàis eles apareciam
não, haviarrt sido afetados pela cãmera, e
outroS atuaVam de forma mais consciente
de
no qual os filmes de
documentários
da tenLl[Íva
dia~te dela;até
rev~bdo
(
ê debatiam
e de
em imiLlr o real, o estilo
muitos
enquadramento
ou provenientes
som de má qualidade,
de
cimera
incertos,
têm
e na montagem,
como um subproduto
um cinejornal,
movimentos
ou imagens apagadas
algJmas questões como: por que alguns deles
sendo estas as mais óbvias. Há o sentido
ficção se empenham
antigüidade,
o uso
e fechamento,
na filmagem
sugerindo
',.
arti-
os protago 'iÍsLl~ - que não eram atores -.
assistiam a el1trevistas filmadas anterior-
a discussão
e muitos
elementos
ficialmente danificado,
granulado,
com
de diferenças
dois
documentário
(Young, 1975)
do documentário,
e ROlha, argumentaram
sobre
se assemelham
. Junto
ã
que a questão
e filmes obviamente
fundamentais
enfatizado
segl1ida, de Timolhy Asch.
-
o filme apresenta
entusiastas
de
de
os primórdios da história do cinema discutese continuamente
as diferenças entre filmes
document:írios
e burocra-
de ]964,
do
de
em
disto? Em
pós-moderna,
Existem dezenas
para se criar o "clima'
não devem
chamados
possível.
executando
o mínimo
formas de filmagem
algum lugar no mundo tem sido discutida
desde o nascimento dó cine-câmera. Desde
Estado da Califórnia, em São Francisco: e, no
verão de 1972. o Summer Institute in Visual
verão
de I1linois, na Universidade
dos
com
um
se restrinjam
e sim aceitar
tornaram-se
institucionalizados
documentários
são as implicações
Universidade
No
filmes
são
lugar, os antropólogos
déoda,
os filmes etnogr:íricos tomaram parte
no rico crescimento
das ciências sociais e
cizados.
etnográficos
comuns
comuns,
interferência
e, em 1974. a
regularmente
pessoas
atividades
Savicom começou uma série de publicações
mais formais sob a editoria de Sol WOM. Desde
Rundsrrom e Bergum, 1973).
de filmar
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do chá japonesa e os princípios estéticos de "do',
o üminho, além de Cuntarcomo o filme foi feito
apareceu
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George Community
Filadélfia. Tem havido programas
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Iimmlr.t~
editado por CA. Jones, foi publicado pelo Prince
College;
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ao
que descreve em detalhe a história da cerimônia
Jnstitucionalização
I
A inovação no filme
etnográfico (1955-1985)
de
Anrbropology Newslerrer,da AAA. Desde] 972, ••
este
EUA
Ii
Americana
D.C O Boletim
resolver
li
f
pela Associação
da Savicom
,
filmes, sendo
tentaram indiar, com a narração, os motivos
estruturais mais profundos e sutis. Eles tentaram
etnográflco
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edição, com quase quinhentos
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e extraído
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pelos cineasLls'; em que sentido o filme seria
umi "verdade-cinematográfica"
(i,e. a
ver~ade-via-cinema)
como Rouch e Morin
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que ponto o que tinha sido
alihavia sido incentivado
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