saúde sexual e reprodutiva dos estudantes do
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SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR RELATÓRIO DO ESTUDO – DADOS NACIONAIS 2010 Coordenadora executiva do estudo SSREU: Marta Reis Margarida Gaspar de Matos Marta Reis Lúcia Ramiro & Equipa Aventura Social 1 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Data de publicação: Abril, 2011 2 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Equipa do projecto Aventura Social Coordenação da Equipa Coordenação Geral – Margarida Gaspar de Matos Co-Coordenação Geral – Celeste Simões Co-Coordenação na FMH/UTL – José Alves Diniz Coordenação FCT/SNR – Celeste Simões Coordenação Leonardo/CE – Paula Lebre Coordenação Pepe/CE – Paula Lebre Coordenação Executiva KIDSCREEN/CE – Tania Gaspar Coordenação Executiva HBSC/OMS – Inês Camacho, Gina Tomé, Mafalda Ferreira Coordenação Executiva Tempest/CE – Tania Gaspar Coordenação Executiva Projecto Casa Pia – Tania Gaspar Coordenação Executiva Saúde Sexual/Educação Sexual/VIH/Sida – Marta Reis, Lúcia Ramiro Coordenação Executiva Consumo de Substâncias – Mafalda Ferreira Coordenação Executiva Dice/CE – Mafalda Ferreira Coordenação Executiva Riche – Tania Gaspar, Gina Tomé Coordenação Executiva Youth Sexual Violence – Marta Reis, Lúcia Ramiro Equipa (por ordem alfabética) Ana Lúcia Ferreira Marina Carvalho António Borges Nuno Loureiro Carlos Ferreira Pedro Gamito Diana Frasquilho Raul Oliveira Emanuel Vital Ricardo Machado Isabel Baptista Sandra Rebolo Jaqueline Cruz Susana Veloso Lúcia Canha Teresa Santos Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 3 Conselho Consultivo Nacional Álvaro Carvalho (HSFXavier) Jorge Mota (FADE/UPorto) Américo Baptista (ULHT) Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto) Ana Tomás (IEC/UMinho) José Carvalho Teixeira (ISPA) Anabela Pereira (UAveiro) José Luis Pais Ribeiro (FPCE/UPorto) Analiza Silva (FMH/UTL) José Morgado (ISPA) Ângela Maia (EP/UMinho) Luis Gamito (HJM) António Palmeira (EF/ULHT) Luis Sardinha (FMH/UTL e IDP) António Paula Brito (FMH/UTL) Luis Tavira (CMDT/IHMT/UNL) Carlos Ferreira (FMH/UTL) Luisa Barros (Fac. Psi./ULisboa) César Mexia de Almeida (Med. Dent/ULisboa) Luisa Lima (ISCTE) Cristina Ponte (FCSH/UNL) Madalena Marçal Grilo (UNICEF) Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa) Marcos Onofre (FMH/UTL) Duarte Araújo (FMH/UTL; APF) Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra) Duarte Vilar (APF) Maria da Luz Duque (Casa Pia de Lisboa) Eduardo Salavisa (ESPN) Maria do Céu Machado (Alto Comissariado da Saúde) Feliciano Veiga (FCUL) Graça Pereira (UMinho) Maria do Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra) Helena Alves (IPJ) Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto) Helena Fonseca (Fac. Med./ULisboa; HSM) Maria Xavier (UCatólica) Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSida) Paulo Vitória (CNT) Henrique Pereira (FCSH/UBI) Saul de Jesus (UAlgarve) Isabel Correia (ISCTE) Sidónio Serpa (FMH/UTL) Sónia Seixas (ESE/IPSantarém) Isabel Leal (ISPA) Isabel Soares (IEP/UMinho) João Gomes-Pedro (Fac. Med./ULisboa; HSM) João Goulão (IDT) Telmo Baptista (Bastonário Ordem Psicólogos; FPCE/ULisboa) Teresa Paiva (Fac. Med/ULisboa) Virgílio do Rosário (CMDT/IHMT/UNL) Joaquim Machado Caetano (FCM /UNL) Vítor da Fonseca (FMH/UTL) Jorge Bonito (UÉvora) 4 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Conselho Jurídico Nacional Eurico Reis (Juíz) Tiago Barra (Advogado) César da Silveira (Advogado) Ulisses de Sousa (Advogado) Conselho Consultivo Internacional Adriana Baban (Roménia) Enrique Berner (Argentina) Martine Bouvard (França) Afonso Almeida (Timor) Evelyn Eisenstein (Brasil) Michal Molcho (Irlanda) Alberto Trimboli (Argentina) Francisco Rivera de los Santos (Espanha) Mónica Borile (Argentina) Almir de Prette (Brasil) Ana Guerreiro (Itália) Fredérique Petit (França) Isabel Massocolo (Angola) André Masson (Bélgica) Antony Morgan (Inglaterra) Bernard Range (Brasil) Pernille Due (Dinamarca) James Sallis (EUA) Pilar Ramos Valverde (Espanha) Jean Cottraux (França) Ramon Mendoza (Espanha) Joan Batista-Foguet (Espanha) Reynaldo Murillo (Peru) Ana Hardoy (Argentina) André Leiva (Chile) Osvaldo Oliveira (Paraguai) Sandra Vasquez (Argentina) José Coura (Brasil) Candace Currie (Escócia) José Enrique Pons (Uruguai) Saoirse Nic Gabhainn (Irlanda) Cecilia Uribe (Bolívia) José Livia (Peru) Silvia Koller (Brasil) Cristina Miyasaki (Brasil) José Messias (Brasil) Silvia Raggi (Argentina) Daniel David (Roménia) Juan de Mila (Uruguai) Susan Spence (Austrália) Daniela Sacchi (Itália) Leticia Sanchez (Argentina) Suzane Lohr (Brasil) Diana Battistutta (Austrália) Lina Kostarova Unkosvka (Macedónia) Tom Ter Bogt (Holanda) Diana Galimberti (Argentina) Eduardo Grande (Argentina) Edwiges Mattos (Brasil) Virgínia Perez (Chile) Luis Calmeiro (Escócia) Luísa Coelho (Angola) Viviane Nahama (França) Marcela Pereira (Argentina) Wolfgang Heckmann (Alemanha) Marcelo Urra (Chile) Yossi Harel (Israel) Elisa Newmann (Chile) Mari Carmen Moreno (Espanha) Zilda de Prette (Brasil) Emmanuelle Godeau (França) Marilyn Campos (Peru) Electra Gonzalez (Chile) Eliane Falcone (Brasil) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 5 Revisão Linguística Célia Alves (ESPAB, Sines) Lúcia Ramiro (ESPAB, Sines; FMH/UTL) Apoio logístico e outros: Bruno Moreira Filipa Soares Webpage e Multimedia EPROM Lda Ana Costa (design e imagem) Pedro Leitão (Line working, Lda) Ricardo Machado Responsável pelo projecto: Prof.ª Dr.ª Margarida Gaspar de Matos Co-Financiaram este sub-projecto: - Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA/Alto Comissariado da Saúde - Ministério da Saúde Parcerias (por ordem alfabética): - Centro de Malária & Doenças Tropicais – Laboratório Associado do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (CMDTla/IHMT/UNL) - Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (FMH/UTL) - Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) - Instituto Português da Juventude (IPJ) - Ministério da Ciência e Tecnologia do Ensino Superior (MCTES)/FCT - Portal Sapo (PTC) 6 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Prefácio No âmbito da 4ª edição do estudo colaborativo da OMS, Health Behaviour in School-aged Children, o Projecto Aventura Social realizou um estudo específico sobre a Saúde Sexual e Reprodutiva dos estudantes do Ensino Superior, de forma a obter uma compreensão mais profunda dos comportamentos dos jovens universitários portugueses. O universo de 3278 universitários, de idades entre os 18 e os 35 anos, em três grupos etários, responderam quanto aos conhecimentos, atitudes, conforto e competências face à sexualidade, contracepção e VIH/Sida. De salientar 70% de raparigas, o que poderá estar de acordo com o perfil demográfico das nossas universidades. Uma análise global revela que os jovens dos 18 aos 21 anos de idade têm mais competências, menos comportamentos de risco e mais comportamentos preventivos. Estes resultados são mais positivos neste grupo etário do que nos mais velhos o que poderá ser relacionado com o facto de que os mais novos tiveram educação sexual na escola. No entanto, referem que gostavam de ser mais esclarecidos quanto às Infecções Sexualmente Transmissíveis e ao VIH/Sida. A autonomia, a liberdade de escolha e uma educação adequada são fundamentais para a estruturação de atitudes, competências e comportamentos responsáveis nos relacionamentos, assim como a importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso na vivência da sexualidade. O estudo apresentado é rico em informação nestas idades que são habitualmente mais esquecidas no diagnóstico e na intervenção em saúde pública. Um modelo de educação/promoção de comportamentos preventivos e responsáveis deverá ser assegurado para além da adolescência, estendendo-se aos jovens adultos, através de Gabinetes de Esclarecimento mas também de inovação como mHealth (SMS nos telemóveis) e sites apropriados e apelativos. Mais uma vez a Saúde em todas as Políticas, como parceria entre Saúde e Educação. Maria do Céu Machado Alta Comissária da Saúde Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 7 8 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Índice Agradecimentos Introdução Educação Sexual Modelo de Promoção do Comportamento Sexual Preventivo Síntese 11 15 17 18 19 20 23 25 30 37 42 51 53 57 63 65 67 70 73 75 81 83 87 89 91 93 97 107 114 Contactos do Projecto Aventura Social 115 Apresentação do estudo Metodologia Análise e apresentação dos dados Amostra nacional do estudo Comportamentos Sexuais Primeira relação sexual Relacionamento amoroso / erótico-sexual Contracepção relacionamento amoroso / erótico-sexual Comportamentos e risco Conhecimentos Conhecimentos face aos Métodos Contraceptivos e ISTs Conhecimentos face ao VIH/Sida Atitudes Atitudes face à sexualidade, aos métodos contraceptivos e ao preservativo Atitudes face ao preservativo e teste do VIH Atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida Normas Normas subjectivas (opinião dos outros) face ao preservativo e teste do VIH Intenções Intenções face ao preservativo e teste do VIH Conforto Grau de conforto face ao preservativo Competências Competências face ao preservativo Brochura Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Ensino Superior Anexo 1 Brochura Problemas Emergentes e Modelo Compreensivo sobre estudo Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Ensino Superior Anexo 2 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 9 10 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 AGRADECIMENTOS A Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA / Alto Comissariado da Saúde (Ministério da Saúde) financiou este estudo específico na área da saúde sexual e reprodutiva em estudantes universitários. Um agradecimento especial: A todas as Faculdades e Institutos Politécnicos Nacionais que participaram na recolha de dados e respectivos professores e alunos: Faculdades/Politécnicos da Região Norte Universidades Públicas: Universidade do Porto: Faculdade de Desporto Faculdade de Medicina Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro: Departamento de Engenharia Zootécnica Departamento de Genética e Biotecnologia Departamento de Medicina Veterinária Universidade do Minho: Escola de Psicologia Institutos Politécnicos: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto Universidades Privadas: Universidade Fernando Pessoa (Unidade de Ponte de Lima) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 11 Faculdades/Politécnicos da Região Centro Universidades Públicas: Universidade de Coimbra: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação Universidade da Beira Interior: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade de Aveiro: Departamento de Biologia Departamento de Ciências da Educação Departamento de Ciências da Saúde Institutos Politécnicos: Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria Faculdades/Politécnicos de Lisboa e Vale do Tejo Universidades Públicas: Universidade Técnica de Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Instituto Superior Técnico ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa Universidades Privadas: ULHT - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanchez ESSCVP - Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha portuguesa 12 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Faculdades/Politécnicos da Região do Alentejo Universidades Públicas: Universidade de Évora: Escola de Ciências Sociais Institutos Politécnicos: Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja Faculdades/Politécnicos da Região do Algarve Universidades Públicas: Universidade do Algarve: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Institutos Politécnicos: Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve Universidades Privadas: ISMAT - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 13 Professores (por ordem alfabética): Alda Martins (FCHS/UAlgarve) José Carlos Lopes (ESSUA) Alexandra Esteves (ECAV/UTAD) Laurentina Pedroso (Bastonária OMV; FMV/ULHT) Alexandra Sanfins (FMV/ULHT) Luís Miguel Tavares (ESTIG/IPBeja) Américo José Bessa Dias (ESE/IPPorto) Luís Murta (ESE/IPBeja) Ana Allen Gomes (DCE/UAveiro) Luís Sérgio Vieira (FCHS/UAlgarve) Ana Carreira (ISE/UAlgarve) Luísa Gonçalves (ESTG – IPLeiria) Ana Luísa Vieira (ERISA) Ângela Maia (EP/UMinho) Daniel Rijo (FPCE/UCoimbra) Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra) Maria do Céu Salvador (FPCE/UCoimbra) Maria dos Anjos Dixe (ESS/IPLeiria) Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa) Divanildo Monteiro (ECAV/UTAD) Dulce Gomes (ESS/IPLeiria) Maria Lídia Palma (ERISA) Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto) Maria Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra) Elisabete Ramos (Fac. Med. /UPorto) Elísio Pinto (ESS/IPLeiria) Eric Many (ESE/IPPorto) Marília Cid (ECS_Dep. Ped. Educ./UÉvora) Marina Carvalho (ULHT/Aventura Social) Marta Aires de Sousa (ESSCVP) Fernando Humberto Serra (ISCSP/UTL) Gabriela Almeida (Univ. Fernando Pessoa) Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSida) 14 Nuno Loureiro (ESSE/IPBeja) Paula Carvalho (FCSH/UBI) Pedro Amores da Silva (ERISA) Henrique Pereira (FCSH/UBI) Pedro Gamito (FP/ULHT) Isabel Correia (ISCTE) Pedro Nobre (DCE/UAveiro) Isabel Pinto Ribeiro (ERISA) Rogério Ferrinho Ferreira (ESS/IPBeja) Isabel Santos (DCE/UAveiro) Rui Corredeira (FADE/UPorto) Isabel Soares (IEP/UMinho) Rui Costa (ESSUA) João Cruz (ESECS/IPLeiria) Sandra Amado (ESS/IPLeiria) Jorge Bonito (UÉvora) Saul de Jesus (UAlgarve) Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto) Sónia Mina (ESS/IPLeiria) Jorge Saraiva (Dep. Biologia/UAveiro) Vânia Loureiro (ESSE/IPBeja) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO MODELO 15 16 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Introdução “QUESTIONÁRIO DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS” - (HBSC/SSREU) Apresentação do Estudo O HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children) é um estudo colaborativo da Organização Mundial de Saúde (www.hbsc.org) que pretende estudar os comportamentos de saúde em adolescentes em idade escolar e está inscrito numa rede internacional de investigação constituída por 44 países europeus, entre os quais Portugal, integrado desde 1996 e membro associado desde 1998 (Currie, Samdal, Boyce & Smith, 2001). Pretende-se alargar este estudo aos alunos do ensino superior português no que diz respeito ao tema da saúde sexual e reprodutiva. Objectivos do estudo Os objectivos deste estudo específico do HBSC/OMS visam uma compreensão aprofundada dos comportamentos sexuais dos estudantes portugueses do ensino superior, bem como estudar os conhecimentos, as atitudes, as normas, as intenções, o conforto e as competências face à sexualidade, contracepção e vírus de imunodeficiência humana (VIH). Pretende-se também compreender a importância da educação sexual para estes jovens. Instrumento – Questionário O questionário internacional do HBSC/OMS é desenvolvido numa lógica de cooperação pelos investigadores dos países que integram a rede. O “Questionário de Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes Universitários” (HBSC/SSREU), utilizado neste estudo, resultou do protocolo internacional no que diz respeito às questões aplicáveis (atendendo às diferenças na população) a nível demográfico, bem como nas relacionadas com o comportamento sexual, atitudes e conhecimentos face ao VIH/SIDA. Para além dessas, acrescentaram-se outras, nomeadamente no que diz respeito aos conhecimentos e atitudes face à contracepção; as atitudes sexuais; as competências relativas ao preservativo e aos comportamentos de risco; e acrescentaram-se, também, questões sobre educação sexual. O HBSC/SSREU foi sujeito a um painel de especialistas e a pré-teste e teve a aprovação da Comissão de Ética do Hospital São João do Porto, da Comissão Nacional de Protecção de Dados e do Conselho Consultivo da Equipa Aventura Social. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 17 Metodologia Amostra De modo a obter uma amostra representativa da população que frequenta o ensino superior em Portugal, efectuou-se uma selecção aleatória, estratificada por regiões do país, das universidades e institutos politécnicos, quer do ensino público quer do privado. Dos 144 institutos/universidades de Portugal continental procedeu-se à recolha de 5 instituições na região Norte, 4 instituições na região Centro, 5 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 2 na região do Alentejo e 3 na do Algarve. A técnica de recolha da amostra foi a “cluster sampling”, considerando-se a turma o “cluster”. Assim, recolheram-se questionários em 124 turmas num total de 3278 alunos inscritos no ano lectivo de 2009/2010. - Distribuição dos sujeitos por regiões Distribuição dos sujeitos por regiões 26,8% 28% 24,4% 13,4% 7,4% Norte Centro Lisboa e V. Tejo Alentejo Algarve - Distribuição dos sujeitos por ano de ensino Distribuição dos sujeitos por ano de ensino 38,3% 30,3% 22% 7,6% 1,8% 1º ano 18 2º ano 3º ano 4º ano / 1º Mest. 5º ano / 2º Mest. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Procedimento Recolha dos dados Após a selecção das instituições de ensino superior, estas foram contactadas, através de correio electrónico, no sentido de confirmar a sua disponibilidade para colaborar no estudo. Após confirmação da participação, os coordenadores dos cursos/departamentos seleccionados agendavam a data de aplicação do questionário. A recolha de dados foi efectuada pela investigadora através de um questionário de auto-preenchimento que foi aplicado às turmas em sala de aula. Os grupos escolhidos para aplicação dos questionários podiam frequentar qualquer ano do ensino superior, uma vez que a população-alvo tinha entre 18 e 35 anos. A participação foi voluntária, confidencial e anónima e o preenchimento do questionário durou entre 60 e 90 minutos. Análise dos dados Os questionários foram digitalizados, traduzidos e interpretados através do programa “Eyes and Hands – Forms”, versão 5. Estes dados foram, de seguida, transferidos para uma base de dados no programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS, versão 18.0 para Windows) para efeitos de análise e tratamento estatístico. Seleccionaram-se apenas os inquiridos entre os 18 e os 35 anos. ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Primeiramente fez-se estatística descritiva, nomeadamente frequências e percentagens para as variáveis nominais, e médias e desvios padrão para as variáveis contínuas. Seguidamente, efectuaram-se testes de Qui-quadrado (estudo da distribuição em variáveis nominais) com análise de residuais ajustados para identificação dos valores significativos. Os dados são apresentados do seguinte modo: 1) Gráficos e quadros com as percentagens de resposta a cada questão (em que a opção com a maior percentagem de resposta se encontra a negrito); 2) Quadros comparativos (em que os valores mais elevados com residuais ajustados iguais ou superiores a 1.9 em módulo são apresentados a negrito). Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 19 AMOSTRA NACIONAL DO ESTUDO Este capítulo apresenta a análise descritiva da amostra no que diz respeito ao género, idade, estado civil, nacionalidade, orientação sexual, religião, estatuto sócioeconómico e zona/área em que cresceu. Género A amostra é constituída por 3278 estudantes, sendo 30% do sexo masculino. Género (N= 3278) Masculino (N=993); 30,3% Feminino (N= 2285); 69,7% Idade A idade varia entre os 18 e os 35 anos. Idade (N= 3278) Idade M DP Min. Máx. 21,01 3,00 18 35 Estado Civil A maioria é solteira. Estado civil (N=3278) Solteiro (a) 95,5% Divorciado (a) 0,4% União de Facto 1,6% Casado (a) 2,6% Nº de jovens em cada categoria: Solteiro(a) N= 3131; Casado(a) N= 84; União de facto N= 51 e Divorciado(a) N= 12. 20 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Nacionalidade A maior parte dos alunos é de nacionalidade portuguesa. Nacionalidade (N=3278) Portuguesa 97,3% Países AfricanosPALOP 0,6% Brasileira 0,8% Países europeus 1,4% Nº de jovens em cada categoria: Portuguesa N= 3189; Países europeus N= 45; Brasileira N= 25 e P. Africanos - PALOP N= 19. Orientação sexual Quanto à orientação sexual dos inquiridos e considerando a amostra total, cerca de 96% referem ser (predominantemente) heterossexuais, 3% (predominantemente) homossexuais e 1% bissexual. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas quanto aos géneros, sendo que os estudantes indicam mais frequentemente serem bissexuais e homossexuais e as estudantes indicam mais frequentemente serem heterossexuais. Orientação sexual (N=2855) Bissexual 0,8% Homossexual 2,8% Heterossexual 96,4% Comparação entre géneros Orientação sexual (N=2855)a) Homem Mulher a) Heterossexual Bissexual Homossexual (N= 2754) (N= 22) (N= 79) 94,9% 97,2% 1% 0,7% 4% 2,2% (χ²= 8,96; g.l.= 2; p≤ .05) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 21 Religião A maioria dos jovens que participou neste estudo considera-se católico. Religião (N=3278) 71,9% 26,2% 1,3% Católica Nenhuma Protestante 0,2% 0,2% Budismo 0,2% Espiritual Ortodoxa Nº de jovens em cada categoria: Católica N= 2357; Nenhuma N= 860; Protestante N= 40; Budismo N= 7; Espiritual N=7; Ortodoxa N=7. Estatuto sócio-económico Considerando os rendimentos do agregado familiar dos inquiridos, constata-se que estes se encontram distribuídos maioritariamente pelos níveis médio-baixo e médio. Estatuto sócio-económico (N= 3278) Alto 6% Baixo 16% Médio-alto 20% Médio-baixo 33% Médio 25% Nota: Considerou-se nível baixo menor ou igual a 504€ por pessoa, médio-baixo entre 505€ e 839€ por pessoa, médio 840€ por pessoa, médio-alto entre 841€ e 1343€ por pessoa e alto maior ou igual a 1344€ por pessoa, em conformidade com informação da EUROSTAT. Área/Zona habitacional em que cresceu Relativamente à área/zona onde cresceram, destaca-se a urbana. Zona habitacional em que cresceu (N= 3278) Rural 28% Urbano 45% Suburbano 27% Nº de jovens em cada categoria: Urbano N= 1460; Suburbano N= 901; Rural N= 910. 22 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO EDUCAÇÃO SEXUAL MODELO SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 COMPORTAMENTOS COMPETÊNCIAS 23 24 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 COMPORTAMENTOS SEXUAIS Relações sexuais Pelo quadro seguinte verifica-se que a maioria dos jovens adultos refere ter tido relações sexuais. Considerando as diferenças entre géneros, são os homens que mais frequentemente mencionam ter tido relações sexuais. Relações sexuais (N= 3278) Não 16,7% Sim 83,3% Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 2730; Não, N= 548. Comparação entre géneros Relações Sexuais (N= 3278)a) Homem Mulher a) Sim Não (N= 2730) (N= 548) 88,6% 81% 11,4% 19% (χ²= 29,15; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 25 Primeira Relação Sexual Idade da primeira relação sexual De entre os jovens que referiram já ter tido relações sexuais, a maioria afirma que iniciou a sua vida sexual a partir dos 16 anos. E são os homens que mais frequentemente afirmam ter iniciado mais novos (aos 11 ou menos, entre os 12 e os 13, e entre os 14 e os 15). Idade da primeira relação sexual (jovens que referem já ter tido relações sexuais) (N=2730) 16 anos ou mais 79,2% 11 anos ou menos 0,6% Entre 12 e 13 anos 3% Entre 14 e 15 anos 17,2% Nº de jovens em cada categoria: 11 anos ou menos, N= 16; Entre 12 e 13 anos, N= 83; Entre 14 e 15 anos, N= 470 e 16 anos ou mais, N= 2161. Comparação entre géneros Idade da primeira relação sexual (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730) 11 anos ou menos Entre 12 e 13 anos Entre 14 e 15 anos 16 anos ou mais Homem 1,6% 5,0% 21,4% 72% Mulher 0,1% 2,1% 15,2% 82,5% a) 26 (χ²= 60,05; g.l.= 3; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Utilização de método contraceptivo na primeira relação sexual Quanto à utilização de um método contraceptivo na primeira relação sexual e tendo em conta apenas os jovens adultos que já iniciaram a sua vida sexual, a grande maioria refere ter utilizado. No entanto, 9,7% (n=265) mencionam não ter utilizado método contraceptivo na primeira relação sexual, sendo que 16% (n=141) são do sexo masculino e 6,7% (n=124) do feminino. Utilização de MC na 1ª relação sexual (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N= 2730) Não utilizaram MC 9,7% Utilizaram MC 90,3% Nº de jovens em cada categoria: Utilizaram MC, N= 2465; Não utilizaram MC, N= 265. Comparação entre géneros Utilização de MC na 1ª relação sexual (apenas os jovens que já tiveram relações sexuais, N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=2465) (N=265) 84% 93,3% 16% 6,7% (χ²= 59,10; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 27 Métodos contraceptivos escolhidos na primeira relação sexual (jovens que referem ter tido relações sexuais e que dizem ter usado contraceptivo) No que diz respeito ao método contraceptivo escolhido na primeira relação sexual, considerando unicamente os respondentes que já tiveram relações sexuais e usaram método na primeira relação sexual, o preservativo foi o eleito pela maior parte dos inquiridos; em segundo lugar, embora com uma representatividade bastante menor, destaca-se a pílula contraceptiva, sendo que os homens utilizaram mais frequentemente o preservativo e as mulheres a pílula. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para o coito interrompido e a pílula do dia seguinte. Utilização de método contraceptivo na primeira relação sexual (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais e que dizem ter usado contraceptivo, N=2465) Preservativo (N=2362) Pílula (N=553) Coito interrompido (N=42) Pílula do dia seguinte (N=16) Sim Não 95,8% 22,4% 1,7% 0,6% 4,2% 77,6% 98,3% 99,4% Comparação entre géneros Preservativo (N=2465)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=2362) (N=103) 97,8% 95% 2,2% 5% (χ²= 10,69; g.l.= 1; p≤ .001) Pílula (N=2465)a) Homem Mulher a) 28 Sim Não (N=553) (N=1912) 11% 27,3% 89% 72,7% (χ²= 79,84; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Razões para a primeira relação sexual Quando inquiridos sobre as razões para a primeira relação sexual, os jovens que referiram já ter tido relações sexuais afirmam maioritariamente que foi uma decisão por consentimento mútuo, em especial as mulheres do ensino superior. Destaca-se, ainda, estarem muito apaixonados/as, novamente em particular para as mulheres. Os homens do ensino superior mais frequentemente tiveram a primeira relação sexual por acaso e tomaram eles próprios a iniciativa. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para “foi o parceiro que tomou a iniciativa” e “sentiu-se pressionado”. Razões para a primeira relação sexual (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730 ) 74% Foi uma decisão por consentimento mútuo (N=2021) Estavam muito apaixonados/as (N=839) 30,7% Foi por acaso (N=225) 8,2% Foi o parceiro/a que tomou a iniciativa (N=181) 6,6% Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=137) 5% Sentiu-se pressionado/a (N= 71) 2,6% Comparação entre géneros Decisão por consentimento mútuo (N=2730)a) Homem Mulher a) Estavam muito apaixonados (N=2730)a) Sim Não Sim Não (N=2021) (N= 709) (N=839) (N=1891) 66,1% 77,8% 33,9% 22,2% 21% 35,4% 79% 64,6% Homem Mulher a) (χ²= 42,08; g.l.= 1; p≤ .001) Foi por acaso (N=2730)a) Homem Mulher a) (χ²= 57,51; g.l.= 1; p≤ .001) Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=2730)a) Sim Não Sim Não (N=225) (N=2505) (N=181) (N=2549) 14,7% 5,2% 85,3% 94,8% 10,1% 2,6% 89,9% 97,4% (χ²= 70,72; g.l.= 1; p≤ .001) Homem Mulher a) (χ²= 70,73; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 29 Relacionamento amoroso / erótico-sexual Relacionamento amoroso actual Na amostra total, a maior parte dos respondentes refere ter um relacionamento amoroso actualmente, sendo que são as jovens quem mais frequentemente o afirma. Ter relacionamento amoroso (N= 3278) Não 39,4% Sim 60,6% Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 1988; Não, N= 1290. Comparação entre géneros Relacionamento amoroso (N=3278)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1988) (N=1290) 56,5% 62,5% 43,5% 37,5% (χ²= 10,29; g.l.= 1; p≤ .001) Duração relacionamento amoroso Cerca de 40% dos estudantes inquiridos têm um relacionamento amoroso há mais de dois anos. Verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre géneros, sendo que os homens mais frequentemente têm um relacionamento amoroso há menos de um mês e entre um e seis meses, e as mulheres mais frequentemente têm um relacionamento amoroso há mais de dois anos. Duração relacionamento amoroso (N= 2976) 5,8% 20% 15,1% 19% 40,1% Menos de Entre 1 e 6 Entre 6 Entre 1 e 2 Mais de 2 1 mês meses meses e 1 anos anos ano Nº de jovens em cada categoria: Menos de 1 mês, N= 173; Entre 1 e 6 meses, N= 596; Entre 6 meses e 1 ano, N= 448; Entre 1 e 2 anos, N= 565; Mais de 2 anos, N= 1194. Comparação entre géneros Duração relacionamento amoroso (N=2976)a) Homem Mulher a) 30 Menos de um mês Entre 1 e 6 meses Entre 6 meses a 1 ano Entre 1 e 2 anos Mais de 2 anos 7,9% 4,9% 24% 18,3% 15,3% 14,9% 18,2% 19,3% 34,6% 42,5% (χ²= 29,51; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Ter relações sexuais com actual (ou com o último) relacionamento amoroso A maioria dos inquiridos tem relações sexuais com o actual ou com o último relacionamento amoroso. Consideradas as diferenças entre géneros, são os homens quem mais frequentemente tem relações sexuais dentro do relacionamento actual. Comparação entre géneros Ter relações sexuais com relacionamento amoroso (N= 3006) Relacionamento amoroso (N=3006)a) Não 16,4% Sim 83,6% a) Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 2512; Não N= 494. Sim Não (N=2512) (N=494) Homem 85,9% 14,1% Mulher 82,6% 17,4% (χ²= 4,95; g.l.= 1; p≤ .05) Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com o actual (ou com o último) relacionamento amoroso Em relação ao tempo que demorou até terem tido relações sexuais com o actual ou o último relacionamento amoroso, e considerando apenas os jovens que referiram ter tido relações sexuais, cerca de 24% indicam um mês, 19% indicam um a três meses, outros 19% indicam uma semana ou menos, e 14% seis meses a um ano. Quanto aos géneros, verificam-se diferenças estatisticamente significativas sendo que os homens mais frequentemente tiveram relações sexuais uma semana ou menos depois de iniciarem o relacionamento amoroso, e as mulheres mais frequentemente levaram três a seis meses, seis meses a um ano, e um a dois anos. Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com relacionamento amoroso (N= 2458) 18,8% 1 semana ou menos 24,1% 1 mês 18,9% 1a3 meses 16,2% 3a6 meses 13,6% 6,2% 2,3% 6 meses a 1 a 2 anos Mais de 2 1 ano anos Nº de jovens em cada categoria: 1 semana ou menos, N= 461; 1 mês, N= 592; 1 a 3 meses, N= 465; 3 a 6 meses, N= 397; 6 meses a 1 ano, N= 334; 1 a 2 anos=152; Mais de 2 anos, N=57. Comparação entre géneros Ao fim de quanto tempo teve relações sexuais com o seu actual (ou com o último) relacionamento amoroso (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2458)a) Homem Mulher a) Uma semana ou menos Um mês Um a três meses Três a seis meses Seis meses a um ano Um a dois anos Mais de dois anos 30,4% 13,5% 26% 23,2% 18% 19,4% 11,4% 18,3% 7,9% 16,2% 4,5% 7% 2% 2,5% (χ²= 130,30; g.l.= 6; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 31 Razões para ter tido relações sexuais com o actual (ou com o último) relacionamento amoroso Relativamente às razões para ter tido relações sexuais com o actual ou com o último relacionamento amoroso, destaca-se ter sido uma decisão por consentimento mútuo. Considerados os géneros, as mulheres mais frequentemente apontam essa razão. No geral, cerca de 43% referem ainda que estavam muito apaixonados/as. Foram igualmente as mulheres quem mais frequentemente destacou esta razão. Constatam-se, também, diferenças entre géneros quanto a ter sido por acaso e ter sido o próprio(a) a ter tomado a iniciativa, sendo os homens quem mais as referem. Razões para ter tido relações sexuais com o actual (ou com o último) relacionamento amoroso (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais no relacionamento amoroso, N=2512) Foi uma decisão por consentimento mútuo (N=1906) 75,9% Estavam muito apaixonados/as (N=1071) Foi por acaso (N=106) Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=100) Foi o parceiro/a que tomou a iniciativa (N=98) 42,6% 4,2% 5% 2,6% Comparação entre géneros Decisão por consentimento mútuo (N=2512)a) Homem Mulher a) Sim Não Sim Não (N=1906) (N=606) (N=1071) (N=1441) 68,7% 79,1% 31,3% 20,9% 34,9% 46,1% 65,1% 53,9% Foi por acaso (N=2512)a) a) 32 Homem Mulher a) (χ²= 31,42; g.l.= 1; p≤ .001) Homem Mulher Estavam muito apaixonados (N=2512)a) (χ²= 27,68; g.l.= 1; p≤ .001) Foi o próprio /a que tomou a iniciativa (N=2512)a) Sim Não Sim Não (N=106) (N=2406) (N=100) (N=2412) 7,3% 2,8% 92,7% 97,2% 7,5% 2,4% 92,5% 97,6% (χ²= 27,03; g.l.= 1; p≤ .001) Homem Mulher a) (χ²= 35,72; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Tipo de relacionamento amoroso (violento vs afectivo) A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo afectivo” (i.e. não violento). As mulheres referem mais frequentemente ter um relacionamento amoroso mais do tipo afectivo. Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com um relacionamento há menos de 6 meses que mencionam mais frequentemente ter um relacionamento “mais do tipo violento”. Tipo de relacionamento amoroso (N= 2874) Relacionamento "mais do tipo afectivo" (N=2836) 98,7% Relacionamento "mais do tipo violento" (N=38) 1,3% Comparação entre géneros Tipo de relacionamento (afectivo vs violento) (N=2874)a) “Mais do tipo afectivo” “Mais do tipo violento” (N=2836) (N=38) Homem 97,1% 2,9% Mulher 99,4% 0,6% a) (χ²= 23,68; g.l.= 1; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Tipo de relacionamento (afectivo vs violento) (N=2837)a) “Mais do tipo afectivo” “Mais do tipo violento” (N=2801) (N=36) Relacionamento com menos de 6 meses 97,4% 2,6% Relacionamento entre 6 meses e 1 ano 99,8% 0,2% 99% 1% Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 14,35; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 33 Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento amoroso (ex: abraços, beijos e carinhos) A maioria dos jovens refere que os sentimentos e a comunicação (ex: abraços, beijos e carinhos) são muito importantes num relacionamento amoroso. As mulheres dão mais importância aos sentimentos e comunicação na relação. Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com um relacionamento há menos de 6 meses que atribuem menor importância aos sentimentos e comunicação. Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento (N= 2986) Muito importante (N=2963) 99,2% Pouco importante (N=23) 0,8% Comparação entre géneros Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento (N=2986)a) Muito importante Pouco importante (N=2963) (N=23) Homem 97,7% 2,5% Mulher 100% 0% a) (χ²= 47,95; g.l.= 1; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Grau de importância dos sentimentos e da comunicação no relacionamento (N=2986)a) Muito importante Pouco importante (N=2836) (N=38) Relacionamento com menos de 6 meses 98,5% 1,5% Relacionamento entre 6 meses e 1 ano 99,8% 0,2% Relacionamento com mais de 1 ano 99,4% 0,6% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) 34 (χ²= 6,74; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (ex: carícias nos genitais, coito e orgasmo) A maioria dos jovens refere que as carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são muito importantes para a obtenção do prazer sexual. Verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre géneros, sendo que os homens dão mais importância às carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual na relação. Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com um relacionamento há mais de um ano que atribuem maior importância ao prazer sexual no relacionamento. Verificaram-se, também, diferenças estatísticamente significativas entre idades, sendo os mais novos que referem dar menos importância às carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual na relação. Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N= 2674) Muito importante (N=2523) 94,4% Pouco importante (N=151) 5,6% Comparação entre géneros Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2674)a) Homem Mulher a) Muito importante Pouco importante (N=2523) (N=151) 96,8% 93,2% 3,2% 6,8% (χ²= 14,48; g.l.= 1; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2629)a) Muito importante Pouco importante (N=2482) (N=148) 91,3% 93,4% 95,9% 8,7% 6,6% 4,1% Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 19,39; g.l.= 2; p≤ .001) Comparação entre idades2 Grau de importância do prazer sexual no relacionamento (N=2674)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Muito importante Pouco importante (N=2482) (N=148) 92,4% 98,5% 98,2% 7,6% 1,5% 1,8% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 35 Grau de satisfação sexual no relacionamento A maioria dos jovens refere muita satisfação sexual. As mulheres mais frequentemente mencionam maior satisfação sexual. Considerando as diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com um relacionamento há mais de um ano que referem um grau satisfação sexual maior. Grau de satisfação sexual no relacionamento (N= 2497) Muita satisfação (N=2402) 96,2% Pouca satisfação (N=95) 3,8% Comparação entre géneros Grau de satisfação sexual no relacionamento (N=2497)a) Muita satisfação Pouca satisfação (N=2402) (N=95) Homem 95% 5% Mulher 96,7% 3,3% a) (χ²= 4,35; g.l.= 1; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Grau de satisfação sexual no relacionamento (N=2460)a) Muita satisfação Pouca satisfação (N=2366) (N=94) Relacionamento com menos de 6 meses 92,1% 7,9% Relacionamento entre 6 meses e 1 ano 96,1% 3,9% Relacionamento com mais de 1 ano 97,5% 2,5% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) 36 (χ²= 31,41; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Contracepção no relacionamento amoroso / erótico-sexual Utilização de métodos contraceptivos nos últimos doze meses Quanto à utilização de métodos contraceptivos nas actividades sexuais nos últimos doze meses, a maioria afirma ter usado sempre, em particular as jovens do ensino superior. Os homens mais frequentemente nunca usaram, usaram raramente, às vezes ou na maioria das vezes. Usar MC nos últimos 12 meses (N=2600) Nunca 3% Raramente 3% Às vezes 5,9% Na maioria das vezes 14,7% Sempre 73,3% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N= 1905; Maioria das vezes, N=383; Às vezes, N=154; Raramente, N=79; Nunca, N= 79. Comparação entre géneros Utilização de métodos contraceptivos nos últimos doze meses (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2600)a) Nunca Raramente Às vezes Na maioria das vezes Sempre Homem 4,1% 5,7% 9,1% 18,3% 62,8% Mulher 2,5% 1,8% 4,5% 13,1% 78,1% a) (χ²= 81,36; g.l.= 4; p≤ .001) Utilização de preservativo nos últimos doze meses Relativamente ao uso específico do preservativo nas relações sexuais nos últimos doze meses, apenas 33% referem ter usado sempre e 15% indica mesmo nunca ter usado. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a utilização de preservativo nos últimos doze meses. Usar preservativo nos últimos 12 meses (N=2584) Sempre 32,6% Na maioria das vezes 22,2% Nunca 14,6% Raramente 12,9% Às vezes 17,8% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N= 842; Maioria das vezes, N=573; Às vezes, N=459; Raramente, N=334; Nunca, N= 376. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 37 Utilização de método contraceptivo (uso habitual) Considerando o grupo de jovens que já teve relações sexuais, a maioria usa habitualmente a pílula contraceptiva e o preservativo. Analisadas as diferenças entre géneros, constata-se que são as jovens do ensino superior quem refere mais frequentemente usar a pílula contraceptiva e os jovens quem mais refere usar o preservativo. No que diz respeito ao grupo que usa a pílula do dia seguinte, são eles quem mais a refere. Não existem diferenças significativas entre os géneros para o coito interrompido e o anel vaginal. Utilização de método contraceptivo (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730) Pílula (N=1923) 70,4% Preservativo (N=1884) 69% Coito interrompido (N=228) Anel vaginal (N=41) Pílula do dia seguinte (N=36) 8,4% 5% 2,6% Comparação entre géneros Pílula (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1923) (N=807) 60,3% 75,2% 39,7% 24,8% (χ²= 63,60; g.l.= 1; p≤ .001) Preservativo (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1884) (N=846) 71,7% 67,7% 28,3% 32,3% (χ²= 4,41; g.l.= 1; p≤ .05) Pílula do dia seguinte (N=2730)a) Homem Mulher a) 38 Sim Não (N=36) (N=2694) 2,4% 0,8% 97,6% 99,2% (χ²= 11,38; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Onde é que obteve informação sobre os MC que costuma utilizar Quando inquiridos acerca do local onde obtiveram informação sobre os métodos contraceptivos que costumam utilizar, a maioria aponta os técnicos de saúde, folhetos/livros e amigos, sendo que as mulheres mais frequentemente referem os técnicos de saúde e a mãe, ao passo que os homens mais frequentemente referem a comunicação social (mass média), a internet, os professores, o pai e as associações. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para os amigos nem para os folhetos/livros. Informação sobre os MC que costuma utilizar (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730) Técnicos de saúde Técnicos de saúde (N=1609) 58,9% (N=1609) Folhetos/Livros (N=1443) 52,9% Amigos (N=1425) 52,2% Folhetos/Livros (N=1443) Amigos (N=1425) 41,7% Comunicação social média) (mass média) (N=1139) Comunicação social (mass (N=1139) 40,3% Mãe (N=1099) Mãe (N=1099) Internet (N=1042) Professores (N=1008) 38,2% Internet (N=1042) 36,9% Professores (N=1008) 19% Pai (N=518) Pai (N=518) Associações (N=169) 6,2% Associações (N=169) Comparação entre géneros Técnicos de saúde (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1609) (N=1121) 36% 69,8% 64% 30,2% (χ²= 281,76; g.l.= 1; p≤ .001) Comunicação Social (mass média) (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1139) (N=1591) 50,1% 37,7% 49,9% 62,3% (χ²= 37,61; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 39 Mãe (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1099) (N=1631) 35,3% 42,6% 64,7% 57,4% (χ²= 13,05; g.l.= 1; p≤ .001) Internet (N=2730)a) Sim Não (N=1042) (N=1688) Homem 43,1% 56,9% Mulher 35,8% 64,2% a) (χ²= 13,21; g.l.= 1; p≤ .001) Professores (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1008) (N=1722) 42,4% 34,3% 57,6% 65,7% (χ²= 16,64; g.l.= 1; p≤ .001) Pai (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=518) (N=2212) 31,6% 13% 68,4% 87% (χ²= 134,45; g.l.= 1; p≤ .001) Associações (N=2730)a) Sim Não (N=169) (N=2561) Homem 7,7% 92,3% Mulher 5,5% 94,5% a) 40 (χ²= 5,28; g.l.= 1; p≤ .05) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Onde adquire os métodos contraceptivos que costuma utilizar A maioria dos jovens inquiridos adquire os métodos contraceptivos que utiliza na farmácia. Em relação a este local não se constataram diferenças estatisticamente significativas entre os géneros. No entanto, os homens adquirem-nos mais frequentemente no supermercado e as mulheres no planeamento familiar, centro de saúde e médico de família. Onde adquire os MC que costuma utilizar (apenas jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=2730) Farmácia (N=1913) 70,1% Supermercado (N=761) 27,9% Planeamento familiar (N=639) 23,4% Centro de saúde (N=518) 5% Médico família (N=258) 2,6% Comparação entre géneros Supermercado (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=761) (N=1969) 38,8% 22,7% 61,3% 77,3% (χ²= 76,38; g.l.= 1; p≤ .001) Planeamento familiar (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=639) (N=2091) 11% 29,3% 89% 70,7% (χ²= 111,09; g.l.= 1; p≤ .001) Centro de saúde (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=518) (N=2212) 14,7% 21% 85,3% 79% (χ²= 15,73; g.l.= 1; p≤ .001) Médico de família (N=2730)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=258) (N=2472) 4,3% 11,9% 95,7% 88,1% (χ²= 39,97; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 41 Comportamentos e risco Ter relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento amoroso A grande maioria da amostra afirma não ter tido relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento amoroso. Consideradas as diferenças entre o género e a idade, são os homens e os jovens com idades entre os 22 e 28 anos quem mais referem ter tido. Ter relações com outra pessoa durante o relacionamento amoroso (N=2666) Sim 7,7% Não 92,3% Nº de jovens em cada categoria: Sim, N= 206; Não, N= 2460. Comparação entre géneros Ter relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento amoroso (N=2666)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=206) (N=2460) 16,6% 3,6% 83,4% 96,4% (χ²= 136,73; g.l.= 1; p≤ .001) Comparação entre idades1 Ter relações sexuais com outra pessoa durante o relacionamento amoroso (N=2666)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Sim Não (N=206) (N=2460) 6,3% 10,5% 11,9% 93,7% 89,5% 88,1% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) 42 (χ²= 16,26; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Parceiros sexuais ocasionais Sessenta e sete por cento afirmam nunca ter tido um parceiro sexual ocasional, sendo que dos que tiveram, os homens são quem mais o refere, independentemente da frequência. Consideradas as diferenças entre a duração de relacionamento e a idade, são os jovens que têm relacionamentos há menos de 6 meses e os com idades entre os 22 e 28 anos que mencionam mais frequentemente ter parceiros sexuais ocasionais. Parceiros sexuais ocasionais (apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2669) 67% 1- Nunca aconteceu 14,3% 6,7% 5% 2 3 4 3,9% 5 1,5% 6 1,5% 7 - Muito frequente Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 1789; 2 , N= 383; 3, N= 179; 4, N= 133; 5, N= 105; 6, N= 39; 7 – Muito frequente, N= 41. Comparação entre géneros Parceiros sexuais ocasionais (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2669)a) Homem Mulher a) Nunca aconteceu 2 3 4 5 6 Muito frequente 42,6% 78,3% 16,7% 13,3% 12,8% 3,9% 11,5% 2% 8,4% 1,9% 3,2% 0,7% 4,7% 0,1% (χ²= 459,63; g.l.= 6; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Parceiros sexuais ocasionais (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2628)a) Sim Não (N=855) (N=1773) Relacionamento com menos de 6 meses 51,1% 48,9% Relacionamento entre 6 meses e 1 ano 35,6% 64,4% Relacionamento com mais de 1 ano 25,4% 74,6% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 130,14; g.l.= 2; p≤ .001) Comparação entre idades2 Parceiros sexuais ocasionais (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2669)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Sim Não (N=880) (N=1789) 29,3% 41,3% 34,2% 70,3% 58,7% 65,8% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 34,58; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 43 Parceiros sexuais ocasionais no último mês Considerando apenas o grupo que referiu já ter tido, quer relações sexuais, quer parceiros sexuais ocasionais, 81% afirmam que tiveram apenas um parceiro sexual ocasional no último mês. Quanto à comparação entre géneros, verifica-se que são os homens quem mais frequentemente teve entre dois e três, e mais de três parceiros sexuais ocasionais no último mês, e as mulheres quem mais frequentemente teve um. Nº de parceiros sexuais no último mês (apenas quem teve relações sexuais e referiu ter tido parceiros sexuais ocasionais, N=582) Mais de 3 2,9% Entre 2 a 3 16,2% Um 80,9% Nº de jovens em cada categoria: Um,N= 471; Entre 2 a 3, N= 94; Mais de 3 N= 17. Comparação entre géneros Parceiros sexuais no último mês (jovens que referem já ter tido relações sexuais e ter tido parceiros sexuais ocasionais, N= 582) Homem Mulher a) 1 Entre 2 a 3 Mais de 3 73,7% 92,45 21,6% 7,6% 4,8% 0% a) (χ²= 33,51; g.l.= 2; p≤ .001) Parceiros sexuais ocasionais no último ano Aumentando-se o intervalo temporal para o último ano, e tendo em conta apenas os respondentes que tiveram relações sexuais e referiram ter tido parceiros sexuais ocasionais, 40% tiveram um parceiro, 37% entre dois e três, e 24% mais de três parceiros sexuais ocasionais, em especial as mulheres com um, e entre dois e três, e os homens com mais de três. Nº de parceiros sexuais no último ano (apenas quem teve relações sexuais e referiu ter tido parceiros sexuais ocasionais, N=722) Mais de 3 23,5 Um 39,8% Entre 2 a 3 36,7% Nº de jovens em cada categoria: Um,N= 287; Entre 2 a 3, N= 265; Mais de 3 N= 170. Comparação entre géneros Parceiros sexuais no último mês a) (jovens que referem já ter tido relações sexuais e ter tido parceiros sexuais ocasionais, N= 722) Homem Mulher a) 44 1 Entre 2 a 3 Mais de 3 30,7% 52,9% 36,1% 37,6% 33,3% 9,5% (χ²= 63,60; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Relações sexuais associadas ao consumo de álcool Em relação à frequência com que tiveram relações sexuais porque tinham bebido álcool demais, cerca de 35% da amostra afirma já ter acontecido pelo menos uma vez, em particular os homens. Consideradas as diferenças entre a duração de relacionamento e a idade, são os jovens que têm relacionamentos há menos de 6 meses e os com idades entre os 22 e 28 anos que mencionam mais frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool. Relações Sexuais associadas ao consumo de álcool (apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2658) 64,5% 1- Nunca aconteceu 17,6% 7,4% 5,2% 2 4 3 3% 5 1,2% 6 1% 7 - Muito frequente Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 1715; 2 , N= 468; 3, N= 198; 4, N= 139; 5, N= 81; 6, N= 31; 7 – Muito frequente, N= 26. Comparação entre géneros Relações sexuais associadas ao consumo de álcool (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2658)a) Homem Mulher a) Nunca aconteceu 2 3 4 5 6 Muito frequente 46,9% 72,7% 21,2% 16% 11,2% 5,7% 10,2% 2,9% 5,6% 1,9% 2,4% 0,6% 2,5% 0,3% (χ²= 220,80; g.l.= 6; p≤ .001) Comparação na duração do relacionamento1 Relações sexuais associadas ao consumo de álcool (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2618)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Sim Não (N=923) (N=1695) 42,2% 57,8% 38,1% 32,3% 61,9% 67,7% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 19,77; g.l.= 2; p≤ .001) Comparação entre idades2 Relações sexuais associadas ao consumo de álcool (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2658)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Sim Não (N=943) (N=1715) 31,6% 43,8% 39,8% 68,4% 56,2% 60,2% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 35,84; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 45 Utilização de método contraceptivo quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool Inquiriu-se os jovens que afirmaram já ter tido relações sexuais porque tinham consumido álcool acerca da utilização de método contraceptivo nessa situação e 34% refere não ter usado contraceptivo em todas as ocasiões, em especial os homens. Usar MC quando teve RS porque tinha consumido álcool (N= 928) Nunca 6,3% Raramente 4,5% Às vezes 7,1% Na maioria das vezes 15,8% Sempre 66,3% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=615; Maioria das vezes, N=147; Às vezes, N= 66; Raramente, N= 42; Nunca, N=58. Comparação entre géneros Utilização de MC quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=928)a) Homem Mulher a) Nunca Raramente Às vezes Na maioria das vezes Sempre 7,9% 4,7% 5,9% 1,7% 9,7% 4,7% 21,4% 10,7% 51,1% 76,5% (χ²= 47,93; g.l.= 4; p≤ .001) Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool No que concerne à utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool, 55% dos jovens referem não tê-lo feito sempre. Verificam-se diferenças estatisticamente significativas entre géneros, sendo as alunas que mais frequentemente referem não ter usado preservativo nunca. Usar preservativo quando teve RS porque tinha consumido álcool (N= 925) Nunca 12,2% Sempre 44,9% Raramente 9,2% Às vezes 13,3% Na maioria das vezes 20,4% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=415; Maioria das vezes, N=189; Às vezes, N= 123; Raramente, N= 85; Nunca, N=113. Comparação entre géneros Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha consumido álcool (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=925)a) Homem Mulher a) 46 Nunca Raramente Às vezes Na maioria das vezes Sempre 9,3% 14,9% 7,5% 10,8% 15,2% 11,6% 21,9% 19% 46,2% 43,7% (χ²= 12,19; g.l.= 4; p≤ .05) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas A grande maioria da população inquirida nunca teve relações sexuais porque tinha tomado alguma substância psicoactiva. Consideradas as diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente referem que nunca aconteceu e os homens mais frequentemente referem que aconteceu, independentemente da frequência. Relativamente às diferenças de idade, são os jovens do grupo mais velho (com idades entre os 29 e os 35 anos) que mencionam mais frequentemente ter tido relações sexuais associadas às drogas. Relações Sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas (apenas jovens que já tiveram relações sexuais, N= 2565) 94,3% 3% 1- Nunca aconteceu 0,6% 2 3 1,1% 0,5% 0,4% 4 5 6 0,2% 7 - Muito frequente Nº de jovens em cada categoria: 1 - Nunca aconteceu, N= 2419; 2 , N= 76; 3, N= 16; 4, N= 28; 5, N= 12; 6, N= 9; 7 – Muito frequente, N= 5. Comparação entre géneros Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2565)a) Homem Mulher a) Nunca aconteceu 2 3 4 5 6 Muito frequente 89,3% 96,7% 5,4% 1,8% 1,1% 0,4% 1,7% 0,8% 1,2% 0,1% 0,7% 0,2% 0,6% 0% (χ²= 65,64; g.l.= 6; p≤ .001) Comparação entre idades1 Relações sexuais associadas ao consumo de substâncias psicoactivas (apenas jovens que referem ter tido relações sexuais, N=2565) a) Sim Não (N=146) (N=2419) Entre 18 e 21 anos 4,7% 95,3% Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos 7% 12,4% 93% 87,6% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 15,11; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 47 Utilização de método contraceptivo quando teve relações sexuais porque tinha consumido alguma substância psicoactiva Considerados apenas os jovens que referiram ter tido relações sexuais porque tinham consumido alguma substância psicoactiva, verifica-se que 40% não utilizaram na maioria das vezes um método contraceptivo. Quanto à comparação entre géneros, salientam-se os homens que usaram mais frequentemente um método contraceptivo na maioria das vezes e as mulheres que mais frequentemente usaram sempre. Usar MC quando teve RS porque tinha consumido substâncias psicoactivas (N= 144) Raramente 4,9% Nunca 4,9% Às vezes 15,3% Sempre 59,7% Na maioria das vezes 15,3% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=86; Maioria das vezes, N=22; Às vezes, N= 22; Raramente, N= 7; Nunca, N=7. Comparação entre géneros Utilização de MC quando teve relações sexuais porque tinha consumido substâncias psicoactivas (jovens que referem já ter tido relações sexuais, N=144)a) Homem Mulher a) Nunca Raramente Às vezes Na maioria das vezes Sempre 5,8% 3,4% 2,3% 8,6% 17,4% 12,1% 20,9% 6,9% 53,5% 69% (χ²= 9,73; g.l.= 4; p≤ .05) Utilização de preservativo quando teve relações sexuais porque tinha consumido alguma substância psicoactiva Apenas 38% usaram sempre preservativo quando tiveram relações sexuais porque tinham consumido alguma substância psicoactiva. Não existem diferenças significativas entre os géneros para a utilização do preservativo quando tiveram relações sexuais porque tinham consumido substâncias psicoactivas. Usar preservativo quando teve RS porque tinha consumido substâncias psicoactivas (N= 144) Sempre 37,5% Nunca 15,3% Raramente 11,8% Na maioria das vezes 17,4% Às vezes 18,1% Nº de jovens em cada categoria: Sempre, N=54; Maioria das vezes, N=25; Às vezes, N= 26; Raramente, N= 17; Nunca, N=22. 48 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Ter uma infecção sexualmente transmissível Em relação a alguma vez ter contraído uma infecção sexualmente transmissível e tendo em conta apenas os estudantes que já tiveram relações sexuais, a maioria afirma nunca ter tido. Não se constatam diferenças entre géneros. Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18 e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter tido uma infecção sexualmente transmissível. Ter uma IST (apenas para jovens que tiveram RS, N=2647) Sim 3,3% Comparação entre idades1 Ter uma infecção sexualmente transmissível (N=2647)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Não 96,7% Sim Não (N=87) (N=2560) 2,6% 3,8% 10,1% 97,4% 96,2% 89,9% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 87; Não N= 2560. (χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001) Ter realizado uma interrupção voluntária de gravidez (IVG) Dos jovens que já tiveram relações sexuais, 3,2% referem já ter efectuado (o próprio ou a parceira) uma interrupção voluntária de gravidez. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas quanto ao género. Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18 e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter efectuado uma interrupção voluntária de gravidez. IVG (jovens que mencionam ter tido relações sexuais, N= 2553) Comparação entre idades1 Interrupção voluntária da gravidez (N=2553)a) Não 96,8% Sim 3,2% Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Não (N=2472) 1,7% 5,9% 7,7% 98,3% 94,1% 92,3% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 81; Não N= 2472. Sim (N=81) (χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 49 Gravidez Indesejada Quanto ao tema da gravidez indesejada, 4,2% de mulheres e 4% de homens confirmam-no. Acresce que 6% de homens afirmam não saber. Consideradas as diferenças de idade, são os mais novos (com idades entre os 18 e os 21 anos) que mencionam mais frequentemente não ter engravidado sem desejar. Ter engravidado parceira sem desejar (sexo masc., N=823) Ter engravidado sem desejar (sexo feminino, N= 1807) Não Sei 6% Sim 4,2% Sim 4% Não 95,8% Não 90% Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 76; Não N= 1731. Nº de jovens em cada categoria: Sim N= 33; Não sei, N= 49; Não N= 741) Comparação entre idades1 Engravidar sem desejar (sexo feminino, N=1807)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Sim Não (N=76) (N=1731) 1,8% 9% 16,2% 98,2% 91% 83,8% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos .) a) (χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001) Comparação entre idades1 Engravidar sem desejar (sexo masculino, N=823)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Sim Não Sei Não (N=33) (N=49) (N=741) 2,2% 5,6% 12,2% 5,3% 7% 6,1% 92,4% 87,3% 81,6% 1 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos .) a) 50 (χ²= 39,77; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS MODELO SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 CONHECIMENTOS EDUCAÇÃO SEXUAL 51 52 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 CONHECIMENTOS Conhecimentos face aos Métodos Contraceptivos e ISTs Inquiriu-se os jovens acerca dos métodos contraceptivos, designadamente a pílula, o adesivo contraceptivo e o anel vaginal, e relativamente a conhecimentos que implicam comportamentos seguros ou de risco, nomeadamente em relação ao atraso/esquecimento da toma da pílula e ao que pode reduzir o efeito da mesma. No que diz respeito às questões da pílula, a maioria escolheu a alínea mais correcta, sendo que são as mulheres quem o faz mais frequentemente e os homens quem afirma não saber com maior frequência. Porém, relativamente ao adesivo contraceptivo e ao anel vaginal, a maioria dos jovens escolheu a alínea errada, sendo que são os homens quem o faz mais frequentemente. Questionou-se, igualmente, acerca do modo de prevenção das infecções sexualmente transmissíveis e a quase totalidade da amostra reconheceu o preservativo como o único método, sendo que as mulheres o fizeram com maior frequência e os homens responderam “não sei” ou erradamente mais frequentemente. A função principal da pílula (N=3253) a) Inibir a ovulação (N=1620, opção correcta) 49,8% b) Impedir a implantação do óvulo (N=925) 28,4% c) Regular a ovulação (N=520) 16% d) Destruir os espermatezóides (N=41) 1,3% e) Não sei (N=147) 4,5% Comparação entre géneros A função principal da pílula (N=3253)a) Homem Mulher a) a) (certa) b) c) d) e) 44,6% 52% 32,4% 26,7% 13,8% 16,9% 1,1% 1,3% 8% 3% (χ²= 58,30; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 53 O que fazer quando se esquece de tomar a pílula (N=3247) a) Se for num prazo de 12 horas, pode-se tomar sem colocar em causa a contracepção (N=1620, opção correcta) b) Deve-se tomar imediatamente e utilizar outro método contraceptivo (ex: preservativo com espermicida) (N=1110) c) Não se pode tomar e é aconselhável utilizar outro método contraceptivo (ex: preservativo com espermicida) (N=179) d) Não sei (N=338) 49,9% 34,2% 5,5% 10,4% Comparação entre géneros O que fazer quando se esquece de tomar a pílula (N=3247) a) Homem Mulher a) a) (certa) b) c) d) 41,8% 53,4% 25,6% 37,9% 9,6% 3,7% 23% 5% (χ²= 303,80; g.l.= 3; p≤ .001) A função principal do adesivo contraceptivo e do anel vaginal (N=3245) 26,1% 30,4% 20,4% 23,1% a) Impedir a ovulação (N=846, opção correcta) b) Inibir a entrada dos espermatezóides (N=986) c) Impedir a implantação do óvulo (N=663) d) Não sei (N=750) Comparação entre géneros A função principal do adesivo contraceptivo e do anel vaginal (N=3245)a) Homem Mulher a) a) (certa) b) c) d) 18,4% 29,4% 36,9% 27,5% 16,5% 22,1% 28,2% 20,9% (χ²= 78,02; g.l.= 3; p≤ .001) Como se utiliza o adesivo contraceptivo (N=3262) a) Coloca-se um adesivo todos os dias durante 21 dias consecutivos, fazendose uma pausa de 7 dias (N=216) b) Coloca-se um adesivo durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma de descanso (N=436) c) Coloca-se um adesivo por semana, durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma de descanso (N=425, opção correcta)) d) Não sei (N=2185) 6,6% 13,4% 13% 67% Comparação entre géneros Como se utiliza o adesivo contraceptivo (N=3262)a) Homem Mulher a) 54 a) b) c) (certa) d) 4,9% 7,4% 7,4% 16% 7,4% 15,5% 80,4% 61,2% (χ²= 117,03; g.l.= 3; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Como se utiliza o anel vaginal (N=3249) a) Coloca-se um anel todos os dias durante 21 dias consecutivos, fazendo-se uma pausa de 7 dias (N=173) b) Coloca-se um anel durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma de descanso (N=635, opção correcta) c) Colocam-se 3 anéis, um por semana, durante 3 semanas consecutivas, seguindo-se uma de descanso (N=83) 19,5% d) Não sei (N=2358) 72,6% 5,3% 2,6% Comparação entre géneros Como se utiliza o anel vaginal (N=3249)a) Homem Mulher a) a) b) (certa) c) d) 3,9% 6% 12,4% 22,6% 3% 2,4% 80,7% 69% (χ²= 55,66; g.l.= 3; p≤ .001) O que acontece se tiver diarreia ou vómitos e utiliza o adesivo contraceptivo ou o anel vaginal como MC (N=3243) a) A eficácia anticoncepcional pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia forte dentro de 4 horas (N=138) b) A eficácia anticoncepcional pode ficar reduzida se tiver vómitos ou diarreia forte dentro de 8 horas (N=71) c) A eficácia anticoncepcional não é colocada em causa (N=873, opção correcta) 4,3% 2,2% 26,9% 66,6% d) Não sei (N=2161) Comparação entre géneros O que acontece se tiver diarreia ou vómitos e utiliza o adesivo contraceptivo ou o anel vaginal como MC (N=3243)a) Homem Mulher a) a) b) c) (certa) d) 3,9% 4,4% 2% 2,3% 20,8% 29,6% 73,3% 63,7% (χ²= 30,12; g.l.= 3; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 55 O que pode reduzir o efeito da pílula (N=3260) a) Álcool e/ou drogas (N=179) 5,5% b) Determinados medicamentos, tais como calmantes, ansiolíticos ou antibióticos (N=745) 22,9% c) Ambas as alíneas anteriores (N=1930, opção certa) 59,2% d) Não sei (N=406) 12,5% Comparação entre géneros O que pode reduzir o efeito da pílula (N=3260)a) Homem Mulher a) a) b) c) (certa) d) 8,6% 4,1% 15,1% 26,2% 56% 60,6% 20,3% 9% (χ²= 135,84; g.l.= 3; p≤ .001) Qual das seguintes afirmações é verdadeira para prevenir as ISTs (N=3233) a) Urinar depois de ter relações sexuais (N=29) 0,9% b) O dispositivo intra-uterino (DIU) impede as ISTs (N=11) 0,3% c) O preservativo é o melhor método de prevenção de ISTs (N=2957, opção certa) 91,5% d) Observar sinais de ISTs antes de ter relações sexuais (N=117) 3,6% d) Não sei (N=119) 3,7% Comparação entre géneros Qual das seguintes afirmações é verdadeira para prevenir as ISTs (N=3233)a) Homem Mulher a) 56 a) b) c) (certa) d) e) 0,9% 0,9% 0,7% 0,2% 87,3% 93,3% 4,5% 3,2% 6,5% 2,4% (χ²= 42,37; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Conhecimentos face ao VIH/Sida (I) A maioria revela um nível de conhecimentos alto em relação aos meios de transmissão do VIH/Sida, uma vez que responde acertadamente a todas as questões que se referem efectivamente a meios de transmissão. Refira-se que o grau de certeza baixa relativamente ao não se poder ficar infectado com o VIH/Sida por usar utensílios para comer ou beber (pratos, talheres, copos) já usados por outra pessoa; e relativamente à possibilidade de ficar infectado com uma transfusão de sangue num hospital em Portugal, a maioria responde afirmativamente (apesar de a resposta estar incorrecta). As mulheres que frequentam o ensino superior revelam melhores conhecimentos de todos os meios de transmissão do VIH/Sida e os homens referem mais frequentemente que não sabem. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a questão – Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida com uma transfusão de sangue, num hospital, em Portugal. a) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida se usar uma agulha e/ou seringa já utilizada por outra pessoa? (N=3264) b) Se alguém infectado com o VIH/Sida tossir ou espirrar perto de outras pessoas, estas poderão ficar também infectadas? (N=3253) c) Se uma mulher infectada com o VIH/Sida estiver grávida, o seu bebé pode ficar infectado? (N=3256) d) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por abraçar alguém que está infectado? (N=3254) e) Tomar a pílula pode proteger uma mulher de ser infectada pelo VIH/Sida? (N=3255) f) Uma pessoa pode ficar infectada pelo VIH/Sida se tiver relações sexuais sem utilizar preservativo, mesmo que seja só uma vez? (N=3257) g) Uma pessoa pode parecer muito saudável e estar infectada com o VIH/Sida? (N=3249) h) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por usar utensílios para comer ou beber (pratos, talheres, copos) já usados por outra pessoa? (N=3246) i) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida com uma transfusão de sangue, num hospital, em Portugal? (N=3249) Sim Não Não sei 98,7% 0,7% 0,6% 4,3% 90,5% 5,2% 93,7% 2,9% 3,4% 2,4% 96,9% 0,7% 1,4% 96,8% 1,8% 98,5% 0,9% 0,6% 97,3% 1% 1,7% 12,5% 78,6% 8,9% 59,3% 31,1% 9,6% Nota: A negrito as respostas correctas. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 57 Comparação entre géneros Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida se usar uma agulha e/ou seringa já utilizada por outra pessoa (N=3264)a) Sim Não Não Sei Homem Mulher a) (N=3222) (N=23) (N=19) 97,9% 99,1% 0,8% 0,7% 1,3% 0,3% (χ²= 13,55; g.l.= 2; p≤ .001) Se alguém infectado com o VIH/Sida tossir ou espirrar perto de outras pessoas, estas poderão ficar também infectadas (N=3253)a) Sim Não Não Sei (N=139) (N=2945) (N=169) Homem 6,5% 86,5% 6,9% Mulher 3,3% 92,3% 4,4% a) (χ²= 27,42; g.l.= 2; p≤ .001) Se uma mulher infectada com o VIH/Sida estiver grávida, o seu bebé pode ficar infectado (N=3256)a) Sim Não Não Sei Homem Mulher a) (N=3050) (N=94) (N=112) 89,3% 95,6% 4,4% 2,2% 6,3% 2,2% (χ²= 47,62; g.l.= 2; p≤ .001) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por abraçar alguém que está infectado (N=3254)a) Sim Não Não Sei Homem Mulher a) (N=79) (N=3152) (N=23) 3% 2,2% 95,2% 97,6% 1,8% 0,2% (χ²= 27,49; g.l.= 2; p≤ .001) Tomar a pílula pode proteger uma mulher de ser infectada pelo VIH/Sida (N=3255)a) Homem Mulher a) Sim Não Não Sei (N=46) (N=3151) (N=58) 1,6% 1,3% 95% 97,6% 3,4% 1,1% (χ²= 20,86; g.l.= 2; p≤ .001) Uma pessoa pode ficar infectada pelo VIH/Sida se tiver relações sexuais sem utilizar preservativo, mesmo que seja só uma vez (N=3257)a) Sim Não Não Sei Homem Mulher a) 58 (N=3208) (N=29) (N=20) 97,1% 99,1% 1,4% 0,7% 1,4% 0,3% (χ²= 19,92; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Uma pessoa pode parecer muito saudável e estar infectada com o VIH/Sida (N=3249)a) Homem Mulher a) Sim Não Não Sei (N=3160) (N=34) (N=55) 95,7% 97,9% 1,2% 1% 3,1% 1,1% (χ²= 16,35; g.l.= 2; p≤ .001) Uma pessoa pode ficar infectada com o VIH/Sida por usar utensílios para comer ou beber (pratos, talheres, copos) já usados por outra pessoa (N=3246)a) Sim Não Não Sei Homem Mulher a) (N=405) (N=2551) (N=290) 16,7% 10,7% 72,8% 81,1% 10,5% 8,2% (χ²= 29,66; g.l.= 2; p≤ .001) Conhecimentos face ao VIH/Sida (II) De seguida, inquiriu-se os jovens estudantes do ensino superior sobre as vias de transmissão do VIH e a maioria identificou o sangue, as seringas e o esperma (todas as vias presentes). Analisadas as diferenças entre géneros, verificou-se que as mulheres mais frequentemente reconhecem como via de transmissão o sangue, as seringas e o esperma, e mais frequentemente reconhecem como não sendo via de transmissão as picadas de mosquito, as casas de banho, os beijos e os abraços. Os homens mais frequentemente afirmam não saber. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para as seguintes vias de transmissão: lágrimas, urina e piscinas. Vias de transmissão do VIH (N=3270) Sim Não a) Saliva 11,1% 88,9% b) Sangue 96,6% 3,4% c) Lágrimas 1,3% 98,7% d) Urina 6,9% 93,1% e) Picadas de mosquito 20,6% 79,4% f) Casas de banho 10,5% 89,5% g) Piscinas 1,7% 98,3% h) Seringas 94,4% 5,6% i) Esperma 86,8% 13,2% j) Beijos 2,8% 97,2% K) Abraços 0,2% 99,8% l) Não sei 1,3% 98,7% Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 59 Comparação entre géneros Vias de transmissão do VIH – Saliva (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=364) (N=2906) 13% 10,3% 87% 89,7% (χ²= 5,18; g.l.= 1; p≤ .050) Vias de transmissão do VIH - Sangue (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=3158) (N=112) 95,5% 97,1% 4,5% 2,9% (χ²= 5,39; g.l.= 1; p≤ .050) Vias de transmissão do VIH – Picadas de mosquito (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=673) (N=2597) 23,5% 19,3% 76,5% 80,7% (χ²= 7,58; g.l.= 1; p≤ .010) Vias de transmissão do VIH – Casas de banho (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=344) (N=2926) 12,8% 9,5% 87,2% 90,5% (χ²= 8,04; g.l.= 1; p≤ .010) Vias de transmissão do VIH - Seringas (N=3270)a) Homem Mulher a) 60 Sim Não (N=3087) (N=183) 92% 95,4% 8% 4,6% (χ²= 15,27; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Vias de transmissão do VIH – Esperma (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=2839) (N=431) 79,6% 90% 20,4% 10% (χ²= 64,74; g.l.= 1; p≤ .000) Vias de transmissão do VIH - Beijos (N=3270)a) Sim Não (N=93) (N=3177) Homem 4,2% 95,8% Mulher 2,2% 97,8% a) (χ²= 10,05; g.l.= 1; p≤ .010) Vias de transmissão do VIH - Abraços (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=8) (N=3262) 0,8% 0% 99,2% 100% (χ²= 18,47; g.l.= 1; p≤ .001) Vias de transmissão do VIH – Não Sei (N=3270)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=41) (N=3229) 2,9% 0,5% 97,1% 99,5% (χ²= 32,19; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 61 62 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 ATITUDES MODELO 63 64 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 ATITUDES Atitudes face à sexualidade, aos métodos contraceptivos e ao preservativo Produziram-se afirmações com as quais os estudantes tinham que concordar ou discordar, demonstrando desse modo uma atitude positiva ou negativa, respectivamente. Avaliou-se as atitudes sexuais, as atitudes face à contracepção e as atitudes face ao uso do preservativo. Os respondentes concordaram com todas as afirmações, expressando uma atitude muito positiva em relação a todas as afirmações, à excepção da que identificava o orgasmo como a melhor experiência da vida, com a qual o grau de concordância foi menor. Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente revelaram uma atitude mais positiva em relação à contracepção e ao preservativo e os homens mais frequentemente revelaram uma atitude mais positiva em relação ao sexo. a) A contracepção faz parte de uma sexualidade responsável. (N=3262) b) O orgasmo é a melhor experiência do mundo. (N=3247) c) O sexo é uma parte muito importante da vida. (N=3254) d) É fácil usar os métodos contraceptivos que reduzem as possibilidades de vir a ter uma IST. (N=3238) e) Não sinto que seja insulto sugerir ao meu parceiro sexual o uso do preservativo para evitar uma IST. (N=3230) f) Sinto-me melhor comigo próprio(a) quando uso métodos contraceptivos. (N=3237) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 0,8% 1,6% 97,6% 7,9% 34,1% 58,1% 3,7% 16,2% 80,1% 2,9% 8,6% 88,5% 2,1% 6,3% 91,5% 3,7% 22,2% 74,1% Comparação entre géneros A contracepção faz parte de uma sexualidade responsável (N=3262)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 1,3% 0,6% 3,5% 0,7% 95,2% 98,7% (χ²= 37,95; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 65 O orgasmo é a melhor experiência do mundo (N=3247)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 7,9% 7,8% 22,2% 39,2% 69,9% 52,9% (χ²= 92,30; g.l.= 2; p≤ .001) O sexo é uma parte muito importante da vida (N=3254)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 2,5% 4,3% 10,2% 18,8% 87,2% 76,9% (χ²= 45,81; g.l.= 2; p≤ .001) É fácil usar os métodos contraceptivos que reduzem as possibilidades de vir a ter uma IST (N=3238)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 3,7% 2,6% 10,4% 7,8% 85,9% 89,6% (χ²= 9,21; g.l.= 2; p≤ .010) Não sinto que seja insulto sugerir ao meu parceiro sexual o uso do preservativo para evitar uma IST (N=3230)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 3,5% 1,6% 12,4% 3,7% 84,1% 94,8% (χ²= 103,40; g.l.= 2; p≤ .001) Sinto-me melhor comigo próprio(a) quando uso métodos contraceptivos (N=3237)a) Homem Mulher a) 66 Discordo Não concordo nem discordo Concordo 7,2% 2,2% 28,3% 19,5% 64,4% 78,2% (χ²= 87,52; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Atitudes face ao preservativo e teste do VIH Questionaram-se os jovens sobre atitudes face ao preservativo e ao teste do VIH no próximo mês, designadamente convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo uma atitude preventiva ou não. A maioria dos jovens expressou uma atitude muito preventiva em relação a praticar somente sexo seguro, ter e utilizar sempre preservativos. Relativamente há compra de preservativos, fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH o grau de aceitação foi menor. Muito mau Nem mau nem bom Muito bom a) Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês. (N=3192) 7% 28,4% 64,6% b) Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês. (N=3165) 10,7% 25,8% 63,5% c) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês. (N=3190) 9,4% 39,2% 51,4% d) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3194) 19,2% 39,2% 41,7% e) Comprar preservativos no próximo mês. (N=3183) 12,9% 46,7% 40,4% f) Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3161) 22,1% 42,9% 35% Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente revelaram uma atitude mais preventiva no sentido de convencer o parceiro a ter somente sexo seguro; e os homens mais frequentemente revelaram uma atitude preventiva em relação a comprar e ter sempre preservativos e uma atitude pouco preventiva em relação ao fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH. Não existiram diferenças entre os géneros para a questão utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais. Comparação entre géneros Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3192)a) Homem Mulher a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 9,3% 6% 34,6% 25,7% 56,1% 68,3% (χ²= 45,04; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 67 Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3190)a) Homem Mulher a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 8,2% 9,9% 28,7% 43,8% 63,1% 46,3% (χ²= 78,25; g.l.= 2; p≤ .001) Comprar preservativos no próximo mês (N=3183)a) Homem Mulher a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 14% 12% 43,1% 48,3% 42,9% 39,3% (χ²= 7,25; g.l.= 2; p≤ .050) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3194)a) Homem Mulher a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 23,9% 17,1% 40,4% 38,6% 35,7% 44,3% (χ²= 28,70; g.l.= 2; p≤ .001) Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3161)a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom Homem 27,7% 46,5% 25,8% Mulher 19,7% 41,3% 38,9% a) (χ²= 56,18; g.l.= 2; p≤ .001) Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro, e ter e utilizar sempre preservativos. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere com maior frequência que seria muito bom fazer o teste do VIH no próximo mês. Comparação na duração do relacionamento1 Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=2900)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 5,6% 6,5% 7,8% 25,2% 27,1% 31,4% 69,2% 66,4% 60,8% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) 68 (χ²= 17,56; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=2881)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 7,2% 7,3% 14,3% 20,1% 26,2% 29% 72,7% 66,5% 56,7% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 68,58; g.l.= 4; p≤ .001) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2895)a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 6,9% 6,3% 11,6% 38,1% 36,9% 38,6% 55% 56,8% 49,8% Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 22,71; g.l.= 4; p≤ .001) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=2901)a) Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 19,9% 18,4% 18,3% 38,4% 45,8% 38% 41,8% 35,8% 43,7% Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 11,47; g.l.= 4; p≤ .050) No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que referem com maior frequência que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro, e ter e utilizar sempre preservativos. Os jovens mais velhos apresentam uma atitude negativa face a estes potenciais comportamentos protectores. Comparação entre idades2 Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3192)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 5,3% 10,2% 16,4% 26,8% 31,6% 36,2% 67,8% 58,1% 47,4% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 57,33; g.l.= 4; p≤ .001) Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=3165)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Muito mau Nem mau nem bom Muito bom 9,3% 13,2% 20% 23,8% 29,4% 40,9% 66,9% 57,5% 39,1% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 55,17; g.l.= 4; p≤ .001) Nota: Os cálculos apresentados na brochura II (em anexo) sobre estas atitudes apresentam valores diferentes devido a se ter seleccionado apenas o grupo de jovens que teve relações sexuais (N=2730). Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 69 Atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida Quando questionados sobre atitudes perante sujeitos infectados com o VIH/Sida, a grande maioria expressa uma atitude de aceitação, uma vez que a percentagem de respostas situa-se acima dos 90% relativamente a todas as afirmações, nomeadamente concordando que deve ser permitido aos jovens infectados com o VIH frequentar a escola, que eram capazes de assistir a uma aula ao lado de um colega infectado com o VIH, e que visitariam um amigo(a) que estivesse infectado com o VIH; e discordando que deixariam de ser amigos duma pessoa que estivesse infectada com o VIH e que as pessoas infectadas com o VIH deveriam viver à parte do resto da população. Quanto aos géneros, verifica-se que os homens mais frequentemente não têm a certeza, e as mulheres mais frequentemente expressam uma atitude tolerante perante os sujeitos infectados com o VIH/Sida. a) Eu deixaria de ser amigo duma pessoa que estivesse infectada com o VIH. (N=3266) b) Deve ser permitido aos jovens infectados com o VIH frequentar a escola. (N=3263) c) Eu era capaz de assistir a uma aula ao lado de um colega infectado com o VIH. (N=3259) d) Eu visitaria um amigo(a) que estivesse infectado(a) com o VIH. (N=3262) e) As pessoas infectadas com o VIH deveriam viver à parte do resto da população. (N=3265) Concordo Não tenho a certeza Discordo 1% 6,4% 92,6% 92,4% 4,8% 2,7% 90,8% 6,5% 2,7% 96,5% 2,7% 0,8% 1,3% 1,7% 97% Comparação entre géneros Eu deixaria de ser amigo duma pessoa que estivesse infectada com o VIH (N=3266)a) Homem Mulher a) Concordo Não tenho a certeza Discordo 2% 0,6% 9,3% 5,1% 88,6% 94,3% (χ²= 35,35; g.l.= 2; p≤ .001) Deve ser permitido aos jovens infectados com o VIH frequentar a escola (N=3263)a) Homem Mulher a) 70 Concordo Não tenho a certeza Discordo 87,2% 94,7% 8,8% 3,2% 4,1% 2,1% (χ²= 58,21; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Eu era capaz de assistir a uma aula ao lado de um colega infectado com o VIH (N=3259)a) Homem Mulher a) Concordo Não tenho a certeza Discordo 87% 92,3% 10% 5% 3% 2,7% (χ²= 28,11; g.l.= 2; p≤ .001) Eu visitaria um amigo(a) que estivesse infectado(a) com o VIH (N=3262)a) Homem Mulher a) Concordo Não tenho a certeza Discordo 95% 97,2% 4,2% 2,1% 0,8% 0,7% (χ²= 11,18; g.l.= 2; p≤ .010) As pessoas infectadas com o VIH deveriam viver à parte do resto da população (N=3265)a) Homem Mulher a) Concordo Não tenho a certeza Discordo 1,2% 1,4% 3,5% 0,9% 95,3% 97,8% (χ²= 28,09; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 71 72 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 NORMAS MODELO 73 74 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Normas Normas subjectivas (opinião dos outros) face ao preservativo e teste do VIH Questionaram-se os jovens sobre normas subjectivas, ou seja, se a opinião das pessoas importantes na vida de cada jovem pode interferir na tomada de decisão face ao preservativo e ao teste do VIH no próximo mês, designadamente se a maior parte das pessoas considera importante convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, e fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo a influência positiva ou não das pessoas que rodeiam os jovens. A maioria dos jovens expressou ter uma influência positiva em relação ao convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, ter e usar sempre preservativos; e verificou-se uma influência menor no comprar preservativos, e fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH. A maior parte das pessoas, que são importantes para mim, pensam que devia: Completamente falso Nem falso Completamente nem verdade verdade a) Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês. (N=3151) 12,6% 30,4% 57% b) Praticar somente sexo seguro no próximo mês. (N=3181) 17,9% 33,7% 48,4% c) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês. (N=3161) 16,5% 39,4% 44% d) Comprar preservativos no próximo mês. (N=3168) 21% 44,2% 34,8% e) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3179) 36% 41,6% 22,4% 32,5% 44,4% 23,1% f) Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3148) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 75 Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente revelaram uma influência positiva, por parte das pessoas que consideram importantes na sua vida, no sentido de terem somente sexo seguro e pedirem ao parceiro para fazer o teste do VIH; e os homens mais frequentemente revelaram uma opinião positiva por parte das outras pessoas em relação a comprar e ter sempre preservativos. Não existiram diferenças entre os géneros para a questão utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais e fazer o teste do VIH. Comparação entre géneros Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3181)a) Homem Mulher a) Completemente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 16,5% 18,5% 37,8% 32% 45,8% 49,6% (χ²= 10,29; g.l.= 2; p≤ .010) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3161)a) Homem Mulher a) Completemente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 10,9% 19% 35,3% 41,2% 53,8% 39,8% (χ²= 62,24; g.l.= 2; p≤ .001) Comprar preservativos no próximo mês (N=3168)a) Homem Mulher a) Completemente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 17,6% 22,5% 44% 44,3% 38,4% 33,2% (χ²= 12,61; g.l.= 2; p≤ .010) Pedir parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3148)a) Homem Mulher a) 76 Completemente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 31,8% 32,8% 47,5% 43,1% 20,7% 24,1% (χ²= 6,61; g.l.= 2; p≤ .050) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que as outras pessoas consideram importante praticar somente sexo seguro, comprar e utilizar sempre preservativos. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere com maior frequência que as outras pessoas consideram importante fazer o teste do VIH no próximo mês. Comparação na duração do relacionamento1 Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=2866)a) Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade Relacionamento com menos de 6 meses 7,4% 29,3% 63,3% Relacionamento entre 6 meses e 1 ano 12,6% 16% 28,4% 32,3% 58,9% 51,7% Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 44,90; g.l.= 4; p≤ .001) Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=2887)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 13,3% 15,1% 21,9% 33,6% 34,2% 33,8% 53,2% 50,7% 44,2% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 34,18; g.l.= 4; p≤ .001) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2870)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Completamente falso Nem falso nem verdade Completament e verdade 11,4% 12,8% 41,9% 39,9% 46,7% 47,2% 20% 37,9% 42,1% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 32,60; g.l.= 4; p≤ .001) Comprar preservativos no próximo mês (N=2877)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 16,5% 19,2% 24,1% 45,1% 45,1% 42,7% 38,3% 35,7% 33,3% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 19,75; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 77 Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=2888)a) Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 35,8% 32% 36,9% 42,7% 49,3% 39,8% 21,5% 18,7% 23,3% Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 13,42; g.l.= 4; p≤ .010) No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que referem com maior frequência que as outras pessoas consideram importante praticar somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos. Os jovens mais velhos mencionam com maior frequência que as outras pessoas consideram importante fazer o teste do VIH. Comparação entre idades2 Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=3151)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 10,6% 15% 36% 28,4% 35,4% 35,1% 61,1% 49,6% 28,9% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 100,72; g.l.= 4; p≤ .001) Praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3181)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 15,3% 22,8% 32,7% 32,9% 35,9% 34,5% 51,7% 41,3% 32,7% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 54,13; g.l.= 4; p≤ .001) Ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2870)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 15,1% 17,8% 36% 40,1% 38,5% 32,5% 44,8% 43,6% 31,6% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) 78 (χ²= 35,86; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Comprar preservativos no próximo mês (N=3168)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 19,3% 23,7% 34,5% 44,2% 45,1% 38,1% 36,4% 31,2% 27,4% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 23,31; g.l.= 4; p≤ .001) Fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3179)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Completamente falso Nem falso nem verdade Completamente verdade 34,9% 37% 50% 43,5% 37,7% 32,5% 21,6% 25,3% 17,5% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 19,13; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 79 80 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTENÇÕES MODELO 81 82 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Intenções Intenções face ao preservativo e teste do VIH Questionaram-se os jovens sobre intenções face ao preservativo e ao teste do VIH no próximo mês, designadamente se tencionam convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, comprar, ter e utilizar sempre preservativos, fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH, demonstrando desse modo ter vontade ou não de ter um comportamento sexual preventivo. A maioria dos jovens expressou tencionar convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro e usar sempre preservativos; e considerou pouco provável fazer e pedir ao parceiro para fazer o teste do VIH. Cerca de 35% e 46% dos respondentes mencionou tencionar comprar e ter sempre preservativos, respectivamente. Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável a) Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês. (N=3180) 10,9% 21,8% 67,3% b) Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês. (N=3173) 16,6% 18,8% 64,6% c) Tencionar ter sempre preservativos consigo no próximo mês. (N=3178) 24,3% 29,8% 45,8% d) Tencionar comprar preservativos no próximo mês. (N=3190) 34,1% 30,4% 35,4% e) Tencionar pedir ao parceiro para fazer a análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3159) 50,7% 32,9% 16,4% f) Tencionar fazer a análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês. (N=3191) 53,1% 30,7% 16,2% Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 83 Relativamente às diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente tencionam persuadir o parceiro a ter somente sexo seguro e utilizar sempre preservativos, e menos frequentemente tencionam fazer o teste do VIH. Os homens mais frequentemente tencionam comprar e ter sempre preservativos. Comparação entre géneros Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3180)a) Homem Mulher a) Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 14,2% 9,4% 27% 19,5% 58,8% 71,1% (χ²= 46,67; g.l.= 2; p≤ .001) Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=3173)a) Homem Mulher a) Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 15,7% 17% 23,4% 16,8% 60,9% 66,3% (χ²= 19,20; g.l.= 2; p≤ .001) Tencionar ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=3178)a) Homem Mulher a) Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 14,8% 28,5% 26,6% 31,3% 58,6% 40,2% (χ²= 106,39; g.l.= 2; p≤ .001) Tencionar comprar preservativos no próximo mês (N=3190)a) Homem Mulher a) Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 26,7% 37,4% 31,5% 30% 41,8% 32,6% (χ²= 39,40; g.l.= 2; p≤ .001) Tencionar fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3191)a) Homem Mulher a) 84 Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 49,9% 54,4% 33,6% 29,5% 16,5% 16,1% (χ²= 6,46; g.l.= 2; p≤ .050) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Quanto às diferenças na duração do relacionamento, quem tem um relacinamento há menos de 6 meses tenciona mais frequentemente persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro, ter e utilizar sempre preservativos. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere mais frequentemente não tencionar comprar preservativos. Comparação na duração do relacionamento1 Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=2889)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 9% 10% 20,3% 19,5% 70,7% 70,5% 12,6% 23,8% 63,6% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 16,63; g.l.= 4; p≤ .001) Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=2886)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 8,9% 14,5% 22,4% 16,8% 16,6% 20,4% 74,3% 69,9% 57,2% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 87,32; g.l.= 4; p≤ .001) Tencionar ter sempre preservativos consigo no próximo mês (N=2889) a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 17,8% 18,3% 27,4% 31,9% 31,9% 27,7% 50,3% 49,8% 45% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 34,04; g.l.= 4; p≤ .001) Tencionar comprar preservativos no próximo mês (N=2899)a) Relacionamento com menos de 6 meses Relacionamento entre 6 meses e 1 ano Relacionamento com mais de 1 ano Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 27,3% 29,3% 36,4% 36,3% 32,7% 26,8% 36,4% 38,1% 36,8% 1 (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. com mais de um ano.) a) (χ²= 31,96; g.l.= 4; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 85 No que se refere às diferenças entre idades, são os jovens mais novos que referem com maior frequência que tencionam persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro e utilizar sempre preservativos. Os jovens entre os 22 e 28 anos mencionam com maior frequência que tencionam fazer e pedir ao parceiro o teste do VIH. Comparação entre idades2 Tencionar persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro no próximo mês (N=3180)a) Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável Entre 18 e 21 anos 8,9% 20,2% 70,9% Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos 14,7% 23,7% 24,6% 32,5% 60,6% 43,9% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 67,07; g.l.= 4; p≤ .001) Tencionar utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais no próximo mês (N=3173)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 13,6% 21,8% 37,9% 17,7% 20,4% 28,4% 68,7% 57,7% 33,6% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 94,63; g.l.= 4; p≤ .001) Tencionar pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3159)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 51% 48,9% 58,3% 33,8% 31% 29,6% 15,2% 20,1% 12,2% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) (χ²= 13,44; g.l.= 4; p≤ .010) Tencionar fazer análise ao sangue (teste VIH) no próximo mês (N=3191)a) Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos Pouco provável Nem pouco nem muito provável Muito provável 53,3% 51,3% 60,9% 31,6% 29,2% 25,2% 15,1% 19,5% 13,9% 2 (Três grupos: grupo1= Dos 18 aos 21 anos; grupo2= Entre os 22 e 28 anos e grupo3= Dos 29 e os 35 anos.) a) 86 (χ²= 11,40; g.l.= 4; p≤ .050) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 CONFORTO MODELO 87 88 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 CONFORTO Grau de conforto A maior parte dos jovens revela um grau de conforto positivo em relação a comprar preservativos numa loja, trazê-los consigo ou adquiri-los no centro de saúde. Verificam-se diferenças entre géneros, nomeadamente os homens revelam maior grau de conforto em relação a comprar preservativos numa loja ou a trazê-los consigo e as mulheres mais frequentemente discordam que trazer um preservativo consigo significa que estão a planear ter relações sexuais. a) Seria desconfortável comprar preservativos numa loja. (N=3196) b) Seria desconfortável trazer consigo preservativos. (N=3188) c) Trazer um preservativo consigo significa que está a planear ter relações sexuais. (N=3188) d) Seria desconfortável adquirir preservativos no centro de saúde. (N=3189) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 60,6% 23,4% 16,1% 70,5% 19,5% 9,9% 63,2% 24,3% 12,4% 66,9% 20,3% 12,8% Comparação entre géneros Seria desconfortável comprar preservativos numa loja (N=3196)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 67,6% 57,6% 21,6% 24,2% 10,8% 18,3% (χ²= 36,39; g.l.= 2; p≤ .001) Seria desconfortável trazer consigo preservativos (N=3188)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 73,9% 69,1% 19,2% 19,7% 6,9% 11,2% (χ²= 14,90; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 89 Trazer um preservativo consigo significa que está a planear ter relações sexuais (N=3188)a) Homem Mulher a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo 57,4% 65,7% 26,8% 23,3% 15,7% 11% (χ²= 22,65; g.l.= 2; p≤ .001) Seria desconfortável adquirir preservativos no centro de saúde (N=3189)a) Discordo Não concordo nem discordo Concordo Homem 65% 23,3% 11,7% Mulher 67,7% 19,1% 13,3% a) 90 (χ²= 7,79; g.l.= 2; p≤ .050) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS MODELO SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL 91 92 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 COMPETÊNCIAS Competências face ao Preservativo Percepção da dificuldade Avaliou-se o grau de dificuldade em relação a apoiar o parceiro sexual se ele começasse a falar em usar preservativo, utilizar preservativo sempre que se tem relações sexuais ocasionais, falar sobre sexo seguro numa situação não sexual, recusar ter relações sexuais com alguém que se conheceu recentemente se ele não quiser usar preservativo, comprar preservativos e utilizar preservativo com o parceiro estando sob a influência de drogas ou álcool. A maioria dos inquiridos considerou que era fácil. Os homens mais frequentemente consideraram que era fácil comprar preservativos; e as mulheres mais frequentemente consideraram que era fácil apoiar o parceiro sexual se ele começasse a falar em usar preservativo, falar sobre sexo seguro numa situação não sexual, a utilizar preservativo sempre que se tem relações sexuais ocasionais e a recusar ter relações sexuais, com alguém que se conheceu recentemente se ele não quiser usar preservativo. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a seguinte questão: até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo com o seu parceiro se estivesse sob a influência de drogas ou álcool. Percepção da dificuldade a) Até que ponto seria difícil dar apoio ao seu parceiro sexual se ele começasse a falar acerca do uso de preservativo para reduzir o risco de contrair diferentes ISTs. (N=3205) b) Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo, todas as vezes que tem encontros sexuais ocasionais. (N=3175) c) Até que ponto seria difícil para si falar de sexo seguro com o seu parceiro numa situação não sexual, como por exemplo, enquanto conduz. (N=3219) d) Até que ponto consegue recusar ter relações sexuais com alguém que conheceu recentemente, se ela se recusasse a usar preservativo. (N=3177) e) Até que ponto é difícil para si comprar preservativos. (N=3234) f) Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo com o seu parceiro se estivesse sob a influência de drogas ou álcool. (N=3148)* Díficil Nem fácil nem difícil Fácil 2,8% 15,4% 81,8% 5,1% 19,8% 75,1% 5,6% 21,7% 72,8% 10,9% 21,2% 67,9% 12,1% 29% 58,9% 16,6% 32,9% 50,5% *A opção f) não foi incluida no modelo sobre comportamentos sexuais saudáveis. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 93 Comparação entre géneros Até que ponto seria difícil dar apoio ao seu parceiro sexual se ele começasse a falar acerca do uso de preservativo para reduzir o risco de contrair diferentes ISTs (N=3205)a) Nem fácil nem Difícil Fácil difícil Homem Mulher a) 3,1% 2,7% 21,5% 12,8% 75,4% 84,5% (χ²= 40,37; g.l.= 2; p≤ .001) Até que ponto seria difícil para si utilizar preservativo, todas as vezes que tem encontros sexuais ocasionais (N=3175)a) Nem fácil nem Difícil Fácil difícil Homem Mulher a) 6,7% 4,4% 22,6% 18,6% 70,6% 77% (χ²= 16,47; g.l.= 2; p≤ .001) Até que ponto seria difícil para si falar de sexo seguro com o seu parceiro numa situação não sexual, como por exemplo, enquanto conduz (N=3219)a) Nem fácil nem Difícil Fácil difícil Homem Mulher a) 6,1% 5,3% 25,2% 19,7% 67,8% 75% (χ²= 18,48; g.l.= 2; p≤ .001) Até que ponto consegue recusar ter relações sexuais com alguém que conheceu recentemente, se ela se recusasse a usar preservativo (N=3177)a) Nem fácil nem Difícil Fácil difícil Homem Mulher a) 18,2% 7,7% 32,2% 16,5% 49,5% 75,8% (χ²= 214,17; g.l.= 2; p≤ .001) Até que ponto é difícil para si comprar preservativos (N=3234)a) Homem Mulher a) 94 Difícil Nem fácil nem difícil Fácil 6% 14,7% 22,7% 31,7% 71,2% 53,6% (χ²= 97,05; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Percepção de eficácia Avaliou-se o grau de eficácia em relação a conversar e convencer o parceiro a praticar somente sexo seguro, ter a certeza que vai utilizar o preservativo, recusar ter relações sexuais desprotegidas, fazer planos com antecedência para ter a certeza que têm sempre preservativos com eles (elas) de cada vez que têm relações sexuais e persuadir o parceiro para fazer o teste do VIH. A maioria dos inquiridos considerou que era eficaz, em especial as mulheres. Não existiram diferenças significativas entre os géneros para a seguinte questão: com que eficácia consegue fazer planos com antecedência para ter a certeza que tem sempre preservativos consigo de cada vez que tem relações sexuais. Percepção de eficácia a) Com que eficácia consegue convencer o seu parceiro a praticar somente sexo seguro. (N=3165) b) Com que eficácia consegue dizer ao seu parceiro que pretende somente praticar sexo seguro. (N=3174) c) Com que eficácia pode ter a certeza que vai utilizar preservativo. (N=3159) d) Com que eficácia consegue recusar ter relações sexuais desprotegidas. (N=3180) e) Com que eficácia consegue fazer planos com antecedência para ter a certeza que tem sempre preservativos consigo de cada vez que tem relações sexuais. (N=3146)* f) Com que eficácia consegue persuadir o seu parceiro a fazer o teste do VIH. (N=3184) Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz 5,3% 18,4% 76,3% 5,4% 18,4% 76,2% 4,1% 22,7% 73,2% 14,1% 21,5% 64,4% 12,5% 33,2% 54,4% 12,4% 33,3% 54,3% *A opção e) não foi incluida no modelo sobre comportamentos sexuais saudáveis. Comparação entre géneros Com que eficácia consegue convencer o seu parceiro a praticar somente sexo seguro (N=3165)a) Homem Mulher a) Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz 6,6% 4,8% 25,3% 15,4% 68,2% 79,8% (χ²= 51,38; g.l.= 2; p≤ .001) Com que eficácia consegue dizer ao seu parceiro que pretende somente praticar a) sexo seguro (N=3174) Homem Mulher a) Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz 7% 4,7% 28% 14,2% 65,1% 81,1% (χ²= 98,15; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 95 Com que eficácia pode ter a certeza que vai utilizar preservativo (N= 3159) a) Homem Mulher a) Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz 4,6% 3,9% 26% 21,3% 69,4% 74,8% (χ²= 9,94; g.l.= 2; p≤ .010) Com que eficácia consegue recusar ter relações sexuais desprotegidas (N=3180)a) Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz Homem 18,1% 30,4% 51,4% Mulher 12,4% 17,6% 70,1% a) (χ²= 103,67; g.l.= 2; p≤ .001) Com que eficácia consegue persuadir o seu parceiro a fazer o teste do VIH (N=3184)a) Homem Mulher a) 96 Ineficaz Nem eficaz nem ineficaz Eficaz 13,7% 11,8% 41,5% 29,8% 44,8% 58,4% (χ²= 52,87; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS MODELO SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 EDUCAÇÃO SEXUAL EDUCAÇÃO SEXUAL 97 98 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 EDUCAÇÃO SEXUAL Importância da educação sexual na saúde dos indivíduos Questionou-se os jovens acerca da importância que atribuem à educação sexual na saúde dos indivíduos e a maioria considerou que é muito importante. Considerando as diferenças entre géneros, são as mulheres quem mais frequentemente a considera desse modo. Importância da ES na saúde dos indivíduos, N= 3216 Razoavelment e importante 5,4% Muito importante 93,8% Nada importante 0,7% Nº de jovens em cada categoria: Muito importante,N= 3018; Razoavelmente importante, N= 174; Nada importante N= 24. Comparação entre géneros Importância da educação sexual na saúde dos indivíduos (N=3216)a) Nada importante Razoavelmente importante Muito importante 1,5% 0,4% 9,1% 3,8% 89,4% 95,7% Homem Mulher a) (χ²= 47,24; g.l.= 2; p≤ .001) Importância da educação sexual nas escolas Quanto à importância da educação sexual nas escolas, a grande maioria considera-a muito importante, em particular as mulheres. ES nas escolas N= 3205 Razoavelmente importante 6,4% Nada importante 1,7% Muito importante 91,9% Nº de jovens em cada categoria: Muito importante,N= 2945; Razoavelmente importante, N= 205; Nada importante N= 55. Comparação entre géneros Importância da educação sexual nas escolas (N=3205)a) Nada importante Razoavelmente importante Muito importante 3,2% 1,1% 9,8% 4,9% 86,9% 94% Homem Mulher a) (χ²= 47,31; g.l.= 2; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 99 Aptidão dos professores para abordar sexualidade com os alunos Quarenta por cento dos inquiridos consideram os professores razoavelmente aptos para abordar a sexualidade com os alunos. No entanto, 34% consideram-nos pouco / nada aptos. Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para a aptidão dos professores para falarem sobre sexualidade com os alunos. Aptidão dos professores para abordar sexualidade com os alunos N=3191 Nada aptos 34,2% Mto aptos 25,5% Razoavelmente aptos 40,3% Nº de jovens em cada categoria: Muito aptos,N= 814; Razoavelmente aptos, N= 1287; Nada aptos N= 1090. A educação sexual deve ser abordada nas escolas A grande maioria afirma que a educação sexual deve ser abordada nas escolas, em particular através de acções/conferências por agentes externos, na disciplina de Ciências Naturais/Biologia e nas áreas curriculares não disciplinares (Formação Cívica /Área de Projecto e Estudo Acompanhado). Verificaram-se diferenças entre géneros: as mulheres mais frequentemente concordam que a educação sexual deve ser abordada nas escolas. ES deve ser abordada nas escolas (N= 3213) Disciplinas em que deve ser abordada a educação sexual (N=3278) Não 4% Acções/conferências por agentes externos (N=3086) Sim 96% C. Naturais/ Biologia (N=3086) 57,1% Form. Cívica/Ár. Proj./Est. Acomp. (N=3086) 56,7% Nº de jovens em cada categoria: Sim,N= 3086; Não N= 127. Comparação entre géneros A educação sexual deve ser abordada nas escolas (N=3213)a) Homem Mulher a) 100 64,6% Sim Não (N=3086) (N=127) 94,1% 96,9% 5,9% 3,1% (χ²= 14,34; g.l.= 1; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Teve educação sexual na escola (nos últimos anos) A maioria dos inquiridos usufruiu, nos últimos anos, de educação sexual na escola que frequentou em disciplinas como Ciências Naturais/Biologia. Teve ES na escola nos últimos anos (N= 3210) Não 43,8% (N= 1407) Disciplinas que abordaram a educação sexual (N=1803) C. Naturais/ Biologia (N=3086) Sim 56,2% Acções/conferências por agentes externos (N=3086) (N=1803) Form. Cívica/Ár. Proj./Est. Acomp. (N=3086) 67,1% 43,8% 33,8% Sentiu que ficou esclarecido com os temas que foram abordados em educação sexual A maioria dos inquiridos afirma ter ficado muito esclarecido. Não existiram diferenças estatisticamente signifivas entre os géneros. Pouco esclarecido (N= 130) 7,3% Razoavelmente esclarecido (N= 604) 33,7% Muito esclarecido (N=1056) 59% Ficou esclarecido com os temasque foram abordados em ES (N= 1790) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 101 Quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens Em relação a quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens, a maior parte concorda que são os pais, os técnicos de saúde e a escola. Relativamente à responsabilidade da comunicação social (mass média), as opiniões dividem-se: cerca de 56% concordam e 30% não têm a certeza. Quanto às diferenças entre géneros, os homens mais frequentemente revelam não concordar nem discordar e as mulheres mais frequentemente concordam com a responsabilidade dos pais, técnicos de saúde e escola. Discordo Não concordo nem discordo Concordo a) Pais/Família (N=3196) 0,7% 4,5% 94,8% b) Técnicos de saúde (N=3125) 0,6% 5,2% 94,2% c) Escola (N=3139) 1,5% 7,3% 91,1% d) Comunicação social (mass média) (N=2970) 14,1% 29,8% 56,1% Comparação entre géneros Pais/Família (N=3196)a) Homem Mulher a) Concordo Não concordo nem discordo Discordo 93,6% 95,3% 6% 3,9% 0,4% 0,8% (χ²= 8,34; g.l.= 2; p≤ .050) Técnicos de saúde (N=3125)a) Homem Mulher a) Concordo Não concordo nem discordo Discordo 89,6% 96,1% 9,4% 3,4% 1,1% 0,5% Concordo Não concordo nem discordo Discordo 88,3% 92,4% 9,5% 6,4% 2,2% 1,2% (χ²= 51,33; g.l.= 2; p≤ .001) Escola (N=3139)a) Homem Mulher a) (χ²= 14,24; g.l.= 2; p≤ .001) Nota: Os cálculos apresentados na brochura II (em anexo) sobre quem deve ser responsável pela educação sexual dos jovens, apresentam valores diferentes devido à recodificação dicotómica das opções de resposra. 102 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade Quanto às fontes de conhecimento da sexualidade, destacam-se os amigos, a internet, a comunicação social e o centro de saúde. As mulheres mais frequentemente obtêm informação no centro de saúde, enquanto os homens mais frequentemente a obtêm na internet ou através dos irmãos. Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para os amigos, comunicação social (mass média), namorado (a), pais e professores. Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade (N=3204) a) Amigos (N=2113) 65,9% b) Internet (N=1560) 48,7% c) Comunicação Social (mass média) (N=1497) 46,7% d) Centro de Saúde (N=1304) 40,7% e) Namorado (a) (N=1250) 39% f) Pais (N=1248) 39% g)Professores (N=872) 27,2% h) Irmãos (N=315) 9,8% Comparação entre géneros Internet (N=3204)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1560) (N=1644) 53,7% 46,6% 46,3% 53,4% (χ²= 13,48; g.l.= 1; p≤ .001) Centro de saúde (N=3204)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=1304) (N=1900) 24,7% 47,5% 75,3% 52,5% (χ²= 144,76; g.l.= 1; p≤ .001) Irmãos (N=3204)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=315) (N=2889) 11,8% 9% 88,2% 91% (χ²= 6,08; g.l.= 1; p≤ .050) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 103 Sente-se devidamente informado em relação a todas as questões relacionadas com a sexualidade A maioria sente-se devidamente informada sobre todos os temas relacionados com a sexualidade, em especial os homens. Sente-se informado sobre todos os temas relacionados com a sexualidade (N= 3216) Comparação entre géneros Informação sobre todos os temas (N=3216)a) Não 31% Sim 69% Sim Não (N=2219) (N=997) Homem 76,5% 23,5% Mulher 65,8% 34,2% a) Nº de jovens em cada categoria: Sim,N= 2219; Não, N= 997. (χ²= 35,73; g.l.= 1; p≤ .001) Assuntos que gostaria de ver esclarecidos: Considerando apenas os jovens que afirmaram não se sentir informados, a maioria selecciona infecções sexualmente transmissíveis/Sida, contracepção e sexo seguro, e segurança pessoal como os temas que desejaria ver esclarecidos, e puberdade como o menos relevante. Verificaram-se diferenças entre géneros, as mulheres mais frequentemente identificam as infecções sexualmente transmissíveis e a segurança pessoal, e os homens a puberdade. Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os géneros para a contracepção e sexo seguro, prazer e orgasmo, comunicação acerca do relacionamento amoroso, gravidez e parentalidade na adolescência, masturbação, atracção/amor e intimidade, imagem corporal, homossexualidade, sonhos molhados e reprodução e nascimento. Assuntos que gostaria de ver esclarecidos (apenas sujeitos que mencionaram não se sentir esclarecidos, N=997) 60% ISTs e Sida (N=598) 45,8% Contracepção e sexo seguro (N=457) 34,8% Segurança pessoal (prevenção do abuso sexual) (N=347) 26,2% Prazer e orgasmo (N=261) Comunicação acerca do relacionamento amoroso (N=181) 18,2% Gravidez e parentalidade na adolescência (N=181) 18,2% Masturbação (N=176) 17,7% 13% Atracção, amor e intimidade (N=130) Imagem corporal (N=103) 9,1% Sonhos molhados (N=86) 8,6% Reprodução e nascimento 8,5% Puberdade (N=37) 104 10,3% Homossexualidade (N=91) 3,7% Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Comparação entre géneros ISTs e Sida (N=997)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=598) (N=399) 53,8% 61,8% 46,2% 38,2% (χ²= 4,66; g.l.= 1; p≤ .050) Segurança pessoal (prevenção do abuso sexual) (N=997)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=347) (N=650) 18,7% 39,5% 81,3% 60,5% (χ²= 33,35; g.l.= 1; p≤ .001) Puberdade (N=997)a) Homem Mulher a) Sim Não (N=37) (N=960) 7,1% 2,7% 92,9% 97,3% (χ²= 9,40; g.l.= 1; p≤ .010) Conforto em conversar sobre contraceptivos e infeccções sexualmente transmissíveis com pessoas da mesma idade, pais e professores Quando questionados sobre como se sentiriam a conversar sobre contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis com pessoas da mesma idade, pais e professores, a maioria afirma só estar à vontade com pessoas da mesma idade. Com os pais e os professores sentem-se relativamente à vontade. As mulheres mais frequentemente afirmam estar à vontade para conversar com pessoas da mesma idade e os homens com pais e professores. Como se sentiria: a) A conversar com pessoas da mesma idade sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3216) b) A conversar com os pais sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3216) c) A conversar com os professores sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3213) À vontade Relativamente à vontade Pouco à vontade Não falaria com eles sobre isso 70,7% 24,3% 4,5% 0,5% 26,1% 34,9% 29,8% 9,2% 28% 44% 22,3% 5,6% Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 105 Comparação entre géneros A conversar com pessoas da mesma idade sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3216)a) À vontade Relativamente à vontade Pouco à vontade Não falaria com eles sobre isso Homem 64,3% 27,8% 6,9% 1% Mulher 73,4% 22,8% 3,5% 0,3% a) (χ²= 38,98; g.l.= 3; p≤ .001) A conversar com os pais sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3216)a) À vontade Relativamente à vontade Pouco à vontade Não falaria com eles sobre isso Homem 28,9% 36,1% 28,3% 6,6% Mulher 24,9% 34,3% 30,4% 10,3% a) (χ²= 15,56; g.l.= 3; p≤ .001) A conversar com os professores sobre métodos contraceptivos e IST’s (N=3213)a) À vontade Relativamente à vontade Pouco à vontade Não falaria com eles sobre isso Homem 32,1% 43,7% 18,9% 5,3% Mulher 25,3% 44,2% 23,8% 5,7% a) 106 (χ²= 15,63; g.l.= 3; p≤ .001) Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL SÍNTESE Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 MODELO MODELO 107 108 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Modelo De Promoção Do Comportamento Sexual Preventivo Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que os conhecimentos não levam necessariamente ao comportamento preventivo. São um dos responsáveis (tal como a motivação) pelo desenvolvimento das competências que levam ao comportamento sexual preventivo. Sendo assim, um comportamento sexual seguro não depende unicamente do conhecimento, mas também da motivação para o desempenho de comportamentos preventivos e das competências necessárias para a execução do mesmo. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 109 110 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 INTRODUÇÃO COMPORTAMENTOS CONHECIMENTOS ATITUDES NORMAS INTENÇÕES CONFORTO COMPETÊNCIAS EDUCAÇÃO SEXUAL MODELO Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 SÍNTESE SÍNTESE 111 112 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Síntese O presente estudo teve como objectivo central conhecer a sexualidade dos jovens estudantes universitários portugueses. A maioria é sexualmente activa (83,3%) e teve a sua primeira relação sexual aos 16 anos ou mais tarde (79,2%). Os métodos contraceptivos mais utilizados habitualmente são a pílula (70,4%) e o preservativo (69%). A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo afectivo” e um grau de satisfação sexual elevado. Consideram também que os sentimentos, a comunicação e o prazer sexual são muito importantes numa relação. Porém os homens mencionam mais ter um relacionamento “mais do tipo violento” e atribuem maior importância ao prazer sexual na relação. Por sua vez, as mulheres referem ter um relacionamento “mais do tipo afectivo” e atribuem maior importância aos sentimentos e à comunicação num relacionamento amoroso. Quanto às diferenças para a duração de relacionamento, são os jovens com relacionamentos há menos de 6 meses que mencionam mais frequentemente ter um relacionamento amoroso “mais do tipo violento”. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere ter um relacionamento “mais do tipo afectivo”. Relativamente às diferenças de idade, são os jovens mais velhos que atribuem maior importância ao prazer sexual na relação Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro. No que se refere aos comportamentos de protecção, nomeadamente o acesso e o uso de preservativos, as conversas sobre sexo seguro e o teste do VIH, são os jovens que não tiveram educação sexual na escola (antes de entrar para a universidade) que apresentam um atitude negativa face a estes comportamentos protectores. Quanto à realização do teste do VIH, a maioria dos jovens não tem qualquer intenção de fazê-lo, nem tenciona pedir ao parceiro. No que diz respeito aos conhecimentos, atitudes, conforto e competências face à sexualidade, contracepção e VIH/Sida, as mulheres apresentaram uma maior preocupação preventiva face ao risco e os homens maior aceitação do risco. Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 113 Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que o comportamento sexual preventivo (usar preservativo) não depende exclusivamente do grau de conhecimentos, mas da motivação e do desenvolvimento das competências. Verificamos através destes resultados que a educação sexual nas escolas tem vindo a cumprir o seu papel. No entanto, temos uma percentagem de jovens em potencial risco a frequentar as universidades. Urge apostar em Gabinetes de Esclarecimento, nas Universidades, constituídos por equipas pluridisciplinares, com recurso às tecnologias mais recentes (principalmente a Internet) e trabalho entre pares. Estes podem ajudar na implementação de campanhas de prevenção universal, no esclarecimento e treino de competências relacionadas com a sexualidade (por exemplo facultando informação e competências sobre os métodos contraceptivos, fornecendo gratuitamente preservativos e pílulas). Este serviço seria ainda de grande utilidade como resposta a outras necessidades, designadamente dando acompanhamento à jovem grávida e/ou casal e na formação pré-natal ao jovem casal que se encontra à espera do primeiro filho. 114 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 Contactos do Projecto Aventura Social PROJECTO AVENTURA SOCIAL www.aventurasocial.com www.fmh.utl.pt/aventurasocial www.hbsc.org e-mail: [email protected] [email protected] Siga-nos: www.umaventurasocial.blospot.com Facebook (aventurasocial) FMH/UTL – Estrada da Costa 1495-688 Cruz Quebrada tel. 214149152 ou tel. 214149199 CMDT/IHMT/UNL Rua da Junqueira, 96 – 1300 Lisboa tel. 213652600 fax 213632105 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 115 116 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 ANEXO 1 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 117 118 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 ANEXO 2 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 119 120 Aventura Social Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior Dados Nacionais 2010 SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR DADOS NACIONAIS 2010 PROBLEMAS EMERGENTES E MODELO COMPREENSIVO SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR DADOS NACIONAIS 2010 PROBLEMAS EMERGENTES E MODELO COMPREENSIVO Equipa do projecto Aventura Social em 2010 Coordenação da Equipa Coordenadora Geral – Margarida Gaspar de Matos Co-Coordenadora Geral – Celeste Simões Co-Coordenador na FMH/UTL – José Alves Diniz Coordenadora executiva do estudo - Marta Reis Autora do relatório - Marta Reis Investigadores do projecto: Marta Reis, Lúcia Ramiro, Gina Tomé, Mafalda Ferreira, Inês Camacho, Nuno Loureiro, Carlos Ferreira, Susana Veloso, Tânia Gaspar, António Borges Abril, 2011 Saiba mais em www.aventurasocial.com e www.umaventurasocial.blogspot.com Projecto Aventura Social www.aventurasocial.com www.fmh.utl.pt/aventurasocial www.hbsc.org e-mail: [email protected] [email protected] Siga-nos em: www.umaventurasocial.blospot.com Facebook (aventurasocial) FMH/UTL – Estrada da Costa 1495-688 Cruz Quebrada Tel. 214149152 ou tel. 214149199 Agradecimentos (por ordem alfabética): Alda Martins (FCHS/UAlgarve) Alexandra Esteves (ECAV/UTAD) Alexandra Sanfins (FMV/ULHT) Américo José Bessa Dias (ESE/IPPorto) Ana Allen Gomes (DCE/UAveiro) Ana Carreira (ISE/UAlgarve) Ana Luísa Vieira (ERISA) Ângela Maia (EP/UMinho) Célia Alves (ESPAB, Sines) Daniel Rijo (FPCE/UCoimbra) Daniel Sampaio (Fac. Med./ULisboa) Divanildo Monteiro (ECAV/UTAD) Duarte Vilar (APF) Dulce Gomes (ESS/IPLeiria) Elisabete Ramos (Fac. Med. /UPorto) Elísio Pinto (ESS/IPLeiria) Eric Many (ESE/IPPorto) Fernando Humberto Serra (ISCSP/UTL) Gabriela Almeida (Univ. Fernando Pessoa) Henrique Barros (Fac. Med./UPorto; CNLCSida) Henrique Pereira (FCSH/UBI) Isabel Correia (ISCTE) Isabel Leal (ISPA) Isabel Pinto Ribeiro (ERISA) Isabel Santos (DCE/UAveiro) Isabel Soares (IEP/UMinho) João Cruz (ESECS/IPLeiria) Joaquim Machado Caetano (FCM/UNL) Jorge Bonito (UÉvora) Jorge Negreiros de Carvalho (FPCE/UPorto) Jorge Saraiva (Dep. Biologia/UAveiro) José Carlos Lopes (ESSUA) Laurentina Pedroso (Bastonária OMV; FMV/ULHT) Luís Miguel Tavares (ESTIG/IPBeja) Luís Murta (ESE/IPBeja) Luís Sérgio Vieira (FCHS/UAlgarve) Luísa Gonçalves (ESTG – IPLeiria) Maria Cristina Canavarro (FPCE/UCoimbra) Maria do Céu Machado (ACS) Maria do Céu Salvador (FPCE/UCoimbra) Maria dos Anjos Dixe (ESS/IPLeiria) Maria Lídia Palma (ERISA) Maria Paula Maia Santos (FADE/UPorto) Maria Rosário Pinheiro (FPCE/UCoimbra) Marília Cid (ECS_Dep. Ped. Educ./UÉvora) Marina Carvalho (ULHT/Aventura Social) Marta Aires de Sousa (ESSCVP) Nuno Loureiro (ESSE/IPBeja) Paula Carvalho (FCSH/UBI) Pedro Amores da Silva (ERISA) Pedro Gamito (FP/ULHT) Pedro Nobre (DCE/UAveiro) Rogério Ferrinho Ferreira (ESS/IPBeja) Rui Corredeira (FADE/UPorto) Rui Costa (ESSUA) Sandra Amado (ESS/IPLeiria) Saul de Jesus (UAlgarve) Sónia Mina (ESS/IPLeiria) Vânia Loureiro (ESSE/IPBeja) Faculdades e Institutos Politécnicos Nacionais que participaram no estudo Região Norte Região Centro Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior Departamento de Engenharia Zootécnica da UTAD Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro Departamento de Genética e Biotecnologia da UTAD Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro Departamento de Medicina Veterinária da UTAD Escola de Psicologia da Universidade do Minho Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de Aveiro Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria Universidade Fernando Pessoa (Unidade de Ponte de Lima) Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria Região do Alentejo Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja Região do Algarve Lisboa e Vale do Tejo Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve ERISA – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanchez Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes Amostra recolhida entre estudantes do ensino superior Inquéritos Raparigas Rapazes Média de Idade Mín Máx 3.278 70% 30% 21 18 35 Saúde Sexual e Reprodutiva Estudantes do Ensino Superior Problemas Emergentes e Modelo Compreensivo O HBSC/OMS (Health Behaviour in School-aged Children) é um estudo colaborativo da Organização Mundial de Saúde. Este estudo específico é uma extensão do HBSC/OMS e visa adquirir uma compreensão aprofundada dos comportamentos sexuais dos estudantes portugueses do ensino superior, estudando os conhecimentos, as atitudes, as normas, as intenções, o conforto e as competências face à sexualidade, contracepção e VIH/Sida. Pretende-se também compreender a importância da educação sexual para estes jovens. Na sequência da apresentação dos resultados preliminares do estudo sobre Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior, que podem ser consultados em www.aventurasocial.com, apresentam-se nesta segunda brochura novos resultados e um aprofundamento dos resultados divulgados em Dezembro de 2010*. Dos 3278 participantes, a maioria é de nacionalidade portuguesa, de religião católica, solteira e refere ser heterossexual. COMPORTAMENTOS Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na relação (ex: abraços, beijos e carinhos) 99,2% Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento) 98,7% O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito importantes” para a obtenção do prazer sexual 96,2% 94,4% A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo afectivo” (i.e. não violento). Os sentimentos, a comunicação e a satisfação sexual são muito importantes num relacionamento amoroso. As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são mutio importantes para a obtenção do prazer sexual. * Matos, M.G., Reis, M. & Equipa Aventura Social (2010). Brochura Saúde Sexual e Reprodutiva dos Estudantes do Ensino Superior – Dados Nacionais 2010. ACS/FMH/UTL/CMDT-UNL. COMPORTAMENTOS - Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual Diferenças entre géneros Mulheres N=(2285) Homens (N=993) 100% * Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na relação (ex: abraços, beijos e carinhos) 97,7% 99,4% * Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento) 97,1% O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento 96,7%* 95% As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito importantes” para a obtenção do prazer sexual 93,2% 96,8%* As mulheres dão mais importância aos sentimentos e à comunicação na relação. Referem mais frequentemente ter um relacionamento amoroso do “tipo afectivo”e mencionam maior satisfação sexual. Os homens dão mais importância às carícias dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual. Há diferenças entre bissexuais e homossexuais? Bissexuais (N=22) Homosexuais (N=79) 95,2% Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na relação (ex: abraços, beijos e carinhos) 98,7% 95,5% Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento) 95,5% 80% O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito importantes” para a obtenção do prazer sexual 95,3% * 85% 89.9% Considerando as diferenças entre homossexuais e bissexuais, são os homossexuais que mencionam maior satisfação sexual. * p≤ .05 COMPORTAMENTOS - Características mais relevantes do relacionamento amoroso / erótico-sexual Diferenças para a duração do relacionamento Rel. com menos de 6 meses Rel. entre 6 meses a 1 ano Rel. com mais de 1 ano Os sentimentos e a comunicação são “muito importantes” na relação (ex: abraços, beijos e carinhos) 98,5% * 99,8% 99,4% 97,4% * Os relacionamentos são “mais” do tipo afectivo (i.e. não violento) 99,8% 99% 92,1% O grau de satisfação sexual é bastante/elevado no relacionamento 96,1% 97,5% * 91,3% As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito importantes” para a obtenção do prazer sexual 93,4% 95,9% * Os jovens com um relacionamento há menos de 6 meses são os que mais mencionam ter um relacionamento do “tipo violento” (2,6%), atribuem menor importância aos sentimentos e comunicação (1,5%), referem menos satisfação sexual (7,9%) e dão menos importância às caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual (8,7%) Os jovens com um relacionamento há mais de um ano referem mais satisfação sexual e dão maior importância às caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual. Diferenças entre idades Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos As carícias dos genitais, o coito e o orgasmo são “muito importantes” para a obtenção do prazer sexual Entre 29 e 35 anos 92,4% * 98,5% 98,2% São os mais novos que menos importância atribuem às caricías dos genitais, coito e orgasmo para a obtenção do prazer sexual (7,6%). * p≤ .05 COMPORTAMENTOS DE RISCO O grupo de jovens que teve relações sexuais (N=2730) menciona ter tido: Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez) 35% Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez) Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro (pelo menos uma vez) 33% 7,7% Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez) 6% Diferenças entre géneros Mulheres (N=1818) Homens (N=840) 21,7% Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez) 57,4% * 27,3% Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez) Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro (pelo menos uma vez) Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez) 53,1% * 3,6% 16,6% * 3,3% 10,7% * Os homens referem mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro. Diferenças para a duração do relacionamento1 Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses menciona mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool (42,2%) e parceiros ocasionais (51,1%). * p≤ .05 1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano) COMPORTAMENTOS DE RISCO Diferenças entre idades Entre 18 e 21 anos Entre 22 e 28 anos Entre 29 e 35 anos 31,6% Relações sexuais associadas ao álcool (pelo menos uma vez) 43,8% * 39,8% 29,3% Parceiros ocasionais (pelo menos uma vez) 41,3% * 34,2% Relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro (pelo menos uma vez) 6,3% * 10,5% 11,9% 4,7% Relações sexuais associadas às drogas (pelo menos uma vez) 7% 12,4% * Os jovens dos 18 aos 21 anos referem menos frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas; parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro. São os jovens com idades entre os 22 e os 28 anos que mencionam mais ter tido relações sexuais associadas ao álcool e parceiros ocasionais. E os jovens do grupo mais velho (com idades entre os 29 e os 35 anos) são os que mencionam mais ter tido relações sexuais associadas às drogas. Uma minoria de jovens que teve relações sexuais (N=2730) menciona ter tido: Infecção sexualmente transmissível (IST) Não 96,7% Interrupção voluntária de gravidez (IVG) Sim Sim 3,3% 3,2% Não 96,8% Engravidado sem desejar Sim 4,1% Não 95,9% O grupo dos jovens mais novos (com idades entre os 18 e 21 anos) afirmam mais: não ter contraído uma infecção sexualmente transmissível (97,4%), não ter efectuado uma interrupção voluntária de gravidez (98,3%) e não ter engravidado sem desejar (98,2%). * *Nota: Os jovens com idades entre os 18 e 21 anos referem TODOS ter tido educação sexual na escola. * p≤ .05 COMPORTAMENTOS E PROTECÇÃO No próximo mês... (”atitudes”) O grupo de jovens que teve relações sexuais (N= 2730) considera muito bom: Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro 62,7% Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais 61,5% Ter sempre preservativos consigo 54,6% Fazer análise ao sangue (teste VIH) 43,5% Comprar preservativos 42,2% Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) 36,1% Diferenças entre géneros As raparigas referem mais que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (66,2%), fazer análise ao sangue (teste VIH) (46,7%) e pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) (41%) no próximo mês. E os rapazes mencionam mais que seria muito bom ter sempre preservativos (64,9%) no próximo mês. Diferenças para a duração do relacionamento 1 Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses afirma com maior frequência que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (68,5%), ter sempre preservativos (60,5%) e utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais (71,2%) no próximo mês. Diferenças entre idades 2 Os jovens mais novos referem mais que seria muito bom persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (65,4%), ter sempre preservativos (56,1%) e utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais (64,8%) no próximo mês. De salientar que os jovens mais velhos apresentam uma atitude negativa face a estes potenciais comportamentos protectores. Nota: Os jovens com idades entre os 18 e 21 anos referem TODOS ter tido educação sexual na escola. 1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano) 2 – (Três grupos: grupo1= 18 aos 21 anos; grupo2= 22 aos 28 anos e grupo3= 29 aos 35 anos) COMPORTAMENTOS E PROTECÇÃO No próximo mês... (”intenções”) O grupo de jovens que teve relações sexuais (N= 2730) tenciona: Persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro 64,7% Utilizar preservativos sempre que se tem relações sexuais 61,5% Ter sempre preservativos consigo 49,2% Comprar preservativos 38,8% Fazer análise ao sangue (teste VIH) 17,7% Pedir ao parceiro para fazer análise ao sangue (teste VIH) 17,5% Diferenças entre géneros São as raparigas que mais tencionam persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (68,3%) no próximo mês. E os rapazes mais frequentemente tencionam comprar (43,4%) e ter sempre preservativos (60,4%) no próximo mês. Diferenças para a duração do relacionamento 1 Quem tem um relacionamento há menos de 6 meses diz com maior frequência que tenciona persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (68,6%), ter sempre preservativos (56,1%) e utilizar preservativos sempre que tem relações sexuais (71,4%) no próximo mês. Diferenças entre idades 2 São os jovens mais novos que mais tencionam persuadir o parceiro a praticar somente sexo seguro (67,6%), comprar preservativos (41%), ter sempre preservativos (50,3%) e utilizá-los sempre que se tem relações sexuais (65,2%) no próximo mês. Os jovens mais velhos consideram pouco provável ter um comportamento sexual seguro no próximo mês. A maioria dos jovens não tem qualquer intenção em realizar o teste do VIH, nem tenciona pedir ao parceiro. 1 – (Três grupos: grupo1= rel. com menos de 6 meses; grupo2= rel. entre 6 meses e 1 ano e grupo3= rel. mais de 1 ano) 2 – (Três grupos: grupo1= 18 aos 21 anos; grupo2= 22 aos 28 anos e grupo3= 29 aos 35 anos) EDUCAÇÃO SEXUAL A educação sexual deve ser abordada nas escolas? Importância da educação sexual nas escolas Razoavelmente Importante 4% 6,4% 91,9% Muito Importante Não 1,7% Nada importante 96% Sim A grande maioria considera que a educação sexual nas escolas é muito importante e que deve ser abordada nas escolas, em particular as mulheres (94% e 96,9%, respectivamente). Os jovens referem ainda que a educação sexual deve ser abordada nas escolas, em particular através de acções/conferências por agentes externos, na disciplina de Ciências Naturais/Biologia e nas áreas curriculares não disciplinares (Formação Cívica /Área de Projecto e Estudo Acompanhado). Teve educação sexual na escola Disciplinas que abordaram a educação sexual: Disciplina curricular (n=1803) Não 43,8% 56,2% Acções externas (n=1803) 67,1% 43,8% Sim Áreas curriculares não disciplinares (n=1803) 33,8% Ficou esclarecido com os temas que foram abordados em educação sexual? 7,3% Nada Esclarecido 59% 33,7% Muito Esclarecido Razoavelmente esclarecido A maioria dos inquiridos usufruiu, nos últimos anos, de educação sexual na escola, que frequentou em disciplinas como Ciências Naturais/Biologia e afirma ter ficado muito esclarecido. EDUCAÇÃO SEXUAL Quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens Técnicos de saúde 99,3% Pais 99,2% Escola 98,3% Comunicação social (mass media média) 79,9% Em relação a quem deve ser responsável pela educação sexual nos jovens, a maior parte concorda que são os técnicos de saúde, os pais e a escola. As mulheres consideram mais frequentemente que a educação sexual deve ser da responsabilidade dos técnicos de saúde (99,5%) e da escola (98,7%). Onde tem obtido mais informação sobre sexualidade Amigos 65,9% 48,7% Internet Comunicação social (mass media média) 46,7% Centro de Saúde 40,7% Namorado(a) 39% Pais 39% Professores Irmãos 27,2% 9,8% Quanto às fontes de conhecimento da sexualidade, destacam-se os amigos, a internet, a comunicação social (mass media) e o centro de saúde. As mulheres mais frequentemente obtêm informação no centro de saúde (47,5%), enquanto os homens mais frequentemente a obtêm na internet (53,7%) ou através dos irmãos (11,8%). EDUCAÇÃO SEXUAL Sente-se devidamente informado em relação a todas as questões relacionadas com a sexualidade? 31% Não Sim A maioria dos jovens (em especial os homens, 76,5%) sente-se devidamente informada sobre os temas relacionados com a sexualidade. 69% Assuntos que gostaria de ver esclarecidos: ISTs e Sida 60% Contracepção e sexo seguro 45,8% Segurança pessoal (prevenção abuso sexual) 34,8% Prazer e orgasmo 26,2% Comunicação acerca do rel. amoroso 18,2% Gravidez e parentalidade 18,2% Masturbação 17,7% Atracção, amor e intimidade 13% Imagem corporal 10,3% Homossexualidade 9,1% Sonhos molhados 8,6% Reprodução e nascimento 8,5% Puberdade 3,7% MODELO DE PROMOÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL PREVENTIVO “SÓ SABER, NÃO CHEGA...” “n.s.” CONH ECIME NTOS .205 “n.s.” ÇÃO MOTIVA sempenho e d ntos para o ortame p m de co tivos preven COMPETÊNCIAS .248 Percepção da dificuldade Percepção da eficácia .164 COMPORTAMENTO PREVENTIVO Uso de Preservativo .387 Atitudes Normas subjectivas (opinião dos outros) Intenções comportamentais * p≤ .05 Os conhecimentos não levam necessariamente ao comportamento preventivo. São um dos responsáveis (tal como a motivação) pelo desenvolvimento das competências que levam ao comportamento preventivo. Sendo assim, um comportamento sexual seguro não depende unicamente do conhecimento, mas também da motivação para o desempenho de comportamentos preventivos e das competências necessárias para a execução do mesmo. SÍNTESE O presente estudo é nacional e teve como objectivo central conhecer a sexualidade dos jovens universitários portugueses. A maioria é sexualmente activa (83,3%) e teve a sua primeira relação sexual a partir dos 16 anos (inclusivé) (79,2%). Os métodos contraceptivos mais utilizados habitualmente são a pílula (70,4%) e o preservativo (69%). A maioria dos jovens refere ter um relacionamento amoroso “mais do tipo afectivo” e um grau de satisfação sexual elevado. Consideram também que os sentimentos, a comunicação e o prazer sexual são muito importantes numa relação. Porém os homens mencionam mais frequentemente ter um relacionamento “mais do tipo violento” e atribuem maior importância ao prazer sexual na relação. Por sua vez, as mulheres referem ter um relacionamento “mais do tipo afectivo” e atribuem maior importância aos sentimentos e à comunicação num relacionamento amoroso. Quanto às diferenças para a duração do relacionamento, são os jovens com relacionamentos há menos de 6 meses que mencionam mais ter um relacionamento amoroso “mais do tipo violento”. Quem tem um relacionamento há mais de um ano refere ter um relacionamento “mais do tipo afectivo”. Relativamente às diferenças de idade, são os jovens mais velhos que atribuem maior importância ao prazer sexual na relação. No que diz respeito às diferenças entre homossexuais e bissexuais, verificou-se que são os homossexuais que mencionam mais satisfação sexual. Considerando os potenciais comportamentos de risco, são os homens, os jovens com relações mais recentes e os mais velhos que mencionam mais SÍNTESE frequentemente ter tido relações sexuais associadas ao álcool e às drogas, parceiros ocasionais e relações sexuais com outra pessoa para além do parceiro. No que se refere aos comportamentos de protecção, nomeadamente o acesso e o uso de preservativos, as conversas sobre sexo seguro e o teste do VIH, são os jovens que não tiveram educação sexual na escola (antes de entrar para a universidade) que apresentam um atitude negativa face a estes comportamentos protectores. Quanto à realização do teste do VIH, a maioria dos jovens não tem qualquer intenção de fazê-lo, nem tenciona pedir ao parceiro. Esboçando um modelo explicativo, verifica-se que o comportamento sexual preventivo (usar preservativo) não depende exclusivamente do grau de conhecimentos, mas da motivação e do desenvolvimento das competências. Verificamos através destes resultados que a educação sexual nas escolas tem vindo a cumprir o seu papel. No entanto, temos uma percentagem de potenciais jovens em risco a frequentar as universidades. Urge apostar em Gabinetes de Esclarecimento, nas Universidades, constituídos por equipas pluridisciplinares, com recurso às tecnologias mais recentes (principalmente a internet) e trabalho entre pares. Estes podem ajudar na implementação de campanhas de prevenção universal, no esclarecimento e treino de competências relacionadas com a sexualidade (por exemplo facultando informação e competências sobre os métodos contraceptivos, fornecendo gratuitamente preservativos e pílulas). Este serviço seria ainda de grande utilidade como resposta a outras necessidades, designadamente dando acompanhamento à jovem grávida e/ou casal e na formação pré-natal ao jovem casal que se encontra à espera do primeiro filho. 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