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O USO DAS REDES SOCIAIS EM PROL DA ELEIÇÃO DO
EXECUTIVO E LEGISLATIVO NA CIDADE DE JUAZEIRO - BA1
RESUMO
Discute-se sobre a aplicação e influência das redes sociais nas campanhas para prefeito e vereadores na cidade
de Juazeiro-BA, a partir da apresentação dos resultados de pesquisa desenvolvida junto aos eleitores, numa
pesquisa com quantitativo definido, da cidade de Juazeiro-BA. Procurou-se perceber como as informações
circulam e são empregadas como recurso nas lutas por melhores condições de vida. Foi aplicado um
questionário para 146 pessoas com intuito de descobrir a existência de perfis nas redes sociais, acesso a
internet, o seu grau de instrução e a busca ou não, dentro dos perfis nas redes sociais dos políticos, por
informações destes e de suas campanhas. Conclui-se que, tal como apontou a análise inicial, existe uma
melhora significativa no acesso a internet e as redes sociais, e que mesmo não possuindo diretamente a primeira
usufruem da segunda em casas de computadores com acesso pago a internet; e que deste todos buscam obter
informações sobre os candidatos na internet, seja através dos perfis nas redes sociais ou em sites ou em blogs.
Palavras chave: internet, Facebook, política, Juazeiro-BA.
ABSTRACT
We discuss the application and influence of social networks in the campaigns for mayor and councilors in the
town of Juazeiro-BA, from the presentation of the results of research conducted with voters, a survey of
quantitative set, the city of Juazeiro-BA. We sought to understand how information flows and is used as a
resource in the struggle for better living conditions. A questionnaire was administered to 146 people with a
view to discover the existence of profiles on social networks, access the internet, your level of education and
the quest or not, in the profiles on the social networks of politicians, for information on these and their
campaigns. We conclude that, as pointed out initial analysis, there is a significant improvement in access to the
Internet and social networks, and even not having directly enjoy the first of the second computer in homes with
paid access to the internet, and that all this seek information about candidates on the Internet, either through
the profiles on social networks or on websites or blogs.
Keywords: Internet, Facebook, politics, Juazeiro-BA.
1. INTRODUÇÃO
Procurando verificar o grande número de usuários nas redes sociais e o grande fluxo de
informações que circula nelas, analisamos se esta ferramenta pode ou não vir a ajudar a
disseminar as informações dos políticos entre seus usuários. Contando que no ano de 2012
ocorreram eleições municipais, buscamos descobrir o uso e as repercussões que as redes
sociais deram dentro da campanha para os candidatos a vereador e prefeito da cidade de
Juazeiro/BA. E para especificar o estudo sobre a análise da força das redes sociais na
política, este estudo foi realizado na cidade de Juazeiro da Bahia verificando se os usuários
de redes sociais da região têm acesso e interesse sobre essas informações, e quais partes
dessas informações determinam o voto desses eleitores diante das urnas, pois segundo
Rheingold (2000) “A inserção em rede é determinante para o compartilhamento da
1
Rafael Santos (Graduando em Ciência da Computação. e-mail: [email protected]);
Dinani Gomes Amorim (Professora Titular FACAPE, adjunto UNEB. e-mail: [email protected]).
informação e do conhecimento. Isto porque as redes são espaços valorizados para o
compartilhamento da informação e para a construção do conhecimento”.
Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados aos sujeitos envolvidos e a
análise dos dados foi realizada de forma qualitativa, buscando os objetivos desta pesquisa e
observando o contexto social em que os envolvidos estão inseridos.
Dessa forma, este trabalho está dividido em quatro sessões, além da introdução existem mais
três, onde a primeira sessão é feita uma explanação de teorias que subsidiaram as afirmações
e descobertas deste estudo. Para tanto serão citados diversos pesquisadores sobre as redes
sociais na internet e suas opiniões realizando um debate entre os mesmos. Na segunda
sessão, são detalhadas as ações desenvolvidas, descrevendo o tipo de pesquisa, explicitando
os sujeitos envolvidos, instrumentos utilizados e o ambiente onde foi realizada a coleta de
dados. Na terceira sessão, são analisados os dados coletados com base na fundamentação que
aborda essa área de pesquisa, com implicações na decisão dos votos desses eleitores. Por
fim, são registrados os aspectos conclusivos da pesquisa, caracterizando o processo decisório
nas eleições da cidade de Juazeiro/BA, para esses eleitores, buscando demonstrar a realidade
para os mesmos da participação das redes sociais nas suas decisões na eleição municipal de
2012.
2. AS REDES SOCIAIS
A inclusão em rede é que determina o compartilhamento das informações e do
conhecimento, isto porque segundo Rheingold (2000) “as redes são espaços valorizados para
o compartilhamento da informação e para a construção do conhecimento”.
A informação e o conhecimento estão em todas as esferas e áreas, são considerados
essenciais tanto do ponto de vista acadêmico quanto profissional e, quando transformados
pelas ações dos indivíduos, tornam-se competências valorizadas, gerando benefícios sociais
e econômicos que estimulam o desenvolvimento e são, ainda, recursos fundamentais para
formação e manutenção das redes sociais. A configuração em rede é peculiar ao ser humano,
ele se agrupa com seus semelhantes e vai estabelecendo relações de trabalho, de amizade,
enfim relações de interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua trajetória.
Assim, o indivíduo vai delineando e expandindo sua rede conforme sua inserção na realidade
social.
As redes sociais constituem uma das estratégias subjacentes utilizadas pela sociedade para o
compartilhamento da informação e do conhecimento, mediante as relações entre atores que
as integram. Acredita se que a informação e o conhecimento são passaportes essenciais para
a inovação; assim, procurando estudar e aprofundar esses argumentos procurando apresentar
uma abordagem da informação e do conhecimento como fluxos importantes das redes sociais
que facilitam o processo de inovação, pois para Marteleto (2001) o conceito de rede tem, em
termos gerais, uma dupla aplicação (ou eficácia): a “utilização estática” e a “utilização
dinâmica”.
As pessoas estão inseridas na sociedade por meio das relações que desenvolvem durante toda
sua vida, primeiro no âmbito familiar, em seguida na escola, na comunidade em que vivem e
no trabalho; enfim, as relações que as pessoas desenvolvem e mantêm é que fortalecem a
esfera social. A própria natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em
rede. Machado & Encarnação (1999) descreve que: “a idéia de rede surge como uma grande
metáfora que representa os tempos atuais e que precisa ser analisada e melhor
compreendida”, pois nas redes sociais, cada indivíduo tem sua função e identidade cultural.
Sua relação com outros indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede. De
acordo com a temática da organização da rede, é possível a formação de configurações
diferenciadas e mutantes.
As redes sociais, segundo Marteleto (2001, p.72), representa “um conjunto de participantes
autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”. A
autora ressalta, ainda, que só nas últimas décadas o trabalho pessoal em redes de conexões
passou a ser percebido como um instrumento organizacional, apesar de o envolvimento das
pessoas em redes existirem desde a história da humanidade. A rede, que é uma estrutura não
linear, descentralizada, flexível, dinâmica, sem limites definidos e é organizável, estabelecese por relações horizontais de cooperação.
Costa (2003, p. 73) atesta que a rede “é uma forma de organização caracterizada
fundamentalmente pela sua horizontalidade, isto é, pelo modo de inter-relacionar os
elementos sem hierarquia”. A noção de rede remete primitivamente à noção de capturar a
caça. Por transposição, a rede é assim um instrumento de captura de informações. E esse
mesmo enfoque é acentuado por Felinto (2002, p. 267), quando delineia a importância das
redes organizacionais:
Na era da informação – na qual vivemos – as funções e processos sociais organizam-se cada
vez mais em torno de redes. Quer se trate das grandes empresas, do mercado financeiro, dos
meios de comunicação ou das novas ONGs globais, constatamos que a organização em rede
tornou-se um fenômeno social importante e uma fonte crítica de poder (FELINTO, 2002, p.
6-7).
Com base em seu dinamismo, as redes, dentro do ambiente organizacional, funcionam como
espaços para o compartilhamento de informação e do conhecimento. Espaços que podem ser
tanto presenciais quanto virtuais, em que pessoas com os mesmos objetivos trocam
experiências, criando bases e gerando informações relevantes para o setor em que atuam.
A formação de redes nas organizações ocorre por meios e formas variados, desde uma
conversa informal com um colega de trabalho na hora do café, em encontro com os amigos
após o expediente, em reuniões, congressos, listas de discussões, portais corporativos, até
situações formalmente criadas com a finalidade de alcançar resultados específicos. Lévy
(1999) subdivide essas redes em redes de confiança, redes de trabalho ou consulta e redes de
comunicação.
As redes de confiança são aquelas que compartilham “informações politicamente delicadas”
e restritas a certo número de pessoas. Já as redes de trabalho ou consulta utilizam estruturas
informais e possibilitam o contato entre pessoas que possuem informações que facilitem o
trabalho, ao passo que as redes de comunicação são as que possibilitam a troca de
informações de trabalho com regularidade. Isto é, as chamadas “amizades de escritório”, que
costumam ter um papel importante no desempenho das funções formais. Todos os tipos
apresentados estão em consonância com a afirmação de Scherer-Warren (1993, p.159),
quando dizem: “As conversas nas organizações de negócios geralmente apresentam dois
objetivos básicos: confirmar a existência e conteúdo do conhecimento ou criar novos
conhecimentos, o intercâmbio de idéias, opiniões e crenças propiciado pelas conversas
possibilita o primeiro e o mais importante passo para a criação do conhecimento: o
compartilhamento do conhecimento tácito dentro da comunidade da rede”.
O conhecimento, na visão desses autores, precisa ser transformado desenvolvido e
trabalhado dentro das organizações; caso contrário, ele será apenas um aglomerado de
informações sem importância. Esse é o maior desafio da Era da Informação: criar uma
organização capaz de compartilhar o conhecimento. E é nesse enfoque que as redes são mais
valorizadas; ao mesmo tempo em que contribuem para o aprimoramento dos ativos
organizacionais, possibilitam que as organizações, distinguindo as características das redes e
valendo-se delas, tornem o compartilhamento mais profícuo.
Redes sempre pressupõem agrupamentos, são fenômenos coletivos, sua dinâmica implica
relacionamento de grupos, pessoas, organizações ou comunidades, denominados atores.
Possibilitam diversos tipos de relações, de trabalho, de estudo, de amizade, entre outras,
apesar de quase sempre passarem despercebidas.
Redes, durante quase todo o tempo, são estruturas invisíveis, informais, tácitas. Elas
perpassam os momentos da vida social, mas praticamente não se dão a ver – são o conjunto
de conexões ocultas, como diria Capra; ou a estrutura submersa, nas palavras de Alberto
Melucci. A noção de horizonte refere-se a essa incapacidade de se saber a extensão da rede
para além de certo ponto. Na prática social, cada uma das pessoas possui muitos círculos de
relacionamento, mas não sabe quantos eles são ou como identificá-los. Na verdade, as
pessoas, de modo geral, só veem a rede quando precisam dela. (COSTA, 2003, p. 69).
Como um espaço de interação, a rede possibilita, a cada conexão, contatos que proporcionam
diferentes informações, imprevisíveis e determinadas por um interesse que naquele momento
move a rede, contribuindo para a construção da sociedade e direcionando-a.
2.1. SOFTWARES SOCIAIS
Os softwares sociais são programas que funcionam como mediadores sociais e que
favorecem a criação de redes de relacionamentos através de espaços onde o usuário pode
juntar pessoas do seu círculo de relacionamentos, “conhecer outras que compartilhem os
mesmos interesses e discutir temas variados, construindo diferentes elos entre os “eus”
privado e público”, conforme descrição de Encarnação (1999). Vale salientar que estes
canais de comunicação e seus suportes tecnológicos, embora necessários para o
funcionamento das trocas comunicativas, não podem ser confundidos como sendo a própria
comunidade virtual. No ramo das redes sociais surgem os softwares sociais que funcionam
como um sistema orgânico que reúnem diversas comunidades virtuais.
Para fazer um reconhecimento deste campo emergente foi realizada uma análise cartográfica
de diferentes softwares sociais, entre eles: Orkut, Multiply, Wallop, SixDegrees, Berkzter,
Temansters, Wowfriends, Dotnode, Recomendado, Muvuca, Mell, 1grau, NetQI, Meu amigo,
Colegas, Hi5, Friendster, Stoodent, Kibop, Ilook, Tribe, Linkedin, Ezboard, Ecademy, Every
One’s, Icq Universe, Ryze, Pinoyster, Zorpia, Icufriends, Dogster, Catster, Mediaches,
Sexkut e Facebook.
Esses softwares sociais funcionam a partir do cadastramento de um usuário que convida
amigos ou outros usuários para participarem; esses, por sua vez, fazem o mesmo e, assim por
diante, formando uma rede de conhecidos entre si. Alguns desses sites só aceitam novos
associados mediante indicação, outros cobram pela utilização de alguns serviços. Cada
software destes desenvolve recursos e serviços diferentes para formar suas redes segundo
objetivos específicos.
A grande parte destes ambientes empregam recursos como: “pequeno blog onde pode deixar
impressões pessoais, álbum de fotos, galeria de amigos, comunidades das quais o usuário
pertence, correio, fóruns, destaque para os aniversariantes do mês na página inicial, alguns
utilizam-se de ferramentas de utilização síncronas como identificador de quem está
conectado naquele momento, com possibilidade de trocas de mensagens instantâneas, etc”
(FELINTO, 2002). Esses softwares se multiplicam a cada dia na Web, em contínuo
movimento de mudança, sendo a análise feita neste estudo no período específico de setembro
a dezembro de 2004.
As redes de relacionamentos virtuais visam impulsionar as relações humanas através da
tecnologia. Castells (2002, p. 445) apresenta uma análise sobre os múltiplos laços de
sociabilidade existentes nas comunidades virtuais, citando o trabalho do pesquisador e
sociólogo Barry Wellman sobre a classificação desses vínculos em fortes e fracos. Os laços
fracos existentes entre conhecidos distantes são considerados “úteis no fornecimento de
informações e na abertura de novas oportunidades a baixo custo”. Esses vínculos
cibernéticos transcendem a distância, a baixo custo, geralmente apresentam uma natureza
assíncrona, com propagação rápida da informação e favorecem afiliações múltiplas.
Segundo Martinho (2004), o potencial da rede está na capacidade de gerar conexão. Nas suas
próprias palavras:
A densidade da rede não está relacionada diretamente ao número de pontos que a
constituem, mas à quantidade de conexões que esses pontos estabelecem entre si. Esse é o
aspecto mais importante e parece provar que a capacidade da rede ultrapassa em muito a
mera soma de seus elementos.
Com o objetivo de verificar se existe uma relação sobre a densidade de conexões existentes
nas redes sociais virtuais, se aumenta ou diminui conforme a faixa etária, e como pode ser
utilizada neste trabalho, foi feita uma amostragem composta por usuários do Facebook e os
candidatos aos cargos executivos e legislativos nas eleições de 2012 na cidade de JuazeiroBA.
3. AS ENTREVISTAS
A inclusão das redes sociais, principalmente o Facebook, na campanha política da cidade de
Juazeiro-BA, foi levantada conforme o questionário apresentado no anexo I, onde discute-se
a funcionalidade deste sistema junto aos eleitores.
Com os dados do questionário do Anexo I, foi possível verificar que a maioria dos
entrevistados era do sexo feminino, que tinham concluído o ensino médio, tinham acesso
direto a Internet, seja em casa ou via telefone celular e obtinham informações sobre os
candidatos, seja através das redes sociais ou da mídia televisiva ( Vide Gráfico 1).
Sexo dos Eleitores
Feminino
90
Masculino
62
Gráfico1: Sexo dos eleitores
Fonte: questionário – Anexo I
A pesquisa foi realizada com 146 pessoas, residentes e domiciliadas nos diversos bairros da
cidade, no período compreendido entre 20 de setembro e 04 de outubro de 2012.
Uma porcentagem alta dos entrevistados, cerca de 92% possuem perfil dentro da rede social
Facebook e cerca de 68% tem perfil na rede social Orkut, sendo que destes, cerca de 80%
concordam que os candidatos devam possuir e divulgarem suas propostas pelas redes sociais,
não ficando unicamente restritos aos meios de comunicação audiovisuais (vide Gráfico 2).
Quais redes sociais possui Perfil
Não Possui
30
Outro
20
Facebook
Twiter
92
10
Orkut
Gráfico 2: Uso das redes sociais
Fonte: questionário – Anexo I
68
Aprova o uso das redes sociais como
veiculo de marketing
46
NÂO
100
SIM
Gráfico 3: Redes sociais e o marketing
Fonte: questionário – anexo I
A busca por informações dentro da rede sociais é bastante visível ao analisarmos os
questionários, visto que todos os entrevistados disseram buscar informações sobre política
nas redes sociais, email, blog ou mesmo site, seja da área de noticias ou dos próprios
partidos políticos e/ou candidatos (Vide Gráfico 3).
Possui acesso a Internet
26
NÃO
SIM
120
0
20
40
60
80
100
120
140
Gráfico 4: Acesso a internet
Fonte: questionário – Anexo I
“O acesso à internet, vem crescendo a cada ano no Brasil, isso decorre de uma melhora
econômica das famílias, assim como, das buscas por informações mais rápidas sobre
determinados assuntos” (COSTA, 2003, p. 74) (Vide Gráfico 4). Essa melhora,
principalmente na disponibilidade do acesso ao uso da internet cresce cada vez mais e
juntamente com isso vem a busca de informações mais precisas e coesas, obrigando, assim,
que os candidatos aos cargos públicos do executivo e legislativo, seja a nível municipal,
estadual ou federal, busquem melhorar e obter seus perfis próprios de candidato e após
eleitos esses perfis, nas redes sociais, sirvam para continuar informando a população sobre
suas tarefas como membro do aparato político público (Vide Gráfico 5).
Meios de informações sobre a Politica
local
Outros Meios
74
Site
32
Blog
46
E-Mail
16
Rede Social
54
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Gráfico 5: Informações da política
Fonte: questionário – anexo I
Na referida pesquisa, é visualizado a existência de um número maior de eleitores com um
grau de instrução mais elevado, ocasionando o que afirma Martinho (2004): “quanto maior o
grau de educação das pessoas, maior será o seu acesso a internet e busca por amigos dentro
dos seus perfis nas redes sociais”. Isso demanda, também, a dizer que, na referida pesquisa,
as pessoas estão buscando mais informações sobre os políticos dentro das redes sociais, por
consequência da existência de aproximadamente 89% dos entrevistados terem o ensino
médio completo ou terem ou estarem cursando uma universidade (Vide Gráfico 6).
Nivel de Escolaridade
36
Superior
92
Segundo Grau
18
Primeiro Grau
0
20
40
60
80
100
Gráfico 6: Escolaridade
Fonte: questionário – Anexo I
A existência de muitas pessoas terem um perfil nas redes sociais deve-se ao fato de, nos dias
atuais, muitas casas possuírem um computador para usufruto de toda a família, sendo,
portanto, um eletroeletrônico de inteira necessidade nos lares, tão importante quanto outros
eletrodomésticos, conforme Gráfico 7.
Acompanha noticias do
candidato pela internet
NÂO
60
SIM
86
Gráfico 7 : Noticias na internet
Fonte: questionário – anexo I
A difusão das empresas nacionais ou estaduais de telecomunicações em diversas empresas
privadas provocou a concorrência e, com isso, o acesso a internet melhorou bastante nos
primeiros anos do século XXI em quase todo o Brasil, principalmente na região do Vale do
São Francisco, onde situa-se a cidade de Juazeiro-BA (conforme Gráfico 8).
Meios de acesso a internet
Outros
16
Lan House
22
Tablet
4
Smartphone
18
Computador Pessoal
114
0
20
40
60
80
100
120
Gráfico 8: Local de acesso a internet
Fonte: questionário – Anexo I
4. DISCUSSÃO E TRABALHOS FUTUROS
A pesquisa sobre o uso de marketing dos políticos locais seria convencional se fosse usada
somente para o privilégio deste quando da situação em ser candidato ao cargo público na
forma de eleição. Sendo, assim, esse trabalho procurou visualizar uma nova forma de
marketing dos políticos e sua melhora no sentido de usar os novos meios de comunicação em
massa para, assim, poderem destacar os seus projetos políticos para os dias atuais e futuros.
Foi realizada uma pesquisa de campo com a aplicação de um questionário para eleitores e
candidatos aos cargos do legislativo na cidade de Juazeiro-BA, e com as respostas das 146
pessoas entrevistadas confeccionamos os gráficos e chegamos a conclusão que existe uma
mudança correlacionada ao nível de escolaridade dos eleitores atuais e que essa mudança
vem provocando a busca de mais informações sobre os políticos em diversos meios de
comunicação, sendo que aqueles meios que conseguem veicular essas informações mais
rápidas conseguem, com isso, aumentar sua audiência, além disso, o acesso a esses meios
melhora a cada dia e as empresas procuram está sempre buscando essas melhorias para não
perder seus clientes.
Assim os políticos procuram, também, não perderem seus eleitores e vão inovando em suas
campanhas, incluindo os novos meios de comunicação de massa, como os blog’s e
microblog’s, perfis em redes sociais, conforme o momento de cada rede. Além de veicular
noticias nos principais sites sobre politica na região onde exercem os seus mandatos ou
pretendem exercer seus mandatos.
Concluímos que parte da população local tem acesso a internet, principalmente por
computadores pessoais, em suas residências, e isso, vem a provocar um aumento na busca
por informações diversas na internet, sendo que durante a campanha eleitoral, grande parte
procura está sintonizada com as propostas apresentadas pelos candidatos que as colocam na
mídia da internet, seja em microblog´s, blog´s ou comunidades sociais.
Foi verificada também a existência de um uso maior da internet por pessoas que chegaram
aos estudos mais avançados, e que com isso, não procurando serem alienados na politica,
resolveram os seus futuros votos pelos candidatos que estavam também conectados junto aos
perfis nas redes sociais e que ali colocavam seus ideais e projetos futuros para serem
desenvolvidos quando da posse dos mesmos após as eleições.
Analisa-se com isso que todos devem evoluir, seja no social, econômico ou político, na
mesma forma como o mundo evolui na comunicação. Se hoje o sistema de redes sociais é a
base de informações sobre as ocorrências dentro da comunidade, seja, então fonte de
informações sobre a política local, regional e nacional.
Fica, então, o enlace de futuras pesquisas voltadas para o uso do marketing político através
das redes sociais em campanhas estaduais e nacionais, pois sempre existem eleições no
Brasil de dois em dois anos.
REFERÊNCIAS
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LÉVY, Pierre. A inteligência Coletiva – por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola,
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Paulo: Paz e Terra, 2004.
RHEINGOLD, Howard. La Comunidad Virtual: Uma Sociedade sin Fronteiras. Barcelona: Gedisa
Editorial,
Colécion
Limites
de
La
Ciência.
Disponível
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diversas
línguas
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http://www.rheingold.com/vc/book/, 2000.
SCHERER-WARREN, Ilse. Redes de Movimentos Sociais. São Paulo: Edições Loyola, 1993.