Conselho Internacional de Oftalmologia Instruções Clínicas

Transcrição

Conselho Internacional de Oftalmologia Instruções Clínicas
Abril de 2007
Conselho Internacional de Oftalmologia
Instruções Clínicas Internacionais
Glaucoma Primário de Angulo Aberto (Avaliação de Seguimento)
(Classificações: A: importantíssimo, B: importância moderada, C: relevante mas não crítico,
Nível de Evidência: I: forte, II: substancial, mas faltando elementos de I, III: consenso de opinião
de especialistas na ausência de níveis I e II (de evidência).
História clinica
• Histórico de doenças oculares (A:III)
• Histórico de doenças sistêmicas (B:III)
• Efeitos colaterais de medicações oculares (A:III)
• Freqüência e tempo de uso da última vez que usou hipotensores oculares e revisão do uso de
medicações (B:III)
Exame físico
• Acuidade visual (A:III)
• Biomicroscopia com lâmpada de fenda (A:III)
• Medida da pressão intra-ocular (PIO), incluindo horário da medida (A:III)
• Avaliação de nervo óptico e campo visual (ver abaixo) (A:III)
• A paquimetria deve ser repetida após qualquer evento capaz de alterar a espessura corneal
central (A:II)
Plano de manejo de pacientes sob terapia clinica
• Reconsiderar a PIO atual e sua relação com a PIO alvo a cada visita (A:III)
• A cada exame, registrar dosagem e freqüência de uso, discutir a observância ao regime
terapêutico e a resposta do pacientes às recomendações relacionadas a alternativas
terapêuticas e procedimentos diagnósticos (A:III)
• Realizar gonioscopia, se houver suspeita de fechamento angular, câmara anterior rasa ou
anormalidades do ângulo da câmara anterior ou se houver uma mudança inexplicada da
PIO. (AIII). Realizar gonioscopia periodicamente (exemplo, 1-5 anos). (AIII).
• Verificar o regime terapêutico, se a PIO alvo não for atingida e mantida, dados os potenciais
riscos e benefícios relacionados a tratamentos adicionais ou alternativos. (A:III)
• Se determinada medicação for incapaz de reduzir a PIO satisfatoriamente, substituir por
droga alternativa até que o tratamento clínico efetivo seja estabelecido. (A:III)
• Reduzir a PIO alvo caso haja progressão de lesão do nervo óptico ou campo visual (A:III)
• Dentro de cada um dos intervalos recomendados, fatores que determinam a freqüência de
avaliações incluem: gravidade do dano, estádio da doença, taxa de progressão, o quanto a
PIO atual excede a pressão alvo; além do número e significância de outros fatores de risco
relacionados ao dano do nervo óptico.(A:III)
• A retirada ou adição de novas medicações requer visitas clínicas em intervalos apropriados
para se verificar o período de inativação da droga (washout) ou efeito máximo da droga
retirada ou adicionada. (A:III)
Seguimento
Recomendações de seguimento
PIO alvo
atingido
Progressão
Duração do
controle
(meses)
Sim
Não
≤6
Sim
Não
>6
Sim
Sim
(N/A)
Não
Sim ou não
(N/A)
Intervalo de Avaliação
seguimento da cabeça
(B:III)
do nervo
óptico
(A:III)
Entre 6
3-12 meses
meses
Entre 12
3-12 meses
meses
Entre 4
1-12 meses
meses
Entre 4
1-12 meses
meses
Avaliação
do campo
visual
(A:III)
3-12 meses
3-12 meses
12 meses
12 meses
Educação de pacientes sob terapia clínica
•
•
Estimular os pacientes a alertar ao médico oftalmologista em relação a mudanças físicas
ou emocionais que eventualmente ocorrerem durante o período de uso de medicação
antiglaucomatosa (A:III)
Referir ou encorajar pacientes com perda visual significante ou cegos a utilizar serviços
sociais ou de reabilitação visual apropriados (A:III).
* Adaptado da American Academy of Ophthalmology Summary Benchmarks, November 2006
(www.aao.org)
(Para mais Instruções Clinicas Internacionais do Conselho Internacional de Oftalmologia, visite
www.icoph.org/guide).
Traduzido por:
Carlos Gustavo V. De Moraes, M.D.
Professor Assistente de Oftalmologia da New York University School of Medicine
Nova York, NY, EUA
Revisto por:
Paulo Elias C. Dantas, M.D.
Janeiro 2010
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