NEW GENERATION NETWORK - NGN REDES DE NOVA
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NEW GENERATION NETWORK - NGN REDES DE NOVA
NEW GENERATION NETWORK - NGN REDES DE NOVA GERAÇÃO - RNG Índice Página Sumário Executivo 1 1 – A Tecnologia A. INTRODUÇÃO B. REDES EXISTENTES 4 4 1-Rede Telefónica PSTN 2-Rede Móvel 3-A Internet 5 5 5 C. DESENVOLVIMENTO VOIP D. VOIP “GRAU DE TRANSPORTADOR” E. A RNG IDEAL 7 Amostra de Anúncio de Telefone VOIP Usando o telefone MAX201 VOIP para fazer uma chamada o sinal de voz digitalmente comprimida já não é transferido através da PSTN mas através da Internet ou qualquer rede de IP por ADSL, Modem de Cabo ou LAN. 8 9 2 –A viagem para a RNG A. COMO ACONTECERÁ A RNG B. QUESTÕES A SEREM RESOLVIDAS C. ANÁLISE DAS DECLARAÇÕES D. QUANDO É QUE O RNG TERÁ IMPACTO? 9 11 15 16 3 –Impacto nos vários interessados A. EMPRESAS TELEFÓNICAS INCUMBENTES B. NOVOS JOGADORES C. CONSUMIDORES – GRANDE NEGÓCIO D. CONSUMIDORES – POVO E. EMPREGADOS F. REGULADORES E ORGANIZAÇÕES DE PADRONIZAÇÃO G. SOCIEDADE 4-Trabalho em Progresso 5–Fontes de informação 6–Recomendações 7–Mais informação 8–Abreviaturas 17 19 20 20 21 Dependente dos serviços IP fornecidos pelos operadores ISP ou outros fornecedores de Internet, o MAX 201 pode rapidamente reduzir a sua conta de chamadas domésticas ou das suas chamadas internacionais, o que é considerado uma das maiores vantagens deste produto. Processos de operação simples permitem ao utilizador final auto instalar rapidamente o MAX201 em casa ou no escritório. 22 23 24 25 25 27 28 • • • • Operação Simples – Tão simples de operar como um vulgar telefone. Marque primeiro o código do servidor e após o número de destino Baixo Custo. Alto rendimento de conexão Conexão Banda Larga – Porta Ethernet incorporada pode-se ligar directamente com LAN, ADSL ou Modem de Cabo Funcionalidades Identificação de chamador Acesso rápido Memorização de chamada Mensagem de voz http://www.maxlink.com.cn/english/201.asp Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 1 REDES DE NOVA GERAÇÃO Sumário Executivo O som das palavras “Redes de Nova Geração” (RNG) ouve-se cada vez mais. É um termo usado para descrever uma muito significativa alteração na forma como as empresas de telecomunicações vão constituir as suas redes. O termo não pode ser confundido com Voz sobre Protocolo Internet (VOIP). O VOIP será o elemento mais importante da RNG, e é expectável que guie a RNG, mas a RNG cobre uma área mais alargada do que apenas o VOIP. Um dos cenários levantado pela RNG (e mais particularmente pelo VOIP) é de que todas as centrais convencionais telefónicas existentes serão desligadas por volta do ano 2010. Este cenário não pode ser ignorado pelos trabalhadores das telecomunicações. Para os trabalhadores, isto significaria uma alteração substancial nos empregos, competências técnicas e ambiente. Basicamente a actual rede consiste em 3 redes independentes mas interrelacionadas. O PSTN tem sido a nossa rede telefónica tradicional, com linhas dedicadas, centrais telefónicas e um sistema de numeração telefónica universal. A rede telefónica móvel mantém uma estrutura separada de forma a poder lidar com as exigências técnicas para o roaming fazendo após o interface com o PSTN. A Internet tem-se desenvolvido rapidamente com a explosão do tráfego Internet. Diferenciando-se do PSTN, a Internet (na generalidade) usa pacotes comutados e um sistema de “numeração” alfa numérico de domínios de nomes e endereços IP. Novos desenvolvimentos tais como a banda larga, que habilita o VOIP estão desde já a ameaçar as receitas das empresas telefónicas tradicionais. Muitas das grandes empresas já possuem, e estão a mudar para tecnologias VOIP. Sob um ponto de vista, a RNG será a convergência destas três redes numa rede estilo Internet, usando o Protocolo Internet. Nós esperamos uma convergência de redes. Mas a realidade é que a rede telefónica tradicional pode ser abandonada após o tráfego telefónico ter migrado para uma rede VOIP. Seja qual for o caminho, haverá uma mudança significativa na estrutura da industria. Pode-se esperar que as Telecoms incumbentes estejam na defensiva. Os novos operadores serão sem dúvida agressivos. O VOIP tem tendência para modificar uma grande parte das receitas das principais empresas telefónicas. Isto é muito significativo. As previsões são de que existem poupanças muito significativas de custos e emprego derivadas da RNG. Os comutadores serão de longe mais baratos, pequenos e distribuídos de forma mais espaçada. Os preços das chamadas cairão significativamente. Muitas pequenas empresas podem ser capazes de competir com as empresas telefónicas tradicionais. Mais, a RNG não é apenas uma substituta para os simples e velhos telefones. Ela promete novas características e desenvolvimentos. Seria fácil tratar o VOIP e a RNG como qualquer outra evolução que até se poderá afundar. Testemunha o FTTH e o ISDN. No entanto, o IP está a alcançar a sua promessa de protocolo Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 2 barato, eficiente e flexível. Novos operadores podem entrar no mercado livre de regulação, e a um custo muito mais barato quando comparado com o dos incumbentes. Os incumbentes encaram a perspectiva de pesadelo da harmonização dos preços VOIP e expansão da sua rede de Internet, enquanto ao mesmo tempo mantêm a sua dispendiosa rede de PSTN com uma cada vez mais diminuída base de clientes. Este cenário é passível de causar um aumento continuo do pedido de encerramento da dispendiosa PSTN e do virar para apenas uma rede – desta vez a Internet. Portanto um curto período de tempo para o encerramento da PSTN é uma possibilidade real. As RNG’s crescerão rapidamente para uma quota de mercado dominante pelo que as organizações sindicais UNI Telecom têm de assegurar que os nossos membros fazem esse trabalho preferentemente a novas subsidiarias ou contratos – isto significa apoio técnico e trabalho de atendimento ao cliente. A RNG terá um impacto significativo nos empregos. Mais adiante, poderá haver ramificações negativas para a sociedade. Este documento examina as novas tecnologias, tendências e vaticínios. Acederá assim ao impacto nos principais interessados incluindo empregados e consumidores. Alguns deste tópicos podem ser considerados vaticínios “corajosos”, mas têm de ser considerados. Enquanto decorrem estes dias iniciais, a sociedade civil, incluindo as organizações sindicais, têm de ser envolvidas neste estágio inicial, participar nas deliberações e contribuir para uma saída e para um resultado que vá ao encontro das expectativas e esperanças do povo e da sociedade. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 3 REDES DE NOVA GERAÇÃO – RNG 1. A INTRODUÇÃO O som das palavras “Redes de Nova Geração” (RNG) está cada vez mais a ser visto nas páginas técnicas. No entanto, o seu significado literal é provavelmente enganador porque implica uma alteração paradigmática da tecnologia. De facto, é provavelmente uma alteração paradigmática na redução de custos. É um termo para descrever uma mudança muito significativa no caminho que as empresas de telecomunicações estabelecerão para as suas redes. Não há uma definição “oficial” disponível. Para este documento usaremos as seguintes definições: A RNG é o produto da migração de todos os sistemas de comunicação de informação, seja texto, voz, imagem, vídeo ou combinação destes, para uma rede de dados de redes, todos usando um pacote estilo comutador. A RNG não é apenas: • A próxima tecnologia ou produto • Uma nova geração de tecnologia • Uma nova rede • Um novo protocolo, mas novos protocolos poderão emergir • Uma nova tecnologia, mas novas tecno logias emergirão. • Um novo padrão, mas novos padrões irão ser necessários. • O VOIP tal como é, é apenas um pequeno uso da rede de dados. • A simples migração do tráfego telefónico para o VOIP. • Uma rede configurada a um padrão individual. A RNG é a convergência de muitas tecnologias existentes, protocolos, redes e padrões, mas poderão incluir o acima referido. O RNG não deve ser confundido com o VOIP. O VOIP será o elemento mais importante da RNG, e é expectável que conduza a RNG, mas a RNG cobre uma área mais alargada que o VOIP. Antes de tentar descrever a RNG, é necessário compreender as redes existentes. 1. B REDES EXISTENTES Para os propósitos deste documento nós identificamos 3 tipos de redes. O termo rede implica um sistema. No entanto no campo das Telecoms, muitas das empresas têm a sua própria rede ou redes. Austrália – Agosto de 2003 Alan Kohler – Sidney Morning Herald As pessoas que se encontram por dentro das telecomunicações Australianas ficaram atordoadas pelo súbito abraço da Telstra relativamente ao que eles suponham ser o seu nemesis: A telefonia IP. Ao usarem a internet, para telefonar, muitos pioneiros têm sido olhados como um daqueles utilizadores de tecnologias marginais que poderão acontecer um dia. Mas na semana passada a Westpac ( uma das maiores empresas australianas) mudou totalmente para a telefonia IP tendo como adjudicatário de comunicações a Telstra Ao mesmo tempo, a referida Telstra, lançava com grande agressividade uma oferta de Voz Sobre Protocolo Internet (VOIP) a todos os seus grandes clientes empresariais e governamentais. Vários estão-se já a preparar para comprar. Agora é apenas uma questão de tempo antes das empresas Australianas, e eventualmente clientes residenciais usarem a Internet para fazerem chamadas telefónicas. A ultima máquina de PABX será vendida dentro de uma ano, talvez menos, e a frase “Longa Distância” e até “Chamada local”, tornar-se-ão uma coisa do passado. A grande questão é: O que é que esta estratégia significa para a receita da Telstra? As redes Internet transportam tráfego de voz por um custo marginal de exactamente zero. Desde já, a telefonia IP está a corroer as receitas de longa distância da Telstra e à medida que mais empresas aderem a este sistema a referida receita encolherá até ao zero. Era expectável que a Telstra fizesse o que viria com naturalidade, isto é, fizesse o que fosse preciso para atrasar este horror. A telefonia IP, sempre foi assumida como estando entre a mais negra nuvem de um céu cheio de nuvens negras suspensas sobre o futuro da Telstra. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 4 1. B.1 REDE TELEFÓNICA PSTN Redes de circuito comutado. É este o nosso telefone tradicional. É conhecida como Rede Telefónica Pública Comutada ou PSTN. Ela consiste numa série de elementos. • • • • As instalações ou casas dos clientes poderão ter um velho e simples telefone, modem, aparelho de fax ou, nas empresas, um PABX. A Central telefónica está ao centro da rede. Isto é um dispositivo oneroso e complexo que liga as chamadas entre clientes. Ela comutará as chamadas locais, nacionais e internacionais. Há um crescente número de fibra óptica e extensões de cabo coaxial desde as principais centrais até comutadores remotos tais como os RIMS. Entre as instalações dos clientes e as centrais está a rede de distribuição local. Tradicionalmente esta é constituída por um par fios de cobre desde as centrais até às referidas instalações. Entre centrais e entre outras redes está a central principal de interligação ou a linha principal da rede. Estas são actualmente e predominantemente redes de fibra óptica com uma capacidade muito grande, mas pode também consistir num par de cobre, em redes coaxiais, ligações por microondas e ligações por satélite. Para uma única ligação telefónica, a linha (circuito) é estabelecida pela rede, de ponta a ponta e dedicada ao cliente durante a duração da chamada. O desenho da rede e as ligações de ponta a ponta contribuem para uma rede telefónica altamente confiável. Os tempos de disponibilidade são descritos como os “cinco noves” ou 99.999% de disponibilidade. Para ligar para outro telefone, a rede telefónica usa números, conhecido como o sistema de numeração E164. Sob este sistema, o meu número de telefone é +351 21 XXX XXX. 1. B. 2 REDE TELEFÓNICA MÓVEL Estas são muito similares às Redes Telefónicas Fixas. No entanto, esta rede tem de contar com o “roaming”, a capacidade do telefone móvel para se mover de local em local sem perda de ligação. A ligação entre o telefone móvel do cliente e a central (PSTN) é inicialmente feita através de um circuito rádio para uma torre de telefone móvel, depois para uma central telefónica via cabo ou rede de microondas. As chamadas continuam a ser circuito comutado, apesar da ligação rádio do telefone móvel poder usar divisão tempo, código de divisão ou outros protocolos. Existe também um sistema para identificar a localização física aproximada do utilizador ao redor do mundo. A numeração é similar à do sistema PSTN. 1. B. 3 A INTERNET Estas são redes que comutam e transportam dados. Os dados são enviados como uma sequência de pacotes, cada qual contendo um determinado número de bytes de informação pré formatada por um título com um endereço de destino e outra informação de encaminhamento. A rede tentará entregar cada pacote de dados no endereço de destino. O caminho usado não é dedicado como acontece na rede telefónica. No seu lugar, a rede usará qualquer encaminhamento disponível. A Internet é desenhada para transportar dados através de uma variedade de diferentes media. O acesso à Internet pode ser através da PSTN usando um modem (dial-up Internet) ou através de acesso de banda larga dedicada tal como rádio, fibra óptica, DSL, HFC e cabo. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 5 Não existe uma central principal. Um servidor de Internet (ISP) fornece uma ligação a uma rede backbone usando routers relativamente simples capazes de comutar/encaminhar (route) cada pacote de acordo com o endereço de destino. A borda da rede é usualmente o ISP. O cliente acederá ao ISP através de uma linha telefónica de par de cobre, ISDN através de pares de cobre, rede de cobertura (ADSL), um cabo (coaxial ou fibra óptica), microondas ou acesso satélite. No entanto a grande maioria das ligações são normalmente através da rede de ultimo quilómetro dos fornecedores da linha fixa existente. Usando aplicações no terminal dos utilizadores (computador), qualquer informação pode ser convertida em dados e enviada como pacotes através da Internet. Isto inclui palavras, informação, voz, música, TV, vídeo conferência, vídeofone, ecomércio e assim por diante. A rede simplesmente transporta os dados, o terminal faz o detalhe do trabalho –“terminal inteligente, rede pateta” Título Dados ESTRUTURA DE PACOTE TÍPICO O Tamanho máximo de um pacote é de 65,536 bytes. Cada byte tem 32 bits. Um Pacote tem 2 componentes, o título e os dados. O título talvez tenha 20-60 bytes de largura e conterá o endereços do remetente e do destinatário. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 6 O Protocolo Internet (IP) é um meio que permite aos computadores “falarem” ou comunicarem uns com os outros. É idealmente arquitectado para ligações remotas através de redes. A cada computador é alocado um único endereço conhecido por Endereço IP. Outro protocolo, no destino, pode juntar e montar os pacotes de volta à sua correcta ordem. Isto é conhecido como Protocolo de Controlo de Transmissão (TCP). O esquema de numeração para a Internet não é o mesmo do da rede telefónica. Ás entidades individuais são dados endereços IP de um leque global acordado. Os endereços IP têm importância apenas para o equipamento de rede. É usado um sistema separado de domínio de nomes com importância para o utilizador final. Os endereços IP são determinados pela interacção entre o equipamento do utilizador e um Servidor de Domínios de Nome especial. Deste modo o endereço IP para o sitio da uniapro.org do http://www.uniapro.org é traduzido para um endereço IP de 203.28.207.236. A RNG requererá muito mais da actual versão de endereços IP (IPv4), dado existir um crescimento da mingua de disponibilidade de endereços IPv4. O IPv6 resolverá esse problema. O IPv6 é por vezes também chamado de Nova Geração de Protocolo Internet ou IPng. O IPv4 e o IPv6 são compatíveis e assistiremos a uma transição para o IPv6. 1. C DESENVOLVIMENTO VOIP Um desenvolvimento significativo na rede de dados é o uso da Internet para fornecer comunicações telefónicas. Isto começa como um “brinquedo” da Internet e sofreu de atrasos, perda de dados e discurso. A tecnologia tem-se agora desenvolvido até ao ponto onde novas empresas, usando Voz sobre Protocolo Internet (VOIP) estão a estabelecer pequenos mas significativos ganhos no mercado telefónico tradicional. A fiabilidade e a qualidade é reclamada como melhores que as dos telefones móveis. 160 160 140 120 100 L o n g a d is t a n c ia d iu rn o -3 m in 80 80 Cham ada US A d iu rn a - 3 m in 60 45 40 20 21 1 51 5 20 10 7 ,5 e Ph on e oo Ya h es s IP IP Ph on Ph on IP IP N if t y Ea c e Ph on e Li n io n -F ix ed Fu s e 0 N TT O termo VOIP pode ser confuso porque nele existe a distinção entre voz através da Internet e telefonia através da Internet. Voz através da Internet pode ser um serviço par para par ou PC para PC (Skype) permitindo comunicação de voz entre 2 utilizadores Internet. Telefonia através da Internet requer ligações ao PSTN onde as chamadas podem ser feitas de e, feitas para, um serviço telefónico tradicional. Ambos usam o VOIP para parte ou toda ligação. Ex:Vonage,Net2Phone. Com o VOIP, as chamadas telefónicas são encaminhadas através da Internet. A voz é convertida em pacotes de dados, enviada através da InterNet e juntada no final remoto. A limitação, de momento é a qualidade e a fiabilidade. A Internet continua a sofrer de engarrafamentos e dos consequentes atrasos baixando o desempenho telefónico em ocasiões de congestionamento. Na maioria das vezes pode trabalhar, mas nem sempre. Nestes termos a actual discussão engloba um segundo tipo de Internet “grau de transportador” Comparação de custos de chamadas entre telefones linha fixa (NTT) e de custos de transportadores IP Fonte: R. Onodera NWJ Japão O gráfico compara os custos de uma chamada de longa distância de 3 min. e de chamada internacional no Japão. Ele mostra os actuais custos de chamada de linha fixa da NTT. Estes custos podem ser comparados com os operadores VOIP Fusion, Nifty, E-acess e Yahoo. O sucesso das empresas IP convenceu a NTT a auto introduzir o VOIP Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 7 Existem significativas poupanças de custos devidas à flexibilidade, eficiência do protocolo Internet, equipamento necessário e simplicidade da rede. Isto permite que as novas empresas valorizem as suas chamadas de longa distância bastante abaixo dos preços praticados pelos transportadores tradicionais que usam redes de alta qualidade. Desde já muitas empresas estão a usar o VOIP para os seus serviços telefónicos. O Japão e a Coreia surgem na liderança destes desenvolvimentos. Até à data, estes operadores VOIP são essencialmente novas empresas entradas na industria telefónica. Seja como for, as perdas crescentes de quota de mercado estão a forçar as empresas telefónicas incumbentes a desenvolver uma rede de VOIP de forma a acertar tarifas mais baixas. Em acréscimo, o crescimento da penetração da banda larga está a conduzir os incumbentes. Na Coreia, a Hanaro Telecom, uma rede de cabo que usa Cabo de Fibra Híbrida oferece telefones VOIP e reclama uma qualidade melhor que a dos telefones móveis. 1. D JAPÃO – AGOSTO, 2003 A NTT anunciou que lançaria um serviço VOIP de tarifa reduzida. Já existem várias empresas a oferecer chamadas telefónicas VOIP baratas. Os fornecedores VOIP geralmente permitem chamadas grátis entre utilizadores de telefones IP e cobram cerca de 8 ienes por cada 3 min. nas chamadas domésticas para telefones normais independentemente da distância. Quando comparado com as tarifas telefónicas normais de 8,5 ienes por cada 3 minutos nas chamadas locais e de 80 ienes por cada 3 min. nas chamadas de Tóquio para Osaca. A mudança da NTT é defensiva com o intuito de reter quota de mercado, mas ela também afectará a receita à medida que os clientes mudem do serviço Premium para o serviço VOIP mais barato. Os transportadores de telecomunicações como a NTT não querem ser deixados de fora do crescimento do mercado telefónico IP, mas promover o serviço de tarifário baixo é um gesto enganador pois ele pode, mais tarde, reduzir o tráfego de voz das suas redes convencionais de linha fixa, já atingida pelo êxodo de utilizadores de telefones móveis. VOIP “GRAU DE TRANSPORTADOR” O termo “qualidade de transportador” refere-se a uma rede Internet que tem uma “qualidade” superior comparando com a actual rede Internet. Com o existente circuito comutado PSTN, raramente existe uma perda de comunicação devido ao desenho da rede e ao circuito único dedicado à chamada, ao longo da duração da chamada. Na generalidade a PSTN tem ou uma regulamentação ou uma obrigação implícita de manter um alto nível de qualidade. No entanto a actual Internet é desenhada para o uso único dos “melhores esforços” na entrega de pacotes, e rejeitará pacotes que não possam ser entregues. Neste termos não existe garantia de que o pacote seja entregue. Para dados volumosos, a retransmissão pode dar bons resultados na recuperação de pacotes perdidos. Voz nos dois sentidos requer uma qualidade de dados relativamente baixa, frequentemente com pequenos pacotes. A retransmissão é muito demorada para que possa ajudar a comunicação de voz. Para comunicações de voz, algumas pequenas perdas de dados podem ser tolerados mas demoras ou a perda de um alinhamento de pacotes de dados degradará significativamente a qualidade da voz. Um dos caminhos para atingir a qualidade de grau de transportador é fornecer excesso de capacidade, de forma a que o congestionamento raramente ocorra. Por outras palavras, a rede deveria ser sobre-dimensionada. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 8 O segundo método é ter uma rede física separada, desenhada para fornecer alta qualidade. Esta seria uma rede Premium para voz. O terceiro caminho é ter níveis de serviço diferentes numa única rede, uma rede Premium virtual. A voz tem de ser entregue quase instantaneamente, sendo a prioridade dada aos pacotes de voz. Os pacotes transportam um código em conjunto com o endereço indicando qual a prioridade alocada ao pacote. Alguns acreditam que a Internet tem de encontrar os “5 noves” ou 99,999% de disponibilidade antes de poder ser tomada como uma rede telefónica primária. No entanto, a rede móvel não possui nada que se pareça com a fiabilidade dos “5 noves” e os consumidores já a aceitam como uma rede. O sucesso dos novos operadores VOIP demonstra que os consumidores estão preparados para aceitar uma qualidade mais baixa, se o preço das chamadas for mais baixo. Isto também poderá ser afectado pelo facto de o telefone de alta qualidade, PSTN, continuar disponível. A maioria dos operadores VOIP dizem que as suas redes são melhores que as de qualidade móvel. Talvez que a medição subjectiva (soa OK) seja a mais importante. A qualidade pode não ser o único factor. Outras questões como a disponibilidade a todo o momento, particularmente em emergências são criticas 1. E A RNG IDEAL Até hoje o desenvolvimento da RNG não tem sido feito com os interesses sociais ou dos consumidores a serem considerados. Apenas os interesses técnicos, comerciais e alguns de regulamentação estão a participar neste desenvolvimento. Uma definição que poderá satisfazer as expectativas do consumidor pode assemelhar-se a esta: A RNG é uma rede (de redes) de dados altamente fiável que transporta pacotes de dados de qualquer lado para qualquer lado. Tudo o que requer é um pacote de dados com formatação padrão, prefaciado com um endereço. Ela entregará o pacote no seu endereço de destino dentro de certos limites de tempo. É irrelevante se o pacote transporta texto, voz, imagens, vídeo ou combinações destes. Para atingir estes objectivos necessitamos de um conjunto de padrões, um conjunto de políticas, e um conjunto de acordos. A aproximação simples aqui evidenciada mascara algumas questões técnicas muito complexas de padrões, de regulamentos, comerciais, sociais e de competição. Se continuássemos a ter transportadores monopolistas em cada país, a aproximação acima poderia ser alcançável. No entanto, deixada ao mercado e aos interesses comerciais, a RNG pode nunca ser alcançada. Algumas das complexidades serão abaixo descritas. Poderá muito bem acontecer que os pequenos novos operadores sejam o fermento que induza os relutantes incumbentes para a RNG. No entanto é inverosímil que o ponto de vista do consumidor prevaleça devido aos interesses investidos. Isto tornar-se-á mais notório neste documento. 2. A COMO É QUE A RNG ACONTECERÁ ? A resposta curta é que ela, já está a acontecer. Mas os especialistas estão divididos sobre o como a RNG se desenvolverá. A divisão parece assentar mais nas crenças de que os interesses investidos assegurarão que a sua posição é protegida no mercado. As duas visões são abaixo contrastadas. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 9 2. A. 1 O EXTREMO DA INTERNET Num dos extremos, nós poderíamos dizer que a rede de centrais telefónicas existente iria sendo faseadamente desactivada ao longo dos próximos 5 a 10 anos e que todo o tráfego telefónico seria migrado para o VOIP, através do uso da plataforma Internet. Por várias razões essa paisagem é muito extremada. Isto inclui: • Os interesses investidos influenciarão o desenvolvimento. Os jogadores incumbentes poderão desenvolver os seus sistemas, e é improvável que dêem aos novos jogadores qualquer vantagem de mercado. • O desempenho da Internet está bastante abaixo dos 99,999% da medição de desempenho da actual rede de comutação dedicada. Mas as empresas VOIP reclamam que o VOIP tem melhor desempenho que o actual telefone móvel. A voz requer que, através da rede, exista quase como um garante e uma instantaniedade na transferência dos pacotes de dados, com pouca tecnologia de correcção de erros. Enquanto a actual Internet seja “boa quanto baste” para a parte barata do mercado, poderá não ser aceitável para os utilizadores empresariais. • A Internet poderá não vir ao encontro das necessidades sociais, nem coincidir com os padrões requeridos pela PSTN. • A falta de padrões poderá ser um possível grave impedimento, permitindo aos transportadores incumbentes recusar ligação em bases técnicas. Os novos jogadores também não quererão outros padrões ou regulamentos, que lhes requereriam a construção e configuração das suas redes a um nível de desempenho similar ao possuído pelos transportador incumbente. • É verosímil que os reguladores reflictam as preocupações publicas pela perda de qualidade e de serviço. Uma nova divisão digital pode emergir onde o publico em geral (definido como clientes que não pagam por um serviço Premium) serão encaminhados pela via da Internet geral, enquanto os negócios serão encaminhados pela via da Internet Premium (grau de transportador). • A RNG está a mover-se muito rápido. As organizações de padrões tradicionais estão a falar acerca da RNG mas nem sequer uma definição ou um esboço de padrão foi estabelecido. Na maioria dos casos a questão é transversal a vários comités de padronização, e só este problema administrativo levará uma “eternidade”. • A RNG requererá banda larga, ainda não disponível para todos, e poderá nunca estar disponível para alguns, ou seja, uma nova divisão digital. 2. A. 2 O EXTREMO DE TRANSPORTADOR No outro extremo, poderíamos dizer que a RNG seria um protocolo de interligação entre as 3 redes existentes. Isto também é excessivamente extremado. Alguma das razões são: Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 10 • • • As actuais centrais telefónicas são muito dispendiosas, muito complexas e falhas de flexibilidade. As poupanças de custo empurrarão os transportadores incumbentes a migrar para redes tipo pacote. A ultima 3ª Geração (3G) e a 4ª Geração (4G) de telefones móveis são esperadas como sendo compatíveis com os protocolos de comutação por pacotes. Os novos jogadores estão a encontrar um mercado e estão a fornecer um serviço VOIP sem todas as generalidades e serviços que aos transportadores tradicionais são requeridos. A perda de quota de mercado está a forçar a questão. 2. A. 3 CANADÁ – JULHO DE 2003 A Canadian Telus Corp. teve um longo projecto de 17 meses com o nome de código Santa Maria, mas renomeado como Rede de Nova Geração ou RNG para reflectir um novo paradigma de fornecer serviços de telecomunicações de alta qualidade, usando a mesma tecnologia de “pacote” que hoje em dia sustenta uma Internet menos fiável. No entanto, os benefícios são enormes e visíveis, particularmente numa folha de balanço de transportador. A Telus perfila-se para baixar substancialmente os seus custos de operação e de capital, com a nova infra-estrutura, e estará em posição para oferecer aos seus clientes novos serviços de negócio que podem combinar voz, vídeo e dados. [Imprensa Canadiana] QUEM PREVALECERÁ ? O júri continua de fora, mas a julgar pelos anúncios a Voz Sobre Protocolo Internet está a tomar a liderança. A realidade é de que os transportadores e os novos iniciantes reagirão onde o melhor resultado económico possa ser alcançado. Em 2003, o foco está na voz e no VOIP. As empresas telefónicas tradicionais estão já sob pressão do VOIP. O VOIP é uma realidade ganhadora de uma quota de mercado significativa. Enquanto o VOIP não é RNG, o VOIP e a RNG permitirão a novas empresas juntar-se às grandes redes com menores dispêndios de capital. Muitas questões se levantam: • • • • • Ficarão os consumidores e os negócios satisfeitos com o “sem folheados” VOIP ? Tornar-se-á o VOIP um substituto da PSTN ? Quais serão as consequências sociais – ex. Serviço Universal ? Incrementará a mudança para os telefones de banda larga a divisão digital ? O que é que isto significará para os actuais trabalhadores das telecomunicações ? 2. B. QUESTÕES A SEREM RESOLVIDAS Uma explicação simples da mudança RNG é de que a actual PSTN tem uma rede inteligente e terminais patetas. A lógica deveria sugerir que a RNG é uma solução mais simplificada, mais eficiente e de custos mais eficazes. No entanto existem uma série de questões a levantar. O VOIP, em particular, terá um profundo efeito nos planos de negócio das Telecoms. A estratégia é, é claro, para ser um guarda-barreira e coleccionar uma ferramenta. A experiência da ADSL manteve os operadores de telecomunicações enquadrados, porque ela forneceu um novo valor aos pares de cobre. A solução “suja” da banda larga manteve o FTTH no estaleiro por uns anos. Precisamente como é que os incumbentes podem permanecer dominantes na era do VOIP ? Os elementos chave são: • • • O VOIP é uma solução mais barata para uma rede telefónica. A rede, em si, é mais barata, sem centrais principais. O equipamento será mais parecido com um servidor de “ligue e jogue”, apenas necessitando de configuração. Os protocolos são mais eficientes, com o transporte de pacote a ultrapassar, de longe, a linha dedicada, ou até a divisão de tempo e as técnicas de interpolação de discurso. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 11 • • • • • Por outro lado, os telefones (aparelhos) serão mais caros do que os convencionais, pois o telefone, em si, será um dispositivo de rede. No entanto, poderemos esperar que os mesmos sejam produzidos em massa num único chip, reduzindo assim significativamente os custos. Não poderá ser mais dispendioso do que um telemóvel. O acesso mantem-se como que desconhecido. Enquanto a banda larga por cabo, ADSL e fibra serão adequados para o VOIP, não é claro se um par de cobre o será também. Tendências iniciais sugerem que poderá ser adequado, dado que a rede móvel GSM opera a 9,6 Kbps e uma linha telefónica vulgar normalmente opera a 28,8 Kbps e na prática até 56 Kbps. Até à data a experiência demonstra que as tarifas das chamadas de curta/média distância podem ser baixadas até 0 e, as chamadas de longa distância cobradas a 25% do seu preço actual. Enquanto a qualidade se mantém como uma questão, os operadores reclamam que é melhor que a dos móveis, e os utilizadores parecem contentes em sacrificar a qualidade pelas poupanças nos custos. Na generalidade livre de obrigações regulamentares. O VOIP fará invasões à quota de mercado. Onde isto ocorra, tal como pode ser visto no Japão, o incumbente está preparado para oferecer um serviço VOIP em termos de custos. Isto tem o efeito de reduzir o rendimento do incumbente devido a ser oferecido aos clientes o mesmo serviço por um preço mais barato. O descrito incrementará, sem duvida, a utilização, sendo então a ocasião para renovar o nível de reduções de custos oferecidas. As empresas telefónicas tradicionais não só providenciam ligações de alta qualidade, como também são obrigadas a carregar os fardos sociais, técnicos e outros. Geralmente a Internet não carrega estes fardos. Geralmente é desregulada. Mas neste mesmo patamar substituirá a PSTN. Como é que estas questões podem ser endereçadas usando o VOIP ? AUSTRIA TELECOM TOTAL TELECOM - OUTUBRO DE 2003 A Austria Telecom planeia despender entre 500 a 600 milhões de euros na substituição da sua rede nacional de telefone fixo por uma rede de nova geração baseada em IP até 2009. Neste momento a Austria Telecom tem 1.240 centrais de comutação PSTN na sua rede. Numa rede de nova geração eles prevêem que apenas necessitarão de um total de 200 com mais alguns pequenos comutadores. Pensam que poderão reduzir as despesas de operação em 40% no mínimo. As poupanças poderão ser efectuadas não só na folha de pagamentos, mas também nos contratos de manutenção, na redução das despesas dos elementos da rede, e numa forma melhorada .de processamento e simplificação da facturação Alguns dos problemas técnicos são: 2. B. 1. CHAMADAS DE EMERGÊNCIA As actuais redes suportam características para chamadas de emergência. Ex.:000, 999, 911 ou 112. Estas chamadas precisam de ser encaminhadas para o centro dedicado a atendimento de situações de emergência mais próximo. Os telefones IP podem não fornecer esta confiança, identificação e encaminhamento apropriado. Se estes serviços são para ser mantidos, são necessários padrões. Em vários países os reguladores podem também exigir fornecimento deste serviço. 2. B. 2. LOCALIZAÇÃO DO CHAMADOR Associado a isto está a actual exigência de muitos reguladores para que os transportadores forneçam a localização física do chamador da emergência assim como também para serviços das forças da lei. Enquanto a localização das linhas fixas está prontamente disponível, os transportadores móveis estão a implementar nova tecnologia para identificar a localização dos chamadores. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 12 Actualmente os endereços IP não identificam nem localizam o chamador. 2. B. 3 NUMERAÇÃO – IP vs E164 É necessário um esquema ou plano de numeração. A PSTN usa apenas números, sob o esquema do E164. Os endereços IP são regulados por corpos diferentes. Adicionalmente a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) aprova novos sufixos de endereços para domínios de nomes. Exemplos são: .com, .org., .edu. Domínio de nomes são geralmente vendidos para uso numa base anual. Por exemplo o url para o sitio uniapro.org (endereço IP 203.28.207.236) foi comprado e é sujeito a uma taxa anual. As taxas variam, mas podem ser subscritos por cerca de 20 dólares por ano. Comités de padronização já começaram o desenvolvimento de esquemas integrados de numeração. Por exemplo, Electronic Numbering (ENUM) é um mecanismo ou um protocolo para um sistema universal de numeração que abrange o E164 da PSTN, as redes móveis, e os endereços IP. 2. B. 4 NUMERAÇÃO – QUESTÕES REGULATÓRIAS Um transportador tem uma quantidade de outros padrões, códigos ou procedimentos a obedecer. Sem novos padrões a Internet pode não ser capaz de fornecer estas facilidades. Muitos reguladores requerem: • • • • • • • Portabilidade de numero Números confidenciais Identificação da linha chamadora Plano e fixação de numero Códigos de país e de trunk Fixação de endereço IP Números separados para telemóveis 2. B. 5. SERVIÇO UNIVERSAL Na maioria dos países, as obrigações de serviço universal existem para todos os transportadores. As empresas de Internet não são, na generalidade, vinculadas por essas obrigações. Em cada um dos países com obrigação de serviço universal, esta obrigação é fundamentada de muitas diferentes formas. Por vezes através de uma taxa especial, ou através de um fundo para que todos os operadores contribuem e outras vezes o custo é totalmente suportado por uma empresa publica de telecomunicações. É evidente, que uma das dificuldades é de que os fornecedores da PSTN estão a encarar com a queda dos rendimentos com que mantêm o serviço universal. É claro que estas mudanças terão também implicações para os trabalhadores à medida que as pressões de custos carregarem uma forte pressão sobre os seus empregos, salários e condições. No entanto permanece o facto de que as comunicações é um processo de 2 sentidos e independentemente de como uma chamada é iniciada, as pessoas quererão ligar a todos os tipos de clientes, estejam eles na rede PSTN ou na rede VOIP. Portanto o custo do fornecimento do serviço universal tem de ser resolvido. Isto terá implicações significativas para a divisão digital, pelo que isto será abordado mais tarde. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 13 2. B. 6. INTERLIGAÇÃO Esta será a questão mais difícil. Vulgarmente isto causa um debate de preço. Mas com o VOIP, a questão será quase certamente a qualidade. Os transportadores usualmente estabeleceram padrões de qualidade a seguir, pelo que as chamadas passam pela rede com muito pouca perda de qualidade. A Internet opera sob um principio de que os pacotes não seguem todos o mesmo caminho. Na prática os pacotes usarão qualquer caminho que esteja disponível, e inclusive os pacotes não chegam na ordem de envio. Este é o poder da Internet, razão pela qual é desenhada para recompor a informação original de pacotes enviados por múltiplos caminhos. Um problema para o VOIP é de que os pacotes podem viajar através de, digamos, 5 redes. Os atrasos, e por esse motivo, a qualidade de voz será determinada pela rede mais lenta da cadeia, e também importante, pela acumulação de demoras de todas as 5 redes. Um grande desafio será primeiramente estabelecer padrões, e depois dirigir o tráfego de forma a ultrapassar as redes lentas. Com os fornecedores a oferecer apenas os “melhores esforços” de qualidade, irão ser necessárias novas medidas. É necessária uma Internet de melhor qualidade. Isto pode ser atingido através de: • • • Sobre dimensionamento Uma segunda Internet melhor, tanto física como qualitativa, ou Um sistema prioritário na Internet (uma segunda rede virtual) 2. B. 7 FACTURAÇÃO A Internet não usa cobranças de longa distancia. O conceito de longa distancia ou cobrança de chamada internacional não é aplicável. Os fornecedores Internet geralmente utilizam um acesso de custo fixo, talvez com cobrança de uma taxa por se exceder a quantidade fixa de bits de dados movimentados. Possivelmente poderemos ver as empresas telefónicas a estabelecer custos fixos de acesso mais altos e custos de chamadas mais baixos. O conceito de uma rede “sempre ligada” é difícil de facturar. A chamada telefónica, sempre ligada (operada por VOX), poderá também emergir. A gravação da actividade ou a medição é provavelmente a única alternativa às taxas mensais fixas. 2. B. 8 DIRECTÓRIO DE ASSISTÊNCIA E LISTA TELEFÓNICAS Obviamente estes serviços estão mais dificultados com os dispositivos Internet. A Internet já actualmente possui uma grande quantidade de listas telefónicas disponíveis. Ex.: Na Austrália um directório nacional de Paginas Amarelas está disponível no sitio da Telstra. Os telefones baseados na Web podem permitir uma enorme proliferação de spam se os endereços forem públicos. O Directório de assistência e as listas telefónicas normalmente também empregam uma grande quantidade de trabalhadores de atendimento ao cliente , muitos trabalhando com tecnologia tradicional. Esta é outra área onde as organizações sindicais têm de trabalhar para assegurar que os empregos afectados têm de ser levadas em linha de conta e negociadas acções, tais como elevação de competências e formação de reciclagem. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 14 2. B. 9 FIABILIDADE E PRIVACIDADE Enquanto as forças da lei podem ficar preocupadas relativamente à sua capacidade de monitorizar o tráfego, o mais provável é o VOIP e a RNG ficarem expostos à pirataria, recusa de serviço e ataques de vírus. Em tempos de emergência comunitária o sistema pode congelar por excesso de utilizadores e cortes de energia. A privacidade pessoal é mais vulnerável em alguns aspectos e mais elevada noutros. Por exemplo a natureza dos múltiplos caminhos da Internet darão uma vantagem aparente de segurança sobre a rede de circuito comutado. 2. B. 10 OUTRAS QUESTÕES Existe um número de questões onde há necessidade de desenvolver políticas de variados níveis. Algumas dessas questões são: Provisão de sinal de marcar, Licenças, Política competitiva, e questões sociais. Para além das questões acima evidenciadas, existem também questões técnicas. Os telefones IP requererão energia e bateria de apoio de forma a funcionar. Os consumidores também necessitarão de ser instruídos nas limitações do VOIP à medida que este amadurece como tecnologia. Existe também a questão da protecção do consumidor. Certamente que os direitos e a educação do consumidor são uma questão que agora exigem reflexão aos reguladores. 2. C. ANÁLISE DAS DECLARAÇÕES Muitas declarações jornalísticas foram incluídas neste relatório para demonstrar o estado do jogo com a RNG e o VOIP. Enquanto nós temos de ser cautelosos com os relatórios de imprensa, a tendência não pode ser questionada. Existem variados factos que podem ser derivados destas declarações. • • • • • • • O VOIP não é um brinquedo. Começou como um brinquedo para utilizadores de Internet. Ele fornece um serviço, mas a qualidade e a demora quase que é traduzida em inutilidade. A actual expansão e crescimento do VOIP e o crescimento projectado não pode ser ignorado. As poupanças de custos são substanciais para chamadas locais e de longa distância. Na verdade a distância torna-se irrelevante. Era e é conceito de que os clientes residenciais deverão estar preparados para tolerar a quebra de qualidade devido às significativas taxas mais baratas. Era conceito de que o VOIP seria uma tecnologia marginal, operado pelos jogadores mais pequenos. No entanto os anúncios da NTT, Telstra, Telus e outros jogadores estabelecidos alteraram esse conceito. Os telefones VOIP estão desde já disponíveis comercialmente. O VOIP movimentou-se do fundo final do mercado para os clientes residenciais. Avanços no software, banda larga e velocidade da Internet alteraram a situação. Os operadores VOIP reclamam padrões de qualidade que suplantam os padrões de qualidade do serviço móvel. O maior aval do VOIP é a decisão de muitas das empresas mundiais incumbentes de telecomunicações em oferece-lo aos clientes corporativos, sabendo que adversamente afectará o curso do rendimento dos seus maiores e mais lucrativos clientes. Na verdade o uso do VOIP corporativo já é na actualidade um lugar comum. A convergência total de dados, voz e vídeo é também um facto da vida. Aos residentes de Hong Kong são oferecidos todos os serviços, onde se incluem TV paga sobre a rede de banda larga da City Telecom usando IP. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 15 • Foram referidas questões de qualidade. Empresas como a Comindico da Austrália estão a reclamar que oferecem qualidade de ‘grau de transportador’ para os seus serviços VOIP. • Se isto for correcto, poderemos então entender o movimento das empresas telefónicas incumbentes de oferta de VOIP aos seus clientes corporativos. É expectável que os novos jogadores conduzam os jogadores estabelecidos para o VOIP num muito curto espaço de tempo. Baseando-nos nas actuais premissas a corrida ao VOIP vai acelerar. • Com a diminuição do rendimento devido ao serviço VOIP barato os custos necessitarão ser reduzidos na PSTN. Isto colocará pressão nos incumbentes para que possuam duas redes, a actual PSTN e a Internet. Se mais clientes migrarem para o VOIP, existirá uma grande pressão sobre os incumbentes para adoptarem uma só rede, a de Internet, tão rápido quanto possível. Assim a conversão pode configurar uma mudança exponencial. 2. D. QUANDO É QUE O RNG TERÁ IMPACTO? Pode ser observado através da divulgação de vários artigos de caixa que a RNG já aí está. Poderia parecer que o VOIP é um facto da vida, e o VOIP já está a ameaçar o rendimento e a quota de mercado dos maiores transportadores. As novas empresas de telecomunicações que adoptam o VOIP terão uma vantagem decisiva e poderão rapidamente ganhar quota de mercado. Alguns grandes transportadores já actualmente adoptaram o VOIP. Dado as receitas massivas envolvidas, é previsível que o VOIP liderará e a RNG se lhe seguirá. Uma previsão da OVUM estima que em 2010 já não existirá tráfego PSTN. A realidade, é o encerramento de todas as centrais telefónicas em operação – ver gráfico acima. No inicio de 2003 muitos dos envolvidos na industria acreditavam que a previsão era muito curta. No entanto, a meio de 2003, o ritmo de anúncios VOIP subiu significativamente. Muitos estão a repensar a escala de tempo. Em contraste, a Forrester Research B.V. elaborou uma linha de tempo para o desenvolvimento VOIP na Europa Ocidental. Ela prediz que levará até 2020 até que o serviço VOIP ponta a ponta esteja em actividade. Os pesados dispêndios de capex requeridos para substituir mais de 100.000 comutadores locais e concentradores remotos será outro grande travão do VOIP. A Forrester declara que em 2006 o mercado empresarial liderará a adopção do VOIP, com 10% do negócio de tráfego ponta a ponta através do VOIP. A quota VOIP do total Europeu ponta a ponta do mercado de voz fixa incrementar-se-á para 45% em 2010, à boleia da penetração da banda larga residencial Europeia que atingirá 40% em 2010. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 16 A voz TDM(PSTN/ISDN) é uma industria no valor de 140 biliões de euros anuais na Europa Ocidental e a maior vaca leiteira monetária das empresas de telecomunicações incumbentes. Uma vez que as maiores transportadoras adoptem o VOIP ele expandirá e desenvolverá a sua rede de Internet. O tráfego será migrado da tradicional PSTN. O tráfego através das actuais centrais diminuirá. TIME WARNER USA - DEZEMBRO DE 2003 A Time Warner Cable afirmou ontem que assinou um negócio com a Spring e a MCI para as ajudar no envio de chamadas telefónicas através de linhas anteriormente apenas usadas na distribuição de sinal televisivo. A movimentação aumenta o conflito entre o cabo e as industrias tradicionais telefónicas e mostra quão rápido as empresas de cabo se estão a auto transformar em fornecedores globais de telecomunicações. Parecerá que uma questão de negócio se levanta para fechar tão rápido quanto possível as centrais existentes, podendo deste modo ser abandonada a rede PSTN. As poupanças de custos em comutadores, edifícios, manutenção e pessoal será bastante significativa. Deste modo é previsivel que a transição acelere uma vez que a rede básica está estabelecida, aprovada e confiável. Assim enquanto o arranque do VOIP pode ser lento, não é pouco razoável sugerir que se desenvolverá numa pressa. O custo de manutenção da PSTN e a Internet serão os pontos fulcrais de pressão. 3. OS VÁRIOS INTERESSADOS. O que é que isto significará para os vários interessados? • • • • • • Empresas de Telecomunicações incumbentes Novos jogadores nas Telecomunicações e Internet Consumidores – Grandes negócios e Povo Empregados Reguladores e Organizações de Padronização Sociedade Esta é uma tentativa para levantar questões neste estágio inicial e para ser uma base de debate. 3. A. OS VÁRIOS INTERESSADOS. – EMPRESAS TELEFÓNICAS INCUMBENTES Um elemento essencial da RNG é a interligação entre as redes de diferentes empresas. Esta é, provavelmente, a área onde as empresas telefónicas tradicionais poderão controlar a RNG. Sem padrões técnicos, sem protocolos de interface, sem padrões de qualidade, e portanto sem um regime legal as empresas podem simplesmente recusar a interligação. O pensamento popular antes do meio de 2003 era de que os “big boys” não iam deixar acontecer a RNG. A preocupação era não só porque eles perderiam rendimentos ou quota de mercado. Parecia que eles estavam incertos relativamente a muitas das questões ainda por resolver. E isto significaria que eles talvez não fossem capazes de reter o controle. Estas preocupações continuam a existir mas os novos operadores VOIP estão a provocar impacto. Enquanto as previstas substanciais poupanças de custos serão bem vindas pelas empresas telefónicas tradicionais, o risco de abrir o mercado a muitos jogadores pequenos será uma das suas maiores preocupações. Na segunda metade de 2003, existiram muitos anúncios feitos pelas empresas telefónicas tradicionais no que respeita à sua adopção do VOIP. Elas estão claramente preocupadas Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 17 com o crescimento em flecha da popularidade dos operadores VOIP. Os anúncios indicam uma tendência para entrar no VOIP logo no seu inicio . Se um ISP local se pode efectivamente tornar numa banda larga e também em empresa telefónica barata, toda a estrutura de mercado, tal como a conhecemos, mudará fortemente. As empresas telefónicas reterão sem qualquer duvida a sua posição de guarda portão das estruturas de backbone. Com reduções significativas no custo das chamadas, é expectável que os níveis de tráfego aumentem bastante. A “sempre ligada” Internet tornar-se-á, sem duvida no “sempre ligado” telefone. Novos produtos emergirão. Conforme previamente indicado neste documento, o nó de acesso local, ( a ultima milha) tornar-se-á novamente o ponto fulcral. Enquanto o telefone VOIP terá uma tomada de rede, de algum modo ela necessita de ser ligada à rede com uma qualidade razoável. Para manter os clientes, os transportadores necessitarão de construir um acesso mais alargado de banda. Enquanto a competição e a desregulamentação falharam no encorajamento das empresas de telecomunicações no alargamento ou melhoria da sua rede física, soluções sujas como a ADSL e Sem Fios emergiram. Soluções limpas tais como a Fibra Óptica até Casa (OFTH) têm perseguição certa. A NTT do Japão foi direccionada para substituir os seus pares de cobre até casa pela OFTH até 2010. (Fonte: Onodera NWJ Japão). É suposto as transportadoras reterem o seu papel de guarda portão da rede e observarem a procura de crescimento da capacidade da rede. Por outro lado a dispensa de centrais telefónicas onerosas pode ser bem acolhida pelo transportador, particularmente se o fluxo de lucros poder ser protegido através de menos rendimento e de menos custos. A rede transportadora de tráfego será mais simples, requererá menos equipamento central sendo por consequência mais barata. Na teoria a redução de rendimentos será colmatada pela redução de custos e as margens de lucro mantidas. O problema é o estágio de transição quando duas redes têm de ser mantidas. È muito provável que os transportadores mudem para taxas de acesso à rede, similares às actuais taxas de Internet. Esta provavelmente seria uma taxa básica com um número limite de megabytes de dados enviados e recebidos. Acima do limite seria instituído um valor por megabyte. O eventual fecho das centrais salvaria custos significativos. Pareceria inconcebível que a onerosa rede tradicional seria mantida para um pequeno número de clientes privados. A migração de todos os clientes para o VOIP tornar-se-á uma prioridade. Esta questão será posta assim que seja tecnicamente possível. Os clientes a longas distâncias das centrais podem representar problemas técnicos. As implicações de emprego que tudo isto representa são óbvias, apesar de parecer não ter existido, ou ter existido muito pouca pesquisa completa sobre os aspectos humanos destas mudanças. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 18 HONG KONG – AGOSTO DE 2003 A empresa de banda larga City Telecom (CTI) lançou o primeiro serviço citadino competitivo de TV paga através de IP. O novo serviço da Hong Kong Broadband Network (HKBN) é o ultimo passo da estratégia de “jogo triplo” da CTI de oferta de voz, vídeo e serviços de acesso de banda larga à Internet sobre a sua rede Ethernet. A HKBM nem sequer possui uma licença de TV paga. O serviço é oferecido como um dos componentes de serviço aos seus clientes de banda larga. O serviço de TV paga usa a rede Ethernet para distribuir sinal de canal vídeo MPEG2 através de IP. Os clientes podem aceder ao serviço pela sua via TV acoplado de uma box com interface 10/100BaseT Ethernet. A CTI utiliza VOIP através do seu sistema metro Ethernet como uma forma de entrar no mercado de chamadas telefónicas. De forma a reequilibrar este desequilíbrio de informação as organizações sindicais devem ser pró-activas na exigência de que existe uma política de debate publico sobre as implicações da mudança no emprego. Enquanto as empresas telefónicas ainda estão a tentar arrancar com a rede móvel 3G, a mesma não é compatível com a RNG ou com o VOIP. A rede móvel, tanto a 2G como a nova 3G manter-se-ão em produção durante algum tempo. Afortunadamente para as grandes empresas, isto protegerá o seu fluxo de lucros durante algum tempo, uma vez que a receita do móvel é uma parte significativa da sua folha de balanço. Muitas empresas estão já no processo de desenvolvimento do 4G ex.: NTT DoCoMo. Por enquanto ainda não existe definição, mas a 4G é vista como outro passo na conectividade e velocidade. Poderia parecer que uma RNG completa teria de esperar pela 4G. No entanto, isso não deverá obstar a interfaces que permitirão que as redes móveis usem a rede VOIP e RNG. 3. B OS VÁRIOS INTERESSADOS. – NOVOS JOGADORES O VOIP oferece algumas vantagens significativas aos novos jogadores. Os reguladores ainda não se debruçaram sobre estas questões, e em face da falta de padrões de organizações como a ITU, a questão não deve de ser levantada durante algum tempo. Assim os novos jogadores serão capazes de oferecer serviços tipo transporte tal como um ISP, enquanto ficam libertos das obrigações de transportador. Em muitos países não necessitam de licença de transportador. A infra-estrutura é relativamente barata. E em muitos dos países, eles não têm nenhuma obrigatoriedade de Serviço Universal ou obrigação de contribuir para um nível de Serviço Universal. Não existem padrões de serviço, Garantias de Serviço ao Cliente, exigências de identificação do chamador, ou outras obrigações que os transportadores têm de cumprir. Outra vantagem que os novos jogadores possuirão é o facto de eles só terem de se preocupar com uma única rede. Os incumbentes terão de manter o que será considerado como sendo uma onerosa e em diminuição rede PSTN. Uma futura complicação será o comportamento corporativo. A RNG e particularmente o VOIP assemelha-se a uma aplicação de enriquecimento rápido. Mesmo após o último desastre, poderá existir outra bolha com que conviver. Encaramos a mesma situação que tentou muitas corporações criminosas “pilares da nossa sociedade” na era das .com. A estratégia de muitas empresas .com era entrar na industria , sem um plano de negócios, mas com uma estratégia de saída. A sua estratégia é agarrar uma pequena quota de mercado usando práticas não competitivas ex.: liderança de perdas. Depois elas oferecem a sua base de clientes a jogadores maiores, esperando conseguir alguma capitalização. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 19 Se não conseguirem encontrar, a tempo, algum grande jogador interessado ( A empresa entra rapidamente em falência com a liderança de perdas) então a empresa é colocada em liquidação. Os perdedores são os investidores accionistas e os trabalhadores, que usualmente perdem muitos dos benefícios acumulados. Os jogadores de Internet nunca estenderam fios de cobre e não se pode esperar que eles alguma vez entrem neste tipo de infra-estruturas. Alguns estão preparados para se envolverem em cabo de banda larga e desenvolvimento de Cabo de Fibra Hibrida. Alguns podem até colocar pé nas solução sem fios. Não existe uma solução única à medida de todos os países. Hong Kong (tal como Singapura) é uma pequena área geográfica de grande densidade populacional, e certas soluções adequam-se a esse ambiente. Outros países como a Rússia, Austrália, com grandes distâncias, e a Indonésia e as Filipinas, com milhares de ilhas, colocam diferentes desafios. É difícil ver o actual problema de fraca penetração telefónica em áreas não urbanas, rurais e ilhas ser conduzido pelos novos jogadores. Podemos sim esperar que eles dupliquem os acessos em áreas urbanas e centrais das cidades onde o “batido de natas” pode ser exercido. 3. C OS VÁRIOS INTERESSADOS. – CONSUMIDORES – GRANDE NEGÓCIO Espera-se que o grande beneficiário da mudança para a RNG seja o grande negócio, sendo grande a expectativa sobre preços mais baixos e comunicações mais flexíveis. O grande negócio tem, muito provavelmente, sido o único beneficiário da privatização e desregulamentação. As Empresas telefónicas fornecem comunicações de banda larga de qualidade ao grande negócio. Os novos jogadores escolheram a “cereja no topo do bolo” da industria de telecomunicações, duplicaram a rede nas zonas comerciais centrais e em áreas de alta densidade. Deste modo o grande negócio tem competidores genuínos em conjunto com acesso de banda larga. O grande negócio já está a usar o VOIP intensivamente, apesar de em redes separadas. A migração para o VOIP ou RNG é apenas uma questão de substituição de equipamento, uma tarefa relativamente fácil. 3. D VIETNAME – AGOSTO DE 2003 O Vietname ordenou a uma empresa, que foi a 1ª a ter permissão para vender serviço telefónico Internet no país, que suspende-se a venda de cartões telefónicos, alegando procedimentos de inspecção incompletos. A FPT é o 2º maior ISP do Vietname, e os cartões fornecem acesso a chamadas baratas de outbound aos utilizadores de computadores. As chamadas telefónicas de computadores são à longo tempo esperadas no país do Sudoeste Asiático, em virtude dos custos telefónicos serem muito dispendiosos conforme citado por negócios estrangeiros que os consideram como um dos maiores obstáculos ao investimento. A FPT começou a vender cartões telefónicos que permitem aos utilizadores telefonar para qualquer parte do mundo a um custo entre 1,400-1,700 dong (9-10.9 cents) por min.. Este custo não tem comparação com os 2 dólares m. de uma chamada normal. (Telecomasia) OS VÁRIOS INTERESSADOS. – CONSUMIDORES – POVO Diferentemente do grande negócio, os novos jogadores não oferecerão serviços ao povo a não ser que a empresa de telecomunicações incumbente seja forçada a deixar que os novos jogadores usem a sua rede de acesso a um preço barato. É improvável que a duplicação física da infra-estrutura ocorra em predominância nos mercados residenciais. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 20 O lacete local sem fios (WLL) está disponível em muitos países como solução tecnológica, mas por enquanto ainda não foi usado extensivamente. Em adição a tecnologia 802.11b e g assegura algumas esperanças nas áreas urbanas. As redes móveis podem não ser capazes de conversão ao VOIP durante algum tempo. A linha terrestre e o WLL têm de ser capazes de transportar banda larga, apesar das velocidades mínimas não terem sido ainda determinadas. A ADSL pode fornecer banda larga para distancias de 3 a 5Km de uma central. A Fibra Óptica até casa OFTH ainda está a alguma distancia no tempo, e alguns transportadores podem decidir que não é comercialmente viável levá-la até determinadas residências. Na generalidade, crê-se que os pares de cobre (excluindo cobertura DSL) não serão capazes de fornecer qualidade de acesso VOIP. Isto pode deixar muitas das residências actualmente servidas de comunicações sem uma ligação telefónica após o fecho das centrais. Apesar de poderem migrar para móvel, existe uma penalização de custos sobre o verdadeiro povo, aquele que na realidade não pode suportar qualquer aumento de despesas mesmo com uma mais baixa qualidade de comunicações. Quanto há extensão das redes a novas áreas, tradicionalmente rurais, ilhas, remotas e em desvantagem, parece existir alguma esperança. Os competidores não vão construir uma rede a não ser que possam garantir um lucro definido e continuado. Ver mais abaixo. 3. E OS VÁRIOS INTERESSADOS. – EMPREGADOS Para os empregados, poderá haver uma mudança dramática em qualificações, localização e empregos. Numa das pontas da escala, nós prevemos o completo encerramento das actuais centrais telefónicas. Esta é a parte mais complexa da rede telefónica existente, e onde reside os trabalhos com maiores exigências a nível de competências. Os trabalhos auxiliares tais como planificação, alocação de cabos, planeamento de rede, etc. serão afectados. A substituição da infra-estrutura RNG é menos complexa, mais barata e amplamente distribuída. Se os reguladores não impuserem a mesmas condições aos operadores VOIP tal como fazem aos actuais transportadores então a nova imagem das empresas telefónicas será igual á dos actuais fornecedoras de ISP. O equipamento está fora da casca, o software controlado e será mais um aparelho “ligue e jogue”. Ele pode ser configurado remotamente. Neste cenário, a qualidade do trabalho e as qualificações são significativamente diminuídos. O mais vulnerável será o pessoal técnico qualificado das centrais. Novos empregos serão criados, mas as grandes probabilidades serão em software de configuração de equipamento de ISP. O VOIP conduzirá à consolidação da centralização na ordem dos 80% e servidores substituirão os repartidores tal como os circuitos dedicados para telefonia de voz darão lugar aos pacotes de voz codificados como se fossem dados. A reconversão e formação destes trabalhadores é uma questão que as organizações sindicais têm de vigorosamente exigir de forma a que os nossos membros sejam capazes de obter as qualificações técnicas relativas a servidores e routers. Haverá também um crescimento nas maiores redes de turno , visto se esperar um aumento do tráfego de dados. No entanto o IP é mais eficiente do que a voz através de um circuito comutado compensando algum deste crescimento. Adicionalmente, existe tanta fibra óptica “negra” como resultado da bolha das empresas .com que se irá passar ainda algum tempo até que seja necessária alguma construção. Uma área de crescimento expectável, a curto prazo, será a da “ultima milha”. A RNG não será uma realidade sem comunicações de banda efectivamente “larga”. Para a organizações sindicais este facto levanta outra preocupação. Muito deste trabalho já está efectivamente feito, ou através de contratos ou das empresas de manufactura. A organização destes contratos ou dos trabalhadores externos é uma questão que também deve ser levantada pelas organizações sindicais de forma a garantir que o trabalho se mantém decente e sindicalizado. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 21 Vulgarmente uma linha telefónica de modem é insuficiente. O ADSL é uma solução, mas ela tem um alcance de cerca de 3 a 5KM de distância de uma central. É uma solução suja mas eficaz. A Fibra Óptica até casa é uma solução completa. Mas esta requer uma substituição de cabo mais dispendiosa. Isso acontecerá um dia, e talvez a RNG seja o catalisador para que isso aconteça. Certamente esta é uma área onde as organizações sindicais devem ter em conta as oportunidades de emprego particularmente para aqueles trabalhadores que procuram reconversão e retreino. No entanto, em primeiro lugar, para que esta solução seja realista, deverá ser promovida a questão da universalidade do FTTH e vendida ao regulador como uma opção viável para a conectividade da banda larga e para trato das questões humanas destas mudanças. Outra solução é o sem fios. Esta é outra solução suja uma vez que o montante do espectro é limitado, e o publico é altamente suspeitoso acerca dos efeitos na saúde da radiação das rádio frequências. Uma explosão de pontos de sistemas aéreos nas residências testará a paciência do publico. Garantias dadas pelas ricas empresas telefónicas móveis e pelos transportadores de que as transmissões rádio são seguras, não valem de muito, uma vez que os resultados das pesquisas destas sobre a saúde se mantêm ambíguas. Apesar de tudo a solução sem fios é mais barata do que a solução com fios e os lacetes locais das empresas telefónicas tradicionais podem efectivamente ser suplantados. Mais uma vez uma das razões para o sem fios ser mais barato é a necessidade de menor mão de obra. Tal como indicado anteriormente, as empresas têm uma força de trabalho com um actual conjunto de qualificações ultrapassadas que não são na sua maioria as necessárias para a RNG. Um dos efeitos da RNG parece ser a da redução significativa dos trabalhos de longo prazo. Se podermos descrever a nova rede como “liga e joga” , então o conjunto de qualificações será reduzido drasticamente. O pessoal técnico poderá também dizer que o trabalho foi desqualificado. Devido á economia de escala, poderemos também esperar trabalhos remotos como; recuperação de software, refrescamento, configuração e manutenção. Estes trabalhos podem inclusive ser feitos em locais deslocalizados trans-fronteiriços possivelmente em países com salários baixos. 3. F OS VÁRIOS INTERESSADOS. – REGULADORES E ORGANIZAÇÕES DE PADRONIZAÇÃO Aqui teremos um produto que fará a sua entrada usando, na generalidade, a Internet desregulamentada como uma plataforma evitando assim o altamente regulado regime telefónico e de transportador. As organizações de padronização e os reguladores estão na actualidade a abrir debates sobre as questões, mas pode já ser muito tarde. Muito tarde porque muito já foi decidido pelo mercado e entrincheirado nas electrónicas, software, propriedade intelectual e protocolos. Não faltam apenas padrões, as Obrigações do Serviço Universal necessitam ser reescritas. Com algumas das dificuldades evidenciadas anteriormente, poderão ter que ser as organizações padronizadoras e os reguladores a ter que esperar e ver que soluções, se alguma houver, emergirão. O OFCOM (Reino Unido), o CRTC no Canadá, a Comissão Europeia e FCC nos Estados Unidos são exemplos de reguladores que estão na busca de debate e de respostas de todos os jogadores envolvidos. Existe uma polarização de jogadores tal como pode ser observado nos Estados Unidos. Os incumbentes dos Estados Unidos estão preocupados devido aqueles que fornecem acesso VOIP não estarem subordinados pelos regulamentos aplicados aos transportadores. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 22 3. G OS VÁRIOS INTERESSADOS. – SOCIEDADE As questões de sociedade foram deixadas para ultimo, como usualmente o são. Mas neste documento ele permite-nos rever todo o quadro antes de o comentar. A primeira questão é a seguinte; Se a RNG depende de uma ligação de banda alargada, e idealmente a uma ligação de banda larga, fará a necessidade de uma melhor ligação o incremento da divisão digital? As respostas são bastante alarmantes. A QUALIDADE DIVIDIDA As Obrigações de Serviço Universal (OSU) existem em inúmeros países, mas a definição é difícil de reter. O que é um serviço telefónico? Na Nova Zelândia o OSU é definido como um serviço igual a 9,6 Kbps de velocidade de transmissão de dados. Isto coincide com a velocidade máxima sobre uma rede de 2G GSM. Este padrão de OSU torna-se irrelevante pois ele é de longe imprestável para uso de Internet, e possivelmente para uma básica, de baixa qualidade, ligação de voz usando IP. Sera possível o serviço, mas não a qualidade do serviço. A CANALIZAÇÃO DA DIVISÃO Aparte o sobre-dimensionamento da rede, existem pelo menos 2 vias para garantir que os pacotes de voz podem viajar através das redes com altos padrões de qualidade. Uma das vias é criar uma rede separada para transportar os pacotes de voz IP. Isto dará efectivamente corpo a duas redes “Internet” físicas, uma para ligações de qualidade e outra para as restantes. A segunda via é etiquetar cada pacote e conceder-lhes prioridade quando do seu manuseamento. Isto dar-nos-á duas redes “internet” virtuais. Nas redes virtuais, todos os pacotes usarão uma rede física, mas alguns pacotes viajarão em 1ª classe enquanto outros viajarão em classe económica. A REDE DA MONGÓLIA USA VOIP NOTICIAS CELULARES – OUTUBRO 2003 A ITXC Corp. e o operador GSM da Mongólia Mobicom estabeleceram um acordo para troca bilateral de tráfego de voz internacional de e para a Mongólia feita através de uma ligação VOIP. A ITXC opera a maior rede mundial internacional de VOIP, a ITXC.net, capaz de atingir qualquer telefone do mundo através de relacionamentos directos de tráfego com centenas de locais, com transportadores nacionais e globais em mais de 175 países. Interligando a sua rede móvel com a ITXC.net, a Mobicom é capaz de ganhar maiores margens e um crescimento mais rápido do rendimento do tráfego Ambas as aproximações conduzir-nos-ão a internacional inbound e outbound com a sua rede uma situação onde os clientes ricos ou nacional de crescimento rápido. corporativos podem ter um bom serviço, porque eles pagarão uma taxa mais alta Usando esta interligação VOIP directa à ITXC.net, pela qualidade usufruída. Os clientes na Mongólia, a Mobicom apura também poupanças pobres e os em desvantagem serão significativas de capital e de despesas de operação , enquanto reduz fortemente o tempo e os custos deixados com a baixa qualidade. requeridos para acrescentar capa idade e novos destinos A DIVISÃO TECNOLÓGICA Assim que as centrais telefónicas PSTN fechem a sociedade perderá o seu actual sistema telefónico. Se as pessoas não puderem obter uma ligação VOIP ou RNG poderão ser deixadas sem qualquer tipo de comunicação! Será uma dura decisão política um Governo permitir o encerramento das centrais telefónicas nestas circunstâncias. Mas as empresas privadas chorarão de pobreza e exigirão compensações (de quem?) se tiverem de manter as anti económicas centrais abertas, para serviço de clientes anti económicos. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 23 Novas Obrigações de Serviço Universal poderão ser necessárias para proteger os serviços existentes de uma retirada não substituída. Elas poderão cobrir calendários de encerramento de centrais e substituição de serviços. Existe um precedente para este tipo de acção. Na Austrália, o Governo tomou uma decisão política para beneficiar os competidores, forçando o encerramento da rede analógica (detida pela Telstra). Assim todos os consumidores tiveram de comprar um aparelho GSM e ligar-se a uma das três operadoras de GSM. Isto deixou alguns consumidores rurais sem telefone uma vez que a rede analógica tinha melhor cobertura do que a rede digital. (Existem razões técnicas para que isto aconteça). A pressão política forçou o Governo a atrasar o encerramento de partes da rede analógica, mas no fim, a ideologia competitiva ganhou o dia. O custo dos aparelhos RNG serão mais altos do que os dos telefones “surdos” (campainha, marcador, microfone e auscultador) que usualmente utilizamos. O “esperto” telefone IP será um mini terminal de Internet, com electrónicas complexas. Será também necessário ser configurado de modo a ser usado como terminal IP. Na área da sociedade, uma organização interessante é o Centre for Digital Democracy. Ela produziu uma “Broadband Bill of Rights” (Conta de Direitos da Banda Larga) com 10 princípios fundamentais para assegurar o futuro. Eles evidenciam os princípios básicos de abertura (de acesso), igualdade (de dados), diversidade (de conteúdos) e de liberdade (de expressão). Os seus princípios são, Escolha, Não discriminação, Privacidade, Sistemas Abertos, Interoperacionalidade, Obrigações de interesse público, Oportunidades educacionais, Programação para crianças e Divisão digital. Estes itens evidenciam a necessidade de um Forum para testar estas questões contra a RNG, e para assegurar que a sociedade mantém os seus direitos e serviços. 4. TRABALHO EM PROGRESSO No fim deste documento, é fornecida uma lista de Web sites onde documentos e relatórios de actividades podem ser encontrados. A União Internacional de Telecomunicações (ITU) e as organizações regionais tais como a Asia Pacific Telecommunity (APT) têm grupos de trabalho e oficinas a desenvolver posicionamento sobre a RNG. Em 2001, o ETSI, montou um Next Generation Networks Starter Group (NGN-SG) para produzir uma estratégia de padronização. O ETSI está agora a montar um grupo de implementação. Em países como a Austrália, as organizações da industria nacional tais como a Australian Communications Industry Forum (ACIF) montaram organizações para tomar em consideração questões e para desenvolvimento de políticas industriais. A RNG transcende muitas áreas. Ela inclui matérias tais como numeração, padrões telefónicos, padrões de Internet, padrões de difusão, questões de privacidade, questões de interligação, questões de acesso e questões de qualidade. Têm-se levantado problemas em organizações de padronização e de regulamentação por a RNG se sobrepor a muitas áreas de trabalho ou ser uma convergência de questões sob estudo. Por exemplo, o ITU tem diferentes grupos de trabalho com tarefas especificas. De facto a organização é bastante burocrática nesta área e nenhum grupo pode reclamar a RNG. É necessária coordenação entre estas organizações, mas é necessário adicionar à complexidade do assunto a demora na consideração do mesmo assunto. No entanto um problema que necessita mais tarde ser levantado pelas organizações sindicais é a relutância da ITU se envolver num dialogo apropriado com a UNI e os seus filiados. O ITU mostrou uma clara aversão em relação a que o debate sobre RNG assegurasse qualquer dimensão humana no seu todo. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 24 5. FONTES DE INFORMAÇÃO Enquanto os media e a Internet são uma boa fonte de informação, os filiados como o NWJ (Japão), o CWU (Reino Unido) e o CWA (Estados Unidos), podem providenciar informação valiosa acerca de novos desenvolvimentos. A TT liderou o caminho com a 3 G e está agora a desenvolver a sua estratégia de 4G. Outros transportadores estão a levar a cabo testes de VOIP e apresentações destas organizações seriam muito úteis. Entre os filiados UNI, existem muitos membros directamente envolvidos em pesquisa e aplicações. Estes membros deverão ser identificados e dever-lhes-á ser solicitado que contribuam para as pesquisas da UNI. Os filiados UNI devem também tentar ser uma parte activa de delegações de reuniões de organizações onde a revolução da RNG está a ser discutida, tais como a World Summit on the Informations Society (WSIS), o ITU, a Comissão Europeia, a APEC (Tel), a Asia Pacific Telecom Union (APT), a African Telecom Union (ATU) e a OCDE. Estas organizações necessitam ter mais informação das organizações sindicais sobre aspectos de emprego para assegurar que os aspectos humanos e sociais são considerados na sua plenitude em conjunto com os desenvolvimentos. 6. RECOMENDAÇÕES A declaração que se segue deve ser encarada como uma declaração política da UNI sobre RNG a qual é acompanhada por recomendações sobre como a UNI Telecom pode tentar resolver o problema posto por este desafio. UNI TELECOM e RNG Novos desenvolvimentos tais como a banda larga, habilitadora do VOIP, estão desde já a ameaçar os rendimentos das empresas telefónicas tradicionais. Muitas das grandes empresas já possuem e estão a mudar para as tecnologias VOIP. Sob um ponto de vista, a RNG será a convergência dessas 3 redes em um estilo de rede Internet, usando o protocolo Internet. Esperamos a convergência dessas redes. Mas a realidade é de que as redes telefónicas tradicionais podem vir a ser abandonadas após o tráfego telefónico ser migrado para a rede VOIP. Seja qual for o caminho, existirá uma mudança significativa na estrutura da industria. A RNG crescerá rápido para uma quota de mercado dominante pelo que os sindicatos UNI Telecom têm de assegurar que os seus membros fazem o trabalho de mudança preferentemente a novas subsidiarias ou contratos. Isto significa apoio técnico e serviço de atendimento/apoio ao cliente. Os filiados da UNI Telecom devem lutar para reter trabalho nas RNG, mantendo-o como trabalho sindicalizado, com verdadeiros direitos laborais, com direitos de negociação colectiva, condições e ordenados decentes. A RNG terá um impacto muito significativo nos empregos. Mais adiante, no tempo, poderá haver ramificações negativas para a sociedade. Enquanto decorre esta fase preliminar/inicial a sociedade civil, incluindo organizações sindicais, devem envolver-se e participar nas deliberações e contribuir para resoluções que venham ao encontro das expectativas e esperanças do povo e da sociedade. À medida que os preços e os rendimentos caem, a ameaça de recurso à deslocalização e a cortes de Qualidade de Serviço incrementar-se-á, razão pela qual as organizações sindicais Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 25 UNI Telecom têm de estar vigilantes por forma a construir apoio a uma política publica e de regulamentação que olhe mais para a RNG do que para uma época de telecomunicações passada que está a desaparecer. A UNI tem de propor um modelo de quadro regulatório tal como 1 MB em 2005, incrementando para 5MB em 2010 a um preço comportável tal como não mais de 25€ por mês com um adicional de 20€ mês para telefonia de voz. É política da UNI Telecom que a universalidade e o preço comportável é a chave que serve a nossa estratégia para os trabalhadores e para Telecomunicações com futuro e de longo prazo. São feitas as seguintes recomendações: • • • • • • • • • • Que a RNG e o VOIP sejam designados como uma área de especial interesse para a UNI Telecom, e que seja estabelecido um Forum apropriado para partilha de informação, que permita o debate sobre temas como; Regulamentação e implicações para o emprego (UNI Telecom RNG Forum). Que o UNI Telecom RNG Forum arranje um processo apropriado que permita a partilha de informação e facilite o debate, assim como uma pagina Web dedicada à RNG e um Comité Virtual de RNG. Que o UNI Telecom RNG Forum investigue estratégias apropriadas para incremento do envolvimento dos filiados nas decisões da industria. Que deverá ser dada prioridade para assegurar que a UNI Telecom e os filiados estão activamente envolvidos na promoção de apropriadas iniciativas de política publica que possam mitigar a perda de empregos, facilitar a reconversão e as questões de reemprego e que retire as incertezas que afligirão os trabalhadores. Que a UNI Telecom monitorize de perto os desenvolvimentos no VOIP e na RNG através dos media, através da organizações industriais e através da consulta com empregadores e reguladores e que partilhe essa informação com os filiados. Que a UNI Telecom continue a procurar a admissão na industria, Governos e Organizações Globais de forma a ter acesso a informação de qualidade e para que providencie dados para essas organizações. Isto deve incluir ITU, APT, ETSI, APEC, OCDE, WSIS, Com. EURO., etc. onde a RNG esteja a ser discutida por Governos, Reguladores e Industria. Os filiados devem ser encorajados a procurar convites para as organizações locais da industria, como também para organizações regionais. Que essa informação obtida seja coligida e enviada ao UNI Telecom NGN Forum e colocada à disposição na pagina Web. Que a UNI Telecom use todas as oportunidades para preparar os filiados para a RNG e para educar os filiados através de reuniões tais como; Conferencias Regionais, Boletins, Comunicados e Seminários. Que a UNI Telecom e filiados procurem alianças exteriores à nossa industria que assegure que a voz da sociedade civil tem uma melhor audição. Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 26 7. MAIS INFORMAÇÃO UNI Web Site http://www.union-network.org UNI Telecom Web Site http://www.union-network.org/Telecom.html UNI Asia Pacific Regional Office Web Site http://www.uniapro.org UNI Americas Regional Office Web Site http://www.union-network.org/UNIsite/Regions/Americas/Americas.html NGN Tutorial http://www.iec.org/online/tutorials/ ETSI technical bodies and the Third Generation Partnership Project. http://portal.etsi.org/portal_common/home.asp?tbkey1=board&tbkey2=ngn-ig ITU http://www.itu.int World Summit on the Information Society (WSIS) http://www.itu.int/wsis/ OECD http://www.oecd.org/home/ eEurope 2005 http://europa.eu.int/iformation_society/eeurope/2005/index_en.htm APEC Telecommuinications and Information Working Group Web Site http://www.apecsec.org.sg/ APT Web Site http://www.aptsec.or/mainpage.htm OFCOM (UK) – Paper on Voice over Broadband http://www.ofcom.org.uk/ind_groups/telecommunications/vob/?a=87101 Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 27 8. ABREVIATURAS ACIF ADSL APEC APRO APT ATM DSL ETSI FCC FTTH GSM ICANN IP ISDN ISP ITU NGN OFCOM OFTH PABX PSTN UNI URL USO VOIP WLL AUSTRALIAN COMMUNICATIONS INDUSTRY FORUM ASYNCHRONOUS DIGITAL SUBSCRIBER LINE ASIA PACIFIC ECONOMIC COMMUNITY ASIA PACIFIC REGIONAL OFFICE (UNI) ASIA PACIFIC TELECOMUNITY ASYNCHRONOUS TRANSFER MODE DIGITAL SUBSCRIBER LINE EUROPEAN TECHNICAL STANDARDS INSTITUTE FEDERAL COMMUNICATIONS COMMISSION FIBRE TO THE HOME GLOBAL SYSTEM FOR MOBILES THE INTERNET CORPORATION FOR ASSIGNED NAMES AND NUMBERS INTERNET PROTOCOL INTEGRATED SERVICES DIGITAL NETWORK INTERNET SERVICE PROVIDER INTERNATIONAL TELECOMMUNICATIONS UNION NEXT GENERATION NETWORK OFFICE OF COMMUNICATIONS (UK) OPTICAL FIBRE TO THE HOME PRIVATE AUTOMATIC BRANCH EXCHANGE PUBLIC SWITCHED TELEPHONE NETWORK UNION NETWORK INTERNATIONAL UNIVERSAL RESOURCE LOCATOR UNIVERSAL SERVICE OBLIGATION VOICE OVER INTERNET PROTOCOL WIRELESS LOCAL LOOP Autor: Dan Dwyer - Tradução integral de documento original UNI (Rui Neto) Grupo de trabalho do STPT para a UNI Rui Neto/José Coelho Autor: Dan Dwyer – Tradução integral de documento original UNI Grupo de trabalho do STPT para a UNI 28