do Boletim Eletrônico
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do Boletim Eletrônico
r Avaliação externa constata que o Programa Amigos do Zippy em Casa impacta de forma positiva família e escola O Programa Amigos do Zippy em Casa foi criado com o objetivo de reforçar e potencializar o desenvolvimento das crianças participantes do Programa Amigos do Zippy, por meio de atividades executadas em casa entre elas e seus pais ou responsáveis, os quais têm a oportunidade de aprender conceitos básicos de Educação Emocional e desenvolver um novo olhar para a educação de seus filhos. O Programa visa também estreitar o relacionamento das famílias com a escola e motivar a troca de ideias e de experiências entre os pais. Desde 2007, ano em que foi desenvolvido o projeto piloto, participaram do Programa 7.880 famílias, 453 monitores de Familiares realizam atividades durante encontro do AZC 197 colégios, pertencentes a 28 cidades brasileiras. Os resultados alcançados sempre apontaram que o Programa Amigos do Zippy em Casa beneficia as relações entre os envolvidos. Para organizar os resultados, a Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC) contou com a avaliação profissional, elaborada e conduzida pelas especialistas, Dra. Thereza Penna Firme e Dra. Maria Clara Sodré S. Gama. O objetivo da avaliação foi medir o impacto do AZC nos familiares, na relação escola-família e nos monitores, bem como o mérito do Programa no que tange à sua qualidade intrínseca. Participaram da avaliação, oito instituições educacionais localizadas nas cidades de Taubaté e Vicentinópolis, no estado de São Paulo, e na cidade de Brusque, em Santa Catarina. Pais e responsáveis e monitores (escola e ASEC) responderam a questões avaliativas, enquanto gestores responderam a entrevistas. A partir do encontro com alguns participantes do AZC, as profissionais estruturaram questões da avaliação, além de identificarem indicadores pertinentes a cada uma delas. “A ênfase da avaliação do século XXI está na participação e integração do avaliador com o avaliado. Para o avaliador, quanto mais perto se está do objeto, melhor”, explica Dra. Thereza Penna Firme. Os participantes responderam a questões antes e depois do desenvolvimento do AZC, sobre transformações as promovidas pelo Programa. Em todas as 98 questões as respostas, constatou-se mudanças positivas no comportamento dos participantes. Importância dada ao que sua criança fala Nada bem Mais ou menos Antes Depois Bem Exemplo: Na questão “Até que ponto participar do Programa (AZC) facilita transformações no participante responsável?” - indicador Saber Ouvir - por exemplo, a avaliação mostrou que houve uma melhora de 78% para 98% na importância dada pelos pais e responsáveis ao que a criança fala. Muito bem 0% 25% 50% 75% 100% Atenção dada à criança quando ela fala E uma evolução de 73% para 100% na atenção dada por eles à criança quando ela fala. Nada bem Mais ou menos Antes Depois Bem Muito bem 0% 25% 50% 75% 100% Sobre os resultados Adriana Titton, responsável pelo programa na ASEC, explica que o AZC contribui para que os pais compreendam melhor a vida emocional da criança, que sentimentos são naturais e que há coisas muito simples de fazer como ouvir, perguntar sobre o sentimento e se colocar disponível para ajudar, se preciso. A qualidade do Programa foi ressaltada pelos pais ou responsáveis, bem como pelos monitores da escola no que se referiu sobretudo à qualidade dos encontros, ao material, à troca de experiências, à postura do monitor, às condições ambientais dos encontros e à metodologia do Programa. Segundo as avaliadoras, os resultados mostram que o programa é extremamente positivo e que sua intensidade e qualidade surpreendem quando se leva em consideração o curto período de tempo que é necessário para desenvolvê-lo. “O programa tem força de transformação. Parece que há uma comunhão, um mesmo foco e uma mesma missão entre os envolvidos”, explica Dra. Thereza. O depoimento de um gestor escolar que participou da avaliação ilustra essa afirmação: “Para uma verdadeira educação, escola e família devem caminhar juntas, no mesmo sentido, com a mesma forma de perceber o todo”. As especialistas ainda recomendam que o Programa seja ampliado para que atinja cada vez mais escolas e que continue a ser desenvolvido nas já participantes. Para Dra. Maria Clara, com o programa Amigos do Zippy, as crianças passam a falar sobre si e seus sentimentos e os professores as ouvem, mas é importante que haja “eco na família”, que os pais tenham tempo para os filhos, e o AZC proporciona esse momento, através de atividades e brincadeiras. Profissionais e crianças de instituições se beneficiam com o Programa Profissionais como assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e mães sociais de 11 instituições de acolhimento da cidade de Curitiba- PR e região metropolitana participaram de capacitação para o programa Amigos do Zippy em Casa. A iniciativa contou com o apoio do HSBC, que mantém parceria com a ASEC e também atende às 11 instituições, visando contribuir com o desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes enquanto estiverem acolhidas. “O HSBC tem como premissa para seu investimento social contribuir para o desenvolvimento Entrega de certificados do AZC aos participantes das instituições das comunidades onde estamos presentes. Buscamos projetos inovadores com grande impacto social e a ASEC tem sido um grande parceiro para a realização deste objetivo”, explica Linko Ishibashi, Superintendente Executiva de Sustentabilidade do banco. Cada instituição se organizou e desenvolveu o programa de acordo com seu contexto e demanda. Mariana Castiliani, psicóloga da Fundação Iniciativa, conta que “Buscamos projetos inovadores com a equipe de profissionais se dividia em três duplas – uma para cada casa lar – e todas as segundas-feiras faziam as reuniões grande impacto social e a ASEC tem do Amigos do Zippy em Casa com as crianças, pautadas em sido um grande parceiro para a temas e acontecimentos da semana anterior. Segundo a realização deste objetivo”, explica psicóloga, o tema mais trabalhado junto aos pequenos foi a convivência no grupo. “Como as crianças compartilham a Linko Ishibashi mesma casa, o mesmo guarda-roupa, é muito comum haver conflitos na convivência. Com o programa, melhorou muito o relacionamento entre elas e o respeito ao espaço do outro”, explica Mariana, que também observou diminuição nos episódios de conflitos, como consequência à mudança no comportamento das crianças. Na Associação Padre João Roberto Ceconello, o benefício proporcionado pelo Amigos do Zippy em Casa alcançou também os adultos. A cuidadora, Aparecida de Arruda Fragallo, conta que recorre ao programa quando acontece algum conflito. “Eu sempre me lembro do que aprendi e uso para ajudá-los”, explica. Porém, notou que ter participado das capacitações também fez bem a ela. Refletiu sobre o fato que ter sentimentos é natural, que pode lidar de forma positiva com os sentimentos desagradáveis, e agir somente depois. Dinacir de Lima Real, assistente social e o gestor da instituição, Eliseu Zacarkim Jr, notaram que a equipe também se beneficiou com o programa. “O Amigos do Zippy em Casa é uma excelente proposta para a instituição, não só para as crianças, mas para a equipe que participou. O programa trouxe procedimentos, cuidados, postura profissional e elevação da autoestima dos participantes, a ponto de pedirem continuidade”, relata o gestor. Amigos do Zippy em Casa promove a parceria entre família e escola Cadeiras em círculo, música ao fundo, aroma especial. Essa foi a forma escolhida por Elaine Petermann, diretora da Escola de Ensino Fundamental Edith Krieger Zabel, de Brusque – SC, para atrair pais e responsáveis a participar das reuniões do Amigos do Zippy em Casa. Com esse tratamento afetuoso, as educadoras conseguiram integrar os pais da pequena comunidade ao dia a dia escolar. Elaine conta que a comunidade já tinha o hábito de se ajudar e os moradores eram solidários entre si, porém, essa solidariedade e proximidade adentrou a escola. “Depois dos encontros, eles se aproximaram mais da professora, inclusive para oferecer ajuda”, relata Elaine. Segundo ela, o programa fez com que os pais se sentissem parte Familiares participam de atividade em encontro do AZC integrante da escola a ponto de um deles se oferecer para roçar o grande jardim que há em frente à escola. “Ele nota que a grama está alta e roça, nem precisa pedir. Esse é um pai que não estava tão presente e se sentiu motivado a participar da escola, depois de frequentar os encontros do programa”, relata a diretora. A professora Cássia F. Z. Zegereks, da Escola de Ensino Fundamental Augusta Dutra de Souza, localizada na mesma cidade, praticamente tornou-se a confidente dos pais. O vínculo de confiança com a professora se deu por causa das reuniões do AZC. “Antes eles tinham medo de perguntar coisas sobre os filhos, mas hoje são parceiros, procuram a escola e dão sugestões. Eu posso contar com eles e eles comigo e vão até a minha sala para falar, e eu ouço. Sinto que têm confiança em mim”, relata. Cristiane M. H. Franzói encontrou no Amigos do Zippy em Casa uma forma de ajudar a enteada, Maria Elisa Franzói. A menina tinha dois anos quando Cristiane a conheceu e não demorou muito tempo para criarem um forte vínculo. “A primeira palavra que ela falou foi mãe”, relembra a mãe adotiva, que logo percebeu os problemas emocionais apresentados por Maria Elisa, devido à situação familiar. Segundo Cristiane, Maria não conseguia se expressar e nem falar o que estava sentindo por medo, e percebia que as manchas na pele da menina, devido à doença vitiligo, só aumentavam. Porém, ao participar das aulas do programa Amigos do Zippy, Maria aprendeu a falar sobre o que sentia e a se soltar. Foi então, que a mãe adotiva começou a participar dos encontros do Amigos do Zippy em Casa e se encantou. “Sou apaixonada pelo Amigos do Zippy. O Guia de Atividades ajudou a pequena a entender que ela pode se sentir triste e com raiva. Agora, ela fala como está se sentindo e ficou uma tagarela”, conta. A importância de expressar o que sente foi percebida pela menina e teve o incentivo de Cristiane. “Após passar um fim de semana na casa da mãe biológica, Maria retornou chorando muito. Eu pedi para ela me contar o que tinha acontecido, mas ela só chorava. Eu insisti e disse que queria ajudá-la, e ela falou ‘se eu não falar, tu não vai saber o que estou sentindo, né, mãe?’. Então, ela conseguiu falar que sentiu ciúmes e raiva dos filhos do namorado da mãe”, relembra Cristiane.
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