A Hora do Marreco, n.º 01, abril de 2012

Transcrição

A Hora do Marreco, n.º 01, abril de 2012
A Hora do Marreco
“Não é possível chorar e pensar ao mesmo tempo, pois
cada pensamento absorve uma lágrima.”
Jules Renard
(1864-1910, crítico lítero-dramático, poeta e narrador francês.)
Órgão de divulgação do Colégio Boa Viagem • abril de 2012 • ano XXXVII • n.º 1
[email protected]
Bate-papo com o Marreco
2012: ótimo CBV para você!
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Pág. 7
Posse dos representantes de turma.
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Entrevista com o prof. José Ricardo Diniz.
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Pág. 3
Boa leitura! HM
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Clarissa e sua produção textual.
nossa literatura: a mais completa parnasiana brasileira, Francisca Júlia, ainda desconhecida
de muitos.
O prof. Leidson Macedo retorna com mais uma de suas crônicas
marcantes: “Ao Som do Mar e à Luz
do Céu Profundo”: o nosso povo é
ordeiro e o nosso país, gigante pela
própria natureza; mas urge sair do berço
esplêndido em que nos encontramos!
O prof. José Ricardo Dias Diniz, renomado educador do nosso estado, “com 42 anos dedicados ao
magistério e à gestão escolar”, veio somar-se à família CBV e, com o dinamismo e a experiência que lhe
são peculiares, já imprimiu largamente seu estilo aos
direcionamentos pedagógicos do Educandário. Desse modo, nada mais justo do
que ser o nosso entrevistado.
Notícias CBV mostram por texto e (muitas) fotos como foi a cerimônia de posse dos representes de
classe: são líderes que se vão formando na vida escolar e, num futuro não tão
distante, também o serão na sociedade mais ampla.
cisca Júlia
ain
Fran
da
É com imensa satisfação que trazemos à lume este primeiro número d’O Marreco, do ano letivo
de 2012, agora em abril, quando o
nosso querido CBV já se encontra a pleno vapor.
Muita gente nova nas salas, no ginásio e nos corredores, para a qual o jornalzinho se apresenta: A Hora
do Marreco, órgão noticioso e cultural do Colégio
Boa Viagem, um jovem de 37 anos!
Na Palavra do Diretor, nosso diretor, prof. Ary
Avellar Diniz, em artigo já veiculado no Diário de
Pernambuco, cita nominalmente várias manchetes
lidas no dia 09/04, em dois matutinos, estarrecedoras
pelo teor de violência contido no corpo das notícias,
e aponta um caminho indeclinável para o Brasil: o da
educação.
Como sempre acontece em nossas edições, Produção Textual publica a redação que se destacou
pela desenvoltura com que discorreu sobre o tema
solicitado. Desta feita, sobressaiu-se a produção da
aluna Clarissa Soares (9.ºA), cuja simplicidade e coe­
são, entre outros predicados, a levaram a figurar no
rol das boas produções.
O Fascínio da Leitura traz uma figura ímpar na
isa
et
P
P
rezado(a) leitor(a)!
Palavra do Diretor
Educação
Até onde vai tanto descalabro?
Palmada e educação
Jussara Barros
Graduada em Pedagogia
Prof. Ary Avellar Diniz
Diretor do Colégio Boa Viagem e da Faculdade Pernambucana de Saúde
H
oje, dia 09/04/2012, o Diário
de Pernambuco publicou em
manchete, na primeira página, matérias intituladas “Violência
estúpida”, remetendo à morte trágica
do analista de sistemas Saulo Batista
Jansen; “Morador de rua queimado vivo em Boa Viagem”; “Acidente
mata cinco pessoas em Pesqueira”;
“Homem morto, executado na Rua
Dhália em Boa Viagem, e estudante
espanhol ferido”; “A volta do feriadão
provocou fluxo de carros. A PRF divulgará, mais tarde, o balanço dos aci­
dentes”.
A Folha de São Paulo de ontem
publicou: “Desperdício em Hospital
do Senado Federal”, “Brasil não tem
de abanar o rabo nem latir para se
afirmar com os EEUU” (Clóvis Rossi); “Margem do Rio Pinheiros terá
pacotão contra o mau cheiro”; “O rei
do jogo ilegal é pivô do declínio do senador Demóstenes Torres”. (…) “Providências do governo contra aqueles
que adquirem produtos que agridam
menos o ambiente”; “Casas soterradas em Teresópolis-Rio após temporal
de sexta-feira à noite”; “Novela “Avenida Brasil” testa nossa ruína moral”
(segundo Melchiades Filho, na coluna
“Opinião”).
Em tão pouco tempo, tantas notícias desagradáveis deixam o leitor,
o cidadão brasileiro estupefato, a
perguntar-se, como Cícero diante do
Senado romano: “Quousque tandem
abutere, Catilina, patientia nostra?” 1
O tio do jovem Jansen, no velório
do sobrinho, proferiu palavras amargas ao dizer “que ninguém quer saber
se o assassino será condenado. É um
dos milhares que estão por aí…” Ora,
sr. Jansen, o ser humano de bom senso
não admite ausência de providências
sérias nesse sentido: é muito melhor o
povo ter o direito de ir e vir do que
ir sem saber se voltará. O povo clama por leis mais severas, sem solturas
incabíveis de presos ou diminuição
injustificadas de penas, pondera o cidadão de bem. Além disso, jovens de
__________
(1) “Até quando, enfim, ó Catilina, abusarás da
nossa paciência?” Oração pronunciada por Marco
Túlio Cícero, cônsul de Roma, em 63 a.C., denunciando ao Senado romano o plano de Lúcio Sérgio Catilina de derrubar o governo.
até 17 anos, infratores da lei,
veem-se protegidos pelo “bonzinho” Estatuto
da Criança e
do Adolescente.
Quantos e quantos crimes bárbaros têm acontecido por obra de elementos dentro dessa faixa etária? De
tudo isso, um saldo positivo: fiquei feliz
quando o sr. Wilame Jansen disse, por
último, que todos deverão levantar uma
bandeira contra a violência. Acredita-se
que esse pensamento geral, sem sombra de dúvidas, é principalmente daqueles que tencionam fazer, mas evitam
expor-se ao banditismo.
Os acidentes acontecem dia a dia,
provocados por motos, automóveis
ou caminhões. As carteiras de habilitação deveriam ser aprovadas exclusivamente para pessoas sadias emocionalmente, sem qualquer vestígio
de consumo de drogas, usando-se de
maior severidade com os infratores, à
maneira dos países civilizados.
Como exemplo de desperdício de
dinheiro público, fato já considerado
acima, podem-se acrescentar os salários (13.º, 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º)
de deputados estaduais percebidos e
veiculados no último Fantástico de
domingo.
É bom ficar por aqui nesse assunto, ouviu, Demóstenes?
A grande e triste verdade consiste na precária educação do brasileiro;
mas educação não é responsabilidade
só da escola e deve ser iniciada no seio
familiar. Para o seu aprimoramento,
faltam ao governo projetos voltados à
educação das famílias. A verba nacional destinada à bolsa-família tem minimizado, indubitavelmente, a fome dos
necessitados; no entanto, se vultosos
recursos também fossem empregados
nos lares, na educação de pais e filhos
menores, coadjuvados por psicólogos,
orientadores educacionais, médicos,
enfermeiros, religiosos, professores de
educação física e profissionais afins, o
Brasil seria outro daqui a alguns anos.
Antes tarde do que nunca…
Enfim, a solução do Brasil reside
na educação doméstica. HM
(Publicado no Diário de Pernambuco em
12/04/2012.)
2
E
ducar não é coisa fácil. Pelo contrário, depende de vários fatores que
podem influenciar as atitudes dos
pais em alguns momentos.
Quando as crianças recebem limites
desde bem pequenas, vão aprendendo a
conviver com pequenas frustrações do
dia a dia, o que as tornará mais tranquilas à medida que crescem.
E os limites são estabelecidos pelos
pais. Se corrigem com palavras, o limite
serão as palavras; se corrigem com gritos,
o limite serão os gritos; se corrigem com
castigos, o limite serão os castigos; se corrigem com tapas, o limite serão os tapas.
E que Deus os livre de corrigir com
surras, chineladas, cintadas e pancadas,
pois poderão causar efeito contrário,
ou seja, falta de limite, além de gerar
medo, angústia e até depressão. Poderão chegar a consequências mais sérias
ao sobrevir a adolescência, como: planos
de fugir de casa, uso de álcool ou drogas,
além dos famosos jogos que trazem perigos à vida.
Nada como uma boa conversa olho
no olho para corrigir os filhos, mostrando os seus erros e informando-os a
respeito, exigindo que tenham determinadas atitudes, sem deixá-los perceber
a sua fragilidade, caso não obedeçam.
E, se não obedecerem, que não fique por
isso mesmo, mas que sejam penalizados
por isso com a perda de um brinquedo
predileto ou um direito — assistir a seu
desenho favorito, sair com os amigos e,
até mesmo, comer uma coisa gostosa.
Um tom de voz mais autoritário também é uma ótima alternativa para impor
limites. Sem gritar, mas com uma voz
firme e forte, podem-se fazer colocações
e não deixar as coisas passarem do jeito
que eles querem.
Os pais devem estar seguros de suas
decisões e, mesmo não estando em comum acordo, não devem discutir o assunto na frente dos filhos. Deixe esses
pequenos impasses para resolver depois,
longe dos pequenos.
Cuidado para não descarregar seu
estresse, bem como sua raiva nos filhos,
pois eles não têm culpa dos seus problemas. (…)
Além disso, os filhos aprendem por
meio dos exemplos, e falta de respeito
gera falta de respeito, logo, os gritos e tapas os levarão a tratarem as pessoas da
mesma forma.
Nada melhor do que um abraço de
aconchego, carinhoso, que demonstra
amor, afetividade e que lhes assegura
confiança. Essas, sim, são atitudes que os
tornará respeitosos e obedientes. HM
(<http://educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/palmada-educacao.htm> Para aprofundar o tema: <http://www.
cbvweb.com.br/novo/blog/post/48>: Palmada Educa?)
Produção textual
Educação no trânsito
Clarissa Soares*
Aluna do Colégio Boa Viagem
C
todos nós sabemos, a educação
no trânsito é um
assunto polêmico e interessante, que pode ser
abordado sob vários pontos de vista. Hoje em dia,
no trânsito, não observamos muita educação da
parte da maioria das pessoas, a começar pelo fato
de a quantidade de carros
ser grande­ e aumentar a
cada dia, fazendo com que
as ruas se tornem cada
vez mais congestionadas,
haja muita buzina e xinomo
gamentos desnecessários
por conta do estresse dos
motoristas.
Mas, já que, infelizmente, existe essa má educação
no trânsito, foram criadas
muitas campanhas de conscientização para informar
a população de que deve
haver mais respeito nas
ruas. Isso é ótimo, pois, de
fato, para construirmos um
mundo melhor, necessitamos de respeito, tanto no
trânsito como em qualquer
outro lugar.
E, para conseguirmos
alcançar esse estágio, motoristas e pedestres precisam
fazer a sua parte, porque todos já estamos cansados de
ver motoristas mal-educados, que não dão importância à faixa de pedestres, aos
sinais fechados, aos limites
de velocidade e que ficam
fazendo confusão uns com
os outros.
Então, só alertando a
sociedade sobre o valor da
vida e os riscos do trânsito
é que conseguiremos melhorar a educação da população nas ruas. HM
Para saber mais
O que é uma crônica
argumentativa
A
é um gênero textual,
normalmente curto, justamente
por ser muito veiculada em jornais, escritos ou televisionados, e em
revistas.
Tem sua origem no latim chronica,
por sua vez oriundo do grego khrónos
(tempo). Exatamente a este fator é que
se deve o seu surgimento, pautado por
um relato de acontecimentos históricos e
registrados em ordem cronológica.
Só a partir do século XIX, concebida
com um teor mais crítico, foi divulgada
em jornais e folhetins, caracterizada por
um texto que falava de maneira generalizada sobre os acontecimentos do dia a
dia, adentrando posteriormente no campo da Literatura.
Além da crônica narrativa, há uma
modalidade mais moderna, a argumentativa, a qual não se limita a narrar
fatos do cotidiano, assemelhando-se ao
gênero argumentativo, pois o cronista
defende o seu ponto de vista por meio
de argumentos, de exemplificação, por
vezes de dados estatísticos, baseados
em fatos do cotidiano. HM
crônica
* Clarissa Soares
Aluna do 9.º ano A, é recifense, filha
de Robson e Cristianne. Tem dois
irmãos: Euber e Polianne. Aprecia
muito a leitura, recomendando o
romance Um Amor para Recordar,
de Nicholas Sparks, a todos os colegas. Outra atividade cultural de
que muito gosta é assistir a filmes,
o que faz com a família e os amigos.
Querido John é uma fita baseada
numa história de amor de Sparks
pela qual Clarissa se encantou. Não
esquece a viagem que fez ao Chile:
conheceu Santiago e a estação de
3
esqui La Parva, encravada na cordilheira dos Andes, a 2.750m de altitude. Clarissa não pode deixar de
reconhecer que foram seus pais e
a prof.ª Maria Luísa Ferrari que a incentivaram a escrever. Num futuro
já não tão distante, pensa em fazer
Direito (curso também seguido pelo
pai). Outra sua paixão é o balé, que
pratica há seis anos, com a mãe. Para
os colegas, deixa uma mensagem:
Nunca desista dos seus planos; tente sempre, que, um dia, conseguirá
alcançar os seus ideais. HM
O fascínio da leitura
Curiosidades da literatura
Francisca Júlia, a mais completa
poetisa parnasiana do Brasil
Foto de Francisca Júlia, início do século XX.
O
mais acabado dos poetas parnasianos brasileiros foi, na verdade,
uma mulher, cujo apuro formal e
absoluta impassibilidade de sentimentos, conforme prescreve o receituário
da Escola, confundiu o crítico João Ribeiro, levando-o a pensar que se tratava da produção de algum poeta da tría­
de parnasiana, mais especificamente
da lavra de Raimundo Correia.
Mas trata-se de uma poetisa, Francisca Júlia da Silva Munster, que passou à posteridade simplesmente como
Francisca Júlia e arrebatou para si
alguns dos mais efusivos elogios dos
contemporâneos e dos tempos vindouros. Olavo Bilac louvou-lhe o culto da forma, a língua, remoçada “por
um banho maravilhoso de novidade e
frescura”. João Ribeiro, no prefácio
de Mármores, declarou: “Não tenho
hoje hesitação alguma, quaisquer que
sejam as consequências do asserto,
em afirmar que depois da geração que
costumamos simbolizar com os nomes
de Raimundo Correia, Olavo Bilac e
Alberto de Oliveira, tenha aparecido
um poeta que se avantaje ou, sequer,
iguale à autora dos Mármores… Todos lhe são positivamente inferiores no
estro, na composição e fatura do verso;
nenhum possui em tal grau o talento
de reproduzir as belezas clássicas com
essa fria severidade de forma (…)”.
Francisca Júlia, poetisa parnasiano-simbolista, pianista e professora
primária, nasceu na antiga vila de Xiririca, hoje Eldorado Paulista, no vale
do Ribeira (SP), em 31 de agosto de
1871, e morreu na cidade de São Paulo,
em 1.º de novembro de 1920.
Desde cedo, aos 20 anos, colaborou na imprensa paulistana e carioca,
tendo sido n’A Semana, de Valentim
Magalhães, que se deu o fato curioso
com o crítico João Ribeiro, segundo
narração de Enéas de Moura: “Conta
Max Fleiuss que certa vez chegou à redação de A Semana um belo soneto intitulado “Musa Impassível”, assinado
por Francisca Júlia da Silva. Era tão
perfeito que João Ribeiro o considerou
uma mistificação. Seu autor só poderia
ser Raimundo Correia. Lendo-o, o
poeta negou com a cabeça. Era uma
pena, não era seu, então só poderia
ser de Olavo Bilac; somente ele faria
esse soneto. Mas o autor de Via Láctea afirmou que não era seu também:
que não sendo de Raimundo Correia,
só podia ser de Alberto de Oliveira,
que estaria usando um pseudônimo.
O outro mestre da poesia brasileira,
entretanto, afirmou que era a primeira
vez que lia tal soneto. E o “mistério”
continuou por muito tempo a intrigar o
meio literário, até que um dia foi “desvendado” por Valentim Magalhães.
Francisca Júlia não era pseudônimo.
Era o nome da irmã do poeta Júlio César da Silva. O incrédulo João Ribeiro,
Busto de Francisca Júlia numa praça de sua cidade natal,
Eldorado Paulista.
mais tarde, prefaciou o seu primeiro livro, Mármores, terminando com estas
palavras: “O caráter predominante de
sua poesia é, talvez, o amor da beleza
clássica, tal qual a ideavam os helenos
de Péricles”.
Paulo Franchetti, professor titular
do Departamento de Teoria Literária
da Unicamp, chama atenção para um
aspecto muito interessante e persistente relacionado à obra da poetisa:
“Alguns fatores, herdados em parte
da primeira recepção [impressão que
causou em seus leitores pela primeira
vez], têm orientado, nem sempre de
modo a produzir justiça ao seu talento
e à qualidade de sua obra, a avaliação
da sua poesia. Um deles é a insistência na condição feminina. No seu tempo, causou muita espécie aquilo que a
crítica sua contemporânea identificou
como dicção máscula, ou, pelo menos,
4
dicção não feminina — entendido, nos
moldes do tempo, o feminino como
predominantemente sentimental e
mesmo inferior, por condição, em termos estéticos”.
Francisca Júlia não foi feliz no
amor. Vivendo em São Paulo e já artista
consagrada, por razões desconhecidas,
resolveu mudar-se para Cabreúva em
1906, onde a mãe exercia o magistério
e ela própria se tornou professora particular das crianças da região, dando
aulas de piano. Lá, conhece um jovem
farmacêutico, por quem se apaixona e,
posteriormente, nutre um desengano
amoroso. Começa a beber e decide voltar para São Paulo. Ainda em Cabreúva, recusa um convite para ingressar
na Academia Paulista de Letras.
Em 1909, casa-se com um telegrafista da Estrada de Ferro Central do
Brasil, Filadelfo Edmundo Munster,
tendo como padrinho de casamento o
poeta e amigo Vicente de Carvalho.
Descobre em 1916 a tuberculose irreversível do marido, o que a faz cair
numa depressão profunda. Diz, em entrevista a Correia Júnior, que sua vida
“encurta-se hora a hora”. Quando, em
31 de outubro de 1920, Filadelfo vem
a falecer, Francisca Júlia, não suportando a dor da separação, vai para
seu quarto e ingere forte dose de narcóticos, também falecendo na manhã
de 1.º de novembro de 1920. Tal fato
aproxima-a de outra grande poetisa, a
portuguesa Florbela Espanca, que, na
noite de 7 para 8 de dezembro de 1930
(dez anos depois), resolve pôr fim a
uma existência amargurada mediante
a ingestão excessiva de barbitúricos.
Francisca Júlia escreveu Mármores (1895), Livro da Infância (1899),
Esfinges (1903), Alma Infantil, em
colaboração com o irmão poeta Júlio
César da Silva (1912), e uma segunda
edição póstuma de Esfinges, ampliada
(1921). Prometera dar à luz um livro de
poesias denominado Versos Áureos. HM
Musa impassível
Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero
Luto jamais te afeie o cândido semblante!
Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.
Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave e idílico descante.
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante,
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.
Dá-me o hemistíquio d’ouro, a imagem atrativa;
A rima, cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos d’alma; a estrofe limpa e viva;
Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.
Opinião
Os 7 erros mais comuns dos homens de negócio malsucedidos
Daniela Barbosa
de Exame.com
Se você estiver cometendo um ou mais deles, fique atento – o fracasso está bem próximo.
O
corporativo é repleto de homens de negócio que sabem fazer a diferença. Seja porque
tomam decisões rápidas, porque administram
bem a companhia em um momento de crise, ou, até mesmo,
porque conseguem formar uma equipe alinhada com os interessas da empresa.
Mas as empresas não contam apenas com bons executivos. O professor Sydney Finkelstein, especialista em gestão,
decidiu investigar a fundo os fracassos empresariais e os principais erros cometidos por administradores malsucedidos.
Durante seis anos, Finkelstein estudou 50 empresas e
realizou mais de 200 entrevistas com executivos que fracassaram. Ao final, o professor reuniu 7 erros comuns e fatais
cometidos por eles:
•Dominam o ambiente: um dos erros mais comuns dos
executivos fracassados tem a ver com a ideia de eles se
enxergarem como a própria companhia, ou seja, têm a necessidade de dominar o ambiente a ponto de não permitir
a evolução natural da empresa.
•Não separam interesses pessoais e profissionais: eles se
identificam tanto com a empresa, que não existem barreiras entre seus interesses pessoais e os interesses da companhias. Na cabeça deles, trata-se de uma única coisa.
•Têm todas as respostas: eles se julgam tão capacitados
que têm todas as soluções para todos os problemas da
companhia. Normalmente, costumam
ser rápidos na hora de propor soluções
•Ninguém é mais capaz que eles: alguns executivos se consideram tão
completos, que acreditam que não
precisam de mais ninguém, mesmo
porque, ninguém poderia ter uma
ideia ou solução melhor que a deles.
•Não voltam atrás: quando tomam
uma decisão, mesmo que seja a errada, normalmente não dão o braço a torcer.
•Têm dificuldade para superar obstáculos: ficam intimidados com obstáculos e não conseguem encarar um problema como algo temporário e que pode ser ultrapassado.
•Gastam tempo demais com a imagem da empresa: alguns gestores acreditam que só precisam cuidar da imagem da companhia e esquecem que também são pagos
para resolver outros tipos de problemas.
Em resumo, os que realmente fracassam não têm a humildade de admitir as próprias falhas, simplesmente porque se acham perfeitos. É claro que, se você percebeu que
está cometendo um ou mais dos erros listados acima, ainda
há uma esperança — e mude o quanto antes. HM
mundo
http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/os-7-erros-mais-comunsdos-homens-de-negocio-malsucedidos
Momento de poesia
Francisca Júlia da Silva Munster
Paisagem
Francisca Júlia
Dorme sob o silêncio o parque. Com descanso,
Aos haustos, aspirando o finíssimo extrato
Que evapora a verdura e que deleita o olfato,
Pelas alas sem fim das árvores avanço.
Ao fundo do pomar, entre as folhas, abstrato
Em cismas, tristemente, um alvíssimo ganso
Escorrega de manso, escorrega de manso
Pelo claro cristal do límpido regato.
Nenhuma ave sequer, sobre a macia alfombra,
Pousa. Tudo deserto. Aos poucos escurece
A campina, a rechã sob a noturna sombra.
E enquanto o ganso vai, abstrato em cismas, pelas
Selvas adentro entrando, a noite desce, desce…
E espalham-se no céu camândulas de estrelas… HM
5
(SP, 31/08/1871 — SP, 1.º/11 /1920.)
Poetisa, pianista e professora primária,
Francisca Júlia, em sua condição de
mulher e inserida num meio cultural
predominantemente masculino, foi
capaz de elevar o ideário parnasiano à
perfeição, escrevendo duas importantes obras poéticas: Mármores (1895)
e Esfinges (1903 e 1921), por meio das
quais se imortalizou.
Crônica
Ao som do mar e à luz do céu profundo
Prof. Leidson Macedo
Professor de Língua Portuguesa do CBV
O
Brasil é realmente um país ordeiro, de povo ordeiro, paradoxalmente, ainda que as guerras civis
nos atropelem todos os dias; ainda que o tráfico de
drogas arregimente e abata jovens constantemente.
Diante de tantas tragédias de cunho nacional, o banho
de moralização que se viu recentemente por conta das contas de Palocci — ou melhor: da falta de conta —, apregoado
por nossos tão moralizantes políticos, é algo, no mínimo,
incomum para seres com comportamento não muito vistosos, como os que se apresentam na mídia. Não que este texto tenha por pretensão defender o indefensável ou tornar
banal aquilo que o é, embora não devesse ser. Dizer que
Palocci está servindo de bode expiatório a uma oposição faminta de escândalos e cargos seria o mesmo que acreditar
numa suposta inocência de pensamentos e atos do nosso
ex-ministro-chefe da Casa Civil.
Quem na verdade deveria estar fazendo estardalhaço
era o povo, que não aguenta mais tantos mensalões, tantos caixas 2, tantas CPIs, tanto disse me disse num reino
em que convicções políticas se confundem com interesses
próprios. Mas o povo é ordeiro. Tão ordeiro que é capaz de
achar bonitinho o comportamento de certos parlamentares
de imagem não muito ilibada que se põem a criticar um coleguinha de trabalho. É, no mínimo, hilário esse comportamento. Dentro do enredo de uma novela das seis, em que
se misturam ingredientes reais a fantasiosos, imaginar um
reino de Brogodó unido ao de Seráfia, sertão e realeza, faznos rir, diverte-nos por conta de seus personagens caricatos. Mas é fantasia. E nesse campo, o abuso da criatividade
é salutar. Mas não há de se achar graça nos incidentes políticos que vêm tomando a mídia brasileira, lembrando-nos
um folguedo junino, uma quadrilha (licença da palavra, pois
aqui o uso não nos deve remeter à ambiguidade) na qual se mudam os lugares, mas os pares
são os mesmos. Talvez nessa área o Bolsonaro
caísse (sem ambiguidade 2) bem no papel de
marcador dessa dança nordestina.
Mas o nosso povo é ordeiro e no momento apenas o que importa são os folguedos juninos, esses que, tanto quanto em Brasília,
fazem muito barulho, assustam, porém passam e ninguém, se chegada a bonança, se lembrará
mais da tempestade. Queremos, todavia, um país gigante
pela própria natureza, sem que se perceba que gigantismo
movido a ignorância e falcatruas pode ser confundido com
deficiência cognitiva. Ser gigante não significa ter uma população com mais de 190 milhões de brasileiros. É mister
que se repensem as condições em que eles vivem. É mais
urgente ainda se pensar nas condições nababescas em que
vivem nossos muitos políticos. Em terra de justiça social,
quem tem telhado de vidro não deveria mirar em telhado
de outros.
O Brasil não pode ter a cara de Palocci nem a cara momentânea dos antigos caras-pintadas. Ele é maior que tudo
isso, maior que partidos políticos de siglas indecifráveis e
jogatinas vergonhosas. Justiça social não se constrói buscando explicações para desigualdade. Ao contrário: buscam-se as desigualdades para se tentar implantar justiça
social. É preciso que o povo acorde dessa letargia, perceba
que o ordeirismo apregoado por nós mesmos pode levarnos a anos e anos de cegueira. Sair do berço esplêndido em
que nos encontramos talvez seja uma forma de se saber que
o som que vem das ruas não vem do mar, nem da luz do céu
profundo. HM
Gotas de humor
Eletricista na UTI
Um eletricista é chamado a comparecer com urgência à UTI de um
hospital. Chegando ao local, olha
para os pacientes ligados a diversos tipos de aparelhos e, depois de
examinar algum defeito em razão do
qual fora chamado, grita do canto onde
está para os doentes:
— Respirem fundo: vou trocar o
fusível!
Na escola bíblica
Uma professora de escola bíblica
estava discutindo os dez mandamentos
com seus alunos de 5 e 6 anos. Depois
de explicar o mandamento de ‘honrar
pai e mãe’, perguntou:
— Existe algum mandamento que
nos ensine a maneira correta de tratar
os nossos irmãos e irmãs?
Um menino, o mais velho de sua família, respondeu imediatamente:
— Não matarás!
Divertimento
Tudo muito confuso
O garoto pergunta ao pai:
— Pai, que é isso?
— São ameixas pretas, meu filho!
— E por que são vermelhas?
— Por que ainda estão verdes!
Resposta incompreensível
O bêbado se aproxima de um guarda de trânsito e pergunta:
— Seu guarda, pode me dizer onde
é o outro lado da rua?
— É daquele lado — responde o
guarda.
— Ué… Eu estava lá e me disseram que era aqui.
Sem necessidade
O gago aborda um transeunte na
rua:
— O se-senhor sa-sa-sabe on-onde fi-fica a esco-cola de ga-ga-gagos?
— Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem! HM
6
Perguntas e respostas
bem-humoradas
• Quantos meses do ano têm 28 dias?
— Todos. A maioria tem até mais…
• Que é que atravessa a porta, mas
não entra nem sai?
— A fechadura.
• Para que o anão atravessou a rua
correndo?
— Para pegar impulso e subir a calçada.
• Que é que, quando está limpo, é preto e, quando está sujo, é branco?
— O quadro-negro.
• Que é que nós sempre somos obrigados a colocar no pé?
— O acento agudo.
• Por que o garoto subiu na mangueira para pegar a goiaba?
— Porque a goiabeira ficava no
quintal do vizinho. HM
Entrevista
Prof. José Ricardo Dias Diniz
Diretor pedagógico do Colégio Boa Viagem
ção ao contexto em que o discurso, a fala
HM: Prezado professor, inicialmenestão inseridos. Sejamos sinceros: a dite, o Marreco gostaria de expressar a
versidade dos registros da língua portuimensa satisfação da família CBV de têguesa contribuiu para que, através dela,
lo em seu meio, augurando, ao mesmo
novas possibilidades de comunicação
tempo, uma gestão plena de realizações e
surgissem como sinais de sua sintonia
conquistas. Sob a perspectiva de sua forcom os tempos modernos. Isso tudo tem
mação humanista, que avaliações iniciais
mudado para melhor, no meu entender,
faria do CBV?
a formação das novas gerações de proProf. José Ricardo: Sempre houve
fessores de língua portuguesa.
afinidades pessoais e profissionais entre
HM: Fala-se de auspiciosas ações
mim e o prof. Ary e filhos. Encontramopedagógicas para o corrente ano letivo.
nos várias vezes nas nossas trajetórias
Que boas novas poderia nos dar nas esfuncionais e estreitamos sinceros laços
feras nacional e internacional?
de amizade. Sempre convergimos no esProf. José Ricardo: Eu penso sobre
sencial sobre a atividade educacional, soisso de uma maneira muito simples. A
bretudo no tocante ao perfil da formação
primeira função de uma escola é consoliintegral e cidadã. E isso promoveu a opordar seu projeto pedagógico no cotidiano
tunidade de eu estar junto com o grupo
escolar, de modo a lhe conferir credibiliBV para concretizarmos os novos projedade, aberta a inovações, sim, mas sem
tos que estão sendo maturados pela família Diniz. O CBV, do alto dos seus 44 anos Prof. José Ricardo Diniz convida os alunos a “ser em plenitude”. se deixar seduzir pela mera novidade ou
de existência, por onde já passaram cerca de cem mil pessoas, modismo. Ouvi recentemente de uma diretora de escola uma fraentre crianças, adolescentes e jovens que aqui se prepararam se memorável: “No nosso dia a dia no colégio, pautamo-nos por
para a vida, tem uma história, pois, de muita consistência que o menos e-mails e mais diálogo”. Pois é. O corpo a corpo com os
credencia a promover com sucesso o encontro da tradição com alunos e alunas, bem como pela representação dos pais, vivido
a modernidade, à luz das exigências dos novos tempos. Por tudo pelos corpos funcional e docente, é condição sine qua non2 para
isso, já me sinto de casa, pelo fato também de ter sido muito bem uma escola cumprir sua missão educativa. Você pode ter equipamentos de última geração — eles são importantes, sem dúvida,
acolhido pelos que fazem parte dessa exitosa caminhada.
enquanto ferramentas pedagógicas — mas, sem esse substrato
HM: Como educador, qual a sua maior aspiração?
Prof. José Ricardo: Sem dúvida, é contribuir para trans- das relações interpessoais transparentes e estimuladoras do coformar as pessoas, nos seus (pré) conceitos, nas suas atitudes, nhecimento, da experiência, da emoção, enfim, da nossa própria
de modo a torná-las seres pensantes, solidários e prontos para existência, enquanto seres humanos, toda essa parafernália tecsuperar os desafios interpostos pela própria dinâmica da vida. nológica mostra-se ineficiente e, pior, ineficaz.
HM: Agora, uma indagação mais específica e, por certo,
Essa é nossa missão, verdadeira profissão de fé, que percorremos entre cumeadas, planícies e, às vezes, alguns abismos… decorrente da anterior. Que expectativa mais concreta pode
Por isso, um educador jamais aceita o argumento de que as nutrir o aluno CBV quanto ao seu aprendizado?
Prof. José Ricardo: Os latinos tinham uma máxima muito
pessoas não mudam, serão sempre de tal ou qual forma tendente ao mal. Não! Há que perseverar na busca da epifania de sábia: Non scholae, sed vitae discimus3. Ou seja, o que aprencada um, pois é contribuindo para que o outro se descubra que demos na escola, enquanto espaço de desenvolvimento humano, é para a vida, e, por isso mesmo, ela é imprescindível na
o nosso trabalho se efetiva e projeta um mundo melhor.
HM: Como situaria o efetivo papel da gramática normativa nossa existência, tornando-nos continuamente melhores do que
no ensino da língua portuguesa? Estaria realmente defasada fomos. Vocês, aluno, aluna CBV, vão vivenciar conosco o humano em todas as dimensões — conhecer, aprender, conviver, endiante do avanço da linguística?
Prof. José Ricardo: A minha geração viveu na universi- fim, ser em plenitude, o que pode se resumir numa expressão:
dade esse dilema (estávamos nos anos 70 do século passado), SER FELIZ!
HM: Tenho certeza de que suas palavras foram muito imuma vez que os estudos linguísticos começavam a trazer à baila
a questão da língua na sua função comunicativa, a superação portantes para a nossa comunidade. Gostaria de deixar uma
do conceito de autoridade (eu e alguns colegas chegamos a nos mensagem para pais, responsáveis e alunos?
Prof. José Ricardo: Gostaria, sim, de convidar toda a codeliciar com decorar, isso mesmo, citações dos grandes nomes
das literaturas portuguesa e brasileira), colocando o ensino munidade CBV a partilhar conosco todos os momentos, ativida gramática na berlinda. O curioso é que nós vivemos, até os dades e vivências do que planejamos para o ano letivo de 2012,
fins do século passado, uma grande contradição: compreendía­ para que cada um se sinta parte integrante dessa caminhada e,
mos perfeitamente a importância das variantes linguísticas, sobretudo, para que, ao seu final, possamos dividir entre todos
enquanto instrumentos de comunicação, da leitura do mundo as conquistas alcançadas e preparar-nos para encarar novos
através de textos de toda natureza, mas ainda ensinávamos desafios. HM
largamente a gramática normativa, nas suas filigranas e ex(1) “Última flor do Lácio, inculta e bela”: primeiro verso do soneto “Língua
ceções, pinçando exemplos de obras consagradas pela tradição
Portuguesa”, de Olavo Bilac. O português foi a última língua neolatina for1
literária da “última flor do Lácio, inculta e bela” .
mada a partir do latim vulgar.
O resultado disso é que a guinada do ensino da língua por(2) Conditio sine qua non: expressão latina que significa: sem dada
condição, não é possível algo acontecer (“sem a qual não”).
tuguesa, nessa primeira década do novo século, foi no sentido
(3) “Non scholae, sed vitae discimus”: “Não aprendemos para a escola, mas
até mesmo de desprezar a norma dita culta, como se a língua
para a vida”. Frase de Sêneca, o Moço, filósofo e educador latino, na obra
padrão não tivesse mais qualquer serventia. Sem dúvida, um
Cartas Morais a Lucílio, Carta CVI, 12.
grande exagero. Acho que a questão é muito mais de adequa-
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Notícias CBV
Posse dos líderes de turma
emociona pais, mestres e colegas presentes
Numa cerimônia simples porém tocante, iniciada com o canto do Hino Nacional Brasileiro,
foram diplomados os representantes de turma 2012.
Prof. Ary Avellar Diniz, diretor do CBV, exalta os atributos
de um líder, no discurso de abertura da cerimônia.
N
solenidade cujo diapasão foi
dado, logo de início, pela execução do Hino Nacional Brasileiro,
às 8h do dia 2 de abril corrente, no
Auditório do Colégio Boa Viagem,
diplomaram-se como representantes e
vice-representantes alunos de todas as
turmas da educação infantil ao ensino
médio. Na ocasião, os jovens líderes,
eleitos mediante escrutínio livre e democrático, receberam um certificado
em que constavam o nome de ambos os
representantes e a indicação da turma
representada. Habilitavam-se oficialmente, na ocasião, a exercer uma ação
sobremodo construtiva de liderança
no âmbito de sua turma e de portavozes das aspirações coletivas junto à
coordenação de grau.
Compuseram a mesa do evento
solene o prof. Ary Avellar Diniz, diretor do CBV, o prof. José Ricardo Dias
Diniz, diretor pedagógico, prof. Almir
Mendes da Silva, assessor da Direção
Geral, e a sr.ª Giselee Flores, gerente
de marketing.
uma
Componentes da mesa: prof.ª Cármen Zloccowick, da Coordenação de Eventos; prof. José Ricardo, diretor pedagógico;
sr.ª Giselee Flores, gerente de marketing, e prof. Almir Mendes,
assessor da Direção Geral.
Auxiliado pela prof.ª Cármen Zlo­
ccowick, o prof. José Ricardo conduziu
a cerimônia, que contou com a presença de alunos, pais, familiares e equipe
técnico-pedagógica, cabendo a esta última a entrega dos certificados.
O grande tema circunstancial,
a palavra sob cuja égide se realizou
o encontro foi “liderança”: liderança
responsável e cidadã; liderança que o
Brasil espera da juventude a fim de
ser conduzido segura e celeremente
rumo a seu futuro mais que promissor.
E foi justamente sobre liderança
que o prof. Ary Avellar Diniz discorreu
na oração de abertura. Após destacar
a importância da família na educação
Alguns representantes
Coordenação do ensino médio: prof.as Fernanda Calado, Juliana Lima, Cristiane Prysthon e Eline Viegas, acompanhadas
dos líderes Fernando Antônio Peixoto e Thiago Pereira (1.ºA).
Coordenação do ensino fundamental 2: prof.as Isabelle Diniz,
Rinalva Marçal, Mônica Aleixo e Roseane Marques, diplomando as líderes Carolina Campos e Clarisse Araújo (8.ºB).
Aspecto geral do auditório durante a cerimônia, conduzida
pelo prof. José Ricardo e prestigiada por vários pais e
familiares das lideranças eleitas.
de uma criança, falou sobre os vários
tipos de líder que entende existirem e
seu papel determinante nos rumos sociais. Há o líder circunstancial, que é
aquele que surge em face de uma situa­
ção de risco ou amea­ça premente: um
bombeiro num incêndio ou um marinheiro num naufrágio em alto-mar; há
o líder nato, o que tem um dom em larga medida e por isso é admirado e seguido como padrão de comportamento:
um Pelé, gênio do futebol, e um Mozart,
virtuose do piano; há, também, o líder
forjado, ou seja, “preparado”, mais um
produto de RH, sendo fruto do tempo
e da vivência; e, por último, o líder pela
competência — o verdadeiro líder —,
aquele que alicerça em sua formação,
pelo exercício, a consciência da liderança, e sobre o qual atuam largamente a
escola e a família. HM
Coordenação do ensino fundamental 1: prof.as M.ª do Carmo,
Diacuí Pacheco, Rossane Henriques e Miriam Xavier, em companhia dos diplomados Marcelle Lopes e Murilo Salgado (4.ºC).
Coordenação da educação infantil: prof.as Shirley Monteiro e
Sílvia Maciel, com Hugo Almeida e Guilherme Didier (2.ºB).
Expediente
Direção geral: prof. Ary Avellar Diniz (diretor presidente), prof.ª Januária Sampaio Diniz, prof. George Sampaio Diniz, prof. Ary Avellar Diniz Jr. e prof. Rodrigo
Sampaio Diniz. Assessoria da direção geral: prof. Almir Mendes da Silva. Direção pedagógica: prof. José Ricardo Dias Diniz. Redação e ilustração: prof.
Eduardo José Downey. Correspondente esportivo: prof. Túlio Ponzi Quartus. Colaboradores: prof. Leidson Macedo (Língua Portuguesa) e prof. João
Marcelo (Matemática) . Fotos: redação e gerência de marketing. Tiragem: 3.000 exem­plares.
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