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Edição Número 180
Terça-feira, 17 de Junho de 2008
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www.venuscreations.ca/flashnews Terça-feira,17 de Junho de 2008
EDITORIAL
Portugal e os portugueses estão em festa após o brilharete da nossa selecção de futebol nos dois primeiros jogos do Europeu. Scolari
e seus pupilos não perderam tempo em carimbar a presença nos quartos de final do Euro 2008 com triunfos sobre a Turquia e depois
sobre a República Checa, um cenário que permitiu a utilização de muitos dos habituais suplentes frente à Suiça. Para os mais
negativos, Scolari errou ao utilizar o banco da forma extensa como o fez mas, para aqueles como nós que não definem uma equipa
por um mau momento, Portugal continua a ser tão candidato hoje como era no domingo de manhã. É verdade que algumas unidades
não renderam tanto como era esperado, mas estas são ilações que irão ajudar Scolari o seu sucessor a tomar decisões mais
acertadas no futuro. Quaresma foi a maior decepção pelo seu egoísmo e pela falta de capacidade para superar o um para um. A sua
exibição foi mesmo destaque na imprensa italiana que escolheu o título “Quaresma Flop” para definir o desempenho do jogador
alegadamente pretendido pelo Inter Milan. De resto, Portugal está de parabéns pelo feito de ter atingido a fase seguinte e agora resta
nos, como adeptos, continuar a acreditar no trabalho de Scolari e da sua equipa.
Com as celebrações do 10 de Junho quase a terminar, resta nos destacar mais um fantástico evento promovido pela ACAPO. Nas
páginas de Flash, continuaremos a recordar estas celebrações do nosso amor e carinho para com a terra que nos viu nascer e que nos
deu a coragem de enfrentar novos mundos e novos desafios. Parabéns a todos os que vêm contribuindo para mais um evento de
sucesso e esperamos que ele se continue a acumular ano após ano.
DIRECTORES:
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Enquanto os Grupos A e B já tiveram o seu
desfecho, faltam ainda definir os Grupos C e D.
Se no grupo de Portugal a República Checa acaba
por ser a maior decepção, não será menor aquela
que irá afastar a França ou a Itália e até
possivelmente as duas. A acrescentar a este grupo,
nota zero ainda para a Grécia, campeã em título e
que não foi capaz de justificar o triunfo alcançado
em Portugal há 4 anos atrás quando, curiosamente,
ainda tem um jogo por disputar.
A seguir, damos-lhe o ponto da situação em cada
grupo e os possíveis cenários para os quartos-definal.
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Aparentemente, a vidente suiça promete Portugal
na final com um resultado de 2-1. Quem é o
adversário? E quem ganha? Bem, a verdade é que
o primeiro passo rumo a esse sonho já foi dado há
quase uma semana quando a nossa selecção levou
a melhor sobre a República Checa por 3-1. Agora
resta esperar que os pupilos de Scolari esqueçam
o desaire humilhante perante a Suiça e façam
regressar os triunfos já contra a Alemanha nos
quartos-de-final!
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CHECOS....
Se este Europeu tem sido fértil em surpresas, aquela
que a Turquia proporcionou este domingo ao mundo
do futebol acaba por ser a mais flagrante,
especialmente pela forma como conseguiu superar
a República Checa. Este encontro podia ser histórico
caso as duas selecções empatassem, o que as
obrigaria a disputar a passagem aos quartos através
da marca de grandes penalidades. É que tanto
checos como turcos tinham os mesmos pontos, os
mesmos golos marcados, os mesmo golos sofridos,
e a mesma diferença de golos. Porém, tal não foi
necessário.
Desde o apito inicial que a República Checa parecia
a única equipa interessada em vencer enquanto a
Turquia se limitava a tentar superar o ímpeto atacante
do adversário. Koller carimbou a superioridade checa
com o único golo da primeira metade. No segundo
tempo, tudo fazia adivinhar mais do mesmo até
porque os checos aumentaram para 2-0 e pareciam
não querer ceder da vantagem. Porém, tudo mudou ao
minuto 75 quando os turcos deram o primeiro sinal de
vida e reduziram para 2-1. Seis minutos depois, aquele
que é considerado o melhor guarda-redes do mundo,
Petr Cech, provou que todos os humanos erram ao
deixar escapar um cruzamento e oferecer o golo do
empate ao adversário. Era um enorme balde de água
fria sobre os checos que pareciam ter a partida
controlada. Ainda embalada pela empolgante
reviravolta, os turcos voltaram a facturar, desta vez com
um golaço de Nihat que fez o 3-2 e carimbava a
passagem à fase seguinte. Nos minutos finais, o
guardião turco ainda foi expulso mas os checos,
desorientados, não foram capazes de alcançar a
igualdade.
Com este triunfo, a Turquia alcança o segundo lugar
do Grupo A e já sabe que vai disputar a passagem às
meias-finais com a Croácia.
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Com o primeiro lugar do grupo assegurado, Scolari
fez descansar oito dos habituais titulares, mantendo
no onze apenas Ricardo, Pepe, e Paulo Ferreira.
Mesmo assim, o onze que Portugal utilizou frente à
Suiça impunha respeito e mostrava-se forte com uma
defesa que incluia Miguel e Bruno Alves, e um meio
campo de luxo que incluia Miguel Veloso, Quaresma
e Nani. Mas Portugal nunca foi Portugal, o que é o
mesmo que dizer que estes jogadores não
aproveitaram a oportunidade para demonstrar ao
seleccionador que a escolha dos titulares será
complicada. Ao contrário, ficou mais que evidente
que Bosingwa é melhor que Miguel, que Miguel
Veloso ainda não está pronto para ser titular na
selecção, que Petit continua a ser o nosso melhor
médio defensivo, que Quaresma não pode jogar no
lugar de Simão, e que Nuno Gomes torna o ataque de
Portugal mais dinâmico. Por outro lado, ficou assente
que Raul Meireles e especialmente Nani podem ser
importantes na campanha desta selecção. De resto,
Scolari fez bem em descansar os titulares mas montou
um meio-campo ultra-defensivo sem um fantasista.
Na baliza, apesar de ser muito bom nos reflexos,
Ricardo continua a provar que tem muito a evoluir no
que diz respeito às bolas cruzadas. Portugal perdeu
por 2-0 mas certamente ficaram muitas ilações
tiradas... e muitas lições aprendidas.
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A Alemanha só precisava de um empate para marcar
encontro com Portugal mas acabou por vencer pela
margem mínima à Áustria, um dos anfitriões do torneio.
Ballack marcou o único golo da partida. No outro
jogo, a Croácia fez o pleno ao derrotar a Polónia
também por 1-0. Nos quartos-de-final, a Croácia irá
defrontar a Turquia enquanto Portugal jogará contra
a Alemanha.
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G RUPO
Este é aquele que intitularam o grupo de morte mas
nunca se pensou que os defuntos podessem ser a
França e a Itália. Para muitos, a tabela está invertida
porque tanto os transalpinos como os gauleses tinham
obrigação de ter mais do que um mísero ponto após
dois jogos. Agora que o derradeiro jogo se disputa
(hoje), as duas equipas podem despedir-se da
competição e deixar que a equipa teoricamente mais
fraca do grupo – a Roménia – cometa a proeza de
passar aos quartos-de-final. De uma coisa é certa:
pelo menos França ou Itália vai ficar pelo caminho
mas, caso a Roménia derrote a Holanda, ciao e au
revoir campeonato da Europa.
A Holanda já assegurou o topo do grupo e deverá
jogar sem alguns dos seus habituais titulares frente à
Roménia, o que facilitará a vida aos amarelos. Se a
Roménia vencer, passa mas se empatar tem de rezar
para França e Itália também terminarem empatadas.
Mesmo que a Roménia perca pela diferença de dois
golos e os gigantes do grupo empatem, a Roménia
passa porque fica com melhor diferença de golos. Os
cenários são inúmeros mas as coisas simplificam-se
se forem colocadas desta forma: a Roménia só
depende de si enquanto França e Itália têm de ganhar...
e rezar. O segundo classificado deste grupo irá jogar
com a Espanha nos quartos-de-final.
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A Grécia, campeão em título, despediu-se da
competição na jornada anterior quando perdeu com
a Espanha por 2-1. Os espanhóis, com dois
triunfos, já garantiram o primeiro lugar do grupo e
esperam pelo desenrolar do Grupo C para
conhecerem o seu adversário nos quartos-de-final.
Os possiveis embates podem ser tão excitantes
como um Espanha-França ou Espanha-Itália ou tão
inesperado como um Espanha-Roménia. O que
falta apurar neste grupo é o segundo lugar que será
disputado entre a Rússia e a Suécia, duas equipas
que começam a fase de eliminatórias mais cedo –
tal como aconteceu com Turquia e República
Checa. Quem tem vantagem neste embate é a
Suécia que só tem de empatar para garantir o
segundo lugar enquanto a Rússia terá mesmo de
vencer para passar à fase seguinte. Aqui, não há
contas a fazer! O vencedor irá defrontar a Holanda
nos quartos-de-final.
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O Benfica mantém adiantadas negociações por
dois dos mais influentes jogadores do
Recreativo do Huelva – o avançado francês
Sinama-Pongolle, prioridade máxima da lista
deixada por Quique Flores, e o português
Carlos Martins, paixão antiga do director
desportivo Rui Costa.
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DECISÃO
A SAD do FC Porto emitiu
um comunicado no seu site
oficial onde anuncia a
revogação da decisão da
primeira instância da UEFA.
Os atletas portugueses Gaspar Araújo (Sporting) e Maribel Gonçalves (Marítimo)
sagraram-se no passado sábado campeões, respectivamente, nas disciplinas de
salto em comprimento e 10km marcha durante os Campeonatos Ibero-Americanos,
que tiveram lugar no Chile. Com a marca de 7,82 metros, Gaspar Araújo conquistou
a medalha de ouro, tal como a madeirense, que cortou a meta na primeira posição.
Eis o comunicado na integra:
Na sequência de uma sessão
realizada esta sexta-feira, no
Comité de Apelo da UEFA,
a Administração da F.C.
Porto – Futebol, SAD vem
por este meio informar o
seguinte:
1 – A decisão de excluir a FC
Porto – Futebol, SAD da
edição 2008/09 da UEFA
Champions League foi
revogada. Ou seja, a equipa está incluída na mais importante competição de clubes
do continente, na qual, de resto, detém o recorde de participações;
2 – O Comité de Apelo da UEFA concluiu que os factos que ditaram a não
admissibilidade da FC Porto – Futebol, SAD não estão estabelecidos e que o
recurso do Presidente do Conselho de Administração aproveita a FC Porto –
Futebol, SAD;
3 – O júri entendeu, também, que o V. Guimarães e o Benfica deveriam ter sido
convidados a pronunciar-se desde o início do procedimento na qualidade de partes
interessadas. Nesse sentido, o caso foi devolvido à primeira instância - Órgão de
Controlo e Disciplina da UEFA – para instrução de acordo com estes novos
condicionalismos.
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SPORTING É CAMP
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O Sporting sagrou-se no passado sábado campeão nacional de
juniores. Os leões empataram com o F.C. Porto a dois golos em
Alvalade e terminaram a prova com mais dois pontos do que o
Benfica. Os encarnados, na última jornada, golearam o Leixões
por 5-1. Classificação: 1. Sporting, 12 pontos; 2. Benfica, 10; 3.
F.C. Porto, 9; 4. Leixões, 1.
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AO UGANDA
Pedro Mantorras entrou e marcou o
único golo da Selecção de Angola frente
ao Uganda, em encontro da terceira
jornada, do Grupo 3, da zona africana
de apuramento ao Campeonato do
Mundo de 2010, que se realiza na África
do Sul. Os “Palancas Negras” perderam
por 1-3. Com este resultado conquistado
em Kampala, no Estádio Nelson
Mandela, os angolanos descem para o
segundo lugar do grupo, embora tenham
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O alemão Boris Becker considera que os
gemidos das tenistas deviam ser proibidos.
“Quando vejo jogos com Maria Sharapova e
Serena Williams não percebo o que se passa,
têm algo de sexual e uma pessoa questionase sobre se os gritos irritam as cordas vocais
ou são algo insano”, disse o antigo tenista,
tricampeão de Wimbledon. “Temos de
reduzir esses gemidos, não se pode continuar
assim”, acrescentou Becker.
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Foi no facto por cometer menos erros e ser consistente que a Audi bateu a Peugeot
na 76ª edição das 24 Horas de Le Mans, que no passado fim-de-semana se disputou
no Circuito de La Sarthe.
Tom Kristensen, Allan McNish e Dindo Capello lograram impor-se nas últimas
horas de prova, dando à marca de Ingolstadt o seu oitavo triunfo em nove anos de
participação e o oitavo sucesso do piloto dinamarquês, que melhora o seu recorde de
vitórias na clássica francesa.
A tripla do R10 TDi nº 2 foi a única da equipa a manter-se na discussão pelo triunfo
do princípio ao fim, com o Peugeot 908 nº 7, o menos afectado por problemas da
equipa.
Perante uma multidão de 260 mil espectadores, Kristensen conseguiu resistir a uma
pressão de Nicolas Minassian na última hora de prova, mas o tempo perdido nas
boxes e erros do francês, que saiu três vezes de pista, acabaram por afastá-lo da luta
pelo triunfo a 15 minutos do fim.
Durante grande parte da corrida a Peugeot mostrou que os seus carros eram mais
rápidos, dominando os acontecimentos até ao começo da noite de sábado, mas a
Audi, cujo carro nº 2 passou pelo comando da prova quando os Peugeot sentiram
problemas na caixa de velocidades – nomeadamente o 908 nº 8 de Pedro Lamy, que
perdeu 20 minutos nas boxes –, acabaria por fazer prevalecer a sua maior experiência
no evento
Depois a chuva que caiu durante a noite deixou o R10 TDi nº 2 com três minutos de
vantagem sobre o Peugeot nº 7, com o qual Jacques Villeneuve, Marc Gene, e
depois Nicolas Minassian pareciam capazes de conseguir a almejada vitória na manhã
de domingo.
Contudo, e apesar da
recuperação do Peugeot
negro e vermelho ser firme
e a velocidade ser superior
à do seu rival, os turnos
triplos de Allan McNish e
Tom
Kristensen
permtiram-lhes manter o
Audi nº 2 no comando,
depois de uma fase de pouca visibilidade em que Dindo Capello fez uma grande
condução.
Além disso, o carro germânico era mais estável do que o francês com a pista molhada,
como foi o caso depois de vários aguaceiros, que tornavam o traçado complicado na
zona das boxes.
Mas a Audi não se livraria de um susto, quando Kristensen teve um toque com o
Zytek LMP2 de Juan Barazi, quando este fez um pião. Felizmente para o
dinamarquês saiu incólume do incidente, apesar de perder preciosos segundos.
Este incidente levou a Peugeot a arriscar uma mudança de pneus, para chuva, na
esperança que uma tempestade caísse em Le Mans e mudasse a sorte do Audi nº 2. E
de facto chegou a reduzir a diferença em cerca de dois segundos por volta, mostrando
que Minassian estava a dar tudo por tudo para vencer.
Mas como arriscou demasiado, o francês não evitaria sair de pista na chicane Dunlop,
o que estragou os cerca de oito segundos ganhos no seu forcing. Para piorar as coisas
sofreu um furo que definitivamente afastou a Peugeot nestas 24 Horas.
A vantagem de Kristensen era irrecuperável a 10 minutos do fim, pelo que o piloto
do Peugeot nº 7 se
preocupou apenas
em desdobrar-se do
líder e, pelo menos,
terminar na mesma
volta dele.
Mas a derrota do
leão de Sochaux
também esteve em
paragens nas boxes
mais demoradas, não apenas porque os 908 são protótipos fechados, mas também
porque os reabastecimentos e as mudanças de pneus eram mais lentas que as da rival
dos quatro anéis.
Provavelmente se não tivesse chovido, os Peugeot não teriam dado quaisquer hipóteses
aos Audi, já que a diferença de velocidade de ponta numa pista como La Sarthe era
enorme.
O 908 HDi nº 8, onde pontificava Pedro Lamy e Stéphane Sarrazin, era o mais
rápido dos carros franceses, mas a sorte não quis nada com ele.
Primeiro, e no espaço de
três horas, a sua liderança
esfumou-se com um
problema de transmissão
que o fez perder seis
voltas.
Sarrazin, Lamy e
Alexander Wurz fizeram
entrão uma grande
recuperação, que os levou
a entrar no top seis na fase nocturna, mas mais 12 minutos perdidos na troca de uma
bateria e um pião do piloto português em Arnage obrigou a mais atraso, para substituir
a asa posterior do Peugeot negro e azul.
A tripla do Peugeot nº 8 conseguiria ainda chegar à quinta posição, a uma volta do
Audi nº 1, que desta vez foi o mais azarado dos R10 TDi, depois de perder cinco
voltas na manhã de domingo devido a um problema com a embraiagem. Mais atraso
sofreram quando Frank Biela fez um pião na primeira chicane das Hunnaudiéres.
O Pescarolo nº 17 de Harold Primat, Benoit Treluyer e Christophe Tinseau
conseguiria ser o melhor dos protótipos a gasolina, beneficiando do atraso do outro
carro da equipa, quando Emanuel Collard saiu de pista, e dos atrasos do Lola
Aston Martin da Charouz e do Dome japonês, que rodaram atrás dos Peugeot e
dos Audi na fase inicial da corrida.
Jan Charouz teve mesmo um grande acidente na chicane Dunlop, que terminou
com as aspirações da equipa checa na segunda hora, ainda que depois tenham vindo
a recuperar para terminarem no top dez.
Já o Dome seria irremediavelmente atrasado por uma fuga de óleo e diversos
problemas eléctricos, terminando nas profundezas da classificação. Também os
Courage da Oreca não foram felizes, com o carro nº 5 a protagonizar um grande
acidente nas curvas Porsche, que levou Marcel Fassler a visitar o hospital
Tudo isto acabou por ajudar
João Barbosa a ser 11º no
Pescarolo da Rollcentre
que dividiu com Vanina
Ickx e Stéphane Gregoire,
e também aos vencedores da
categoria LMP2, o Porsche
RS Spyder da Van
Merksteijn, a terminarem
entre os dez primeiros.
Van Merksteijn, Verstappen e Bleekemolen trocaram várias vezes de posição com
o RS Spyder do Team Essex, mas a luta acabaria por pender para o lado dos
holandeses, quando o carro dos dinamarqueses teve problemas eléctricos.
Numa categoria marcada por múltiplos abandonos, sobressai o quatro lugar do Lola
da portuguesa Quifel ASM, que pela consistência conseguiu que Miguel Pais do
Amaral, Olivier Pla e Guy Smith terminassem entre os 20 primeiros.
Em GT1, a Corvette era a favorita mas não conseguiu confirmar a supremacia da
qualificação, já que a Aston Martin se voltou a impor com o DBR9 nº 009 (o
mesmo carro do ano passado), depois de uma prova isenta de erros de David
Brabham, Darren Turner e Antonio Garcia. A marca americana teve que se
consolar com as restantes posições do pódio, com o carro nº 63, de Jan Magnussen,
Johnny O’Connell e Ron Fellows a ser o melhor dos Corvette, beneficiando dos
problemas de alternador sentidos pelo carro nº 64, idênticos aos que atiraram o
Aston Martin nº 007 para o quarto lugar da classe
Em GT2 a Risi Competizione deu à Ferrari a sua primeira vitória em Le Mans em
cinco anos. Uma batalha que foi inicialmente com a Porsche, mas que com os
problemas dos 997 GT3 RSR acabaria por ser entre os 430.
O Porsche da Flying Lizards foi o que mais luta deu aos Ferrari, mas o melhor
seria o da Felbermayr, apesar de problemas na caixa de velocidades. Depois Mika
Salo, Gianmaria Bruni e Jaime Melo tiveram de resistir a um ataque nocturno do
F430 da Virgo Motorsport F430, que viria a abandonar devido a problemas de
motor nas últimas três horas. Isso permitiu aos 430 da BMS Scuderia Italia e da
Farnbacher completarem o pódio da classe.
SI
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CLA
ASSIFICA
AÇÃO
1º Capello/McNish/Kristensen (Audi R10 TDi), 381 voltas;
2º Gene/Minassian/Villeneuve (Peugeot 908 HDi FAP), a 4m31,094s;
3º Montagny/Zonta/Klien (Peugeot 908 HDi FAP), a 2 voltas;
4º Luhr/Prémat/Rockenfeller (Audi R10 TDi), a 7 voltas;
5º Lamy/Sarrazin/Wurz (Peugeot 908 HDi FAP), a 13 voltas;
6º Biela/Pirro/Werner (Audi R10 TDi), a 14 voltas;
7º Primat/Tinseau/Trelyuer (Pescarolo Judd), a 19 voltas;
8º Groppi/Ayari/Duval (Courage Oreca Judd), a 24 voltas;
9º Micke/Charouz/Enge (Lola AstonMartin), a 27 voltas;
10º Van Merkesteijn/Verstappen/Bleekemolen (Porsche RS Spyder), 1º LMP2 a 27
voltas;
11º Barbosa/Ickx/Gregoire (Pescarolo Judd), a 29 voltas;
12º Nielsen/Elgaard/Maassen (Porsche RS Spyder), a 34 voltas;
13º Brabham/Turner/Garcia (Aston Martin DBR9), 1º GT1 a 37 voltas;
14º O’Connell/Magnussen/Fellows (Corvette C6-R), a 37 voltas;
15º Beretta/Gavin/Papis (Corvette C6-R), a 40 voltas;...
19º Salo/Melo/Bruni (Ferrari 430 GT), 1º GT2 a 55 voltas;
20º Pais do Amaral/Pla/Smith (Lola B05/40 AER), a 56 voltas.
8
AUTOMOBILISMO
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Fórmula 1
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ALONSO E K
JOGADA”” FERR
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KUBICA NA
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Falando-se da saída de Raikkonen da Ferrari e da Fórmula 1, era inevitável que se
tentassem encontrar substitutos para o finlandês e os nomes mais falados no
paddock são os de Fernando Alonso e Robert Kubica.
O espanhol, que tem um acordo com Montezemolo para se ligar à Scuderia já em
2009 - como foi noticia em Outubro do ano passado - não quis abrir o seu jogo,
voltando a dizer que, “não estou a falar com ninguém da Ferrari.” Mas quando lhe
foi perguntado qual o seu futuro imediato, o bi-campeão do Mundo também não
foi muito claro, admitindo que, “nesta altura está tudo em aberto para o próximo
ano. Ainda é cedo para me comprometer, tenho de ver que lugares estarão
disponíveis, ouvir o que as equipas estão a planear para 2009, quando os
regulamentos técnicos vão mudar muito, e só depois vou decidir o que faço no
próximo ano.”
Kubica tem opção com a BMW até Julho
Quanto a Kubica, sobre quem a BMW tem direito de opção até ao final de Julho,
não se colocou de parte numa possível passagem para a Ferrari quando foi
questionado sobre a possibilidade de se passar para a Scuderia: “O futuro não
está nas minhas mãos, mas é claro que como qualquer piloto gostaria, no futuro,
de pilotar para a Ferrari. Vivo em Itália há muito tempo, entendo-me bem com a
cultura italiana e como a Ferrari tem um carro ganhador, teria muito prazer em
pilotar para eles. Mas para já tenho é contrato com a BMW, quero começar a
ganhar Grande Prémios o mais depressa possível e se for possível chegar ao título
mundial este ano, então ainda melhor. Depois veremos o que pode acontecer para
2009 e 2010.”
Assim sendo e até Raikkonen fazer um anúncio definitivo acerca do seu futuro, a
especulação vai aumentar, mas isso também não vai afectar o finlandês, como se
sabe totalmente impermeável a pressões externas.
GP11 PODE
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SUBSTIITUI
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FÓRMULA
1!
O Campeonato do
Mundo de Fórmula
1 arrisca-se a estar
na sua última edição
se as posições se
extremarem
no
conflito aberto que
persiste entre Max
Mosley e Bernie
Ecclestone.
Uma possibilidade que poderá ter efeitos catastróficos, mas que começou a ser
aflorada por Ecclestone em Montreal, face às novas dificuldades que se antevêem
no relacionamento entre a FOM e a FIA.
Com o presidente da FIA pouco inclinado em assinar um novo Acordo da
Concórdia, recusando-se a renegociar o contrato que tem com a FOM e válido
por mais 89 anos, contrariando o que estava acordado anteriormente, Ecclestone
está sujeito a uma enorme pressão por parte da CVC Capital Partners, que
compraram a SLEC há dois anos.
Face a esta pressão, acrescida pela exigência de construtores e alguns dos principais
patrocinadores que estão ligados à Fórmula 1 e não querem ter nada a ver com
Mosley, Ecclestone continua a tentar convencer o seu antigo aliado a abandonar a
FIA no final desta temporada, para evitar males maiores.
R
POR:
Mosley poderá recandidatar-se
Mas nem o patrão da FOM tem grandes esperanças em ser bem sucedido nesta
sua empresa: “Conhecendo o Max como conheço não o vejo a abandonar a FIA,
agora que se sente ainda mais forte. Ele vai é recandidatar-se em Outubro de
2009, vai ser eleito porque ninguém lhe quer fazer frente e isso é muito mau para
a Fórmula 1, pois os construtores e os patrocinadores querem é distância dele.”
Por isso e depois de se ter encontrado com Montezemolo e John Elkan - futuro
presidente do Grupo FIAT e neto do falecido Gianni Agnelli - em New York no
início da semana passada, Ecclestone sondou os outros construtores em Montreal
sobre a possibilidade de todos deixarem a Fórmula 1 no final desta temporada,
para correrem numa categoria denominada GP1 - nome que é propriedade do
inglês... - mantendo os regulamentos actuais e toda a estrutura comercial.
Para convencer os construtores e as equipas independentes a seguirem esta via,
caso Mosley não renuncie ao cargo antes do final do ano, Ecclestone está mesmo
disponível para lhes dar uma fatia maior na partilha dos lucros a partir de 2009,
num novo Acordo da Concórdia mas válido para a GP1.
Um argumento que poderá ser decisivo para fazer com que as duas equipas da
Red Bull sigam este caminho, apesar de Mateschitz ser um grande defensor de
Mosley. Mas como a Renault - que lhe fornece motores - está do lado de Ecclestone,
a Red Bull terá de correr no campeonato para o qual terá material à sua disposição.
Reunião inconclusiva
Numa reunião que durou quase duas horas, não foi possível a Ecclestone conseguir
que as dez equipas assinassem um documento no qual lamentavam a manutenção
de Mosley à frente da FIA e declaravam a sua preocupação face às pressões dos
seus patrocinadores. A Red Bull e a Toro Rosso não quiseram assinar este
documento, enquanto o representante da Ferrari disse não ter poderes para o
fazer, o que frustrou a tentativa de Ecclestone. Mas ao menos o inglês recebeu
indicações positivas de que até a Scuderia poderá deixar a Fórmula 1 e rumar à
GP1 no próximo ano, deixando a FIA sem o seu campeonato mais representativo.
Caso este cenário praticamente catastrófico se concretize e os principais clubes
nacionais criem uma nova associação mundial, a FIA passará mesmo a ser uma
organização vazia, sem receitas ou reconhecimento internacional. O que levará à
sua extinção inevitável, situação que seria francamente lamentável e que só a
renuncia de Mosley parece poder evitar.
Z ORÇAMENTO
O
A E
R ENAU
U LT REDUZ
Os tempos não
correm de feição
para a Renault,
que está em risco
de perder o seu
p r i n c i p a l
patrocinador no
final
da
temporada e já
está a planear um
corte significativo
no
seu
departamento de
motores, situado
em Viry-Chatillon, nos arredores de Paris.
Muito desapontada com a falta de resultados da Renault, mesmo depois do regresso
de Fernando Alonso à equipa de Enstone, a ING considera que os 50 milhões de
euros anuais que gasta no patrocínio à equipa liderada por Flávio Briatore não
estão a ser bem rentabilizados. Na verdade a empresa holandesa ligou-se à Renault
quando esta estava a conquistar o seu segundo título mundial consecutivo e, mesmo
se sabia que não iria contar com Alonso em 2007, tinha pelo menos a expectativa
de que Fisichella e Kovalainen conseguissem alguns triunfos.
Más temporadas condicionam apoios
Mas a temporada passada foi um verdadeiro desastre para a Renault e 2008 não
está a correr muito melhor, apesar do regresso de Alonso à sua equipa de eleição.
Por isso a ING está de saída, estando a fazer o azimute a uma cooperação com a
Honda.
É claro que a nível de resultados a equipa japonesa ainda está em pior situação do
que a Renault, mas desde a chegada de Ross Brawn a Brackley que as expectativas
gerais apontam para uma melhoria significativa das coisas, sobretudo para 2009,
o que encoraja a ING a mudar de equipa.
Mas o facto da Honda estar a fazer uma grande campanha ecológica também tem
grande apelo para a ING, que está a tentar envolver-se em campanhas deste tipo,
podendo juntar o útil ao agradável comum acordo com a equipa japonesa. Nesta
altura as duas partes estão muito próximas de chegar a um acordo final, falandose num anúncio da nova ligação só nas vésperas do Grande Prémio do Japão,
para maximizar o impacto da notícia no pais do Sol Nascente, onde a ING está a
investir em força.
Quanto à Renault, a marca francesa já fez saber que pretende reduzir para metade
AUTOMOBILISMO
Terça-feira,17 de Junho de 2008 www.venuscreations.ca/flashnews
POR:
o efectivo do seu departamento de motores sediado em Viry-Chatillon, pois o
congelamento do desenvolvimento dos motores tornou redundante boa parte do
seu pessoal, até porque o sistema KERS está a ser desenvolvido pelo braço inglês
da equipa, na fábrica de Enstone.
Muitos engenheiros e mecânicos franceses receberam propostas para passarem
para o departamento de produção da Renault no final desta temporada, mas também
há quem prefira uma reforma antecipada, ou a passagem para outra marca
envolvida na Fórmula 1, pelo que o ambiente na fábrica gaulesa é um pouco
agitado, dado que boa parte dos seus integrantes não tem futuro assegurado para
além do final desta temporada.
9
Uma excelente oportunidade para os jovens pilotos que estão na GP2, entre os
quais se conta o nosso compatriota Álvaro Parente, nome que Anderson conhece
bem e do qual, tem excelentes referências.
Depois da reunião com Ecclestone, o americano terá muito mais certezas acerca
deste projecto, esperando-se um anúncio para meados do Verão, no que poderá
ser o regresso dos Estados Unidos à Fórmula 1, mais de 20 anos depois do
desaparecimento da Lola/Haas, que correu com o apoio da Ford no final de 1985
e durante toda a temporada seguinte.
A
RC
A
FORC
MUDA
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CE INDIA
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Q U IPA AMERII CAN
CALHA
EQU
A possibilidade duma equipa com base americana participar no Mundial de
Fórmula 1 a partir de 2009 parece ser cada vez maior, mesmo se nada ainda está
assegurado. Mas o conhecido engenheiro norte-americano Ken Anderson tem
estado a trabalhar no sentido de garantir os apoios necessários para levar para
diante este seu projecto e os resultados começam a aparecer.
Anderson esteve todo o fim-de-semana em Montreal como convidado da Honda,
reunindo-se por diversas vezes tanto com os responsáveis japoneses da equipa,
como com Nick Fry e Ross Brawn. Fontes próximas da Honda, garantirem que a
marca japonesa está disponível para ceder motores, caixas de velocidades e o
futuro sistema KERS a esta nova equipa, com este pacote a ser pago pela sucursal
norte-americana da Honda, envolvida neste projecto desde a primeira hora.
Desta forma Anderson terá de encontrar um orçamento muito mais pequeno do
que seria normal, pois para todos os efeitos terá motores, caixas e KERS grátis, o
que facilitará muito a sua vida.
Encontro com Ecclestone
O engenheiro americano, que vai encontrar-se em Londres com Ecclestone, já garantiu
o apoio de diversos investidores do seu país, o último dos quais suficientemente grande
para lhe permitir começar a contratar pessoal para a sua equipa, tal o grau de certeza
que tem quanto à possibilidade de entrar no Mundial já em 2009.
Segundo fontes japonesas Takuma Sato terá lugar garantido nesta equipa em 2009,
mas o outro piloto será da escolha de Anderson, que está interessado num jovem
com talento, sem ter de encontrar um piloto que o possa ajudar a completar o
orçamento.
O braço de ferro entre Colin Kolles e Mike Gascoyne pelo controlo efectivo da
Force India parece ter sido favorável ao engenheiro inglês, depois de Vijay Mallya
e os outros directores da equipa de Silverstone terem ouvido as razões dos dois
homens numa longa reunião que teve lugar no domingo de manhã, poucas horas
antes do início do GP do Mónaco.
Por um lado Kolles defendia uma redução dos gastos, insistindo que a equipa
poderia fazer toda a temporada com um orçamento de 80 milhões de euros,
guardando os restantes 40 milhões para um investimento mais sério em 2009. O
romeno também pretendia manter o sistema actual, em que nenhuma decisão
relativa a gastos pode ser tomada na sua ausência, ele que só passa um dia por
semana na fábrica, o que atrasa bastante o desenvolvimento técnico, segundo
pensa Gascoyne.
Gascoyne quer gerir orçamento
Segundo fontes que lhe são próximas, o engenheiro inglês pediu para ficar com a
gestão do orçamento relativo ao departamento técnico, o que lhe permitiria mais
liberdade para tomar decisões rápidas, sem ter de esperar pela aprovação semanal
de Kolles. Um argumento que parece ter convencido Mallya e os seus pares, pois
a partir de agora Gascoyne já tem planeado um desenvolvimento muito mais
agressivo do VJM01, na tentativa de apanhar a Toro Rosso e a Honda, as duas
equipas que se encontram imediatamente à sua frente, em termos de velocidade
pura.
Para além disso Gascoyne disse-nos em Montreal que no final deste mês a Force
India vai contratar novos elementos, entre os quais Bob Halliwell, que sai da
Renault depois de quase dez anos na equipa de Enstone para liderar o departamento
de produção da equipa indiana. Halliwell fez parte do grupo que se iniciou na
Jordan em 1991, mas seguiu Gascoyne para a Renault nove anos mais tarde,
voltando agora a trabalhar com o inglês e de novo na sua primeira equipa na
Fórmula 1.
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AUTOMOBILISMO
VITÓRIA E LIDER ANÇA DO MUNDIAL
PARA MIKK
HIRV
V ONE
ONEN
KO HIR
N N
Mikko Hirvonen venceu o Rali da
Turquia e com este resultado
reassumiu a liderança do Mundial
de Pilotos, com um avanço de três
pontos sobre Sébastien Loeb , que
não foi além da terceira posição.
Jari Mari Latvala foi segundo, e
também ele ascendeu na
classificação do Mundial, por troca
com Chris Atkinson, que desta
feita não pontuou.
A táctica da Ford no f inal do
segundo dia de prova resultou em
pleno, já que, ao “obrigarem”
Sébastien Loeb a “limpar” a
estrada, os homens da Ford criaram as condições para chegar na frente, como veio a
suceder.
Com o cada vez maior equilíbrio entre a prestação dos pilotos e dos carros, todos os
detalhes são importantes, e é por isso que a Ford está novamente no topo da tabela do
campeonato, isto numa altura em que faltam quatro provas em terra, e três em asfalto.
Muito agora vai depender do que o francês da Citroen conseguir fazer na terra, face aos
Ford, e também o que os Ford lograrem alcançar no asfalto, face ao maior poderio de
Loeb e Sordo.
Jogadas tácticas à parte, a v erdade é que o Mundial já não se “joga” só contra o
cronómetro, mas agora também se pode “deixá-lo rolar”, “ver passar o tempo”, como
lhe queiramos chamar, mas a verdade é que actualmente, qualquer meio é bom para se
atingir um fim.
Não é de agora que os pilotos “jogam” com os elementos para melhor gerirem a sua
prova, pois não foi há muitos anos que Carlos Sainz ou Tommi Makkinen pararam
para não serem ele a ter de “limpar o pó” da estrada.
Muito trabalho para a Subaru e Suzuki
Neste contexto, nem um piloto com a reconhecida capacidade de Sébastien Loeb poderia
fazer algo, pois se há provas em que andar à frente não é demasiado grave, a Jordânia,
Grécia e Turquia não fazem parte desse lote. Assim aos Citroen restou a terceira e
quarta posições.
Depois da boa estreia na Grécia, a Subaru não brilhou na Turquia, deixando a certeza
que há ainda muito trabalho pela frente no novo carro. Neste momento, nem sequer
conseguem andar ao nível dos Ford da Stobart. Muito pior esteve a Suzuki, que não
chegou com qualquer dos seus dois carros ao fim da prova.
No PWRC, Armindo Araújo foi quinto classificado, em mais uma prova cheia de
problemas, Bernardo Sousa limitou-se a levar o carro até ao fim na 11ª posição.
R
POR:
G MONTEIR
O
U
O PAR
P A FOR
RA DO
O EMPURRAD
O TOP 100
TIAGO
Tiago Monteiro não pontuou no fim-de-semana passado no circuito de Brno. O piloto
português já tinha avisado que a etapa do WTCC na República Checa não era muito
favorável ao SEAT León TDI, mas uma excelente afinação e uma condução nos limites
permitiu ao piloto partir da terceira linha da grelha na primeira corrida. Como de costume,
Tiago fez uma excelente partida lançada e superou os adversários.
Só que na primeira curva foi tocado pelo colega de equipa Gabriele Tarquini, que obrigou
Tiago a mostrar excelentes dotes de pilotagem para controlar o León nº18. No entanto, o
incidente significava a perda de muitos lug ares e comprometia uma boa posição na grelha
para a segunda corrida:
“Frustrante é a palavra que me ocorre. Foi um fim-de-semana muito trabalhoso. O sexto
lugar na grelha da primeira corrida foi tirado a ferros, o resultado de um trabalho incansável
da equipa na preparação do carro e meu nos 30 minutos da sessão. Depois, na partida,
consegui ganhar velocidade e surpreender os carros da frente. Nem queria acreditar quando
senti o toque pela direita e vi que era o Tarquini. Por pouco não conseguia evitar o
despiste. No final da prova ele pediu desculpas, mas o mal estava feito. Só por um acaso
conseguiria che gar aos pontos.”
A sair para a segunda corrida no
12º lugar, Tiago sabia que seria
muito complicado entrar no Top 8
e que estav a precisamente no
epicentro da acção. O piloto
português confirmou isso mesmo
logo após a partida, ao ver-se
env olvido em várias lutas que
marcaram uma das corridas mais
animadas do campeonato:
“Aquilo parecia uma corrida de
Stock Car. Os toques eram
constantes,
muitas
ultrapassagens, os pneus a degradarem-se rapidamente e a tornarem imprevisív el
o ponto de travagem do carro que seguia à fr ente e a trajectória que iria adoptar.
Por tudo isto, e apesar da adrenalina, estive sempre pr eocupado em gerir a minha
posição até porque adoptar uma postura mais agressiva não me faria chegar aos
pontos. Só espero que no Estoril as coisas mudem. Já é tempo de ter uma dose de
sorte. E em casa terá seguramente outro sabor.”
Tiago Monteiro terminava a segunda corrida em 11ºlugar, à frente dos colegas de equipa
Jordi Gene e Rickard Rydell.
Em Brno confirmou-se que o circuito checo era mais favorável aos Chevr olet e BMW.
Alessandro Zanardi dominou a primeira corrida e por pouco vencia também a segunda,
que acabaria por ser ganha por Gabriele Tar quini.
Agora o Campeonato do Mundo de Super Turismos vem para Portugal. O WTCC estará
no Circuito do Estoril entre os dias 11 e 13 de Julho. Nas bancadas e no paddock são
esperadas 75 mil pessoas que vão dar todo o apoio ao piloto do SEAT León nº 18.
OPINIÃO DE QUEM SABE
R BOLINHAS
H
L
S DO PROFESSOR
AS LIÇÕE
Com o Euro já a entrar na fase de eliminatórias, existem muitas
razões para os portugueses estarem felizes. Portugal conquistou
o primeiro lugar do grupo nas primeiras duas jornadas e ainda
teve tempo de permitir que a Suiça salvasse a sua honra na
derradeira partida. Não só somos os melhores da Europa a
jogar futebol como também somos os mais caridosos.
Ficamos à espera de um agradecimento oficial dos suiços por
os termos ajudado a festejar por um só dia que fosse. De
nada!
O meu Quim despediu-se do Euro horas antes do
primeiro jogo quando lutava ainda por um lugar
no 11 inicial da selecção. Esta foi uma notícia
triste para a nação portuguesa, excepto para um dos
nossos conterrâneos: o Ricardo. Se antes Scolari já
tinha tornado difícil que houvesse competição na baliza,
o frangueiro do Bétis ficou assim mais livre para agarrar
o posto que parece que lhe pertence como se tivesse
comprado as grandes áreas de cada estádio. Se temos a
melhor selecção do Europeu de futebol e, se por acaso o
vencermos, vamos fazê-lo com o pior guarda-redes do
torneio. E isso será obra. Não nego valor ao nosso Ricardo porque, em
certos aspectos, ele é realmente muito bom (tem bons reflexos, joga bem
com os pés, e parece predestinado a ganhar sempre aos penalties). Contudo,
o Ricardo mete-nos cada susto de cada vez que sai aos cruzamentos. Nossa
Senhora Virgem Maria Mãe de Jesus Cristo que até tapo os olhos de cada
vez que a bola sobrevoa a nossa grande área. Que perigo! É que o homem
sai-se a todas.... e não agarra nenhuma (um exagero, eu sei, mas o leitor
percebe a ironia).
Para além do êxito de Portugal no Euro, esta competição acaba também por
ser positiva para o Benfica. É que os jornais deixaram de comprar jogadores
para o Glorioso diariamente e só o fazem quando o Ronaldo não vai à casa
de banho ou quando o Nuno Gomes não é apanhado no cabeleireiro... outra
vez! A última anedota coloca Miccolli no Glorioso! Para aleijados já basta
aqueles que lá temos (e quando digo aleijados falo em lesionados e não em
côxos). E por falar em côxos, grande exibição do Quaresma frente à Suiça!!!!
Onde é que este homem vale 40 milhões de euros? Ah, e quando é que o
menino vai aprender o Hino Nacional? Vergonhosa a atitude deste menino!
Viva o Benfica, o Glorioso, o maior clube do mundo! Viva Portugal!
F ANT
S DO ALVA
I
TA
ASIAS
A LAD
ADEZINHO
Anda toda a gente com os olhos no João
Moutinho e no Veloso. Peço a
Deus e a todos os santos que
deixem ficar os homens no
meu Sporting. Eles são
importantíssimos na
manobra da nossa
equipa. Portugal
está sem treinador a
partir do dia 1 de
Julho, seria uma
boa aposta o Paulo
Bento. Levem o
homem, que ao
Sporting não precisa
dele. Fora de brincadeiras, gostaria
de o ver longe da minha equipa,
mas também não gostava nada de
o ver na equipa de todos nós. Fala-se já em nomes, tais como Zico,
Humberto Coelho, Manuel José, e Cajuda. Seja quem for que faça tão
bem ou melhor que Scolari. O Cristiano anda nas bocas do mundo por
causa da cobiça do Real Madrid. Já estou como o Scolari, as boas
oportunidades aparecem muito pouco, há que apanhá-las. Com a namorada
por perto, nunca se sabe como seria o rendimento do rapaz, mas não
perdia nada por experimentar que corria nota grande. Mas, deixemos essas
contas para o Ronaldo fazer mas depois, que é importante que o menino
esteja concentrado para o jogo dos quartos-de-final. Faço votos que
Portugal passe mais este obstáculo no dia 19 de Junho, pelas 2.45 da
tarde, e caminhe para a final. Que bonita final seria essa entre Portugal e
a Holanda. Vamos acreditar.
Fico-me por aqui com a anedota do costume:
______________
No manicómio estão a servir o pequeno almoço. Um dos loucos vira-se
para a enfermeira e diz:
- Menina Florinda, pode-me dar um torrão de açúcar?
- Mas eu já lhe dei seis!!!
- Pois é, mas derreteram-se todos!
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FILOSOFIA
SO A DO MANE
A L BANC
DAS
BANCA
ADAS
B
N A
Muitos dos lampiões e lagartos
riram quando o Pinto da Costa
disse que o Porto iria às
competições europeias depois
da UEFA ter irradiado os
dragões dessa hipótese. O
que é certo é que já vi
alguns desses a
torcer o nariz
agora, e até já
dizem que o
Pinto manobra
UEFA e tudo.
Tem que ser um
grande homem!
Parece que vamos mostrar
de novo na próxima época o que valemos no futebol europeu para
desgosto dos amigos do Bolinhas que recebiam com muito gosto a “oferta”
que o Porto lhes deixava. A ver vamos, como diz o cego, mas as coisas
parecem cair mais para o lado dos azuis e brancos, se bem que se tendesse
para os pirilampos até a safra podia ser melhor, mas que se lixem as loiras
que nesta coisa o meu coração está na cidade mais bonita de Portugal. O
Scolari lá vai para o país da chuva! Desta vez quem mandou foi ele, que a
mulher e os filhos morrem pelo sol português. O homem é um apaixonado
pela nota e esta fala alto. O Deco quer ir atrás do “seu rabo”. Pois que vá
e tenha muita sorte. O kikas, ou lá como se chama o treinador do Benfica,
parece querer acertar as coisas na equipa grande do sul. Queira Deus que o
consiga, que sempre faz falta umas vitórias para o pessoal festejar na Casa
do Benfica à custa da gente boa e adepta do clube do Bolinhas. Esta nova
esperança faz bem ao coração do velho, se bem que lá mais para o meio a
coisa volte a apertar em disfavor. No princípio é sempre assim, são os
melhores. Não gostei nada da derrota de Portugal contra a Suíça e, portanto,
sobre o Euro não digo mais nada.
Passem todos muito bem. Não é obrigação.
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Terça-feira,17 de Junho de 2008
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LENTO 2007
PRÉMIOS
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POR PAULO PEREIRA
A segunda edição dos Prémios Talento teve lugar no Convento do Beato no
Domingo, 8 de Junho de 2008. Esta é uma iniciativa do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e da Direcção Geral das Comunidades que tenciona premiar aqueles
que se têm destacado fora de Portugal em diversas áreas. Foi com enorme orgulho
que representei Flash Publishers através da nomeação para a categoria de
Comunicação Social pelo trabalho desenvolvido na Luso-Ontario Magazine. A
seguir, passo a relatar alguns dos episódios mais marcantes desta inesquecível
jornada em Portugal.
Terça-feira, 3 de Junho: Passavam poucos minutos das 11 horas da manhã quando
finalmente as nossas malas apareceram no tapete rolante. Apressámo-nos a sair
Aeroporto fora porque nos haviam comunicado que um condutor nos esperava,
e como o avião já estava mais de meia-hora atrasado não o queriamos fazer
esperar. Simpático, insistiu em carregar a bagagem da minha esposa até ao
parque de estacionamento. Entrámos no carro e partimos para o hotel. Pelo
caminho, iamo-nos regozijando com Lisboa em vésperas do almoço, sempre
veloz e atarefada. Chegámos ao hotel em poucos minutos, deixámos uma gorjeta
ao homem, fizemos o check-in, e caimos estatelados na cama do nosso quarto
para descansar de uma longa viagem que nos tinha levado a Frankfurt para
fazer escala.
Quinta-feira, 5 de Junho: A companhia
era fantástica, Caldas da Rainha estava
elegante, Óbidos sereno, e a praia da
Foz do Arelho convidava a ficar mais
um dia à espera que a bandeira se
tornasse verde. Por isso, ficámos.
Sexta-feira, 6 de Junho: Era tempo de
regressar a Lisboa. Mais dois dias a
saborear da deliciosa cozinha da sogra
e lá se ia a elegância para a Gala.
EDIÇÃO 180
COMPLEMENTO
DE CULTURA
TERÇA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2008
Fomos acordados por um telefonema da Mandala, a companhia de produções
que estava a tratar da Gala. “Sei que temos um encontro marcado para amanhã,
mas seria possível fazer a entrevista hoje?” Perguntaram. “A que horas?”
Atirei. “Lá para as quatro está bem?” Voltou a questionar o homem do outro
lado da linha. Respondi que sim. Meio ensoneado, deu um pulo da cama e
fui preparar-me para uma entrevista cujo conteúdo ainda não tinha a certeza.
Às quatro em ponto estava no local marcado. A entrevista correu muito bem
e eles também parecem ter ficado satisfeitos com o material recolhido.
À noite, fomos ao Bairro Alto jantar e ouvir fado.
Quarta-feira, 4 de Junho: Nada marcado para hoje. E que tal uma visita aos
meus sogros nas Caldas da Rainha? A minha sogra é uma excelente cozinheira
e a companhia do meu sogro é sempre interessante. Estava excitado com esta
visita.
Chegámos a Lisboa a tempo de integrar
uma visita guiada a Belém onde
explorámos o imponente Mosteiro dos
Jerónimos. O leitor sabia que o Rio
Tejo chegava às portas do palácio na
altura dos descobrimentos? Eu também
não, mas fiquei a saber para além de
outros pormenores de elevado interesse.
Depois, viajamos para o extremo Este
da capital para visitar o Parque das
Nações onde se encontra o Oceanário,
um local fantástico para quem gosta de
explorar espécies aquáticas. As lontras
Eusébio e Amália dormiam de barriga
para o céu, ignorando todas as fotos e
sussurrios vindos dos visitantes. O que
eu mais adorei foram os pinguins!
De regresso ao hotel, preparavamo-nos
para sair quando o telefone toca. Era
uma jornalista do Diário de Notícias a
pedir para conceder uma entrevista.
Não é todos os dias que nos pedem para
sermos entrevistados, especialmente
por um jornal nacional do estatuto do
Diário de Notícias. Após uma conversa
de cerca de 10 minutos, a senhora com
voz simpática do outro lado da linha
avisava que um fotógrafo me iria
encontrar no hotel no dia seguinte.
Ficou marcado para as 10 da manhã.
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PRÉMIOS TALENTO 2007
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À noite, fomos às docas de Lisboa jantar. Este novo local é simplesmente
fascinante, localizado junto à ponte 25 de Abril na margem do Rio Tejo onde
milhares de pessoas desfilam por entre os bares e restaurantes a abarrotar de gente...
e de muito boa comida!
Sábado, 7 de Junho: Já conhecemos praticamente todos os nomeados para as 12
diferentes categorias. De entre eles, notámos que o maior contingente era oriundo
do Canadá e particularmente da zona de Toronto. Ficámos encantados com todos
estes valores que ali representavam orgulhosamente a nossa comunidade. E se a
minha nomeação não bastasse para me sentir orgulhoso, muito mais radiante fiquei
quando soube que fazia parte de um grupo que incluia José Mário Coelho e
Fernando Augusto dos Santos, duas personalidades que têm feito da sua vida o
jornalismo. Foi na recepção do hotel que nos encontrámos com toda esta gente
que se preparava para ser transportada para um barco que nos iria levar a uma
excursão pelo Rio Tejo. José Mário Coelho, Manuel Noberto de Sousa, e Manuel
Leal foram companhia excelente para as duas horas que durou o cruzeiro. De
quando em vez, o Ministro Peter Fonseca e o Professor José Carlos Teixeira
interrompiam a maravilhosa miragem de Lisboa para entrarem na conversa que
estava deveras muito animada.
COM SOCIAL NOMEADOS
A Gala chegava. Saimos do autocarro para passear na carpete vermelha como se
dos Óscares se tratasse. Conduziram-nos para uma sala onde conhecemos a Dona
Maria Barroso e a Rosa Mota enquanto bebiamos champanhe e comiamos
amendoins. Depois, levaram-nos para outra sala mais ao lado onde jantámos de
pé sob um calor abrasador. Enquanto as mulheres se queixavam dos pés, os
homens bufavam de suor na mira que as nove horas chegassem depressa para,
enfim, sermos conduzidos para a sala onde a Gala iria ter lugar. E quando lá
chegamos..... ar condicionado! Que alivio!
Ainda antes da nossa categoria, o Professor José Carlos Teixeira tornava-se no
primeiro canadiano a vencer o Prémio Talento, na categoria de Ciência. Quando
a nossa categoria chegou (comunicação social), nem uma ponta de nervos mas,
confesso, alguma antecipação. O nome do vencedor foi anunciado e Fernando
Augusto dos Santos era o vencedor. Um prémio merecido para quem tem dedicado
mais de duas décadas da sua vida ao jornalismo comunitário nos Estados Unidos.
Aliás, nesta noite só houve vencedores porque quem trabalha para honrar e defender
a língua e a cultura portuguesas nunca sai derrotado.
A organização tinha jantar marcado para as oito da noite.... mas Portugal jogava a
partida inaugural do Euro quinze minutos mais cedo. Começámos a tentar
encontrar soluções para conciliar as duas coisas mas depressa percebemos que
não seria necessário. Portugal parou para ver a nossa selecção derrotar a Turquia
enquanto, para nós, o jantar esperava ali ao lado. Até o cozinheiro e seus ajudantes
se juntaram a nós para vibrar.
Domingo, 8 de Junho: Pequeno almoço no Colombo onde encontrámos um casal
amigo que iria connosco à Gala. Não estava nervoso nem sequer ansioso.
Sinceramente, o facto de estar ali já constituia para mim uma vitória e fazia com
que o trabalho que toda a equipa de Flash Publishers tem vindo a desenvolver
fosse reconhecido. Apesar da nomeação ser em meu nome, nunca por um momento
me deslumbrei porque tenho consciência que tal honra seria impossível sem o
contributo de todos quantos fazem do jornal Flash e de Luso-Ontario Magazine
uma paixão. Os outros dois nomeados para a minha categoria são veteranos no
jornalismo comunitário e eu comecei apenas ontem. O meu prémio era a nomeação
mas não vou ser mentiroso e dizer que não queria ganhar. É óbvio que essa era a
minha ambição porque não entro em competição alguma para perder. Mas sou
muito realista e, acima de tudo, um bom desportista.
Segunda-feira, 9 de Junho: Logo após a Gala, recebi inúmeros telefonemas de
amigos e familiares, incluindo um vindo de um famoso colega do Porto a pedir
que fossemos passar a noite a casa dele. “Mas só chego aí lá para as cinco da
manhã”, avisei. “Não faz mal que eu fico a pé”. Sorri contente por saber que,
apesar da distância, os amigos continuam a lembrarem-se de nós naquele rectângulo
tão lindo junto ao Atlântico. O Douro divide Gaia da cidade invicta e transforma
este local em magia, cheio de vida e cor, deixando-nos a vontade de nunca dali
sair. Por isso, ficámos até ao dia seguinte.
Terça-feira, 10 de Junho: Dia de Portugal. Foi em Barcelos, minha terra-mãe,
que passei o dia com a minha esposa num vaivém frenético, visitando amigos e
familiares em todos os cantos do Concelho. Dei um beijo à minha avó e só não
chorei para que as lágrimas dela parassem de brotar.
Quarta-feira, 11 de Junho: Fomos à praia e demos um mergulho para espanto da
meia-dúzia de pessoas que lá se encontravam. Quando as saudades apertam...
Portugal venceu a República Checa mas na minha terra não houve certamente
tanta festa como na St. Clair, Dundas, ou College. Dei mais um beijo na minha
avó e despedi-me sem chorar. É sinal que a vou voltar a ver!
Quinta-feira, 12 de Junho: De regresso a Toronto. A realidade bate à porta mas
não atendo!
Sexta-feira, 13 de Junho: A realidade agarrou-me pela mão e não pude fugir.
Interrompeu-se a boa vida!
GALA CANADIANOS
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PARADA DO DIA DE PORTUGAL
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A semana que findou trouxe à “BAILA” diferentes aspectos
sociais e artísticos que fazem da Comunidade Portugesa de
Toronto a mais vibrante da diáspora: Primeiramente teve a ver
com a deslocação do nosso prezado colaborador Euclides
Cavaco a Portugal Continental e Madeira para apresentação e
divulgação do seu mais recente trabalho poético em livro
“Horizontes Da Poesia”. Esteve no dia 10 no Mosteiro dos
O
POR
Jerónimos para um recital de poesia junto ao túmulo de Camões,
V LIN
AVELINO
e no dia 14 no Palácio de Galveias localizado nas imediações
TEIXEIRA
X
do Campo Pequeno em Lisboa. Esta apresentação teve a
colaboração da Associação Portuguesa de Poetas e foi presidida pela sua
responsável Dra Maria Ivone Vairinho.
A Casa dos Açores do Ontário levou a efeito um colóquio abrangendo todas as
Casas dos Açores espalhadas pela diáspora. Felicitâmo-la pela iniciativa.
A Casa do Alentejo levou à cena uma pessa Teatro no passado Sábado com o
grupo ‘PROJECTO’ que agora ficou agregado à mesma. Este grupo é formado
por Jessica, Lurdes Oliveira, Nina Colângelo, Carlos Romão, Victor Charrua,
Francisco Leite, Luisa Silva, Luis Matos, (por coincidência festejando o seu
aniversário a quem felicitamos) João Catarrelanas, Suzana Diegues. A pessa
constava de quadros escritos por José Pereira e Sérgio Dias que também a encenou.
Um espectáculo que por certo mereceu o nosso apreço. Venus Creations felicita o
“Projecto” formulando votos continuados de muito sucesso. Teatro infelizmente
escasseia entre nós e faz parte da nossa cultura.
Por último queremos deixar aqui um agradecimento à Directora da Direcção
Regional das Comunidades, Dra Alzira Serpa Silva por ter facultado a nossa
particiapção na apresentação do projecto GNOSIS nos dias 6, 7, e 8 do mês em
curso, no Centro Cultural de Angra do Heroismo. Foi de facto uma experiência
inesquecível.
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A NAIA – CSIC
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CANADÁ?
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MES
Com certeza que pode!...
O processo do PNP é para facilitar o patrão a encontrar
profissionais, para trabalharem na sua companhia, a
tempo inteiro. Como o patrão tem dificuldade em
encontrar esses profissionais no Canadá, pode muito bem
ir buscar, por exemplo, um pedreiro a Portugal e, se a
companhia e o empregado obedecerem ao critério do
POR
N A Projecto Piloto da Provincia do Ontário, (PNP), então
JOEL DA NAIA
essa pessoa, depois de receber a aceitação do PNP, pode
LICENCIADO PELA
CSIC
vir trabalhar para o Canadá, enquanto o processo de
residência permanente (imigrante), continua o seu
progresso, nas embaixados ou consulados.
Contrário ao que possivelmente tenham ouvido, este projecto provincial,
continua de vento em popa e, para os que não acreditaram no projecto, que
teve inicio em Maio de 2007, centenas de famílias ficaram imigrantes em
menos de 6 meses. Essas famílias, na sua maioria ou senã na sua totalidade,
não ficariam imigrantes se não fosse este projecto.
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e bom entendimento entre o portal Venuscreations e o jornal Flash.
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Para melhor esclarecimento, sobre o processo do PNP, pode-nos telefonar,
para não perder uma ocasião como esta de ficar imigrante no Canadá.
Joel & Jennifer Da Naia, são credenciados pela Sociedade Canadiana
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competência no ramo da Imigração. Para uma consulta ou conselho,
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PARADA DO DIA DE PORTUGAL
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AÇORES
OJE
CTO “GNOSIS”
“ GNOSIS” A
O PROJECT
PROJECT
OJECTO
CAMINHO
MINH
DA REAL
REAL
EA LID
DADE
IDADE
MINHO DA
Desenvolvido nos últimos dois anos nas ilhas dos Açores,
Madeira e Canárias, tendo em vista Cabo Verde, por um grupo
de indivíduos que se preocupam pelo desenvolvimento sócioeconómico e preservação em todos os aspectos dos
arquipélagos insulares, (basica-e-geograficamente diferentes
mas com os mesmos objectivos e pretensões na sua agenda),
GNOSIS vem agora em busca de uma saudável relação com
O
POR
agentes da diáspora da MACARONÉSIA para redescobrir
V
LI
N
AVELINO
raízes, conhecer mais de perto as comunidades açorianas e
TEIXEIRA
seus descendentes nas suas diversas potencialidades, criar
mecanismos de comunicação entre estes, e buscando EXCELÊNCIA. Para tal
a Direcção Regional das Comunidades, sobre a batuta da Dra Alzira Serpa
Silva, realizou nos dias 6, 7 e 8 de Junho de 2008, no Centro Cultural de Angra
AFONSO PIMENTEL E LIZA GARCIA
DRA.
ALZIRA SILVA
E
ANTONIO DOLIVEIRA EM SESSAO C OMUNICACAO SOCIAL
do Heroismo, um fórum para conjugar esforços emanados pelos três grupos, no
qual se fizeram representar vários orgãos da Comunicação Social, clubes e
associações, nomeadamente casas dos Açores, vindos de Portugal Continental,
Brasil, Estados Unidos e Canadá. No entanto não sabemos o porquê da falta de
representatividade de muitos dos clubes e associações dispersos pela diáspora
portuguesa, nomeadamente em Toronto. Apenas o Amor da Pátria se encontrava
representado por Steve Vieira. Sabemos sim que a Dra Alzira manifestou uma
certa apreensão pela falta de interesse de certas individualidades contactadas e
solicitadas para participar em tão importante empreendimento, levado a cabo
pelo Governo Regional dos Açores, e partilhado pela Universidade da Madeira
e o Instittuto Tecnológico das ilhas Canárias.
Antes de proseguir com a nossa reportagem convém explicar o significado da
palavra MACARONÉSIA, usada constantemente pelos intervenientes do fórum
que poderá ser interpretada em diferentes contextos. Neste caso é uma palavra
abrangente e refere-se a uma zona constituida por quatro arquipélagos; Açores,
Canárias, Cabo Verde e Madeira. Neste caso a Madeira poderá actuar como
uma plataforma científica e tecnológica. Macaronésia deriva da palavra
MÁCARO referente a um grupo original de plantas nativas dos arquipélagos
em questão que estiveram sempre ligados ao turismo de cultura, no século 19.
Agenda: Dia primeiro: Abertura oficial do fórum feita pelo Dr Marques
Maurício, natural da Madeira, Gestor e responsável pelo programa GNOSIS a
convite do Vice Presidente do Governo Regional dos Açores. Introdução
individual dos orgãos da Comunicação Social e outros ali presentes. Intervenções
pelos oradores Dr. Juan Ascanio e Paula Cárdenes do Instituto Tecnológico das
Canárias. Dr. Rui Carita da Universidade da Madeira, Dr. Francisco Santos
Presidente da Direcção da ACIF/CCM do Funchal, e a Dra Alzira Serpa Silva.
O Dr Carita falou da região atlântica e do seu património que deve ser mantido
ou então esquecido, com referência especial aos políticos, que, segundo ele,
não se cansam de declarar objectivos patrimoniais sem no entanto terem em
mente os custos da manutenção dos mesmos.
Referiu-se também ao abandono das zonas rurais da Madeira devido à emigração,
e aos próximos anos que vão ser marcados pela fome devido à carência dos
cereais que vão ser usados como
meio de combustível.
Como
Vice
Reitor
da
Universidade da Madeira, referiuse aos seus estudantes que uma
vez formados devem sair do país
em busca de novos horizontes, e
outras experiências, para
enriquecer os seus conhecimentos.
Disse; “ficar na Madeira ou nos
Açores é estagnar, e eu não
aceitaria isso”
Referiu-se ainda aos programas de
intercâmbio cultural que não
deram resultado devido à falta de
interesse dos alunos vindos de
outros países que muitas vezes
devido à dificuldade em aprender
o idioma acabam apenas por gozar
férias, e nada mais. Um DR. CARITA VICE REITOR DA UNIVERSIDADE
desperdício de dinheiro.. DA MADEIRA
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AÇORES
CONTINUAÇÃO DA PÁGINA
DR. JUAN
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ASCANIO, DRA. A S ILVA E DR.M. MARQUES
à competição dos MÉDIA, nomeadamente televisão e rádio que se juntaram
(RTP internacional), devido ao custo de impressão, muito embora o Diário Insular
possua a sua própria impressora. Disse ainda que os governos têm o seu próprio
departamento de imprensa e que por tal razão não subsidiam mais, como outrora
fizeram, as publicações locais deixando-as em más marés. Apenas o Açoreano
Oriental continua prosperando devido à sua grande tiragem.
O dr. José Lourenço foi depois questionado sobre a viabilidade do Diário Insular,
seu serviço prestado aos açoreanos, e suas limitações on line, (sabendo-se que
os leitores a viver na diáspora não o acessam livremente sem que primeiramente
o subscrevam), com excepcção para os orgãos da Comunicação Social, clubes e
associações que poderão ter um grátis acesso se o solicitarem. O dr José Lourenço
disse ser muito difícil responder às perguntas que lhe foram endereçadas,
construtivamente, pelo facto da RTP ter um Concelho De Opinião a que ele
preside. Este concelho tem por missão fiscalizar o procedimento da RTP como
entidade pública de informação. Aludiu com grande regozijo às publicações de
suplementos no seu jornal pelas escolas que o desejem fazer, usando o exêmplo
de uma escola dos Biscoitos, Terceira, e outra em Angra do Heroismo que já o
fazem, como forma de incentivar as crianças a lerem o Diário Insular. Estas
escolas compram depois os exemplars que necessitem para os seus leitores que
é ao mesmo tempo uma forma de angariar fundos para aquele Diário.
acrescentou… E por isso, disse; “não estou interessado nas comunidades da
diáspora”. O desabafo do Dr Carita caíu mal na audiência que a certa altura
questionou os seus sentimentos obrigando-o a reafirmar, embora não em sessão,
que a sua opinião apenas se limitava aos programas de intercâmbio e que de
forma alguma estava direccionada à diáspora em geral.
A Dra Alzira por sua vez aludiu ao esforço que a DRC (Direccão Regional das
Comunidades) tem feito para criar uma maior abertura aos portugueses
espalhados pela diáspora, encorajando-os para que se integrem nos países de
adopção, e aos que depois escolhem os Açores para viver, por qualquer razão.
De igual modo referiu com algum constrangimento aos que regressam por
motivos de repatriamento ou por imposição dos governos dos países onde vivem,
nomeadamente Brasil, Venezuela e Estados Unidos. Reafirmou o apoio da DRC
aos que regressam especialmente em tais circunstâncias para ajudá-los
a preservar os seus valores e simultaneamente incentivá-los para uma
reconstrução de identidade patronal.
A Dra Alzira teve também o cuidado de nos deixar saber da realização dos
encontros com jornalistas, doutores, artistas, e académicos que a DRC tem
organizado, e do seu desconhecimento da existência de certos açoreanos com
grande potencial que estão inseridos em diversos sectores da vida dos países
onde vivem. Disse ser através dos congressos que se efectuam que se vão
descobrindo os valores açoreanos existentes na diáspora. Aludiu ainda aos
últimos 11 anos de trabalho da DRC no sentido de conquistar o pedestal de
excelência sem que no entanto reconheça que essa qualidade muitas vezes é
substituida por outras de menor qualificação.
Seguiu-se depois um debate sob o título PONTO FULCRAL em que se
debateram vários pontos de significante interesse para o projecto GNOSIS tais
como; criação de uma entidade própria, marca de excelência, e o significado da
palavra MACARONÉSIA que é sinónimo de uma área de grande interesse
para preservar a botânica e a flora dos três arquipélagos em causa.
Depois de um abundante lanche servido no local de trabalho, os participantes
dividiram-se em dois grupos chamados MESA REDONDA que se ocuparam
do Associativismo (uma ponte para o futuro) e da Comunicação Social. Cremos
que a agenda de ambos grupos colidiu no mesmo propósito. Pela parte que nos
tocou reunimos com o director do Diário Insular dr José Lourenço que se
debruçou sobre as condições jornalísticas de todas as ilhas, com excepcção de
S. Jorge e Graciosa que ainda não possuêm o seu prório jornal, com especial
referência para a sua publicação que actualmente luta pela sobrevivência devido
DR.
MARQUES MAURICIO , DRA A.SILVA E PAULO TEVES
DRA.
ALZIRA E DR. JOSÉ LOURENÇO
Ouviu-se também um depoimento pelo jornalista da Agência Lusa, António
Oliveira, que focou vários pontos de interesse para os participantes do GNOSIS,
nomeadamente a preferência que os portugueses a viver no estrangeiro ainda
têm pelo jornalismo feito na sua própria língua. Isto devido ao facto de se já
estar pensando em juntar às publicações de jornais em português inserções em
língua inglesa, como forma de despertar interesse aos portugueses que não
saibam ou não queiram ler em português. Em sessão plenária concordou-se que
é imperativo que se incentive as crianças para a literatura em português.
Sábado, dia 7: Passeio educativo e informativo pela ilha Terceira sem previsão
de qualquer agenda de trabalhos. Por tal razão pedi para ser dispensado pois era
o único dia que eu tinha para visitar os meus primos e primas, na sua totalidade
dez, bem como reviver velhas amizades o que já não acontecia há douze anos.
Domingo dia 8: Recomeço de trabalhos com uma agenda voltada para o Serviço
Público do GACS (Gabinete de Apoio à Comunicação Social), apresentada por
Afonso Pimentel. Alusão ao Portal do Governo Regional dos Açores, (
portal.azores.gov.pt) por Liza Garcia, Gestora desde Janeiro último, com
temática insinuante para uma maior informação aos visitantes e emigrantes que
o consultem, ao que se seguiu um período de perguntas e respostas durante o
qual foi sugerido a necessidade de se criar um espaço próprio para os mesmos
naquele portal, inclusivé links (ligações) com os jornais comunitários. Usar um
português acessível a todos, e a inclusão de uma generalizada informação
comunitária sugestiva e relativa ao seu meio ambiente e suas actividades, que
poderá ser publicada no portal da DRC. Falou-se também da criação de um
portal para a juventude. Durante a mesma sessão, a dra Alzira Serpa Silva apelou
para uma maior adesão aos movimentos da DRC pelos orgãos da Comunicação
Social, e uma resposta com maior prontidão e interesse dos mesmos ao convite
que lhes são endereçados periodicamente para participarem nos colóquios da
DRC. Refriu-se também à importância da criação de um portal onde se
disponibilize um intercâmbio entre as Comunidades Portuguesas na diáspora.
Da agenda daquele dia constavam ainda os temas: Os novos desafios da
Comunicação Social. O bilinguismo na Comunicação Social. O futuro da
Comunicação Social nas Comunidades. A juventude no Movimento Associativo.
As novas formas de comunicação face ao Mundo globalizado. Os novos desafios
do Associativismo. Estratégias de Comunicação Inter e Intra Comunidades. E
O trabalho em rede mundial.
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AÇORES
Após o almoço assistiu-se a uma apresentação sobre Oceanografia por Maria
Cristina Costa. Sessões Plenárias. Continuação dos trabalhos de reflexão e
preparação de conclusões. Leitura de propostas para futuros projectos durante a
qual se manifestaram várias opiniões relativamente ao projecto GNOSIS, e
outros projectos ligados à cultura. Foi discutido o ensinamento da língua
portuguesa e meio ambiente, necessidade de uma maior comunicação e
aproximação entre as comunidades, partilha de problemas e oportunidades
semelhantes, necessidade de aumentar a inovação e o empreendorismo nas ilhas
atlânticas reforçando as ligações com o Mundo.
Finalmente os responsáveis pelo projecto GOSIS falaram do que se pretende
fazer até Outubro próximo: Lançar um portal comum aos três arquipélagos que
além de sistematizar as bases de contactos irá promover a realização de projectos
de cooperação entre os mesmos. O portal irá permitir que as entidades possam
criar e gerir directamente as sua páginas na WEB. Presentemente, como sabemos,
apenas possuimos o portal ENCICLOPÉDIAAÇOREANA.
Foi decidido também que até Setembro próximo os orgãos da Comunicação
Social ali presentes possam dar uma definitiva resposta quanto à sua futura
colaboração com o projecto GNOSIS. No entanto ouviram-se já afirmações
positivas de apoio por; Adelino do Portuguese Times da Nova Inglaterra, José
Luis Emerim da Califórnia, Padre José Maria de Montreal, das Casas do Açores
de Santa Catarina e Rio Grande do Sul do Brasil, Portugal Insular e Continental,
António Seara do Portugal Notícias de London Ontário, Avelino Teixeira do
Flash e Venuscreations.ca, Alexandre Franco do Milénio, e José Ferreira da
adiaspora.com que ao mesmo tempo se incumbiu, por proposta de Alexandre
Franco, de coordenar a colaboração da àrea de Toronto para com o projecto
GNOSIS.
Da nossa parte deixamos aqui ficar o nosso profundo agradecimento pelo convite
que a DRC nos endereçou para participarmos em tão importante, empreendedor
e futurístico programa, e pelo ensejo de conhecer mais de perto a dra Alzira
Serpa Silva e seus Coadjutores que incansavelmente tudo fizeram para nos
receber e acomodar de uma forma excelente e agradável.
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TORONTO
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PAULO DE CARVALHO E V ICTOR ZAMARA
MARCHA
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SANTO A NTÓNIO
Q UERMESSE TRADICIONAL
DOS FESTEJO DOS
TASQUINHAS E MANJERICOS
D ETALHE DO
NO PIANO
PÚBLICO E DA DECORAÇÃO
SANTOS POPULARES
COM
Na sexta-feira, 13 de Junho, além
do início das festividades dos
Santos Populares, que começaram
naquele dia e vão até domingo na
Casa do Alentejo, o público
presente entrou pela madrugada
embalado pela música de Paulo de
Carvalho. Os amantes de seu
O
POR
R
GRAÇA
FROTA trabalho puderam viver grandes
momentos da música e carreira do
cantor e compositor. Ele veio de Portugal, com sua
banda, para as comemorações da Semana de Portugal,
e fez também esta apresentação especial, dando mais
uma oportunidade aos seus fãs de apreciar sua rica e
eterna voz.
A noite de sexta-feira foi movimentada na Casa do
Alentejo. Quem lá esteve pode saborear os petiscos
tradicionais, como as sardinhas, adquiridos nas
barraquinhas coloridas, enfeitadas com bandeiras e
balões, alusivas aos festejos dos Santos Populares.
Também podia se adquirir os “Manjericos de Santo
António” e outros objectos próprios destas festividades.
Junho é o mês dos Santos Populares. Santo António é
festejado no dia 13, São João, dia 24 e São Pedro, dia
29. A sardinha assada, bailes pelas ruas, manjericos e
versos populares: assim é a tradição portuguesa no mês
de Junho. Assim também se fez na Casa do Alentejo,
onde não faltou nem mesmo a marcha de Santo
António, com direito a noivas, arcos de flores e até a
um Santo António “real”.
Em seguida à Marcha Popular da Casa do Alentejo,
foi a vez da apresentação de Paulo de Carvalho com
sua banda. Um espetáculo de som e voz que levou o
público a cantar suas canções como que embalados
suavemente por um passado que retoma seu lugar vivo
no presente. E a melodia saia em um quase susurrar,
num coral perfeito, dando a idéia de ter sido tudo
ensaiado, quando o público respondia à batuta do
maestro da orquestra - no caso, Paulo de Carvalho.
A banda de Paulo de Carvalho, composta por Eurico
Machado na guitarra portuguesa; Victor Zamora no
piano; Juan Pablo Domingues no baixo e Américo
Michel na bateria, completava o espectáculo, entrando
em sintonia perfeita com a voz do cantor e seu repertório
tão bem escolhido para aquela noite de doces
recordações com seu público.
“Mais do que cantor sou músico, toco voz”, assim diz
Paulo de Carvalho, cujo nome é inconfundível na
música portuguesa das últimas décadas. Teve o seu
percurso profissional por fora do sistema, e nem sempre
tem tido seu trabalho reconhecido ou valorizado como
devido, na sua condição de músico-compositor.
Dando continuidade aos festejos, no sábado foi a vez
da peça de teatro-mini –revista “Rir para não chorar”,
com a participação de Jessica, Lurdes Oliveira, Nina
Colangelo, Carlos Romão, Victor Charrua, Francisco
Leite, Luisa Silva, Luis Matos e João Catarralanas. O
texto era de diversos autores portugueses incluindo Zé
Pereira, com ponto de Suzanne Diegues, canções com
Avelino Teixeira, poemas com João Catarralanas,
cenários de Sergio Dias, que também foi encenador e
contra-regra, e a sonoplastia de Helder e Luis Matos.
A VELINO T EIXEIRA
PAULO
DE
CANTANDO E O GRUPO TEATRAL
CARVALHO E SUA BANDA
E URICO MACHADO , A MÉRICO MICHEL, PAULO DE CARVALHO, JOÃO
PAULO DOMINGUES E VICTOR ZAMARA
V ENDA DE
PETISCOS EM BARRACAS COLORIDAS
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