Nº33 Abr.2014 - Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga
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Nº33 Abr.2014 - Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga
jornal Escolar | Abril de 2014 | Número 33 A semana da leitura Págs. 03-05 DestaqueS Nesta Edição Visitas de estudo Págs. 2/3 Oficina de Expressão Dramática - Uma aposta (ganha) na educação artística dos jovens Págs. 6/7 Ofereça um sapato, receba um sorriso! Pág. 8 Taizé - Uma viagem inesquecível Pág. 9 O escritor João Manuel Ribeiro na sessão de autógrafos “História do Rei Livro e da Princesa Palavra” Lançamento do livro infantil da professora Elisa Sá Costa, docente do nosso Agrupamento Pág. 02 Parabéns Matemática Pág. 11 Sabia que...? Pág. 12 E muito mais... Conceição Dinis Tomé, vencedora do Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2012, na categoria de Literatura Juvenil, com a obra “O Caderno do Avô Heinrich”, esteve na escola no dia 10 de março. Abril 2014 | página 2 Jornal Escolar “História do rei Livro e da princesa Palavra” “História do Rei Livro e da Princesa Palavra” é o mais recente livro infantil com cunho severense, não fosse o texto da professora Elisa Sá Costa, docente na Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga, com ilustração de Ana Fonseca. O livro, apresentado no passado dia 7 de março na Escola Básica de Sever do Vouga, resulta do gosto pela literatura infantil, cimentado com o nascimento da filha da autora, a quem é dirigido e dedicado, como sublinhou Elisa Sá Costa. “Há muito muito tempo, lá numa terra distante, vivia a princesa Palavra, guardada por um gigante”, assim começa a história, uma história centrada no livro e na palavra. “Para quem valoriza a leitura, o título desta obra é delicioso e muito sugestivo, este é um livro de experiências promovidas, muito pela maternidade”, afirmou a diretora do Agrupamento Rosário Tavares, sublinhando o “grande orgulho nas pessoas que aqui trabalham”. O vereador da cultura corroborou a satisfação e orgulho nestas atividades e iniciativas a decorrer no concelho, afirmando “devemos estar contentes e honrados”. Presente também na sessão de lançamento, esteve a docente da Universidade de Aveiro Ana Margarida Ramos, especialista em literatura infanto-juvenil, amiga de longa data da autora da obra, que destacou a criatividade e a adequabilidade do livro ao público-alvo. O livro apresenta-se sob em forma de rima, no entanto, “sem perder a narrativa é fácil de decorar e de oralizar”. A docente sublinhou a importância da literatura e da leitura na formação dos indivíduos destacando que é uma “experiência decisiva” e que neste campo “a escola e a biblioteca escolar têm um papel inalienável”. Elisa Sá Costa, motivada pela maternidade, pela filha, que diz ter aprovado o livro, redescobriu o mundo da literatura infantil, procurou uma forma divertida de alimentar e fomentar o gosto pela leitura e eis que surge o livro. A autora referiu ainda que serviu de impulso o trabalho que desenvolveu na orientação de aptidão profissional sobre literatura infantil em contexto pré-escolar no Curso de Técnico de Apoio à Infância. Elisa Sá Costa apresentou também o site de participação e interação com os leitores: reinodaleitura.weebly.com Autora foi surpreendida pelos alunos do Jardim de Infância de Sever do Vouga e pelos seus alunos que cantaram os versos do seu livro, os mais velhos em inglês, disciplina de Elisa Sá Costa leciona, momento musical ensaiado por Paula Gomes, da Jobra. Visita de Estudo a Itália (Milão e Bergamo) Nos passados dias 6 a 9, do corrente mês, os alunos da escola Básica e Secundária de Sever do Vouga, do curso de Línguas e Humanidades e do 11º ano do curso de Ciências Socioeconómicas, viajaram, juntamente com os professores João Albuquerque, Isabel Bastos, Ana Carla Dias e João Resende, até à Itália, nomeadamente, às cidades de Milão e Bergamo. Objetivando o crescimento cultural, histórico, artístico e linguístico dos alunos, os mesmos procederam à visita do coração da cidade de “Milano” (Duomo, Galleria Vittorio Emanuele II, Teatro Alla Scalla), Castelo Sforzesco (imponente castelo do século XV), Santa Maria Delle Grazie (igreja e convento dominicano), Pirellone (famoso arranha-céus de Milão), Pinacoteca di Brera (museu de arte italiana), San Siro (estádio do AC Milan e Inter de Milão), Quadrilatero Della Moda (conjunto de ruas esplendorosamente revestidas das mais sonantes marcas da moda mundial) e, por fim, à cidade medieval de Bergamo (Città Alta). Num conjunto de quatro dias cansativos, mas carregados de emoção, os alunos passaram momentos inesquecíveis criando laços, físicos e humanos, com a cidade em si e com todo o grupo, de alunos e professores, associados a esta memorável experiência, que, apesar de para muitos esta não ter sido a primeira visita de estudo ao estrangeiro, no âmbito do mesmo projeto, acabou por ser igualmente elucidativa e única. É com saudade de uma das maiores capitais internacionais de design moderno e industrial e, ao mesmo tempo, um grande centro artístico de remotos séculos, que a iremos para sempre relembrar, com desejo de um dia poder voltar. A iniciativa só foi possível com o empenho de todo o grupo participante, da disponibilidade a apoio demonstrados pela Direção da Escola e pela imprescindível colaboração da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola bem como da Câmara Municipal de Sever do Vouga que assegurou o transporte entre a Escola e a Estação da CP de Beatriz Soares e Inês Castro, 12.º ano Aveiro. Jornal Escolar Abril 2014 | página 3 Semana da Leitura 2014 Na semana que decorreu de 17 a 21 de março, teve lugar a Semana da Leitura, atividade proposta a todas as escolas do país no âmbito do Plano Nacional de Leitura, cujo tema era “Junta-te à Festa”, festeja a leitura e a língua portuguesa. No nosso Agrupamento foi uma semana rica em atividades promotoras da leitura. Projeto SOBE – atividade sobre saúde oral, desenvolvida nas escolas básicas de Pessegueiro do Vouga e Rocas em parceria com o Centro de Saúde. 10 minutos para ler...uma vida para aprender – todos os dias da semana, o primeiro tempo da manhã foi iniciado com 10 minutos de leitura pelo professor e/ou alunos em voz alta. Disponibilizou-se um livro por turma, lido ao longo da semana. A Biblioteca sai à rua… – atividade livre e da responsabilidade de cada professor, durante todos os dias da semana. Os professores que aderiram a esta atividade requisitaram na biblioteca vários livros (romance, contos poesia, de ciência, geografia, história…) e levaram os alunos para o exterior da sala de aula (pátios interiores da escola, bar, refeitório, sala polivalente …) para fazerem as leituras informalmente. Concurso de verbos - atividade realizada no dia 18 de março, envolvendo os alunos do 6.º ano. Encontro com o escritor João Manuel Ribeiro – todos os alunos do 4.º ano do Agrupamento estiveram presentes no auditório da escola sede do agrupamento no dia 20 de março. Este encontro foi preparado ao longo do segundo período e implicou a leitura de uma obra deste autor por todas as turmas envolvidas: A casa Grande, Sopa de Letras e A casa do João. Cada turma preparou uma atividade com base na obra lida: perguntas ao autor, recriação de poemas, interpretação e encenação da mensagem das obras, atividade de ex- pressão plástica. O encontro, muito agradável e motivador, graças à capacidade comunicativa revelada por João Manuel Ribeiro, terminou com uma sessão de autógrafos. Prof. Licínio Cardoso Alunos do 8.º ano saíram em visita de estudo Castelo e Convento de Cristo em Tomar, barragem de Castelo de Bode, Castelo de Almourol e Constância No âmbito dos conteúdos programáticos da disciplina de História, as turmas A, B, C, D, E, F e G do 8.º ano de escolaridade tiveram oportunidade de visitar, no passado dia 7 de março, o Castelo e Convento de Cristo, em Tomar, a Barragem de Castelo de Bode, o Castelo de Almourol e a “vila poema” de Constância. Com a saída da escola marcada para as 7.30h, os 136 alunos e 9 professores (Mário Silva, João Albuquerque, Fátima Marques, Élia Plácido, Fátima Rodrigues, Celeste Pires, Zita Figueiredo, Valentim Lopes e Dina Tinoco) dividiram-se pe- los três autocarros contratados, rumando de imediato em direção a Tomar. Chegado à antiga sede da Ordem dos Templários, o grupo foi recebido por um elemento do Serviço de Educação e Animação do Convento de Cristo que introduziu a visita, apresentando resumidamente os conteúdos históricos, artísticos e simbólicos do monumento, classificado pela UNESCO, em 1983, como Património da Humanidade. Concluída a apresentação, alunos e professores, divididos em dois grupos, puderam então partir à descoberta de algumas das mais ricas e preciosas joias da arquitetura portuguesa: Castelo Templário, Charola, Igreja Manuelina, Janela do Capítulo, Claustro Principal, Dormitório, Refeitório, Cozinha e Claustro da Micha. Na segunda parte da visita, todos foram convidados a interagir numa animação histórica sob a temática da Ordem do Templo e da fundação do Castelo dos Templários, participando na cerimónia de investidura de sete novos cavaleiros, “recrutados”, à semelhança das belas donzelas que os acompanharam, entre os nossos jovens alunos. Depois do almoço, que decorreu no fantástico Parque do Mouchão, um verdadeiro oásis verde situado no coração da cidade, o grupo seguiu em direção à Barragem de Castelo de Bode, na bacia do rio Zêzere, utilizada para abastecimento de água, designadamente a Lisboa, produção de energia elétrica, defesa contra as cheias e atividades recreativas. Após uma curta paragem nesta albufeira, a visita continuou rumo ao Castelo de Almourol. Erguido numa pequena ilha que já era habitada no tempo da ocupação romana da península, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada “Linha do Tejo”. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. De Almourol a “comitiva” partiu com destino à sua última paragem: Constância, também conhecida como “vila poema”, por causa da sua ligação a grandes figuras das letras do nosso país como Luís de Camões, Vasco de Lima Couto e Alexandre O’Neill, entre outros. Concluída a visita, estamos certos, até pelo elevado grau de satisfação que a mesma obteve junto de discentes e docentes, que a mesma terá contribuído para o alargamento dos horizontes culturais e cívicos de todos os que nela participaram. Prof. Mário Silva Jornal Escolar Abril 2014 | página 4 Semana da leitura A Palavra Concurso de verbos No dia 18 de março decorreu na Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga a 2.ª fase do “Concurso de Verbos”. Esta atividade, integrada na “Semana da Leitura” do Agrupamento de Escolas, reuniu na sala dos grandes grupos todas as turmas do 6.º ano, cada uma com os alunos selecionados na 1.ª fase, constituindo desse modo 7 equipas, de 4 elementos, cada uma com o seu porta-voz, que tinham que responder dentro do tempo limite às questões colocadas pelas cinco docentes de Português deste ano de escolaridade. Estiveram também presentes, entre outros, os alunos do 9.º D que apoiaram as professoras na dinamização do concurso: na abertura, com a leitura de um poema alusivo; na cronometragem do tempo concedido a cada equipa/questão e no tocar do bombo para separar cada questão/cada resposta. Uma após outra foram-se sucedendo as rondas. As pro- fessoras Paula Bastos, Margarida Coelho, Celeste Pires, Cristina Figueiredo e Helena Nogueira iam colocando as questões relativas a este relevante conteúdo gramatical de tão grande complexidade que, habitualmente, deixa os alunos com os cabelos em pé. Não foi o caso, apesar das dificuldades experimentadas pelas equipas a concurso, e também pelos colegas solidários que faziam claque no meio do público. Os concorrentes estavam bem preparados e motivados. Ninguém queria fazer má figura. E assim, cada equipa lá foi respondendo às 5 questões de verbos portugueses e a duas de “English verbs “. Enquanto isso, as docentes Fátima Rodrigues e Élia Bastos, sempre muito atentas, registaram os triunfos de cada grupo e, no final, revelaram as três equipas premiadas: em 2.º lugar e em ex aequo, as turmas A e B e em primeiro a turma G, com a equipa constituída pelos alunos: Dinis Fernandes Henriques, Hugo Daniel Gonçalves, Laura Daniela Fernandes Pereira e Rita Portela Marques. Afinal, a gramática e os verbos também podem fazer uma festa! Conjugamos, convivemos e crescemos! Prof.ª Ana Silveira Semana da leitura Dia da poesia na EB1 de Pessegueiro Trabalhos desenvolvidos em articulação com a disciplina de expressão artística O Jarro Vi um jarro Jasmim Sonho ou realidade? Lá no meu jardim, Eu vi um jasmim. Estava a renascer Era tão bonito, Que à brisa do vento, Dava um saltito. De cor branca Com caule verde, Tinha um belo contraste E no meio, Tinha uma haste. Lá no meu jardim Eu vi um jasmim. Olhei para ele, E ele olhou para mim. Peguei em lápis e papel, Pintei-o com pastel E… ficou assim. Rita Ribeiro Silva Branco como a neve Ia pô-lo num vaso de barro Mas decidi Deixá-lo no canteiro Ao pé da porta Da entrada da escola. Assim, Todas as crianças Podem mirá-lo. Mas não estava satisfeito. Queria o jarro Junto a meu peito. Percebi, Que não dava muito jeito. Estou contente A cantar E aparece uma árvore A saltar. Fiquei furioso. Ralhei com ela. Mas, Do lado dela Acabei por ficar. Sentir a primavera De longe já sinto a primavera a chegar. Nas árvores renascem folhas de verde tenro, e flores de encantar. De longe já sinto a primavera a chegar. Os pássaros chilreiam há alegria no ar. De longe já sinto a primavera a chegar. Mas porquê? Ah! Já sei! Só fui eu Que sonhei. Os campos já estão Cobertos de verde. Fiz dele um poema De um desenho ilustrado Pu-lo nesta folha de papel, Já posso tê-lo Sempre a meu lado. Pensei numa árvore Que estava a saltar Mas era impossível! Eu só estava a sonhar. Nas ruas, os meninos brincam sem parar. Dizem à primavera que não demore a chegar. Gabriel, 4.º ano Diogo De longe já sinto a primavera a chegar. Lara, 4.º ano A palavra é o mecanismo evolutivo mais importante para a criação do mundo como o conhecemos. Sem palavras não seria possível falar em sociedade. Não só porque tal não existiria mas até mesmo porque não existiria palavra para identificar o conceito, ou até palavras que o explicassem. O dom da fala é então um bem indispensável à humanidade. Seria de esperar que o soubéssemos usar corretamente. Infelizmente não é bem assim. Observa-se hoje, talvez mais que em qualquer altura, um mau uso da palavra. É evidente, e quase constante, a ameaça ao bom uso da ferramenta que nos permite distinguir alhos de bugalhos numa conversa. Não apenas do ponto de vista técnico, gramatical. Mas mesmo como arma de arremesso às opiniões contrárias. Retórica à parte, porque seria bom ouvi-la, todos os dias somos bombardeados com discursos mais ou menos políticos das nossas classes governativas como atitude solidária para a autoconsciencialização do votante. Temos de votar neste ou naquele porque eles dizem que será melhor para nós. Aí, seria realmente recomendável o tal racionamento da palavra, usada apenas em extraordinária necessidade para evitar o seu estupro e mutilação. Mas o que nuns sítios se apresenta em demasia também noutros se verifica em escassez. Intercalando à diária discussão (se é que tal nome se pode utilizar) política, vemos também as globais ameaças à paz em países tão próximos como Tunísia ou Ucrânia, e até Turquia, Irão, Síria, alargando o horizonte. Nestes casos o conflito é, se não sempre, muito geralmente, pelo extremo contrário ao nosso caso. Aqui é racionado (ou até proibido) o dom da palavra, criando situações de perigo para as vidas humanas. Não deixa de ser curioso… pensar que a palavra sozinha é causa e, ou, solução de tantos problemas. Talvez assim possamos realmente concluir que se o excesso de uns completasse a escassez de outros o nosso mundo seria mais justo. José Almeida, 12.ºA Comemoração do dia mundial da poesia No dia 21 de março, dia mundial da poesia, os assistentes operacionais da nossa escola (mais conhecidos com ‘os funcionários’), no primeiro bloco da manhã, percorreram as salas (um por sala) e declamaram um poema à sua escolha. Os alunos ficaram surpreendidos com a iniciativa e conheceram outras qualidades e competências deste corpo de profissionais. Os próprios sentiram-se motivados pelo desafio lançado e manifestaram vontade em aderir a outras iniciativas do género. Prof. Lícino Cardoso Jornal Escolar Abril 2014 | página 5 1.º CEB Talhadas Semana da leitura Criatividade dos alunos da EB1 de Paradela Alunos foram desafiados a escrever um texto livre, depois de ao longo de uma semana terem lido, quase todos os dias, pelo menos um capítulo do livro “As aventuras de Pinóquio”. A minha boneca A minha boneca não é careca, eu gosto muito dela. Ela cheira a canela, é fofinha e engraçadinha. É amarela, da cor da chinela. É vermelha, da cor da telha. É cor-de-rosa e faz prosa. É verde, laranja e branca, da cor da banca. A minha boneca não é careca e chama-se Rebeca. O meu amigo A paixão Eu tenho um amigo que está comigo e tem um coraçãozinho de vidrinho. A paixão é um sentimento Que não se encontra no parlamento Mas sim num casamento Ao som do vento. Ó meu amigo, estou sozinho, vem ter comigo e traz-me um docinho. Camila 3º ano Paixão é amizade E uma lealdade . Lealdade não é Maldade. A paixão não vem por um foguetão Mas sim do coração Que não é saltitão Pois não é um balão. Guilherme 4º ano Clara 4º ano A semana da leitura em Dornelas A EB de Dornelas, no dia 21 de março, festejou a semana da leitura com uma tertúlia literária em que os alunos do 4º ano fizeram a leitura duma historia para os restantes colegas. Seguiu-se um pequeno lanche convívio onde lhes foi servido um chocolate quente acompanhado de uns bolinhos. Nos restantes dias da semana houve lugar para 15 minutos de leitura em voz alta. Profs.Susana Rocha e Elisabete Marques És muito amoroso E quando sorris, Parece que viajas Até Paris. Gosto muito de ti! Quando estou doente, Tu tratas de mim E eu fico contente. Sempre me apoiaste… E quando eu precisava Sempre lá estavas, Até quando acordava. Adoro quando brincas comigo! Adoro quando és amoroso, Estou com dificuldades, Gosto de ti como és. Afinal… até consigo! Quando estou contigo, Fazes-me cócegas nos pés. Sempre me trataste bem E quando tinha más notas, Davas-me sempre um cem! Alunos do 11.ºA recriaram momentos marcantes Quadros vivos d’ Os Maias No dia 21 de março, pelas 10:30h da manhã, na biblioteca do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga, decorreu a atividade: Quadros Vivos d’ Os Maias, realizada pela turma do 11º A, no âmbito da disciplina de Português. Esta atividade consistiu na recriação de alguns momentos marcantes da obra de Eça de Queirós. O primeiro quadro retratou uma parte da vida de Pedro da Maia, filho do patriarca e viúvo Afonso da Maia. Pedro conhece a felicidade ao apaixonar-se por Maria Monforte, mas um incidente irá alterar a vida do casal. Maria Monforte encanta-se por Tancredo e resolve fugir com ele, levando apenas a filha Maria Eduarda e deixa Carlos Eduardo com o pai. Pedro regressa à casa paterna, mas não aguenta o sofrimento e suicida-se. Sabemos que o espaço social na obra tem uma importância relevante, já que comporta uma função crítica. De facto, é nos ambientes (jantares, chás, soirés, bailes, espetáculos) que o narrador apresenta a sociedade por ele criticada – nomeadamente, as classes dirigentes, a alta aristocracia e a burguesia. Assim, o segundo e o terceiro quadros consistiram em pequenas adaptações do baile de máscaras em casa dos Cohen e do jantar em casa dos Gouvarinho. No último quadro, Carlos da Maia declara a sua verdadeira paixão a Maria Eduarda. Por ela dispõe-se a renunciar a preconceitos e a colocar o amor em primeiro lugar. O público, constituído pelas várias turmas do 11º ano e por uma turma do 12º ano e uma do 9º ano, teve deste Poema para o meu pai modo a oportunidade de reviver o ambiente do século XIX de uma forma criativa. Alguns testemunhos: Sandro, n.º14 - 11ºD “Gostei de todos os momentos, os figurinos e os cenários estavam muito bem concebidos, assim como a apresentação da atividade.” Leonardo, n.º12 - 11ºB “Todos os alunos representaram muito bem, todos conseguiram entrar na personagem, foi um espetáculo muito bem conseguido.” Jaime Bastos, Lucas Gonçalves, Maria Marques, Tatiana Rodrigues, 11.ºA Tens boa alma Dizes-me sempre Para ter calma. És tão queridinho! Hoje, ao jantar, vou dar-te um beijinho. Sabes como sou… E, se triste estou, Consolas-me… E eu contigo vou. Daqui a muitos anos… Quando estiveres no céu, Vou buscar-te para aqui Enrolado no meu véu… Joana Arede, 4.º ano – T1TAL Abril 2014 | página 6 Jornal Escolar Oficina de Expressão Dramática Uma aposta (ganha) na educação Apostando na promoção de uma formação integral dos jovens do concelho, o Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga (AESV), no âmbito da oferta de componentes curriculares complementares (nos termos do art.º 12.º do Decreto-lei n.º 139/2012, de 5 de julho), criou a disciplina de Oficina de Expressão Dramática (OED), que funciona semestralmente nos 5.os, 6.os, 7.os e 8.os anos de escolaridade, 90 minutos por semana. As turmas estão divididas Capuchinho dos tempos modernos (Os perigos da Internet) 5.º A Niassa Oliveira Jona’s face (O preguiçoso) 5.º C Niassa Oliveira em dois turnos que se revezam, por conseguinte, no decorrer do ano letivo, e com a atividade Ludoteca. Tendo terminado o semestre para os alunos que frequentaram o 1.º turno, é tempo de apresentar à comunidade educativa os projetos que os seus jovens desenvolveram com a ajuda dos seus professores de OED (e não só, já que este é um projeto que muito apela à interdisciplinaridade) e o público a que os dirigiram, pois alguns são destinados aos mais pequeninos, pelo que algumas turmas foram visitar as crianças da educação pré-escolar. Com esta divulgação, pretendemos não só dar a conhecer a grande qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, mas também informar que, no final do ano letivo, toda a comunidade educativa poderá assistir quer a estes projetos quer aos que estão agora a ser desenvolvidos (pelos alunos do 2.º turno), na Semana de Teatro. Uma adolescente conhece Ricardo, um “amigo” que a convida para a festa do seu aniversário. Entusiasmada a menina mente aos pais para ir a casa deste desconhecido. As coisas não correm como ela imaginara e resta-lhe a ajuda da avó, uma velhinha desconfiada e radical que desmascara os “lobos maus”. Adaptação do conto tradicional: Uma viúva beneficiária do rendimento mínimo vive com o filho João que não quer estudar, nem trabalhar, passando o dia no Facebook. Saturada, a mãe obriga-o a procurar uma ocupação. Depois de várias experiências, João vai trabalhar para uma cooperativa de mirtilos e recebe um burro para cuidar e o ajudar. A falta de habilidade do jovem desperta a atenção da filha do Presidente que acaba por se apaixonar por ele. “O Ganso de ouro” 5.º D Cristina Figueiredo Uma sala de aula Neste texto dramático, redigido pelos alunos, descreve-se o ambiente de uma sala de aula, com alunos indisciplinados 5.º B Margarida Coelho e curiosos. No final, a professora salva-os de uma bruxa terrível e os alunos apercebem-se de que a escola é um espaço agradável, importante e seguro. Adaptação do conto dos irmãos Grimm à dramaturgia (o João Pateta auxilia um idoso e como recompensa encontra um ganso de ouro, que lhe vai trazer a possibilidade de casar com uma princesa). Teve como ponto de partida o filme “Os smurfs” e na nossa peça incluímos algumas das personagens do filme: uma repórter, um pintor, um rei, um génio, um resmungão, um cozinheiro muito de6.º B Zita Figueiredo sastrado, entre outras. Contudo os nossos atores não apareciam todos de azul, a cada um foi atribuída uma cor diferente e falava da sua simbologia, criando, desta forma, um cenário muito colorido. No final, o público (meninos do jardim de infância) era convidado a cantar connosco a música “Há uma cor em cada criança, para pintar o arco-íris da esperança”. A aldeia das cores Hoje é Importante Vencer o preconceito (HIV) 6.º A Niassa Oliveira Inserido nas comemorações do dia mundial de luta contra a SIDA, no âmbito do PES, para esclarecer alguns preconceitos, ideias erradas sobre o assunto. Vera, uma jovem seropositiva, depara-se com algumas reações discriminatórias: não ser cumprimentada; não poder conviver com os amigos num café; não poder partilhar o copo do sumo… Felizmente, o Sr. Joaquim, dono do café, e os verdadeiros amigos impõem-se, não a deixam desanimar e lembram que o tabaco é um “perigo” mais ameaçador. No fim da peça os presentes são convidados a interpretar alguns acrósticos, criados pelos alunos, a partir da palavra “SIDA”. Circo Parvalháli Apresentou-se uma diverti“Os músicos de Bremen” 6.º C Cristina Figueiredo Adaptação do conto dos irmãos Grimm, mas respeitando o texto original (os animais viajam juntos para Bremen, fugindo dos maus tratos dos donos; encontram uma quadrilha que conseguem enganar, ficando com o fruto dos roubos e com a casa que aqueles ocupavam, onde vivem felizes). “Um Final Feliz” 6.º D Paula Bastos Um Final Feliz é uma história de amor entre uma princesa e um príncipe. Estas personagens passam por alguns obstáculos no seio familiar até poderem viver em liberdade o seu amor. Este enredo pretende também levar à reflexão e à mudança de hábitos acerca da sida e está inserido nas comemorações do dia mundial de luta contra a sida, no âmbito do PES. 6.º E Helena Briga da e incomum companhia de circo, em que as feras fogem do domador cruel, o Mágico Pancrágico faz truques espantosos que ninguém consegue ver e em que tudo o que podia correr mal corre. Abril 2014 | página 7 Jornal Escolar artística dos jovens do concelho! Jornal das Coisas 7.º A Mª João Surrador Jornal Sol da Meia-Noite 7.º B Mª João Surrador Divertida simulação de um programa de televisão com várias rubricas: informação (notícias de caráter geral e desportivas); reportagens no exterior em direto; entrevistas no estúdio; comentador da informação apresentada; meteorologia. Divertida simulação de um programa de televisão com várias rubricas: informação (notícias de caráter geral e desportivas); reportagens no exterior em direto; entrevistas no estúdio; comentador da informação apresentada; meteorologia. Educação sexual – uma aula prática 8.º A Céu Bastos “The Walking Dead” 8.º B Paula Bastos 8.º D TV 8.º D Augusta Graça A nova história da Carochinha 7.º C Helena Briga “Cinderela do século XXI” 6.º F Cristina Figueiredo Uma divertida revisitação a este conto tradicional, na era do facebook e dos smartphones, em que os diversos candidatos ao casamento com a gótica Carochinha são personagens de variadas histórias infantis. No decorrer de (o que seria apenas, para os alunos, mais) uma aula de Ciências Naturais, esta sobre educação sexual, mais propriamente infeções sexualmente transmissíveis (IST), os alunos são confrontados com algo que os faz dar a atenção realmente devida à aula... afinal não é só aos outros que acontece! The WalKing Dead conta a história de um grupo de humanos que são confrontados por um grupo de zombies ameaçador, capaz de provocar o terror e pânico naqueles que consideram ser os seus adversários. No entanto, os humanos através da música e da poesia de Fernando Pessoa mostram que o querer e a simplicidade da vida têm um poder enorme, aniquilando dessa forma as forças do mal. Esta peça enquadra-se numa proposta da equipa PES, no âmbito do dia mundial de luta contra a sida. Assim, este grupo preparou uma peça que foi representada ainda em dezembro e que pretendia sensibilizar os alunos de outras turmas do 8.º ano para a problemática da sida. A peça consiste num telejornal onde aparecem várias notícias relacionadas com o Pai Natal, os votos de boas festas do nosso presidente da república e, finalmente, a mais importante, sobre a SIDA. Esta última notícia é constituída por uma entrevista de rua filmada nos espaços exteriores, na escola, onde participaram os alunos do outro turno; uma entrevista ao professor Rui Miranda, filmada à porta da sua sala de aula; e, em direto no telejornal, uma entrevista a um médico especialista em infecciologia que explica como é que a doença se pode transmitir e como é que ela não se transmite. É de referir que o texto da entrevista foi feito após um trabalho de pesquisa feito pelos alunos e foi revisto pelo professor Rui Miranda para que não haja qualquer erro científico na informação passada aos espetadores. Branca de neve e os sete anões 7.º E José A. Rodrigues A história do João com Sal 7.º D Helena Briga Família Rica e Família Pobre 8.º C Élia Plácido Julgamento de celebridades 8.º F Luísa Ribeiro “Uma história de todos os dias” 8.º E Ana Silveira O Zezito é um “miúdo básico” como tantos outros, que anda na escola, tem amigos e uma namoradita. Um dia, conhece a droga e os problemas começam a surgir. Apesar do apoio dos seus pares e dos pais, acaba por morrer, depois de uma overdose. Tanta coisa que ficou por experimentar! Mais vale repensar as nossas experiências do dia a dia e continuar a viver!... Adaptação do conto “Cinderela”, sendo a história comum ao texto original no seu enredo, tendo, todavia, aspetos da realidade atual. Os alunos adaptaram ao esqueleto da tradicional história da Branca de neve e os sete anões alguns”adereços” modernos (roupas, texto, carros). Um cruzamento atualizado de dois contos tradicionais: “Frei João Sem Cuidados” e o “Sal e a água”, com a presença das grandiosas figuras públicas Jerónimo Latins e Fernando Mentes. Os destinos de duas famílias cruzam-se em diferentes situações do dia a dia (na escola, entre os filhos) e nas relações extraconjugais, entre os pais. A crise, de uns, e o desafogo financeiro, de outros, gera situações de desigualdade e de bullying que conduzem ao riso, mas, sobretudo, à reflexão sobre os diferentes caminhos da vida e sobre tudo o que chega à escola. O Capuchinho Vermelho e o Porquinho Cícero vão a julgamento, acusados de terem cometido “sérios” crimes: desobediência e preguiça. Apurados os factos, percebe-se que, afinal, não foram eles a falhar, mas os que tinham responsabilidade sobre eles. Os docentes de OED do AESV Jornal Escolar Abril 2014 | página 8 Esclarecer, sensibilizar, prevenir e combater Tráfico humano Atualmente, o tráfico humano, é uma das atividades ilegais que mais se tem difundindo, em todo o mundo, e é uma forma de violação dos direitos humanos, praticado por “agentes” que oferecem empregos com alta remuneração ludibriando pessoas que procuram melhores condições de vida, sonhando com um futuro melhor. Este é um problema que afeta todas as sociedades em que as pessoas são “utilizadas” segundo as suas características e levadas voluntariamente e/ou involuntariamente, para serem usadas para vários fins, nomeadamente exploração laboral, sexual e tráfico de órgãos. Considerando que ignorar esta calamidade social permite a sua expansão, a Equipa PES, em parceria com a Equipa de Saúde Escolar e a Fundação Edite Costa Matos – Mão Amiga, tomou a iniciativa de dinamizar sessões de esclarecimento para os alunos do ensino secundário, como meio de prevenção, sensibilização e combate ao tráfico humano, alertando-os para as pessoas em situação de tráfico, as características dos possíveis aliciadores, os indícios de tráfico e medidas a tomar de modo a evitá-lo. Estas sessões decorreram no passado dia 30 de Janeiro, na sala dos grandes grupos, tendo as mesmas sido consideradas importantes e do agrado dos participantes. Equipa PES Ofereça um sapato, receba um sorriso! A Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga participou pelo terceiro ano consecutivo na campanha de solidariedade de amplitude nacional promovida pela BotaMinuto, que decorreu este ano desde o dia 21 de janeiro até ao final de fevereiro, detendo como slogan: “ Ofereça um sapato, receba um sorriso!”. Esta iniciativa teve como objetivo recolher sapatos usados, de adulto ou criança, que serão posteriormente doados às instituições protocoladas com esta ação, mas também desenvolver competências sociais. Num mundo tão desigual e com uma atroz injustiça na distribuição de riqueza, um muito obrigada a todos aqueles que puderam participar, partilhar e contribuir na construção de um mundo mais solidário e melhor. Prof.ª Paula Bastos Crónica O moço de forcados – 5 O ECRÃ GLOBAL tem os dedos apontados para nós Crescemos com a informação global - um valor absoluto de verdade, que seria a priori o reflexo de uma face universal da realidade, mesmo quando parece querer suplantar a ficção. Afirmam alguns que “a realidade já não é o que era” e que, hoje, não passa de um “jogo de espelhos gigantes”, mas quebrados, que mesmo apontados ao que realmente “se passa”, acaba por fragmentar ou distorcer todos os detalhes da tal “realidade”. Serve este raciocínio meramente preambular para, no contexto das constantes remodelações tecnológicas na comunicação, nos garantir ao menos o equilíbrio da nossa perceção, na expetativa de cidadãos que pretendem continuar vivendo com alguma “liberdade natural”, no sistema político-social que é a “democracia”. Mesmo na ilusão, há que seguir alguma ordem. Em nome da sobrevivência. Individual. Bombardeiam-nos diariamente com a validade das ofertas predadoras dos operadores de televisão/telefone/internet, na sua quase inelutável sanha em fazerem-nos soçobrar perante “tantas evidências de iluminação”, no caso de aderirmos à proposta irrecusável que avançam. Já nem se põe em causa a necessidade de se usar a rede mundial para efeitos de trabalho e correio (conquanto eventual- mente escrutinada - ou “não” - pelos donos dos meios), ou até mesmo a fidelidade ao meio fixo para falar à distância. A questão levanta-se sobretudo pela incoerência na oferta dos canais televisivos à disposição – ignorando a regra de ouro da qualidade sobre a quantidade, os “agentes da nova renascença televisiva” garantem-nos basicamente uma feia fragmentação do que em tempos se chamava “a caixinha de imagens” ou “ a janela para o mundo”, uma definição que nos parecia desafiar para a ação. Admita-se desde já que estes conceitos há muito se tornaram obsoletos e defuntos; a desmesurada multiplicidade de escolhas parece convidar-nos ao ócio, numa altura em que o “negócio” mais urge. O tempo de permanência fora de casa da grande maioria da população ativa parece ser o mais pesado argumento para laconicamente fechar a porta na cara dos “inocentes” vendedores que só “fazem-o-que-tem-que-ser”. Parece tácita a velha tática que atesta “cada um tem o que quer e ninguém é obrigado a ter”; no entanto, atrás dela esconde-se o imperativo social do impulso gregário, o de não querer ficar para trás ou isolado na escolha de um serviço de “comunicação”. Só que cada vez mais a esmagadora diversidade de oferta de conteúdos condiciona mais ainda a passividade do recetor. Perante os nossos olhos desfilam canais agremiados a mega companhias, que se desdobram em formatos e te- máticas afins, canais de documentação que só pecam pela sua permeabilidade ao fácil e gratuito (veja-se por exemplo o caso de certos canais de temas históricos, cada vez mais rendidos ao espalhafato labrego), ou ainda os que defendem a chamada informação 24/7 com unhas e dentes mas depois apenas debitam horas a fio de doutrinação ideológica e clubística. A lógica de mercado destruiu a beleza e a nobreza da televisão – é outro chavão alegadamente esgotado, mas estamos chegados ao limite do lixo mais maquilhado de luxo; o meio já não é a mensagem, porque desta já quase nada resta. A efabulação do conceito “serviço público”, não é mais que um subterfúgio para perpetuar a reprodução social através da manipulação/doutrinação/alienação “culturais” (entre aspas porque o termo perdeu significado na Nova Ordem). No dia em que esta começou, o mundo inteiro estava de olhos pregados nos ecrãs – era um espetáculo atroz que parecia perfeitamente encenado, só que o encenador tinha a assinatura esborratada. Nós não somos obrigados a “ter”, a “ver”, a “ser”. Para além disso, há gente ocupada em nos limitar as hipóteses de o “fazer”. Qual é o problema? Qual é a pressa? A pressa é a de resistir. Para muitos é demasiado tarde – e tão atualizados que estão que nem sabem!... Prof. João Carlos Silva Jornal Escolar Abril 2014 | página 9 Duas dezenas de alunos severenses entre quase 2000 de todo o mundo Taizé - uma viagem inesquecível Na semana de 1 a 9 de março, na interrupção do carnaval, viajaram de autocarro 20 alunos do ensino secundário da nossa escola até Taizé, na França, com os professores António Nogueira e Ir. Fátima Santos, associando-se a mais 4 escolas da diocese de Aveiro (José Estevão, Mário Sacramento, Jaime Magalhães e Colégio de Calvão), perfazendo um total de cerca de 140 pessoas, entre alunos e professores, que se foram juntar aos quase 2000 jovens de todo o mundo, que se encontravam nessa semana em Taizé. Taizé é uma comunidade ecuménica que reúne, de semana a semana e ao longo de todo o ano, milhares de jovens de todas as confissões religiosas. A própria comunidade, formada por aproximadamente 80 frades, é composta por irmãos de várias confissões religiosas, concretizando o sonho do fundador, o irmão Roger: “Viver todos os dias a reconciliação entre os cristãos”. É este o desafio de cada irmão, mais jovem ou menos jovem, que pisa este local. O irmão Roger nasceu na Suíça em 1915, numa família protestante. Aos 25 anos viaja de bicicleta até França, encontrando resposta para as suas questões interiores na família que o acolhe em Taizé (aldeia que dá o nome à comunidade), “se quiser ficar connosco é bem-vindo, porque estamos muito sozinhos!” O irmão Roger acolhe esta proposta como vontade de Deus. Nasce assim durante a segunda guerra mundial a comunidade ecuménica – Taizé. Ficam aqui os testemunhos de alguns alunos que quiseram partilhar com todos a sua experiência. Profs. António Nogueira e Ir. Fátima Santos Testemunhos da minha viagem a Taizé Taizé é único! É uma comunidade que não nos fascina logo à primeira impressão. Apenas no segundo ou terceiro dia é que comecei a perceber o espírito desta comunidade. As condições não foram as melhores, porém conseguimos viver bem daquela forma mais básica. A total privacidade e comodidade não entram na mala, apenas levei os erros e problemas da vida para trazer uma calma comigo mesmo que não é conseguida em mais lado nenhum. Da manhã à noite, é disfrutado cada minuto e cada segundo. As Orações são os momentos mais emocionantes do dia, chorando, toda a mágoa e todo o rancor são libertados. Não consigo mesmo encontrar palavras para definir o que senti na despedida, todos à minha volta deitavam lágrimas de saudade do que para trás iria ficar. Todos nós no dia da partida de Taizé sabíamos que estávamos naquele momento, a acordar de um sonho que um dia tínhamos vivido e que era altura de regressar a casa e voltar à normalidade… Gustavo Oliveira Sá 10º ano Em Taizé vivemos múltiplas experiências e mudámos completamente a nossa rotina, desde ter de acordar às 06:30 de Portugal para irmos para uma oração e almoçarmos e jantarmos mais cedo do que estávamos habituados; a termos de carregar o telemóvel ao ar livre, porque não tínhamos tomadas dentro dos quartos ou deixá-lo a carregar à vista de todos cá fora. Taizé é um mundo completamente à parte, ao qual toda a gente devia de ter oportunidade de ir, pois é uma experiência enriquecedora para qualquer pessoa. Lá mudamos completamente a maneira de como vemos e encaramos o mundo e as situações do nosso dia a dia. Para além de termos feito amigos novos, de termos tido contacto com diferentes línguas e pessoas incríveis, descobrimo-nos ainda mais uns aos outros e sobretudo a nós mesmos. Taizé ensinou-nos a dar sem estar à espera dum receber, a confiar no que nos rodeia, a saber divertirmo-nos sem estarmos dependentes duma tecnologia e a apreciar cada vez mais os minutos dos nossos dias. Hoje, posso afirmar que ir a Taizé foi uma das melhores opções da minha vida, nunca pensei vir a gostar tanto de algo tão diferente e tão puro como Taizé é. Inês Filipe Rocha, 10º ano “Amor…Alegria…e Paz. Estamos em Taizé.” Esta mensagem foi passada durante a última oração em que estive presente e para mim e para todos os corajosos que embarcaram nesta aventura define perfeitamente o que passámos, no entanto, para os demais vou tentar definir o que é Taizé, sabendo que nunca conseguirei responder a essa questão correctamente. Taizé é silêncio. Poderá assustar muita gente ficar em silêncio. Eu confesso que inicialmente foi muito constrangedor, mas agora não consigo pensar em nada mais reconfortante. Visitar o lago do silêncio é uma experiência avassaladora que eu aconselho a qualquer pessoa. Lá aprendi que precisamos de reflectir, afastar-nos do frenesim que é a vida quotidiana e encontrar-nos, encontrar o nosso verdadeiro eu. Taizé é simplicidade. Nesta viagem, consegui perceber que dava demasiada importância a coisas perfeitamente dispensáveis. Não tive acesso à internet, dormia num saco-cama, reduzi as comunicações por telemóvel e apenas era utilizada uma colher nas refeições. Talvez seja chocante ou impensável para algumas pessoas viver nestas condições, mas a verdade é que não senti a falta de nenhum desses “luxos”. Percebi que o mais importante são as pessoas: a família, os amigos e até os desconhecidos que vemos todos os dias. Taizé é amizade. Não há melhor forma para conhecer pessoas novas do que visitar este local. Conversei com franceses, italianos, belgas e muitos portugueses de outras regiões. Enquanto que no nosso dia-a-dia passamos por desconhecidos e decidimos ignorá-los, em Taizé cumprimenta-se toda a gente, não importa a língua. Entra-se no espírito e dá-se “abraços grátis” sem medo. Taizé é união. Compartilharam-se muitos momentos de alegria, mas como o espaço de reflexão que é, também existiram momentos difíceis. Muitas lágrimas foram derramadas nas orações, mas nunca foram sozinhas. Um mero desconhecido, um amigo, estava sempre lá alguém para nos acompanhar nos momentos mais difíceis e dar o calor de um abraço. Somos um. Criou-se uma união forte como nunca tinha visto. Um episódio que demonstra mesmo isto foi o momento final que passámos em Taizé quando um grupo de jovens formou um cordão humano para impedir os autocarros de abandonarem o recinto. Taizé é para sempre, abandonámos o espaço fisicamente, mas o nosso coração ficou lá. Ao escrever estas palavras tenho o coração apertado, as saudades crescem a cada dia que passa e estou cada vez mais confiante que foi a melhor experiência da minha vida. Posso dizer com toda a certeza que as pessoas que entraram naquele autocarro nº4, em Aveiro, no dia 1 de Março, não são as mesmas que saíram no mesmo local 8 dias passados. Saiu um grupo, uma força, em que cada um dos indivíduos descobriu algo sobre si próprio, reflectindo-se nos laços que criou com os demais. Somos pessoas mudadas. Bem se dizia que “Taizé é uma nova vida, para sempre.” Só quem foi é que percebe. Taizé é música em todo o lado. Taizé é beber o chá quente com amigos. Taizé é aprender sobre si mesmo. Taizé és tu. Sou eu. Somos nós.´ Daniela Morence, 12ºA Jornal Escolar Abril 2014 | página 10 Sobre o filme... Capitães de abril Um povo oprimido por uma ditadura militar que renegava aos seus direitos de expressão, liberdade, … Um povo que não podia exprimir os seus sentimentos de contestação contra a política … Um povo que vivia amedrontado por órgãos de tortura como a PIDE… Um povo português sedento de liberdade, igualdade, justiça. Foi com o golpe de estado de 1974, retratado no filme “Capitães de abril”, que foi possível a restauração dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e um regime democrático. No dia 25 de abril de 1974, as forças armadas puseram em causa as estruturas opressivas do Estado Novo de Marcelo Caetano, e lançaram a base para a reposição de um regime democrático. Contudo, para se usufruir de tudo que hoje está ao nosso dispor: eleições livres, formação de partidos políticos e sindicatos, liberdade de expressão,…, foi necessária uma força humana conjunta, que contra tudo e todos, lutou para acabar com a opressão. Foi através da conjugação dos militares com a voz do povo, que a revolução dos cravos foi possível, onde o uso da força dos engenhos de guerra era o último recurso. A democracia em Portugal renasce, jovem e saudável, cheia de ideias, rumo a um Portugal sem a guerra do Ultramar, com o desejo de se integrar em instituições democráticas internacionais, com o objectivo de tornar a saúde e a educação gratuitos para todos,… Assim, com a força do povo unido foi possível que o poder volta-se para “a rua”. Todavia, é de sublinhar que o povo português não brilha por ser dos povos mais organizados, e como o poder democrático teria de estar reunido em alguém, o povo necessitou de ser organizado no sentido de reunir-se para criarem-se partidos livres com o alvo de levar Portugal a “bom porto”. O filme expõe a realidade do dia 25 de abril, com 24 horas turbulentas onde a força de vontade falou mais alto. Como tal, foi este dia o alicerce para a construção do que hoje usufruímos: liberdade de expressão e informação, liberdade de consciência, de religião e de culto, direito de sufrágio, soberania e legalidade… O fim da censura, nascimento da liberdade. Todavia passados 40 anos e reconhecendo incomparáveis melhorias nas condições de vida, constatamos que vivemos ainda na procura de um mundo mais justo onde reine uma verdadeira democracia. Andreia Bastos, 12º TC3 AEC’s Pancake Race - uma corrida e um lanche Pelo segundo ano consecutivo realizou-se em algumas escolas primárias do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga a divertida corrida da panqueca. Nesta atividade os alunos puderam participar na corrida e posteriormente saborear um lanche partilhado onde não faltou as panquecas servidas com açúcar e sumo de limão, como manda a tradição inglesa. Profª. Luísa Henriques No dia 28 de fevereiro, na AEC de inglês comemoramos a corrida das panquecas. Participaram o 1º ano, o 2º ano, o 3º ano e o 4º ano. Fizemos uma linha no chão. Primeiro foi o 4º ano e o 3º ano a correr, depois o 2º ano e seguidamente o 1º ano. Depois comemos panquecas acompanhadas com limão e açúcar e bebemos sumo que alguns alunos trouxeram. Todos nós gostámos muito porque foi muito divertido. Ana Rita Marques 4º ano, Inês Pinto 4º ano e Marta Macedo 4º ano – E.B. de Pessegueiro do Vouga No dia 26 de fevereiro na aula de Inglês, fizemos uma corrida de panquecas tradicional da Inglaterra. Fomos distribuídos por anos e a Mrs Luísa tirou-nos fotografias. A Mrs Luísa trouxe panquecas para a corrida que foi muito divertida. No final a professora Elizabete e a D. Manuela fizeram panquecas para todos. A Beatriz também trouxe algumas de casa. Adoramos este dia, assim como, as aulas de Inglês. Sara Portela 3º ano, Bia Machado 3º ano, Dinis Ventura 3º ano, Catarina Carvalheira 3º ano e Rodrigo Tavares 4º ano – E.B. Dornelas Nas atividades de inglês, no dia 27 de fevereiro, nós fizemos uma corrida de panquecas. Essa corrida estava muito bem organizada, os meninos participaram por anos: o primeiro ano a concorrer foi o 4º ano, de seguida o 3º ano, depois o 2º ano e por fim o 1º ano. Foi muito fixe! No final fizemos um lanche partilhado. Tínhamos na mesa panquecas, bolachas e sumo. As panquecas foram servidas com sumo de limão e açúcar. Esta tarde foi espantosa, foi uma tarde mágica! Ana Gomes 3º ano, João Cardoso 3º ano e Jéssica Marques 4º ano – E.B. da Vala – Silva Escura Jornal Escolar Abril 2014 | página 11 1.º CEB Parabéns Matemática Hoje é dia de festa Cantam as nossas almas Prá menina Matemática Uma salva de palmas! No passado dia 14 de março, os alunos do 1.º CEB comemoraram o Dia da Matemática, realizando várias tarefas de exploração de conceitos, numa perspetiva lúdica e de ligação às outras áreas disciplinares. Sob a égide “Divertir e Aprender”, as várias turmas envolveram-se em atividades que passaram pela visualização de um vídeo sobre “A história dos números”; leitura e exploração do livro “O rapaz que tinha zero a Matemática”, da autora Luísa Ducla Soares; a “Lenda do Tangran”; “Mat-escrita criativa”, truques de magia e vários jogos matemáticos, em contexto de sala de aula, e em articulação com a disciplina de Expressão/Educação Físico-Motora. As experiências vividas pelos alunos são evidentes nos testemunhos escritos e fotográficos recolhidos: “Catorze de março chama-se o dia da matemática por causa do pi, que é igual a 3,14 e é 14/03. Todos os alunos da escola fizeram jogos: A Macaca, As Tabuadas, O Tangram e O Jogo do 24. Nós festejamos o dia da matemática porque a matemática é muito importante. Está em quase tudo o que fazemos, mesmo sem nós repararmos. A matemática é a minha disciplina preferida e por isso fiz uma pesquisa: a matemática é a ciência do raciocínio lógico e abstracto, esta ciência estuda quantidades, medicina, física, química, biologia e ciência sociais. Nesta pesquisa também aprendi que pi é igual a um número muito grande: 3,1415926 535897932384626433832795028841971693993751058209749445923…e muito, muito mais!” Leonor Silva, 2.º ano, Escola da Senhorinha “Os alunos da EB1 de Dornelas comemoraram o «Dia da Matemática» com a visualização do filme: «O rapaz que tinha zero a matemática», passando depois à observação dos vários exemplos de ilusões óticas que nos foram enviadas e que tanto os fascinaram. Em seguida colocaram à prova alguns conhecimentos nesta área com a realização de uma ficha. Finalmente, no recreio houve lugar para um jogo divertido «Caçadores de números». Foi um dia em grande.” Alunos das turmas de Dornelas “… Sem Matemática afinal Era uma grande confusão! Comprávamos “uns palmos” de sal E até “uns passos” de pão.” Excerto de um texto elaborado pelos alunos dos 3.º e 4.º anos da turma da Vala Parabéns Matemática, parabéns aos alunos e respetivos professores pela participação e interesse demonstrado! Graça Rocha – Subcoordenadora Disciplinar de Matemática do 1CEB Jornal Escolar Abril 2014 | página 12 1.º CEB Pessegueiro do Vouga Carnaval à moda antiga Este ano brincou-se ao Carnaval de uma forma um pouco diferente em Pessegueiro do Vouga. Foi testada a criatividade e originalidade dos alunos e dos seus progenitores. Tendo em conta os objetivos elencados no Projeto “Brincar à Moda Antiga” que envolve todas as escolas do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga, apelou-se à recuperação de trajes e assessórios antigos, numa tentativa de contrariar o consumismo exagerado e dispendioso a que se assiste todos os anos. Nem por sombras o cortejo ficou mais pobre, sem trajes comprados. Antes pelo contrário, alunos e pais esmeraram- -se nos disfarces e o resultado foi um desfile repleto de originalidade e diversidade e muito engraçado. Os alunos, e quem assistiu ao desfile, divertiram-se e constataram que afinal o antigo pode virar moderno e tornar-se muito útil e engraçado. Profs. Cláudia Silva, Lourdes Almeida, Ana Correia Peça da Associação Cultural Útero apresentada na escola em 10 sessões “Maria, Maria” À semelhança do ano letivo passado, a Associação Cultural Útero invadiu a Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga durante uma semana – de 17 a 21 de fevereiro – para inquietar as consciências juvenis através da apresentação de uma nova criação: ”Maria, Maria”. A peça centra-se na figura de uma adolescente de 14 anos, protagonizada por Catarina Félix, que vive a maior parte do tempo fechada no seu quarto, comunicando para o exterior com recurso à tecnologia – Internet, telemóvel. Deste modo, e através de várias linguagens estéticas, aborda as temáticas tão caras aos adolescentes: a amizade, a comunicação com os outros, o crescimento e o corpo em mudança, o amor… e até o papel do ser humano no mundo. Em 10 sessões durante os 5 dias úteis desta semana, repetiu-se o espetáculo para proporcionar uma nova experiência estética a todos os alunos da disciplina de Oferta de Escola – Oficina de Expressão Dramática – do 5.º ano ao 8.º. Apesar de toda a interação com o público durante o espetáculo, no final de cada um houve ainda tempo para as questões, para a reflexão e para o debate. Esta atividade foi novamente possível graças ao envolvimento financeiro do Centro das Artes e do Espetáculo de Sever do Vouga que, na figura da sua diretora, tal como o diretor do Útero e como os docentes da disciplina de OED, acredita que só uma educação que valorize a sensibilidade e a expressão artística formará homens e mulheres mais Prof.ª Ana Silveira íntegros e tolerantes. Sabia que...? ... o Agrupamento elabora relatórios dos resultados dos alunos desde o pré-escolar até ao 12.º ano e que estes se encontram publicados na página web do Agrupamento para consulta pública. ... a partir da segunda quinzena de abril, as crianças que completem 3 anos até 31 de dezembro de 2014, devem ser inscritas na escola sede do Agrupamento para frequentarem o ensino pré-escolar no ano letivo 2014/2015. ... a partir da segunda quinzena de abril, as crianças que completem 6 anos até 31 de dezembro de 2014, devem ser matriculadas na escola sede do Agrupamento para frequentarem o 1.º ano do ensino básico no ano letivo 2014/2015. ... quando um aluno tira a senha para almoçar, no caso de não almoçar, terá de repor o valor da refeição não comida? (alunos de escalão A- 1,68€; alunos de escalão B – 0,95€; restantes alunos -0,22€) |correção| Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga, suplemento distribuído com o jornal Terras do Vouga N.º 33, abril 2014 Colaboradores deste número: Ana Correia, Ana Gomes, Ana Silveira, Ana Marques, Andreia Bastos, António Nogueira, Beatriz Gomes, Bia Machado, Camila, Catarina Carvalheira, Clara, Cláudia Silva, Daniela Morence, Dinis Ventura, Diogo, Fátima Santos, Gabriel, Graça Rocha, Gustavo Sá, Guilherme, Inês Castro, Inês Pinto, Inês Rocha, Jaime Bastos, Jéssica Marques, Joana Arede, João C. Silva, João Cardoso, José Almeida, Lara, Leonor Silva, Licínio Cardoso, Lucas Gonçalves, Luísa Henriques, Lourdes Almeida, Maria Marques, Mário Silva, Marta Macedo, Paula Bastos, Rita Silva, Rodrigo Tavares, Sara Portela, Tatiana Rodrigues. Responsável por edição: Licínio Cardoso | Contacto: [email protected] Diretora: Rosário Tavares
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