Discurso desafinado

Discurso desafinado
Escrito por Marcelo Gonçalo
Qua, 28 de Novembro de 2012 06:01 -
Membro do Conselho Deliberativo do clube contesta acordo realizado pela Diretoria para
aquisição do Centro de Treinamento.
Para advogado, o acordo pelo CT foi ruim para o Gama.
Foto: Douglas Oliveira (www.blogama.com.br)
Durante as eleições que definiram a nova composição da Diretoria até 2016 (Tonhão foi eleito
presidente no último sábado), o novo comandante do Gama anunciou aos presentes que havia
feito um acordo para a aquisição definitiva do CT Ninho do Periquito pertencente na teoria a
Wagner Marques, ex-homem forte do clube. O acordo segundo Tonhão seria a retirada de
ações movidas pelo alviverde contra o ex-dirigente envolvendo as salas transferidas
irregularmente para terceiros, ausência de prestação de contas entre outros. Em troca Wagner
retiraria as ações de despejo movidas contra o clube que estariam sendo executadas desde o
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dia 15.
Além disso o Gama pagaria à Wagner R$ 800 mil em dinheiro mais 15 apartamentos da
edificação residencial em construção pela Tecnisa na antiga sede social. Tudo isso por
aproximadamente 70% da área do CT que englobaria os quatro campos de treinamento mais a
sede administrativa da área localizada no bairro Ponte Alta Norte. Tudo aconteceu exatamente
17 dias depois que o dirigente declarou guerra ao ex-dirigente ameaçando "abrir a caixa preta"
e contratar advogados de renome para brigar na justiça pelo CT.
Ontem durante entrevista no programa "Momento Esportivo" apresentado pelo repórter Néder
Cássio Super Rádio Brasília no 1210 AM, o advogado Arggeu Bredda que faz parte do
conselho deliberativo declarou sua insatisfação com o acordo anunciado pela diretoria na
questão do CT: "Não falei no dia da eleição para não quebrar o clima de festa, mas não gostei
da forma como se deu o acordo feito pelo CT" afirmou.
Membro do conselho desde a época de Wagner Marques, Arggeu enfatizou o fato de que o
acordo feito ainda deixa o Gama com pendências na justiça: "O acordo feito com o Wagner
(Marques) retira da justiça somente as ações dele e do Agrício (Braga). A da GOL cujos sócios
são o Ebrahim (Arantes) e o Vilson (de Sá) estão fora. Não foi vantajoso". Ele ainda reiterou
que a diretoria poderia ter buscado seus direitos e que o acordo ainda foi mais vantajoso para
os ex-dirigentes: "Em um momento como esse que o Gama ainda "sangra" com tantas dívidas,
os antigos dirigentes não apresentaram sequer as prestações de contas de sua gestão. Mesmo
o Wagner contratando um ex-desembargador para defendê-lo, o Gama tinha que buscar seus
direitos".
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Qua, 28 de Novembro de 2012 06:01 -
O conselheiro ainda alertou para o fato de que segundo o Estatuto, esse acordo precisa ser
referendado em Assembléia Geral para poder ser legitimado: "Por ser uma decisão que
envolve patrimônio, o acordo precisa passar pela Assembléia. E nela eu vou expor minha
posição"
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