Vestígios do passado
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Vestígios do passado
região solidária, imagens da minha terra, perspectiva s do meu futuro Índice 1. AD ELO 2. ADAE 3. ADD 4. ADDLAP 5. ADIBER 6. ADICES 7. DUECEIRA . Apresentação sumária da DUECEIRA Breve historial Objecto . Apresentação sumária do território Programas, projectos e actividades Parcerias e acções em cooperação . O território As Terras de Entre LOusã e Zêzere O verde e o azul – atributos geográficos identitários Significado da marca e do logótipo . Castanheira de Pera, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Figueiró dos Vinhos, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Lousã, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Miranda do Corvo, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Pampilhosa da Serra, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Pedrógão Grande, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Vila Nova de Poiares, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Personagens ilustres Vestígios do passado Usos e costumes . Natureza em azul As albufeiras e barragens As praias do interior As ribeiras da serra . Natureza em verde As paisagens da serra As aldeias serranas A natureza nas margens de Alge Conquistar a paisagem de Santa Luzia Descobrir o verde do Cabeço do Peão Descobrir a arte da pedra no Gondramaz No trilho dos romanos O Santo António da Neve O verde da Ribeira das Quelhas Descoberta da flora e da fauna locais no Parque das Medas A rede das aldeias de xisto A Rede Natura 2000 . Netgrafia . Bibliografia 1 1 2 3 5 9 12 12 15 17 19 19 22 25 29 34 34 37 39 43 48 48 51 53 56 63 63 66 69 72 82 82 85 88 90 98 98 101 102 106 112 112 114 115 118 123 123 128 145 148 148 155 158 160 162 163 165 169 174 178 180 182 188 196 8. TERRAS DE SICÓ Para cada área de intervenção foi preparado um Manual Electrónico de Apoio similar ao presente manual. Projecto Co-financiado por: Entidades parceiras: região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 1. Apresentação sumária da DUECEIRA Breve historial A Dueceira – Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça – é uma das várias associações de direito privado, sem fins lucrativos, que foram criadas na Região Centro, no decorrer da última década e meia, cujo principal objectivo se baseia na promoção do desenvolvimento integrado e auto-sustentado da sua zona de intervenção. Esta Associação conta com 18 associados, que englobam diversas instituições, públicas e privadas, de grande representatividade dentro de cada concelho, e que de seguida mencionamos: • Câmaras Municipais dos concelhos abrangidos (Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares); • ARCIL · Associação para a Recuperação dos Cidadãos Inadaptados da Lousã; • EPL · Escola Profissional da Lousã; • ADFP · Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo; • CBE · Centro da Biomassa para a Energia; • Cooperativa Agrícola de Miranda do Corvo, CRL; • Associação de Apicultores SerraMel; • Associação Humanitária de Bombeiros de Penela; • CERCI · Penela; • APPACDM · Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental; • Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares; • Escola C + S Dr. Daniel de Matos; • ADIP · Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares; • ACIC · Associação Comercial e Industrial de Coimbra. • Santa Casa da Misericórdia de Semide Desde a sua génese, em 1994, com o contributo do trabalho especializado de técnicos superiores em várias áreas de desenvolvimento foi possível, conjuntamente com o apoio da CCDRCentro - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do IDARC - Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro, que todo o processo de constituição fosse levado a cabo. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Objecto A Associação procura dar resposta às necessidades de informação, formação, mediação, apoio técnico e consultoria manifestados por sectores específicos, assim como, pela população em geral. Como principal método de actuação recorre à mediação interpessoal e entre instituições, garantindo o acompanhamento dos projectos que promove. A Dueceira procura valorizar os recursos locais, promovendo o desenvolvimento de uma forma global, não compartimentada, dinamizando iniciativas culturais, sociais e económicas. Esta associação tem ainda como objectivo a preparação, a planificação e a execução de estudos e de projectos, actuando no âmbito do desenvolvimento local e regional em cooperação com outras entidades públicas e privadas que prossigam o mesmo fim. Numa primeira fase, com o seu arranque e, posteriormente, já numa fase de consolidação, a Dueceira tem vindo a planear, preparar e executar projectos próprios, nomeadamente nas áreas: 1. da Informação (divulgação de iniciativas comunitárias, programas e projectos nacionais de índole diversa e, ainda, outra informação de interesse geral ou sectorial) 2. da Floresta (preservação e combate a incêndios) 3. do Desenvolvimento Endógeno dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Apresentação sumária do território A zona de abrangência da Dueceira engloba os concelhos de: 1. Lousã 2. Miranda do Corvo 3. Penela 4. Vila Nova de Poiares fonte: Dueceira Trata-se de uma zona com aproximadamente 484 Km2, nos quais se distribuem os 4 concelhos e as suas 21 freguesias, tendo uma população total residente de 42.477 habitantes, números que evidenciam uma densidade populacional de cerce de 88 habitantes por Km2. dados gerais dos concelhos da zona de intervenção unidade territorial área total km2 número freguesias densidade populacional hab./km2 população residente hm, em 2001 população residente h, em 2001 lousã 138,4 6 113,8 15 753 7 609 miranda do corvo 126,4 5 103,4 13 069 6 379 penela 134,8 6 48,9 6 594 3 197 vila nova de poiares 84,5 4 83,6 7 061 3 402 total 484,1 21 ± 87,7 42 477 20 587 fonte: INE Instituto Nacional de Estatística, Census 2001 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira distribuição das freguesias por concelho concelhos freguesias lousã casal de ermio foz de arouce gândaras lousã serpins vilarinho miranda do corvo lamas miranda do corvo rio de vide semide vila nova penela cumeeira espinhal podentes rabaçal são miguel santa eufémia vila nova de poiares arrifana lavegadas santo andré são miguel dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Programas, projectos e actividades Programa LEADER II Para a concretização deste Programa, esta Entidade encetou, em 1994, um processo de cooperação com outra Associação de Desenvolvimento - a Pinhais do Zêzere – , concretizando assim uma acção inovadora e demonstrativa de parceria activa, através de uma acção articulada para um território mais vasto e com características idênticas. Foi credenciada, no dia 02 de Maio de 1995, como Entidade Local gestora do Programa LEADER II, apresentando e desenvolvendo nesse âmbito um Plano de Acção Local (PAL), para a Zona de Intervenção que compreendia as vertentes Norte e Sul do Maciço da Serra da Lousã, nomeadamente os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Pedrógão Grande e Vila Nova de Poiares. Este Programa, no âmbito do QCA II, possibilitou um montante total de investimento que ultrapassou os 3.500.000€ (Três milhões e quinhentos mil Euros). Programa LEADER+ Dando continuidade à estratégia preconizada por esse Plano de Acção Local, apresentou a Dueceira, em Agosto de 2001, e ainda em parceria com a Pinhais do Zêzere, uma candidatura à terceira fase desta Iniciativa Comunitária, designada, no âmbito do QCA III como LEADER+ e concretizada num Plano de Desenvolvimento Local (P.D.L.) para uma Zona de Intervenção que, para além dos seis concelhos anteriormente mencionados, passou a incluir o concelho de Pampilhosa da Serra. No âmbito deste PIC propôs-se a gerar, entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2008, um investimento a ultrapassar os 5.000.000€ (Cinco milhões de Euros). mapa do território de entre lousã e zêzere fonte: Dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Na sequência da aprovação dessa candidatura, foi a Dueceira credenciada, em 2002, como entidade gestora do Programa LEADER+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere – Plano de Desenvolvimento Estratégico de Novas Ruralidades – tendo vindo, desde então, a trabalhar na aplicação e execução deste plano no seio do território, conforme se pode compreender da leitura do Modelo e Estratégia de Desenvolvimento. modelo e estratégia de desenvolvimento leader+eloz entre lousã e zêzere designação dimensão local do pdl desafio para a região abordagens ao território leader+eloz. entre lousã e zêzere plano de desenvolvimento estratégico de novas ruralidades a(s) originalidades do território como factor de afirmação e fortalecimento da auto-estima das comunidades locais visando a sua fixação e valorização promoção da originalidade do território valorizando, qualificando e reinventando a imagem e unidade serrana. competitividade competitividade ambiental competitividade económica competitividade global objectivos gerais promover agitação sócio-cultural promover acções de compreensão e valorização do meio ambiente afirmar e qualificar as economias locais adaptar mentalidades e processos locais às transformações globais promoção de novas ruralidades para uma sociedade renovada para um ambiente preservado para uma economia sustentável para uma postura de abertura estratégia geral construção de uma imagem positiva, renovada e atractiva do mundo rural uma região solidária... tema federador objectivo específico melhoria da qualidade de vida nas zonas rurais leader+ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira suporte referencial Região Solidária é uma ideia, uma estratégia, um acção pluridisciplinar que tem como suporte referencial a mensagem «solidariedade=responsabilidade recíproca, a qual objectiva concretizar uma série de actividades que permitam a evolução da região e das suas comunidades, possibilitando a melhoria da qualidade de vida das populações a diferentes níveis de intervenção. Neste sentido, preconiza a realização de um conjunto de acções, as quais têm por base a definição de novas abordagens ao conceito de solidariedade, cidadania, participação activa e educação cívica das populações, quer seja a nível social, económico, ambiental e patrimonial, sendo identificados interesses e concebidas abordagens as quais se constituam como exercícios práticos do conceito. Projecto 4 CEFF’s Na área da floresta, a Dueceira é igualmente a entidade gestora do projecto-piloto “Preservação da Floresta Contra Incêndios no Âmbito de 4 C.E.F.F.´s”, conjugando os recursos das C.E.F.F – Comissões Especializadas de Fogos Florestais municipais de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares para a preservação da floresta existente no seu espaço geográfico. Tratou-se de um projecto aprovado no montante total de cerca de 1.500.000€ (Um milhão e quinhentos mil Euros), para a aquisição de um parque de máquinas destinado a servir os associados na prevenção e combate a fogos florestais, ao nível de: • Abertura de caminhos florestais; • Reparação e regularização de estradas florestais; • Limpeza de bermas e valetas; • Limpeza de matos e de aceiros; • Combate a incêndios. No âmbito deste projecto foi efectuada a contratação e formação de pessoal, consoante as necessidades detectadas e face à própria dinâmica do projecto. Por forma a efectuar um adequado aproveitamento e escoamento de estilha e com vista à sua rentabilização como meio de diminuir custos com a manutenção e reparação do equipamento, foi estabelecido um Protocolo de Cooperação com a EDP - Electricidade de Portugal, SA - lavrado a 18 de Março de 1999 e através do qual a Dueceira previa o fornecimento de resíduos de origem florestal à Central Térmica de Resíduos Florestais de Mortágua (CTRF). Estágios curriculares e profissionais Esta entidade tem assumido sempre ser uma possibilidade na integração de jovens no mercado de trabalho, promovendo estágios curriculares e/ou profissionais para recém licenciados, tanto no âmbito do Programa AGIR, promovido pelo Instituto Português da Juventude, como no âmbito da medida Estágios Profissionais, promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Formação profissional No âmbito do POCentro - Programa Operacional para a Região Centro - e do AIBT- Acção Integrada de Base Territorial para o Pinhal Interior – relativamente à componente de formação profissional, a Dueceira protocolou com outras associações de desenvolvimento congéneres para a realização de formação profissional em sectores como o Turismo (com a Adiber), a Apicultura (com a Pinhais do Zêzere), e o Vinho e Gastronomia (com a Terras de Sicó), formação esta que tem vindo a ser realizada desde 2004. Plano de desenvolvimento rural do Vale do Ceira O Projecto de Desenvolvimento Rural do Vale do Ceira surgiu por proposta do IDARC - Instituto de Desenvolvimento Agrário da Região Centro - que se assumiu igualmente como o seu promotor, com suporte financeiro da DRABL - Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral - e em parceria com as Associações de Desenvolvimento Dueceira e Adiber e as Câmaras Municipais de Góis, Lousã, Arganil, Miranda do Corvo e Pampilhosa da Serra. Trata-se de um projecto apoiado financeiramente no âmbito da Acção 8 do Programa AGRIS, o qual tem como objectivo definir uma intervenção estratégica centrada no Rio Ceira e na sua área de influência. Urbcom Sistema de incentivos a projectos de urbanismo comercial Apoio ao comércio tradicional O Projecto Urbcom – Sistema de Incentivos a Projectos de Urbanismo Comercial – Apoio ao Comércio Tradicional, visou, numa primeira fase a constituição de uma UAC- Unidade de Acompanhamento e Controlo para a implementação desta iniciativa, a qual visa a promoção e dinamização do comércio tradicional, o apoio e divulgação das potencialidades turísticas e económicas dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares. Compete a esta UAC a criação e divulgação de uma imagem de marca, o apoio e divulgação das potencialidades turísticas e económicas dos concelhos, a promoção e dinamização do comércio tradicional, a criação de uma página web, a criação de parcerias e protocolos de cooperação, a angariação de associados e de patrocínios e a prestação de serviços. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Parcerias e acções em cooperação Com o objectivo de dinamizar a rede local de intervenção socio-económica, perspectivando o intercâmbio de experiências, articulação de estratégias e responsabilização conjunta nas metodologias a adoptar em prol do desenvolvimento local, foram estabelecidas ou mantidas parcerias efectivas com diversos organismos locais: pinhais do zêzere · associação de desenvolvimento “Programa LEADER+ELOZ. Entre Lousã e Zêzere” (1996-2008). pinhais do zêzere · associação de desenvolvimento Para a execução de formação profissional na vertente apícola no âmbito AIBT · Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior. adices · associação de desenvolvimento Projecto de Cooperação Transnacional “Artesanato em Rede” montañas del teleno · associación de desarrollo (astorga, león, espanha) Projecto de Cooperação Transnacional “Artesanato em Rede” cbe · centro da biomassa para a energia "Projecto-Piloto: Preservação da Floresta Contra Incêndios no âmbito de 4 CEFF's" edp · electricidade de portugal, sa. "Projecto-Piloto: Preservação da Floresta Contra Incêndios no âmbito de 4 CEFF's". adip · associação de desenvolvimento integrado de poiares Para a execução de todo e qualquer projecto de desenvolvimento que venha a ser delineado em parceria, bem como e, especificamente, para o projecto "Assistência às empresas de artesanato e às pequenas empresas". associações e câmaras municipais localizadas no vale do ceira adiber / drabl · direcção regional da agricultura da beira litoral / idarc · instituto para o desenvolvimento agrário da região centro Para a execução do Plano de Desenvolvimento Rural do Vale do Ceira. adiber · associação de desenvolvimento de góis e da beira serra Para a execução de formação profissional na vertente turística, no âmbito da AIBT · Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira adl da beira litoral adae / add / addlap / adices / adelo / adiber / terras de sicó Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria no seio do grupo das 8 associações de desenvolvimento local da Beira Litoral, e mais particularmente dos projectos de cooperação interterritorial Região Solidária e Marketing Institucional e de cooperação transnacional Cooperar em Português. outras adl nacionais pinhal maior / adl / leader sor Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente o projecto de cooperação transnacional Cooperar em Português. outras entidades internacionais rits · rede de informação para o terceiro sector dlis · rede de desenvolvimento local, integrado, sustentável do brasil (entidades com protocolos já formalizados) Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente do projecto de cooperação transnacional Cooperar em Português. outras entidades internacionais união geral das cooperativas agro-pecuárias de maputo · moçambique programa de luta contra a pobreza rural de cabo verde iepe · instituto de estudos e planeamento estratégico da guiné-bissau consórcio do jiquiriçá, bahia, brasil rts · rede de tecnologia social do brasil sebrae do brasil (entidades com parcerias em fase de formalização) Para a execução de todo e qualquer projecto de parceria e mais particularmente do projecto de cooperação transnacional Cooperar em Português. outras adl nacionais atahca / monte-ace / vicentina / leader sor Para a execução do projecto de cooperação transnacional Eco-Rede de Museus Vivos. adl espanholas centro de desarollo rural valle del esse-entrecabos (astúrias) asociación de desarrollo rural saja–nansa (cantábria) asdecomor · asociación de desenvolvemento comarca de ordes (galícia) Para a execução do projecto de cooperação transnacional Eco-Rede de Museus Vivos adl do pinhal interior pinhal maior e adiber Formalização de parceria a desenvolver no âmbito do Programa LEADER MED · Mediterrâneo dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 10 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira terras de sicó · associação de desenvolvimento Para a execução de formação profissional na vertente vitivinícola e gastronómica no âmbito AIBT · Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior minha terra · federação portuguesa de associações de desenvolvimento gestoras do pic leader+ [48 entidades a nível nacional] Para a execução do projecto de cooperação interterritorial Sementes de Futuro pinhais do zêzere / adiber / pinhal maior / ccam · caixas de crédito agrícola mútuo da beira centro, pinhal e de coimbra Para a execução do projecto GLOCAL, implementação da metodologia SIM- Sistema de Micro-Crédito para o Auto-Emprego e Criação de Micro-Empresas, no âmbito do PIC EQUAL. andc · associação nacional de direito ao crédito Colaboração informal (não protocolada) com a ANDC para assunção do papel de informador/mediador junto de potenciais promotores locais de micro projectos de investimento, interessados neste tipo de instrumento financeiro. carvalho e henriques, lda. Para a prossecução do projecto CAIE · Centro de Apoio a Iniciativas Empresariais, no que concerne ao incentivo e inserção de jovens estagiários e licenciados no mundo do trabalho, nomeadamente ao nível do seu encaminhamento enquanto potenciais investidores. rede social do concelho de vila nova de poiares Para integração e participação nos Órgão Plenário e Núcleo Executivo do CLAS · Conselho Local de Acção Social de Vila Nova de Poiares rede social do concelho da lousã Para integração e participação nos Órgãos da Rede Social: Órgão Plenário, Núcleo Executivo e Núcleo Técnico. reapn · rede europeia anti-pobreza / portugal Para a execução de todo e qualquer projecto que venha a ser delineado em parceria. rede regional para o emprego do pinhal interior norte Para a execução de todo e qualquer projecto no combate ao desemprego que venha a ser delineado em parceria. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 11 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 2. O território As Terras de Entre LOusã e Zêzere O território da Zona de Intervenção do Programa Leader+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere localiza-se em Portugal Continental, mais propriamente na Região Centro, na NUT II do Pinhal Interior Norte e abrange os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande e Vila Nova de Poiares, num total de 34 freguesias. Possui uma área total aproximada de 1.114 km2, uma população total residente de 54.176 habitantes e uma densidade populacional de 48,6 habitantes por km2. mapa da zona de intervenção leader+eloz. entre lousã e zêzere fonte: Dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 12 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira distribuição dos concelhos e freguesias abrangidos concelhos freguesias castanheira de pera castanheira de pera coentral figueiró dos vinhos aguda arega bairradas campelo figueiró dos vinhos lousã casal de ermio foz de arouce gândaras lousã serpins vilarinho miranda do corvo lamas miranda do corvo rio de vide semide vila nova pampilhosa da serra cabril dornelas do zêzere fajão janeiro de baixo machio pampilhosa da serra pessegueiro portela do fojo unhais-o-velho vidual pedrógão grande graça pedrógão grande vila facaia vila nova de poiares arrifana lavegadas santo andré são miguel caracterização do território através dos principais indicadores socio-económicos designação descrição fontes ano valor população residente população residente no território rgp-census 2001 2001 54.176 superfície superfície do território em km2 anuário estatístico da região centro 1999 1114km2 superfície desfavorecida zona montanha superfície do território classificada como desfavorecida, em km2 directiva 75/268/ cee, nº 3 · artigo 3º 1999 100% densidade demográfica número de habitantes por km2 census 2001 2001 48,6 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 13 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira índice de evolução da população residente relação entre a população residente em 2001 e a população residente em 1991, em % rgp-census 2001 e rgp-census 91 2001 1991 (+)5,8% população empregada na agricultura % da população empregada na agricultura em relação à população empregada total ruralidade e agricultura dgdr e rgp-census 91 1991 12,4% grau de ruralidade % da população residente dispersa ou residente em lugares com 2.000 ou menos habitantes rgp-census 91 1991 85,8% grau de urbanização % da população residente em lugares com 5.000 ou mais hab. rgp-census 91 1991 0% relação de feminilidade relação entre o nº de mulheres e o nº de homens, expressa em % anuário estatístico da região centro 1999 52% índice de dependência total relação entre a população com 0-14 e com 65 e mais anos e a população com 15-64 anos, em % anuário estatístico da região centro 1999 57,3% índice de envelhecimento relação entre a população com 65 e mais anos e a população com 0-14 anos, medida em % anuário estatístico da região centro 1999 148% índice de desenvolvimento social índice composto, expresso em % que integra a esperança de vida à nascença, o nível educacional e o conforto e saneamento lei 42/98 de 06 de agosto e portaria 995/98, 25 de novembro 1998 0,836 nacional = 0,878 fonte: INE · Instituto Nacional de Estatística, Census 2001 • percentagem de superfície agrícola: 14,1% • percentagem de superfície florestal: 72,6% dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 14 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira O verde e o azul · atributos geográficos identitários Atendendo aos seus atributos geográficos: a Hidrografia (os Rios) – o Azul e a Orografia (as Serras e a Floresta) – o Verde, a Zona de Intervenção, encontra-se espacialmente localizada e encaixada entre os dois maiores cursos de água nacionais – os Rios Mondego e o Zêzere. Surge como um território que beneficia e usufrui directamente dos inúmeros recursos hídricos que dispõe. Particularmente rica em água, banhada por inúmeras nascentes, regatos, ribeiras e rios e, ainda, com a existência de algumas Albufeiras e Barragens, a região surge como um espaço privilegiado, em que a quantidade e a qualidade da água se assumem como factores preponderantes na caracterização e identificação do território. Finalmente, e pela sua importância do ponto de vista histórico, patrimonial, turístico e naturalmente ecológico e ambiental, surgem como recursos de maior expressão: • os rios mondego, zêzere, ceira, unhais, alva, alheda, dueça, arouce (também designada por ribeira de são joão)... • as ribeiras de pera e de alge... • as barragens e albufeiras do cabril, de santa luzia, do alto ceira e da bouçã. As montanhas são características geo-morfológicas que definem e condicionam os territórios. Ocupadas na sua quase totalidade por grandes manchas florestais, constituem-se como áreas particularmente sensíveis, uma vez que qualquer intervenção surge com maior dificuldade de operacionalização e o seu equilíbrio ecológico-ambiental facilmente perturbável. Ao longo dos tempos, a Serra da Lousã surgiu como uma barreira à comunicação, ao crescimento económico e ao desenvolvimento generalizado das comunidades. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 15 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A Serra reflectia-se na vida árdua e de permanente labuta (quase confronto) dos povos serranos, na dificuldade diária de tirar da terra o seu sustento, nas invernias cinzentas e gélidas, nos acessos e percursos sinuosos contrários à fluente deslocação. Mas... a Serra surgia também e porventura preponderantemente como a própria identidade da região, o seu ex-libris, confundindo-se com a própria identidade dos seus naturais, permanentemente o elemento de referência e, actualmente, numa época em que o mundo avançou para conceitos como o de “aldeia global”, para a utilização (quase banal) dos novos meios de comunicação e inovadoras tecnologias trespassam, à velocidade de segundos, as mais rochosas e inatingíveis escarpas, a Serra da Lousã definese como factor agregador de vontades e anseios, como uma característica de eleição que estabelece a própria originalidade da região, que une os povos serranos do Norte e do Sul e que cria pistas de e para o desenvolvimento. E é este o território da nossa intervenção, para o qual trabalhamos e para cuja população surgiu a iniciativa Região Solidária – Imagens da Minha Terra, Perspectivas do meu Futuro. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 16 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Significado da marca e do logotipo Imagem da adl e do território enquanto suporte de uma estratégia Uma imagem de uma entidade, de um território, de uma intervenção não se suporta apenas num logotipo. Afinal este surge como uma compilação e resumo das ideias. Contextualizando a questão, quando se fala de imagem pensa-se e fala-se de verde e de azul, das serras e dos rios, da riqueza orográfica e hídrica dos territórios, ou seja, de um todo que se pretende coeso e uno no imaginário das comunidades. Aliás, elementos de identidade devidamente apoiados pelas opiniões da população que foi chamada a participar nestas questões em 1996 e em 2000, através dos Inquéritos à Comunidade que efectuámos. A imagem do Programa LEADER-ELOZ.Entre LOusã e Zêzere surgiu em 1995 e para conhecimento de quem se interessa sobre estes assuntos, fazemos de seguida uma pequena súmula para uma total compreensão do conteúdo e histórico: “marca“ · eloz. entre lousã e zêzere eloz. entre lousã e zêzere sigla de entre lousã e zêzere. identificação do território, forma abreviada de designar o programa, com referência às fronteiras o território, a intervenção. geo-morfológicas simultaneamente trocadilho verbal a norte e a sul do mesmo. com a expressão elos, de ligações, de parceria de cooperação entre 02 associações. entre lousã e zêzere espaço de compreensão maciço montanhoso da lousã elo de ligação rio zêzere Esta designação é completa com a alusão introdutória à Iniciativa Comunitária co-financiadora, concretamente “Programa LEADER+” e ainda completa com a designação identificadora da acção interventora concretizada pela Entidade, ou seja, “Plano de Desenvolvimento Estratégico de Novas Ruralidades” Esta “marca” surgiu em 1995 -resultado do trabalho encetado pelas duas Direcções e respectivas equipas técnicas- quando se tornou fundamental identificar o processo de parceria entre duas associações de desenvolvimento que então começava a despontar, identificando simultaneamente o território e a zona de intervenção do Programa. Como é do conhecimento geral, o “território” de Entre LOusã e Zêzere é o resultado de um processo de cooperação entre a Dueceira - Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça e a Pinhais do Zêzere – Associação para o Desenvolvimento. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 17 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Pretendeu-se que a “marca” representasse -para além da identificação geo-espacial- um símbolo de identidade das comunidades locais e igualmente conotasse esta relação de “cumplicidade” desenvolvida entre as 2 entidades parceiras. Por tal pretendeu-se uma designação algo figurativa, com uma certa poesia até, quase estética. logotipo da “marca“ Na sequência natural da concepção da “marca”, surgiu desde logo a iniciativa de a relacionar a uma representação visual. Para tal e tendo por base o mesmo objectivo estratégico, objectivou-se que este logotipo fosse esteticamente distinto das representações mais usuais no mercado e recriasse uma imagem da realidade o mais aproximada possível. Concebida por um artista plástico local, João Viola -a título gracioso e sem quaisquer expensas para as entidades na altura nascentes- o logotipo da ELOZ. Entre LOusã e Zêzere surge como um quadro muito realista que capta a essência dos elementos de identidade local e os confunde e une. 1. a presença (opcional) da marca: eloz – entre lousã e zêzere. 5. 1. 2. a mó, símbolo da presença e intervenção humanas. assim como os caminhos de montanha, que com a sua sinuosidade acabam por formar os elos (z). 3. 3. o verde... floresta, montanhas, a serra da lousã. 4. o azul... água, rios, o zêzere. 2. 6. 4. 5. discretamente a presença de um símbolo representando a iniciativa leader. 6. composição de cor em torno do verde e azul, com o amarelo a criar luminosidade e contraste. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 18 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3. O território, concelho a concelho 3.1. Castanheira de Pera, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho A neve do rei… O Alto do Trevim (a 1.204m de altitude) e o Santo António da Neve são os pontos mais elevados da Serra da Lousã, constituindo-se como uns imensos planaltos, locais privilegiados para desfrutar da imensidão da paisagem e inspirar um ar de qualidade invejável. Daqui saía o gelo que iria refrescar o paço real em Lisboa, num trajecto que reflectia a vida difícil dos povos serranos em épocas passadas. Situando-se na vertente mais soalheira da Serra, as povoações do concelho surgem altivas espalhadas pelo vale, acompanhando o percurso sinuoso da Ribeira de Pera que, aqui e ali, se despenha em pequenas cascatas. Desde tempos imemoriais, o concelho desenvolveu-se com base nas artes e ofícios relacionados com a pastorícia, sendo este um dos factores determinantes para o surgimento de grandes fábricas de lanifícios que, em finais do século XIX, fizeram das terras de Castanheira de Pera o terceiro pólo industrial do país. No decurso dos últimos cinco anos, tem-se porém o Turismo destacado como actividade económica preponderante na evolução do concelho, assumindo o complexo turístico da Praia das Rocas como o ponto fulcral numa política de viragem e combate ao profundo problema de envelhecimento e desertificação humana do concelho. Este espaço, construído em torno da Ribeira de Pera e do seu aproveitamento hídrico, surge como uma zona fluvial de lazer inovadora, que recorre a tecnologia de ponta para a simulação de ondas e a criação de um ambiente de praia de mar a 500 metros de altitude, situação per si utilizada estrategicamente enquanto marketing da zona e do próprio local. Geografia e demografia O concelho de Castanheira de Pera localiza-se na Região Centro, na sub-região do Pinhal Interior Norte, no distrito de Leiria. Situado numa das vertentes da Serra da Lousã, é atravessado pela ribeira de Pera, sendo limitado a nordeste pelo município de Góis, a sueste por Pedrógão Grande, a oeste por Figueiró dos Vinhos e a noroeste pela Lousã. O município foi criado em 1914, tendo anteriormente pertencido a terras de Pedrógão Grande. No total o concelho abrange uma área de 66,86 km2 e é constituído por duas freguesias: Castanheira de Pera e Coentral. Em 2001, o concelho apresentava 3733 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 19 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Castanheira de Pera · in Diciopédia 2005 [dvd-rom] · Porto · Porto Editora · 2004 evolução da população do concelho de castanheira de pera (1920 – 2004) ano 1920 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 5839 6116 5739 5137 4442 3733 3464 outras informações relevantes características gerais do concelho gentílico perense área 66,86 km² população 3 733 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/km²) 59,5 número de freguesias 2 região centro subregião pinhal interior norte distrito leiria antiga província beira litoral dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 20 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local O principal sector de actividade é o secundário, nomeadamente com as indústrias têxteis e de lanifícios, embora se tenha registado nos últimos anos uma tercialização da população activa relacionada com o Turismo. O sector primário está relacionado com uma agricultura de subsistência, de onde se destacam o olival, o milho, a batata, o centeio, o feijão e os produtos hortícolas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 21 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa, nasceu em Castanheira de Pera a 29 de Outubro de 1886. Fez os seus estudos primários em Coimbra, em regime de pensionato, e depois entra para o liceu. Matricula-se, como que era normal na época, em três faculdades - a de medicina, e em Filosofia e Matemáticas Superiores. Na Faculdade de Medicina acaba a licenciatura em 1913, formando-se, anos antes, em Filosofia e Matemática, com excelentes notas. Lecciona, ainda sendo aluno, no Colégio de Coimbra, a disciplina de Ciências Físicas e Biológicas, colaborando na altura com o professor Sidónio Pais, que decerto muito o influenciou. Em Coimbra, enquanto estudante, foi convicto republicano. Pertenceu, quando frequentava o 4º ano de medicina, ao Comité civil da organização carbonária autónoma de Coimbra, “Carbonária Portugália”, em Janeiro de 1910. Ao mesmo tempo, faz parte, em Coimbra, da Loja Revolta (aliás, como todos os do comité de estudantes da Carbonária Portugália) com o nome simbólico Saint Just, tendo atingido o grau 5º do Rito Francês. Fez parte da geração de estudantes da Greve Académica de 1907. Frequentava, na altura, o 1º ano da Faculdade de Medicina e foi um dos 160 alunos (chamados Intransigentes) que não renovaram a matrícula para fazer exame. Colega de Oliveira Salazar na Universidade, acompanhou-o depois na tertúlia do CADC, e pode dizer-se, tal era a admiração pessoal que tinha por ele, que foi Salazarista antes do Salazarismo. O ditador, mais tarde, agradeceu-lhe a atenção dedicada. Concluída a licenciatura em Medicina, Bissaya Barreto opta pela vida política, sendo eleito para o círculo eleitoral da Figueira da Foz, para a Constituinte de 1911. Em Lisboa, frequenta a Escola Médica e as aulas do professor e cirurgião cabeça, ao mesmo tempo que o ocupa o seu lugar no parlamento. Após 3 anos regressa a Coimbra, onde faz provas para professor agregado da Faculdade de Medicina, regendo depois a cadeira de “Técnica Cirúrgica” e exerce clínica. Como cirurgião, percorre a província, operando em Vila Real, Guarda, Santa Comba Dão, Mealhada, Castanheira de Pera, Figueira da Foz. Bissaya Barreto que fez parte (1932) da Comissão Central da União Nacional, juntamente com Manuel Rodrigues, Armindo Monteiro, Lopes Mateus, e sob chefia de Salazar, foi, ainda, Presidente da Junta da Província da Beira Litoral, procurador à Câmara Corporativa e, ao longo do tempo, teve uma acção no campo social e da saúde pública muito importante. Impulsionou sanatórios, leprosarias, casas da criança, refúgios para idosos, institutos maternais, bairros económicos, campos de férias, colónias balneares, estando à frente da campanha de luta contra a tuberculose, a lepra e a loucura. Mandou fazer a Escola Normal Social e o Portugal dos Pequenitos. Em 26 de Novembro de 1958, criou uma Fundação, em Coimbra, que tem o seu nome, justamente na casa onde viveu. Após o 25 de Abril foi exonerado de todos os seus cargos, morrendo em Lisboa a 16 de Setembro de 1974. fonte: Fernando Baeta Bissaya Barreto Rosa in wikipédia · http://pt.wikipedia.org/wiki/bissaya_barreto dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 22 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira portugal dos pequenitos Obra do Professor Dr. Bissaya Barreto, projectado pelo arquitecto Cassiano Branco, o Portugal dos Pequenitos (e não Portugal do Pequeninos), implantado na cidade de Coimbra desde 1940, é talvez o parque temático dedicado à criança mais visitado e interessante do país. O Portugal dos Pequenitos fica no Largo do Rossio, Santa Clara. O parque tem monumentos e outros elementos sobre a arquitectura e a História de Portugal, distribuídos por três zonas:A primeira parte da construção, efectuada entre 1938 e 1940, é constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas. Solares de Trás-os-Montes e Minho, casas típicas de cada região com pomares, hortas e jardins, capelas, azenhas e pelourinhos. A este núcleo, pertence também o conjunto de Coimbra, espaço onde se encontram representados os monumentos mais importantes da cidade.A segunda fase integra a “área monumental”, espaço ilustrativo dos monumentos nacionais de Norte a Sul do País. De realçar a cópia da janela do Convento de Cristo em Tomar, obra em cantaria da autoria de Valentim de Azevedo.Terminada em finais dos anos 50, a terceira fase engloba a representação etnográfica e monumental dos países africanos de língua oficial portuguesa, do Brasil, de Macau, da Índia e de Timor, rodeados por vegetação própria destas regiões. Esta fase integra também monumentos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. fonte: Portugal dos Pequenitos · in wikipédia · http://pt.wikipedia.org/wiki/portugal_dos_pequenitos portugal dos pequenitos em coimbra casa da criança em castanheira de pera dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 23 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Outros personagens antónio alves bebiano (1831·1911) Visconde de Castanheira de Pera, grande dinamizador da indústria têxtil local. professor doutor fernando baeta byssaia barreto rosa (1886·1974) Ilustre médico fundador de uma obra com grande alcance social na Beira Litoral, nomeadamente a Casa da Criança, o Portugal dos Pequenitos, entre outras. dom manuel agostinho barreto (1835·1911) Sagrado Bispo do Funchal, grande inovador do ensino do seminário. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 24 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado chaminé da fábrica dos esconhais As origens da vila remontam a 1135 e em 1206 D. Pedro Afonso, filho bastardo de D. Afonso Henriques, concedeu-lhe o foral, que foi renovado por D. Sancho I em 1217. Concelho arrebatado às terras de Pedrógão, Castanheira de Pera surge como consequência directa da Revolução Industrial, na época em que o Visconde de Castanheira de Pera dá trabalho e casa ao povo da vila. A região teve, desde sempre, tradição na indústria de lanifícios, tendo sido construída uma fábrica no século XIX, em 1860, movida por roda hidráulica, que se destacou pela qualidade dos seus produtos. Mais tarde, transformou-se no terceiro centro da indústria de lanifícios do país. Este desenvolvimento industrial foi complementado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, por intermédio do visconde de Castanheira de Pera, António Alves Bebiano. Das grandes fábricas do fim do século XIX restam hoje apenas paredes e máquinas que formam um núcleo importante de arqueologia industrial, bem como a chaminé da Fábrica dos esconhais. Mais bem conservadas estão as inúmeras casas solarengas existentes na vila e nos arredores. Castanheira de Pera foi elevado a concelho a 04 de Julho de 1914. Na vila, apresentando muitos traços setecentistas, a Igreja Matriz (dedicada ao padroeiro São Domingos) eleva-se sobre uma ampla escadaria encimada por um antigo cruzeiro. No seu interior, uma peça do século XVI, talhada em pedra e representando a Santíssima Trindade, faz as honras do templo. igreja matriz fonte: site institucional do Município de Castanheira de Pera A caminho da serra é possível visitar aldeias com sabor a passado, descobrindo pelos seus recantos o modo de vida próprio das gentes do mundo rural. No Coentral Grande a Igreja Matriz encanta pela sua traça simples e enquadramento airoso face ao povoado. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 25 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira coentral grande Mas, o que identifica e traduz a História de Castanheira de Pera é o Alto do Santo António da Neve, pico da serra onde se situa a Capela (com o mesmo nome) e mandada edificar em 1787 pelo Neveiro-Mor da Casa Real, Julião Pereira de Castro. Junto à Capela situam-se os poços do antigo Real Neveiro, local onde o gelo era conservado para depois ser transportado por ronceiros carros de bois até Constância e em barco, rio Tejo abaixo, até Lisboa num trajecto cheio de pesares e dificuldades. alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 26 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira O gelo viria depois a ser utilizado na copa e adega do Rei e em cafés reputados da capital. Dos sete poços iniciais (construídos na pedra de xisto, típica da região), resistiram ao tempo somente três, herança presente de uma época árdua para os povos serranos. alto do santo antónio da neve · poços do antigo real neveiro De entre outros vários monumentos destacam-se: as Ermidas de Nossa Senhora da Guia, São Sebastião e Nossa Senhora da Nazaré; o jardim da Casa da Criança Rainha D. Leonor; as esculturas que povoam os largos e rotundas com especial relevo para o monumento ao Vento e a estátua da Princesa Peralta; o Museu do Lagar, localizado na Praia Fluvial do poço Corga e ainda a Casa do Tempo. estátua da princesa peralta dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 27 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira museu do lagar As aldeias de Coentral Grande, Pera, Pisões, Gestosas, Carregal, Cimeiro, Moita e Sarzedas de S. Pedro, entre outras, constituem por si locais de interesse e que conservam a traça arquitectónica original. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 28 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais artefactos têxteis • barretes das sarnadas Os barretes são fabricados na única fábrica existente a nível mundial, localizada no Parque Industrial do Safrujo, em Castanheira de Pera. Nesta fábrica são ainda produzidos os barretes dos campinos ribatejanos (verdes e vermelhos) e dos pesacadores da Nazaré (de cor preta). Os barretes originais constituíam parte integrante do vestuário tradicional dos Neveiros do Coentral, subsistindo actualmente enquanto ex-libris do concelho. Tradicionalmente são oferecidos e “enfiados” nas cabeças das personalidades que visitam estas paragens. artes decorativas • tapeçarias artísticas e peças diversas cordoaria e carpintaria • cadeiras, bancos mesas em madeira e corda azulejaria e cerâmica • peças diversas a nível dos ofícios tradicionais sobressaem, os associados à apicultura Principais especialidades gastronómicas pratos típicos do concelho de castanheira de pera cabrito assado e arroz de cabidela de cabrito A pastorícia constitui, ainda hoje, uma actividade económica importante nestas paragens. mel de urze da serra da lousã Produto D.O.P. • Denominação de Origem Protegida dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 29 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Feiras, festas e romarias feriado municipal · 04 de julho significado do dia: data da fundação do concelho (04.07.1914) Castanheira de Pera pertenceu à freguesia de Santa Maria de Pedrógão. Em 1502, foi fundada a freguesia de Castanheira de Pera. Mais tarde, em 1691, a freguesia do Coentral. De 1895 a 1899, Castanheira e Coentral pertenceram ao concelho de Figueiró dos Vinhos, quando o concelho de Pedrógão Grande foi extinto. Em 1899, um decreto restaurou o concelho de Pedrógão e Castanheira e Coentral voltaram a pertencer a este concelho. A importância social e económica de Castanheira, decorrente do desenvolvimento da indústria de lanifícios, impunha-se ao concelho que, radicado em Pedrógão, era acusado de “administração desligada dos interesses das povoações do nordeste”. Castanheira pretendia, assim, desanexar-se de Pedrógão. Porém, as lutas políticas e as rivalidades eram muitas. Numa terrível campanha eleitoral, em 1913, a lista da Castanheira conseguiu a vitória para a Câmara de Pedrógão, por escassos três votos. Conquistada a Câmara, estavam abertas as portas para a autonomia municipal. Foi elaborado o projecto de lei n.º 47-A, da autoria de Victorino Godinho, que justificava a criação do concelho de Castanheira de Pera: “Castanheira de Pera é uma das mais florescentes povoações do país (…) atestam-no bem a pujança industrial e comercial, o número relativamente elevado dos seus habitantes (5.684) e as suas contribuições para a Fazenda Nacional e para o município. (…) Ao norte da Castanheira existe outra freguesia do concelho de Pedrógão, Coentral (839) habitantes, que com aquela se encontra em fáceis comunicações e que naturalmente deverá fazer parte de novo concelho, que assim ficará com 6523 habitantes (…)”. A lei n.º 203, que aprovava a criação do concelho, foi publicada no Diário do Governo, I ª série, n.º 99, de 17 de Junho de 1914. Em 4 de Julho de 1914, é fundado o concelho de Castanheira de Pera. Um dos períodos mais complicados, mas também dos mais pitorescos do concelho de Castanheira de Pera foi o que decorreu de 1923 a 1927 - período em que houve dois executivos camarários antagónicos que se auto-consideravam legítimos e que, em nome da lei, cobravam impostos e aplicavam multas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 30 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira festa de inauguração do concelho paços do concelho na casa pimentel fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/ mercado semanal sábado romaria santo antónio da neve · coentral 13 de junho feira anual castanheira de pera 3ª semana de julho festa em honra de são domingos castanheira de pera 3º domingo de agosto encontro dos povos serranos santo antónio da neve · coentral evento móvel, realizado no verão, habitualmente em julho Reúne comunidades de vários concelhos, entre eles: Castanheira de Pera, Lousã, Miranda do Corvo, Góis. fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 31 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Curiosidades locais a lenda da princesa peralta As origens de Castanheira de Pera remontam, certamente, a muitos séculos antes do primeiro documento histórico comprovativo. O primeiro documento conhecido, referindo nomes de povoações do actual concelho, tem a data de 1467 – é uma sentença de Afonso V sobre os baldios do Coentral. Porém, existe uma lenda que nos fala da princesa Peralta, filha de el-rei Arunce. Esta lenda foi escrita, em 1629, por Miguel Leitão de Andrada. Segundo a lenda, em 72 a.C., fugida de Colimbria, em consequência da invasão do reino, Peralta refugiou-se com seu séquito no Castelo de Arouce (Lousã). Por influência de Sertório (guerreiro romano que por ela se apaixonou), decidiu ir para Sertago. No caminho, morreu sua aia, Antígona, que ali mesmo foi enterrada. Sobre a sepultura foi colocada uma lápide com a seguinte inscrição: “ANTÍGONA DE PERALTA AQUI FOI DA VIDA FALTA”. A deusa Vénus, que perseguia a princesa, enviou um poderoso raio, que transformou os acompanhantes em montanhas e a bela Peralta numa formosa sereia, que ficou vivendo nas águas que brotavam da serra. Esse raio desfez, igualmente, a lápide, onde, para a posteridade, apenas ficava da primitiva inscrição: ANTIG...A DE PERA... Desta lenda maravilhosa nasceu Castanheira de Pera. fonte: site oficial do município de castanheira de pera em http://www.cm-castanheiradepera.pt/ o laínte-dialecto local “Áques larfamos Laínte” – Aqui falamos Laínte No século XIX, o espírito inventivo dos Castanheirenses levou à criação do Laínte da Casconha. Laínte é uma modificação da palavra latim. Falar latim significa, em linguagem coloquial, “expressar-se de um modo que ninguém entende” – tem este significado devido ao latim em que eram, antigamente, celebradas as missas e que ninguém entendia. Assim, Laínte significa linguagem que só os iniciados entendem e Casconha uma palavra inventada que significa Castanheira de Pera. O Laínte tem por base a língua portuguesa, utilizando as mesmas regras gramaticais (tempos verbais, substantivos,…). Os vocábulos são, na sua maioria, formados a partir da transformação das palavras em português. Trata-se de uma linguagem exclusivamente oral que era utilizada pelos vendedores ambulantes de tecidos de Castanheira de Pera. Esta linguagem terá surgido aquando da expansão das indústrias de lanifícios, cujos tecidos aí fabricados era necessário vender fora da região. Homens de trouxas às costas, de burro ou de mula, percorriam o país vendendo os tecidos oriundos das indústrias de Castanheira de Pera. Esta situação de “andarilhos solitários” incutia-lhes um espírito de entreajuda e solidariedade. Mas também a necessidade de estarem em permanente alerta, devido à cobiça suscitada pelos tecidos que tinham para vender, assim como pelo dinheiro que transportavam, fruto da venda dos mesmos, obrigando-os a adoptar atitudes defensivas. É neste contexto de entreajuda e necessidade de defesa que surge o Laínte. Esta linguagem permitia, assim, aos vendedores comunicarem entre si sem que os clientes entendessem e, em caso de assalto, combinarem uma estratégia para se defenderem. Em meados do séc. XX, devido às alterações da forma de comercializar os tecidos (confecções, …), os vendedores deixam de andar de terra em terra e fixam-se. Com esta fixação do comércio, deixa de existir a necessidade de uma autodefesa e de um espírito de entreajuda e, como tal, também de uma linguagem própria – o Laínte – começa, assim, a deixar de ser falado. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 32 índice Castanheira de Pera região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira exemplos de palavras em laínte laínte português alcatrefo alfaiate alçomo almoço almodovo algodão artife pão batora barato broca casa caloio caloteiro carmar comprar coideia bêbado dronha dinheiro garpar pagar ladrilho ladrão larfar falar loreta água maneza mulher monas batatas nampo pano obridoga obrigado paontra patrão pedêça peça pissalta rapariga razopa rapaz rodélos tostões verdunhar vender exemplo de diálogo em laínte – Choina codêpia, hoidêje a rêfa verse cópia. – Boa noite, hoje a feira foi boa. – Insara amidêgo, o cames verdunhou timum de faiarra – É verdade amigo, eu vendi muita fazenda. – Taêmes o cames, jordamos atilém ao cadéfe bercher um moiteira copio? – Também eu, vamos além ao café beber um copo de vinho? – Insara, o cames taêmes jorda carmar cidorras pra cachinar. – Sim, eu também vou comprar cigarros para fumar. fonte: site oficial do Município de Castanheira de Pera · http://www.cm-castanheiradepera.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 33 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.2. Figueiró dos Vinhos, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho A Sintra do norte… Embora a origem de Figueiró dos Vinhos remonte ao período anterior à nacionalidade, é em 1204 que D. Pedro Afonso, filho natural do primeiro rei, lhe concede o seu primeiro foral. Recebe de D. Manuel I novo foral em 1514. Fazendo parte da região beirã, foi sempre sua fama as belezas naturais, o seu ar puro e a sua luminosidade. Apelidada de “Sintra do Norte” e nomeada estância turística na década de 30, tem cultivado ao longo do tempo a promoção das suas belezas naturais e ambientais. Os seus jardins são hoje um património que orgulha as suas gentes, reconhecidos internacionalmente, em 1998, com a Medalha de Prata no “Concurso Europeu Cidades e Vilas Floridas”. Entra hoje nos hábitos dos figueiroenses, a realização anual, por altura das Festas de S. João, padroeiro do concelho, o concurso “Figueiró mais Florido”, momento que se premeiam as varandas, as janelas e os jardins do concelho. As suas variadas Festas e Romarias, de que a Feira Anual de S. Pantaleão é uma referência, cultivam as ancestrais tradições das populações, de que a doçaria surge como elemento marcante. O Pão-de-Ló e as castanhas de ovos são hoje uma marca constante para todos os que visitam estas paragens. A Foz de Alge, onde as águas da Ribeira de Alge se encontram com o rio Zêzere, é um lugar paradisíaco e uma referência turística fundamental da região. Geografia e demografia O concelho de Figueiró dos Vinhos localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, no distrito de Leiria,. Situado entre as Serras da Lousã e dos Alvelos e as barragens do Cabril e da Bouçã, é limitado a norte pela Lousã e a noroeste por Miranda do Corvo (distrito de Coimbra), a sul por Ferreira do Zêzere (distrito de Santarém), a leste por Pedrógão e Castanheira de Pera, a sueste pela Sertã (distrito de Castelo Branco), e a oeste por Ansião, Penela e Alvaiázere. No total, abrange uma área de 171,95km2 e é constituído por 5 freguesias: Aguda, Arega, Campelo, Figueiró dos Vinhos e Bairradas. Em 2001, o concelho apresentava 7352 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 34 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Figueiró dos Vinhos. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 evolução da população do concelho de figueiró dos vinhos (1801 – 2004) ano 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 2430 5068 9702 10699 11545 8754 8012 7352 7080 outras informações relevantes características gerais do concelho gentílico figueiroense área 171,95 km² população 7 352 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/km ) 44,1 superfície (km2) 172,0 número de freguesias 5 região centro subregião pinhal interior norte distrito leiria antiga província beira litoral 2 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 35 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local O principal sector de actividade é o terciário relacionado com o pequeno comércio. O sector secundário está relacionado com a indústria florestal, indústria de madeiras, de confecções, de recauchutagem, de construção civil, metalúrgica e oficinas auto. O sector primário está relacionado com a agricultura, a silvicultura e a apicultura. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 36 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres José Malhoa Nasceu em 1855, nas Caldas da Rainha e morreu em 1933. Autor dos quadros, “O Emigrante”; “Seara Invadida”; “Descobrimento do Brasil”; “A Sesta”, entre inúmeros outros. A sua mais conhecida obra intitula-se “O Fado”. É de sua autoria, o retábulo no altar-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, dedicado a São João Baptista e que retrata o baptismo de Cristo. Digna de visita é também a sua casa-atelier “O Casulo” onde o pintor viveu até à sua morte. Trata-se de um edifício construído nos finais do século XIX, segundo projecto do arquitecto Ernest Reynaud. Outras personagens dom diogo de sousa (1461-1532) Bispo do Porto e mais tarde Arcebispo de Braga. Foi Embaixador de El-Rei Dom Manuel em Roma. simões de almeida, tio (1844-1926) Escultor neoclássico português. Da sua obra destacam-se “Puberdade”, “A Estátua do Duque da Terceira”, “O Génio da Vitória”- monumento aos Restauradores e Luís de Camões (esta no Clube Figueiroense/Casa Municipal da Cultura). josé malhoa (1855-1933) Pintor de projecção nacional e internacional. Radicou-se em Figueiró no final do séc. XIX, onde criou grande parte da sua obra artística. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 37 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Mandou construir nesta vila o seu atelier, o qual baptizou de “Casulo”. É de sua autoria, o retábulo do Altar-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, o qual representa o bapttismo de Jesus Cristo. simões de almeida, sobrinho (1880-1950) Escultor. É da sua autoria o busto oficial da república Portuguesa, tendo recebido importantes prémios pela sua vasta obra. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 38 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado Em 1204, D. Pedro Afonso, filho natural de D. Afonso Henriques, concedeu o primeiro foral a Figueiró dos Vinhos, sendo este sucessivamente renovado, primeiro por D. Sancho I, depois por D. Afonso II e mais tarde por D. Manuel, em 1514. No coração da Vila localiza-se a Igreja Matriz, classificada como Monumento Nacional. Neste espaço, de profundo cariz religioso, poderemos encontrar obras de grande valor artístico, como a imagem de S. João Baptista (padroeiro do Concelho) e o túmulo de Ruy Mendes Vasques e a sua esposa D. ª Violante de Sousa. No altar-mor, o belo retábulo representando o Baptismo de Cristo, pintado por José Malhoa deixa-nos profundamente encantados. igreja matriz No Centro Histórico da Vila, deparamo-nos com outros valores patrimoniais, como são dignos exemplos a Capela de S. Sebastião, a Cruz de Ferro, e a Torre da Cadeia, tendo este monumento sido mandado construir em 1506 pelo homens bons do concelho para fazer face às pretensões senhoriais relativamente ao exercício da justiça, existindo ainda hoje placa alusiva ao acto. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 39 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira centro histórico da vila torre da cadeia O Convento do Carmo, que data do século XVII, esteve ligado à ordem dos Carmelitas Descalças. Classificado como património de interesse público, nele se destacam os azulejos joaninos da Capela de Francisca Evangelha. O seu Colégio das Artes teve na época larga importância. convento do carmo dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 40 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira O Casulo de Mestre Malhoa, foi construído no final do século XIX segundo projecto do Arquitecto Ernest Reynaud. Nesta casa, realizou o pintor algumas das suas mais importantes obras e, no seu exterior, poderemos contemplar azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro. casulo de mestre malhoa dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 41 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira As Ruínas das Antigas Ferrarias de Foz de Alge ,Figura 6 e 7, localizam-se na foz desta linha de água e são visíveis, apenas em tempos de maior seca. O mais antigo alvará de que se tem conhecimento desta fábrica, data de 1655 pelo Conde de Cantanhede. Na altura era supervisor Francisco Dufour e aqui se fabricavam balas, bombas e peças de artilharia. Laborou até 1759, ano em que foi suspensa a sua actividade pelo Ministro de D. José I, Sebastião de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal. Mais tarde, no início do séc. XIX com o grande impulso que teve a exploração do ferro, foram reactivados em 1802 os trabalhos desta ferraria sob a administração de José Bonifácio de Andrade e Silva, dedicando-se a novos produtos, artigos de ferro em bruto e manufacturado. Hoje apenas se podem apreciar as suas ruínas, junto à foz da Ribeira de Alge. fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ ruínas das antigas ferrarias de foz de alge dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 42 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais tecelagem · tapeçaria, peças diversas cestaria · cestos em vime de diversos formatos artes decorativas · peças diversas cerâmica · peças humorísticas madeira e cordoaria · cadeiras e mesas em madeira e corda, peças diversas tanoaria · pipos o centro permanente de artesanato A preocupação com a preservação da Arte Tradicional, fez com que se criasse um espaço dedicado à divulgação e promoção dos trabalhos realizados pelos artesãos do concelho. O Centro de Artesanato de Figueiró dos Vinhos, situado junto ao Terminal Rodoviário, é o local onde se pode encontrar uma concentração de trabalhos tão variados como cestaria, olaria, pintura, entre outros, e conhecer um pouco mais da Arte Tradicional deste concelho. fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ Principais especialidades gastronómicas pratos típicos do concelho de figueiró dos vinhos trutas da ribeira de alge e do viveiro de campelo pescado do rio: achigã, boga, carpa, … As águas límpidas da Ribeira de Alge e do Rio Zêzere, que correm em todo o concelho proporcionam a existência de algumas espécies de peixe como o Achigã, Boga, Carpa, Barbo e as Trutas, que permitem variadas confecções gastronómicas, para além de cada restaurante apresentar nas suas ementas pratos tradicionais de borrego e cabrito. fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ leitão assado Na freguesia de arega o leitão é um prato tradicional. pão-de-ló de figueiró confeccionado segundo receita secular Figueiró dos Vinhos orgulha-se de ter grande tradição na doçaria conventual. Os doces ricos em ovos dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 43 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira e amêndoa, como as castanhas doces, pingos de tocha e queijinhos do céu, nunca esquecidos, biscoitos de manteiga, broinhas de casamento complementam a fama do Pão-de-Ló de características muito próprias, doçaria que conserva ainda hoje as receitas originais deixadas pelas freiras que permaneceram neste concelho até ao séc. XIX. fonte: site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ doçaria diversa castanhas doces • pingos de tocha • queijinhos do céu mel de urze da serra da lousã Produto D.O.P. • Denominação de Origem Protegida Feiras, festas e romarias feriado municipal festas do concelho · são joão baptista junho / 24 de junho Dia de festa em honra de S. João Batista, Santo Padroeiro do concelho. As Festas do Concelho decorrem durante todo o mês de Junho, culminando com o dia do Padroeiro, S. João Baptista, em 24 de Junho. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 44 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Neste período decorrem várias actividades de grande dimensão, integrando a FIGEXPO – Feira de Artesanato, Mostra das Actividades Económicas e Mostra Gastronómica – muito participadas pelas colectividades e populares. Realizamse exposições, espectáculos musicais, actividades desportivas e manifestações de cariz popular. É a altura ideal para visitar e conhecer o concelho. fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ retábulo do altar-mor de mestre josé malhoa · igreja matriz mercado semanal quarta-feira e sábado festas do são joão figueiró dos vinhos última semana de junho feira de são pantaleão figueiró dos vinhos 26, 27 e 28 de julho feira anual que se estende pela Vila num diversificado e popular conjunto de feirantes e tendeiros que mantêm viva a tradição de há longos anos. festa em honra de nª. senhora da conceição arega 2º domingo de agosto festa em honra de nª. senhora do livramento bairradas no domingo seguinte a 15 de agosto festa da nª. senhora penha de frança aldeia de ana de aviz 2º domingo de agosto festa de nª. senhora da saúde fontão-fundeiro campelo 18 a 21 de junho feira das nozes fragas de são simão-aguda 28 de outubro dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 45 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Curiosidades locais o passeio no jardim No centro da Vila, o Parque Municipal é orgulho de todos os figueiroenses. A sua construção teve início em 1930. Ao descer as suas escadarias, é com gosto que se apreciam os vários canteiros primorosamente traçados e cuidados ao longo de todo o ano. Aqui as crianças têm o seu espaço, gozando de equipamentos lúdicos onde podem brincar e encantar. Existem ainda instalações desportivas e um bar-esplanada. Uma avenida de Plátanos majestosos separa este Parque Municipal do Jardim situado na parte superior deste espaço verde. Dominado por um grande lago, concilia as mais variadas plantas com a sua arquitectura geométrica. A beleza deste Jardim e todo o encanto da vila permitiram que em 1998 Figueiró dos Vinhos fosse premiado com a Medalha de Prata no “Concurso Europeu Cidades e Vilas Floridas”. Desde esta altura a autarquia promove todos os anos o concurso “Figueiró Mais Florido”, incentivando o colorido das flores em cada janela e jardim. as alminhas Pequenos e singelos monumentos de piedade religiosa, erguidos nos montes e vales, nos povoados e caminhos, nas encruzilhadas e solidões. Dos homens solicitam “Pai-Nossos” e “Avé-Marias” para auxílio da salvação das almas que penam no Purgatório; suscitam o dever da virtude, pelo exemplo das penas do Purgatório, assim como o precário e vão da vida terrena. De madeira, lata, azulejos, e até na pedra fundeira dos nichos, se pintam as alminhas. Estas humildes memórias de piedade têm um considerável valor etnográfico porque nelas actua o ingénuo sentido artístico do povo. Muitas já se perderam por motivo de abandono, de fúrias modernizadoras e destruidoras. No Concelho de Figueiró dos Vinhos dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 46 índice Figueiró dos Vinhos região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira podemos encontrar 56 alminhas. A mais antiga datada é de 1852 em Abrunheira, freguesia de Aguda, e a mais recente é de 2004, no Penedo da Mina, freguesia de Campelo. Temos pois um registo de mais de um século e meio de alminhas erguidas no Concelho de Figueiró dos Vinhos. Provavelmente houve outras mais anteriores, mas que se encontram irremediavelmente perdidas. Há pois que dar valor a estes pequenos monumentos que fazem parte do nosso património cultural, para que também eles não desapareçam e para que permaneçam no futuro para continuar a contar histórias às gerações vindouras. fonte: Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 47 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.3. Lousã, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Ao encontro da serra… A Lousã, situada numa das vertentes da Serra, brilha sobretudo pela sua paisagem viçosa, serena e repousante. Porém, é o seu estilo arquitectónico que num primeiro olhar nos encanta, em que as casas brasonadas dos séculos XVIII e XIX se impõem pelo seu interesse histórico e estético ajudando a manter uma certa nostalgia bucólica, apesar do crescimento urbanístico dos últimos anos. Nas cercanias da vila situa-se o Castelo de Arouce e as Ermidas de Nossa Senhora da Piedade, num enquadramento harmonioso de património edificado, rio e floresta. A paisagem da região é expressiva, traduzindo-se numa luxuriante vegetação que comporta uma flora diversificada e em que as Aldeias Serranas, construídas em xisto e espalhadas pelo entrecortado da Serra, constituem a imagem de marca da região pela sua simplicidade e rusticidade, típicas de gentes do mundo rural de outrora. Geografia e demografia O concelho de Lousã localiza-se na Região Centro, na sub-região do Pinhal Interior Norte, no distrito de Coimbra. O município é limitado a norte pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste por Góis, a sueste por Castanheira de Pera, a sul por Figueiró dos Vinhos e a oeste por Miranda do Corvo. Localiza-se a uma altitude média de 170 metros, no vale do rio Arouce, próximo da margem esquerda do rio Ceira, no sopé ocidental da Serra da Lousã. Esta serra, como a própria toponímia do concelho indica, é a sua marca natural, tem cerca de 30km de comprimento, com sentido nordeste/sudoeste e uma largura aproximada de 20km, a sua altitude máxima é de cerca de 1204 metros no Monte designado por Alto ou Altar do Trevim. Na serra é possível ter contacto com algumas espécies como o javali e o milhafre e ainda outras recentemente reintroduzidas como o corso e o veado. O concelho ocupa uma área de cerca 139,16km², subdividida em 6 freguesias: Casal de Ermio, Foz de Arouce, Gândaras, Lousã, Serpins e Vilarinho. Em 2001, o concelho apresentava 15 753 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 48 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Lousã. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 evolução da população do concelho da lousã (1801–2004) ano 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 6574 10275 11685 12905 13900 13020 13447 15753 17252 outras informações relevantes dados gerais do concelho da lousã gentílico lousanense área 139,16 km² população 15 753 hab. (2001) densidade populacional (habitantes/ km²) 100,6 superfície (km ) 138,4 número de freguesias 6 região centro subregião pinhal interior norte distrito coimbra antiga província beira litoral 2 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 49 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local Neste concelho, a agricultura é pouco significativa, ocupando cerca de 4,7% da população activa. A existente é pouco mecanizada e a tempo parcial, sendo no entanto uma predominante no vale do Ceira e margens do rio Arouce, partes mais planas do concelho e com maiores recursos hídricos, as quais são propícias à instalação de viveiros, fenómeno agrícola em crescimento. Como culturas predominantes, destacam-se o feijão, a batata, alguns cereais e produtos hortícolas. Não sendo uma região produtora de vinho, é contudo imprescindível referir o vinho da Quinta de Foz do Arouce, preciosidade por paladar e reduzida produção nos meios enólogos. A apicultura é uma das actividades tradicionais, característica deste concelho (bem como de todos os restantes concelhos localizados na Serra da Lousã) constituindo o Mel da serra da Lousã um produto certificado e com Denominação de Origem Protegida. A indústria é um sector importante, empregando cerca de 48% da população activa, nomeadamente a do papel, artes gráficas, edições e publicações, da madeira, têxtil e alimentar. As indústrias localizam-se em duas áreas industriais fundamentais, que são a de Matinhos e a de Alto do Padrão. Ao nível do comércio e serviços, teve um grande desenvolvimento no início do século XX, estando actualmente apetrechada de vários estabelecimentos comerciais, modernos que acompanham a evolução tecnológica de gestão e acesso à informação. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 50 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres José Carranca Redondo a empresa e o licor A empresa J. Carranca Redondo, Lda, produtora do Licor Beirão, nasceu em 1940, mas a história deste licor é bastante mais antiga. Ainda sem o apelido de Beirão, o licor já se fabricava, na vila da Lousã, numa farmácia, há mais de um século. A história conta-se assim: em finais do século XIX, um caixeiro-viajante de vinhos do Porto, de passagem pela Lousã, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico, acabando o namoro em casamento. Na farmácia, para além dos medicamentos habituais, eram comercializados “licores naturais” segundo fórmulas antigas mantidas em segredo. Entretanto, entra em vigor uma lei que proíbe a atribuição de propriedades medicinais às bebidas alcoólicas. Aproveitando a oportunidade, o jovem vindo do norte leva a cabo a autonomização da produção dos néctares, pelos mesmos processos artesanais, numa pequena fabriqueta. Mas o nome do Licor Beirão não aparece por acaso. Em 1929 realizou-se um Congresso Beirão em Castelo Branco e o licor foi assim baptizado em homenagem ao encontro. São as dificuldades trazidas pela 2ª Guerra Mundial que fazem com que a fábrica seja vendida, em 1940, a um jovem, natural da Lousã, José Carranca Redondo que ali trabalhou durante algum tempo. Com pouco mais de vinte anos e entretanto casado, decide investir as suas poupanças comprando a casa e o segredo, dedicando-se de corpo e alma ao licor que passou a ser fabricado pela mulher. Desde então as vendas não pararam de crescer, tornando-se, na actualidade, num licor de grande sucesso. o fundador José Carranca Redondo nasceu na Lousã em 1916 e começou a trabalhar em 1929, na altura da primeira crise mundial, numa fábrica de papel. Depois de passar por outra empresa local ingressa na empresa de Luís de Pinho, produtora então do Licor Beirão. Mais tarde, para não ficar sem emprego, José Carranca Redondo compra a fábrica de licor e começa a árdua tarefa de vender licor numa altura em que não havia sequer dinheiro para a alimentação. Mas este empreendedor, por vocação, não se cingiu a este negócio. Teve empresas de sinalização (com ideias trazidas dos Estados Unidos da América), de brinquedos e uma de especial importância, de publicidade. O sucesso das campanhas publicitárias do Licor Beirão através de “outdoors”, fez com que outras empresas o contratassem para fazer publicidade. Assim, aproveitando as viagens feitas para colocação da publicidade de outras empresas, José Carranca Redondo aproveitou também para fazer publicidade ao seu licor, permitindo que este viesse a ter a notoriedade que possui hoje em dia. a publicidade Foi a partir dos anos cinquenta que uma vasta campanha publicitária nas estradas e cafés de todo Portugal fez com que a marca Licor Beirão fosse sendo reconhecida pela maioria do público. O cartaz mais famoso é sem dúvida aquele que apresenta uma tabuleta em ripas de madeira com a inscrição Licor Beirão, com um pássaro pousado e a Serra da Lousã de fundo. A sua distribuição em massa faz com que seja um símbolo do licor e da publicidade da época. Mas outros cartazes não tiveram a mesma aceitação e foram mesmo retirados, como aquele que apresentava uma majorete americana, desenhada dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 51 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira ao jeito das ilustrações de Rockwell, com “t-shirt” vermelha a mostrar a barriga e calções muito curtos a assegurar que “é de bom gosto servi-lo... é de bom gosto bebê-lo...”, mal aceite na época, pela escassez de roupa... Outra publicidade atrevida foi o autocolante colocado nas casas de banho com a inscrição “Não se esqueça de apertar as calças”, que teve continuidade cinquenta anos depois. Actualmente é a publicidade mais em voga nos restaurantes Nova-iorquinos. Também na televisão o Licor Beirão deixou a sua marca, primeiro com a frase – “Licor Beirão, o Licor de Portugal” acompanhada por um fado de Coimbra, depois com Tony de Matos, um cantor romântico muito em voga na época, num quadro de revista. Actualmente anda na boca de toda a gente com o slogan - “O que é que se bebe aqui?”. o local de produção O Licor Beirão é fabricado na Quinta do Meiral na Lousã (distrito de Coimbra). Com mais de 12 hectares, parte das plantas e sementes aromáticas utilizadas no seu fabrico são aqui produzidas, permitindo desta forma um maior controlo da qualidade. Os restantes ingredientes são importados de locais tão distantes como a Índia, Sri Lanka, Brasil e Turquia, entre outros. A partir das mais de 1500 pereiras existentes é produzida a Aguardente de Pêras que contudo tem uma produção anual muito limitada. Outras personagens joão luso (1875-1950) Escritor e jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras. dr. josé cardoso (1885-1959) Republicano e advogado, regionalista convicto e beirão assumido. Impulsionador da construção da estrada da serra ligando aos concelhos de Lousã e Castanheira de Pera. dr. alcino simões lopes (1894-1980) Médico benemérito das gentes da Lousã, considerado o médico dos pobres. josé carranca redondo (1917-2005) Industrial da Lousã, fabricante do célebre Licor Beirão, o Licor de Portugal e seu principal publicitário. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 52 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado A vila da Lousã, situada na base de um dos ramos da serra do mesmo nome, no distrito de Coimbra, é uma povoação antiga, mas de passado pouco conhecido, pelos escassos documentos que chegaram até nós. Sabe-se, por documento directo e autentico (foral de D. Afonso Henriques, dado ao Castelo de Arouce) que já existia, e tinha uma certa importância, nos princípios da primeira dinastia portuguesa. foral de d. afonso henriques Não era no lugar onde hoje assenta, mas escondida no interior das serras a 2 quilómetros da actual vila, edificada no alto duma pequena colina, espécie de península, circundada pelo Arouce ou Arunce, ribeiro que nasce na mesma serra e agora é vulgarmente conhecido pelo nome de Ribeira de S. João. Neste lugar, onde existiu a antiga povoação até ao século XIII ou XIV, encontra-se ainda uma parte do castelo e a sua torre de menagem com ameias, muito bem conservada. Em vários pontos próximos vêem-se ainda ruínas de numerosas habitações. Sobre a origem e fundação desta terra há versões diversas, sendo algumas mais ou menos lendárias. Miguel Leitão de Andrade, historiador do século XVII, na sua “Miscelânea”, diz que reinando em Colimbria (Condeixa-a-Velha) nos tempos de Sertório, Arunce, este, sendo derrotado em guerras e procurando lugar seguro para guardar sua filha, a Princesa Peralta e os seus tesouros, construíra ou encontrara abandonado o castelo a que deu o seu nome e mais ao ribeiro, que ainda hoje o conserva (Quadro de Carlos Reis , intitulado Lenda da Fundação da Lousã, Salão Nobre dos Paços do Concelho). De Arunce faz derivar o moderno nome da Lousã pelas modificações sucessivas que julga se deviam ter dado em razão do modo de pronunciar dos povos que a habituaram; assim, de Arunce ou Arouce passou a Alunce ou Alouce, depois a Aloçan, em seguida a Alouçam ou Louzam e finalmente a Louzaa, Louzaã e Louzan, ou Louzã, como agora se diz, tendo contudo o seu grafismo sido definitivamente fixado em Lousã. quadro de carlos reis , intitulado lenda da fundação da lousã dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 53 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A Lousã prosperou no século XVIII, época em que grandes famílias nobres edificaram as suas moradias no sopé ensolarado da Serra. No núcleo histórico desta vila e nos seus arredores imperam belos edifícios com fachadas longas, janelas emolduradas de cantaria e portal nobre encimado com o brasão dos seus proprietários. São exemplos dignos destes solares o Palácio dos Salazares, que pertenceu à Viscondessa do Espinhal, as Casas de Cima e de Baixo dos Almeida Serra, a Casa Furtado Mesquita, a Casa do Fundo da Vila, a Casa do Comendador Montenegro, a Casa da Quinta de Santa Rita, o Palácio do Conde de Foz de Arouce e, ainda, os solares em Fiscal, de que constitui exemplo o Solar dos Quaresmas. palácio dos salazares casa do comendador montenegro casa da quinta de santa rita solar dos quaresmas No centro da Lousã, junto ao Edifício da Câmara Municipal (cujo interior se encontra recheado de azulejaria tipo barroco), destaca-se o Pelourinho, existente nos Paços do Concelho, que fica na área fronteiriça entre a parte antiga e o novo aglomerado urbano, sendo este um monumento nacional que apresenta a gravação de rostos humanos unidos entre si. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 54 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira pelourinho Ex-Libris destas paragens, o Castelo de Arouce, também este monumento nacional, surge altaneiro sobre as Ermidas e a Piscina fluvial da Nossa Senhora da Piedade, encaixado no vale do rio que lhe dá o nome e apresentando preservada a sua muralha e torre de menagem construídas em pedra de xisto no século XI. Dedicada a São Silvestre, padroeiro da vila, a Igreja Matriz, é um edifício que embora recente nos encanta, tanto pela sua arquitectura como pelo aprazível largo que a ladeia. A Misericórdia, composta por Capela e Casa de Despacho, constitui o edifício mais antigo do núcleo histórico remontando à era quinhentista a sua edificação (século XVI). castelo de arouce igreja matriz capela e casa de despacho Nos arredores também são inúmeros os motivos de interesse. Em Foz de Arouce, junto à confluência deste rio com o Ceira, um padrão comemora a retirada de Massena em 1811, aquando das invasões napoleónicas. No início do século XIX, com a retirada da terceira Invasão Francesa, após a derrota, várias casas e igrejas foram saqueadas. Contudo, em 1906, com a inauguração do caminho-de-ferro e posterior inauguração da energia eléctrica, o concelho teve um desenvolvimento crescente. Em Serpins, a obra de Gustave Eiffel encontra-se retratada na ponte do caminho-de-ferro. O séc. XVIII foi marcante para Lousã, principalmente pela instalação da indústria, nomeadamente a de papel de grande qualidade, fornecido à Tipografia da Companhia de Jesus de Coimbra e, posteriormente, à Tipografia Académica e Casa da Moeda. Nas proximidades da Lousã, o Engenho de Papel do Penedo (sendo actualmente a Fábrica de Papel do Prado) apresenta-se como sinónimo da época próspera do mercantilismo. Este engenho, fundado em 1715 por um italiano chamado Ottone, mereceu a atenção e auxílio do Rei através do seu Ministro Conde de Ericeira e, mais tarde, através do próprio Marquês de Pombal. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 55 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais artefactos de madeira: crivos e peneiras artefactos em madeira: calendários perpétuos, marionetas, miniaturas de presépios carpintaria: mobiliário tradicional bordados e rendas: peças diversas artefactos em pedra de xisto: miniaturas de casas serranas cerâmica e azulejaria: peças diversas ferro forjado: peças diversas Principais especialidades gastronómicas pratos típicos do concelho da lousã chanfana de cabra Ou “carne de casamento” por ser um prato muito usado nas bodas locais. pataniscas, migas serranas, cabrito tijelada lousanense serranitos e talasniscos À base de castanhas e mel vinho da quinta de foz de arouce licor beirão e aguardente de pêra mel de urze da serra da lousã Produto D.O.P. – Denominação de Origem Protegida tijelada lousanense serranitos licor beirão mel da serra da lousã dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 56 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Feiras, festas e romarias feriado municipal festa em honra de são joão 24 de junho Dia de festa em honra de S. João, Santo Padroeiro do concelho “Aos dezanove de Janeiro de mil novecentos e onze, nesta Vila da Lousã e sala das sessões municipais, onde se achava o Presidente da Comissão Administrativa Municipal, o cidadão Francisco José de Figueiredo Júnior e os vogais, Manuel Dias Anastácio, Abel Batista e Pompeu Coelho Henriques, sendo onze horas da manhã o Presidente declarou aberta a sessão, estando presente o administrador do concelho, José Pereira da Cruz. ....Determinando o artigo 2º. do decreto de 12 de Outubro de 1910, que as Câmaras Municipais, dentro da área do seu concelho, possam considerar um dia feriado por ano, deliberou a Câmara que esse dia seja o dia 24 de Junho... Não havendo mais assunto algum a tratar foi encerrada a sessão. Eu, António Cortês da Fonseca, secretário do da Câmara a escrevi. [Livro de Actas das sessões da Câmara Municipal da Lousã, 14 Ago.1909-16 Mar.1911, f. 133]” fonte: site oficial da Biblioteca Municipal de Lousã http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/feriadmunicip.htm mercado semanal terça-feira e sábado romaria de nossa senhora da piedade lousã durante o mês de maio festas e feira anual do são joão lousã 24 junho Realiza-se na Lousã, e é a Festa do Concelho, congregando diversões, música e feira comercial e industrial. Tem por referência o dia 24 de Junho - S. João e Feriado Municipal. A sua duração é de vários dias, tendo por referência não só o dia da semana do Feriado Municipal como o fim-de-semana que se lhe segue. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 57 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira festa em honra de são silvestre lousã 1º. fim-de-semana de julho festa da senhora da pégada foz de arouce setembro Realiza-se em Foz de Arouce, sede de Freguesia do Concelho da Lousã, em Setembro, normalmente no 2º fim-de-semana. É uma festividade de características populares, com romaria e arraial popular com divertimentos, música e uma pequena vertente comercial. outros eventos na sede de concelho Mostra Nacional de Artesanato; Feira da Castanha e do Mel; Mostra de Caça e Pesca; Semana da Juventude; Festa do Idoso, etc. outros eventos nas freguesias Durante todo o ano são vários os festejos realizados nas diferentes freguesias do concelho, em honra dos Santos Padroeiros das diferentes localidaddes. O seu calendário é móvel e estabelecido anualmente. Curiosidades locais lenda e história da princesa peralta Era Conímbriga naqueles tempos uma Corte muito florescente, assim pela potência, e prosperidades, e riqueza do Reino, como por ser porto do mar onde ancoravam e aportavam muitas naus, e baixéis de diversas partes do mundo, de que ainda hoje aparece o cais, com as argolas em que as ditas embarcações se amarravam, e muitos sinais, e vestígios disso, que todavia não deviam ser de grande porte que demandassem muito fundo, pois vemos hoje o que nesse tempo eram mares, serem hoje campos contíguos com a mesma cidade, e o mar coisa de três léguas distante dela. A qual ainda hoje se vê com quase todos os seus muros, que o tempo gastador de tudo não pode extinguir, e neles se vê bem a grandeza, e opulência que a dita cidade devia de ter sendo porto de mar, e com um Rei poderoso, e rico, e por isso respeitado, e temido, porque também tinha em sua Corte muitos, e mui valorosos cavaleiros, e muitas damas formosíssimas de muito preço, de que algumas andavam no Paço em serviço da Princesa Peralta sua única filha, e herdeira do seu reino, riquezas, e estado. A qual, além deste dote, era dotada de outros mais excelentes, que são os pessoais, além de sua estremada formosura, que era um milagre de natureza, e no extremo engraçada, e com certos sinais em seu rosto que lhe acrescentavam mais a sua formosura. E porque el-Rei seu pai era entrado em anos, e viúvo, a amava de tal maneira, que uma hora não podia sofrer-se sem ver a filha. Havia na Corte, de ordinário, muitas festas e jogos, galantarias de trovas, motes e invenções, tudo para alegrar a Princesa e dar gosto a el-Rei, e por serviço e regalo das damas; porque andavam naquela Corte muitos Embaixadores, de Reis, e Príncipes de toda Espanha, que pretendiam casar com a Princesa, os quais com o fim de lhe agradar, e granjear, cada dia saíam com novas maneiras de festas. E entre os muitos Príncipes que a pretendiam, era um muito principal da mesma Lusitânia chamado Zaçor valentíssimo dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 58 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira cavaleiro, e de muito grandes forças, mas tão soberbo por também ser poderoso, que por todo o mundo era temido, quanto o diabo de todos, e o mesmo de toda a Corte d’el-Rei Arunce, especialmente da Princesa Peralta sua filha, que de nenhuma maneira podia ouvir falar nele, nem em suas cousas (efeitos ordinários que pare a soberba, e arrogância). Outros muitos Príncipes tinham a mesma pretenção como os Petronios, e Sertorio, dos quais vos irei contando. (a admiração pela beleza da Princesa, segundo Miguel Leitão de Andrada leva a que se tenham produzido inúmeras odes, por parte de Petrónio e de Sertório exaltando-a, e de que transcrevemos alguns) soneto de petronio em louvor da princesa peralta Se a casa do Sultão é celebrada Per alta, e de si resplandecente Sobre colunas alvas excelente Lisas, duras, e grossas, sublimada: Onde as graças três fazem morada Com ele, e habita o ser contente Com grande admiração comum da gente De divinos raios adornada: Com quanta mais justiça, ó bela dama, Sois sol, e do sol palácio e casa Per alta em perfeições, e em tudo alta: Pois dela ao sol vai a vossa fama, Que deste nosso hemisfério nos abrasa E das graças os dons nenhum vos falta. Soube Petronio como a Princesa lera este soneto sorrindo-se, e disso tomou atrevimento a que pela mesma via lhe fosse este outro: Crescei desejo meu, pois que a ventura Em seus braços vos leva levantado; Que o principio de que sois gerado O mais ditoso fim vos assegura. Se subis por ousado á maior altura Não vos espante ver ao sol chegado, Porque é de águia real vosso cuidado Que quanto ao sol se achega mais se apura. Animo, coração; que o pensamento Te pode inda fazer mui mais ditoso Sem que respeite teu merecimento. Cresceres ainda mais é já forçoso; Porque se foi de ousado teu intento Já hoje de atrevido é venturoso. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 59 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Conta pois a historia, que ainda que a Princesa, nem os de sua casa, puderam nunca saber quem esta boa velha era, contudo se soube depois ser uma das três fadas chamada Vénus; a qual, enfadada das grandes revoltas que via na sua Roma, onde principalmente era venerada por Deusa da formosura, e amores entre os seus Romanos, e por não ver tantos males, e desventuras como se aparelhavam, e haviam de suceder entre a Sila e Mário, e depois César e Pompeu, e logo Augusto César e Marco António, e outros, se viera de lá, como já outras vezes o fizera saindo-se de uma ilha, e outras partes onde muito estimada era, e tida por Deusa, se viera agora a estas da Lusitânia, por ser gente dela, assim na linguagem do falar, como no esforço dos seus ânimos com que cometiam grandes feitos lhes parecerem ainda os mesmos Romanos com os quais cuidava estar, amando e favorecendo estes quanto pudesse: e vendo-se nestas partes mui venerada só Peralta e suas damas, a não acatavam, antes a tinham em grande desprezo, e a si mesmas por mais divinas e formosas: pelo que esta fada Vénus lhe concebera grande e mortal ódio e aborrecimento, e se determinara empecer-lhes em quanto pudesse. Porém que antes disso as quisera ir ver disfarçada em forma de velha como vistes e a ouvistes, ameaçando-as, ainda que entre dentes, que ela abaixaria a soberba e altiveza destas doidas, como aconteceu, e por culpa delas destruição da casa, e reino d’el-Rei Arunce, que é o fim ordinário da soberba. Porquanto a poucos dias passados depois disto, apareceram lá no mar grande, e espantoso numero de velas, e naus que turvaram grandemente el-Rei Arunce, e revolveram toda a sua Corte, por não saberem quem fossem, nem a que fim se vinham chegando á cidade de Conímbriga, que já vos disse era nesses tempos porto de mar. Achava-se el-Rei Arunce desprevenido de gente de guerra (porque de multidão de povo não há que fazer caso) sem armas, sem munições, e sem todas as mais cousas necessárias á sua defesa; por onde tudo era confusão e medo, sem nenhuma ordem, nem conselho em tão repentino perigo, como era, e tanto para temer o em que se viam, expostos a uma total perdição, como ordinariamente acontece aos Reis, e com só o intento de esfolar os vassalos, e quebrar-lhes as forças, e as armas, que quando menos cuidam vem sobre si sua destruição: como aconteceu a el-Rei Rodrigo na sua perdição de Espanha e mil outras ocasiões, e agora veremos neste descuidado Rei, e é isto mais ordinário nos Reinos e lugares marítimos, onde os casos são mais repentinos, e eles mesmo mais sujeitos a calamidades e desventuras, que os da terra dentro, e por isso mais obrigados a estar mais prevenidos, e viver mais recatados, como o costumavam estar os Reis deste Reino, que tinham dentro, no paço, um armazém de todas as armas onde em uma hora ou em um dia se podiam armar vinte mil homens, porque havia nele doze mil corpos de armas, muitos milhares de mosquetes, e arcabuzes, e todo o género de armas e muita artilharia, tudo muito bem aparelhado e a postos. Por se não verem em alguma desventura, sem terem tempo de se valer e remediar, como temos visto muitos, assim antigos como modernos, e como digo veremos neste pobre Rei Arunce. O qual com toda a urgência, e de toda a cidade, como podeis cuidar, não deixou de acudir com a mais gente que pôde a estorvar a desembarcação destas gentes, o que não podendo, com morte da maior parte dos seus, foi ocupada a cidade de Conímbriga tão populosa e insigne, saqueada e assolada, e ele desbaratado quando menos o cuidou, estando na maior prosperidade, e a seu parecer segurança, e potência de seu reinado. Que tais são as felicidades, e coisas deste mundo, caducas e perecedoiras, sem ter firmeza alguma mais, que em a não ter em nada. Porém el-Rei Arunce enquanto durou o desbarato de sua gente, vendo a grande potencia dos inimigos, os quais se não sabe em certeza quem fossem, nem a historia o declara, mais que dizer serem almozudes de Grécia ou almonides de Alemanha. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 60 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira E desconfiando de se lhes poder defender na cidade, com a maior pressa que pôde, metendo-se nela, e tomando sua filha e toda sua família, e com alguns outros que o puderam seguir, e com quanto pode levar de seus tesouros, se meteu por dentro dessas brenhas, e arvoredos, embrenhando-se, e escondendo-se por eles, o melhor que pôde: a quem os inimigos deixaram de seguir, nem isso lhes lembrou intentos, e ensopados, no grande e rico saque que deram á cidade, que durou muitos dias, em que se encheram, e fartaram sua grande cobiça, que deveu ser a que ali os trouxera. E tal foi o estrago que fizeram naquela insigne e populosa cidade metrópole daquele Reino, não perdoando a coisa viva, nem ainda aos mesmos edifícios (e dizem os havia nela admiráveis, que o fogo consumiu) e de tal feição ficou destruída, que nunca mais até ao dia de hoje tornou, não tão somente a seu antigo ser, e prosperidade, mas nem ainda a ser povoada, nem habitada. Dizem que el-Rei Arunce determinado em ir pessoalmente, e passar em África a pedir socorro (ou fosse a Carthago com quem teria aliança, e amizade ou outro reino) contra os seus inimigos, que via estar instalados, e recuperar seu reino, que fortificou e proveu o melhor que pôde o castelo que tinha edificado (como vos disse) quase nas entranhas, e coração de umas serras, entre bastíssimos e cerrados arvoredos, e que com muito segredo meteu nele a Princesa Peralta sua filha com outra gente escolhida de sua casa, e com muita parte de seus tesouros, lançando fama de seu caminho, fingindo levar consigo sua filha, parecendo-lhe ficava nele bem segura, visto que os inimigos não procuravam entrar pela terra dentro, e contentarem-se com o do mar, assim por o castelo ser forte, respeito daqueles tempos, e metido no mais escondido da serra, e fechado com tantos bosques, como também por estar quase feito ilha cercado de uma ribeira muito fresca, a qual também como o dito castelo do nome do dito Rei se chamou depois a ribeira de Arunce, e agora de Arouce. E querem dizer que, para maior segurança de seus receios e temores de deixar assim ali sua filha, e tesouros, e com eles o coração, fez encantar o dito castelo com todos os tesouros que nele deixou, fora do que deixou á Princesa sua filha para seu gasto, e dos que devia de levar, os quais algum dia os achará quem tiver essa dita. E com isso se partiu el-Rei Arunce em demanda de sua pretensão; e bem se pode cuidar qual iria. Mas dele vos não tratarei por ora, para vos contar da Princesa sua filha, a qual ficou com tantas saudades, e com tantas lagrimas pela ausência, e apartamento de seu amado pai, e de se ver em tal estado que não havia como pode-la consolar, vendo-se apartar dela seu pai todo banhado em lagrimas, e com muitos roncos com o ímpeto de sua desconsolação. (Na obra que serve de base a este texto Miguel Leitão de Andrada discorre longamente acerca das venturas e desventuras da Princesa e das suas deambulações, de onde se extrai apenas o pequeno trecho que se segue por nos parecer mais exemplificativo deste drama). Mas, porque assim como a Princesa depois da partida deste castello, a ele não tornou mais, nem eu haverei de tornar-vos a falar nele, quero antes que vá acompanhando esta Princesa, como é razão, acabar de vos dizer dele, segundo a informação que achei. Onde assentando-se a Princesa por descansar, e sentido ali alguma viração do mar, e podendo dali bem alargar a vista, que até aquela hora tivera como fechada, e estendendo os olhos até onde divisava bem o mar, e assim sentada desabafando um pouco o coração, e aliviando do grande cansaço, sem tirar os olhos daquela parte onde lhe parecia, e se lhe figurava estar, sua amada pátria Conímbriga, e arrasando-se-lhe os mesmos olhos em água, e dando um profundo e grande suspiro disse: dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 61 índice Lousã região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Saudade minha, Quando vos veria. Alegre lugar Donde o mar diviso, Sejais paraíso, A quem por vós passar, E a mi em pesar, E em triste vida, Sem minha Conímbriga. Neste apartamento, De tão grave dor, Se conhece o amor Ter merecimento, Que em ti o pensamento Terei toda a vida, Conímbriga minha. Dizem que depois que este castelo de Arouce foi deixado desta Princesa, e sua gente, veio passadas muitas idades a poder de bárbaros estrangeiros Arábios que o possuiram muitos anos, ou centos de anos, até que o invicto Rei Dom Afonso Henriques primeiro deste Reino de Portugal, lho tirou de poder. In Miscellanea de Miguel Leitão de Andrada (texto adaptado) fonte: site oficial da Biblioteca Municipal de Lousã http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/lenda_da-lousar.htm dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 62 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.4. Miranda do Corvo, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Em terras de romarias… Com uma importância estratégica histórica, a fundação do concelho remonta ao século XII através de foral de D. Afonso Henriques. No entanto, já anteriormente os romanos e as tropas sarracenas tinham cruzado estas paragens. Atravessado pelos rios Alheda, Dueça e Ceira - factor de fixação das populações através dos tempos - o concelho é predominantemente montanhoso, sendo inúmeros os locais de onde se pode desfrutar de paisagens deslumbrantes a espraiar de vista. Região de feiras e romarias de grande significado religioso e popular, as Solenidades da Senhora da Piedade e do Senhor da Serra são acontecimentos aos quais afluem milhares de peregrinos e veraneantes, atraídos pela sua fama milagrosa, numa veneração sentida e profundamente enraizada. Rendida ao crescimento urbano, a vila de Miranda do Corvo mantém inalteradas as características do seu centro histórico, sendo a Fonte dos Amores um local animado e agradável em dias de Verão. Geografia e demografia O concelho de Miranda do Corvo localiza-se na Região Centro, Sub-Região do Pinhal Interior Norte e pertence ao distrito de Coimbra. O município é limitado a nordeste pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste pela Lousã, a sueste por Figueiró dos Vinhos, a sudoeste por Penela, a oeste por Condeixa-aNova e a noroeste por Coimbra. A área que abrange as freguesias de Miranda do Corvo e Vila Nova está situada, quase na globalidade, na extensa baixa fértil da vila até ao sopé das Serras de Lousã e Espinhal. As outras freguesias situam-se numa área de encosta, mais ou menos a 130 metros de altitude, na margem direita da ribeira de um afluente do rio Ceira. Este concelho é envolvido a sul e a este por serras que oscilam entre os 661 metros e os 927 metros de altitude. O concelho tem uma área de 126,98km2, subdividida em 5 freguesias: Lamas, Miranda do Corvo, Rio Vide, Semide e Vila Nova. Em 2001, o concelho apresentava 13 077 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 63 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Miranda do Corvo. In Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 evolução da população do concelho de miranda do corvo (1801–2004) ano 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 6412 5891 12751 12608 12810 12231 11674 13077 13400 outras informações relevantes características gerais do concelho de miranda do corvo gentílico mirandense, corvense área 126,98 km² população 13 077 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/km²) 89,3 número de freguesias 127,0 região 5 subregião centro distrito pinhal interior norte antiga província coimbra beira litoral dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 64 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local O sector de actividade mais importante é o terciário, que ocupa mais de 50% da população activa do concelho. A nível industrial, a percentagem de população activa é também significativa atingindo valores próximos de 40%. Apesar da superfície fértil da vila no sopé das serras, a actividade agrícola tem vindo a perder importância, como actividade receptora de população activa, correspondendo a cerca de 10% na estrutura produtiva do concelho. No entanto, de referir a importância crescente dos viveiristas, sector que predomina nas zonas férteis das margens do Rio Ceira, essencialmente na freguesia de Semide. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 65 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres José Falcão José Joaquim Pereira Falcão nasceu a 1 de Junho de 1841, no lugar de Pereira, concelho de Miranda do Corvo. Viveu e estudou em Coimbra. Matriculou-se pela primeira vez nas Faculdades de Matemática e Filosofia no dia 7 de Outubro de 1857 e concluiu a sua licenciatura em Matemática em 21 de Junho de 1864. Recebeu o grau de Doutor em 31 de Julho de 1869. Em 3 de Agosto de 1870, foi nomeado lente substituto da Faculdade de Matemática e, no dia 8 de Maio do ano seguinte, passou a Professor Catedrático. Regeu as cadeiras de Mecânica Celeste e Astronomia. Trabalhou também no Observatório Astronómico, tendo sido nomeado Director a 28 de Julho de 1890. Político republicano, lutou pela mudança do regime e defendeu alterações profundas no campo social. Colaborou em diversos jornais, tendo fundado, em 1878, o semanário republicano “A Justiça”. Publicou vários livros: uns sobre assuntos da sua especialidade, outros de propaganda republicana, como por exemplo, a “Cartilha do Povo”, escrito em 1884 e que é a sua obra mais divulgada (até 1891 foram editados 55 mil exemplares). Depois da malograda revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, dedicouse à reorganização do partido republicano, no Porto, tendo escrito vários artigos políticos no “Voz Pública” e ali reuniu uma assembleia da qual saiu o Manifesto, que redigiu. Foi proposto para deputado em 23 de Outubro de 1892. Faleceu em Coimbra a 14 de Janeiro de 1893, com 51 anos de idade. Homenagens póstumas: em 1894, lançamento da obra “Memória a José Falcão”, com prefácio do poeta Guerra Junqueiro; placa da sua residência, em Coimbra; placa na sua casa de Pereira, terra onde nasceu; a data do seu nascimento celebra o Feriado Municipal de Miranda do Corvo (1 de Junho); o seu nome foi dado à mais destacada praça da vila e à escola; é também o patrono do antigo Liceu D. João III, hoje “Escola José Falcão” de Coimbra. É Patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos com Secundária, dr. José Falcão de Miranda do Corvo. fonte: “Os 25 Anos da Nossa Escola”, 1999 (Adaptado) · http://www.eps-josefalcao.rcts.pt/escola.html dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 66 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Outras personagens josé falcão (1841-1893) Político, republicano, professor universitário, autor da “Cartilha do Povo” e de notáveis escritos de propaganda política dr. francisco fernandes rosa falcão (1879-1931) Nascido na locoalidade de Lamas. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Além de advogado, foi secretário da Presidência do Tribunal da Relação de Coimbra, Governador Civil dos distritos de Coimbra e de Leiria e chefe do Gabinete do Ministério da Justiça, Dr. Manuel Rodrigues, de 1926 a 1928. A ele se deve um enorme e excelente trabalho na elaboração do Estatuto Judicial e do Código do Processo Penal. Faleceu em Lisboa em 14 de Junho de 1931 e jaz no cemitério de Lamas, em campa rasa, por sua expressa vontade professor antónio arruda ferrer correia (1912-2003) Personalidade que se distinguiu pela sua actividade universitária. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra onde foi professor catedrático e exerceu as funções de reitor de 1976 a 1982 sendo nomeado reitor Honorário, distinção conferida pela primeira vez. Foi agraciado com o grau da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e com a Grã-Cruz com estrela e banda da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha e condecorado, em Junho de 1982, com a GrãCruz da Ordem Militar de Santiago de Espanha. Possui também a mais alta condecoração italiana, a Grã-Cruz da Ordem de Mérito Italiana. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 67 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Foi associado e dirigente de inúmeras organizações internacionais especializadas no campo do Direito e presidente do concelho de Administração da Fundação Gulbenkian. Foi inaugurado um monumento em sua homenagem pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio em 14 de Setembro de 2003. Faleceu em 17 de Outubro de 2003. professor lídio alves gomes (1936-2006) Natural da localidade de Vila Flor, onde sempre residiu exerceu vários cargos na autarquia de Miranda do Corvo. Foi eleito Presidente à mesa para a eleição da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, após o 25 de Abril. Foi eleito em 1976 como vereador e reeleito em 1979 e 1982. De 1982 a 1985 foi Vice-Presidente da Câmara e no mandato de 1985 a 1989 exerceu o cargo de presidente da Assembleia Municipal. Exerceu vários cargos associativos, nomeadamente na Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional, Bombeiros Voluntários, Clube Atlético Mirandense e Centro Hípico, tendo sido Vice-Presidente da ADFP, da qual era sócio fundador. Fez também parte da direcção do jornal Mirante, da Dueceira- Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, sendo Conselheiro do Programa LEADER+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere e foi confrade fundador da Real Confraria da Cabra Velha. Foi professor na Escola Secundária de Avelar Brotero, em coimbra, de 1960 até à sua aposentação em 1997. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo http://mirandadocorvo.com/index.php?pagina=mirandensesilustres dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 68 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado A fundação do Município remonta ao século XII, quando em Novembro de 1136, D. Afonso Henriques lhe concedeu carta de Foral. O concelho tinha porém importância estratégica, tanta que o monarca mandou reconstruir o castelo arrasado, em 1116, pelos mouros. Em 1217, D. Afonso II confirmou a carta anterior, autenticando-a com um selo de chumbo. Em 1513-14, D. Manuel I concedeu-lhe uma nova carta de Foral. castelo de miranda do corvo • igreja matriz Do castelo de Miranda do Corvo, o qual sofreu as inúmeras investidas das tropas sarracenas, apenas resta a sua torre do lado nascente, a cisterna e um duplo portal, no sítio do Buraco. Ao longo dos tempos o Castelo, tendo perdido o seu cariz e significado estratégico, foi votado ao abandono e as suas pedras foram edificando o casario da vila e a própria Igreja Matriz, segundo despacho real de 1700. A Igreja Matriz, dedicada a São Salvador, data dos finais do século XIV, é um templo espaçoso, com fachada neoclássica e com retábulos em talha dourada do estilo Rocócó Coimbrão. torre do castelo · igreja matriz casa-mãe do gaiato pobre Ainda nas cercanias da vila pode-se admirar a Casa-Mãe do Gaiato Pobre, fundação criada em 1940 pelas mãos do Padre Américo, o qual se dedicou por inteiro aos meninos sem abrigo na reconhecida “Obra da Rua”. santuário • povoação de tábuas O Santuário erigido em louvor da Senhora da Piedade ergue-se junto à povoação de Tábuas, e é um exemplo da simplicidade da devoção dos povos serranos. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 69 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira santuário · povoação de tábuas convento de semide A história de Semide, povoação que foi sede de concelho até 1853, enreda-se na própria história do seu convento, fundado no século XII. Tragicamente este convento foi ao longo dos tempos alvo de diversos incêndios, no entanto, pela sua antiguidade e grandiosidade permanece como o monumento mais importante do concelho, e aonde ainda nos podemos admirar com a Capela-Mor, o Coro Alto, o Orgão e o Cadeiral. convento de semide coro alto, orgão, cadeiral dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 70 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira santuário do senhor da serra A localidade do Senhor da Serra cresceu em redor do seu Santuário, erigido e devotado ao Santo Cristo, local de romaria desde os tempos mais remotos. A construção da primeira capela remonta a 1653 aquando da reforma do Convento de Semide, tendo a devoção começado inicialmente, num cruzeiro de caminho. O actual edifício (de uma só nave) é um notável exemplo da arte Revivalista Portuguesa, segundo o estilo Neo-Romântico, sendo o retábulo principal em madeira, inspirado no da Sé Velha em Coimbra. santuário do senhor da serra dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 71 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais trapologia · peças diversas confeccionadas de retalhos de tecido tecelagem · bordados de almalaguês cestaria · cestos em vime de diversos formatos estatuária · esculturas em pedra rendas · peças diversas No séc. XII foi fundado em Semide o Mosteiro das Religiosas Beneditenses, onde segundo a tradição se executaram rendas mais tarde usadas nas festas religiosas, não só para ornamentar os altares mas também para as vestes e paramentos. Nesta povoação existem ainda rendeiras que trabalham em suas próprias casas havendo um ajuntadeira que recolhe os trabalhos para posterior venda. Esta tradição da ajuntadeira tem passado de mães para filhas, assim como os desenhos que de geração em geração vão sendo doados como herança. As rendas são hoje executadas em fio de algodão muito fino, preso ao ombro num pequeno búzio, que mais tarde ganham o nome de “rendas engomadas“, já que, depois de prontas, levam um banho de goma, que não só lhes dá maior durabilidade mas também as torna mais abertas. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo: http://www.mirandadocorvo.com/ olaria · cântaros, caçoilas e peças diversas em barro vermelho A indústria da olaria de barro vermelho, de remota origem, teve largo incremento nos sécs. XVI e XVII. Na segunda metade do séc. XVII, verifica-se que os núcleos residuais dos oleiros na vila eram principalmente no Relego (a poente); nos Linhares (a noroeste); no Outeiro e Carvalhal (a norte), locais na periferia da povoação como era natural. A partir do séc. XVIII, a «indústria» começou então a decair; os oleiros deixaram a vila onde de início a indústria floresceu para se abrigarem nos arrabaldes – Bujos, Espinho e Carapinhal. Quem exercia esta indústria que naqueles séculos a documentação dá como elementos de alguma proeminência social, decaíram até à modesta condição que gozam hoje. E, como Coimbra era o principal centro de venda dos artefactos e como eles tinham – e ainda têm – um certo cunho artístico, a olaria ficou conhecida como sendo da cidade. Daí vem que o asado – atributo indispensável da imagem corrente da Tricana – o cântaro, o púcaro de Coimbra, celebrados pelos artistas e etnógrafos, perderam a sua verdadeira origem. Os moringues, bilhas, talhas, cabaças são os principais exemplares desta arte. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 72 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira estatuária olaria Principais especialidades gastronómicas pratos típicos de miranda do corvo sopas de pão Também denominadas “sopas de casamento” chanfana Para alguns, a chanfana teria surgido no Mosteiro de Semide. Até finais do séc. XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Assim, o Mosteiro recebia dos moradores do seu couto os foros a que estavam obrigados. Galinhas, vinho, azeite, dias de trabalho, cabras e ovelhas, eram formas de pagamento. Durante o mês de Agosto e até ao dia de S. Mateus, as freiras de Semide recebiam as suas «rendas». Muitos dos moradores, porque eram pastores, pagavam com cabras e ovelhas. Ora, como as freiras não tinham disponibilidade nem meios para manter tão grande rebanho, descobriram uma fórmula para cozinhar e conservar a respectiva carne, aproveitando o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros, o louro que tinham na sua quinta, bem como os alhos e demais ingredientes. Surge, assim, a chanfana que era religiosamente guardada ao longo do ano nas caves frescas do mosteiro. A carne assada no vinho mantinha-se no molho gorduroso solidificado, durante largos meses. Segundo outros, terá sido durante a terceira invasão francesa que as freiras inventaram esta fórmula gastronómica para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região. Finalmente, há quem diga que a receita da chanfana nada tem a ver com o Mosteiro de Semide, mas apenas com as invasões francesas, ou seja, que quando as tropas francesas andaram pela região da Lousã e de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas era preciso cozinhar a carne habitualmente consumida (de cabra e de carneiro) e, como a água estava envenenada, utilizouse o vinho da região. A chanfana é um prato típico, não só no concelho de Miranda do Corvo como de praticamente toda a região centro. É muito apreciada e servida em bastantes restaurantes da zona. De salientar que constitui o prato «obrigatório» quando decorrem as festas religiosas anuais, nomeadamente na vila, pelo S. Sebastião. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 73 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira negalhos enchido típico Consta que a origem dos negalhos também remonta à época da terceira invasão francesa. Estando a rarear a carne porque os franceses roubavam os rebanhos, a população teve de aproveitar tudo, inclusivamente as tripas dos animais cuja carne utilizava habitualmente na sua alimentação. Experimentaram, então, cozinhar as tripas segundo a receita da chanfana e deu resultado. Ainda hoje se confeccionam os negalhos nas casas particulares de Miranda do Corvo e são servidos em alguns restaurantes locais. É um prato típico bastante apreciado. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/ nabada de semide Doçaria conventual cuja base da massa são nabos cozidos. súplicas mel de urze da serra da lousã Produto D.O.P. – Denominação de Origem Protegida Confrarias gastronómicas real confraria da cabra velha confraria gastronómica · membro da fed. nac. das confrarias gastronómicas desde 2004 Os pratos gastronómicos defendidos pela Real Confraria da Cabra Velha incluem-se numa herança etnográfica que não surge por acaso, nem de um dia para o outro. Há uma lógica inerente ao seu aparecimento e à sua perpetuação no tempo, nem sempre fácil de deslindar nos difíceis rumos da História. À justificação de base histórica, etnográfica e cultural tendente a justificar porque apareceram tais pratos no nosso concelho e região, poderíamos chamar, dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 74 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fundamentadamente “o ciclo da carne de cabra”, isto é, o aproveitamento quase integral de um produto, valioso em todos os tempos, mais ainda em épocas de crise, por uma população que sempre viveu com grandes dificuldades, mas que soube tirar partido daquilo que a Natureza colocou à sua disposição. confraria dos amigos da geropiga de moinhos e arredores confraria báquica Moinhos é uma aldeia situada no concelho de Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, localizada a 13 Km desta cidade, pertencente à freguesia de Miranda do Corvo e com cerca de 500 habitantes. Diariamente as suas gentes deslocam-se para os empregos, duma maneira geral para a sede do distrito, Coimbra. Região montanhosa, onde em tempos as suas actividades principais eram a agricultura, pastorícia, extracção de madeira e resina, sempre a nível familiar. confraria do vinho de lamas confraria báquica A Confraria do Vinho de Lamas resulta da vontade dum grupo de 30 produtores vinícolas da freguesia de Lamas que resolveram associar-se com o objectivo da produção, promoção e defesa do vinho da terra. Sendo a região de Lamas uma região tradicionalmente agrícola, o cultivo da vinha assume um carácter dominante desde os tempos antigos surgindo como um complemento económico para a maioria das famílias da freguesia. Nos tempos modernos debatem-se com novos desafios, quer produtivos quer de mercado, o que os levou a associar-se para em conjunto defenderem um produto muito característico e que merece ser preservado e promovido. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo · http://www.mirandadocorvo.com/ Feiras, festas e romarias feriado municipal 01 de junho Dia em que se comemora o nascimento de José Falcão, figura ilustre nascida no concelho. mercado semanal quarta-feira feira mensal semide segundo domingo de cada mês romaria ao divino senhor da serra santuário do senhor da serra, freguesia de semide 15 a 22 de agosto dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 75 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira romaria de nossa senhora da piedade de tábuas tábuas, freguesia de vila nova segundo domingo de setembro santuário do senhor da serra tábuas outros eventos expomiranda • feira do mel • feira de artesanato Curiosidades locais padroeiro local São Sebastião origem do nome da vila sede de concelho A origem do nome da freguesia, será latina: advirá de mirandus - atalaia ou miradouro -, que corresponde à primitiva função do cabeço onde foi construído o castelo e onde hoje se vê a igreja matriz. jogos tradicionais Levantamento efectuado pelo Município de Miranda do Corvo Estes jogos usavam-se nas festas e romarias, aos domingos, e os miúdos da escola nos momentos livres; reportam-se aos séculos XVII, XVIII, XIX e XX ou até antes. Os jogos poderão não ser exclusivos do nosso concelho. Existiriam, certamente, noutros locais com este ou outro nome e, eventualmente, com algumas variantes. fonte: site oficial do Município de Miranda do Corvo http://www.mirandadocorvo.com/index.php?pagina=etnografia jogo do pião O pião era um dos brinquedos preferidos da pequenada. Dentro de um circulo encontravam-se os piões dos adversários que nós, através do lançamento do nosso, pretendíamos afastar daquele espaço, tentando acertar-lhes. Acontecia muitas vezes, com tal acto, rachar os piões dos colegas. O hábil manejamento do pião também era algo de que nos orgulhávamos de mostrar tentando evidenciar a nossa destreza manual. Um dos pontos fortes consistia em conseguir pô-lo a rodar com bastante força para seguidamente, na continuação do seu movimento, pegá-lo e «adormecê-lo» na palma da mão. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 76 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira jogo do prego Delineava-se uma área, normalmente um grande círculo, em terreno relativamente mole. Depois, cada jogador, na sua vez, munido do seu prego (altos, de barrote) começava por conquistar um «território». Podia ir avançando lançando o prego e criando uma linha imaginária. A distância entre cada lançamento nunca podia ser superior ao tamanho do pé do jogador. Sempre que o prego não espetasse no terreno, o jogador perdia a sua vez e dava-a a um dos adversários. Ganhava quem conquistasse a totalidade do círculo previamente definido. jogo do mata Definiam-se três linhas onde estavam, respectivamente, um indivíduo da equipa A (o morto), vários jogadores da equipa B, jogadores da equipa A e o «morto» da equipa B. Circulando uma pequena bola de lona entre os dois campos com a mesma letra, tentava-se lançar a bola contra a equipa adversária e «matar», isto é, acertar em um dos jogadores adversários que iria, após isso, fazer companhia ao «morto». jogo da macaca O jogo consistia em atirar a malha (objecto de forma achatada, utilizado para jogar) para dentro dos quadrados, seguindo-se sempre uma ordem: cabeça (pescoço), braços, barriga e pernas. Sempre que se falhava, dava-se a vez a outro jogador. Isto ia-se fazendo até chegar às «pernas». O jogo continuava atirando-se a malha de costas e finalmente com ela em cima do pé. jogo da corda (1) Jogo, sobretudo do agrado das raparigas, que consistia em saltar sobre uma corda em movimento, evitando tocar-lhe. À medida que o jogo ia decorrendo aumentava o grau de dificuldade dos jogadores, elaborando manobras mais difíceis e aumentando a velocidade de circulação da própria corda. jogo da corda (2) Estabelecida uma linha limite, duas equipas, compostas por vários elementos, agarram uma corda. O objectivo do jogo é tentar «puxar» para o seu «território» a equipa adversária. pau de sebo Erguia-se um pau com uma certa espessura num espaço aberto, colocando-lhe sebo (gordura animal, normalmente de porco) que o tornava extremamente escorregadio. Quem o conseguisse subir ganharia o prémio que estivesse na sua ponta. jogo da porca Para jogar é necessário uma pinha e cada elemento munir-se de um pau. Era jogado por rapazes, geralmente durante a Quaresma. No chão fazia-se uma poça – o nicho da porca – à volta do nicho cada elemento do jogo fazia um buraco. Para iniciar-se o jogo punha-se a pinha no nicho da porca, o objectivo do jogo seria tirar a pinha com o pau. Aquele que fosse mais habilidoso e conseguisse, tinha que correr para o seu buraco e pôr lá o pau, sob pena de um adversário ser mais rápido e ocupar o seu buraco, se isto sucedesse o que tirou a pinha do nicho perdia. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 77 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira jogo do frade Começa-se o jogo colocando três paus ao alto que podem ser ramos de uma árvore. Os paus são colocados formando uma pirâmide que se assemelha ao capuz de um frade e daí o seu nome. Podem jogar dois jogadores. Um é colocado ao pé do frade e o outro a uma distância a determinar. O jogador que está a uma certa distância tem uma malha (pedra do rio e de forma achatada e redonda) que deverá atirar para derrubar o frade, mas antes diz: Quem derruba o frade? O outro responde: Está cá gente! O primeiro pergunta novamente: Quem o derrubou? E o outro responde: Ficou todo contente. Dito isto atira a malha. Se derrubar o frade, foge e o outro vai atrás dele tendo que o agarrar e trazer às costas até ao pé do frade. Depois trocam e começa novo jogo. jogo do bicho Material necessário – botões ou moedas de tostão, um taco de madeira ou um carrinho de linhas vazio, um pataco (moeda antiga de pouco valor), na ausência do pataco um botão. Jogado geralmente por rapazes na época da Quaresma, altura em que havia poucas distracções. Cada elemento do jogo munia-se de um pataco e botões ou tostões. Colocava-se o bicho (taco de madeira) a uma distância considerável dependendo da idade dos elementos do jogo, cada um atirava o seu pataco ao bicho para se apurar o rei (o primeiro elemento a jogar, aquele que conseguisse ficar mais perto do bicho seria o rei). Cada jogador punha um botão em cima do bicho e na sua vez atirava-se o pataco de forma a atingir o bicho para que os botões caíssem. Aquele que conseguisse iria medir a distância entre o pataco e os botões e entre o bicho e os botões. Aqueles botões que estivessem mais perto do pataco pertenciam ao jogador (dono do pataco), os que estivessem mais perto do bicho eram deste e o jogador continuava até não haver botões. Ganhava o elemento que obtivesse maior número de botões. jogo do rico, rico chaco Uma criança sentada e outra de joelhos com a cara escondida no colo da primeira. A que está sentada, batendo com a mão nas costas da outra, diz: Rico rico, rico chaco, Quantos dedos estão no ar Se disseres dois ou três Não perdias nem ganhavas Rico rico, rico chaco Quantos dedos estão no ar? A criança que tem a cara escondida no colo tem de adivinhar quantos dedos a outra pôs no ar. Quando adivinhar, trocam de posição. Jogava-se na escola. jogo da bichinha Todos em pé a andar de volta e um a apanhar. O que anda a apanhar tenta agarrar os outros que para se livrarem têm de se baixar. A criança que anda a apanhar não se pode baixar. corridas de sacos Cada jogador, com a parte inferior do corpo dentro de um saco, tenta alcançar primeiro que os outros uma meta predefinida. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 78 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira jogo do botão Ara jogar ao botão era necessário um fito (pedra pontiaguda em forma de triângulo), uma malha para cada jogador e botões. Primeiro determinava-se a ordem de jogada. Depois colocava-se o fito a certa distância e cada jogador colocava o botão em cima do fito. Pela ordem estabelecida, cada jogador tentava derrubar o fito. Os botões pertenceriam ao jogador cuja malha ficasse mais próxima do botão, desde que o fito não estivesse mais próximo do botão. Neste caso jogaria outro jogador, tentando aproximar a malha do botão ou botões ainda não apanhados e assim sucessivamente. jogo do arranca-te nabo As crianças colocam-se em filas aninhadas e com as mãos na cinta formando «asas» com os braços. Vem uma criança por detrás e tenta «arrancar» puxando pelos braços uma-a-uma as crianças aninhadas que cada uma por sua vez faz força para não ser arrancada. A criança que tenta arrancar os nabos diz: – «Arranca-te nabo que já estás criado». jogo do divino machucar Jogam dois jogadores. Um está agachado. O outro coloca a mão atrás das costas deste e levanta por exemplo três dedos e pergunta-lhe: - Quantos dedos estão no ar? Ele responde e se não adivinhar ele diz: - Se dissesses quatro não perdias nem ganhavas, ao divino machucar quantos dedos estão no ar? E repete-se a jogada até adivinhar. o arraiado Tira-se à sorte a ver quem é que vai «dormir», depois todos se vão esconder. Enquanto a criança vai «dormir» ao arraiado conta até 10. No final vai procurar os outros e diz: «Rôrô, carrapeta já aqui vou!» Sai e vai a correr procurar as outras crianças. A criança que for vista primeiro vai dormir. Os que baterem com a palma da mão no arraiado safam-se. cabra-cega Um grupo de crianças formava uma roda. No meio e com os olhos tapados com um lenço e com um pau na mão estava outra criança que era a cabra-cega. Colocava-se um ovo choco no meio. A cabra-cega tinha de com o auxílio do pau partir o ovo choco. jogo das pedrinhas Com um pau de giz faziam um circulo no chão e aí dispunham as cinco pedrinhas. Apanhavam a primeira pedra e as seguintes eram apanhadas enquanto se atirava ao ar a que se tinha na mão. Primeiro era apanhada na palma da mão, depois com as costas da mão. jogo da péla Jogo juvenil jogado por rapazes e raparigas com uma bola de farrapos que se chamava péla. O jogo consistia em atirar a péla a um caixote que se encontrava a uma distância aproximada de 50 metros. Quem acertava no caixote ganhava e saia do grupo. O último a ficar perdia. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 79 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira chincas Era com cinco pedrinhas. Com uma mão deitávamos a pedrinha ao ar e tentávamos apanhar as que estavam no chão a tempo de apanhar a que tínhamos deitado ao ar. Andávamos sempre à procura das pedrinhas mais redondinhas. Guardávamos as pedrinhas no bolso da bata e quando perdíamos alguma ficávamos muito tristes. jogo da pitorra Joga-se com uma espécie de peão feito em madeira. Em cada face do pião estão inscritas iniciais: R-rapa; T-tira; D-deixa; P-põe. Era jogado com botões que muitas vezes se arrancava do vestuário ou então com feijões. Os botões eram em número igual para todos e previamente combinavam quantos punham e jogava-se consoante a letra que saía. O jogo terminava quando um jogador ficava com os botões todos. jogo da condessa De um lado está uma menina (a Condessa) com as filhas, que lhe seguram o vestido, formando roda, do outro lado está o cavaleiro que era uma menina. O cavaleiro vai pedir uma filha à condessa e diz: Ó Condessa, ó condessa Ó Condessa de Aragão Venho pedir-te uma filha Das mais lindas que aqui estão A Condessa responde: Minha filha não a dou Nem por ouro nem por prata Nem por sangue do dragão Nem por rabo de lagarto O cavaleiro vai-se embora muito triste e diz: Ai que tão contente eu vinha Tão triste me vou achar Pedi a filha à Condessa Condessa não ma quis dar A Condessa fica com pena e chama: Tornai atrás cavaleiro Entrai por esses portais Escolhei a mais bonita Essa que gostardes mais O cavaleiro canta alegre, escolhendo uma da roda: Não te quero por seres rosa Nem a ti por açucena Quero-te por seres formosa E por seres a mais morena Jogava-se na Escola Primária. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 80 índice Miranda do Corvo região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira jogo do lenço Duas equipas atribuíam a cada elemento um número que permanecia em segredo. Definia-se um espaço e, ao centro deste, um elemento alheio às equipas segurava um lenço com o braço esticado. Quando este anunciava um número, o elemento referente de cada equipa corria para o lenço e tentava alcançá-lo primeiro que o adversário. jogo da malha Com uma malha (caco, pedra achatada) tentava-se avançar por «casas» (quadrados desenhados a giz no chão), lançando-a para dentro dessas «casas» sem «pisar o risco» (os seus limites). Após isto saltávamos ao pé cochinho de casa em casa, excepto na que continha a malha e, na volta, sempre ao pé cochinho, recolhíamos a malha e acabávamos o percurso. Em seguida passávamos à próxima «casa». jogo do «pónei» Havia duas equipas e um indivíduo isolado – a «travesseira». Este colocava-se encostado a uma parede. A primeira equipa, encostada a ele, agachava-se formando a montada. A equipa adversária, em corrida, saltava para cima deles. Ao saltar cada indivíduo anunciava, obrigatoriamente, a seguinte frase: «Pónei, catrapónei, aqui vai o pónei!». Se a montada «arrear», esta equipa perde. Se aguentarem o peso dos adversários, trocam com estes e são eles agora que saltam. Era um jogo, sobretudo, para os rapazes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 81 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.5. Pampilhosa da Serra, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Por entre serras e vales... Trata-se este do maior concelho das terras de Entre LOusã e Zêzere e um primeiro olhar perde-se na imensidão da paisagem, onde predomina o verde profundo das serras da Estrela, Açor, Lousã e o azul límpido dos rios Ceira, Unhais e Zêzere. Situado na Cordilheira Central, este concelho possui cenários naturais majestosos: desde vales profundos rasgados pelos três rios que o atravessam aos grandes picos, ora abruptos e rochosos, ora de vegetação rasteira. As Barragens do Alto Ceira e de Santa Luzia são locais de beleza ímpar nos quais é possível desfrutar do sossego que caracteriza estas paragens. A Vila de Pampilhosa da Serra é a sede de imenso concelho cujas origens remontam ao período medieval. A sua designação Pampilhosa deriva etimologicamente do termo Pampilho, pequena e singela flor dos campos, em tudo idêntica a pequeno malmequer silvestre. Além das magníficas paisagens proporcionadas pela generosidade da natureza deste concelho, este tem ainda para oferecer a quem o visita, uma panóplia de sabores genuínos e tipicamente serranos. Geografia e demografia O concelho de Pampilhosa da Serra localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, pertencendo ao distrito de Coimbra. É limitado a norte por Arganil, a oeste por Góis, a nordeste pela Covilhã, a leste pelo Fundão, a sul por Oleiros e Sertã e a sudoeste por Pedrógão Grande. Localiza-se numa área de duas cordilheiras de destaque, a de Estrela-Lousã, que vai do Picoto de Meãs, na serra do Açor (com 1340 metros de altitude), até à da Malhada (com 1000 metros). Paralela a esta cordilheira, existe uma cadeia de serras de menor dimensão, que vão desde o Cabeço do Chiqueiro (com 1086 metros) até Padrões (com 439 metros). A nível hidrográfico, os principais rios que passam pelo concelho são o Ceira a norte, o Unhais no centro e o Zêzere a sul. O concelho tem uma área de com 396,49km² de área, subdividido em 10 freguesias: Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Portela do Fojo, Unhais-oVelho e Vidual. Em 2001, o concelho apresentava 5220 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 82 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Pampilhosa da Serra. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 evolução da população do concelho de (1920 – 2004) ano 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 3260 4163 12426 13459 13372 7493 5797 5220 4756 outras informações relevantes características gerais do concelho gentílico pampilhosense área 396,49 km² população 5 220 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/ km²) 12,3 número de freguesias 10 região centro subregião pinhal interior norte distrito coimbra antiga província beira baixa dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 83 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local A nível económico sobressai o sector terciário ligado ao comércio a retalho e ao turismo relacionado com a exploração da Serra da Lousã e aos recursos hídricos - barragens e albufeiras, piscinas fluviais, pesca e desportos náuticos. O sector secundário está relacionado com a exploração florestal, com os têxteis, nomeadamente com o fabrico de pasta para colchões, sofás e derivados, e com a construção civil e obras públicas. A actividade agrícola reveste-se de um carácter de subsistência, com solos pobres e pequenas parcelas (minufúndios). Destaca-se a produção de leite, queijo de cabra e de ovelha e azeite, constituindo a apicultura um ofício tradicional com grande peso na economia doméstica. As aguardentes de mel e medronho são uma das potencialidades locais, as quais carecem ainda de uma visão e intervenção estratégicas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 84 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres Monsenhor Nunes Pereira Nasceu a 9 de Dezembro de 1906 na Mata de Fajão, Pampilhosa da Serra, tendo sido o segundo de quatro filhos. Seu Pai, escultor santeiro, faleceu quando tinha, apenas, 9 anos. “Dele herdei este jeito para as artes e um razoável conjunto de ferramentas, com as quais iniciei a minha aprendizagem manual: plainas, serras, formões, goivas e o mais da arte”. Em 1919, entrou no Seminário de Coimbra, tendo sido ordenado sacerdote, em 28 de Julho de 1929. Na diocese de Coimbra, foi Vigário Geral, cerca de 4 anos, com o Bispo D. João Saraiva e D. João Alves. De 1952 a 1974 foi redactor do “Correio de Coimbra”, tendo realizado “muitas dezenas” de gravuras para este jornal. A partir de 1958, dedicou-se à aguarela, após viagens a Paris, Itália, Alemanha e Holanda. Desenhava, com rapidez, à pena, esculpia, pintava e, dados os seus conhecimentos na área da madeira, aprendeu, numa tarde, a técnica da gravura em metal com José Contente. “Na base de todos os meus trabalhos está, sem dúvida, o desenho. Desenho em casa, na rua, nos cafés, nas reuniões, nos almoços. O meu desenho, salvo o que faço no gabinete, é um desenho de viagem, aproveitando ocasiões e às vezes escassos minutos”. Dominava igualmente a técnica do vitral. Preferiu, contudo, os trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponta seca e lápis. Executou gravuras em madeira, cobre, lousa, marfim, calhau rolado. São conhecidos os seus painéis de madeira da Igreja da Tocha, de Bustos, de Coja, do Seminário Maior de Coimbra e outros, bem como as Vias-Sacras de Colmeias (Leiria), Igreja de Nossa Senhora de Lurdes (Coimbra), Colégio de São Teotónio (Coimbra) e Ansião. São ainda conhecidos trabalhos em ferro forjado nas Igrejas do Cardal (Pombal), Ponte Sotão (Góis) e Arganil.Para os Museus de Fajão, do Seminário Maior e da Capela das Minas da Panasqueira, executou gravuras em lousa. As xilogravuras dos Contos de Fajão, a par de gravuras de Jesus, de Santos e do culto mariano, constituem um valioso espólio etnográfico e de Arte Sacra do Museu do Seminário Maior de Coimbra. A Câmara Municipal de Coimbra atribuiu-lhe, em 1986, a medalha de Ouro da Cidade. Morreu a 01 de Junho de 2001, mas a sua obra permanecerá viva para sempre, podendo ser apreciada no Fajão. fonte: texto (adaptado) e foto · Paulino M. Tavares · http://fajao.no.sapo.pt/monsenhor.htm dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 85 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fonte (imagens): Paula Almeida · http:// passearporcoimbra.blogspot.com dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 86 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Outras personagens d. eurico dias nogueira (1923…) Nasce em Dornelas do Zêzere, Pampilhosa da Serra. Licencia-se em Direito Civil na Universidade de Coimbra. Em 1977 é nomeado Arcebispo de Braga. Resignou em 1999, vivendo desde essa altura no Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo em Braga. monsenhor nunes pereira (1906-2001) Nasce a 1906 na Mata de Fajão, Pampilhosa da Serra,. É ordenado sacerdote, em 1929, tendo sido Vigário Geral Na diocese de Coimbra. A partir de 1958, dedicou-se à aguarela. Dominava igualmente a técnica do vitral. Preferiu, contudo, os trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponta seca e lápis. Executou gravuras em madeira, cobre, lousa, marfim, calhau rolado. As xilogravuras dos Contos de Fajão, a par de gravuras de Jesus, de Santos e do culto mariano, constituem um valioso espólio etnográfico e de Arte Sacra do Museu do Seminário Maior de Coimbra. A sua Obra pode ser apreciada no Museu com o seu nome, na aldeia do Fajão, em Pampilhosa da Serra. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 87 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado De acordo com os registos históricos do período medieval, foi D. Dinis quem concedeu o título de Vila à Pampilhosa da Serra, embora subsista a ideia na história local de que já recebera foral anteriormente concedido por pessoa particular. Posteriormente, D. Fernando anexou a vila ao julgado da Covilhã e só 43 anos depois, ao cabo de várias demandas, D. João I lhe confirma o estatuto de vila isenta. Em 1499, estas terras adquiriram autonomia judicial, e a 20 de Outubro de 1513, D. Manuel concedeu-lhes novo foral. Em Outubro de 1855, o concelho foi alargado com a anexação das freguesias de Dornelas, Fajão, Janeiro de Baixo, Unhais-o-Velho, Vidual e Portela do Fojo. capela da portela do fojo • capela do pessegueiro O património arquitectónico deste concelho é constituído essencialmente por edifícios de cariz religioso, sendo incontáveis, o número de igrejas e capelas distribuídas pelas 10 freguesias, como constitui exemplo a Capela da Portela do fojo, ou a Capela do Pessegueiro. capela da portela do fojo capela do pessegueiro, igreja matriz Do património local, ênfase para a Igreja Matriz da vila, que em 1907, foi praticamente destruída por um grande incêndio, tendo sido reconstruída posteriormente, sendo que das suas origens, restam apenas um retábulo em pedra estilo renascentista e a imagem de Nossa Senhora do Rosário. igreja matriz da vila de pampilhosa da serra cristo rei Também, ainda na vila, realce para o Cristo Rei, estátua de cariz religioso, o qual de uma alta penedia se encontra virado para a vila como símbolo da sua protecção divina. Desse ponto é igualmente possível apreciar-se todo o panorama envolvente. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 88 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira património arquitectónico No que se refere ao património arquitectónico são, também, de destacar achados arqueológicos do período do bronze, como fragmentos de cerâmica e monumentos funerários, sobre os quais existe bibliografia especializada. arquitectura civil Ao nível da arquitectura civil, são dignas de realce algumas casas de boa traça como a Casa do Arco (séculos XVI/XVII), a Casa dos Melos (séc. XVIII), o Solar das Baratas (séc. XVIII) e a Casa da Câmara e Cadeia (finais séc. XVIII) – actuais instalações do Museu Municipal e do Posto de Turismo. Os Mouros, que fazem parte da história e do imaginário dos pampilhosenses, dão fundamento à Lenda da Gruta da Ponte da Covilhã – uma história entre os inúmeros contos de raiz popular que vale a pena descobrir localmente. património paisagístico Em relação ao património paisagístico, o concelho tem para oferecer a quem o visita magníficas paisagens naturais que podem ser contempladas a partir dos seus diversos miradouros. Contudo, a intervenção do homem na paisagem também pode ser encontrada nas imponentes barragens hidroeléctricas de Santa Luzia e Alto Ceira, as quais proporcionam com as suas allbufeiras aprazíveis contornos e belos espelhos de água, muito para além da sua importância económica no sector da produção de energia eléctrica. aldeia de fajão A aldeia de Fajão, recentemente integrada na Rede de Aldeias de Xisto, é uma jóia da arquitectura tradicional, constituindo um importante núcleo rural construído na negra pedra de xisto e, por si, um espaço a percorrer e visitar. Aqui, destaque para a Lenda do Juiz de Fajão e para o Museu de Monsenhor Nunes Pereira. aldeia de fajão janeiro de baixo Também integrado a Rede de Aldeias de Xisto, a localidade de Janeiro de Baixo constituiu um espaço aprazível, delimitado pelo Rio Zêzere. fonte (algumas imagens): site ‘Pampilhosa em Imagens’ · http://pampilhosaimagens.no.sapo.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 89 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais rendas e bordados · peças diversas madeira Miniaturas de Santos e de figuras a retratar profissões tradicionais, peças diversas. miniaturas de casas tradicionais em pedra de xisto fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaimagens9.no.sapo.pt/artefactos.htm artefactos em raiz de torga Vulgarmente conhecida como urze. fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaimagens9.no.sapo.pt/artefactos.htm pintura Trabalhos em diversos suportes arte sacra · registos e ex-votos tecelagem · tapetes e mantas e trabalhos diversos em linho dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 90 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira trapologia · rodilhas fonte: site oficial Município Pampilhosa da Serra www.cm-pampilhosadaserra.pt/cultura/eventos.asp materiais orgânicos Ainda a referência para trabalhos artísticos efectuados com materiais recolhidos na natureza, tais como, folhas, bolotas, galhos, etc. Principais especialidades gastronómicas pratos típicos do concelho de pampilhosa da serra Habituadas a uma vida árdua e difícil, as gentes da serra diferenciavam, noutros tempos, a alimentação quotidiana da alimentação dos dias de festa. Por isso, os pratos variavam de acordo com as ocasiões. Na quadra do Natal imperam Couvada, a Chanfana, as Filhós, os Sonhos de Abóbora, as Fatias, o Arroz Doce e as Castanhas com leite. Na Páscoa, as iguarias são outras: reinam os Maranhos, o Cabrito Assado, a Truta de Escabeche, o Pão Leve e o Bolo de Mel. Por altura das Festas Religiosas saboreiam-se novos pratos, a começar pelo Caldo Verde ou não fosse ele encorpado com a couve serrana, o Cozido à Portuguesa, o Bucho, a Tigelada e o Bolo de Azeite. Durante o ano, os pratos típicos mais usuais são a Sopa de Feijão Verde, a Sopa de Couve Serrana, a Sopa de Botelha, os Carolos, a Tiborna, a Guleima e o Caldo de Castanhas. fonte: site net pampilhosense · http://pampilhosaturismo.no.sapo.pt/especialidades.htm Feiras, festas e romarias feriado municipal 10 de abril O Feriado Municipal de Pampilhosa da Serra é celebrado a 10 de Abril. Esta data está relacionada com um facto histórico muito importante para o concelho, pois prende-se com uma questão de autonomia. Em 1380, D. Fernando anexou a Pampilhosa ao julgado da Covilhã. Desta decisão real surgiu grande descontentamento entre os Homens Bons da Pampilhosa, que não hesitaram em enviar uma petição ao Rei, no sentido deste concelho continuar a gozar de autonomia. D. João I, dando razão aos protestos dos dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 91 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira habitantes da Pampilhosa, confirma-lhe os seus títulos de vila isenta, a 10 de Abril de 1423. fonte: em Boletim Municipal de Pampilhosa da Serra http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/utilidades/boletim9.pdf mercado semanal quarta-feira feira quinzenal pampilhosa da serra feira mensal dornelas do zêzere e amoreira festa em honra de senhora do pranto pampilhosa da serra 15 de agosto festa da senhora do bom parto dornelas do zêzere 3º domingo de agosto festa em honra da senhora dos altos céus · padroeira dos mineiros meãs 15 de agosto festa de s. sebastião “bodo" unhais-o-velho 20 de janeiro festa de nª senhora da guia julho em fajão 3º domingo Curiosidades locais o significado do nome do concelho O nome Pampilhosa tem, de acordo com alguns autores, origem etimológica no vocábulo pampilho (planta idêntica ao malmequer). Pampilhosa passa a designar-se Pampilhosa da Serra apenas no Século XIX, por forma a distinguila de Pampilhosa do Botão. fonte: Cristina Antunes, Roteiro do Concelho, CMPS 1998 no site oficial do Município · http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/concelho/historia.asp dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 92 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Histórias e lendas locais os contos do fajão: “o juiz de fajão na relação do porto” Um dia mataram um homem na serra da Rocha, e o Juiz de Fajão, que andava por ali à caça, viu quem o matou. Mas como esse homem andava de mal com certo indivíduo, puseram as culpas a esse com quem ele andava mal. No tribunal, as testemunhas juraram que tinha sido esse fulano o assassino. O Juiz de Fajão tinha visto, mas não podia ser ao mesmo tempo testemunha e juiz. Tinha de julgar conforme a prova testemunhal, mas também não queria condenar um inocente e deixar em liberdade o assassino. Então lavrou a seguinte sentença: Julgo que bem julgo, posto que bem mal julgado está! Vi que não vi, morra que não morra! dêem o nó na corda que não corra. Chés-bés; Maria põe palha. E, lida a sentença, aconselhou o réu a recorrer para a Relação. Foi o processo para a Relação do Porto, e de lá devolveram-no alegando que não entendiam os dizeres daquela sentença, especialmente aquele «chés-bés, Maria põe palha». Que era melhor lá ir. O Juiz de Fajão marcha para o Porto, mas levou consigo um rapazito dos seus oito anos. Explicou-lhe o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», e chegado ao tribunal da Relação, disse ao rapazito que esperasse à porta, e se o chamassem para lhe perguntarem o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», que dissesse. Depois entrou, mas ninguém lhe deu cadeira para se sentar. Então ele não se desmanchou; pegou no capote, dobrou-o muito bem dobrado e sentou-se em cima dele. Perguntaram-lhe então o que queria dizer a sentença, e ele explicou: «Julgo que bem julgo,» porque julguei conforme a prova testemunhal.» «Posto que bem mal julgado está», porque eu vi que o réu está inocente». «Vi, que não vi», porque vi quem matou mas não posso ser Juiz e testemunha.» Morra que não morra, dêem o nó na corda que não corra», porque ele não deve morrer visto que está inocente. E pergunta o presidente da Relação: – Então e que é isto que aqui está: «chés-bés, Maria põe palha?» – Pois os senhores não sabem o que é chés-bés? Até um rapazito sabe o que isso é. Olhe, quando eu entrei estava ali um à porta; se o mandarem chamar, ele diz o que isso é. Foram chamar o rapazito, e perguntaram-lhe o que quer dizer «chés-bés». Ele respondeu logo: – Quer dizer etc, etc. O Juiz da Relação não se deu por vencido, e perguntou ao Juiz de Fajão: – Então e isto que aqui está: «Maria põe palha?» – Sabe, Sr. Dr. Juiz, é que nós lá em Fajão temos falta de azeite para nos alumiarmos, e então deitamos palhas na fogueira para podermos escrever. Quando a chama vai a apagar-se tem de se dizer: Maria, põe palha! O Juiz da Relação disse então: – Pois se lá não têm azeite, mande cá uma almotolia que eu dou-lhe o azeite. Terminada assim a audiência, o Juiz de Fajão levantou-se, despediu-se com todo o respeito e já ia a sair, dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 93 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira quando o oficial de diligências lhe gritou lá do cimo da escada: Então o senhor Juiz de Fajão não leva o capote? – O Juiz de Fajão nunca levantou cadeira donde se assentou. fonte: http://www.chaosobral.org/literatura/juiz.htm Os contos de Fajão · http://pontefajao.no.sapo.pt/contos/contos.htm a lenda da ponte da covilhã A lenda conta-nos que homens do concelho da Covilhã quiseram reclamar a Pampilhosa pela lei da força, para tal foi necessário tentar apanhar a população desprevenida, não podiam portanto alcançar os Paços do Concelho pela ponte no centro da vila, porque seriam vistos. decidiram durante a noite construir uma ponte, e foi o que fizeram. No entanto existem dois finais felizes para a população da Pampilhosa: Após atravessarem a ponte e no caminho para a vila tiveram que passar pelo cemitério e foram detidos pela intervenção divina de S. Sebastião, no local onde foi construída uma capela como forma de agradecimento. A outra (e tendo em conta a mentalidade actual) diz que houve um habitante que ao voltar da horta avistou as movimentações e, como acontece ainda nos nossos dias, contou a toda a gente da vila e todos se puseram em guarda á espera dos invasores, que foram corridos... Ficção ou realidade a ponte está lá dissimulada no meio da vegetação, ligando duas margens do rio num local aparentemente desnecessário, guardando consigo o mistério da sua construção e puxando pela imaginação dos que ouvem a sua lenda. Nota: A história com o final por intervenção divina foi-me contado pela minha tia avó Maria José da Eira já falecida, a história com o final épico foi-me contada pelos meus pais. fonte: Emília Olivença Simões · http://unhaisovelho.no.sapo.pt a lenda da ponte da covilhã · uma outra versão Conta-se que antigamente, na Pampilhosa da Serra, existiam Mouros. Essa comunidade de Mouros morava numa gruta num sítio chamado “Ponte da Covilhã”. Certo dia, uma mulher Moura que estava para ter bebé encontrou-se em grandes dificuldades no trabalho de parto. O marido muito aflito foi procurar auxílio à povoação. Soube então de uma senhora que fazia partos e foi-lhe pedir ajuda. Algumas pessoas não confiavam nos Mouros e aconselharam-na a não ir porque eles podiam mata-la. A senhora encheuse de coragem e foi fazer o parto que por sinal correu muito bem. Em troca da sua bondade o Mouro deu-lhe quatro pedras de carvão. A senhora pelo caminho olhou fixamente para as pedras e disse: - Para que quero eu isto? - E atirou-as de seguida para o chão. Pensou melhor e levou duas para casa. Quando chegou a casa, atirou as pedras de carvão para trás da lareira. de manhã quando olhou para a lareira e viu duas pedras de oiro, vestiu-se rapidamente e foi a correr para o local onde tinha deixado as outras duas, mas estas tinham desaparecido... Essa Gruta ainda existe na Pampilhosa da Serra... fonte: http://patrimoniopampilhosa.com.sapo.pt/pampilhosa_pesquisa.htm#A%20Lenda a lenda das bruxas das fontes Conta-se que para os lados do Lugar das Fontes (Aldeia do Trinhão – Freguesia de Portela do Fojo) existiam algumas bruxas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 94 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira As bruxas eram mulheres comuns, simplesmente tinham um condão: em certas noites juntavam-se nos terreiros ou barrocas das Fontes ou até no Cabeço Murado, sobranceiro ao Trinhão, e bailavam toda a noite. Tinham ainda uma característica muito especial que era o facto de terem uma luz no rabo. Para que elas pudessem abandonar o lar nessas ocasiões sem serem descobertas tinham de enfeitiçar os seus maridos. Para tanto, passavam com as luzes dos seus rabos por cima da cara dos esposos, benzendoos e dizendo a seguinte reza: Eu te benzo benzaú Com as barbas do meu cu, Tu durmas e acordes E não tenhas mal nenhum! Ou então: Eu te benzo belaú Com as barbas do meu cu, Que eu vá e volte E não tenha mal nenhum! Posto isto, podiam entrar e sair pelas fechaduras de suas casas sem que acordassem os seus maridos. E conta-se também que numa dessas noites, quando uma bruxa se preparava para enfeitiçar o seu marido, este ter-se-á apercebido das intenções da esposa, tendo prontamente respondido: Eu te benzo minha porca Com a tranca da porta! E deu-lhe uma valente mocada. fonte: história recolhida por António Amaro Rosa a D. Maria de la Salette, no Lugar de Felgueiras (Aldeia de Ribeiro do Soutelinho – Freguesia de Portela do Fojo) · http://unhaisovelho.no.sapo.pt a lenda de unhais-o-velho Em tempos que já lá vão há muito, havia na aldeia um homem já idoso e temente a Deus que, para cumprir os seus deveres de cristão, se via obrigado a percorrer todos os domingos longas distâncias até chegar a uma igreja onde pudesse ouvir missa. Era uma figura austera, conhecida em toda a região, que dava mostras duma fé profunda mas ao mesmo tempo eivada de tristeza por não lhe ser possível cumprir os preceitos religiosos na sua terra por nela não existir qualquer igreja ou capela onde pudessem ser celebrados. Nas suas andanças pela Serra, calhou num domingo assistir à missa na igreja de Santa Maria Maior da cidade da Covilhã, distante da sua aldeia, por caminhos e atalhos, algumas dezenas de quilómetros. Cumprido o preceito dominical, encheu-se de coragem e dirigiu-se à sacristia para falar com o celebrante, a quem se lamentou do esforço e do sacrifício que fazia todos os domingos para cumprir as suas obrigações de fervoroso católico. Comovido com tanta fé, mas não avaliando porventura, em toda a sua dimensão, a tenacidade do velho unhaisense, o prior de Santa Maria prometeu-lhe a construção duma igreja na sua aldeia, na condição de durante um ano inteiro não faltar ali, na Covilhã, um só domingo para assistir à missa. O velho ainda hesitou em aceitar o repto, pensando na distância que teria de calcorrear todos os domingos do ano, mas confiante na força da sua fé acabou por aceitar o desafio. E passou a ser uma presença domingueira naquela igreja, constituindo um exemplo de fé e de perseve- dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 95 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira rança a suscitar admiração generalizada, até que, no derradeiro domingo do ano, um dia particularmente agreste e marcado por grande nevada, o prior, ao notar a ausência do unhaisense, esfregava as mãos de contente, pensando que se libertaria do compromisso assumido e dizendo para os paroquianos que “é hoje que o velho de Unhais falta à missa e assim não vai ganhar a igreja”. Mas não contava com a tenacidade do velho. Com o povo já cansado de esperar pelo início da cerimónia e quando o sacerdote, já paramentado, se aprestava para subir ao altar, eis que entra na igreja o “velho de Unhais”, encharcado até aos ossos e cansado da longa e fatigante viagem em condições climatéricas tão adversas. Sacudindo com gestos largos o albornoz que o defendera da neve e do frio e acomodado a um canto, ao fundo da igreja, como era seu hábito, o velho unhaisense, com voz rouca e cansada de serrano calejado na dureza da sua faina quotidiana, ainda teve forças para gritar bem alto “cá está ele, o velho de Unhais, ganhei a igreja para a minha terra”. fonte: Aníbal Pacheco · http://unhaisovelho.no.sapo.pt lenga-lengas I Pico, pico sardanico Quem te pôs a mão no bico? Foi uma velha chocalheira Que anda à borda da ribeira Varre bem, varre mal Vai-se pôr no seu real Ou esta, para aprender a contar até 10… II Una Duna Tena Catena Cigarra Migarra Carrapi Carrapau Conta bem Que já são dez III Pico, pico, sardanico Quem te deu tamanho bico? Foi a vaca chocalheira Que põe ovos em manteiga Para a filha do juiz Que está presa na cadeira Pela ponta do nariz Ou uma outra forma de aprender a contar... dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 96 índice Pampilhosa da Serra região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira IV Una Duna Tena Catena Forreca Chirreca Vira Virão Conta bem Que dez são!... V Surrebico, pico, pico, quem te pôs a mão no bico, foi a gata chocalheira que anda à roda da fogueira, salta pulga da balança bai morrer a Vila França ,os cavalos a correr as meninas a aprender qual será a mais bonita que se bai esconder. fonte: Aníbal Pacheco · http://tradicao.com.sapo.pt/lengalengas.htm dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 97 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.6. Pedrógão Grande, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Ao encontro do rio… Nota dominante no recorte do concelho a Sul, o Rio Zêzere é o símbolo por excelência do concelho de Pedrógão Grande. O seu intenso azul domina a paisagem verde que o rodeia e a Albufeira da Barragem do Cabril – marca do domínio do homem sobre a natureza - é ponto de atracção para os visitantes que se deleitam com a vista ou com a pesca de achigã, com a prática de desportos naúticos ou, tão somente, com a frescura da água corrente da sua piscina flutuante. A vila de Pedrógão Grande, cuja origem remonta à Idade do Bronze, situa-se num amplo planalto sobre o rio, mantendo um traçado sóbrio com características medievais. Também peculiar o contraste entre obras de construção civil que marcam duas épocas distintas e distantes entre si: a Ponte Filipina e a recente construção da ponte sobre o Rio Zêzere que integra uma das principais vias rodoviárias da Região Centro e cujo vão é dos mais altos da Europa. Geografia e demografia O concelho de Pedrógão Grande localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, pertencendo ao distrito de Leiria. Situado na margem direita do rio Zêzere e nas proximidades da Barragem do Cabril e da Serra da Lousã, é limitado a noroeste pelo município de Castanheira de Pera, a leste por Góis e Pampilhosa da Serra, a sueste pela Sertã e a oeste por Figueiró dos Vinhos. No total abrange uma área de 128,59km2 e é constituído por 3 freguesias: Graça, Pedrógão Grande e Vila Facaia. Em 2001, o concelho apresentava 4398 habitantes. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 98 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Pedrógão Grande. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 evolução da população do concelho de pedrógão grande (1801–2004) ano 1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 6691 9132 14157 8877 8239 5842 4643 4398 4262 outras informações relevantes características gerais do concelho gentílico pedroguense área 128,59 km² população 4 398 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/km²) 32,1 superfície (km²) 129.0 número de freguesias 3 região centro subregião pinhal interior norte distrito leiria antiga província beira litoral dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 99 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Economia local A nível económico sobressai o sector terciário ligado ao comércio a retalho e ao turismo no que se relaciona com os recursos hídricos locais - barragens e albufeiras, piscinas fluviais, pesca e desportos náuticos. O sector secundário está relacionado com a exploração florestal, com os têxteis, nomeadamente com o fabrico de pasta para colchões, sofás e derivados, e com a construção civil e obras públicas. A actividade agrícola reveste-se de um carácter de subsistência, com solos pobres e pequenas parcelas (minifúndios). Destaca-se a produção de leite, queijo de cabra e de ovelha e, como em todos os restantes concelhos da nossa zona de intervenção, com o mel. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 100 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres Miguel Leitão de Andrada Historiador do século XVII, na sua “Miscelânea”, diz que reinando Arunce em Colimbria (Condeixaa-Velha) nos tempos de Sertório, este, sendo derrotado em guerras e procurando lugar seguro para guardar sua filha Peralta e seus tesouros, construíra ou encontrara abandonado o castelo a que deu o seu nome e mais ao ribeiro, que ainda hoje o conserva. Definida pelo escritor como “um jardim florido em rudes montanhas plantado”, a vila de Pedrógão Grande surge a nossos olhos como uma povoação simultaneamente agreste e airosa e em que em cada pedra há uma história dos povos que a cruzaram. Dizem deste cronista que foi companheiro de armas de El-Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. É patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos, com secundária de Pedrógão Grande. Outras personagens miguel leitão de andrada (1553-1630) Escritor e historiógrafo notável do século XVII. Dizem deste cronista que foi companheiro de armas de El-Rei Dom Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. dr. josé jacinto nunes (1839-1931) Nasceu em Pedrógão Grande e faleceu em Grândola. Exerceu advocacia em Grândola sem nunca ter cobrado honorários a qualquer cliente. Em 1866 foi nomeado Administrador do Concelho de Grândola. Desempenhou a presidência das Câmaras Municipais de Torres Vedras e de Abrantes. Colaborou activamente nos jornais O Século, para cuja fundação contribuiu, e A Luta, entre outros jornais da época. Publicou várias obras, entre as quais Reivindicações Democráticas, Descentralização de Lisboa e Projecto do Código Administrativo. Assumiu-se como profundo defensor da democracia e regionalização. Roberto Barreto Pedroso das Neves, nasceu em 1907, jornalista de extraordinário talento, fundou e dirigiu o Instituto Brasileiro de Esperanto. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 101 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado rua do eirado e na rua rica Quem chega a Pedrógão Grande encanta-se com o aspecto austero do seu núcleo urbano, o qual conserva ainda algumas características medievais, reveladas pela sinuosidade e reduzida largura das suas ruas. Ainda em profusão, o casario primitivo no qual imperam as portas e janelas em granito trabalhado. Na Rua do Eirado e na Rua Rica, as antigas residências da fidalguia provinciana, sobressaem pelas suas janelas e sacadas decoradas com granito. A vila de Pedrógão Grande surge a nossos olhos como uma povoação simultaneamente agreste e airosa e em que em cada pedra há uma história dos povos que a cruzaram. estação arqueológica do calvário A origem da vila remonta à era do Bronze, no entanto os primeiros testemunhos foram deixados durante a ocupação romana, de que constitui exemplo o Forno Romano no Monte da Cotovia e a recentemente inaugurada Estação arqueológica do Calvário. estação arqueológica do calvário dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 102 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira a vila Durante a Reconquista Cristã, a vila ficou despovoada, até que em 1135, D. Afonso Henriques a entregou a D. Pedro Afonso, seu filho bastardo, para que este a repovoasse. No entanto, este doa Pedrógão Grande a três fidalgos e, em 1206, concede-lhe o primeiro foral. Em 1513, D. Manuel I concede-lhe novo foral. Até à implantação do regime constitucional foram donatários de Pedrógão Grande o Conde Redondo e o Marquês de Castelo Melhor, que tinham sobre esta vila poderes jurisdicionais. Subordinado à Corregedoria de Tomar, foi posteriormente em 1875 criada a Comarca de Pedrógão Grande, mas logo em 1895 um decreto-lei extingue o concelho e a Comarca de Pedrógão Grande, integrando-os nos de Figueiró dos Vinhos. Um novo decreto de 13 de Janeiro de 1898 restitui a Pedrógão Grande o Concelho continuando porém a Comarca em Figueiró dos Vinhos. igreja matriz dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 103 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira De incomparável beleza a Igreja Matriz (reconhecida como Monumento Nacional), situa-se no centro da vila de Pedrógrão Grande, destacando-se pela sua torre com 25 metros de altura. Construída em 1470, é um templo grandioso de estilo românico mas onde as sucessivas remodelações conferiram um cariz renascentista. No largo fronteiro um Pelourinho granítico, considerado monumento de interesse público, ajuda a formar um quadro harmonioso do espaço. igraja da misericórdia Na Igreja da Misericórdia, templo sóbrio do século XV, funciona o Museu de Arte Sacra (tendo anteriormente funcionado como o hospital da vila) o qual encerra raro exemplar de um retábulo sobre “O Milagre dos Santos”. museu pedro cruz Também o Museu Pedro Cruz, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande, apresenta ao público o acervo de toda a obra deste artista plástico, constituindo o Museu do Comendador Manuel Nunes Correia, outro espaço que agrega um conjunto diversificado de obras de grande valor, doadas por este benemérito local. museu pedro cruz ponte filipina A caminho do Cabril, a Ponte Filipina (edificada durante a dominação espanhola e, também, esta monumento nacional), apresenta-se como uma construção em granito encaixada sobre o Rio Zêzere e perfeitamente enquadrada no ambiente envolvente. ponte filipina outros monumentos A nível de outros monumentos podem-se ainda destacar: os Paços do Concelho (1860); as Capelas de Nossa Senhora dos Milagres e de São Sebastião (século XVI) e a Capela do Calvário; a Santa Casa da Misericórdia e os monumentos ao Comendador Manuel Nunes Corrêa e Marcelino Nunes Corrêa. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 104 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira capela do calvário dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 105 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais artefactos de cortiça · bancos, tropeços, tripeças, malgas, peças diversas artefactos de madeira · peças diversas estanhagem · peças diversas pedra de xisto · miniaturas de casas tradicionais cestaria · cestos em vime de diversos formatos rendas, bordados e tecelagem · peças diversas dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 106 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Principais especialidades gastronomia pratos típicos do concelho de pedrógrão grande sopa de peixe Confeccionada com peixes do rio como o achigã, carpa e barbo bucho recheado Um prato típico de carnes envolvidas em pão, ovos e limão maranhos achigã grelhado com molho verde Peixe proveniente das barragens do Cabril e da Bouçã feijoada de javali açorda de carne de porco Feiras, festas e romarias feriado municipal e feira anual dia do concelho 24 de julho mercado semanal às segundas-feiras no mercado municipal de pedrógão grandeo todos os domingos nas freguesias da graça e vila facaia feira mensal todas as primeiras segundas-feiras de cada mês, excepto no mês de agosto feira de santa catarina sede da freguesia de vila facaia 25 de novembro É uma feira típica, muito concorrida por pessoas da região e onde tradicionalmente se come sardinha assada e se prova o primeiro vinho novo. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 107 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mostra de produtos regionais ocorre, normalmente, no último fim-de-semana de abril Compõe-se de mostra de artesanato, produtos regionais e feira de gastronomia, com actividades recreativas, música ao vivo, folclore e actividades diversas. festas de verão festas do concelho ocorrem por altura do feriado municipal (24 de julho) Englobam diversas actividades recreativas, música ao vivo, folclore, bailes e actividades desportivas semana santa páscoa romaria do senhor dos aflitos senhor dos aflitos primeiro fim-de-semana a seguir ao dia 25 de abril romaria de santa catarina sede da freguesia de vila facaia fim-de-semana de 11 de agosto romaria da senhora da graça sede da freguesia da graça dia 15 de agosto romaria da senhora da consolação escalos do meio segundo domingo de agosto romaria da senhora dos milagres miradouro da srª. dos milagres – pedrógão grande primeiro domingo de setembro romaria da senhora da piedade senhora da piedade · vila facaia segundo fim-de-semana de setembro dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 108 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Curiosidades locais jogos tradicionais jogo do pião O jogo do pião era normalmente praticado pelos rapazes da escola, nos intervalos das aulas. Para fazer girar o pião, era necessário um baraço ou cordão, que ia enrolando desde o bico até ao bôjo, prendendo-se depois ao dedo indicador do jogador. Segurando o pião na mão, com o bico voltado para cima lançava-se este com um forte impulso, recolhendo o cordão. Esta guita era muitas vezes feita pelos próprios jogadores, utilizando-se um carrinho de linhas vazio, ao qual se pregavam quatro preguinhos a igual distância de uma das aberturas. Com este material procedia-se ao entrançamento do fio, que saía pela abertura oposta, até se fechar em nó, depois de se ter atingido o comprimento ideal. Um dos jogos mais conhecidos, consistia no seguinte: traçava-se no chão uma circunferência, para dentro da qual os jogadores lançavam os piões. Quando um não saísse do traçado, ficava prisioneiro, suportando os efeitos dos golpes desferidos pelos piões dos outros jogadores até que, obrigado por estas pancadas, acabava por sair do círculo. Usualmente procedia-se à substituição do bico original, por outro, maior e mais afiado, com dois objectivos: primeiro, para não “adormecer” dentro da circunferência; segundo, para infligir aos adversários as marcas dos fortes impactos. jogo do fito O jogo do fito constitui um dos poucos jogos tradicionais, que continua a ser praticado com alguma regularidade no concelho. É disputado por dois jogadores, ou então pelo sistema de pares. O material necessário é dois fitos e quatro malhas (pedras escolhidas para o efeito, ou discos de ferro com marcas para se distinguirem). Antes de iniciarem o jogo, colocam os fitos à distância convencionada e definem as regras, que consistem basicamente em determinar se estes, vão ter um ponto fixo, ou se, pelo contrário, a equipa ou jogador que estiver em inferioridade num dado momento do jogo, pode proceder à sua mudança dentro de uma área predeterminada. Se o jogo vai ser disputado pelo sistema de pares, ficam junto de cada fito, dois ou mais jogadores adversários, que jogam sempre do mesmo lado até atingirem os doze pontos, mudando para o lado oposto nesta altura. Por cada derrube, são contados dois pontos; lançadas as malhas, aquela que ficar mais perto do fito, conta um ponto, acabando o jogo, quando o jogador ou a equipa atingir vinte e quatro pontos. Como já se referiu, este jogo continua a ter entre nós bastantes adeptos e praticantes, existindo ainda uma variante que se poderá considerar de salão. É vulgar a sua prática nas tabernas e difere do anterior, apenas nos materiais. Em vez das malhas, utilizam-se moedas, sendo os fitos de menores dimensões. jogo da macaca Jogo praticado nas escolas, mas típico das raparigas. Consistia em riscar no chão oito rectângulos, que na sua configuração geral se assemelhava a um aero- dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 109 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira plano. Depois, com um caco, ou pedra lisa, a jogadora ia procurando arremessá-lo para cada um dos rectângulos, começando pelo mais distante. Em seguida dirigia-se a essa “casa”, trazendo-o ao “pé-coxinho”, só podendo saltar com ambos os pés, os rectângulos horizontais. Numa segunda fase do jogo, a jogadora teria de fazer andar o caco com o bico do sapato apoiado no chão, arrastando-o pelas diversas “casas”. Se colocasse ambos os pés no chão, se o caco ficasse em cima de algum risco (queimado), ou ainda se fosse tocado mais do que uma vez, perdia e voltava ao início do jogo. Se tal não se verificasse, tinha o direito de riscar cada um dos rectângulos que lhe iriam servir de descanso, ao mesmo tempo que não podiam ser utilizados pela adversária. jogo das escondidas Outro jogo praticado nas escolas, consistindo no seguinte: Um dos jogadores ficava de olhos vendados, geralmente virado para uma parede ou muro, contando em voz alta até atingir certo número, antes determinado e acordado por todos os participantes. Durante esta contagem, todos os outros intervenientes se iam esconder. Existiam duas variantes para completar o jogo. Uma consistia em chegarem sem terem sido vistos ao ponto combinado “mãe” ao mesmo tempo que proferiam: – “Um, dois, três, estou livre!” Na outra, para o logo se tornar mais rápido, a chegada era feita de forma a não serem apanhados pelo elemento que havia ficado a fazer a contagem. Aquele que fosse visto, ou agarrado, consoante os casos, seria o que iria ficar da próxima vez a efectuar a contagem. jogo da sardinha Jogo disputado apenas por dois elementos. Um estendia os braços, virando as palmas das mãos para cima, enquanto o segundo se colocava em frente, com as palmas das mãos sobre as do adversário. Nesta posição, aquele que tinha as mãos para baixo, procurava, com a maior rapidez possível, bater na mão do adversário que, como é evidente, procurava não ser atingido. Quando o primeiro não o conseguisse, perdia, invertendo-se as posições. jogo da bilharda Outro dos jogos praticado nas escolas. Traçava-se no chão uma circunferência, ficando no centro desta, um dos intervenientes, munido com dois paus: um maior e o outro mais pequeno e afiado em ambas as extremidades. O jogador empunhando o maior, procurava, depois de lançar o mais pequeno ao ar com uma pancada certeira e arremessar o segundo o mais distante possível. Neste instante o adversário corria a apanhá-lo, tentando em seguida introduzi-lo na circunferência, no que era impedido pelo antagonista. Se tal se verificasse, os jogadores trocavam de posição e o jogo recomeçava. jogo do berlinde Utilizavam-se neste passatempo os berlindes ou esferas de vidro, que outrora serviam de cápsulas aos populares “pirolitos”. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 110 índice Pedrógrão Grande região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Faziam-se no chão três covas equidistantes, começando o jogo quando um dos intervenientes conseguia introduzir o berlinde na mais distante. De imediato, procurava de uma forma sequencial efectuar a introdução nas restantes covas; quando tal não acontecesse, era a vez do adversário iniciar, ou reiniciar o jogo. Quando um dos participantes introduzisse o berlinde nas três covas, estava em condições de carambolar o do adversário, afastando-o para longe e dificultando-lhe desse modo as jogadas futuras. pico-pico sarrubico Outro jogo, muito do agrado da rapaziada em idade escolar. Um dos intervenientes colocava as mãos fechadas, com as costas destas voltadas para cima, enquanto o outro, ia beliscando a mão do adversário e dizendo a seguinte cantilena: “Pico-pico, sarrubico vai ao mar buscar sardinha, para o pobre do Luís. O Luís, não a quis, deu-lhe um murro no nariz, salta a pulga da balança, dá um pulo, até à França. Os cavalos a correr, as meninas a aprender qual será a mais bonita. Que se vai esconder?” Aquele, em cuja mão terminasse esta lengalenga, ia esconder-se, pondo logo nomes de flores, cores, ou outros, aos restantes, perguntando em seguida: “Real senhor! Em que cavalo, quer vir?” Se, aquele que estivesse escondido, indicasse o nome certo, este teria de ir buscá-lo, às cavalitas. Não acertando, a “mãe” dizia-lhe: “Então venha pelo seu pé!” fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 111 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 3.7. Vila Nova de Poiares, um primeiro olhar Breve apresentação do concelho Em terras de artesãos… com vista no futuro Vila Nova de Poiares situa-se nas cercanias do Maciço Montanhoso da Lousã, possui áreas com grandes manchas florestais e locais de uma grande beleza paisagística onde as escarpas agrestes predominam. O artesanato é o ex-libris destas terras e gentes, mas para além deste património cultural bem enraizado, o concelho tem outras riquezas traduzidas na grande implantação de empresas comerciais e industriais. No centro da sede de concelho, a Igreja Matriz e o agradável jardim público imperam sobre o casario que cresceu em seu redor. No Alto de São Pedro Dias sente-se o murmúrio do vento enquanto observamos a paisagem deslumbrante que daí se avista e na Fraga um banho na piscina refresca em dias de Verão. Nas Medas, perfeitamente enquadrado no meio envolvente, uma zona de lazer convida a piqueniques e a um contacto com a natureza. Geografia e demografia O concelho de Vila Nova de Poiares localiza-se na Região Centro, na Sub-Região do Pinhal Interior Norte, pertencendo ao distrito de Coimbra. O município é limitado a norte por Penacova, a leste por Arganil, a sueste por Góis, a sul pela Lousã, a sudoeste por Miranda do Corvo e a oeste por Coimbra. Localiza-se numa altitude média de 184 metros, numa vasta concha entre as Serras do Carvalho e do Bidueiro e as colinas de Serpins. No concelho confluem os rios Mondego e Alva. O concelho ocupa uma área de cerca de 83,82km2, subdividida em 4 freguesias: Arrifana, Lavegadas, Vila Nova de Poiares (Sto. André) e S. Miguel. Em 2001, o concelho apresentava 7061 habitantes. evolução da população do concelho de vila nova de poiares (1849–2004) ano 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004 habitantes 6848 7900 7763 7518 6649 6161 7061 7291 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 112 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa do concelho fonte: Vila Nova de Poiares. in Diciopédia 2005 [DVD-ROM]. Porto: Porto Editora, 2004 outras informações relevantes características gerais do concelho de vila nova de poiares gentílico poiarense área 83,82 km² população 7 061 habitantes (2001) densidade populacional (habitantes/km 2) 70,5 superfície (km 2) 84,0 número de freguesias 4 região centro subregião pinhal interior norte distrito coimbra antiga província beira litoral Economia local A indústria e o pequeno comércio ocupam parte da população activa total do concelho, sendo de referir a existência de um parque industrial que, embora relativamente recente, tem apresentado uma crescente ocupação e expansão. A actividade agrícola, não tem tanto peso como teve outrora, contudo é ainda significativa na ocupação da população activa. Para além disso, pratica-se a exploração florestal. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 113 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Personagens ilustres Dr. Daniel de Matos Nasceu no lugar da Ferreira, na freguesia de S. Miguel de Poiares, em 1850. Foi bacharel em 1874, licenciando-se em Medicina em 1876. Foi um dos médicos mais activos na luta contra a tuberculose, tendo sido pioneiro na utilização do Raio X, em 1896. Em 1899, teve um desempenho notável aquando da epidemia de peste no Porto e de novo em 1918 quando surgiu a febre pneumónica. Autor de mérito, a ele se deve uma vasta obra de carácter técnico. Foi notável lente e reitor da Universidade de Coimbra. Foi, ainda, médico particular da Rainha D. Maria Pia, de Sidónio Pais, de Afonso Costa e de António José de Almeida. O seu nome foi atribuído à maternidade dos HUCHospitais da Universidade de Coimbra e a uma artéria da cidade de Coimbra, onde viveu na época. Faleceu no ano de 1921. É patrono da Escola Básica dos 2º. e 3º. Ciclos, com secundária de Vila Nova de Poiares. Outras personagens comendador josé joaquim ferreira (1942) Nasceu em 1842 na Aldeia Nova. Emigrou ainda criança para o Brasil, país onde se dedicou ao comércio, tendo feito fortuna. Benemérito do concelho a quem se deve a angariação de fundos para a construção do hospital local. d. maria júlia ferrão castelo-branco Benemérita do concelho. Fundou em 1959 a obra da “Casa de Trabalho da Nossa Senhora das Necessidades”. Tratava-se de uma ‘escola de virtudes’ destinada a raparigas do meio rural, na qual aprendiam costura, rendas e bordados, decoração, cozinha, enfermagem, economia doméstica, bom gosto e moral. Fundou, ainda, a Obra da Sopa Infantil, uma instituição destinada a criar e manter uma cantina que, para além de alimentos, fornecia vestuário, livros, assistência médica e medicamentosa às crianças desfavorecidas de Vila Nova de Poiares. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 114 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vestígios do passado As terras do concelho são povoadas desde meados do século IX. Terá sido em Vimieiro de Poiares que D. Afonso Henriques terá detido o enviado do Papa Honório II, obrigando-o a levantar a Bula de interdição lançada sobre o Reino. Reza a história que a 13 de Janeiro de 1898, El-Rei D. Carlos assinou o decreto régio que elevou Santo André de Poiares à categoria de concelho. No entanto, já muito antes Poiares era uma terra de passagem, cruzamento de grandes estradas romanas. O nome tradicional destas terras era de Santo André de Poiares, até 1905, modificado para Vila Nova de Poiares na altura da elevação à categoria de Vila. albergaria • igreja matriz A Albergaria de Poiares constituía, então, ponto de encontro dos que seguiam para Braga ou Lisboa, Coimbra ou Roma. Desta antiquíssima Albergaria existe ainda uma pedra com inscrições e que, desde 1817, encabeça a porta da sacristia da Igreja Matriz de Santa Maria, em Arrifana. Esta igreja, construída no séc. XVII, encerra uma verdadeira preciosidade, um retábulo de talha dourada do início do séc. XVIII. igreja paroquial No concelho, outros templos são dignos de registo. No centro da vila a Igreja Paroquial, cujo patrono é Santo André, ostenta um edifício simples mas proporcionado, com uma fachada austera, datado de 1742. O seu interior é rico, apresentando peças do século XV, sendo de realce as esculturas em calcário de Santo André e a Senhora com o Menino, e em pedra de São Sebastião. igreja paroquial ponte da mucela A ponte da Mucela sobre o Rio Alva, constitui outra das referências históricas de Vila Nova de Poiares. Esta ponte, de origem romana, foi atravessada por diversas ocasiões por D. Afonso Henriques, tendo sido reedificada, no século XIII, durante o reinado de D. Dinis. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 115 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira ponte da Mucela dólmen · monumento megalítico Vale a pena subir ao alto de S. Pedro Dias na Serra da Mucela e, junto ao dólmen (monumento megalítico) onde se conserva ainda a Mamoa, tentar compreender o mistério que encerram as suas pedras, ao mesmo tempo que o murmúrio do vento nos traz as vozes dos nossos bravos que, em Setembro de 1810, se debateram contra as tropas napoleónicas sob o comando do General Wellington. dólmen (imagem reconstituída) capela de nossa senhora das necessidades Do património arquitectónico fazem também parte: a Igreja de Santa Marta de Poiares do século XVI; a Capela de Nossa Senhora das Necessidades. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 116 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira capela de nossa senhora das necessidades dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 117 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Usos e costumes Artesanato e ofícios tradicionais artefactos de madeira de salgueiro branco e de choupo Palitos em flor e em pestana; moinhos de vento; fusos; rocas; etc. olaria em barro preto Caçoilos; cantarinhas de segredo; etc. artefactos de pedra Mós para moagem dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 118 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira cestaria e canastraria Cestos em vime de diversos formatos tecelagem Tapetes e outros artigos tecidos cordoaria Capachos para moagem da azeitona Principais especialidades gastronómicas pratos típicos de vila nova de poiares arroz de bucho Temperado com serpão, erva aromática existente na região chanfana de cabra ou carneiro Cozinhada num caçoilo de barro preto. A Chanfana de Vila Nova de Poiares é defendida pela Confraria da Chanfana. fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/ folar da páscoa pão de poia Reza a história que as arrufadas de Coimbra têm a sua origem neste Pão. poiaritos Pastéis originários de Poiares, à base de produtos tradicionais locais tais como a castanha, o mel e o Licor Beirão. fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 119 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Confraria da chanfana · confraria gastronómica A Confraria da Chanfana é uma Associação Cultural sem fins lucrativos com personalidade Jurídica constituída por associados os quais são designados por “Confrades”, tendo a sua sede em Vila Nova de Poiares. Tem por fim específico o levantamento, defesa e divulgação do Património Gastronómico da Região das Beiras em geral, e em especial da Chanfana. São elementos simbólicos fundamentais desta Confraria o forno de lenha onde se assa a chanfana; os caçoilos de barro preto verdadeiros ex-libris do artesanato do concelho e a cabra velha, símbolo de uma pastorícia que outrora se traduzia na actividade dominante. vestes A Confraria adoptou como veste um manto preto com uma sobrecapa grená, de acordo com a simbologia que estas cores representam e num tecido confortável e leve que se adapta às várias estações do ano. O chapéu com os mesmos tons é uma réplica dos utilizados pelas gentes simples do campo. O grená, cor das labaredas que crepitam nos fornos de lenha e do vinho carrascão utilizado no tempero; O preto, a cor da fuligem e dos caçoilos onde se confecciona a Chanfana. receita A Chanfana é um dos pratos tradicionais mais famosos da região, cozinhada nos caçoilos de barro preto do Olho Marinho. ingredientes carne de cabra • vinho tinto • banha de porco • colorau • louro • cabeças de alho • sal • piri-piri preparação 1. Coloca-se a carne de cabra num caçoilo de barro preto e tempera-se com os ingredientes. 2. No final, rega-se com vinho tinto que deve ser de boa qualidade. 3. Vai ao forno de lenha, cerca de duas a três horas e deixa-se lá ficar até apurar muito bem. fonte: site oficial da Confraria da Chanfana · http://www.confrariadachanfana.pt/breve.htm dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 120 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Feiras, festas e romarias feriado municipal 13 de janeiro Dia em que El-Rei Dom Carlos I, em 1898, assinou o Decreto Régio e a elevou à categoria de concelho. mercado semanal segundas-feiras romaria da nossa senhora das necessidades poiares (stº andré) 2º domingo de agosto romaria danossa senhora das necessidades lavegadas, no alto de são pedro dias 29 de junho festa de são miguel 1º domingo de setembro festa de arrifana 4º domingo de agosto feira nacional de artesanato poiares 2ª semana de setembro fonte: site oficial do Município de Vila Nova de Poiares · www.cm-vilanovadepoiares.pt/frameset.htm Curiosidades locais cantiga local (evocada pelas raparigas em honra da padroeira Nossa Senhora das Necessidades). Virgem das Necessidades Dizei-me, onde morais? Moro ao pé da risca Silva No meio dos pinheirais Senhora das Necessidades Mandai tirá-la da areia Que lhe entra pelos sapatos Pelos buracos das meias dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 121 índice Vila Nova de Poiares região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira o barro de poiares O barro da região é bastante arenoso e por tal designado por “barro solto”. Para adquirir a consistência ideal é misturado com um barro mais fino, o chamado “barro forte”. Esta composição permite o fabrico de objectos de todo o tipo, tanto utilitários como decorativos, com predominância para os tradicionais caçoilos pretos, utilizados para a confecção da chanfana. Este barro adquire a cor negra graças a um processo especial de cozedura que faz com que o fumo penetre nos seus poros e lhe dê a tonalidade escura. A cantarinha de segredo é uma peça em forma de jarro que, encerra em si, um truque que permite surpreender quem desconhece o estratagema. O jarro contendo água é virado ao contrário não vertendo o líquido que encerra. Tal é possível quando se tapa um furinho que existe junto ao gargalo, ao pé da asa, e por onde circula o ar. o fabrico da cal parda Actividade tradicional caída em desuso no concelho. Nas penedias, era feito um orifício na pedra que era cheio com pólvora. Os homens abrigavam-se, enquanto a faziam explodir. Posteriormente, a pedra, em pedaços, era transportada em carros de bois até aos fornos, dentro dos quais estes eram empilhados. às mulheres competia a apanha do mato e a manutenção dos fornos. A pedra era cozida durante dois dias a altas temperaturas. Os trabalhadores rendiam-se em turnos para esta tarefa. Depois de cozida a pedra era retirada dos fornos –por vezes ainda em brasa- e desfeita em água, acabando por se tornar em pó. Novamente colocada em carros de bois, era vendida porta-a-porta. Para a sua utilização no reboco das fachadas das casas, era previamente misturada com areia e água. a romaria de são pedro dias O local de São Pedro Dias e a sua pequena capela, outrora chamada Alminhas da Serra, é local de romaria anual, sempre no dia 29 de Junho, dia de louvor a São Pedro. Neste dia, a oferta ao Santo de pequenos ramos de cravos perfumados é uma tradição perdida nos tempos. Reza a tradição que em troca destes singelos ramos de flores, o Santo protege o povo durante todo o ano de cravos e verrugas e de outras maleitas de pele. fonte: textos adaptados do livro “Vila Nova de Poiares – 100 anos de história” de Teresa Mascarenhas e Ana Macedo e Sousa. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 122 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 4. Natureza em azul As albufeiras e barragens Percorrendo os caminhos que delimitam a Sul as terras de Entre LOusã e Zêzere, poderemos traçar um percurso de albufeiras e barragens em que a água - em anos de maior invernia - impera sobre todos os outros elementos. Iniciando o passeio pela Foz de Alge observaremos o desaguar das águas desta Ribeira no Rio Zêzere, apreciando as suas margens verdejantes e as ruínas das antigas Ferrarias que em época de maior secura estão acima do nível do rio. Para um fim-de-semana mais longo, o Parque de Campismo oferece óptimas condições. fonte (imagens): site oficial do Município Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 123 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Seguindo de Figueiró dos Vinhos em direcção à localidade das Bairradas, ainda neste concelho, encontraremos a Barragem da Bouçã, local bastante aprazível para um piquenique e na Barca do Bispo para a pesca dos deliciosos peixes do rio como o achigã, a boga ou o barbo. fonte (imagens): site oficial do Município Figueiró dos Vinhos · http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ Percorrendo o sinuoso traçado viário até Pedrogão Grande, deparamos com a Albufeira e Barragem do Cabril. Esta, pela sua dimensão exige uma maior permanência e permite desfrutar de outros encantos. Nas suas águas deparamo-nos com uma piscina flutuante que para além da frescura de um banho, permite um encontro fortuito com os peixes que aí habitam. Para os amantes da pesca os locais para lançar o isco são infindáveis e, é também possível a prática de desportos náuticos. O parque de campismo e o restaurante -mesmo ao lado- possibilitam uma estadia mais longa. fonte (imagens): AS/Dueceira Os caminhos que calcorreiam as margens levam-nos por entre o pinhal de encontro à “ilha” - local mágico aonde podemos ouvir o som do rio, numa cadência que nos embala. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 124 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Outros caminhos levam-nos também à ponte filipina, às ermidas da Senhora dos Milagres ou, para os mais corajosos, ao santuário da Nossa Senhora da Confiança. Outros locais estarão ao sabor da nossa vontade de descoberta. Em qualquer destes lugares a paisagem é deslumbrante. A própria Barragem, estrutura imensa em betão, suscita a curiosidade e com um pouco de sorte observaremos uma descarga de água podendo constatar assim a força e energia que provêem do rio. Um pouco mais a norte, no concelho de Pampilhosa da Serra, as águas do Rio Unhais encontram um sumptuoso obstáculo ao seu livre curso: a Barragem de Santa Luzia. Trata-se de um local paisagisticamente bastante aprazível e, a sua Albufeira, convida à prática de desportos náuticos ou simplesmente a um refrescante mergulho na piscina flutuante, junto ao casal da Lapa. fonte (imagens): site Pampilhosa em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com/ Ainda a norte deste concelho flui um outro rio - o Rio Ceira - também ele represado pela Barragem do Alto Ceira, que após a queda da represa de betão, segue o seu curso escavando cerros profundos e agrestes. fonte: site “Pampilhosa da Serra – Século XXI – os Desafios da Água” http://desafiosdaagua.com.sapo.pt/ Delinear um roteiro das barragens nas Terras entre Lousã e Zêzere é percorrer o perímetro do território, num circuito repleto de emoções. fonte (texto): “Entre a Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ” – Dueceira, 2000 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 125 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Especificidades Técnicas barragem da bouçã A albufeira da Bouçã está implantada no rio Zêzere, compreendida entre as albufeiras do Cabril, a montante, e de Castelo de Bode a jusante. Possui uma área superficial de 500ha com uma profundidade média de 20 metros. Trata-se de uma albufeira destinada essencialmente à produção de energia eléctrica. No entanto começa a ser procurada para diversas actividades de cariz desportivo como é o caso da pesca, canoagem, percursos pedestres, BTT e TT. Também nesta albufeira serão implementados, ainda durante esta época balnear, parques de merendas que privilegiam o contacto com a natureza, o descanso e lazer. barragem do cabril A albufeira da Barragem do Cabril, é a maior reserva de água dos concelhos de Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande. Barragem construída em 1954, tem um formato em abóbada com 136 metros de altura e possui uma albufeira com 55Km de comprimento. Nas margens dos seus 2023 ha, crescem tipicamente pinheiros e folhosas, sendo que a sua principal característica é a uniformidade do coberto vegetal das margens. Esta albufeira apresenta dois braços, correspondentes aos rios Unhais e Zêzere, bem como alguns afluentes de pequena dimensão. No que respeita ao uso, serve essencialmente abastecimento doméstico, produção de energia eléctrica e recreio. barragem de santa luzia A Barragem de Santa Luzia é nitidamente uma barragem de montanha. Com os seus 76 metros de altura e uma coroa de 178, configura na perfeição o tipo de barragem em zona de alto desnível. Segundo a EDP na sua “História da Electricidade”, a Barragem de Santa Luzia construída em 1942, serviu, na época, de verdadeiro ensaio geral ao futuro programa de electrificação nacional. Foi também sobre a Barragem de Santa Luzia que foi feito o primeiro estudo em Portugal do modelo reduzido de uma barragem. Construída entre dois rochedos de dimensões ciclópicas, é alimentada pelo Rio Unhais e pelo Rio Ceira, através do túnel da Malhada do Rei. barragem do alto ceira É talvez a barragem menos conhecida das Terras de Entre LOusã e Zêzere, mas nem por isso menos rica em termos ambientais. É rodeada de frondosos arvoredos e só de longe se aprecia a rara beleza do local. Era, até meados dos anos 90 do século XX, um dos reservatórios de águas mais puras de Portugal. A montante todos os ribeiros se apresentam sem qualquer tipo de poluição e nem as aldeias que os rodeiam causam qualquer tipo de dano na sua bacia. A Barragem do Alto Ceira é constituída por um dique de abóbada delgada com 36 m de altura. A bacia hidrográfica tem 38 Km 2 e a albufeira recebe água vinda da Barragem da Castanheira (Arganil), conduzida através de 3257 m de túnel. Por sua vez, da Albufeira do Alto Ceira parte um túnel de derivação com dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 126 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira um comprimento total de 6945 m, que permite a transferência de água para a albufeira de Santa Luzia, no rio Unhais. Desse ponto, é desviada água para a mini-central do Esteiro, de onde a água é de novo lançada no rio Zêzere, que por sua vez, a conduz até à Barragem do Cabril. rio zêzere O Rio Zêzere é um rio tipicamente português. Nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1900 metros de altitude junto ao Cântaro Magro, indo desaguar a Oeste de Constância, após cerca de 200 quilómetros. É um afluente da margem direita do Rio Tejo e é, logo depois do Rio Mondego, o maior rio que nasce em Portugal. Os seus principais afluentes pelo volume de água na margem direita são: o Rio Alge, o Rio Cabril, o Rio Unhais, o Rio Nabão, o Rio Paul e o Rio Pêra. Na margem esquerda encontramos os seguintes rios: o rio Bogas, o Rio Caria, o Rio Isna, o Rio Meimoa, o Rio Sertã e o Rio Teixeira. Da sua bacia hidrográfica com 5043 Km2, 1056 Km2 pertencem ao Nabão. Os grandes desníveis, aliados ao volume de água (por vezes superior a 10.000 m3/s.), representam notável riqueza hidroeléctrica, aproveitada em quatro barragens (Bouçã, Cabril, Castelo de Bode e Constância), que produzem anualmente 700 milhões de quilovátios/hora. rio ceira O Rio Ceira é um afluente do Rio Mondego que nasce numa região denominada Alto Ceira, a norte do concelho de Pampilhosa da Serra e do concelho de Arganil, próximo da localidade de Malhada Chã. Nesta região, o Rio Ceira foi até à alguns anos atrás um local sem poluição, onde abundavam espécies como a Truta, o Bordalo e a Enguia, e as águas límpidas eram sinónimo de pureza. Mais a sul na zona do “Poço da Cesta” na fronteira entre Arganil e a Pampilhosa da Serra, o Ceira mostra a sua grande beleza e com níveis de preservação já pouco comuns em Portugal. Rio onde ainda habitam algumas trutas, tem nos últimos tempos sofrido importantes danos devido ao facto de a Barragem do Alto Ceira condicionar a quantidade de água no seu leito. O motivo desta alteração centra-se pois na barragem, sendo que esta infra-estrutura está inserida no complexo hidroeléctrico da Barragem de Stª. Luzia, localizada no Rio Unhais, para onde é canalizada água através de túneis, e assim o rio a jusante dos mesmos sofre alterações. fonte: site “Pampilhosa da Serra – Século XXI – os Desafios da Água” http://desafiosdaagua.com.sapo.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 127 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira As praias do interior praia fluvial praia fluvial inserida na rede de praias fluviais Castanheira de Pera praia fluvial do poço corga • ribeira de pera Praia Fluvial com galardão de “Praia Acessível”. Situada no leito da Ribeira de Pera, de águas límpidas e cristalinas, a Praia Fluvial do Poço Corga proporciona ao visitante a tranquilidade e serenidade necessárias para renovar forças e deliciar o corpo e o espírito. As paisagens bucólicas, que misturam o verde da Serra da Lousã com o azul do céu, o colorido das flores e o chilrear dos pássaros, propiciam um contacto pleno com a natureza. Nos terrenos anexos à praia, um esplêndido carvalhal centenário oferece as indispensáveis sombras a um parque de merendas e o Museu “Lagar do Corga”, antigo lagar movido a energia hidráulica, recorda aos visitantes como os nossos antepassados produziam o azeite. A qualidade da água, o acesso pedonal, as rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, as instalações sanitárias adaptadas e com acesso facilitado, o serviço de primeiros socorros com nadadorsalvador, durante a época balnear, são algumas das mais-valias oferecidas por esta Praia. infra-estruturas da praia restaurante/bar com esplanada wc público/balneários wc para pessoas com mobilidade reduzida posto de primeiros socorros praia infantil parque de merendas parque de estacionamento museu “lagar do corga – da azeitona ao azeite” parque de campismo dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 128 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira praia fluvial das rocas • ribeira de pera A Praia Fluvial das Rocas é um complexo de lazer, animação e divertimento situado num lago com quase 1 km de extensão, bem no coração da vila de Castanheira de Pera. Uma ilha no centro da Praia, uma piscina de ondas com 2.100 m2 (a maior do país), uma albufeira e uma ponte secular, constituem um ambiente onde o sonho e a realidade se confundem. As águas límpidas da Ribeira de Pera espraiam-se, formando um local de encanto onde palmeiras tropicais convivem harmoniosamente com a Serra da Lousã que espreita lá do alto. Pode ainda desfrutar de um passeio em barco a remos ou em gaivota e pernoitar num dos veleiros atracados na marina, deixando-se embalar pelo suave balouçar da corrente fluvial, ou num dos 6 bungalows perfilados na margem da albufeira, com vista privilegiada sobre o enorme espelho de água. Praia das Rocas...Ondas a 80 Km do mar… mais informação em www.praiadasrocas.com infra-estruturas da praia recepção/bilheteira restaurante/bar com esplanada wc público, chuveiros/balneários wc e rampas de acesso p/ pessoas com mobilidade reduzida piscina infantil piscina de ondas posto primeiros socorros parque de estacionamento gaivotas e barcos a remos (p/ aluguer) chapéus-de-sol e espreguiçadeiras (p/ aluguer) quiosques e máquinas de vending (época balnear) nadadores-salvadores (época balnear) vigilantes (época balnear) dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 129 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Figueiró dos Vinhos praia fluvial da aldeia de ana de aviz • ribeira da aldeia Praia fluvial com relvado, acesso a pessoas com mobilidade reduzida e bar comesplanada. Bons acessos, zona de estacionamento e parque de merendas com churrasqueira. Praia galardoada com as Bandeiras Azul e de Praia Acessível. Praia Vigiada. infra-estruturas da praia wc− chuveiro bar com esplanada zona relvada parque de merendas parque de estacionamento estacionamento para bicicletas posto de primeiros-socorros praia fluvial das fragas de são simão • ribeira de alge Nas Fragas de S. Simão, encontrará uma praia de construção recente, rodeada das imensas fragas, que possibilitam a realização de desportos radicais (rappel, slide, escalada), num local de uma beleza ímpar, que poderá percorrer e assim desfrutar de toda a sua excelência. Encontrará no local um bar de apoio, instalações sanitárias e balneários. Apesar do acesso íngreme, valerá a pena o esforço. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 130 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira infra-estruturas da praia wc bar com esplanada zona de merendas zona de estacionamento praia fluvial de alge • ribeira de alge Situada mais ao norte do concelho, ali se encontra uma represa que sustém a água da ribeira e forma um local de ambiente aprazível para tomar banho e desfrutar do sol. infra-estruturas da praia parque de merendas instalações desportivas balneários Lousã praia fluvial da bogueira, casal de ermio • rio ceira Praia fluvial localizada em Casal de Ermio, Lousã. Possui bar de apoio, co esplanada e relvado com acesso por passadiço de madeira sobre o rio. Local tranquilo e ambiente familiar. Praia com Bandeira Acessível. infra-estruturas da praia bar com esplanada balneário com duche rampas de acesso e wc para pessoas com mobilidade reduzida dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 131 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira parque de merendas do pisco piscina infantil praia fluvial da senhora da graça, serpins • rio ceira Praia fluvial com boas instalações de apoio: bar e parque de campismo. O local ideal para as suas férias. Excelentes acessos rodoviárioa e ferroviários (estação de comboios de Serpins a 2 km.). infra-estruturas da praia zona de recreio com piscina para crianças acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida (rampas e zona de banhos) bar wc e balneário barcos canoas zona de lazer de foz de arouce • rio ceira Zona de Lazer, junto ao Rio Ceira, na povoação de Foz de Arouce. Possui sombras densas, sendo um espaço ideal para piqueniques. infra-estruturas do local parque infantil parque de merendas dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 132 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira praia fluvial da nossa senhora da piedade, lousã • ribeira de s. joão Praia fluvial natural na ribeira de São João, num local deslumbrante encimado pelas Ermidas da Nossa senhora da Piedade e o Castelo da Lousã, antigo burgo medieval. A praia e a envolvente tem inúmeros recantos propícios para descansar, merendar ou sonhar. infra-estruturas da praia zona de merendas wc bar com esplanada e restaurante balneários restaurante nas proximidades Miranda do Corvo praia fluvial de segade • rio ceira Praia fluvial em segade, freguesia de Semide, banhada pelo Rio Ceira, Com bons acessos rodoviários. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 133 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira zona de lazer da quinta da paiva • rio alheda Zona de Lazer, junto ao Rio Alheda, em pleno complexo turístico da Quinta da Paiva. Possui óptimas infra-estruturas de apoio e actividades turísticas diversificadas, nas proximidades. infra-estruturas do local wc e balneários condições adequadas para pessoas com mobilidade reduzida parque infantil parque de merendas circuito de manutenção quinta pedagógica, centro hípico e museus nas proximidades Pampilhosa da Serra zona fluvial de dornelas do zêzere • rio zêzere Zona fluvial, junto ao Rio Zêzere, na povoação de Dornelas do Zêzere. Possui sombras densas, sendo um espaço ideal para piqueniques. Também possui zonas adequadas à prática de desportos radicais. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 134 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira zona fluvial de janeiro de baixo • rio zêzere Zona fluvial, junto ao Rio Zêzere, na povoação de Janeiro de Baixo. Possui sombras densas, sendo um espaço ideal para piqueniques. infra-estruturas do local parque de campismo, com bungalows restaurante e bar nas proximidades dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 135 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira zona fluvial da pampilhosa da serra • rio unhais Zona fluvial em pleno centro da vila de Pampilhosa da Serra, banhada pelo Rio Unhais. infra-estruturas do local restaurante e bar nas proximidades piscina flutuante do casal da lapa • albufeira sta. luzia • rio unhais Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem de Santa Luzia, banhada pelo Rio Unhais. Tem-se acesso pelo Casal da Lapa, zona densamente arborizada, com espaços para fruição da natureza. infra-estruturas do local parque de merendas churrasqueiras zona de estacionamento casas-de-banho restaurante nas proximidades dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 136 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira praia fluvial de pessegueiro • ribeira de pessegueiro Praia fluvial harmoniosamente localizada no centro da povoação do Pessegueiro e banhada pela Ribeira com o mesmo nome. Neste local e em época estival, é possível encontrar um conjunto de serviços disponíveis para proporcionar ao visitante verdadeiros momentos de descontracção, num espaço longe do bulício mas muito próximo da natureza e da tranquilidade dos dias. É um espaço densamente arborizado, proporcionando sombras convidativas ao descanso. infra-estruturas da praia relvado parque de merendas churrasqueira zona de estacionamento casas-de-banho bar com esplanada (de dia) bungalows (para alugar, durante todo o ano) bar o lagar (à noite e fins-de-semana) parque e piscina infantil dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 137 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira piscina flutuante do vilar • rio zêzere Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem do Cabril, banhada pelo Rio Zêzere. Tem-se acesso pela zona de lazer do Vilar de Amoreira. Trata-se de uma zona densamente arborizada, com espaços para fruição da natureza, constituindo, igualmente, um espaço privilegiado para a prática de pesca. infra-estruturas do local parque de merendas churraqueiras Pedrógão Grande piscina flutuante da barragem do cabril • rio zêzere Piscina Flutuante em plena albufeira da Barragem do Cabril, banhada pelo Rio Zêzere. Tem-se acesso junto ao açude da barragem, em Pedrógão Grande. Trata-se de uma zona densamente arborizada, com espaços para fruição da natureza, constituindo, igualmente, um espaço privilegiado para a prática de pesca. infra-estruturas do local piscina infantil prancha de saltos nadador-salvador (em época balnear) bar de recurso parque de campismo restaurante nas proximidades dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 138 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira praia fluvial do mosteiro • ribeira de pera Praia com excelentes acessos inserida no centro da povoação de Mosteiro. Possui óptimos relvados, solário, restaurante com esplanada inserido num antigo lagar de azeite. Espaço que permite momentos de lazer e relaxe no seio de um mundo ainda rural. O piso da praia fluvial é todo forrado a xisto. Nas proximidades encontram-se dois Percursos Pedestres demarcados PG-5 “Na Senda da Ribeira de Pera”(7Km) e inseridose PG- 6 “Rumando Contra a Corrente em Direcção ao Açude” (3Km). Ambos permitem conhecer as margens da Ribeira de Pera, a sua vegetação luxuriante e a agricultura típica da região. No PG-5 tem também oportunidade de fazer um lanche no parque de merendas do Rabigordo. infra-estruturas da praia wc e balneário acessos e wc adaptados para pessoas com mobilidade reduzida relvado bar zona de estacionamento restaurante com esplanada dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 139 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira zona fluvial da mega fundeira • ribeira de mega Zona fluvial que se localiza no concelho de Pedrógão Grande, na povoação de Mega Fundeira. Espaço aprazível e acolhedor, com sombras aprazíveis. No local pode ser visitado um pequeno núcleo museológico e uma pequena azenha. infra-estruturas da praia wc zona de estacionamento relvado bar com esplanada núcleo moseológico azenha dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 140 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Vila Nova de Poiares complexo de piscinas da fraga (em manutenção) praia fluvial dos lanteiros (em construção) • rio mondego Praia fluvial projectada para o rio Alva, na sua foz com o Rio Mondego, já no concelho de Vila Nova de Poiares. A zona é propícia a actividades de pesca fluvial., constituindo o achigã e o barbo, duas das espécies piscícolas que se podem encontrar nestas águas. A rede de praias fluviais o que é? Trata-se de uma inventariação de praias fluviais localizadas no Pinhal Interior Norte, que reúnem um conjunto de condições que permitem a sua fruição com qualidade e em segurança. Deste modo, chamase a atenção de toda a população e dos visitantes para as águas límpidas que ainda existem nas praias fluviais. A Rede é constituída por 21 praias fluviais distribuídas por 11 Concelhos. quais os objectivos desta iniciativa? Criar uma rede integrada de acções abrangendo as praias fluviais de forma a valorizar, promover e divulgar este património; Criar uma forte imagem global da região; Criar uma nova via para a região: natureza / aldeias do xisto / praias fluviais. quem dinamiza esta rede? A Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, associação sem fins lucrativos, que tem como missão a defesa do turismo ambiental como uma forma de desenvolvimento sustentável e integrado, através do Projecto: “Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior”, financiado pelo FEDER/Eixo Prioritário II do Programa Operacional do Centro e apoiado pelos Municípios de Arganil, Castanheira de Pera, Góis, Figueiródos-Vinhos, Lousã, Mação, Oleiros, Pedrógão Grande, Penela, Proença a Nova e Sertã. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 141 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira quem é o lontrinhas? A Lontra (lutra lutra) foi escolhida para Mascote do projecto porque é um mamífero que habita os rios desta região. A Lontra é, por natureza, um animal simpático, brincalhão e exigente com a qualidade das águas onde se banha, e por tal a mascote ideal para reconhecer e diferenciar as praias desta Rede. a mensagem do lontrinhas para todos os meninos: “Gosto muito de Portugal, porque ainda tenho muitos rios com água limpa e rodeados de vegetação luxuriante para poder dormir a minha sesta durante o dia. A minha casa são buracos que faço nas margens e que estão escondidos pela vegetação. Aprendi a nadar aos três meses e sou um grande nadador. Aqueles peixinhos saborosos do rio são o meu petisco preferido. A minha barriguinha fica satisfeita e os meus bigodes reluzentes. Gosto muito de brincar sozinho durante a noite. De vez em quando encontro-me com os meus amigos para fazermos campeonatos de mergulho ou de natação, sempre em águas limpas. Já experimentas-te nadar de costas e coçares a barriga?? Quando encontro uma margem enlameada adoro fazer dela um escorrega. Também jogo pólo aquático com os meus amigos. Como não temos bolas, jogamos com um fruto ou um objecto mais arredondado. O teu amigo, Lontrinhas “ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 142 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira mapa da rede de praias fluviais do pinhal interior dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 143 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fontes · textos e imagens Site da Rede de Praias Fluviais do Pinhal Interior http://www.praiasfluviais.com/ Site Pampilhosa em Imagens http://www.pampilhosaemimagens.com/ Site oficial do Município de Castanheira de Pera http://www.cm-castanheiradepera.pt/ Site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ Site oficial do Município de Lousã http://www.cm-lousa.pt/ Site oficial do Município de Miranda do Corvo http://www.mirandadocorvo.com/ Site oficial do Município de Pampilhosa da Serra http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/ Site oficial do Município de Pedrógão Grande http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ Site oficial do Município de Vila Nova de Poiares http://www.cm-vilanovadepoiares.pt/frameset.htm Site ofical da Lousitânea · Liga de Amigos da Serra da Lousã http://lousitanea.no.sapo.pt/ Site oficial da Dueceira Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça / Programa LEADER+ELOZ- Entre LOusã e Zêzere www.dueceira.pt “Entre a Serra e o Rio… Os trilhos Eloz”, Dueceira, 2000 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 144 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira As ribeiras da serra Para quem aprecia a frescura de águas límpidas e cristalinas, encontra nas Terras de Entre LOusã e Zêzere, inúmeros cursos de água de menor ou maior dimensão que possibilitam um contacto quase íntimo com a natureza em toda a sua plenitude. Escavando o seu leito na encosta da Serra, os regatos e ribeiras acabam por serpentear ao longo dos planaltos e vales de encontro ao rio sedento que as acolhe. Assim sucede a Norte com as Ribeiras de São João e com o Rio Dueça que desaguam no rio Ceira, no Alva que desagua no Mondego e a Sul com as Ribeiras de Pera e de Alge e o rio Unhais que têm a sua foz no Rio Zêzere. Seguir o curso destas águas é ir ao encontro de uma natureza pintada em tons de azul sempre emoldurada numa paleta infindável dos verdes da floresta... É encontrar pequenos açudes e albufeiras, construídos pelo homem, que servem de local para um banho refrescante... É deleitar-se com as surpresas do caminho... É entrar na história dos antigos moinhos e azenhas que existem em profusão nas sua margens... É apreciar uma ou outra cascata e o brilho dos peixes que saltitam! dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 145 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 146 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fonte (texto) “Entre a Serra e o Rio… os trilhos ELOZ” – Dueceira, 2000 (imagens) AS/Dueceira, João Viola/Dueceira e do site Site Pampilhosa em Imagens http://www.pampilhosaemimagens.com (consulta) Trilhos delimitados no Guia “Como percorrer as margens das nossas ribeiras” e inseridos o projecto “O circuito da água: das nascentes até ao Zêzere”. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 147 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 5. Natureza em verde As paisagens da serra As maravilhosas paisagens abrangidas dos Miradouros das Terras de Entre LOusã e Zêzere… alto do soutelo paisagem abrangida Em dias de boa luminosidade abrange toda a costa litoral, as Serras do Caramulo, Estrela e Lousã. localização: Moinhos de Vento - Alto do Soutelo - Estrada Camarária - direcção Carvalho – Coimbra. alto de são pedro dias paisagem abrangida Vista geral sobre a vila e concelho de Vila Nova de Poiares. localização: Vidoeiro - Estrada Nacional 17 - Vila Nova de Poiares. nossa senhora da piedade paisagem abrangida Vista geral do Castelo de Arouce, da piscina natural e Ermidas de Nossa Senhora da Piedade. localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 148 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira varanda do gevim paisagem abrangida Vista geral sobre a vila da Lousã e arredores. localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera. alto do trevim altitude 1.204 metros paisagem abrangida A poente toda a costa litoral; a Sul as planícies do Ribatejo; a Nascente a Serra da Gardunha e a Norte o relevo das Serras do Açor e da Estrela. localização: Alto do Trevim, Serra da Lousã tarrasteira paisagem abrangida Vista geral sobre a vila da Lousã e arredores. localização: Caminho Municipal entre Cacilhas - Lousã e Casal Novo ao Km 4,5. cabeço do peão (em castanheira de pera) paisagem abrangida O vale da Ribeira de Pera, entre a localidade do Coentral e a vila de Castanheira de Pera. localização: Estrada Nacional 236, direcção Lousã - Castanheira de Pera. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 149 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira nossa senhora dos milagres paisagem abrangida Vista geral sobre a Barragem do Cabril, Ponte Filipina e Ponte do IC8 sobre o Rio Zêzere. localização: Nossa Senhora dos Milagres - Estrada Nacional 2 - direcção Sertã. cotovia paisagem abrangida Vale do Zêzere, Ponte Filipina e Ponte do IC8 sobre o Rio Zêzere. localização: Cotovia - Pedrogão Grande. nossa senhora da confiança paisagem abrangida Vista geral sobre a vila de Pedrogão Grande, Albufeira e barragem do Cabril e Rio Zêzere. localização: Nossa Senhora da Confiança - Pedrogão Pequeno - Estrada Nacional 2 - direcção Sertã. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 150 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira cabeço do pião ou peão (em figueiró dos vinhos) paisagem abrangida O planalto entre a vila de Figueiró dos Vinhos e o Rio Zêzere. localização: Cabeço do Pião - Cimo da Vila - Figueiró dos Vinhos. foz de alge paisagem abrangida Foz da Ribeira de Alge com o Rio Zêzere. localização: Foz de Alge, junto ao parque de Campismo - Figueiró dos Vinhos. fragas de são simão paisagem abrangida Os penhascos por onde serpenteia a Ribeira de Alge e a aldeia de xisto do Casal de São Simão. localização: Estrada Nacional 237, direcção Ribeira de Alge - Figueiró dos Vinhos. ermida de nossa senhora da penha de frança paisagem abrangida Todo o casario e o extenso vale que dá forma à Aldeia Ana de Aviz. localização: Estrada Nacional 237, Ermida de Nossa senhora de Penha de França · Aldeia de Ana de Aviz · Figueiró dos Vinhos. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 151 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira calvário paisagem abrangida Vista geral sobre a vila de Miranda do Corvo. localização: Castelo · Cimo da Vila · Miranda do Corvo. senhor da serra paisagem abrangida Vista geral sobre o vale até à Serra da Lousã e da cidade de Coimbra. localização: Senhor da Serra · Semide · Miranda do Corvo. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 152 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira dornelas do zêzere paisagem abrangida Deste ponto avista-se o rio Zêzere e a povoação de Dornelas. localização: Dornelas do Zêzere · Pampilhosa da Serra. portela de unhais paisagem abrangida Unhais-O-Velho, Malhada do Rei, Meãs, Casal da Lapa, Santa Luzia, Póvoa da Raposeira, Adorão, Pisão, Carregal e Portas do Souto. localização: Portela de Unhais · Pampilhosa da Serra. cabeço da urra paisagem abrangida Local mais alto da Pampilhosa da Serra, de onde se avista, ao longe, o cume da Serra da estrela e uma imensidão de paisagem verde luxuriante que envolve a vila. localização: Pampilhosa da Serra. penedos de santa luzia paisagem abrangida Barragem e Albufeira de Santa Luzia. localização: Vidual · Pampilhosa da Serra. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 153 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira cristo rei paisagem abrangida Todo o panorama envolvente da Vila. localização: Cimo da vila de Pampilhosa da Serra. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 154 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira As aldeias serranas As aldeias da serra da Lousã constituem a herança da vida árdua dos povos que teimosamente combateram contra a escassez de recursos numa terra que subsistia apenas da agricultura e da pastorícia. Símbolo da rudeza das gentes que aqui habitavam, as aldeias, hoje desertificadas, surgem edificadas numa arquitectura simples aonde impera o xisto, pedra de cor escura existente em profusão nestas paragens. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 155 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Camufladas entre a cobertura vegetal, as aldeias espantosamente enquadradas no meio-ambiente que as envolve, merecem ser redescobertas pelo seu tipicismo e simplicidade natural. Inúmeros percursos pedestres devidamente delimitados percorrem as aldeias serranas dos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos, de que constituem exemplos o Candal, o Casal Novo, o Catarredor, o Chiqueiro, a Cerdeira, o Talasnal, o Vaqueirinho, o Gondramaz, o Casal de São Simão e já no concelho de Pampilhosa da Serra, as aldeias de Fajão, Janeiro de Baixo e Machio. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 156 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Na serra o tempo perde o seu valor e apenas o espaço impera. Todos os elementos se ligam permitindo uma descoberta do clima, da geologia, da fauna e da flora locais. A descoberta da serra permite um envolvimento profundo com o meio, possibilitando disfrutar paisagens abertas e majestosas em contraposição com espaços estreitos e acanhados, de quando em quando vislumbrar um javali ou um veado, sentir a brisa sob a ramagem de um castanheiro, de um carvalho ou de um sobreiro e ainda ouvir o murmúrio dos ribeiros que saltitam e serpenteiam por entre as pedras. javali veado Vale a pena passar uma noite na serra... para tal porque não pernoitar numa Casa-Abrigo ou numa casinha em xisto entretanto recuperada? Na manhã seguinte e depois de uma noite repousante - em que apenas os sons da natureza nos relaxaram - é possível partir pelos trilhos da serra descobrindo em cada ponto do caminho sensações novas que nos descansam o corpo e acalmam o espírito. fonte Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ (imagens) AS/Dueceira; Gravuras: João Viola (para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 157 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A natureza nas margens de Alge Nascida a norte do concelho, na Freguesia de Campelo, na zona d localidade de Alge, A Ribeira de Alge percorre de forma sinuosa a paisagem das penedias e matas verdejantes, terminando o seu percurso nas águas calmas do Zêzere, já na área da albufeira da Barragem do Castelo do Bode. Ao percorre-la, alguns pontos merecem referência pela beleza natural que envolve as suas águas cristalinas. A pouca distância da sua nascente, surge-nos um renovado Viveiro de Trutas, paragem obrigatória para saborear a gastronomia típica da truta e outros pescados do rio. Mais abaixo, já na freguesia de Aguda, deparamos com a imponência magestosa das Fragas de S. Simão, cujos recantos são um convite ao lazer e à fruição da natureza. Desde o seu miradouro, aos percursos pedestres, às praias fluviais, à ldeia de xisto do Casal de São Simão, aos moinhos de água em Além da Ribeira e ao sem número de actividades, como a pesca desportiva, montanhismo, escalada e canoagem, podemos deliciar-nos com a natureza em estado puro. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 158 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Finalmente, no lugar de Foz de Alge, onde as águas da ribeira encontram o caudal manso do rio Zêzere, podemos apreciar vestígios da antiga fabrica de ferro, importante obra de referência da Arqueologia Industrial, de cuja fundição saíram as armas com que Portugal enfrentou as Invasões Francesas do início do séc. XIX. Completamos assim um breve mas idílico percurso que nos retempera as forças, pela sua natureza agreste mas também calma, para enfrentar de forma renovada a agitação do dia-a-dia. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 159 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Conquistar a paisagem de Santa Luzia No concelho da Pampilhosa da Serra, numa zona de grande beleza embora ainda pouco conhecida, situase a barragem de Santa Luzia. A água e a floresta, o verde e o azul, constituem uma companhia constante para quem se aventurar a desbravar a natureza. O percurso não é completamente tranquilo, nem para os sentidos – que estarão em alerta permanente - nem para o físico – ao qual será exigido dose sumplementar de energia -. Trata-se, porém, de uma actividade acessível em caminho de serra, mas com subidas e descidas acentuadas. Por tal, o cuidado em utilizar calçado adequado. Um bastão, aproveitado de qualquer ramo encontrado à beira do caminho, pode constituir-se uma ajuda preciosa. Trata-se de uma região onde impera o xisto, marcada por relevos extremamente acidentados, com grandes declives e vales muito profundos, onde se instalam linhas de água que, na sua maioria, desaguam no Rio Zêzere. Refazemos, pois, antigas rotas do pastoreio local. Poderemos iniciar o nosso passeio em Cabril. Seguindo por um caminho rural, a meia encosta, teremos uma vista espectacular sobre o vale do rio Unhais e da garganta rochosa quartzítica que rodeia o dique da barragem de Santa Luzia, em direcção a Vale Grande. Atravessaremos o rio na ponte e subiremos até ao cimo do imenso rochedo localizado a 930 metros de altitude. Desse ponto, contemplaremos a impressionante paisagem sobre toda a região. Aí, sentados num rochedo, poderemos saborear a merenda, sentir a envolvente em toda a sua amplitude, fotografar a flora local e deliciar com os sons simples da natureza que nos cerca. A paisagem é ampla, esmagadora e bela, abrangendo os horizontes das Serras da Estrela, da Gardunha, do Açor e da Lousã. Quando saciados, desceremos em direcção à albufeira da Barragem de Santa Luzia, passando por uma gruta, a Buraca dos Mouros. Já na albufeira, com a devida precaução, refresquemo-nos com um banho na piscina flutuante ou então, simplesmente, um molhar de pés, fontes e mãos numa água límpida e convidativa que a mesma nos apresenta. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 160 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fonte (imagens): site Imagens da Pampilhosa · http://imagenspampilhosa3.no.sapo.pt/ site Pampilhosa em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 161 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Descobrir o verde do Cabeço do Peão “(…) A Mata Municipal do Cabeço do peão com uma área aproximada de 33,6 hectares é uma área de propriedade municipal de dimensão significativa, atendendo à sua localização adjacente à zona urbana da Vila, assumindo-se como o pulmão da vila de Figueiró dos Vinhos e vocacionada para zona de recreio e lazer. O seu ponto mais alto ronda os 500 metros, no local onde se situa a Capela de St.º António. Em toda a sua área abundam espécies florestais, em que domina o eucalipto e o pinheiro bravo, mas onde ainda se podem referenciar carvalhos, azinheiras, loureiros, medronheiros, para além de espécies arbustivas como a urze branca, a giesta amarela e a carqueja, conjunto que empresta à paisagem belas tonalidades. A zona dispõe de parque de merendas, circuito de manutenção, parque infantil, campos de ténis e de uma rede de caminhos pedestres, aspectos que configuram excelentes momentos de descontracção e repouso à sombra do frondoso arvoredo que a protege do Sol em dias de Verão (…)”. Vale a pena perdemo-nos por aqui e descobrir, num espaço sobranceiro ao casco urbano, o verde de uma floresta preservada. fonte: texto e imagens site oficial do Município de Figueiró dos Vinhos http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 162 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Descobrindo a arte da pedra no Gondramaz Subindo a Serra da Lousã, a partir da vila de Miranda do Corvo, encontra-se o Gondramaz, uma aldeia de xisto onde o tempo parece ter parado. Chegados perto do cimo da montanha, ergue-se do solo a aldeia que, de uma forma envergonhada, se vai mostrando através da vegetação. A sensação é esmagadora. Todos os sentidos são estimulados. A visão é imaginária. Parece que estamos a caminhar sobre os telhados. A sinalética indica-nos os pontos de referência da aldeia e dá-nos a conhecer os seus segredos. A audição é envolta de um som forte, de uma música, de uma pauta escrita pelo som emitido pelas asas das abelhas. O cheiro extasia-nos, um odor forte, intenso, ao verde da natureza. O sabor envolve-se no gosto delicioso das castanhas que poisam no chão. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 163 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Ao fundo da aldeia um som ríspido de um matraquear cadenciado… alguém trabalha pedra, uma arte feita da sua dureza, talhada, porém, com o amor que sai das mãos do artesão… As estátuas do Gondramaz já são uma referência, um ex-libris local. Evocando Santos ou figuras populares mais brejeiras, têm em si a sabedoria dos tempos, da natureza, da vida. Vale a pena ficar à conversa e perceber o sentido da forma que nasce, entender o processo de criação da obra, compreender os materiais e a alma do artesão. Visitada a aldeia, subsiste um novo convite, o de percorrer a pé os caminhos da serra. Durante a subida, vamo-nos apercebendo de vários pontos de miragem sobre a vila e das encostas das montanhas, de uma beleza rara, de vegetação que vai escorrendo e envolvendo a íngreme depressão até ao sopé, terminando numa euforia de verde. A fauna, esconde-se no embrenhado da flora, mostrando-se aqui e ali timidamente. Veados e javalis dividirão com o aventureiro os caminhos pedonais que se abrem diante dos nossos olhos e que nos guiam neste passeio pedestre. Chegados à cumeeira, abre-se aos nossos olhos, uma pintura dos deuses. As elevações e as depressões, as várias tonalidades de verde, toda a paisagem parece não ter fim e os olhos ficam cheios de tanta beleza. O percurso continua, sobre caminhos de terra batida, encaminhando-nos, em descida, à aldeia abandonada do Cadaval. Mais um exemplo magíifico da típica aldeia serrana.Embora abandonada e vítima de um grande incêndio que a devorou, a aldeia ainda guarda o testemunho de ruelas e de paredes em xisto que encerravam as inúmeras casas. A paisagem convida ao descanso e à contemplação. Caminhando mais um pouco, regressamos ao ponto de partida. fonte: site Oficial do Município de Miranda do Corvo http://www.mirandadocorvo.com/index.php?pagina=roteiro [texto adaptado] (imagens) AS/Dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 164 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira No trilho dos romanos “(…)A origem do Concelho de Pedrógão Grande não é ainda objecto de consenso entre os historiadores. Para alguns a história do concelho remontará ao período pré-histórico sendo, no entanto, difícil determinar a época exacta. A Idade do Ferro é apontada como um dos prováveis períodos em que se terá iniciado a ocupação humana desta área. Tratava-se de uma zona propícia à fixação humana visto a morfologia do terreno constituir uma boa defesa natural, para além da existência de uma flora e fauna ricas e abundantes. I Inicialmente a população ter-se-ia concentrado no Monte da Sra. Dos Milagres no Cabeço da Cotovia pela sua condição de quase fortaleza natural. Mas se alguns vestígios parecem sustentar esta hipótese a verdade é que outras são sustentáveis. As opiniões dividem-se entre as hipóteses de fundação pré-histórica, romana ou mesmo posterior ao estabelecimento dos romanos na Península Ibérica. Escavações arqueológicas efectuadas e consequentes vestígios e achados encontrados parecem confirmar a ideia de uma ocupação romana. Foram descobertos fornos de cerâmica para cozimento de telha, telhas de rebordo e pedaços de potes decorados, o que associado ao facto de alguns historiadores atribuírem a fundação de Pedrógão Pequeno, em 150 d.C., aos romanos, reforça a ideia de que ambas as localidades tenham a mesma origem. (…)” fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ É na senda desses vestígios, aliando-se a riqueza dos patrimónios arqueológico, histórico e ambiental, que vos propomos um percurso pelo concelho… Trata-se de um percurso fechado, ora paisagístico, ora panorâmico que permite contactar com este valores históricos e naturais. Tem uma extensão de 18 quilómetros e uma duração média de 06 horas. A sua dificuldade é mínima, embora tenha uma aproximação ao rio Zêzere em declive acentuado. No decurso deste percurso, é possível sentirmos a história em alguns monumentos que teremos oportunidade contemplar. Finalmente, no posto de turismo local é possível observarmos alguns achados arqueológicos com predominância para as peças cerâmicas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 165 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira forno romano Monumento arqueológico, o forno é um testemunho da ocupação romana em Pedrógão Grande. fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ via romana via romana ponte filipina ponte filipina Situa-se a jusante da barragem do Cabril e acredita-se que tenha sido construída durante a dominação Filipina. Trata-se pois de uma obra que merece ser admirada; com os seus três arcos, o maior dos quais com vinte e dois metros de vão e vinte e seis de altura foi construída com enormes blocos de granito. Esta ponte, classificada como Monumento Nacional, foi até ao ano de 1954, data da inauguração da barragem do Cabril, o único elo de ligação com a povoação de vizinha de Pedrógão Pequeno e consequentemente com o Distrito de Castelo Branco. fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 166 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 167 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira estação arqueológica do calvário “(…) As escavações arqueológicas encetadas aquando das obras de remodelação do Largo da Devesa permitiram colocar a decoberto uma pequena área de uma casa romana (Domus) do Século II d.C. e diversas edificações do século IV d.C. A localização da Domus, a meia encosta, apresenta uma exposição privilegiada entre o cume a pequena elevação, denominado torre e um pequeno riacho que corria na Devesa. Ao redor da casa encontravamse as explorações agrícolas; hortas irrigadas, olivais, vinhas, prados, campos de trigo e florestas. A via romana identificada a nascente (Valada), assegurava o escoamento das produções agrícolas aqui produzidas. Não é de excluir a hipótese de ter existido por volta do século IV d.C um estabelecimento comercial, Taberna, para apoio aos viajantes (…)”. Com esta imagem, seria possível construir todo um cenário histórico e inventar personagens dessas épocas perdidas no tempo. É só fazer um esforço e assim tentar compreender um pouco melhor a história deste concelho. fonte: site oficial do Município de Pedrógão Grande · http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 168 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira O Santo António da Neve Para uma romagem ao Santo António da Neve é possível escolhermos entre o percurso pedestre já delimitado ou seguir de automóvel pela sinuosa estrada do Coentral. Por ser mais apetecível, optamos por caminhar por um trilho que combina floresta de espécies exóticas com as matas das cumeadas. Com início na Casa de Guarda Florestal de Porto Espinho (970 metros de altitude), nas proximidade do Coentral, tem uma extensão de aproximadamente 20 Km (percurso de idae-volta) e por tal uma duração média de oito horas. Trata-se de um passeio pleno de encantos uma vez que, e tomando o caminho à direita da Casa de Guarda, depois de uma ligeira subida é possível observar o Vale da Ribeira de Pera, destacando-se a aldeia do Coentral e o vale escarpado da Ribeira de Quelhas. Na Primavera, época em que este trilho assume a sua plenitude, é um espectáculo deslumbrante a profusão multicolor dos matos, entre estes o tojo, a urze, a giesta e a carqueija, num contraste ímpar com o tom verde-escuro dos pinheiros-negros. Continuando a caminhada podemos contemplar o Vale da Ribeira de São João, vislumbrando por aqui e por ali os contornos de algumas aldeias serranas, enquanto nos aproximamos da Ribeira de Cavalete, zona com vegetação luxuriante que constitui um pequeno paraíso para a fauna local. Com um pouco de sorte é possível ficarmos frente-a-frente com um veado altivo. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 169 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Neste ponto, o planalto do Santo António da Neve já se encontra próximo... Chegados estamos ao nosso destino e a 1157 metros de altitude podemos observar a paisagem e alcançar a vastidão escarpada da Cordilheira Central. fonte: site Pampilhosa da Serra em Imagens · http://www.pampilhosaemimagens.com/ Local de romaria e festa dos povos serranos, a capela e os poços de neve fazem-nos sonhar com tempos remotos em que o povo arduamente recolhia e armazenava a neve, transformando-a no gelo que na época estival seguia em ronceiros carros de bois até ao Rio Zêzere e daí em barcos até às adegas e copas régias em Lisboa (ler caixa , em anexo). Na placa colocada na Capela, pode-se ler: Esta capela do glorioso santo antonio de lisboa A mandou fazer julião pereira de castro reposteiro Do nosso reino da câmara de sua majestade e neveiro De sua real casa em terra sua ano 1786 Neste planalto sentimo-nos envoltos pela natureza e em plena sintonia com esta. O chão, atapetado por uma erva rasteira e de quando em vez por morangueiros silvestres e um ou outro pilriteiro, convidam a um repouso e lanche merecidos sob os frondosos carvalhos-alvarinho, pseudotsugas, larícios, azevinhos e outras espécies, tornando este espaço um dos mais aprazíveis da Serra da Lousã. A urze -arbusto rasteiro cuja coloração consoante a época do ano raia desde o rosa suave e o roxo intenso- é uma constante na paisagem e as abelhas, em constante labuta, rondam-nas em busca do pólen precioso que se transformará no escuro Mel da Serra da Lousã *. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 170 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 171 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira De regresso, passamos pelo ponto mais alto da Serra da Lousã, o Castelo, Alto ou Altar do Trevim a 1.204 metros de altitude. Neste local, a vista espraia-se pelas Beiras... em dias aprazíveis avista-se a Poente, a Serra do Buçaco e a Serra da Boa Viagem até ao Oceano; do lado Sul, a Serra do Espinhal e o Maciço de Porto de Mós; a Nascente, a Serra da Gardunha e, a Norte, os Penedos de Fajão, as Serras do Caramulo e da Gralheira e os Cântaros da Estrela. Fonte: site Pampilhosa da Serra em Imagens · www.cm-lousa.pt/fotos.htm * produto d.o.p · denominação de origem protegida. todos os concelhos das terras de entre lousã e zêzere. fonte: Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ (imagens) AS/Dueceira; Gravuras: João Viola; Imagem em detalhe da Urze: Dueceira/Ecce Design (para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 172 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Júlião Pereira de Castro, neveiro real, e sua mulher Policarma receberam ontem, ao final da tarde, um carregamento de gelo no botequim Casa da Neve, em Lisboa, proveniente da Serra da Lousã. Esta bem poderia ser uma notícia dada a 8 de Janeiro de 1782, pois na véspera tinha sido inaugurado o actual Martinho da Arcada, fundado por este neveiro. O que se passou ontem, de facto, foi uma recriação do transporte de neve desde o Poço do Alto de Santo António da Neve, no Coentral, concelho de Castanheira de Pera, no alto da serra da Lousã, até Lisboa, realizada pela Lousitânea - Liga de Amigos da Serra da Lousã. O evento coincidiu com a festa que anualmente se realiza no local onde em tempos existiram sete poços de neve e está edificada uma capela em homenagem a Santo António, mandada construir pelo neveiro. Pela manhã já uma junta de bois estava parada ao lado de um dos três poços, recentemente reconstruídos, para transportar os blocos de gelo retirados por neveiros de dentro do poço onde tinham sido colocados em sacos de serapilheira e depois envoltos em fetos, palha e colocados dentro de caixas de madeira. Dezenas de pessoas assistiram no local ao início da viagem das carroças pelas calçadas centenárias do Coentral, recriada com a ajuda do Rancho da União Recreativa Sapateirense e da junta de bois, o amarelo e a cabana. A festa de homenagem a Santo António continuou e a viagem também, mas por outros meios, pois havia que fazer 127 quilómetros até chegar a Constância. Nesta vila banhada pelo Tejo foi, então, recriado, com a colaboração do Grupo de Teatro PUGNA, o momento em que era feita a transferência das caixas que transportavam o gelo para um barco tradicional, do século XVIII, que fazia chegar à capital o tão desejado produto cobiçado pela corte e pela alta sociedade lisboeta. Por fim, já em Lisboa, na Praça do Comércio, os figurantes, elementos da própria Lousitânea e do Rancho Folclórico Neveiros do Coentral, deram vida ao momento em que o gelo era entregue à Casa da Neve, que há época detinha o estatuto de fornecedor da casa real e, em caso de o gelo ser abundante, estava autorizada a vende-lo para cafés e hotéis da cidade a oitenta reis o quilo. “Existem poucos estudos sobre o assunto”, refere José Pais, um dos responsáveis pela iniciativa, reconhecendo não ser ainda possível afirmar com certeza quanto tempo levavam os neveiros a fazer o percurso. Há quem fale em pelo menos três dias. Ao que se sabe, o negócio era rentável, pois em média chegava a Lisboa entre um terço a metade da carga inicial. A riqueza do neveiro era tal que quando foi distribuída pelos filhos as moedas tiveram de ser colocadas em alqueires. fonte: Jornal de Notícias, Reportagem de Licínia Girão, 18 de Junho de 2007 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 173 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira O verde da Ribeira das Quelhas O trilho das Ribeiras de Quelhas e de Pera constitui um convite à sintonia com a natureza, acompanhando parte do percurso destas águas cristalinas e gélidas. Começando o passeio na aldeia do Coentral sabemos que ao adensarmo-nos na Serra, um trilho de apenas 5 Kms mas de extrema dureza nos aguarda. Não menos de 4 horas serão necessárias para cobrir a sua extensão circular. No início do trajecto caminhamos ao longo da margem direita... neste lugar não se ouvem ruídos da civilização, apenas os sons dos pássaros e a água saltitando no leito da ribeira nos acompanham. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 174 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Olhando em redor verificamos que impera a pedra, existindo apenas pequenos fios de solo para as espécies que teimam em crescer. Debaixo dos nossos pés as pedras rolam e todo o cuidado é pouco. Nas margens da Ribeira a vegetação cresce exuberante num contraste abrupto com as encostas escarpadas aonde apenas sobrevivem, mais afoitos, tufos de gilbardeira. A partir de determinado ponto começam a predominar os xistos. O terreno é bastante pedregoso, próprio para as cabras e ovelhas que por aqui apascentam. Depois de ultrapassarmos alguns obstáculos rochosos deparamo-nos com uma pequena lagoa que convida a um banho muito refrescante. Nesta zona, subsistem, ainda assim, carvalhos, pilriteiros, azevinhos e azinheiras. O tempo parou... a natureza domina o espaço por completo impondo uma atitude de serenidade e relaxamento. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 175 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Continuamos a subida até ao topo escarpado. A fraga é imponente e se estivermos numa época húmida veremos a Ribeira despenhar-se em longas cascatas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 176 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Olhando para cima vemos um penhasco que se ergue a pique ... Sabemos que com alguma coragem e uma boa dose de determinação o conseguiremos subir e alcançar o planalto do Santo António da Neve... no entanto, optamos por regressar por um carreiro que sob a frescura de carvalhos, salgueiros e imponentes castanheiros, nos conduz aos tapetes das pastagens de Vale Silveira e calmamente nos encaminha de regresso ao Coentral. fonte: Entre A Serra e o Rio… Os trilhos ELOZ, edição Dueceira- Leader II ELOZ (imagens) AS/Dueceira e João Viola/Dueceira (para consulta) Guia da Rede de Percursos da Serra da Lousã da QUERCUS dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 177 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira À descoberta da flora e da fauna no Parque das Medas O concelho de Vila Nova de Poiares situa-se numa bacia rodeada de serras. É um concelho com paisagens de largos horizontes, com recantos pitorescos e aprazíveis. A Serra do Carvalho, a Serra do Bidueiro, a Fraga e as margens do rio Mondego e rio Alva constituem exemplos de espaços naturais onde se desfrutam belas paisagens e se pode observar o património natural local. No Parque das medas, local onde se instalará a futura Escola do Ambiente, é possível partir à descoberta da natureza em percursos descobertos ao acaso da nossa vontade e dos nossos passos… Na natureza, ainda em estado selvagem, predominam algumas espécies arbóreas tais como os Pinheiros bravo e manso, o Eucalipto, o Sobreiro, o Carvalho cerquinho, o Carvalho negral e a mimosa. Existem, também, inúmeras espécies de arbustos rasteiros das quais reconhecemos, em maior profusão, a Esteva, o Tojo e a Carqueja. É possível perdermo-nos por aqui, em busca de flores campestres que sulcam os caminhos, à espera do nosso olhar. Ou, ainda, colhermos folhas e ervas para a construção de um herbário escolar. A fauna local é constituída, sobretudo, por coelhitos bravos, uma ou outra lebre fugidia, algumas perdizes e uma amálgama de passaritos – melros, toutinegras, pardais, corvos - que nos deliciam com o seu chilreio e que entre voos ondulantes, ora pousam num ramo de árvore, ora saltitam em campo aberto para, de novo, se lançarem na liberdade do espaço. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 178 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 179 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A rede das aldeias de xisto dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 180 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira fonte: site Oificial da Rede de Aldeias do Xisto · http://aldeiasdoxisto.pt/index2.html dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 181 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A rede natura 2000 O que significa? A Rede Natura 2000 é um instrumento de relevo para a conservação da natureza e consiste num conjunto de áreas criadas por imposição comunitária, surgidas a partir do contributo individual (e obrigatório) de todos os países membros da União Europeia para uma listagem de áreas que contribuíssem para a preservação de habitats naturais, da fauna e flora, tendo em consideração as exigências económicas, sociais e culturais. Foi assim criada a nível europeu uma rede ecológica denominada Natura 2000, constituída por Zonas Especiais de Protecção e que pretende a conservação de habitats de grande valor ecológico, bem como a determinação de Zonas de Protecção Específica (Sítios de Interesse Comunitário) relativas à conservação de aves selvagens. No caso português, a Rede Natura 2000 ocupa cerca de 20% do território continental, valor que é bastante superior ao da Rede Nacional de Áreas Protegidas, 8%, mas que ainda pode ser considerado insuficiente para a correcta manutenção da biodiversidade e conservação de habitats. No caso do Continente, esta Rede inclui 59 sítios, em muitos casos com sobreposição das duas categorias. As áreas húmidas são alvo de particulares atenções, nomeadamente estuários de rios – Minho, Coura e Sabor – e faixa litoral; incluídas em grande extensão na Rede Natura 2000. Também são merecedoras de destaque algumas áreas de montanha como a Serra de Arga, Monchique e Lousã. Na Madeira existem 16 áreas pertencentes à Rede Natura 2000, que ocupam praticamente 80% do território do Arquipélago. Ao contrário do que acontece nas Áreas Protegidas, Porto Santo está representado com duas áreas com mais de 370ha, consideradas como Sítios de Interesse Comunitário – Ilhéus de Porto Santo e Pico Branco. As Ilhas Desertas e os seus mais de 11 000ha reforçam ainda o seu papel vital na conservação da natureza. Nos Açores, as 38 áreas pertencentes à Rede Natura 2000 distribuem-se por todas as ilhas, ocupando 16% da área do arquipélago. Em termos de objectivos visam salvaguardar não só uma significativa parte da faixa litoral, como também áreas mais elevadas, mais acidentadas e, por isso mesmo, determinantes para a conservação de habitats específicos. Face à acelerada degradação dos recursos naturais a que actualmente se assiste, a criação e preservação de áreas protegidas onde se deve incluir a Rede Natura 2000 é não só o método mais expedito para a salvaguarda dos valores naturais, mas também a estratégia mais importante para a execução de uma política de conservação da natureza. Para isso, é fundamental definir critérios claros de gestão e ordenamento para estas áreas, bem como dotá-las de meios financeiros e humanos que permitam a real implementação de políticas de conservação da natureza, integradas numa filosofia de desenvolvimento sustentável, sem o qual não será possível manter o património natural existente. fonte: site do Atlas de Portugal – um país de área repartida http://www.igeo.pt/atlas/Cap1/Cap1e_4.html dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 182 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Sítios de interesse comunitário dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 183 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira legenda 1. rio minho 4554 33. azabuxo / leiria 2. côrno do bico 5139 34. serra de aire e candeeiros 3. litoral norte 740 35. arquipélago berlenga 136 44226 96 4. serra d’arga 4426 36. nisa / laje da prata 12658 5. peneda-gerês 88845 37. s. mamede 116114 6. montesinho-nogueira 107719 38. peniche / santa cruz 8285 91 39. serra de montejunto 3830 68 40. cabeção 7. samil 8. serra d’arga 48606 9. rio lima 5361 41. caia 10. litoral norte 2056 42. sintra / cascais 16632 33482 43. estuário do tejo 44608 11. rios sabor e maçãs 12. minas de sto. adrião 44. guadiana / juromenha 2498 13. morais 12878 45. fernão ferro / lagoa de albufeira 4318 14. romeu 4768 46. monfurado 23878 47. arrábida / espichel 20661 15. alvão / marão 16. valongo 3495 31115 58788 48. estuário do sado 30967 17. douro internacional 36186 49. cabrela 36554 18. montemuro 38762 50. comporta / galé 32050 19. barrinha de esmoriz 2552 396 51. alvito / cuba 20. rio paiva 14562 52. alvito / cuba 21. serra da freita e arada 28658 53. moura / barrancos 43309 54. costa sudoeste 118266 55. guadiana 38463 22. rio vouga 2769 23. cambarinho 24. dunas de mira,gândara e gafanhas 23 786 137 498 56. monchique 76008 25. carregal do sal 9553 57. caldeirão 47286 26. serra da estrela 88291 58. barrocal 20864 27. malcata 79079 59. arade / odelouca 28. complexo do açor 1363 60. ribeira de quarteira 29. paul de arzila 666 61. ria de alvor 30. gardunha 5891 31. serra da lousã 15158 32. sicó / alvaiázere 31678 62. cerro da cabeça 63. ria formosa / castro marim 2111 582 1454 574 17519 fonte: site do Atlas de Portugal – um país de área repartida http://www.igeo.pt/atlas/Cap1/Cap1e_4.html dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 184 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira A classificação da Serra da Lousã ficha do sítio nº ptcon0060 descrição Devido à acentuada orografia e variantes climáticas, a vegetação é muito diversificada, desde as azinheiras nas zonas mais secas e ensolaradas até aos castanheiros e carvalhos (Quercus robur e Q. pyrenaica) nas zonas mais húmidas e frias. As linhas de água, com a vegetação associada, constituem os habitats mais bem conservados. Sítio com grande valor paisagístico, importante para a manutenção de ecótipos de alto valor genético. As galerias ripícolas assumem grande importância para certas espécies da fauna e também devido à presença de comunidades de Prunus lusitanica com Ilex aquifolium, de carácter reliquial. Inclui áreas importantes para a conservação da Chioglossa lusitanica. área 15 158 ha. redes de conservação Sítio da Lista Nacional de Sítios ao abrigo da Directiva Habitats (92/43/CEE) publicado em Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2000 de 5 de Julho. factores de ameaça Incêndios; Corte da vegetação ribeirinha; Empreendimentos hidroeléctricos. instrumentos de ordenamento e gestão Planos de Ordenamento do Território PDM de Lousã (RCM n.º 37/93 de 4 de Maio com a redacção actual) PDM de Góis (RCM n.º Planos de Recursos Hídricos Plano de Bacia Hidrográfica do Mondego (Decreto Regulamentar n.º 9/2002 de 1 de Março) 41/2003 de 26 de Março) PDM de Castanheira de Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de Setembro actual) com a redacção PDM de Figueiró dos Vinhos (RCM n.º 11/95 de 10 de Fevereiro) PDM de Miranda do Corvo Planos Especiais de Ordenamento do Território Condicionantes e Servidões de âmbito ambiental REN de Lousã (Portaria n.º 249/93 de 4 de Março) REN de Góis (RCM n.º 79/97 de 14 de Maio) REN de Castanheira de Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de Abril) REN de Figueiró dos Vinhos (RCM n.º 182/95 de 29 de Dezembro) REN de Miranda do Corvo (Portaria n.º 261/93 de 8 de Março) (RCM n.º 41/93 de 17 de Maio com a redacção actual) Lousã, Góis, ·Castanheira Pêra, Figueiró dosapartado Vinhos e20, Miranda do Corvo. dueceira.eloz rua generalde humberto delgado, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 185 índice REN de Castanheira de Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de PDM de Castanheira de Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de Setembro com a redacção actual) Planos de Ordenamento do Figueiró Território dos de Fevereiro) PDM de Lousã (RCM n.º Plano de Bacia Hidrográfica região do Mondego solidária (Decreto 37/93 de 4 de Maio com a redacção actual) Regulamentar n.º 9/2002 de 1 de Março) PDM de Miranda do Corvo (RCM n.º 41/93 de 17 de de Maio PDM Góis (RCM 41/2003 de 26 de Março) com a redacção actual) REN de Figueiró dos Vinhos Planos Especiais de Ordenamento do Território Planos de Recursos Hídricos PDM de Vinhos (RCM n.º 11/95 de 10 Abril) Condicionantes e (RCM n.º 182/95 de 29 de Servidões de âmbito Dezembro) ambiental REN(Portaria de Miranda do Corvo REN de Lousã n.º · leader + · projecto cooperação · dueceira 249/93 de 4 (Portaria de Março) n.º 261/93 de 8 de Março) REN de Góis (RCM n.º 79/97 n.º de 14 de Maio) REN de Castanheira de Pêra (RCM n.º 58/96 de 26 de PDM de Castanheira de Pêra (RCM n.º 84/94 de 20 de Setembro actual) com a Abril) redacção concelhos da região centro abrangidas PDM de Figueiró REN de Figueiró dos Vinhos (RCM n.º 182/95 de 29 de Dezembro) dos Lousã, Góis, Castanheira de Pêra, Figueiródos dos Vinhos Vinhos e e Miranda do Corvo. Lousã, Góis, Castanheira dedePêra, Figueiró Miranda do Corvo. Vinhos (RCM n.º 11/95 10 REN de Miranda do Corvo de Fevereiro) (Portaria n.º 261/93 de 8 de Março) PDM de Miranda do Corvo (RCM n.º 41/93 de 17 de Maio com a redacção actual) N ARGANIL VILA NOVA DE POIARES COIMBRA Lousã, Góis, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Miranda do Corvo. GÓIS LOUSÃ N CONDEIXA-A-NOVA ARGANIL PAMPILHOSA DA SERRA VILA NOVA DE POIARES COIMBRA MIRANDA DO CORVO GÓIS LOUSÃ PENELA SOURE CASTANHEIRA DE PERA CONDEIXA-A-NOVA PAMPILHOSA DA SERRA MIRANDA DO CORVO OLEIROS PENELA SOURE ANSIÃO PEDROGÃO GRANDE FIGUEIRÓ DOS VINHOS CASTANHEIRA DE PERA PEDROGÃO GRANDE ANSIÃO OLEIROS SERTÃ FIGUEIRÓ DOS VINHOS SERTÃ anfíbios e répteis do anexo ii (directiva 92/43/cee) Nome Científico Nome Científico Nome Vulgar Nome Vulgar salamandra-lusitânica Chioglossa lusitanica C.Berna C.Berna Lacerta schreiberi salamandra-lusitânica lagarto-de-água Chioglossa lusitanica lagarto-de-água Lacerta schreiberi DL C.Bona DL CITES B-II/IV140/99___ CITES ___ B-II/IV ___ ___ ___ B-II/IV ___ ___ C.Bona140/99 II ___ IIII ___ II ___ B-II/IV ___ UICN UICN ___ Adaptado do Sistema de Informação do Património Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html peixes do anexo ii (directiva 92/43/cee) 2 Adaptado do Sistema de Informação do Património Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html Nome Científico Nome Vulgar Rutilus macrolepidotus ruivaco Nome Científico Nome Vulgar Rutilus macrolepidotus ruivaco C.Berna C.Bona DL 140/99 CITES UICN III ___ B-II ___ ___ C.Berna C.Bona DL 140/99 CITES UICN III ___ B-II ___ ___ invertebrados do anexo ii Vulgar (directiva 92/43/cee) Nome Científico Nome C.Berna C.Bona Euphydryas aurinia DL 140/99 CITES ___ ___ B-II ___ ___ ___ C.Berna ___ C.Bona B-II DL 140/99 ___ CITES ___ UICN ___ Callimorpha quadripunctaria Nome Científico Nome___ Vulgar UICN Euphydryas aurinia ___ ___ ___ B-II ___ ___ Callimorpha quadripunctaria ___ ___ ___ B-II ___ ___ Código 3170 Designação Charcos temporários mediterrânicos 3260 Código Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion Designação 4020 3170 4030 3260 Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix Charcos temporários mediterrânicos Charnecas secasdos europeias Cursos de água pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion 5230 4020 6230 4030 2 Matagais arborescentes de Laurus nobilis de Erica ciliaris e Erica tetralix Charnecas húmidas atlânticas temperadas Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das Charnecas secas europeias zonas submontanas da Europa continental) 5230 Matagais arborescentes de Laurus nobilisapartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, 7110 Turfeiras altas activas 6230 Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das 8220 Vertentes rochosas siliciosas comcontinental) vegetação casmofítica zonas submontanas da Europa Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia 91B0 7110 Turfeiras altas activas . 186 índice Nome Científico Nome Vulgar Rutilus macrolepidotus ruivaco C.Berna C.Bona DL 140/99 CITES UICN III ___ B-II ___ ___ região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Nome Científico C.Berna C.Bona DL 140/99 CITES UICN Euphydryas aurinia Nome Vulgar ___ ___ ___ B-II ___ ___ Callimorpha quadripunctaria ___ ___ ___ B-II ___ ___ habitats do anexo i (directiva 92/43/cee) Código Designação 3170 Charcos temporários mediterrânicos 3260 Cursos de água dos pisos basal a montano com vegetação da Ranunculion fluitantis e da Callitricho-Batrachion 4020 Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix 4030 Charnecas secas europeias 5230 Matagais arborescentes de Laurus nobilis 6230 Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos das zonas montanas (e das zonas submontanas da Europa continental) 7110 Turfeiras altas activas 8220 Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica 91B0 Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia 91E0 Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno-Padion, Alnion incanae, Salicion albae) 9230 Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica 9260 Florestas de Castanea sativa 9330 Florestas de Quercus suber fonte: site da CCDRC- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro http://www.ccdrc.pt/ambiente/folder.2006-03-31.5164733365/folder.2006-09-26.6945782371/ ficha-serra-da-lousa-0060.pdf Adaptado do Sistema de Informação do Património Natural (SPINAT). [consult. 02/04/2002]. Disponível em http://www.icn.pt/sipnat/sipnat1.html 3 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 187 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 6. Netgrafia Observações prévias Todos os sítios web indicados foram previamente verificados, tendo sido possível em Novembro de 2007 aceder a todas as páginas e comprovado da idoneidade do seu conteúdo. Por tal, a DUECEIRA · Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, gestora do Programa LEADER+ELOZ.Entre LOusã e Zêzere não se responsabiliza por quaisquer alterações que venham a ocorrer nas páginas referenciadas ou pela sua eventual desactivação. Estas Páginas WEB são indicadas a título exemplificativo. Tal, não significa a oportunidade e pertinência de outras que não sejam referenciadas nesta resenha. A sua ordenação não obedece a qualquer critério, sendo esta listagem apresentada de forma aleatória. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 188 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Do território Dueceira · Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça Programa LEADER+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere http://www.dueceira.pt Pinhais do Zêzere · Associação para o desenvolvimento http://www.pinhaisdozezere.pt Lousitânea · Liga de Amigos da Serra da Lousã http://lousitanea.no.sapo.pt Associação dos Municípios de Montanha http://www.anmp.pt/anmp/secmun/mon/index.php Rede de Aldeias do Xisto http://www.aldeiasdoxisto.pt/ Rede de Praias Fluviais http://www.praiasfluviais.com/ CCDRC · Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro http://www.ccdrc.pt/regiao RTC · Região de Turismo do Centro http://www.turismo-centro.pt/ ANMP · Associação Nacional de Municípios Portugueses http://www.anmp.pt dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 189 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira De projectos locais Artesanato em Rede http://www.artesanatorede.com Os trilhos da Serra http://www.dueceira.pt/wwwtrse/indextrse.htm Cooperar em Português http://www.cooperaremportugues.org Região Solidária – A Hora da Controvérsia http://ahoradacontroversia.blogspot.com/ Entre LOusã e Zêzere Acessível http://www.elozacessivel.org dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 190 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Por concelho Castanheira de Pera Município de Castanheira de Pera http://www.cm-castanheiradepera.pt/ Página não oficial do Concelho de Castanheira de Pera http://castanheira.no.sapo.pt/ Blog Castanheira de Pera em Notícia http://castanheiraemnoticia.blogs.sapo.pt/ A Aldeia do Coentral http://coentral.com.sapo.pt/ Praia das Rocas http://www.praiadasrocas.com/ Rancho Folclórico Os Neveiros do Coentral http://www.oneveiro.web.pt/ Jornal O castanheirense http://www.ocastanheirense.com Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos Bissaya Barreto de Castanheira de Pera http://agcpera.ccems.pt/ Junta de Freguesia de Castanheira de Pera http://www.freg-castanheiradepera.pt Junta de Freguesia de Coentral http://www.freg-coentral.pt Figueiró dos Vinhos Município de Figueiró dos Vinhos http://www.cm-figueirodosvinhos.pt/ Biblioteca Municipal Simões de Almeida (Tio) de Figueiró dos Vinhos http://www.bmfigueirodosvinhos.com.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 191 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Refúgios de Pedra · Associação de Moradores do Casal de São Simão · Aldeias do Xisto http://refugiosdepedra.blogspot.com/ Blog não oficial das Aldeias do Xisto http://aldeiasdoxisto.blogspot.com/ Agrupamento de Escola de Figueiró dos Vinhos http://agfigueiro.ccems.pt/ Centro de Emprego de Figueiró dos Vinhos http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=117,105223&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP Lousã Município da lousã http://www.cm-lousa.pt/index.php Biblioteca Municipal da Lousã http://www.cm-lousa.pt/biblioteca/ Jornal O trevim http://www.trevim.pt/zona.asp?edcid=275&area=QUEMSOMOS ARCIL · Associação para a Recuperação dos Cidadãos Inadaptados da Lousã http://www.arcil.org/ Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã http://www.cm-lousa.pt/provedoria/index.php Lousãmel · Cooperativa Agrícola de Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, CRL http://www.lousamel.com/ EPL · Escola Profissional da Lousã http://www.epl-lousa.pt/ Escola Secundária da Lousã http://www.esec-lousa.rcts.pt/ A Lenda da lousã http://www.cantodaterra.net/ct/site/lendas/lenda.asp?id=107 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 192 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Lousã http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=6 Agrupamento de escolas da Lousã http://www.eb23-lousa.rcts.pt/ Agrupamento de Escolas álvaro Viana de Lemos http://agavlemos-m.ccems.pt/ Blog Acessibilidades http://acessibilidades.blogspot.com/ Centro de Emprego da Lousã http://portal.iefp.pt/portal/page?_pageid=117,105242&_dad=gov_portal_iefp&_schema=GOV_PORTAL_IEFP Miranda do Corvo Município de Miranda do Corvo http://www.mirandadocorvo.com/ ADFP · Associação de Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo http://www.adfp.pt/ Agrupamento de Escolas Ferrer Correia do Senhor da Serra de Miranda do Corvo http://www.eb23-senhor-serra.rcts.pt/ Escola Básica dos 2º. e 3º. ciclos com Secundária José Falcão de Miranda do Corvo http://www.eps-jose-falcao.rcts.pt/ Escolas Básicas do 1º. ciclo de Miranda do Corvo http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=10 Rádio Dueça http://radiodueca.no.sapo.pt/noticias.htm Cooperativa Agrícola de Miranda do Corvo http://coopmcorvo.no.sapo.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 193 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira Pampilhosa da Serra Município de Pampilhosa da Serra http://www.cm-pampilhosadaserra.pt/default.asp Fotolinks · O Portal das aldeias Pampilhosenses http://fotolinks.no.sapo.pt/ Pampilhosa em Imagens · O concelho em imagens para o futuro http://pampilhosaimagens.no.sapo.pt/ Pampilhosa Turismo · Os aspectos turísticos das Serras da Pampilhosa http://pampilhosaturismo.no.sapo.pt/ Net_Pampilhosense · O Portal do Concelho de Pampilhosa da Serra http://portalpampilhosense.com.sapo.pt/ Fajão http://www.branco.org/casadamoita/html/fajao.html Escolas Básicas da Pampilhosa da Serra http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=14 Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra http://www.casadapampilhosa.org/ Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra http://www.sc-pampilhosadaserra.org/ Pedrógão Grande Município de Pedrógão Grande http://www.cm-pedrogaogrande.pt/ Página não oficial do concelho de Pedrógão Grande http://www.geocities.com/TheTropics/1650/ Página Não Oficial do concelho de Pedrógão Grande http://pedrogaogrande.no.sapo.pt/ dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 194 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira ETPZP · Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal http://www.etpzp.pt Jornal O Intervalo da Escola Básica dos 2º. E 3º. Ciclos com secundária Miguel Leitão de Andrada de Pedrógão Grande http://www.agpedrogao.ccems.pt/jornalonline/ Agrupamento de Escolas de Pedrógão Grande http://www.agpedrogao.ccems.pt/ Praia do Mosteiro http://praiadomosteiro.no.sapo.pt/ Blog Pensar Pedrógão Grande http://pensarpedrogaogrande.blogs.sapo.pt/ Vila Nova de Poiares Município de Vila Nova de Poiares http://www.cm-vilanovadepoiares.pt Confraria da Chanfana http://www.confrariadachanfana.pt/ Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares http://www.ecs-dr-daniel-matos.rcts.pt/ Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Vila Nova de Poiares http://eb1s.esec.pt/escolas_concelho.php?concelho=18 dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 195 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira 7. Bibliografia Observações prévias Todos os Livros, Estudos, Monografias, Guias, Cd-Rom e DVD de seguida indicados foram apoiados pela DUECEIRA- Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça, gestora do Programa LEADER+ELOZ.Entre LOusã e Zêzere ou foram cedidos pelas entidades responsáveis pela sua edição ou pelos próprios autores, existindo, pelo menos um exemplar para consulta na sede da Associação. Esta Bibliografia é indicada a título exemplificativo e tal não significa a oportunidade e pertinência da consulta de outros documentos que não sejam referenciados nesta resenha. A sua ordenação obedece aos seguintes critérios: em primeiro lugar as referências mais genéricas ao território enquanto um todo; em segundo lugar as referências bibliográficas dispostas por concelho, apresentados por ordem alfabética. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 196 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título entre a serra e o rio… sub-título os trilhos eloz autor dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça programa leader+eloz. entre lousã e zêzere local e data de edição lousã, setembro de 2000 número de edição depósito legal nº. 152338/00 entidade responsável edição dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça número de páginas 82 formato altura: 20,9cm · largura: 15,3cm tipo de publicação livro (encadernação com argola de arame) oferta sim distribuição limitada sim esgotado sim local para consulta dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça, câmaras e bibliotecas municipais de castanheira de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo, pedrógão grande e vila nova de poiares e através do site www.dueceira.pt (versão electrónica) outras informações edição de 15.000 ex. apoiada pelo programa leader ii dueceira-eloz. inclui mapa artístico do território resumo convite à descoberta do verde e azul das terras de entre lousã e zêzere índice primeiro olhar; registos do passado; usos e costumes; natureza em verde; natureza em azul; utilidades. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 197 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título dueceira · programa leader+eloz · entre lousã e zêzere autor televita local e data de edição coimbra, setembro de 2005 entidade responsável edição dueceira - programa leader+eloz- entre lousã e zêzere formato filme em vídeo tipo de publicação dvd preço de venda não oferta sim distribuição limitada sim esgotado não outro edição: 500 exemplares local para consulta bibliotecas e municípios dos concelhos de castanheira de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo, pampilhosa da serra, pedrógão grande e vila nov de poiares; dueceira outras informações edição apoiada pelo programa leader+ · dueceira+elozeste dvd resultou da síntese e reorganização dos programas televisivos “portugal à vista”, contratados pela dueceira à contarcom/televita e emitidos em 1ª. instância pela rtp-n em 2005 resumo filme-síntese promocional do território (5 minutos); filme promocional do território - paisagem, cultura, actividades, pessoas (30 minutos); entrevistas a promotores de projectos leader apoiados. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 198 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título guia da rede de percursos pedestres da serra da lousã sub-título autor armando ferrão de carvalho e pedro nuno abrantes amaro local e data de edição coimbra, 1996 número de edição depósito legal nº. 101283/96 isbn: 972-8002-09-2 entidade responsável edição quercus- associação nacional de conservação da natureza número de páginas 160 formato altura:20,7 cm; largura:14,8 cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim esgotado sim local para consulta dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça, câmaras e bibliotecas municipais de castanheira de pera e lousã; quercus (entre outros locais) outras informações edição de 5.000 exemplares apoiada no âmbito do projecto life da união europeia “do litoral para o interior” resumo instrumentos e meios para a descoberta da serra da lousã numa perspectiva ambiental, etnográfica e cultural índice dedicatórias e introdução; índice; parte i – a serra da lousã; localização e delimitação da serra da lousã; a serra da lousã através dos tempos; parte ii – os percursos; regras elementares e conselhos prévios; a rede de percursos da serra da lousã; parte iii – anexos; glossário; mapas; bibliografia utilizada e de apoio ao visitante; inventários dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 199 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título revista turismo & desenvolvimento sub-título turismo de montanha autor diversos local e data de edição aveiro, 2006 número de edição 6 entidade responsável edição universidade de aveiro número de páginas 180 formato altura: 26 cm; largura:18 cm tipo de publicação revista (em formato de livro brochado) preço de venda 12,50 euros oferta não distribuição limitada sim esgotado sim outro 1ª. edição: 1.500 exemplares local para consulta bibliotecas e municípios dos concelhos de castanheira de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo, pampilhosa da serra, pedrógão grande e vila nova de poiares; dueceira outras informações contributo do programa leader+ - dueceira+eloz com o artigo intitulado “eloz de serra e de rio e de elos que se querem laços! apresentação de uma abordagem à serra da lousã, na perspectiva de quem a sente e a assume como projecto de vida”, da autoria da técnica da etl, drª. ana souto (páginas 149-154) resumo abordagens ao tema do turismo efectuadas no decorrer do congresso turismo de montanha, realizado na lousã a 17 e 18 de junho de 2005 índice editorial; notas de abertura; turismo de natureza; turismo activo e desportivo; turismo sustentável; declaração da lousã dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 200 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título património cultural e trajectórias de desenvolvimento em áreas de montanha sub-título o exemplo da serra da lousã autor paulo manuel de carvalho tomás local e data de edição coimbra, 2005 entidade responsável edição obra ainda não editada oficialmente número de páginas 658 formato altura:23,9 cm; largura:16,9cm tipo de publicação livro. apresentação provisória. outro apenas disponível para consulta sob pedido ao autor e sua autorização expressa local para consulta dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações apoio da fundação para a ciência e tecnologia: pocti/geo/13038/1998 “portugal e as contradições da modernidade território, desenvolvimento e marginalidade” resumo dissertação de douturamento na área de geografia, especialidade de geografia, apresentada à faculdade de letras da universidade de coimbra, sob a orientação da professora doutora fernanda cravidão índice agradecimentos; resumo e abstract; introdução; território; ordenamento e desenvolvimento sustentável; património cultural; a(s) montanha(s); serra da lousã; questionando as trajectórias territoriais recentes e as (des)preocupações patrimoniais e paisagísticas; a construção e os construtores das paisagens culturais; o regresso à montanha e a patrimonialização das aldeias serranas da lousã; a requalificação das aldeias serranas da lousã, segundo os actores institucionais; conclusões; bibliografia e fontes; anexos; índices. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 201 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira capas dos volumes 1 e 2 do relatório (suporte papel) e capa do cd-rom (suporte digital) título região solidária sub-título a hora da controvérsia autor dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça programa leader+eloz. entre lousã e zêzere equipa de projecto local e data de edição lousã, julho de 2006 entidade responsável edição dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça formato a4 (papel); cd-rom tipo de publicação relatório oferta sim distribuição limitada sim outro o documento pode ser facultado em formato electrónico (cd-rom) se solicitado, por escrito, à dueceira local para consulta dueceira- associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações projecto apoiado no âmbito do programa leader+dueceira-eloz. entre lousã e zêzere resumo relatório da acção-piloto concretizada nas escolas dos 2º. e 3º. ciclos, secundárias e profissionais dos concelhos da zona de intervenção da dueceira (entidade gestora do programa leader+eloz), concretamente castanheira de pera, figueiró dos vinhos, lousã, miranda do corvo, pampilhosa da serra, pedrógão grande e vila nova de poiares, no ano lectivo de 2005/2006 índice introdução; primeira parte: caracterização da entidade e do território; a entidade; o território de intervenção; segunda parte: projecto região solidária; a proposta de exercício prático para a comunidade escolar; as escolas e as turmas e os alunos; o inquérito à comunidade jovem; «a hora da controvérsia»: a acção; os indicadores de realização física e financeira; conclusão; bibliografia. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 202 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira capas da monografia de castanheira de pera – edições de 1989 e de 2004 título monografia do concelho de castanheira de pera autor kalidás barreto local e data edição e reedição castanheira de pera, 1989; castanheira de pera, 2004 entidade responsável edição câmara municipal de castanheira de pera número de páginas 408 formato altura:29,5 cm; largura:20,6cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta câmara municipal de castanheira de pera; biblioteca municipal de castanheira de pera; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça; pinhais do zêzere – associação para o desenvolvimento outras informações edição comemorativa do 75º. aniversário da elevação de castanheira de pera a concelho (reedição especial e limitada, com manutenção do aspecto e concepção gráfica original, apoiada pelo programa leader ii – dueceira-eloz). resumo estudo descritivo do concelho de castanheira de pera através da sua história, das suas personalidades, das suas tradições, usos e costumes, das suas particularidades culturais e patrimoniais, da sua economia . dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 203 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira índice capítulo i – o concelho; introdução; castanheira de pera de ontem e de hoje; armas; localização; topónimo; as povoações; coentral; capítulo ii – a história; mapa cronológico; lenda de peralta; forais antigos; bispo de coimbra/ ermida de s. domingos; sentença de afonso v; fundação da freguesia; foral de d. manuel; castanheira século xvi e xvii · regiolosidade; terramoto; a industria de lanifícios; os homens; a luz eléctrica; as vésperas da emancipação municipal; projecto de lei; a fundação do concelho; duas câmaras; 28 de maio; a questão da luz eléctrica; encerramento do centro escolar coentralense; os anos trinta; os anos quarenta; os anos cinquenta; os anos sessenta; os anos setenta e o 25 de abril; os anos oitenta; capítulo iii – etnografia; algos dados biográficos; capítulo iv – as instituições; em actividade; desactivadas; capítulo v – etnografia; lenda; bruxarias; curas; alminhas; o laínte da casconha; romanzas e ladaínhas; jogos; receitas; deputados vereadores e ministros; curas de coentral; curas de s. domingos; capítulo vi – dados finais; autarcas; eleições; alguns dados estatísticos; indústria de lanifícios; outras actividades; um plano de desenvolvimento. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 204 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título figueiró dos vinhos autor gadel - gabinete de apoio ao desenvolvimento de figueiró dos vinhos local e data de edição figueiró dos vinhos; 2000 número de edição registo 7065/2000 classificação: maiores de 8 anos entidade responsável edição câmara municipal de figueiró dos vinhos formato filme em vídeo tipo de publicação cassete vídeo oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta biblioteca municipalde figueiró dos vinhos; centro permanente de artesanato de figueiró dos vinhos; município de figueiró dos vinhos; dueceira outras informações edição apoiada pelo programa leader ii - dueceira+eloz resumo filme promocional do concelho de figueiró dos vinhos dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 205 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título monografia do concelho de figueiró dos vinhos autor jorge gaspar; heitor gomes; ana cláudia vicente; sónia vieira local e data de edição figueiró dos vinhos; 2004 número de edição isbn: 972-798-110-0 depósito legal: 213218/04 entidade responsável edição imprensa de coimbra, lda. número de páginas 265 formato altura: 24 cm; largura: 17cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta biblioteca municipal de figueiró dos vinhos; município de figueiró dos vinhos; dueceira resumo matriz referencial para um conhecimento profundo do concelho de figueiró dos vinhos índice nota de abertura; apresentação; enquadramento regional; território; história da ocupação e da vida no espaço concelhio; população; economia; condições de vida e desenvolvimento social; património e tradições; horizontes de futuro; bibliografia; índice de figuras, de quadros e fotográfico. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 206 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título lousã - terra de emoções sub-título convida naturalmente autor câmara municipal da lousã local e data de edição lousã, entidade responsável edição câmara municipal da lousã tipo de publicação cd-rom preço de venda não oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não outro edição: 3000 exemplares local para consulta viodeca da biblioteca do município da lousã; município da lousã outras informações edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz resumo viagem digital pelo concelho da lousã índice história e geografia da lousã; serra da lousã; cultura animação e desporto; economia e sociedade; fim-de-semana na lousã; informações úteis dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 207 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título a vila da lousã sub-título contributo para um estudo da geografia humana autor paulo manuel de carvalho tomás local e data de edição lousã, julho de 1999 número de edição isbn 972-95811-8-5 entidade responsável edição biblioteca e câmara municipal da lousã número de páginas 422 formato altura:23,9 cm; largura:16,9cm tipo de publicação livro distribuição limitada edição de 1.000 exemplares esgotado não outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã, através dos correios electrónicos: [email protected] ou [email protected] local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça; centro de estudos geográficos da universidade de coimbra outras informações a edição não foi apoiada financeiramente pelo programa leader, porém a dueceira foi alvo de estudo de caso, constando esse trabalho da presente publicação resumo dissertação de mestrado em geografia humana subordinado à temática da história do desenvolvimento do concelho da lousã índice apresentação; agradecimentos; nota prévia; à guisa de introdução; o quadro essencial dos traços geográficos; a organização do espaço: população, povoamento e «evolução urbana»; da origem até meados de século xix; época moderna; mutações na organização do espaço: população, povoamento, evolução urbana e planeamento urbanístico, do meado de oitocentos até aos nossos dias; notas finais; anexos; figuras “hors-texte”; fotografias; índices de figuras de quadros de figuras “hors-texte”, de fotografias e geral. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 208 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título roteiro de gastronomia autor recolha efectuada pela escola secundária da lousã (grupo de biologia e projecto viva a escola) local e data de edição lousã, 1992 número de edição depósito legal: 56461/92 isbn 972-95811-0-x entidade responsável edição biblioteca municipal e câmara municipal da lousã número de páginas 64 formato altura:23 cm; largura:16cm tipo de publicação livro oferta sim esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; escola secundária da lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações colaboração do instituto da juventude resumo recolha da gastronomia típica da serra da lousã; receituário índice prefácio; entradas e enchidos; sopas; carnes e aves; peixes; doces; licores e bebidas; diversos dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 209 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título a lousã sub-título e o seu concelho autor álvaro viana de lemos local e data de edição lousã, junho de 1988 número de edição depósito legal: 16659/88 entidade responsável edição biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã tipografia lousanense, lda número de páginas 172 formato altura:21 cm; largura:14,5cm tipo de publicação livro oferta sim esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça; resumo trabalho litografado do original de 1950. primeiro esboço para uma monografia da vila e concelho da lousã índice notas prévias e correcções; sumário; considerações gerais e características naturais do actual concelho da lousã; a lousã através dos tempos; aspectos de arte e de natureza; vida e interesses modernos da lousã; etnografia e folclore; aspectos de carácter turístico dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 210 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título lousã sub-título a terra e as gentes autor pedro dias e fernando rebelo local e data de edição lousã, outubro de 1985 número de edição depósito legal 7658/85 entidade responsável edição câmara municipal da lousã tipografia lousanense, lda. número de páginas 96 formato altura: 24 cm; largura:17 cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada edição de 1.000 exemplares esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira· associação de desenvolvimento do ceira e dueça; resumo organização dos elementos geográficos, históricos e turísticos da vila e concelho da lousã índice apresentação; introdução geográfica; um pouco de história: os primeiros tempos; o século xviii e a industrialização; a lousã e as invasões francesas; a evolução urbana da lousã; a lousã e os artistas; notas para uma visita: lousã; o castelo de arouce e as ermidas; a serra; foz de arouce; casal de ermio; serpins; soutelo; vilarinho; covão; fiscal; principal bibliografia dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 211 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título primeiros forais das vilas da lousã e de arouca sub-título confusões e seu esclarecimento autor maria do rosário castiço de campos local e data de edição lousã, 1987 número de edição depósito legal 16642/88 entidade responsável edição biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã número de páginas 24 formato altura:23,9 cm; largura:16,9cm tipo de publicação livro oferta sim esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo estudo sobre o foral da lousã e sua atribuição índice dedicatória; original do foral dado a arouzi (lousã) em abril de 1151 por d. afonso henriques e rainha dona mafalda; confirmação do foral de arouzi (lousã) dado em novembro de 1217 por d. afonso ii e rainha dona urraca; foral dado a arouca em maio de 1229 pela rainha dona mafalda. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 212 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título foz de arouce no século xviii sub-título economia agrária e reconversão agrícola autor maria do rosário castiço de campos local e data de edição lousã, julho de 1989 número de edição isbn 972-95141-6-x depósito legal 26291/89 entidade responsável edição biblioteca municipal da lousã e câmara municipal da lousã tipografia lousanense, lda. número de páginas 218 formato altura:23 cm; largura:16 cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada edição de 1.000 exemplares esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo tese de mestrado em história moderna, defendida em 11 de julho de 1989 na faculdade de letras da universidade de coimbra, subordinada ao tema da economia agrária da freguesia de foz de arouce índice preâmbulo; situação geográfica da freguesia de foz de arouce; caracterização do solo e rede hidrográfica; senhorios: senhorio jurisdicional; senhorio dominial; economia agrária: formas de exploração da terra no antigo regime; morgadios e capelas; reconversão agrícola: incidência em foz de arouce – euforia e declínio; conclusão; apêndices; fontes e bibliografia; índice geral. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 213 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título um moinho de água na freguesia de foz de arouce autor maria do carmo carvalho sequeira local e data de edição lousã, dezembro de 1989 número de edição isbn 972-95141-9-4 entidade responsável edição biblioteca e câmara municipal da lousã tipografia lousanense, lda. número de páginas 28 formato altura:23,9 cm; largura:16,9cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada edição de 1.000 exemplares esgotado sim outro distribuição da responsabilidade da biblioteca municipal da lousã local para consulta câmara e biblioteca municipal de lousã; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações trabalho efectuado em 1984 para o instituto de antropologia da universidade de coimbra e publicado na revista antropologia portuguesa, volume 6/1988 resumo estudo antropológico índice nota; introdução; moinhos de água; o moinho de alçaperna no espaço e no tempo; composição e funcionamento do moinho; relacionamento do moinho com o próprio homem; o moleiro no contexto social e económico; referências bibliográficas. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 214 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título da arte de miranda sub-título subsídio para uma monografia artística dos principais monumentos do concelho de miranda do corvo autor antónio manuel carvalho rodrigues local e data de edição miranda do corvo, 2003 número de edição depósito legal nº. 197170/03 entidade responsável edição câmara municipal de miranda do corvo número de páginas 48 formato altura:22,2 cm; largura:18,6cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta câmara e biblioteca municipal de miranda do corvo; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz resumo trabalho de investigação subordinado ao tema “a arte de coimbra e a sua influência na região”, no qual é efectuada a abordagem ao desenvolvimento do concelho de miranda do corvo através das suas riquezas históricas e artísticas índice uma apresentação; introdução geográfica; enquadramento histórico; evolução urbanística da vila; roteiro pela arquitectura religiosa; roteiro urbanístico pela arquitectura civil; a freguesia de lamas; a freguesia de rio de vide; a freguesia de semide; a freguesia de vila nova; notas; bibliografia dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 215 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título “da arte de miranda” sub-título para uma monografia de miranda do corvo autor antónio manuel carvalho rodrigues local e data de edição miranda do corvo, setembro de 2006 número de edição depósito legal nº. 248295/06 entidade responsável edição câmara municipal de miranda do corvo número de páginas 134 formato altura: 21 cm; largura:15 cm tipo de publicação livro preço de venda não oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta biblioteca e municípios de miranda do corvo; dueceira outras informações edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz resumo edição revista e aumentada da 1ª. monografia artística com o mesmo título. índice apresentação; introdução geográfica; geologia e paisagem; enqudramento histórico; evolução urbanística da vila; roteiro pela arquitectura religiosa; roteiro urbanístico pela arquitectura civil dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 216 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título provérbios e lengalengas autor turma a do 6º. ano de 1992/1993; turmas a, c, d e e do 6º. ano de 1993/1994 sob a orientação da professora maria arlete ralha local e data de edição miranda do corvo, maio de 1994 entidade responsável edição câmara municipal de miranda do corvo e escola c+s josé falcão de miranda do corvo; gráfica da lousã número de páginas 24 formato altura: 20,8 cm; largura:15 cm tipo de publicação livro preço de venda não oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta biblioteca municipal e município de miranda do corvo; escola básica do 2º. e 3º. ciclos josé falcão de miranda do corvo; dueceira - associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações apoio: pept e conselho directivo da escola c+s josé falcão de miranda do corvo resumo estudo da cultura popular: recolha de provérbios e lengalengas locais dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 217 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título do velho falamos… sub-título tradições orais, usos e costumes autor isabel maria braga; lúcia branco baptista; maria emília taborda; maria helena bispo local e data de edição miranda do corvo, abril de 1996 número de edição depósito legal 75875/95 entidade responsável edição câmara municipal de miranda do corvo tipografia lousanense número de páginas 132 formato altura: 23 cm; largura:16,2 cm tipo de publicação livro preço de venda não oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta biblioteca municipal e município de miranda do corvo; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo estudo da cultura popular: recolha de tradições, usos e costumes locais, no âmbito de projecto educativo para o 1º. ciclo (ano lectivo de 1992/1993) intitulado “os brinquedos dos nossos avós” índice prefácio; nota prévia; “do velho falamos”; jogos; canções de roda; ranchos; artesanato; gastronomia; tradições religiosas; carnaval; quadras populares; provérbios e lengalengas; histórias; lendas; rezas e benzeduras; casamentos. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 218 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título reconstituição das famílias da freguesia do salvador de miranda do corvo sub-título domiciliadas na vila (no casco velho e primitivos aros) 1850-1950 autor edgar panão local e data de edição coimbra, 2002 número de edição isnb: 97295416-1-2 entidade responsável edição “mirante” – cooperativa de informação e cultura, crl número de páginas 630 formato altura: 24 cm; largura:16,9 cm tipo de publicação livro local para consulta “mirante” · cooperativa de informação e cultura, crl; biblioteca municipal miranda do corvo; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo ensaio sobre genealogia dos vizinhos de uma comunidade antiga índice introdução; a vila de miranda do corvo; as famílias reconstituídas; anexos; o autor; posfácio; agradecimentos; bibliografia; índice dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 219 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título foral manuelino de pedrógão grande 1513 autor josé costa dos santos local e data de edição pedrógão grande, 2003 número de edição isbn: 972-96928-5-8 depósito legal: 199024/03 entidade responsável edição câmara municipal de pedrógão grande número de páginas 144 formato altura: 23,5 cm; largura: 17cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta município de pedrógão grande; biblioteca municipal de pedrógão grande; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações 1ª. edição tiragem: 500 exemplares resumo estudo sobre o foral manuelino de pedrógão grande índice apresentação pelo presidente do município de pedrógão grande; introdução; pedrógão grande: breves apontamentos da sua história; penedo do granada; povoado fortificado de nossa senhora dos milagres / castelo velho; forno romano do cabeço da cotovia; ruínas romanas do calvário / devesa; documentos anteriores ao foral de dom manuel i; a reforma manuelina dos forais; o foral manuelino de pedrógão grande; tributação: agricultura; comércio; privilegiados; tabelionado; pena do foral: reprodução; leitura diplomática; critérios utilizados na publicação do documento; glossário; bibliografia; índice geral dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 220 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título guia como percorrer as margens das nossas ribeiras autor coordenação científica: ana paula mendes local e data de edição castanheira de pera, 1998 entidade responsável edição pinhais do zêzere – associação para o desenvolvimento oficinas gráficas de ribeira de pera número de páginas 12 formato altura: 19 cm; largura: 13cm tipo de publicação brochura (encadernação com argola de arame) oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à pinhais do zêzere) esgotado sim local para consulta município de pedrógão grande; pinhais do zêzere · associação para o desenvolvimento; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações projecto apoiado no âmbito do programa life união europeia resumo guia para descoberta dos percursos pedestres junto aos ecossistemas ribeirinhos das ribeiras de alge e pera índice roteiro de castanheira de pera; roteiro da ribeira de alge; roteiro da ribeira de pera. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 221 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título moinhos da ribeira de pera sub-título espaços de harmonia e liberdade autor josé costa dos santos local e data de edição pedrógão grande, julho de 2002 número de edição depósito legal: 182924/02 isbn: 972-96928-4-x entidade responsável edição câmara municipal de pedrógão grande quilate número de páginas 100 formato altura: 22,8 cm; largura: 15,8 cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta município de pedrógão grande; biblioteca municipal de pedrógão grande; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo levantamento e história dos moinhos da ribeira de pera, enquanto testemunhos do património cultural local índice dedicatórias; apresentação; abertura e introdução; evolução dos processos de moagem; moinhos da ribeira de pera – nota histórica; moinhos da ribeira de pera: tecnologia do sistema tdicional de moagem; utensílios complementares; moinhos da ribeira de pera – espaços de harmonia e liberdade; nota final; glossário de termos e expressões; bibliografia dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 222 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título vila nova de poiares sub-título cem anos de história autor teresa mascarenhas e ana macedo e sousa local e data de edição cruz quebrada, janeiro de 1999 número de edição isbn: 972-97345-3-4 depósito legal: 130839/99 entidade responsável edição edições golfinho número de páginas 192 formato altura:21 cm; largura:14,8cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo testemunhos populares da história do concelho de vila nova de poiares índice introdução; breve apontamento sobre a história de vila nova de poiares; freguesia de poiares (santo andré); a festa da nossa senhora das necessidades; freguesia de arrifana; freguesia de são miguel de poiares; freguesia de lavegadas; outras actividades tradicionais do concelho de poiares; testemunhos pessoais de naturais dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 223 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título poiares: um passado com futuro autor coordenação geral: jaime soares; teresa carvalho e deolinda gonçalves local e data de edição vila nova de poiares, 2001 número de edição isbn: 972-98733-0-5 depósito legal: 164179/01 entidade responsável edição zerozero número de páginas 160 formato altura:32,6 cm; largura:23, 2cm tipo de publicação livro (encadernação de luxo) oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações edição apoiada pelo programa leader ii - dueceira+eloz resumo a história do concelho de vila nova de poiares em imagens índice introdução; um passeio pela história de poiares; personalidades da história de vila nova de poiares; algumas instituições que fazem a história de vila nova de poiares; iconografia dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 224 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título poiares: um passado com futuro (ii) autor jaime soares (coordenador); mª. madalena carrito e pedro santos (textos) local e data de edição vila nova de poiares, fevereiro de 2002 número de edição isbn: 972-98395-7-3 depósito legal: 173457/01 entidade responsável edição edições época de ouro número de páginas 304 formato altura:32,8 cm; largura:23cm tipo de publicação livro (encadernação de luxo) oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à câmara municipal) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações edição apoiada pelo programa leader+ - dueceira+eloz resumo a história do concelho de vila nova de poiares em imagens índice texto de apresentação; carta de foral; memórias; personalidades; igrejas e capelas; a arte popular... e outras no município de poiares; as alminhas; os cata-ventos; relógios de sol; cultura popular; bombeiros; habitação de ontem e de hoje; obras de referência; colectividades; poiares em desenvolvimento; parque industrial - pólo i; restaurantes; projectos; bibliografia dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 225 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título vila nova de poiares – a capital do artesanato autor adip- associação de desenvolvimento integrado de poiares local e data de edição vila nova de poiares, sem data identificada entidade responsável edição adip- associação de desenvolvimento integrado de poiares número de páginas 7 fichas distribuídas por 28 páginas formato altura: 22 cm; largura: 16,4 cm tipo de publicação capa rígida / encarte oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à adip) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; adip; posto de turismo local; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações projecto apoiado pelo fse- fundo social europeu; iefp · instituto de emprego e formação profissional e ministério da segurança social e do trabalho resumo levantamento do artesanato local índice palitos e artefactos de madeira; ceiras e capachos; cestaria e canastraria; tecelagem; olaria / barros pretos; mós; latoaria dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 226 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título vila nova de poiares sub-título capital universal da chanfana autor direcção geral: marques da silva jornalista: joana boavida local e data de edição vila nova de poiares, 2005 entidade responsável edição duvideo formato altura:32,6 cm; largura:23, 2cm tipo de publicação dvd oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à confraria da chanfana) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; confraria da chanfana; adip · associação para o desenvolvimento integrado de poiares; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça resumo apresentação de vila nova de poiares enquanto capital da chanfana. promoção da gastronomia local. índice emissão do programa sabores na rtp 2 em 19 de março de 2005; presidente da câmara de vila nova de poiares; mordomo-mor da confraria da chanfana; o concelho de vila nova de poiares; concurso a semana da chanfana 2005; os 2º. e 3º. capítulos da confraria da chanfana; restaurantes do concelho. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 227 índice região solidária · leader + · projecto cooperação · dueceira título a chanfana sub-título ex-libris da gastronomia regional autor maria madalena ribeiro carrito e pedro miguel carvalho dos santos local e data de edição vila nova de poiares, 2003 número de edição isbn: 972-9051-54-2 depósito legal: 199932/03 entidade responsável edição confraria da chanfana grafinal- artes gráficas, lda. número de páginas 72 formato altura: 23 cm; largura: 22cm tipo de publicação livro oferta sim distribuição limitada sim (a entidades ou instituições através de pedido formalizado à confraria da chanfana) esgotado não local para consulta câmara municipal de vila nova de poiares; biblioteca municipal de vila nova de poiares; confraria da chanfana; adip · associação de desenvolvimento integrado de poiares; dueceira · associação de desenvolvimento do ceira e dueça outras informações edição apoiada pela câmara municipal de vila nova de poiares resumo a história da chanfana enquanto símbolo da gastronomia local da região e em particular do seu significado para o concelho de vila nova de poiares índice prefácio; testemunhos; introdução; a chanfana ao longo do tempo; elementos endógenos da chanfana, em vila nova de poiares; confecção da chanfana; a confraria da chanfana; recortes de imprensa; conclusão; fontes e bibliografia. dueceira.eloz · rua general humberto delgado, apartado 20, 3200-909 lousã ∙ t 239 99 52 68 ∙ f 239 99 10 18 . 228 índice