TCCs: Contribuição coletiva - Online UNISANTA

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TCCs: Contribuição coletiva - Online UNISANTA
JORNAL-LABORATÓRIO DO QUARTO ANO DE JORNALISMO DA FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO DA UNISANTA
ANO XVII - N° 136 - NOVEMBRO/2012 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - SANTOS (SP)
CAUÊ GOLDBERG
Morros de Santos
TCCs
Contribuição coletiva
Os 17 trabalhos realizados pelos alunos da 17a turma
do curso de Jornalismo da UNISANTA contribuem para o
conhecimento de realidades nem sempre destacadas
pela grande imprensa, como a vida nos morros, nas
palafitas e entre os portadores do vírus HIV.
IGOR AUGUSTO
Jardim
São Manoel
JULIANA KUCHARUK
Aids
EDITORIAL
Saindo dos
bastidores
Curiosidades,
igualdade
social, tecnologia... Os temas
abordados por cada Trabalho de
Conclusão de Curso dos alunos
de Jornalismo da Unisanta
vão de A a Z, do céu ao inferno,
da precariedade à comemoração,
da denúncia à interatividade.
Os 20 anos da TV Tribuna
e as seis décadas da revista Capricho terão suas velinhas apagadas em uma revista e em um
site respectivamente.
Esporte, violência, games, redes sociais, segurança
e assessoria, tal como Aids e
síndrome de Down, também
serão abordados.
Os quatro anos de estudo
renderam trabalhos que foram árduos. Cada obra custou tempo, concentração,
persistência, cansaço e muito
amor à profissão.
Nada mais justo que, ao menos uma vez, o repórter saia do
anonimato e protagonize a própria matéria. Pois, para o Primeira Impressão, o jornalista é
sempre a fonte mais confiável.
CARTAS À REDAÇÃO
Juventude nos
corações
Recebi
dois
números
(131 e 132) do jornal
Primeira Impressão e
venho agradecer-lhes essas
variadas notícias de Santos
que assim fiquei a conhecer.
Sempre é bom sabermos de
locais e gentes onde a palavra
crise não existe e, ao invés, se
investe e trabalha com confiança no futuro... É essa confiança que, aqui na Europa e
muito em particular aqui em
Portugal, nos falta. Não quer
dizer, certamente, que aí não
haja dificuldades, mas há,
com certeza, mais otimismo,
ânimo, esperança, enfim... juventude nos corações. Ainda
bem. Cristino Cortes, economista, assessor do Ministério
da Cultura português e escritor, Linda-a-Velha, Portugal.
Trajetória da revista Capricho
é tema de trabalho
Um dos objetivos do projeto é analisar as mudanças gráficas e editoriais
Poucas pessoas sabem, mas
a revista Capricho completou,
em junho, 60 anos de história.
E esse foi o tema escolhido pelas alunas Bruna Corralo e Mariana Terra para o Trabalho de
Conclusão de Curso. “Nós vimos
um trabalho do ano passado sobre os 10 anos da revista TPM
e adoramos. Como amamos revista, pensamos em fazer um
trabalho semelhante”, conta
Mariana.
As estudantes começaram
então a buscar revistas que tivessem história e completassem
uma, duas, ou até seis décadas
de existência. “Procuramos entre nossas revistas preferidas e
também aquelas mais importantes. Foi então que lembrei
que minha avó sempre me falava que lia Capricho. E para nossa alegria a revista fez 60 anos
este ano”, revela Bruna.
Foi o casamento perfeito.
Bruna era leitora e Mariana
apaixonada pela parte gráfica
da revista. “Começamos a pesquisar e nos encantamos cada
vez mais”, explicam.
Com o tema definido, bastava escolher qual o formato seria escolhido. Livro e encarte
foram algumas das ideias que
surgiram, mas seria pouco para
a grandeza da revista, que hoje
é a mais lida entre adolescentes.
Analisando o publico alvo e o
crescimento da internet, elas
optaram por fazer uma página
virtual.
O site, www.60anoscapricho.
com, que teve orientação da
mestre Daniella Aragão
Moreira Lima, tem a intenção de
homenagear a revista Capricho,
por meio de reportagens e entrevistas contando a história da
publicação, que é a segunda da
Editora Abril.
“O título do trabalho – De
gatinha à vovozinha - faz relação com o famoso slogan do
passado (A revista da gatinha) e
com a idade da publicação, que
chega à terceira idade. A página traz novas informações para
as atuais leitoras e recordações
para as antigas”, observa Bruna.
De acordo com Mariana, a
objetivo do projeto é analisar
as mudanças editoriais e gráfi-
O trabalho também conta
com uma página no Facebook,
onde as alunas desenvolveram
a parte de divulgação do TCC.
“As mídias sociais nos auxiliaram na descoberta de histórias
e na interação com as leitoras”.
Todo conteúdo foi produzido pelas alunas, sem qualquer
vinculação com a revista ou a
Editora Abril. “Visitamos a Capricho em julho e fomos muito
bem recebidas. Mas, eles não
divulgam os aniversários da publicação, porque acreditam que
um veículo dirigido a adolescentes terá sempre 14 anos”.
Para Bruna e Mariana a realização do trabalho foi muito
prazerosa, exigindo dedicação e
paciência. “Com certeza contribuiu muito na nossa formação.
Nós não sofremos com a síndrome do TCC. A nossa convivência
cas pelas quais a revista passou, e amizade ajudaram a superar
e mostrar sua importância em as dificuldades e concluir este
seu gênero para as meninas e trabalho com êxito. Estamos
mulheres de várias gerações.
satisfeitas com o resultado”.
“A pesquisa foi nossa principal aliada. Lemos muitas ediFICHA TÉCNICA
ções, de várias décadas, e alguns
trabalhos já feitos sobre ela. As
leitoras, tanto as atuais, como
Título:
as antigas, também nos ajudaDe gatinha à vovozinha
ram muito”, diz Bruna.
Formato:
Foi por meio da pesquisa que
Produção de conteúdo
elas descobriram que nomes
digital
como Marilia Scalzo, Monica
Autoras:
Figueiredo, Lilian Pacce e até
Bruna Corralo
Zeca Camargo já passaram pela
Mariana Terra
redação da Capricho. “EnconOrientadora:
tramos muitas curiosidades e
Daniela Aragão
poder dividir isso com os leitores
é muito bom”, conta Mariana.
Missão cumprida
Parte da equipe do Primeira Impressão: última edição
de 2012 coroa o trabalho da 17ª turma de Jornalismo
ERRATA
Na edição nº 133, de agosto
de 2012, na reportagem “Prós
e contras da progressão continuada”, publicada à página
6, ao contrário do que se lê na
declaração atribuída à coordenadora de História do Núcleo Pedagógico da Diretoria
de Ensino de Santos, Viviane
Daud, os alunos das escolas estaduais não são submetidos ao
“provão”. Conforme esclareceu
a própria coordenadora em email à redação, apenas os alunos da rede municipal são submetidos ao “provão”.
Trabalho valoriza espaços culturais
O Museu do Café, os teatros Coliseu e Guarany e a Pinacoteca Benedicto Calixto foram os locais
escolhidos para as visitas com suas histórias e curiosidades
As estudantes Julia Brancovan e Vanessa Teixeira desenvolveram o trabalho de
conclusão de curso sobre centros culturais de Santos. Assim, optaram por contar a história da Pinacoteca Benedicto
Calixto, o Museu do Café e os
teatros Coliseu e Guarany, locais que mesmo depois de décadas, continuam em plena
atividade para a disseminação
cultural.
O trabalho foi elaborado
como um programa de rádio,
em uma série de programetes
(de no máximo 5 minutos),
com inserções durante uma
programação
radiofônica.
Nessas inserções, elas des-crevem o ambiente de cada um
dos locais visitados, contando
as histórias e as curiosidades
desses equipamentos.
O primeiro local visitado
foi a Pinacoteca Benedicto
Calixto, o principal museu
de arte de Santos. Além de
apreciar e reportar as obras
do artista, elas entrevistaram
diversas pessoas que fazem
parte do cotidiano e também
da história do casarão que foi
residência de diversas famílias, inclusive a do exportador
de café Francisco da Costa Pires, pai de Edith Pires Gonçalves Dias.Hoje, aos 93 anos,
ela é uma verdadeira memória
viva da cidade. “Dona Edith
é uma simpatia, mesmo com
idade sua jovialidade é impressionante”, comenta Vanessa.
O chamado Casarão Branco na orla, construído no estilo arquitetônico eclético, foi
imóvel de diversos proprietários, até que em 1979 foi considerado patrimônio histórico
e de utilidade pública, passando a ser sede da Fundação
Pinacoteca Benedicto Calixto
em 1992, após passar por um
longo período de restauro.
Hoje, além de abrigar a exposição permanente da obra
de Calixto, o espaço promove
durante o ano todo diversos
eventos culturais gratuitos
que são abertos a comunidade.
Eventos como a Ação do Coração, Outubro Rosa, Música
e Vinho, Projeto Livro-Livre,
saraus, palestras, workshops,
cursos de arte e música, apresentações de orquestras, corais e recitais, lançamentos de
livros e exposições de grandes
JULIA BRANCOVAN
O charmoso casarão de estilo eclético abriga a Fundação Pinacoteo Benedicto Calixto desde 1992
nomes das artes plásticas e
fotografia contemporâneas,
como Romero Brito, Jô Soares, Ivald Granato, José Zaragoza, Renina Katz, entre
muitos outros. “Foi muito
interessante poder fazer esse
passeio pela história, é sempre
bom aprender coisas novas
e esse trabalho me fez sentir
muito bem”, diz Julia.
A Pinacoteca localiza-se à
Avenida Bartolomeu de Gusmão, nº 15, no Boqueirão.
Funciona das 9 às 18 horas, de
terça a domingo e a entrada é
franca.
Museu
A segunda visita foi ao
Museu do Café, um dos pontos turísticos e culturais mais
prestigiados e referenciados
de Santos, o conhecido prédio da Bolsa Oficial de Café.
A construção imponente de
arquitetura eclética foi inaugurada em 7 de setembro de
1922, sendo parte de umas
das diversas comemorações do
centenário da Independência
do Brasil.
Também conhecido como
Palácio do Café, abriga o Museu dos Cafés do Brasil, recebe
mais de 20 mil visitantes por
ano, entre moradores da região, estudantes e turistas do
Brasil e do mundo. Está situado na rua XV de Novembro,
nº 95, no Centro Histórico de
Santos.
Em duas visitas ao local,
as estudantes entrevistaram a
historiadora Ana Paula Silva
e o jornalista e escritor Sergio
Willians, que publicou um livro intitulado Jacinto, o Sansão do cais santista, que foi
um importante personagem
da história do cais do Porto,
ficando famoso por carregar
5 sacas de café nas costas durante as competições dos trabalhadores.
“A visita foi incrível, o passeio pelo museu nos reservou
uma bagagem cultural maravilhosa. Todos deveriam ir até
lá, ficariam impressionados
com tantas histórias boas”,
revela Vanessa.
Outra importante fonte
entrevistada foi o corretor de
café Eduardo Carvalhaes, que
é o membro da quinta geração
da tradicional família santista
que atua nos negócios de café.
Teatros
O trabalho incluiu ainda
visitas aos teatros Guarany e
Coliseu, dois espaços inaugurados no século XIX, durante
período de grande riqueza da
economia cafeeira. São teatros revitalizados e tombados
pelo patrimônio histórico.
Erguido durante o período
de Dom Pedro II com recursos
doados por grandes empresários do café, o Teatro Guarany
foi inaugurado em 1882 na
Praça dos Andradas, nº 100,
no Centro, representando um
marco na história política e
cultural de Santos.
O local recebeu grandes
nomes das artes dramáticas e
literárias do Brasil e do mundo, como a atriz francesa Sarah Bernhardt, o intérprete
italiano Giovanni Emanuel, o
dramaturgo e diplomata português Julio Dantas, o poeta
maranhense Arthur Azevedo,
entre muitos outros.
Entrou em decadência nos
anos 60 e depois de vários problemas e disputas judiciais,
foi finalmente entregue à população em 2008, totalmente
restaurado.
Atualmente, além de ser
uma casa de espetáculos, o
local serve como sede para a
Escola de Artes Cênicas, da
Secretaria de Cultura do município.
Já o Coliseu, o maior teatro da Cidade, com capacidade para mais de mil pessoas,
foi inaugurado em 1897 como
velódromo (pista de ciclismo),
passando por altos e baixos ao
longo de sua trajetória.
Na época áurea, durante a
década de 20, recebeu grandes
nomes das artes como Dercy
Gonçalves, Paulo Autran, Cacilda Becker, Carmem Miranda, Heitor Villa-Lobos, Bibi
Ferreira, entre muitos outros.
Assim como o Guarany, entrou em decadência nos anos
70. Foi totalmente restaura-
do e reinaugurado em 2006.
Hoje, é considerado um dos
mais belos teatros do Brasil e
recebe espetáculos consagrados, além de óperas, concertos, musicais e stand-ups.
Além dos programetes, as
alunas criaram um blog, onde
postaram os conteúdos produzidos. Com isso, compreenderam melhor as transformações
de formato e linguagem vividas pelo rádio e a internet nas
duas últimas décadas, denominadas convergência midiática.
Para elas, a experiência do
TCC foi muito rica por destacar espaços importantes da
vida cultural de Santos. “Falar da Cidade sem citar esses
locais é privar o receptor de
entrar em contato com a atmosfera e clima que cercam
nossa história e cultura”, avalia Julia. Já Vanessa destacou
a importância dos veículos escolhidos. “O rádio e a internet
são muito mais ligados do que
parece. Graças a essa junção
o rádio continua sendo um
grande sucesso”.
“
O rádio e a
internet
são
muito mais ligados do que
parece. Graças a essa junção o rádio
continua sendo um grande
sucesso
VANESSA TEIXEIRA
estudante
”
FICHA TÉCNICA
Título:
Centros Culturais Santistas
Formato:
Projeto de
Radiojornalismo
Autoras:
Julia Brancovan e Vanessa
Teixeira
Orientadora:
Wanda Schumann
JULIA BRANCOVAN
REPRODUÇÃO
Na edição nº 135, de outubro de 2012, a reportagem “Ana
Preto leva a melhor entre as
mulheres”, publicada à página
13, é de autoria de Mariana
Batista. Por falha técnica, foi
atribuída a Aline Almeida.
EXPEDIENTE - Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação da UNISANTA - Diretor da FaAC: Prof. Humberto Iafullo Challoub Coordenador de Jornalismo: Prof. Dr. Robson Bastos – Responsáveis Prof. Dr. Adelto Gonçalves, Prof. Dr. Fernando De Maria e Prof. Francisco La Scala Júnior. Design Gráfico
e diagramação: Prof. Fernando Cláudio Peel - Fotografia: Prof. Luiz Nascimento – Redação, fotos, edição e diagramação: alunos do 4º ano de jornalismo – Editor de foto:
Igor Augusto. Primeira página: Igor Augusto - Foto da turma: Luiz Nascimento – Coordenador de Publicidade e Propaganda: Prof. Alex Fernandes - As matérias e artigos
contidos nesse jornal são de responsabilidade de seus autores. Não representam, portanto, a opinião da instituição mantenedora – UNISANTA – UNIVERSIDADE SANTA
CECÍLIA – Rua Oswaldo Cruz, nº 266, Boqueirão, Santos (SP). Telefone: (13) 32027100, Ramal 191 – CEP 11045-101 – E-mail: [email protected]
A ex- moradora do Casarão Branco Edith Pires Gonçalves Dias é uma referência e uma das memórias vivas da Cidade
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Edição e diagramação: Jéssica Amador
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
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O prédio da Bolsa Oficial do Café recebe mais de 20 mil visitantes por ano
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Edição e diagramação: Carlos Norberto
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
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O cômodo e o incômodo: a vida
nos cortiços de Santos
ARQUIVO PESSOAL
Formandas em Comunicação mergulham nas ruas do Centro Velho para a produção de uma radiorreportagem
A vida nos cortiços em
Santos é o tema da radiorreportagem que as alunas Aline Almeida, Caroline Leme e Lívia Duarte
elaboraram como Trabalho
de Conclusão de Curso, que
teve como orientador o professor Luiz Carlos Bezerra.
O trabalho procura mostrar como vivem as pessoas
nessas
casas-comunidade,
onde dezenas de famílias moram em pequenos quartos,
dividindo os demais cômodos com os outros moradores.
No início, elas acreditaram
que não seria fácil entrar na
casa dessas pessoas desconhecidas, mas o que aconteceu
foi justamente o contrário.
“Em todos locais em que estivemos, fomos bem recebidos. Havia um receio apenas
com o fato de a conversa ser
gravada, porém, depois de
alguns minutos, acabávamos amigos”, disse Caroline.
A intenção do trabalho seria mostrar apenas como é o
dia a dia dessas pessoas, contando as dificuldades de viver
nesses locais, porém, logo na
primeira visita, as formandas descobriram que a percepção deles era diferente.
“As moradoras com as quais
conversávamos falavam que
era tudo uma festa, que sempre cabia mais um no quarto
e era ali onde gostavam de
estar. E no caso de dificuldades, sabiam onde conseguir
ajuda. Foi aí que começamos
a pensar em um novo rumo
para o trabalho”, disse Aline.
E aí foi que começou a
parte em que as autoridades falavam sobre os planos
para os moradores dessas
LÍVIA DUARTE
FICHA TÉCNICA
Título:
O Incômodo que Habito
Formato:
Radiorreportagem
Autoras:
Lívia Duarte, Aline
Almeida e Caroline Leme
Orientador:
Luiz Bezerra
Associação dos Cortiços está construindo um novo prédio no centro da Cidade para iniciar o processo de recuperação de moradias
habitações. “Falamos com a
Secretaria de Planejamento
que indicou o Alegra Centro,
que visa a transformar essas
casas em moradias dignas,
com instalações apropriadas
para as famílias”, afirmou
Aline. A Secretaria de Assistência Social também foi consultada e indicou os planos
em nível municipal, estadual e federal para as pessoas
em vulnerabilidade social.
Após essa etapa, o próximo
passo foi falar com a presidente da Associação Cortiços
do Centro, Grandsnay Faustino, responsável pela ação
que resultou na construção
de prédios para os moradores
cadastrados e também com
aqueles que participavam dos
mutirões. “Os próprios beneficiados estão trabalhando na
obra, construindo o que, um
dia, será deles e, por isso, a
visão é outra”, contou Lívia.
Para fazer um contraponto com esses moradores, um
antropólogo foi entrevistado e falou sobre o despreparo psicológico em que se
encontram algumas famílias quando são inseridas em
programas
habitacionais.
“Eles não conhecem outra realidade diferente da
que sempre viveram, mas do
dia para noite passam a ter
uma casa confortável e contas para pagar todo mês. O
resultado, muitas vezes, é a
venda desses imóveis ou a favelização total”, afirmou o
antropólogo Darrel Champlin.
As estudantes ressaltaram
a importância de fazer um
trabalho com fundo humanitário. “Durante o trabalho, convivemos com pessoas
de uma realidade muito diferente da nossa. No fim, a
diferença foi o que nos uniu,
mostrando-nos que não importa onde a pessoa mora,
trabalha ou vive, pois somos
todos seres humanos e com
direitos iguais”, acrescentou.
Moda e beleza inspiram TCC
Nos dias de hoje, a imagem
é um fator de maior importância diante da sociedade
contemporânea. A aparência
precisa receber muita atenção de quem a cria, pois assim como a linguagem falada,
a roupa comunica. Por meio
das palavras empregadas e
seus signos (significados), é
possível formar milhares de
“frases” diferentes.
Quem usa, por exemplo,
jaqueta de couro pode ser chique e jovem, ao mesmo tempo. Este exemplo é tirado do
livro Linguagem das Roupas,
de Alison Lurie, que destaca
os sentidos estampados implicitamente nas roupas das
pessoas retratando diversas
situações. Tratar de moda
implica lidar com detalhes e
elementos combinados, pois
ela vai além de vestir roupas
estilosas e descoladas. Também é personalidade.
As vestimentas sempre foram designadoras no convívio
social denominando o papel de
cada habitante naquele grupo
como um instrumento que exprime valores, posição social e
sociológica.
O Trabalho de Conclusão
de Curso da aluna Caroline
Trevisan é sobre este assunto
e baseia-se no filme O Diabo
Veste Prada. Na trama, Andrea Sachs, uma jovem jornalista, personagem da atriz
Anne Hathaway, não é atenta
às questões da beleza e traja
roupas ultrapassadas que causam impacto nas pessoas. Por
sua vez, ela começa a trabalhar na The Runway Magazine, a mais importante revista
de moda de Nova York como
assistente da principal executiva Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep.
Depois de aturar piadas dos
novos colegas de trabalho que
idolatram beleza e forma física, Andy segue em frente com
o desafio e muda o visual com
a ajuda do diretor de moda da
revista, Nigel, personagem de
Stanley Tucci.
Caroline, na adolescência,
escolheu o tema quando nem
tinha certeza da escolha no
curso universitário . “Um dia,
eu estava em casa com a minha
mãe, assistimos a este filme na
TV e na hora identifiquei-me
com a personagem Andrea
FICHA TÉCNICA
Título:
A Aceitação da Moda na
Sociedade Brasileira
Formato:
Programetes de Rádio
Autora:
Caroline Trevisan
Orientadora:
Wanda Schumann
Sachs. Depois, eu disse toda
confiante que ia fazer um TCC
sobre aquilo”, diz.
Assim como a personagem
de Anne Hathaway, a estudante também sofreu preconceito
por causa das roupas. “Quando eu estava no meio do ano
no colégio, uma amiga criticou
as minhas roupas dizendo que
eram infantis e eu não podia
mais vestir aquilo. Na hora,
eu me senti um pouco chateada, mas depois entendi o recado”, confidencia a estudante.
Depois da mudança, ela
percebeu muitas melhorias na
convivência escolar e também
nas amizades. Hoje, se espanta ao ver como as roupas do-
minam e podem contribuir ou
dificultar a vida das pessoas
na sociedade.
Por se interessar pelo assunto de moda e comportamento, ter um blog e o tema
em mãos, ela decidiu começar
a leitura e pesquisa do trabalho em outubro de 2011,
estendendo-o até fevereiro
deste ano. No dia 28, aconteceu uma palestra sobre
jornalismo de moda e comportamento com a editora
da revista Harper’s Baazar,
Maria Prata, e ela aproveitou
para gravar entrevista com a
jornalista. Depois participou
da Semana da Moda da UNISANTA, entrevistando produtores de moda.
Para finalizar o tema, a
universitária mostra a importância de criar um bom
marketing pessoal para as
empresas e contribuir com a
boa imagem no trabalho. O
livro Marketing Pessoal e Sucesso Profissional de Lígia dos
Santos, cita a importância
deste fator para o mercado
de profissionais cada vez mais
competitivo e também para
causar boa impressão aos em-
pregadores.
Houve dificuldades para
contato com fontes, mas Caroline não desistiu do objetivo dela. Persistiu a ponto de
deixar de dormir algumas vezes para trabalhar no próprio
“cartão de visita” ao mercado. A estudante vê a oportunidade de usar o próprio
TCC para conseguir emprego
após a faculdade. “Para mim,
esta é uma chance única de
eu conseguir realizar a minha
vontade de trabalhar com
moda”, diz.
Ela acrescenta que adorou
conhecer pessoas envolvidas
no mundo da moda. “Este é
um assunto muito querido
por mim. Elas admiraram a
minha escolha, me indicaram
amigos e me incentivaram
com muito carinho”.
Após este trabalho, Caroline diz ter mudado e ampliado
a visão de mundo que tinha a
partir do novo conhecimento
obtido. “Agora eu me preocupo mais com a minha aparência e isso aumentou minha
autoconfiança e abriu meus
olhos para a criação de novos
looks”, finaliza.
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4
Edição e diagramação: Joanna Flora
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
A participação de Santos no cenário nacional de combate à Aids motivou as alunas na elaboração do curta, que aborda a doença utilizando a poesia, por meio de textos escritos por três portadores do vírus HIV
O dia em que o mundo parou
O curta metragem realizado por alunas de Jornalismo da UNISANTA aborda os
desafios da Aids com uma linguagem poética
A história de três portadores do vírus HIV é o tema
do Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) das universitárias Simone Menegussi e
Juliana Kucharuk, formandas em Jornalismo, da Universidade Santa Cecília. Em
2011, as alunas idealizaram
o trabalho e concluíram que
a melhor forma para tocar no
tema da Aids seria abordá-lo
com uma linguagem poética,
por meio de textos escritos
por três portadores do vírus
e composto em um curta metragem.
“A escolha do tema foi o
passo inicial para o projeto.
Queríamos um assunto relevante para a sociedade, que
não estivesse atualmente na
mídia e que fosse da área da
saúde”, contou Simone.
O tema da Aids foi escolhido em razão da participação
de Santos na história da síndrome no Brasil. “Queríamos
contar boas histórias de pessoas que lutam por algo, que
têm algo a ensinar. E encontramos três pessoas incríveis,
que diante de um desafio tão
assustador encararam a vida
com coragem e hoje vivem
uma vida de cabeça erguida,
ajudando outros portadores
a lidar com os desafios do
HIV”, comentou Juliana.
No final da década de 80,
Santos ficou conhecida como
“capital da Aids”. Saber o
porquê deste título foi o início das pesquisas.
Ao entrevistarem o médico
infectologista e representante da Organização Mundial
de Saúde (OMS) Fábio Mesquita, a dúvida foi esclarecida. Segundo ele, o fato de a
Cidade possuir o maior porto da América Latina levou
muitas pessoas a acreditarem
que a porta de entrada da
Aids era aqui. No entanto, o
médico esclarece que Santos
foi a primeira Cidade do País
a mapear, controlar e divulgar os números de casos de
Aids. Como eram os únicos
resultados oficiais da epidemia divulgados, a cidade recebeu o infeliz título.
Devido a coragem de alguns políticos e ao pioneirismo de médicos, Santos reverteu o título de capital da
doença para Cidade de referência mundial no tratamento e controle da epidemia.
“No momento que realizamos a entrevista com Fábio,
ampliamos nossa visão sobre
a doença, sobre a nossa cida-
“
O tema Aids é intrigante e ao
mesmo tempo apaixonante. Por
isso, espero que os 10 minutos de
nosso filme transmitam ao telespectador o drama e a superação de três
pessoas muito especiais
”
SIMONE MENEGUSSI
ESTUDANTE
de e sobre a relevância deste
tema na atualidade”, disse
Juliana.
Depois de muita pesquisa
e entrevistas, as universitárias, junto com o orientador,
professor Eduardo Rajabally,
resolveram falar sobre o tema
de uma maneira emocional e
não somente com dados históricos. Escolheram o formato de documentário por
acharem que o audiovisual é
um meio fascinante e atinge
um número de pessoas muito
maior que histórias impressas.
Para a construção do documentário foram escolhidas
três histórias de personagens
soropositivos, entre eles Beto
Volpe, ativista e fundador
da ONG Hipupiara; Silmara
Retti, ativista, blogueira e
escritora; e Paulo Giacomini,
jornalista.
Os textos foram escritos
por eles, mas a locução foi
de atores, contando como foi
descobrir a doença, como enfrentar as mudanças e como
conviver com o vírus. Para
eles, a descoberta da doença
foi como diz o título do tra-
balho: ‘o dia em que o mundo
parou’.
Juliana explicou que a
ideia central do trabalho é
a de levar o telespectador a
uma viagem introspectiva na
história de cada personagem.
“Isso faz com que o documentário tenha um cunho poético,
fora do convencional”.
Já Simone destacou o fato
de ter conhecido casos de superação, preconceito, amizade e amor. “O tema Aids é
intrigante e ao mesmo tempo
apaixonante. Por isso, espero
que os 10 minutos de nosso
filme transmitam ao telespectador o drama e a superação de três pessoas muito
especiais”.
FICHA TÉCNICA
Título:
O dia em que o mundo
parou
Formato:
Documentário
Autoras:
Juliana Kucharuk
Simone Menegussi
Orientador:
Eduardo Rajabally
Superando limites até o fim
Ouvir do médico que se tem
uma doença incurável, para
muitos, é o começo de uma tortura sem previsão para terminar. O livro-reportagem Até o
fim, das alunas Elizabeth Soares e Jéssika Nobre, que teve a
orientação do professor André
Rittes, mostra a história de
pessoas que, mesmo com uma
doença sem cura e progressiva,
vivem bem.
Essas pessoas lutam diariamente por suas vidas. Têm
alegria no olhar, no viver. Sorriem sem culpa e, quando choram, choram de emoção, não
de amargura. Elas sabem que.
mesmo vivendo muito, morrerão da doença que enfrentam
no momento. Descobriram que
a forma como a encaram é o
que as mantêm vivas.
“Contamos a história de
quatro mulheres e relatamos
assuntos como a importância
dos tratamentos com cuidados
paliativos, as dificuldades para
manter a rotina dos portadores de uma doença sem cura e
a abordagem dos profissionais
envolvidos no acompanhamento. Esse foi o caminho que decidimos percorrer para trazer
este assunto à realidade das
pessoas”, diz Elizabeth.
As autoras observaram que
a abordagem dos temas doença
incurável e morte em livros, revistas e artigos, além de escassa, de um modo geral, dirige-se
apenas a alguns grupos específicos, com linguagem técnica
de difícil alcance para o grande
público. “Percebemos também
uma grande ausência da humanização nos trabalhos sobre este assunto, causando um
afastamento dos leitores mais
leigos”, conta Jéssika.
As alunas descobriram que,
devido à carência ou desencontro de informações, despreparo
da família e amigos e, principalmente dos profissionais de
saúde para lidar com as diversas situações que surgem neste momento, muitas pessoas,
quando descobrem uma doença
degenerativa, sentem que devem abandonar a vontade de
viver e esperar pela morte. Mas
ARQUIVO PESSOAL
Histórias de superação são relatadas no livro-reportagem Até o fim, mostrando a importância do jornalista dar voz aos temas de cunho social
conseguiram descobrir também que esse panorama pode
ser diferente. “Notamos, entretanto, que é possível viver plenamente até o fim”, concordam
ambas.
Para Jéssika, é imprescindível que o jornalista tenha a
preocupação de dar voz a quem
está dentro ou muito próximo
do cerne de questões humanas.
“Pessoas com doenças graves
têm (ou ao menos deveriam ter)
direito ao acesso a tratamentos
que diminuam sua dor e tragam
algum conforto psicossocial aos
seus familiares”, diz.
“Captar a história daqueles
que vivem a experiência da finitude é importante para que
este assunto seja acompanhado
de maneira mais completa, pois
entendemos que tanto pessoas
que se deparam com esta situação em seu círculo familiar ou
de amizade, como o público, de
um modo geral, necessitam de
acesso às informações sobre o
tema e seus possíveis desdobramentos”, conclui Elizabeth.
FICHA TÉCNICA
Título:
Até o Fim
Formato:
Livro Reportagem
Autoras:
Elizabeth Soares
Jéssika Nobre
Orientador:
André Rittes
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Edição e diagramação: Joanna Flora
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
5
Morros de muitas
histórias, orgulho e amor
Documentário “Mais perto do céu” mostra o dia a dia de quem mora na parte alta de Santos
Mostrar um lado de Santos esquecido e discriminado. Esse é apenas um dos
objetivos do documentário
Mais perto do céu - A vida
nos morros de Santos, produzido pelos alunos Cauê Goldberg e Mariana Serra. A ideia
surgiu em fevereiro, durante
uma conversa com o professor André Rittes, que se tornou orientador do trabalho.
No início do ano, a dupla
ainda não havia definido o
tema que trabalharia, mas
sabia que gostaria de fazer
um produto audiovisual.
“Durante os três primeiros
anos da faculdade, trabalhei
em TV. Então, queria usar os
ensinamentos que tive neste
estágio para fazer meu TCC”,
explicou Mariana.
Um dos primeiros desafios
para a realização do projeto
seria o número reduzido de
componentes do grupo, pois,
com apenas dois membros,
cada um teria mais responsabilidades. Foi aí que a sintonia entrou em cena. “Desde o
início da faculdade, fizemos
trabalhos juntos e aprendemos a definir a área onde
cada um era melhor. Ao longo do TCC, procuramos dividir todas as tarefas para que
ninguém ficasse sobrecarregado, sempre um apoiando
o outro e dando sugestões”,
ressaltou Cauê.
O segundo desafio foi o
REPRODUÇÃO
Quem reside nos morros tem vista privilegiada da ilha de São Vicente e dos municípíos vizinhos
de decidir por onde começar
e encarar a dificuldade do
tema. O orientador do TCC,
André Rittes, já começou
dizendo que iria ser difícil.
“Subir o morro não vai ser
fácil. Vai ser necessário muita força de vontade para fazer um bom trabalho”, disse
Rittes na ocasião.
Ao todo, seis pessoas deram depoimento para o documentário. A escolha dos
personagens foi feita por
meio de pesquisa realizada pelo grupo, indicação de
amigos e visitas aos morros
de Santos, trabalho que teve
início em março. A primeira
gravação aconteceu no mor-
ro da Nova Cintra, mas São
Bento e Monte Serrat também estão retratados no filme que possui cerca de dez
minutos. Os três morros são
o mais conhecido, o mais populoso e o da padroeira da
Cidade, respectivamente.
Após quase nove meses de
trabalho e subidas aos morros, Mariana acredita que o
maior ensinamento do TCC
foi o contato com uma realidade diferente daquela que
conhecia. “Uma vez por semana, passo pelo Nova Cintra para chegar até a Zona
Noroeste, mas nunca havia
reparado na beleza do lugar.
Além disso, as histórias que
aprendi ao longo do trabalho
fizeram com que a Cidade
ganhasse novos olhos para
mim”, afirmou a estudante.
Assim como a parceira,
Cauê acredita que o documentário traz uma realidade até então escondida na
parte alta de Santos. “Não
sabia de toda a cultura que
envolve os morros, desde
sua ocupação até os dias de
hoje. Por meio desse projeto,
pude quebrar meus próprios
preconceitos e abrir a mente
para novos desafios. Creio
que esta é a essência do jornalismo”, completou.
“
Durante
os
três primeiros
anos da faculdade, trabalhei
em TV. Então,
queria usar os
ensinamentos
que tive neste
estágio para fazer meu TCC
”
mARIANA SERRA
estudante
Documentário retrata falta de
saneamento no São Manoel
Com 1.239 pessoas vivendo
em condições subumanas,
sem saneamento básico, o
bairro São Manoel, em Santos,
foi escolhido como foco do
Trabalho de Conclusão de
Curso pelos alunos Felipe dos
Santos, Igor Augusto, Lucas
Moura e Thaís Moraes. No
TCC em formato de vídeo
documentário,
denominado
Vidas sobre Vigas, eles mostram
como vivem essas pessoas. O
tema surgiu em razão do fato
de a Cidade ser a primeira
em índices de saneamento no
Brasil, mas ainda conviver
com essa dramática realidade,
sem esgoto, água tratada e
recolhimento de lixo para
centenas de munícipes.
Os estudantes destacam que
o desenvolvimento do trabalho
foi complicado inicialmente
em razão da complexidade de
se lidar com a realidade do
local. No entanto, os alunos
foram bem acolhidos e a
receptividade foi positiva, já
que o interesse da comunidade
em ajudá-los foi fator de
motivação e estímulo para a
conclusão da atividade.
Para Santos, o tema
escolhido contribui para ajudar
na solução de um problema
de vital importância para a
comunidade, que aguarda por
obras de saneamento básico.
IGOR AUGUSTO
A falta de saneamento básico revela uma dramática realidade: moradores vivem à beira de águas fétidas
“O TCC irá apresentar ao
público um pouco do cotidiano
de
homens
e
mulheres
que residem em moradias
precárias e como é viver sem
saneamento básico”, destaca.
Ele continuou dizendo que a
experiência acrescentou muito.
“É preciso ter sensibilidade
para tratar de problemas tão
sérios. Uma coisa é ler um
jornal e tecer um comentário,
sem viver a situação, como
fizemos. Aprendi que é preciso
mais para analisar qualquer
tipo de situação”.
Para Thaís, o trabalho vem
superando suas expectativas,
já que muitos diziam que
a grande dificuldade seria
conseguir as entrevistas, pois
muitos não gostam de falar
sobre a realidade onde vivem.
“Esse trabalho foi além do
que eu esperava. Ao contrário
do que a gente pensava, os
moradores
se
mostraram
extremamente dispostos a nos
ajudar. Conhecemos pessoas e
histórias muito interessantes”.
Ela também comentou sobre
como a experiência acrescentou
momentos ímpares. “Esse
trabalho só confirmou que
eu agi certo ao escolher o
Jornalismo como profissão.
Ele me ensinou a ser mais
sensível e a tentar entender as
razões do próximo”.
Na mesma linha dos
colegas, Moura reitera que o
tema foi fundamental para o
aprendizado. “O trabalho me
proporcionou a experiência de
ver o tamanho da disparidade
social da Cidade. Muitas das
pessoas que conhecemos no
bairro eram simples, mas não
perdiam a alegria, mesmo
diante de um cenário tão difícil
para uma pessoa viver”, diz.
Ele também destacou que
a experiência o desenvolveu
como pessoa e jornalista.
“Um exemplo foi a alta
receptividade e aceitação por
parte dos moradores. Todos
nos diziam que seria difícil
e que eles seriam bastante
arredios a falar sobre o assunto,
mas não foi nada disso.
Além da ótima receptividade
todos se engajaram em nos
ajudar em tudo que fosse
necessário. A experiência me
acrescentou muito pessoal e
profissionalmente. Aprendi a
ver com outros olhos as pessoas
e entender melhor o que se
FICHA TÉCNICA
Título:
Mais perto do céu
Formato:
Documentário
Autores:
Cauê Goldberg e Mariana
Serra
Orientador:
André Rittes
Lição de orgulho
Segundo os autores, o resultado de mais de 30 horas
de gravações pode ser resumido em duas palavras: amor
e orgulho. “Engana-se quem
pensa que o morro é a única
alternativa para os habitantes
do local. Todas as pessoas que
entrevistamos falaram com orgulho do local onde moram e
foram categóricas ao afirmar
que não gostariam de morar na
parte plana de Santos”, lembrou Cauê.
Para os alunos do 4º ano de
Jornalismo, o mais importante
do trabalho é mostrar com responsabilidade a realidade de
quem vive no morro. De acordo com Mariana, é possível ver
nos olhos de cada um dos entrevistados a alegria que eles sentem em morar no morro e fazer
dele um lugar melhor para se
viver “A alegria deles contagia.
É uma vida difícil, mas eles
gostam de morar lá e é visível
que eles são apaixonados pelo
lugar onde vivem”, afirmou.
FICHA TÉCNICA
Título:
Vida sobre vigas
Formato:
Documentário
Autores:
Felipe dos Santos, Igor
Augusto, Lucas Moura e
Thaís Moraes
Orientador:
Marcus Vinicíus Batista
passa na mente humana”.
Augusto também mostrou
satisfação com o resultado,
pois o trabalho foi muito
além do que imaginava. “Na
verdade, foi mais do que eu
esperava. Não imaginava que
a situação do bairro fosse tão
ruim em determinadas partes”,
revelou. Ele acrescentou que
a experiência foi ótima e que
a levará para toda a carreira
profissional.
“Cada pessoa é um universo,
repleto de experiências. E
as pessoas do São Manoel
compõem um universo oposto
ao meu e diferente de tudo
o que conhecia, e a troca de
informações, com certeza,
nos ajuda a amadurecer como
jornalista”, avaliou.
Os componentes do grupo
entendem que o TCC não é o
“bicho-de-sete cabeças como
muito afirmam”. Para eles, a
escolha de bons parceiros para
fazer o trabalho é fundamental,
além de respeitar e seguir um
cronograma de atividades ao
longo do ano.
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6
Edição e diagramação: Jéssica Amador e Joanna Flora
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
GCM de Praia Grande
é pioneira na região
Corporação é a única em toda a Baixada Santista a trabalhar com armas de fogo, proteção ambiental e
patrulhamento náutico em toda a extensão da cidade
Desde que deu os primeiros
passos, no final dos anos 60,
a Guarda Civil Municipal
(GCM) de Praia Grande zela
pela segurança de moradores
e turistas da cidade, sempre
cumprindo o papel de proteger
bens, serviços e instalações
e servindo à sociedade. Em
2001, foi quando passou pela
última reestruturação e ganhou
o nome atual. Desde então,
os guardas passam por cursos
e capacitações constantes,
ministradas por instrutores
credenciados em diversas áreas,
inclusive
habilitação
para
porte de arma, já que toda a
tropa deve estar habilitada
para o uso de arma de fogo. O
assunto chamou a atenção de
dois estudantes de Jornalismo
e eles resolveram transformar a
história da GCM em Trabalho
de Conclusão de Curso.
Luciano Agemiro e Willian
Roemer
moram em Praia
Grande e acompanharam as
mudanças ocorridas nos últimos
11 anos, quando a GCM passou
por uma grande modificação. O
trabalho desenvolvido por cada
um os aproximou ainda mais
da corporação e os fez escolher
o trabalho dos agentes como
assunto do TCC. “É a única
guarda municipal da região
que trabalha armada e, com
pouco mais de cinco anos de uso
de arma de fogo, nunca feriu
alguém durante as operações
realizadas”, explica Roemer.
O
trabalho-padrão
de
proteção aos prédios municipais,
como escolas, postos de saúde e
Câmara Municipal, evoluiu com
o passar do tempo. Os prédios
municipais aumentaram nos
últimos anos. Só de escolas,
já são cerca de 80 em todo o
município. Procurando dar
conta de proteger toda a
estrutura da cidade, alguns
dos antigos guardas instalados
nos prédios públicos trocaram
o posto por uma viatura, com
a qual fazem ronda por regiões
estabelecidas na cidade a fim de
cobrir mais pontos ao mesmo
tempo.
De acordo com Roemer,
a GCM de Praia Grande é
considerada uma das mais bem
preparadas do Estado por causa
da rotina de cursos e reciclagens
oferecidos aos seus integrantes.
“A corporação se tornou
referência não somente para
as demais cidades da região,
como também do País, fazendo
com que autoridades de outros
estados viessem ao Município
para conhecer a fórmula e
aplicá-la em suas cidades.”
Ao todo, a corporação
conta hoje com 229 agentes,
divididos em vários setores.
O número é insuficiente para
realizar o trabalho e, por isso,
é preciso fazer malabarismo
para atender às solicitações.
Às vezes, algumas deixam de
ser atendidas. Mais 82 agentes
foram contratados em 2012,
após a realização de concurso
público, mas este número não
significou aumento do efetivo, já
que serviu para repor parte dos
que deixaram a corporação. Nos
últimos oito anos, 120 pessoas
deixaram a Guarda por motivos
diversos, como aposentadoria,
desistência, exoneração e morte.
De acordo com Agemiro, nos
próximos anos, o objetivo da
Guarda é reforçar a segurança
de Praia Grande por meio do
Policiamento
Comunitário.
FOTO DIVULGAÇÃO PMPG
Prestes a completar 11 anos, Guarda Civil Municipal de Praia Grande conta com efetivo de 229 agentes, número ainda insuficiente na cidade
Diferente da ação tradicional
de patrulha nas ruas, esta
modalidade tem o foco em
microáreas, com os agentes
atuando de forma a conquistar a
confiança da população. A ideia
é fazer com que os moradores
dos bairros conheçam o guarda
que faz a vigilância da área e,
assim, possam criar um esquema
de colaboração mútua visando à
prevenção de crimes na área.
Américo Franco Peixoto. A
realização do projeto coincide
com o 11º aniversário da
corporação, cujas estatísticas
revelam números bastante
satisfatórios. “Já são mais de 60
prisões, desde a atual estrutura,
criada há quase 11 anos, quando
a Guarda Civil Municipal de
Praia Grande inovou com
grupamentos
especializados
e desempenho muito além da
proteção de escolas, postos
Entrevistas
de saúde e espaços públicos”,
O TCC foi construído com revela Agemiro.
base em mais de 15 entrevistas
A Guarda Municipal, assim
com membros da GCM, entre como as polícias de todo o Brasil,
agentes,
comandantes
e, sofre mudanças constantes. Se
inclusive, o subsecretário de as coisas caminharem da forma
Segurança do Município, José como estão, a expectativa é que,
em 10 anos, o Patrulhamento
Comunitário esteja presente
em todos os bairros. Dessa
maneira, a população ficaria
mais próxima da polícia e da
administração pública.
FICHA TÉCNICA
Título:
GCM Em Foco
Formato:
Jornal
Autores:
Luciano Agemiro e
Willian Roemer
Orientador:
Robson Bastos
Cresce a violência contra a mulher
A estudante de Jornalismo
Mariana Batista fez seu Trabalho de Conclusão de Curso
sobre a violência contra a mulher, uma grande reportagem
em formato de revista que teve
a orientação do professor Marcus Vinícius Batista. De acordo
com suas pesquisas, os crimes
que ocorrem em âmbito familiar e doméstico aumentaram
após a instauração da Lei nº
11.340, mais conhecida como
Lei Maria da Penha.
A Lei leva o nome de uma
vítima da violência doméstica.
Seu ex-marido tentou assassiná-la duas vezes: primeiro,
simulando um assalto na casa
do casal, atirando nas costas da
esposa, enquanto ela dormia, e,
depois, tentando eletrocutá-la
durante o banho. O tiro a deixou paraplégica.
Antes de 2006, ano em que
foi sancionada, não existia
qualquer outra lei específica
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
A lei tem caráter punitivo, educativo, preventivo e orientador.
E prevê medidas de proteção à
mulher. As formas de violência
física, psicológica, sexual, patrimonial e moral passaram a
FICHA TÉCNICA
Título:
Efeitos da Lei Maria
da Penha
Formato:
Grande reportagem em
formato de revista
Autora:
Mariana Batista
Orientador:
Marcus Vinícius Batista
ser tipificadas e definidas como
crime contra a mulher independente de sua orientação sexual.
Para Mariana, um dos principais problemas que fazem
esse número crescer é porque
não existe um tratamento para
os agressores. “Na lei está previsto um tratamento psicológico para os homens, mas isso não
acontece. Se tivesse este acompanhamento, provavelmente os
agressores não bateriam mais
em suas mulheres”, disse.
Segundo a estudante, existem outros fatores que fazem
a violência contra a mulher
continuar. “A lei não é executa
como foi prevista. Funcionários do Poder Judiciário com
os quais conversei sabem dis-
so, mas acham que há falta de
vontade por parte do Estado”,
acrescentou.
De acordo com a delegada
titular da Delegacia de Defesa
da Mulher de Santos, Deborah
Lázaro, outro problema são as
vítimas voltarem a conviver
com os agressores. “As mulheres reatam com seus parceiros,
principalmente por depender
financeiramente deles. E também por gostar. É preciso ter
consciência de que quem bate
uma vez vai bater de novo”,
destacou.
Em abril deste ano, foi publicado o Mapa da Violência,
coordenado pelo sociólogo Júlio
Jacobo Waiselfiz para o Instituto Sangari, em conjunto com
a Faculdade Latino-Americana
de Ciências Sociais. De acordo
com esses dados, o Brasil é o
sétimo país do mundo em que
mais são cometidos homicídios
contra mulheres. Em um contexto de 84 países, apresenta
uma taxa de 4,4 homicídios a
cada cem mil mulheres.
Em 30 anos, de 1980 a 2010,
91 mil mulheres foram assassinadas. Desse total, 43,5 mil
na última década. Em 1980, as
vítimas desse tipo de violência
REPRODUÇÃO
Relação conturbada leva a atos de violência e homicídios, que chegaram a 90 mil em 30 anos
totalizaram 1.353. Em 2010,
subiram para 4.297, representando um aumento de 217,6%.
Conforme a estudante, os
especialistas da área que foram
entrevistados têm o mesmo
pensamento porque vivem em
uma sociedade machista. “É
preciso que a sociedade mude
essa cultura de que mulher merece apanhar. Na verdade, está
enraizado um pensamento de
submissão da mulher há milhares de anos. A lei veio para mudar isso, mas em seis anos é difícil isso acontecer”, concluiu.
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Edição e diagramação: Renato Figueiredo
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
7
Os 20 anos da primeira
TV da região
IVAN BAETA
TCC tem como objetivo contar a história e a evolução da TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo,
representante da Baixada Santista e do Vale do Ribeira
TV Tribuna - Os 20 anos contados por quem faz é uma grande reportagem em formato de
revista, que está dividida em 10
editorias. A primeira se chama
“Criação” e conta de maneira resumida a história da Rede
Globo e do jornal A Tribuna, a
estrutura que gerou a TV Tribuna. Há outra que recebe o nome
do primeiro diretor de Jornalismo da TV, “Manente”, e traça
um perfil somente com depoimento de profissionais que trabalharam com ele, que faleceu
em 2000. Também conta sobre
o surgimento dos telejornais, do
Tribuna Esporte, dos programas
semanais e quadros. Outra editoria de destaque é a do portal
de noticias G1, que foi lançado
neste ano.
A formanda Isabella Paschoal, autora do trabalho, explica
que escolheu esse tema por conviver diariamente na redação
da TV. “Sou estagiária desde o
FICHA TÉCNICA
Título:
TV Tribuna - A história
contada por quem faz
Formato:
Grande reportagem em
formato de revista
Autora:
Isabella Paschoal
Orientadora:
Valéria Vargas
começo do ano e pude acompanhar todas as comemorações e
lembranças desses 20 anos. Fui
procurar mais informações sobre a afiliada e não encontrei
nada relacionado ao tema. Vivenciando que a TV Tribuna
teve papel fundamental para o
crescimento e visibilidade da região, senti a necessidade de deixar documentada a história e
decidi que faria meu TCC sobre
isso”, justifica.
Orientada pela professora
Valéria Vargas, ex-editora do
Jornal da Tribuna 1ª edição, Isabella começou a montar o projeto em maio deste ano. “Ia fazer o trabalho em grupo e sobre
outro tema, mas não estava me
sentindo completamente satisfeita com o assunto. Decidi mudar no meio do caminho e passei
a fazer sozinha”, explica.
A revista conta com muitas
imagens retiradas de reportagens para ilustrar cada depoimento. “O editor de imagens
Wagner Tavares e a estagiária
do Cedoc, Beatriz Lopez, me
ajudaram muito com isso. Ela
separou dezenas de fitas antigas
conforme eu fui pedindo e o Tavares me ensinou a transformar
o vídeo em foto. A qualidade de
algumas imagens não ficou tão
boa, mas fiz questão de ilustrar
cada momento, já que não há
muitas fotos do começo da TV”,
conta.
CEDOC - REPRODUÇÃO TV TRIBUNA
Tony Lamers e Vanessa Machado apresentam o Jornal da Tribuna 1ª edição
Encarte especial destaca
geração de ouro do basquete
Um trio de alunos apaixonados por esportes e com o objetivo
de contar um dos períodos mais
vitoriosos do basquete masculino brasileiro. Assim nasceu o
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes Gabriel Soares, Guilherme Uchoa
e Richard Durante Junior.
A riquíssima história desta
geração começou em 1954, no
Rio de Janeiro, quando conquistou o segundo lugar no
Mundial após perder para os
Estados Unidos na grande final. Mas não demoraria muito para o Brasil subir ao lugar
mais alto do pódio. Cinco anos
depois, no Chile, a seleção brasileira conquistaria seu primeiro mundial, mesmo sofrendo
duas derrotas para a extinta
União Soviética, que, no entanto, foi desclassificada por
ter se recusado a jogar contra
a seleção de Formosa (atual
Taiwan) por motivos políticos.
Já a primeira medalha olímpica do basquete nacional veio
logo após o título mundial e, em
1960, o Brasil voltou de Roma,
na Itália, com o bronze no peito.
Em 1963, a maior conquista
do basquete foi muito comemorada nas ruas do Rio de Janeiro, após uma incrível vitória
contra os Estados Unidos por
86 a 81, no ginásio do Maracanãzinho. A campanha espetacular de seis vitórias em seis
jogos é até hoje a mais importante do basquete brasileiro.
E o Brasil voltaria a repetir a
medalha de bronze olímpica no
ano de 1964, em Tóquio, no Japão. A seleção entrou em quadra com o peso de ser a bicampeã mundial, mas sucumbiu
logo na estreia contra o Peru.
Na sequência, o Brasil conseguiu algumas vitórias, mas as
GABRIEL SOARES
Uchoa e Durante possam com Amaury Pasos (centro) em uma das entrevistas para o TCC
derrotas para Estados Unidos
e União Soviética impediram a
seleção de conquistar a medalha de ouro. Ainda assim, essa
medalha foi a única do Brasil
nos Jogos Olímpicos de 1964.
Anos depois, ainda sob o comando do treinador Togo Renan Soares, o Kanela, o Brasil
viria a conquistar um terceiro
lugar no Mundial de 1967 no
Uruguai e um vice-campeonato mundial em 1970, na Iugoslávia, encerrando assim
um ciclo de conquistas que
jamais foi repetido no País.
Escolha difícil
Mas a escolha do tema que
conta a saga de uma geração
bicampeã mundial nas décadas de 50 e 60 e comandada
por Amaury Pasos e Wlamir
Marques não foi tão simples.
Os estudantes de Jornalismo
da Universidade Santa Cecília
pensaram em contar sobre a
geração de Oscar e Marcel que
trouxe para o País a medalha
de ouro no basquete nos Jogos
Pan-Americanos de 1987, disputado em Indianápolis, nos
Estados Unidos. Também foi
cogitado um tema sobre futebol, pois no ano que vem será
comemorado o cinquentenário
do segundo título mundial conquistado pelo Santos Futebol
Clube, em três partidas épicas
contra o time italiano do Milan.
O fato de haver poucos registros sobre os títulos mundiais do basquete brasileiro
acabou pesando favoravelmente na escolha da “Geração de
Ouro” e ficou acertado então
o tema do trabalho. “Queríamos fugir um pouco do fute-
bol, então apareceu o basquete
e, em um primeiro momento,
a geração de Oscar e companhia. O Richard sugeriu a geração bicampeã mundial e foi
de imediato aceito por mim e
pelo Gabriel”, contou Uchoa.
Começou então a “caça” aos
ex-atletas e jornalistas que vivenciaram aquele período de
glórias do basquete. O primeiro entrevistado foi o diretor de
Esportes da ESPN Brasil, José
Trajano, que contou detalhes
preciosos da época. E depois
os protagonistas Wlamir Marques, Amaury Pasos, Jathyr,
Sucar, Menon e Mosquito foram entrevistados e deixaram
registrados para a história o
melhor período do basquetebol
masculino brasileiro. “Foi uma
emoção muito grande estar
lado a lado com jogadores que
fizeram parte da história do esporte nacional. E ouvir todas
aquelas histórias me fez parecer que eu estava lá assistindo
aqueles jogos e vibrando com
as conquistas”, revelou Soares.
As maiores dificuldades enfrentadas pelos estudantes foram a distância e o prazo de
entrega do trabalho. “Como
quase todos os jogadores daquela época moram em São
Paulo ou nas pro-ximidades,
como Guarulhos, nós tínhamos que conciliar a data das
entrevistas com folgas em
nossos estágios e, além disso, as viagens eram bem desgastantes”, contou Durante.
No final, o encarte especial
que conta a história do cinquentenário do bicampeonato
mundial conquistado em 1963
no Rio de Janeiro após uma
final histórica contra o poderoso time norte-americano
ficou pronto e promete levar
os fãs de basquete e de esporte em geral a uma viagem no
tempo. Histórias que ainda
não foram contadas e outras
que serão lembradas ficarão
para sempre registradas neste documento produzido por
este trio que ama o esporte.
FICHA TÉCNICA
Título:
Geração de Ouro do
Basquete
Formato:
Encarte de revista
Autores:
Gabriel Soares, Guilherme
Uchoa e Richard Durante
Jr.
Orientador:
Gerson Moreira Lima
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8
Edição e diagramação: Renato Figueiredo
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
Clubes como o dos Ingleses, Internacional, Saldanha e Tênis disponibilizam quadras para os seus associados e estimulam a prática da modalidade esportiva
História do tênis em Santos
Modalidade chegou à Cidade pelas mãos de trabalhadores ingleses no fim do século XIX. Mas, até hoje,
poucos tenistas chegaram a uma final de torneio profissional
Tendo como tema o tênis
em Santos, o aluno Ivan Baeta, do quarto ano de Jornalismo da Universidade Santa
Cecília, conta em seu Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC)
como o esporte chegou aos
clubes da Cidade, sua importância, como se desenvolveu
ao longo dos anos e os tenistas
que conseguiram ganhar algum dinheiro na modalidade
profissional. No passado, sua
prática era amadora, mas dois
tenistas teriam se enquadrado
neste contexto do profissionalismo. A orientação do TCC foi
do professor Helder Marques.
O tênis em Santos começa
no Clube dos Ingleses (Santos Atlético Clube) em 1899,
dez anos depois da fundação
do clube. Depois, as quadras
foram construídas no Parque
Balneário Hotel, Santos Futebol Clube, Recreio Miramar (centro de diversões com
quadra pública), Tênis Clube
de Santos, Clube de Regatas
Saldanha da Gama e Associação Atlética dos Portuários de
Santos. Somente na década de
60, o Clube Internacional de
Regatas, quando saiu oficialmente da Bocaina, inaugurou
sua sede da Ponta da Praia
FICHA TÉCNICA
Título:
A História do Tênis em
Santos
Formato:
Livro reportagem
Autor:
Ivan Baeta
Orientador:
Helder Marques
com quadras de tênis.
Baeta conta que a Cidade
já contou com quadra pública
no fim do século passado, na
década de 80, onde hoje está
o Centro de Treinamento Rei
Pelé. Na ocasião, funcionava
lá o Conjunto Poliesportivo
Chico Guimarães, inaugurado
à época do prefeito nomeado
Paulo Gomes Barbosa, que
dispunha de campos de futebol, pista de ciclismo e quadras de tênis e tamboréu. A
área foi cedida pela Prefeitura
ao Santos Futebol Clube e este
conjunto não foi construído
em outro local com as mesmas
modalidades.
Já o governo Telma de Souza, além de manter os equipamentos disponíveis no local,
pretendia criar as escolinhas
para essas modalidades. O tênis seria uma delas, explica
Baeta, depois de longa pesquisa efetuada sobre o assunto.
Outra curiosidade da Cidade quanto às quadras públicas
de tênis recai sobre a Praça
Engenheiro José Rebouças, na
Ponta da Praia, cujo projeto
foi substituído pelo tanque de
nautimodelismo.
Para Baeta, o trabalho foi
difícil. “Não há como consultar uma única fonte. São várias que formam a base da pesquisa. Dá para perceber que
o jornalista acaba trafegando
em todas as áreas que atuam
com a vida humana, seja nas
exatas ou humanas”, diz.
Outro ponto a ser destacado
pelo futuro jornalista é a formação dos bairros da Cidade.
Ao apurar as diversas informações com relação aos bair-
ros do José Menino e Marapé,
região onde está localizado o
Clube dos Ingleses, o universitário encontrou informações,
hoje, desconhecidas. “A Cidade praticamente foi dividida
pela linha do trem, mas não
era assim. O bairro do Marapé começava a partir da Rua
João Caetano. Já na constru-
ção da sede dos Ingleses, nota-se uma elevação, que se dava
por conta da proteção contra a
maré-alta, pois Santos não era
aterrada”, explica.
No caso deste trabalho, ele
faz questão de agradecer a todos os que o ajudaram, inclusive pessoas já falecidas, que
deixaram sua contribuição, e
em especial, o amigo e também jornalista Gilmar Domingos de Oliveira, um apaixonado pelo passado esportivo da
Cidade. “Se o tênis de Santos
não é muito rico em termos
profissionais, no esporte amador é um verdadeiro celeiro de
atletas, e sempre será”, conclui Baeta.
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Edição e diagramação: Carlos Norberto
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
9
Cinco vidas muito especiais
O livro reportagem “O Cromossomo Sincero” conta a história de portadores da síndrome de Down
Abrir os olhos da sociedade
para os portadores da síndrome
de Down. Esse é o objetivo do
Trabalho de Conclusão de Curso da aluna do quarto ano de
Jornalismo, Joanna Flora. O
livro-reportagem conta a história de cinco personagens que
têm entre 27 e 34 anos e conseguiram superar os prognósticos
dados pelos médicos na época
do nascimento.
“Eles estão cada vez mais
presentes do mercado de trabalho, mas, mesmo assim, a sociedade não dá a devida atenção
que eles merecem. Com esse
trabalho, eles poderão ter mais
oportunidade e receber mais
carinho”, explica a estudante.
O caminho para conseguir
contatar as famílias foi difícil, uma vez que Joanna não
conhecia ninguém que tivesse
essa deficiência. Porém, como
sempre admirou essas pessoas,
não desistiu e, por fim, entrevistou cinco famílias. Alice, 27
anos, é uma das personagens.
Ela nasceu quando os pais tinham 17 anos e estavam casados havia apenas quatro dias.
A mais velha de quatro irmãos
já trabalhou e, hoje em dia, dedica seu tempo a cuidar da mãe
e jogar futebol, seu esporte preferido.
O livro conta também a história de Durval, de 29 anos, que
já frequentou escolas regulares
e inclusivas e, atualmente, participa das atividades do Instituto Evolução. Os pais optaram por ele não trabalhar, mas
engana-se quem acredita que,
“
ARQUIVO PESSOAL
Eles
estão
cada vez mais
presentes do
mercado
de
trabalho
”
Joanna flora,
estudante
por isso, ele fica muito tempo
em casa. De segunda a sábado,
o jovem está sempre ocupado
entre aulas de teatro, kumon e
violão, entre outros.
Funcionário do supermercado Pão de Açúcar, localizado
na Avenida Epitácio Pessoa em
Santos, Gustavo, de 28 anos,
também é um dos personagens
desse trabalho jornalístico. A
mãe, Irene, conta no livro que
o filho pode ser considerado sua
salvação, uma vez que ela já tinha tentado o suicídio três vezes. O jovem adora hip-hop e já
tem toda definição de como é o
carro dos sonhos dele.
Com 34 anos, Jessira é a caçula da família e se aproveita
um pouco desse título. Apaixonada pela Xuxa, ela já participou três vezes do programa
da apresentadora e, em uma
delas, foi escolhida para passar
por uma transformação. Nessa oportunidade, ganhou roupas novas e presentes. A jovem
Ilka, Gustavo, Alice, Durval e Jessira são os cinco personagens que terão sua história de vida contada no livro “O Cromossomo Sincero”!
também já trabalhou, mas,
hoje em dia, passa o tempo na
companhia de livros de atividades que tenham caça-palavras.
O livro termina com a história de Ilka, também de 34 anos,
que trabalha há nove anos na
empresa de Medicina Diagnóstica Lavoisier, em São Paulo.
Porém, a vida dela está prestes a mudar, já que, a partir do
dia 8 de dezembro, ela estará
casada e passará a morar com
os pais e o noivo em uma casa
em Praia Grande. Ícone da Associação de Pais e Amigos do
Excepcionais (Apae), de São
Paulo, ela já participou de matéria de televisão e tem em seu
currículo viagens para lugares
como México, Espanha, Inglaterra e Turquia.
FICHA TÉCNICA
Título:
O Cromossomo Sincero
Formato:
Livro-Reportagem
Autora:
Joanna Flora
Orientador:
Marcus Vinicius Batista
Aperte o start e
comece a se divertir
Chega o final do curso e o
pensamento do
que fazer como
Trabalho
de
Conclusão de
Curso (TCC) já
começa nos primeiros meses
do último ano
da faculdade.
Definir o tema,
com quem fazer
e qual orientador escolher
foram algumas
das
diversas
etapas que o
aluno Caio Augusto
Moura
Loura teve que
enfrentar para
iniciar o seu
projeto. “A decisão mais difí- Revistas antigas que começaram a circular nos anos 90
cil foi optar por
fazer o meu TCC sozinho, já mato de livro que discorre soque o tema era sobre games e bre a história dos videogames
sou o único da classe que quer e sobre as revistas antigas de
trabalhar nessa área e que gos- games. “Pensei muito sobre o
ta do universo dos videoga- que abordar no livro já que os
mes”. Ao escolher o orientador, videogames proporcionam diCaio não pensou duas vezes versos temas a serem enfocaem optar pelo professor André dos.
Rittes. “Resolvi escolhê-lo por
Para fazer a reportagem,
ele gostar desse universo”.
Caio pesquisou em sites e reO projeto de Caio é uma vistas para traçar uma linha
grande reportagem em for- do tempo sobre a história do
CAIO AUGUSTO
CAIO AUGUSTO
FICHA TÉCNICA
Título:
Revistas e Games: suas
histórias
Formato:
Grande Reportagem no
formato de livro
Autor:
Caio Augusto Moura Loura
Orientador:
André Rittes
Pablo Miyazawa produziu revistas de games
videogame. “Isso exigiu muita
pesquisa, já que tive que recorrer a sites, revistas e documentários sobre a história dos
games”.
Caio chegou a entrevistar
nove jornalistas para falar de
cada uma das revistas abordadas no livro. “Entrevistei vários profissionais como Pablo
Miyazawa, André Forastieri,
Igor Andrade, Claudio Pran-
doni e Lucas Patrício para poder fazer os textos”.
Entre as entrevistas, o estudante destaca a que fez com
Pablo Miyazawa, que foi editor
das revistas Nintendo World,
EGW e que atualmente trabalha como editor da Rolling
Stones. “Entrevistar o Pablo
foi muito bom, já que ele me
recebeu na redação e ficamos
conversando por uma hora e
meia sobre revistas de games e
sobre o jornalismo de games”.
Por se tratar de um livro,
Caio teve também que se preocupar com a diagramação, já
que precisaria atrair o leitor
por se tratar de um tema que
deve ter um apelo visual expressivo. “Por falar de games,
apenas o texto não bastaria.
Eu precisava chamar a atenção do leitor. Por isso, decidi
incluir imagens ao longo do livro. E fiquei muito feliz com o
resultado final”.
O livro-reportagem tem 61
páginas e é dividido em 15 capítulos, que são intercalados
entre as histórias de videogames e das respectivas revistas
do segmento, cujas primeiras
publicações com frequência
mais constante surgiram nos
anos 90.
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Edição e diagramação: Caio Augusto e Joanna Flora
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
10
Baixada Santista está em cores
Roteiro LGBT mostra todos os “babados” da Região Metropolitana
O blog Baixada em Cores,
guia com tudo o que rola voltado para o público gay, já
está no ar! Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) produzido por alunas do 4º ano do
curso de Jornalismo da Universidade Santa Cecília, com
a orientação do professor
Fernando de Maria, o blog
traz diversas reportagens
envolvendo o público LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transsexuais)
na Baixada Santista, além
de dicas sobre baladas, bares e quiosques e entrevistas
exclusivas com as cantoras
Wanessa e Lorena Simpson,
consideradas referência desse
público.
A ideia das alunas Bruna
Dalmas, Joyce Salles e Tássia
Martins é levar informações
relevantes sobre este universo. Para criar uma maior interatividade com o público-alvo, também foi criado uma
fanpage no facebook, para
que os internautas confiram
as novidades do universo
LGBT, enviem sugestões sobre temas, matérias a serem
feitas e até mesmo participar
de promoções promovidas pelas estudantes.
Desde abril, as alunas
realizaram pesquisas e entrevistas em vários locais
que são pontos de encontro
gay. O TCC será complementado com um Guia de
Serviços, que será impresso. A intenção do g r upo é
conseguir parceiros e patrocinadores, para que futuramente os guias possam
ser distribuídos g ratuitamente em diversos locais
das cidades.
A escolha do tema ocorreu
pelo fato de as universitárias quererem explorar um tema que está
em ascensão e que ainda é visto
com olhares preconceituosos. As
alunas perceberam que faltava no
mercado um produto direcionado
ao público gay que indicasse as
variedades da Baixada Santista,
sem conter apelo sexual.
Segundo a aluna Joyce Sal-
JOYCE SALLES
FICHA TÉCNICA
Título:
Baixada em Cores
Formato:
Produção de conteúdo
Online e Impresso
Autoras:
Bruna Dalmas, Joyce
Salles e Tássia Martins
Orientador:
Fernando De Maria
Objetivo do roteiro é relatar pontos de encontro voltados para o público gay
les, foi e está sendo muito gratificante realizar esse projeto.
Apesar de muitas dificuldades,
ela acredita que as três conseguiram pegar gosto em desenvolver o trabalho. “Correr
atrás de uma entrevista, encher
a pessoa de ligações e cobrar é
cansativo demais. Mas, quando
vejo o resultado, percebo que o
resultado acaba com qualquer
sensação ruim. Esse trabalho
me faz pensar que o jornalista
não deve desistir e insistir até
o fim”.
Basicamente, o trabalho
das estudantes é cobrir eventos, descobrir lugares e sempre informar o público por
meio de matérias postadas
no blog e divulgadas no facebook. Após checar os points
da Baixada, as jovens produziram textos curtos de serviço para a edição impressa.
meados de 2011, em uma conversa informal. Joyce Salles e Bruna Dalmas, entre outros amigos
ali presentes, perceberam que
um tema voltado para o público
LGBT seria um tanto inovador
para um TCC, já que a mídia
não aborda muito o tema de uma
maneira séria. “Nunca havia escutado muito a respeito. O que
encontramos na mídia são matérias muito tímidas. Mas também
achei que seria interessante, porque, até então, tínhamos um amigo gay que daria as coordenadas
e ao mesmo tempo desafiador em
achar fontes e saber histórias legais”, explica Joyce.
Com a desistência de outros integrantes, Joyce e
Bruna resolveram convidar
Tássia Martins para completar a ideia. “Tássia não tinha
muito envolvimento com o
público até então. O que para
mim era um ponto positivo,
Histórias
pois teríamos o equilíbrio da
A ideia surgiu no Cooks (bar visão de alguém que não deiem frente à Universidade) em xaria o trabalho se transfor-
Projeto para empresa de
segurança eletrônica
ça, enxergando algumas coisas de outra maneira. Livre
de preconceitos”.
Bruna Dalmas comenta que
criou certo apego pelo projeto realizado. “Às vezes, fico
relendo as matérias postadas
no blog. Criei certo carinho
por cada uma dessas pessoas
que abriram espaço para gente e que doaram um pouco do
tempo para nos dar atenção,
como a Ludmila Oliveira, do
bar Rosa Marinho, e Luiz Santana, proprietário da Sauna 1,
além da própria cantora Lorena Simpson. A gente vê quando
eles aprovam o trabalho que esmar em apologia ou defensor tamos no caminho certo e que,
demais da causa”, explica talvez, o projeto possa vingar
Bruna, que também destaca posteriormente”.
porque curtiu o tema. “SemDificuldades
pre me identifiquei com o
Joyce lembra que, para reamundo gay. Gosto de música
gay, humor gay e tenho mui- lizar um trabalho jornalístico
tos amigos gays. Senti que com esse tema, é preciso tomar
falta seriedade quando se cuidado e precaução porque
trata de coisas que abordam existem muitas exigências em
esse tema. Sempre tem ape- relação ao sigilo e a exposição
lo sexual e achei pertinente das pessoas. O organizador de
a ideia de fazer um trabalho uma das maiores festas realique exalte conteúdo de quali- zadas fechou as portas para o
Baixada em Cores. Mas as medade”, conta.
Tássia Martins confes- ninas correram atrás da assessosa que hoje enxerga o tema ria de imprensa da cantora que
com outros olhos. “Eu era se apresentaria na ocasião (Wanova na sala, estava fazen- nessa) e conseguiram continuar
do adaptação e não queria com o procedimento do trabafazer o TCC sozinha de jeito lho. “Não tínhamos conseguinenhum. Conversando com do nada até então. Lembro que
as meninas, encabeçamos estávamos sentadas esperando
este tema que para mim, con- algo cair do céu e foi quando defesso, era totalmente desco- mos um estalo e falamos: vamos
nhecido. Acho que o TCC foi tentar. Insisti mais uma vez no
uma experiência ótima para contato que tínhamos e, enfim,
eu conhecer um pouco mais nos atenderam e conseguimos!
do mundo gay e abrir a cabe- Foi sensacional!”, explica Joyce.
REPRODUÇÃO
A empresa Pirâmide
empresa antes deste trabaSe gurança Eletrônica, de
lho, a opor tunidade de atuFICHA TÉCNICA
Santos (SP), atua na área
ar na área está sendo uma
Título:
de se gurança há 12 anos.
g rande for ma de aprendizaAssessoria de Comunicação
Porém, apenas em 2012 se
do. “Nunca havia montado
Formato:
preocupou em investir na
uma assessoria de comuniProjeto de Assessoria de
imagem e no setor de comucação antes. São muitos deImprensa
mais
site
nicação. Para isso, contou
talhes, ações que precisam
Autora:
com a ajuda da estudante de
ser criadas com cuidado.
Karina
Carneiro
Jornalismo da Unisanta,
Mas, apesar do trabalho,
Orientadora:
Karina Carneiro, que elaboestou gostando bastante do
Daniella
Aragão
rou um plano de comunicaresultado”.
Site produzido pela aluna ao longo deste ano
Para o proprietário da
ção para a empresa dentro
do seu Trabalho de Conclu- empresa a dicas de seguran- empresa, Amauri Cesar, o
Após a reestruturação do site que Karina acredita. “Por já
são de Curso (TCC).
ça, que devem ser tomadas projeto só ajudou na ima- e ingresso nas redes sociais, a trabalhar na área e conhecer a
gem da empresa: “Nunca proximidade e visitas de clientes política da empresa, o procesEntre os trabalhos desen- no dia a dia.
volvidos que fizeram parte
Outros trabalhos desenvol- nos preocupamos com comu- ficou maior. “A aproximação e so se torna mais natural. E o
do projeto estão a reestru- vidos pela empresa incluíram nicação perante a imprensa facilidade em obter informações projeto é dividido entre curturação do site da empresa o início do contato com a im- durante esses anos. E como ficou mais fácil. E deste jeito, to, médio e longo prazos, po( w w w. p i r a m i d e s e g u r a n c a . prensa regional para estabe- nossa funcionária estuda Jor- conseguimos atingir mais pesso- dendo ter continuidade após
com.br), a inserção da Pi- lecer uma relação na hora de nalismo, achamos que era as com nossas propostas e infor- o término da faculdade. Acrerâmide nas redes sociais, enviar reportagens à mídia e a oportunidade para tentar mações”, conta a estudante.
dito que todos estarão preparaque até o início do ano não se tornar fonte para a elabo- investir em algo diferente. E
Para o futuro, a ideia das dos para essa nova fase que poexistia, e uma proximida- ração de matérias desses veí- isso acaba ajudando os dois pessoas envolvidas no pro- derá iniciar em 2013. Além de
lados. Estou feliz com o re- jeto é dar continuidade no ser uma possibilidade de sair
de maior com os clientes, culos.
passando a informá-los de
Para a autora do proje- sultado que estamos alcan- trabalho iniciado nos ban- da faculdade já empregada”,
ações desenvolvidas pela to, que já trabalhava na çando”.
cos universitários. É isso o conta.
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Edição e diagramação: Carlos Norberto
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012
11
2
1
Ensaio
O número 17 faz parte da 17ª turma do curso de Jornalismo da UNISANTA. Afinal, foram 17 trabalhos
de conclusão de curso resumidos em reportagens publicadas nesta edição e que finalizam a contribuição
da turma para divulgação de trabalhos desenvolvidos
ao longo do ano. Os temas são variados, como a história do tênis (foto 1) e da geração de ouro do basquete
brasileiro, a trajetória de 20 anos da TV Tribuna (2)
e dos 60 anos da revista Capricho (3). Temas sociais
também fazem parte do repertório escolhido pelos alunos, como o universo LGBT na região (4), a violência
contra as mulheres (5) e os dramas vividos pelos moradores nas palafitas do Jardim São Manoel, na Zona
Noroeste (6).
3
4
5
6
Edição e diagramação: Igor Augusto
PRIMEIRA IMPRESSÃO - Novembro de 2012