Abordagem Estratégica Orientada para o Gerenciamento
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Abordagem Estratégica Orientada para o Gerenciamento
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MSG - MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO CLÁUDIO BENEVENUTO DE CAMPOS LIMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA O GERENCIAMENTO INTEGRADO DE OPERAÇÕES: O CASO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO DO PRÉ-SAL DA BACIA DE SANTOS Niterói 2013 CLÁUDIO BENEVENUTO DE CAMPOS LIMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA O GERENCIAMENTO INTEGRADO DE OPERAÇÕES: O CASO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO DO PRÉ-SAL DA BACIA DE SANTOS Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de concentração: Sistema de Gestão em Qualidade Total Orientador: Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc. Universidade Federal Fluminense (UFF) Departamento de Engenharia de Produção Co-Orientador Prof. Asgeir Tomasgard, PhD Norwegian University of Science and Technology (NTNU) Department of Industrial Economics and Technology Management Niterói 2013 CLÁUDIO BENEVENUTO DE CAMPOS LIMA ABORDAGEM ESTRATÉGICA ORIENTADA PARA O GERENCIAMENTO INTEGRADO DE OPERAÇÕES: O CASO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO DO PRÉ-SAL DA BACIA DE SANTOS Aprovado em ____/____/_____. BANCA EXAMINADORA: __________________________________________________ Prof. Gilson Brito Alves Lima, D.Sc. (ORIENTADOR) Universidade Federal Fluminense (UFF) ___________________________________________________ Prof. Asgeir Tomasgard, PhD (CO-ORIENTADOR) Norwegian University of Science and Technology (NTNU) ___________________________________________________ Prof. Martius Vicente Rodriguez Y Rodriguez, D.Sc. Universidade Federal Fluminense (UFF) ___________________________________________________ Prof. Virgilio José Martins Ferreira Filho, D.Sc. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ___________________________________________________ Prof. Arild Normann Nystad, PhD Norwegian University of Science and Technology (NTNU) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à pessoa que mais me inspirou, que me fez retornar à universidade, depois de tantos anos afastado, dedicando-me à minha vida profissional. Se não fosse pelo exemplo e determinação da Luciana, minha esposa, não teria retomado novamente a vida acadêmica. Seu apoio e compreensão foram fundamentais para a realização deste desafio. AGRADECIMENTOS Agradeço à minha mãe por ter sido a origem de tudo e por ter se esforçado tanto na educação de seus filhos, ao meu irmão Pedro e tia Eva que foram sempre exemplos e inspiração nas conquistas, à Lorraine pelo companheirismo. Gostaria de registrar o apoio dos colegas de empresa, sem o qual esta pesquisa não seria possível: José Antônio de Figueiredo, José Luiz Marcusso, Maria Lúcia de Fátima e Silva, Cristina Lucia Duarte Pinho, Solange da Silva Guedes, Paulo Roberto Viana, Vladimir Steffen Pinto, Danilo Garbazza Vieira, Priscila dos Santos Ramos, Alexander Rodriguez e Rodrigues, Vera Lucia Dobrochinski, Milton Saes Junior, Renata Alves Santos, Samir Badures Gonçalves, Alysson Rian Silva Vilela, Luciana Jorge Alcântara, Marcela do Nascimento, Alex Delgado e José Adilson Tenório Gomes. Meus sinceros agradecimentos ao IO Center do NTNU, em especial ao Jon Lippe, Arild Nystad e Darijus Strasunskas, por terem viabilizado a adaptação da abordagem utilizada nesta pesquisa e ao Kjetil Midthun do SINTEF, por seus comentários. Agradeço a todos os colegas de trabalho que colaboraram, respondendo às pesquisas. Não poderia deixar de citar aqui minha gratidão aos meus colegas de mestrado, grandes companheiros de jornada. Agradeço a empresa em que trabalho que financiou e viabilizou esta pesquisa. Por fim, faço um agradecimento especial aos meus orientadores, Prof. Gilson Brito Alves Lima e Prof. Asgeir Tomasgard, que, apesar da distância, ajudaram-me a vencer os obstáculos para chegarmos até aqui. Agradeço a Deus, que foi a fonte de tudo. “A mente, que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original.” Albert Einstein LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 Estratégia da Pesquisa 25 Figura 02 Análise Horizontal x Análise Vertical 26 Figura 03 Visão temporal da abordagem adotada 27 Figura 04 Possibilidades para verificação do valor em processos redesenhados 30 Figura 05 Camadas do Intelligent Field 38 Figura 06 Fases de implantação de um IFC (Intelligent Field Center) 39 Figura 07 Stack Model da Statoil 41 Figura 08 Smart Fields Value Loop 42 Figura 09 A Estrutura de Gerenciamento do Conhecimento 44 Figura 10 O GIOp da Petrobras 47 Tabela 01 Palavras-chave adotadas na pesquisa bibliográfica 54 Figura 11 Pesquisa em periódicos, livros e outras fontes 55 Gráfico 01 Resultado da Pesquisa Bibliográfica 56 Figura 12 Método de Pesquisa 57 Tabela 02 Quadro resumo dos objetivos, metodologia e resultados esperados 58 Tabela 03 Quadro resumo das abordagens adotadas na pesquisa 60 Figura 13 Framework para análise de valor de projetos de IO 60 Tabela 04 Clusterização dos questionários dos Anexos I e II 64 Tabela 05 Inter-relacionamento das perguntas das pesquisas 65 Figura 14 Resumo da Pesquisa Online 67 Gráfico 02 Resultados da Pesquisa Online 70 Tabela 06 Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais 72 Figura 15 Lógica para avaliação dos resultados obtidos 75 Tabela 07 Correlação entre o Bloco 3 e os Blocos 2,5 e 6 da Pesquisa Online 76 Gráfico 03 Diagrama de dispersão entre o Bloco 3 e os Blocos 2,5,6 da Pesquisa Online 77 Tabela 08 Resultados do Teste de Mann-Whitney para questionários dos Anexos I e II 79 Gráfico 04 Distribuição das perguntas correlacionadas nas pesquisas 80 Tabela 09 Resultados do Alfa de Cronbach para os Blocos do Anexo I 83 Tabela 10 Resultados do Alfa de Cronbach para os Blocos do Anexo II 83 Figura 16 Lógica para criação dos planos de ação (Gestão da Mudança) 85 Tabela 11 Resumo dos principais benefícios 92 Gráfico 05 Aumento da produção esperado para os processos analisados 93 Gráfico 06 Redução dos custos esperados para os processos analisados 93 LISTA DE ABREVIAÇÕES ADCO ANP Abu Dhabi Company for Onshore Oil Operations Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis CAPEX Capital Expenditure CERA Cambridge Energy Research Associates CIOp Centro Integrado de Operações CPM Construção de Poços Marítimos E&P Exploração e Produção FPSO Floating, Production, Storage and Offloading GIOp Gerenciamento Integrado de Operações IO Integrated Operations NTNU Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia da Noruega OPEX Operational Expenditure PDP PPTO Projetos de Desenvolvimento da Produção Pessoas, Processos, Tecnologia e Organização SPE Society of the Petroleum Engineers SMS Segurança, Meio Ambiente e Saúde SPS Sistema de Pesquisa de Satisfação TI TIC Tecnologia de Informação Tecnologia de Informação e Telecomunicação US-LOG Unidade de Serviços de Logística de E&P US-SUB Unidade de Serviços Submarinos VBA Visual Basic Applications RESUMO A indústria de petróleo tem buscado na última década a melhoria da eficiência dos seus processos de trabalho, através do redesenho dos mesmos, de forma a permitir a disponibilização de dados e informações no tempo requerido, com os sistemas e ferramentas de engenharia demandados para decisões mais rápidas e de melhor qualidade. Essa vertente tem sido adotada pelas operadoras de petróleo e muitas das companhias de serviço. Atualmente, está sendo implantado um projeto de Operações Integradas na Bacia de Santos, que terá profundos impactos na produção do Pré-Sal. Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa é avaliar, no contexto descrito, a implantação das Operações Integradas em uma determinada empresa de petróleo. Como opção metodológica, através de revisão na literatura, foi pesquisada a utilização das Operações Integradas na indústria de petróleo, bem como casos de aplicação. Como instrumento de intervenção, adotou-se a abordagem proposta por um consócio internacional de entidades – o IO Center, coordenado pelo NTNU (Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia), que permite analisar os ganhos potenciais, bem como a parametrização por estudos de casos, em projetos de Operações Integradas. Em cooperação com o NTNU, foi feita a adaptação necessária neste framework sugerido, para a sua utilização no piloto da Bacia de Santos, permitindo o estudo dos ganhos potenciais, a análise de casos e o diagnóstico de melhorias na implantação das Operações Integradas. Adicionalmente, foi realizada uma Pesquisa Online com a força de trabalho para descobrir novas oportunidades de aplicação. Como resultado da aplicação, foi possível identificar ações de melhoria, lacunas de implantação e benefícios, que apontam para uma grande atratividade desta abordagem. Palavras-chave: Integrated Operations – Smart Field – Intelligent Energy – Digital Oilfield ABSTRACT Over the last decade, the oil industry has aimed to improve the efficiency of work processes by redesigning them, in order to provide data and information in the required time, with the proper systems and engineering tools demanded to faster and better decisions. This strategy has been adopted by many oil operators and service companies. Currently, Integrated Operations is being deployed in Santos Basin (Brazil) with important impacts on the production of pre-salt. In this sense, the objective of this research is to evaluate, in the described context, the implementation of Integrated Operations on a particular oil company. As a methodological option, through a literature review, the main initiatives of the oil industry were analyzed as well as application cases. As an instrument of intervention, it was used an approach proposed by a consortium of international organizations - the IO Center, coordinated by NTNU (Norwegian University of Science and Technology), which allows to understand the value creation in Integrated Operations projects. In cooperation with NTNU, the suggested framework was adjusted for use in Santos Basin, allowing the study of the potential gains, case analysis and diagnosis of gaps in implementation of Integrated Operations. Additionally, an online survey was performed involving the workforce to understand new opportunities for implementation of Integrated Operations and change management. As a result of the application, it was possible to identify improvement actions and benefits pointing to a great attractiveness of this approach. Key-Words: Integrated Operations – Smart Field – Intelligent Energy – Digital Oilfield SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 14 1.1 SITUAÇÃO-PROBLEMA 20 1.2 QUESTÕES DE PESQUISA 22 1.3 OBJETIVOS 22 1.3.1 Objetivo geral 24 1.3.2 Objetivos específicos 24 1.4 SÍNTESE DA ESTRATÉGIA DE PESQUISA 24 1.5 DELIMITAÇÃO 26 1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E JUSTIFICATIVA 27 1.7 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA 29 1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO 32 2 BASE CONCEITUAL E REVISÃO DA LITERATURA 34 2.1 AS OPERAÇÕES INTEGRADAS 34 2.2 A VISÃO DAS PRINCIPAIS OPERADORAS 37 2.2.1 A Abordagem da Saudi Aramco 37 2.2.2 A Visão da Statoil 40 2.2.3 O Ciclo de Valor da Shell 41 2.2.4 O Modelo Conceitual da British Petroleum (BP) 43 2.2.5 O GIOp da Petrobras 46 2.3 ALGUNS CASES DE SUCESSO DE OPERAÇÕES INTEGRADAS 48 3 METODOLOGIA DE PESQUISA 52 3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA 52 3.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 54 3.3 MÉTODO DE PESQUISA 56 3.4 CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 58 3.5 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 60 3.5.1 Estudo de Ganhos Potenciais 60 3.5.2 Ferramenta para Pesquisa Online 62 3.6 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 63 3.6.1 Coleta de dados no Grupo 1 63 3.6.2 Coleta de dados no Grupo 2 63 3.7 QUESTIONÁRIOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS 64 3.8 TRATAMENTO DE DADOS 65 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 67 4.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS 67 4.1.1 Resultados da Pesquisa Online 67 4.1.1.1 Perfil de respondentes da pesquisa online 68 4.1.1.2 Itens da Pesquisa Online 69 4.1.1.3 Percepção de Abrangência 70 4.1.1.4 Os não-respondentes da Pesquisa Online 71 4.1.2 Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais 71 4.1.2.1 Perfil de respondentes do Estudo de Ganhos Potenciais 72 4.1.2.2 Dimensões do Estudo de Ganhos Potenciais 73 4.1.2.3 Ganho Potencial e os Processos 74 4.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 75 4.2.1 Discussão e Valores 76 4.2.2 Consistência das Abordagens 78 4.2.3 Estabelecimento a Baseline 81 4.2.3.1 Alfa de Cronbach aplicado ao Estudo de Ganhos Potenciais 82 4.2.3.2 Alfa de Cronbach aplicado à Pesquisa Online 83 4.2.3.3 Depuração da Escala para Estabelecimento da Baseline 83 5 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO ESTUDO E ANÁLISE DOS CASES 84 5.1 APLICAÇÃO NA GESTÃO DE MUDANÇA 84 5.2 ANÁLISE DOS CASES 86 5.2.1 Manutenção Baseada na Condição 87 5.2.2 Estruturação das Unidades Próprias 88 5.2.3 Processos de Supervisão 89 5.2.4 Gestão da Medição 89 5.2.5 Vigilância de Poço 90 5.2.6 Integração de projetos 91 5.2.7 Analise econômica 92 6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 95 6.1 ALCANCE DOS OBJETIVOS 95 6.2 PESQUISAS FUTURAS 95 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 97 ANEXOS ANEXO I – Questionário do Estudo dos Ganhos Potenciais 104 ANEXO II – Questionário para a Pesquisa Online 112 ANEXO III – Mala-direta para a Pesquisa Online 116 ANEXO IV – Resultados da Pesquisa Online 117 ANEXO V – Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais 146 ANEXO VI – Resultados do Alfa de Cronbach 162 ANEXO VII – Resultados dos Testes de Mann-Whitney 170 14 1 - INTRODUÇÃO A indústria petrolífera se caracteriza por ter elevado grau de complexidade nos processos decisórios associados à sua Cadeia de Valor. O seguimento de Exploração e Produção, denominado por E&P, apresenta muitos dos seus processos atrelados a decisões impactantes do ponto de vista da magnitude dos valores econômicos envolvidos, redundando, frequentemente, na ordem dos milhões de dólares. Isto se deve ao expressivo volume dos investimentos, bem como à enorme importância econômica e estratégica do produto - óleo e gás. Herkenhoff (2011) aponta que a gestão por processos tem tido histórico comprovado no suporte à complexa integração das áreas funcionais nas mais diversas organizações. Neste sentido, as operadoras de petróleo têm, notadamente na última década, redesenhado os seus principais processos de trabalho da Cadeia de Valor, de forma a vencer inúmeros desafios decorrentes da complexidade dos cenários, da necessidade de maior integração de dados e pessoas e da crescente disponibilidade de informações. Estes desafios incluem a gestão de múltiplos parâmetros operacionais, em ambientes agressivos e dasafiadores (ADEFULU, 2010). Isto é corroborado por Moreira (2010), que completa que “a gestão por processos contribui de forma significativa na interação dos elementos organizacionais, tornando as empresas mais ágeis, flexíveis e capazes de se adaptar de forma mais rápida ao ambiente de negócio.” Moltu (2010) aponta que “a indústria de petróleo e gás está passando por uma mudança fundamental em importantes processos de negócio. A transição é possível por nova e poderosa tecnologia de informação. Processos de trabalho tradicionais e estruturas organizacionais são desafiados por abordagens mais eficientes e integradas para exploração e produção.” Desta forma, muitas iniciativas de Operações Integradas, chamadas de diferentes nomes têm sido implementadas mundo a fora, como Digital Oil Field of the Future, Smart Fields, Intelligent Fields, Integrated Field e Integrated Operations (CRAMER, 2012), dentre outros, no sentido de aumentar a qualidade da informação e melhorar a colaboração, para tomadas de decisões mais corretas. O nome dado pela Petrobras é Gerenciamento Integrado de 15 Operações (GIOp). Neste trabalho, o termo genérico utilizado será “Operações Integradas”. De acordo com Al-Jasmi (2013): Existem muitas empresas ativas em todo o mundo em diferentes áreas das tecnologias de Operações Integradas. Elas são divididas em duas categorias principais: os fornecedores de hardware e os de software. A maioria delas provê equipamentos de medição, como medidores de 1 pressão, temperatura e sensores de vazamento de gás, chokes automáticos ou hardware de gerenciamento de dados. Algumas empresas fornecem software de engenharia, cobrindo sistema de gerenciamento de dados de petróleo, modelagem de ativos, análise e otimização, a vigilância em tempo real e integração do fluxo de trabalho e colaboração. E muitas empresas fornecem apenas os componentes de uma solução de Operações Integradas ou apoio indireto como, TI ou integração de negócios como consultoria de gerenciamento de mudanças. Para Pande (2010): A fim de obter os benefícios das Operações Integradas, fluxos de trabalho essenciais estão para ser desenvolvidos e implementados. Esses fluxos de trabalho devem permitir a integração entre as diferentes disciplinas, tanto onshore e offshore, como também entre os operadores e fornecedores. Isto irá resultar em mudanças nos processos de trabalho atuais, que são tradicionalmente sequenciais e baseados em disciplina, mas são essenciais para alcançar as metas globais da organização. De acordo com Strasunskas (2010), as Operações Integradas adotam tecnologia de informação, de forma a incrementar o acesso de dados em tempo real, integrando as pessoas e organizações, mudando os processos de trabalho e, desta maneira, potencializando decisões mais ágeis e acertadas. Já o trabalho de Fuks (2009) aborda interessantes tecnologias relativas à colaboração à distância com plataformas offshore. Tem havido um grande interesse nesse tema, pela importância de otimizar o quantitativo de pessoas embarcadas nas unidades marítimas. No Brasil, esta nova abordagem tem ocorrido, mais intensamente nos últimos cinco anos, através de várias iniciativas, focando, por exemplo, na construção de poços de petróleo, exploração e produção dos Ativos (ROSENDAHL, 2013. p 227-229). As impressionantes descobertas de petróleo no Pré-sal criaram uma nova realidade. No sentido de mais que dobrar a produção de petróleo brasileira até o 1 A vazão através de um duto é controlada por um choke, que é um dispositivo que impõe uma restrição à linha de fluxo. 16 final desta década, muitas barreiras tecnológicas deverão ser vencidas, como, por exemplo, a distância das jazidas para a costa, a elevada lâmina d’água e a complexidade dos reservatórios. O esforço logístico se intensificará com muitos novos sistemas - plataformas marítimas ou FPSOs2 - a serem operacionalizados na Bacia de Santos. Nos próximos anos, será instalada uma rede de fibra óptica submarina de grande extensão, servindo a todas as unidades do Pré-Sal, cuja produção será escoada por offloading3 e por uma complexa rede de gasodutos (PETROBRAS, 2012). Este cenário demandará uma relevante mudança na forma como os processos são gerenciados. Para Mohammed (2012), “um sistema colaborativo possui múltiplos usuários ou agentes, que estão engajados em uma atividade compartilhada, algumas vezes de locações remotas.” Assim, surge a necessidade de um novo modelo de gestão, baseado em Operações Integradas, suportado por ambientes colaborativos multidisciplinares, que possam potencializar melhores e mais rápidas decisões, diminuindo custos, aumentando a eficiência e a segurança das operações e elevando o fator de recuperação dos reservatórios de petróleo. Neste contexto de redesenho de processos, algumas dimensões são fundamentais: pessoas, processos, tecnologia e organização (STRASUNSKAS, 2012). Além do redesenho dos processos, para que as decisões fiquem mais ágeis, envolvendo maior colaboração das pessoas e integrando informações, deve-se dispensar muita atenção ao fator humano, para que as pessoas estejam treinadas nestes processos e que a Gestão de Mudança seja eficiente. Segundo Raineri (2011), “se o programa de mudança é a resposta adequada às necessidades organizacionais e sua implementação é bem sucedida, ele deve afetar os resultados organizacionais.” Iniciativas de mudança, muitas vezes se deparam com obstáculos imprevistos e, às vezes, representam fracasso total como consequência. Para evitar isso, muitas organizações estão transformando a indústria de gestão de mudança para a sua liderança de pensamento sobre como mitigar os 2 Os FPSOs (Floating Production, Storage and Offloading) são plataformas de petróleo flutuantes de produção, armazenamento e descarga. 3 Em determinados sistemas produtivos, não há oleoduto para exportar o óleo. O petróleo produzido é armazenado em tanques de carga da plataforma e quando estes tanques estão cheios, aí então, é feita a operação de offloading (transferência de carga para um navio aliviador). 17 riscos associados com a mudança e se manterem competitivas em um mercado ágil e global (WOLPERT, 2010) De acordo com Horta (2009): Gerenciar processos de mudanças ágeis não é algo trivial e merece atenção especial no intuito de permitir que a transformação organizacional proposta se dê de maneira efetiva. É neste contexto que se destaca a importância da prática da Gestão de Mudanças. Esta prática contém um conjunto de metodologias e ferramentas que visa alinhar estratégias, processos organizacionais e pessoas. Para Andrade (2005), “as organizações devem começar a pensar no homem como o negócio da organização e investir não só em treinamento, que consiste na transferência de conhecimento, porém em educação baseada em construção de conhecimento.” Desta forma, a restruturação da organização, contemplando Operações Integradas, demandará muitas tecnologias a serem compradas ou desenvolvidas. Landgren (2008) aponta que: O tempo real e suporte remoto para as operações em campos de petróleo estão se tornando cada vez mais uma maneira comum de fazer negócios. Muitos projetos assim estão sendo implementados mundo a fora e os benefícios para a indústria estão cada vez mais documentados na literatura. As demandas geradas por esta infraestrutura são elevadas e os desenvolvimentos iniciais foram focados na preparação para oferecer ferramentas e processos que possam ser reproduzidos e otimizados para suportar essas demandas. Já houve algumas tentativas de aplicação do conceito de Operações Integradas, como, por exemplo, em Ativos de Produção, na construção de poços e na exploração de uma empresa operadora de petróleo no Brasil (RODRIGUEZ Y RODRIGUEZ, 2010). Contudo, tais experiências ficaram restritas a determinados segmentos de uma determinada empresa. Em uma recente iniciativa estratégica, esta operadora está redesenhando seus principais processos produtivos, através das Operações Integradas, para uma aplicação mais integrada e colaborativa, considerando toda a sua bagagem aprendida nos últimos anos, parcerias com outras empresas operadoras de petróleo (Statoil, por exemplo), consultorias 18 internacionais (CERA4) e cooperação com universidades (NTNU5, dentre outras). Esta abordagem, envolvendo várias entidades na implantação de soluções de Operações Integradas tem sido bastante comum na indústria do petróleo. No trabalho apresentado por Rwechungura (2010), observa-se um interessante estudo prático do Campo de Norne6, conduzido pela academia (IO Center do NTNU). Para Holland (2001): Níveis de tomada de decisão têm historicamente oferecido um dos melhores caminhos para melhorar a informação e transferência de conhecimento. Mas, na realidade, não se chegou até o potencial e a razão é, por demais, evidente nas operações diárias das empresas. Processos de tomada de decisões raramente são mapeados porque há um pressuposto tácito de que não pode sê-lo. Isto é um equívoco. A tomada de decisão é baseada em processos, que certamente podem ser mapeados e, por meio de mapeamento, podem ser melhorados. Na produção do Pré-Sal, as operações na Bacia de Santos são de incontestável importância. Desta forma, uma vasta frente de modelagem da empresa estudada está analisando os processos produtivos mais impactantes. Para uma maior consistência na implantação, os principais processos estão sendo submetidos a um Projeto Piloto, onde se desenvolvem alguns processos de trabalho impactantes, envolvendo, além dos redesenhos, as pessoas e as tecnologias necessárias para esta nova realidade. Este piloto se constitui em um excelente ambiente para analisar a qualidade dos redesenhos, amplificar a gestão de mudança com os empregados e realizar provas de conceito das principais tecnologias envolvidas. A colaboração está podendo ser analisada com uma visão prática, inclusive em uma abordagem inter-processos. 4 CERA = Cambridge Research Associates 5 O NTNU (Norges Teknisk-Naturvitenskapelige Universitet ou Norwegian University of Science and Technology), universidade localizada na cidade de Trondheim (Noruega), é responsável pela educação superior em engenharia e tecnologia. Adicionalmente, oferece cursos em várias outras áreas acadêmicas. 5 Norne é um campo de petróleo descoberto em 1992, no Mar do Norte e operado pela Statoil, em parceria com a Petro e Eni. 19 De acordo com Hosøy (2011): É natural supor que a maioria dos relacionamentos inter-organizacionais são dependentes da capacidade dos participantes em colaborar uns com os outros, a fim de criar um relacionamento bem sucedido. No entanto, o nível de colaboração pode variar consoante a complexidade das tarefas e metas para cada relacionamento. Existem diversos fatores que facilitam a colaboração dentro destas relações inter-organizacionais. Araújo (2011), por sua vez, aponta “a necessidade de se implantar um programa estruturado de gestão da mudança relacionado à implantação da gestão por processos e a importância das pessoas nesta mudança.” Para Feineman (2010): “Uma parte significativa da gestão da mudança exige monitoramento interações reais entre membros específicos da equipe e abordagens para lidar com as diferenças de valores e preconceitos.” Desta forma, uma análise dos processos do Projeto Piloto de Operações Integradas da Bacia de Santos trará muitas conclusões a cerca da Gestão de Mudança, das lacunas na implantação das Operações Integradas na empresa estudada, dos pontos de atenção das questões tecnológicas e de infraestrutura e da própria qualidade do redesenho dos processos na Bacia de Santos. Outro aspecto importante é o valor associado à implantação de projetos de Operações Integradas. “De acordo com o Diretor Executivo da Shell para E&P, Smart Fields7 podem facilmente aumentar de 5 a 10 por cento na produção anual e estender a vida dos campos existentes” (KNOPPE, 2008). Contudo, conforme Adefulu (2008), “medir os impactos das soluções de Operações Integradas no desempenho de um ativo de produção continua sendo um desafio.” Assim, a aplicação de abordagens que permitam o entendimento dos ganhos potenciais, bem como a utilização de métricas que possam gerar parâmetros econômicos comparativos tornam-se cada vez mais necessárias. “Integrated Operations8 trazem benefícios, mas o valor econômico não é sempre conhecido ou compreendido” (STRASUNSKAS, 2012). 7 8 Smart Fields é a forma como a Shell se refere a Operações Integradas. Integrated Operations é a designação mais comum para Operações Integradas no Mar do Norte. 20 1.1 - SITUAÇÃO-PROBLEMA O amplo entendimento dos benefícios quantitativos da implantação de projetos de Operações Integradas tem sido perseguido por todas as operadoras de petróleo do mundo. Existe uma grande dificuldade devida à complexidade das variáveis associadas, onde as dimensões ou interferências nem sempre podem ser entendidas e mensuradas. O impacto econômico de uma inovação tecnológica específica na lucratividade de uma operadora de petróleo nem sempre é facilmente determinado (MARSALA, 2008). A essência das Operações Integradas está na colaboração dos times que se dedicam aos processos envolvidos. Existem muitos aspectos qualitativos envolvidos, que são intangíveis e impossíveis de medir. O trabalho colaborativo redunda em resultados intrínsecos como qualidade de vida do trabalhador e satisfação no trabalho, que afetam o desempenho da organização. Apesar de a indústria considerar os projetos de Integrated Operations como altamente positivos, infelizmente, até mesmo números grosseiros não estão frequentemente disponíveis para análise (STRASUNSKAS, 2010). Tem havido, ao longo das últimas décadas, muitas propostas de metodologia para avaliação do valor do gerenciamento integrado, sem muito êxito, mantendo o desafio de quantificar o gerenciamento integrado de operações. Por exemplo, uma interessante análise de valor sobre o tema foi conduzida em uma operadora de petróleo em 2008 (VAN DEN BERG, 2010). De acordo com Marsala (2008), “componentes tangíveis e intangíveis de uma tecnologia inovadora contribuem para gerar valor e assim cada um deles deve ser considerado como ponto de atenção para compreensão, avaliação e gerenciamento.” Apesar das soluções colaborativas estarem potencializando o desempenho da indústria de E&P de petróleo, medir o seu impacto continua sendo um desafio, principalmente pelo fato de que os desdobramentos das soluções individuais não podem ser isolados do restante do desempenho do ativo (ADEFULU, 2010). Assim, novas abordagens para métricas de valor têm que ser estudadas para o correto entendimento dos benefícios associados às Operações Integradas. 21 Outro aspecto diz respeito à dimensão humana. Para Sørensen (2011), “mudanças geram incertezas entre os empregados, provocando, assim, foco minucioso nas intenções da gestão e tendência a fazer interpretações que exageram tais intenções, com o resultado final de confiança reduzida.” Assim eficiência do plano de Gestão de Mudança é uma questão impactante e deve ser melhor entendida ao longo da implantação dos projetos de Operações Integradas. Para Ershaghi (2012): A adaptação de soluções integradas para a tomada de decisões das malhas rápida, média e longa é um processo complicado. Ela precisa gerar garantias ao pessoal de que as mudanças levarão a uma abordagem mais eficiente e tecnológica para a gestão de campos de petróleo. Os donos de processo precisam entender e se sentir confortáveis com a aplicação desses conceitos e de novas estratégias de solução. De acordo com Crompton (2011): Para desenhar e implementar essas mudanças, toda atenção deve ser dada aos aspectos comportamentais da Gestão de Mudança. A implantação de soluções, que permitem a estratégia de Operações Integradas, conduz a mudanças significativas dos processos operacionais e de engenharia no campo de petróleo e criam novos processos de trabalho. Devido ao fato de o alcance e o impacto poderem ser generalizados, práticas relativas a aspectos comportamentais da Gestão de Mudança necessitam ser empregadas para garantir a implantação bem sucedida e a aceitação dessas novas ferramentas e processos. Um intenso plano de Gestão de Mudança está sendo conduzido na implantação nas Operações Integradas na empresa estudada, objeto desta pesquisa, na Bacia de Santos. O correto entendimento da adequação destas ações é impactante na dimensão humana e é fundamental para o sucesso do plano de negócios da empresa. 22 1.2 - QUESTÕES DE PESQUISA Neste contexto, surgem as questões básicas que nortearão este estudo: Qual o valor associado a projetos de Operações Integradas na indústria do petróleo? A implantação de um sistema de gestão, baseado em integração e colaboração, implementação é viável das economicamente? Operações Em Integradas, que com aspecto a envolvimento multidisciplinar, dados em tempo requerido e ferramentas de engenharia pertinentes aos processos de trabalho mais importantes na Bacia de Santos terá um impacto positivo sobre a produção de petróleo e gás? Quais as principais lacunas de implantação das Operações Integradas? Quais as recomendações para otimização da abordagem das Operações Integradas e dos processos analisados? Quais as potenciais áreas de Aplicação das Operações Integradas que não foram ainda abordadas? 1.3 - OBJETIVOS A empresa estudada nesta pesquisa tem um intenso cronograma de implantação de Operações Integradas no seu segmento upstream9, que teve o foco inicial no Pré-Sal na Bacia de Santos e expandiu-se depois para as demais unidades de operações da empresa. Estão sendo realizados profundos estudos dos principais processos de trabalho. Um piloto de aplicação está sendo conduzido para validação 9 Upstream é a parte da cadeia produtiva da indústria do petróleo que abrange a exploração, desenvolvimento, produção e transporte para refino. 23 e maior entendimento destes processos, de modo a auxiliar no melhor redesenho a ser adotado nos processos impactantes, nos próximos anos, no Pré-Sal. Recentes trabalhos têm trazido propostas de abordagens para determinação do valor dos projetos de gerenciamento integrado. Van den Berg (2010) aplicou uma avaliação para analisar o valor em cerca de 50 ativos da Shell. Foram quantificados benefícios da ordem de 5 bilhões de dólares para o período de 2008 a 2009 nas áreas de poços inteligentes, otimização de poços, de facilidades e de reservatório, aumento de eficiência e operações remotas. Esta pesquisa foi realizada por survey junto às equipes dos ativos. Em 2010, Strasunskas & Tomasgard propuseram uma abordagem para a decisão analítica do valor econômico de um projeto de Operações Integradas. Em trabalho posterior, Strasunskas (2012) validou a sua abordagem para dois estudos de caso em operadoras de petróleo do Mar do Norte ligadas ao IO Center10 do NTNU (Universidade de Ciências e Tecnologia da Noruega), especificamente para Planejamento Integrado (ConocoPhillips) e para um centro de perfuração de poços (drilling center, na Total E&P). Um interessante estudo é apresentado por Steinsbø (2008), em mais de quarenta aplicações de Operações Integradas, onde as pessoas a frente da gestão da rotina operacional apontaram as áreas de melhoria. A presente pesquisa pretende aplicar a abordagem do IO Center do NTNU ao projeto piloto conduzido na Bacia de Santos, com o propósito de aumentar a robustez da análise econômica da implantação das Operações Integradas no segmento upstream da empresa estudada, principalmente pelo estudo dos ganhos potenciais. Além disso, importantes elementos de Gestão de Mudança, decorrentes da implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos, serão analisados. 10 O IO Center é um consócio de entidades que envolve, além de empresas de petróleo, pesquisadores do NTNU (Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia), SINTEF (a maior organização de pesquisa independente da Escandinávia), IFE (Instituto para Tecnologia Energética da Noruega), além de Universidades como Stanford, Boston, dentre outras. 24 1.3.1 - Objetivo geral Avaliar a implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos para a empresa estudada, diagnosticando seus benefícios e lacunas de implantação, de forma a aprimorar a gestão de mudança. 1.3.2 - Objetivos específicos (para a empresa estudada) Avaliar os benefícios das Operações Integradas na Bacia de Santos. Avaliar as lacunas de implantação das Operações Integradas, propondo melhorias a acenando para os pontos de atenção. Definir áreas potenciais de aplicação das Operações Integradas, baseado na percepção da força de trabalho. 1.4 - SÍNTESE DA ESTRATÉGIA DE PESQUISA A Figura 01, a seguir, ilustra de forma geral a abordagem utilizada nesta pesquisa. Considerando toda a força de trabalho que atua na Bacia de Santos, aí incluindo a Unidade de Operações da empresa estudada e as demais unidades que lá atuam, foi realizado um survey (Pesquisa Online), associado a um conjunto de entrevistas personalisadas. Estas últimas (doravante chamadas de Estudo de Ganhos Potenciais), seguindo a abordagem proposta por Strasunskas (2012), objetivaram o delineamento do ganho potencial, bem como a extração de cases para quantificação de benefícios. 25 Figura 01 - Estratégia da Pesquisa Fonte: o próprio autor A abordagem permitiu uma visão discretizada das percepções, chegando ao nível de processos e gerências. Com base no material obtido, foi proposta uma adequação da Gestão da Mudança, conforme ilustra a Figura 02, mais adiante. Para o alcance dos objetivos, a pesquisa foi estruturada na realização das seguintes etapas: Pesquisa Online, que se constituiu de um Survey com a Força de Trabalho da empresa estudada na Bacia de Santos, Estudo dos ganhos potenciais com os empregados que participam do piloto de Operações Integradas na Bacia de Santos, através das entrevistas individuais, Extração de cases de retorno de valor nas mesmas entrevistas do Estudo de Ganhos Potenciais (item anterior), Análise dos resultados das pesquisas e quantificação dos cases. A Figura 02, a seguir, ilustra as dimensões horizontal e vertical em que foi feito o estudo desta pesquisa. A abordagem horizontal permitiu a análise discretizada de ganho potencial por processo do piloto. Na análise vertical, 26 podem-se obter várias dimensões, incluindo a percepção de gestão de mudança e valor, por entidade da estrutura organizacional (gerências da empresa estudada). Figura 02 - Análise Horizontal x Análise Vertical Fonte: o próprio autor 1.5 - DELIMITAÇÃO Este estudo limita-se à indústria do petróleo, sendo realizado na Bacia de Santos. A Figura 03, a seguir, denota a delimitação temporal desta pesquisa. A aplicação das pesquisas com entrevistas, conforme Strasunskas (2012), visou obter a percepção atual de valores, bem como a percepção futura dos mesmos. Isto dimensionou os ganhos potenciais (veja a Figura 03A). A mesma abordagem, no momento atual, servirá como baseline para estudos posteriores. 27 Figura 03: Visão temporal da abordagem adotada Fonte: o próprio autor Desta forma, de acordo com a Figura 03B, futuras pesquisas poderão ser realizadas no sentido de realizar outros estudos em fases específicas do projeto de implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos e medir os ganhos potenciais, utilizando a baseline do presente trabalho e permitindo a verificação da eficácia de sua abordagem. 1.6 - IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E JUSTIFICATIVA Apesar de haver muitos programas de Operações Integradas em operadoras de petróleo e fornecedoras de serviço, este tema é bastante incipiente na indústria (AL-JASMI, 2013). Os estudos acerca de benefícios e análises de valor se intensificaram apenas nos últimos anos. A maioria das empresas, pelo baixo grau de 28 maturidade no assunto, tem se preocupado com as lições aprendidas (lessons learned), envolvendo pilotos e iniciativas iniciais. Isto explica o fato de existirem poucos livros sobre o tema11 e de que a grande maioria de publicações relativas a Operações Integradas ocorra em artigos em eventos, nos quais são relatados casos práticos de aplicação. Silva (2004) aponta que um dos facilitadores para o trabalho com o formato explícito do conhecimento é a capacidade de construção de lessons learned – a parte da memória organizacional que contém apenas o conhecimento explícito, significando registrar objetivamente uma determinada vivência, os erros levantados e as soluções adotadas. As abordagens mais acadêmicas têm acontecido apenas nos últimos anos. Atualmente, um importante polo de pesquisa sobre o tema é o IO Center. De acordo com NTNU (2012), o IO Center conduz pesquisa, inovação e educação no campo de Operações Integradas, de forma a promover o aumento da recuperação de óleo, acelerar a produção, reduzir os custos de operação e aumentar os padrões de segurança. Desta forma, o presente estudo é uma grande oportunidade para aprofundar a experiência acadêmica brasileira sobre o tema, despertando conexões para futuras pesquisas e publicações em universidades locais. De acordo com Strasunskas (2012): “O aperfeiçoamento de métodos de análise de benefícios de investimentos em tecnologias avançadas tem sido um foco da indústria de petróleo”. Muitos projetos de Operações Integradas estão sendo implantados em várias empresas operadoras de petróleo e companhias de serviço. As abordagens para o entendimento do valor associado aos projetos variam caso a caso, indo da percepção qualitativa até análises mais complexas, como pode ser visto em Marsala, 2008. Além dos objetivos já elencados, esta pesquisa deverá fornecer subsídios para futuros desenvolvimentos na abordagem de ganho potencial, proposta por Strasunskas (2012), decorrentes de sua aplicação em um terceiro cenário, no PréSal, diferente dos outros dois no Mar do Norte, utilizados anteriormente. Existe um grande interesse do IO Center, coordenado pelo NTNU, em tais lições aprendidas. A ideia é configurar, em pesquisas posteriores, uma metodologia eficiente, de 11 Tom Rosendahl (BI Norwegian Business School) e Vidar Hepsø (NTNU) organizaram em 2013 um livro que coleciona o conhecimento de Integrated Operations de muitos autores da academia e da indústria. 29 aplicação geral na indústria de petróleo, que permita um melhor entendimento dos valores associados à implantação de projetos de Operações Integradas. 1.7 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA Um processo pode ser representado por um fluxo de trabalho, como os da Figura 04. “Um fluxo de trabalho (workflow) é um conjunto de tarefas ou atividades cada qual com suas informações de entrada e saída” (ALVARADO, 2005). Já Alves (2009) define processo como “um fluxo de trabalho caracterizado por inputs e outputs claramente definidos e tarefas que dependem uma das outras, numa sequencia lógica, com o objetivo de atender aos clientes, atravessando as fronteiras das áreas funcionais.” Para Crockett (2009), “quando uma abordagem integrada é adotada, haverá a necessidade de determinar o fluxo de dados e as interfaces entre as tecnologias relacionadas e um repositório central de dados em tempo real e os resultados calculados.” Para Munhoz (2009): [...] dados isolados por si só não constituem conhecimento útil e disponível para tomada de decisão, representando sim, o início desse processo. Logo, o grande desafio, a grande expectativa do tomador de decisão, é a de transformar esses dados em informação, dando-lhes sentido, coerência de propósito, para depois, então, verter essas informações em verdadeiro arcabouço de conhecimento. Isto facilitará os processos demandados na otimização de resultados oriundos das melhores práticas e decisões adotadas. 30 Figura 04 - Possibilidades para verificação do valor em processos redesenhados Fonte: o próprio autor Segundo Popa (2012): A qualidade dos dados foi tida em alta importância como uma preocupação para os envolvidos, a lição aprendida de assegurar que a metodologia para descobrir e tratar dados de baixa qualidade progrediu como um componente da solução de Operações Integradas. Foi reconhecido que nenhum nível de aperfeiçoamento ou fluxo de trabalho otimizado vai gerar valor se os dados subjacentes são pobres. Hite (2007) retrata um importante survey da SPE12, entre seus membros, para aprimorar o entendimento sobre as barreiras de implantação da otimização em tempo real. Foi relatado que 91% das operadoras de petróleo necessitam manipular os dados, manualmente ou com planilhas, por exemplo, para inseri-los em soluções analíticas, o que é um grande demandante de trabalho humano. Outro dado importante relatado: 55% das pessoas têm 25% ou menos de tempo disponível para análise, dedicando o restante para encontrar, manipular e adequar dados, ou familiarizando-se com a ferramenta de análise. Portanto, a essência do redesenho destes processos para Operações Integradas é descobrir quais tarefas podem ser modificadas, substituídas ou 12 SPE = Society of the Petroleum Engineers 31 eliminadas, através da integração de dados e informações, emprego de tecnologia e, fundamentalmente, potencialização da colaboração dos participantes deste processo, alavancando resultados e otimizando a eficiência do processo. Caso o processo a ser redesenhado tenha uma análise crítica bem consolidada, com índices de controle claramente estabelecidos, é possível comparar os desempenhos do processo antes e depois da implantação das Operações Integradas. Um exemplo interessante de análise de desempenho é descrito por Al Mula (2004), que apresenta um framework integrado para melhoria da qualidade e desempenho da ADCO13, chamado de Q&PI14. Houve um incremento considerável nos indicadores sucesso da empresa, como redução em mudanças de programação de sonda (perfuração e workover15), sucesso de perfilagens16 e satisfação dos empregados. Contudo, Crockett (2008) lança uma indagação: “como justificar que foi este projeto e não outro que trouxe o aumento de receita?” Esta questão torna a análise por índices de controle bastante complexa na indústria do petróleo, já que os processos são muito inter-relacionados, o que dificulta, ou mesmo, em alguns casos, impossibilita a análise de causa e efeito. De acordo com Mochizuki (2006): “Um desafio da otimização da produção é medir o desempenho antes e depois do projeto ser implementado. Caso a matriz de valor inclua critérios subjetivos, benefícios indiretos podem ser muito difíceis de isolar e quantificar.” Para Murray (2006): Várias empresas provaram ser extremamente difícil gerar valor retrospectivamente após a implantação de um projeto envolvendo tecnologia de Operações Integradas. Não só como uma indústria que tem certa relutância em proceder a revisões pós-projeto, mas também pela natureza dos programas de Operações Integradas, que faz com que seja 13 A ADCO (Abu Dhabi Company for Onshore Oil Operations) opera em terra e em águas rasas do litoral de Abu Dhabi, um dos sete membros dos Emirados Árabes Unidos. 14 Quality and Performance Improvement. 15 Workover é uma intervenção em um poço de petróleo, posterior à sua perfuração. 16 Perfilagem é uma operação realizada a cabo ou com coluna com a finalidade de obter características das várias formações atravessadas, cimentação, revestimentos ou coluna de produção em poços de petróleo. 32 muito difícil atribuir valor aos diferentes projetos dentro de um programa, que normalmente exige que todos os diversos componentes e mudanças funcionem perfeitamente para que se obtenha valor. Finalmente, há que se considerar os estudos de casos (cases), que são episódios operacionais nos quais as Operações Integradas foram importantes para gerar valor. Estes cases podem ser projetados para um cenário maior e futuro, considerando frequência, probabilidade, valores associados, etc. O Item 2.3 (Alguns Cases de Sucesso de Operações Integradas) desta monografia contextualiza um aprofundamento em vários cases da literatura. Esta pesquisa será norteada pelo Estudo de Ganhos Potenciais, associado à Pesquisa Online e análise de cases extraídos com a força de trabalho. Não serão feitos estudos econômicos com base em índices de controle de processos. 1.8 - ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO O Capítulo 1 do presente estudo está organizado com a introdução composta pela situação-problema, questões de pesquisa, objetivos, estratégia, delimitações do trabalho e justificativa. A leitura deste capítulo proporciona a compreensão do contexto e importância da pesquisa de modo geral. No Capitulo 2, através da revisão bibliográfica, são apresentados os conceitos centrais referentes ao tema para embasamento da pesquisa, destacando, principalmente, as abordagens conceituais para as Operações Integradas nas principais operadoras de petróleo do mundo. Aqui, encontra-se uma pesquisa com os autores, que discutem a questão, com as percepções de várias empresas a cerca do tema. Neste capítulo, é apresentado um conjunto de cases de percepção de valor na indústria do petróleo. Também é feita uma fundamentação teórica sobre o tema da Gestão de Mudanças nas Organizações. O Capitulo 3 traz a metodologia aplicada à pesquisa e suas limitações e detalha a pesquisa bibliográfica. As características da população e os critérios de seleção são comentados, juntamente com a descrição dos instrumentos e os 33 procedimentos de coleta de dados e seu tratamento. A análise e discussão dos resultados constam do Capítulo 4. A proposta de aplicação do estudo é apresentada no Capítulo 5. É feita a consistência das abordagens da Pesquisa Online e do Estudo de Ganhos Potenciais. São apresentados os planos de ações complementares de Gestão de Mudança, decorrente do presente estudo. Este capítulo também apresenta um estudo dos cases relatados até o presente, na empresa estudada. Finalmente, são discutidas as baselines para aplicação em futuras fases da implantação das Operações Integradas, na empresa estudada ou em outros cenários. No Capítulo 6, são apresentadas as conclusões do trabalho, com os apontamentos necessários para demonstração do alcance dos objetivos estipulados para a pesquisa e a perspectiva de pesquisas futuras. No Capítulo 7, encontra-se a bibliografia utilizada. Por fim, os anexos estão incorporados ao final desta monografia, incluindo os questionários utilizados e os resultados das pesquisas e surveys, bem como os resultados do Alfa de Cronbach e dos Testes de MannWhitney. 34 2 - BASE CONCEITUAL E REVISÃO DA LITERATURA Neste capítulo, será feita a fundamentação das Operações Integradas. A visão filosófica do gerenciamento integrado de operações será delineada para as principais operadoras de petróleo do mundo. Serão apresentados cases de sucesso da aplicação desta abordagem mundo a fora. 2.1 - AS OPERAÇÕES INTEGRADAS A implantação de um projeto de gerenciamento integrado na indústria de petróleo depende de quatro elementos básicos: processos, tecnologia, pessoas e governança. Em Rosendahl (2013, p. 62) pode-se encontrar: 17 A abordagem do PPTO deve conter todos os seguintes elementos: Processos de negócio: qual é o processo mais impactante em valor e que seja mais fundamental, que possa ser melhorado e atualizado para se obter novas capacidades? Tecnologia: quais tecnologias são necessárias para se obter tais capacidades? Pessoas: quais são as habilidades, competências e comportamentos demandados para executar a capacidade e usar as tecnologias? Organização e Governança: quais são as estruturas organizacionais, incentivos e relações que são necessárias para obter o valor decorrente desta capacidade? De acordo com Strasunskas (2010): Operações Integradas (Integrated Operations) na indústria do petróleo adotam a tecnologia da informação, melhoraram o acesso aos dados em tempo real, integram pessoas e organizações, de forma a mudar os processos de trabalho e, com isso, permitir decisões melhores e mais rápidas. 17 PPTO significa Pessoas, Processos, Tecnologia e Organização (é um acrônimo em inglês para People, Process, Technology and Organization). 35 Svanberg (2011) aponta que “quando os especialistas nos escritórios podem basear suas decisões no mesmo tempo real dos dados das operações offshore, livres de problemas de interpretação, eles têm uma ferramenta poderosa para tomar decisões e recomendações.” Segundo Feineman (2008), “é verdade que a combinação de novos tipos de informação e recursos de sistemas cria o potencial para novos modos de trabalho a serem implementados.” Assim, os processos mais relevantes da cadeia de valor devem ser redesenhados para que suas tarefas sejam otimizadas por decisões mais acertadas, pelo aumento da colaboração dos envolvidos, pela integração de dados e informações, pela aplicação dos sistemas e ferramentas de engenharia corretos. O objetivo é a tomada de decisões mais adequadas e no tempo certo. De acordo com Johansen (2011): A introdução de tecnologias inovadoras e novos processos de trabalho, como videoconferência e aplicações de dados em tempo real e compartilhamento de documentos, fornece às organizações a flexibilidade para aproveitar os conhecimentos, habilidades e perspectivas que não estariam disponíveis para as equipes alocadas (na frente operacional). Isto demanda tecnologia, tanto nos aplicativos, ferramentas e sistemas a serem desenvolvidos ou adquiridos, quanto nos hardwares, dispositivos de integração e comunicação, bem como na infraestrutura de ambientes colaborativos e informática. O terceiro elemento é o mais complexo e importante de todos – trata-se da dimensão humana, que é relativo às pessoas. Os envolvidos nos processos redesenhados devem estar treinados e preparados através de um intenso programa de Gestão de Mudança. De acordo com Dickson (2012), “se uma estrutura completa de gestão de mudança é adotada e, portanto, as questões relacionadas com o envolvimento das pessoas são tratadas como um esforço concentrado no início de um projeto integrado, e essas iniciativas são contínuas durante toda a vida do projeto, incluindo a fase de pós-implementação, tais projetos terão uma chance maior de sucesso e sustentabilidade.” 36 Para Børresen (2011), “ir de uma abordagem não integrada para a implementação de Integrated Operations é uma tarefa tão complexa, que exige uma reestruturação em nível corporativo. Este é um compromisso em uma escala tão grande, que poucas as empresas estão dispostas a formalizar IO em sua estrutura organizacional.” Contudo, é importante que a governança garanta que a estrutura organizacional corresponda ao conceito de gerenciamento integrado a ser implantado, proporcionando pessoas, recursos, estrutura de negócios, regras e procedimentos necessários. Juntamente com a governança, o elemento pessoas dever criar uma cultura na empresa, voltada para o aumento da eficiência e da segurança. De acordo com Brulé (2008), “baseado em uma pesquisa interna da ExxonMobil dos processos atuais de vigilância, em todas as suas unidades de produção no mundo, foi observado que os engenheiros e técnicos gastam 44% do seu tempo acessando e preparando dados para análise.” Assim, pode-se pensar na importância de se repensar os processos de trabalho. Quando estes redesenhos de processos são potencializados pelo aumento da colaboração das pessoas envolvidas, por dados corretos e atualizados e pela utilização dos sistemas e ferramentas adequados, existem ganhos tangíveis e intangíveis. De acordo com Marsala, 2008, a lucratividade de uma empresa internacional de petróleo de E&P está diretamente relacionada com a sua capacidade de operar em qualquer lugar do mundo, com ou sem parcerias com outras empresas de petróleo, otimizando processos operacionais que implicam na redução de custos, aumento da produção e de reservas. Assim, torna-se fundamental que os resultados da aplicação das Operações Integradas devam ser mais bem entendidos, diagnosticados e, na medida do possível, quantificados, potencializando a escolha adequada do portfólio de investimentos, a infraestrutura necessária, melhores definições de tecnologia, a correta estratégia de pessoal e a escalabilidade dos redesenhos para outros processos ou partes da organização. Strasunskas (2012) afirma que este tipo de abordagem pode fornecer informações imprescindíveis de forma a ajudar a reduzir o risco relacionado com a implementação de projetos, abrindo espaço para a sinergia entre os quatro tipos de competências, isto é, pessoas, processos, tecnologia e organização. Isto deverá trazer novas perspectivas para as empresas, de forma a planejar melhor os projetos 37 futuros de gerenciamento integrado, melhorando os processos e as habilidades das pessoas, definindo os melhores parâmetros para restruturações organizacionais. A seguir, será apresentada uma revisão das abordagens de Operações Integradas nas principais operadoras de petróleo, mundo a fora. 2.2 - A VISÃO DAS PRINCIPAIS OPERADORAS 2.2.1 - A Abordagem da Saudi Aramco A Saudi Aramco tem sua abordagem de Operações Integradas baseada em quatro projetos: Real-time Drilling Operation (RTDO), Real-time Geosteering Operation Center (GOC), Intelligent Field (I-Field) and Event Solution Field Development Operation Center (Event Solution). Para Beshri (2012), o projeto de Operações Integradas da Saudi Aramco foi iniciado em 2003 para adicionar sensores em poços e transmitir dados para computadores dos engenheiros, com o propósito de analisar tendências para otimizar seus ativos de exploração e produção. A Saudi Aramco percebeu que isso iria proporcionar o melhor retorno sobre o investimento para seus campos de petróleo, uma vez que os dados passaram a ser utilizados não apenas para alertas operacionais, mas também para analisar as tendências e otimizar a produção de hidrocarbonetos. A Figura 05, a seguir, ilustra a arquitetura de informação da abordagem da Saudi Aramco, os Intelligent Fields (I-Fields): 38 Informação Recomendações Inteligentes Modelos Atualizados Dados Úteis INOVAÇÃO OTIMIZAÇÃO INTEGRAÇÃO VIGILANCIA Dado Figura 05 – Camadas do Intelligent Field Fonte: Beshri (2012) De acordo com Abdulkarim (2010): A Figura 05 mostra a arquitetura adotada na implementação destes projetos (Intelligent Field). É composta de quatro camadas principais, ou seja, Vigilância, Integração, Otimização e Inovação. A camada Vigilância utiliza dados em tempo real em uma base contínua para detectar tendências de comportamento e anomalias. Profissionais são alertados para essas anormalidades, para posterior análise e resolução. A camada de Otimização fornece capacidades de otimização simplificadas e recomendações. A camada de Inovação preserva o conhecimento dos eventos que desencadeiam a otimização e as ações correspondentes durante cada um dos processos de negócios. A camada de Inovação é baseada em lições aprendidas e em gestão do conhecimento e que captura e insere "inteligência" em cada processo. A Figura 04 do Item 1.7 (Contextualização do Tema) ilustra bem como um redesenho de um fluxo de trabalho pode ser conduzido. Inicialmente, o principal elemento é definir qual processo deverá ser redesenhado. Existem muitas abordagens da literatura, mas normalmente é feita uma avaliação (assessment) com a força de trabalho. A Figura 06 ilustra a maneira como os projetos de Operações Integradas são implantados na Saudi Aramco. De acordo com Barghouty (2008): Em primeiro lugar, o aspecto mais importante deste tipo de projeto é entender claramente as necessidades (demandas e expectativas) do que será um ambiente de trabalho inovador. Esses requisitos são definidos pelas equipes multidisciplinares que realmente usam esse ambiente, com a participação de outras partes interessadas (stakeholders). Esta é uma fase muito importante que não pode ser subestimada já que os aspectos mais fundamentais de todo o projeto são relacionados a pessoas. A finalidade principal da fase de avaliação (assessment) é determinar os requisitos do ambiente colaborativo. Isto inclui a identificação e definição 39 dos fluxos de trabalho e atividades que serão executadas, considerando a necessidade de dados, visualização, software e hardware, bem como requisitos ergonômicos e do usuário. Assim, após a definição de quais serão os fluxos de trabalho a redesenhar, o correto entendimento de como os processos acontecem é necessário (definição do “as is”). Com base no assessment, o fluxo de trabalho é modificado para potencializar a colaboração das pessoas, a integração de dados e informações e a utilização de sistemas e ferramentas de engenharia. Assim, conforme a Figura 04, obtém-se o processo na sua forma “to be”. Figura 06 - Fases de implantação de um IFC (Intelligent Field Center), que é o nome dado aos 18 centros colaborativos de I-Field Fonte: Barghouty (2008) Para Al-Dhubaib (2011): Para garantir implementações bem-sucedidas em valor agregado, o planejamento integrado adequado deve ser o direcionador para qualquer implementação de Operações Integradas. O plano deve ser conduzido desde o início com o envolvimento e a participação de todos os envolvidos e 18 I-Field (Intelligent Fields) é como a Saudi Aramco denomina as Operações Integradas. 40 deve garantir que todos os elementos de implementação e componentes estejam cobertos em todos os aspectos. Segundo Pereira (2010), “é crucial não esquecer que a tomada de decisão é, antes de tudo, uma atividade humana, sustentada na noção de valor, e que o cognitivismo ajudará a entender este processo, em que a subjetividade está onipresente e é o motor da decisão.” Desta forma, para potencialização das tomadas de decisão, os processos redesenhados devem ser implantados. Neste contexto, os requisitos levantados nas fases de assessment e redesenho são fundamentais. Uma vez implantados, os processos, pela sua natureza dinâmica, têm que contar com a melhoria contínua, para que novas tecnologias, aprimoramentos e adaptações sejam incorporados ao redesenho. 2.2.2 – A Visão da Statoil A Statoil define IO19 como sendo a integração de pessoas, processos e tecnologia para tomar e executar decisões melhores e mais rápidas. IO é potencializado pelo uso de dados em tempo real, tecnologias colaborativas e fluxos de trabalho multidisciplinares (LILLENG, 2010). Lilleng (2012) ainda completa: “a implementação de um modelo de operações geral na Statoil e a estratégia de Operações Integradas têm sido um grande processo de mudança interna na empresa e, de forma gradual e cada vez mais, também influenciam na forma de colaboração com os empreiteiros e prestadores de serviços da Statoil.” Conforme preleciona Lilleng (2010): [...] o modelo da Statoil (conhecido como Stack Model) de IO (Integrated Operations) consiste em sete critérios independentes de sucesso, que representam as condições necessárias e suficientes para a criação de valor. Juntos, os sete critérios de sucesso podem criar a capacidade de decisões rápidas e melhores, bem como a sua execução, o que acrescenta significativamente valor ao negócio. 19 IO significa Integrated Operations, que é a forma como se referem às Operações Integradas na Statoil e em muitas organizações do Mar do Norte. 41 Figura 07 - Stack Model da Statoil Fonte: Lilleng (2010) Ainda, de acordo com Lilleng (2010), “o termo IO Mindset inclui liderança transparente, novas formas de trabalho e competência de integração.” A Figura 07 ilustra os sete critérios do Stack Model da Statoil, que levam a melhores decisões, que sejam tomadas mais rapidamente, com maior eficiência e qualidade. Larsen (2013) esclarece: As listas de critérios do IO Stack Model são mostrados na Figura (07), incluindo a camada de decisão e execução no seu topo. A capacidade de tomar decisões mais rápidas e melhores depende da camada abaixo. Em outras palavras, o que se é capaz de atingir em determinada camada depende das camadas inferiores, apontando para uma interdependência ou interconexão entre as diferentes camadas. Tais camadas podem ser vistas como os recursos que uma organização pode utilizar e combinar para atingir os seus objetivos. Assim, a forma como a empresa está equipada em diferentes camadas vai determinar a sua capacidade de atingir seus objetivos, por exemplo, por meio de decisões e execuções mais rápidas e melhores.” 2.2.3 – O Ciclo de Valor da Shell A abordagem da Shell é denominada Value Loop (Ciclo de Valor) aplicada aos Smart Fields20, conforme a Figura 08, a seguir. “O Ciclo de Valor descreve como 20 Smart Fields é o termo como a Shell se refere às Operações Integradas. 42 componentes de tecnologia estão ligados a pessoas e processos para possibilitar que o valor da tecnologia se materialize. [...] Tão importante é a integração de múltiplas disciplinas envolvidas e fluxos de trabalho dentro da organização” (DE BEST, 2012). Para Udofia (2013): O conceito de Value Loop (Ciclo de Valor) descreve como os respectivos componentes (tecnologia, pessoas e processos), que compõe os Smart Fields, estão ligados para que os objetivos de negócio possam ser realizados. Este conceito tem formado a base para as Operações Integradas na Shell para monitoramento da produção e otimização. Figura 08 - Smart Fields Value Loop (Ciclo de Valor de Operações Integradas) da Shell Fonte: De Best (2012) 43 De acordo com Bogaert (2004): O octograma está no centro da metodologia de Smart Fields (Figura 08). É crucial para a geração de valor para o Ativo de Produção, fechar o ciclo de valor. O octograma ilustra a definição dos limites do ativo, aquisição de dados e interpretação, calibração de modelos relevantes, geração de opções usando modelos virtuais para o ativo e a seleção das alternativas mais atraentes, as quais são planejadas para execução. Caso um ciclo de valor [...] não seja propriamente fechado, ele não vai gerar valor (podendo, inclusive destruir valor ao longo da vida do ativo). É interessante observar, no modelo conceitual da Shell para Smart Fields, que a centralização é nas pessoas, nos tomadores de decisão, no ser humano. Isto denota a importância da Gestão de Mudança na visão conceitual das várias abordagens da indústria. Para Derek (2013): O objetivo tradicional dos Smart Fields é maximizar o valor do negócio, maximizando a produção e recuperação final e minimizar os custos e exposição a SMS. Mas, normalmente, o valor máximo de curto prazo (por exemplo, mais produção de petróleo) está em dissintonia com o valor máximo de longo prazo (por exemplo, a recuperação do reservatório), que pode ser alcançado, mas a um preço de investimento (por exemplo, custos mais elevados). Quando o máximo deve ser alcançado, em última análise, é decisão do líder do ativo. E a chave para ser capaz de tomar tal decisão é haver transparência sobre o valor e os impactos das várias opções. 2.2.4 – O Modelo Conceitual da British Petroleum (BP) Os sucessos recentes, em ativos da BP, mostraram que há um enorme potencial para o aumento da produção através da utilização da capacidade de previsão dos modelos existentes em operações diárias, uma vez que estes modelos foram combinados com dados em tempo real e disponibilizados em uma forma que ativamente apoia o processo de otimização da produção. A capacidade de replicar esse sucesso em todas as operações do seguimento upstream da BP representa o foco na capacidade de otimização de malha rápida do Programa Field of the Future, 44 que pretende trazer o uso de software de modelagem da BP para a linha de frente das decisões da rotina operacional (STENHOUSE, 2008) Este programa de Operações Integradas da British Petroleum, o Field of the Future, foi concebido em 2003 e é composto de três camadas: dados, informação e conhecimento. De acordo com Dickens (2010), “o centro do Programa da BP está focado no conceito de melhorar o suporte às decisões (melhores e mais rápidas decisões), através da aplicação de dados em tempo real no gerenciamento da produção e dos reservatórios de petróleo”. A Figura 09, a seguir, ilustra este modelo em camadas, conhecido como Estrutura de Gerenciamento do Conhecimento (Knowledge Management Framework). Figura 09 - A Estrutura de Gerenciamento do Conhecimento (do Programa de Field of the Future, que é como a BP se refere às Operações Integradas) Fonte: Dickens (2010) Na base do modelo, estão os elementos de infraestrutura física, onde os dados são coletados (do reservatório de petróleo aos terminais). A primeira camada da Estrutura, a de dados, refere-se à infraestrutura digital e à arquitetura de informática e telecomunicações e define os padrões requeridos, as especificações 45 de dados, equipamentos, telecomunicações, bem como dos ambientes colaborativos. O segundo elemento diz respeito à informação e cobre um grupo de soluções baseadas em tecnologia que têm por objetivo coletar, consolidar e analisar informações de surveillance21. “Os primeiros resultados do Field of the Future foram originários deste tipo de abordagem e impactaram significativamente na eficiência de produção e operação, por outro lado, também proporcionando benefícios em SMS 22.” (DICKENS, 2010) Para Otto (2008): O Programa de Field of the Future demonstra como cada elemento se baseia no fundamento para soluções robustas e sustentáveis de tecnologia. Ter a infraestrutura de TI necessária ajuda a garantir o desempenho e a confiabilidade exigida. Como isto pode levar muito tempo, análise e planejamento cuidadoso são essenciais para esse aspecto. Com uma arquitetura de TI holística e planejada, a tecnologia, que inicialmente pode ser imaginada como um item discreto, é capaz de ser integrada para criar soluções de maior valor. A camada superior trata do conhecimento e busca fazer o melhor uso da informação em tempo real, aplicada a técnicas avançadas baseadas em modelos que permitam a completa otimização da produção e recuperação de petróleo de um ativo, como, por exemplo, no fechamento de malhas de controle de automação ou na utilização de completações inteligentes. O conceito de Field of the Future é atualmente parte da rotina de como a BP implanta projetos e opera campos de petróleo em boa parte de seus investimentos [...] e impacta uma significante e crescente parcela da produção, suportando rotineiramente mais de 80% dos 100 poços mais importantes da BP (DICKENS, 2010). 21 Surveillance é um termo conhecido como vigilância, normalmente associado a processos de monitoramento. 22 SMS – Segurança, Meio Ambiente e Saúde. 46 2.2.5 – O GIOp da Petrobras A Petrobras é uma empresa integrada de energia que atua em todos os segmentos da indústria do petróleo, com uma ampla experiência de gestão e utiliza uma abordagem multidisciplinar, que se aplica a diversas áreas. Recentemente, as descobertas impressionantes das reservas de óleo do Pré-sal têm criado um cenário desafiador em vários aspectos. Isto leva a uma abordagem que vai exigir soluções escaláveis e sustentáveis, que devem considerar a melhor compreensão das dimensões das Operações Integradas: pessoas, processos, tecnologia e organização. Considerando as experiências passadas e a complexidade do novo cenário de produção de petróleo e gás, a Petrobras está implementando o GIOp em seu segmento de E&P. O GIOp, acrônimo de Gerenciamento Integrado de Operações, é uma abordagem que consiste na integração entre as disciplinas, companhias de serviço e a organização, através da disponibilização de dados e informações no tempo necessário e de novos processos de trabalho redesenhados para potencializar a colaboração, objetivando decisões mais rápidas e de melhor qualidade, com consequente aumento da eficiência dos processos, utilizando ambientes multidisciplinares e colaborativos. O foco do GIOp é proativo, ao invés de reativo, de forma a tratar as situações antes que elas se tornem críticas e identificando oportunidades de ganho e melhoria destes processos de trabalho. Johnsen (2012) preleciona que o foco deve ser na identificação de risco nos estágios iniciais, tentando identificar indicadores proativos que possam permitir a reação a questões antes que ser tornem um incidente. De acordo com Rosendahl (2013, p. 231): A filosofia do GIOp é baseada em três malhas distintas (rápida, media e longa). Uma malha (ou loop) pode ser descrita como uma sequência de tarefas, que começa com o indicativo de que o fluxo de trabalho está com baixo desempenho ou pode ser otimizado (um alarme, tendência de um parâmetro, por exemplo). Deste ponto em diante, iniciam-se as fases de diagnostico, decisão e implementação, até o retorno ao ponto original da malha. Uma nova indicação pode ser de que as ações foram bem sucedidas ou não. 47 A Figura 10a, ilustra o conceito das malhas. A malha rápida normalmente é composta por especialistas dedicados ao processo (conhecido como vigilância ou surveillance). Neste caso, a fase de diagnóstico é constituída pela análise do próprio profissional, o que dispensa as reuniões de diagnóstico. Isto agiliza o tempo de resposta. Para Lochmann (2012): A abordagem tradicional, usada na vigilância de petróleo e gás para analisar conceitos de produção complexos, é chamada de reducionismo, o que significa que os sistemas grandes são quebrados em seus elementos constitutivos e cada parte é estudada e modelada de forma independente. O reducionismo assume que os sistemas complexos podem ser entendidos em termos dos seus componentes. Em ambientes de produção simples, em que a interação entre os componentes é insignificante ou pode ser ignorada, a vigilância baseada em reducionismo é adequada. No entanto, para sistemas de produção complexos e interdependentes, envolvendo reservatório, poços, instalações de exportação (transporte), processamento e vendas, bem como limitações associadas a cada um dos componentes, incluindo a segurança e questões ambientais - uma abordagem reducionista não é a mais adequada. Figura 10 - A filosofia do Gerenciamento Integrado de Operações da Petrobras (cebola) Fonte: Rosendahl (2013, p. 232) 48 Ainda de acordo com Rosendahl (2013, p. 232), a Figura 10b: [...] representa a combinação das malhas em um modelo único, onde estas malhas podem ser arranjadas em camadas, conectadas entre si dinamicamente. Esta abordagem filosófica do GIOp é conhecida como cebola. Na casca da cebola, estão os gerentes envolvidos nas decisões estratégicas da malha longa. Neste contexto, é importante que os gerentes se mantenham na camada externa do modelo filosófico da Figura 10b, uma vez que eles influenciam fortemente todo tipo de decisão. Assim, é fundamental que todas as informações sejam disponibilizadas através de todas as camadas da cebola, de maneira a manter os gerentes envolvidos nas decisões nas quais eles são realmente demandados. A seguir, serão relacionadas algumas aplicações do conceito de Operações Integradas à Indústria do Petróleo que resultaram em benefícios quantificados. 2.3 – ALGUNS CASES DE SUCESSO DE OPERAÇÕES INTEGRADAS Um importante referencial de valor foi dado por Kapteijn (2002), que estimou que o valor potencial das Operações Integradas nas Unidades de Operação da Shell pode representar um aumento de 10% na produção nos campos existentes e novos e um acréscimo de 5% no fator de recuperação de greenfields23. Já otimização dinâmica de gas lift24 e completações inteligentes25 da Shell no SF3026 foram descritas por Bogaert (2004), que reportou 10% de aumento da produção e 2% de incremento nas reservas. Outros ganhos diretos de dados em tempo real foram observados neste trabalho, como em erros de manobras de válvulas e detecção de instabilidade dos poços. Também por Bogaert (2004), a inteligência artificial foi utilizada para otimizar gas lift. Testes foram conduzidos com e sem o modelo de otimização da rede neural 23 Greenfields referem-se a um projeto que está sendo concebido e executado onde não exista a definição de uma organização empreendedora, ativo ou operação. 24 O gas lift é um método de elevação artificial, que utiliza a energia de gás pressurizado para elevar óleo e água até a superfície. 25 Completação é o conjunto de operações que permite deixar um poço pronto para operar. A completação inteligente permite o controle por zonas produtoras ou injetoras. 26 SF30 é um pequeno campo de petróleo descoberto em 2000 em Bornéu, ao Sul do Mar da China. 49 para identificar um ganho de 6-7% de produção. Outros benefícios apontados por este autor são 3% na redução de contrapressão em medidores, redução de atrasos de operações com cabo e maior agilidade no fechamento das zonas de produção. De acordo com Henderson (2005), “os benefícios podem variar com a característica do ativo ou com o tipo de projeto.” Neste trabalho, o autor atribui um aumento de 5-10% no fator de recuperação, de 10% na produção e uma redução de 20% no OPEX27. Brulé (2008) abordou, pela revisão de estudos de caso, a questão da redução do tempo de decisão, demonstrando que as deficiências de integração de dados podem retardar a tomada de decisão, com significativo impacto econômico. Em seu trabalho, apontou casos de integração de dados e acessibilidade em injeção de água no reservatório de petróleo (Spraberry Driver Unit, West Texas), com benefício estimado em 6 milhões de dólares/mês. A ExxonMobil implantou uma solução de vigilância (PS&O – Production Surveillance and Optimization). Foi realizado um survey com técnicos e engenheiros da operadora. Os resultados demonstraram variação decorrente de particularidades de processos de trabalho em diferentes tipos de ativos. Este case é relatado por Crawford (2008), onde se reporta que 44% do tempo é gasto localizando e acessando dados ou gerando gráficos ou relatórios. Foi destacado que os ganhos de eficiência no processo de trabalho já justificavam a implantação da vigilância, sem incluir os ganhos efetivos de produção e reserva. A Chevron reportou ganhos consideráveis com a implantação de um Centro de Operações Integradas nas facilidades de geração de vapor da sua unidade de negócios de San Joaquin Valley. Oran (2008) aponta benefícios da ordem de 12% de aumento na utilização da capacidade de geração e 1% de acréscimo na eficiência dos geradores na referida unidade de negócios. Em 2009, Thorogood apresentou um trabalho que quantificou o valor obtido em Integração de Operações na construção de poços no Mar do Norte. A interação das empresas de serviço, durante os testes iniciais e comissionamento de poço, garantiu uma ótima solução para descarte de resíduos da perfuração. Uma abordagem integrada de serviços foi adotada com base na cooperação, entre a operadora e o prestador de serviços, com grande economia de custos operacionais, 27 OPEX = Operational Expenditure 50 estimados em mais de 72.000 bbl de resíduos de perfuração injetados, representando uma economia de cerca de 2 milhões dólares, na edição do artigo. Edwards (2010) citou referenciais importantes de sucesso da aplicação de Operações Integradas: “A possibilidade de extrair o máximo do portfólio atual dos ativos é extremamente atraente. O aumento de produção de 0,5-2,0% relatado pela CERA pode representar enormes benefícios para o negócio.” Já Moore-Cernoch (2010) apontou, em seu artigo, vários resultados práticos do ACE (Advanced Collaborative Environment) e OOC (Onshore Operating Center) da BP (British Petroleum). Por exemplo, no Golfo do México, foi reportado um aumento de 7.000 boed em perdas evitadas. O autor retrata muitas perdas evitadas pela minimização de shutdowns28 no Mar do Norte e no Golfo do México. O artigo retrata um resultado de quase 1% de aumento na eficiência operacional nas operações da BP no Azerbaijão. Ainda em 2010, Lejon relatou em seu trabalho um case interessante da Statoil em um campo de gás. Através do acompanhamento da produção dos poços por um grupo dedicado de especialistas, em um centro de Operações Integradas, pode-se gerenciar a produção de areia, sem comprometer a segurança, resultando em um aumento da produção de gás e condensado, de forma sustentável, em cerca de 20%. Benefícios importantes da BP foram relatados por Dickens (2010), que apontou que a aplicação do monitoramento para poços e sub-superfície trouxe impacto de 1-2% na produção e melhorou a eficiência em 25% nos processos de trabalho em terra. O trabalho projetou, para 2017, resultados de Operações Integradas na ordem de 100.000 boed na produção e 1 bilhão bbl de aumento de reserva. Amim (2010) descreveu outro case interessante. Através do redesenho do processo de planejamento da produção e otimização (em um campo offshore no Golfo Arábico) de reativo para proativo, integrando diferentes componentes do processo de otimização da produção e aumentando a comunicação entre os envolvidos. Com o sistema ainda em fase incipiente de implantação, já se pode reportar um aumento da eficiência operacional da ordem de 3%. 28 Shutdowns são paradas de operação. 51 Outro case interessante foi apontado por Sankaran (2011) para Agbami29. São descritos os benefícios da implementação das Operações Integradas em termos quantitativos, através de casos de estudo ao longo de um ano de operação. Foram reportados ganhos com a otimização dos poços na ordem de 50.000 bpd. Um case interessante foi citado por Alhuthali (2012), que retratou a experiência da Saudi Aramco com Operações Integradas no Khurais Complex 30. Durante uma parada de manutenção, foi possível coletar as informações necessárias para a determinação da pressão estática do reservatório, índices de produtividade e de injetividade de mais de 100 poços, o suficiente para o acompanhamento de todo o reservatório em 21 dias, contra 455 dias estimados sem a utilização de Operações Integradas. Os cases relacionados anteriormente aconteceram em diversas operadoras de petróleo e em diferentes partes do mundo. Ilustram todo o potencial das Operações Integradas. Assim, ressalta-se a importância do entendimento da geração dos valores e dos benefícios associados a tais projetos. 29 Agbami é um campo de petróleo da Chevron na Nigéria Khurais Complex é um campo de petróleo na Arábia Saudita, que entrou em operação em 10 de junho de 2009, com uma área de 2,890 km² e 127 km de extensão, localizado próximo a Dhahran e Riad. 30 52 3 – METODOLOGIA DE PESQUISA Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos aplicados no desenvolvimento do trabalho, descrevendo a abordagem adotada pelo pesquisador para explicar o problema da pesquisa. Após a definição dos objetivos da pesquisa, foi feita uma revisão prévia na literatura, sendo possível definir a aplicação da abordagem proposta por Strasunkas (2012) para o Estudo de Ganhos Potenciais e estudo de casos. Também foi definida a Pesquisa Online, com toda a força de trabalho. Inicia-se o presente capítulo com a tipologia da pesquisa e pesquisa bibliográfica. A seguir são feitas as considerações sobre população, instrumento de coleta de dados e procedimento e tratamento de dados. 3.1 – TIPOLOGIA DA PESQUISA Esta pesquisa é classificada como de natureza aplicada, com abordagem qualitativa, exploratória, bibliográfica e pesquisa de campo. Pela sua natureza, esta pesquisa pode ser considerada como aplicada, pois objetiva produzir conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de questões de interesse da indústria de petróleo, relativas à avaliação econômica dos benefícios da implantação de projetos, que promovam a integração de pessoas, processos e tecnologia nos principais processos de Exploração e Produção de óleo e gás. Para Vergara (2011, p.42), “a pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura...” A abordagem da pesquisa é qualitativa, baseada na obtenção de dados descritivos, pelo contato com o objeto de estudo. Para Gil (2011, p.175), “a análise dos dados nas pesquisas experimentais e nos levantamentos é essencialmente quantitativa. Nestas, os procedimentos analíticos são principalmente de natureza qualitativa.” Este trabalho faz uso de uma análise menos formal, baseada na observação, usando métodos interativos e humanísticos. Ou seja, análises e 53 interpretações serão realizadas com a utilização do material pesquisado. Esta pesquisa trata da aplicação de teorias, modelos e metodologias de medição de valor em projetos de Operações Integradas na empresa estudada, pela obtenção das evidências dos benefícios, através da interação com as equipes relacionadas com os referidos processos de trabalho através de levantamentos (surveys). É uma pesquisa exploratória, pois busca tratar as questões formuladas, aprofundando o assunto, de forma a aprimorar a familiaridade com as teorias do tema, tornando-o mais explícito e explicativo, tentando relacionar hipóteses existentes e gerar novas hipóteses, além de poder estruturar e sugerir modelos. Conforme Gil (2010, p.27), “as pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Seu planejamento tende a ser flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos relativos ao fato ou fenômeno estudado.” De acordo com Gil (2011, p.27), “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.” Trata-se de um estudo bibliográfico, já que foi realizado um levantamento em trabalhos existentes na área, em livros e monografias, dissertações e teses, além de artigos publicados em revistas técnicas especializadas e em eventos internacionais sobre as Operações Integradas. De acordo com Vergara (2011, p.43), quanto aos meios, uma pesquisa é classificada como bibliográfica, quando a revisão de literatura é baseada em fontes públicas nacionais e internacionais, tais como portal de periódicos, artigos publicados em anais de congressos, livros, dissertações e teses, com o objetivo de fornecer subsídios para um referencial teórico embasado sobre o assunto a ser discutido. De acordo com Gil (2011, p.50), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Yin (2001, p. 32) define tecnicamente estudo de caso como sendo uma investigação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos. Esta pesquisa envolve estudos de caso, já que são diagnosticados, junto 54 às equipes dos ativos de produção, os cenários para a análise dos benefícios da aplicação de Operações Integradas. O estudo de caso também é uma estratégia de pesquisa para responder à questão-problema apresentada e cumprir os objetivos definidos. 3.2 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA A seguir, será apresentada a estratégia de pesquisa bibliográfica sobre o tema, focando na análise de benefícios de projetos de Operações Integradas e similares, mundo a fora, em diversas empresas. Para a localização e seleção dos artigos, foi efetuada uma busca nas bases SCOPUS, Engineering Village, ONEPETRO e no Portal de Periódicos Capes. Para tanto, foram utilizadas as palavras-chave da Tabela 1, a seguir. Tabela 01 - palavras-chave adotadas na pesquisa bibliográfica Fonte: o próprio autor 55 A estratégia da pesquisa bibliográfica é representada na Figura 11. Cada uma das bases citadas foi consultada com as palavras-chave da Tabela 01. Foram obtidos 213 resultados de interesse. A seguir, foi realizada uma análise criteriosa, refinando e obtendo-se um acervo de 17 artigos e 70 conference papers. Foi acrescentada à bibliografia: 06 referências de livros, 02 links da internet e 11 teses, totalizando 106 trabalhos de interesse. Este material foi estudado, sendo utilizadas as 87 referências que constam das Referências Bibliográficas do Capítulo 7. Figura 11 - pesquisa em periódicos, livros e outras fontes Fonte: o próprio autor 56 O Gráfico 01 a seguir representa os quantitativos da pesquisa bibliográfica. Gráfico 01 - Resultado da Pesquisa Bibliográfica Fonte: o próprio autor 3.3 – MÉTODO DE PESQUISA No intuito de amplificar o rigor metodológico e primar pela confiabilidade do estudo qualitativo, buscou-se confrontar as informações obtidas pela aplicação da abordagem proposta em Strasunskas (2012), que baseará o Estudo de Ganhos Potenciais com a Pesquisa Online aplicada a toda a força de trabalho envolvida. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi concebido um roteiro baseado na Figura 12, a seguir. 57 Figura 12 - Método de Pesquisa Fonte: o próprio autor O Estudo de Ganhos Potenciais foi adaptado de Strasunskas (2012), para utilização nesta pesquisa. Esta adequação foi conduzida conjuntamente com o próprio autor (Strasunskas), de forma a gerar a flexibilidade necessária para a inclusão das perguntas específicas da empresa estudada na abordagem, bem como as suas escalas (tipo Likert31), conforme o Anexo I. A aplicação desta abordagem visa, além da extração dos cases, o estabelecimento de valores potenciais relativos. De acordo com a Figura 03A (veja Item 1.5 - Delimitação), a comparação entre a percepção atual e futura dos respondentes ao questionário (veja Anexo I) proporcionará a visão dos valores potenciais. Esta pesquisa se propõe aprofundar esta visão ao nível dos processos, já que, os respondentes se associam, através do questionário, aos processos de Operações Integradas nos quais eles participam no Piloto de Implantação (pelo primeiro agrupamento do questionário do Anexo I). 31 A Escala Likert é uma abordagem psicométrica, usada normalmente em questionários e pesquisas de opinião. Através de sua tabulação, os entrevistados especificam seu nível de concordância com uma afirmação. 58 O Estudo de Ganhos Potenciais, associado à Pesquisa Online com toda a força de trabalho, permitiu conclusões sobre a implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos, conforme será visto nos itens seguintes. A partir desta análise, foram levantados pontos de atenção, bem como as oportunidades das Operações Integradas na Bacia de Santos. A Tabela 02 a seguir descreve, de forma resumida, o relacionamento dos objetivos com os resultados esperados. OBJETIVOS DA PESQUISA 1) Avaliar os benefícios das Operações Integradas na Bacia de Santos. 2) Avaliar as lacunas de implantação das Operações Integradas, propondo melhorias e acenando para os pontos de atenção. 3) Definir áreas potenciais de aplicação das Operações Integradas, baseado na percepção da força de trabalho. COMO METODOLOGIA PORQUE RESULTADOS ESPERADOS Quantificação dos benefícios da abordagem de Operações Integradas na Bacia de Santos. Através da extração de cases, conforme 1) O Estudo de Ganhos Strasunskas (2012) Potenciais é uma metodologia proposta pela academia (NTNU), Planos de ação Pela aplicação da independente do (Gestão de Mudança) Pesquisa Online e mercado. para a implantação das pelo Estudo de Operações Integradas Ganhos Potenciais 2) A Pesquisa Online é na Bacia de Santos. rápida e ágil, podendo ser aplicada com Potenciais aplicações abrangência a toda a do conceito de Através da Pesquisa Unidade. Operações Integradas Online em outras partes da organização. Tabela 02: quadro resumo dos objetivos, metodologia e resultados esperados Fonte: o próprio autor 3.4 – CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO De acordo com Vergara (2011), a população deve ser entendida como o conjunto de elementos que possuem características que serão objeto de estudo. Para fins deste trabalho acadêmico, a definição dos participantes da pesquisa foi feita com base na seleção de dois grupos: Grupo 1: indivíduos que participam de processos de Operações Integradas da empresa estudada no Piloto da Bacia de Santos. Neste grupo, incluem-se os profissionais residentes no centro de operações, onde ocorre o piloto, bem como aqueles que frequentam o centro para 59 tomadas de decisões, mas possuem suas estações de trabalho fora do centro; Grupo 2: integrantes de toda a força de trabalho da empresa estudada na Bacia de Santos e integrantes de outras gerências de apoio, como Construção de Poços Marítimos e Projetos de Desenvolvimento da Produção. Conforme descrito no Item 3.3 (Método de Pesquisa) e ilustrado na Figura 12, foram aplicadas duas abordagens complementares: o Estudo de Ganhos Potenciais e a Pesquisa Online. O Estudo de Ganhos Potenciais possibilitou uma análise do valor do Projeto de Operações Integradas na Bacia de Santos e foi aplicado ao Grupo 1, acima relatado. A análise dos resultados, no nível de processo, permitiu a priorização dos mesmos. A Pesquisa Online foi aplicada ao Grupo 2. Como ilustrado na Figura 02 (Item 1.4 – Síntese da Estratégia da Pesquisa), esta abordagem foi aplicada verticalmente na organização para aprofundamento da percepção da gestão de mudança nos diversos grupos corporativos (gerências) e, também, para diagnosticar potenciais áreas de aplicação de Operações Integradas. Como será visto mais adiante, no Item 3.7 (Questionários Utilizados na Coleta de Dados), uma análise comparativa das respostas de ambas as abordagens foi realizada, no sentido de aprimorar o entendimento dos instrumentos de pesquisa (questionários). Por se tratar de um quantitativo relativamente pequeno de pessoas no Grupo 1, o critério de seleção da amostra foi utilizar toda a população. No Grupo 1, foi aplicada a abordagem proposta por Stransuskas (2012) e os questionários do Anexo I, para extração de cenários e Estudo dos Ganhos Potenciais. Como foi utilizada a Pesquisa Online de forma automática para o Grupo 2, viabilizou-se a decisão de também utilizar toda a população como amostra. Os questionários do Anexo II foram utilizados. A Tabela 03, a seguir, sintetiza as abordagens: 60 DESCRITIVO INSTRUMENTO DE PESQUISA ABORDAGEM AMOSTRAGEM GRUPO 1 Indivíduos que participam do Piloto de Operações Integradas. GRUPO 2 Força de trabalho da Bacia de Santos. Questionário (Anexo I). Questionário (Anexo II). Strasunskas (2012). Toda a população. Pesquisa Online. Toda a população. Tabela 03: quadro resumo das abordagens adotadas na pesquisa Fonte: o próprio autor 3.5 – DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS A seguir, será apresentada uma descrição de cada um dos dois instrumentos de coleta de dados: Estudo de Ganhos Potenciais e a Pesquisa Online. 3.5.1 – Estudo de Ganhos Potenciais (aplicada no Grupo 1) O Grupo 1 foi submetido a entrevistas para a utilização da abordagem adaptada de Strasunskas (2012), que utiliza Microsoft Excel 2007, em VBA (Visual Basic Applications), conforme a Figura 13 a seguir. Figura 13 - framework para análise de valor de projetos de IO Fonte: Strasunskas (2012), com adaptação fornecida pelo IO Center (NTNU) 61 Esta abordagem, através de um framework, calcula o valor monetário. Contudo, um importante atributo é que ela proporciona uma maior visão dos fatores de sucesso e riscos de um projeto de Operações Integradas. O método permite o cálculo do valor e contempla a análise de desempenho (Índices de Controle, quando disponíveis), com estimativa futura de valor (cenários futuros ou Decision Analysis). O objetivo da etapa de preparação é entender o escopo da implantação do projeto de Operações Integradas, decompondo-o em componentes e consiste da coleta de informação sobre o referido projeto, detalhes do campo de petróleo, considerações locais (restrições políticas e legais, incentivos), implicações comerciais e objetivos da organização. A análise dos dados, coletados na fase de preparação, permite compreender o que exatamente foi ou será implementado em termos de infraestrutura, soluções, aquisição de dados, etc. Na fase de análise, é feita uma pesquisa interna na companhia, varrendo as dimensões de pessoas, processos, tecnologia e organização (PPTO), com o objetivo de analisar as melhorias tecnológicas e competências de colaboração. A análise é feita em dois momentos (veja também a Figura 03), permitindo comparar a situação futura com o cenário atual e determinar o ganho potencial. Para tal, é utilizado um questionário aplicado aos empregados que se relacionam com o projeto de Operações Integradas (de acordo com o Anexo I). Durante esta fase, são diagnosticados os indicadores de desempenho relevantes, de forma a tabular os impactos (reais e potenciais) nos mesmos. É feita a extração de cases, com o objetivo de utilizá-los na Decision Anaysis e também de compreender como os empregados percebem a criação de valor e se as expectativas estão alinhadas com as mudanças de competências que foram diagnosticadas anteriormente. Enquanto os indicadores medem o valor que foi criado, o estudo de cases ilustra como acontece a criação de valor. Para utilização nesta pesquisa, na Bacia de Santos, o protótipo utilizado Framework de Strasunskas foi adaptado. Foram realizados entendimentos com o IO Center na Noruega, que permitiram recursos para que o próprio autor (Strasunskas) realizasse as modificações necessárias, de forma que tal protótipo pudesse ser utilizado nesta pesquisa. O Estudo de Performance dimensiona o valor percebido, utilizando análise financeira tradicional e kpi´s (key performance indicators). Tal estudo demandaria 62 uma análise mais profunda da empresa estudada. Assim, optou-se por não incluir o Estudo de Performance no escopo desta pesquisa, ficando o mesmo como sugestão para desenvolvimentos futuros. A quantificação dos cenários foi feita considerando a frequência dos cases extraídos e analisado o impacto em custo ou produção para quantificação com a curva de produção ou OPEX, conforme o Item 5.2 (Análise dos Cases). Assim, o Estudo dos Ganhos Potenciais utilizou o questionário do Anexo I, em entrevistas pessoais, aplicadas aos indivíduos participantes do Piloto de Operações Integradas, obtendo-se a percepção de presente e futuro para cada dimensão pesquisada (veja Tabela 03). 3.5.2 – Ferramenta para Pesquisa Online (aplicada no Grupo 2) Para a pesquisa junto ao Grupo 2 foi utilizada a solução interna da empresa estudada, desenvolvida na plataforma Lotus Notes, concebida pela Lotus Software, do grupo IBM Software Group. A solução, que é chamada de SPS – Sistema de Pesquisa de Satisfação (assim como o Lotes Notes), é um sistema cliente-servidor integrado com a solução de correio eletrônico da empresa. O sistema SPS tem por objetivo gerenciar qualquer tipo de pesquisa, desde a sua criação até o envio para os participantes. O sistema de pesquisa é composto basicamente de três formulários. Formulário de Pesquisa, Formulário de Pergunta e Formulário enviado aos participantes. Desta forma, de acordo com a Tabela 03, a Pesquisa Online fundamentou-se no questionário do Anexo II, em uma pesquisa automática, aplicada a todos os colaboradores da Bacia de Santos. 63 3.6 – PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS Os procedimentos, a seguir, referem-se aos Grupos 1 e 2, anteriormente descritos. O Grupo 1 é constituído dos times que trabalham direta ou indiretamente nos processos do Piloto de Operações Integradas da empresa estudada. Já o Grupo 2 constitui toda a força de trabalho da empresa estudada que trabalha na Bacia de Santos. No Item 4.2.2 (Consistência das Abordagens) será feita uma análise da influência da abordagem com entrevistas presenciais no padrão de resposta. 3.6.1 – Coleta de dados no Grupo 1 Para o Grupo 1, os dados foram coletados em entrevistas individuais com empregados da empresa estudada ou companhias de serviço, envolvidos direta ou indiretamente em processos de Operações Integradas na Bacia de Santos. Foi utilizado o questionário do Anexo I. Também foi realizada a extração de cases associados aos processos de Operações Integradas. Preliminarmente, foi construída uma matriz de entrevistas para que as mesmas fossem ser agendadas. Os entrevistadores adotaram o procedimento de sempre, no início, fazer a exposição dos objetivos da pesquisa aos entrevistados. Na sequência, as perguntas eram feitas pelo entrevistador ao entrevistado, esclarecendo as dúvidas que surgiam. Os resultados foram previamente escritos em papel e posteriormente alimentados no instrumento de coleta de dados. 3.6.2 – Coleta de dados no Grupo 2 O questionário do Anexo II foi montado na ferramenta SPS e enviado à participação online de toda a força de trabalho das unidades da empresa estudada, 64 na Bacia de Santos. Como o SPS funciona em Notes, foi enviada uma mala-direta para todos os participantes com os detalhes da pesquisa (conforme o Anexo III). 3.7 – QUESTIONÁRIOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS Os Anexos I e II descrevem os questionários utilizados no Estudo de Ganhos Potenciais e na Pesquisa Online, respectivamente. Foi utilizada escala tipo Likert, com variação de 1 a 5. Os itens foram agrupados em Grupos, conforme a Tabela 04 a seguir. A descrição das perguntas e dos Grupos, bem como seus objetivos específicos, estão detalhados nos Anexos I e II. CLUSTER Qualificação do Respondente Benefícios Qualitativos Compreensão Conceitual Adequação dos Processos Adequação das Equipes Análise da Infraestrutura Análise da Organização Abrangência Gestão de Mudança Análise de Lacunas ANEXO I Visa o conhecimento do respondente associando o mesmo a processos de trabalho (Grupo I) Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V Grupo VI Grupo VII ANEXO II Visa o conhecimento do respondente associando o mesmo à estrutura organizacional Gerências (Grupo 1) Grupo 3 Grupo 2 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Tabela 04: clusterização dos questionários dos Anexos I e II Fonte: o próprio autor No sentido de averiguar a eficiência das abordagens utilizadas, Pesquisa Online e entrevistas individuais do Estudo de Ganhos Potenciais, foi promovida a análise cruzada dos resultados de perguntas similares em ambos os questionários. A Tabela 05, a seguir, aponta quais são as perguntas inter-relacionadas. O Item 4.2.2 (Consistência das Abordagens), mais adiante, apresenta os resultados. 65 TEMAS Benefícios da implantação Operações Integradas ASSOCIAÇÃO COM AS PERGUNTAS DAS PESQUISAS F5d, F6e, F7f, F8g, F9h das EXTRAÇÃO DE CASES S3.1d, S3.2e, S3.3f, S3.4g, S3.5h F10i, F14, F15, F16, F17, F18, F19, F20, Lacunas de implantação das F21, F33, F34, F35, F36, F39, F40, F42, Operações Integradas na Bacia de F46 Santos S4.1, S4.2i, S4.3i, S4.4i, S6.2, S6.3, S6.4 Diagnostico a Gestão da Mudança F11a, F12b, F13c, F22, F23, F24, F25, F26, F27K, F28, F29, F30, F31, F32, F37, F38, F41l, F43K, F44K, F45, F47J S2.1a, S2.2b, S2.3c, S5.1, S5.2J, S5.3K, S5.4l, S6.1 NOTAS: - As perguntas iniciadas com "F" compõe o Anexo I (questionário com a adaptação do Framework de Strasunskas) - As perguntas iniciadas com "S" compõe o Anexo II (questionário da Pesquisa Online) - O índice localizado no expoente da pergunta indica a correlação direta entre uma pergunta da pesquisa utilizando a adaptação do Framework de Strasunskas e outra pergunta da Pesquisa Online Tabela 05 – inter-relacionamento das perguntas das pesquisas Fonte: o próprio autor 3.8 – TRATAMENTO DE DADOS Os dados coletados nas pesquisas foram tabulados com o auxílio dos recursos do aplicativo Microsoft Office Excel para a Pesquisa Online e com a utilização do framework adaptado de Strasunkas (2012). No sentido de efetuar a purificação da escala (o que não foi necessário, como será visto no Item 4.2.3.3 – Depuração da Escala para Estabelecimento da Baseline), a consistência interna da escala utilizada nos questionários foi avaliada 66 pelo Alfa de Cronbach. As respostas dos questionários dos Anexos I e II foram separadas de acordo com os diferentes clusters da pesquisa. Os dados foram então lançados no sofware Minitab 16. Os resultados serão apresentados e discutidos no capítulo a seguir. 67 4 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A seguir, serão discutidos os resultados obtidos na Pesquisa Online e na aplicação do Estudo de Ganhos Potenciais. O perfil dos respondentes será analisado em cada uma das abordagens. Os resultados detalhados estão apresentados Anexos IV e V. 4.1 – ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1.1 – Resultados da Pesquisa Online A Pesquisa Online foi realizada e entre os dias 19/07 e 16/08/2013. O instrumento de pesquisa do Item 3.5.2 foi aplicado a todos os profissionais que se dedicam localmente às operações da empresa estudada, lotados na Bacia de Santos. Isto incluiu outras unidades de serviços, além da Unidade de Operações, totalizando 1.595 formulários enviados. A Figura 14, a seguir, retrata a síntese da Pesquisa Online. DATA 19/07/2013 26/07/2013 02/08/2013 09/08/2013 16/08/2013 NÚMERO DE RESPONDENTES 0 189 272 325 397 PERCENUTAL DE RESPONDENTES 0% 12% 17% 21% 25% Total de pesquisas enviadas: 1595 Figura 14 - resumo da Pesquisa Online Fonte: o próprio autor OBSERVAÇÃO Início Pesquisa Primeiro renvio Segundo renvio Pop up Final da Pesquisa 68 Foi enviado e-mail explicativo dos propósitos e objetivos da pesquisa para todos os participantes (conforme o Anexo III). Kaplowitz (2004) aponta, em seu estudo, que um survey enviado pela internet pode alcançar taxas de respondentes comparáveis com os questionários impressos, se for precedido de e-mail de notificação. Durante a aplicação da Pesquisa Online foi observada uma tendência de acomodação no número de respondentes. Também no trabalho apresentado por Kaplowitz (2004), e-mails de reforço tiveram efeitos positivos na taxa de respondentes para survey enviado pela internet, comparando com abordagens que os respondentes apenas receberam um e-mail contendo um link para o survey. Assim, foi adotada, nesta pesquisa, a estratégia de reforços, através do reenvio da pesquisa a cada semana. Conforme a Figura 14, pode-se observar o êxito no crescimento linear do número de respondentes. A Figura 14 apresenta um comportamento incremental crescente no número de respondentes, decorrente de cada reforço semanal. Certamente, valores mais altos de taxa de resposta poderiam ser alcançados. Contudo, a partir da terceira semana, observou-se um relativo desgaste com os entrevistados em decorrência dos repetidos reforços. De acordo com Marconi (2003, p. 201), em média, os questionários expedidos pelo pesquisador alcançam 25% de devolução. Assim, a pesquisa foi mantida até se obter um total de 397 respondentes, o que corresponde aos 25% do universo pesquisado. Há que destacar a importância dos 75% de não-respondentes. Vários podem ser os motivos que levaram à ausência de resposta, como será discutido no Item 4.1.1.4, mais adiante. 4.1.1.1 – Perfil de respondentes da Pesquisa Online O Anexo IV traz os principais resultados da Pesquisa Online. O Gráfico IV.1 revela que a esmagadora representação dos respondentes pertence à Unidade de Operações. Isto se deve ao fato de que a maioria dos empregados lotados na Bacia de Santos, que foram entrevistados, pertencem a esta unidade. Ademais, o grande 69 foco dos trabalhos pregressos de Gestão da Mudança aconteceram com o público da referida Unidade de Operações, o que pode ter sido um grande motivador para os respondentes. As Operações Integradas na empresa estudada foram tidas como uma importante iniciativa estratégica. Como tal, os seus processos redesenhados foram ligados à força de trabalho própria. O Gráfico IV.2 do Anexo IV revela que a parcela de empregados próprios é bastante expressiva, de forma coerente com este direcionador estratégico. O Gráfico IV.3 do Anexo IV revela que o público respondente é bastante especializado. Um total de 168 empregados, correspondendo a 42% dos respondentes, possuem especialização, MBA ou mestrado. Os respondentes são relativamente jovens (grande maioria até 10 anos de empresa), conforme o Gráfico IV.4, o que é coerente com a força de trabalho local. Perto da metade dos respondentes (188 entrevistados, o que equivale a 47%) se reconhecem com participação ativa ou parcial em processos de Operações Integradas. Isto é um bom indicador que a Pesquisa Online sensibilizou empregados que participam e que não participam de processos de Integração de Operações. 4.1.1.2 – Itens da Pesquisa Online Foi calculada a média aritmética das respostas de cada item obtido na Pesquisa Online. Desta forma, foi possível a análise que os itens fossem ranqueados conforme o Gráfico IV.6 do Anexo IV. Isto foi importante na definição das ações genéricas de Gestão de Mudança, conforme está apresentado na Tabela IV.1 do Anexo IV. O Gráfico 2, a seguir, representa um resumo dos resultados da Pesquisa Online. Outro resultado importante da Pesquisa Online foi obtido pela discretização dos resultados por elementos da organização (gerências), para cada item pesquisado, conforme retratado nos Gráficos de IV.7 a IV.26 (do Anexo IV). Estas informações foram úteis na definição da Gestão da Mudança específica para determinados grupos, conforme está descrito na Tabela IV.2 do Anexo IV. 70 Gráfico 02 - Resultados da Pesquisa Online Fonte: o próprio autor 4.1.1.3 – Percepção de Abrangência A Integração de Operações é uma importante iniciativa, que está sendo implantada na Bacia de Santos, segundo o foco nos principais processos mais impactantes na Cadeia de Valor da empresa estudada. Contudo existem outras áreas que, potencialmente, são excelentes candidatas para esta abordagem. Neste sentido, o Bloco 4 do questionário do Anexo II teve as médias de seus itens calculadas por gerência. Estas gerências foram ranqueadas para definir as principais áreas para futuras atuações. Os resultados estão retratados na Tabela IV.5 (Anexo IV). 71 4.1.1.4 – Os não-respondentes da Pesquisa Online Um importante resultado da Pesquisa Online diz respeito aos entrevistados que, apesar de todos os estímulos relatados no item 4.1.1, não responderam à pesquisa. Vieira (2010) aponta que “para poder inferir com total certeza sobre a viabilidade desse método no público estudado é necessário continuar o estudo, a fim de contatar o restante da amostra que não respondeu ao questionário, permitindo identificar quais os motivos porque não o fizeram.” Assim, as gerências com maior número de respondentes foram ranqueadas, para que fossem priorizadas para as ações genéricas de Gestão da Mudança da Tabela IV.1 do Anexo IV, conforme o Tabela IV.6 do (Anexo IV). 4.1.2 – Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais O Estudo de Ganhos Potenciais foi conduzido nos meses de Julho, Agosto e Setembro de 2013. O instrumento de pesquisa do Item 3.5.1 foi aplicado. Foi adotada a abordagem de Strasunskas (2012), através de tabela dinâmica em Excel adaptada pelo próprio autor. O público alvo foi constituído de 137 profissionais que trabalham diretamente com pelos menos um processo de Operações Integradas no Projeto Piloto da empresa estudada. Foram realizadas entrevistas personalizas, onde se buscou a percepção de presente e de futuro para cada uma das dimensões pesquisadas, conforme descrito para o Grupo 1, do Item 3.6.1. O primeiro bloco de perguntas do questionário (conforme Anexo I) visou qualificar o entrevistado, associando-o aos processos que trabalha. Já a Tabela V.1 (Anexo V - Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais) sintetiza os resultados obtidos na pesquisa para os Blocos de 2 a 6. No sentido de estabelecer a base comparativa das visões de presente e futuro, foram tiradas as médias aritméticas das respostas, conforme consta da referida tabela. O Tabela 06, a seguir, ilustra os principais resultados do Estudo de Ganhos Potenciais. 72 CLUSTERS Beneficios Conceitual Processos Pessoas Infraestrutura Organização 01-Apoio Operacional 0,55 0,19 0,50 0,45 0,73 0,61 02-ReDia 0,66 0,35 0,49 0,46 0,52 0,52 04-Vigilância de Poço 0,56 0,22 0,65 0,86 0,83 1,17 05-Vigilância de Planta 0,93 0,71 0,96 0,76 0,82 0,72 06-Vigilância de Reservatório 0,98 0,19 0,68 0,83 0,96 1,20 07-Vigilância de Facilidades 1,60 0,87 1,85 1,00 1,53 1,06 08-Colaboração com Fornecedores 0,50 0,61 0,67 0,26 0,46 0,24 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 0,73 0,29 1,05 0,65 0,92 0,63 10-Complexo de Contingência 0,58 0,28 0,60 0,30 0,85 0,76 11-Engenharia Submarina 0,10 0,00 0,00 0,00 0,10 0,09 12-Gestão de Medição 0,38 0,19 0,36 0,35 0,36 0,47 13-Telemedicina 0,58 0,00 0,25 0,32 0,50 0,21 14-Planejamento Integrado 1,07 0,67 1,27 0,84 0,95 0,90 15-Manutenção Baseada na Condição 1,33 0,76 1,27 0,77 1,11 0,43 16-Integração de Projetos 1,13 0,70 1,10 0,86 0,49 0,76 17-Construção de Poços 0,13 0,07 0,15 0,03 0,00 0,03 18-Controle da Malha de Gás 0,44 0,89 0,71 0,70 0,79 0,48 20-Controle Remoto 0,90 0,67 0,77 0,78 0,95 0,75 PROCESSOS Tabela 06 - Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais Fonte: o próprio autor O item seguinte discorre sobre o perfil dos respondentes, correlacionado com os processos. Os demais itens seguintes exploram a base comparativa do Ganho Potencial nas dimensões da mudança: pessoas, processos, tecnologia e organização (4.1.2.2 – Dimensões do Estudo de Ganhos Potenciais) e também entre os processos (4.1.2.3 – Ganho Potencial e os Processos). 4.1.2.1 – Perfil de respondentes do Estudo de Ganhos Potenciais O Gráfico V.1 (do Anexo V) retrata que uma grande parte dos times que trabalham em processos relacionados com Operações Integradas na empresa estudada é constituída por empregados jovens, correspondendo a 78% de entrevistados com menos de 10 anos de experiência. Isto é totalmente coerente com o perfil da força de trabalho estudada. O público pesquisado no Estudo de Ganhos Potenciais é extremamente especializado, onde 61% dos entrevistados têm especialização, mestrado ou doutorado, conforme destacado no Gráfico V.2 (do Anexo V). Isto reflete a importância da qualificação profissional nas Operações Integradas. 73 A grande maioria (68%) dos entrevistados do Grupo 1 são especialistas. Considerável parcela é de donos de processo (14%), conforme o Gráfico V.3 (do mesmo anexo). O Gráfico V.4 (também do Anexo V) ilustra o quantitativo relativo de entrevistados nos processos, no Estudo de Ganhos Potenciais. Dois processos (Reuniões Diárias e Vigilância de Planta) sobressaíram com maior percentual relativo aos demais (cerca de 12% cada). Isto é coerente com o quantitativo de empregados da empresa estudada que se dedicam a estes processos. 4.1.2.2 – Dimensões do Estudo de Ganhos Potenciais As considerações, a seguir, referem-se aos Gráficos V.5 a V.7 do Anexo V (Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais). O Gráfico a (Apoio Operacional) refere-se a um processo maduro, implantado há mais de um ano. Existe um equilíbrio nas dimensões (pessoas, processos, tecnologia e organização). Tal comportamento é observado também no Gráfico b (ReDIa), c (Vigilância de Poço), d (Vigilância de Planta), e (Vigilância de Reservatório) e q (Controle da Malha de Gás), que são processos igualmente maduros e estáveis. O Gráfico f (Vigilância de Facilidades) destaca o maior potencial de ganho de valor deste processo. Estes achados são importantes, pois norteiam as melhores opções para investimentos. O interessante é notar que este comportamento é bem distribuído entre as dimensões (pessoas, processos, tecnologia e organização). Este comportamento ocorre de forma similar nos Gráficos m (Planejamento Integrado), n (Manutenção Baseada na Condição), o (Integração de Projetos), r (Controle Remoto) e h (Estruturação da Operação das Unidades Próprias). Neste último processo, há um potencial maior em tecnologia e redesenho, totalmente compatível com a realidade de implantação das novas unidades de produção do Pré-Sal. O Gráfico i (Complexo de Contingência) apresenta um elevado grau de consciência nas dimensões processos e pessoas, cuja visão de futuro é consideravelmente elevada. Isto é coerente com o grupo que se dedica a este processo há mais de 2 anos. Por outro lado, existe um potencial de investimento na organização e tecnologia, associado ao Complexo de Contingência. 74 Como o processo de Engenharia Submarina e Construção de Poços tem forte participação externa, de outras unidades da empresa, o programa de Gestão de Mudança não foi efetivo com os seus participantes. Isto fica evidente no Gráfico j, onde não houve nenhuma visibilidade para as dimensões pessoas e processos. Contudo, podem-se perceber potenciais ganhos na organização e tecnologia. Já o Gráfico p denota a baixíssima visibilidade de futuro para o processo de construção de poços, contudo, as pessoas têm uma boa impressão da visão de presente. O Gráfico k (Gestão de Medição) destaca-se pelo grande potencial de ganho observado, qualificando-o a um bom candidato a investimentos, onde as dimensões processos, tecnologia e organização são levadas a extremos. Contudo na dimensão pessoas, há uma defasagem a menos, sugerindo ações de Gestão de Mudança. O Gráfico l, que representa a Telemedicina, aponta potenciais muito acentuados para tecnologia e organização. Isto é coerente com os equipamentos que estão sendo adquiridos, bem como a estruturação do atendimento médico (através de convênios com hospitais, etc), atualmente em curso na empresa estudada. A Colaboração com Fornecedores, representada pelo Gráfico g, é um processo incipiente, em fase de estruturação com as grande máquinas, drilling center e afretadas. Era de se esperar um potencial maior do que o representado pelos resultados. 4.1.2.3 – Ganho Potencial e os Processos Resultados importantes do Estudo de Ganhos Potenciais foram obtidos pela discretização dos resultados por processos, para cada item pesquisado, conforme retratado nas Tabelas de V.2 a V.11 (do Anexo V - Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais). Estas informações foram úteis na definição da Gestão da Mudança específica para determinados grupos, conforme está descrito na Tabela V.14 do Anexo V. As Tabelas V.12 e V.13 apresentam os processos que tiveram maior percepção de ganho na visão atual, bem como aqueles com maior potencial de ganho. Esta visão é muito importante para a definição da estratégia de investimentos na implantação do projeto de Operações Integradas na Empresa estudada. Interessante observar que apenas dois processos (Planejamento Integrado e 75 Vigilância de Planta) aparecem em ambas as tabelas. Portanto, tais processos podem ser considerados a prioridade de investimento. 4.2 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A necessidade de um melhor aprofundamento na criação de valor nos projetos de Operações Integradas, bem como a dimensão humana da Gestão de Mudança, serviu como base para a pesquisa bibliográfica e para o entendimento dos dados decorrentes da Pesquisa Online e do Estudo de Ganhos Potenciais. As proposições, decorrentes das questões a que se refere o Item 1.2 (Questões de Pesquisa) definiram os elementos que foram buscados na pesquisa bibliográfica e que serviram como referência para a obtenção dos dados da Pesquisa Online e do Estudo de Ganhos Potenciais. A lógica de sequenciamento, representada na Figura 15, a seguir, norteou a análise dos dados: Figura 15: lógica para avaliação dos resultados obtidos Fonte: adaptado de Ferreira (2013) No contexto deste estudo, observou-se que as abordagens utilizadas apontaram para oportunidades de melhoria na implantação das Operações Integradas na empresa estudada, que puderam ser mais bem estabelecidas através da análise no nível de processo e de elemento organizacional (gerências). 76 O presente trabalho aponta para uma efetiva contribuição da proposta de ganho potencial (Strasunskas, 2012). Através do aprofundamento do conhecimento da geração de valor (veja a Figura 02 – Item 1.4 – Síntese da Estratégia de Pesquisa), pode-se alcançar um melhor entendimento da implantação de projetos de Operações Integradas na Indústria de Petróleo. Com os resultados das pesquisas, as variáveis estatísticas foram calculadas. Apesar do emprego da Escala Likert, optou-se pela utilização das médias dos dados dos respondentes, de forma a permitir comparabilidades entre os resultados no tempo presente e no futuro. Tal diferença de médias permitiu o conhecimento do ganho potencial. Os resultados obtidos apontam para uma forte correlação entre a percepção de valor dos indivíduos envolvidos com a Gestão de Mudança na perspectiva de pessoas, conforme foi detalhado no Item 4.2.1, a seguir. Também foi possível o diagnóstico do estágio da preparação das pessoas para a mudança imposta pela implantação das Operações Integradas na empresa estudada, no âmbito delimitado para esta pesquisa. Lacunas de implantação e pontos de atenção puderam ser mais bem entendidos, sendo um importante referencial para as ações das propostas de aplicação, detalhadas no capítulo seguinte (Capítulo 5 – Proposta de Aplicação do Estudo e Análise dos Cases). 4.2.1 – Discussão e Valores O nexo entre o valor percebido para as Operações Integradas pelos entrevistados e a Gestão de mudança foi mais bem entendido pela análise da correlação entre o Bloco 3 (associado a valor) e os Blocos 2, 5 e 6 (associados à Gestão de Mudança) da Pesquisa Online (Anexo II). Para realização do cálculo da Correlação de Spearman, foi utilizado o software SPSS (Versão 15.0). BLOCO 3 Correlation Coefficient Sig. (2-tailed) BLOCOS 2, 5, 6 0,705351728 0,000001 Tabela 07: correlação entre o Bloco 3 e os Blocos 2,5 e 6 da Pesquisa Online Fonte: o autor 77 Pela Tabela 07, pode-se observar que a correlação entre o Bloco 3 e os Blocos 2, 5 e 6 da Pesquisa Online foi de 0,71. O teste de hipóteses gerou um pvalor de 0,000001, indicando que há correlação significativa entre estas variáveis, o que pode ser também percebido pelo diagrama de dispersão do Gráfico 03, a seguir: Gráfico 03: diagrama de dispersão entre o Bloco 3 e os Blocos 2,5,6 da Pesquisa Online Fonte: o autor Assim, pode-se atribuir uma forte correlação entre a percepção dos entrevistados da Pesquisa Online para valor e para Gestão de Mudança. Desta forma, sugere-se que seja analisada a comunicação dos ganhos para a força de trabalho, como estratégia complementar de Gestão de Mudança para a empresa estudada. Esta conclusão é corroborada pela análise comparativa entre as gerências com maior percepção de valor e as mais adaptadas à mudança. A percepção de valor foi calculada com base na média dos itens do Bloco 3 do questionário do Anexo II, por gerência. As gerências foram ranqueadas e foram extraídas as dez notas maiores. Os itens dos Blocos 2 (Gestão do Conhecimento - Entendimento de Operações Integradas), 5 (Dimensão Humana) e 6 (Análise das lacunas de implantação) do questionário do Anexo II tiveram as médias das notas calculadas, 78 por gerência e estas gerências também foram ranqueadas e foram extraídas as dez notas maiores. A Tabela IV.4 (Anexo IV) retrata os resultados de ambas as análises. Pode-se observar que 70% das gerências coincidem em ambas as listas. Isto reforça o nexo, para o público pesquisado, entre a percepção de valor e a efetividade da Gestão da Mudança. 4.2.2 – Consistência das Abordagens O Item 3.7 (Questionários Utilizados na Coleta de Dados) traz, na Tabela 05, o inter-relacionamento das perguntas dos questionários dos Anexos I e II, no sentido de entender a consistência entre as abordagens adotadas na Pesquisa Online e no Estudo de Ganhos Potenciais. Foram definidos os três agrupamentos de perguntas: Benefícios da implantação das Operações Integradas Lacunas de implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos Diagnostico a Gestão da Mudança Para cada grupo, foram escolhidas determinadas perguntas, equivalentes em ambas as abordagens (note que a relação se dá pela indexação por uma letra expoente na Tabela 05). Pelo fato de os questionários dos Anexos I e II utilizarem a Escala Likert, foi adotado o Teste de Mann-Whitney, não paramétrico, para se comparar o padrão de resposta em ambos os questionários. Foi calculado o p-valor, pelo MINITAB (Versão 16), ajustado para cada uma das situações da Tabela 08, a seguir. 79 TEMA PERGUNTAS DO ESTUDO DE PERGUNTAS DA GANHOS PESQUISA POTENCIAIS ONLINE (VISÃO ATUAL) P-VALOR AJUSTADO Comparação de todas as perguntas que foram associadas F5, F6, F7, F8, F9, F10, F11, F12, F13, F41, F47, F27, F43, F44 S3.1, S3.2, S3.3, S3.4, S3.5, S4.2, S4.3, S4.4, S2.1, S2.2, S2.3, S5.4, S5.2, S5.3 0,0000 Benefícios da implantação das Operações Integradas F5 F6 F7 F8 F9 S3.1 S3.2 S3.3 S3.4 S3.5 0,1888 0,0004 0,1568 0,2821 0,0000 F10 S4.2, S4.3, S4.4 0,0002 F11 F12 F13 F41 F47 F27, F43, F44 S2.1 S2.2 S2.3 S5.4 S5.2 S5.3 0,5965 0,2113 0,0518 0,2438 0,0001 0,0000 Lacunas de implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos Diagnóstico a Gestão da Mudança Tabela 08 - resultados do Teste de Mann-Whitney para as perguntas cruzadas entre os questionários dos Anexos I e II (relacionadas na Tabela 05) Fonte: o próprio autor Observa-se o p-valor ajustado, que foi calculado pelo Teste de MannWhitney, para a comparação entre as perguntas que foram associadas entre o Estudo de Ganhos Potenciais e a Pesquisa Online foi zero. Isto quer dizer que as pesquisas não têm um padrão de resposta semelhante, conforme o Gráfico 04, a seguir. Assim, conclui-se que a abordagem com entrevistas presenciais influi significativamente no padrão de resposta, quando comparada com a Pesquisa Online. Outro fator que não pode ser esquecido, conforme destacado no Item 3.4 (Características da População e Critérios de Seleção), é que os públicos das pesquisas são diferentes. O Grupo 1 é composto de profissionais ligados 80 diretamente a processos que envolvem Operações Integradas. Assim, o Estudo de Ganhos potenciais teve a tendência de contar com respondentes mais conscientes, interessados, com um senso crítico mais aguçado. O Gráfico 04 ilustra a curva mais simétrica para o Grupo 1. Já o Grupo 2, constituído por toda a população ligada à Bacia de Santos teve a tendência de atribuir respostas mais altas, deslocando a distribuição para uma mediana maior. Gráfico 04: distribuição das perguntas correlacionadas na Pesquisa Online e no Estudo de Ganhos Pontenciais Fonte: o autor O mesmo comportamento do p-valor foi observado para a comparação das respostas da pergunta F10 do Estudo de Ganhos Potenciais e as perguntas S4.2, S4.3, S4.4 da Pesquisa Online, com valor inferior a 0,05 (5%). Assim, não há evidência de diferença entre o padrão de respostas das perguntas, ou seja, concluise que existe um padrão de resposta diferente para este caso. Já para os itens referentes a “benefícios das Operações Integradas” e para o “diagnóstico da Gestão de Mudança”, conforme a Tabela 08, parte das perguntas (metade para o primeiro e 2/3 para o último) tem um padrão de resposta semelhante. Desta forma, a utilização da abordagem personalizada, com entrevistadores, deve ser preferida para a Unidade de Operações da empresa estudada, já que os dados da Pesquisa Online tendem a divergir dos das entrevistas. Na impossibilidade de promover pesquisas individualizadas, seja por falta de tempo ou outros recursos, deve-se priorizar, em pesquisas online, os temas que apresentaram maior número 81 de comparações com p-valor acima de 5%, conforme a Tabela 08: Benefícios das Operações Integradas” e “Diagnóstico da Gestão de Mudança”. 4.2.3 – Estabelecimento da Baseline Conforme exposto no item I.5 (Delimitação) desta Monografia, a aplicação deste estudo tem um grande possibilidade de aplicação em futuras fases e em outros cenários de implantação de Operações Integradas, conforme ilustrado pela Figura 03b. Assim, o presente trabalho propõe o estabelecimento de uma baseline, para que os futuros resultados possam ser comparados com a presente abordagem. Desta forma, a avaliação da consistência interna dos questionários dos Anexos I e II foi realizada através do Coeficiente Alfa de Cronbach. De acordo com Hora (2010): A aplicação do Alfa de Cronbach contempla alguns pressupostos, tais como: o questionário deve estar dividido e agrupado em dimensões, ou seja, questões que tratam de um mesmo aspecto [...]; o questionário deve ser aplicado a uma amostra significativa e heterogênea [...]; a escala já deve estar validada [...] Os seguintes Blocos serviram na estruturação do questionário do Anexo I: Bloco 1 - Perfil do Respondente (apenas para sua qualificação) Bloco 2 – Benefícios Qualitativos das Operações Integradas Bloco 3 – Compreensão Conceitual das Operações Integradas Bloco 4 – Adequação dos Processos Bloco 5 – Adequação das Equipes Bloco 6 – Análise da Infra-estrutura 82 O questionário do Anexo II foi concebido em construtos também estruturados em Blocos: Bloco 1 - Perfil do Participante (apenas para qualificação do respondente) Bloco 2 - Gestão do Conhecimento - Entendimento de Operações Integradas Bloco 3 - Percepção dos benefícios Bloco 4 - Percepção de abrangência das Operações Integradas Bloco 5 - Dimensão humana Bloco 6 - Análise das lacunas de implantação Bloco 7 - Análise da estrutura organizacional 4.2.3.1 – Alfa de Cronbach aplicado ao Estudo de Ganhos Potenciais O Estudo de Ganhos Potenciais foi aplicado aos empregados que trabalham nos processos do Piloto de Operações Integradas, conforme descrito no Item 3.5.1 (Estudo dos Ganhos Potenciais - aplicada no Grupo 1). A pesquisa foi conduzida em entrevistas presenciais. Foi utilizada a escala Likert (conforme o Anexo I), na qual os entrevistados especificaram seu nível de concordância com as afirmações propostas, nas visões de presente e de futuro. O Alfa de Cronbach é um coeficiente normalmente utilizado como medida de confiabilidade (isto é, trata-se de uma avaliação da consistência interna de questionários) para um conjunto de dois ou mais indicadores de construto. Os seus valores variam de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior confiabilidade entre os indicadores. A aplicação do Alfa de Cronbach para o Estudo de Ganhos Potenciais apresentou os seguintes resultados: 83 Bloco de perguntas Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 5 Bloco 6 Bloco 7 Alfa de Cronbach para a Visão de Presente 0,85 0,80 0,90 0,89 0,86 0,83 Alfa de Cronbach para a Visão de Futuro 0,80 0,89 0,91 0,92 0,91 0,87 Tabela 09 - resultados do Alfa de Cronbach para os Blocos do Anexo I Fonte: o próprio autor O Anexo VI traz maiores detalhes da memória de cálculo do Alfa de Cronbach pelo MINITAB (Versão 16). 4.2.3.2 – Alfa de Cronbach aplicado à Pesquisa Online A amostra foi todo o universo de empregados da empresa estudada na Bacia de Santos e foi utilizada a escala Likert, na qual os entrevistados especificaram seu nível de concordância com as afirmações propostas, de acordo com o que detalhou o Item 3.5.2 (Ferramenta para Pesquisa Online - aplicada no Grupo 2) Os resultados do Alfa de Cronbach para a Pesquisa Online foram: Bloco de perguntas Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco 5 Bloco 6 Alfa de Cronbach 0,85 0,94 0,89 0,83 0,86 Tabela 10 - resultados do Alfa de Cronbach para os Blocos do Anexo II Fonte: o próprio autor O Anexo VI apresenta maiores detalhes da memória de cálculo do Alfa de Cronbach, que foi calculado com o MINITAB (Versão 16). 4.2.3.3 – Depuração da Escala para Estabelecimento da Baseline Para Hora (2010): “a purificação é realizada com o recálculo do coeficiente de confiabilidade, desconsiderando um único item, e observando o comportamento do mesmo. Ao final, sumariza-se a purificação eliminando todos os itens cuja 84 eliminação contribui para o aumento da confiabilidade da medição.” Como, no caso das Tabela 09 e 10, os valores do Alfa de Cronbach estão acima de 0,8, não foi necessária a purificação da escala. Conforme Streiner (2003), a consistência interna da escala utilizada em um questionário pode ser considerada baixa para valores do Alfa de Cronbach inferiores a 0,7. Portanto, pode-se afirmar que os blocos das Tabelas 09 e 10 possuem perguntas que avaliam confiavelmente a mesma dimensão. Os questionários estão medindo bem as dimensões definidas em cada pesquisa. Desta forma, os Anexos I e II são boas propostas de baseline para futuras abordagens similares ao Estudo de Ganhos Potenciais e à Pesquisa Online, aplicada neste estudo, seja em outros cenários ou em outros momentos de projetos de Operações Integradas. 5 – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO ESTUDO E ANÁLISE DOS CASES O presente capítulo enseja as principais aplicações práticas do presente estudo. A primeira análise apresentada diz respeito à influência da coleta de dado se fazer por entrevistas personalizadas, no público da empresa estudada. Depois é apresentada a aplicação dos planos complementares de Gestão de Mudança. A seguir, é detalhada a análise econômica da extração de cases. Finalmente, é proposto o estabelecimento das baselines para próximas pesquisas. 5.1 – APLICAÇÃO NA GESTÃO DE MUDANÇA Em decorrência dos resultados desta pesquisa, pode-se propor um conjunto de ações que podem vir a compor planos de ação complementares para a Gestão de Mudança. A Figura 16 a seguir ilustra a lógica de concepção. 85 Figura 16: lógica para criação dos planos de ação (Gestão da Mudança) Fonte: o próprio autor Os Gráficos de IV.7 a IV.26 (do Anexo IV) indicam as gerências que possuem médias abaixo da média geral. A Tabela IV.2 (do Anexo IV) indica propostas de ações complementares de Gestão de Mudança para os referidos itens. Nesta tabela, os itens estão agrupados de acordo com o Item 3.7 (Questionários Utilizados na Coleta de Dados). Desta forma, é possível a aplicação das ações da Tabela IV.2, de forma discretizada, para as gerências dos Gráficos de IV.7 a IV.26. Outro Plano de Gestão de Mudança específico é sugerido na Tabela V.14 (do Anexo V). Cada item desta tabela corresponde a um item avaliado no questionário e também foram agrupados conforme os clusters descritos no Item 3.7 (Questionários Utilizados na Coleta de Dados). As Tabelas de V.2 a V.11 trazem os processos com médias abaixo da média geral para o PPTO (Pessoas, Processos, Tecnologia e Organização) e também para compreensão do conceito. Também são representados os processos com potenciais (isto é, percepção futura menos a presente) acima da média geral. Assim, é possível a aplicação das ações da Tabela V.14, de forma discretizada aos processos destacado nas referidas tabelas. 86 O Gráfico IV.6 explicita os itens de Pesquisa Online que estão abaixo da média geral. Tais itens podem se compor com a proposta de ações que trata um plano geral complementar de Gestão de Mudança é dada na Tabela IV.1 (do Anexo IV). Este plano geral pode ser aplicado para as gerências com elevado grau de nãorespondentes, conforme a Tabela IV.6. Outra aplicação do plano da Tabela IV.1 é nas gerências prospectadas nas áreas de potencial de novos redesenhos, com é detalhado na Tabela IV.5. Ações mais específicas nas dimensões PPTO (Pessoas, Processos, Tecnologia e Organização) dos processos podem ser tomadas com a utilização dos Gráficos de V.5 a V.7 (do Anexo V), com a utilização das ações correspondentes do plano de Gestão da Mudança específico, proposto pela Tabela V.14. O item seguinte relata os principais benefícios qualitativos percebidos com a aplicação dos conceitos de Operações Integradas no redesenho dos processos de trabalho da Unidade de Operações da empresa estudada. Também é apresentada uma análise econômica com os cases diagnosticados até o presente, utilizando a abordagem de Strasunskas (2012). 5.2 – ANÁLISE DOS CASES A estimativa dos benefícios quantitativos a serem alcançados com aplicação dos conceitos de Operações Integradas é um desafio enfrentado pela indústria globalmente. Este exercício torna-se bem desafiador devido ao grande número de variáveis envolvidas nas atividades de exploração de produção de óleo e gás e da dificuldade prática de se isolar cada uma destas variáveis. Por outro lado, tem-se notado que, ao longo dos últimos anos, a indústria de petróleo e gás está recebendo uma maior pressão da sociedade e dos órgãos competentes em relação à necessidade de excelência operacional. Estes fatores, entre outros, têm contribuído para que, tanto os órgãos reguladores, quanto os clientes internos, aumentem seu rigor em relação à aceitação de desvios operacionais. Por exemplo, pode-se citar o maior controle da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em relação aos volumes de queima de gás e o dos clientes internos, com um maior rigor quanto à aceitação de cargas de óleo desenquadrado. 87 Diante de tais condições, além da complexidade operacional da unidade de operações em estudo, o papel das Operações Integradas, como elemento habilitador para a obtenção da excelência operacional, torna-se essencial garantir o crescimento sustentável dos resultados operacionais, mas sem descuidar da segurança das operações. Além da complexidade comum à indústria, o cenário estudado é uma unidade nova, com características singulares e pioneiras, tanto do ponto de vista do escopo do projeto, quanto das características operacionais e logísticas de campo. Assim, os benefícios quantitativos foram levantados, utilizado situações onde os benefícios estimados podem ser diretamente convertidos em ganhos financeiros, sendo na redução de custos OPEX e CAPEX32 e no aumento da produção de óleo. Serão apresentados alguns resultados apurados durante a fase de piloto do projeto e das pesquisas do presente trabalho. Sendo eles: Manutenção Baseada na Condição, Estruturação das Unidades Próprias, Gestão da Medição, Vigilância de Poço e Integração de Projetos. Foram agrupados, em um único ganho, os processos de Controle de Malha de Gás, Vigilância de Planta e Apoio Operacional, já que estes últimos são processos interligados e difícil de mensurar isoladamente. 5.2.1 – Manutenção Baseada na Condição O processo de Manutenção Baseada na Condição tem como objetivo principal o acompanhamento das condições de equipamentos críticos, dinâmicos e sistemas elétricos, para evitar intervenções devido à manutenção corretiva ou emergencial. A gestão de equipamentos consiste basicamente na identificação de anomalias ou desvios das condições normais dos equipamentos para definição de um plano de ação, antes da ocorrência da falha. A utilização de supervisores suportados por ferramentas próprias de monitoramento dos equipamentos é fundamental para identificação das anomalias ou necessidades de intervenção, seja automática, seja visual. A definição de ações para tratar as anomalias pode contar com o envolvimento de especialistas em ambientes colaborativos, quando necessário, a 32 CAPEX = Capital Expenditure (despesas de capital ou investimento em bens de capital) 88 julgamento dos supervisores. O acompanhamento da eliminação do problema também é importante para garantir a disponibilidade dos equipamentos. Considerando a otimização de processos nas novas plataformas que entrarão nos próximos anos em operação na Unidade de Operações em estudo, uma nova filosofia de manutenção deve ser empregada. Considerando o redesenho de processos para a área de manutenção, utilizando os preceitos da Manutenção Baseada na Condição, pode-se projetar uma otimização de cerca de 10 postos de trabalho offshore. Considerando uma ordem de redução de custos de 3600 horas homem por mês e mais os custos relativos a embarque e hospedagem, o montante de redução do custo de operações fica em U$ 5,8 milhões de dólares por plataforma. 5.2.2 – Estruturação das Unidades Próprias Os novos projetos de plataformas, que operarão na Unidade de Operações em estudo, projetam um número otimizado de pessoas a bordo. Isto implica em uma menor exposição de pessoas aos riscos inerentes a operação. Por outro lado, é importante a realização de um estudo aprofundado nos processos de operação, para garantir a segurança operacional das pessoas que continuam atuando no ambiente offshore. Esta atividade teve, como foco, o atendimento a estes novos processos de trabalho e principalmente o desenho de mecanismos para garantir a segurança operacional. Todas estas novas atividades da empresa estudada estão sendo suportadas pelo que há de mais moderno em tecnologias disponíveis no mercado. A reorganização da operação com tarefas offshore transpostas para terra ou suprimidas focou em áreas de atuação, como coordenadores, operadores de planta, operadores de facilidades, operadores de lastro, planejadores de projetos, planejadores nas disciplinas de elétrica, manutenção e instrumentação e profissionais de logística. A estimativa de redução de custos de operação é US$ 1,5 milhões por ano por plataforma própria. 89 5.2.3 – Processos de Supervisão Os processos de supervisão de sistemas de processamento e tratamento de óleo, gás e água, controle de escoamento da malha de gás e o apoio operacional são responsáveis por sistematizar a operação de monitoramento do comportamento de variáveis operacionais, assim como indicadores de eficiência energética da planta e tratamento dos desvios encontrados nas malhas rápida, média e longa, conforme a complexidade do problema. Os processos definem a metodologia de identificação de desvios dos parâmetros monitorados, seja através dos valores medidos diretamente nas plataformas e disponibilizados através do sistema supervisório remoto, seja por tendências identificadas pelo sistema de supervisão da planta de processamento ou ainda através da análise de relatórios gerados pelas ferramentas de suporte. Foi estabelecida ainda a abordagem usada para realizar ajustes nos parâmetros, a fim de corrigir os desvios identificados, utilizando quando necessário, o conhecimento e interfaces de especialistas nas mais diversas áreas de suporte, que podem auxiliar na resolução de problemas mais complexos. Por último, em paralelo, mas não menos importante, o processo aborda também o estudo de especialistas e simulação de cenários em busca do ponto ótimo da configuração dos parâmetros monitorados com o objetivo de incrementar a eficiência da planta, diminuindo os custos operacionais e aumentando a produção com redução de perdas operacionais. A visão integrada dos processos de supervisão da operação apontam benefícios, conforme indicação dos especialistas. Juntos, estes três processos e seus sub-processos somam uma redução de perdas de cerca de 1% da curva de produção da Unidade de Operações em estudo. Considerando processos preditivos e colaborativos, por exemplo, análises de perdas, análise de shutdown, análise preditivas das plantas de processos e de turbomáquinas, dentre outros. 5.2.4 – Gestão da Medição O processo de medição tem como objetivo medir os volumes produzidos e injetados, com a finalidade de garantir a maior confiabilidade do controle dos 90 volumes produzidos de óleo e gás e o atendimento aos requisitos legais estabelecidos para a atividade fim, evitando, desta forma, quaisquer não conformidades que geram multas para a empresa estudada. Através do monitoramento das variáveis e posteriores análises dos dados de volumes produzidos e injetados, são definidas as ações imediatas que serão executadas pela equipe de bordo para normalização dos sistemas no período de 24h. No caso da impossibilidade de execução das ações pela equipe de bordo, os especialistas são acionados para indicar ações. O grupo de especialistas irá estudar o problema, encontrar a causa raiz e definir as ações corretivas. São inúmeros os benefícios levantados por este processo, sendo na redução de custos e na redução de perdas. Nesta analise, foram apontados os seguintes ganhos ligados à redução de custos de produção. O primeiro é a redução dos custos de operação com a otimização de processos e homem-hora dos engenheiros offshore nas demandas de gerir e planejar as calibrações. O processo apontou, de uma forma robusta, a economia de cerca de U$ 25 mil dólares por ano na Unidade em estudo, com processos otimizados de vigilância. Outra redução dos custos de operação é a possibilidade de evitar a incidência de não conformidades legais que geram multas para a operação. Considerando uma métrica também extremamente robusta, para calculo deste benefício, foi considerada a mitigação de uma não conformidade por plataforma por ano, com o valor de multa de US$ 1 milhão. 5.2.5 – Vigilância de Poço O processo de vigilância de poços é composto por outros sub-processos, que fazem o uso do monitoramento constante de suas variáveis operacionais, tratamento dos desvios e implantação das oportunidades de melhorias identificadas. Um destes processos diz respeito ao teste de produção, através do planejamento, acompanhamento e validação dos testes de produção, para validar os resultados obtidos e documentar as informações necessárias nas bases de dados adequadas. Outro processo, que evita custos e perdas muito significativas, é a vigilância da formação de hidratos, fazendo a analise preditiva para evitar a parada de poços 91 produtores, assim como a própria intervenção que pode fazer o uso de sondas com custos de operações bem elevados. No processo de validação de teste de produção, a otimização do tempo de teste de produção faz com que o poço fique um menor tempo na linha de teste, que possui um nível de produção de cerca de 50% menor que a linha de produção. Esta diminuição, considerando o número de poços, aponta para uma redução nas perdas de produção de 24m³ de óleo por mês por plataforma. Neste mesmo processo, a redução do tempo de engenheiro na analise dos dados denota uma redução de custos de US$ 4 mil por ano em cada plataforma. A redução dos custos de intervenção por sonda, associada à dissociação de hidratos, aponta para ganhos bem maiores. Fazendo uma estimativa robusta do custo de 15 dias de sonda por intervenção e uma intervenção para cada 3 plataformas e considerando a diária média US$ 500 mil para uma sonda, chega-se a uma redução de US$ 2.5 milhões por plataforma por ano (não considerado nenhum custo adicional de materiais e serviços, o que poderia duplicar o custo da sonda). As perdas de produção por formação de hidrato, considerando um poço com produção média de 20.000 bpd, podem chegar a 7.500 m³ por ano. Considerando a mesma métrica robusta de uma intervenção para cada 3 plataformas e o tempo de alocação da sonda de 30 dias e um período de 15 dias para a resolução do problema. 5.2.6 – Integração de projetos Os processos de integração de informações, com ênfase nos processos de SMS, têm por objetivo estabelecer o fluxo de informações entre as gerências envolvidas e órgãos externos, a análise criteriosa das condicionantes de licenciamento e acompanhar o atendimento de exigências para que os prazos sejam respeitados. Obtendo integração das informações relativas ao processo de obtenções das Licenças Prévias, Licenças de Instalação e Licença de Operação. Uma importante redução dos custos de operação é decorrente do homemhora de engenheiros ambientais para elaboração dos relatórios de atendimento de condicionantes legais, mediante integração do sistema. Considerando que todas as informações necessárias estejam disponíveis, o tempo para a elaboração de 92 relatórios de atendimento de condicionantes poderá ser reduzido, em média, de 10 para 3 dias, mensalmente em um grupo de 4 engenheiros ambientais. Totalizando uma redução de custos de cerca de US$ 150 mil por ano para a Unidade estudada. 5.2.7 – Analise econômica A Tabela 11, a seguir, apresenta o resumo dos principais benefícios qualitativos dos processos levantados, indicando os impactos no custo e na produção da Unidade de Produção estudada. Processos Benefícios Impacto Redução de US$ 5,8 MM por UEP/ano Custo Redução de US 1,5 MM por UEP/ano Custo 1% da curva de produção Produção US$ 25 mil por ano Custo MM U$$ 1 por UEP/ano Custo 288 m³ por UEP/Ano Produção US$ 4 mil por UEP/Ano Custo MM US$ 2,5 por UEP/ano Custo 7.500 M³ por UEP/ano Produção US$ 150 mil por ano Custo Manutenção Baseada na Condição Estruturação da Operação das Unidades Próprias Controle da Malha de Gás Vigilância de Planta Apoio Operacional Gestão de Medição Vigilância de Poço Integração de Projetos Tabela 11: resumo dos principais benefícios Fonte: o autor A análise econômica do projeto levou em consideração a curva de produção e a curva de custos operacionais no horizonte de tempo 2013 a 2020 da Unidade de 93 Operações em estudo. A projeção de início de operação dos processos foi o ano de 2014. A seguir, os Gráficos 03 e 04 demonstram a evolução comparativa, tanto do aumento da produção, quando da redução dos custos operacionais. Gráfico 05: aumento da produção esperado para os processos analisados Fonte: o autor Gráfico 06: redução dos custos esperados para os processos analisados Fonte: o autor 94 Utilizando somente o resultado destes processos levantados no presente trabalho e considerando as premissas de valor do barril de óleo e taxa de cambio do dólar, atualizadas para no segundo semestre de 2013 o Valor Presente Liquido aponta para um projeto extremamente lucrativo, com VPL mínimo de mais de 5 vezes o valor do investimento inicial. 95 6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Com base na revisão bibliográfica conclui-se existem abordagens em várias organizações para a identificação de valores tangíveis e intangíveis em projetos de Operações Integradas, conduzidas por várias empresas mundo a fora. Muitos casos de aplicação, utilizando Operações Integradas, têm sido relatados, sendo que muitos ganhos já foram quantificados. As abordagens utilizadas neste trabalho, Pesquisa Online e Estudo de Ganhos Potenciais, mostraram-se eficientes para a empresa estudada, levando a proposições de ações corretivas de gestão de mudança, no nível de processo e de gerência. O projeto estudado na presente pesquisa mostrou retorno econômico expressivo. 6.1 – ALCANCE DOS OBJETIVOS Revisitando os objetivos específicos desta dissertação, apresentados no Item 1.3.2, observa-se que todos foram plenamente atingidos nesta pesquisa. Foi realizada a avaliação dos benefícios da implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos, no nível das gerências e dos processos. Adicionalmente, foi também analisada a influência das entrevistas pessoais nos resultados, bem como a relação de valor com a percepção da Gestão de Mudança. Foi possível avaliar as lacunas de implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos, propondo planos de Gestão de Mudança, de forma geral e específica. Foi realizada a análise mais aprofundada dos processos estudados, nas dimensões PPTO (Pessoas, Processos, Tecnologia e Organização). Áreas potenciais de aplicação das Operações Integradas foram definidas. Foi possível o estabelecimento de baselines, que podem ser propostas para futuras pesquisas. 6.2 – PESQUISAS FUTURAS Uma recomendação para futuras pesquisas é realizar estudo comparativo com outras empresas, que já aplicaram a abordagem do NTNU para ganho potencial. Desta forma: 96 a) Uma vez presente a possibilidade de disponibilização dos dados pregressos adotados por Strasunskas (2010) em duas operadoras de petróleo (Total e ConocoPhillips), um estudo comparativo com os dados do presente estudo pode ser conduzido. A possibilidade de utilizar uma abordagem independente, feita pela academia sob a coordenação do NTNU, traz à tona a possibilidade de desenvolver uma metodologia de análise de valores que permita futuramente estabelecer baselines e comparar o desempenho dos vários projetos de Integração de Operações. A Figura 03, do Item 1.5 (Delimitação) suscita a perspectiva de várias outras frentes de pesquisa: b) Aplicação da baseline proposta neste estudo em outras fases de implantação do projeto: através deste desenvolvimento, será possível acompanhar o mecanismo de geração de valor. É também uma metodologia de confirmar as previsões de valor potencial de pesquisas anteriores. c) Aplicação da baseline proposta neste estudo em outros cenários: este pode ser um importante progresso no sentido de unificar as abordagens das várias empresas. Assim, será possível a comparação de resultados e compartilhamento sistemático de lições aprendidas. No Item 3.5.1, Estudo de Ganhos Potenciais, é descrito o trabalho proposto por Strasunskas (2012), cujo desenvolvimento pode implicar em desdobramentos: d) Adaptação do framework para contemplar o estudo de desempenho, análise de fluxo de caixa e decision analysis. Desta forma, o framework pode se tornar uma grande opção para utilização conjunta com a baseline para os propósitos dos itens anteriores, constituindo-se em uma abordagem universal, a ser utilizada por todos na indústria do petróleo. 97 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABDULKARIM, A. et al. Overview of Saudi Aramco´s Intelligent Field Program. SPE Intelligent Energy Conference and Exhibition. Utrecht, The Netherlands: Society of Petroleum Engineers 2010. ADEFULU, Y. Enhancing Asset Performance: How Can the Benefits of Collaborative Work Environments be Effectively Measured? SPE Intelligent Energy Conference and Exhibition. Utrecht, The Netherlands: Society of Petroleum Engineers. 2: 1044-1063 p. 2010. AL MULLA, B. 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F2) Associe os processos que você participa (respostas da pergunta anterior - número com letra) com o papel que você desempenha: F3) Qual o seu grau de formação? 1) Apoio Operacional 2) ReDia 3) Mesa de Operações 4) Vigilância de Poço 5) Vigilância de Planta 6) Vigilância de Reservatório 7) Vigilância de Facilidades 8) Colaboração com Fornecedores 9) Estruturação da Operação das Unidades Próprias 10) Complexo de Contingência 11) Engenharia Submarina 12) Gestão de Medição 13) Telemedicina 14) Planejamento Integrado 15) Manutenção Baseada na Condição 1) Conhecer o perfil 16) Integração de Projetos profissional dos envolvidos 17) Construção de Poços nos processos do Piloto de 18) Controle da Malha de Gás Operações Integradas; 19) Vigilância de Lastro 2) Permitir discretizar a 20) Controle Remoto pesquisa pelos processos (associando as respostas aos processos que o respondente participa); 3) Entender a formação dos times de decisão. a) Dono do processo b) Especialista c) Gerente 1. Técnico 2. Graduação 3. Especialização 4. MBA 5. Mestrado 6. Doutorado 1. trainee 2. Até 5 anos F4) Qual a sua experiência na indústria 3. De 5 a 10 anos de petróleo? 4. De 10 a 20 anos 5. Mais de 20 anos Permitir que as estatísticas, dados e informações obtidas possam ser discretizadas por processo. Conhecer o entrevistado (time de colaboração). 105 II. BENEFÍCIOS QUALITATIVOS DAS OPERAÇÕES INTEGRADAS PERGUNTA RESPOSTAS OBJETIVOS ANÁLISE F5) Os processos de Operações Integradas que você participa (ou conhece) trazem ganhos econômicos 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Perceber o nível de expectativa de benefício por processo. F6) Existem melhorias na segurança das operações com os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Perceber o nível de expectativa de melhoria de segurança por processo. F7) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em redução de custos 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F8) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em aumento de eficiência (aumento da produção) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F9) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em aumento do fator de recuperação dos reservatórios (aumento de reservas) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Perceber o nível de expectativa de aumento de fator de recuperação por processo. 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Conhecer a percepção de potencial de aplicação das Operações Integradas a outros processos da Cadeia de Valor. F10) A filosofia de Operações Integradas pode ser aplicada a outros processos, potencializando ganhos de eficiência, redução de custos e aumento de segurança 1) Ampliar a percepção dos ganhos qualitativos; 2) Associar ganhos qualitativos a processos, de forma individualizada; 3) Aprofundar a expectativa de ganho com o Operações Integradas em outros processos ainda não redesenhados. Perceber o nível de expectativa de redução de custos por processo. Perceber o nível de expectativa de aumento de eficiência por processo. 106 III. COMPREENSÃO CONCEITUAL DAS OPERAÇOES INTEGRADAS PERGUNTA RESPOSTAS F11) Eu entendo o conceito de Operações Integradas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F12) A filosofia da "cebola" e as malhas (rápida, média e longa) fazem sentido para mim 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F13) Eu sei claramente quais são os objetivos das Operações Integradas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente OBJETIVOS ANÁLISE Diagnosticar o grau de entendimento do conceito de Operações Integradas. Entender qual o grau de conhecimento do entrevistado sobre o conceito e a filosofia das Operações Integradas Diagnosticar o grau de entendimento da filosofia das Operações Integradas. Diagnosticar o grau de entendimento dos objetivos das Operações Integradas. IV. ADEQUAÇÃO DOS PROCESSOS DE OPERAÇÕES INTEGRADAS F14) Os processos nos quais eu participa no Piloto de Operações Integradas são proativos (antecipam aos problemas antes de que os mesmos existam) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F15) Nos processos Operações Integradas que eu participo ou conheço, as decisões são corretamente tomadas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F16) Nos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço, as decisões são tomadas no tempo correto (isto é, não há atraso de decisão) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F17) Os processos nos quais eu participo no Piloto de Operações Integradas têm as tarefas com papéis e responsabilidades claras 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F18) Os processos nos quais eu participo no Piloto de Operações Integradas têm procedimentos claros e definidos 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Verificar o nível de proatividade das decisões nos processos de Operações Integradas. 1) Investigar o grau de adequação e estruturação dos redesenhos dos processos de Operações Integradas; 2) Entender a forma como as decisões são tomadas nos processos de Operações Integradas. Verificar a adequação das decisões por processo. Verificar a adequação dos redesenhos dos processos. 107 PERGUNTA F19) Existe elevada colaboração nos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço RESPOSTAS 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F20) Os processos e fluxos de trabalho de Operações Integradas, que eu participo, permitem uma maior integração entre os parceiros, fornecedores e prestadores de serviços de forma a tomar decisões melhores e mais rápidas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F21) Nos processos de Operações Integradas que eu conheço, os papéis e responsabilidades foram adaptados para suportar os novos ambientes colaborativos e a cultura de colaboração 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente OBJETIVOS ANÁLISE Diagnosticar o grau de colaboração dos processos. 1) Investigar o grau de adequação e estruturação dos redesenhos dos Diagnosticar o grau processos de Operações de integração Integradas; externa. 2) Entender a forma como as decisões são tomadas nos processos de Operações Integradas. Verificar a adequação dos redesenhos dos processos. V. ADEQUAÇÃO DOS TIMES DE OPERAÇÕES INTEGRADAS F22) Nos processos de Operações Integradas que eu participo, existe diversidade em termos de especialização profissional (times multidisciplinares e todas as disciplinas envolvidas são representadas) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Obter o grau de multidisciplinaridade por processo. F23) Nos processos Operações Integradas que eu participo, sempre existe redundância de profissionais (se um profissional se ausentar, outro o substitui com competência), isto é, os times são completos 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Diagnosticar a correta flexibilidade na composição dos times multidisciplinares. F24) Nos processos de Operações Integradas, que eu participo, sempre existe um líder 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F25) As pessoas sempre têm acesso ao correto treinamento para elevar o seu conhecimento e capacidade de utilizar a disponibilização de informação e soluções colaborativas para tomar decisões eficazes 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F26) O seu gerente apoia e incentiva a sua participação nos processos de Operações Integradas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1) Conhecer como estão formados os times dos processos de Operações Integradas; 2) Entender o perfil, grau de Perceber a liderança confiança e capacidade dos nos processos. times que participam das decisões dos processos de Operações Integradas; 3) Compreender o grau de patrocínio de cada processo. Analisar a necessidade de treinamento. Verificar o patrocínio local. 108 PERGUNTA RESPOSTAS F27) A sua participação nos processos de Operações Integradas é reconhecida e valorizada pelo seu gerente 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F28 Os membros dos times dos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço são sempre confiáveis 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente OBJETIVOS ANÁLISE Analisar a valorização das lideranças locais. Diagnosticar o grau de confiança. F29) Os dados e/ou a tecnologia dos processos de Operações Integradas são confiáveis 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1. Discordo totalmente F30) As pessoas que trabalham nos 2. Discordo em grande parte processos de Operações Integradas 3. Indiferente têm conhecimento holístico em várias 4. Concordo em grande parte áreas, com tratamento multidisciplinar 5. Concordo totalmente 1) Conhecer como estão formados os times dos processos de Operações Integradas; 2) Entender o perfil, grau de confiança e capacidade dos times que participam das decisões dos processos de Operações Integradas; 3) Compreender o grau de patrocínio de cada processo. 1. Discordo totalmente F31) Os times que trabalham comigo 2. Discordo em grande parte nos processos de Operações 3. Indiferente Integradas são produtivos e produzem 4. Concordo em grande parte decisões efetivas 5. Concordo totalmente F32) As tarefas (carga de trabalho) estão corretamente divididas nas equipes dos processo de Operações Integradas que eu conheço Entender a multidisciplinaridade dos membros dos times. Entender a efetividade das decisões. 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Diagnosticar a adequação da carga de trabalho. VI. ANÁLISE DA INFRA-ESTRUTURA DAS OPERAÇÕES INTEGRADAS F33) Os ambientes multidisciplinares são adequados aos processos de Operações Integradas que eu conheço F34) No projeto de Operações Integradas, as tecnologias são adequadas ao seu propósito 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1) Analisar a adequação da infra-estrutura dos processos de Operações Integradas; 2) Compreender a dimensão dos gaps de tecnologia e infra-estrutura. Verificar a adequação da tecnologia. 109 PERGUNTA RESPOSTAS OBJETIVOS ANÁLISE F35) Os dados dos processos de Operações Integradas que eu conheço são adequados 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Analisar a confiabilidade dos dados. F36) Os sistemas e ferramentas de integração são suficientes nos processos de Operações Integradas que eu conheço 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Diagnosticar a disponibilidade de soluções. F37) As informações dos processos de Operações Integradas que eu conheço são corretamente interpretadas e entendidas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F38) As tecnologias dos ambientes colaborativos são fáceis de utilizar 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1. Discordo totalmente F39) Todas as tecnologias ,necessárias 2. Discordo em grande parte ao correto desempenho dos processos 3. Indiferente de Operações Integradas que você 4. Concordo em grande parte conhece, já foram implantadas 5. Concordo totalmente F40) A infraestrutura de comunicação é adequada à nova filosofia das Operações Integradas (confiável, redundante e eficiente) 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente 1) Analisar a adequação da infra-estrutura dos processos de Operações Integradas; 2) Compreender a dimensão dos gaps de tecnologia e infra-estrutura. Analisar a utilização da informação. Diangosticar a acessibilidade das tecnologias. Prospectar a potencial necessidade de novas tecnologias. Entender a adequação da infraestutura de telecomunicações. 110 VII. ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS OPERAÇÕES INTEGRADAS PERGUNTA RESPOSTAS OBJETIVOS ANÁLISE F41) A sua gerência reconhece o papel das Operações Integradas e está alinhada a ele 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Avaliar efetividade da comunicação. F42) A estrutura organizacional da Unidade de Operações na Bacia de Santos está corretamente desenhada para as Operações Integradas 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Entender a adequação da estrutura organizacional às Operações Integradas. 1. Discordo totalmente F43) O sistema de recompensa e 2. Discordo em grande parte avanço de nível são compatíveis com a 3. Indiferente nova cultura das Operações Integradas 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Avaliar o sistema de recompensa em relação às Operações Integradas. 1) Diagnosticar o grau de alinhamento da organização com as Operações Integradas; 2) Entender a efetividade da Gestão de Mudança para a implantação das Operações Integradas. Diagnosticar o estímulo patrocinado pela organização às Operações Integradas. F44) A organização efetivamente promove, capacita e premia a cultura de inovação, que as Operações Integradas representam 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente F45) As Operações Integradas são patrocinadas corporativamente pelas gerências superiores, de forma visível pela organização 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Avaliar o patrocínio corporativo. F46) A organização suporta as Operações Integradas, de forma a ter integração e colaboração com parceiros, prestadores de serviço e fornecedores 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Verificar a aderência da integração com entidades externas na organização. F47) A Gestão de Mudança das Operações Integradas está sendo efetiva 1. Discordo totalmente 2. Discordo em grande parte 3. Indiferente 4. Concordo em grande parte 5. Concordo totalmente Avaliar a Gestão de Mudança. 111 EXTRAÇÃO DE CASES CENÁRIO Descrever aplicação prática das Operações Integradas com resultado. Podem ser casos históricos ou que se entenda que venham a ocorrer no futuro (neste caso, preencher o campo previsão). 1 2 3 4 5 BENEFÍCIOS INCIDÊNCIA PREVISÃO IMPACTOS PROBABILI Frequência em Para os Falar dos que o caso casos que ganhos pode ocorrer venhar a qualitativos (ex. 2/mês, se iniciar 1/ano) no futuro KPI Na Probabilida produção de de Kpi (bpd) ou ocorrência afetado custos (%) (US$) 112 ANEXO II – Questionário da Pesquisa Online Bloco 1 - Perfil do Participante Objetivo: identificar o perfil dos participantes da pesquisa Grupo 1 - Assinale apenas uma opção para item a seguir: 1.1 - Unidade na qual trabalha: Unidade de Operações Construção de Poços Implantação de Projetos Logísitica Engenharia Submarina 1.2 - Sua empresa: Próprio Terceirizado 1.3 - Grau de formação: Técnico Graduação Especialização MBA Mestrado Doutorado 1.4 - Experiência na indústria de petróleo: Trainee Até 5 anos De 5 a 10 anos De 10 a 20 anos Mais de 20 anos 1.5 - Grau de participação nos processos de Operações Integradas: Participo ativamento (tempo integral no Piloto de Operações Integradas) Participo de alguns processos, indo algumas vezes ao Piloto Não participo ainda de nenhum processo de Operações Integradas 113 Bloco 2 - Gestão do Conhecimento - Entendimento das Operações Integradas Objetivos: 1 - identificar o conhecimento do colaborador sobre o conceito, filosofia, Operações Integradas. 2 - diagnosticar a disseminação dos objetivos e direcionadores das Operações Integradas. Grupo 2 - Assinale a aderência a cada afirmação, utilizando a seguinte escala: Grau de Aderência 1 2 3 4 5 Discordo totalmente Discordo em grande parte Indiferente Concordo em grande parte Concordo totalmente Escala de Aderência S2.1 Eu entendo o conceito de Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] S2.2 A filosofia da "cebola" e as malhas (rápida, média e longa) fazem sentido para mim. [1] [2] [3] [4] [5] S2.3 Eu sei claramente quais são os objetivos e direcionadores das Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] Bloco 3 - Percepção dos benefícios Objetivos: 1 - identificar o grau de percepção dos benefícios das Operações Integradas pela força de trabalho. 2 - diagnosticar a compreensão da importância das Operações Integradas nos processos da empresa. Grupo 3 - Assinale a aderência a cada afirmação, utilizando a seguinte escala: Grau de Aderência 1 2 3 4 5 Discordo totalmente Discordo em grande parte Indiferente Concordo em grande parte Concordo totalmente Escala de Aderência S3.1 As Operações Integradas estão trazendo ganhos econômicos. [1] [2] [3] [4] [5] S3.2 As Operações Integradas estão melhorando a segurança das operações. [1] [2] [3] [4] [5] 114 S3.3 As Operações Integradas estão reduzindo nossos custos. [1] [2] [3] [4] [5] S3.4 As Operações Integradas estão aumentando a eficiência operacional (aumentando a produção). [1] [2] [3] [4] [5] S3.5 As Operações Integradas aumentarão o fator de recuperação dos reservatórios (aumentará de reservas). [1] [2] [3] [4] [5] Bloco 4 - Percepção de abrangência das Operações Integradas Objetivos: 1 - identificar novos processos que podem ser redesenhados para as Operações Integradas. 2 - verificar a adequação dos processos redesenhados para as Operações Integradas. Grupo 4 - Assinale a aderência a cada afirmação, utilizando a seguinte escala: Grau de Aderência 1 2 3 4 5 Discordo totalmente Discordo em grande parte Indiferente Concordo em grande parte Concordo totalmente Escala de Aderência S4.1 Os processos do Piloto de Operações Integradas que você conhece estão bem desenhados. [1] [2] [3] [4] [5] S4.2 As Operações Integradas podem ser aplicadas a outros processos, potencializando ganhos de eficiência, redução de custos e aumento de segurança. [1] [2] [3] [4] [5] S4.3 As Operações Integradas podem ser aplicadas a outras Unidades (LOG, SUB, etc) e Fornecedores (afretadas, companhias de serviço) para melhorar o nosso desempenho. [1] [2] [3] [4] [5] S4.4 As Operações Integradas podem ser diretamente aplicadas na plataforma, sonda ou estaleiro, com melhoria de eficiência e redução de custos (redesenho de processos na frente operacional). [1] [2] [3] [4] [5] Bloco 5 - Dimensão humana Objetivo: identificar aspectos humanos da implantação das Operações Integradas Grupo 5 - Assinale a aderência a cada afirmação, utilizando a seguinte escala: Grau de Aderência 1 2 3 4 5 Discordo totalmente Discordo em grande parte Indiferente Concordo em grande parte Concordo totalmente 115 Escala de Aderência S5.1 S5.2 S5.3 S5.4 Acredito que as Operações Integradas vão atingir seus objetivos. No meu grupo, todas as pessoas acreditam nas Operações Integradas, sem resistência nenhuma. As pessoas que trabalham nos processos de Operações Integradas são prestigiadas, sentem-se valorizadas e com orgulho de fazê-lo. Meu gerente imediato incentiva a participação do meu grupo em processos de Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] [1] [2] [3] [4] [5] [1] [2] [3] [4] [5] [1] [2] [3] [4] [5] Bloco 6 - Análise das lacunas de implantação Objetivo: identificar os gaps de implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos Grupo 6 - Assinale a aderência a cada afirmação, utilizando a seguinte escala: Grau de Aderência 1 2 3 4 5 Discordo totalmente Discordo em grande parte Indiferente Concordo em grande parte Concordo totalmente Escala de Aderência S6.1 A empresa conseguirá disponibilizar as pessoas com as competências necessárias para o correto desempenho dos processos de Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] S6.2 A infraestrutura correta (ambientes colaborativos, hardware, sistemas de visualização) será disponibilizada para os processos de Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] S6.3 As Operações Integradas contarão com sistemas e tecnologias de informação adequadas aos seus processos. [1] [2] [3] [4] [5] S6.4 A estrutura organizacional da Unidade de Operações na Bacia de Santos está corretamente desenhada para o futuro das Operações Integradas. [1] [2] [3] [4] [5] 116 ANEXO III – Mala-direta para os participantes da pesquisa online Você está sendo convidado para participar de um importante estudo da implantação das Operações Integradas na Bacia de Santos. A pesquisa tem como principal objetivo compreender e discutir as principais lacunas, conhecer a sua percepção do valor agregado neste projeto e prospectar novas potenciais oportunidades para o Gerenciamento Integrado de Operações. A sua participação é totalmente voluntária e a sua identidade será mantida com padrões profissionais de sigilo. Os dados obtidos serão tratados e consolidados e as informações prestadas serão estruturadas e utilizadas como instrumento para análise dos resultados. As questões são organizadas em blocos para facilitar a abordagem dos temas. Agradecemos antecipadamente a sua participação e apoio. Atenciosamente, Santos, julho de 2013 Equipe de Implantação das Operações Integradas 117 ANEXO IV – RESULTADOS DA PESQUISA ONLINE – CONSOLIDAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO DA MUDANÇA 118 GRÁFICO IV.1: Número de Respondentes da Pesquisa Online por Unidades Onde Estão Lotados (Total de Respondentes: 397) Fonte: o Autor GRÁFICO IV.2: Confronto do Número de Respondentes da Pesquisa Online (Empresa Estudada ou Terceirizada) Fonte: o Autor 119 GRÁFICO IV.3: Grau de Formação dos Respondentes da Pesquisa Online Fonte: o Autor GRÁFICO IV.4: Grau de Experiência dos Respondentes da Pesquisa Online Fonte: o Autor 120 GRÁFICO IV.5: Grau de Participação nos Processos de Operações Integradas dos Respondentes da Pesquisa Online Fonte: o Autor GRÁFICO IV.6: Médias para os Itens da Pesquisa Online, com destaque para os que estão abaixo da média Geral (igual a 3,44) Fonte: o Autor 121 PLANO DE GESTÃO DE MUDANÇA (AÇÕES GERAIS) 1 - PLANO DE MOBILIZAÇÃO 1.1 - Realizar Workshop de Alinhamento Gerencial, visando entender quais são as expectativas, minimizar ruídos de comunicação e buscar o apoio das lideranças para a disseminação da visão corporativa e entendimento sobre o que é o conceito de Operações Integradas a todos os empregados da Unidade e dos órgãos prestadores de serviço 1.2 - Realizar encontros periódicos com as lideranças e empregados envolvidos no projeto 1.3 - Realizar eventos de integração entre os participantes dos processos de Operações Integradas, buscando o fortalecimento da equipe com o objetivo do projeto. 2 - PLANO DE COMUNICAÇÃO 2.1 - Realizar reunião de apresentação do plano de Gestão de Mudança para os gerentes 2.2 - Elaborar a campanha de comunicação (folder, cartilhas, deptmail, jornais, mural eletrônico, Intranet, etc) 2.3 - Elaborar e enviar informes gerenciais , focando nos ganhos obtidos no projeto 3 - ANÁLISE DE IMPACTOS ORGANIZACIONAIS 3.1 - Identificar agentes de mudança para apoiar na mudança desejada 3.2 - Mediar as negociações de transferências internas com as lideranças 3.3 - Apresentar o plano de mudança aos dirigentes sindicais 4 - TREINAMENTO 4.1 - Estruturar os treinamentos comportamentais e de suporte que contribuam para a implantação das Operações Integradas 4.2 - Identificar e preparar os instrutores e multiplicadores para a execução das ações de treinamento de acordo com os processos mapeados 4.3 - Propor soluções educacionais de acordo com o público-alvo, perfil profissional e a natureza de cada novo processo TABELA IV.1: Matriz das Ações Genéricas de Gestão de Mudança Fonte: o Autor 122 GRUPO PERGUNTAS 06. Eu entendo o conceito de Operações Integradas. I 07. A filosofia da "cebola" e as malhas (rápida, média e longa) fazem sentido para mim. 08. Eu sei claramente quais são os objetivos e direcionadores das Operações Integradas. 09. As Operações Integradas estão trazendo ganhos econômicos. 10. As Operações Integradas estão melhorando a segurança das operações. 11. As Operações Integradas estão reduzindo nossos custos. II 12. As Operações Integradas estão aumentando a eficiência operacional (aumentando a produção). 13. As Operações Integradas aumentarão o fator de recuperação dos reservatórios (aumentará de reservas). AÇÕES - Realizar cursos rápidos e introdutórios sobre conceito e filosofia de Operações Integradas, - Divulgar a mídia de conceito (utilizada no Projeto Conceitual da implantação), - Elaborar uma "cartilha" introdutória ao conceito de Operações Integradas, - Efetuar visitas com os grupos das gerências ao piloto de Operações Integradas (com foco em conceito) - Promover visitas dos grupos das gerências ao piloto de Operações Integradas (com foco em valor), - Divulgar resultados das Operações Integradas nas mídias disponíveis (portal, jornal, etc). 14. Os processos do Piloto de Operações Integradas que você conhece estão bem desenhados. 15. As Operações Integradas podem ser aplicadas a outros processos, potencializando ganhos de eficiência, redução de custos e aumento de segurança. III 16. As Operações Integradas podem ser aplicadas a outras Unidades e Fornecedores (afretadas, companhias de serviço) para melhorar o nosso desempenho. - Realizar diagnóstico (com entrevistas) para definir os pontos de abrangência, 17. As Operações Integradas podem ser diretamente aplicadas na plataforma, sonda ou estaleiro, com melhoria de eficiência e redução de custos (redesenho de processos na frente operacional). 18. Acredito que as Operações Integradas vão atingir seus objetivos. 19. No meu grupo, todas as pessoas acreditam nas Operações Integradas, sem resistência nenhuma. IV V 20. As pessoas que trabalham nos processos de Operações Integradas são prestigiadas, sentem-se valorizadas e com orgulho de fazê-lo. 21. Meu gerente imediato incentiva a participação do meu grupo em processos das Operações Integradas. 22. A empresa conseguirá disponibilizar as pessoas com as competências necessárias para o correto desempenho dos processos das Operações Integradas. 23. A infraestrutura correta (ambientes colaborativos, hardware, sistemas de visualização) será disponibilizada para os processos das Operações Integradas. 24. As Operações Integradas contarão com sistemas e tecnologias de informação adequadas aos seus processos. 25. A estrutura organizacional da Unidade está corretamente desenhada para o futuro das Operações Integradas. - Realizar fóruns de discussão para potencializar os feedbacks e para diminuição das resistências, - Efetuar reuniões com os gerentes para ampliar patrocínio. - Efetuar diagnóstico com as gerências para definir os pontos de atenção. TABELA IV.2: Matriz das Ações de Gestão de Mudança por Temas (Pesquisa Online) Fonte: o Autor 123 PERGUNTA MÉDIA 06. Eu entendo o conceito de Operações Integradas. 3,57 07. A filosofia da "cebola" e as malhas (rápida, média e longa) fazem sentido para mim. 3,33 08. Eu sei claramente quais são os objetivos e direcionadores das Operações Integradas. 3,36 09. As Operações Integradas estão trazendo ganhos econômicos. 3,34 10. As Operações Integradas estão melhorando a segurança das operações. 3,40 11. As Operações Integradas estão reduzindo nossos custos. 3,23 12. As Operações Integradas estão aumentando a eficiência operacional (aumentando a produção). 13. As Operações Integradas aumentarão o fator de recuperação dos reservatórios (aumentarão de reservas). 14. Os processos do Piloto de Operações Integradas que você conhece estão bem desenhados. 3,24 2,98 3,17 15. As Operações Integradas podem ser aplicado a outros processos, potencializando ganhos de eficiência, redução de custos e aumento de segurança. 3,66 16. As Operações Integradas podem ser aplicadas a outras Unidades (Logística, etc) e Fornecedores (afretadas, companhias de serviço) para melhorar o nosso desempenho. 3,81 17. As Operações Integradas podem ser diretamente aplicadas na plataforma, sonda ou estaleiro, com melhoria de eficiência e redução de custos (redesenho de processos na frente operacional). 3,70 18. Acredito que as Operações Integradas vão atingir seus objetivos. 3,72 19. No meu grupo, todas as pessoas acreditam nas Operações Integradas, sem resistência nenhuma. 3,16 20. As pessoas que trabalham nos processos de Operações Integradas são prestigiadas, sentem-se valorizadas e com orgulho de fazê-lo. 3,52 21. Meu gerente imediato incentiva a participação do meu grupo em processos de Operações Integradas. 3,44 22. A empresa conseguirá disponibilizar as pessoas com as competências necessárias para o correto desempenho dos processos de Operações Integradas. 3,38 23. A infraestrutura correta (ambientes colaborativos, hardware, sistemas de visualização) será disponibilizada para os processos de Operações Integradas. 3,80 24. Operações Integradas contarão com sistemas e tecnologias de informação adequadas aos seus processos. 25. A estrutura organizacional da Unidade está corretamente desenhada para o futuro das Operações Integradas. MÉDIA GERAL TABELA IV.3: Média das Perguntas da Pesquisa Online Fonte: o Autor 3,83 3,20 3,16 124 GRÁFICO IV.7: Gerências Abaixo da Média para Entendimento do Conceito (Item 06 do Anexo II), Média = 3,57 - Fonte: o Autor 125 GRÁFICO IV.8: Gerências Abaixo da Média para Entendimento da Filosofia (Item 07 do Anexo II), Média = 3,33 - Fonte: o Autor 126 GRÁFICO IV.9: Gerências Abaixo da Média para Conhecimento dos Objetivos e Direcionadores (Item 08 do Anexo II), Média = 3,36 - Fonte: o Autor 127 GRÁFICO IV.10: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Ganhos Econômicos (Item 09 do Anexo II), Média = 3,34 - Fonte: o Autor 128 GRÁFICO IV.11: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Melhoria da Segurança das Operações (Item 10 – Anexo II), Média = 3,40 - Fonte: o Autor 129 GRÁFICO IV.12: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Diminuição de Custos (Item 11 do Anexo II), Média = 3,23 - Fonte: o Autor 130 GRÁFICO IV.13: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Melhoria da Eficiência Operacional (Item 12 do Anexo II), Média = 3,24 - Fonte: o Autor 131 GRÁFICO IV.14: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Aumento do Fator de Recuperação dos Reservatórios (Item 13 do Anexo II , Média = 2,98 Fonte: o Autor 132 GRÁFICO IV.15: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Redesenho de Processos (Item 14 do Anexo II), Média = 3,17 - Fonte: o Autor 133 GRÁFICO IV.16: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Abrangência para Outros Processos (Item 15 do Anexo II), Média = 3,66 - Fonte: o Autor 134 GRÁFICO IV.17: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Abrangência para Outras Unidades (Item 16 do Anexo II), Média = 3,81 - Fonte: o Autor 135 GRÁFICO IV.18: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Abrangência para a Frente Operacional (Item 17 do Anexo II), Média = 3,70 - Fonte: o Autor 136 GRÁFICO IV.19: Gerências Abaixo da Média para Confiança que as Operações Integradas vão atingir seus objetivos (Item 18 do Anexo II), Média = 3,72 - Fonte: o Autor 137 GRÁFICO IV.20: Gerências Abaixo da Média para Percepção do Grau de Confiança (Item 19 do Anexo II), Média = 3,16 - Fonte: o Autor 138 GRÁFICO IV.21: Gerências Abaixo da Média para Percepção de Prestígio e Orgulho (Item 20 do Anexo II), Média = 3,52 - Fonte: o Autor 139 GRÁFICO IV.22: Gerências Abaixo da Média para Patrocínio do Gerente Imediato (Item 21 do Anexo II), Média = 3,44 - Fonte: o Autor 140 GRÁFICO IV.23: Gerências Abaixo da Média para a Confiança na Disponibilização das Pessoas Necessárias aos Processos (Item 22 do Anexo II) , Média = 3,38 – Fonte: o Autor 141 GRÁFICO IV.24: Gerências Abaixo da Média para a Confiança na Disponibilização de Infraetrutura (Item 23 do Anexo II), Média = 3,80 – Fonte: o Autor 142 GRÁFICO IV.25: Gerências Abaixo da Média para a Confiança na Disponibilização de Soluções (Item 24 do Anexo II), Média = 3,83 - Fonte: o Autor 143 GRÁFICO IV.26: Gerências Abaixo da Média para a Percepção da Adequação da Organização (Item 25 do Anexo II) , Média = 3,20 - Fonte: o Autor 144 AS 10 GERÊNCIAS COM MAIOR PERCEPÇÃO AS 10 GERÊNCIAS COM MELHOR GESTÃO DE BENEFÍCIOS (Bloco 3, do questionário DE MUDANÇA (soma dos Blocos 2, 5 e 6 do do Anexo II) questionário do Anexo II) Gerência 11 Gerência 68 Gerência 22 Gerência 79 Gerência 67 Gerência 64 Gerência 16 Gerência 2 Gerência 58 Gerência 9 Gerência 67 Gerência 68 Gerência 16 Gerência 2 Gerência 66 Gerência 22 Gerência 79 Gerência 11 Gerência 1 Gerência 17 TABELA IV.4: Estudo Comparativo entre a Percepção de Valor e a Gestão de Mudança (Grau de Convergência de 70%) Fonte: o Autor GERÊNCIAS MAIS RANQUEADAS EM PERCEPÇÃO DE ABRANGÊNCIA (Bloco 4, do questionário do Anexo II) Gerência 11 Gerência 76 Gerência 67 Gerência 16 Gerência 68 Gerência 22 Gerência 66 Gerência 1 Gerência 10 Gerência 34 Gerência 79 Gerência 52 Gerência 17 Gerência 49 Gerência 71 Gerência 78 Gerência 9 Gerência 2 Gerência 3 Gerência 58 ÁREAS POTENCIAIS Logística Planejamento da Unidade de Operações Planejamento Integrado Desenho de soluções de negócio Infraestrutura de GIOp Planejamento da Unidade de Operações Redesenho de processos GIOp Infraestrutura predial Logística - armazenagem Ativo de produção Recursos humanos Engenharia de produção Tecnologia de informação e comunicação Engenharia de produção Planejamento da Unidade de Operações Recursos humanos Logística Construção de poços Construção de poços Exploração TABELA IV.5: Gerências Mais Ranqueadas na Percepção de Abrangência Fonte: o Autor 145 TABELA IV.6: Gerências com percentual de não-respondentes acima de 75% (média global) Fonte: o Autor 146 ANEXO V – RESULTADOS DO ESTUDO DE GANHOS POTENCIAIS Processos 01-Apoio Operacional 02-ReDia 04-Vigilância de Poço 05-Vigilância de Planta 06-Vigilância de Reservatório 07-Vigilância de Facilidades 08-Colaboração com Fornecedores 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 10-Complexo de Contingência 11-Engenharia Submarina 12-Gestão de Medição 13-Telemedicina 14-Planejamento Integrado 15-Manutenção Baseada na Condição 16-Integração de Projetos 17-Construção de Poços 18-Controle da Malha de Gás 20-Controle Remoto Número de Respondentes 7 17 6 17 7 5 6 8 6 5 7 2 7 7 10 9 3 8 2.Beneficios 6 3.Conceitual 3 4.Processos 8 5.Pessoas 11 6.Infraestrutura8 7.Organização 7 Geral Atual Futuro Valor Atual Futuro Valor Atual Futuro Valor Atual Futuro Valor Atual Futuro Valor Atual Futuro Valor 0,53 3,43 3,98 0,55 3,76 3,95 0,19 3,45 3,95 0,50 3,68 4,13 0,45 3,61 4,34 0,73 3,35 3,96 0,61 0,51 3,07 3,73 0,66 3,63 3,98 0,35 3,32 3,81 0,49 3,58 4,04 0,46 3,49 4,01 0,52 2,81 3,33 0,52 0,78 3,17 3,72 0,56 4,06 4,28 0,22 3,42 4,06 0,65 3,33 4,20 0,86 3,48 4,31 0,83 2,55 3,71 1,17 0,82 3,17 4,10 0,93 3,84 4,55 0,71 3,20 4,15 0,96 3,54 4,30 0,76 3,51 4,33 0,82 3,02 3,74 0,72 0,86 2,95 3,93 0,98 3,71 3,90 0,19 3,20 3,88 0,68 3,25 4,08 0,83 2,80 3,77 0,96 2,78 3,98 1,20 1,34 2,23 3,83 1,60 3,67 4,53 0,87 2,45 4,30 1,85 3,38 4,38 1,00 2,83 4,35 1,53 2,89 3,94 1,06 0,43 2,78 3,28 0,50 3,00 3,61 0,61 3,04 3,71 0,67 3,67 3,92 0,26 3,56 4,02 0,46 3,21 3,45 0,24 0,76 2,73 3,46 0,73 3,50 3,79 0,29 2,44 3,48 1,05 2,40 3,05 0,65 2,75 3,67 0,92 2,79 3,41 0,63 0,57 3,53 4,11 0,58 4,61 4,89 0,28 3,90 4,50 0,60 4,02 4,32 0,30 3,35 4,21 0,85 2,90 3,67 0,76 0,05 2,70 2,80 0,10 2,93 2,93 0,00 2,80 2,80 0,00 3,20 3,20 0,00 3,13 3,23 0,10 2,71 2,80 0,09 0,37 3,24 3,62 0,38 3,05 3,24 0,19 3,45 3,80 0,36 3,64 3,99 0,35 3,45 3,80 0,36 3,39 3,86 0,47 0,34 3,17 3,75 0,58 4,33 4,33 0,00 3,50 3,75 0,25 3,18 3,50 0,32 3,31 3,81 0,50 3,29 3,50 0,21 0,97 3,24 4,31 1,07 3,81 4,48 0,67 3,18 4,45 1,27 3,69 4,53 0,84 3,25 4,20 0,95 3,47 4,37 0,90 0,95 2,71 4,05 1,33 3,57 4,33 0,76 3,02 4,29 1,27 3,49 4,26 0,77 2,84 3,95 1,11 3,16 3,59 0,43 0,85 2,60 3,73 1,13 2,80 3,50 0,70 2,29 3,39 1,10 2,57 3,44 0,86 2,98 3,46 0,49 2,56 3,31 0,76 0,06 3,35 3,48 0,13 2,63 2,70 0,07 3,24 3,39 0,15 2,97 3,00 0,03 2,81 2,79 0,00 2,21 2,24 0,03 0,66 3,61 4,06 0,44 3,56 4,44 0,89 3,58 4,29 0,71 3,73 4,42 0,70 3,29 4,08 0,79 2,86 3,33 0,48 0,81 2,56 3,46 0,90 3,63 4,29 0,67 3,48 4,25 0,77 3,43 4,22 0,78 3,36 4,31 0,95 2,57 3,32 0,75 TABELA V.1: Resultados do Estudo de Ganhos Potenciais, por processo e por cluster de perguntas (considerando visão atual e futura) Fonte: o Autor 147 148 GRÁFICO V.1: Experiência dos entrevistados no Estudo de Ganhos Potenciais Fonte: o Autor GRÁFICO V.2: Formação dos entrevistados no Estudo de Ganhos Potenciais Fonte: o Autor GRÁFICO V.3: Papel dos entrevistados no Estudo de Ganhos Potenciais Fonte: o Autor 149 GRÁFICO V.4: Quantidade de entrevistados do Estudo de Ganhos Potenciais (em percentual) Fonte: o Autor a) Apoio Operacional b) ReDia c) Vigilância de Poço d) Vigilância de Planta e) Vigilância de Reservatório f) Vigilância de Facilidades GRÁFICO V.5: Estudo de Ganho Potencial por processos de Operações Integradas Fonte: o Autor 150 g) Colaboração com Fornecedores h) Estruturação da Operação das Unidades Próprias i) Complexo de Contingência j) Engenharia Submarina k) Gestão de Medição l) Telemedicina GRÁFICO V.6: Estudo de Ganho Potencial por processos de Operações Integradas Fonte: o Autor 151 m) Planejamento Integrado n) Manutenção Baseada na Condição o) Integração de Projetos p) Construção de Poços q) Controle da Malha de Gás r) Controle Remoto GRÁFICO V.7: Estudo de Ganho Potencial por processos de Operações Integradas Fonte: o Autor 152 153 Tabelas a seguir: priorização dos processos, utilizando o Estudo de Ganhos Potenciais para os clusters pesquisados (Anexo I), considerando a média dos itens e a diferença entre a visão de futuro e de presente. 154 PROCESSOS (V.2.) 17-Construção de Poços 16-Integração de Projetos 11-Engenharia Submarina 08-Colaboração com Fornecedores 12-Gestão de Medição 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 18-Controle da Malha de Gás 15-Manutenção Baseada na Condição 20-Controle Remoto 02-ReDia 07-Vigilância de Facilidades 06-Vigilância de Reservatório 01-Apoio Operacional 14-Planejamento Integrado 05-Vigilância de Planta 04-Vigilância de Poço 13-Telemedicina 10-Complexo de Contingência COMPREENSÃO CONCEITUAL (VISÃO ATUAL) 2,63 2,80 2,93 3,00 3,05 3,50 3,56 3,57 3,63 3,63 3,67 3,71 3,76 3,81 3,84 4,06 4,33 4,61 TABELA V.2: Priorização dos processos com percepção de menor compreensão conceitual atual (abaixo da média geral = 3,56) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.3.) 18-Controle da Malha de Gás 07-Vigilância de Facilidades 15-Manutenção Baseada na Condição 05-Vigilância de Planta 16-Integração de Projetos 14-Planejamento Integrado 20-Controle Remoto 08-Colaboração com Fornecedores 02-ReDia 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 10-Complexo de Contingência 04-Vigilância de Poço 01-Apoio Operacional 12-Gestão de Medição 06-Vigilância de Reservatório 17-Construção de Poços 11-Engenharia Submarina 13-Telemedicina POTENCIAL DE COMPREENSÃO CONCEITUAL 0,89 0,87 0,76 0,71 0,70 0,67 0,67 0,61 0,35 0,29 0,28 0,22 0,19 0,19 0,19 0,07 0,00 0,00 TABELA V.3: Priorização dos processos com percepção de maior potencial de compreensão conceitual (acima da média geral =0,43) - Fonte: o Autor 155 PROCESSOS (V.4.) 16-Integração de Projetos 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 07-Vigilância de Facilidades 11-Engenharia Submarina 15-Manutenção Baseada na Condição 08-Colaboração com Fornecedores 14-Planejamento Integrado 06-Vigilância de Reservatório 05-Vigilância de Planta 17-Construção de Poços 02-ReDia 04-Vigilância de Poço 01-Apoio Operacional 12-Gestão de Medição 20-Controle Remoto 13-Telemedicina 18-Controle da Malha de Gás 10-Complexo de Contingência REDESENHO DE PROCESSOS (VISÃO ATUAL) 2,29 2,44 2,45 2,80 3,02 3,04 3,18 3,20 3,20 3,24 3,32 3,42 3,45 3,45 3,48 3,50 3,58 3,90 TABELA V.4: Priorização dos processos com percepção de menor adequação atual dos processos (abaixo da média geral = 3,16) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.5.) 07-Vigilância de Facilidades 14-Planejamento Integrado 15-Manutenção Baseada na Condição 16-Integração de Projetos 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 05-Vigilância de Planta 20-Controle Remoto 18-Controle da Malha de Gás 06-Vigilância de Reservatório 08-Colaboração com Fornecedores 04-Vigilância de Poço 10-Complexo de Contingência 01-Apoio Operacional 02-ReDia 12-Gestão de Medição 13-Telemedicina 17-Construção de Poços 11-Engenharia Submarina MAIOR POTENCIAL DE REDESENHO 1,85 1,27 1,27 1,10 1,05 0,96 0,77 0,71 0,68 0,67 0,65 0,60 0,50 0,49 0,36 0,25 0,15 0,00 TABELA V.5: Priorização dos processos com percepção de maior potencial de redesenho de processos (acima da média geral = 0,74) - Fonte: o Autor 156 PROCESSOS (V.6.) 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 16-Integração de Projetos 17-Construção de Poços 13-Telemedicina 11-Engenharia Submarina 06-Vigilância de Reservatório 04-Vigilância de Poço 07-Vigilância de Facilidades 20-Controle Remoto 15-Manutenção Baseada na Condição 05-Vigilância de Planta 02-ReDia 12-Gestão de Medição 08-Colaboração com Fornecedores 01-Apoio Operacional 14-Planejamento Integrado 18-Controle da Malha de Gás 10-Complexo de Contingência ADEQUAÇÃO DAS EQUIPES (VISÃO ATUAL) 2,40 2,57 2,97 3,18 3,20 3,25 3,33 3,38 3,43 3,49 3,54 3,58 3,64 3,67 3,68 3,69 3,73 4,02 TABELA V.6: Priorização dos processos com percepção de menor adequação das equipes (abaixo da média geral = 3,37) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.7.) 07-Vigilância de Facilidades 04-Vigilância de Poço 16-Integração de Projetos 14-Planejamento Integrado 06-Vigilância de Reservatório 20-Controle Remoto 15-Manutenção Baseada na Condição 05-Vigilância de Planta 18-Controle da Malha de Gás 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 02-ReDia 01-Apoio Operacional 12-Gestão de Medição 13-Telemedicina 10-Complexo de Contingência 08-Colaboração com Fornecedores 17-Construção de Poços 11-Engenharia Submarina POTENCIAL DE ADEQUAÇÃO DAS EQUIPES 1,00 0,86 0,86 0,84 0,83 0,78 0,77 0,76 0,70 0,65 0,46 0,45 0,35 0,32 0,30 0,26 0,03 0,00 TABELA V.7 Priorização dos processos com percepção de maior potencial de adequação das equipes (acima da média geral = 0,57) - Fonte: o Autor 157 PROCESSOS (V.8.) 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 06-Vigilância de Reservatório 17-Construção de Poços 07-Vigilância de Facilidades 15-Manutenção Baseada na Condição 16-Integração de Projetos 11-Engenharia Submarina 14-Planejamento Integrado 18-Controle da Malha de Gás 13-Telemedicina 10-Complexo de Contingência 20-Controle Remoto 12-Gestão de Medição 04-Vigilância de Poço 02-ReDia 05-Vigilância de Planta 08-Colaboração com Fornecedores 01-Apoio Operacional ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA (VISÃO ATUAL) 2,75 2,80 2,81 2,83 2,84 2,98 3,13 3,25 3,29 3,31 3,35 3,36 3,45 3,48 3,49 3,51 3,56 3,61 TABELA V.8: Priorização dos processos com percepção de menor adequação da infraestrutura (abaixo da média geral = 3,21) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.9.) 07-Vigilância de Facilidades 15-Manutenção Baseada na Condição 06-Vigilância de Reservatório 20-Controle Remoto 14-Planejamento Integrado 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 10-Complexo de Contingência 04-Vigilância de Poço 05-Vigilância de Planta 18-Controle da Malha de Gás 01-Apoio Operacional 02-ReDia 13-Telemedicina 16-Integração de Projetos 08-Colaboração com Fornecedores 12-Gestão de Medição 11-Engenharia Submarina 17-Construção de Poços POTENCIAL DE ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA 1,53 1,11 0,96 0,95 0,95 0,92 0,85 0,83 0,82 0,79 0,73 0,52 0,50 0,49 0,46 0,36 0,10 0,00 TABELA V.9: Priorização dos processos com percepção de maior potencial de adequação da infraestrutura (acima da média geral = 0,72) Fonte: o Autor 158 PROCESSOS (V.10.) 17-Construção de Poços 04-Vigilância de Poço 16-Integração de Projetos 20-Controle Remoto 11-Engenharia Submarina 06-Vigilância de Reservatório 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 02-ReDia 18-Controle da Malha de Gás 07-Vigilância de Facilidades 10-Complexo de Contingência 05-Vigilância de Planta 15-Manutenção Baseada na Condição 08-Colaboração com Fornecedores 13-Telemedicina 01-Apoio Operacional 12-Gestão de Medição 14-Planejamento Integrado ADEQUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO (VISÃO ATUAL) 2,21 2,55 2,56 2,57 2,71 2,78 2,79 2,81 2,86 2,89 2,90 3,02 3,16 3,21 3,29 3,35 3,39 3,47 TABELA V.10: Priorização dos processos com percepção de menor adequação da organização (abaixo da média geral = 2,92) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.11.) 06-Vigilância de Reservatório 04-Vigilância de Poço 07-Vigilância de Facilidades 14-Planejamento Integrado 10-Complexo de Contingência 16-Integração de Projetos 20-Controle Remoto 05-Vigilância de Planta 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 01-Apoio Operacional 02-ReDia 18-Controle da Malha de Gás 12-Gestão de Medição 15-Manutenção Baseada na Condição 08-Colaboração com Fornecedores 13-Telemedicina 11-Engenharia Submarina 17-Construção de Poços POTENCIAL DE ADEQUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 1,20 1,17 1,06 0,90 0,76 0,76 0,75 0,72 0,63 0,61 0,52 0,48 0,47 0,43 0,24 0,21 0,09 0,03 TABELA V.11: Priorização dos processos com percepção de maior potencial de adequação da organização (acima da média geral = 0,61) - Fonte: o Autor 159 PROCESSOS (V.12.) 18-Controle da Malha de Gás 10-Complexo de Contingência 01-Apoio Operacional 17-Construção de Poços 12-Gestão de Medição 14-Planejamento Integrado 04-Vigilância de Poço 05-Vigilância de Planta 13-Telemedicina 02-ReDia 06-Vigilância de Reservatório 08-Colaboração com Fornecedores 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 15-Manutenção Baseada na Condição 11-Engenharia Submarina 16-Integração de Projetos 20-Controle Remoto 07-Vigilância de Facilidades PERCEPÇÃO DE GANHOS (VISÃO ATUAL) 3,61 3,53 3,43 3,35 3,24 3,24 3,17 3,17 3,17 3,07 2,95 2,78 2,73 2,71 2,70 2,60 2,56 2,23 TABELA V.12: Processos com percepção de maior ganho (visão atual) (acima da média geral = 3,01) - Fonte: o Autor PROCESSOS (V.13.) 07-Vigilância de Facilidades 15-Manutenção Baseada na Condição 16-Integração de Projetos 14-Planejamento Integrado 06-Vigilância de Reservatório 05-Vigilância de Planta 20-Controle Remoto 09-Estruturação da Operação das Unidades Próprias 02-ReDia 13-Telemedicina 10-Complexo de Contingência 04-Vigilância de Poço 01-Apoio Operacional 08-Colaboração com Fornecedores 18-Controle da Malha de Gás 12-Gestão de Medição 17-Construção de Poços 11-Engenharia Submarina POTENCIAL DE GANHO 1,60 1,33 1,13 1,07 0,98 0,93 0,90 0,73 0,66 0,58 0,58 0,56 0,55 0,50 0,44 0,38 0,13 0,10 TABELA V.13: Processos com percepção de maior potencial de ganho (acima da média geral = 0,73) - Fonte: o Autor 160 PERGUNTAS F5) Os processos de Operações Integradas que você participa (ou conhece) trazem ganhos econômicos F6) Existem melhorias na segurança das operações com os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece F7) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em redução de custos F8) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em aumento de eficiência (aumento da produção) - Promover visitas dos grupos das gerências ao piloto de Operações Integradas (com foco em valor), - Divulgar resultados das Operações Integradas nas midias disponíveis (portal, jornal, etc). III (CONCEITO) F9) Os processos de Operações Integradas que você participa ou conhece implicam em aumento do fator de recuperação dos reservatórios (aumento de reservas) F10) A filosofia de Operações Integradas pode ser aplicada a outros processos, potencializando ganhos de eficiência, redução de custos e aumento de segurança AÇÕES - Realizar cursos rápidos e introdutórios sobre conceito e filosofia de Operações F11) Eu entendo o conceito de Operações Integradas Integradas, - Divulgar a mídia de conceito (utilizada no Projeto Conceitual), - Elaborar uma "cartilha" introdutória ao F12) A filosofia da "cebola" e as malhas (rápida, média e longa) fazem conceito de Operações Integradas, sentido para mim - Mensagem nos crachás e macacões e peça lembrete para mesa de trabalho, - Efetuar visitas com os grupos das gerências F13) Eu sei claramente quais são os objetivos das Operações ao piloto de Operações Integradas (com foco Integradas em conceito) IV (PROCESSOS) II (BENEFÍCIOS) GRUPO F14) Os processos nos quais eu participa no Piloto de Operações Integradas são proativos (antecipam aos problemas antes de que os mesmos existam) F15) Nos processos Operações Integradas que eu participo ou conheço, as decisões são corretamente tomadas F16) Nos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço, as decisões são tomadas no tempo correto (isto é, não há atraso de decisão) F17) Os processos nos quais eu participo no Piloto de Operações Integradas têm as tarefas com papéis e responsabilidades claras F18) Os processos nos quais eu participo no Piloto de Operações Integradas têm procedimentos claros e definidos F19) Existe elevada colaboração nos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço F20) Os processos e fluxos de trabalho de Operações Integradas, que eu participo, permitem uma maior integração entre os parceiros, fornecedores e prestadores de serviços de forma a tomar decisões melhores e mais rápidas F21) Nos processos de Operações Integradas que eu conheço, os papéis e responsabilidades foram adaptados para suportar os novos ambientes colaborativos e a cultura de colaboração - Realizar diagnóstico (com entrevistas) para definir os pontos de atuação, [ CONTINUA ] 161 VII (ORGANIZAÇÃO) VI (INFRAESTRUTURA) V (PESSOAS) GRUPO PERGUNTAS F22) Nos processos de Operações Integradas que eu participo, existe diversidade em termos de especialização profissional (times multidisciplinares e todas as disciplinas envolvidas são representadas) F23) Nos processos Operações Integradas que eu participo, sempre existe redundância de profissionais (se um profissional se ausentar, outro o substitui com competência), isto é, os times são completos F24) Nos processos de Operações Integradas, que eu participo, sempre existe um líder F25) As pessoas sempre têm acesso ao correto treinamento para elevar o seu conhecimento e capacidade de utilizar a disponibilização de informação e soluções colaborativas para tomar decisões eficazes F26) O meu gerente apoia e incentiva a sua participação nos processos de Operações Integradas F27) A minha participação nos processos de Operações Integradas é reconhecida e valorizada pelo meu gerente F28 Os membros dos times dos processos de Operações Integradas que eu participo ou conheço são sempre confiáveis F29) Os dados e/ou a tecnologia dos processos de Operações Integradas são confiáveis F30) As pessoas que trabalham nos processos de Operações Integradas têm conhecimento holístico em várias áreas, com tratamento multidisciplinar F31) Os times que trabalham comigo nos processos de Operações Integradas são produtivos e produzem decisões efetivas F32) As tarefas (carga de trabalho) estão corretamente divididas nas equipes dos processo de Operações Integradas que eu conheço F33) Os ambientes multidisciplinares são adequados aos processos de Operações Integradas que eu conheço F34) No projeto de Operações Integradas, as tecnologias são adequadas ao seu propósito F35) Os dados dos processos de Operações Integradas que eu conheço são adequados F36) Os sistemas e ferramentas de integração são suficientes nos processos de Operações Integradas que eu conheço F37) As informações dos processos de Operações Integradas que eu conheço são corretamente interpretadas e entendidas F38) As tecnologias dos ambientes colaborativos são fáceis de utilizar F39) Todas as tecnologias, necessárias ao correto desempenho dos processos de Operações Integradas que eu conheço, já foram implantadas F40) A infraestrutura de comunicação é adequada à nova filosofia das Operações Integradas (confiável, redundante e eficiente) F41) A sua gerência reconhece o papel das Operações Integradas e está alinhada a ele F42) A estrutura organizacional da Unidade de Operações na Bacia de Santos está corretamente desenhada para as Operações Integradas F43) O sistema de recompensa e avanço de nível são compatíveis com a nova cultura das Operações Integradas F44) A organização efetivamente promove, capacita e premia a cultura de inovação, que as Operações Integradas representam F45) As Operações Integradas são patrocinadas corporativamente pelas gerências superiores, de forma visível pela organização F46) A organização suporta as Operações Integradas, de forma a ter integração e colaboração com parceiros, prestadores de serviço e fornecedores F47) A Gestão de Mudança das Operações Integradas está sendo efetiva AÇÕES - Realizar fóruns de discussão para potencializar os feedbacks e para diminuição das resistências, - Efetuar reuniões com os gerentes para ampliar patrocínio, - Analisar as pesquisas de ambiência para auxiliar no diagnóstico, - Efetuar diagnóstico com as gerências para definir os pontos de atenção e definir ações de mitigação, - Esclarecer o processo de recompensa, avanço de nível e GD, - Apresentar a estratégia de treinamento, - Efetuar reuniões com os gerentes para ampliar patrocínio, TABELA V.14: Matriz das Ações de Gestão de Mudança por Temas (Estudo de Ganhos Potenciais) Fonte: o Autor 162 ANEXO VI – RESULTADOS DO ALFA DE CROMBACH (MINITAB - Versão 16) a) PESQUISA ONLINE Bloco 2 - Gestão do Conhecimento - Entendimento de Operações Integradas Item Analysis of Resposta 6; Resposta 7; Resposta 8 Cronbach's Alpha = 0,8469 Omitted Item Statistics Omitted Variable Resposta 6 Resposta 7 Resposta 8 Adj. Total Mean 6,690 6,927 6,897 Adj. Total StDev 1,951 1,743 1,822 Item-Adj. Total Corr 0,7192 0,6836 0,7683 Squared Multiple Corr 0,5459 0,4722 0,6028 Cronbach's Alpha 0,7932 0,8345 0,7355 Bloco 3 - Percepção dos benefícios Item Analysis of Resposta 9; Resposta 10; Resposta 11; Resposta 12; Resposta 13 Cronbach's Alpha = 0,9384 Omitted Item Statistics Omitted Variable Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta 9 10 11 12 13 Adj. Total StDev 3,664 3,655 3,644 3,611 3,693 Adj. Total Mean 12,846 12,783 12,960 12,950 13,207 Item-Adj. Total Corr 0,8504 0,8582 0,8710 0,8912 0,7147 Squared Multiple Corr 0,7522 0,7537 0,7861 0,7961 0,5365 Cronbach's Alpha 0,9213 0,9199 0,9175 0,9136 0,9477 Bloco 4 - Percepção de abrangência das Operações Integradas Item Analysis of Resposta 14; Resposta 15; Resposta 16; Resposta 17 Cronbach's Alpha = 0,8901 Omitted Item Statistics Omitted Variable Resposta 14 Resposta 15 Resposta 16 Adj. Total Mean 11,174 10,680 10,531 Adj. Total StDev 2,882 2,652 2,638 Item-Adj. Total Corr 0,6063 0,8212 0,8362 Squared Multiple Corr 0,3834 0,6893 0,7406 Cronbach's Alpha 0,9113 0,8342 0,8282 163 Resposta 17 10,642 2,677 0,7778 0,6592 0,8511 Bloco 5 - Dimensão humana Item Analysis of Resposta 18; Resposta 19; Resposta 20; Resposta 21 Cronbach's Alpha = 0,8272 Omitted Item Statistics Omitted Variable Resposta Resposta Resposta Resposta 18 19 20 21 Adj. Total StDev 2,744 2,642 2,858 2,741 Adj. Total Mean 10,116 10,683 10,320 10,398 Item-Adj. Total Corr 0,7079 0,7672 0,6046 0,5557 Squared Multiple Corr 0,5639 0,6148 0,3870 0,3342 Cronbach's Alpha 0,7586 0,7280 0,8036 0,8330 Bloco 6 - Análise das lacunas de implantação Item Analysis of Resposta 22; Resposta 23; Resposta 24; Resposta 25 Cronbach's Alpha = 0,8609 Omitted Item Statistics Omitted Variable Resposta Resposta Resposta Resposta 22 23 24 25 Adj. Total Mean 10,829 10,408 10,378 11,013 Adj. Total StDev 2,551 2,499 2,488 2,519 Item-Adj. Total Corr 0,6645 0,7727 0,7714 0,6321 Squared Multiple Corr 0,4439 0,6669 0,6639 0,4010 Cronbach's Alpha 0,8400 0,7967 0,7966 0,8562 164 b) ESTUDO DE GANHOS POTENCIAIS Bloco 2 - BENEFÍCIOS QUALITATIVOS DAS OPERAÇÕES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 5; Atual 6; Atual 7; Atual 8; Atual 9; Atual 10 Cronbach's Alpha = 0,8501 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 5 Atual 6 Atual 7 Atual 8 Atual 9 Atual 10 Adj. Total Mean 14,847 14,993 14,964 14,927 15,854 14,672 Adj. Total StDev 3,914 3,957 3,874 3,830 4,014 4,166 Item-Adj. Total Corr 0,6948 0,6300 0,7612 0,7692 0,5341 0,4336 Squared Multiple Corr 0,5174 0,5026 0,6138 0,6466 0,3691 0,2330 Cronbach's Alpha 0,8137 0,8261 0,8013 0,7985 0,8450 0,8606 Item Analysis of Futuro 5; Futuro 6; Futuro 7; Futuro 8; Futuro 9; Futuro 10 Cronbach's Alpha = 0,8037 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 5 Futuro 6 Futuro 7 Futuro 8 Futuro 9 Futuro 10 Adj. Total Mean 18,467 18,730 18,569 18,584 19,891 18,679 Adj. Total StDev 3,783 3,741 3,749 3,725 3,780 3,911 Item-Adj. Total Corr 0,7257 0,5493 0,7091 0,6701 0,3584 0,5028 Squared Multiple Corr 0,6600 0,4542 0,6451 0,4950 0,2520 0,2837 Cronbach's Alpha 0,7439 0,7764 0,7438 0,7492 0,8390 0,7858 165 Bloco 3 - COMPREENSÃO CONCEITUAL DAS OPERAÇOES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 11; Atual 12; Atual 13 Cronbach's Alpha = 0,8018 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 11 Atual 12 Atual 13 Adj. Total Mean 6,971 7,146 7,051 Adj. Total StDev 1,778 1,565 1,708 Item-Adj. Total Corr 0,7265 0,5838 0,6919 Squared Multiple Corr 0,5805 0,3439 0,5606 Cronbach's Alpha 0,6795 0,8435 0,6879 Item Analysis of Futuro 11; Futuro 12; Futuro 13 Cronbach's Alpha = 0,8878 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 11 Futuro 12 Futuro 13 Adj. Total Mean 7,891 8,095 7,854 Adj. Total StDev 1,962 1,843 1,861 Item-Adj. Total Corr 0,8358 0,6885 0,8517 Squared Multiple Corr 0,8044 0,4766 0,8167 Cronbach's Alpha 0,8069 0,9419 0,7786 166 Bloco 4 - ADEQUAÇÃO DOS PROCESSOS DE OPERAÇÕES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 14; Atual 15; Atual 16; Atual 17; Atual 18; ... Atual 21 Cronbach's Alpha = 0,9005 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 14 Atual 15 Atual 16 Atual 17 Atual 18 Atual 19 Atual 20 Atual 21 Adj. Total Mean 21,869 21,555 21,942 22,139 22,219 21,657 22,292 22,248 Adj. Total StDev 5,514 5,659 5,552 5,487 5,447 5,559 5,522 5,578 Item-Adj. Total Corr 0,7276 0,6447 0,7037 0,7374 0,7259 0,7048 0,6297 0,6345 Squared Multiple Corr 0,5669 0,5088 0,6073 0,6365 0,6058 0,5129 0,4860 0,5068 Cronbach's Alpha 0,8842 0,8918 0,8865 0,8832 0,8843 0,8864 0,8939 0,8927 Item Analysis of Futuro 14; Futuro 15; Futuro 16; Futuro 17; Futuro 18; ... Futuro 21 Cronbach's Alpha = 0,9111 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 14 Futuro 15 Futuro 16 Futuro 17 Futuro 18 Futuro 19 Futuro 20 Futuro 21 Adj. Total Mean 27,153 27,066 27,190 27,314 27,401 27,029 27,526 27,445 Adj. Total StDev 5,828 5,978 5,833 5,615 5,567 5,820 5,537 5,661 Item-Adj. Total Corr 0,7126 0,6066 0,7113 0,7706 0,8165 0,7208 0,7256 0,6770 Squared Multiple Corr 0,5147 0,4915 0,6076 0,7093 0,7426 0,5856 0,5881 0,5771 Cronbach's Alpha 0,9000 0,9082 0,9002 0,8943 0,8900 0,8994 0,9000 0,9035 167 Bloco 5 - ADEQUAÇÃO DOS TIMES DE OPERAÇÕES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 22; Atual 23; Atual 24; Atual 25; Atual 26; ... Atual 32 Cronbach's Alpha = 0,8906 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 22 Atual 23 Atual 24 Atual 25 Atual 26 Atual 27 Atual 28 Atual 29 Atual 30 Atual 31 Atual 32 Adj. Total Mean 33,745 33,942 33,489 34,117 33,343 33,555 33,029 33,343 34,007 33,460 33,971 Adj. Total StDev 7,842 7,900 7,802 7,895 7,797 7,653 7,830 8,159 7,762 7,797 7,744 Item-Adj. Total Corr 0,6304 0,4743 0,5849 0,5696 0,6446 0,6609 0,6580 0,4566 0,7140 0,6911 0,6845 Squared Multiple Corr 0,4595 0,3600 0,4075 0,3502 0,7528 0,7712 0,4860 0,3716 0,5782 0,5277 0,5333 Cronbach's Alpha 0,8799 0,8906 0,8829 0,8835 0,8790 0,8781 0,8784 0,8893 0,8750 0,8764 0,8765 Item Analysis of Futuro 22; Futuro 23; Futuro 24; Futuro 25; Futuro 26; ... Futuro 32 Cronbach's Alpha = 0,9177 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 22 Futuro 23 Futuro 24 Futuro 25 Futuro 26 Futuro 27 Futuro 28 Futuro 29 Futuro 30 Futuro 31 Futuro 32 Adj. Total Mean 39,445 39,577 39,438 39,715 39,453 39,533 39,109 39,292 39,723 39,358 39,664 Adj. Total StDev 8,319 8,381 8,302 8,242 8,251 8,178 8,394 8,466 8,062 8,351 8,106 Item-Adj. Total Corr 0,7058 0,5633 0,6390 0,6315 0,6982 0,6950 0,6482 0,6079 0,8111 0,7291 0,7517 Squared Multiple Corr 0,5372 0,4051 0,4841 0,5154 0,8012 0,7981 0,4788 0,5600 0,7354 0,5817 0,6231 Cronbach's Alpha 0,9090 0,9159 0,9121 0,9129 0,9091 0,9094 0,9117 0,9135 0,9030 0,9084 0,9063 168 Bloco 6 - ADEQUAÇÃO DOS TIMES DE OPERAÇÕES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 33; Atual 34; Atual 35; Atual 36; Atual 37; ... Atual 40 Cronbach's Alpha = 0,8626 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 33 Atual 34 Atual 35 Atual 36 Atual 37 Atual 38 Atual 39 Atual 40 Adj. Total Mean 22,438 22,248 22,416 22,657 22,635 22,569 23,292 22,876 Adj. Total StDev 5,089 5,058 5,167 5,072 5,125 5,067 5,240 5,263 Item-Adj. Total Corr 0,6845 0,7397 0,5888 0,6663 0,6100 0,6791 0,4855 0,4510 Squared Multiple Corr 0,5306 0,6020 0,4383 0,4783 0,4240 0,5044 0,3662 0,2325 Cronbach's Alpha 0,8377 0,8318 0,8484 0,8395 0,8460 0,8380 0,8601 0,8642 Item Analysis of Futuro 33; Futuro 34; Futuro 35; Futuro 36; Futuro 37; ... Futuro 40 Cronbach's Alpha = 0,9110 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 33 Futuro 34 Futuro 35 Futuro 36 Futuro 37 Futuro 38 Futuro 39 Futuro 40 Adj. Total Mean 27,350 27,226 27,438 27,540 27,635 27,555 27,942 27,584 Adj. Total StDev 6,257 6,407 6,363 6,300 6,238 6,239 6,366 6,338 Item-Adj. Total Corr 0,8159 0,7547 0,7417 0,7346 0,7603 0,7699 0,5551 0,6193 Squared Multiple Corr 0,7455 0,6592 0,6090 0,6004 0,6196 0,6343 0,3560 0,4157 Cronbach's Alpha 0,8909 0,8971 0,8974 0,8975 0,8951 0,8943 0,9151 0,9082 169 Bloco 7 - ANÁLISE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS OPERAÇÕES INTEGRADAS Item Analysis of Atual 41; Atual 42; Atual 43; Atual 44; Atual 45; ... Atual 47 Cronbach's Alpha = 0,8332 Omitted Item Statistics Omitted Variable Atual 41 Atual 42 Atual 43 Atual 44 Atual 45 Atual 46 Atual 47 Adj. Total Mean 16,606 17,285 17,993 17,591 16,956 17,277 17,518 Adj. Total StDev 4,863 4,885 4,806 4,727 4,888 4,779 4,996 Item-Adj. Total Corr 0,6178 0,5709 0,5671 0,6384 0,5742 0,6233 0,4815 Squared Multiple Corr 0,4428 0,3657 0,4625 0,5067 0,4106 0,4051 0,2589 Cronbach's Alpha 0,8054 0,8123 0,8134 0,8011 0,8118 0,8037 0,8255 Item Analysis of Futuro 41; Futuro 42; Futuro 43; Futuro 44; Futuro 45; ... Futuro 47 Cronbach's Alpha = 0,8760 Omitted Item Statistics Omitted Variable Futuro 41 Futuro 42 Futuro 43 Futuro 44 Futuro 45 Futuro 46 Futuro 47 Adj. Total Mean 20,453 20,876 21,781 21,358 20,788 21,131 21,161 Adj. Total StDev 6,390 6,158 6,180 6,049 6,184 6,115 6,099 Item-Adj. Total Corr 0,6716 0,6800 0,5651 0,6800 0,7316 0,6594 0,6636 Squared Multiple Corr 0,5099 0,5472 0,4363 0,5362 0,5832 0,5174 0,5096 Cronbach's Alpha 0,8597 0,8553 0,8719 0,8554 0,8499 0,8581 0,8575 170 ANEXO VII – RESULTADOS DOS TESTES DE MANN-WHITNEY MINITAB - Versão 16) Teste de comparação geral entre as pesquisas: Mann-Whitney Test: F Geral x S Geral N 137 397 F Geral S Geral Median 3,1429 3,5000 P-valor 0,0000 P-valor ajustado 0,0000 Teste de comparação conforme tabela associação entre as perguntas: Mann-Whitney Test: F5 x S3.1 F5 S3.1 N 137 397 Median 3,0000 4,0000 P-valor 0,2191 P-valor ajustado 0,1888 Mann-Whitney Test: F6 x S3.2 F6 S3.2 N 137 397 Median 3,0000 4,0000 P-valor 0,0010 P-valor ajustado 0,0004 Mann-Whitney Test: F7 x S3.3 F7 S3.3 N 137 397 Median 3,0000 3,0000 P-valor 0,1821 P-valor ajustado 0,1568 Mann-Whitney Test: F8 x S3.4 F8 S3.4 N 137 397 Median 3,0000 3,0000 P-valor 0,3098 171 P-valor ajustado 0,2821 Mann-Whitney Test: F9 x S3.5 F9 S3.5 N 137 397 Median 2,0000 3,0000 P-valor 0,0000 P-valor ajustado 0,0000 Mann-Whitney Test: F10 x S4.2-4.3-4.4 F10 S4.2-4.3-4.4 N 137 397 Median 4,0000 4,0000 P-valor 0,0003 P-valor ajustado 0,0002 Mann-Whitney Test: F11 x S2.1 F11 S2.1 N 137 397 Median 4,0000 4,0000 P-valor 0,6198 P-valor ajustado 0,5965 Mann-Whitney Test: F12 x S2.2 F12 S2.2 N 137 397 Median 4,0000 4,0000 P-valor 0,2343 P-valor ajustado 0,2113 Mann-Whitney Test: F13 x S2.3 F13 S2.3 N 137 397 Median 4,0000 3,0000 P-valor 0,0659 P-valor ajustado 0,0518 Mann-Whitney Test: F41 x S5.4 F41 S5.4 N 137 397 Median 4,0000 4,0000 P-valor 0,2627 P-valor ajustado 0,2438 Mann-Whitney Test: F47 x S5.2 172 F47 S5.2 N 137 397 Median 3,0000 3,0000 P-valor 0,0001 P-valor ajustado 0,0001 Mann-Whitney Test: F27-F43-F44 x S5.3 F27-F43-F44 S5.3 N 137 397 Median 2,6667 4,0000 P-valor 0,0000 P-valor ajustado 0,0000