FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO
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FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO
AGOSTO 2015 LAUDATO SI’: “SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM” Laudato Si’ (louvado sejas) é o título da encíclica do Papa Francisco, cujo subtítulo – “sobre o cuidado da casa comum” – indica que o assunto é ecologia e preservação do Planeta Terra. Uma longa introdução precede os seis capítulos. Da citação poética do cântico de Francisco de Assis, “louvado sejas, meu Senhor pela mãe e irmã terra, que produz frutos e flores coloridas”, passa logo à veemente denúncia “do uso irresponsável e do abuso dos bens” da Terra e dos “sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos”. O Papa reflete, com base no evangelho, sobre o que está acontecendo com a Terra, maltratada e depauperada. É necessário ir às causas, chamando a atenção para “as raízes éticas e espirituais dos problemas ambientais”. Afirma que a raiz da crise é antropológica, aponta a urgência de uma ecologia integral, delineia orientações de como agir e vislumbra como saída a educação e a espiritualidade. Refere-se a Francisco de Assis como modelo de alegria e amor aos pobres, “um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo”. O santo de Assis ensina que da natureza se aproxima com admiração e encanto, com a linguagem da fraternidade, da beleza e do louvor ao criador. Reporta-se aos seus predecessores, os quais já falam “da necessidade urgente de uma mudança radical no comportamento da humanidade” (Paulo VI, 1970), isto é, de mudanças profundas “nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder, que hoje regem as sociedades (João Paulo II, 1991). Dirigindo-se “a cada pessoa que habita neste planeta”, o Papa quer “entrar em diálogo com todos acerca da nossa casa comum”. O Papa deseja “unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral”. Conclama a uma “nova solidariedade universal”. Poe a pergunta sobre o tipo de mundo que queremos deixar para as gerações futuras. Elenca os “eixos” que percorrem a encíclica: a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está interligado no mundo, a crítica ao princípio tecnocrata de poder, a necessidade de nova compreensão da economia e do progresso, o sentido humano da ecologia, a responsabilidade política e a proposta de um novo estilo de vida. Vale à pena aprofundar o sentido e o alcance dessa mensagem, em vista de um futuro pautado pela harmonia entre natureza humana e ambiental. Harmonia também entre estratégias organizacionais e princípios morais que devem reger a convivência entre os seres humanos. Assim começa a encíclica; pode começar também um novo compromisso envolvendo as pessoas de boa vontade. Dom Pedro Luiz Stringhini Mogi das Cruzes, 09 de julho de 2015 ANO 24 N° 287 CNBB ANUNCIA 2015 COMO O ANO DA PAZ CNBB proclamou o ano de 2015 como o Ano da Paz, sendo este um período direcionado à reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal. A respeito desse assunto, o bispo auxiliar de Brasília e Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, descreve no texto-base do Ano da Paz que o grito silencioso de paz, intitulado “Somos da Paz”, “se eleva frente à violência crescente em todos os níveis”. De acordo com o prelado, o intuito desta ação é de superar as múltiplas formas de violência que agridem a dignidade dos filhos e filhas de Deus, despertando assim a convivência fraterna entre as pessoas. Recentemente, a Igreja no Brasil vem mostrando uma série de ações e atividades a serem realizadas neste ano, entre elas, a Caminhada pela Paz. A CNBB sugere às arquidioceses, dioceses e prelazias para que seja celebrada ainda a festa de São Francisco de Assis, em 4 de outubro, tendo como base a temática proposta pelo Ano da Paz. Nesse sentido, todas as comunidades devem realizar uma caminhada demonstrando que a paz é possível. FRANCISCO APONTA LIÇÃO DA AMÉRICA PARA O VELHO CONTINENTE No encontro do Pontífice com os jornalistas, durante a viagem de retorno da última viagem do Papa à América do Sul, a população jovem e o crescimento demográfico foram usados por Francisco como indicadores para europeus que, nesse sentido, eles invertam a atual direção e não tenham medo da juventude. Para o Papa, o Velho Continente, que perdeu o valor da juventude, que deixou de gerar filhos e fazer o futuro precisa de ajuda. E essa ajuda pode vir do povo e da Igreja da América Latina. Francisco oferece a sua chave de leitura aos jornalistas através da Sua experiência vivida em solo latino-americano. E enaltece países como o Paraguai, citado pelo Pontífice, por ter acima de 70% da população com menos de 40 anos. O Papa Francisco ficou maravilhado com tamanha participação do povo, de todas as idades, por todo lugar que passava o papamóvel ou celebrava uma missa. Sobretudo, ele ficou impressionado com a quantidade de crianças vistas pelas ruas do Equador, Bolívia e Paraguai: “Digo uma coisa que me surpreendeu muito. Em todos os três países, todos três, por longas ruas tinham pais e mães com as crianças; mostravam as crianças. Nunca vi tanta criança, tanta criança! É um povo -e também a Igreja é assim- que é uma lição para nós, para a Europa, onde a diminuição dos nascimentos assusta um pouco, e também as políticas para ajudar as famílias numerosas são poucas.” O Santo Padre fez menção, então, a alguns países que sofrem com a baixa natalidade na Europa. E falou também da França, “que tem uma boa política para ajudar as famílias numerosas e chegou, eu acredito, a mais de 2% de nascimentos, enquanto outros estão próximos a zero”, disse. As palavras do Papa vieram de encontro a um estudo divulgado em maio deste ano pelo Instituto de Economia Internacional de Hamburgo, em parceria com a consultoria BDO: a Alemanha tem a menor taxa de natalidade do mundo. E, analisando os países europeus, vem seguida por Portugal e pela própria Itália. A pesquisa mostra que, nos últimos cinco anos, nasceram uma média de 8.2 crianças alemãs por mil habitantes, 9 portuguesas e 9.3 italianas por mil habitantes. O Papa disse: “A riqueza desse povo e dessa Igreja é que se trata de uma Igreja viva. É uma riqueza, uma Igreja de vida. Isso é importante. Acredito que nós devemos aprender deles e corrigir, porque, ao contrário, se não vêm os filhos... É isso que me impressiona muito sobre o ‘descarte’: descartam-se as crianças, descartam-se os idosos, com a falta de trabalho os jovens são descartados... Por isso os povos novos, os povos jovens nos dão mais força. Para a Igreja, que diria uma Igreja jovem -com seus tantos problemas, porque têm seus problemas- acredito que essa seja a mensagem que eu encontro: não ter medo dessa juventude e desse frescor da Igreja.” A Caminho CURIA DIOCESANA DE MOGI DAS CRUZES DIOCESE DE MOGI DAS CRUZES Cúria diocesana Rua Ipiranga, 1469 – Vila Santista – Mogi das Cruzes SP – CEP.: 08730-000 Caixa Postal: 400 - CEP: 08710-971 PABX: (11) 4724-9734 [email protected]; diocesedemogiadm@ uol.com.br “A cúria diocesana consta dos organismos e pessoas que ajudam o Bispo no governo de toda a diocese, principalmente na direção da ação pastoral, no cuidado da administração da diocese e no exercício do poder judiciário” (cân. 469). PE. VIGÁRIO GERAL (VICARIUS GENERALIS): ANTONIO ROBSON GONÇALVES, MSJ “Em cada diocese deve ser constituído pelo Bispo diocesano o Vigário Geral que, com poder ordinário, de acordo com os cânones 477 § 1 e 2, 478 § 1 e 2, 479 § 1, 2, 3, 480, 481 § 1 e 2, o ajude no governo de toda a diocese.”Cân 475 § 1. ECÔNOMO DIOCESANO (OECONOMUS DIOECESANUS): PE LEANDRO MACHADO SILVESTRE Ecônomo Adjunto: Pe. Luis Alberto Hidalgo “É o administrador dos bens da diocese, sob a autoridade do Bispo. Deve ser perito nas coisas econômicas e de comprovada honradez”. CHANCELER (CANCELLARIUS CURIAE DIOCESANAE): PE. JOÃO BATISTA RAMOS MOTTA “Tem por função, salvo determinação diversa do direito particular, cuidar que os atos da cúria sejam redigidos e despachados, bem como sejam guardados no arquivo da cúria. Pode-se dar ao chanceler um auxiliar com o nome de vice-chanceler. Ambos são, por direito, notários e secretários da cúria” (cân. 482). COMISSÃO DIOCESANA DOS BENS CULTURAIS DA IGREJA Presidente: Dom Pedro Luiz Stringhini Coordenador: Pe. Antonio Carlos Fernandes Membros: Diac. Nivaldo França de Medeiros Sra. Cícera Thadeu dos Santos Sra. Maria Iracema dos Santos FACULDADE DE FILOSOFIA E TEOLOGIA PAULO VI Av. Francisco Rodrigues Filho, 248 – Mogilar 08773-380 – Mogi das Cruzes São Paulo – Brasil Cx. Postal 400 / 08710-971 CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL e-mail: [email protected] Coordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Ademir Andrade de Sá JORNAL A CAMINHO Expediente Diretor Geral: Dom Pedro Luiz Stringhini Bispo diocesano Jornalista Responsável: Pe. Carmine Mosca (MTB: 71365/SP) Diretor: Pe. Fábio Aloísio Almeida Contatos pelo tel: 4747-4672 ou pelo email: [email protected] 2 AGOSTO 2015 PAPA FRANCISCO REFLETE SOBRE AS FERIDAS QUE SURGEM NO CONVÍVIO FAMILIAR Quarta-feira, XII semana do tempo comum, Festa de São João Batista: com o céu nublado na capital italiana, o Papa concedeu a sua última Audiência Geral das Quartas-feiras, antes de suas férias de verão, previstas para o mês de julho. Com dezenas de milhares de pessoas lotando a Praça São Pedro, o Pontífice prosseguiu com o tema das Famílias que ele tem desenvolvido em suas últimas catequeses. Francisco refletiu sobre as feridas que surgem no âmbito da convivência, “quando a família machuca a si mesma”... que é “a pior coisa! “: “Palavras, ações e omissões que, em vez de exprimir amor, corroem-no e mortificam-no”: disse o Papa. Feridas, prepotência, hostilidade e desprezo O Papa advertiu que “quando as feridas são subestimadas, acabam degenerando, se transformam em prepotência, hostilidade e desprezo. O esvaziamento do amor conjugal gera ressentimentos e a desagregação do casal recai sobre os filhos”. “Quando os adultos perdem cabeça, quando cada um pensa apenas em si mesmo, quando o pai e a mãe se agridem, a alma dos filhos sofre imensamente, sentem-se desesperados. E nós? Não obstante a nossa sensibilidade, tão evoluída, parece que ficamos anestesiados diante das feridas profundas nas almas das crianças”, reflexionou Francisco. Uma só carne e o escândalo dos pequeninos Ele continuou afirmando que “na família, tudo está interligado. Quando um homem e uma mulher, que se comprometeram a ser ‘uma só carne’ e formar uma família, pensam obsessivamente nas próprias exigências de liberdade e gratificação, esta distorção fere profundamente o coração e a vida dos filhos”. “Temos que entender bem isso: o marido e a mulher são uma só carne; mas as suas criaturas são carne da sua carne. Quando se pensa na dura advertência que Jesus fez aos adultos para não escandalizarem os pequeninos, pode-se compreender melhor a sua palavra sobre a grave responsabilidade de salvaguardar o vínculo conjugal que dá início à família humana. Quando o homem e a mulher se tornam uma só carne, todas as feridas e todo o abandono do pai e da mãe incidem na carne viva dos filhos”. Há ressalvas? O Papa fez uma ressalva: “Há casos em que a separação é inevitável; às vezes pode se tornar até moralmente necessária, quando se fala de salvar o cônjuge mais frágil, ou filhos pequenos, de feridas causadas pela prepotência e a violência, das humilhações e da exploração, da indiferença”. Oração Depois de destacar a questão do acompanhamento pastoral que foi por ele muito sublinhado no âmbito dos debates do Sínodo Extraordinário sobre a Família, no próximo encontro sinodal, em outubro, o Papa convidou a que todos rezassem: “Peçamos à Virgem Maria que interceda por nossas famílias, especialmente pelas que passam por dificuldades, para que saibam superar e sanar sempre as feridas que causam divisão e amargura”. EPISCOPADO DOM EDUARDO PINHEIRO É EMPOSSADO COMO NOVO BISPO DE DIOCESE PAULISTA NOVOS BISPOS PARA O BRASIL SÃO ANUNCIADOS PELO PAPA A Catedral de Nossa Senhora do Carmo, em Jaboticabal, interior de São Paulo, acolheu a celebração eucarística de posse do mais novo bispo diocesano, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, no domingo, 21 de junho. Nomeado pelo Papa Francisco no último dia 22 de abril como bispo de Jaboticabal, Dom Eduardo, pertencente à Congregação dos Salesianos de Dom Bosco, foi transferido da sede titular de “Gisipa” e do ofício de bispo auxiliar da arquidiocese de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde exercia seu pastoreio desde 2005. O Papa Francisco nomeou dois novos bispos para a Igreja no Brasil, na quinta-feira, 24 de junho. O primeiro, para a Diocese de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e o segundo para a Diocese de Blumenau, em Santa Catarina. O prelado de Bom Jesus da Lapa, Dom João Santos Cardoso, transferindo da sede episcopal de São Raimundo Nonato, no Piauí, onde estava desde 2012, tem como lema episcopal “Naquele que me fortalece”. Nascido na cidade baiana de Dário Meira, foi ordenado bispo em 12 de fevereiro de 2012. Atualmente, além de possuir mestrado e doutorado em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, é o bispo responsável pela Pastoral para a Cultura e Educação do regional Nordeste 4 da CNBB. Por sua vez, Dom Rafael Biernaski, novo bispo de Blumenau, deixou o ofício de auxiliar da Arquidiocese de Curitiba. Oriundo da capital paranaense, foi ordenado bispo em 15 de abril de 2010, tendo escolhido como lema “Enviou-me para evangelizar”. Hoje, mestre e doutor em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, também já teve passagem pela Congregação para os Bispos do Vaticano. DIOCESE CEARENSE TEM NOVO BISPO Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos foi nomeado na quarta-feira, 8 de julho, pelo Papa Francisco, como novo bispo da Diocese de Sobral, no Ceará, sendo assim transferido da sede titular de “Canapio” e do ofício de auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza. Nascido em Garanhuns, no Pernambuco, estudou Filosofia e Teologia na Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Depois, seguiu seus estudos no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma, onde obteve diploma de mestrado em Teologia Patrística e História da Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Mais tardem em dezembro de 1989, oi ordenado presbítero, e depois, em junho de 2012, recebeu sua ordenação episcopal. A Caminho DIOCESE NOVOS PADRES E NOVAS PARÓQUIAS BISPO DIOCESANO A Diocese de Mogi das Cruzes segue brilhante, confiante, sorridente e ansiosa pela ordenação de novos padres e pela criação de novas paróquias. Faltam poucos dias para a Ordenação sacerdotal de 6 diáconos que já estão caminhando, cantando e rezando junto ao povo nas Comunidades. A começar do 1º de agosto, poderão celebrar a Eucaristia, revigorando ainda mais, a fé dos fiéis. O povo fará uma grande festa e acolherá os novos sacerdotes, com tantos bem-vindos, cheios de carinho e ternura. Os padres com mais tempo de Sacerdócio vem abrilhantando a vida paroquial e diocesana com suas lutas e sacrifícios, às vezes carregando derrotas e frustrações e também tantos bons frutos. Os novos padres, estarão engatinhando na caminhada paroquial, com igual processo de lutas e conquistas, sofrimento e sacrifício. Estarão carregando, algumas vezes, a dor amarga da derrota e em outras vezes, brilharão sorridentes pelas conquistas alcançadas. A criação de novas paróquias, nas periferias e nos bairros mais distantes do centro urbano, marcam a vitalidade e o dinamismo da Igreja católica no meio do povo e traz novidades pastorais na vida das Comunidades. O Bispo diocesano, Dom Pedro Luiz, não esconde nos sorrisos e nos discursos, a grande preocupação pelo povo e pelas comunidades das periferias, que durante a semana ou por algumas semanas, ficam sem Missa e sem a presença dos padres. É atrevida, a iniciativa de criar novas paróquias, mas é próprio, estando com o pobre na favela, com os pequenos e humildes e sobretudo, a moradia do padre ser no bairro, é o que torna mais visível a presença da Igreja e forma o espírito missionário do Sacerdote. A Diocese de Mogi das Cruzes, traz a imagem de um corpo em criação. Há membros novos, leigos, agentes de pastorais, padres e seminaristas, recém acolhidos na diocese ou nas paróquias, que vêm aprimorando a vocação cristã, o estilo pastoral, ou a natureza sacerdotal. Há membros mais antigos. Semeadores mais experientes, que vêm ampliando sempre mais as dimensões da vida pastoral e evangelizadora. As novas paróquias, quase 20 em apenas 3 anos, estão pondo-se a caminho para fazer história na Diocese de Mogi das Cruzes, utilizando as experiências, adquiridas durante os muitos anos que viveram vinculadas à Matriz. Sigamos e avancemos juntos, anunciando a todos a Boa Nova do Reino, sonhando com o que há de vir de belo, de bênçãos e de frutos novos. Já provamos e sabemos que Cristo está sempre ali... adiante. Que a sua voz encontre eco no coração de cada um de nós, em toda a Igreja e em todos os ambientes. Somos discípulos do Senhor do Universo, o Ungido do Pai, portador da salvação eterna. No sábado, dia 11, às 9h, o bispo diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini, fez a apresentação oficial para a Diocese de Mogi das Cruzes da Encíclica “Laudato Si, sobre o cuidado da casa comum”, do Papa Francisco. A palestra será na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, localizada à Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 381 – Centro Cívico – Mogi das Cruzes/ SP. Encíclica é uma carta, uma circular que o Papa envia a todos os bispos do mundo católico, sobre um determinado assunto que deseja a atenção e é uma orientação. “Laudato si” (Louvado Seja) é última carta do Papa Francisco e foi divulgada, oficialmente, no dia 18 de junho, e mostra a preocupação do Sumo Pontífice com o meio ambiente, que é um dom de Deus, é a casa do ser humano, e deve ser cuidada com zelo. O nome foi inspirado no “Cântico das Criaturas”, Pe. Carmine Mosca ( [email protected]) 3 AGOSTO 2015 BISPO DIOCESANO FAZ APRESENTAÇÃO SOBRE A CARTA DO PAPA FRANCISCO, “LAUDATO SI” de São Francisco de Assis, santo conhecido mundialmente pelo amor aos animais e a natureza. “Laudato si” faz um diagnóstico minucioso dos males do planeta: poluição, mudanças climáticas, desaparecimento da biodiversidade, débito ecológico entre o Norte e o Sul do mundo, antropocentrismo, predomínio da tecnocracia e da finança que leva a salvar os bancos em detrimento da população, propriedade privada não subordinada ao destino universal dos bens. “Sobre tudo isto parece prevalecer uma cultura do descartável, usa e deixa fora, algo que leva a explorar as crianças, a abandonar os idosos, a reduzir os outros à escravidão, a praticar o comércio dos diamantes de sangue. É a mesma lógica de muitas máfias”, escreve o Sumo Pontífice. Também, o Santo Padre pede o investimento na formação para uma ecologia integral, e que o cuidado começa em nós, está em pequenos gestos, como por exemplo, não desperdiçar água e alimento, e agasalhar-se mais antes de ligar o aquecedor, entre outros. A apresentação da Encíclica faz parte do cronograma da Pastoral da Ecologia e Meio Ambiente da Diocese de Mogi Das Cruzes. Encíclica que trata sobre o meio ambiente foi divulgada no dia 18 de junho MOVIMENTOS MÃE PEREGRINA: SINAL DA IGREJA QUE VAI AO ENCONTRO DA FÉ Karen Bueno – Todos os anos o Santuário de Atibaia/SP recebe a visita de Dom Pedro Luiz Stringhini para acompanhar seu povo – atualmente da Diocese de Mogi das Cruzes/SP – durante o dia de peregrinação. Já é rotina: o bispo chega cedo, toma café, cumprimenta todos, interage com as pessoas para, assim, começar a programação. Desde a manhã até o final do dia, Dom Pedro participa e conduz a romaria, traduzindo na prática as palavras do Papa Francisco: “pastor com cheiro de ovelha”. Pelas palavras e gestos, é perceptível a confiança e clareza que ele traz sobre o Movimento Apostólico de Schoenstatt, em especial sobre a Campanha da Mãe Peregrina. “Há 14 anos fui ordenado Bispo e há 14 anos visito Santuário anualmente”, diz para o povo reunido neste domingo no Santuário. Por todas as diocese que Dom Stringhini passa, a Obra do Pe. José Kentenich cresce e ganha vida. O segredo dessa confiança está na compreensão de como a Mãe Três Vezes Admirável abre as portas de tantos lares levando Jesus para as famílias, especialmente àquelas que estão afastadas da Igreja. Acompanhe a entrevista com o bispo diocesano de Mogi das Cruzes, falando sobre a missionariedade de Schoenstatt: Qual foi seu primeiro contato com o Movimento Apostólico de Schoenstatt? Desde que me tornei padre sempre conheci, mas acompanhei mais de perto depois, já como bispo diocesano. Primeiro como bispo auxiliar em São Paulo/SP, durante os oito anos que fiquei à frente da Região Episcopal Belém, depois três anos na Diocese de Franca/SP e agora três anos na Diocese de Mogi das Cruzes/SP. Que aspecto da nossa espiritualidade, da nossa pedagogia, o senhor destacaria? Em primeiro, a devoção a Nossa Senhora. Maria visita as casas e, portanto, abençoa e reúne as famílias. A Mãe vai ao encontro de tantas pessoas afastadas, ou seja, é a Igreja indo ao encontro dessas pessoas por meio de Nossa Senhora. Às vezes, a comunidade sozinha não consegue chegar àqueles que estão distantes da Igreja, mas com a intercessão, com a presença, com o auxílio da Mãe Peregrina, consegue atingir muita gente. Assim, trata-se de um Movimento mariano, um Movimento de espiritualidade que leva o Cristo, um Movimento missionário. Em que a Campanha da Mãe Peregrina contribui com a vida na sua Diocese? Ela contribui no encontro entre as pessoas, especialmente na recuperação daquelas que estão mais afastadas da Igreja e que são acolhidas por sua visita. A Campanha serve tanto para atrair os que estão afastados, como para alimentar a espiritualidade dos que já estão inseridos na comunidade, tornando-os missionários. Cada diocese, por meio de seus missionários e coordenadores, dá sua pequena contribuição para que o Movimento cresça no mundo inteiro. De nossa parte, queremos caminhar juntos, queremos contribuir. A Diocese de Mogi das Cruzes gostaria, uma vez que esse Movimento contribui tanto para a vida na Igreja, de colaborar para que Schoenstatt como um todo, que é mundial, cresça e possa cumprir sua missão. O que o senhor, como pastor desse rebanho, espera de nossa parte como Família de Schoenstatt? Espero que continuem nos acolhendo como fazem sempre no dia-a-dia, mas especialmente nessa grande peregrinação que acontece a cada ano. Para nós, esse momento é uma grande bênção, um grande testemunho de todo o Movimento, tanto da parte das Irmãs de Maria como dos leigos e consagrados. A Caminho PASTORAL CARCERÁRIA MAIS UM ENCONTRO NA FUNDAÇÃO CASA... Ferraz de Vasconcelos, 17 de junho de 2015, aproximadamente 20 horas. Fundação CASA, Casa 2. A pastoral do menor entra para mais um encontro e passa pela tradicional e necessária revista na portaria. Após a liberação da diretoria, entramos. Passamos primeiro pela gaiola, depois uma porta grande e, em seguida uma grande e mais uma porta de aço bem resistente e entramos na sala. Fazemos o círculo e esperamos os jovens chegarem. Um a um eles vão chegando e nos cumprimentando. Hoje veio bastante, total de 34 jovens presentes e mais uns 02 que entraram e saíram. Talvez o maior número já reunido para um encontro de quarta-feira. Acho que só tivemos número superior quando realizamos o DNJ (Dia Nacional da Juventude) nos anos anteriores e todos os jovens da unidade estavam presentes. Mas vamos começar o encontro. A proposta deste dia, era falar um pouco de cada um, como por exemplo, Cidade onde mora, com quem mora; se tem irmão, irmãs, filhos, pai e mãe; se já foi a alguma igreja; se tem algum parente preso; se é a primeira internação e a quanto tempo está internado. Cantamos uma música e conversamos um pouco sobre quem é cada um deles. Dos 34 jovens presentes: - 9 nunca foram a uma igreja; - 2 já foram uma única vez na católica com algum membro da família; - 23 já foram uma ou das vezes em alguma igreja protestante (Assembleia e universal foram as mais citadas dentre outras) com algum membro da família; - 33 têm irmãos (ãs) e 1 é filho único; - 9 têm pai e mãe que moram juntos; - 13 não moram ou não tem contato com a mãe (dentre estes 2 já possuem companheiras e vive com elas); - 25 não moram ou não tem contato com o pai (dentre estes alguns demostraram que o pai não tem nenhuma importância para a vida dele, inclusive alguns odeiam os pais. Outros tem o pai preso); - 20 têm algum parente preso (pai, mãe, irmão, irmã, primo, tios, etc.); - 30 estão na primeira internação e o tempo de cada um é muito diferente, pois tem gente que está na primeira semana e gente que está a um ano. Depois de fazer esses levantamentos, que na verdade é muito importante para nossa missão dentro da unidade, visto que isso direciona um pouco dos nossos trabalhos e também é importante para conhecer cada um destes jovens que passam por nossas vidas, o Diácono Eduardo leu o Evangelho de Marcos 4, 26-34, e fizemos uma breve partilha. Em seguida, fizemos a oração do Pai Nosso e da Ave Maria e encerramos com a Sinal da Cruz seguido pelo abraço da Paz. Saímos pelo mesmo lugar que entramos, mas com o coração cheio, depois de tão belo momento. Cristo esteve conosco. ATUALIDADE DOM OTACÍLIO LUZIANO DA SILVA É O NOVO BISPO REFERENCIAL DA PASTORAL CARCERÁRIA A Pastoral Carcerária Nacional tem um novo bispo referencial: Dom Otacílio Luziano da Silva, 60, bispo de Catanduva (SP), que foi designado para a função durante a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em abril, em Aparecida (SP), e oficializado no cargo na segunda-feira, 13 de julho. Dom Otacílio substituirá a Dom Pedro Luiz Stringhini, atual bispo de Mogi das Cruzes, que por 14 anos esteve como referencial da Pastoral Carcerária. Nascido em Maracaí, no interior paulista, Dom Otacílio foi ordenado padre, em 1987, na Diocese de Assis, eleito bispo de Catanduva em outubro de 2009, tendo recebido ordenação episcopal em dezembro do mesmo ano. Tomou posse no dia 17 de janeiro de 2010. Dom Otacílio já exercia a função de bispo referencial da Pastoral Carcerária no Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) e em 2014 teve destacado empenho para que o governador do Estado sancionasse a lei que proíbe a revista vexatória nas unidades prisionais paulistas. Expectativas e desafios Segundo Dom Otacílio, ser escolhido bispo referencial da Pastoral Carcerária Nacional “é um grande desafio por se tratar de uma pastoral que tem a missão de trabalhar com pessoas mais excluídas de nossa sociedade, pessoas que a sociedade sente medo, alimenta desejo de vingança, quer ver longe de seus caminhos. No entanto, esse desafio temos que enfrentar e ver na pessoa do preso a própria pessoa de Jesus de Cristo. Porém, esse contato exige dos agentes da 4 AGOSTO 2015 Pastoral Carcerária atitudes que vão além da mera compaixão, pois é necessário fazer com que a pessoa encarcerada reconheça seu erro e busque caminhos de conversão, de libertação. E isso só será possível através de Jesus Cristo”. Dom Otacílio considera que a Pastoral Carcerária pode aprimorar ainda mais a busca da defesa dos direitos do encarcerado, “que no Brasil significa os mais pobres, e que muitas vezes não contam com quem os defenda”; a indicação de novos caminhos “que lhes ajudem a mudar de vida”; a escuta do que o encarcerado tem a dizer, “inclusive de sua própria vida, de sua história e de seus anseios”. Outros desafios da Pastoral, segundo o Bispo são a “luta pela humanização dos cárceres, que, infelizmente são um mal necessário e reflexo de uma sociedade que ainda caminha longe dos caminhos de Deus. É preciso a transformação dos cárceres em ambientes que deem oportunidade para o preso se reabilitar e voltar a conviver normalmente na sociedade”; e a “defesa do desencarceramento como solução contra a crescente violência em nosso País, propondo políticas públicas mais justas que abram caminhos para a inclusão de todas as pessoas, não somente no que toca à redistribuição de renda”. Ainda no entender de Dom Otacilio, é necessário ampliar o número de agentes da Pastoral para que a Igreja se faça presente nos ambientes do cárcere. Ele também espera adesão de políticos que no Congresso Nacional “defendam leis que busquem mudar a situação desumana pela qual passa o sistema prisional brasileiro e que fiscalizem e exijam do Executivo e Judiciário ações que combatam a superlotação carcerária, para se chegar a um sistema de reeducação do encarcerado e para diminuir o alto índice de reincidência criminal”. ANIVERSARIANTES DO MÊS DE AGOSTO Aniversariantes de Nascimento: Pe. AntonioParula 26-08-59 Pe. Celso Laurindo Filho 11-08-63 Pe. Diogo Shishito dos Santos 01-08-85 Pe. RomoloAvagliano Rodrigues 21-08-59 Pe. José Francisco Correia Pacheco 31-08-43 Pe. Marcio José Queiroz Miranda 15-08-75 Pe. Carlo Verrecchia, FdD 20-08-57 Pe. Faustino José Tonini, NDS 04-08-43 Pe. Frei Leonardo Matsuo,OFMConv. 28-08-33 Pedro da Silva Oliveira 01-08-55 Ubirajara Gonçalves 02-08-62 Aniversariantes de Ordenação: Pe. DieudonnéBukasaN’Dala Pe. Marcio José Queiroz Miranda Pe. Carmine Mosca, FdD Pe. Luiz Aparecido Mercúrio, FdD 17-08-03 01-08-03 11-08-74 14-08-10 REFLEXÃO EQUÍVOCO PERIGOSO A redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, pode se constituir em equívoco, com sérias conseqüências. O que resta a fazer, é alertar a sociedade, advertindo-a das conseqüências negativas que esta decisão pode acarretar. A grande maioria da população está a favor desta redução, achando que ela é necessária para coibir a violência, muitas vezes praticada por adolescentes. Aí identificamos o primeiro equívoco. Pois na verdade, os adolescentes são muito mais vítimas da violência, do que causadores da violência. Achar que o problema se resolve aumentando o rigor da lei, é uma ilusão que precisa ser advertida. Além do mais, limitar a ação contra os menores infratores, sem apontar tantos outros fatores do aumento da violência na sociedade e nas famílias, é uma hipocrisia que precisa ser desmascarada. Outro equívoco está no desconhecimento das severas medidas sócio educativas que o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - já prevê em seus dispositivos. Estas medidas, já propostas pelo ECA, necessitam de um esforço coletivo da sociedade, para serem executadas com o claro objetivo de proporcionar a correção dos infratores, para que possam ser reinseridos na sociedade. Nestes dias escutei o depoimento de um pai, que me impressionou. Conversando sobre a diminuição da idade penal, ele disse prontamente: “Já entendi! O que eles querem é faturar nossas filhas mais cedo”. Perguntei por que ele afirmava isto. Ele não teve receio de falar claramente: “com esta nova lei, se alguém explora uma menina de 16 anos já não precisa temer a cadeia por violentar uma adolescente. Pois a nova lei supõe que uma menina de 16 anos já é adulta, e deve saber o que faz!”. Outra alegação é que os adolescentes de 16 a 18 anos já não podem ser usados pelos traficantes de drogas, que antes recebiam a cobertura legal, e não podiam ser presos por causa da idade. Acontece que os traficantes passarão a instrumentalizar adolescentes mais jovens, que ainda contam com a cobertura da lei. De tal modo que daqui a pouco, a maioridade penal vai incluir os adolescentes de 14 e 15 anos. De modo que os autores desta mudança legal podem guardar o esquema da nova lei, para dentro de pouco tempo usá-lo para baixar a idade penal para 14 anos. Qual seria, então, a proposta certa? Dom Demétrio Valentini Bispo de Jales (SP) CONTINUA MÊS QUE VÊM...