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Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 Mudanças Climáticas e Sustentabilidade Cenário e Desafios da Indústria Brasileira de Cimento Yushiro Kihara Prof Dep. Geociëncia – USP Gerente de Tecnologia ABCP DESAFIOS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CIMENTO O grande desafio: Garantir a produção de cimento com qualidade e com baixos níveis de emissões específicas de CO2 por tonelada de cimento Concreteshow 2012 1 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 PANORAMA DA INDÚSTRIA DE CIMENTO Distribuição das fábricas (2011) • 15 grupos industriais • 81 unidades produtoras • Capacidade nominal: 78 Mt/ano Produção 2011 64 milhões Fábricas Fábricas Moagens Moagens toneladas Fonte: SNIC, 2012 PANORAMA MUNDIAL 311 498 Concreteshow 2012 2 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 Evolução da produção de cimento nos últimos 40 anos M tons 60 50 40 Década perdida 30 20 10 0 1970 1980 1975 1985 2000 1995 1990 2005 2010 2011 Fonte: SNIC, 2012 Panorama mundial (2010) País 1851 Produção (Mt) China 56,1% 207,9 66,5 63,8 61,0 59,1 53,8 52,1 50,7 50,1 Produção de cimento (Mt) China 1.851,0 India 207,9 Turquía 66,5 Estados Unidos 63,8 Irã 61,0 Brasil 59,1 Japão 53,8 Coreia do Sul 52,1 Rússia 50,7 Vietnã 50,1 Produção mundial 3.300,0 Fonte: CEMBUREAU 1° Concreteshow 2012 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 3 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 FLUXOGRAMA DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO INDÚSTRIA DE CIMENTO E O MEIO AMBIENTE • Fonte geradora de gases: – CO2, NOx, SOx, material particulado • Áreas de proteção ambiental – Pantanal, Mata Atlântica, Floresta Amazônica • Sítios arqueológicos – Grutas calcárias: Maquiné/MG, Petar/SP Concreteshow 2012 4 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 BALANÇO AMBIENTAL • Instalação de filtros de alta eficiência • Utilização de maçaricos ecológicos • Destinação final de resíduos perigosos • Uso de matérias-primas e combustíveis alternativos • Produção de cimentos com adições • Recuperação de áreas degradadas CENARIOS E DESAFIOS • A Sustentabilidade é o futuro da indústria • A busca pela Eficiência Energética e • Os esforços para redução dos gases do efeito estufa Representam os grandes desafios da Indústria de cimento Concreteshow 2012 5 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 PILARES DA SUSTENTABILIDADE DA INDÚSTRIA DE CIMENTO A sustentabilidade da indústria de cimento é fundamentada em 3 pilares que contribuem substancialmente para a redução de Gases do Efeito Estufa (GEE) e uma Produção mais Limpa Eficiência Energética Combustíveis Alternativos Adições ao Cimento 1º PILAR DA SUSTENTABILIDADE: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA CONSUMO TÉRMICO DE DIFERENTES TIPOS DE FORNOS Processo Forno vertical Processo via úmida Processo via seca Pré-aquecedores com ciclone de 1 estágio Consumo de combustível (GJ/t clinquer) ~5,0 5,9 – 6,7 4,6 4,2 Pré-aquecedores com ciclones de 2 estágios 3,8 Pré-aquecedores com ciclones de 4 estágios 3,3 Pré-aquecedores + pré-calcinadores com ciclones de 4 estágios 3,1 Pré-aquecedores + pré-calcinadores com ciclones de 5 estágios 3,0 – 3,1 Pré-aquecedores + pré-calcinadores com ciclones de 6 estágios 2,9 Fonte: FLSimdth (2004) in IEA – International Energy Agency - 2009 Concreteshow 2012 6 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 1º PILAR DA SUSTENTABILIDADE: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA • Indústria moderna – 99% via seca, com pré-aquecedores e pré-calcinadores • Queimadores desenvolvidos para uso de combustíveis e resíduos • Monitoramento on-line das emissões • Filtros de alta eficiência (eletrostático e de manga) • Moinhos com separadores de alta eficiência (107 kW/h) 2º PILAR DA SUSTENTABILIDADE: COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS • Conceito de coprocessamento: – Tecnologia de destinação final de resíduos em fornos de cimento que não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais. Queimar e destruir resíduos, aproveitando energia Operação combinada Produzir clínquer de qualidade Concreteshow 2012 7 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS: COPROCESSAMENTO Resíduo Componentes orgânicos Componentes inorgânicos CaO Altas temperaturas SiO2 Longo tempo de residência Al2O3 Cinzas Fe2O3 Alta turbulência metais Atmosfera oxidante Solução sólida 99,99% de destruição CO2 + H2O Clínquer COBERTURA NACIONAL 36 plantas licenciadas (71%) Concreteshow 2012 8 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 CENÁRIO DO COPROCESSAMENTO • Resíduos Coprocessados em 2011: 1 milhão de toneladas – – – – – Insumos energéticos: 655 mil toneladas Matérias-primas: 355 mil toneladas Substituição térmica: aprox. 8% Capacidade Potencial: 2,5 milhões de toneladas/ano Pneus Resíduos Substitutos de Matéria Prima COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS: FONTES DE RESÍDUOS Alumínio Papel & Celulose Embalagens Automotores Petroquímica cimento CIMENTO Metalurgia Energia elétrica Metalurgia Química Pneus Siderurgia Concreteshow 2012 9 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS: TIPOS DE RESÍDUOS Resíduos com bom valor calorífico Solventes Resíduos oleosos Óleos usados (de carro e fábricas) Graxas Lama de processos químicos Fundos de destilação Resíduos de empacotamento Resíduos de fábricas de borracha Pneus usados Resíduos de picagem de veículos Resíduos têxteis Resíduos plásticos Serragem Resíduos de fábricas de papel Lama de esgoto municipal Farinha e ossos de animais Grãos de validade vencida Resíduos com baixo valor calorífico – Resíduos aquosos Resíduos urbanos – Água poluída com solventes – Água de processos químicos – Água de plantas de pintura – Lama derivada de esgoto industrial Matérias-primas alternativas – Lama com alumina (alumínio) – Lamas siderúrgicas (ferro) – Areia de fundição (sílica) – Terras de filtragem (sílica) – Refratários usados (alumínio) – Resíduos da fabricação de vidros (flúor) – Gesso – Cinzas – Escórias COPROCESSAMENTO DE PNEUS • Pneus coprocessados em 2011: 45 milhões 45 milhões de pneus equivalem a 36.000 Km Enfileirados os pneus podem cobrir uma distância do Rio de Janeiro à Pequim, ida e volta. Concreteshow 2012 10 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 Perfil do consumo de combustíveis na indústria do cimento no brasil Redução dos gases de efeito estufa Fonte: Cembureau Concreteshow 2012 11 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 FONTES DE EMISSÃO DE CO2 Processo Produtivo 2,5% 2,5% 90% 5% Fonte: CSI-WBCSD 3º PILAR DA SUSTENTABILIDADE: SUSTENTABILIDADE: ADIÇÕES AO CIMENTO • Diminuição das emissões específicas • Aproveitamento de resíduos industriais Fly-ash • Economia de combustíveis • Melhoria da durabilidade • Preservação de jazidas Escória siderúrgica Concreteshow 2012 12 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 ADIÇÕES AO CIMENTO Sempre de acordo com Normas Brasileiras*, o uso de escórias siderúrgicas e cinzas de termelétricas em vários tipos de cimentos é uma das principais alternativas para reduzir as emissões Cimento Portland Comum (desde1926) 352 CP I-S ⇒ 1 - 5% adições Cimento de Alto-Forno (desde 1952) CO não emitido (2010): CP III ⇒235 - 70% escória Aproximadamente 229 18 (desde Mt Cimento Pozolanico 1969) CP IV ⇒ 15 - 50% pozolana 194 Cimento Composto (desde 1991) CP II-E ⇒ 6 - 34% escória CP II-Z ⇒ 6 - 14% pozolana CP II-F ⇒ 6 - 10% calcário Fonte: SNIC * Adições são incorporadas ao clínquer durante o processo de fabricação do cimento 2º Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa (GEE) Participação dos Setores - 2005 Setor 4,0% 3,1% 1,4%* 4,1% 4,6% 8,1% Uso Solo e Florestas Proc. Industriais 5,6% Energia - Indústria Energia - Transporte Energia - Outros Energia Uso do Solo e Florestas Processos Industriais Cimento Total Variação 1990/2005 74% 64% 45% 38% 65% 76,8% Fonte: MCT - 2010 Brasil (2005): 1,6 Bi t de CO2 * Emissões do Cimento: 1,4% 50% de aumento da produção de cimento no mesmo período (1990 / 2005) Concreteshow 2012 13 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 2º Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa (GEE) Produção de Cimento x Emissões de CO2 (em 1.000 ton) Milhares Variação Cimento (1990 - 2005): 50% 38.706 40.000 Variação CO 2 (1990 - 2005): 38% 35.000 22.990 25.000 25.848 30.000 16.683 20.000 15.000 10.000 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Produção de Cimento Emissões de CO2 2º Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa (GEE) Emissões Específicas de CO2 1000 Redução das Emissões Específicas: 8,0% 800 600 400 200 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 kg CO2/ t cim prod No gráfico acima observa-se significativa redução das emissões específicas, variando de 645 kg CO2/t em 1990 para 594 kg CO2/t de cimento em 2005. Concreteshow 2012 14 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 Emissões de CO2 do cimento (CSI) Período 19901990- 2008 • Emissões de CO2 por tonelada de cimento (kg/t) Fonte: CSI (todos os participantes do GNR) POTENCIAL DE REDUÇÃO DE CO2 (2006) Potencial de Redução de CO2 Source: IEA – International Energy Agency/2009 O Brasil tem o menor potencial redução de emissão de CO2 em comparação com outros países produtores de cimento, com base nas melhores tecnologias disponíveis (BAT) Concreteshow 2012 15 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 BRASIL – UM PAÍS CONTINENTAL O Brasil, por sua extensão territorial e características de ocupação, apresenta diferenças regionais que interferem no processo produtivo e, consequentemente, nas emissões de CO2 Indicadores de Redução Adições ao Cimento Combustíveis Alternativos Tecnologia Matéria-Prima BRASIL – POTENCIALIDADE DE ADIÇÃO SUL Cinzas Volantes SUDESTE CENTROOESTE NORTE/ NORDESTE Escória de alto-forno Pozolanas Naturais Pozolanas Artificiais Filler Calcário Concreteshow 2012 16 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 GRANDE DESAFIO DA INDÚSTRIA MUNDIAL DO CIMENTO • A indústria somente terá um futuro sustentável se a taxa de inovações tornar-se maior que a taxa de restrições. Na Europa o número de regulamentos ambientais cresceu de 19 em 1990 para 635 em 2010 Fonte: Chandelle, 2011 DESAFIOS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CIMENTO • Garantir o fornecimento de cimento para as obras de infraestrutura necessárias ao desenvolvimento do País • Aumentar o uso de combustíveis alternativos (biomassa, resíduos industriais e urbanos) • Estudar novas fontes alternativas de adições ativas aos cimentos • Estimular o aumento da produção sustentável (uso de adições e de clínquer co-processado) • Estar aberta às inovações tecnológicas Concreteshow 2012 17 Seminário ACV-s - CBCS / ABCP Prof. Yushiro Kihara 31/08/2012 Obrigado! Concreteshow 2012 18
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