linfoma de hodgkin_1
Transcrição
linfoma de hodgkin_1
Linfoma de Hodgkin – PROGRESSOS NOS ÚLTIMOS 50 ANOS § § § § Universidade Federal do Ceará Hospital Universitário Walter Cantídio Serviço de Hematologia – Unidade de Transplante de Medula Óssea Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – HEMOCE / SESA MHS Pitombeira, CMBE Costa, AT Quixadá, JH Sousa, FD Rocha Filho, FVA Ferreira, RARR Holanda, RS Mota, SV Landim, JM Martins, FB Duarte Setembro 2015 Thomas Hodgkin publicação em 1832 Eventos no último meio século 1. Conhecimento da biologia da doença:neoplasia linfoide de origem B 2. Identificação dos fatores prognósticos 3. Eficácia dos protocolos de poliquimioterapia, transformando doença avançada de incurável em potencialmente curavel 4. Melhor estadiamento com o uso da tomografia computadorizada e PET 5. Uso minimizado da radioterapia 6. Terapêutica de salvamento com o TMO 7. Terapias alvo com o anti CD30 1. Conhecimento da Biologia do LH Primeiras citações Carl Sternberg 1896 Dorothy Reed 1902 § Quase 100 anos foram necessários para a definição da origem (linhagem) da célula e seu correspondente celular normal RS clássica RS variante RS variante 1 a 2% RS Célula RS frágil fora do organismo Difícil obtenção em cultura de células – sobrevida média de 20 minutos Tentativa de número 428 (L428) – obteve exito Célula RS – policlonal? monoclonal? Neoplásica? Origem monoclonal da Célula RS formalmente demonstrada 2. Fatores Prognósticos Definition of favorable and unfavorable (intermediate) early stage Hodgkin lymphoma 3. Protocolos de Tratamento Quimioterapia e Radioterapia Combined-Modality Therapy for Early-Stage Hodgkin Lymphoma: Estudos mostram queRates a poliquimioterapia Maintaining High Cure While Minimizing Risks Kelsey et al. Oncology, 2012 mais comumente usada – ABVD (Adriamicina, Bleomicina, Vinblastina, Dacarbazina) mais a consolidação com radioterapia é o programa mais efetivo no tratamento inicial da doença. Com a terapia combinada a grande maioria (cerca de 80%) dos pacientes é curada. Campo extendido Sitio envolvido Nódulo envolvido Tomografia Computadorizada As TC do pescoço, torax, abdome e pelvis apresentam as imagens que determinam a extensão inicial da doença, monitoram a regressão das massas após o tratamento e asseguram a resposta até a conclusão da terapia planejada. Entretanto a TC tem limitações. Não detecta pequenas lesões e mais importante, ela não fornece informações sobre a função celular. Essa limitação torna-se mais problemática quando o paciente apresenta gânglios de 0,5 a 1,5 cm e a TC não permite distinguir gânglios normais daqueles comprometidos pelo LH, não mostra se uma massa residual é composta por tecido cicatricial fibronecrötico ou se 1. Reconhecimento de maior número de possiveis locais envolvidos pela doença 2. Assegura a identificação de estadios mais avançados a. Modifica planos de tratamento b. Modifica o prognóstico 3. Permite um melhor desenho dos campos a serem irradiados 4. Permite uma melhor compreensão da extensão inicial da doença para assegurar condutas e resposta no póstratamento 5. Identificação de áreas anormais não relacionadas ao linfoma, diminuindo os erros na conduta póstratamento a. “Brown fat” b. Outras áreas de inflamação como aquelas causadas por artrites, tireoidite, vasculites, etc Theoretical enhancements to initial staging Hematology provided by2011 Optimal Therapy of Advanced Hodgkin Lymphoma Ranjana Advani Stanford University Medical Center, Stanford, CA Os avanços na terapêutica obtidos nas últimas 3 décadas tem resultado na cura da maioria dos pacientes em estádio avançado do LH. Várias questões surgem quando consideramos que a terapêutica ótima depende do equilibrio entre um alto percentual de cura com um mínimo de toxicidade a curto e longo prazo. Tres pontos merecem ser focados: (1) Qual a quimioterapia ótima? (2) Qual o papel da radioterapia no LH avançado? (3) A terapia pode ser adaptada, baseada nos fatores de risco clinico-biológicos? The Present: Optimizing Therapy—Too Much or Too Little? Nancy L. Bartlett Siteman Cancer Center, Washington University, St. Louis, MO Despite the use of less toxic chemotherapy and more limited doses and fields of radiation, the prognosis for patients with all stages of classical Hodgkin lymphoma (HL) has continued to improve over the last 20 years. The challenge today is better identification of prognostic markers that will allow even further reduction of therapy in the most favorable subsets and new approaches for those who have a high risk of failure with current approaches. Unfortunately, we still face the very difficult decision with nearly every patient with HL of “too much,” risking longterm consequences, or “too little,” risking relapse and the need for additional toxic therapy. At present, we need to make these very difficult initial treatment decisions with inadequate data, but reassured by the excellent outcomes for most patients and encouraged by the new agents available for those who fail first-line therapy. Late Effects in the Era of Modern Therapy for Hodgkin Lymphoma David C. Hodgson - University of Toronto, 2011 Extended-field and subtotal nodal radiation therapy (RT), developed in the 1960s, was the first reliably curative treatment for early-stage Hodgkin lymphoma (HL). However, the large volume of normal tissue irradiated resulted in significant delayed toxicity, including cardiac disease and second cancers (SCs). The 30-year cumulative incidence of heart disease among adult survivors receiving 40-45 Gy of extended-field or mantle RT is approximately 30%; the incidence of SCs is similar. IFRT reduces the relative risk of breast cancer among young females receiving mediastinal RT by approximately 60% and also reduces cardiac dose. There is increasing interest in elucidating the genetic correlates of treatment toxicity. 4. Novas Modalidades de Tratamento TMO / Anti CD30 TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA Quimioterapia seguida pelo transplante autólogo de stem cell (ASCT) é o tratamento de escolha para pacientes com LH recidivado ou aqueles com doença refratária à quimioterapia inicial. ALVO CD30 Brentuximab vedotin CD20 Rituximab CD80 Galiximab Histone deacetylase Vorinostat, panobinostat mTOR NF-κB Bortezomib, carfilzomib Immunomodulatory Lenalidomide AKT/B-cell receptor signaling Bcl-2 Obatoclax, ABT-263 EBV LMP2-specific cytotoxic T lymphocytes Heat shock protein 90 17AAG, 17DMAG Potencial agente terapêutico Everolimus Target Potential Therapeutic Agents CAL101, MK2206, PCI-32765 Blum,Hematology 2010 Classificação REAL Clássico: Esclerose Nodular Rico em Linfócitos Celularidade Mista Depleção Linfocitária Não-Clássico: Predominância Linfocitária Nodular *REAL – Revised European,American,Lymphoma 11a Conferência Internacional Linfomas – Lugano Junho/2011 FDG PET – formalmente incorporado no estadiamento Sufixos A e B – apenas para LH BMO – não mais indicada como rotina (LH e LDGCB) Mantém base de tratamento na divisão Doença – I e II, não bulky Doença avançada – III e IV II bulky – checar histologia e número de fatores prognósticos Habilidade para comparar estudos clínicos Histórico da Unidade de TMO Ø 31/07/2008 – Credenciamento do HUWC junto ao Ministério da Saúde para transplante autogênico de Medula Óssea, com o apoio do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) - Dra. Luciana Barros Carlos Ø 26/09/2008 – Em parceria com o Hemoce realizamos o primeiro Transplante de Medula Óssea (TMO) Autólogo Ø 11/02/2015 Foi realizado o primeiro TMO Alogênico Ø Primeira coleta aloaparentada, sendo 15 no total Ø 9 nacionais Ø 6 internacionais (Italia, Canada, USA, Portugal, Holanda e Argentina). TMO realizados por ano (190 autólogos e 9 alogênicos) Diagnóstico dos Pacientes Transplantados Total: 199 Materiais e Métodos Estudo observacional com descrição dos pacientes com LH submetidos a TCTH Autólogo realizados de Janeiro de 2009 a agosto de 2015. Resultados Total de 46 pacientes, sendo 26 homens e 20 mulheres; Idade: Média 28,34 Max: 51 anos Min: 16 anos Média dias internação: 23,7 dias (17-50 dias) Enxertia Neutrofílica: 10 dias (7-15 dias) Tipo Histológico N % Esclerose Nodular 39 84,8 Celularidade Mista 1 Pred Linfocitário 1 Depleção Linfocitária 2 Não Disponível Estad. Clínico I N 1 II 22 III 9 IV 10 Não Disponível 4 3 % 54,8 45,2 Sint. Const. N A 13 B 33 % 71,7 Medula Óssea Acometida N % Negativo 27 64,3 Positivo 15 35,7 Não disponível 4 Resposta ao primeiro tratamento Tipo de Resposta n % Remissão completa 18 39,2 Remissão parcial 14 30,4 Não respondeu 14 30,4 TOTAL 46 100,0