DESTINO
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DESTINO
Com aquisições e canal engajado, EMC mira em cloud e big data Dispositivos e aplicativos móveis invadem o corporativo Avaya muda gestão de canais e quer ampliar cobertura Edição de abril / maio de 2013 – Número 8 – Ano 2 – www.portaldocanal.com DESTINO TRAÇADO PRIMEIRA DA SÉRIE DE REPORTAGENS REGIONAIS REVELA AS GEOGRAFIAS E OPORTUNIDADES EMERGENTES NO SUL E SUDESTE BRASILEIROS. VEJA COMO DRIBLAR AS DIFICULDADES E ALCANÇAR A LINHA DE CHEGADA Nova seção “Intercâmbio entre setores” vai além da TI e apresenta referências em gestão de canais Índice capa 18 Mapa das oportunidades Obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas e a exploração do petróleo do pré-sal abrem novas frentes de atuação no Sul e Sudeste 26 Quando o consumidor dá as cartas news Tablets, smartphones e notebooks: dispositivos pessoais invadem o ambiente corporativo, trazendo consigo desafios e oportunidades 6 Fusão na cadeia MGI Informática e Rogetech unem operações e criam a distribuidora MGI Tech, que nasce com mais de 100 canais em todo o país 8 Novos horizontes, novas competências Após saída de Paulo Bonucci da diretoria de canais, Avaya amplia a gestão de parceiros e dá ênfase à preparação da revenda para oferta mais abrangente ARTIGO ASSINADOS a voz do canal 31 Momentos de crise definem uma boa gestão Por Marco Stefanini, fundador e CEO da Stefanini a voz do distribuidor 32 À procura de um sinal Por Márcio Kozlowski , diretor de soluções em conectividade da Agora Telecom a voz do fabricante 33 A libertação da mobilidade Por Ronaldo Miranda, gerente-geral da AMD Brasil e VP para América Latina 24 Vencendo a inércia - Nova seção! Em “Intercâmbio entre setores”, Mapfre entra em cena: como incentivar canais a ampliar o mix de produtos e promover a troca de gerações na gestão das corretoras coluna do roccato 34 Olho gordo na receita do canal Por Pedro Luiz Roccato, publisher da Revista do Portal do Canal e CEO do Grupo Direct Channel Editorial EXPEDIENTE OPORTUNIDADES EMERGENTES DESAFIOS DE CRESCER A pressão por crescimento vem de todos os lados, seja dos fabricantes junto a seus distribuidores e canais indiretos, seja do próprio cliente final, que demanda resposta rápida de todos os elos da cadeia para conquistar novos mercados e ampliar o seu market share. Alinhada a esse movimento, a matéria de capa desta edição trata da elevada concentração de negócios que encontramos no Brasil – as regiões Sul e Sudeste representam mais de 70% do PIB do país. Com a intensificação dos investimentos devido aos grandes eventos esportivos, bem como planos de exploração do petróleo oriundo do pré-sal, os canais têm sido estimulados a olhar com mais cuidado para regiões, anteriormente, desprezadas. A redação da Revista do Portal do Canal vasculhou as particularidades desses territórios e, junto a fabricantes, distribuidores e revendas, mapeou as estratégias do setor para expandir o alcance dos negócios. Na entrevista principal da edição, o presidente da EMC, Carlos Cunha, ao lado do diretor de canais da empresa, Arlindo Silva, desenvolveu a defesa a favor dos movimentos tendenciais de cloud computing e big data, revelando as suas perspectivas de crescimento por meio das vendas indiretas. Cunha reforçou a necessidade de capacitação dos parceiros: “Há carência de profissionais com habilidades muito específicas que têm de vir de fora da TI, como um matemático ou um estatístico. É algo que temos que desenvolver no país”. Com um crescimento invejável de dois dígitos nos últimos anos, o mercado de mobilidade e o movimento de consumerização ganham destaque na edição. A reportagem mostra o leque de oportunidades para os canais de vendas e distribuição a partir do aquecimento da vendas de smartphones, tablets e ultrabooks, sem contar a retaguarda de gestão e controle dos dispositivos dos colaboradores em uso na empresa. E, na carona da mobilidade, os desenvolvedores de software têm vislumbrado um crescimento vertiginoso com seus aplicativos. Como tratar as questões legais e as demandas de segurança relacionadas a essa nova prática? As respostas a essa e outras questões deverão ser respondidas pelo canal. Se você buscava novas oportunidades de negócios, Pedro Luiz Roccato aqui está um belo começo! Publisher e CEO do Grupo Direct Channel Boas vendas a todos! Grupo: A Revista do Portal do Canal® é uma publicação do Grupo Direct Channel® Direct Channel Consulting Brasil Ltda CEO e Publisher: Pedro Luiz Roccato Comercial: Érica Negrine Operações: Marina Cury Solera Marketing: W5 Publicidade Editoração: Arizona Direção de arte: Rafael Carozzi Designer: Everton Santana e Eder Pimenta Fotos e Ilustrações: iStock e fotos de divulgação enviadas pelas áreas de comunicação das empresas participantes Assinaturas: Assinatura Gratuita www.portaldocanal.com Fone 11-32949400 [email protected] Para anunciar: www.portaldocanal.com Fone 11-32949400 [email protected] A reprodução total ou parcial do conteúdo da revista é proibida sem a autorização formal do Grupo Direct Channel. A opinião dos colunistas não reflete a opinião do veículo. News Softtek faz segunda aquisição do ano A SOFTTEK anuncia a aquisição da mexicana Systech Integrators, considerada a segunda maior transação nos 30 anos de atuação da companhia. Com isso, espera fortalecer as ofertas SAP, incluindo cloud computing, mobilidade e SAP HANA, tecnologia da fabricante alemã que permite a gestão de todos os processos do negócio em tempo real, bem como incorporar o portfólio de soluções da empresa adquirida. Sam Tyagi, CEO e cofundador da Systech, diz estar confiante em relação às novas oportunidades. “A combinação das capacidades, experiência e alcance geográfico será um diferencial na entrega de serviços SAP”, afirma o executivo. A presidente e CEO global da Softtek, Blanca Treviño, ressaltou que a integração da companhia faz parte do esforço estratégico de, continuamente, ajudar os clientes a maximizar o valor de seus investimentos em SAP, que responde por quase um terço do faturamento global da empresa. No terceiro trimestre de 2012, a Softtek adquiriu a SCAi, também especializada em SAP. Com matriz em San Jose, Califórnia, a Systech possui centros de excelência nos Estados Unidos e na Índia. FUSÃO EM VERDE E AMARELO A MGI INFORMÁTICA, fornecedora de soluções de mobilidade para o mercado corporativo, e a Rogetech, distribuidora de soluções de TI, anunciam a fusão de suas operações. A nova empresa resultante da operação passa a ser conhecida como MGI Tech e nasce com mais de 100 revendedores e integradores em todo o país. O portfólio de distribuição da companhia abrange tablets, coletores, scanners, impressoras, smartphones, notebooks e periféricos de 10 marcas representadas. Roberto Lechuga, gerente de marketing da MGI Tech, afirma que o objetivo principal em 2013 é implementar o programa de canais da nova empresa e iniciar o processo de credenciamento de parceiros de negócios. “Estamos unindo o melhor das políticas de ambas as companhias e buscando apoio para capacitação técnica e comercial dos canais junto aos fabricantes”, conta o executivo. Juntas, as companhias somam aproximadamente 2 mil clientes em carteira atendidos pelo canal. Segundo Lechuga, a MGI Tech também disponibiliza aos parceiros cerca de 70 dispositivos móveis para automação de processos e utilização por equipes internas e externas. News A TI BRASILEIRA NO MUNDO A ASSESPRO (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia e Informação) divulgou uma estudo feito em parceria com a MBI e a Survey Monkey para revelar a situação das empresas nacionais frente ao desenvolvimento e às exportações do segmento. Ao consultar aproximadamente 300 empresas, a pesquisa constatou que a participação das exportações no faturamento é considerada majoritária (60% ou mais) para apenas 0,4% das companhias. Para outras 3,5%, essa representatividade é importante, variando entre 15% e 60%. Já 8,4% das empresas afirmam que as atividades internacionais respondem por 1% a 15% do faturamento, enquanto 6,7% indicam participação inferior a 1%. Para 81,1% das organizações respondentes, é inexistente qualquer tipo de faturamento advindo do exterior. O estudo também apurou que o Sudeste concentra a maior parte das empresas que exportam tecnologia e serviços. Das companhias que atribuem grande representatividade às exportações, 100% delas estão entre São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Os Estados Unidos representam 7,7% dos destinos das exportações brasileiras. México, Argentina, Colômbia e Canadá ficam atrás, com 4,6%, 3,9%, 2,8% e 2,1%, respectivamente. A Espanha representa 1,8% dos destinos enquanto Reino Unido, França e Alemanha respondem, igualmente, por 1,1 % cada. Um dado curioso é que 100% das empresas de TI que indicam representatividade majoritária das exportações no faturamento são de pequeno porte. “Esse cenário mostra que o mercado nacional é muito bem considerado fora do país e somos vistos de maneira positiva como exportadores de produtos e serviços. O Brasil tem um mercado de TI que movimenta U$ 16,5 bilhões por ano e, com o incentivo e desenvolvimento certos, podemos elevar ainda mais esse potencial”, afirma Luís Mário Luchetta, presidente da Assespro Nacional. NA PRATELEIRA SONHO GRANDE Christiane Correa Sextante/ Primeira Pessoa Páginas: 272 Preço: R$ 39,90 Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ergueram, em quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro. “Sonho Grande’ é o relato dos bastidores dessa história e revela a fórmula de uma gestão baseada na meritocracia e redução de custos. COMPUTAÇÃO EM NUVEM – CLOUD COMPUTING, TECNOLOGIAS E ESTRATÉGICAS Brian J. S. Chee e Curtis Franklin Jr M.Books Páginas: 256 Preço: entre R$ 68 e R$ 85 A obra busca responder às dúvidas de profissionais experientes e inteligentes da TI sobre como a computação em nuvem pode ser incorporada a uma rede corporativa, além de trazer uma visão realista do futuro dessa tecnologia. News EM MOVIMENTO DO OUTRO LADO DO BALCÃO Isac Berman deixa a DN Automação para ingressar na Zebra Technologies como diretor de canais. Ele será responsável por aprimorar o programa PartnersFirst e pelas novas estratégias de negócios com as revendas da marca. Berman tem 19 anos de experiência no mercado de automação comercial e coleta de dados. ROTAÇÃO DE EXECUTIVOS A IBM reestrutura o quadro de executivos da companhia. Com 13 anos de casa, Ana Zamper assume a vice-presidência da divisão de hardware, enquanto Felippe Melo substitui a executiva na diretoria da IBM Global Financing (IGF) no país. Ulisses Mello, há 19 anos da empresa, é promovido diretor do Laboratório de Pesquisas da IBM Brasil. E Daniel Dias, seu antecessor, assume a liderança de Recursos Naturais do Laboratório de Pesquisa no Thomas J. Watson Research Center, em Nova York (EUA). PROMOÇÃO A Sonda IT indica Carlos Schwager para a diretoria da divisão SAP, com o objetivo de expandir os negócios regionalmente e buscar mercados inexplorados para as soluções da gigante alemã de ERP. O executivo está há 14 anos na companhia. META AMBICIOSA A10 Networks nomeia novo VP para Europa, Oriente Médio, Ásia e América Latina. Andre Stewart é o escolhido, com 18 anos de experiência na indústria de comunicação de dados. Ele trabalhou oito anos na Fortinet e foi presidente internacional da Corero, empresa de segurança de rede. A meta da fabricante é crescer 100% nas regiões lideradas por Stewart, em 2013. NOVOS HORIZONTES, NOVAS COMPETÊNCIAS APÓS A SAÍDA de Paulo Bonucci de sua diretoria de canais, em janeiro, a Avaya amplia a gestão de parceiros e dá ênfase à preparação da revenda para a oferta de um portfólio mais abrangente, que envolve a capacitação em serviços complexos. A fabricante não divulga números, apenas revela que, atualmente, a base é composta por 134 canais – com perspectivas de expansão – e que atende diretamente a 50 contas. Nelson Campelo, presidente da subsidiária brasileira, e Márcia Golfetti, nova gerente de vendas indiretas da companhia, falam a seguir sobre os planos de ampliação da cobertura regional, de engajamento dos parceiros no negócio de cloud computing e oportunidades para 2013. Nelson Campelo, da Avaya: “Não crescemos de maneira exemplar, mas crescemos dentro da média” Portal do Canal – Qual o balanço dos negócios em 2012 e o que a Avaya prevê de oportunidades para este ano? Nelson Campelo – Em 2012, em termos macroeconômicos, o País viveu uma frustração em função do crescimento tímido que, obviamente, refletiu em diversos segmentos, inclusive o de tecnologia. Foi um ano de semear. Fizemos transformações planejadas na organização e em nosso modelo de ida ao mercado. Continuamos com muita ênfase no segmento de contact center, mas hoje nossa atuação é mais abrangente. O portfólio está mais centrado na colaboração, fazendo a convergência das formas de comunicação. Não crescemos de maneira exemplar, mas crescemos dentro da média. News Brasil: a quarta maior economia em 2050 DE ACORDO COM RELATÓRIO divulgado pela PwC, a crise financeira global acelerou o processo de mudança do centro de gravidade econômica mundial, definindo que China, Estados Unidos e Índia possuem potencial para serem as três maiores economias do planeta até 2050. Batizado de “World in 2050 – The BRICs and beyond: Prospects, challenges and opportunities”, o estudo prevê o Brasil ocupando a quarta posição no ranking, lugar que atualmente é ocupado pelo Japão. Em 2017, a China, segundo o relatório, deverá ultrapassar os Estados Unidos como maior economia mundial pela paridade de poder de compra (PCC) e, em 2027, pelas taxas de câmbio de mercado. A projeção é de que, em 2050, os norte-americanos terão o primeiro lugar com o maior PIB per capita, porém, a diferença que separa o país de Brasil, China, Índia e Indonésia diminuirá de forma significativa. A pesquisa da PwC também apontou que a Rússia poderá ultrapassar a Alemanha bem antes de 2030 e se tornar a maior economia europeia. No entanto, a perspectiva de redução no ritmo de crescimento não representa uma ameaça para as empresas sediadas no “Velho Mundo”. À medida que avançam na cadeia de valor, as multinacionais das economias emergentes fortalecerão seu posicionamento nesses mercados, aumentando a concorrência. PC – Qual o impacto da saída de Paulo Bonucci da diretoria de canais e como a área está estruturada agora? NC – O Paulo resolveu seguir outro caminho na sua carreira. E isso não altera em nada o nosso processo operacional. A Márcia [Golfetti], que já vinha trabalhando com os distribuidores e canais de maneira ativa, assumiu o cargo naturalmente. Além disso, criamos uma gerência para o desenvolvimento do modelo de negócios via grandes integradores e operadoras, já que, atualmente, nosso portfólio oferece oportunidades de grande volume, com outras características de negócio. PC – Quais são essas características e oportunidades? NC – São ofertas que demandam treinamento da força de vendas dos integradores e operadoras, estoque para agilizar entrega dos equipamentos e ações específicas de marketing. As oportunidades envolvem a migração das pequenas e médias empresas para o mundo IP, os segmentos ligados aos grandes eventos esportivos (hotelaria, turismo, infraestrutura) e modelo “as a service” para as soluções de telefonia, dados e vídeo. PC –De que forma a empresa tem engajado o canal nessas novas frentes? Marcia Golfetti – Estamos fazendo um trabalho muito forte junto aos distribuidores no desenvolvimento de regiões. O foco está em Belo Horizonte (MG), Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Nordeste do País. Hoje, temos 134 canais no Brasil. Queremos parceiros especializados para alavancar novos serviços, mais complexos. Para isso, estamos criando um programa de filiação junto aos canais existentes para a cobertura nacional dessas ofertas. A especialização e o recrutamento de novos parceiros estão voltados às areas de dados e vídeo, especialmente no middle market. PC – Qual a relevância e o papel dos modelos de cloud computing e tecnologias como serviço no negócio da empresa? NC – Recentemente, nós anunciamos a criação de uma vicepresidência para cloud computing. A ideia é fazer com que todo nosso portfólio tenha uma versão para cloud. Além de ser positiva em relação às questões técnicas, a tecnologia é muito mais relevante do ponto de vista de modelo de negócio. Há canais que já estão participando dessa discussão e estamos próximos de lançar ofertas simples de serem implementadas. Trata-se de uma das vertentes de maior possibilidade de crescimento no Brasil. Estamos implementando um projeto muito grande nesse modelo aqui no País, que na verdade está servindo como prova conceito. É um processo de aprendizado. PC –Esse modelo prevê uma remuneração diferente? Como engajar o canal nesse sentido? NC – No nosso modelo, o canal acaba por ter a responsabilidade pelo relacionamento com o cliente. O contrato é firmado entre eles, com algumas exceções. Assim, o canal entra em um financiamento ou modelo de negócio que viabilize essa alternativa. O que nós temos avaliado são formas de fazer a modelagem financeira que possibilite a realização do negócio com resguardo do ponto de vista contratual. O distribuidor passa a ter um papel importante, pois muitas vezes é o financiador. Portal do Canal na Web PARA MELHORAR A VIDA DO CANAL Novas contratações, alianças, recursos e possibilidades de negócios. Estes foram pontos altos do setor nas últimas semanas. Confira algumas das notícias de destaque do período EXPANSÃO INDIRETA A Sourcefire, especializada em segurança, contrata Júnior Aguiar para o cargo de gerente de vendas de canais no Brasil. Com mais de 18 anos de experiência na área, o executivo tem passagens pela Check Point, Hauri, Trend Micro e Westcon. Na fabricante, será responsável pela expansão da rede de parceiros. Junto à contratação, a companhia recruta a Acorp como distribuidora no País, além das novas alianças com as revendas EZ-Security, Synercorp e Security Web. Segundo Marcos Tabajara, gerente geral da Sourcefire, esses canais foram escolhidos por terem foco e especialização em segurança empresarial. ESTREIA NA DISTRIBUIÇÃO A Kaseya anuncia a sua primeira parceria de distribuição no mercado nacional. A companhia eleita é a A10TI, distribuidora de valor agregado com 300 revendas em todo o país. Com o acordo, a meta é somar cerca de 130 canais que utilizam a plataforma da fornecedora até dezembro deste ano. Entre as atribuições da A10TI está a realização de treinamentos aos parceiros para utilização da nova plataforma. Segundo a empresa, o plano é incentivar ativamente todos os canais que passarem a operar com a plataforma a obter a certificação administrada pela Kaseya. REDE SOCIAL A fim de obter uma maior aproximação entre canais e consumidores a AMD lança o portal “AMD na Veia”. A ferramenta tem como objetivo facilitar a troca de informações sobre produtos, tendências, games e informática, dentro de um fórum. O site também permite o envio de questões diretamente para os revendedores. Para ter acesso à ferramenta, o canal deve se cadastrar. Com isso, passa a contabilizar pontos para ganho de prêmios. Acesse e acompanhe em tempo real os acontecimentos do mercado. www.facebook.com/portaldocanal Agenda do Canal KASEYA CONNECT 2013 Evento global realizado pelo fabricante para apresentação de suas soluções em software e para gestão de infraestrutura. De 29 de abril a 1o de maio Las Vegas - NV - USA INTEROP 2013 Principal evento global do segmento de TI que possui várias edições pelo mundo, sendo a de Las Vegas a maior. De 06 a 10 de maio Las Vegas - NV - USA www.twitter.com/portaldocanal SERVIÇOS EXCLUSIVOS DO PORTAL DO CANAL Notícias: atualizações diárias com o que acontece no mercado de vendas e distribuição de TI Vozes do Canal: artigos inéditos e exclusivos assinados por colaboradores Blog do Guru do iPad: especialista dá sugestões de aplicativos, acessórios e dicas de uso Coluna Social: o que aconteceu e quem compareceu nos principais eventos que reúnem os representantes do setor O Curso Venda+Valor AULA VA A IT O ESTRATÉGIAS DE A AULA AV IT ABORDAGEM A forma que você utiliza para a abordagem dos clientes no processo de venda é de elevada relevância para que ela resulte em fechamento. Estratégias malconduzidas, ou mesmo abordagens sem qualquer estratégia não possibilitarão sucesso em uma venda, ainda mais no modelo de valor agregado. Em momentos de alta competitividade como o que vivemos, com oferta ampla de canais de vendas (presencial, telefone, TV, internet etc) e excesso de informações disponíveis pelos mais variados meios e acessíveis a todos, está cada vez mais difícil atrair a atenção do cliente e se diferenciar dos competidores. Como proporcionar uma abordagem atrativa e que possibilite a condução do ciclo de venda a culminar com o fechamento? Eu acredito que o único caminho é focar no cliente, identificando suas necessidades e desejos e não mais nas características dos produtos. Precisamos traduzi-las em benefícios, caso contrário, a experiência conosco não será considerada especial e não resultará em uma venda. Busque proporcionar uma experiência diferenciada a seus clientes por meio do atendimento com atenção e cordialidade. Ouça o seu cliente. Utilize técnicas de leitura corporal, identifique quais são as suas necessidades, qual é a sua “dor”. Mas tenha cuidado. Os seus resultados provavelmente não serão satisfatórios se você simplesmente per- guntar do que ele necessita. Ou ainda se fizer como a grande maioria e disparar a fatídica pergunta: “posso ajudar?”. Infelizmente, sabemos que a resposta será “não, obrigado, estou só olhando”. Esta resposta está 100% aderente à teoria elaborada pelo respeitado pesquisador Ivan Petrovisch Pavlov, conhecida como reflexo condicionado ou condicionamento respondente, ou ainda condicionamento clássico ou pavloviano. Para provar a teoria, basta você prestar atenção na próxima vez que você estiver diante dessa situação. Notará que a resposta é elaborada antes que se dê conta de ter falado. Ou ainda, como já aconteceu comigo inúmeras vezes, após a resposta e o distanciamento do profissional de vendas, eu o chamo para algum esclarecimento. Como surpreender o cliente? Prepare-se! Revise, releia, ensaie, teste, ouça...e faça o seu show! Onde encontrar mais informações: www.vendamaisvalor.com O conteúdo desta seção é baseado nas publicações referentes à metodologia Venda+Valor, abordada pelo autor Pedro Luiz Roccato em seus livros. Ela dedica-se à elaboração de uma proposta de valor agregado ao cliente final Entrevista SALTO QUALITATIVO EMC prepara canais para ter atuação mais estratégica e dominar portfólio de soluções de cloud e big data, que não para de crescer Por Daniela Moreira O ano de 2012 foi marcado por aquisições que deram à EMC o combustível necessário para continuar inovando tecnologicamente e ajudaram a construir o alicerce para levar em frente as estratégias de cloud computing e big data da companhia. Com o apoio do canal, que já responde por mais de 50% das vendas, a empresa se prepara para avançar nesses territórios e atingir um crescimento global de 10% em receita. Carlos Cunha e Arlindo Silva, presidente e diretor de canais da EMC Brasil, respectivamente, detalham quais são as estratégias para chegar lá. Portal do Canal - Qual é a importância das tecnologias de cloud computing e big data na estratégia da EMC para os próximos anos? Carlos Cunha – Nossa estratégia é baseada em três frentes: cloud, big data e trust. Em cloud, o desafio é como fazer o cliente embarcar na jornada para a nuvem, tanto privada quanto externa, ou até uma nuvem híbrida. Dentro desta vertente, temos uma variedade de ofertas, incluindo armazenamento, sofware de gerenciamento e por aí vai. Em big data vem toda parte de BI, assim como outros produtos que se adequam à explosão de dados que vivemos. Trust é segurança, mas é também disponibilidade – toda a oferta de backup, redundância, contingência, tudo está nessa frente. Essa estratégia se aplica a todo o ecossistema de vendas, incluindo os parceiros. PC – Qual é a importância das aquisições para esta estratégia? CC – A EMC não faz aquisições baseadas em aumento de market share. Todas as aquisições são baseadas em tecnologias disruptivas. A VMware tinha uma tecnologia disruptiva de virtualização. Isilon é uma tecnologia disruptiva para armazenamento de big data. Data Domain tem a mesma função na parte de disponibilidade. O foco é sempre garantir um salto tecnológico. Cada aquisição traz uma oportunidade muito grande, mas também uma demanda enorme de investimento em capacitação dos times internos e externos" Carlos Cunha, da EMC Entrevista “Há uma carência de profissionais com habilidades muito específicas que têm de vir de fora da TI, como um matemático ou um estatístico. É algo que temos que desenvolver no país Carlos Cunha, da EMC Entrevista PC – Como essas aquisições se refletem no Brasil? CC – Quando a EMC adquire uma empresa dessas nos Estados Unidos, ela traz todo um ativo de pré-vendas, engenheiros, vendedores. No Brasil, essa empresa muitas vezes nem existe, então não ganhamos nada disso. Cada aquisição traz uma oportunidade muito grande, mas também uma demanda enorme de investimento em capacitação dos times internos e externos. Arlindo Silva – Sem falar em toda a estrutura logística, porque tem a questão de impostos, suporte, cada produto é uma história. Para ser competitivo no Brasil, não tem jeito, tem que fabricar aqui. Cada produto novo entra na fila para fabricação local. PC – Qual é o estágio de maturidade dessas tecnologias no Brasil? CC – Em trust, o mercado já está bem maduro, principalmente o corporativo. Em cloud, já avançamos algumas etapas, principalmente na virtualização em ambientes de testes e produção. Caminhamos para um amadurecimento. Já em big data, tudo ainda é muito novo, o mercado todo está começando a entender o conceito. Há uma carência de profissionais com habilidades muito específicas, que têm de vir de fora da TI, como um matemático ou um estatístico. É algo que temos que desenvolver no País. No ano passado, abrimos o nosso primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, focado em big data. Promovemos um evento em fevereiro deste ano, o Big Data Summit School, para educar o mercado e descobrir talentos. Mais de 700 pessoas se inscreveram e 200 participaram do curso, oferecido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Isso provou que existe uma forte demanda e nos permitiu avaliar os talentos que se interessam por essa área. laboratório arquiteturas de referência e apresentamos ao canal para que ele possa levar soluções completas prontas ao cliente, mas queremos também que ele monte suas soluções e damos apoio a ele para isso, desde a infraestrutura até a aplicação. PC – Há incentivos financeiros para que o canal trabalhe com soluções de maior valor agregado? AS - Sem dúvida. Temos, por exemplo, um conceito que chamamos de VSPEX. São soluções completas que envolvem backup, segurança, redes etc. Quando o canal faz o registro de uma oportunidade como esta, é uma indicação de que ele está agregando valor e, por isso, recebe um desconto a mais. Esse é um caminho, mas há outros, como rebates, verbas de geração de demanda para eventos e campanhas de marketing. PC – Os canais já estão prontos para trabalhar com soluções de cloud e big data no Brasil? AS - Isso ainda está bastante restrito aos grandes integradores, é um jogo de cachorro grande. O parceiro médio do Brasil é diferente do parceiro médio americano. Mas integradores como Capgemini, Sonda e PromonLogicalis já têm capacidade para criar seus data centers e vender “solution as a service”. Para o grupo mais embaixo, de R$ 100 milhões de faturamento para menos, nós mostramos as ofertas, mas há um período de amadurecimento, de evangelização. O ciclo de adoção pelo cliente final é mais longo e essas empresas precisam de resultados de curto prazo, elas não suportam um ciclo de venda mais longo. O discurso é constante, mas eles precisam ver isso se traduzindo em negócios. PC – Quais são os desafios para o parceiro que quer trabalhar com estas linhas? PC – Como o canal se encaixa nesta estratégia? AS – Temos que fazer com que o parceiro saia do negócio transacional para operações de valor, independente do porte dele. Isso se traduz uma série de ações - ofertas, incentivos, treinamentos. Nós montamos no nosso O parceiro médio do Brasil é diferente do parceiro médio americano. Mas integradores como Capgemini, Sonda e PromonLogicalis já têm capacidade para criar seus data centers e vender “solution as a service” Arlindo Silva, da EMC AS - É um negócio que demanda capacitação e sabemos que mão de obra é um gargalo no Brasil hoje. O primeiro requisito é recursos humanos, investir em especialização, entender os produtos, as arquiteturas, e isso requer um profissional mais caro e a falta de profissionais qualificados é uma barreira para o crescimento do mercado como um todo. PC – E quais são as vantagens de trabalhar com essas soluções? AS - É o que eles mais procuram: a lucratividade. Quando você faz um negócio de valor, empacotando, agregando serviços, isso aumenta a lucratividade do canal. CC - Quanto mais você atrela a solução ao negócio final do cliente, maior o valor que o canal entrega. Começa a gerar não uma relação de venda tradicional, mas uma relação de confiança. O canal começa a se transformar, entre aspas, em um consultor dentro do cliente. Entrevista Dez anos atrás, praticamente 95% dos nossos negócios eram diretos. Hoje, a participação dos canais já é de mais de 50% e continua crescendo” Arlindo Silva, da EMC PC – Qual é a perspectiva de crescimento na participação da área de canais na receita da companhia? AS - Dez anos atrás, praticamente 95% dos nossos negócios eram diretos. Hoje, a participação dos canais já é de mais de 50% e continua crescendo. Atualmente, nós só atacamos diretamente 50 contas no Brasil, no máximo. Nosso objetivo é agregar valor através dos parceiros de diferentes especializações. PC – Qual é a atual estrutura de canais da EMC no Brasil? Há planos de ampliá-la? AS - Temos dez canais diretos e três distribuidores. Embaixo dos distribuidores, temos cerca de 300 revendas cadastradas, mas ativas são cerca de 30. Queremos aumentar o número de canais ligados aos distribuidores para melhorar a cobertura em algumas regiões, como interior, mas o mais importante é fortalecer o canal atual, ampliando a quantidade de vendedores e técnicos qualificados desses parceiros. Em outra frente, queremos expandir o número de canais especializados em aplicações – empresas que vendem soluções de vídeo surveillance ou segurança, por exemplo, e outras que precisem de storage grande para compor a sua solução. É nesse tipo de parceiro que queremos focar. PC – Qual a previsão de crescimento para a companhia nesse ano? CC - A previsão de crescimento para a companhia como um todo é de 10%. A empresa vê com otimismo o crescimento no seu mercado e acredita que a economia mundial se estabiliza um pouco mais esse ano. No Brasil, esperamos um crescimento ainda maior, com muitas oportunidades em cloud, trust e big data, mas com um desafio maior que lá fora, que tem a ver com toda a parte de educação e desenvolvimento do mercado. Mercado SUL E SUDESTE: O MAPA DAS OPORTUNIDADES Obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas e a exploração do petróleo do pré-sal abrem novas frentes de atuação nessas regiões; conheça os planos de canais, distribuidores e fabricantes para chegar lá Por Daniela Moreira Mercado C oncentrando mais de 70% do PIB do país, as regiões Sul e Sudeste sempre foram eixos fundamentais na estratégia de todos os provedores de soluções de tecnologia do Brasil. Com novas oportunidades à vista, incluindo obras de infraestrutura para a Copa e Jogos Olímpicos e os planos de exploração do petróleo descoberto na camada pré-sal, as atenções se voltam a rincões menos conhecidos desses territórios. Em contrapartida, a estagnação da indústria no último ano afetou os negócios de quem atua nas regiões. Ampliar a presença nessas geografias sempre representou um desafio para fabricantes e distribuidores: de um lado, eles sabem que dependem do conhecimento e do relacionamento dos parceiros locais para chegar até os clientes e fortalecer sua atuação; de outro, a distância física impõe barreiras. Vamos explorar, a seguir, as estratégias do setor para driblar as dificuldades e tirar proveito desse cenário em 2013. Desbravando territórios O ano de 2012 não foi dos melhores para a indústria nacional. Mesmo com os incentivos anunciados pelo governo, o PIB do segmento sofreu uma redução de 0,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor agropecuário também passou por um baque, com perdas de safras importantes comprometendo os resultados e puxando uma retração anual de 2,3%. Mas, nem tudo são más notícias. Para Rogério Fluzer, diretor presidente da Mazer Distribuidora, o cenário para este ano é mais promissor. “A indústria e o agronegócio, duas forças motrizes do Sul e Sudeste, represaram investimentos, o que significa que este ano eles terão mais fôlego para gastar”, opina o executivo. As obras de infraestrutura das cidades-sede da Copa também representam oportunidades na região. “Os prazos estão estourando e será necessário concluir projetos de rodovias, aeroportos e facilidades no entorno dos estádios. Tudo isso requer o suporte de TI”, aponta Fluzer. Os investimentos para exploração do petróleo no pré-sal também ajudam a colocar novas geografias no mapa. “Os investimentos no Porto do Rio Grande (RS) estão crescendo muito em função das empresas-satélite que estão prestando serviços para a Petrobras”, exemplifica ele. Segundo estimativa da prefeitura da cidade, no período de 2005 a 2015, cerca de R$ 14 bilhões deverão ser movimentados no município, gerando 15 mil empregos diretos e 35 mil indiretos. Luis Vissotto, da HP: “As oportunidades estão nas cidades menores, onde as empresas acabam não tendo acesso a fornecedores de fora ou têm preferência pelo fornecedor local” Mercado Das 29,4 mil revendas de tecnologia ativas no Brasil, 79% estão localizadas na região Sudeste e 17%, no Sul. Não é de se admirar, portanto, que os distribuidores especializados nestes territórios considerem que a sua taxa de penetração seja bastante alta No interior de São Paulo, as oportunidades se concentram principalmente nos setores de educação e governo, de acordo com Cesar Grande, sócio da Interquattri, sediada em Campinas. “Por concentrar uma população grande e um número significativo de empresas, Campinas ainda é uma das regiões mais importantes, mas temos negócios em Ribeirão Preto, Rio Preto, Bauru. A região do vale do Paraíba também é bastante promissora, tem boas oportunidades”, destaca o executivo. Estratégias para crescer Conforme dados divulgados pela Abradist (Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação), das 29,4 mil revendas de tecnologia ativas no Brasil, 79% estão localizadas na região Sudeste e 17%, no Sul. Não é de se admirar, portanto, que os distribuidores especializados nestes territórios considerem que a sua taxa de penetração seja bastante alta. “O mercado é muito dinâmico, diversas empresas morrem e nascem, então é importante trabalhar a prospecção. Mas, temos uma capilaridade grande, cobrimos a maior parte das cidades”, diz Fluzer, da Mazer Distribuidora. A companhia nasceu na região Sul e vem expandindo seus negócios no Sudeste. No ano passado, abriu um centro de distribuição no Espírito Santo. Para o executivo, a proximidade física é um fator decisivo para ter sucesso na conquista de território. “As oportunidades de expansão, tanto para o Sul como para o Sudeste, estão em trabalhar mais próximo dos revendedores que participam de negociações corporativas, aumentando o leque dos produtos e soluções”, justifica. Com uma estratégia semelhante, a Agis Distribuição, especialista no interior de São Paulo, também acredita que Raio-X das oportunidades SEGUNDO DADOS DA IDC, Pernambuco lidera o ranking dos estados brasileiros que mais investem em tecnologia da informação, seguido por outros dois territórios nordestinos: Ceará e Bahia. Juntos, os três estados apresentaram aumento de 14% em volume de gastos com hardware, software e serviços em 2012, na comparação com o exercício anterior. Já a região Sudeste fez a sua primeira aparição no ranking com o Rio de Janeiro, em quarto lugar, em função dos investimentos ligados às Olimpíadas de 2016 e da instalação de centros de pesquisa e desenvolvimento por indústrias no setor de óleo e gás. O estado mostrou crescimento de 14,7% nos gastos com TI, no ano passado, assim como Santa Catarina, na quinta posição. Os dados integram o relatório “Brazil IT Opportunity Map”, concluído em setembro de 2012. Além de analisar as vendas de hardware, software e serviços por região, o estudo mapeou ainda a distribuição dos gastos por verticais. A consultoria, porém, não divulgou os números de investimento. ampliar o portfólio dos parceiros é o melhor caminho para continuar crescendo na região. “O varejo é mais forte no Sudeste, portanto, a revenda perde cada vez mais competitividade na oferta de produtos comoditizados”, explica Bruno Coelho, gerente de marketing da Agis. A tática da distribuidora tem sido firmar novos acordos para ampliar seu leque de ofertas e preparar os canais para uma atuação mais estratégica no cliente, oferecendo, por exemplo, projetos de automação comercial e outsourcing de impressão. “O que buscamos é aumentar a profundidade da venda”, detalha o executivo. A fórmula dos fabricantes para reforçar a atuação indireta no Sul e no Sudeste é composta dos mesmos ingredientes: laços mais estreitos e parceiros mais qualificados. A HP, por exemplo, está preparando novidades que vão permitir que os canais de menor porte, que compram por meio de distribuidores, tenham um relacionamento mais próximo à companhia. Mercado Cesar Grande, da Interquattri: “Muitas vezes, é a mesma pessoa que faz a pré-venda, a venda e a consultoria. Isso não passa segurança ao cliente. Ele tem que nos enxergar como a empresa que vai resolver o problema dele” Das 4,5 mil revendas que participam do programa Partner One, aproximadamente 1 mil estão no Sul e 2 mil em São Paulo. “O objetivo não é aumentar o número de parceiros, mas sim o ‘share of wallet’, ou seja, a participação de produtos HP na receita desses canais”, diz Luis Vissotto, gerente do programa de canais da fabricante. “Vamos criar uma interface mais robusta para dar acesso à informação, treinamento e suporte a esses canais. Queremos estar mais próximo a eles”, adianta Vissotto. As regiões prioritárias para expansão da companhia incluem interior de São Paulo, interior de Minas Gerais e Paraná em geral. “As oportunidades estão nas cidades menores, onde as empresas acabam não tendo acesso a fornecedores de fora ou têm preferência pelo fornecedor local. Mas, para chegar lá, tem que ser por meio das revendas locais”, diz o gerente de canais. Outro fabricante que vem apostando forte na expansão geográfica é a IBM. No ano passado, a empresa anunciou três novas regiões-foco, ampliando para 38 o núme- ro de praças cobertas. Maringá (PR), Macaé (RJ) e toda a região do Vale do Paraíba, que compreende o interior de São Paulo e algumas cidades do Estado do Rio de Janeiro, foram incorporadas à estratégia. O objetivo é reforçar a presença da marca em regiões onde o mercado está aquecido e existe grande potencial de negócios, principalmente nos segmentos de infraestrutura, varejo, finanças, telecomunicações, saúde e A indústria e o agronegócio, duas forças motrizes do Sul e Sudeste, represaram investimentos, o que significa que este ano eles terão mais fôlego para gastar” Rogério Fluzer, da Mazer Mercado educação. De acordo com a IBM, a atuação das revendas é fundamental para atender o mercado local, já que os parceiros possuem o conhecimento necessário para desenvolver as soluções mais adequadas às empresas da região. A visão do canal Na opinião de Cesar Grande, da Interquattri, o apoio dos fabricantes e distribuidores é fundamental, no entanto, os canais da região também precisam investir mais em estrutura para prosperar. “Muitas vezes, é a mesma pessoa que faz a pré-venda, a venda e a consultoria. Isso não passa segurança ao cliente. Ele tem que nos enxergar como a empresa que vai resolver o problema dele”, explica o executivo. Segundo ele, as distâncias são um fator complicador para quem atua no interior do Estado. “Estamos falando de um raio de atuação de 300, 400 km. Nessas regiões, a venda é muito calorosa. Se não tem uma pessoa da cidade, que vai ao clube com o cliente, almoça com ele, o negócio não sai”, diz. Este não é o único entrave para as revendas locais, conta Cesar Grande: “As contas, em gerais, são de médio porte, então é preciso prospectar mais para ter resultado. É um trabalho de formiguinhas. Quando você tem uma conta de grande porte, como um Magazine Luiza, os grandes fabricantes querem atender direto”, alerta. Barreiras à parte, o fato é que as oportunidades estão aí para quem souber aproveitá-las. Bruno Coelho, da Agis: “Com ampliação do leque de ofertas e atuação mais estratégica no cliente, canal ganha competitividade no Sudeste” Celeiro de inovações O MOVIMENTO DE STARTUPS de tecnologia vem ganhando força no Brasil e o Sul e o Sudeste, como era de se prever, lideram a tendência. Dos quase 1,5 mil negócios inovadores registrados na base de dados Startupbase, 18% ficam em São Paulo, 6% em Minas Gerais e 4% no Rio de Janeiro. Apesar das capitais atraírem um maior número de empreendedores – por concentrarem um maior número de fundos, aceleradoras de negócios e eventos de networking –, cidades menores começam a ganhar relevância nesse cenário e servir de berço para projetos promissores. As universidades são importantes pontos de partida para o desenvolvimento do ecossistema de startups, por isso, no interior de São Paulo, acabam nascendo iniciativas interessantes, como a aceleradora Criabiz, localizada em Sorocaba (SP). No Sul, o movimento também ganha cada vez mais força. A aceleradora Supernova, de Curitiba, prepara a sua primeira turma e o fundo HFPX Participações, sediado em Joinville (SC), já tem seis investimentos no portfólio. A comunidade de investidores anjo Floripa Angels, de Florianópolis (SC), está entre as mais engajadas do país. Intercâmbio entre setores VENCENDO A INERCIA Na estreia desta seção, voltada a revelar casos de sucesso em gestão de vendas e distribuição em outras verticais de mercado, a Mapfre dá exemplo ao setor de TI: como incentivar canais a ampliar o mix de produtos e a garantir receita recorrente D iz o ditado que o seguro morreu de velho. Mas, na seguradora Mapfre, a regra é inovar sempre, principalmente quando se trata de estratégias para fortalecer o canal de vendas indiretas. A venda de toda apólice de seguro tem que estar atrelada a um corretor. Logo, os parceiros são essenciais para o negócio da companhia, que registrou lucro líquido de R$ 884 milhões em 2012, com crescimento de 19,1% sobre o ano anterior, e prêmios de R$ 11,3 bilhões no mesmo período. A companhia atua com quatro canais principais de vendas: os bancos, o e-commerce, os corretores e os canais estratégicos – que incluem redes de varejo, cooperativas, associações, concessionárias, imobiliárias e empresas de utilities. Cada um deles tem perfis diferentes. “São canais complementares, que atingem públicos distintos”, explica Claudia Lopes, superintendente executiva de varejo da Mapfre. No caso dos canais estratégicos, a companhia provê um número limitado de pacotes prontos de seguros para serem oferecidos ao cliente final. “São pacotes fechados, que facilitam a oferta do produto. O vendedor das Casas Bahia, por exemplo, sabe vender geladeira, mas não é um corretor, então tem que ser simplificado”, explica Claudia. Os pacotes são customizados de acordo com o perfil do parceiro. A oferta para um varejo popular e para um varejo de eletrônicos voltado ao público de alta renda, por exemplo, difere em termos de mix de cobertura e preço. Apesar de contar com um suporte direto da companhia, os canais estratégicos também são atendidos por corretores, que ajudam a treinar os vendedores das lojas e são comissionados pela venda. Já a rede de corretores recebe um suporte parrudo da Mapfre, que tem mais de 750 funcionários espalhados por 125 sucursais para prestar atendimento a eles. São mais de 15 mil parceiros, que contam com um portfólio de mais de 100 produtos à disposição. “Os corretores oferecem um produto bem mais especializado, adequado ao perfil do cliente”, explica Claudia. Intercâmbio entre setores Claudia Lopes, da Mapfre: “A companhia promoveu mais de 4.200 treinamentos em 2012 e introduziu o programa de incentivos Campanha Mapfre DNA” Para manter a rede de parceiros atualizada sobre as novidades, a companhia promoveu mais de 4.200 treinamentos em 2012. Outra novidade foi a introdução do programa de incentivos Campanha Mapfre DNA, que oferece pontos e prêmios aos parceiros, de acordo com a quantidade e perfil de vendas. Esta é uma estratégia para endereçar a necessidade de diversificação de portfólio, um dos desafios das seguradoras para crescer, já que o mercado gira muito em torno da venda de seguros de veículos – filão já muito commoditizado. “Incentivamos os corretores a diversificar o mix. Eles podem pontuar mais se venderem mais automóvel ou vida, por exemplo”, detalha a executiva. Em outra frente, a empresa está incentivando a renovação da gestão das corretoras mais antigas de sua base. “Estamos discutindo o tema sucessão com os parceiros. Tem algumas corretoras com 20 anos de existência, mas a nova geração ainda não assumiu”, explica Rafael Marinelli, gerente de relacionamento comercial. Este é um dos desafios das empresas do mercado de seguros em geral, segundo Pedro Luiz Roccato, CEO do Grupo Direct Channel: vencer a inércia. “Como todas as vendas de seguro dependem do envolvimento de um corretor, os parceiros acabam ficando um pouco acomodados. O dinamismo não é uma das características deste canal”, aponta. Outra característica da força de vendas indiretas do mercado de seguros, de acordo com o especialista, é o robusto suporte oferecido pelas seguradoras a ela. “É tudo bem estruturado e bem organizado, o que é muito positivo. Por outro lado, há o risco do parceiro se acomodar”, destaca Roccato. Entre as lições que os canais de TI podem tirar do modelo está o benefício da receita recorrente. “Corretoras que montam uma boa carteira de clientes de vida, por exemplo, têm receita garantida por um longo período”, observa Roccato. “Ainda falta essa mentalidade no canal de TI”, conclui o especialista. Tendências QUEM DÁ AS CARTAS NA MOBILIDADE É O CONSUMIDOR Tablets, smartphones e notebooks: os dispositivos pessoais estão invadindo o ambiente corporativo, trazendo consigo desafios e oportunidades Por Daniela Moreira Tendências H ouve um tempo em que o mundo corporativo era a vedete das novas tecnologias. Os computadores mais modernos, os melhores celulares, os softwares mais avançados. Tudo chegava antes ao ambiente de trabalho. Essa era ficou para trás. Hoje é o consumidor quem dita a moda. Smartphones e tablets estão cada vez mais acessíveis, mais sofisticados e mais onipresentes. Segundo dados da Cisco Systems, o número de dispositivos móveis conectados nas mãos de consumidores deve saltar de 5,4 bilhões, em 2010, para 7,4 bilhões em 2016 – o que significa que teremos mais portáteis que pessoas no planeta. No Brasil, o cenário não é diferente. A adoção de dispositivos móveis cresce a passos largos. De acordo com a Frost&Sullivan, as vendas de smartphones e tablets deve superar 22,9 milhões de unidades em 2013, um crescimento de 40% sobre o ano passado e de mais de 400% sobre o não tão remoto período de 2010. O perfil das vendas também mudou. Três anos atrás, 34% dos aparelhos vendidos eram voltados ao uso corporativo. Hoje, a participação caiu para 22%. Este fenômeno chama-se consumerização e ele chegou para ficar. “É a crescente influência da tecnologia do cotidiano no mundo corporativo. As ferramentas que você utiliza na sua vida pessoal o tornam mais produtivo e você quer levá-las para o ambiente de trabalho”, define Fernando Belfort, líder do time de tecnologia da Frost&Sullivan para a América Latina. “Hoje, o trabalhador sênior médio tem pelo menos um smartphone, um tablet e um notebook, e nem todos foram fornecidos pela empresa onde trabalha”, aponta Nick Jones, vice-presidente do Gartner. A tendência traz desafios e oportunidades para as empresas e para seus fornecedores de tecnologia. De um lado, está a possibilidade de tornar a força de trabalho mais móvel e produtiva, a custos mais acessíveis. De outro, está o desafio de gerenciar múltiplos aparelhos de diferentes plataformas, garantir o controle e a segurança de dispositivos que não pertencem à companhia e lidar com as potenciais implicações legais do seu uso – como o acesso fora do horário de expediente ou a exposição de informações sensíveis da empresa. Segundo um estudo realizado pela Cisco Systems nos Estados Unidos, 95% das organizações permitem que os funcionários usem seus próprios dispositivos no trabalho de alguma maneira. A melhor notícia é que 76% delas enxergam essa tendência como positiva, apesar dos desafios que representa. A pesquisa traz outra perspectiva animadora para os provedores de soluções móveis: a parcela do orçamento de TI voltada à mobilidade deve crescer de 17%, em 2012, para 20% até 2014. Uma das oportunidades para os provedores de TI é atuar no gerenciamento dos dispositivos. É nesta seara que a Marcelo Pardo, da Navita: “O desafio não é só a conectividade, mas também prestar o suporte ao usuário” Tendências Navita, especialista em mobilidade corporativa, vem apostando suas fichas. A fornecedora trabalha com soluções de fabricantes como MobileIron, Good Tecnology e AirWatch, que permitem gerenciar os dispositivos, distribuir aplicações e garantir o tráfego seguro de dados. “Hoje, a empresa tem que se preparar para suportar as diferentes tecnologias e ambientes e oferecer acesso à informações com segurança. O desafio não é só a conectividade, mas também prestar o suporte ao usuário”, destaca Marcelo Pardo, engenheiro de vendas sênior da companhia. Segundo Pardo, um dos primeiros passos para garantir o sucesso da estratégia é definir quais aparelhos serão suportados pela empresa. Se no passado os Blackberries eram os queridinhos do mercado corporativo, hoje as plataformas iOS, da Apple, e Android, do Google, dominam o mercado. “Com aparelhos na faixa de R$ 200 a R$ 300, os smartphones voltados ao consumidor final se tornaram muito competitivos”, destaca o executivo. Mas, só no universo do Android há uma infinidade de versões do sistema e aparelhos. “O ideal é fazer uma pesquisa com os colaboradores para eleger os modelos mais populares e homologar uma gama de aparelhos que garanta um bom nível de segurança”, diz Pardo. As soluções de proteção vão desde criptografia até bloqueio à distância. Outra frente de atuação para os canais é a garantia de acesso aos aplicativos corporativos nos seus dispositivos. Celeiro de inovações SE OS DISPOSITIVOS MÓVEIS pessoais se fazem cada vez mais visíveis no ambiente de trabalho, outra invasão, mais silenciosa, está em curso: a dos aplicativos. “Com o advento das app stores, as pessoas percebem que não precisam pagar milhares de dólares por ano por um software. Você pode pagar 5 dólares e ter o mesmo resultado”, diz Nick Jones, vice-presidente do Gartner. Até mesmo softwares gratuitos, como o Dropbox, para armazenamento e sincronização de arquivos – que, aliás, cai como uma luva neste cenário de múltiplos dispositivos –, passam a ser um desafio com os quais as corporações têm de lidar no seu ambiente de TI. “O Dropbox é detestado pelas empresas, por razões legais e de segurança, mas é extremamente útil para os funcionários”, destaca o especialista. Para ele, no futuro, as corporações terão de lidar com uma multiplicidade ainda maior de aplicações e dispositivos invadindo o escritório. “Relógios inteligentes ou softwares que permitem fazer a análise de sentimentos dos seus e-mails são exemplos de coisas que já começam a aparecer e que vão afetar o ambiente de TI no futuro próximo”, alerta Jones. Segundo o consultor, acompanhar as tendências e definir políticas para lidar com elas é o caminho para as empresas que quiserem fazer uma transição tranquila, afinal, a tendência é irreversível. Fernando Taliberti, da TOTVS Ventures: aporte de R$ 3,2 milhões na uMov.me, especializada na oferta corporativa de aplicativos móveis no modelo SaaS Tendências Tendências É essencial ter um bom conhecimento das tecnologias disponíveis no mercado e se especializar no negócio do cliente Marcelo Pardo, da Navita Nick Jones, do Gartner: “Hoje, o trabalhador sênior médio tem pelo menos um smartphone, um tablet e um notebook, e nem todos foram fornecidos pela empresa onde trabalha” Já que disponibilizar os dados da companhia no aparelho do usuário representa um risco, uma alternativa é desenvolver aplicações que funcionem apenas como interface com os sistemas, permitindo que o usuário execute ações – como consultas e aprovações – quando estiver conectado, sem baixar informações críticas para o dispositivo. “Criamos aplicativos que permitem que o funcionário tenha acesso, por exemplo, a fluxos de aprovação do ERP da empresa”, explica o engenheiro. Esta também é a área de expertise da uMov.me, que recentemente recebeu um aporte de R$ 3,2 milhões da Totvs Ventures. A empresa oferece aplicativos móveis de gestão de força de vendas, logística e pesquisa, entre outras modalidades, no modelo SaaS (software as a service). “As soluções são multiplataforma e fáceis de serem adaptadas à necessidade de cada cliente. Além disso, são seguras, porque os dados ficam armazenados na nuvem. Assim, a empresa não precisa se preocupar com a perda ou o roubo do aparelho do funcionário”, aponta Fernando Taliberti, diretor da TOTVS Ventures. Se as empresas estão mais abertas à entrada dos dispositivos dos colaboradores no ambiente empresarial, isso não significa, porém, o fim dos aparelhos corporativos. Segundo Eduardo Diaz Villagran, CTO da BinarioMobile, especialista em mobilização de processos corporativos, ainda há muitos projetos que envolvem a venda de hardware. “O que acontece é que as empresas querem trabalhar com as plataformas que os funcionários conhecem, como iOS e Android, não só pela questão de custo, mas porque eles estão mais acostumados a manuseá-los”, explica. O desafio, neste caso, reside no relacionamento com os fornecedores, já que, ao contrário de empresas como a Research In Motion (RIM), Apple e Google são totalmente voltados ao mercado de consumo. “Como esses fabricantes, o relacionamento é via distribuidores. Quando lidamos com fabricantes locais, como a Positivo, conseguimos hardware com custos menores e os mesmos recursos, além da possibilidade de customizar o software”, explica Villagran. Para quem deseja atuar no segmento, a dica é desenvolver um bom relacionamento com distribuidores e fabricantes e conhecer o cliente a fundo. “É essencial ter um bom conhecimento das tecnologias disponíveis no mercado e se especializar no negócio do cliente. A oportunidade está na oferta de soluções customizadas à necessidade dele”, destaca Pardo, da Navita. A voz do canal MOMENTOS DE CRISE DEFINEM UMA BOA GESTÃO F oi uma crise que determinou o meu ingresso no mercado de tecnologia e, a partir de então, muitas outras povoaram o dia a dia da empresa que fundei há 25 anos. Flexibilidade, trabalho sob pressão, adaptação às necessidades dos clientes e custos enxutos foram alguns dos “ativos” que levamos como herança dos momentos de mudanças e que se tornaram nosso maior diferencial no mercado global de serviços de tecnologia. Entre as características essenciais para enfrentar não apenas crises, mas também momentos de mudanças, uma das mais importantes é a capacidade de inovar. O conceito da palavra inovação vem do latim “innovatio”, que se refere a uma ideia, método ou objeto criado que pouco se parece com padrões anteriores. Um exemplo disso foi vivenciado, em 1990, quando a empresa tinha apenas três anos de existência e estava começando a se firmar na área de treinamento com expectativa de crescimento. Com o novo cenário provocado pelo Plano Collor, as empresas cancelaram os treinamentos já programados e fomos obrigados a repensar a sobrevivência do negócio. A solução encontrada foi passar a dar cursos gratuitamente e prestar consultoria em processos de TI. O que era uma alternativa passou a ser a marca registrada da empresa e sua principal atividade. A flexibilidade é outro atributo importante. Segundo estudo da Insper, muitos empreendedores falham nesse aspecto, pois deixam de corrigir a sua estratégia. Definem metas muito rígidas e fecham as portas antes de completar dois anos. Não há dúvidas de que outras nações têm muito a aprender sobre a capacidade de adaptação do brasileiro, acostumado a mudar de rota e sobreviver em situações críticas. É preciso, ainda, um olhar atento e otimista, porque toda crise traz com ela oportunidades. A combinação de todas estas características, junto à informação, sensibilidade às novas exigências do mercado, percepção do cliente e trabalho, são determinantes para o sucesso de qualquer empresa. E se tornam imprescindíveis para os momentos de mudança. As oportunidades nesse novo cenário que o Brasil vem experimentando existem para todos e vão se destacar aqueles que trabalharem melhor. Marco Stefanini é fundador e CEO da Stefanini A voz do distribuidor À PROCURA DE UM SINAL N Márcio Kozlowski é diretor de soluções em conectividade da Agora Telecom o mês passado, estive em duas convenções de diferentes fabricantes, uma no exterior e outra no Brasil. Durante esse período, os meus dispositivos obrigatórios para continuar conectado ao trabalho foram o smartphone, o tablet e o notebook. Eu estava preparado para me comunicar com o escritório e clientes utilizando o celular, configurado para ser um ramal do PABX IP corporativo; o tablet para fazer vídeo chamada; e o notebook para acessar o Outlook e elaborar/enviar propostas. Só que nem o Wi-Fi, pela baixa qualidade, nem o 3G, pelo preço ou qualidade disponíveis, permitiram que isso ocorresse, nos dois eventos. Esses fatos ainda acontecem todos os dias com cada um de nós, mas acredito que estamos na direção de novos e conectados dias. Recordo-me de quando um candidato a vereador, nas últimas eleições, demonstrava a mim como é viável à cada prefeitura prover acesso Wi-Fi de qualidade e gratuito a toda população, via patrocínio privado. Afinal, a primeira pergunta que se faz atualmente no momento do check-in em um hotel é: “Como faço para acessar o Wi-Fi do hotel?” É nítido que tanto os locais públicos como privados estarão cobertos de sinal – primeiramente, como diferencial de atendimento ao cliente ou cidadão; depois, como necessidade básica, para não ser um demérito. A pergunta que fica é como utilizaremos essa mobilidade disponível, seja para o trabalho ou para utilização pessoal. Vem crescendo consideravelmente a quantidade de projetos em que apoiamos nossos parceiros para oferta, planejamento, entrega, implementação e gestão de soluções que tragam essa mobilidade ao clientes finais, como hotéis, universidades, prefeituras, hospitais, centros de convenções e shopping centers. Essas soluções consideram banda larga via rádios de alta capacidade, associados à cobertura Wi-Fi indoor e outdoor, monitoramento e distribuição de banda até para residências. Mas, a grande novidade é que alguns parceiros já estão trazendo oportunidades para associar aos dispositivos particulares (celular e tablet) as funcionalidades corporativas como ramal, vídeo chamada e e-mail, incluindo caixa postal e fax. Chegamos, então, a uma fórmula de sucesso: agregar valor com soluções integradas que transportam dados, voz e imagem, que demonstram o retorno financeiro e, ao mesmo tempo, atendem à expectativa do cliente final. O resultado é crescimento e fidelização de clientes. A voz do fabricante A LIBERTAÇÃO DA MOBILIDADE T emos acompanhado de perto a frenética evolução da mobilidade tecnológica nos últimos tempos. Para quem, como eu, tem um RG um pouco mais antigo, essa promessa já leva longos anos. Porém, tal movimento nunca evoluiu tanto como nos três anos mais recentes. Nossa vida, hoje em dia, é cercada de conectividade com as redes de dados de celulares e a banda larga combinada a redes Wi-Fi, que propiciam conexão em praticamente qualquer lugar, a qualquer hora. Ainda assim, a mobilidade não atende aos anseios dos usuários em sua plenitude. O grande vilão dessa frustração e que retarda a evolução da mobilidade é a guerra de padrões, propriedade intelectual e tecnologias proprietárias que claramente inibem a aceleração de novas possibilidades e a redução do custo dessas soluções. A restrição a apenas alguns dispositivos que permitem a mobilidade - smartphones, notebooks e tablets - muitas vezes nos deixa frustrados. Apesar da complementariedade entre eles, desejamos ter o que há de mais interessante em cada um no mesmo device. Claramente, tal limitação deve-se à competição tecnológica entre os players da indústria, ignorando o usuário. Os fabricantes de PCs, por exemplo, foram atropelados pela indústria de smartphone, primeiramente, e mais recentemente pela produção dos tablets, apesar de seus esforços de desenvolvimento para a mobilidade. Eles não entenderam que o modelo de empurrar a tecnologia ao usuário não funciona mais, e agora estão correndo atrás do prejuízo. Afinal, as alternativas disponíveis aos seus clientes, embora não atendam todas as funções de um PC, servem muito bem para diversas demandas. Ainda longe de oferecer ao mundo o que sonhamos como mobilidade, 2013 será lembrado como o começo de uma grande revolução no que diz respeito à oferta de possibilidades aos usuários. Veremos surgir a mobilidade híbrida, quando os dispositivos irão oferecer experiências de intercâmbio entre smartphone, notebook e tablet. Este será o início da libertação do usuário da mão pesada da indústria, que empurra os seus padrões em benefício próprio, apenas. Os usuários poderão escolher a sua experiência de uso, sem se preocupar com o sistema operacional, a plataforma tecnológica, a capacidade da CPU ou a quantidade de memória dos equipamentos. O que vale é a experiência, o design e o atendimento aos anseios de utilidade dos mesmos. Esta revolução será alavancada não só pela demanda dos usuários, mas também pelas alternativas de tecnologias, mais notadamente a padronização do conceito dessa plataforma de mobilidade. No novo mundo, a mobilidade será focada na experiência do usuário. E este sonho deve ser compartilhado entre as grandes empresas de tecnologia do planeta, apesar de concorrentes. Veremos, então, o nascimento de um novo conceito e, enfim, da mobilidade livre. Ronaldo Miranda é gerente-geral da AMD Brasil e VP para América Coluna do Roccato OLHO GORDO NA RECEITA DO CANAL A Pedro Luiz Roccato é publisher da Revista do Portal do Canal e CEO do Grupo Direct Channel compreensão clara dos papéis de cada elo da cadeia de vendas e distribuição, sua complexidade e os valores que cada um agrega ainda são uma dificuldade para muitos executivos atuantes por meio de canais. Tenho presenciado os mais variados problemas pela simples falta de conhecimento do que cabe a cada parte, tanto em atividades a serem desenvolvidas, quanto em relação à remuneração dos diferentes elos. Como vivemos em um mundo capitalista, em que as empresas existem para dar lucro, a pressão por resultados dificulta cada vez mais o equilíbrio na relação entre fabricante, distribuidor e canal. No cenário atual, onde a briga por cada centavo é feroz, fabricantes colocam a sua operação com canais abaixo simplesmente por esquecerem que todas as empresas devem dar lucro, não só a indústria. Ou seja, que a relação deve e pode ser de ganha-ganha. Quando executivos desconhecem a real função do canal, assim como a complexidade de suas atividades e necessidade de remuneração pelos serviços prestados, e tomam atitudes impensadas de avanço sobre a receita gerada pelo parceiro, o cenário torna-se inviável. Se o cliente compra uma oferta de R$ 10 mil por meio de um revendedor e o custo do produto no fabricante é de R$ 7 mil, a equação que devemos resolver é simples: dentre as atividades desenvolvidas pelo revendedor, o valor bruto de R$ 3 mil cobre seus custos? A sua presença no desenvolvimento de negócios junto aos clientes finais é relevante? Se, como fabricante, eu viesse a dispor de uma força direta de vendas para realização dessa transação, os custos e resultados efetivos seriam melhores do que no canal? Aqui está a base de defesa para a remuneração do parceiro. Porém, alguns fabricantes têm realizado outra conta. Para aumentar o faturamento, visto que a dificuldade de crescer dois dígitos tem sido elevada nos últimos anos, bastaria avançar na receita do canal, apropriando-se de parte dela via redução mandatória de margem, ou ainda por meio da abordagem direta ao cliente para oferta de serviços concorrentes ao canal, seja para venda parcial ou total da solução. A reflexão que gostaria de propor nesse cenário preocupante é: não seria mais sustentável, no médio e longo prazo, revisar o papel de cada elo visando melhor efetividade nos fechamentos e nas entregas aos clientes finais? Se você não está satisfeito com a entrega que o canal tem proporcionado, sente-se com ele, discuta, revise os papéis, competências e remuneração. Afinal, a capilaridade, a proximidade e o conhecimento do cliente final que os canais especializados podem oferecer proporcionarão, provavelmente, mais resultados – maiores do que a insatisfação causada nos mesmos parceiros quando percebem que, ao invés de aliado, o fabricante se tornou um competidor pela atenção e pelo orçamento do cliente. BYOD NÃO É SÓ PARA AS GRANDES. A Ingram Micro apresenta a solução BYOD da Cisco feita sob medida para pequenas e médias empresas. K 3 1 k A Acessível A Infraestrutura simples I Baixo custo de operação B Segurança total S Desempenho de nível corporativo D e mais Com a garantia do nome Cisco e o renomado suporte da Ingram Micro O conceito BYOD - Bring Your Own Device chegou para ficar. O trabalho em trânsito é um requisito comum para os profissionais da atualidade. BYOD Devices Wired, Wireless, Mobile Access Mobile Network Security s No Brasil, cerca de 40% dos dispositivos móveis usados no trabalho são de propriedade dos funcionários*. Até pouco tempo atrás, uma solução BYOD segura e de alto desempenho estava inacessível para pequenas e médias empresas. Este panorama mudou com as soluções Cisco para SMB. AnyConnect Client s Um estudo da Cisco revelou que cerca de 60% dos funcionários das empresas pesquisadas usam um dispositivo móvel no trabalho - mesmo aqueles que não são considerados oficialmente “profissionais móveis”*; Jabber Client Você sabia? Access Infrastructure Untrusted Network Internet Public WiFi A Ingram Micro é o maior distribuidor de valor agregado do mundo no segmento de TI. Integrated Services Router (ISR) Branch Office Wireless Router WAN Home Office A solução Cisco BYOD é segura e exige infraestrutura mínima. Seu cliente aproveita todos os benefícios com a garantia do nome Cisco e você conta com o suporte pré e pós-venda da Ingram Micro. Faça essa conta: Fale com um especialista Cisco na Ingram Micro e solicite uma solução Cisco BYOD personalizada e sem compromisso para seu cliente: [email protected] Por que comprar Cisco BYOD na Ingram Micro? Aqui, sua revenda ganha benefícios exclusivos na compra das soluções Cisco: s Limites de crédito préaprovados; s Atendimento exclusivo; s Logística e entrega com prazos diferenciados; s Outros benefícios exclusivos. A Ingram Micro está à sua disposição. Entre em contato conosco – e lucre mais. Televendas (11) 2078-4300 www.ingrammicro.com.br