O Impaacto do Crimme Organiizzado e doTráficco de Drogas na
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O Impaacto do Crimme Organiizzado e doTráficco de Drogas na
O Impa acto do Crim me Organiizado e do Tráfico de Dro ogas a Gov verna ança, no Desenv volvimen nto & na Segurança na da África Ocidenttal Encontro dee Especialiistas umário de Procedimeento os Su Sumárrio O Impa acto do Crrime Org ganizado o e do Tráfi fico o de Drrogas na Gov verna ança, no De ese envolvim mento & na Se egura ança da Áfricca Occiden ntal Dacar, Seneg gal, 18-20 de abril de 2012 Resumo o 2 Plano de e Fundo 2 Observa ações Princcipais 3 Recomendaçõ ões Prrincipais 6 I. II. III.. IV.. En ngaja amento o Po olítico Susttentado Fo ormulação de Políticas Co onheccimento Capaciitação 6 7 8 9 Informação Adicio onal 10 O Impaccto do o Crim me Orga aniizado e do Tráfico de Dro ogas na a Governa ança, no De esenvolviimento & na Seguran nça da África a Ocid denta al 11 Documen nto de e Referê ência Tabelas 17 Tabela 1: Crime Organizzado, Trááfico de Drogas e Outros Dessafioss Semelh hantes na África Ociden ntal: Um ma Décad da de Desenvolvvimentos Tabela 2: Ratificaação e Adesão de Convenções Relevantes da ON NU na Áffrica Ocid denttal Tabela 3: Sistemaa e Con ndições Polííticos na Áfricca Ocidental Tabela 4: Condiçções So ocioeconô ômicas na Áfricaa Ocidental Siglas 21 Sum mário de Prrocedim mento os Encon ntro o de e Especcialista as O Imp pactto do Criime Orga anizado o e do Tráfico de Droga as na Goverrnança, no Dese env volviimen nto o& na Se egurrançça da a África Ocidenttal Dacarr, Se eneg gal, 18-20 de e abril de 2012 2 Resu umo o 2 Na última década, grandes avanços ocorreram na África Ocidental no tocante à consolidação da paz e da democracia, e alguns países vêm testemunhando um ritmo excepcional de crescimento econômico. Apesar dos avanços, emergem algumas preocupações quanto ao impacto do tráfico de drogas e de outras formas de atividade criminosa organizada na governança política e no desenvolvimento econômico e social em toda a região. A estrutura da economia política, até mesmo nos países mais desenvolvidos da África Ocidental, continua a atrair e alimentar atividades ilícitas. Entrementes, instituições permanecem fracas e facilmente corruptíveis; pobreza e desemprego, especialmente entre os jovens, baixa; e o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, limitado. Essas vulnerabilidades se acoplaram com a localização da África Ocidental, convenientemente no meio da rota entre a produção de drogas e os mercados consumidores, facilitando a rápida expansão da atividade criminosa organizada. Ao mesmo tempo, a África Ocidental também está enfrentando as duras realidades do consumo de drogas com a entrada da heroína, do crack e das metanfetaminas nos mercados locais. Em alguns países, foram descobertos laboratórios que produziam metanfetaminas; em outras, o cultivo e o subsequente consumo e/ou transbordo de Cannabis continua a se expandir. Teme-se que aumento no consumo de drogas pesadas ou a competição pelo controle dos mercados de transbordo possa levar a um aumento dos níveis de criminalidade e violência, particularmente em áreas urbanas subdesenvolvidas habitadas por jovens desempregados. Tendo em vista: a situação atual na região; a ausência de debates públicos sobre tráfico de drogas e crime organizado; o progresso limitado na implementação de instrumentos regionais voltados a questões sobre tráfico de drogas, crime organizado e abuso de drogas ; níveis crescentes de consumo de drogas pesadas; e a escassez de pesquisas relevantes a nível regional para as políticas públicas, a recomendação principal apresentada no encontro de especialistas foi a de estabelecer um mecanismo semelhante à Comissão Latino Americana sobre Drogas e Democracia. Esse mecanismo se aliaria à implementação de iniciativas já existentes e serviria como uma plataforma para apoiar pesquisas, para sensibilizar a população e para advogar sobre tráfico de drogas, crime organizado, abuso de drogas e outros temas relacionados. Uma proposta para tal mecanismo está, atualmente, sendo elaborada com base no resultado do encontro. Plano de Fund do Reconhecendo a necessidade de um melhor entendimento do impacto do tráfico de drogas e do crime organizado na governança, na segurança e no desenvolvimento de toda a região, o Centro de Cooperação Internacional da Universidade de Nova York (CIC), a Fundação Kofi Annan, o Grupo de Ação Internacional da CEDEAO Contra Lavagem de Dinheiro na África Ocidental (GIABA) e o Centro Internacional Kofi Annan de Formação em Manutenção da Paz [KAIPTC] organizaram, conjuntamente, um encontro em Dacar, no Senegal, nos dias 18-20 de abril de 2012. O encontro reuniu cerca de 40 especialistas provenientes de diferentes governos, de organizações multilaterais e da sociedade civil, e de universidades de toda a África Ocidental, América Latina e Caribe, América do Norte e Europa. Em dezembro de 2008, os Chefes de Estado e Governo da CEDEAO adotaram a Declaração Política sobre a Prevenção do Abuso de Drogas, do Tráfico Ilícito de Drogas e do Crime Organizado na África Ocidental, e o Plano de Ação Regional para Tratar do Problema Crescente de Tráfico Ilícitode Drogas, do Crime Organizado e do Abuso de Drogas na África Ocidental. 1 O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, O propósito do encontro era tríplice. Ele buscava: i. Chegar a um melhor entendimento do impacto percebido do tráfico de drogas e do crime organizado na governança, na segurança e no desenvolvimento da África Ocidental, e identificar lacunas no conhecimento a esse respeito. ii. Avaliar a eficiência e/ou insuficiências nas políticas diferencias e nas respostas operacionais atualmente buscadas por diferentes autores com relação a desafios existentes e emergentes. iii. Discutir potenciais pontos de entrada e componentes-chave de uma estratégia renovada para tratar dos problemas identificados (por exemplo, através do estabelecimento de um mecanismo a nível regional) e discutir diferentes opções para que se possa obter avanços. No decorrer de três dias, os participantes avaliaram o escopo e o alcance do tráfico de drogas e do crime organizado na África Ocidental e identificaram áreas de geração e intercâmbio de conhecimento prático. Eles utilizaram o balanço do progresso feito através de compromissos regionais, nacionais e internacionais para dar resposta à situação atual. Particularmente, as discussões focaram: • O impacto percebido do tráfico de drogas e do crime organizado na governança, no desenvolvimento e na segurança, e a variação de impacto entre os países. • As ferramentas e os mecanismos usados por diferentes partes interessadas para monitorar e avaliar o impacto e como estes, por sua vez, influenciam nas respostas. • Os desafios aos esforços atuais de desenvolver resiliência contra o tráfico de drogas e o crime organizado. • Passos concretos para apoiar a implementação da arquitetura de reação atual e superar os desafios existentes. Obse erv vaçõ ões Principa ais Apesar de ter havido progresso em diferentes frentes, os estados oeste-africanos continuam a enfrentar enormes desafios, incluindo insegurança, sistemas políticos frágeis, pobreza, crescimento econômico lento, pandemias e vulnerabilidade a mudanças climáticas. A violência recorrente e crises políticas têm sido parte desses problemas, sendo Mali e Guiné-Bissau os exemplos mais recentes. O tráfico de drogas e o crime organizado estão criando desafios políticos e socioeconômicos, e ameaçando reverter importantes melhorias no tocante a paz e desenvolvimento nos últimos anos. De fato, países em toda a África Ocidental continuam a prover um ambiente operacional fértil para redes criminosas, servindo como bases para o progressivo transbordo de drogas para outras regiões. Nos últimos anos, houve importantes apreensões de drogas a caminho da África Ocidental ou em diferentes países na região (e.g., Serra Leoa, Gâmbia, Gana, Mali, Senegal). Entretanto, a África Ocidental continua sendo usada como área de trânsito para cocaína e heroína provenientes da América Latina e da Ásia Meridional. Embora a maioria das drogas seja destinada à Europa e – em menor escala – aos Estados Unidos, relata-se que uma quantidade crescente das drogas acaba permanecendo na região. A Cannabis é produzida na região e a maior parte dela também é comercializada e consumida na região. Nos últimos anos, as autoridades descobriram locais de produção de drogas sintéticas, como metanfetaminas. Apesar da escassez de informações sistemáticas disponíveis, as taxas de consumo e abuso de drogas parecem estar crescendo. Entretanto, serviços de tratamento de toxicodependência e reabilitação são escassos, disponíveis apenas em poucos países, especialmente em Gana e na Nigéria, e são providos, predominantemente, por sistemas sobrecarregados de saúde mental. Sobre e Po oder, r,, Políítiica e Ve erbas Ilíícittas Um foco predominante do encontro foi a ligação entre as autoridades públicas e grupos de crime organizado por toda a região. Foram mencionados exemplos sobre O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking on nGovernance, &gSecurity in West Africa 3 como o governo, as autoridades tradicionais, os partidos políticos e os agentes judiciais e de cumprimento da lei envolveram-se com o crime organizado por motivos pessoais ou políticos, ou por coerção; e os numerosos desafios inerentes à reação a essas ligações. Subjacente a muitos desses desafios está a natureza da economia política e a fragilidade dos sistemas políticos por toda a África Ocidental. Os governos têm feito muito esforço para implementar (ou, em alguns casos, evitar) mecanismos destinados a proteger políticos de apadrinhamento e clientelismo políticos. A impunidade relativa à corrupção política serve apenas para exacerbar essa situação. 4 Acredita-se que as economias oeste-africanas se beneficiam de fluxos financeiros ilícitos, os quais, dada a predominância, na região, de economias baseadas em dinheiro, são facilmente alocados na economia formal. No âmbito de fornecimento pobre ou não existente de serviços básicos, julga-se que atividades criminosas organizadas sejam, frequentemente, fontes legítimas de financiamento dos serviços, provendo, por vezes, renda e emprego ou investimento nas comunidades locais. Os efeitos corrosivos a longo prazo, entretanto, contrabalanceiam essas ganhos de curto prazo. Particularmente, o dinheiro proveniente das drogas pode criar bolsões falsos de legitimidade política; isso pode prejudicar o desempenho de setores econômicos legítimos, distorcer o desempenho econômico e, em última instância, aumentar o custo de empréstimos para os setores público e privado nos mercados internacionais. Outra preocupação é o grau em que o comércio legalizado facilita inadvertidamente a atividade criminosa organizada, incluindo lavagem de dinheiro, em economias predominantemente baseadas em dinheiro. Sobre e Criime e e Pu unição O tráfico de drogas na África Ocidental envolve tanto redes criminosas locais como estrangeiras, as quais formam alianças para executar suas atividades. Essas redes são altamente sofisticadas e têm acesso a vastos recursos, conforme fica evidente por sua habilidade de alterar suas operações em resposta a esforços eficazes de cumprimento da lei. As redes oeste-africanas de crime organizado operam em células distribuídas por todo o mundo para facilitar o fornecimento de mercadorias, com comunidades de Diáspora exercendo papéis importantes (e.g., a diáspora nigeriana no Brasil). Da mesma forma que grupos criminosos em qualquer outro lugar, eles se infiltram ou ameaçam as elites políticas e servidores públicos desanimados para proteger e expandir seu negócio. Para realizar a lavagem dos proventos, eles usam, frequentemente, empresas de fachada, por exemplo, nos setores de construção e mineração, ou através de serviços de locação de automóveis. A impunidade relacionada ao crime organizado continua sendo um enorme problema na África Ocidental. Apesar de a interferência política em casos com grande cobertura da mídia e corruptibilidade geral das instituições permanecerem significativas, da mesma forma que em qualquer outro lugar, os sistemas de cumprimento da lei e de justiça criminal mais ampla estão fazendo um grande esforço para se adaptarem aos novos desafios impostos pelas redes sofisticadas de crime organizado. Diferentes sistemas legais dentro da região erigem uma barreira a uma rápida colaboração interjurisdicional; fronteiras porosas apresentam tantos desafios quanto trabalhar com uma profusão de agências de segurança de fronteira. A análise de algumas poucas condenações relacionadas ao tráfico de drogas tem sido limitada (e.g., casos relacionados a cocaína na Serra Leoa, Gana e, mais recentemente, Gâmbia), o que não reduz sua importância, pois dossiês, detentos e informações confiáveis são, frequentemente, difíceis de se obter acesso. Ao mesmo tempo, um grande número de casos relacionados a drogas envolvem intermediários ou “aviões”, ou vendedores ambulantes e consumidores, em pequena escala, de canabinoides. Focar-se nessas operações de nível mais baixo colocam uma enorme pressão nos sistemas de justiça criminal, deslocando, por um lado, a atenção essencial que deve ser dada a criminosos de níveis mais altos e à corrupção política, e, por outro, aumentando o consumo de drogas. Alguns países estão progredindo na reação à lavagem de dinheiro. Em contrapartida, o progresso feito no sentido da recuperação de bens tem sido limitado. O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, Sobre e as Rea açõess A região ostenta uma arquitetura ‘top-down’ disposta em várias camadas para reagir ao tráfico de drogas e ao crime organizado, tendo cobertura de níveis regional, nacional e local. Embora o Plano de Ação de Praia Contra Drogas e Crime Organizado tenha um escopo abrangente, sua implementação e apoio têm ficado para trás e apenas um progresso limitado foi registrado. Assim, chegou-se ao consenso, durante o encontro, de que é necessário um mecanismo para acompanhar a implementação das reações internacionais e regionais. Tais esforços precisam ser acompanhados por uma pesquisa muito mais rigorosa e transdisciplinar. Mais especificamente e em sintonia com o princípio de responsabilidade compartilhada, é necessário um progresso significante para monitorar os desafios à implementação a arquitetura regional existente e para garantir que haja o nível necessário de engajamento político para lidar com esses desafios dentro e além da África Ocidental. Alguns estados deram passos em direção a abordar o problema do tráfico de drogas. Exemplos incluem revisões de códigos penais, e o estabelecimento de comissões antidrogas e de estruturas antilavagem de dinheiro (veja a tabela 1). Entretanto, em muitos casos, a implementação de tais esforços vem tardando devido à falta de engajamento político, aos recursos humanos, materiais e financeiros insuficientes, e ao limitado intercâmbio ou fluxo de informações. O papel da ONU e da assistência ao desenvolvimento tradicional também foi debatido, com forte ênfase na necessidade de iniciativas atuais e futuras refletirem a natureza multifacetada do tráfico de drogas e do crime organizado. Isso incluiria a conjugação de esforços destinados ao fortalecimento da capacidade de cumprimento da lei, da segurança e dos serviços de inteligência a esforços destinados à responder aos desafios políticos, sociais e econômicos subjacentes, inclusive pela assistência ao desenvolvimento. Isso também requereria um engajamento político mais direcionado e o uso de poder de influência para apoiar os esforços em andamento na região. Mecanismos existentes que favorecem a colaboração entre organizações regionais como a CEDEAO (e suas instituições especializadas, como o GIABA) e representantes de organizações da sociedade civil e das universidades foram destacados como positivos, embora muita ênfase tenha sido colocada na necessidade de uma colaboração institucional mais próxima para aprimorar a compilação de informações e aumentar o conhecimento do escopo dessas questões. As estratégias devem atentar a agentes de mudança em todos os níveis e buscar caminhos para estabelecer contato com eles. Também foram discutidos, mais profundamente, evidências e exemplos operacionais de dentro da região e além dela (particularmente, a América Latina) para se determinarem os benefícios e os pontos fracos de diferentes abordagens para enfrentar o tráfico e o consumo de drogas. Apesar de os participantes da África Ocidental terem apontado para o fato que os países da região não sofrem com o mesmo nível de violência ligada às drogas como em países como México, Brasil, Jamaica e Colômbia, os participantes da América Latina advertiram que a violência tende a emergir quando a competição pelos espólios do tráfico aumenta. Os participantes puseram uma forte ênfase nas lacunas na capacitação de organizações regionais, tais como a CEDEAO e suas instituições especializadas tais como o GIABA, de serviços do governo, de sócios doadores e da sociedade civil no que diz respeito ao entendimento da dinâmica do tráfico de drogas e do crime organizado. As universidades foram singularmente destacadas como sendo amplamente omissas quanto ao crime organizado, especialmente no tocante ao tráfico e ao consumo de drogas, e quanto à relação dessas questões à governança, ao desenvolvimento e à segurança. Essa omissão se deve, em parte, à falta de investimentos no ensino superior em geral na África Ocidental, e à evidente falta de espaço político para universidades e usinas de ideias se estabelecerem e desafiarem interesses pessoas nas políticas em vigor. O Impacto doTraffi Crim mcking e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug onnGovernance, &gSecurity in West Africa 5 Reco ome end daçõ ões Prin ncipais Os participantes apresentaram uma série de recomendações para uma ação futura, agrupadas em torno de quatro áreas principais que devem ser implementadas em conjunção uma com as outras. Houve um extenso consentimento de que, a não ser que haja progresso na primeira recomendação – engajamento político sustentado –, será difícil progredir nas outras. I. II. III. IV. Engajamento Político Sustentado Formulação de Políticas Conhecimento Capacitação I. Eng gajjam mentto Polítiico Su uste enta ado Os participantes também discutiram a viabilidade de uma iniciativa internacional, tal como o Painel de Peritos, incumbido pelo Conselho de Segurança da ONU de investigar e monitorar a tráfico ilegal de drogas na África Ocidental. Um painel como esse poderia investigar o envolvimento de elites políticas na atividade criminosa organizada. Mecanismos semelhantes foram usados no passado para abordar o tráfico ilegal de recursos naturais e violações de sanções, entre outras questões. Esforços regionais e nacionais para reagir ao tráfico de drogas e ao crime organizado devem ser apoiados por um grupo de “defensores” independente e de âmbito regional, nos moldes da Comissão Latino Americana sobre Drogas e Democracia, ou da Comissão Mundial sobre Políticas de Drogas. Esse grupo acompanharia os esforços de órgãos regionais e internacionais que já estejam em andamento. Ele poderia ser responsável por: advogar em questões pertinentes ao tráfico de drogas, ao consumo de drogas e ao crime organizado através do engajamento com elites políticas e econômicas por toda a região; lançar campanhas de conscientização; monitorar o progresso da implementação de iniciativas em curso; levantando fundos para o compartilhamento de pesquisas, informações e lições, tanto dentro da região, como entre a África Ociden- Área em questão ENGAJAMENTO POLÍTICO SUSTENTADO 6 tal e outras regiões; e explorar novas e inovadoras parcerias com o setor privado, incluindo companhias de mídia social e de tecnologia da informação. Membros desse grupo poderiam incluir líderes proeminentes engajados – atual ou previamente – em relações regionais e internacionais, no setor de negócios, em artes e na mídia. Resumo das Recomendações Principais Engajamento político sustentado em níveis regional e nacional para garantir que os desafios relacionados ao tráfico e ao consumo de drogas recebam a atenção e reações necessárias, baseando-se em coleta e apoio sistemáticos de evidências. Recomendações • Estabelecimento de múltiplos níveis e facetas como a Comissão Latino Americana para Drogas e Democracia, ou a Comissão Mundial sobre Políticas de Drogas. • Estabelecimento de um Grupo Independente de Especialistas, em conformação com mandato do Conselho, para monitorar o envolvimento das elites políticas em atividades ilícitas. O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do T ráfico de on Drog gas - ÁfricaDevelopment Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug Traffi cking Governance, II. Fo orm mula ação o de Pollíticass mas contramedidas meramente contribuem para uma realocação do crime organizado. Apesar de os governos nacionais e os intervenientes regionais na África Ocidental terem assinado vários protocolos e publicado declarações ambiciosas (veja a tabela 1), a implementação é lenta e, em alguns casos, não avançou nem um pouco. O compromisso em níveis regional e nacional para garantir que o tráfico de drogas receba ampla atenção pública é limitado. Enquanto tal, a luta contra o tráfico de drogas e o crime organizado deve ser tornar uma prioridade. A dinâmica de grupos criminosos organizados, seus alcances, investimentos e engajamento em atividades tanto legítimas como ilícitas – tudo isso aponta para a necessidade de uma ação conjunta. Os governos devem colaborar com todos os setores da sociedade através de um processo de aprendizagem, revisão e assistência mútuas. As autoridades locais, as organizações não governamentais, o setor privado, as universidades, as organizações regionais e internacionais e a mídia são intervenientes relevantes. Estratégias top-down multissetoriais devem ser complementadas e coordenadas com iniciativas bottom-up. Esforços cujos focos são muito estreitos dão, frequentemente, a impressão de um falso progresso. Em vez de reduzir o escopo e a força de redes criminosas, alguÁrea em questão Para evitar esse efeito indesejado, reações locais ou nacionais devem considerar esforços mais amplos em nível regional e trocar experiências com parceiros em outras regiões, como a América Latina e Caribe. As redes de crime organizado contam com o sigilo e dependem da corrupção para proteger suas atividades de agências do governo e de cumprimento da lei. Consequentemente, há uma grande necessidade de se aumentar a transparência e de se assumir uma postura contra a corrupção e contra atividades criminosas organizadas (veja a tabela 3). Os provedores de assistência externos e do governo devem abordar, por um lado, a conexão entre a redução do crime e iniciativas de cumprimento da lei e, por outro, as prioridades de desenvolvimento social e econômico. Esforços de cumprimento da lei devem ser acompanhados de programas de tratamento de tóxicodependência e reabilitação. Entretanto, o apoio externo continua a favorecer abordagens de cumprimento da lei. Finalmente, e em apoio às iniciativas existentes da CEDEAO, uma atualização abrangente dos compromissos internacionais da África Ocidental no tocante a crime or- Resumo das Recomendações Principais FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS Reforçar a capacidade de múltiplas partes interessadas e regional de monitorar a eficácia das respostas políticas e de se preparar para consequências inesperadas. Recomendações • Sob o princípio da responsabilidade compartilhada, desenvolver mecanismos mais eficazes destinados a garantir a responsabilidade de intervenientes tanto internacionais como regionais, quando a implementação das políticas ficar para atrasada. • Fortalecer os processos de formulação de políticas, inclusive por investimento em pesquisas (e pesquisadores) mais rigorosas e multidisciplinares dentro da região. • Fortalecer as ligações de políticas top-down e bottom-up entre redução da criminalidade / iniciativas de políticas de cumprimento da lei e prioridades de desenvolvimento social e econômico e necessidades da comunidade. • Garantir que iniciativas regionais estejam coerentes com esforços internacionais mais amplos para mitigar efeitos indesejados. • Apoiar esforços nacionais e regionais em andamento para reavaliar as respostas políticas atuais e garantir que elas são consistentes com outras obrigações e compromissos. O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking onnGovernance, &gSecurity in West Africa 7 ganizado e tráfico e consumo de drogas precisa ser conduzida e tornada pública; uma revisão dos códigos penais, de procedimentos, de ação judicial, de sentença para delitos relacionados a drogas, de treinamento judicial, entre outros, também é urgentemente necessária. Assim, é necessário fortalecer e aprimorar a confiabilidade e a validade das informações. Também será imperativo abordar o espectro completo das questões, sem se focar exclusivamente em medidas repreensivas ou em um tipo exclusivo de narcótico, como a cocaína. III. Conh heccime ento Pesquisas devem ser conduzidas no sentido de investigar como os espólios da atividade criminosa e do tráfico de drogas estão influenciando e se infiltrando em vários níveis da sociedade. É necessário aprimorar nosso conhecimento a respeito do grau em que o dinheiro proveniente das drogas está influenciando os cálculos feitors por inter- Apesar de a expansão do crime organizado e do tráfico de drogas ser amplamente reconhecida, pouco se sabe sobre o impacto na governança, no desenvolvimento e na segurança, e eles diferem entre um país e outro. Área em questão Resumo das Recomendações Principais Desenvolver um plano de pesquisa mais sistemático e em nível regional para questões pertinentes ao tráfico de drogas na África Ocidental. Falhas nas pesquisas atuais incluem: Geral 8 • Informações sistemáticas, atualizadas e, sobretudo, acessíveis sobre as drogas sendo contrabandeadas e as rotas utilizadas na África Ocidental; e os critérios para identificar a vulnerabilidade do tráfico de drogas e seu impacto em desafios relacionados, tais como desemprego, violência e abuso de drogas em toda a região. • Levantamentos com a população, em domicílio, sobre a percepção do tráfico de drogas (indivíduos/grupos locais x indivíduos/grupos estrangeiros), do consumo de drogas e da violência ligada às drogas são imperativos para o desenvolvimento de linhas de base iniciais. CONHECIMENTO Governança e Estado de Direito • Critérios para avaliar o grau em que o dinheiro relacionado à drogas está infiltrado na política e em estruturas de governança formais e informais; para determinar como os espólios da atividade criminosa organiza e, particularmente, o tráfico de drogas estão preenchendo lacunas na presença e no compromisso do estado; e como eles estão enfraquecendo a legitimidade das instituições formais e/ou informais. • Critérios para compreender as reações formais ao tráfico e ao consumo de drogas (por exemplo, a motivação e os incentivos de agentes de repressão às drogas e de saúde – i.e., como eles estão estabelecendo referências e alvos para combater o tráfico e o consumo de drogas). • Monitoramento regular e análise dos procedimentos dos julgamentos, das transcrições dos julgamentos e das comissões de inquérito judicial e administrativa, para melhor identificar falhas nos sistemas atuais, como as respostas têm sido formuladas e como elas estão sendo implementadas. • Análise da diversidade dos delitos e escalas de sentenciamento na legislação por toda a região; dos desafios dos programas de proteção à testemunha em casos relacionados ao crime organizado, ao tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro; dos desafios relacionados à recuperação de bens em sociedades tradicionais, e os desafios e limitações dos esforços de capacitação nessa área. Desenvolvimento econômico • Critérios para desenvolver uma compreensão mais bem informada do impacto do tráfico de drogas e do crime organizado nas economias formal e informal na África Ocidental e como eles mudam ao longo do tempo. • Informação sistemática sobre variação da lavagem de dinheiro relacionado a drogas, dentro e entre os países da região; como a lavagem de dinheiro é alimentada pela economia informal e os potenciais impactos, em um prazo mais longo, da lavagem de dinheiro no desenvolvimento. • Informação sistemática sobre como os intervenientes ilícitos interagem com a atividade comercial legítima. Monitoramento Geral e Avaliação do Impacto • Critérios para avaliar impactos de médio e longo prazo das reações regionais, sub-regionais e internacionais ao tráfico de drogas e a outros problemas relacionados a ele na região.. O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, venientes nas esferas política e econômica, e como as comunidades locais percebem e se relacionam com os traficantes de drogas. A articulação entre a coleta e o subsequente uso da informação deve ser aprimorada. As agências estatais devem, quando for apropriado, facilitar o acesso a bancos de dados sobre apreensões de drogas e de prisões e condenações relacionadas a elas. Os pesquisadores, por sua vez, devem superar suposições generalizadas sempre que possível e conduzir pesquisas primárias, baseadas em evidências, em níveis local, nacional e regional, usando conjuntos de indicadores consistentes e transparentes. Para identificar as questões relevantes a tomadas de decisão e as prioridades de ação, as partes interessadas devem buscar ou contribuir para pesquisas sobre tópicos necessários a uma criação de políticas instruída. O conhecimento local pode oferecer perspectivas úteis e devem ser incluídos sistematicamente no processo de pesquisa. É mister aumentar a conscientização pública. Ela pode ajudar a aumentar a pressão e a construir resiliência social para uma mudança política, e também serve como fiscalização contra o envolvimento político no tráfico de drogas e no crime organizado. Devem ser feitos grandes esforços para informar à população sobre riscos de saúde, econômicos e de segurança associados ao tráfico e ao consumo de drogas. Isso requer um trabalho com a mídia e com instituições de pesquisa para atingir e educar uma audiência mais ampla. CAPACITAÇÃO Área em questão V. Ca apa acita ação o Apesar dos significantes investimentos internacionais e regionais em treinamento e capacitação na África Ocidental (para luta contra o crime organizado e tráfico ou contraterrorismo, anticorrupção, antilavagem de dinheiro, controle de fronteiras, governança, estado de direito, justiça e reforma no setor de segurança ou gestão financeira), as lacunas na capacitação são consideráveis. Em tempos de escassez de recursos e em sintonia com mudanças de políticas internacionais mais amplas, um entendimento mais profundo dos desafios e o impacto limitado de esforços de treinamento e capacitação nessas áreas precisa ser alcançado para permitir o desenvolvimento de reações mais efetivas. Um investimento significativo (humano e financeiro) é necessário para se desenvolverem capacitações mais sustentáveis dentro de agências do governo (por exemplo, criar oportunidades de desenvolvimento de carreira dentro das unidades de policiamento especializado, criando-se módulos específicos sobre crime organizado, tráfico de drogas e suas consequências para o treinamento de novos agentes, de partidos políticos, de parlamentares e de servidores públicos). O mapeamento das iniciativas atuais de capacitação contra o tráfico de drogas deve ser uma forma oportuna de identificar lacunas, desafios e oportunidades. Resumo das Recomendações Principais • Antes de se fazerem grandes investimentos em esforços de capacitação adicional, é necessário um extensivo exercício de mapeamento para determinar o foco atual das iniciativas de capacitação relacionadas ao tráfico de drogas e ao crime organizado, em que áreas é percebido algum impacto dos esforços de capacitação, como esse impacto é medido, e onde se localizam as falhas e os desafios da capacitação. • Ao longo do tempo, um investimento significativo (humano e financeiro) é necessário para se desenvolverem capacitações mais sustentáveis de unidades especializadas, de comitês parlamentares, de partidos políticos, de servidores públicos, de agências de serviço social, da sociedade civil e da mídia que aborda questões relacionadas ao tráfico de drogas e ao crime organizado. • A região precisa desenvolver a capacidade de conduzir pesquisas sistemáticas em diferentes áreas (ver área em questão III), particularmente sobre o impacto do tráfico de drogas na governança e no desenvolvimento e, mais especificamente, sobre o consumo de drogas e as variações no impacto e nas reações por toda a região. Iniciativas como essas devem estar ancoradas em universidades e outros institutos de pesquisa por toda a região. O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking onnGovernance, &gSecurity in West Africa 9 O investimento no monitoramento da capacitação da sociedade civil e na mídia é importante para reagir ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Um monitoramento efetivo pode ajudar a acompanhar e expandir o impacto das respostas políticas e servir de preparo para consequências indesejadas. De forma semelhante, estratégias devem ser elaboradas para agravar as consequências de conluios com redes criminosas. Inforrma açã ão Ad diciona al Até hoje, o encontro de especialistas recebeu cobertura dos seguintes meios de comunicação: 10 Agence France Presse ANGOP (Agência Angola Press) Au Fait Maroc Centre Afrique Presse Conakry Times (Guiné) C.R.I.D.E.M. (Mauritânia) Dallas Morning News Ibrabiga (Burkina Faso) Jeune Afrique La Libre (Bélgica) Radio Nederland Senego (Senegal) Slate Afrique BBC West Africa BBC Rádio O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, Docu umentto de Referrência a O Im mpacto o do Crime Organ nizzado oe do Trráfi fico de Drogass na Go overna ança a, Dese env volv vime ento e Seguran nça da Áfricca Ocid dental “Os ca artéiis ain nda não corro omperam m os nívveis superiioress do o goveerno, ma as mais ced do ou u maiss tarde vão co onseeguiir, porrque eles têm millhõ ões dee dóla ares e é precisso seer um m san nto o para rejeitá-lo os.””1 Sum mário Em menos de uma década e meia, a África Ocidental tornou-se um dos principais centros de reembalagem e distribuição de cocaína e heroína, vindas das áreas produtoras na América Latina e na Ásia, para os mercados europeus.2 Embora o crime organizado e o tráfico de drogas já existissem na região, o fenômeno rapidamente se expandiu em meados dos anos 2000 como resultado da rápida mudança das organizações latino- americanas de droga em direção ao mercado europeu em rápido crescimento, em parte devido ao “sucesso” operacional das autoridades policiais norte-americanas na redução do fluxo de drogas dentro dos Estados Unidos.3 A África Ocidental representou uma escolha ideal como centro logístico de trânsito: sua geografia torna difícil a detecção e facilita o trânsito; a região possui redes bem estabelecidas de contrabandistas da África Ocidental e de organizações criminosas, além de um ambiente político vulnerável. Este último tem suas raízes na história colonial da região e inclui a pobreza endêmica, assim como uma combinação de instituições e sistemas fracos, instabilidade, além de políticos, agentes da lei, oficiais de inteligência e autoridades judiciais corruptíveis e mal equipados. Em alguns países, o legado de guerras civis conduziu à diminuição do capital humano, da infraestrutura social e dos bens de produção para o desenvolvimento nacional. Eles também deram lugar a um aumento do número de grupos armados que operam na região e à circulação de armas de pequeno calibre e ligeiras (SALW, sigla em inglês). Muitos desses desafios estão sendo lentamente superados, com países da região desfrutando de transições para a democracia e da consolidação do regime democrático, além de um crescimento econômico positivo. Contudo, ao mesmo tempo, surgiram novas ameaças, combinando os desafios políticos e de segurança existentes na África Ocidental. Essas ameaças incluem o tráfico de drogas, e, cada vez mais, o consumo de drogas, e atividades mais amplas do crime organizado, como tráfico de seres humanos, exploração ilegal de madeira, a captação ilícita de recursos, pirataria, lavagem de dinheiro e terrorismo. Combinados à intensa urbanização e desemprego juvenil, esses desafios e ameaças estão tendo um efeito corrosivo sobre instituições e processos democráticos, segurança e desenvolvimento econômico em toda a região, impulsionando a violência e o ressurgimento do conflito. Por outro lado, as pesquisas mostram que a base de evidências, subjacente às percepções dos desafios, continua fraca, assim como os mecanismos para avaliar e atender às vulnerabilidades, ameaças e desafios que possibilitam o crime organizado e o tráfico de drogas. Na verdade, apesar de alguns desenvolvimentos positivos, ainda há poucas evidências de respostas efetivas e estratégicas aos desafios multifacetados impostos na região pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas. Embora exista uma abundância de declarações e planos de ação, produzidos tanto dentro quanto fora da região, muitos continuam a lamentar a ausência de um quadro estratégico geral que vá além da mera assistência técnica de forma a abranger mais eficazmente os fatores subjacentes globais, regionais e nacionais da economia política que permitem o desenvolvimento do crime organizado e do tráfico de drogas na região. Da mesma forma, as estratégias operacionais são consideradas fracas, também porque são desenvolvidas com base em análises fracas e fragmentadas. As estratégias existentes tendem a omitir a importância de garantir que os esforços centrados na segurança sejam acompanhados por esforços para fortalecer as instituições e processos políticos, a justiça e as instituições de saúde, respondendo ao desemprego generalizado entre os jovens. Muito menos foco e investimento estão sendo colocados no desenvolvimento da capacidade da sociedade civil e da academia de monitorar e analisar as tendências e os efeitos do crime O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking on nGovernance, &gSecurity in West Africa 11 organizado e do tráfico em toda a região. Enquanto isso, o setor privado continua grandemente ausente dos debates atuais sobre as questões. Neste sentido, o objetivo da reunião de peritos será de concentrar-se sobre o impacto do crime organizado (e do tráfico de drogas, em particular) sobre a governança, a segurança e o desenvolvimento na África Ocidental, a fim de: i. ii. 12 Adquirir uma melhor compreensão do impacto percebido do narcotráfico e do crime organizado na segurança, governança e desenvolvimento na África Ocidental e identificar as lacunas de conhecimento. Avaliar a eficácia e/ou as deficiências de diferentes respostas operacionais e de políticas, implementadas atualmente por diferentes atores, em relação aos desafios identificados e emergentes. iii. Identificar potenciais pontos de entrada e componentes-chave de uma estratégia renovada para enfrentar os problemas identificados, por exemplo, por meio do estabelecimento de um mecanismo regionalmente conduzido, e discutir as diferentes opções para avançar. Mais especificamente, a reunião se focará em responder às diversas questões que permanecem sem resposta. Por exemplo, quais mecanismos e ferramentas estão sendo utilizados para identificar, monitorar e avaliar o impacto do crime organizado e do tráfico de drogas em áreaschave como segurança, governança e desenvolvimento? Como os resultados destes processos estão sendo usados para informar o desenvolvimento de respostas estratégicas e operacionais nos níveis nacional e regional (especialmente com relação ao cumprimento da lei, da segurança dos cidadãos, justiça e saúde)? Como a academia, a sociedade civil e o setor privado se envolvem com os formuladores de políticas para informar decisões? Que lacunas no conhecimento e respostas estratégicas e operacionais existem atualmente, e como podem ser mais efetivamente abordadas e apoiadas? Por quem (nos níveis internacional, regional e nacional) e como? A reunião é um esforço conjunto da Fundação Kofi Annan, da CEDEAO -GIABA, do Centro de Cooperação Internacional da Universidade de Nova York (CIC/!NYU’s Center on International Cooperation), e do Centro de Treinamento Internacional Kofi Annan de Manutenção da (KAIPTC / Paz Kofi Annan International Peacekeeping Training Center). Os participantes incluem peritos da África Ocidental, América Latina, América do Norte e Europa. Anteccede ente es Nem o crime organizado nem o tráfico de drogas são novos para a África Ocidental, mas o grau em que eles cresceram na região na última década é inédito. De fato, o enorme valor das drogas e de outros bens e serviços ilícitos, comparado ao valor das economias locais na África Ocidental, permitiu que os traficantes penetrassem nos escalões mais altos de governo, nos serviços de segurança e justiça e na economia, e considera-se que estão causando estragos nas já débeis estruturas políticas, econômicas e sociais.4 Em resposta à forte evidência de que em alguns países o dinheiro da droga estava se infiltrando nos mais altos níveis do poder, em 2007, a União Africana adotou um plano de ação e mecanismos de acompanhamento para o Controle da Droga e a Prevenção do Crime. O principal objetivo declarado do Plano de Ação foi reverter “as tendências atuais de abuso e tráfico de drogas, crime organizado, corrupção, terrorismo e os desafios relacionados ao desenvolvimento socioeconômico e da segurança humana, além de alcançar melhorias tangíveis no bem estar pessoal e social do povo africano e de suas comunidades”.5 Estimulada pelo crescente número de apreensões de drogas na região (o que indica o grau em que os países da África Ocidental estavam servindo como rotas de trânsito de cocaína e heroína), a CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) logo seguiu o exemplo, adotando uma série de declarações, planos de ação e políticas para responder à crescente ameaça do tráfico de drogas na região.6 As evidências mais recentes apontam para a progressão do cenário das drogas na África Ocidental de um simples centro de passagem de cocaína para o processamento e produção de anfetaminas; daí O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, para a expansão das rotas comerciais através do Sahel e do Saara, com um aumento na suposta cooperação entre narcotraficantes e grupos terroristas tais como AQIM (AlQaeda in the Islamic Maghreb).7 Ao longo dos últimos anos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas vem avaliando a crescente ameaça representada pelo tráfico de drogas na África e, mais recentemente, na África Ocidental e na região do Sahel, o que levou a várias importantes Declarações Presidenciais desse Conselho (DPCS). Entre elas, incluem-se as DPCSs de dezembro de 2009 (sob a presidência de Burkina Faso), fevereiro de 2010 (sob a presidência da França) e fevereiro de 2012 (sob a presidência do Togo). Cada qual destacou o perigo que o tráfico de drogas e outras formas de crime organizado representam para a segurança regional e internacional.8 Enquanto isso, o Escritório das Nações Unidas para a África Ocidental (UNOWA) vem usando cada vez mais sua autoridade de convocação, influência política e alcance transnacional para aumentar a conscientização sobre o impacto das ameaças transnacionais na África Ocidental, especialmente do tráfico de drogas, e para intermediar o apoio da comunidade internacional para soluções que diminuam estas ameaças.9 Outras agências das Nações Unidas como o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) continuam a desenvolver avaliações e prestar assistência técnica às instituições em toda a África Ocidental. Além desses esforços, muitos doadores bilaterais lançaram diversas iniciativas para apoiar a região, tanto em nível multilateral como bilateral. Algumas das iniciativas, como a Iniciativa da Costa da África Ocidental (WACI, em inglês) estão sendo implementadas em parceria com a CEDEAO, enquanto outras estão sendo executadas diretamente pelos parceiros de apoio.10 A União Africana, a União Europeia, o AFRICOM, uma série de atores bilaterais da Europa Ocidental e da América do Norte, agentes de segurança privados e semiprivados também estão envolvidos de uma forma ou outra. Contudo, apesar de todos estes esforços para enfrentar o crime organizado e o tráfico de drogas, continuam a surgir preocupações na região e além dela, sugerindo que até agora os esforços para responder aos desafios tiveram um impacto limitado. Por exemplo, as preocupações em relação à criminalização da política não foram dissipadas.11 Em ambientes como a Guiné-Bissau, os mais altos escalões de liderança política e militar se envolveram em uma luta pelo acesso a recursos, incluindo os despojos do tráfico de cocaína, resultando no assassinato do Presidente em 2009.12 Em toda a região, os partidos políticos são cada vez mais acusados de utilizar dinheiros ilícitos provenientes do tráfico de drogas para financiar campanhas eleitorais. Marcos regulatórios e mecanismos de implementação fracos ou inexistentes de financiamento de campanha de partido, divulgação de bens e estruturas antilavagem de capitais tornam extremamente difícil confirmar essas reivindicações, fornecendo ainda mais combustível para a polarização política.13 Na base de alguns desses desafios políticos está a realidade de que em alguns Estados da África Ocidental os arranjos políticos subjacentes ainda são relativamente fracos, no sentido de que as diferentes partes interessadas (stakeholders) não foram capazes de conceber um sistema aceitável através do qual “interesses políticos e econômicos concorrentes sejam canalizados por meio de instituições estatais, de forma rotineira, suave e livre de violência.”14 Neste sentido, o acesso fácil aos recursos que o tráfico de drogas e outras formas de atividade criminal organizada possibilitam pode imprimir pressões adicionais sobre os vulneráveis sistemas políticos e sociais e têm o potencial de aumentar o risco de polarização e violência, incluindo em torno da disputa eleitoral e particularmente em países que recentemente saíram de um conflito.15 Além disso, em lugares onde o acesso ao poder e aos recursos ainda é limitado às relações informais e clientelistas, os despojos do tráfico de drogas podem, inadvertidamente, reforçar a legitimidade de ambas as elites formais e tradicionais políticas e econômicas. Em muitos casos, a ausência do Estado e a prestação de serviços fraca significam que as receitas do crime organizado e das drogas relacionadas representam a única fonte de recursos e, portanto, fazse vista grossa à sua natureza ilícita. Essas importantes sutilezas nas relações entre o Estado e a sociedade tornam tudo mais difícil para se avaliar o impacto e formular respostas de políticas coerentes e eficazes. O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking onnGovernance, &gSecurity in West Africa 13 14 Enquanto isso, o narcotráfico e a corrupção a ele associada são percebidos como tendo um impacto crescente sobre as economias da África Ocidental. O tamanho do setor informal em toda a região e o fato de que a maioria das economias funciona com regime de caixa (dinheiro vivo) apresentam desafios significativos para a avaliação do impacto. Não obstante, há evidências crescentes de que grandes somas de dinheiro foram lavadas no mercado imobiliário, turismo e cassinos em Gana, Nigéria e Senegal, por exemplo, e que a maioria dos outros países da região também está sendo inundada por fundos ilícitos decorrentes de tráfico de drogas e de outras atividades ilícitas. Como um recente relatório da CEDEAO/GIABA destacou, o principal problema parece resultar do topo da pirâmide, onde grandes quantidades de fundos caem nas mãos de importantes operadores políticos que são ajudados por grupos externos, tais como as comunidades da Diáspora, e trabalham com intermediários como contrabandistas em larga escala de dinheiro vivo (cash smugglers), bancos, empresas e importantes comerciantes internacionais. No longo prazo, a dependência econômica do dinheiro ilícito das drogas e a penetração do tráfico de drogas nas altas esferas do poder deixam poucos incentivos para se combater o comércio, mesmo se a legitimidade frente à população em geral é baixa. Apesar de os impactos do crime organizado e do tráfico de drogas na política, economia e segurança terem sido discutidos de formas e em fóruns muito diferentes ao longo da última década, sabe-se muito menos sobre seus impactos no desenvolvimento de longo prazo. Por exemplo, expressa-se uma preocupação crescente em relação ao aumento do real consumo de drogas nos países em toda a região. Até recentemente,!o consumo de droga na África Ocidental e em outras partes da África subsaariana tinha sido relacionado tanto à maconha quanto ao khat. Foi oficialmente reconhecido como um problema e uma das sete prioridades de ação no Plano de Ação Revisado da União Africana de 2007 sobre o Controle da Droga e Prevenção do Crime.16 Entretanto, desde então, estima-se que o consumo de cocaína e heroína no continente tenha crescido em espiral, dado que muitos cartéis que operam na região preferem pagar por serviços em espécie.17 Efetivamente, o UNODC observou um “tremendo aumento” do uso de drogas na região, estimando que um terço da cocaína que passa pela região estava sendo consumido localmente e que em meados de 2011 até 400 kg (880 libras) de heroína haviam sido consumidos na África Ocidental. Segundo o representante regional, estes níveis de consumo tornaram-se “um enorme problema para a saúde pública”.18 Os problemas de saúde e bem estar associados ao consumo de drogas têm sido priorizados em diferentes marcos de políticas públicas. Por outro lado, a região (e o continente em geral), atualmente carece de políticas nacionais que se concentrem na redução de danos, bem como nos centros de tratamento necessários. Faltam também os recursos necessários para estabelecer e sustentar tais políticas. Esta situação é exacerbada por uma grande falta de dados sobre os consumidores em toda a região, incluindo o grau em que o consumo de drogas está agravando os problemas de saúde existentes, tais como HIV-AIDS. Na base de muitos desses desafios está uma base empírica fraca. As respostas políticas e operacionais devem ser desenvolvidas com base em uma sólida compreensão da natureza e da extensão do crime organizado e do tráfico de toda a região. Devem também basear-se em uma sólida compreensão do seu impacto estrutural, particularmente em matéria de governança política e econômica, de segurança do cidadão e desenvolvimento, e em relação a contextos específicos. No entanto, a maioria das avaliações e análises tem um foco restrito. Por exemplo, a literatura sobre políticas públicas sobre o crime organizado em geral não faz referência à forma como o crime organizado interage com as instituições políticas formais (formas e estruturas de governo, partidos políticos, legisladores etc.) ou com as estruturas tradicionais de tomada de decisão. Enquanto isso, os estudos sobre as transições democráticas e políticas “tradicionalmente evitaram a questão do crime organizado e das drogas e se concentraram principalmente na emergência de instituições democráticas formais ... e mercados ..., bem como a relação entre eles.”18 Para muitos, isso produziu uma “miopia analítica e política quando se trata de estudos e respostas sobre temas como crime organizado e tráfico de drogas que operam fora desta arena formal.”20 Da mesma forma, na última década, especialistas em segurança e estratégica cada vez mais focaram-se O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do Traffi Tráfico de on Drog gas - ÁfricaDevelopment Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking Governance, no estudo do crime organizado, especialmente em sua dimensão transnacional e nas ligações potenciais com o terrorismo transnacional. No entanto, eles parecem ser igualmente míopes em relação à dimensão política dessas questões, levando a respostas políticas e operacionais baseadas em uma interpretação restrita de segurança, e com pouca atenção aos aspectos políticos, sociais e econômicos do crime organizado e do tráfico de drogas.21 Esta ‘miopia’ significa que as iniciativas internacionais e regionais, muitas vezes não consideram as questões acima mencionadas. Quando são consideradas, geralmente é sob o prisma de uma das muitas ferramentas de análise de conflitos e de economia política, desenvolvidas ao longo da última década. Por razão compreensível - a não menos importante barreira da soberania - as respostas operacionais raramente tocam nas questões estruturais políticas que tendem a estar no centro dos problemas em questão. Uma breve revisão de alguns dos processos judiciais ou das comissões de inquérito que foram executados para resolver vários dos casos de alta visibilidade de contrabando de cocaína da África Ocidental lançou luz sobre o fato de que muito poucos atores políticos foram julgados e condenados por seu envolvimento no tráfico de drogas, mesmo quando havia provas suficientes de seu envolvimento.22 Quando importantes figuras políticas envolvidas em atividades ilícitas, eventualmente, são capturados, muitas vezes isso se deve às pressões e políticas exercidas por outros países. Por outro lado, as respostas continuam a ser formuladas a partir de uma perspectiva de aplicação da lei/segurança, com pouca consideração pela dinâmica política e cultural subjacente a um Estado, pelas questões de fiscalização, legitimidade e pelo impacto potencial de diferentes respostas sobre as relações Estado-sociedade ou sobre a saúde e bem-estar geral. Em relação aos cenários pósconflito, mais recentemente, os analistas têm enfatizado a necessidade de engajamento em iniciativas de longo prazo, incluindo o reforço das instituições, tais como partidos políticos, como um meio para “garantir a transformação estrutural e normativa da economia política e remover a vantagem comparativa de que desfrutam os violentos empresários e organizações do crime”.23 No entanto, a maioria dos atores envolvidos nos esforços de consolidação da paz ou de construção de um estado deixa de considerar essas instituições nas atividades de seus programas. Por outro lado, os provedores de assistência aos partidos políticos raramente coordenam alguns dos importantes trabalhos que realizaram em questões como a corrupção política e o financiamento das campanhas partidárias com os atores envolvidos na investigação do crime organizado. Muitas das mesmas críticas podem ser feitas em relação à maneira pela qual as principais questões sociais, particularmente de saúde, tendem a ser omitidas de todos estes esforços. Por último, há uma percepção ampla na região de que muitas das iniciativas existentes são geralmente concebidas fora da África Ocidental e de que há uma limitada apropriação do quadro político existente e das respostas operacionais na região. Tanto a sociedade civil como os meios de comunicação têm tido poucas oportunidades de discutir esses desafios com os principais decisores da região, consequentemente, reduzindo ainda mais a apropriação dessas questões e suas respostas. Concclussão o Os atores regionais e da comunidade internacional continuam a fazer declarações e a afirmações sobre o crime organizado e o tráfico de drogas na região, sugerindo que, apesar dos esforços empreendidos até agora, persistem preocupações significativas. Esta falta de progresso recentemente levou o Representante Permanente do Togo na Organização das Nações Unidas a lamentar, em fevereiro de 2012, que “nenhum desses esforços parece ter tido um impacto dissuasivo importante sobre o desenvolvimento das redes de tráfico na África Ocidental e na região do Sahel. Pelo contrário (...), a situação pode agora tornar-se pior do que antes da realização dessas iniciativas”.24 Entretanto, ele também reconheceu que “muitos funcionários em toda a região, preocupados com os efeitos do tráfico de drogas, têm suas mãos atadas”, inclusive porque “são frequentemente confrontados por pessoas e redes mais poderosos do que eles e com outras prioridades”. Uma base mais sólida e abrangente para monitorar e avaliar o impacto do tráfico de drogas e do O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking on nGovernance, &gSecurity in West Africa 15 crime organizado em toda a região pode ajudar a garantir que os esforços sejam canalizados de forma mais eficaz, e que os líderes, tradicionais e formais, governamentais e não governamentais, sejam mais estrategicamente acompanhados em seus esforços. 16 Neste sentido, em junho de 2011 e em referência à situação na África Ocidental, a Comissão Global sobre Política de Drogas salientou que, para que as respostas sejam eficazes, é preciso “integrar as abordagens existentes (de segurança e jurídica) com as políticas sociais, de desenvolvimento e de prevenção de conflitos - e envolver igualmente governos e sociedade civil”.25 Nos últimos cinco anos, o Escritório das Nações Unidas na África Ocidental tem feito vários alertas para essa mudança estratégica. À luz dos desenvolvimentos mais recentes na África Ocidental e na região do Sahel e em uma carta dirigida ao Presidente do Conselho de Segurança, o presidente do Togo recentemente reiterou esses apelos. Um mecanismo regionalmente conduzido e multifacetado pode de fato ajudar a garantir essas mudanças necessárias. ________________________________ Ministro das Relações Exteriores de um país da África Ocidental (fevereiro de 2009). 2 África Ocidental é composta por Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gambia, Gana, Guiné, Guiné Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. 3 De acordo com pesquisas recentes, parece ter-se estabilizado hoje em cerca de 50-60 toneladas por ano, com um valor de atacado de cerca de US$ 2 bilhões, representando cerca de 25-30% do mercado europeu de cocaína.. 4 Por exemplo, um total de 80 toneladas de cocaína, no valor de US $ 1,2 bilhão, pode passar pela África Ocidental para a Europa este ano, segundo declarou Manuel de Almeida Pereira, consultor jurídico da unidade anticrime da ONU, sediada em Viena, em uma entrevista dia 17 de maio. Bloomberg News, West Africa’s Cocaine Trade Has Doubled in Five Years, UN Agency Estimates. Drew Hinshaw – 25 de maio de 2011. 5 CMDCCP/EXP/3 (III) Para. 1.1 Fundamental Objectives. 6 Entre 2001 e 2007, as apreensões de cocaína na África Ocidental aumentaram de cerca de 273 quilos para cerca de 47.000 quilos (ver Cockayne 2011). A CEDEAO tomou uma série de medidas políticas e operacionais para resolver muitos dos desafios acima enumerados. Por exemplo, em 2008, a CEDEAO, em colaboração com o UNODC e outros parceiros, organizou uma conferência ministerial para analisar e aprovar um plano de ação regional (O Plano de Ação de Praia) e uma declaração política contra o tráfico de drogas ilícitas e o crime organizado para a região. O plano de ação e a declaração política foram adotados e aprovados pelos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO em dezembro de 2008.6 Outra iniciativa desenvolvida devido ao aumento da infiltração do dinheiro relacionado às drogas na política da região e à falta de marcos regulatórios relevantes e mecanismos de responsabilização é a Declaração de Praia sobre as Eleições e a Estabilidade na África Ocidental, que inclui uma disposição sobre a prevenção do financiamento de partidos políticos e suas campanhas 1 por redes criminosas, particularmente pelas redes de tráfico de drogas. 7 Kwesi Aning (2011), Security Links between Trafficking and Terrorism in the Sahel in Africa South of the Sahara, London: Routledge. 8 Incentivado pelas DPCS 2010 para garantir que o tráfico de drogas seja “integrado como um fator nas estratégias de prevenção de conflitos, análise de conflitos, avaliação de missões integradas e suporte ao planejamento e à construção da paz”, em fevereiro de 2011, o Secretário-Geral das Nações Unidas estabeleceu uma Força Tarefa Especial sobre Crime Organizado e Tráfico de Drogas, copresidido pelo Departamento de Assuntos Políticos (DPA) e pelo UNODC. Ainda é cedo para determinar se a Força Tarefa proporcionará o apoio tão necessário sugerido nas DPCSs, especialmente já que ela fica bastante afastada geograficamente do cerne do problema (África Ocidental, Ásia Central, América Central etc.). Não obstante, tal Força Tarefa poderia fornecer o apoio e a análise necessários para os escritórios da ONU estrategicamente instalados na região, tais como UNOWA e, potencialmente, apoiar o desenvolvimento de uma capacidade semelhante no seio da CEDEAO. 9 James Cockayne and Camino Kavanagh (2011). 10 O WACI é um programa dirigido conjuntamente por UNODC, UNDPA, UNDPKO e Interpol. O WACI está ajudando a CEDEAO a estabelecer Unidades Transnacionais de Crime em Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim e Guiné-Bissau. 11 Em toda a região, os partidos estão cada vez mais se acusando mutuamente de usar dinheiros relacionados à droga para financiar suas campanhas e ganhar vantagem sobre seus adversários. Ver, por exemplo, a polarização que surgiu em Gana depois das sugestões feitas pelo chefe do Conselho de Controle de Narcóticos de que alguns partidos políticos utilizaram dinheiro relacionado à droga para reforçar sua posição de liderança nas eleições de 2012. Nenhum progresso foi feito no país para adotar uma legislação de financiamento dos partidos, apesar dos problemas que a falta dessa legislação origina. 12 James Cockayne (2011). 13 Kwesi Aning, Comprehending West Africa’s Security Dilemmas: State Fragility, Narco-Terrorism and Oil Politics. A sair. 14 Ver, por exemplo, Lassana Gberie (2010), ISS Situation Report on Sierra Leone. 15 James Cockayne e Camino Kavanagh, CIC Annual Review of Political Missions 2011, Thematic Essay on Transnational Threats (a sair). 16 Ver Priority Area 2.5 in CMDCCP/EXP/3(III), p.9. 17 CPPF Summary Note, Meeting on Drug Trafficking in West Africa, July 2009. 18 Bloomberg News, West Africans Consume One-Third of Trafficked Drugs, UN Drugs Office Says, 20 de junho de 2011. 19 Yashar (2010). 20 Yashar (2010). 21 Interviews Washington D.C. and N.Y Oct. 2010. 22 Por exemplo, em Serra Leoa, o ex-ministro dos Transportes e Aviação foi acusado de ter sido ligado a uma ampla rede de cocaína em que seu irmão estava envolvido, inclusive em relação à apreensão de 700 quilos de cocaína em 2008. O Procurador-Geral e Ministro da Justiça teria impedido sua prisão, após ter sido ordenada. Em seu relatório sobre o caso em que 16 pessoas foram condenadas, entre as quais vários latinoamericanos, o juiz Nicholas Browne-Stone sugeriu que o governo era culpado de obstruir a justiça para impedir o julgamento do ex-ministro e notou que em sua opinião “o Ministério Público estadual estava retendo provas vitais e estava preparado para pôr em risco o caso, a fim de salvar uma pessoa [o ministro], constituindo um ato de perjúrio”. Ver Lansana Gberie (2010), ISS Situation Report, Sierra Leone: Business More than Usual. 23 Cockayne (2009). 24 Veja S/2012/83, Carta datada de 08 de fevereiro de 2012 do Representante Permanente do Togo junto à Organização das Nações Unidas dirigida ao Secretário-Geral. 25 Global Commission on Drug Policy, p. 14. O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do T ráfico de on Drog gas - ÁfricaDevelopment Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug Traffi cking Governance, O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking onnGovernance, &gSecurity in West Africa Segundo Plano Estratégico de Ação do GIABA 2011-2014 Cooperação entre a AL e a UE sobre Políticas Antidrogas (COPOLAD) Operações AIRCOP e COCAIR 3 UNODC, OMA, Interpol Plano Operacional da CEDEAO (Roteiro para o Plano de Ação Regional 2008) Operações AIRCOP e COCAIR 2 UNODC, OMA, Interpol Projeto Fluxo Branco sobre TD da AL para a Europa via AO Interpol Força-Tarefa da ONU contra Crime Organizado e Tráfico Rede de Autoridades Anticorrupção da África Ocidental CEDEAO Operações AIRCOP e COCAIR 1 UNODC, OMA, Interpol Projeto Rota da Cocaína (ALC & AO) 2009-2011 Plano de Ação sobre Drogas da UE - 2009-2012 EC/326/09 Iniciativa da Costa Oesteafricana (WACI) Iniciativa de Segurança Global da Interpol (GSI) Missão do INCB na Libéria Iniciativa de Recuperação de Bens Roubados do UNODC e do BC Plano de Ação no Controle de Drogas da UA AUPA 2007-2012 IMissão do INCB na Gâmbia GIABA First Strategic Plan of Action 20072009 Força-Tarefa da OMS contra Produtos Médicos Falsificados (IMPACT) Rede de Autoridade Reguladora de Drogas da AO (WADRAN) Iniciativa de Operações Conjuntas da AO (WAJO) Grupo de ação contra lavagem de dinheiro (GIABA) Missão do INCB no Senegal Escritório da ONU para a África Ocidental (UNOWA) Atividades Intrarregionais Grupo de Trabalho para Partilha de Informações AL-UE (ISWG) Rede de Alerta Precoce da CEDEAO (ECOWARN) Atividades Extrarregionais Centro de Operações e Análise Marítima – Narcóticos (MAOC-N) Cooperação de Inteligência AL & AO (CO-LAC-AO) 2006-2010 Missão do INCB em Gana; Missão do INCB em Gana Missão do INCB em Mali Atividades Internacionais Plano de Ação Preliminar do G8+ quanto ao TD transatlântico Iniciativa de Dacar quanto a um combate harmonioso ao TD e ao abuso UNODC/OMS TREATNET II Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa Plano de Ação Regional da CEDEAO contra TD & CO na AO 2008-2011 Projeto de intercâmbio transatlântico de inteligência do UNODC Projeto COCAF polícia & funcionários para combate ao TD (AO-UE) Rede Alfandegária de Luta Contra a Fraude (CEN) da OMA UNODC/OMS TREATNET Iniciativa quanto a abuso de drogas Iniciativa NorteAmericana de Cooperação na Segurança, com AO (WACSI) MoU entre AL/ AO/UNODC sobre investigação conjunta de casos de CO Declaração de Praia da CEDEAO: abuso de drogas, TD & CO na AO Programa de Controle de Contêineres (CCP) do UNODC e da OMA Estratégia norte-americana para combater o crime organizado transnacional RES da CND cooperação interregionais ALC-AO CND/RES/52/10 Estrutura de Prevenção de Conflitos da CEDEAO (ECPF) Declaração de Viena sobre crime e justiça Plano de Ação da UA no controle de drogas na África APD 2002-2006 Carta do UNSG: avaliação da ONU sobre a pirataria no Golfo da Guiné S/2012/45 Decl. de Bamako sobre Impunidade, Justiça e DH na África Ocidental Ato Europeu para combater o tráfico de drogas Conselho Europeu Relatório do UNODC sobre tráfico & estado de direito na África Ocidental Projeto de lei uniforme da UEMOA sobre o combate ao financiamento do terrorismo Cooperação da ECOSOC contra tráfico marítimo ilícito CND/RES/43/5 MoE entre OMA/ INCB: esforços & cooperação no controle de drogas Declaração do G8 sobre a luta contra tráfico ilegal de drogas Compromisso de Freetown da WACI sobre TD & CO na AO PRST do UNSC sobre COT, TD e (in-) segurança S/PRST/2009/32 Relatório do UNODC sobre TD como ameaça à segurança na AO Relatório do Resultado da Cúpula Mundial A/59/265 Estratégia a respeito de Drogas da UE 2005-2012 EC/15074/04 Convenção da UA contra corrupção Lei da UEMOA sobre a luta contra LD 07/2002/CM Protocolo da CEDEAO sobre Democracia & Governança A/SP1/12/01 AGNU RES sobre Cooperação con. problema de drogas A/RES/54/132 Atividades Regionais da África Ocidental ARRANJOS INSTITUCIONAIS PLANOS E FERRAMENTAS DE AÇÃO DECLARAÇÕES E DIRETRIZES POLÍTICAS 2012 PRST do UNSC sobre COT na AO & no Sahel S/PRST/2012/2 2011 Relatório Especial No. 1 do UNSC sobre ameaças emergentes na AO 2010 Programa do UNODC para a África Ocidental 2010-2014 2009 PRST do UNSC sobre a situação e os desafios na AO S/PRST/2009/20 2008 PRST do UNSC sobre CEDEAO & esforços contra TD S/ PRST/2008/37 2007 Diretiva sobre AML pelo BCEAO 2006 Convenção da CEDEAO contra armas de pequeno calibre & LW 2005 Relatório da ONU elaborado pelo GAN sobre ameaças, desafios e mudança 2004 Ação da ONU contra Corrupção A/RES2005/18 2003 Convenção da ONU contra corrupção A/RES/58/41 2002 Os Princípios de Bangalore de Conduta Judicial 2001 RES da CND sobre Relações entre TD e COT CND/RES/44/8 Convenção da ONU contra o COT & Protocolos A/RES/55/25 2000 Tabela 1: CRIME ORG GANIZAD DO, TRÁFIC CO DE DROGAS E OU UTROS DESAFIO OS SEM MELHANTE ES NA ÁFRICA OCIDENTAL 17 18 Benin ü Ratificação e adesão ü Burkina Faso 2003 UNCAC ü Cabo Verde × ü × ü ü ü Não-signatário e sem ratificação (ü) ü × ü (ü) ü (ü) Signatário, porém sem ratificação ü ü Costa do Marfim ü Gâmbia ü Gana 2000 UNTOC Guiné ü ü ü ü Libéria ü ü ü ü Mali ü ü ü ü Niger ü ü ü ü Nigéria ü ü ü ü Senegal ü Guiné-Bissau Adesão às Convenções das Nações Unidas ü (ü) ü Serra Leone 1988 UNITD (ü) Tabela 2: RATIFIC CAÇÃO E ADESÃO DE CONVENÇÕES RELEVANTES DA ON NU NA ÁF FRICA OCIDEN NTAL ü ü ü Togo O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do TTraffi ráfico de Drog gas - África Development Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug cking on Governance, Tabela 3: SIS STEMA A POLÍÍTIICO E CON NDIÇÕES POLÍÍTICAS S NA ÁF FRIICA Sim Não Sim Sim Sim Sim S/N Sim em recursos do Est. enqu. fontes? em outra fonte (ilícita)? Há limite máx. para as doações? de compra de votos? Há relatórios financeiros regular.? Há relatório: finan. das campan,? Há relatório: identid. do doador? As informações: financiamento? O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking onnGovernance, &gSecurity in West Africa 2008 2000 2007 N/A 1991 1986 2005 2011 2002 1998 1991 N/A 2006 N/A N/A Não Não Sim Não Não N/A Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não N/A Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim S/N Sim Não Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Financiamento de Partidos Políticos2 2003 N/A 2000 1991 Fonte: International Institute for Democracy and Electoral Assistance (IDEA): http://www.idea.int/political-finance/index.cfm Não 77 3.5 Fonte: International Money Laundering Information Network (IMoLIN): http://www.imolin.org Não 154 2.2 Sim 69 3.9 3 3.2 91 Em parte 2.2 154 Em parte Sim 118 2.8 Não Não Não Sim Sim Não Sim N/A Não Não 2006 2000 2005 2006 parte Em 134 2.5 Sim Sim Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim 2004 N/A 2010 2010 parte Em 143 2.4 Sim Sim Sim Sim Sim Não Não N/A Sim Sim 2004 2011 2011 2006 parte Em 112 2.9 Não Não Não Sim Sim Não Não N/A N/A Sim 2004 N/A 1989 1992 Free Partly 134 2.5 Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim N/A Sim 2005 2002 2002 2002 Source: Transparency International: http://cpi.transparency.org and Freedom House: http://www.freedomhouse.org parte Em 164 2.1 Índice de Percepções de Corrupção (IPC) 2011 e Liberdade de Imprensa3 Sim Sim Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim 2005 2004 N/A 2 parte parte Sim 41 5.5 Sim Sim Sim N/A Sim Não Sim Sim Sim Sim 2009 N/A 2008 1 Em Em Liberdade de Imprensa 100 100 3 Não Não Sim Sim Sim Não Não N/A Não Não 2006 2009 Ranking do IPC (total: 182) 3 Sim de doações anônimas? IPC (0 - corrupto) Não doações de países estrangeiros? Há proibição... 2006 Lei anti-lavagem de dinheiro¹ Benin 2001 Burkina Faso Lei do financiamento partidário Cabo Verde N/A Costa do Marfim 2001 Gâmbia 2001 Gana Lei dos partidos políticos (ano) Guiné 1996 Libéria 1996 Mali 2000 Niger 2010 Nigéria 2001 Senegal 1999 Serra Leone Lei eleitoral (ano) Guiné-Bissau Constituição e Legislação Eleitoral Free Partly 143 2.4 Sim Sim Sim Sim Sim Não Não N/A N/A Não 2007 2000 N/A 2000 Togo 19 20 Tabela 4: CO ONDIÇ ÇÕES SO OCIOECONÔ ÔMICAS NA ÁFRICA A OCIDE ENTAL 3.0 167 3.3 42 24.8 56.1 Crescimento do PIB (anual) 07-11 2011 HD Index (total: 187) 2011 Mean years of schooling 2009 Literacy (% of total, age 15+) 2009 Electricity access (% of pop.) 2011 Life expectancy (in years) 11,985 43 6.6 4.7 8.4 M-B 1.9 -0.3 4.9 Baixo Desempenho Econômico5 20,203 39 3.5 3.0 3.2 Baixo 1,127 41 30 54.1 N/A 39 1.6 178 48.1 N/A 52 2.3 176 Fonte: Human Development Report 2011: http://hdr.undp.org/en/media/HDR_2011_EN_Table1.pdf and The World Bank (HIV rate): http://data.worldbank.org 64.2 60.5 67 7.1 135 Fonte: The World Bank (economic performance): http://data.worldbank.org 58.5 N/A 46 2.8 168 43 62 4.1 56.8 N/A 59 3.9 182 5.5 4.6 7.1 Baixo 70,129 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Saúde6 5.0 6.2 5.4 Baixo 2,242 44 35 6 55.4 47.3 55 3.3 170 3.0 3.8 2.3 M-B 41,758 41 52 Fonte: The World Bank (population ages): http://data.worldbank.org and Freedom House: Freedom House: http://www.freedomhouse.org 74.2 N/A 85 3.5 133 5.4 3.6 6.2 M-B 25 32 58 1.6 5 55.4 14.6 N/A 1.3 181 9.2 3.5 5.0 Baixo 1,145 45 50 10 4 Nível de renda médio-baixo 3.8 Crescimento do PIB (anual) 02-06 M-B 5.1 Baixo Nível de renda do país Crescimento do PIB (anual) 97-01 442 Pop. refugiada (país de origem) Benin 44 Burkina Faso Pop. 0 a 14 anos (% of total) Cabo Verde 61 Costa do Marfim 20 Gâmbia 42 Gana Pop. urbana (% do total) Guiné 25 Libéria 1.8 51.4 N/A N/A 2.0 175 4.5 4.5 5.0 Baixo 3,663 47 33 15 Mali 23 54.7 N/A N/A 1.4 186 8.8 -1.2 8.7 Baixo 803 49 17 16 Niger 0.496 51.9 50.6 61 5.0 156 7.9 7.0 6.0 M-B 15,642 43 50 162 Nigéria 17 59.3 42.0 50 4.5 155 4.2 2.2 3.3 M-B 16,267 44 43 13 Senegal 9.1 47.8 N/A 41 2.9 180 4.9 3.2 5.5 Baixo 11,275 43 38 5.4 Serra Leone Pop. em milhões de pessoas Guiné-Bissau Valores Populacionais (em 2010)4 57.1 20.0 N/A 5.3 162 3.4 3.2 2.4 Baixo 18,330 40 43 5.8 Togo O Impacto doOrganized Crim me Organ nizado e do T ráfico de on Drog gas - ÁfricaDevelopment Ociidenta al & Security in West Africa The Impact of Crime and Drug Traffi cking Governance, Siglas AIRC COP Projeto de Comunicação entre Aeroportos AMLL Anti-lavagem de Dinheiro APD Plano de Ação no Controle de Drogas da ISW WG Grupo de Trabalho para Partilha de Informações TF JAIT UA Força-Tarefa Conjunta de Interdição de Aeroportos UA AU/U União Africana LA//AL América Latina A AUPA Plano de Ação no Controle de Drogas e C/ALC C LAC América Latina e Caribe Prevenção de Crimes da UA LW Armas Ligeiras Banco Central dos Estados da África AOC-N N MA Centro de Operações e Análise Marítima – AO BCEA Ocidental Narcóticos CCP Programa de Controle de Contêineres ML//LD Lavagem de Dinheiro CEN Rede Alfandegária de Luta Contra a oE MoU/Mo Memorando de Entendimento Fraude ST PRS Declaração Presidencial D CND Comissão de Narcóticos da ONU S RES Resolução AF COCA Grupo sobre tráfico de cocaína na África AR StA Iniciativa de Recuperação de Bens AIR COCA Operação Rota da Cocaína OLAD D COPO Programa de Cooperação entre a AL e a C TOC Crime Organizado Transnacional UE sobre Políticas Antidrogas EATN NET TRE Rede de Tratamento de Dependência Roubados CPI Índice de Percepções de Corrupção CTF Financiamento Antiterrorismo UN Nações Unidas (ONU) TD DT/T Tráfico de Drogas CAC UNC Convenção da ONU Contra a Corrupção EC Conselho Europeu A UN DPA Departamento de Assuntos Políticos WARN N ECOW Rede de Alerta Precoce da CEDEAO KO UN DPK Departamento da ONU de Operações de WAS// ECOW Comunidade Económica dos Estados da CEDE EAO AO OSOC UN ECO Conselho Econômico e Social das ONU F ECPF Estrutura de Prevenção de Conflitos GA/A AGNU UNG Assembleia Geral das Nações Unidas CEDEAO UNIITD Convenção da ONU Contra Tráfico Ilícito UE EU/U União Europeia F FATF Força-Tarefa de Ação Financeira contra ODC C UNO Química & Reabilitação Manutenção da Paz de Drogas e Substâncias Entorpecentes Escritório da ONU sobre Drogas e Crime Lavagem de Dinheiro OWA A UNO Escritório da ONU para a África Ocidental GDP/PBI Produto Interno Bruto TOC UNT Convenção da ONU Contra o Crime BA GIAB Grupo de Ação Contra Lavagem de Organizado Transnacional Dinheiro na África Ocidental SC UNS Conselho de Segurança da ONU GSI Iniciativa de Segurança Global WA/AO África Ocidental DH HD/D Desenvolvimento humano WACI Iniciativa da Costa Oeste-africana HLP Painel de alto nivel WACSI Iniciativa Americana de Cooperação no HR Direitos humanos IMoLLIN Rede de Informação Internacional sobre Domínio da Segurança, com a AO AN WADRA Lavagem de Dinheiro ACT IMPA B INCB Interrpol Rede de Autoridade Reguladora de Drogas da África Ocidental Força-Tarefa Internacional contra Produtos U/ WAEMU União Econômica e Monetária do Oeste Médicos Falsificados MOA A UEM Africano Conselho Internacional de Controle de WAJO Operações Conjuntas da África Ocidental Narcóticos WB World Bank Organização Internacional de Polícia MA WCO/OM Organização Mundial das Aduanas Criminal DR WD Relatório Mundial Sobre Drogas HO/O OMS WH Organização Mundial de Saúde O Impacto doTraffi Crim m e Organ izado e do TDevelopment ráfico de Drog as - África Ociidenta al The Impact of Organized Crime and Drug cking on nGovernance, &gSecurity in West Africa 21
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