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MANUAL DO USUÁRIO DIGIPULSE ELETRÔNICA LTDA. (11) 4534-2665 Rua João Albino Gonçalves, 183 Jd. De Lucca – Itatiba – SP - CEP 13255-191 INTRODUÇÃO O FULL é um módulo que em carros turbinados gerencia por completo um sistema de injeção com duas bancadas de bicos, uma para fase aspirada e outra para fase turbo. Seus ajustes são muito básicos e diretos, não necessitando de programações prévias ou qualquer tipo de setup ou construções de mapas ou interpretações de gráficos. Basta apenas girar o potenciômetro referente ao ajuste. TABELA DE APLICAÇÃO Verifique a correta aplicação do seu Módulo FULL FASE ASPIRADA FASE TURBO MOTOR CILINDROS QTD. BICOS QTD. BICOS FULL 8MI 4 4 14 4 FULL 4X4 4 4 14 4 FULL 12MI 6 6 14 6 14 FULL 6X6 6 6 14 6 3 FULL 16MI 8 8 14 8 14 FULL 8X8 8 8 14 8 3 FULL ASPRO 4C 4 4 14 0 FULL ASPRO 6C 6 6 14 0 FULL ASPRO 8C 8 8 14 0 14 Bicos 14 Ω alta impedância Bicos 3 Ω baixa impedância Para variações dessas aplicações, consultar a DIGIPULSE. ATENÇÃO Devemos lembrar que um bico não é giclê de carburador que passamos uma broca e pronto, pensar dessa forma é um grande erro, devemos ter muito cuidado ao retrabalho de bicos injetores, prática muito utilizada atualmente. O bico injetor é uma válvula solenóide do tipo 1/off (aberto ou fechado), não existe meio termo. Quando alterando as constantes internas do bico e conseqüentemente seu funcionamento, podendo gerar situações inesperadas que só aparecem em certas freqüências de pulsações ou determinadas pressões de combustível. Sempre procurar um profissional capacitado para retrabalhar os bicos injetores. 2 FUNCIONAMENTO Sua lógica de funcionamento é o grande segredo do FULL, ele utiliza pequenos circuitos independente sendo que cada circuito realiza uma equação matemática com duas variáveis, sendo uma variável o sensor no motor e outra variável o ajuste do potenciômetro, no final uma equação maior compila todos os resultados e determina o T.I. naquele momento. A velocidade com que ele realiza esses cálculos é praticamente instantânea, ou seja, conforme os sensores vão variando, os resultados também variam linearmente no mesmo instante. A fase aspirada do motor é realizada por bicos originais ao motor. Independente da pressão de turbo no momento, a fase aspirada mantém o volume de combustível injetado com o seu maior T.I. segundo os ajustes realizados. A fase turbo é realizada por bicos suplementares de vazões especiais determinadas ao tipo e potência do motor em questão. Independente da fase aspirada, a fase turbo entra em funcionamento assim que o valor de pressão de turbo ultrapassar o valor regulado pelo ajuste Início, esse momento é sinalizado Por um led vermelho no painel do módulo. AJUSTES Ajuste Fase Aspirada Marcha Lenta: dosa a quantidade de combustível na marcha lenta, observando que a quantidade de ar deve ser ajustada manualmente no corpo de borboleta, como em carburadores. Dica Quando for iniciar os ajustes, deixe o potenciômetro da marcha lenta com 1/3 da abertura. Aceleração Rápida: faz a “rápida” do sistema como o injetor do carburador, quando se pisa rápido ao acelerador ocorre um acréscimo de injeção que varia em função da velocidade com que se pressiona o pedal, e a quantidade de combustível injetada é ajustada pelo potenciômetro da rápida. 3 Dica Quando for iniciar os ajustes, deixe o potenciômetro da rápida com 50% da abertura. Vácuo e ATM: o ajuste de vácuo tem uma atuação maior quando ocorre uma grande depressão no coletor, esse ajuste é o que mais se percebe em marcha lenta e cargas parciais, enquanto o ajuste de pressão atmosférica, atua mais quando ocorre pressão atmosférica no coletor e também quando começa um início de pressão, visto que ele atua até 0,5kg de pressão de turbo, esses dois ajustes trabalham em conjunto e realizam uma espécie de gangorra. Eles formam uma curva de mistura que vai desde a depressão máxima (marcha lenta) até o início da pressurização, o formato desta curva é determinado pelo ajuste dos dois potenciômetros. Com o carro em movimento o ajuste se torna muito simples e rápido, é fácil perceber onde a mistura empobrece e onde enriquece. Convém ressaltar a necessidade de um monitoramento de mistura (hallmeter). Dica Quando for ajustar pela primeira vez, deixe o potenciômetro do vácuo com 1/3 da abertura e o ajuste da pressão atmosférica totalmente aberto. Ajuste Fase Turbo Início: nesse ajuste você determina quando o bico começa a pulsar com relação à pressão. Para iniciar esse ajuste você poderá usar pressão atmosférica como base, para isso desconecte a mangueira de pressão do módulo afim de que o Sensor receba pressão atmosférica e com o motor ligado, vá girando o potenciômetro sentido anti-horário partindo da metade de seu curso. Gire até o bico começar a pulsar, nesse momento o bico estará pulsando com pressão atmosférica, é só retornar o ajuste alguns graus e reconectar a mangueira de pressão novamente. Lembrando que a leitura de pressão deverá vir do coletor de admissão na linha de vácuo. Para um acerto mais fino, é só realizar testes práticos com o carro, buscando o melhor ponto de entrada do bico. Lembrando que esse ajuste é somente de início de funcionamento do bico e não da quantidade de combustível injetada, tarefa que será realizada pela próxima etapa. Ajuste da Baixa e da Alta: o ajuste da BAIXA tem uma atuação maior quando a turbina começa a pressurizar e o motor começa a ganhar torque, nessa fase pode se enriquecer ou empobrecer a mistura nesse ajuste. O ajuste de ALTA tem uma atuação maior quando a pressão já estabilizou e o motor está em plena carga e deverá ser o último ajuste a ser conferido, visto que ele sofre alterações quando se altera a BAIXA. ATENÇÃO Sempre que for feito um ajuste na BAIXA, deve ser feita uma correção na ALTA, mas o inverso não ocorre, a ALTA não altera a BAIXA. 4 DICA Quando for ajustar pela primeira vez deixe o potenciômetro da BAIXA totalmente fechado e o da ALTA totalmente aberto. Lembre-se, toda vez que atuar na BAIXA deve-se corrigir a ALTA como uma gangorra. Por isso o último acerto terá que ser sempre da ALTA. Sempre atuar no potenciômetro de forma suave e movendo-o de grau em grau, não mova de forma brusca de um lado para outro pois ele é muito sensível. SUGESTÃO DE AJUSTES INICIAIS AJUSTES POSIÇÃO DO POTÊNCIOMETRO MARCHA LENTA 1/3 de volta ACELERAÇÃO RÁPIDA 1/2 de volta VÁCUO 1/3 de volta PRESSÃO ATM 1 volta INÍCIO Até apagar o led ALTA 1 volta BAIXA 0 volta 5 PROCEDIMENTO: Antes de iniciar os ajustes, certificar que todos os potenciomêtros estejam fechados (anti-horário). Girar cada potenciomêtro (sentido horário), segundo as recomendações da tabela de ajustes. IMPORTANTE: As sugestões dadas, são somente um ponto de partida e podem ou não estar próximo do acerto ideal. São ajustes que foram aceitos pela maioria dos motores testados, podendo sofrer variações conforme a preparação utilizada. Com o auxílio de um hallmeter consegue-se a mistura ideal em praticamente todos os motores e em todas as faixas de pressão de turbo. Verificar se a mistura não empobrece por falta de combustível e baixa vazão da linha, causada por dosadores e/ou bombas inadequados, caso contrário bicos a mais nada adiantarão. Bons resultados são conseguidos com pressão de linha igual a do sistema original. Existe uma relação entre a rotação do motor e o tempo que o bico necessita ficar aberto para que um determinado volume de combustível passe por ele, ou seja, com o aumento da rotação ocorre uma diminuição no tempo em que o bico pode ficar aberto, que é o intervalo entre uma aspiração e outra. Portanto não adianta ter um T.I. muito grande no bico sendo que o motor em altas rotações não dispõe desse tempo. SENSORES UTILIZADOS - Sensor MAP: utilizar Sensor Magneti Marelli da linha Gol MI 97, instalado diretamente no coletor de admissão, salvo casos especiais de módulos feitos sob encomenda. - Sensor TPS: utilizar o sensor original do corpo de borboleta. - Sensor Temperatura de água: utilizar o original um sensor em temperatura ambiente sua resisntência ôhmica esteja entre 2 a 3K Ligação do TPS: A ligação do sensor deve seguir os seguintes parâmetros: se considerarmos que o sensor TPS é um potenciômetro de três terminais, então devemos localizar o terminal de sinal que não significa que ele estará no centro físico em relação aos demais terminais. Mede-se o valor de tensão do fio laranja (sinal), com a chave de ignição ligada, deve-se acelerar e verificando se a tensão no fio laranja aumenta, se diminuir deve-se inverter entre o positivo e o negativo do sensor, a ligação estará correta quando ao se pressionar o acelerador a tensão no fio laranja (sinal) aumenta. TOMADA DE PRESSÃO A tomada de pressão deverá vir do coletor de admissão após a borboleta (vácuo) e não da pressurização, conectada ao sensor na parte traseira do módulo. Deve-se ter o cuidado de não deixar chegar combustível até o módulo por ligações que favoreçam a descida do líquido pela mangueira, se necessário fazer uma volta com a mangueira antes de conectar no módulo. Não utilizar mangueiras grossas e mangueiras que deformem com a pressão, que podem criar um retardo na leitura do sensor. Quanto menor o diâmetro interno da mangueira, melhor será a resposta do sensor. 6 INSTALAÇÃO ATENÇÃO Para a linha positiva que alimenta o módulo e os bicos, utilizar um relê universal (min. 30A), acionado pelo pós-chave (+15). Pode-se acrescentar um fusível (15A). VERIFICAR DIAGRAMA ELÉTRICO EM ANEXO O negativo deverá ser ligado diretamente na bateria, aumentando sua imunidade quanto a ruídos. Deverá ser utilizado um diâmetro de fio que suporte a corrente somada nos bicos instalados, na dúvida use pelo menos dois fios 1,5mm². O fio verde é o fio do sinal que faz o sincronismo do módulo com a rotação do motor. O sinal de rotação do motor poderá ser o pulso no negativo da bobina de ignição ou o sinal do sensor hall quando existir ou o sinal de tacômetro. Quando houver booster de ignição tipo MSD nunca ligar o sinal de RPM (verde) no negativo da bobina, utilizar a saída exclusiva para tacômetro (TAC). 7 VALORES DE TENSÃO FIO ORIGEM BRANCO TPS LARANJA TPS LARANJA TPS MARROM MAP CINZA MAP AMARELO ÁGUA VIOLETA INJETOR AZUL INJETOR VERDE RPM VERMELHO RELÉ PRETO TERRA IGNIÇÃO LIGADA (MOTOR PARADO) * somente quando o sinal de rotação vier do negativo da bobina de ignição As tensões são medidas diretamente no conector do Módulo FULL. Se os valores lidos não conferem com os valores da tabela acima, consulte as páginas “Solucionando Problemas”. 8 SOLUCIONANDO PROBLEMAS Item 1 Na partida o motor funciona? Item 2 O motor apresenta condições de marcha lenta? Item 3 O motor apresenta condições de aceleração rápida? Item 4 Ao tentar sair com o veículo, o motor apresenta torque suficiente? Item 5 Com a entrada do turbo, o motor apresenta mistura de combustível satisfatória? Sim Item 2 Não Item 6 Sim Item 3 Não Item 10 Sim Item 4 Não Item 10 Sim Item 5 Não Item 10 Sim Item 6 Não Item 13 Item 6 Com um multímetro na escala 20vdc e com a chave de ignição ligada, verificar a chegada de alimentação (12v) no positivo (fio vermelho) do MÓDULO FULL e no positivo dos bicos. Existe alimentação? Não Sim Item 7 9 - Com multímetro na escala 20vdc . - Chave de ingnição ligada. - Verificar a alimentação nos sensores: • MAP 5v (fio marrom) • TPS 9v (fio branco) Não Examinar chicote entre o MÓDULO FULL e os sensores e mal contato dos conectores. Existe alimentação? Sim Item 8 Com uma ponta de prova verificar durante a partida a presença de pulso do sinal de rotação no fio verde do MÓDULO FULL. Não Existe sinal? Sim - Examinar chicote. - Verificar se o sinal de RPM provém do: • negativo da bobina de ignição. • saída para tacômetro. • sensor HALL. Item 9 NOTA: Quando houver booster de ignição tipo MSD nunca ligar o sinal de RPM (verde) no negativo da bobina, utilizar a saída exclusiva para tacômetro. - Com uma ponta de prova. - Verificar durante a partida. - No negativo do bico (fio violeta) Verificar se existe sinal de pulso no bico. O bico pulsa? Não Sim - Se o bico fica totalmente aberto, examinar mau contato entre o MÓDULO FULL e o sensor de temperatura de água. - Se não existir sinal de pulso contatar suporte técnico DIGIPULSE. Item 9 10 - Com multímetro na escala 20vdc. - No conector do MÓDULO FULL. -O retorno do sinal do MAP (fio cinza). Deverá estar entre 3,5v a 4,0v. Não Sim - Mau contato no conector e/ou chicote do sensor MAP. - Sensor danificado. Item 11 NOTA: Sensor MAP Magneti Marelli da linha Gol Mi 97 - Com multímetro na escala 20vdc. Não - No conector de MÓDULO FULL. - O retorno do sinal do TPS (fio laranja). Deverá ser: • de 1 a 4v (pedal em descanso) • de 6 a 9v (pedal totalmente pressionado) Verificar posicionamento dos botões de ajuste segundo recomendação do manual de instruções. Problema Solucionado? Sim Item 12 Não Contatar suporte técnico DIGIPULSE. - Com o motor ligado. Sim - Colocar os ajustes alta e baixa totalmente abertos (sentido horário). - Colocar o ajuste início totalmente fechado (sentido anti-horário). O motor apresentou alterações no funcionamento? Não Item 14 Item 15 11 - Verificar a vazão e a equalização correta dos injetores suplementares. - Verificar a qualidade e a capacidade da linha de combustível. - Tentar novos ajustes no MÓDULO Não FULL. Problema solucionado? Contatar suporte técnico DIGIPULSE. Não - Examinar chicote dos bicos suplementares - Examinar mau contato no conector do bico Sim Item 16 - Com uma ponta de prova. - Com os ajustes posicionado segundo item 3. - Como motor ligado. - Verificar no negativo do bico (fio azul). Não Contatar suporte técnico DIGIPULSE. Existe sinal de pulso de bico? Sim Item 14 - Com um multímetro na escala 20vdc. - Com a chave de ignição ligada. - Verificar no positivo do bico. Existe alimentação positiva da bateria? 12