Baixar Documento Original - Câmara Municipal de Sales

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Baixar Documento Original - Câmara Municipal de Sales
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C.G.C. 46.613.196/0001-90
Av. Ramillo Salles, 717 - Fone/Fax (017) 557-1108 - CEP 14980-000
ESTADO
DE
SÃO PAULO
LEI N“ 1.204 DE 10 DE AGOSTO DE 1.999.
DISPÕE SOBRE APROVAÇÃO DO MEMORIAL HISTÓRICO - CULTURAL DO
MUNICÍPIO DE SALES, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.
JOSÉ ANTONIO AMÊNDOLA, Prefeito Municipal
de Sales, Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei;
FAZ SABER, que a Câmara Municipal de Sales, em
sua 14“ (décima Quarta) Sessão extraordinária realizada em 17/06/99, APROVOU e ele
sanciona e promulga a seguinte Lei:ARTIGO 1“ - Fica aprovado o incluso memorial
Histórico-Cultural com laudas digitadas, sobre o Município de Sales, contendo
1. fflSTÓRIA - ORIGEM E EVOLUÇÃO.
2. DADOS GEOGRÁFICOS.
3. RECURSOS NATURAIS.
4. COLETÂNEA HISTÓRICA.
5. COLETÂNEA DOCUMENTAIS.
6. CURIOSIDADES DIVERSAS.
7. CEMITÉRIO DOS ESQUECIDOS.
8. ANTIGOS CAÇADORES.
9. ATERRO SOBRE A VÁRZEA DO RIO TIETÊ.
10. EMBARCADOURO E BALSA PARA TRAVESSIA DO RIO TIETÊ.
11. ANTIGA ENTRADA DA CIDADE.
12. PONTES E ESTRADAS.
13. FATOS E FOTOS LOCAIS.
14. TELEFONE.
15. IGREJA MATRIZ.
16. PRIMEIRO RESERVATÓRIO D’ÂGUA E POÇO.
17. FOTO DO PRIMEIRO PREFEITO E VICE-PREFEITO DO MUNICÍPIO.
18. PREFEITOS, VICES, VEREADORES E VEREADORES QUE ASSUMIRAM O
CARGO
19. ESCALA POR PERÍODO DE MANDATO, A PARTIR DOS IDOS DE 1.960 ATÊ A
PRESENTE LEGISLATURA QUE SE ENCERRA EM 31/12/2.000, DOS
PREFEITOS ELEITOS E EMPOSSADOS.
ARTIGO 2“ - O referido Memorial uma vez aprovado
será encadernado, distribuído gratuitamente a todas as pessoas interessadas, como parte da
história e origem do Município de Sales, correndo as despesas por conta das verbas
próprias do orçamento Municipal, suplementadas se necessárias.
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C.G.C. 46.613.196/0001-90
Av. Ramillo Salles, 717 - Fone/Fax (017) 557-1108 - CEP 14980-000
ESTADO
DE
SÃO PAULO
ARTIGO 3” - O referido Memorial será ainda
arquivado uma de suas cópias na Câmara Municipal, na Sede da Prefeitura, junto as demais
repartições públicas do Município, inclusive nas Escolas Públicas para que seja conhecido
por todos.
ARTIGO 4“ - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SALES, 10 DE AGOSTO DE 1.999.
:0 AMENDOLA
íto Municipal
REGISTRADA E PUBLICADA NESTA SECRETARIA NA DATA SUPRA
Dulcinéia da Silva de Menezes
Men Comparette
Secretária
SALES.
SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO
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JOSE AMENDOLA
SALES,
SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO,
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EDIÇÃO
1.999
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INTRODUÇÃO
A PRETENSÃO DESTE HUMILDE AUTOR, FOI TRADUZIR PARA
AS PÁGINAS DESTE PEQUENO LIVRO, COM MUITO CARINHO À
TODA COMUNIDADE SALENSE, ALGUNS FATOS HISTÓRICOS QUE
FICARAM OBSCUROS ATÉ ENTÃO, PORÉM, DENTRO DE UM
PRINCÍPIO APOLÍTICO, NUM TRABALHO DE DEDICAÇÃO INTENSA
E PESQUISADOR INCANSÃVEL, BUSCANDO FATOS, FOTOS E
DOCUMENTOS EM CARTÓRIOS, REPARTIÇÕES PÚBLICAS
DIVERSAS E OUVINDO TAMBÉM AS NARRATIVAS CONTADAS POR
VÁRIAS PESSOAS DE NOSSO M UNICÍPIO, QUE MUITO
CONTRIBUÍRAM PARA ESTE TRABALHO, QUE SE NÃO É PERFEITO,
PELO MENOS FOI UMA INICIATIVA.
A TODOS CABE O DIREITO DE TORNAR ESTA NARRATIVA
MAIS ESCLARECEDORA, SIMPLESMENTE DEI UM INÍCIO E COM
AS GRAÇAS DE DEUS O PRIMEIRO PASSO FOI DADO. A TODOS
MUNÍCIPES FICA ABERTO O DIREITO DEMOCRÁTICO DE
CONTINUAR OU MELHORAR ESTE TRABALHO QUE FOI REALIZADO
COM MUITO AMOR.
OBRIGADO A TODOS.
JOSÉAMÊNDOLA
SALES, MARÇO DE 1.999.
DEDICATÓRIA
Especialmente dedico este simples livro à minha querida esposa e
companheira Terezinha lunes Amêndola, aos meus doze filhos Vani,
Valmir, Valdete (in-memorian), Aparecida, Meire, José Antônio, Marli,
Valdir, Rita de Cássia, Lourdes de Cássia, Luciana e Adriano, aos meus
23 netos, noras e genros. Aos meus falecidos pais Paschoal e Nicolina e
aos meus irmãos. À toda população Salense com meu carinho e atenção.
Acima de tudo agradeço ao nosso bondoso Deus por terme permitido esta
dádiva de poder oferecer à nossa comunidade estas páginas.
Sem distinção alguma, meu muito obrigado a todos.
José Amêndola
Sales, março de 1.999.
HISTÓRIA: ORIGEM E EVOLUÇÃO.
A cidade de Sales tem como sede de Distrito de Paz o Município do
mesmo nome:______
Antigo distrito denominado ‘t apoeiriiuia’-, pertencente ao município de
Novo Horizonte.
Tornou-se Distrito de Paz pela Lei n® 1.834, de 26 de dezembro de
1.921, sendo instalado em 28 de junho de 1.922.
Teve a denominação de Vila Sales, pela Lei 2.194, de 19 de agosto de
1.927.
Pelo Decreto Federal n® 2.104, de 02 de abril de 1.940 e Decreto
Estadual n® 11.069, de 04 de maio de 1.940, passou a denominar-se SALES.
Conforme Decreto-Lei n® 14.334, de 30 de novembro de 1.944, posto
em execução em 1®de janeiro de 1.945, passou a pertencer ao Município de
Irapuã.
Pela Lei n®233, de 24 de dezembro de 1.948, posta em execução em
1®de janeiro de 1.949, passou a pertencer ao Município de Novo Horizonte.
Sua elevação a Município deu-se pela Lei n®5.285, de 18 de fevereiro
de 1.959, executada em 1®de janeiro de 1.960, com sede na vila de igual
nome e com território desmembrado do respectivo distrito e do distrito da
sede do município de Irapuã, na Comarca de Novo Horizonte.
Ficou pertencendo à Comarca de Novo Horizonte desde 1.922 até
1.982, quando foi transferido para a Comarca de Urupês.
Em 30 de novembro, comemora-se a data de sua Emancipação Política
e Administrativa.
Sales.
Localização; Micro - região - B2, zona típica de São José do Rio
Preto/SP.
Zona Fisiográfica:- O município de Sales está localizado na zona
central do Estado de São Paulo, na alta Araraquarense, à margem direita do
Rio Cervo Grande, afluente do Rio Tietê, sendo as suas terras pertencentes
à Bacia Hidrográfica do Rio Tietê.
Integrou-se a Comarca de Novo Horizonte, porém hoje pertence á
Comarca de Urupês.
Coordenadas Geográficas:- O município situa-se entre os
paralelos, longitude 49® 30’39” WGr e latitude de 21® 20’32’Sul.
Altitude:- A sede do Município de Sales situa-se na costa acima do
nível do mar a uma altitude de 443 metros.
Distância da Capital do Estado:- 452 km.
Distância da Capital do Brasil:- 850 km.
Limites:- O município de Sales limita-se com o seguintes municípios:Ao Norte:- Mendonça e Adolfo,
Ao Sul:- Novo Horizonte,
Ao Oeste:- Sabino e.
Ao leste:- Irapuã.
Área Territorial:- 272 km quadrados.
Bairros Urbanos:- área Central, (planta original). Jardim do Sol, Jardim
Primavera, Jardim Planalto, Jardim São Benedito, Jardim Cristo Redentor,
Jardim Beira Rio (Cervinho).
Bairros Rurais:- Cervinho de Cima, São Sebastião, Córrego
Capoeirinha, Barra Mansa, Fazendinha, Bairro dos Mineiros, Cerrado, Tiririca,
Santo Antônio, Cestari, São Joaquim, Tabaju, Sertãozinho, Sucuri, Santa
Odete, Santa Bernardete, (antiga Esplanada).
População:- (censo de 1.996).
Urbana:-3.013
Rural:822
Total:- 3.835
Deste total são 1.959 homens e 1.876 mulheres.
Atual número de eleitores, conforme dados coletados junto ao Cartório
Eleitoral da Comarca de Urupês:- 3.621 (até julho de 1.998).
Aspectos Físicos:Área Urbana e área Rural,
Topografia:- a topografia varia muito pouco, possuindo terrenos
ondulados, não existe montanhas, nem vales profundos.
Solo:- O município encontra-se geograficamente situado na região
fisiográfica chamada Depressão Paleozóica. Encontramos
predominantemente rochas sedimentares, que por sua vez apresenta-se com
duas características como fator de agregação:- com e sem calcário.
Estas rochas com cimento calcário dão origem aos solos
podigolizados.
Clima:- o clima é ameno, verão quente e úmido, frio seco, sendo que
a temperatura média do ano varia, do mês mais frio inferior a 18®C e do mês
mais quente acima de 23®.
Com 0 fechamento da barragem de Promissão no Rio Tietê, com o
alagamento dos rios Cervinho, Barra Mansa, formando um semicírculo de
águas, as condições climáticas sofreram alterações. Houve reflexos no grau
de umidade do ar, ocorrendo maiores precipitações pluviométricas.
Os ventos predominantes são no inverno que vêm do sul e no verão
do Noroeste.
Face aos grandes lagos o Município vem se tornando grande atração
turística para toda a região.
O Município de Sales é servido por rodovias asfálticas, a SP-379 “Roberto Mário Perosa”, a SP-304 - “Jornalista Willibaldo José de Freitas”,
estradas vicinais asfálticas que ligam Sales a SP-304 e vicinal que liga
Sales a “Praia Torres”, denominadas ‘Tenente José Nassif', “Abramo Buratto”
e “Jorge Nassif Tomé", respectivamente.
RECURSOS NATURAIS:
Os recursos naturais são de grande importância:Flora:- A área coberta de matas são poucas, porém, ainda hoje
destaca-se no Estado por ter uma das maiores reservas florestais.
O cerrado ocupa pequena área.
As árvores mais encontradas eram Ipê, cedro, peroba, que hoje são
bastante raras.
Fauna:- os animais de espécies são raros, havendo macacos da raça
Prego, veados, pacas, capivaras, tatu e as aves da espécie patos, garças,
pombas (rolas, juritis, asa branca), etc...
Pesca:- O Rio Tietê, Barra Mansa, Cervo Grande, Cervinho, fornecem
em quantidade, corvina, tucunaré, pacu, além de ter sido piscoso em outras
épocas, com corimbas, pintados, dourados, jaú, etc...
Hidrografia:- Todas as terras pertencem á Bacia Hidrográfica do Rio
Tietê, pois é para este que convergem todos os rios do município, que São:Ribeirão Cervo Grande, Capoeirinha, José Rodrigues, Bebedouro, Barra
Mansa, Córrego do Rachid, Cervinho.
COLETÂNEA HISTÓRICA:
As primeiras famílias aqui radicadas em meados dos anos de 1.900 a
1.914, quando ainda sertão do território central do Estado de São Paulo,
foram:- Belarmino Ribeiro de Oliveira e sua mulher Helena Cândida da Silva,
Francisco Antônio Lima e sua mulher Anna Cândida da Silva, Sebastião
Pinto, José Mendes Fernandes, Manoel Mendes, Paulino Maria, José Helena
e filhos e Horácio Mira.
Em 1.909, Pedro Domingues da Silva, vulgo “Pedro Mulato”, com sua
mulher Idalina Maria de Jesus, adquiriram de Francisco Antônio Lima e sua
mulher, uma gleba de terra, ainda mata virgem, na quantia de 62 (sessenta e
' dois) alqueires.
Em 1.912, trabalhavam na Fazenda Barra Mansa, propriedade do
Senhor José Paulino Castilho de Oliveira, genitor dos Senhor Oliveiro Castilho,
Waldemar Castilho, conhecido por “Tenente Wando” e da Senhora Noemia
Castilho, os seguintes Senhores e familiares:- Joaquim Bentão, Manoel
Bragança, Thiofillio Theodoro, Elizário José da Silva e em 1.913, Salomão
Rodrigues Monteiro, Martimiano Paes de Oliveira, Ezau Ferreira Raisca e
Roldão Pedro Nogueira.
A título de ilustração anexamos cópia da fotografia da família do Senhor
José Paulino Castilho de Oliveira, sua esposa Maria Castilho de Oliveira e
seus filhos acima descritos Oliveiro, Waldemar e Noemia, cujo rebatimento
fotográfico fora feito na cidade de Aparecida, em 08 de setembro de 1.920.
1- Filho - Oliveiro Castilho
2^ Filho - Vando Castilho
3- Filho - Noemia
Observe-se a seguir as anotações realizadas pelo Senhor José Paulino
Castilho de Oliveira, que num livro da Fazenda Barra Mansa, anotava até
mesmo as datas de nascimentos dos filhos, para posterior registro em cartório,
conforme xerox a seguir.
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Em 1.917, Anna Cândida da Silva, popularmente conhecida por
“Leopoldina”, mandou elaborar uma planta para a formação de um povoado,
onde seria a futura cidade, dando o nome de “Capoeirinha” e foi trazendo o
povo que residia junto aos índios às margens do “Córrego Barreiro do Meio”,
tendo este local recebido o nome de Espraiada, por ser um pequeno rio.
Este povo, vindo de uma cidade desconhecida, encontrou-se com a
tribo de índios e por ali ficaram, construindo suas casas de sapé e barrote,
cobertas de folhas de coqueiro. Entretanto, Leopoldina foi ao encontro deste
povo e os trouxe para o vilarejo denominado “Capoeirinha".
Por sua vez, Joaquim Bentão, também um dos pioneiros, construiu
uma casa de tijolos (tijolão feito de barro vermelho) e de madeira tirada do
mato. Este homem era considerado um herói na época, haja vista ter vindo
para cá, fazendo picadas pelo meio da densa floresta existente no local.
Naquela época ocorria muitas doenças, dentre elas a “maleita”, que
matava as pessoas em dois dias de febre muita alta e intermitente.
Nos idos de 1.917 a 1.918, as forças do Conde D’Eu, guerreiros vieram
da Capital rumo ao Paraguai, fazendo picadas mata adentro, conforme
verificava pelos vestígios deixados, atravessando rios por pinguelas, inclusive
0 Rio Barra Mansa, derrubando uma grande árvore que ligou as margens.
Nessa passagem ocorreu uma grande tragédia, quando cinco pessoas, dentre
elas 0 Padre que acompanhava a expedição, caíram dentro do Rio Barra
Mansa, vindo a morrer afogados. Todos foram sepultados às margens do
Rio Barra Mansa, recebendo aquele local o nome de “Cemitério dos Pimentas”,
ficando também o fúnebre local conhecido como “Poço do Padre”.
Referida expedição passou pelas seguintes cidades:- Araraquara, Bela
Vista das Pedras (hoje Itápolis), São José da Estiva, São José da Trindade
(hoje Novo Horizonte), sendo essas famílias desbravadoras de matas,
fazendo picadas e são elas:- famílias de José Capitelli, (que trabalhou de
oleiro na lagoa do Senhor José Paião e João Barbosa), de João Correião, de
Cezário José de Castilho, de Lázaro Tolentino de Oliveira, de Joaquim
Ramalho vulgo “Lopinho”, de José Pracídio (o ferreiro fabricante das cruzes
do cemitério dos esquecidos), este casou-se com uma filha dos chefes dos
índios, com o nome da mesma colocado no dia do casamento, sendo
denominada “Geralda”. Residiram no lugarejo “Capoeirinha” até 1.936. A tribo
de índio encontrada por estas famílias às margens do Rio Cervinho e “Barreiro
do Meio”, era da raça Guarani, os quais moravam nas casas de sapé e
cobertas de folhas de bacuri. Essas famílias ali também se organizaram,
passando a derrubar matas, originando a primeira civilização, recebendo
aquele local o nome de “Águas Espraiadas”, título este dado pelo motivo do
rio ser bastante raso e espraiado.
Existe um cemitério dentro da mata com o nome de “Cemitério dos
Esquecidos”, sendo que em sua entrada, ao lado esquerdo, próximo ao canto,
está sepultado um dos chefes dos índios. Ali foram sepultados não só os
índios, como também os mortos do lugarejo “Capoeirinha”, tais como
Belarmino Ribeiro de Oliveira, Francisco Antônio Lima, Sebastião Pinto. José
em carroças ou em bangüês (bangüê era um pedaço de madeira roliça,
sendo que utilizando-se de um tecido próprio que tinha sua extremidades
unidas e feito uma espécie de nó, por onde era passado o pedaço de madeira),
que colocados nos ombros de duas pessoas eram carregados grandes
distâncias até o cemitério, sendo os corpos sepultados envoltos nos próprios
tecidos.
Em 1.920 chegava em “Capoeirinha” o Senhor Ramilo Sales e seus
irmãos, que logo aqui chegando compraram uma propriedade conforme
escritura datada de 07 de julho de 1.921, n®9.876, compra esta de 62 (sessenta
e dois) alqueires de terra, na Fazenda Cen/inho de Cima, adquirida de Pedro
Domingues da Silva (vulgo “Pedro Mulato”) e sua mulher Idalina Maria de
Jesus e outra propriedade conforme escritura n® 9.877, livro 03, datada de
01 de agosto de 1.921. Então, o Senhor Ramilo Sales transferiu sua família
da cidade de Barretos para a propriedade adquirida, trazendo consigo a família
de João Andreza, sendo este seu empregado de confiança.
Em 1.921 chegou em Capoeirinha o Senhor Aquiles Fumes com sua
família, que construiu a 2® casa de tijolos e estabeleceu-se no ramo de
sapataria, sendo ele o primeiro sapateiro deste rincão. No mesmo ano, ‘Tio
Miguel”, vendia pinga e rapadura.
Também no mesmo ano João José de Magalhães foi o primeiro
comerciante no ramo de armazém de secos e molhados, onde vendia tecidos
para os bangüês, para sepultamento dos mortos atacados pela maleita e
outras doenças.
Ainda em 1.921, Paulino Gonçalves da Costa, foi o maior criador de
porcos e engorda, cujos suínos eram trocados nas cidades de Itápolis e
Araraquara, com produtos que não existiam aqui, ou seja, sal, querosene,
farinha de trigo, açúcar, etc... O transporte desses porcos eram feitos por
carro de boi e a pé. Os porcos que cansavam eram mortos e após sangrados,
suas carnes e toucinho eram salgadas, após, colocadas em jacás, que hoje
denominam-se balaios. Essas viagens duravam entre 30 a 45 dias.
A Fazenda Bela Vista, posteriormente conhecida por “Corredeira”, era
produtora de arroz, feijão, milho e algodão, por fim teve grande produção de
ramin, com máquinas próprias para desfribá-lo, cuja administração cabia ao
senhor Joaquim Florêncio do Amaral, popular “Quinzinho”, que demonstrou
muita dedicação com seu trabalho pelo nosso Município.
Também em 1.921, José Alves de Lima, conhecido por “Cajuru”, aqui
chegou e comprou um sítio às margens do “Córrego Capoeirinha”, construindo
um engenho, moendo cana e produzindo rapadura e tijolo baiano, época em
que também chegaram João Venâncio da Cunha e José Carapina.
No ano de 1.922 chegava em Capoeirinha Estácio Taboas com sua
família, que aqui construiu uma serraria, dando assim um grande impulso na
serragem de madeiras das matas nativas, servindo para as construções de
casas de madeiras. As toras retiradas das matas eram transportadas pelo
então conhecido “carreiro”, Mário Floriano de Oliveira.
Em 1.923, Miguel Tarsitano adquiriu uma gleba de terra com 300
alqueires de João de Moraes, trazendo uma serraria e uma máquina de
beneficiar arroz que foram instaladas em sua propriedade. Acompanhava
Miguel Tarsitano o senhor Paschoal Amêndola, que foi a pessoa que construiu
a serraria, a máquina de benefício de arroz e ainda um moinho de fubá. Mais
tarde em dezembro de 1.924, Paschoal Amêndola trazia toda a sua família
para esta localidade, oriunda de Ariranha. O fazendeiro Miguel, muito
trabalhador continua a prosperar e por volta de 1.933 construiu uma usina de
açúcar, onde fabricava aguardente, ou seja, a famosa “Pinga Santa Maria”.
Seus dois ilustres filhos Antônio Romeu Tarsitano, Advogado e o Dr. Raul
Tarsitano, médico, ambos dedicaram-se às causas humanitárias, sendo que
Raul, médico que era, atendia á muitas pessoas carentes de forma gratuita.
Seu outro filho Floriano Tarsitano viria a ser Prefeito em nosso município no
período de 1.973 a 1.976.
Em 04 de abril de 1.923, estavam reunidos no atual largo do jardim,
onde levantaram o primeiro Cruzeiro, as seguintes pessoas:- José Paulino,
José Helena, Manoel Mendes Fernandes, Miguel Tarsitano, Paschoal
Amêndola, Ramilo Sales, Joaquim Ramalho, José Moreira Luiz, Joaquim
Limão, Estácio Taboas, este doador do Cruzeiro, Cezário José de Castilho,
(doador da imagem de São Benedito), naquela época elevado a Padroeiro do
lugarejo que se denominava “Capoeirinha". Ocorreu também nesta época a
construção da primeira Capela para o Padroeiro, com a promoção de uma
festa por idéia de José Severino, doando também uma imagem de São
Benedito para a Capela que recebeu o nome do Santo. Também este Senhor
instalou um motor movido a querosene que produzia a energia para iluminação
do local, nas imediações da Capela.
A primeira imagem de São Benedito foi doada por Cezário José de
Castilho, pai do Sr. José Cezário de Castilho, conhecido por “Cita Castilho”,
0 qual conservou-a na Fazenda Tabaju até meados do ano de 1.994, quando
então José Amêndola, juntamente com o Padre Osvaldo Alfredo Pinto,
resolveram conversar com o “Cita Castilho” e após, em procissão com várias
pessoas de nossa comunidade, no dia 05 de outubro de 1.993, transladaram
a imagem para a Igreja Matriz de São Benedito.
No ano de 1.924 não havia veículo automotor, mas Paschoal Amêndola
comprou um caminhão, Ford, pneus de borracha maciça, rodas raiadas de
madeira, veículo este utilizado para o transporte de madeiras serradas para
um depósito em Catanduva, de propriedade do Senhor Miguel Tarsitano. O
transporte nesse veículo durava um dia até Catanduva. A Fazenda de Tarsitano
prosperava, onde era plantado café, construída uma olaria, várias casas
para os colonos.
Através da foto a seguir, podemos ver os empregados da Fazenda
Santa Maria e ao fundo uma grande tulha construída em madeira, onde era
armazenada a safra de café. Entre os trabalhadores encontrava-se o senhor
João dos Santos, (n® 3).
Radicou-se no vilarejo em 1.925 o Senhor Sebastião Ferreira de Souza,
casado com Francisca, conhecida por Chica Ferreira”, que ficou famoso na
região por ser um sitiante e forte criador de porcos e cabritos, ás margens do
Córrego Bebedouro.
Em 1.924, Lázaro Tolentino de Oliveira adquiriu do Sr. Isaque, uma
gleba de terra de 80 alqueires, transformando a mata em plantio de café e
doou uma porção de terras para construção do atual cemitério municipal.
Em 1.928, chegava da cidade de Japurá/SP, o Senhor Nagib Karan
com sua família, que trabalhou no ramo de barbearia até 1.940.
Conforme dados obtidos junto ao Sr. Armando Ferretti, Cartorário em
Irapuã, a nossa cidade, antiga “Capoeirinha”, teve seus registros anotados
naquele Cartório, entre os anos de 1.927 a 1.933.0 primeiro casamento de
moradores de Sales, registrado na cidade de Irapuã, foi em 28 de setembro
de 1.927, lavrado no livro BI, fis. 137, sob n® 120, registrado pelo Senhor
Escrivão Eurico Gonçalves de Moraes, sendo unidos naquela oportunidade
0 casal Júlio Perciliano do Nascimento e Maria Apparecida Amêndola. A
primeira Certidão de Nascimento lavrada nas notas daquele Cartório recebeu
o n®530, fis. 22® do livro A2, em nome de Juvenal Lopes da Silva, em 19 de
setembro de 1.927, filho de João Lopes da Silva e Maria Amélia Arruda.
Após 0 ano de 1.933, passou a existir Cartório em Sales, a partir de
então tivemos os seguintes Cartorários:- João Honório Pereira, José Camargo,
este também Professor, Sebastião Caetano Pereira, João Gonçalves Leite,
José Curalho Salgado, Antonio Cintra e a partir de 1.941 o conhecido e
saudoso Vicente Valentim Valente, homem idealista e como os demais, de
suma importância nos destinos de nossa cidade. Após sua morte o Cartório
ficou sob os cuidados de seus filhos Fernando, Mércia e Márcio.
De 1.928 a 1.935, “Vila Sales” teve a sua primeira loja de roupas e a
primeira bomba para a venda de gasolina, de propriedade de José Jamus.
Paulo Calixto e João Armênio dedicaram-se ao ramo de alfaiataria no
período de 1.930 a 1.940. Paulo Calixto grande colaborador nas festividades
religiosas.
Teodolindo Ferreira Costa, aqui chegou em 1.931, vindo trabalhar na
Fazenda de Miguel Tarsitano, estando residindo até hoje em nossa cidade.
Contribuiu muito para o desenvolvimento de nossa cidade, trabalhando no
engenho de açúcar, fabricando melado que era posteriormente transformado
em açúcar-mascavo. (açúcar de cor escura).
A primeira pensão teve como proprietário José Arruda, isto ocorrendo
em 1.930 até 1.940.
Entre os anos de 1.930 a 1.935 foi aberta a passagem de Sales a
Mendonça, sobre o Rio Barra Mansa, com a construção de uma grande
ponte de madeira, que recebeu a denominação de “Nego Baiano”.
Em 1.933, instala-se em Sales o primeiro aparelho telefônico, na
residência de Fernando Tarsitano, tendo sua filha Rosa como a primeira
telefonista.
Entre os anos de 1.932 a 1.935 Manoel Raimundo, popular “Manezinho
Baiano”, era fabricante de farinha de mandioca, ao lado do atual cemitério.
Sebastião Ananias era proprietário de um açougue e paralelamente
produzia e vendia sabão, isto no decorrer dos anos de 1.935 a 1.940.
Nessa época Alfredo Cardoso, pai do Dr. Edvaldo de Novo Horizonte,
possuía um caminhão modelo 1.929.
Em 1.935 chegou em “Vilia Sales” o Sr. Joaquim Sampaio e comprou
a serraria de Estácio Taboas, construindo aqui oito casas de tábuas para
seus filhos, colaborando sensivelmente para o crescimento da cidade. Aqui
residiram até 1.942, transferindo-se para Dracena.
Também em 1.935 aqui chegava a família de Gabriel Assad, com sua
família, oriundo de Taquaritinga, instalando-se no ramo de comerciante com
um grande armazém de secos e molhados.
A título de ilustração, Nicolau Barleta, “o festeiro”, entre os anos de
1.935 a 1.941, promovia comemorações em todos os anos, em 13 de maio,
0 dia de “São Benedito”, com grande fogueira ao lado da capela, com danças
folclóricas. Estes dados foram colhidos junto a senhora Maria Aparecida
Mateus, nascida em 1.915, filha de José Antônio Mateus, chefe da equipe
composta porVigilato, Noemia, Elizário Mateus, Benedito, Sebastião e Maria
Idalina, que prestavam o culto a São Benedito.
Em 1.934 ou 1.936, Sales contou com uma grande plantação de
vassoura e foram industrializadas aqui, período em que também havia uma
grande plantação de girassol, de mais ou menos cinqüenta alqueires, fato
que gerou muitos empregos aos jovens que trabalhavam na colheita.
No ano de 1.937, aqui chegava Paulino Gonzaga vindo da cidade de
Pindorama, adquirindo um sítio às margens do Córrego Capoeirinha, quando
então construiu um engenho e produzia tijolo baiano e rapadura.
Em 20 de agosto de 1.939, Benjamin Buratto adquiriu de Lázaro
Tolentino de Oliveira uma área de 80 de alqueires de terra, segundo
informações de Bruno Buratto. Em parte deste terreno até lioje está o cemitério
municipal.
Antes da criação e instalação do Município, o lugarejo contou com
pessoas importantes que ajudaram no desenvolvimento. E eram considerados
fiscais da cidade:- João Januário de Freitas, João Florêncio Pereira, Emilia
Tarsitano, valorosa mulher, AIcídioSales que muito trabalhou para a construção
da primeira calçada do jardim. Em 1.949, foi nomeado Sub - Prefeito o Sr.
Júlio Bragato que deixou uma grande lembrança, as árvores do jardim que
até hoje sobrevivem; em janeiro de 1.950 foram plantadas as referidas árvores,
sendo a primeira delas pelo Sr. Lázaro Felipe e até hoje elas fornecem sombra
à nossa população. A primeira delas é aquela que se encontra plantada na
esquina, defronte ao Supermercado “Nahra”.
José Flauzino Fonseca teve participação importante no cuidado com
0 jardim e formação das árvores, tendo trabalho até 1.962.
Entre os anos de 1.939 e 1.940 Sales comunicava-se com a cidade
de Novo Horizonte e Lins, com o auxílio de uma “jardineira” movida a gás
extraído do carvão vegetal, tendo como proprietário Francisco Machado.
Uma viagem de Sales a Novo Horizonte durava no mínimo três horas, entre
as 09:00 e 12:00 horas.
José lunes, vindo da cidade de Campo Belo, Estado de Minas Gerais
com sua família, no ano de 1.942, forneceu energia, com luz a gás extraída
de carvão vegetal, no período de 1.942 a 1.951, pois Sales vivia às escuras.
A energia que era gerada foi idealizada pelo filho de José, de nome Mansur
lunes.
Já se encontrava neste local Jorge Nassif Tomé, popular “Jorginho”.
José lunes aqui chegando comprou uma padaria, colocando sorveteria, bar
e mesa de snooker, um dos poucos lazer que tinha no povoado.
Em 16 de agosto de 1.945, foi criado Grupo Escolar de Sales, com
duas salas de aula, funcionando duas classes pela manhã e duas no período
da tarde. A primeira Diretora era de designação interina e chamava-se dona
Isaura Bueno Gonçalves Melara e o Inspetor Escolar era o Senhor Gastão
da Silveira, (dados colhidos junto a Escola local).
Dados fornecidos através da Senhora Alice Carlos Nardachione,
informam que em 1.946, a mesma veio trabalhar como funcionária diarista
no Grupo Escolar de Sales, que teve também como um dos primeiros
professores o Senhor Edie José Frey, hoje advogado militante na cidade de
Catanduva.
Aos 09 de agosto de 1.950, aqui chegava Paschoal Nardachione e
sua família, vindo da cidade de Monte Alto, adquirindo a Fazenda São
Sebastião, colaborando de forma muito grande no desenvolvimento de nossa
então “Vila Sales”, principalmente na produção agrícola. Devotos, muito
contribuíram para a construção da atual Igreja e participação nos festejos
religiosos, sendo que Pedro João Nardachione, secretariou os trabalhos da
Igreja por longos anos.
Conforme dados obtidos junto ao Sr. Laerte Carlos Nardachione, por
volta dos anos 30 a 40, o lugarejo denominado “Vila Sales”, já se destacava
na região, sendo conliecida pelas famosas corridas de cavalos, sendo a
pista dupla de 600 metros de comprimento, situada na antiga Rua Artur
Bernardes, hoje Avenida Ramilo Sales. Esse esporte proporcionou por muitos
anos a diversão de nosso povo e também das cidades vizinhas, que afluíam
para assistir as corridas e fazer altas apostas. Animais de alto gabarito
faziam parte dos eventos, com destaque em todos Estados e no Brasil.
Em 1.952, iniciou-se o movimento pró instalação da energia elétrica,
pois havia iluminação em apenas algumas residências, duas padarias e
sorveterias no centro da praça da matriz.
Em 1.955 com a presença de vários políticos de expressão da época,
tivemos a inauguração da energia elétrica com 6.000 Volts de potência, o
que foi suficiente para iluminar as residências do distrito. Dentre as
autoridades e políticos sobreditos, marcaram presença no evento e lutaram
para tal conquista os senhores Dr. Euclides Cardoso Castilho, Prefeito de
Novo Horizonte, Salomão Eid, vereador em Novo Horizonte, Ramilo Sales,
Alcídio Sales, este sub-Prefeito de Sales, José Estefano, candidato a
Deputado Estadual e outros que marcaram presença no evento histórico.
Em 18 de julho de 1.961, assistimos a inauguração da iluminação da
Praça da Matriz, com presença de várias autoridades. Dentre elas: João
Pagani, primeiro Prefeito Municipal de Sales, Same Eid, Vice-Prefeito,
Domingos Lott Neto Deputado Estadual e Vereadores da primeira legislatura,
cujo os nomes estarão relacionados adiante. Esta solenidade foi marcada
por um trágico acontecimento, pois nesta data perdeu a vida o Sr. Clodovil,
eletricista, da cidade de Irapuã, que fazia a ligação da rede, quando recebeu
uma forte descarga elétrica, vindo a óbito.
Em 10 de março de 1.962, tivemos em Sales a visita do então
Governador do Estado Dr. Adhemar de Barros, marco histórico de nosso
município.
A delegacia de polícia do município de Sales, foi estalada em 02 de
janeiro de 1.962, tendo como primero Delegado de Polícia o Sr. Dr. Irieu
Silveira Franco, sendo a repartição pertecente á Delegacia Regional de Polícia
de Araraquara - SP. Em 17 de julho de 1.963, Sales teve nomeado o Sr.
Geraldo Rodrigues Estrela, como subdelegado e, sucessivamente foram
nomeados os Senhores Sylvio Tarsitano, 1® Suplente de Delegado, José
Gonçalves Barreiro, 2® Suplente de Delegado, Ássimo Abrão Sales , José
Pedro de Abreu, também suplentes de Delegado que auxiliavam os Delegados
da época os Drs.João Wyuajagar, Luis Serafini, David Paschoal, que
respondiam pela Unidade Policial, pois não havia titular. A Delegacia de Sales,
anteriormente á sua instalação em prédio próprio, esteve funcionado
precariamente á Avenida Trajano Machado, em um prédio antigo, onde hoje
está localizado o Hotel Municipal. Lá além da Delegacia funcionava também
a Cadeia Pública de Sales.
Em agosto de 1.963, foi instalado o 1® Posto de Puericultura, tendo
como primeira funcionária a Sra. Giga Sales.
Também em 1.963, instalava-se em Sales, a Caixa Econômica
Fct fl Hii al
anova
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lá o v i c t a n t o
Co+qHiioI
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funcionário da Caixa o Sr. Armando Fonseca.
Em 1.966, na gestão do saudoso ex-Prefeito José da Costa IVIarques,
houve a retirada dos mata-burros que estavam colocados na entrada da
cidade, na estrada municipal que liga Sales a Irapuã. ( mata-burros construídos
em madeira).
Conforme publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, datada
em 30/01/69, era criado em Sales o Ginásio Estadual, sendo denominado
“Ramilo Sales” .
COLETANEA DOCUMENTAIS:
Já residente neste rincão em 1909, Anna Cândida da Silva, popular
“Maria Leopoldina", em 1.917 mandou fazer uma planta para formação do
lugarejo denominada “Capoerinha”, e logo então deu-se início a construção
da primeira Capelinha, em seguida foi trazendo o povo que residia junto a
tribo de índios ás margens do Córrego Barreiro do meio.
Em 07 de julho de 1.920, Ramilo Sales e seus irmãos, vindos da
cidade de Barretos adquiriram sete alqueires e meios de terras, que era o
traçado da planta do futuro vilarejo, onde existia quatro casa de tijolos e
mais ou menos catorze de “barrote". Em 16 de julho de 1.928, Ramilo
Sales, doou um quarteirão de terras, medindo 88 metros por 101 metros,
local onde hoje se localiza a nossa Igreja, sendo ele um dos maiores
colaboradores para o desenvolvimento da então “Capoeirinha". Ramilo Sales
doava um lote de terra, conhecida por “data”, medindo 17,60 metros por
44,00 metros, a todas as pessoas que quisessem construir uma casa de
tijolos.
PRIMEIRA PLANTA DA CIDADE DE SALES
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C:C:R:T:I:DtffiO
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q u e » rev/endo os l i v r o s d e s t a s e r v e n t l a j
p«?dido de p e s s o a i n t e r e s s a d a ,
01,
verifiquei
e m v i r t u d e de
q u e , n o l i v r o 3-M, fl s.-
so b n u m e r o 9 ,6 7 5 , e m d a t a de 30 de a g o s t o de 1 9 2 1 , c o n s t a a -
t r a n s c r i ç ã o de u m a e s c r i t u r a p ú b l i c a d e 26 de a g o s t o d e 19 21, l a ­
vra d a pelo e s c r i v ã o Tel e m a c o , de N o v o H o r i z o n t e , p e l a qual R A W l L U n p MOSTflPFEf S A L I E S e C M Y G P I O flHRffn S A L L E S a d q u i r i r a m de F r a n c i s
cn A n t o n i o L i m a ,
p e l o p r e ç o de " R S 1 0 0 l OOD l O O G * ' , - u m a p r o p r i e d a ­
de a g r í c o l a c o m s e t e c e n t o s e s e s s e n t a e t r e i s
(7 6 3 )
alqueires,
f a z e n d a " C e r v i n h o d e C i m a " , m u n i c í p i o de N o v o H o r i z o n t e ,
tan'Jo c o m o p e r í m e t r o d a
fazenda Barra Mansa,
c o m M a n o e l Raimun do ,
c n m o R i b e i r ã o dn C e r v i n h o e c o m o s c o m p r a d o r e s *
C E R T I F I C O MAIS* q u e , n o l i v r o 3-M,
9.P 7 6 .
em
d a t a de 30 de a g o s t o d e 1 9 2 1 ,
vão
T e lemaco, de N o v o H o r i z o n t e , pela
LtlS
e EMYGDin ABRÃO
O n m i n g u p ^ ria S i l v a e s ua m u l h e r
(62)
a l q u e i r e s de
e MnSTAFfr
SAL
I d a l i n a M g r i a de J e s u s , p e l o prf>-
c o n f r o n t a n d o c om F r a n c i s c o A n t o n i o
de
com a fazenda Barre Mansa, com Helena (filha
e com o córr e g o do Evar i s t o .
C E R T I F I C O M A I S q u e , n o l i v r o 3-M,
em
lavraüu pelo escri­
qual RAM I LL D
terras, na fazenda " C e r v i n h o de Cima", m u ­
de P e d r o D o m i n g u e s da S i l v a )
9.877,
-
t r a n s c r i ç ã o de -
- o q u i n h ã o nO 8íi, c o m a á r e a d e s e s s e n t a e
n i c í p i o de N o v o H o r i z o n t e ,
Lima por dois lados,
sob númoro
consta a
SALLCS ^ a d q u i r i r a m por compra feita a Pedro -
ç o de " R S 9 : 2 0 0 $ 0 0 0 " ,
dois
ssssssssss-:-í;. ri:
fls. 0 1 ,
u m n e s c r i t u r a p ú b l i c a d a 07 de j u l h o de 1 9 2 1 ,
n^
confron-
fls. 0 1 ,
d a t a de 30 de a g o s t o de 1 9 2 1 ,
u m a e s c r i t u r a p ú b l i c a de
sasaass
sob n ú m e r o
co^sta a
-
t r a n s c r i ç ã o de -
lavrada pelo escri­
vão
T e l e m a c o , de N o v o H o r i z o n t e ,
pala
Lr 'j
B E M Y C D I O ABRffO S A L L E S a d q u i r i r a m
q u a ^ RAMlLLO
e MOSTP.FFE'
SAL
porí c o m p r a f e i t a a A n n a Ca n
d i d a d a S i l v a , p e l o p r e ç o de " R S l t l 2 5 S 0 0 0 " ,
- sete e mein alquo^
r».’
s d R t e r r a s , n a f a z e n d a " C e r v i n h o de C i m a " , m u n i c í p i o de N o v o Horizonte,
de Leim a.
c o n f r o n t a n d o por
todos o b
lados com Fr a n c i s c o A n t o n i o ^
= = = e = = = = = = r = = = c = a = s = 3 :í:c = c = = = a s i i = E = r: = = = = = = « í:3 :r = = = s = = = = =
ssT.sssssz
CERTiriCO M A I S que» no livro
22Ü Z Ü 1J a t a rJc 30 d e a g o a t o d e 1 9 2 1 ,
uma
3-M|
fls* 0 2 ,
consta a
e s c r i t u r a p ú b l i c a ü e 26 d e a g o s t o d e 1 9 2 1 ,
vãij Tt jlemacn, de N n v n H o r i z o n t e ,
Lf S n
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5; :;^ÜCSOOQ'*, - q u a r e n t a r
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C t R TiriCn M A I S que, no l i uro
oni datei tie 17 d e
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fls. 38,
L C S e MUSTflFrtf S A L L L S otjquirir am p o r
do N n v p H o r i z o n t e ,
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SAt -
compra
f e i t a a B e l virmino R i ­
- a g l e b a nO
de o i t e n t a e q u a t r o h e c t a r e s e o i t o m i l ,
te 0 u m m n t r n s q u a d r a d o s ,
pio
da
=
da S i lva,
=
38 c o m
f a z e n d a " C e r v i n h o de C i m a " ,
confrontando
municí--
com Oosé Sabino Pereira, Po--
c ó r r e g o E v a r i s t o e com a fazenda ü a rra
PEDIDO
E
-
- A p r e ^ j j ^ t a A c e r t i d ã o , » ã T O i m p o r ta n a a f i r m a ç a o de d o m í n i o
int^xis^cia
au t.or/zayo , a
de ô n u s
^ o b ^ os bens.
- ITAPOLIS,
06 d e A B R I L
( A n u e l o F e r n a n d o Calon^^^^-^'iTsci
ex tr a j ^ ^ ^ n n f e r
i , achçj<'cò»if u r m e e a ^ i r
fUt miumS 0» « /
AutofUortp '
■
’
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quatrocentos e vin­
n a d a m a i s c o m R E L A Ç Ã O A O Q UE ME' FOI
195H. - E/í.
vento
na
-
Hel-ena C a n d i d a da S i l v a e J o S o P e ­
d r o ^"arçijl, p e l o p r e ç o d e " R S a i 3 G 0 | 0 Q 0 " ,
arpa
s ob númr?rn
1 9 2 1 , c o n s t a a t r a n s e i i ç ã o de
de N o v o H o r i z o n t e ,
b e i r o de O l i v e i r a e s u a m u l h e r
f a z enda "Cor
c o n f r o n t a n d o por
um.-j píi critur a p u b l i c a d e 1*® d e o u t u b r o dc 1 9 2 1 ,
c r i v ã o Ldií^on P i n h e i r o ,
e MflSTflrFF 'SM.
f e i t a a F.myydir)
I s a l t i n a d e A n d r a d e , p e l o p r e ç o do
seis a l q u o i t B S de
lados com F r a n c i s c o A n t o n i o L i m a #
U KHU,
-
p tla quol RAWILLO
v i n h n (is C i m a ”, m u n i c í p i o de N o v o H o r i z o n t e ,
= sa = = .-=rr=
-
lav r a d a p elo cscri
adquiri ram por cnmpra
M u r a d <» s u a m u l h e r A n t o n i a
sob núme r o
t r a n s c r i ç ã o rltí
tíb.j« p«1il4*).
Ao Sefvenlulflo
AoEttarfo .
........... Servido t!e Reoísln Ü8 Imóveis e Anoxof
VALSin AIEXANORINO
OFI CI AL
Luiz C< Mariolll e V alitr A’cxandrlno Jr<
SUDSTITUTOS
Jarb at A- D- da CesSa • An<]c!o F. Qalon
0«wa|do 4 - Pereira J r. • Escrcv- Autorlzadof
IT A P O IIS
- SP.
Em 16 de julho de 1.928, conforme escritura de doação lavrada na
cidade de Novo Horizonte/SP, no livro 22, fls. 102 vs a 104, onde consta que
Ramilo Sales e sua mulher, dona Clara Sales, doaram ao “Padroeiro São
Benedito”, por seu representante da igreja o Padre Paulo Lepick.
J ffs - 'à P _ '
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?3:^ÜSLIC!\ DüS EST.M)0S UHIDOS SO 3?u':SIL.S;T íí D0'D2''s ?.0 PAül J v
CC.VJXCA D£ NOVO H0RIi0NTE.S3GUi‘iD0 ÜFFICIO 22 NO?A£,DSST/.
Ca.U-vSC.\.SEC-UHDü B.^ELlI.Cg SFI''2CTIV0 JOACiaU!; KnTSS DA SILVA.
0 T A B S L U ã O . E y F E C n V O . ? 0RT23 M
S I L V A ,.
23C:ü ?'i'UEA. de
E2 1923 .
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OUíar.;^'i'<;Eâ: Y^Í-<x-a/t/viÍJLo ij^a-£j2.JL^
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UtrroN.iZ-----Ætlû2vs. á 10);.
Cscripiura cia
PÆ/Ai£/Æ0 7ï?>IÎZ^/?0
àoaçâo que l’asea; Raiaillo S a lle s
e sua a u lh ô r,a o Paiïroeiro S,3en© iiioto,de V illa S a lle s
na íónua ab a ix o ,
00 oafor èc
< S^aiâ am
que a c t
lÛO^OOO,
^uanlos alrem a presente eseriptura
d S Z û S e l S ------------------------3l a S . - 3i> m e s
Be J U l h O -------------- ------------
do amo do Nascimento Se Nosso ôen^or ^esas Q$rUto .ôg mif
nooeeentoe e ointe e Oi'CO,riOSta Ciüade de NOVO Horizonto
ûm car'co rio e porai-ita ïnlu segundo T a b e lllâ o ,p o r mo se
e s ta d is tr lb u io a n esta dacajccmparc-içerain partes- e n tre
3Í Ju stas e c o n tra c ta d a s ,a sa'oer:do
va
lado con;o outo^
;:antos doadoi-es Kainiilo S a l l e s ,s y r l o .c sua iiiulher D.
C lara S a l l e a ,b r a s i l e i r a , to to a la v ra d o re s ,re s id e n te s
nesttí K u n io ip io .e sta noíste a c to rep reser.tad a por seu
.■.ariuOjCOiiíoiTCe procuraoão b aatai;te lavrada nas notas
Ù0 ï'ab olliâû por l e i de Ira p u a n ,d e sta CoiTfârca,eai 25 tV
Junho de 192ij.,ouo jú so aciui ro ciatrad ct n e ste C a rto ri'
arc l i r r o p ro p ric ,e de outro lado coko oiuorgaüo dona-
\
C io > ;a ta rlo ,c I ^ a a r o e ir o -s ã o iic rie á ic S o -d o p a t r i x o n i c cie
v iliM w iilio s^ cl^ sta ixu'ochie.^ropressnc::í.Co ? o l o Pacli'£; .
.;lcp,';.c\i0r>c.llcí.,ü.pjroSidõ!r.wíj :;ifiívc;E c i ü a c ê ,o a
p r e s e n te c
.oua‘cv^jnuocícos^bú:.. cc.-no aas duas testanunhiis adiante
sssizT iixá o s,tc
i no- íirr.
Q u e,âo u íé .P e r í ir .-
:c 22 :/iiuú3 pcios outor~an'Oó‘
S Karnillo Ealies e sua lauü;or,íci dito q\j3 a lusto título são senhores e iüsitir;OG possuidores de modo li^Te o doaembaragado
ú-.
qut
5uer responsabilidade,o que pala prossnte sscriptura
a r.a inaliior íoiMia do cireito e de sua livi-o e espontaíca vontadô,doam,como doado tôa,a'c Padroüíro S.Beaccii
cto de Villa Salles o seguir.ta:d’
’
.as daías rte terrenos
:'xO c.uar£sifao nuinero quatçrze do referido p&trimonio,
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03 tr ttn a n ltte n to s .-0 q u o r ío líto r.s l& .aoü-BS ra tro o por lO lisatr o s .o n le bo ocha l o c o l í s a l a a - g r * ja ;c o n f r o a ta -s e oora a Kua
A ltln o A ronliis.oom a Avonida !y.-£o M artin s.o o o a ru a E p ita o lo
Possõa e ooffl a ru a 12 do ü utu b ro .
•jc:-a.!) 0:.:icii:,io s rsopiss-C o eo A yjiH SETB ;- são s c n o d ic to .P a d r o e lr o .- J lllo S alZ cs.-ilavo H o rlso n to .
gO:K.BO'JIClI,IO S PROyiSSÃO so TH/iHSKITTaUB:- S am lU o .S a lla a ....
o su a m ulh o rd o n o O lora S aU o a.-la v ra d si-S B .-V lH a S a lls s .K o Uovo H o r i s o n t e , _
TITCLO: Doação.
_________________ _
yfiiaA SO TITULO E ’
t kHV.LLZlO 0'ja 5
S s c r lp ta r a p u b llo a .
i9 ló do Ju lh o do lS E S .do 2>_tabolliõo_di> ats_o3ir.aroa,Joaquiia
ío r to a do s ilv a ._ _ _
_ _________ ___ _______ ____ __
VAIOR:- 100$000'4ora o i l r á io ! ,.
............. .
_______
Ctt!gICaB8!-___ aibll. ..........................
Movo H oris onto, 18 4a Ju lh o ia 1928 . ,
P olo a iq u íra s tc -:-
: O.V.fHlüíí.iitiaWiiJ Cf.,
a[SkBia;.iE_
—
-
7/^
......
_
CURIOSIDADES DIVERSAS
Mapa dos Rios Cervinho e Ramais, Córrego do Barreiro do Meio,
onde demonstra o local onde residiam os índios e onde reuniram-se os
primeiros homens e mulheres que vieram pelas “picadas” pelo interior das
florestas feitas pelos Guerreiros nos anos de 1.917 a 1.918, com destino
ao Paraguai, vindos das cidades de Bela Vista das Pedras, São José das
Trindades, São José da Estiva, esta, hoje denominada Novo Horizonte
(anexo o mapa).
• M I M I O * O H t 1- P N « MC U
CEMITERIOS DOS ESQUECIDOS
Cemitério dos Esquecidos, localizado dentro das matas às margens
do Rio Cervinho, construído pelos índios que moravam nas proximidades
do Córrego do Barreiro do Meio, além dos próprios índios ali sepultados,
também servia aos brancos que residiam no povoado da futura
“Capoeirinha”. Referido cemitério teve uma pequena remodelação no ano
de 1.967, quando então foi encontrada uma “candeia”, (espécie de
lamparina) que era utilizada pelos índios.
ANTIGOS CAÇADORES
o trio de caçadores de animais silvestres, conforme demonstra a
xerox da foto adiante, entre os anos de 1.919 a 1.922, enfrentava os perigos
de grandes matas às margens do Rio Tietê, Barra Mansa e Cervo Grande,
quando utilizando-se de cães adestrados matavam veados, catetos, onças
pintadas, etc... Usavam armas tipo carabinas, calibre 44. Exemplificando
tínhamos como caçadores profissionais da época os já falecidos senhores
Perciliano do Nascimento, João Alves de Lima (“Cajuru”) e Júlio Perciliano
do Nascimento.
ATERRO SOBRE A VÁRZEA DO RIO TIETÊ
O aterro media cerca de 1.500 metros de comprimento em terra batida
e pedregulhada, dava acesso a balsa que fazia a travessia do Rio Tietê. Na
época das chuvas enchia ficando coberto pelas águas, impedindo a travessia.
EMBARCADOURO E BALSA PARA TRAVESSIA
DO RIO TIETÊ
o embarcadouro visualizado na xerox da foto adiante foi construído
por “João Tábua”, este que foi também o primeiro balseiro, nos idos do ano
de 1.920, servindo à travessia do Rio Tietê, juntamente com a balsa, ligando
Sales a Sabino até o dia 23 de outubro de 1.974, quando então houve o
represamento das águas do Rio.
A balsa construída nos anos de 1.920 a 1.922, servia a sobredita
travessia, era segura por um cabo de aço e era movimentada pela força das
corredeiras das águas do Rio Tietê, rio este que tinha mais ou menos trezentos
metros de margem a margem. O local era denominado de Porto Santa Cruz.
Referida balsa era totalmente construída em madeira de primeira linha.
o
cabo de aço sobredito foi “esticado” sobre o Rio, conforme demonst
a foto adiante, por homens de muita coragem, que enfrentaram a forte
correnteza, porém, já pensavam no progresso e o sonho foi realizado. Hoje
Sales é servido por balsa de grande porte e motorizada, colocada no mesmo
local onde foi instalada a balsa de madeira, pela Empresa Itamarati.
ANTIGA ENTRADA DA CIDADE.
Estrada de terra batida da saída da cidade de Sales para Irapuã,
onde podemos observar uma árvore denominada “farinha-seca”, que por
muitos anos serviu para fazer sombra aos pedestres. Ao lado postes da
antiga linha telefônica.
Entrada da cidade de Sales, onde ao lado esquerdo notamos um
prédio onde estava instalada uma máquina de benefício de arroz, de
propriedade do Sr. Chafil lunes. Ao lado esquerdo sua residência.
PONTES e ESTRADAS
Estrada antiga que ligava “Capoeirinha” a São José da Estiva,
observando-se as pontes de madeira construídas sobre o Rio Cervo Grande,
em meados do ano de 1.919. Em 1.975 com o represamento de Promissão,
estas pontes ficaram submersas.
Interligação através uma ponte de madeira pela estrada que
demandava de Capoeirinha, Adolfo e Vila Mendonça, construída sobre o
Rio Barra Mansa, com uma extensão de aproximadamente 80 a 100 metros,
fato ocorrido entre os anos de 1.921 a 1.925, que também teve sua
desativação em virtude do represamento do Rio Tietê, em 1.975. Tal ponte
era denominada do “Dr. Euclides”.
Estrada aberta com derrubada de matas e construção de ponte de
madeira no Rio Barra Mansa, para comunicação de Capoeirinha e Vila
Mendonça, recebendo esta ponte o nome de “Nego Baiano”, fato ocorrido
por volta dos anos de 1.930 a 1.935. Informação estas prestadas pelos
filhos do SR. João Flauzino, antigo pescador e caçador de capivara e jacarés,
que residia às margens do Rio Barra Mansa, junto a ponte.
Em 1.975, por força do represamento do Rio Tietê, foi construída
uma ponte de concreto sobre o Rio Cervinho, na Administração do então
Prefeito Floriano Tarsitano. (vide foto atualizada demonstrando ao fundo
o Bairro Jardim Beira Rio).
FATOS E FOTOS LOCAIS
Em agosto de 1.933, vindo para o Distrito de Sales, comarca de Novo
Horizonte, o policial José Jordão de Farias, recém formado pelo Batalhão da
Força Pública da cidade de Bauru, Estado de São Paulo, para comandar o
serviço de segurança do Distrito que tinha no máximo 160 casas. O Sr. José
Jordão de Farias, policial trabalhador, honesto e exemplar atendeu com
denodo a todo o tipo de ocorrência.
De 1.946 a 1.950, formou um grupo de Escoteiros-Mirins, dando vida
ao lugarejo, trazendo muita alegria nas festividades, promovendo desfiles
aqui e até mesmo em cidades vizinhas.
A segunda sapataria instalada em Vila Sales, foi no ano de 1.935,
tendo como proprietário o Senhor João Pereira, o qual vemos na foto sentado
a máquina de costura; o ■
chefe de serviço Senhor
Francisco Goulart, afiava \
sua faca de trabalho;
Eduardo Machado está
com 0 martelo na mão, o
garoto a direita, vestindo
calça curta é o autor
deste, José Amêndola,
que na época contava
com apenas 09 anos de
idade. A senhora que está
com uma criança no colo é a esposa de João Pereira, as demais crianças
são seus filhos.
Vista frontal da terceira sapataria e selaria aqui instalada no de 1.940
a 1.945, tendo como proprietário o Senhor José Moreira da Silva. Na foto
vemos ainda José Amêndola üá mais crescido) com uma bota nas mãos e
; ao seu lado esquerdo o aprendiz da profissão
i de sapateiro, seu irmão Aparecido Antônio
I Amêndola, ao lado direito o gerente e quatro
; sobrinhos dos proprietário. Esta casa foi
j construída em 1.923, á avenida Trajano
Machado. Ao fundo vemos um prédio que hoje
|é a Loja de Materiais de Construções
TELEFONE
Vista do prédio onde foi instalado o primeiro aparellio telefônico de
nossa cidade, na residência do Senhor Fernando Tarsitano, por volta do ano
de 1.932, sendo sua filha Rosa a primeira telefonista local.
Antigo aparelho telefônico que fora instalado na residência da Senhora
Maria Clara Larsen, a qual também era a telefonista, na antiga Rua Altino
Arantes, hoje Cezário José de Castilho, mesmo local onde reside dona Idalina
Gouveia da Silva, que também por muitos anos trabalhou como telefonista
em nossa cidade.
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IGREJA MATRIZ
Em meados do mês de setembro ou outubro de 1.953, foi derrubada
a primeira capela construída no povoado, sendo substituída pela atual Igreja
de São Benedito, inaugurada em 10 de novembro de 1.957, com a realização
de dois casamentos e o batizado da menina Meire Amêndola.
rRESERVATÓRIO D^ÁGUA E POÇO
Foto do primeiro reservatório d’água e poço semi-artesiano,
construídos na administração municipal do saudoso Prefeito José da Costa
Marques, autorizada a construção através da Lei 144, de 25 de abril de
1.968. Capacidade de armazenamento de água para 250 mil litros e poço
com vazão de 18 mil litros/hora.
FOTO DO r PREFEITO E VICE PREFEITO DO
MUNICÍPIO DE SALES
Prefeito
João Pagani - PDC
r
Vice-Prefeito
PREFEITOS, VICES, VEREADORES e
VEREADORES QUE ASSUMIRAM O CARGO
1.960 a 1.963.,
Prefeito:- João Pagani.
Vice-Prefeito:- Same Eid. (atual Prefeito de N.Horizonte).
Vereadores:Altino Cardoso de Moraes,
Elpídio José Nogueira,
Floriano Tarsitano,
João Nardachione,
Jorge Antônio dos Santos,
José da Costa Marques,
José Mendes Fernandes dos Santos,
Nassib Elias Bauab,
Neide Furlan Vila Real,
Sebastião Batista Siqueira.
v/ oJIíaaTS«'
1.964 a 1.968.
Prefeito:- José da Costa Marques.
Vice-Prefeito:- Floriano Tarsitano.
Vereadores:Alcino Ramillo Salles,
Ariste Sachi Neto,
Assad Gabriel Assad,
Beneannino Giampani,
Darcy Ribeiro da Cunha.
Geraldo Rodrigues Estrela,
José Jordão de Farias,
José Mendes dos Santos,
Manoel da Silva,
Satiro Pereira Magalhães,
1.969 a 1.972
Prefeito:- Abrão Salles
xVice-Prefeito:- Edgard Zaccarias Pardi.
Vereadores:Alcino Ramillo Salles,
Altino Cardoso de Moraes,
Assad Gabriel Assad,
Beneamino Giampani,
Benedito Aparecido da Silva,
\Benedito Florêncio do Amaral,
Braz Mamed Murad.
Geraldo Rodrigues Estrela,
João Pagani,
José Mendes Fernandes dos Santos,
Manoel da Silva,
Pedro Sachi,
Sebastião Ribeiro da Cunha.
1.973 a 1.976
Prefeito:- Floriano Tarsitano.
Vice-Prefeito:- Geraldo Rodrigues Estrela.
Vereadores:Altino Cardoso de Moraes,
Antônio Capitelli.
Darcy Ribeiro da Cunha,
Juvenal Ferreira de S o u z a ,^
Munif Calil Nicolau Eid,
Nelson Bertoni,
Orlando Marin,
Osmar Teixeira,
Osvaldo Teodoro,
Saulo Mendes de Freitas. í /
1.977 a 1.982
Prefeito:- José da Costa Marques.
Vice-Prefeito:- Darcy Ribeiro da Cunha.
Vereadores:Antônio Capitelli
Aparecido Antônio dos Santos,
Dorico Marçal Vieira, í /
Evilázio Mendes de Freitas.
Francisco Márcio Borges de Carvalho,
Hermínio Mafeis,
Juvenal Ferreira de Souza,
Manoel Batista da Silva,
Narciso Anselmo,
Orlando Marin,
Wilson Silingardi.
1.983 a 1.988.
Prefeito:- Nelson Bertoni.
Vice-Prefeito:- Juvenal Ferreira de Souza.
Vereadores:Airton Celestino de Almeida,í/
Aparecido Antônio Amêndola,
Aparecido Antônio dos Santos,
Armando Luiz Gonçalves,
Clorinda Morano Carvalho,
Hermínio Mafeis,
Jefferson Simielii.
Nassif Jorge Nassif,
Nazir Máximo,•c?'
Uaraci José Prates.
1.989 a 1.992
Prefeito:- José Antônio Amêndola
Vice-Prefeito:- Jefferson Simielii
Vereadores:Airton Celestino de Almeida,
Antônio Scotti,
Carlos Costa Veronez,
Doralice de Menezes Comparetto,
Genivaldo de Brito Chaves,
Guido Antonioli,
Luiz Carlos Abrão Jana,
Nassif Jorge Nassif,
Olímpio Antônio Cardoso de Moraes,
Osvaldo Pereira de Alvarenga.
1.993 a 1.996.
Prefeito:- Olímpio Antônio Cardoso de Moraes.
Vice-Prefeito:- Jovino Francisco Ribeiro Filho.
Vereadores:Airton Celestino de Almeida,
Aparecido Roberto da Silva,
Dalva Nardachione Sales,
Doralice de Menezes Comparetto,
Floriano Tarsitano Filho,
Genivaldo de Brito Chaves,
José da Costa Marques,
Luís Carlos Abrão Jana,
Luiz Carlos Campreguer.
Nassif Jorge Nassif.
(Eleitos para o período de 1.997 a 2.000)
1.997 a 2.000.
Prefeito:- José Antônio Amêndola.
Vice-Prefeito:- Oliveiro Castilho Neto.
Vereadores:Airton Celestino de Almeida,
Aparecido Roberto da Silva,
Donizeti Edissel de Oliveira,
Doralice de Menezes Comparetto,
Floriano Tarsitano Filho,
Genivaldo de Brito Chaves,
José Jorge Nassif,
Márcio Roberto Guedes, (assumiu por 15 dias).
Luiz Carlos Campreguer,
Valmir Amêndola
Após Sales ter se tornado Município, o seu desenvolvimento foi
marcante, sendo hoje destaque na Região, por suas características
turísticas, local de lazer de nossa população e também de outras cidades.
Com a emancipação política e administrativa tivemos as seguintes obras e
melhoramentos em nosso município:Prédio da antiga Prefeitura com garagem, Poços semi - artesianos e
caixas d’água, jardim público, asfalto, água e esgoto, Escola de Ensino
médio, pontes, centro de saúde. Pronto Socorro Municipal, Casa do
Trabalhador Rural, Biblioteca Municipal, Nova Prefeitura e Câmara
Municipal, casas populares, fonte luminosa, coreto, velório municipal,
Delegacia de Polícia, Centro de Lazer com campo de futebol, ginásio de
esportes e campo de bocha, três praias artificiais, travessia por balsa pelo
Rio Tietê ligando Sales a Sabino, Avenida na entrada da cidade com imagem
do Cristo Redentor, Matadouro Municipal, Correio, Agência Bancária, Clube
Municipal.
Destaque especial vem tendo o comércio e indústria de nossa cidade,
desenvolvendo-se e aumentando a cada ano, com vários supermercados,
casas de carnes, lanchonetes, bares, lojas de confecções, fábrica de
calçados, capas plásticas, luvas, calças jeans, puxadores, móveis
ornamentais: instalações de serralherias, loja de materiais de construções,
porto de areia, etc...
A agricultura tem destaque especial em nossa economia, com
plantações diversas, tais como:- cana de açúcar, tomate, limão, laranja,
feijão, milho, uva, etc. A pecuária de corte e leite se destaca também com
grande rebanho.
Foto do Prédio da
1- Prefeitura Municipal
Foto da celebração das “Bodas de Prata” do autor deste livro Sr. José
Amêndola, ocorrido em 05 de Janeiro de 1975, cerimônia presidida pelo
Monsenhor Simão Backer.
BIOGRAFIA DO AUTOR.
José Amêndola, conhecido popularmente por “Seu Zeca", ou “Zeca
Sapateiro”, nasceu aos 26 dias de outubro de 1.924, no distrito de São João
de Ariranha, hoje Município de Ariranha, Estado de São Paulo. Seu pai
Paschoal Amêndola, era italiano e sua mãe dona Nicolina Franco de Lima
Amêndola, portuguesa. Seu pai veio para o lugarejo denominado “Capoeirinha”
em 1.923, para trabalhar com a família Tarsitano, no Engenho de Açúcar e
Aguardente, sendo que logo no final de 1.924, veio também toda a família
de Paschoal, inclusive o autor deste, que na época contava com apenas
dois meses de idade. Cursou o primário na Escola Mista de Sales. Quando
completou 18 anos de idade, foi sorteado para prestar o Serviço Militar, fato
que ocorreu no período de 01 de novembro de 1.945 a 08 de março de 1.947,
sendo licenciado com 3® Sargento. Aos 25 anos, no dia 05 de janeiro de
1.950 casou-se com Terezinha lunes Amêndola, filha de José lunes e Farid
lunes, desta união tiveram doze (12) filhos, sendo eles Vani, Valmir, Valdete,
Aparecida, Meire, José Antônio, Marli, Valdir, Rita de Cássia, Lourdes de
Cássia, Luciana e Lourenço Adriano, sendo que Valdete veio a falecer com
dois anos e meio de idade. Desde a tenra idade, mais precisamente aos
onze anos, iniciou a sua lida no trabalho, aprendendo o ofício de sapateiro,
que mais tarde viria a lhe dar o cognome de “Zeca Sapateiro”, que com
muito orgulho sustentou até os dias de hoje. Trabalhou como sapateiro até
o ano de 1.961, até que teve a oportunidade de ser chamado pelo então
Prefeito Municipal Sr. João Pagane, que viu merecimento em José Amêndola
e 0 esforço que fazia para o sustento de seus filhos e o contratou para ser
Escriturário e Auxiliar de Contador da Prefeitura, o que seu deu até o ano de
1.982, quando veio a aposentar. Quando ainda exercia os cargos acima,
também acumulou as funções de Secretário da Junta de Serviço Militar.
Após sua aposentadoria na Prefeitura, ainda continuou exercendo este último
cargo, por um período de sete anos, para enfim deixar o trabalho e gozar
sua merecida aposentadoria, isto se deu no ano de 1.989.
José Amêndola, cultivou durante os setenta e quatro anos que aqui
residiu uma amizade muito grande. Estudioso da vida Salense, procurou
neste livro traçar uma idéia de como nosso município teve sua origem e
evolução. Claro é que nem todos os fatos puderam ser narrados, porém,
tudo o que foi escrito foi dentro de um espírito de colaboração e acima de
tudo apolítico, com a simples pretensão de demonstrar ã nossa população
aspectos gerais do nosso município. Também é preciso deixar firmado que
0 autor trouxe para o bojo deste livro, apanhados coletados junto a vários
seguimentos da nossa sociedade, de livros cartorários e pesquisas em
diversos órgãos públicos. Contou com a colaboração de várias pessoas que
deixa de nominá-las para não ser deselegante pelo esquecimento de alguma.
Esta aí, um exemplo vivo de uma pessoa que dedicou sua vida a
esta cidade, á sua família, a seus amigos. Em tempo:- José Amêndola,
faleceu no dia 25 de setembro de 1.999, às 23:00 horas, em Sales/SP.
46
APOIO:
Prefeitura e Câmara Municipal de Sales.
Lei Municipal N"’ 1204/99.