PARTE III
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PARTE III
O RIO DE JANEIRO Visto pelos artistas franceses (1551-1886) Pintores, Litógrafos e Gravadores. PARTE III Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009. Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes. Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 08.07.2009. Alphonse 1836 Boilly Chafariz Na facedo voltada Mestrepara Valentim, o Largono antigo (praça), Largo uma do elipse Paço, dehoje mármore, Praça Vemos, eminscrição, asem imagens, com uma XV deambas Novembro. versos uma porta, uma janela e um do Construído latinos, queem se 1789, traduz:por “Enquanto ordem terraço, seignífero oVasconcelos. chafariz fosse Na facecomo voltada para o mar, uma vice-rei Phebo com Luisode carro osA uma pequena casa. cartela de mármore, uma povos base queima, é quadrangular Vasconcellos ecom as faces com as inscrição, em latim, traduzida onduladas. águas expele Noque da alto, cidade um guardaa sede. E por não? como: “Sendo rainhadepressa, de Portugal corpo Retrocede, com balaustres Phebo, envolve um e, Na face voltada para ode mar Maria I,prismático, pia, augusta, feita corpo deixando aótima, estação base do céu, alta (imagem direita) há uma oporta e, uma obraàantes para odedesembarque dos esforça-te pirâmide. ajudar homem nas duas menores, voltadas navios emfaces terra, quebrado com um ilustre.” para a praça, existem janelas. ingente cais o ímpeto do ésto, construídos Noreciprocante interior, após transpor a porta bancos para o público, Fontaine Largo do Paço de acesso, encontramos escadas transformada a praça e o que nos levam até as duaschafariz, janelas dando-se-lhes uma disposição e, na janela da face esquerdamais ampla àe direita), mais cômoda, comlance os (imagem sai outro maiores do erário régio, a de escadagastos que conduz ao terraço, Luis Vasconcellos de Souza, IV, de onde se podia admirar a bela vice-rei do da Brasil, cujo xgoverno Litografia colorida 17,4 paisagem baía em de (14,2 Guanabara, obras concluídas cm), delado, Alphonse Boilly, gravador de estas um e oforam todo do Largo do ergueu este monumento o povo francês. Gilberto Ferrez aponta Paço (Praça XV), do outro. de Sebastianópolis, grato aos(1796seus como sendo de Jules Boilly Talvez fosse interessante, nos dias tantos e tão consideráveis 1874), o que difere do Catálogo da Desenhos esquemáticos do interior do de hoje,Raymundo fazer esta benefícios, apoder-se 27 de março de 1789. Fundação Castro Maya. Chafariz da Praça XV, com suas escadas de visitação, prejuízo aoescalae faleceu a 06.12.1867, uma grandesem distorção Alphonse Boilly nasceuHá a 03.05.1801, em Paris ,na França, acesso às janelas e ao terraço. (Arq. Marcos monumento histórico. do desenho com relação ao Sá, 1983) em Petit-Montrouge, França. tamanho das pessoas (ver ao lado). Guillaume F. 1836 Ronmy Fotografia feita do Uma belapanorama tomadaLargo dodoMorro Castelo, local escolhido III––Morro Início do da Castelo Várzea Grande Rio dedoJaneiro. Temos aqui uma proliferação artística Parte desta imagem: o primeiro panorama foi da Misericórdia, Ladeira da portão do Forte de para fundação da Cidade do Rio de Janeiro, no ano de e ínício da rua da Misericórdia desenhado pelo Misericórdia, artista francês Félix Emile Taunay (ver quadro 1828); baseado neste trabalho, o artista francês Guillaume São Sebastião, (1845). 1567, logo após a conquista da terra, depois de ferrenha Fréderic Ronmy (aqui homenageado), fez o mesma panorama e, calcado no trabalho de Ronmy, o artista suíço Friederic olhando para a batalha contra os franceses. Nela saiu ferido o principal Salathé (1793-1858) repetiu este panorama. O mesmo trabalho foi desenhado pelo artista suíço Eduard de Kretschmar ladeira ouque travessa comandante da ação, o Capitão Estácio de Sá, veio a pelo litógrafo suíço Johann Jacob Steinmann (1800-1844). (1807-1858), executado pelo citado Salathé, e editado do Castelo, por falecer a 20.02.1567, um mês depois da batalha final. onde subiu aquela cavalaria, vinte e quatro anos antes (Foto de 1860). Voltando a Parte I, da gravura, após o largo defronte ao Forte Denominava-se Várzea a grande de terra,militar entre ossubindo Morros do 1711 No canto esquerdo, temos umafaixa cavalaria a Mais abaixo, no princípio da travessa do Castelo, de São Sebastião, tem começo a longa rua de São Sebastião, Museu Histórico – Foto: Cau Barata. Castelo e de São Bento, correndo à beira-mar. Vemos, na base da travessa do Castelo,da que nasce defrontedeà Igreja dos vemos o torreão Igreja dequase que segue em direção àdireito, outra ponta doInácio morro doLoiola, Castelo, gravura, mais para o canto aSanto ruaa da Misericórdia, uma onde das No lado direito, quase à beira-mar, fica Ponta do Calabouço, Jesuítas, onde se encontravam as ladeiras do Colégio e da anexa aoCidade, Colégio dos Jesuítas, cuja construção teve terminando no Largo da onde ergue-se afoi Igreja de São primeiras da que nascia no largo do nome, e 355 findava Pelo Decreto Legislativo deMatriz, 18 de janeiro demesmo 1922, autorizada a estava o antigo Forte de Santiago, depois Casa do Trem, hoje Museu O dramático fim da Igreja dos Jesuítas, depois de Por ocasiãoque da Exposição Internacional do Centenário Misericórdia, conduziam à parte baixa da Cidade. Um quase com defronte dada Igreja deCasa São José, princípio ado as criação, nouma prédio antiga do II), Trem, natinha extinta ponta Sebastião, homenagem ao Rei D.onde e1922, aoindica santo princípio no ano de 1567, e foi demolida em Histórico. No centro da gravura (Parte oSebastião, próprio autor anos, a retirada Morro do Castelo em 1922. Vista geral da Ponta dodo Calabouço, com as dependências da Independência do Brasil, odeeRio velho Arsenal sofreu Arrasada, depois de 355 anos história, juntamente grupo espera a chegada do cortejo militar, no largo tradicional rua Direita (hoje rua Primeiro de Março), continuidade Calabouço, o Museu Histórico Nacional, fundado e regulamentado denominações “Praya dos Mineiros”, “Bateau à Vapour”, barco a padroeiro da Cidade do de Janeiro. quando deixou deTrem existir oArsenal Morro –do1918. Castelo. da Casa do e do reformas, tornando-se em estilo «neo-colonial». com o Morro do Castelo. formado defronte do portão do de São Sebastião. da citada rua por dafumaça), Misericórdia, outro Decreto até deForte oao 2 Mosteiro de agosto. São Bento. vapor (com próximo Arsenal de Guerra. 1836 Guillaume F. Torre da Igreja da Lapa dos Pináculo do chafariz Mercadores Igreja Terceira do Carmo do Mestre Valentim Igreja do Carmo Casarão do Arco do Teles Detalhe do trecho III da Passadiço quemesma liga o gravura. Convento do Carmo Paço ao Convento do Carmo Paço Imperial Cadeia Velha Visto pelo Cais Vemos a área principal da antiga Várzea, que se estende do Morro do Castelo até o Morro de São Bento (quase no centro da Algumas casas depois da Igreja de São José, vemos um espaço imagem, o seu Mosteiro), ligados Direita vazio, o com que representa o antigoeLargo do pela Paço,rua hoje Praça (hoje XV Primeiro de Março). À concentra direita, noo mar daconjunto baía de histórico Guanabara, de Novembro, onde se maior e fervilham as embarcações que aportam no principal porto da arquitetônio da Cidade, com prédios, monumentos e Cidade: a Praça XVdos deséculos Novembro diasXIX atuais. equipamentos urbanos, XVII,dos XVIII, e XX. Ronmy Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento) Guillaume F. 1836 Ronmy A Igreja daaàIgreja Candelária em 1897.na gravura de 1836, Destacam-se, nestas imagens, Quatro logradouros se destacam na gravura, paralelos Palácio da Conceição, da Candelária: Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento) sem a sua cúpula; e, no na Morro fotografia de 1889, com sua monumental cúpula. da praia: à direita, as ruas da Misericórdia e Direita (hoje Conceição, que ainda Primeiro de Março); no centro, a Rua Detrás do (gravura Carmode existe 1840). e da (hoje Rua do Carmo), que corre por trás do Convento Igreja do Carmo; e, à esquerda, a longa Rua da Quitanda, que atravessa toda a Várzea, passando por trás da Igreja da Candelária. Finalmente, vemos, na mesma Fotografia 1889,da quase do mesmo ângulo da gravura de 1836. gravura, osde Morros Conceição (acima e na gravura maior, à esquerda) e de São Bento (abaixo e na gravura maior, à direita). Na esquerda, ainda sem a cúpula, em 1840; e, à direita, em 1922, com a cúpula. A construção da igreja levou cerca de 123 anos (1775-1898). A cúpula foi colocada entre 1870 e 1873, e totalmente finalizada cerca de 1878. Morro de São Bento, com seu Mosteiro Benedtino, que ainda existe (gravura de Candelária em 1964 Cúpula da Candelária – 2009. (Foto: Cau Barata) 1870). Guillaume F. 1836 Ronmy Parte IV – Largos da Carioca e São Francisco de Paula; Praça Tiradentes; Convento de Santo Antonio e Hospital da Ordem Terceira. Campo de Santana em 1825 (acima) e em 1889 (abaixo) O segundo chafariz da Carioca, O Convento, duas Igrejasdos e o Hospital ambasasas imagens anos 30,em 1845. do século XIX. Nopara primeiro plano, vemos o destaca-se conjunto do antigode Campo de Santo de Mais o centro da gravura, a Igreja São Francisco Antonio (hoje Largo da Carioca): o Hospital da Ordem Terceira da Paula (sobre a qual se falará no quadro de 1854, do artista francês Penitência, construído partiradiante, de 1748*; o Convento e a Igreja(hoje dos Michel Charles Fichot);a mais a praça da Constituição frades de Santo Antonio, ali estabelecidos desde 1606; a Igreja Praça Tiradentes), onde se destaca o Imperial Teatro de São Pedrodade Ordem Terceira da Penitência, edificada 1653 Alcântara - hoje,de emSão seuFrancisco lugar, o teatro João Caetano (sobreentre a qual se e 1740; e o segundo Chafariz do Largo da Carioca*. falou no quadro de 1822, do artista francês Jean-Nicolas Le Rouge); (*) sobreao o Hospital o Chafariz ver trabalho emoPower e, mais longe, ume grande descampado, queanterior, representa atual Point “Excursão ao Largo da Carioca, 1898”. Campo de Santana. Guillaume F. 1836 Com a demolição da velha ermida do Desterro, em seu lugar Guillaume Frederique Ronmy nasceu em Rouen,muito Uma imagem clássica, Gomes Freire de Andrada fundou o Convento de Santa Teresa, 1786, faleceu Pintorfoidelançada pintada e fotografada pelos cujaFrança, primeiraem pedra, que edeu início aem sua1854. construção, paisagens, de Vincent e de Taunay, na artistas: o Convento em 24.06.1750 . Oaluno Aqueduto da antigos Carioca, monumento atualmente França. Santaáguas Teresa o mais conhecido como Arcos da Lapa,de recebia que evinham dasObteve nascentes Rio Carioca. donos início doda século XVIII, e, trêsdomedalhas deObra ouroAqueduto salões deCarioca. 1812, caindo em ruinas, foi reconstruído a partir de 1744. Ambos 1817 e 1827, da Escola de Artes da França. O os patrimônios ainda existem na Cidade. nome deste artista ficou gravado por sua cooperaçãodanos panoramas de Prévost, e na O Convento Ajuda representa, hoje, a famosa execução de trabalhos o Rio de Janeiro Cinelândia, no centrosobre da Cidade. Vemos, àe Convento da Ajuda – as duas imagens de1911 1911: antes da demolição. Constantinopla. Convento da e Cinelandia: (acima) e depois 1930aba (abaixo). esquerda, a Ajuda grande casa conventual e euma do _____________________ Morro do Castelo, que se debruçava para cima da Cinelândia, onde estáJaneiro o prédioTomado da Biblioteca Panorama do hoje Rio de do Nacional. Os jardins dodo Convento Morro Castelose estendem até a antiga rua dos Barbonos (hoje rua Evaristo da água-tinta colorida s/Veiga). papel, realizada a partir de a óleo Guillaume Frederica Ronmy, Opintura Convento da de Ajuda foi construído partir de baseado em desenho de Felix Émile Taunay 1745, em terras do antigo Campo da Ajuda, pordeali 1821 (impressa nas oficinas de Rittner et Goupil, ter existido uma capela, dedicada à Nossa Senhora Boulevard Montmartre 15, Paris). da Ajuda, construída em fins do século XVI. Ronmy Parte V – Aqueduto, Convento de Santa Teresa, Convento da Ajuda e Igreja da Glória do Outeiro (ver Nicolas Maurin, quadro de 1820). Jules 1836 Boilly Couvent de San-José à Rio-de-Janeiro Parece haver um erro na legenda desta gravura, de autoria de Jules Boilly. Esclarece Gilberto Ferrez a possibilidade de ser o convento dos capuchinhos, no alto do Morro do Castelo, e não o seminário de São José, na ladeira do mesmo nome, no mesmo morro. Vê-se o Pão de Açúcar ao fundo. Jules foi autor de outros três desenhos do Rio de Janeiro. Jules Boilly nasceu em Paris, em 1796, onde faleceu em 1874. Em 1834 residia à rue Meslay, 26. Obteve uma medalha na Escola de Artes de França. Em 1827 expôs interessantes trabalhos, entre os quais: Une Processión sous l´arc de Titus, à Rome; e Vue prise dans l´intérieur de l´église St.-Laurent, hors les murs, à Rome. A fachada do Convento dos Capuchinhos em 1921. Noél-Aimé 1836 Pissis No referido estudo fez-se uma animação com a fachada do antigo Palacete, e suas transformações, do Neoclássico ao Eclético. Segue, abaixo, o resultado final da primeira animação, que corresponde ao edifício que vemos na gravura de Pissis. Sobre a história do Palacete da Rainha Carlota Joaquina e suas transformações estéticas, apresentei um longo estudo no power point “O Rio de Janeiro e sua Arquitetura Neoclássica”, que foi enviado a 25.03.2009. Botafogo - 1836 Uma imagem pouco conhecida da praia de Botafogo, datada de 1836, com o Palacete da Carlota Joaquina, na esquina do antigo Caminho Novo de Botafogo (hoje rua Marquês de Abrantes). Desenho de Noel-Aimé Pissis, naturalista francês, nascido em 1810, na França, e falecido em 1850. Chegou ao Brasil por volta de 1836. Viajou pela Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Nicolas Vue d'une rue de Rio-Janeiro, Brésil 1836 Chapuy Trabalho realizado por três franceses: Theodore Auguste Fisquet, autor do desenho (ver quadro de Fisquet - 1844), Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor das figuras (ver quadro de Bayot - 1844), e Nicolas Marie Joseph Chapuy, litógrafo, e o nosso homenageado neste slide. O desenho retrata a rua da Lapa e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, fundada por provisão de 2 de Fevereiro de 1751, que autorizou a construção do Seminário da Lapa pelo Padre Ângelo de Siqueira. O logradouro onde se encontra erguido este templo foi aberto no período colonial, ainda no século XVI. Com a construção da Igreja, a partir de 1751, pouco depois passou este logradouro a denominar-se Rua da Lapa do Desterro. Nicolas-Marie Joseph Chapuy, arquiteto e desenhista, nasceu em Paris, em 1790, e faleceu em 1858. Em 1835, residia na rue de Seine-St.Germain, n. 56, Paris. Como arquiteto foi encarregado da restauração dos monumentos góticos. Como desenhista, publicou diversos cadernos, tais como Cathédrales françaises, com numerosas pranchas que foram expostas no salão de 1824. Foi, no início de sua carreira, oficial da marinha. Embora fosse arquiteto e um pintor realizado, acabou ficando melhor conhecido como litógrafo, arte na qual foi premiado com medalha no Salão de Artes de Paris, em 1833. A Igreja em 1875, vista de Santa Teresa. Anônimo “Umase grande baciaa Pouco sabe sobre octogonal, de data em que cercada se construiu gradil de ferro batido, este enorme chafariz, e de nos ângulos quetinha maneira ou quando suportes chamados postes foi retirado, podendo ter de cegonha, comna acontecido, talvez, Chafariz desligado. pendentes para reforma efetuada ema1910, 1871 óleo. Ao noiluminação governo doa Presidente centro Niloelevava-se Peçanha. um corpo dividido em dois, o primeiro formado de oito colunatas dóricas, assentes sobre patamar com três degraus. 1837 Médico Francês Chafariz do Palácio da Imperial Quinta da Boa Vista – 1836. O chafariz, no pátio, entre o Palácio e o pórtico – cerca de 1840. Desenho em bico de pena feito por um dos médicos franceses da fragata Vênus, cujo nome não se conhece. A fragata iniciou sua viagem em 8 de novembro de 1836 e aportou no Rio de Janeiro em 4 de fevereiro de 1837, onde permaneceu até o dia 16 do mesmo mês. “Na Esse parte desenho, superior nos(ainda dá a do certeza primeiro de o corpo), chafarizuma ser cornija anteriorcircular, ao ano deda1837. qual Mais se decorativo elevavam oito do que útil, colunatas ficava no menores; pátio, entre o o Palácio segundo e ocorpo Pórtico eraque Chafariz ligado. arrematado dava entradapor à Casa umaReal, taça, 1871 depois da qual, Imperial, em forma e que de hoje repuxo, dá entrada jorravaaoa Jardim água, que,Zoológico. em sua queda, formava uma verdadeira cascata, de extraordinário efeito.” (Magalhães Corrêa) Edmond Bigot 1837 La Touanne Edmond era tenente na expedição da fragata Thétis, aos mares do sul, em 1824-1826, sob o comando do explorador francês Hyacinthe de Bougainville (citado no quadro de 1837, adiante). Estiveram no Rio de Janeiro em 1824. Vue Vueprise priseau ausommet sommetdu duCorcovado Corcovado(Brésil) (Brésil) La Touanne publicou seu Album Pittoresque de la Frégate La Thétis et de la Corveta L'Espérance, um fólio de 35 pranchas litografadas, que relacionam-se à viagem, em 1828, nove anos antes da publicação do Journal de la navigation autour du globe (1837). Outro trabalho com a participação de dois franceses: desenho de Edmond-Pierre-Marie Bigot de La Touanne, aqui homenageado; e litografia de Leon Jean Baptiste Sabatier (citado no quadro de 1837, adiante). A entrada da baía de Guanabara, em um dia nublado de 1837, sob a guarda imponente do Pão de Açúcar; alguns barcos se aventuram a atravessar a barra, próximos da fortaleza de Santa Cruz. O visconde Edmond Bigot de La Touanne, artista topográfico e oficial naval, nasceu a 03.05.1796, em Huisseau-surMauves,45,Loiret, França, château de Prélefort (45), e faleceu a 27.10.1863. Do alto do Corcovado, um marinheiro preocupa-se com o alambrado quebrado e, alheio a tudo, um casal conversa mais abaixo. 1837 Louis Estes são alguns detalhes de uma bela gravura, da qual participaram três franceses: Edmond-Pierre-Marie Bigot de La Touanne, autor do desenho original (ver quadro anterior, 1837); Louis Philippe Alphonse Bichebois que, baseado no desenho de Touanne, foi o autor desse que ora apreciamos; e Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor das figuras (ver quadro de 1844). Bichebois A casa do cônsul inglês Henry Chamberlain (17731829) ficava no Catete, esquina com a rua do Infante (atual rua Dois de Dezembro), de onde se descortinava uma bela vista do Rio de Janeiro. Da fachada principal apreciava-se o mar da baía de Guanabara e o imponente Pão de Açúcar e, da varanda dos fundos, vima-se casas da rua do Catete, o sobrado da rainha Carlota Joaquina, e a citada capela, voltada para o Largo do Machado. Mais adiante, o morro da Graça, com o então palacete da Alheio a tudo, um Roso, grandes proprietários nas nobreFamília homemAraújo de casaca, noLaranjeiras parapeito, e, ao fundo, a grande serra do Corvovado. atento, olha os transeuntes que se aproximam do Desenho artista francês Philippe o Alphonse Bichebois, nascido a arredores, Finalmente, para a paisagem tinha Entre osdofranceses queLouis eternizaram Largo do Machado e seus deentender Edmond Bigot deque LaChambelain Touanne e(pai) Louis Largo doalém Machado. 14-04-1801, em Paris, França, e falecido em 1850, na França. O original dos fundos do seu palacete, segue uma bela aquarela feita por seu Bichebois, temos Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), citado na Parte I (1816), desta série “O Rio de Janeiro visto de Touanne, data da época em que por aqui servia o Cônsul Chamberlain, filho, do mesmo nome – Henry Chamberlain (1796-1844), da pelos Franceses – 1551-1886”. No quadro de Nicolas Taunay destacamos da Glória e,por na trás finalização do em 1829. O trabalho de Bichebois é posterior, impresso em 1837, no fachada dauma casa, vista vendo-se ao longe, dela, as mesmas quadro, apresentam-se outros trabalhos autor, entre eles, uma vista do Largo do Machado. “Journal de la navigation autour du globediversos de la fregate la Thetisdo et mesmo de la montanhas - Serra do Corcovado. Recentemente, em um estudol'Esperance”. sobre o Morro da Graça e Laranjeiras, chamei a atenção do “cliente” sobre este trabalho do corvette Taunay, esclarecendo que - sem que se saiba explicar a razão - vem sendo publicado de forma invertida. Capela e Casa da Rainha Largo do Machado Palacete Roso Acima, o Largo do Machado de Nicolas Antoine Taunay, na forma que vem sendo estampado em diversos trabalhos, ainda hoje. comparando com a gravura de Chamberlain, Da Percebam, varanda da casa do cônsul Chamberlain avistava-se, lá nodona Grupo de pessoas que conversam no terraço da casa coluna da Machado, direita, que o Corcovado está invertido. O mesmo Largoinglês do aChamberlain Capela da Rainha Carlota Joaquina, por no cônsul Henry (1773-1829), que viveu acontece com outro desteem autor, do Outeiro da Glória. elaquadro reconstruída 1818. Rio de Janeiro entre 1815-1829. Chácara Carvalho de Sá Finalmente, corrigindo a insistência de alguns, em publicar esta pintura, na forma invertida, sem no entanto chamar a atenção para o fato, segue a mesma, acima, “desinvertida” (se é que se pode dizer assim), para então se apreciar a verdadeira vista das Laranjeiras. 1837 León Jean Sabatier Anse deGaleria la Gloria dasdans obras la baie de Sabatier de Rio Janeiro A Igreja da Glória Praia da Glória Praia da Lapa Convento St. Tereza A primitiva Igreja com de Santa León Jean Baptiste Sabatier, Mais umGrande trabalho a- 1837 Cascata da Tijuca Luzia, também denominada de nascido em Paris e falecido em participação de três franceses: Igreja da Virgem Mártir de 1887. Desenhista, litógrafo e Visconde Edmond Bigot de La Santa Luzia, foi erguida no pintor de paisagens, residente na Touanne, responsável pelo século XVI. rue de Cimetière St. André-desdesenho (citado nesta Parte III Ficou destruída pelos anos, até Arts, número 13, em 1835. Foi – 1837); Victor-Jean Adam, queresponsável resolveu-sepelas construir a nova aluno de Bertin. Expôs no figuras por provisão episcopal de Museu Real da França em 1827. (citado nesta Parte II – 1835); e 12.01.1752, junto à praia Fez trabalhos para diversos Sabatier, o litógrafo e o conhecida pelo nome da mesma álbuns. homenageado neste quadro. Santa. Tinha a frente para a entrada da barra. A construção do século XVIII Uma embarcação, na baía de foi restaurada em 1872, Guanabara, aproxima-se da encarregando-se o artista Dois observadores, um sentado e outro de pé, à de Santa Luzia. Ao Sabatier foi autor das litografias da obra Voyage praia fundo, brasileiro Antonio de Pádua e sobre o outeiro, a porta da Igreja de Santa Luzia, apreciam a autour du monde de la frégate la Thétis, citada silhueta da Igreja de Castro de levantar eque aumentar a embarcação se aproxima. no quadro de Bigot de La Touanne (1837). Nossa S. da Glória. capela-mor e corredores. Charles Acima, e nos detalhes, o desenho original de Lalaisse, em 1838. 1838 Negres Cangueiros Desenho de Charles Lalaisse, francês, nascido em 1811. Lalaisse No centro, abaixo, uma gravura do trabalho de Lalaisse, em 1846. Jean Baptiste 1838 Dürand-Brager Vista da Baía do Rio de Janeiro “Paisagem romântica e com muita fantasia das montanhas do estado do Rio de Janeiro, vistas da baía. Nos primeiros planos, veleiros e a ilha de Villegaignon. Este quadro fez parte de uma coleção de três telas sobre o Rio de Janeiro e que pertenceram ao príncipe de Joinville, com quem veio o autor na sua primeira viagem.” (Gilberto Ferrez, Iconografia). Óleo sobre tela, do artista francês Jean-Baptiste Henri Dürand-Brager, nascido a 21.05.1814, em Dol-de-Bretagne, na França, e falecido em 1879, em Paris. Estudou na École des Beaux-Arts de Paris e freqüentou os ateliers de Théodore Gudin e de Eugène Isabey. Em 1839, passou ao Brasil, como desenhista do Estado Maior do príncipe de Joinville, filho do rei LouisPhilippe. Toujours, com quem retornou, em 1840. Passou grande parte de sua vida viajando. Deixou numerosos trabalhos que se encontram no château de Versailles. 1838 Fleury BRÉSIL BRÉSIL Uma prancha franco-germânica Uma prancha franco-germânica Francês BRASILIEN BRASILIEN Estas gravuras, desenhadas e gravadas pelos franceses, têm por base um outro desenho, um pouco mais antigo, de autoria do alemão Johann Moritz Rugendas (1802, Augsburg - 1858, Weilheim) que, por sua vez, foi redesenhada pelo francês Victor Adam (citado no quadro de 1835) e litografada pelo francês Godefroy Engelmann (citado no quadro de 1835). Enquanto isso, ao longe, a cidade em sombra, quase soturna, ficaacrescentou à espera deoutros que um artista lhe dê cor. porém Victor Adam diversos personagens, manteve as duas mulheres sentadas sobre uma esteira, vendendo frutas. Mais um trabalho com a atuação de dois franceses: Fleury, autor do desenho, que homenageio neste quadro, e sobre quem nada se sabe, a não ser o nome; e Pierre Eugène Aubert, gravador (citado no quadro de 1822). Aubert Sc Fleury del Vue de Rio Janeiro, prise devant l´Eglise de San Bento Ansicht von Rio Janeiro, vor der Kirche San Bento O desenho original, à esquerda, e uma cópia, à direita. Este foi mais um dos desenhos que, ao longo do tempo, foi bastante reproduzido, sofrendo muitas alterações. Aubert Sc Fleury del Vue Rio Janeiro, priseolha devant de Sanque, Bento Ansicht vondáRio Janeiro, vor der Kirche SanBento. Bento Umde indivíduo, atento, paral´Eglise a escadaria da cidade baixa, acesso ao Mosteiro de São Jules 1839 Arnout Foi gravada, inicialmente, em francês e, pouco tempo depois, em alemão. Trabalho parecidíssimo com um outro, datado de 1828, do irlandês Robert Walsh. Gravura que se repetiu em outras mãos, aqui desenhada pelo artista francês Jules Arnout, del. (12,5 x 9,2 cm), e gravada pelo também francês Traversier, sc. Carro Louis deJules boi passando Arnout, sob nasceu os arcos em 1814 do Aqueduto e faleceu da emCarioca. 1868. BRÉSIL BRASILIEN Aqueduc à Rio Janeiro Wasserleitung bei Rio de Janeiro Francês Alemão Na imagem seguinte, a versão original, do irlandês Robert Walsh, datada de 1828, da qual Arnout teria copiado. Arnout, del Traversier, sc Sem identificação Thierry 1839 Vue de L´Exterieur de la Galerie de L´Acclamation du Roi D. Jean VI (à Rio de Janeiro) Com o falecimento da Rainha D. Maria I, no 1. Projeto da varanda Há uma série de estampas ano elaboradas Thierry Fréres junto com Godefroy Engelmann de 1816, por no Rio de Janeiro, iniciaram-se (acima, à direita);(citado 2. no quadro de 1835,aos napreparativos parte II), para e foram, ambos,doexecutores de muitos trabalhos a solenidade Ato de gravura do francês Aclamação do novo Rei D. João VI, o que se 1816, Parte I), e do ao Rio de Janeiro, do artista francês Debret (ver quadro Hippolyte Taunay, referentes ao realizou a 06.02.1818. Para isso,Esta ergueu-se artista alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858). aproximação entre estes dois lado (citado no quadro uma grande varanda (balcão), à frente do 1817); 3. detalhe do litógrafos franceses, não se deu apenas pela paixão por suas atividades, mas pelas suas Convento do Carmo. desenho de Debret, genealogias: Godefroy Engelmann (1788-1839), de Muhlouse, casou em 1809, com Anneabaixo (litografado por Catherine Thierry, filha de Jean Thierry, de Muhlouse. Em 1813, Engelmann elaborou uns Thierry Frères); e 4. O desenhos para a fábrica de seu sogro (Kattunfabrik); e, da em junho de 1816, fundou uma Detalhes do projeto original desenho de Debret, varanda Pierre construída na frente Thierry, um dos irmãos da Thierry Fréres. colorido. litografia em Paris, com seu cunhado, do Convento do Carmo: fachada e planta. Projeto original da varanda a ser construída na frente do Convento do Carmo (acima). Na extremidade direita, há uma escada de No dia da Aclamação, o artista francês Debret 15 lances, para conduzir a Família Real(ver e quadro de 1816, Parte I), seus elabourou um desenho da festa,à um magnífico convidados, ao páteo fronteiro documento visual. Estedotrabalho foi litografado, Catedral Rio de Janeiro (Igreja do em 1839, por CapelaoReal), se Thierry Frères Carmo, (irmãosentão Thierry), nossoonde homenageado neste realizaria o Te Deum. quadro. Frères Adolphe 1840 Lile des Couleuvres (Ilha das Cobras) Litografia de Adolfo D'Hastrel de Rivedoux, nascido na Alsácia, em 1805, e falecido na França, em 1875. Filho de um general do exército napoleônico. Incorporou-se à marinha francesa e com o grau de oficial atuou em águas da América do Sul. Veio embarcado para participar do bloqueio ao Rio da Prata (1839). Desenhista e pintor aficionado, dedicou-se a tomar apontamentos dos distintos países visitados em cerca de quarenta anos de viagem. Em 1840 ficou no Rio de Janeiro realizando desenhos e aquarelas que, logo litografadas, formaram um álbum editado em 1847 - Rio de Janeiro ou Souvenirs du Brésil, com um grande panorama da cidade e dez estampas em preto e branco . d'Hastrel ILHA DAS COBRAS Situada na Baia de Guanabara, com 154 mil m2, está ligada por por uma alta ponte metálica ao continente, mandada construir pelo Almirante Alexandrino. Terreno bem acidentado e tem a altitude máxima de 30 metros. É separada do Arsenal de Marinha (no por um canal Planta da Ilha dascontinente) Cobras e o Forte - 1769 pouco de Vista da Ilha dasde Cobras e ometros Forte - 1822 largura, na parte fronteira ao cais, e 110 metros de profundidade máxima. Antigamente chamou-se Ilha de Paranepecu ou da Madeira, segundo Gabriel Soares, em seu Roteiro do Brasil, e das Cabras, no dizer de outros. Pertenceu aos religiosos da Ordem de Vista da IlhaSão das Bento Cobras e- 1775 a um oleiro, João Guterres, e foi arrendada de 1589 pela Fotoem da 11 Ilhade dassetembro Cobras - 1885 quantia de 15$300 rs. Jean Baptiste Mais um trabalho com a participação de dois Morro do Castelo artistas franceses: litografia colorida de A. Lepetit, segundo desenho de Jean Baptiste Arnout, o nosso homenageado neste quadro. Pintor de paisagens à aquarela e à sépia, e litógrafo,Aqueduto Arnout nasceu em Dijon (Côte-d´Or), a 24.06.1788. Autor de numerosas paisagens e desenhos de arquitetura. Expôs, em 1824, dez litografias de vistas de Paris, para o trabalho de l´Anné Sainte, dedicado ao duque de Bordeaux. Medalha de 2.ªBairro Classe,dacom uma Ajuda litografia em 1831. (Cinelândia) Participou dos Salões de 1819, 1824, 1831, 1834, 1835, 1836, 1837 e, quase trinta anos depois, dos salões de 1864 e 1865, já em avançada idade. Pai do pintor e litógrafo Louis-Jules Lapa e Arnout, Igreja; nascido em Paris, a 01.06.1814. Passeio Público 1840 Arnout Vue de Rio de Janeiro prise du Convent de Ste Therése Cabe queJaneiro o gravador A. Lepetit participou dos salões Vistaregistrar do Rio de tomada do Convento de Sta. Teresade belas artes, em 1837 e 1841. Ferdinand 1840 Perrot Renée invertidas, Duguay-Trouin Mais uma curiosa gravura, como tantas outras, que aparece estampada em formas 09.06.1711 como a(1673-1736) do Largo do Machado, de Taunay, citada no quadro de Louis Bichebois, Impressiona em 1837, o grau nesta deParte detalhes III. desta belíssima nau de guerra francesa, talvez a capitânea, que trouxe o corsário francês Renée Duguay-Troin, que saiu da França a 9 de Outro trabalho, para o qual junho de 1711, à frente de uma esquadra de 17 navios e podemos apontar a participação de,5.000 homens de desembarque. pelo menos, cinco franceses: 1. Desenho original, de Nicolas12.09.1711 Marie Ozanne (1728-1811), artista Após três meses de viagem, no dia 12 de setembro, a francês, do século XVIII, que, esquadra francesa entrou pela barra do Rio de Janeiro, ou infelizmente, esqueci de mencionar seja, pela boca da baía de Guanabara, conforme foi na Parte I; 2. retratada nesta litografia de Perrot. Gravura de Drouet (à esquerda), baseado no desenho de Ozanne; 3. 14.09.1711 Litografado por Ferdinand Perrot, dias depois, aos 14 de setembro, desembarcam na Recentemente, em casa de uma amiga, o homenageado desteDois quadro; Cidade do na Rio de Janeiro os quase 5.000 invasores sob o deparei-me com esta bela gravura de 4. A litografia de Perrot foi feita comando de Duguay-Troin. Ferdinand Perrot, curiosamente retratada de oficina de Turgis; forma invertida, com o Pão de Açucar à 5.Foi impressa por Lemercier de esquerda, como se as embarcações Paris. 21.09.1711 estivessem saindo da Baía de Guanabara, e Após sete dias de terror, saques, roubos e crimes, a Cidade não entrando. Apresenta outra coloração. do Rio de Janeiro é abandonada pelos invasores. Mais um caso, como muitos outros, de Duguay-Trouin forçant l´entrée inversão da imagem (ver ao lado). 10.10.1711 de Rio-Janeiro (1711) Data da assinatura do resgate da Cidade do Rio de Janeiro: Ferdinand Perrot a 23.04.1808, em Paimboeuf (Loire-Inférieure), 28.09.1841,oem Levando em contanasceu o título da obra: Duguay-Trouin forçando a entrada dae faleceu baía de aGuanabara, PãoSaint-Pétersbourg. de Açúcar deve ser 616.251 cruzados (avaliados no ano de 1960, em 3 bilhôes Um dos maisque famosos corsários de sua época, TenentePintor, aluno de Gudin. Participou dee,diversos salões de belas-artes, aCruz, partir de 1833, com destaque para o salão 1840,ao mostrado à esquerda da boca da baía à direita, a Fortaleza de Santa representa a franceses parte mais clara quede vemos, de cruzeiros); 100 caixas de açúcar e 200 bois. GeneraldedaDuguay-Trouin Esquadra Naval e na Comandante da Real Ordem Militar de apresentou oito litografias, entreentre elasas esta da embarcações entrada baía de Guanabara. fundo, duas à direita. A bela nauonde e a fera... São Luiz. Invadiu o Rio de Janeiro em 1711. Jules M. V. 1841 de Sinety O Porto do Rio de Janeiro Detalhe da aquarela do artista francês Jules-Marie Vincent de Sinety, nascido em 1812. 1890 O Porto do Rio de Janeiro, com destaque para a Igreja e Mosteiro de São Bento (detalhe). 1888 A 25 de março de 1590, ao tempo do governo de(Mosteiro Salvador de Corrêa de Sá, cederam Manuel de Brito e seu filho, aos frades São Bento) beneditinos, a sesmaria que lhes fôra dada em 1573, compreendendo, não só o próprio outeiro, mas toda a terra que o cercava até o morro da Conceição. A partir de 1617, iniciaram a construção da Igreja - dedicada a Nossa Senhora de Montserrat - e do Mosteiro de São Bento, segundo o projeto de Francisco de Frias de Mesquita, engenheiro-mor do Brasil. Ph. 1841 Noir de Rio-Janeiro - Esclave de Rio-Janeiro Duas imagens litografadas por Ph. Blanchard, que fazem parte do Atlas pittoresque (prancha 4), da Voyage autour du monde sur la fregate Venus, de Abel du Petit-Thouars. Pouco se sabe sobre o litógrafo Blanchard. Além desta prancha, que se refere ao Rio de Janeiro, foi autor de outras cinquenta pranchas, que fazem parte do Atlas pittoresque, Voyage au pole sud et dans l'Oceanie, de J. Dumont d'Urville, 1846. Blanchard Theodore 1841 Trabalho com a participação de quatro franceses: 1. Desenho de Theodore Ménard, o homenageado neste quadro; 2. as figuras são do artista francês Adolphe Bayot, citado adiante (1844); 3. a litografia é de Louis Bichebois, citado nesta Parte III (1837); 4. e foi impressa na oficina de Thierry Frères, também citada nesta Parte III (1839). Menard Fontaine de la place du Palais à Rio-Janeiro, litografia do francês Theodore-Romuald Georges Menard, que também ocorre no Atlas pittoresque, do Voyage autour du monde sur la fregate Venus, pendant les annèes 1836-1839, de Abel du Petit-Thouars, Paris, 1841. No mesmo Atlas, conforme vimos, estão os desenhos de Blanchard (quadro anterior). Mais uma imagem de pessoas conversando ao redor do famoso Chafariz do Mestre Valentim, erguido em 1789, conforme se escreveu no quadro de Alphonse Boilly (1836), desta Parte III. Bela litografia baseada em desenho errôneo do chafariz do mestre Valentim, na atual praça Quinze de Novembro (G. Ferrez). Jean Joseph Retrato do diplomata francês, barão Achille Jean Marie ROUEN, nascido a 21 de novembro de 1785 e falecido a 22 de abril de.1855. Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário na Corte de Dom Pedro II, estabelecido no Rio de Janeiro, 30 dede Uma arara,entre na janela setembro de 1837 e 1.º de uma residência, aprecia o dezembro de 1842. Pão de Açúcar. 1841 (c) Detalhes de um quadro do artista francês Jean-Joseph Bilfeldt, nascido em 1793, em Avignon (Vauciuse), e falecido cerca de 1849, em Paris. Pintor de retratos e miniaturista, aluno de Raspay e de Mansion. Participou dos salões de 1822, 1824, 1827, 1831, 1834, 1835, 1836, 1841 e 1844. Há trabalhos de sua autoria no Museu de Avignon e nas galerias de Versailles. Manteve um atelier com alunos, e residia no Palais-Royal, n. 99, Paris, em 1834. Residiu, por algum tempo, nos Estados Unidos e, retornando a Versailles, de lá saiu para o Rio de Janeiro, onde chegou a 26 de maio de 1841. Outro detalhe do mesmo quadro, de múltiplas informações pois, sendo um retrato, constam da mesma tela a paisagem do Pão de Açúcar, a arara e o busto de D. Pedro II. Bilfeldt O barão de Rouen é retratado em traje de gala e porta a ordem da Legião de Honra em grau de comendador, assim como a placa e banda da ordem brasileiro do Cruzeiro. Há notícias de que a baronesa de Rouen vivia em área próxima à Fazenda do conde de Sobre a mesa, um busto Gestas (citado no do jovem imperador, Pedro quadro de 1822,D.Parte II, à época da maioridade. II), acima da Cascatinha, Alto da Boa Vista. Théodore Detalhes do grafite do artista francês Théodore Alphonse Galot, que representa uma “Paisagem de Santa Teresa”, com vista para a baía de Guanabara. 1842 Foto Cau Barata - 2003 Galot No primeiro plano, homem e criança caminhando próximo de uma casa, à beira do caminho, vendo-se, ao fundo, a baía de Guanabara e a ilha da Boa Viagem. Théodore Alphonse Galot nasceu a 16.04.1806, em Chartres (Eure-et-Loir), e faleceu em 1866, no Rio de Janeiro. Pintor e desenhista. Era filho de um professor de desenho no colégio de Chartres. Participou dos salões de 1833, 1835, 1838, 1839, 1840, 1841 e 1842, em Paris, com paisagens que representavam cenas dos arredores de Chartres. Radicou-se no Rio de Janeiro, entre 1842 e 1845, e aí permaneceu até seus últimos dias. Em 1845, participou da exposição da Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro. Aumont 1843 Gravura de Aumont, sobre quem pouco se sabe, e que fez parte da viagem ao redor do mundo, com o comandante Auguste Nicholas Vaillant (1793-1858), a bordo da corveta Bonite, durante os anos de 1836 e 1837. Passeio ao Corcovado Promenade au Corcovado Francês Ambroise L. 1843 Ambroise Louis Garneray, pintor de marinhas, O Príncipe de Joinville, François Ferdinand gravador e escrivão, nascido em Paris (Rue SaintPhilippe d'Orléans, filho do Rei de França Luís Andre-des-arts, Quartier 19.02.1783, e Felipe I, esteve no Rio de Latin), Janeiro,a em 1843, com falecido empara Paris, a sua fragata, se casar com a Princesa Imperial 11.09.1857. Filho do Dona Francisca Carolina Joana Carlota pintor Jean-François Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Garneray (1755–1837). Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Estudou com seude paiD.e Pedro I e de D. Leopoldina. Habsburgo, filha com Debucourt.aconteceu Foi O casamento a 1 de maio de 1843. conservador do museu de Rouen e pintor do Duque de Angouleme, nomeado a 27,01,1857. Expôs nos Salões de Belas Artes de Paris, de 1817, 1819, 1822, 1824, 1827, 1831, 1833 a 1840, 1844, 1846 a 1850, 1852, 1853, 1855 e 1857. Os museus de Versailles, de Cherbourg e do Havre possuem marinhas deste artista. Desenhou e gravou 64 vistas dos principais portos da França e 40 Príncipe de Joinville (de barba), com parte de sua vistas de portos comitiva, deixando o Rio de Janeiro. estrangeiros. Garneray LL. AA. RR. Lecobre, princeaquarelada et la princesse de Joinville quittent Gravura sobre posteriormente, pintada por Rio Janeiro dans unGarneray, canot pour se rendre à bordneste de la quadro, frégate ela Ambroise-Louis nosso homenageado belle Poule,Jean MaiMarie 1843.Chavane (1797-). gravada pelo também francês “No primeiro plano, balleeira levando para bordo da fragata La Belle Poule os príncipes de Joinville, vendo-se ao fundo, a esquadra francesa e a igreja do outeiro da Glória.” (Gilberto Ferrez, Iconografia, I) O barco que conduzia o Príncipe e sua comitiva navegou próximo à Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Príncipe de Joinville Gravura sobre cobre Aquarelada François Philippe 1843 d'Orleans Joinville quadro dePrincesa Ambroise O Príncipe deNo Joinville, noanterior, ano A de Joinville, um ano Garneray, a partida do seu casamento, em 1843, vimos em depois dodo seu casamento, em uma desenho dePríncipe José Joaquim 1844,que em se um óleo sobre tela do de Joinville, Lopes (1790c-1863), litografado alemão Franz Xaver encontrava no Rio de Janeiro, para em Lisboa. Winterhalter (1806-1873 ). realizar o seu casamento com a filha de D. Pedro I, a Princesa D. Francisca Carolina de Bragança e Habsburgo. Aproveitando seus dotes artísticos, o mesmo Príncipe fez alguns desenhos do Rio de O casamento Janeiro, aconteceuentre a 1 deeles, maiouma de 1843. A Princesa Francisca aquarela, recebeu por dote um milhão de francos e mais no Palácio de São Cristóvão.terras em Santa Catarina. Aproveitando este histórico da vinda do Príncipe de Joinville, Francisco Armando Felipe Luiz Maria d’Orleans, nos dois últimos quadros, achei seria de interessante, para fechar esta suaPhilippe passagem pelo Riorepresentando de Janeiro, anexar a pinturaD.acima Detalhes da aquarela do que Príncipe Joinville, François Ferdinand d'Orléans, o Imperador Pedro(no Ie centro), de autoria Edouard Auguste Nousveaux (1811-1867). Representa o Príncipe Joinville, deVista. viagem para o Brasil, suade escolta, atravessando o portão do palácio de São Cristóvão, na Real de Quinta da Boa assistindo uma dança indígena, em dezembro de 1842, na Praça do Governo, à ilha de Gorée, localizada ao largo da costa do Senegal, em frente a Dacar, na África Ocidental. O Imperador D. Pedro I, saindo do Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista – 1843 (Joinville) Adolphe 1844 (c) Bayot Outra gravura com a participação de três franceses: 1. Théodore Auguste Fisquet, o autor do desenho original (citado no próximo quadro); 2. Alexis Victor Joly, um dos autores desta litografia, elaborada junto com Bayot, baseada no desenho de Fisquet (Joly é citado na Parte II – 1836); e 3. Adolphe Jean Baptiste Bayot, o homenageado neste quadro. Cascata da Tijuca, no Alto da Boa Vista. À esquerda, residência do pintor Nicolau Antoine Taunay (citado na Parte I – 1816) e no terreiro, uma cobertura sob a qual descansam negros e brancos. Cascade de Tijouka a Rio-Janeiro Adolphe Jean Baptiste Bayot nasceu a 8.01.1810, em Alexandria, filho de pais franceses, e faleceu em 1866. Pintor, estabelecido em Paris, na rua Vintimille, 11. Participou dos salões de 1863 a 1866, de Paris. Theodore 1844 (c) Fisquet Théodore Auguste Fisquet nasceu em 1813, na França, e faleceu em 1890. Pintor e oficial da marinha francesa. Nomeado Comandante a 12.08.1862. Major geral da Marinha em Toulon. Nomeado Contra-Almirante a 03.08.1867. Comandante em chefe da divisão naval do Brasil e de La Plata. Grande Oficial a 10.12.1874. Litografia realçada com aquarela (papier collé) sobre papel, com a participação de três franceses: 1. Théodore Auguste Fisquet, autor do desenho e o homenageado neste quadro; 2. Louis Philippe Alphonse Bichebois, autor da litografia (citado nesta Parte III – 1837); e 3. Jean-Victor Victor Adam, autor das figuras (citado nesta Parte II – 1835). Église de la Glória à Rio Janeiro François 1845 Moreaux Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Pretos Grafite de François-René Moreaux, intitulada Largo do Rozario – Rio de Janeiro 1845. Representação do Mercado do largo do Rosário, à direita da Igreja. Moreaux está ao lado da igreja, olhando para as ruas Uruguaiana e Rosário. Na imagem, a primitiva torre da Igreja do Rosário, com sua dupla sineira na parte de trás. Era uma torre meio atarracada, e única, por muito tempo, pela inexistência da outra, cuja construção havia sido paralisada. Em 1860 já estavam erguidas as duas torres, porém, no século XX, a igreja pegou fogo, e foram novamente reconstruídas, perdendo esta característica da dupla sineira. François Moreaux nasceu em 03.01.1807, em Rocroy, no Departamento de Ardenas, França, e faleceu em 25.10.1860, no Rio de Janeiro. Pintor, fotógrafo e professor de francês. Foi aluno, em Paris, do célebre pintor Barão de Gross, e do pintor aluno de Jean-Baptiste Couvelet. Veio para o Brasil em companhia de seu irmão mais novo, Louis Auguste Moreaux, em 1838, aportando em Pernambuco, de onde passou a Bahia e, depois, para o Rio Grande do Sul. Em 1841 fixou residência no Rio de Janeiro, tendo instalado estúdio na Rua do Rosário. Em 1842, foi premiado na Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com a grande composição histórica Sagração de Dom Pedro II, recebendo o Hábito da Ordem de Cristo. Em 1857, fundou com Heaton e Regensburg, a famosa Galeria Contemporânea Brasileira. Louis A. 1845 Moreaux MercadoDA daPRAIA Praia doDO Peixe MERCADO PEIXE Detalhes 1 “À esquerda da estampa, vemos parte da Praça do Mercado da Praia do Peixe que fazia ângulo com o princípio da rua do Ouvidor e do Mercado. Este mercado, construído segundo projeto de Grandjean de Montigny, era um quadrilátero cuja face principal olhava para o largo do Paço e as outras para a praia do Peixe e as duas ruas citadas O artista acima. O movimento desta praça era grande e extravasava fora de seus muros como vemos austríaco Thomas aqui. Buvelot e Moreau transmitiram nesta litografia não só a Ender, cerca cena viva do mercado com seus tipos curiosos de pretos de de 28 anos ganho e a azáfama peculiarantes destas de feiras ao ar livre, como, também, deixaram um documento Louisrelevante do casario e igrejas Moreaux, do princípio da rua do Ouvidor. No foi centro do desenho, cúpula e autor de uma torre da igreja de N. Sra. Da Lapa dos Mercadores e, à direita, a aquarela, torre da igreja da Cruzdodos Militares.” retratada mesmo (Gilberto Ferrez) Detalhes 2 ângulo. Litografia com figuras de Louis Auguste Moreaux, irmão caçula de François Moreaux, citado no quadro anterior. Traz no alto a legenda Rio de Janeiro Pitoresco, e na parte inferior: Paisagens de L. Buvelot, figuras de Aug. Moreau à esquerda e Lith. De Heaton e Rensburg, Rio de Jan.º à direita. O “burburinho” O “burburinho” no mercado da no mercado da Louis Moreaux, como seu irmão François, nasceu em Rocroy, no Departamento de Ardenas, França, em 1818, e faleceu no Rio de Janeiro, praia do Peixe, praia do Peixe, em 1877. Pintor de história, de retratos e figuras. Acompanhou François, ao Brasil, em fins da década de 1830, fixando-se no Rio de Janeiro emGerais 1845.de emvolta 1845. por de 1840 após residir por algum tempo em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Participou das Exposições Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1841, 1843, 1845, 1846 e 1850. Foi agraciado com a Ordem Imperial da Rosa no grau de Cavaleiro. 1845 Le Breton Baie de Botafogo Litografia colorida de Le Breton, mostrando toda a praia de Botafogo com seu casario. Em primeiro plano parte do Morro da Viúva. Trinta anos depois - 1875 Setenta depois - 1915 Existiram, pelo menos, três artistas com o sobrenome Lebreton. Gilberto Ferrez o identificou como sendo J. Le Breton. Foi impressa por Auguste Bry (citado na Parte IV – 1854), e publicada por J. Touds.. FIM DA TERCEIRA PARTE Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro – Parte III (de VI) O RIO DE JANEIRO Visto pelos artistas franceses (1546-1886) Pintores, Litógrafos e Gravadores. Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009. Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes. Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata 08.07.2009 – 28.08.2009. Agradecimentos as amigas: Eliane Brandão e Regina Cascão Relação dos dezenove artistas franceses citados na Parte I Jean Cousin – 1551 Nasceu, na França, em 1522, e faleceu em 1594. Gravura, representando índios em festa na França. François Froger – 1695 Nasceu, em 1676, na França, e faleceu cerca de 1715. Planta que aparece em sua Relation d´um Voyage (Paris, 1698). André Thevet –1556 Nasceu, na França, em 1502, e faleceu em 1592. Esteve no Rio de Janeiro, em 1556, na expedição de Villegaignon. Jean Massé – 1713 Engenheiro militar, de origem francesa, a serviço de Portugal. Em 1712, passou ao Brasil. Jean de Lery – 1557 Nasceu, em 1534, em La Margellee, e faleceu em 1611, em Berna. Participou da expedição de Villegaignon. Anônimo – 1717 (c) Desenho anônimo, com um extenso índice remissivo, em francês. Jacques de Vau de Claye – 1579 Cartógrafo normando, que esteve, no Rio de Janeiro, em missão secreta do governo francês em 1578 ou 1579. Anônimo – 1731 Outra planta da Cidade do Rio de Janeiro, de autoria anônima. Original da Bibliothèque Nationale, Paris. Anônimo – 1602 Vista do Rio de Janeiro – original manuscrito da Bibliothèque Nationale, Paris, França. François Moyen – 1744 Vista da Cidade do Rio de Janeiro, com índice remissivo, em francês. Leveux – 1757 Teria feito parte da esquadra francesa comandada pelo conde de Aché, que arribou, no Rio de Janeiro, em 15.07.1757. Conde de Clarac – 1816 Charles Othon Fréderic JeanBaptiste de Clarac, nascido, em 1777, em Paris, França, onde faleceu em 1847. Jean-Joseph Maillet –1807 Nasceu em 1751, em Paris, França, e faleceu em 1811. Gravura (água-forte). Nicolas A. Taunay – 1816 Nasceu, a 11.02.1755, em Paris, França, onde faleceu a 29.03.1830. Membro da Missão Artística Francesa de 1816. Louis de La Rochette – 1810 Nascido no século XVIII, na França. Coronel Louis Estanislas D´Arcy de La Rochette. Jean-Baptiste Debret – 1816 Nascido, a 18.04.1768, em Paris, França, onde faleceu a 28.06.1848. Membro da Missão Artística Francesa de 1816. Baron de Coubertin – 1816 Julien Bonaventure de Coubertin, nascido, em 1788, na França, e falecido em 1871. Esteve no Rio de Janeiro em 1816. Grandjean Montigny – 1816 Nasceu, a 15.06.1776, em Paris, e fal. a 02.03.1850, no Rio de Janeiro. Membro da Missão Artística Francesa de 1816. Charles Cochelet – 1816 Nascido do século XVIII, na França. Teria estado no Brasil, em 1816 e 1817, publicando sua viagem em 1819. O RIO DE JANEIRO Fim da Primeira Parte 1551 – 1817 Visto pelos artistas franceses (1551-1886). Pintores, Litógrafos e Gravadores. Relação dos trinta e um artistas franceses citados na Parte II Charles Laborde – 1817 Nasceu, na França. Oficial da embarcação Uranie. Desenho das montanhas, com destaque para o Corcovado. Arnaud Julien Pallière – 1819 Nasceu, em 1783, em Bordeaux, França, e faleceu em 1862, na mesma cidade. Aquarela – Chafariz das Marrecas. Jules A. Vautier –1817 Nasceu em 1774, e faleceu em 1832. Desenho da Imperatriz Leopoldina, gravado pelo francês por Jean-François Badoureau. Nicolas E. Maurin - 1820-1821 Nasceu em 1779, em Perpignan, e faleceu em 1850, em Paris. Litografia de Maurin - Igreja de N.S. da Glória. J. Alphonse Pellion – 1817 Também esteve embarcado na corveta Uranie. Aquarela. Embarcações próximas à ilha das Cobras Aymar M. J. Gestas – 1822. Conde de Gestas. Nasceu em 1786, na França, e faleceu em 1835, no Rio de Janeiro. Desenho de um Moinho de Vento. Hippolyte Taunay – 1817 Nasceu em 1793, na França, e faleceu em 1864. Família Real passando por baixo do arco, na rua Direita. Jean Dessaulx – 1822 Nasceu c. de 1800, e faleceu em 1850. Gravador. Vista da Ilha da Boa Viagem, segundo desenho de Arago. Adrien Taunay – 1819 Nasceu em 1803, em Paris, e faleceu em 1828, em Mato Grosso. Malhando judas em uma rua do Rio de Janeiro. Bovinet & Reville – 1822 (c) Edme Bovinet (1767-1832) e Jean Baptiste Reville (17671825), ambos franceses. Gravura colorida do Aqueduto. E. Aubert – 1822 (c) Nasceu na França. Vista da Praia Grande, atual Niterói. Desenho de Arago e gravura de Aubert. Eugene La Michellerie – 1826 Nasceu em 1802, na França, e faleceu em 1875. Pintor em miniatura e desenhador. Vista da Glória tomada do Passeio. Jean-Nicolas Rouge – 1822 Gravador. Nasceu cerca de 1776, em Paris, França, e falecido depois de 1824. Real Teatro de São João. Félix Taunay – 1828 Nasceu em 1795, em Montmorency, Paris, e faleceu em 1881, no Rio de Janeiro. Cais do Rio de Janeiro. Jacques Arago – 1825 Langlumé – 1828 Impressor e litógrafo estabelecido em Paris, em 1822. Ilha da Boa Viagem. Nasceu em 1790, em Estagel, e faleceu em 1854, no Rio de Janeiro. Desenhista e explorador. Cascata do alto da Boa Vista. August Berard – 1825 (c) Nasceu cerca de 1799, e faleceu depois de 1825. Cadete da corveta Uranie. Vista da Cidade do Rio de Janeiro. Jean Julien Deltil – 1829 Nasceu em 1791, em Paris, França, e falecido em 1853, em Fontainebleau. Panorâmica. Edouard P. Riviére – 1826 Pintor e litógrafo francês, que atuou, no Rio de Janeiro, a partir de 1826. Floresta. Jean B. Aubry-Lecomte – 1831 Nasceu em 1787, em Nice, e faleceu em 1858, em Paris. Litógrafo. Retrato da Imperatriz Amélia de Beauharnais François Meuret – 1832 Nasceu em 1800, em Nantes, e faleceu em 1887. Retratista e litógrafo. Retrato do Imperador D. Pedro I. Isidore Deroy – 1835 Litógrafo e aquarelista. Nasceu em 1797, em Paris, França, e faleceu em 1885. Desembarque de Escravos. Paul Tassaert – 1833 (c) Gravador, membro de uma família de artistas. Faleceu em 1855. Retrato do Rei D. João VI. Jules Alex. Monthelier – 1835 Nasceu em 1804, em Paris, França, e faleceu em 1883. Pintor e desenhista litógrafo. Dança Lundu. Barthelemy Lauvergne – 1835 Nasceu em 1805, em Toulon, França, e faleceu, em 1875, em Carcés, Provence, França. Vista do Rio de Janeiro. Louis J. Villeneuve – 1835 Nasceu em 1796, em Paris, e faleceu em 1842. Praya Rodrigues (Copacabana). Charles Étienne Motte – 1835 Nasceu em 1785, na França, e faleceu em 1836. Gravador dos desenhos de Debret. A Banana. Victor Adam – 1835 Nasceu, em 1801, na França, e faleceu em 1866. Pintor de gêneros. Praia dos Mineiros. Gabriel Duperré – 1835 Nasceu cerca de 1800, e faleceu cerca de 1855. Vista da Lagoa Rodrigo de Freitas. Alexis Victor Joly – 1836 (c) Nasceu em 1798, na França, e faleceu em 1874. Arredores do Rio de Janeiro. Godefroy Engelmann – 1835 Nasceu em 1788, em Mulhouse (Mühlhausen), onde faleceu em 1839. Rua Direita. O RIO DE JANEIRO Fim da Segunda Parte 1817 – 1836 Visto pelos artistas franceses (1551-1886). Pintores, Litógrafos e Gravadores. CATÁLOGO DOS TRABALHOS EM POWER POINT De Carlos Eduardo de Almeida Barata (Cau Barata) 1. 2003 – O Rio de Janeiro de 1903 - A "Batalha de Flores“ (de 2003) - Reenviado em 27.11.2008. 2. 2005 – E fez-se a Luz - a iluminação da Cidade do Rio de Janeiro - Enviado em 09.12.2005. 3. 2005 – A Festa de Natal no Rio de Janeiro, 1588-2005 - Reenviado em 02.12.2008. (de 2005) 4. 2006 – Incêndio Destrói o Teatro João Caetano (26.01.1856) - Enviado em 26.01.2006. 5. 2006 – Boulevar Carceler (Rua Primeiro de Março) - Enviado em 26.07.2006. 6. 2007 - 100 anos de Rio de Janeiro 1907-2007 - Enviado em 30.10.2007. 7. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE I - Enviado em 18.11.2008. 8. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE II - Enviado em 20.11.2008. 9. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE III - Enviado em 08.12.2008. 10. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE I - Enviado em 28.10.2008. 11. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE II - Enviado em 10.11.2008. 12. 2008 – Tipos da Cidade do Rio de Janeiro, 1840-1928 - Parte I (1840-1905) - Enviado em 20.12.2008. 13. 2009 – Passeios pelo Rio de Janeiro, I - Largo da Carioca (1898) - Enviado em 12.02.2009. 14. 2009 – O Rio de Janeiro e sua arquitetura Neoclássica - Enviado em 25.03.2009. 15. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte I) - Enviado em 14.06.2009. 16. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte II) - Enviado em 08.07.2009. 17. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte III) - Enviado em 29.09.2009.