jornal-2011-1 - Apostolos da Palavra
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jornal-2011-1 - Apostolos da Palavra
APóSTOlOS DA PAlAVRA uma família missionária ao serviço da Igreja Católica BOLETIM INFORMATIVO A IGREJA DOS DESAPARECIDOS ó Virgem de Fátima, ajuda-nos a encontrar os nossos irmãos desaparecidos! O que nos está a acontecer? Baptizam-se e desaparecem. Fazem a primeira comunhão e desaparecem. Celebram a profissão de fé e desaparecem. Recebem o Crisma e desaparecem. Acompanham baptizados e casamentos e desaparecem. Porque acontece tudo isto? Por acaso não ficam satisfeitos com o que lhes oferecemos? Não lhes apraz o menu? Estamos a falhar na música? Ou será que não entendemos o que é que, na verdade, as pessoas procuram quando vêm ter connosco? O facto é que vêm muito contentes, vão e não regressam. Onde estão? Não sabemos. Alguns dizem que eles se dirigiram para Norte, outros, que para o Sul, outros, que para o Este e outros ainda, que para Oeste. Ninguém sabe ao certo que rumo tomaram e onde estão actualmente. Parece que andam errantes por todas as partes. A única certeza é que andam a tecer críticas negativas de nós e que não nos querem ver nem em pinturas. O pior desta realidade é que, entre nós, muito poucos nos preocupamos com eles. Afastaram-se... E?!... Pois, que Deus os abençoe! Que sejam felizes! E, se alguma vez os voltamos a encontrar, não nos lembramos deles nem os cumprimentamos, como se nunca tivessem nada a ver connosco. A VOZ DOS PROFETAS Em quê nos podem ajudar os antigos profetas para entendermos a actual situação da Igreja e contribuirmos para mudar o que há que mudar? P.e Flaviano A. V., fmap Uma missão difícil Às vezes pergunto-me: «Serei só eu a dar-me conta de tantas anomalias presentes na Igreja, que estão a impedi-la de cumprir cabalmente a sua missão?» Certamente que não. De facto, não falta gente que me diz: «Eu sempre pensei o mesmo, mas não me atrevo a dizê-lo.» E porquê? Pelo medo de meter-se em problemas. A missão do profeta, na realidade, é sempre arriscada, como a História o demonstra abundantemente. Em que consiste? Ser profeta é conhecer profundamente, por um dom de Deus, a situação em que se encontra um indivíduo e uma comunidade, em relação ao cumprimento do plano de Deus, e dá-la a conhecer aos interessados em vista da superação das falhas. Segundo o caso, tratase de repreender, corrigir, exortar ou consolar (1 Cor 14, 3). É por esta natureza da profecia que advém a recusa da parte dos que querem viver ao seu modo e a tentação da parte do profeta (falso profeta) de dizer o que as pessoas querem escutar. pais e nem lhes prescrevi nada a respeito de holocaustos e sacrifícios» (Jer 7, 22). O que se passou, então? Foi que depois inventaram tantas coisas esquecendo-se do essencial (Jer 2, 23). Substituíram a Lei de Deus por sacrifícios e festas, misturadas com todo o tipo de iniquidades, tornando-se desagradáveis a Deus (Is 1, 14). E agora não acontece o mesmo? O humano é sobreposto ao divino, os costumes são preferidos aos preceitos de Deus. Pura exterioridade «Este povo honra-me com os lábios, enquanto o seu coração está longe de mim» (Is 29, 13), Que fariam os antigos profetas se vissem como actualmente gerimos a pastoral da Igreja no âmbito da religiosidade popular? Por acaso ficariam de braços cruzados, pensando: «Nada a dizer. Que podemos fazer? É o seu modo popular de entender e de viver a fé. Para quê fazer tanto escândalo e tratar de a mudar? É a fé inculturada, uma enorme riqueza para a Igreja. Que continuem em frente.»? Fariam isto ou tudo o possível para a purificar? Uma mensagem actual Actualmente também existem situações muito parecidas com as que sucederam no Antigo Testamento. Família insólita Que família tão insólita é a nossa! Afirmamo-nos irmãos, mas vivemos sem nos conhecermos e sem nos amarmos. E, se alguém se afasta, ou morre, nem nos damos conta nem nos interessa. Nem sequer choramos por ele. Será isto porque a Igreja é uma família demasiado numerosa? Então, será verdade o que dizem por aí, que a «família pequena vive melhor»? Certo é que algo anda mal na nossa família. Oração Ó Virgem de Fátima, ajuda-nos a procurar e encontrar os nossos irmãos desaparecidos. E que saibamos fazer uma grande festa quando os encontrarmos. Ó Virgem de Fátima, ajuda-nos a perceber o que está a falhar na nossa família. E que não haja mais irmãos a afastarem-se de nós. P.e Flaviano Amatulli Valente, fmap Ignorância religiosa «O meu povo perde-se por falta de conhecimento» (Os 4, 6). Qual a causa? O sacerdote esqueceu-se da Lei de Deus e não a ensina ao povo. É uma fotografia da realidade actual. O sacerdote faz tudo, menos ensinar a Lei de Deus. Para isso encarrega gente de boa fé, sem um verdadeiro conhecimento do assunto. Pobre povo de Deus, tão necessitado de conhecimento e tão negligenciado. Falsa religiosidade «No dia em que vos fiz sair do Egipto, não falei com os vossos Eficácia da Palavra de Deus «A minha palavra não voltará a Mim sem que tenha realizado a minha vontade» (Is 55, 11). Que acontecerá na Igreja no dia em que todos utilizem a Palavra de Deus como fonte para a vida, começando desde a catequese présacramental? (continua na página 2) A VOZ DOS PROFETAS (continuação da página 1) Satisfação e alegria «A vossa palavra é a minha alegria, as delícias do meu coração» (Jer 15, 16) É tudo uma questão de familiarizar-se com a Palavra de Deus. Porque haverá hoje, dentro da Igreja, tão poucos profetas? Por causa do modelo eclesial que se está a adoptar, um modelo de estilo feudal, em que os de cima pensam e mandam, enquanto os de baixo estão proibidos de pensar e são obrigados a obedecer sempre. É daqui que resulta a atitude submissa do leigo diante do presbítero, do presbítero ante o bispo e do bispo face ao papa, e o escândalo quando alguém se imiscui em assuntos que supostamente competem apenas à classe superior. A pessoa pensa: «Como vou julgar o que está a fazer o senhor padre?», ainda que se veja claramente que se trata de algo indevido. O mesmo acontece em relação aos documentos da Igreja. São tratados como se fossem Palavra de Deus, o que não corresponde à realidade. De todos os modos, se na própria Bíblia distinguimos entre o autor principal, que é Deus, e os autores secundários, entre ensinamentos, costumes, opiniões e tantos outros aspectos, porque não podemos fazer o mesmo no respeitante aos documentos da Igreja? Porque temos de aceitá-los como se tivessem sido ditados directamente pelo Espírito Santo, sem nenhuma possibilidade de equívoco? O que nos diz a História acerca disto? Será que não nos damos conta de que nem tudo o que vem do Magistério eclesiástico é magistério, tal como nem tudo o que a Bíblia contém é ensinamento? Ora bem, quanto mais conseguimos desmistificar o que se refere ao Magistério eclesiástico e, em geral, aos ditames da hierarquia, tanto mais obteremos uma maior participação de todas as forças vivas da Igreja com um resultado muito mais expressivo do que aquele que se obtém actualmente, ao excluir da tomada de decisões a muitos membros da Igreja por não pertencerem à hierarquia. As Bem-aventuranças do padre Amatulli Feliz o homem que sabe exprimir a sua opinião. É como uma fragrante rosa primaveril que alegra, estimula e enriquece. 1 Feliz o homem que lê e viaja muito. É como uma águia que voa nas alturas. Ai do homem que não costuma nem ler nem viajar! É semelhante a um rato encerrado num buraco. 2 Feliz o homem que aprendeu a pensar. É como um atleta treinado para o triunfo. Ai do homem que não sabe pensar! É semelhante a um viajante caminhando numa noite escura. 3 Feliz o homem que sabe expressar a sua opinião. É como uma fragrante rosa primaveril que alegra, estimula e enriquece. Ai do homem que não sabe pensar! É semelhante a um tronco abandonado no meio do caminho, que só serve para estorvar. 4 Feliz o homem que nunca recusa assumir compromissos. É como um alpinista que, de cume em cume, chega a escalar até as mais altas montanhas. Ai do homem que tem medo dos compromissos! É semelhante a um eterno espectador que nunca sonha subir ao ringue. 5 Feliz o homem responsável. É como uma árvore frondosa, a que todos vão à procura de sombra num dia cálido. Ai do homem irresponsável! É semelhante a um carro acidentado do qual só se aproveita uma ou outra peça em caso de necessidade. Rompendo esquemas Se queremos que a Igreja como instituição avance é preciso que destruamos o modelo vigente de relações entre os distintos membros do povo de Deus. Demos como Igreja o passo definitivo para a modernidade, aceitando os avanços que se deram dentro da sociedade em geral. Que também dentro da Igreja surja a figura do comunicador e do analista religioso, cuja tarefa consiste em informar acerca dos acontecimentos eclesiais mais relevantes e, ao mesmo tempo, apresentar opiniões, interrogações e denúncias, como se faz no campo profano. E que isto seja visto como algo normal, como uma versão moderna do antigo profetismo. Se se actuasse com esta mentalidade, haveria, sem dúvida, mais aceitação dos jornais diocesanos e da imprensa católica em geral. Pelo contrário, vendo como na comunicação social católica se emprega muito a censura, alegadamente para evitar o escândalo, os próprios católicos praticantes não têm confiança e, quando se trata de dar a conhecer alguma opinião algo atrevida, um questionamento sério ou uma denúncia, dirigem-se à comunicação social profana. Isto, obviamente, retira credibilidade a toda a informação católica, muito necessária quando se refere a irregularidades presentes na sociedade, e mais ainda, quando são imperfeições presentes na Igreja. Outra maneira de actualizar o profetismo dentro da Igreja seria aceitar a figura do Ombudsman, que poderia ajudar a reduzir notavelmente a distância entre os diferentes membros do povo de Deus e a criar um clima de maior respeito pelos direitos e dignidade de cada indivíduo, independentemente da tarefa que cada um desempenha. Pensar a Igreja Pensar a Igreja para a actualizar e permitir-lhe cumprir cabalmente a sua missão de fazer presente Cristo no mundo de hoje, este é o grande desafio que temos presentemente. Nesta tarefa, a Palavra de Deus e o espírito profético têm um papel preponderante. De outro modo, arriscamo-nos a «perder o sabor» e a converter-nos em mais um símbolo do passado, sem uma verdadeira influência no quotidiano do homem actual. 6 Feliz o homem constante. É como uma gota de água que com o tempo chega a perfurar até a rocha mais dura. Ai do homem inconstante! É semelhante a um eterno aprendiz que muda continuamente de ofício e nunca chega a ser mestre. 7 Felizes vós quando vos deixardes guiar pelas ideias e tenhais uma meta bem fixa na vida. Sereis como pedra firme que nenhuma inundação ou terramoto poderá mover. Ai de vós se não tendes nenhum ideal na vida e vos deixais guiar pelo sentimento! Sereis semelhantes à palha do campo que o vento leva de um lugar para o outro sem rumo certo e que todos pisam sem se darem conta. «Participei num curso bíblico com os Apóstolos da Palavra» O meu nome é Gessica Jara. Tenho 22 anos. Sou natural de Ciudad del Este e estou a viver actualmente em Santa Rita, no Paraguai, fazendo a primeira etapa do aspirantado na congregação das Irmãs Missionárias de S. Carlos Burromeo Scalabrinianas. Quero partilhar convosco a linda experiência de ter participado no curso bíblico, desenvolvido pelo Ir. Marcos Garcia Bernal, apóstolo da Palavra mexicano. Durante este curso pude conhecer e entender mais coisas que antes não estavam muito claras para mim. Ele também me ajudou de sobremaneira a perceber a situação em que nos encontramos os cristãos católicos e a ignorância que superabunda acerca da Palavra de Deus (a Bíblia) e relativamente à nossa Igreja una, santa, católica e apostólica. Tudo isto me fez reflectir e pensar sobre o que fazer e como fazer, da minha parte, para que esta situação mude. Também me dei conta da importância de nos formarmos para conhecer, entender e valorizar o que é a nossa Igreja e a nossa Fé, iluminados pela Palavra de Deus. Este curso foi muito significativo, porque me serviu como formação, ajudando-me a dar com mais vigor e firmeza uma resposta positiva ao chamamento que Deus me faz, percebendo a necessidade que há de que surjam pessoas que doem a sua vida ao serviço do Reino de Deus. A mim encantou-me, particularmente, a metodologia seguida pelo Ir. Marcos, que consistiu em fazer questionários a várias pessoas com perguntas sobre a Bíblia e sobre a nossa Igreja, o que me ajudou a ver a realidade em que estamos os católicos no que se refere à nossa fé; e o pouco que conhecemos sobre ela. Também gostei muito das avaliações que tivemos, as quais nos ajudaram a todos a avaliar quanto aprendemos acerca da Bíblia e com as explicações do Ir. Marcos, levando-nos a exigir mais de nós mesmos. Agora desejo que, a partir deste curso bíblico e de tudo o que aprendemos, Deus nos ajude a ser agentes anunciadores da sua Palavra e, como discípulos e missionários, façamos chegar o Evangelho onde ele é desconhecido, para que desta maneira se possa valorizar e amar a única Igreja fundada por Jesus, a Católica, Apostólica e Romana. O Pastor e as Ovelhas P.e F. Amatulli V., fmap Que tipo de relação há-de haver entre o pastor e as ovelhas? Que diz a Palavra de Deus acerca disto? Apenas resolvendo este problema podemos estabelecer as bases de um novo modelo de Igreja, em que a atenção pastoral de todos os fiéis seja fundamental. P ode haver dois tipos de relação entre o pastor e as ovelhas: o pastor ao serviço das ovelhas e as ovelhas ao serviço do pastor. São duas situações muito divergentes que dão origem a dois modelos muito diferentes de Igreja. AS OVELHAS AO SERVIÇO DO PASTOR Que ao pastor não falte nada. Que se sinta à-vontade. Que não se lhe exija nada. Que ninguém o julgue nem critique. Ele faz o que pode, até onde alcança. E o resto? Deixem-no nas mãos de Deus. Estando assim as coisas, quantas mais ovelhas houverem melhor. Há mais garantia de uma melhor atenção ao pastor. Perdem-se algumas ovelhas? Nada a fazer. Não é culpa do pastor. O pastor não tem mãos a medir para tantas ovelhas. O PASTOR AO SERVIÇO DAS OVELHAS O que importa é que todas as ovelhas sejam atendidas devidamente, aplicando o conselho de Jetro (Ex 18, 21-22). É o que faz qualquer pastor autêntico. Se não pode atender individualmente a todas as ovelhas, procura ajudantes. A mais ovelhas mais pastores. O importante é que nenhuma ovelha fique sem ser atendida, ou se perca. Que diz a Bíblia? A Bíblia fala de bons e maus pastores. O bom pastor é aquele que apascenta as ovelhas, conhece-as uma a uma e chama-as pelo nome, vai à procura das ovelhas perdidas, cura as feridas, trata das doentes e está disposto a dar a sua vida para as defender dos lobos rapaces (Jo 10, 3-4; Lc 15, 4-7; Ez 34). Os maus pastores, ao contrário, aproveitam-se das ovelhas até onde for possível e, no momento do perigo, abandonam-nas (Jo 10, 12-13; Ez 34). Que acontece connosco? Hoje há muitas ovelhas abandonadas, à mercê dos lobos, sem que ninguém se acautele. Em vez de discernir como nos organizarmos para atendê-las a todas, uma por uma, estamos a procurar pretextos para nos convencermos de que, no fim de contas, os lobos não são lobos, mas outro tipo de pastores. É algo completamente inaudito e incrível, biblicamente falando. Por isso, segundo essa maneira de pensar, não há motivo para preocupar-se demasiado com esta realidade, uma vez que cada um vai fazendo o que está ao seu alcance e, pouco a pouco, as coisas hão-de voltar ao seu ponto de normalidade. No fundo, estamos perante uma nova configuração religiosa, que se perfila nos países de tradição católica e que será caracterizada pelo pluralismo religioso mediante o derrube do cristianismo. É um processo histórico iniludível. E, portanto, não nos resta senão envolver-nos em dito processo, sem ressentimentos contra ninguém, sem saudades do passado e sem veleidades triunfalistas para o presente ou o futuro, vendo em tudo a mão de Deus. Reestruturar a pastoral Eu não estou de acordo com essa maneira de ver as coisas e convido todos os católicos de boa vontade a despertar e a fazer todo o possível para reverter a situação. Em vez de julgar as coisas com critérios humanos, aprendamos a vê-las à luz da Palavra de Deus e cairemos na conta de que, se muitos irmãos nossos estão a deixar a Igreja, é por culpa nossa e não por um processo histórico que não se pode iludir, nem muito menos por um plano de Deus. Acontece porque não queremos enfrentar seriamente o desafio da atenção pastoral do nosso povo, por causa do medo de perder as nossas seguranças. Não queremos por todas as cartas em cima da mesa e estruturar um novo modelo de Igreja, no qual a atenção pastoral de todo o povo de Deus seja algo primordial, recordando o princípio «Salus animarum, suprema lex» (A salvação das almas, lei suprema). Para conseguir isto não é suficiente convidar os leigos a compromete-se mais com a Igreja, entregando mais tempo e energias ao apostolado. Antes de mais nada, é necessário estar dispostos a partilhar tudo com eles, isto é, responsabilidade, “leite e lã”, não esquecendo o princípio segundo o qual «o operário tem direito ao seu salário» (Mt 10, 10). Colaboradores sim, não criados. Paraíso na Terra P.e Miguel Veja León - [email protected] Diocese de Mexicali, Baja California (México) Os justos possuirão a Terra São muitos os textos bíblicos que falam de que os justos possuirão a Terra. Mas por terra entendem-se várias coisas: a terra prometida a Abraão (Canaã), a mesma pátria de Israel, a recompensa dos justos, a era messiânica, a glória futura. Os irmãos testemunhas de Jeová dizem que a maioria deles viverá eternamente no paraíso, aqui na Terra… com a sua casa, família, o seu trabalho, em paz e felicidade… Um paraíso na Terra ao estilo muçulmano («Jardins de onde brotam as fontes, abundância de frutos e manjares, virgens de olhos grandes… para o descanso e felicidade dos eleitos que se casem com elas» (Alcorão, Sura 55, 46ss; 56, 4ss; 78, 17ss). Era messiânica As Testemunhas de Jeová citam o livro do profeta Isaías: «Habitará o lobo com o cordeiro, o boi comerá ao lado do leão, a criança brincará na toca da víbora» (Is 11, 1ss), mas ali fala-se da era messiânica com a imagem do paraíso, isto é, com a chegada de Cristo, o Messias, inicia um tempo de harmonia e paz. Veja-se que o texto fala do descendente, o «filho de David»: brotará uma vara do tronco de Jessé, que traz a justiça à Terra. O mesmo é dito no capítulo 35: Os cegos vêem, os surdos ouvem… no covil dos chacais crescerão canas e juncos… regozijo e alegria os acompanharão (cf. Mt11,5). Em resumo, o livro de Isaías profetiza que com Cristo , o príncipe da paz (Is 9) inicia uma era de alegria e harmonia. Retribuição neste mundo As Testemunhas de Jeová citam o Salmo 37, onde repetidamente se diz que os justos possuirão a Terra. Mas com esta afirmação está a expressar-se a crença antiga da retribuição neste mundo, ou seja, pensava-se que as bênçãos divinas eram para esta vida: muitos filhos, vida longa e riqueza. Os textos bíblicos escritos antes do século ii antes de Cristo dizem sempre que aos justos tudo corre bem neste mundo (a ideia da ressurreição e de uma retribuição para os justos depois da morte aclarou-se até ao século II a.C. Vejam-se os livros de Sabedoria e Macabeus), que eles possuem a Terra, porque são os abençoados. A glória futura Se encontramos alguma frase no Novo Testamento afirmando que «os justos possuirão a Terra» como em Mt 5, 5 entendemos que se trata de uma exposição decalcada do Salmo 37, para dizer que serão abençoados, mas logicamente não como pensavam antigamente os judeus com bens físicos e materiais senão como o próprio Cristo ensina: em primeiríssimo lugar, com uma comunhão profunda com Deus: Se alguém Me ama, guardará a minha Palavra, e o Meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele morada (Jo 14, 23). Esta comunhão, precisamente, é o que se prolonga e chega à sua plenitude na via eterna: Hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23, 43). Esta citação é importante porque deita por terra dois pontos doutrinais das Testemunhas de Jeová (o paraíso terrestre e a não existência da alma). Por isso, Apóstolos da Palavra Rua Moradias da Serra, Lote 19-A Varatojo 2560-237 TORRES VEDRAS Telef: 261 326 614 - Telem: 960 250 012 [email protected] NIB 0007 0000 0848775124.23 Responsável: Maria Cristina Sisimit Luc Impressão: Torreana - Indústria e Comunicação Gráfica, SA Tele: 261 335 750 * Fax: 261 335 759 Depósito Legal N.º 203138/03 eles mudaram o texto assim: «Verdadeiramente te digo hoje: Estarás comigo no paraíso»… puseram os dois pontos a seguir ao «hoje». Voltarei e levar-vos-ei comigo, para que onde Eu estiver estejais também vós (Jo 14, 3). Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e àquele que Tu enviaste, Jesus Cristo (Jo 17, 3). Pai, quero que aqueles que Me deste, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória (Jo 17, 24). Estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo vivemos longe do Senhor, pois caminhamos na fé e não na visão… Desejamos sair deste corpo para habitar com o Senhor (2 Cor 5, 6-8). Desejo partir e estar com Cristo (Fl 1, 23). Agora vemos como num espelho, de maneira confusa. Então veremos face a face. Agora conheço de maneira imperfeita; então conhecerei exactamente, como também sou conhecido (1 Cor 13, 12). Deus levará consigo os que morreram em Jesus… E assim estaremos sempre com o Senhor (1 Ts 4, 13ss). Portanto, a vida futura, mais do que assinalá-la como um lugar físico, define-se como uma relação interpessoal, um estado de vida feliz pela comunhão plena com Deus. Se na Bíblia se fala da vida após a morte apresentando-a como um banquete (Is 25), como uma cidade preciosa (Ap 21), como um novo Céu e uma nova Terra (2 Pd 3), como um grande hotel (Jo 14) ou um paraíso, é porque nos vemos forçados a falar com símbolos das realidades espirituais, que são invisíveis e ultrapassam a nossa capacidade de entender. Esse é o papel das comparações ou imagens: tentam dizer algo do inexplicável. Mistérios por resolver À testemunha de Jeová, que interpreta literalmente, poderíamos perguntar: Os leões tornar-se-ão vegetarianos? Para quê ter mais filhos se já ninguém morrerá? Como vais ressuscitar: como pai ou como filho na tua família? Ou alguém poderá ser ao mesmo tempo criança, esposo, pai e avô? Não atendem à passagem que diz que «na outra vida não se casarão» (Mc 12, 24-25). E, se comem, também haverá retretes e esgotos? E N C O M E N D E N O S 1 - A Igreja Católica e as Seitas. Perguntas e Respostas. 2 - Sou Católico (preparação para a Profissão de Fé). 3 - Curso Bíblico para Crianças. 4 - História da Salvação. Curso Bíblico Popular. 5 - Pão de Vida (preparação para a Primeira Comunhão e Primeira Confissão). 6 - Vem Espírito Santo (preparação para o Crisma). 7 - Uma Aliança de Amor (para noivos e esposos). 8 - Jogos Bíblicos (para crianças, jovens e adultos). 9 - CD (cânticos). 10 - Minidiálogo (80 temas com citações bíblicas para dar respostas às seitas com a Bíblia). L I V R O S INSTITUTO MISSIONÁRIO APÓSTOLOS DA PALAVRA Bolsa de Estudo para uma Irmã de Vida Consagrada 1 - Gostaria de ajudar as Missões com uma Bolsa de Estudo para colaborar na formação de uma Irmã de Vida Consagrada. Para isso, ofereço 250 euros. Desejo que esta oferta seja: - Em memória de ________________________ (nome do defunto) ou em honra de _______________________________________ (Virgem de Fátima, Sagrado Coração de Jesus, Santo...) 2 - A Irmã beneficiada com a Bolsa de Estudo compromete-se a rezar pelas intenções do(a) benfeitor(a). Assinalar se deseja receber o endereço e a fotografia da Irmã ajudada, para que possa manter correspondência com ela: Sim___ Não ___ Nome: _______________________________________________ Morada completa: _____________________________________ ________________________________________________________ Fotocopie esta ficha, preencha-a e envie-a para a morada indicada nesta página, acompanhada do modo de pagamento. Se fizer depósito ou transferência bancária, envie também o comprovativo. Obrigado!