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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DE UM AUTOMÓVEL A PARTIR DO REGISTO SONORO DA ACELERAÇÃO DOS 0 AOS 100 Km.h-1 João Paulo M. D. Pinto Dezembro 2003 DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA DE UM AUTOMÓVEL A PARTIR DO REGISTO SONORO DA ACELERAÇÃO DOS 0 AOS 100 Km.h-1 por: João Paulo Marques Dias Pinto 1 Sumário Neste trabalho determinou-se a potência de um automóvel a partir da análise de uma gravação sonora de um ensaio de aceleração real de 0 a 100 Km/h. Nele fez-se recurso a uma análise baseada num algoritmo de transformação rápida de fourier (FFT – Fast Fourier Transform) para analisar o sinal sonoro e, a partir desta análise, efectuou-se uma outra energético-cinemática para determinar a potência à roda do veículo. A análise efectuada envolveu programas como o Excel, Matlab, Fortran e Tecplot. 2 Especificações da viatura O automóvel ensaiado foi o Nissan Micra cujas características técnicas relevantes a este trabalho se apresentam a seguir [1]. 2.1 Motorização: Designação Tipo de combustível Cilindrada (cm3) Nº de cilindros, configuração Válvulas por cilindro Potência máxima (kW (cv) /rpm) Binário máximo (N.m)/rpm) 1.2 Gasolina sem chumbo 1240 4, em linha 4 59(80)/5200 110/3600 2.2 Consumos: Combustível Ciclo urbano (l/100 km) Extra-urbano (l/100km) Combinado (l/100km) Gasolina sem chumbo 7.4 5.1 5.9 2.3 Transmissão: Transmissão Tracção Caixa de velocidades Relação de transmissão Relação de transmissão Relação de transmissão Relação de transmissão Relação de transmissão Relação de transmissão Relação final 2.4 Rodas: – – – – – – 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª M.A. 5 velocidades Dianteira Manual 3.727 2.048 1.393 1.029 0.821 3.546 4.067 Jantes Pneus 15x5.5JJ 175/60R15 2.5 Capacidades: Capacidade de bagagem mín. VDA (litros) Capacidade de bagagem máx. VDA (litros) Bancos Tr. rebatidos VDA (litros) Lotação (nº de lugares) 251 371 584 5 2.6 Performances: Velocidade máxima (km/h) Aceleração 0 – 100 km/h (s) Diâmetro de viragem (m) 167 13.9 9.2 2.7 Dimensões e massas: Comprimento total (mm) Largura total (mm) Altura total (mm) Distância entre eixos (mm) Diâmetro de viragem entre passeios (m) Peso bruto (Kg) Tara (Kg) Carga útil (Kg) 3715 1660 1540 2430 9.2 1475 980-1040 495 3 Condições do ensaio O ensaio consistiu na aceleração, a partir do repouso, do veículo até se atingir os 100 Km.h-1. Esta velocidade foi determinada experimentalmente com um velocímetro munido de um aviso sonoro calibrado para a referida velocidade. Este ensaio decorreu numa estrada de asfalto a uma altitude de 30m do nível do mar com inclinação insignificante, e por isso, aqui desprezada. Admitiu-se uma temperatura ambiente de 27ºC. Admitiu-se ainda que: - o automóvel carregava 2 ocupantes de 75Kg; - no início do ensaio o depósito de gasolina estava a meio nível; - a gasolina sem chumbo de 95 octanas utilizada tinha, presumivelmente, uma densidade média de 0,747285556 g.cm-3 com um desvio padrão de 0,000673352 g.cm-3 [5] 4 Metodologia de cálculo Analisando o registo sonoro determinaram-se as frequências das explosões nas câmaras de combustão do motor ao longo do ensaio. Com estas frequências, e sabendo qual o tipo de motor do automóvel, calculou-se a frequência de rotação do motor. Se desprezarmos os instantes em que a embraiagem é utilizada podemos saber a velocidade a que a viatura se está a deslocar, através da relação da velocidade de rotação do motor, da relação de transmissão e do diâmetro da roda. Para calcular a potência (N.m.s-1) basta multiplicar esta velocidade pela força de resistência que o motor tem de vencer. A força de resistência, neste ensaio, pode-se decompor em: - Arrasto aerodinâmico; Atrito de rolamento; Inércia; Atritos internos (na transmissão, atrito de deslizamento, etc.). Neste trabalho esta última foi desprezada face às ordens de grandeza previstas. 5 Análise sonora A análise do registo sonoro do ensaio é, como se identifica no tópico anterior, o primeiro passo na determinação da potência. O registo sonoro é, muito simplesmente, a variação das ondas de pressão ao longo do ensaio. Estas ondas caracterizam-se pelas suas frequências e amplitudes. A análise sonora efectuada visou determinar as frequências e amplitudes deste registo e escolher as que nos indicavam o batimento dos pistões dentro do motor. Figura 5.1a – registo sonoro do ensaio de aceleração Figura 5.1b – registo sonoro do ensaio de aceleração (Plot freq – tempo - freq) Figura 5.1c – registo sonoro do ensaio de aceleração (Plot amplitude – tempo - freq) Figura 5.1d – registo sonoro do ensaio de aceleração (Plot freq – amplitude - freq) As frequências e amplitudes do sinal sonoro foram determinadas através de um algoritmo de transformação rápida de Fourier (FFT). A transformada de fourier é uma generalização da série de fourier, definida por [2]: A explicação do modo de funcionamento deste método encontra-se fora do âmbito deste trabalho, embora o autor tenha feito uso extensivo do mesmo. Refira-se apenas a título de curiosidade que, visto este método ser uma generalização da série de fourier, apenas se aplica a funções contínuas e aperiódicas, contudo o uso de funções de impulsos permite o uso de sinais discretos. Em linhas gerais, este método permitiu transformar uma sequência de pontos, representados no registo sonoro a uma frequência de 44100Hz, numa soma de funções periódicas, sin e cos. onde a e b são a parte real e complexa, respectivamente, obtida pelo FFT; e n é um número par que vai desde 0 ao nº de pontos da amostra. Analisando esta função reparamos que é apenas uma soma de funções, varrendo toda a gama de frequências e combinando diversas amplitudes. Esta função F(x) é o nosso sinal sonoro, representado não de maneira discreta mas contínua. Em cada um dos termos do somatório obtemos, para cada frequência (n.π.x), uma determinada amplitude máxima da onda dada por G ( x ) = a . sin ( x ) + b . cos ( x ) fazendo dG/dx = 0 a . cos ( x ) = b . sin (x ) tg ( x ) = a / b x = tg-1 ( a / b ) substituindo em G ( x ) obtém-se Gmáx = a . sin (tg-1 ( a / b ) ) + b . cos (tg-1 ( a / b )) Figura 5.2 – espectograma global do registo sonoro do ensaio Na figura 5.2 mostra-se o espectograma obtido para o registo Nele se salienta as elevadas frequências existentes no sinal. De pode conter frequências que podem até chegar ao infinito aceitável de analisar o sinal é considerar apenas ½ da frequência do som do ensaio. facto, um sinal real [2]. Uma maneira de amostragem. Neste caso foi considerada uma frequência de amostragem de 8192Hz (213), assim frequências acima de 4096Hz serão consideradas ruído. Por outro lado, visto o motor do automóvel objecto deste estudo estar limitado de 1000 r.p.m. a 10000 r.p.m. frequências fora desta gama também não precisam de ser consideradas. A figura 5.3 apresenta o espectograma que irá ser analisado. Tendo retirado as frequências e amplitudes ao sinal original, resta-nos identificar o motor do veículo. Este será o responsável por grande parte do som gravado, assim as frequências às quais correspondem maiores amplitudes serão produzidas pelas explosões no nosso motor. Esta metodologia não é assim tão linear na prática pois, como se pode constatar na figura 5.3, existe uma série de curvas mais ou menos paralelas, todas elas com uma configuração aproximada à curva do nosso motor, a que correspondem frequências de rotação de diversos componentes do motor. É assim necessário usar filtros, para que o sinal que se pretende extrair não se confunda com os outros. A figura 5.4 mostra o resultado obtido após o uso de um filtro de banda entre 100 e 300 Hz. A figura 5.5 apresenta a curva após a aplicação de filtros que a acompanham. Pretendeu-se com este tipo de filtro excluir os pontos que na figura 5.4 estavam em outro “nível de frequências”. Figura 5.3 – espectograma do registo sonoro do ensaio para frequências até 900 Hz Figura 5.4 – espectrograma de frequências após um filtro de banda Figura 5.5 – espectograma de frequências após vários filtros de banda A curva obtida e apresentada na figura 5.5 será a curva que deveria ser considerada para o restante trabalho. Contudo, e porque o resultado final está intimamente ligado à variação de frequência das explosões no motor como se mostra num outro capítulo, não nos convém usar directamente esta curva, devido à sua natureza oscilatória, mas uma outra obtida a partir da 1ª usando médias móveis centradas de 3º grau (figura 5.6). Por outro lado ir-se-á analisar também uma “curva” composta por uma sequência de segmentos de recta retirados visualmente do plot frequência-tempo, a razão para tal prende-se com a forte dependência da potência com a aceleração. A análise do registo sonoro termina aqui, após se obter a frequência das explosões nas câmaras de explosão do motor. Seguidamente ir-se-á relacionar esta frequência com outras grandezas, como a rotação do motor, a velocidade da viatura, as forças de arrasto e impulsão e finalmente a potência do veículo. Figura 5.6 – frequências filtradas 6 Análise dinâmica Seguidamente iremos efectuar uma análise dinâmica de algumas variáveis para, como explicado no capítulo 4, calcular a potência. 6.1 Velocidade linear do automóvel 6.1.1 Velocidade de rotação do motor O automóvel que se está a testar tem um motor de 4 tempos e 4 cilindros. Isto quer dizer que em cada rotação do motor irão existir 2 instantes em que ocorrerão explosões nas câmaras de combustão. Assim podemos calcular a velocidade de rotação do motor Wm = Fq . 60 / 2 onde Wm – velocidade de rotação do motor, em rotações por minuto [r.p.m.] Fq – frequência de explosões nas câmaras de combustão do motor, calculada no capítulo 5, em [Hz] Figura 6.1.1.1 – velocidade de rotação do motor 6.1.2 Velocidade de rotação da roda Sabendo a velocidade de rotação do motor e relacionando-a com a relação de caixa obtemos a velocidade de rotação da roda. Wr = Wm / rel Sendo rel dado por rel = relcaixa . reldiferencial Se admitirmos que a relação de transmissão varia em função do tempo segundo a tabela 6.1.2.1 e fazendo rel = 0 para os intervalos onde a embraiagem está a ser pressionada obtemos a curva representada na figura 6.1.2.1. Tempo [s] < 2.1362 2.1362 - 4.3654 4.3654 - 7.709 7.7090 - 9.1951 > 9.1951 Relação de caixa 3.727 0 2.048 0 1.393 Mudança 1ª Embraiagem 2ª Embraiagem 3ª Tabela 6.1.2.1 – relação de transmissão Figura 6.1.2.1 – velocidade de rotação da roda 6.1.3 Velocidade linear do automóvel Sabendo a velocidade de rotação e o diâmetro da roda, é fácil determinar a velocidade linear do automóvel. Visto o centro de rotação ser o contacto pneu – estrada, ao admitir-mos que este contacto se dará ao longo de em segmento de recta a velocidade será V = ( Wr. Dpneu )/ (60 . 1000 / π) 6.1.3.1 O denominador é apenas um factor de conversão de unidades para V se apresentar em [m.s-1]. Este automóvel vem de série com o pneu [1] 175/60R15 assim, por [3] o diâmetro da roda é dado por Hparede = 175 . 0,60 Hparede = 105 Djante = 15 . 25,4 Djante = 381 Dpneu = 2 . Hparede + Djante Dpneu = 591 As dimensões anteriores são todas em [mm] e adquirem o significado atribuído pela figura 6.1.3.1. Figura 6.1.3.1 – grandezas geométricas do pneu Na realidade o cálculo do diâmetro do pneu é um pouco mais complexo do que anteriormente exposto. Essa complexidade advém da natureza elástica do pneu. Assim, o Hparede não é igual na parte que contacta com a estrada e no restante pneu. No cálculo do diâmetro da roda isto reflecte-se numa diminuição deste termo, diminuição esta que dependerá não apenas da pressão interior no pneu mas também da carga suportada pela roda e pela área de contacto pneu – estrada. O cálculo de Dpneu passa então a efectuar-se através de um coeficiente de correcção, α, cujo sentido físico será a quantidade que Hparede é reduzida no contacto com a estrada, nas mesmas unidades: mm. Dpneu = Hparede + (Hparede - α ) + Djante 6.1.3.2 Neste caso iremos admitir que α = 20 assim Dpneu = 571 A figura 6.1.3.2 mostra a evolução da velocidade do automóvel ao longo do ensaio, com base no cálculo anteriormente descrito. Figura 6.1.3.2 – velocidade do automóvel ao longo do ensaio 6.2 Análise de forças No seu movimento um automóvel está sujeito a diversas forças. As mais relevantes a este trabalho devido ás suas ordens de grandeza relativas são: - Arrasto aerodinâmico; - Atrito de rolamento; - Inércia. É ao cálculo destas forças que os capítulos seguintes se irão debruçar. 6.2.1 Arrasto aerodinâmico O arrasto aerodinâmico é dado por Faer = ½ . cd . Af . ρ . V2 A área frontal do veículo foi calculada integrando o contorno da projecção do automóvel num plano vertical e frontal a si mesmo. A projecção e o referido contorno mostram-se na figura 6.2.1.1. A área obtida é Af = 2.229922 m2 Figura 6.2.1.1 – Vista frontal do automóvel A densidade do ar foi estimada tendo em atenção a altitude e a temperatura do local do ensaio através da relação com vem ρ = ( 288,.16 / T ) . 10 ( - h / 18000 ) . 1,2255 T = 17ºC = 290,15 K h = 30 m ρ = 1.21243 Kg.m-3 Considerando por aproximação Cd = 0.3 Obtemos a curva da figura 6.2.1.2 Figura 6.2.1.2 – Força de arrasto aerodinâmico 6.2.2 Atrito de rolamento O atrito de rolamento é uma força que tem origem na interface pneu – estrada. Quanto maior for a área deformada no pneu ou a velocidade, maior será a força de arrasto, contudo esta relação não é bem definida. Para contornar este problema, na prática usam-se relações empíricas como a dada por Fr = ηr . m . g Em que o ηr é um parâmetro adimensional que para pneus radiais é dado pela curva da figura 6.2.2.1 [4]. Este parâmetro é função do tipo de construção e do tamanho do pneu, da geometria do eixo, da velocidade, se os pneus fazem parte de rodas motrizes ou não etc.. Figura 6.2.2.1 – coeficiente de rolamento em função da velocidade para pneus radiais [4] A força de atrito de rolamento calculada para o ensaio em estudo apresenta-se na figura 6.2.2.2. Figura 6.2.2.2 – força de atrito de rolamento 6.2.3 Inércia A força de inércia define-se como a força de oposição à alteração de um determinado estado de equilíbrio. Calcula-se por Fi = m . dV/dt onde Fi – força de inércia m – massa A figura 6.2.3.1 mostra a representação gráfica de dV/dt calculada por dV/dt = ( V2 - V1 ) / ( t2 – t1 ) O cálculo da massa efectua-se englobando não só a massa do próprio veículo mas também as dos ocupantes, da bagagem e do combustível. Tara Ocupantes Bagagem Combustível Total Kg 1040 2 x 75 10 F(x) 1200 Tabela 6.2.3.1 – massa do veículo Na tabela 6.2.3.1 a massa do combustível é função da distância percorrida pela viatura. Considerando que - o o o a automóvel consome 7,4l/100Km depósito de combustível tem capacidade para 22l depósito está cheio a metade da sua capacidade máxima gasolina consumida tem uma densidade média de 0,747285556 g.cm-3 obtemos a figura 6.2.3.2. Figura 6.2.3.1 – evolução da aceleração Figura 6.2.3.2 – evolução da massa de combustível no depósito Com os dados calculados anteriormente chegamos à força de inércia, figura 6.2.3.3. Figura 6.2.3.3 – Força de inércia 6.3 Potência Completando o raciocínio apresentado no capítulo referente à metodologia – Capítulo 4 – calcularemos a potência através de P = Ft x V Assim, somando as forças calculadas anteriormente (rolamento, aerodinâmica e inércia) obtemos a figura 6.3.1, onde a potência máxima corresponde ao valor referenciado pelo fabricante [1] (capítulo 2.1). Convém salientar que esta potência é indicada para as 5200 rpm. Figura 6.3.1 – Força total A potência apresenta-se na figura 6.3.2 Figura 6.3.2 – Potência 7. Resultados 7.1. Resultados da simulação tipo Para as condições referidas nos capítulos anteriores (simulação tipo) a potência apresenta-se na figura 6.3.2. Estes resultados foram obtidos a partir de grandezas estimadas, daí a disparidade dos valores obtidos e da potência máxima apresentada pelo fabricante. Para tentar perceber a influência de alguns dos factores intervenientes no cálculo da potência iremos efectuar novas simulações alterando alguns parâmetros. Os factores a estudar são: Massa: Massa total do veículo Massa inicial do depósito de combustível Consumo de combustível Densidade do combustível Coeficiente de Arrasto (Cd) Área frontal Diâmetro da roda Densidade do ar atmosférico Da figura 6.3.2. observamos que a potência estimada, em certos pontos, excede em 15% o valor máximo referenciado pelo fabricante. Ao aumentarmos a força resistente, mantendo os valores de velocidade, e por conseguinte de aceleração, estamos a requerer uma potência maior do motor. Potência essa que é a calculada e apresentada na figura 6.3.2.. Isto pode indicar que, estamos a sobrestimar algum/ns dos parâmetros referidos acima como as massas, as densidades, a área frontal do automóvel, o diâmetro da roda ou o coeficiente de arrasto; ou, por outro lado subestimar o consumo de combustível. Tendo uma ideia dos valores, das importâncias relativas e das grandezas que foram estimadas com menor exactidão elegeram-se a massa total do veículo, o coeficiente de Arrasto e o diâmetro da roda para posterior análise. Assim, reduzindo a tara do veículo de 1040 para 980 Kg obtemos os resultados apresentados na figura 7.1.1 que constituem uma redução de 7,58% relativamente aos resultados apresentados na figura 6.3.2. Reduzindo o coeficiente de arrasto de 0,3 para 0,2 após a redução da tara obtemos a figura 7.1.2 em que se nota uma redução de 6,8% no valor da potência relativamente aos resultados apresentados na figura 7.1.1. Este exemplo de redução da tara seguido da redução do coeficiente de arrasto levou a uma redução total de 13,89% ao valor inicial da potência. Daqui de salienta a sensibilidade do cálculo da potência a estes factores. A variação do diâmetro da roda irá criar uma nova situação que irá ser explorada no sub capítulo seguinte. Figura 7.1.1 – Potência calculada reduzindo a tara do veículo Figura 7.1.2 – Potência calculada reduzindo a tara do veículo e o coeficiente de arrasto 7.2. Resultados da simulação “calibrada” Chegado a este ponto, elaborámos e testámos uma metodologia que nos permite atingir o fim a que nos propusemos inicialmente. Para melhor a podermos testar teríamos que dispor de dados mais exactos do ensaio realizado. Como não os dispomos podemos contornar este problema calibrando uma grandeza chave na nossa metodologia. Ao ouvir o registo sonoro do ensaio reparamos que no local existe um dispositivo sensor que assinala com um aviso sonoro quando a viatura atinge os 100Km.h-1. Até este ponto, em toda a simulação que foi realizada, ainda não usámos esse dado. Neste momento, e na sequência desta discussão, a pergunta que se impõe é: Será que os 100 Km.h-1 são atingidos ao mesmo tempo, na simulação tipo e na sinalização do sensor? A resposta a esta questão é simplesmente: não. Enquanto que o sensor in-loco assinala 100Km.h-1 entre os 12 e os 13 segundos, a simulação tipo atinge o mesmo valor pouco depois dos 10 segundos. Assim, iremos utilizar este sensor para “calibrar” o valor da velocidade calculada. No cálculo da velocidade (capítulo 6.1 em especial o capítulo 6.1.3) uma grandeza determinante e que passa um pouco despercebida é o diâmetro da roda, e uma grandeza derivada desta: a distância entre o centro da roda e o centro de rolamento; dada, ainda que não directamente, através da equação 6.1.3.2. Ao efectuarmos a simulação tipo usámos um valor stock para esta grandeza. Conhecendo o pneu de série e afectando de um coeficiente de amortecimento na interface pneu-estrada conseguimos assim obter um valor de velocidade linear do automóvel. Para “calibrar” o valor da simulação fez-se variar o valor do diâmetro efectivo da roda até que a velocidade de referência (100 Km.h-1) fosse atingida aproximadamente entre os 12 e os 13 segundos. O valor encontrado é: Dpneu = 510 O que indicaria um coeficiente de redução do diâmetro do pneu de α = 80 Este valor é, possivelmente (pois não temos dados experimentais), algo elevado contudo muito possivelmente estará a “suportar” outras imprecisões como o pneu não estar correctamente cheio por exemplo ou a própria extracção das frequências do registo sonoro. A figura 7.2.1 mostra a velocidade calculada, previamente “calibrada” com a marcação da indicação do sensor. Considerando uma tara máxima igual ao valor mínimo referido pelo fabricante e uma carga estimada referida na tabela 6.2.3.1 mantendo os restantes pressupostos da simulação tipo obteve-se a figura 7.2.2 onde as médias centradas são de 3º gráu. Figura 7.2.1 – velocidade “calibrada” Figura 7.2.2 – potência “calibrada” 8. Análise de resultados e conclusões Os resultados obtidos são animadores, tendo em conta que não se teve acesso a valores fidedignos de muitas das variáveis em jogo. Ainda assim, no capítulo 7 tenta-se mostrar o efeito e a importância da variação de alguns destes parâmetros. Nesse capítulo efectua-se também uma “calibração” que se revela bastante realista. Depois de filtrar o sinal de frequência extraído do registo sonoro e aplicar médias centradas a este registo conseguiu-se calcular um valor da potência que se aproxima do valor de referência fornecido pelo fabricante. A curva de potência calculada desta maneira apresenta picos que poderão ser desprezados, contudo temos de perceber as implicações deste acto. Os picos referidos no parágrafo anterior ocorrem devido à oscilação de frequência captada no sinal original. De facto, foi devido a esta dependência tão importante que se aplicou médias centradas ao sinal filtrado. Com as médias centradas tentou-se suavizar o sinal extraído do registo sonoro, evitando situações de acelerações “infinitas”. Uma maneira de tentar evitar estes picos será aumentar a abrangência das médias centradas, com a perda de informação que isso acarreta. Ao desprezarmos os picos sem actualizar a restante informação nos gráficos de potência estamos a cometer um grave erro. A razão deste erro encontra-se dissimulada no cálculo da potência. Reportemo-nos à figura 6.1.1.1 e centremos a nossa atenção no último troço da curva a azul. Esta figura mostra a variação de velocidade, mostra também através do declive da referida curva a aceleração. É fácil perceber que ao desprezarmos um dos picos da figura 6.3.2 estamos a alterar todas as velocidades que se sucedem, pois não estamos a desprezar directamente o valor da velocidade mas da aceleração. Como o cálculo efectuado é no sentido de, a partir das frequências calcular a pressão através da aceleração entre outras grandezas, e não no inverso, ao desprezarmos os picos da figura 6.3.2 estamos a tirar o valor da aceleração que equilibra a velocidade. Repare-se que na figura 6.1.1.1 a velocidade apresenta um perfil em serra, subindo para logo em seguida descer e voltar a compensar com outra subida. Desta análise justifica-se a necessidade de aumentar a abrangência das médias centradas, tentando assim reduzir este perfil em serra. A título de exemplo realizaram-se simulações com diversas abrangências das médias centradas: abrangência 1 (equivalente a não se usar as médias centradas) abrangência 3 abrangência 5 Os resultados apresentam-se nas figuras 8.1 e 8.2. Destas figuras é fácil concluir, mais uma vez, que uma boa suavização da curva inicial da frequência é fundamental. Mais ainda conclui-se que se for efectuada, a suavização leva a valores de potência potencialmente tão bons ou melhores que a curva média traçada visualmente no plot de frequências. A técnica das médias centradas leva a uma perda significativa de informação, como se constata nas figuras 8.1 e 8.2 proporcional ao nível se suavização efectuada. Para evitar esta perda de informação poder-se-iam aplicar outros métodos. Ao identificarmos visualmente a evolução das frequências ao longo do registo sonoro na figura 5.4 com uma sequência de segmentos de recta estamos automaticamente a forçar os resultados a terem uma aceleração sem os picos referidos nos parágrafos anteriores. Daí surge uma maior precisão. Figura 8.1 – sobreposição na figura 6.3.2 de diversas abrangências das médias centradas (repetindo pontos no cálculo das médias) da frequência para as condições da referida figura Figura 8.2 – sobreposição na figura 6.3.2 de diversas abrangências das médias centradas (não repetindo pontos no cálculo das médias) da frequência para as condições da referida figura Com este trabalho conclui-se que a potência da viatura ensaiada e cujo registo sonoro se analisou está dentro da ordem de grandezas que o fabricante anuncia para o modelo. Para resultados mais precisos teria que se conhecer melhor as condições em que o ensaio foi realizado. Conclui-se também que com o sinal extraído, filtrado e suavizado do registo sonoro se obtém valores realistas para a potência, contudo tem que se ter particular atenção à suavização do sinal pois influencia determinantemente o cálculo da mesma. Por outro lado, definir segmentos de recta que aproximem o sinal é uma boa aproximação que dispensa os cuidados e complexidade que a extracção directa do sinal sonoro exige. Por fim, convém ainda referir que os resultados imediatamente antes e imediatamente depois das passagens de caixa contêm um erro devido à utilização da embraiagem. Esta fonte de erro poderia ser minimizada adoptando uma curva de correcção da influência do escorregamento na embraiagem, contudo devido à escassez de dados experimentais e da imprecisão que ainda assim resultaria desse esforço tal não foi realizado. 9. Código fonte ( Matlab ) clear all % dados % MASSA % inicial do deposito massai=9.46; % total do carro sem combustivel massatot=1200; %REDLINE red=6500; % diametro da roda: dr=0.571; %GASOLINA consumo=7.4; densgas=0.747285556; %CONDIÇOES DO ENSAIO ro=1.21243; %GEOMETRIA Af=2.229922; Cd=0.3; % leitura do registo sonoro ficheiro='test.wav'; % atencao 2 exp numero dt=8192; som = wavread(ficheiro); %faz play ao ficheiro de som %soundsc(som,44100); somall=som; dtr=dt/44100; v=0; menor=1; maior=1; xxa=(1:length(somall))/44100; mark=1; for i=1:(length(somall))/dt tempo=(i*dt-(dt/2))/44100; v=v+1; menor=maior; maior=menor+dt; som = somall(menor:maior); xx=(menor:maior)/44100; % fast fourier transform (FFT) N = length(som); espaco = linspace(-pi, pi, N); X = fft(som); Xs = fftshift(X); display(tempo); ima=-imag(X); rea=real(X); xxx=1:length(ima)-1; N=length(ima); max= length(ima)-1; % frequency - amplitude contents of signal % 1 - amplitude % 2 - freq cont_cos(:,1)=ima/length(ima); cont_sin(:,1)=rea/length(ima); content(:,1)=abs(cont_cos(:,1)+cont_sin(:,1)); ga(:,i)=content(:,1); aux=1:length(ima); aux=aux-1; cont_cos(:,2)=aux'; aux=1:length(rea); aux=aux-1; cont_sin(:,2)=aux'; cont_cos(:,2)=cont_cos(:,2)*2*pi; cont_sin(:,2)=cont_sin(:,2)*2*pi; content(:,2)=cont_cos(:,2); gf=cont_cos(:,2); cont=sortrows(content,1); choi=cont(length(cont),2); achoi=cont(length(cont),1); delt=20; lim1=300; lim2=100; if and(tempo>0,tempo<2) x1=0.09; y1=131; x2=2.1; y2=245; a=(y2-y1)/(x2-x1); b=y1-a*x1; lim1=a*tempo+b+delt; lim2=a*tempo+b-delt; s(1)=x1; s(2)=x2; ss(1)=y1; ss(2)=y2; end if and(tempo>2,tempo<2.89) x1=2.1; y1=245; x2=2.8793; y2=201.06; a=(y2-y1)/(x2-x1); b=y1-a*x1; lim1=a*tempo+b+delt; lim2=a*tempo+b-delt; s(3)=x2; ss(3)=y2; end if and(tempo>3.6223,tempo<6.23) x1=3.6223; y1=163.36; x2=6.2229; y2=219.91; a=(y2-y1)/(x2-x1); b=y1-a*x1; lim1=a*tempo+b+delt-5; lim2=a*tempo+b-delt+5; s(4)=x1; ss(4)=y1; s(5)=x2; ss(5)=y2; end if (tempo>9.0093) x1=9.0093; y1=163.36; x2=11.61; y2=194.78; a=(y2-y1)/(x2-x1); b=y1-a*x1; lim1=a*tempo+b+delt-5; lim2=a*tempo+b-delt+5; s(6)=x1; ss(6)=y1; s(7)=x2; ss(7)=y2; end ii=0; while or(and(or(choi>lim1,choi<lim2),ii<200),choi>270) ii=ii+1; cont(length(cont),1)=0; cont=sortrows(cont,1); choi=cont(length(cont),2); achoi=cont(length(cont),1); end if ii==200 ii end limites(1,i)=lim1; limites(2,i)=lim2; choice(v)=choi; achoice(v)=achoi; gt(i)=tempo; ti(i)=(i*dt-(dt/2))/44100; end % capitulo 5 %medias centradas % grau 1 %gan=0; %for i=1:1:(length(ti)); %gan=gan+1; % med(gan)=(choice(i)); % medt(gan)=ti(i); %end % grau 3 %gan=0; %for i=1:3:(length(ti)-2); %gan=gan+1; % med(gan)=(choice(i)+choice(i+1)+choice(i+2))/3; % medt(gan)=ti(i+1); %end % grau 5 gan=0; for i=1:5:(length(ti)-4); gan=gan+1; med(gan)=(choice(i)+choice(i+1)+choice(i+2)+choice(i+3)+choice(i+4))/5; medt(gan)=ti(i+2); end tline(1)=0; tline(2)=2; tline(3)=3.5; tline(4)=7.8; tline(5)=9; tline(6)=13; hzline(1)=130; hzline(2)=250; hzline(3)=160; hzline(4)=255; hzline(5)=163; hzline(6)=200; figure(5) plot(ti,choice,'c',medt,med,'b',tline,hzline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('frequencia batimntos [Hz]') title('frequencia batimntos') % capitulo 6.1 figure(6) rpm=(med*60)/(2); rpmline=(hzline*60)/(2); redline(1:2)=red; redt(1)=0; redt(2)=13; plot(redt,redline,'r',medt,rpm,'b',tline,rpmline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('rpm motor [r.p.m.]') title('rpm motor') for i=1:length(medt) t=medt(i); rel=0; if t<2.1362 rel=3.727; end if and (t>4.3654 ,t<7.709) rel=2.048; end if t>9.1951 rel=1.393; end Wr(i)=(rpm(i)*pi)/(rel*4.067); end for i=1:length(tline) t=tline(i); rel=0; if t<2.1362 rel=3.727; end if and (t>3.4 ,t<7.9) rel=2.048; end if t>8.9 rel=1.393; end Wrline(i)=(rpmline(i)*pi)/(rel*4.067); end Re=Wr/pi; Reline=Wrline/pi; figure(7) plot(medt,Re,'b',tline,Reline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('rotaçao da roda [r.p.m.]') title('rotaçao da roda') V=Wr*dr/60; Vline=Wrline*dr/60; tttt(1)=0; tttt(2)=tline(length(tline)); ttta(1)=100/3.6; ttta(2)=100/3.6; figure(8) plot(medt,V,'b',tline,Vline,'g',tttt,ttta,'r'); xlabel('tempo [s]') ylabel('velocidade [m.s-1]') title('velocidade') % forca de inercia % aceleracao for i=1:length(V)-1 a(i)=(V(i+1)-V(i))/(medt(i+1)-medt(i)); ta(i)=(medt(i+1)+medt(i))/2; va(i)=(V(i+1)+V(i))/2; end for i=1:length(Vline)-1 aline(i)=(Vline(i+1)-Vline(i))/(tline(i+1)-tline(i)); taline(i)=(tline(i+1)+tline(i))/2; valine(i)=(Vline(i+1)+Vline(i))/2; end a=a/9.81; aline=aline/9.81; taline1(1)=0; taline1(2)=2.1; taline1(3)=3.4; taline1(4)=7.9; taline1(5)=8.9; taline1(6)=13; aline1(1)=aline(1); aline1(2)=aline(1); aline1(3)=aline(3); aline1(4)=aline(3); aline1(5)=aline(5); aline1(6)=aline(5); figure(9) plot(ta,a,'m',taline1,aline1,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('aceleraçao [g]') title('aceleraçao') for i=1:length(V) Va(i)=V(i); if Va(i)>1000 Va(i)=0; end if or(and(i>10,i<24),and(i>40,i<49)) Va(i)=Va(i-1); end end for i=1:length(Vline) Valine(i)=Vline(i); end x(1)=0; for i=2:length(V) if Va(i)>1000 Va(i)=0; end x(i)=x(i-1)+Va(i)*(medt(i)-medt(i-1)); end xline(1)=0; for i=2:length(Vline) xline(i)=xline(i-1)+Valine(i)*(tline(i)-tline(i-1)); end figure(10) plot(medt,x,'b',tline,xline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('distancia percorrida [m]') title('distancia percorrida') cau=(consumo/(1000*100))*densgas; massa(1)=massai+massatot; for i=2:length(x) massa(i)=massa(i-1)-cau*(x(i)-x(i-1)); end massaline(1)=massai+massatot; for i=2:length(xline) massaline(i)=massaline(i-1)-cau*(xline(i)-xline(i-1)); end for i=1:length(massa) massa2(i)=massa(i)-massatot; end for i=1:length(massaline) massaline2(i)=massaline(i)-massatot; end figure(11) plot(medt,massa2,'b',tline,massaline2,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('massa do combustivel [Kg]') title('massa do combustivel') for i=1:length(a) Fi(i)=massa(i)*a(i)*9.81; end for i=1:length(aline) Filine(i)=massaline(i)*aline(i)*9.81; end V=V*3.6; for i=1:length(V)-1 nr(i)=0.000000323836713972271000000000*V(i)*V(i)+0.00000496670907053874 0000000000*V(i)+0.012069044395686500000000000000; Fr(i)=nr(i)*massa(i)*9.81; end Vline=Vline*3.6; for i=1:length(Vline) nrline(i)=0.000000323836713972271000000000*Vline(i)*Vline(i)+0.000004966709 070538740000000000*Vline(i)+0.012069044395686500000000000000; Frline(i)=nrline(i)*massaline(i)*9.81; end V=V/3.6; Vline=Vline/3.6; Frline1(1)=Frline(1); Frline1(2)=Frline(1); Frline1(3)=Frline(3); Frline1(4)=Frline(3); Frline1(5)=Frline(5); Frline1(6)=Frline(5); figure(14) plot(ta,Fr,'b',tline,Frline,'g') xlabel('tempo [s]') ylabel('Força [N]') title('Força de rolamento') for i=1:length(V)-1 Faer(i)=0.5*ro*Af*Cd*V(i)*V(i); end for i=1:length(Vline) Faerline(i)=0.5*ro*Af*Cd*Vline(i)*Vline(i); end Faerline1(1)=Faerline(1); Faerline1(2)=Faerline(1); Faerline1(3)=Faerline(3); Faerline1(4)=Faerline(3); Faerline1(5)=Faerline(5); Faerline1(6)=Faerline(5); figure(15) plot(ta,Faer,'b',tline,Faerline,'g') xlabel('tempo [s]') ylabel('Força [N]') title('Força aerodinamica') Filine1(1)=Filine(1); Filine1(2)=Filine(1); Filine1(3)=Filine(3); Filine1(4)=Filine(3); Filine1(5)=Filine(5); Filine1(6)=Filine(5); figure(12) plot(ta,Fi,'b',taline1,Filine1,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('Força [N]') title('Força de inercia') Ft=Fi+Fr+Faer; Ftline=Filine1+Frline+Faerline; figure(12) plot(ta,Ft,'b',tline,Ftline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('Força total [N]') title('Força total') for i=1:length(Ft) P(i)=Ft(i)*va(i)*0.0013596; end for i=1:length(Ftline) Pline(i)=Ftline(i)*Valine(i)*0.0013596; end p8(1)=80; p8(2)=80; t8(1)=0; t8(2)=13; Pline1(1)=Pline(1); Pline1(2)=Pline(1); Pline1(3)=Pline(3); Pline1(4)=Pline(3); Pline1(5)=Pline(5); Pline1(6)=Pline(5); figure(13) plot(t8,p8,'r',ta,P,'b',tline,Pline,'g'); xlabel('tempo [s]') ylabel('potencia [cv]') title('potencia') 10. Referências [1] Nissan Portugal (http://www.nissan.pt) [2] Fast Fourier Transform (http://www.spd.eee.strath.ac.uk/~interact/fourier/fft/fftalgrm.html) [3] Tire Tech(http://www.tirerack.com/tires/tiretech/general/size.htm) [4] Performance of Cars and Light Trucks [5] Equipa do Shell eco-Marathon do DEM (30 de Outubro de 2003 ás 14h40min)