viver_conviver10
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E D I T O R I A L FELIZ NATAL E u me lembro bem quan do, no ano passado, fazíamos votos, neste mesmo espaço, de que 2009 precisava ser um ano promissor, depois da surpreendente reviravolta na economia mundial, provocada, entre outros fatores, pelo especulativo mercado imobiliário norte-americano e inesperadas fraudes. E, passados 365 dias daquela data, torna-se interessante a análise de alguns fatos, previsões ou confirmações de tudo o que foi dito sobre o futuro. Ninguém poderia, por exemplo, esperar que justo o presidente da bolsa de valores de Nova Iorque, Nasdaq (National Association for Securities Dealers Automated Quotation), Bernard Madoff, fosse dar o maior desfalque da história econômica americana, passando a mão em US$65 bilhões. Lá, como a Justiça é rápida, ele foi condenado a 150 anos e com bom ou mau comportamento, terminará seus dias atrás das grades. Também não imaginávamos que o presidente Lula teria razão ao dizer que o “tsunami” internacional, no Brasil, seria apenas uma “marolinha”; que emprestaríamos US$10 bilhões ao FMI; que passaríamos a ser donos de gigantescas reservas petrolíferas localizadas no présal do litoral brasileiro; que promoveríamos a Copa do Mundo de 2014 e que seríamos escolhidos para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. O que podemos dizer em relação aos nossos votos de que 2009 precisava ser um ano promissor? Parece que fomos atendidos e que vamos ser, pelo menos do ponto de vista da economia internacional, a oitava, a sétima, a sexta ou tal- vez a quinta economia mundial, em 5 anos. As perspectivas são boas para todos nós, brasileiros das mais diversas classes sociais, pois, estamos gastando mais, comendo melhor, elevando nosso padrão de moradia, nossa idade média de vida já está acima dos 70 anos, o número de analfabetos está caindo, a saúde pública vem progredindo e cada vez mais o brasileiro está conseguindo seu lar, doce lar, ou pelo menos seu automóvel. Alguém imaginaria há algum tempo atrás que a indústria automobilística nacional estaria produzindo e vendendo tanto, a ponto de ajudar as matrizes americanas a sair da crise? Sem medo de errar podemos dizer que teremos um feliz e farto Natal, abrindo as portas para um próspero e esperançoso Ano Novo. Ao dizer adeus a 2009 que se acaba saúdo 2010 que vai começar formu- Presidente: José Roberto Graiche EXPEDIENTE Jornalista responsável: Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771) Produção Gráfica: Décio Soncini FYI Comunicações R. Helena, 280 – Conj. 712 Tel.: (11) 3525-7407 [email protected] VIVER & CONVIVER Tiragem 20.000 exemplares Grupo Graiche Rua Treze de Maio, 1954 1º, 2º, 3º e 4º andares CEP: 01327-002 – São Paulo [email protected] [email protected] Tel.: +55 (11) 3145-1322 lando votos de duradoura felicidade de sonhos realizados, sonhos regados por muita saúde, no aconchego de suas famílias. José Roberto Graiche Presidente Ano III Número 10 GRAICHE 3 E N T R E V I S T A CAUBY PEIXOTO, HÁ MAIS DE 60 ANOS OS PALCOS DO MUNDO ESTÃO ABERTOS PARA A MAIOR VOZ DO BRASIL Uma temporada de Cauby Peixoto que começou em 2004 e que não tem data para terminar. Todas as segundas-feiras, os 260 lugares do Bar Brahma continuam ocupados. C auby Peixoto já fez 40, 50, 60 anos ou mais, pouco importa, para este aquariano nascido em Niterói, filho de músicos que tocavam violão (Cadete) e bandolim (Alyce), sobrinho de pianista (Nono), primo de grande cantor (Ciro Monteiro). De quebra, Cauby foi irmão do excelente pianista Moacir e o simpaticíssimo pistonista, Araquém (todos os nomes tirados do romance Iracema de José de Alencar). Começou sua vida cantando no coral do colégio salesiano e no programa de calouros da antiga Rádio Tupi (1949). Depois de tentar a vida no Rio, mudou-se em 52 para São Paulo fazendo temporadas nas boates Oásis e Arpege e na Rádio Excelsior. Em 54 voltou para o Rio cantando ao lado de Emilinha Borba e Orlando Silva na Rádio Nacional. Em pouco tempo, tornou-se ídolo, de roupas extravagantes e com trinados na voz, moldando um tipo diferente de cantor. Aliás, sua voz é como se fosse uma entidade à parte, que Cauby, com raro brilho, coloca para fora de seus privilegiados pulmões. Seu primeiro grande sucesso foi o “fox” “Blue Gardenia”. Em 56, gravou seu maior “hit”, Conceição. Depois de aparecer na revista “Time”, foi convidado para fazer uma excursão aos EUA, gravando com a orquestra de Paul Weston. Também gravou em inglês, Maracangalha, que recebeu o titulo de “I Go”. Em 1970, venceu o Festival de San Remo, na Itália, com “Zíngara”. Sua carreira estava fadada a atingir o sucesso que até hoje o mantém como a voz mais bonita do Brasil, como a seguir contamos, nesta entrevista para Viver&Conviver. V&C – Como é Cauby Peixoto fora dos palcos? CP – Sou uma pessoa acessível, simples, disciplinada, carinhosa, de hábitos modestos. Apesar de nascido em Niterói, sempre me identifiquei muito com São Paulo. Quando vim aqui pela primeira vez, me impressionei com sua grandiosidade, seu estilo de vida, com o paulistano. Fiquei até um pouco intimidado com a imponência da cidade. Abandonei minhas roupas simples e parti para os modelos extravagantes. Às vezes, estou vestido com uma roupa sofisticada, mas no fundo sou uma pessoa simples. Quando me apresento no palco, procuro, naturalmente, colocar roupas bonitas. Agora, fora dele, o chinelinho e o pijaminha são básicos...” 4 GRAICHE Ano III Número 910 V&C – Seu público acredita que se tivesse permanecido nos ...sua voz é como se fosse uma entidade à parte, que Cauby, com raro brilho, coloca para fora de seus privilegiados pulmões... Estados Unidos seu nome estaria, hoje, no mesmo nível dos grandes cantores americanos. Arrependeu-se em voltar? CP – Devia ter ficado por lá, depois de temporadas tão bem sucedidas nos Estados Unidos. Não me esqueço daqueles tempos e do encontro com ídolos do porte de Nat King Cole e Frank Sinatra. Acho que teria sucesso, apesar das diferenças entre mim e eles. Canto diferente e procuro sempre buscar uma interpretação própria. V&C – Como surgiu a idéia de gravar Roberto Carlos, de quem você se confessa fã? Como você escolheu as músicas deste seu novo álbum? CP – Em primeiro lugar, preciso me identificar com a melodia e com o conteúdo de seus versos, para que a interpretação se torne harmoniosa. Se bem que, no fundo mesmo, tudo depende da sensibilidade, da forma como ela vai repercutir junto ao público e não em relação aos sentimentos do intérprete. É sempre bom cantar os problemas da vida, o amor, o ciúme, a paixão, como as situações que os autores, Roberto e Erasmo, conceberam. V&C – Sendo Roberto Carlos quem é, como foram os entendimentos para que você fosse autorizado a gravar esse novo álbum? CP – Normalmente, Roberto autoriza apenas Erasmo Carlos gravar suas músicas. Uma exceção aconteceu em 1993 quando Maria Bethânia lançou o álbum “As Canções que você fez prá Mim”. Quando decidi gravar Roberto, o produtor Thiago Marques Luiz procurou Roberto Carlos para conseguir liberação. E, quando ele soube que gostaria de gravar suas composições, autorizou rapidamente. O Rei fez apenas dois pedidos: que gravasse a melodia “Olha” (no lugar de “Você não Sabe”) e trocasse o nome do álbum “Cauby canta Roberto” para “Cauby interpreta Roberto”. V&C – E qual foi sua reação ao receber o sim e os dois pedidos? CP – O Roberto é uma criatura boníssima, sensata, e sou seu fã como cantor e pessoa. Entendi e atendi seus pedidos no ato. Para ele, Cauby é intérprete. Por essa razão, ficou melhor Cauby interpreta do que Cauby canta. V&C – Você é muito exigente quando analisa seu trabalho? CP – Sou cuidadoso ao extremo, tenho um passado a zelar. Neste ...gravo meus shows, analiso o resultado e ao ouvir minhas interpretações, sei que pontos posso alterar ou melhorar... novo álbum, minha responsabilidade tornou-se dupla: o compromisso do intérprete e meu respeito em relação ao repertório de Roberto Carlos. As melodias gravadas foram “Sentado à Beira do Caminho”, “Não se esqueça de mim”, “De Tanto Amor”, “A Volta”, “As Flores do Jardim da Nossa Casa”, “À Distância’, “Proposta”, “Olha”, “Os Seus Botões”, “O Show Já Terminou”, “Música Suave” e “Desabafo”. Eu me preocupo muito com o resultado e é fundamental aprovar o trabalho realizado. Julgo a voz, os graves, a modulação, a dicção, a impostação, a emoção... V&C – Você continua sendo um intérprete disciplinado, cuidadoso, intransigente com sua interpretação? CP – O fato de ser profissional há tantos anos não significa que possa descuidar da minha voz. Gravo meus shows, analiso o resultado e ao ouvir minhas interpretações, sei que pontos posso alterar ou melhorar. Como disse, por ser uma pessoa muito simples, de hábitos modestos, por não fumar nem beber, tenho tranqüilidade para decidir os caminhos a serem seguidos. Cauby Peixoto já é personagem de um livro biográfico, “Bastidores”, escrito pelo pesquisador, Rodrigo Faour. Deverá ser também o centro de um filme documentário, de Nelson Hoineff, “Cauby – Começaria Tudo Outra Vez”. E é assessorado em seu trabalho e na divulgação, com grande eficiência, por Nancy Lara. Ano III Número 10 GRAICHE 5 I N F Â N C I A SERÁ QUE OS MENINOS E MENINAS DE HOJE SABEM BRINCAR COMO ONTEM? A ntigamente, as crianças tinham pouco acesso a brinquedos prontos como hoje, razão pela qual podiam usar muito mais suas imaginação e criatividade para produzir, por exemplo, caminhõezinhos (feitos de caixa de fósforo e rodinhas com tampinha de guaraná) e telefones (com duas latinhas de ervilha, furadas no meio, para passar um barbante, e falar com o amigo, a alguns metros de distância). Com certeza, sabiam brincar muito mais, não ficando estáticas frente à TV ou videogames. E tudo começava na escola. Eram ensinadas a usar madeiras para fazer carrinhos ou barquinhos, barbantes para cestas, pedras para brincar de Amarelinha, fazer “birocas” no chão de terra para jogar bolinha de gude. Sabiam rodar pião, empinar papagaio, brincar de pique, cabra cega, passa anel ou cantar cantigas de roda. Tudo era muito divertido, especialmente nas brincadeiras no fim da tarde, quando, sob a luz amarelada das ruas, corriam à vontade e seguras. A criança de hoje, comparada com a de ontem, perdeu muito. Com a televisão, a publicidade maciça, vieram os brinquedos automáticos, elétricos, de tração, que não precisam nenhum empenho para fazer prodígios. E isto deve servir de advertência: não se pode esquecer das brincadeiras do passado, como Cinco Marias (5 saquinhos de estopa com areia e pedrinhas. A criança segurava um dos saquinhos na mão, jogava para o alto e pegava um dos 4 saquinho do chão. A idéia era repetir o gesto até ficar com todos os 5 saquinhos. A 6 GRAICHE Ano III Número 10 segunda fase a criança deveria pegar duas pedrinhas de uma vez; na terceira vez e na última, jogar uma pedrinha para o alto e pegar todas as que ficaram no chão). Nas brincadeiras de roda, eram cantadas músicas como ciranda-cirandinha, atirei o pau no gato, galinha do vizinho, a canoa virou, pirulito que bate bate, samba lelê tá doente, se esta rua fosse minha e serra serra serrador serra o papo do vovô. Outra muito interessante e que exigia agilidade e atenção da criançada sentada em uma mesa era “Escravos de Jó jogando caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”... A conhecida Amarelinha eram 9 quadrados riscados na calçada sendo o último em forma de meia lua, o chamado céu. As crianças pulavam com um pé só sem queimar as riscas. Já o pião de madeira era enrolado numa fieira e jogado no chão para rodopiar. Havia ainda o “jogo de pião na roda”. Cada competidor jogava o pião contra o pião do companheiro, para tirálo do círculo e ficar com ele. A brincadeira de passar anel era assim: uma das criança tinha entre as mãos fechadas um anel e as passava no meio das mãos de todos os que estavam na roda e acabava deixando o anel em uma delas. A brincadeira era adivinhar com quem tinha ficado o anel. Era uma brincadeira quase inocente pois já era meio caminho para um namorico se o anel fosse deixado nas mãos de uma admiradora. Também famosos mas que praticamente desapareceram das rodas de amigos e escolares foram os jogos com as bolinhas de gude. Eram várias formas de jogar: os cinco boxes ou birocas, o triângulo, a barca e jogo do papão para acertar as caçapas. As bolinhas eram de um maravilhoso colorido que hipnotizava a criançada. As pipas, geralmente empinadas no mês de setembro, por causa dos ventos da pri- mavera, precisavam de um local amplo, longe dos fios, especialmente, de energia elétrica. Infelizmente, e isso já não é coisa de gente bem educada, algumas crianças passam cerol na linha para roubar ou derrubar um outro papagaio. Essa mistura crimonosa de cola com caco de vidro tem ferido muitos motoqueiros que inadvertidamente cruzam com essas linhas, cortam a garganta ou são vítimas de graves acidentes. Voltando aos dias de hoje, observamos ainda que pular amarelinha ou jogar bolinha de gude são nomes de brincadeiras conhecidas em São Paulo mas que tem denominações totalmente diferentes em outros estados. Variam juntamente com regras, objetos usados e o número de participantes das brincadeiras. Recentemente, pesquisadoras da Infância, Renata Meirelles, mestre em educação da USP, e Adriana Friedann, doutora em antropologia e consultora em várias instituições, sentenciaram, em encontro promovido pela Folha de São Paulo, que as crianças precisam de mais contato com a natureza e que os espaços de brincar necessitam ser repensados. Para restaurar nossas infâncias, o jornal criou um site com 550 brincadeiras das cinco regiões geográficas brasileiras. Felizmente, apesar da televisão, dos videogames e da internet, as crianças estão sendo incentivadas a manter contato com conhecidas brincadeiras que estão passando por um processo de reinvenção. Veja se lhe vêm à lembrança as brincadeiras ou os nomes de Amarelinha (ou academia, avião, macaca, sapata), bolinha de gude, construção (avião, barco, boneca, carro, casinha e outros) , de palmas, de roda (cantadas), elástico, estátua, João Bobo, Pião, Pipa (ou barraca, cação, capucheta, jerequetinha, raia, rabiola), pula corda, pique, esconde-esconde. (www.blogdafolhinha.folha.blog.uol.com.br). L I B E R D A D E S I N D I V I D U A I S CONDÔMINOS E PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE A APLICAÇÃO DA LEI ANTIFUMO D ecorridos quatro meses da entrada em vigor da Lei Antifumo de São Paulo, os moradores e usuários de condomínios residenciais e comerciais continuam cheios de dúvidas. Em resumo, a lei diz que os condôminos residenciais só podem fumar no interior de seus apartamentos ou nas áreas abertas do edifício. Entretanto, fica proibido fumar nas áreas de uso coletivo, total ou parcialmente fechadas, onde haja circulação de pessoas. Já nos condomínios comerciais, a proibição é total, extinguindo-se os fumódromos e as antigas áreas exclusivas para fumantes. Estão inclusos os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento e áreas comuns de condomínios, de casas de espetáculos, de quaisquer tipos de bares, restaurantes e praças de alimentação, hotéis, centros e estabelecimento comerciais, bancos, supermercados, repartições públicas, escolas, museus, bibliotecas, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis. Algumas construtoras, aproveitando exceção contida no parágrafo V, do Art.6º, da Lei Antifumo, estão lançando condomínios com salas exclusivas para fumantes. Desde que essa condição seja anunciada de forma clara na respectiva entrada do condomínio, pode-se fumar em determinadas áreas, exclusivamente destinadas ao consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. Esses locais, entretanto, deverão oferecer condições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impeçam a contaminação de ambientes protegidos por esta lei. Quando da entrada em vigor da lei, surgiram muitas dúvidas devido a brechas e diferentes interpretações. Cada condomínio vem realizando assembléias, escolhendo formas de como implantar a nova legislação, circulares explicativas para os moradores e placas de proibição. Isto se torna necessário para que os condôminos não aleguem ignorância e nem o condomínio seja obrigado a pagar pela infração de terceiros. A idéia é evitar que a eventual multa de infrator recaia sobre o condomínio ou seja rateada entre os condôminos. Ressalte-se, de outro lado que, dependendo de decisão da assembléia do próprio condomínio, há possibilidade de se proibir o fumar até mesmo em áreas abertas. Por causa dessas dúvi- das, o Governo do Estado de São Paulo vem oferecendo ao público respostas oficiais sobre as questões mais freqüentes ou mais conflitantes através do site http://www.leiantifumo.sp.gov.br/ faq.php Estando afixados os avisos de proibido fumar e deixada clara a proibição relativa às áreas comuns do condomínio, não há como o infrator alegar desconhecimento. A indagação mais freqüente no site do Governo do Estado é para saber o que é proibido nos condomínios residenciais: englobando as áreas fechadas de uso comum como halls de entrada ou corredores, salões de festa e de ginástica. Entretanto, nas áreas ao ar livre, como piscinas, jardins ou quadras abertas, é permitido. Outra reclamação constante é contra o morador que fuma na sacada do seu apartamento. Infelizmente, para o não fumante, a lei autoriza o fumo em qualquer local dentro dos respectivos apartamentos. Todos esperam, também, que os fumantes de apartamentos não joguem bitucas pela janela. Do ponto de vista jurídico, a maioria dos fumantes e alguns não fumantes entendem que a lei antifumo acabou com a liberdade individual de cada pessoa, com sua capacidade de decidir se quer ou não fumar. Como pondera o Governo Paulista, a lei não proíbe o cigarro que segue liberado em áreas ao ar livre ou dentro da própria casa. O objetivo da lei é evitar, simplesmente, que a saúde de quem não fuma seja prejudicada. Como foi explicitado desde o começo, o condomínio só será penalizado se não houver a observância do que diz a lei. Como a pena não recai sobre o infrator, é necessário que se faça permanente vigilância. Os síndicos de condomínios residenciais ou comerciais deverão cuidar para que os ambientes estejam 100% livres de tabaco. A legislação do consumidor e da vigilância sanitária define que é obrigação dos síndicos e donos dos estabelecimentos garantir ambientes saudáveis para seus clientes. Desmistificando as críticas sobre a lei, o site do Governo do Estado informa que nas cidades onde foram adotadas medidas semelhantes, não houve diminuição de empregos em bares e restaurantes. Ao contrário, em alguns casos houve até aumento. Fumar só é permitido se a área for, primeiro, aberta e, segundo, com algum tipo de barreira, como janelas fechadas ou parede, que impeça a fumaça de entrar no estabelecimento. As laterais e a frente do toldo devem estar livres para que haja circulação do ar. Ano III Número 10 GRAICHE 7 T U R I S M O PASSEIOS EXTRAVAGANTES EM LOCAIS RARAMENTE VISITADOS O s brasileiros es tão aprendendo a explorar as inúmeras opções que as viagens nacionais e internacionais diferenciadas oferecem. É a forma de aproveitar bem as férias ou feriados prolongados. Calor do deserto, frio polar, verde das matas, gastronomia, enologia são nomes que provocam nossos viajantes que, em resposta, se lançam à procura de novidades. Pertinho do Rio de Janeiro, por exemplo, pode-se visitar uma cidade totalmente suíça, fundada em 1819. É Nova Friburgo, onde se compra, se vê ou se aprende a arte de transformar o leite em verdadeiras delícias. A Queijaria Escola de Nova Friburgo, fundada em 1987, é importante atração turística. Geralmente proporcionam cursos rápidos de três dias, durante todo ano, onde os interessados podem aprender a fazer queijos de leite de vaca, de leite de cabra, chocolate artesanal e cursos superiores de produção de queijos. Ali se podem degustar queijos de sabores delicados, salgados, picantes, gordurosos, mais duros e até os que desmancham na boca. E compatibilizar queijos e 8 GRAICHE Ano III Número 10 vinhos. Aprendese também que os queijos moles, como o minas e a ricota, devem ser guardados em geladeira, embrulhados em papel alumínio ou em saquinhos plásticos. Nova Friburgo, na Serra dos Órgãos, é passagem obrigatória para quem cruza o estado pela BR116, distante 136 kms do Rio. É também a capital nacional da lingerie. A Queijaria Escola, o destino ideal para apreciar o legítimo queijo suíço, promove cursos paralelos sobre toda a fabricação da iguaria de acordo com as normas, receitas e controle de qualidade dos originais europeus. (Veja no site da Graiche receita de um raclette de batatas) Outro ponto curioso do turismo, que pode ser explorado nas férias, são as visitas às pequenas fábricas do interior, como a de Cerveja Artesanal, em Campinas onde se aprende a lidar com a chamada “loira” ou conhecer o Centro de Produções Técnicas, em Viçosa, Minas Gerais, onde se aprende a produzir sorvete, iogurte ou leite em pó. E se você quiser conhecer o vinho, suas origens, tipos e variedades, basta dar um pulo a Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Ali você pode fazer cursos de degustação, sommelier, degustação tradicional e degustação de espumantes. Pode acompanhar a fabricação do vinho e provar uma infinidade de boas bebidas gaúchas. E que tal, saindo da mesmice, enfrentar praias desertas de água salobra, igarapés e um rebanho de 700 mil búfa- los? Que tal um passeio pela Ilha de Marajó – maior que a Suíça – com seu passado de civilização pré-colombiana, seus pássaros e uma mata incomparável? O Museu Histórico do Marajó possui peças arqueológicas encontradas pelo padre Giovanni Gallo, criador da instituição. O artesanato, a cultura e as comidas como “frito do vaqueiro” e o “filé à marajoara” refletem um pouco o costume do peão local. A carne de búfalo tem menos colesterol do que a bovina. (Veja as receitas no site da Graiche) Ali também você convive com guarás, corelheiros, garças azuis (em extinção), gaviões de diversos tipos, além de macacos bugios e muitos tipos de peixes. Diversas cabanas ficam na beira d’água esperando pelo turista. Sente, relaxe, tome uma cerveja e coma o peixe, o caranguejo e o caldo de turu. Se tiver sorte, é possível ver garças pescando na beira da praia. E que tal voar de balão? Se você gosta de acordar cedo, basta estar pronto as 6h30 da manhã em Piracicaba. Encher o balão já é uma aventura. Uma vez a bordo, é só seguir com suavidade o sabor dos ventos em um vôo panorâmico quase junto ao céu. Ar puro não vai faltar para os viajantes com mais de 6 anos. Por fim, outra sugestão, o rafting de Juquitiba através do rio Juquiá o de São Luis do Paraitinga, pelo rio Paraibuna. Durante três horas, o viajante pode ter todos os tipos de emoção, entre corredeiras e remansos. O passeio inclui o mergulho em águas calmas e cristalinas. A grande emoção é no trecho chamado de ”tobogã”, através de uma longa corredeira. P R I M E I R O S S O C O R R O S SABER LIDAR COM EMERGÊNCIAS ENQUANTO O MÉDICO NÃO CHEGA C om a vida atribulada da cidade de São Paulo, o paulistano precisa ter na cabeça formas práticas para enfrentar emergências. Cresce dia a dia o número de infartos e derrames, enfermidades que necessitam de atendimento imediato para evitar morte ou seqüela. E nem sempre o socorro médico, a ambulância, chegam a tempo, com o trânsito que o paulistano enfrenta sempre. Como resolver parcialmente problemas graves de saúde com receitas domésticas? Ataque ao Coração O infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, pode necrosar parte do músculo cardíaco por falta de nutrientes e oxigênio. Provoca a obstrução da artéria coronária, formando um coágulo. Já o AVC - acidente vascular cerebral - vulgarmente chamado de “derrame cerebral”, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, com o entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. Geralmente, o infartado desconhece como agir, para evitar que o pior aconteça. Depois de um dia tenso de trabalho, o cidadão chega em casa cansado, indisposto, com uma forte dor no peito, que se espalha pelo rosto e pelo braço. Está sozinho, pensa que não é nada, mas precisa de ajuda urgente. Seu coração está descompassado, a vista escurecida. No caso de infarto, o paciente tem apenas alguns segundos para ser socorrido antes de perder a consciência total ou a chegada de um especialista. Segundo consta, a solução doméstica é relativamente fácil: Atacando o Infarto 1-Mantenha a calma e comece a tossir forte e repetidamente. 2-Entre uma tossida e outra, respire prolongadamente sem parar. 3-Em pouco tempo, o coração volta a bater normalmente. A grande vantagem desse método caseiro é que as inspirações profundas oxigenam os pulmões e as tosses, com movimentos de contração, comprimem (bombeiam) o coração e mantém a circulação do sangue. A pressão exercida sobre o coração ajuda a normalizar o ritmo cardíaco. Sobre infarto ou derrame, são sugeridas outras soluções domésticas que podem salvar vidas, como por exemplo, ter em casa uma agulha, de seringa ou costura, para usar em uma pessoa que sofre um ataque. O uso é fácil e, segundo a medicina chinesa, deve resolver. Em primeiro lugar, se for socorrer um paciente não o mova do lugar, para não romper os vasos capilares. E siga, passo a passo, os conselhos chineses: 1 – Esterilize a agulha e com ela alfinete as pontas de todos os dedos da pessoa enfartada, bem próximo da unha, até começar a sair sangue. Se necessário, dê uma apertadinha nos dedos. Depois que os 10 dedos estiverem sangrando, puxe as orelhas do paciente para que fiquem bem vermelhas e sanguíneas. Em seguida, pique tam- bém os lóbulos das duas orelhas para sair mais sangue. Em poucos minutos, o paciente deverá recuperar seu estado normal e poderá ser removido para o hospital. De outra maneira, se fosse levado às pressas, os vasos capilares no cérebro poderiam se romper agravando o estado do paciente. O derrame é a segunda maior causa de morte. Os primeiros socorros são importantes para evitar danos irreparáveis e permanentes. Remedinhos de Cabeceira Falando ainda de coração, muitas pessoas conservam aspirinas na cabeceira da cama, para não serem surpreendidas por um ataque cardíaco, denunciado por dor no braço, no peito, por náuseas e suores abundantes. Muitas vezes essas manifestações não aparecem, tanto é que 60% das pessoas foram enfartadas durante o sono. Em todo caso, se sentir uma dor profunda no peito, dissolva imediatamente duas aspirinas na boca e engula-as com um pouco de água. Em seguida, peça ajuda a parente ou ligue para o 192 (SAMU) ou 193 (BOMBEIROS), diga que teve um ‘ataque cardíaco’ e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se no sofá e espere pela chegada do socorro médico. Sentado, não deitado! E as massagens cardíacas resolvem? 1. Coloque o paciente deitado de costas, numa superfície plana e sem travesseiro. 2. Com as mãos espalmadas, uma sobre a outra, pressione a região bem no meio do tórax. Os dedos devem ficar para cima, toda a força é concentrada na palma das mãos. 3. Faça movimentos com forte compressão do coração a cada segundo. Emergências Infantis Casos corriqueiros: para o dedo de criança preso na porta, coloque gelo para evitar hematoma e diminuir o inchaço. Só depois, forçar a sua retirada. No caso de queimaduras térmicas, lavar o local com bastante água fria ou gelada. Não tente tirar roupas grudadas no corpo da vítima, nem utilizar pomadas, manteiga, pó de café, pasta de dente ou óleo de cozinha. Para as queimaduras químicas, enxágüe o local em água corrente por pelo menos 20 minutos. Retire a roupa contaminada. Não coloque óleos ou cremes sobre a queimadura. Nas torções e fraturas, o jeito é improvisar uma tala com madeira ou uma revista grossa, aplicar gelo, não massagear e deixar o paciente imobilizado até o socorro médico chegar. No caso de desmaios ou crises de convulsão, deixe a pessoa deitada, pescoço esticado e vias aéreas livres. E os engasgos? Nunca bata nas costas ou levante os braços do paciente, para não empurrar ainda mais o alimento para as vias respiratórias. Abrace a pessoa pelas costas, colocando a mão esquerda fechada, com o polegar voltado para dentro, na altura do umbigo. A direita por cima da mão fechada. Com movimentos fortes, golpeie a barriga para dentro, até expelir o alimento e a pessoa voltar a respirar normalmente. Ano III Número 10 GRAICHE 9 S A Ú D E FRUTAS, VERDURAS E VEGETAIS SÃO A BOA ALIMENTAÇÃO DESTE VERÃO A s frutas, verduras e vegetais chegam em profusão nesta época do ano, absolutamente cheirosos e totalmente frescos. É a melhor e a mais completa maneira de se alimentar, diante do calor que envolve o Brasil, durante o verão. Muitas pessoas sabem que é uma boa alimentação, saudável, mas talvez não consigam explicar o porque. Até ai, tudo bem. Desconhecem que as frutas, verduras e vegetais frescos devem ser ingeridos antes dos demais alimentos da refeição diária. Invertida a ordem, começando pelos pratos quentes, as frutas, verduras e vegetais ficam impedidos de prosseguir viagem até o intestino delgado e dão início a um processo de fermentação de seus açúcares, atrapalhando a boa digestão. Com o estômago vazio, eles, por, sua constituição, passam direto, rumo ao intestino delgado, onde são digeridos, liberando seus nutrientes e imediatamente absorvidos pela corrente sanguínea. Não se trata, portanto, de nenhuma simpatia ou preferência. É a constituição do aparelho digestivo que, por sinal, vem sendo “atacado” pela atual e deturpada alimentação moderna, cheia de “fast foods”, pré-cozidos, embutidos, aditivados, condicionados, “fatness products”, e “free sugar”. De nada adianta se alimentar de frutas, verduras e vegetais se os produtos forem processados. Tudo deve ser natural, na medida do possível. Até mesmo os sucos de frutas. Os enlatados ou acartonados, por exemplo, vêm com conservantes, o que deturpa completamente suas funções. Esses produtos industrializados passam por um processo de aquecimento para vedação das embalagens e o calor altera a estrutura do alimento. O ideal para a boa alimentação chama-se “processadora” ou “centrifugadora”, aparelhos que permitem a produção de um alimento absolutamente natural, preservadas todas as vitaminas. A maioria das frutas, verduras e vegetais tem, além dos açúcares, propriedades 10 GRAICHE Ano III Número 10 como os bioflavinóides, que protegem o ser humano contra distúrbios cardíacos evitando a obstrução das artérias e fortalecendo os vasos capilares e a circulação. A glicose contida nesses alimentos se constitui na melhor energia que faz o cérebro trabalhar. A grande maioria das frutas, chamadas de carnudas, como a maçã, o pêssego, pêra ou manga são valiosos para a alimentação humana, especialmente quando consumidos frescos. Essas frutas também fornecem sumos como vitaminas ou bebidas, como o vinho. Muitos legumes entram na categoria de frutos botânicos, como o tomate, a berinjela, o pimentão, a abóbora, o feijão verde ou o pepino. Não podemos nos esquecer de algumas especiarias como a baunilha, a paprika, a pimenta da Jamaica e pimenta preta, que se originam de vagens ou bagas. Os frutos possuem um grande valor nutritivo, altos índices de fibras, água e vitaminas. Contém diversos fotoquímicos, fundamentais para a saúde, preservação dos tecidos celulares e prevenção de doenças relacionadas com a má nutrição. O consumo regular de fruta está associado à redução do risco de câncer, de doenças cardiovasculares, da doença de Alzheimer, cataratas e de alguns males ligados com o envelhecimento. As frutas hidratam, são ricas em vitaminas e fibras e pobres em calorias. A melancia, por exemplo, é muito refrescante, doce e nutritiva, rica em caroteno (que é convertida em nosso corpo em vitamina A), licopeno (protege nosso organismo contra o câncer), glutationa (substância com propriedades anti-envelhecimento), vitamina C e vitaminas do complexo B. Contém apenas 30 calorias em 100 gramas. O melão, com as mesmas propriedades e características da melancia, funciona ainda como laxante e calmante. A fruta caju é dividida em duas partes: a castanha e a parte carnosa. Seu valor em vitamina C é maior que o da laranja, sendo rico também em ferro e niacina. A acerola é rica em vitaminas B1, B2 e C e nos minerais cálcio, fósforo e ferro. A fruta pode ser consumida in natura ou como suco. A manga contém mais calorias do que a melancia, o melão e o caju, uma vez que é mais rica em açúcares (200 calorias, rica em vitaminas, minerais e fibras). Outra sugestão é não ingerir quaisquer tipos de líquidos gelados antes ou durante a refeição. Como fazem muitas raças árabes, o ideal é beber chá quente (chá verde preferencialmente), que impede a solidificação das gorduras contidas nos alimentos, facilita seu processamento, apressa sua expulsão e impede o retardamento da digestão. C U R I O S I D A D E S COMO O CEP PODE INFLUENCIAR NA SUA VIDA FINANCEIRA D ependendo do bairro onde você mora, o seguro de seu carro poderá ser mais caro, as dificuldades para obter empréstimo bancário mais complicado e ter de enfrentar maiores dificuldades para qualquer tipo de financiamento. Esses parâmetros são fixados por dados colhidos pelos tradicionais serviços de proteção ao crédito, como o Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC, da Associação Comercial de São Paulo ou o SERASA ou pesquisas do Datafolha. Tudo isso tem a ver com segurança, ocorrências policiais, volume de população, nível cultural e levantamentos obtidos pelo cruzamento de dados das entidades do comércio em geral. É dessa forma que os dados disponíveis por essas entidades mostram, por exemplo, que no Jabaquara se encontra o maior percentual de devedores listados no SCPC (13,5%). Influenciando no perfil, o mesmo bairro apresenta maior número de assalariados sem registro em carteira (26%), cuja renda média é de R$1.709. Já no outro extremo da cidade, os moradores de Pinheiros, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi e Jardim Paulista são os que apresentam maior dívida per capita mas menor índice de inadimplência (4,6%). As pesquisas indicam, entretanto, uma tendência para que a situação sofra uma reversão, pois, a retomada financeira do país, particularmente em São Paulo, tem permitido maior oferta de emprego. A cidade de São Paulo, segundo o SCPC, está dividida em16 regiões “de crédito”. No momento de qualquer empréstimo ser concedido, figuram como fatores de análise de risco o local de moradia do tomador, cujo CEP é incluído entre os dados avaliados, de um modelo estatístico, que aponta maior ou menor risco de inadimplência. A possibilidade de recusa de concessão de um empréstimo está, portanto, diretamente relacionada ao local de moradia do interessado. Não pense, entretanto, que não haja fatores favoráveis: profissão, idade, estado civil, filhos e salário. Analistas da Associação Comercial de São Paulo sabem que a inadimplência atinge todas as classes sociais, variando, apenas, quantitativamente, segundo o bairro e o perfil do tomador. Assim, o valor do calote é proporcional à renda da pessoa, isto é, será maior ou menor de acordo com o valor dos bens adquiridos, como também será maior o valor da dívida registrada. As principais causas da inadimplência são, além do desemprego, o descontrole de gastos, a chamada compulsão e o emprestar o nome, para o amigo fazer compras (geralmente, perde-se o dinheiro e o amigo...) LOGO, LOGO CICLISTAS PODERÃO IR DE BICICLETA DO VILLA LOBOS A INTERLAGOS S e tudo correr bem, no começo do próximo ano, bem ao lado do “metrô” de superfície, a chamada linha da CPTM – Com panhia Paulista de Trens Metropolitanos - abrigará uma linha paralela, a primeira ciclovia ligando Interlagos ao Parque Villa Lobos, com 22 quilômetros de extensão. A construção, feita em etapas, ligará no primeiro lance a Vila Olímpia e o Autódromo. Servindo-se da antiga estrada da antiga Empresa Estadual de Energia Elétrica de São Paulo, a ciclovia irá margear o leito ferroviário sem prejuízos sociais, como desapropriações de casas e terrenos entre os dois pontos. O mais difícil, entretanto, não será aprontar a ciclovia, mas, permitir o acesso dos ciclistas ao seu leito, pois, entre a Marginal Pinheiros e a estrada há o bloqueio da própria Marginal, exceto nas estações do Metropolitano. Por exemplo, no trecho inicial, o acesso terá que ser feito através das estações do Autódromo, Jurubatuba e Vila Olímpia. Futuramente, as ligações planejadas serão na Cidade Jardim junto ao Parque do Povo, Cidade Universitária na USP e Parque Villa Lobos. O projeto atual está sendo desenvolvido pelo arquiteto Ruy Ohtake. Além da Ciclovia de Lazer do Pinheiros, as seis novas pistas para carros na Nova Marginal do Tietê também ficarão prontas no começo do próximo ano. A única forma de integrar a futura ciclovia à malha urbana será a construção de acessos elevados até as pontes existentes ou construir pontes exclusivas para bicicletas em intervalos regulares, “desembarcando” o ciclista que vem da ciclovia em ruas adequadas. A idéia de preservar as margens do Rio Pinheiros com a construção de um grande parque linear, cortado por uma ciclovia com acessos em cada ponte que atravessa o Rio, é formidável. Uma das políticas públicas que define os rumos das cidades é o Plano Diretor. De acordo com a lei em vigor, a cidade de São Paulo teria 275kms em 2006 e estaria rumando para os 367km, até 2012. Ano III Número 10 GRAICHE 11
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